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Seguros em foco a queda do pallace ii - uma história de fracasso

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oeira misturada com esperançaque se dissipa. Apartamentos quecaem junto com a força devontade. Corpos e vidas perdidas.

Enfim, pequenos grandes mundos derepente deixam de existir. Pequenos nasdimensões físicas, mas incomensuráveisnos sonhos, nas conquistas obtidas. O queserá que houve?

Tecnicamente muito ainda irá se apurarno tocante à queda de um prédio de 22andares, com mais de 170 apartamentos,que ainda está ameaçando outro edifício deidênticas características, na Barra da

Tijuca, no Rio de Janeiro, na medida emque qualquer anúncio de problemasocorridos com a obra hoje não passe demera especulação, tomado no auge dacomoção. A apuração, mesmo que, aprincípio, seja algo elementar, é maiscomplexa. Uma obra civil é um sistema queinterage ativamente com o meio ambienteque o cerca, sujeitando-se, inclusive, àscondições que o afeta. Assim, uma obradeve ser estruturada para resistir a um semnúmero de esforços, sejam essesdecorrentes ou conseqüentes de umainteração com o meio ambiente, como porexemplo uma inundação, recalque doterreno, força do vento, insurgência de umlençol freático (lençol d'água no subsolo),bem como de carregamentos ou pesos queincidem sobre a estrutura, constituídos pelopeso da própria obra, acrescido do peso detudo o quanto seja colocada na mesma.Para suportar isso tudo mistura-se, emadequadas proporções, e em dimensõespré-determinadas, o aço, o cimento, aareia, a pedra, e algum outro material, quepode ser até o cal. A mistura disposta emformas de dimensões compatíveis faz comque a estrutura tenha a capacidade desuporte que lhe é requerida em projeto.Assim, criticar-se sem que se saiba como oprojeto foi desenvolvido e como aconstrução foi executada é precipitado.

O que nos vêm à mente neste momentoé o que os proprietários estão sentindo. Asensação de perda misturada com asensação da angústia, da dor e a raiva

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devem estar acabando com a saúde detodos. Os mutuários da Encol também

devem estar, ainda hoje, com sensaçõesnada agradáveis.

Esses fatos e outros ocorridos há

muito tempo atrás - sim, porque quedasde prédios ocorrem com uma certafreqüência, nos levaram a elaborar umacobertura de seguros, que, se não podealiviar a dor da perda, pode compensar aangústia de ver o seu patrimônio,amealhado ao custo de muito suor,perdido. Assim, desenvolvemos o SeguroImobiliário. O que vem a ser isso?

O Seguro Imobiliário é destinado aoferecer uma gama de coberturas deseguros para empreendimentosimobiliários que estejam ou não emconstrução, vinculados a financiamentosdas próprias construtoras ou de agentesfinanceiros. O diferencial que seapresenta para o seguro, e que torna-sehoje como uma garantia adicional para osmutuários, é o de que a seguradora, antesde emitir a apólice, verifica se aconstrutora tem realmente condições deexecutar e concluir o empreendimento.Afora isto, há um acompanhamento daconstrução por técnicos da seguradora,acompanhamento esse que perdura até aentrega da obra. Outro diferencial atem-seàs características das coberturasapresentadas ou comercializadas, todas

inerentes a uma operação imobiliária.Assim, a existência de coberturas deseguros apropriadas e o acompanhamentoperiódico da obra fazem com que haja umprognóstico bem mais favorável para osegurado.

Outro ponto também amplamentediscutido foi o do custo de todos esses

serviços e garantias. No seguro dosistema financeiro da habitação, decaracterísticas compulsórias, o mutuáriotem comprometido cerca de 12% a 18%do valor da prestação com o seguro, queabrange, unicamente, os Danos Físicos aoImóvel e a Morte e Invalidez Permanente.

Compreende-se como Danos Físicos, oseventos de causa externa que possamameaçar o patrimônio, conseqüentes deincêndio, queda de raio, explosão,desmoronamento, desmoronamento

parcial, assim entendido a destruição oudesabamento das paredes, vigas ou outroelemento estrutural, ameaça dedesmoronamento -devidamente

Serviços Técnicos em Seguros

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comprovada -, destelhamento, alagamentoou inundação. O produto desenvolvido pelaseguradora procurou ampliar a gama decoberturas oferecidas pelo SFH, reduzindo ocusto para o mutuário, de sorte a que essepassasse a ser de 5% a 7% do valor daprestação. Entretanto, cabe ser ressaltadoque uma das exclusões das apólices dosistema financeiro da habitação é o daexistência de vícios próprios do imóvel. Nocaso do edifício que desabou no Rio deJaneiro, pode existir o vício próprio. Se issose efetivar, a indenização será negada.

No desenvolvimento da pesquisa para aelaboração do produto, tivemos sempre emmente que tanto o mutuário quanto o agentefinanceiro e a própria construtora deveriampossuir garantias, inclusive financeiras, desorte que não se rompesse o elo deequilíbrio financeiro estabelecido entreesses. Para o agente financeiro, oimportante é que o mutuário cumpra a suaparte, qual seja, a de pagar as prestaçõesde seu contrato. O mutuário poderia deixarde pagar se viesse a falecer, ou se ficassetemporariamente inválido por uma doençaou acidente, se viesse a perder o emprego,ou por outras causas mais. Assim, foramestabelecidas coberturas de: Morte e

Invalidez Permanente, Invalidez Parcial porAcidente ou Doença e o Seguro de Crédito.Também pensou-se na hipótese do mutuáriovir a não receber o imóvel, ou de o receberfora do prazo estabelecido, ou ainda derecebê-Io sem os materiais, principalmentede acabamento, que lhe havia sidoprometido no momento da compra. Ascoberturas criadas foram de Garantía. Nesta

mesma cobertura incluímos a situação da. troca de terreno por unidades (permuta),

que ocorre muitas vezes. Para os riscosinerentes à própria obra, o que se pensoufoi não só a cobertura de danos físicos ao

imóvel, como também a cobertura de Riscosde Engenharia, que garante os acidentesenvolvendo a própria obra durante a suaconstrução, associada a uma cobertura deResponsabilidade Civil, para danosmateriais ou pessoais causados a terceiros.

O sucesso de um empreendimentoimobiliário depende de um bom projeto, dealguém que o compre e de alguém que

financie a sua construção. Sabendo que aindústria da construção civil é a que maisgera mão de obra, e que para que essapossa continuar existindo é necessário que ofluxo de pagamento não seja interrompido,há que se acrescentar credibilidade aoprocesso. A Encol, até então a maiorempresa do Brasil neste setor, que deixou namão mais de 40.000 mutuários, não teverecursos suficientes para concluir as suasobras. Os mutuários então, ressabiados,

passaram a desconfiar de todas as outrasconstrutoras. Assim, as vendas caíram e as

obras pararam, prejudicando todos.Com o seguro, restabelece-se o

equilíbrio financeiro, proporcionando-segarantias adicionais aos mutuários, com orespaldo de uma seguradora que analisa aconstrutora, a qualidade da construção eavaliza o recebimento da obra. Afora isso,deixa-se de lado uma velha história do

brasileiro, que é a de colocar trancas depoisque a posta foi arrombada. Com asinspeções e as análises prévias efetuadaspela seguradora, consegue-se prevenirmuitos problemas e dores de cabeça. .* ANTONio FERNANdo NAVARRO É Físico E

ENGENhEiRO Civil, TR4bAlh4Ndo COMO

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