www.bancariosbahia.org.br bancariosbahia bancariosbahia

Filiado à

O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país

ASSEMBLEIA – DIA NACIONAL DE LUTA 6 DE NOVEMBRO, ÀS 18h, NO SINDICATO

Edição Diária 7328 | Salvador, quarta-feira, 01.11.2017 Presidente Augusto Vasconcelos

SEGURANÇA BANCÁRIA

Lucro do Itaú não impede demissões

Temer alveja a valorização do mínimo

Página 3

Página 4

Os dados monitorados pelo Sindicato sobre os ataques a bancos no Estado, que tanto têm assombrado a categoria e a sociedade, foram apresentados, ontem,

Bancos precisaminvestir bem mais

durante audiência pública, na Assembleia Legislativa. Os debates deixam claro que as empresas precisam investir muito mais para garantir segurança. Página 2

manoel porto

Em audiência na Assembleia Legislativa da Bahia, Sindicato chama a atenção para a necessidade de investimento em segurança bancária no Estado

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 01.11.20172 SEGURANÇA BANCÁRIA

Apenas 6,5% das verbas são para estruturas físicasBárBArA AguiArimprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

manoel porto

Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933

O BANCÁRIO

Investimento dos bancos é pífio

informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - imprensa@bancariosbahia.org.brJornalista responsável: rogaciano Medeiros - reg. MTE 879 DrT-BA. Chefe de reportagem: rose Lima - reg. MTE 4645 DrT-BA. repórteres: Ana Beatriz Leal - reg. MTE 4590 DrT-BA e renata Andrade- reg. MTE 4409 SrTE-BA . Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Felipe Iruatã . Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.

OS ATAqUES a bancos na Bahia são motivo de preocupa-ção para o Sindicato dos Bancá-rios da Bahia, categoria e popu-lação. Levantamento realizado pela entidade aponta que foram registrados 67 casos no Estado. Ao todo, 53 ocorrências no inte-rior, e 14 em Salvador. Tudo isso porque não há investimento por parte das empresas.

Entre as modalidades, 35 ex-plosões, 12 arrombamentos, três assaltos e 17 tentativas frus-

tradas. O maior alvo é o Banco do Brasil, com 22 ocorrências. Em seguida aparece o Bradesco, com 19 registros e logo depois a Caixa, 11 casos. Já no Santander foram sete ataques.

Os dados foram apresenta-dos, ontem, durante audiência pública com a participação dos representantes dos bancários, dos bancos e das Polícias Mili-tar e Civil. Com o tema Assal-tos a bancos e modernização da segurança bancária na Bahia, o evento foi realizado na Assem-bleia Legislativa da Bahia.

Os resultados refletem a falta de comprometimento das em-presas. Do total dos recursos destinados à segurança, apenas 6,5% são para estruturas físicas. A maior parte (93,5%) vai para

prevenção dos ataques virtuais. A categoria reivindica a ins-

talação de dispositivos autodes-trutíveis, que tornaria infrutí-fera a ação dos bandidos, além das câmeras de segurança nas fachadas das agências.

“É preciso continuar cobrando

EDITAL ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

O Sindicato dos Bancários da Bahia, com endereço na avenida Sete de Se-tembro, 1001, Mercês, Salvador, Bahia, inscrito no CNPJ/MF sob o número 15.245.095/0001-80, Registro sindical nº 100.085.15147-1, por seu presiden-te abaixo assinado, convoca todos os empregados em estabelecimentos ban-cários dos bancos públicos e privados, sócios e não sócios, de sua base terri-torial, para a Assembleia Geral Extra-ordinária que se realizará no dia 6 de novembro de 2017, às 18h, em primei-ra convocação, e às 18h30, em segunda convocação, com qualquer número de pessoas presentes no endereço situado: avenida Sete de Setembro, 1001, Mer-cês, Salvador, Bahia, no auditório José Mutti Carvalho, para a seguinte pauta do dia: Discussão e deliberação acerca da participação da categoria bancária no dia 10 de novembro de 2017 e or-ganização do Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direito dos Trabalhadores.

Salvador, Bahia, 31 de outubro de 2017.Augusto Vasconcelos

Presidente

melhorias das empresas. Afinal, a preservação da vida e da segu-rança dos empregados são aspec-tos fundamentais. O Sindicato já denunciou a situação no MPT e vai continuar na luta em prol dos trabalhadores”, afirma o presiden-te do SBBA, Augusto Vasconcelos.

CTB Bahia convoca para o dia 10O DIA 10 de novembro será de intensas ma-nifestações em todo o Brasil. Na Bahia, a CTB realiza atos a partir das 5h, com a par-ticipação dos sindicatos operários, com mo-bilizações no CIA e no Polo Petroquímico.

Às 6h, os trabalhadores se concentram no Dique do Tororó, próximo à entrada da Lapa. A partir das 11h, o ato será no Campo Grande. As manifestações seguem em direção ao Co-mércio, onde serão realizados atos em frente ao INSS e no Tribunal Regional do Trabalho.

Representantes dos sindicatos participa-ram de reunião, ontem, para organizar as manifestações do Dia Nacional das Mobi-lizações, Greves e Paralisações em Defesa dos Direitos e contra a reforma Trabalhista, da Previdência e o trabalho escravo.

MAIS um grupo do curso de Psicologia da Unijorge visitou, ontem, o Sindicado dos Bancários da Bahia, que é referencia na ela-boração e defesa da saúde do trabalhador.

Os alunos foram recebidos pelo presi-dente Augusto Vasconcelos, os diretores de Comunicação, Adelmo Andrade, Socioeco-nômico, Elder Perez, e de Formação Sindi-cal, Agnaldo Matos. O diretor da Feeb, Fer-nando Dantas, também esteve presente. Os dirigentes falaram sobre a atuação da enti-dade em defesa não só do trabalhador, mas também por um sociedade mais justa.

Sindicato recebe alunos da unijorge

Audiência na Assembleia Legislativa discute segurança nas agências

CTB Bahia define mobilização com sindicatos

Estudantes conhecem a estrutura do Sindicato

o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quarta-feira, 01.11.2017 3SISTEMA FINANCEIRO

Enquanto enche cofre, banco fecha agências e demiteAnA BEATriz LEAL imprensa@bancariosbahia.org.br

joão ubaldo

Muita grana. Itaú tem lucro de R$ 18,6 bilhões

MAIOR banco privado em ativi-dade do país, o Itaú obteve lucro líquido recorrente (que exclui efeitos extraordinários) de R$ 18,6 bilhões de janeiro a setem-bro de 2017. Alta de 13,9% em relação a igual período de 2016 e de 1,4% no terceiro trimestre. Os dados são do Dieese (Departa-mento Intersindical de Estatísti-ca e Estudos Socioeconômicos).

A rentabilidade (Patrimô-nio Líquido Médio Anualizado – ROE) chegou a 21,7%, cresci-mento de 1,7 pontos percentu-ais em 12 meses. Na conjuntura em que o país precisa de expan-são de crédito, a empresa reduz a carteira. A queda foi de 4,9% em relação a setembro de 2016, somando R$ 575,2 bilhões (no trimestre a redução foi de 2,1%).

As operações com pessoas fí-sicas tiveram retração de 1,8%

em 12 meses e totalizaram R$ 179 bilhões. No caso das pesso-as jurídicas, houve recuo de 10% em 12 meses e 5,6% no trimes-tre. O valor chegou a R$ 162,1 bilhões. Na América Latina, a diminuição foi de 4,7% em 12 meses e de 1,9% no trimestre, chegando a R$ 126,7 bilhões.

No quesito exploração, o banco sabe muito bem. A re-ceita com prestação de serviços e tarifas subiu 7,1% no período (R$ 26,3 bilhões). As despesas de pessoal continuaram prati-camente estáveis, com tímida

queda de 0,2% (R$ 16,3 bilhões). A cobertura da despesa de pes-soal pelas receitas secundárias da empresa foi de 161,6%.

EmpregoA holding fechou o terceiro

trimestre de 2017 com 82.401 empregados no país. O Itaú abriu 26 agências digitais (que já somam 156 unidades) e fechou 141 agências físicas no país em 12 meses. O total de agências e pontos de atendimento do ban-co no Brasil e exterior, em mar-ço de 2017, foi de 4.919.

Proposta de teto no Saúde CaixaOS EMpREGADOS da Caixa não podem ser penalizados com o aumento de custo no plano de saúde. O banco está empenhado em mudar o modelo de custeio do Saúde Caixa. Inclusive, está

disposto até mesmo a alterar o estatuto, estabelecendo um teto de 6,5% da folha de pagamento anual como limitador para des-pesas com o plano de saúde.

O governo que deve capitali-

zar a empresa para que continue sendo um banco 100% público e promova o desenvolvimento econômico e social do país. Te-mer visa reduzir as provisões que a Caixa é obrigada a fazer para cobrir despesas futuras com o plano de saúde. Seriam liberados bilhões de reais, que poderiam fortalecer a base de capital da instituição, mantendo linhas de crédito do banco federal.

Contemplada pelo ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), a regra de custeio do Saúde Cai-xa prevê que os procedimentos assistenciais sejam custeados em 70% pelo banco e 30% pelo conjunto dos trabalhadores.

Sindicato denuncia SantanderO SINDICATO dos Bancários da Bahia fez denúncia de as-sédio moral coletivo, junto ao Ministério Público do Trabalho, contra o Santan-der, em função do aplicativo Bravi Quiz, que incentiva a competição entre bancários sobre perguntas e respostas inerentes ao atendimento à pessoa jurídica.

O banco tem obrigado o funcionário a utilizar o apli-cativo antes, durante e de-pois do expediente bancário. Além disso, publica ranking dos melhores competidores nas redes sociais. O trabalha-dor que não tem o desempe-nho esperado pelo banco, ou seja, baixa pontuação, é co-brado e assediado.

A CATEGORIA bancária deve ampliar a mobilização e parti-cipar das atividades do Dia de Luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, em 10 de novem-bro. Existe uma proposta de dis-tribuir jornal para a população, a fim de alertar sobre os prejuízos da nova legislação trabalhista, que entra em vigor no dia 11 de novembro. Os encaminhamen-tos foram dados na reunião do Comando Nacional dos Bancá-rios, ontem, em São Paulo.

O Comando criticou a propos-ta da Caixa de fixar teto para os gastos com o Saúde Caixa. O ob-jetivo é manter a negociação com a instituição para que a proposta garanta os direitos dos emprega-dos. A proposição será debatida com os trabalhadores. A Federa-ção dos Bancários da Bahia e Ser-gipe foi representada pelo Secre-tário Geral, Hermelino Neto.

Mobilização na reunião do Comando

Empregados estão assustados com proposta de teto do Saúde Caixa

o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 01.11.20174

SAqUE

RETROCESSO

governo cortou, mais uma vez, projeção para 2018FELiPE iruATãimprensa@bancariosbahia.org.br

Valorização do mínimo abalada

DEFINIDOR A julgar pela excepcionalidade que tem caracte-rizado o Judiciário ultimamente, a tendência é Lula ser conde-nado, pois assim querem as elites e assim necessita o projeto ne-oliberal. Mas, o fato é que, livre ou preso, impedido ou liberado, o ex-presidente define a eleição do próximo ano. Se não puder concorrer, quem ele apoiar vence. A direita udenista vai perder nas urnas, pela quinta vez consecutiva.

INCOMpARÁVEL Independentemente da posição política ou ideológica do cidadão ou cidadã, não há como negar o fe-nômeno eleitoral que é Lula. Metralhado, perseguido, caçado, alvo de uma intensa campanha de desmoralização e demoniza-ção pela mídia, mesmo assim se mantém firme na liderança da corrida presidencial. Quanto mais apanha, cresce.

IMBATÍVEL Só nos últimos dias, de domingo até ontem, fo-ram divulgadas três pesquisas de intenção de voto – Ibope, Ins-tituto Paraná e DataPoder360. Em todas, o ex-presidente Lula amplia a dianteira sobre os demais pré-candidatos.

ALTERNATIVO Em um cenário sem Lula na disputa, o pre-sidenciável Ciro Gomes (PDT) é o que mais cresce. Ele pula de 5% para 14% das intenções de voto. Um crescimento de 180%. Garante a segunda posição, atrás de Bolsonaro com 23% e na frente de Alckmin (10%), Marina (9%) e Haddad (4%). É o que diz a pesquisa DataPoder360.

REpROVADO Candidato inventado pela Globo, queridinho do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), o apresentador Lu-ciano Huck não sai do chão, apesar de todo o esquema midiáti-co para fazê-lo decolar. Pesquisa do Instituto Paraná, divulgada ontem, revela que 60,4% dos brasileiros não o querem na presi-dência da República. O discurso vazio de “renovação” tem sido fracasso total.

ABALOS Se a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de In-quérito) que investiga a JBS acatar o pedido e ouvir o advogado Rodrigo Tacla Duran, a credibilidade da Lava Jato, que já não é nada boa, deve sofrer abalos consideráveis. Ele garante pos-suir provas de repasses milionários feitos para um “esquema em Curitiba”, e as denúncias respingam no juiz Sérgio Moro.

pREOCUpADO apenas com as elites, Temer quer, a qualquer custo, acabar com a Política de Valorização do Salário Míni-mo, criada após acordo entre as centrais sindicais e o go-verno Lula. A medida, junta-mente com outras iniciativas, foi responsável por reduzir as desigualdades sociais, retirar milhões da pobreza e facilitar o acesso ao crédito.

Pela segunda vez no ano, o governo Temer reduz a pro-jeção do salário mínimo para 2018, segundo o Ministério do Planejamento. Agora, o valor anunciado é de R$ 965,00, ou seja, R$ 4,00 a menos do que havia sigo publicado anterior-mente. Em relação à projeção inicial, de R$ 974,00, a diferen-ça é de R$ 14,00.

A desculpa do governo para o

corte foi o déficit orçamentário de R$ 159 bilhões para o próxi-mo ano. Temer coloca nas cos-tas do trabalhador a conta da crise. Um dado chama atenção. O crescimento das despesas pú-blicas previstas em 2018, que subiu de R$ 1,32 trilhão para R$ 1,37 trilhão. Do aumento de R$ 50 bilhões indicado pelo relató-rio, pelo menos R$ 32 bilhões foram destinados à compra de deputados para salvar Temer das duas denúncias da Procu-radoria-Geral da República, de organização criminosa e obs-trução de Justiça.

Desemprego atinge 13 milhõesOS DADOS deixam evidente que o Brasil não está às mil ma-ravilhas como o governo Temer e a grande mídia proclamam. O desemprego atinge 13 milhões de brasileiros, aumento de 7,8% em relação 2016, segundo estu-do do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento indicou que 15,2 milhões de famílias não possuem renda formal. O nú-

mero representa lares onde não há ninguém trabalhando, 2,8 milhões a mais do que no mes-mo período de 2014, cresci-mento de 22%. Ou seja, um em cada cinco domicílios pelo país (21,8% do total) não tinha renda fruto do trabalho.

Fica claro que a reforma traba-lhista não vai resolver o problema da geração de empregos, como o governo neoliberal anunciou.

nelSon almeIda - afp

Houve queda considerável

no número de empregos com carteira assinada no

Brasil

responsável por reduzir as desigualdades sociais, a política de valorização do mínimo é atingida em cheio pelo projeto neoliberal do governo Temer