Seis agentes mundiais requerem estratégias personalizadas€¦ · rodoviário e da poluição resultante. 5 Government 2020 and the perpetual collaboration mandate Exemplo de manifestação

Governo

O governo em 2020 e a necessidade de colaboração contínuaSeis agentes mundiais requerem estratégias personalizadas

A IBM Global Business Services, por meio do IBM Institute for Business Value, desenvolve

ideias estratégicas com base em fatos para altos executivos no que tange a questões

cruciais envolvendo os setores público e privado. Este briefing executivo baseia-se em

estudo minucioso realizado pelo time de pesquisa do IBM Institute for Business Value e

constitui o atual compromisso assumido pela IBM Global Business Services, que é de

oferecer análises e perspectivas que ajudem as empresas a compreender seu próprio valor.

Para saber mais, fale com os autores ou envie um e-mail para [email protected].

IBM Institute for Business Value

Seis agentes mundiais requerem estratégias personalizadas

Por James W. Cortada, Sietze Dijkstra, Gerry M. Mooney e Todd Ramsey

O governo em 2020 e a necessidade de colaboração contínua

O futuro das sociedades em todo o mundo está sendo determinado por seis

agentes que não podem ser controlados pelo governo. Grandes mudanças

envolvendo demografia, globalização, preocupações ambientais, relações sociais,

estabilidade social e tecnologia, causarão impacto em praticamente todos os

governos e requerem respostas individuais factíveis a cada país, região ou local.

Esses agentes, quase universais, clamarão por uma “colaboração contínua” que,

por sua vez, começa com uma comunicação multidirecional e intensificada e com

padrões técnicos e operacionais compartilhados. Além desses elementos básicos,

estratégias eficazes também dependem do compromisso governamental de

facilitar os esforços que abrangem diversas agências (nacionais e internacionais)

e de fortalecer parcerias com empresas transnacionais.

Seis forças inevitáveis estão concomitantemente em curso neste exato momento, sobre as quais governos e sociedades têm controle limitado. Devido à sua natureza ameaçadora e concomitante, não nos referimos a eles apenas como forças, mas também como agentes. Esses seis agentes têm algo impressionante em comum: cada um deles, de uma forma ou de outra, afetará praticamente todos os países:

1. Demografia em transformação: A composição das populações passa por mudanças de longo prazo diferentes em cada país e região. Entre os exemplos, é possível destacar o aumento nas médias de idade em vários países desenvolvidos, como o Japão; a diminuição nas médias de idade em vários países emergentes, como a Índia; e uma mudança na proporção de homens e mulheres na China.

2. Globalização acelerada: Os países e as sociedades vêm criando uma maior interdependência econômica nas esferas social, política e cultural. Há um maior movimento internacional de capital, matérias-primas, produtos acabados, trabalho e mão de obra entre entidades que antes eram independentes e soberanas, como pôde ser visto na recente crise financeira do crédito. Até mesmo as políticas públicas globalizam-se cada vez mais. A confiança pública em instituições financeiras está abalada diante da insolvência de alguns fundos de pensão e bancos e soma-se ao acirramento social – realidades que pedem uma atenção inovadora do governo.

Government 2020 and the perpetual collaboration mandate1

3. Crescentes preocupações ambientais: As sociedades e os governos conscientizam-se cada vez mais do que o planeta Terra pode oferecer e do que pode tolerar. Questões como essas cruzam diversas esferas, tais como política (por exemplo, a importância ascendente do “voto ecológico”), desenvolvimento econômico, obras públicas, ampliação da infraestrutura civil e a da educação.

4. Evolução das relações sociais: Os agentes que vêm transformando as relações entre as pessoas, bem como entre clientes e negócios, estão mudando o que cidadãos e entidades comerciais esperam de seu governo (por exemplo, o aumento de movimentos sociais e redes virtuais e a carência de serviços governamentais convenientes 24 horas por dia, como ocorre com comerciantes).

5. Crescentes ameaças à estabilidade e à ordem social: As sociedades encaram desafios que vão de terrorismo e conflitos armados – incluindo atritos entre culturas – a pandemias e desastres naturais. A natureza de tais ameaças está mudando e as possíveis consequências de uma amenização, preparação e resposta insuficientes requerem atenção.

6. Maior impacto da tecnologia: Assim como as áreas de negócios, as pessoas e as instituições públicas estão se acostumando a uma grande diversidade de tecnologias (por exemplo, à tecnologia da informação, na área médica, nos meios de comunicação e à nanotecnologia), chegando ao ponto de mudar o modo que as entidades funcionam e redefinir as relações entre si.

Nenhum país é igual, portanto, os agentes atuarão de modo peculiar em cada sociedade. Há várias diferenças entre os países no que concerne às experiências históricas, valores sociais, ambições e barreiras. Para lidar com os futuros desafios, a tradicional postura comedida e lenta do governo deverá ser diferente diante da mudança.

Em vez disso, os governos devem primeiramente prever a mudança estabelecendo quais agentes são os mais críticos, tendo em vista seu particular conjunto de circunstâncias. Depois, os países devem ser pró-ativos e, com base nessas prioridades, elaborar e pôr em prática estratégias e soluções personalizadas.

Indiscutivelmente, vários tipos de desafios estão a caminho, e os governos devem reagir do modo mais abrangente já visto. Para gerar respostas à altura dos problemas, uma nova dimensão de colaboração extremamente aprimorada é o recurso mais importante que os governos precisam, pois ele moldará o alicerce de estratégias necessárias para lidar com os agentes em questão. Deve haver um relacionamento de ideias e uma cooperação de magnitude jamais vista: nas agências, nas sociedades, nos governos e com mais públicos-alvo. Nesse texto, oferece-se uma postura ao governo para que a capacidade multidirecional, multicamadas e intensificada, denominada colaboração contínua, seja atingida.

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Seis agentes mundiais requerem estratégias personalizadas

O governo em 2020 e a necessidade de colaboração contínua

Por dentro dos seis agentesEssas forças poderosas – demografia em transformação, globalização acelerada, crescentes preocupações ambientais, evolução das relações sociais, crescentes ameaças à estabilidade e à ordem social e maior impacto da tecnologia – apresentam uma mistura de oportunidades e riscos. Até certo ponto, todos os países e entidades governamentais enfrentam cada um desses agentes (vide Figura 1).

Demografia em transformaçãoA composição das populações passa por mudanças de longo prazo diferentes em cada país e região. As médias de idade estão aumentando em vários países desenvolvidos e diminuindo em vários países emergentes. A demografia e a migração influenciam uma à outra quando, por exemplo, trabalhadores jovens e com boa formação saem de seus países atrás de melhores oportunidades de trabalho.

Além disso, a demanda pela maior inclusão de cidadãos (como os que estão entre minorias ou são portadores de alguma necessidade especial) à sociedade e à

economia é ascendente. O governo ficou mais acessível, mas é necessário progredir (vide nota lateral “Acessibilidade – Cada vez mais importante no mundo” nas páginas seguintes).Por conta dessas mudanças demográficas, diversas culturas nacionais encontram-se em transição. Por exemplo, mudanças no saldo do trabalhador/pensionista estão atrapalhando os planos orçamentários: à medida que a população envelhece, os custos com saúde social e pensões aumentam.

Sobre este estudo

O IBM Institute for Business Value tentou compreender melhor os agentes que mais afetam os governos atualmente, inclusive como eles se manifestarão. Em maio de 2007, reunimos 35 especialistas do setor público da IBM representando Canadá, China, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Diálogos de acompanhamento foram realizados com outros especialistas da IBM, dessa mesma área, na Austrália, Áustria, Bélgica e Suécia.

A análise desses debates, de uma pesquisa paralela e do que foi constatado em mais de duas dúzias de outros estudos realizados pela IBM sobre o papel em evolução do governo, levou à identificação de seis agentes principais, assim como à nossa estrutura de colaboração contínua e recomendações correspondentes elaboradas a fim de ajudar as diversas entidades governamentais a criar estratégias para lidar com esses agentes onipresentes.

Fonte: IBM Institute for Business Value.

FIGURA 1.Seis forças substanciais estão transformando concomitantemente as sociedades e os governos do mundo.

Demografia em transformação

Globalização acelerada

Evolução das relações sociais

Maior impacto da tecnologia

Crescentes ameaças à estabilidade e à ordem social

Crescentes preocupações ambientais

IBM Global Business Services4

A sólida interação entre os seis agentes

requer que o governo lide separadamente com cada um deles,

bem como com o efeito cumulativo

que pode dificultar o desenvolvimento de

soluções.

Exemplo de manifestação de globalização aceleradaNo Brasil, os custos de mão de obra são mo-derados e as ameaças de terrorismo interna-cional são relativamente baixas, além do bom índice de imigração e da diversidade. Uma das desvantagens da maior participação do país no mercado internacional é o crescimento do consumo de recursos.

Exemplo de manifestação de demografia em transformaçãoA Itália enfrenta uma combinação de emigração, crescimento populacional relativamente invariável e baixa taxa de natalidade. Os cidadãos do país esperam muito de seu governo, que, em 2007, obteve um orçamento de 50% do PIB.1

Exemplo de manifestação de crescentes preocupações ambientaisA Índia tem uma economia de serviço ascen-dente e uma média de idade baixa. Conside-rando o aumento no consumo de recursos no país, os impactos ambientais relacionados precisarão ser abordados.

Globalização aceleradaEsse talvez seja o agente mais poderoso de todos, e os exemplos são vários. Os países e as sociedades vêm criando uma maior interdependência econômica nas esferas social, política e cultural. As economias emergentes modernizam-se a passos largos à medida que cadeias de suprimentos complexas fazem aumentar a demanda por redes de transporte internacionais e outras infraestruturas. As redes de comunicação e distribuição tornam-se cruciais para a economia e a estabilidade globais. Essas vertentes são claras, por exemplo, na Europa Central, em várias regiões da Ásia e cada vez mais na África.

Perfis econômicos nacionais, disponibilidade de empregos e qualificações também estão mudando. Milhões de trabalhadores na China, na Índia e em outros mercados emergentes estão ingressando no mercado de trabalho internacional para concorrer – por conseguinte, os países desenvolvidos estão, no geral, perdendo cargos na área de produção e adicionando na área de prestação de serviços.

A interdependência econômica também aumenta, por exemplo, entre mercados financeiros. E o prejuízo decorrente da crise do crédito dos Estados Unidos em 2007 foi muito além das fronteiras nacionais, visto que os efeitos negativos internacionais afetaram bancos em várias regiões do mundo.

Crescentes preocupações ambientaisA disponibilidade de recursos naturais pode transformar os países, as sociedades e o dia a dia das pessoas. Os governos começaram a perceber que o comportamento do indivíduo e do país, no fim das contas, influenciará toda a humanidade. Essa questão vem ganhando atenção política e científica, e a compreensão dos impactos ambientais torna-se cada vez mais importante para o debate a respeito das economias pública e privada. Consequentemente, as políticas governamentais de todo o mundo estão se tornando “ecológicas”.

Até certo ponto, os governos sentem a pressão de lidar com os efeitos do aquecimento global, com uma queda previsível nos combustíveis minerais e no suprimento de gás, com o aumento abrupto dos custos de energia e com a escassez de água potável. Muitas vezes, os períodos cíclicos envolvendo a medida frente ao impacto e o reparo são bem longos. Essas e outras preocupações relacionadas levaram ao surgimento de novas indústrias ecológicas, estimulando inclusive a utilização de fontes de energia alternativas e renováveis. Entre as recentes respostas aos desafios ambientais, algumas cidades começaram a colocar em prática estratégias de redução do tráfego rodoviário e da poluição resultante.


Exemplo de manifestação de evolução das relações sociaisNos EUA, os cidadãos têm acesso a vários serviços, formulários e informações de órgãos municipais, estaduais e federais na Internet a qualquer momento e, cada vez mais, realizam transações por esse meio (por exemplo, declaração de renda e pagamento de contas pelo computador).

Exemplo de manifestação de ameaças à estabilidade e à ordem socialNos últimos anos, os EUA, a Grã-Bretanha e a Espanha têm sido alvos do terrorismo internacional, tanto dentro de suas fronteiras quanto no exterior. Garantir a segurança de seus cidadãos e de suas instituições perma-nece um desafio contínuo e de alta prioridade. Ao mesmo tempo, a falta de fé pública nas instituições financeiras aumentou durante a crise do crédito que levou alguns fundos de pensão e bancos à falência.

Evolução das relações sociaisAs expectativas que os cidadãos e as entidades comerciais têm de seu governo estão passando por mudanças. Modelos históricos de sociedade fundamentados na proximidade, língua comum e cultura perdem importância, e o conceito de nacionalidade, para indivíduos e negócios, está caindo em desuso.

Mais do que nunca, a colaboração mundial flexível e espontânea está tomando o lugar de estruturas administrativas inexoráveis na indústria. Hoje em dia, espera-se que os governos gerem resultados e valores por meio de serviços seguros, disponíveis em qualquer lugar e a qualquer momento, às empresas, pessoas, funcionários e outros governos. Processos governamentais típicos como, por exemplo, a determinação de políticas e a regulamentação, deverão se adaptar mais rapidamente, caso contrário, correrão o risco de se tornar irrelevantes.

Crescentes ameaças à estabilidade e à ordem socialA economia internacional ascendente vem gerando suspeitas entre grupos de pessoas anteriormente isolados e sem nenhuma ligação. As tensões internacionais e interculturais e a desobediência civil estão aumentando, oriundas parcialmente da demografia em transformação e da imigração entre países e regiões, bem como de outras questões locais milenares.

Além de ameaças à estabilidade decorrentes de pandemias e desastres naturais, surgem focos de neo-isolacionismo e coexistência tolerante. Os governos e as sociedades precisarão reagir para proteger vidas e bens e para ajudar a garantir a estabilidade.

Maior impacto da tecnologiaAs capacidades emergentes na medi-cina, fornecimento de energia e âmbito da informação são de suma importância para a humanidade, e novas capacidades estão chegando mais rapidamente. Novas tecnologias surgem em proporção assus-tadora, cada qual trazendo novos custos e novas expectativas. No entanto, o tempo de previsão, planejamento e reação para aproveitá-las está diminuindo. Os cidadãos estão se acostumando cada vez mais às tecnologias; assim sendo, os governos gozam da oportunidade de fazer uso disso para promover a melhoria dos serviços.

No geral, os mecanismos tradicionais das atividades de fiscalização e regulamenta-ção não conseguem acompanhar o passo das novas tecnologias, sendo mais difícil impor leis de propriedade intelectual na economia internacional. Enquanto algu-mas tecnologias melhoram a produtividade (como a tecnologia da informação), outras podem aumentar os custos (como as rela-cionadas à saúde pública). Paralelamente, os governos enfrentarão o problema da proteção e da privacidade de informações à medida que dependem mais de sua utiliza-ção para prestar serviços, o que exige uma medida equilibrada e delicada.


Exemplo de manifestação de maior impacto da tecnologiaA China é um exemplo de país que lida com os efeitos da tecnologia nova e difundida. O rápido processo de industrialização e urbani-zação no país causa mais pressão para que novas tecnologias sejam adotadas, tudo isso enquanto os cidadãos familiarizam-se cada vez mais com a Internet e adaptam-se às capacidades de comunicação inerentes ao mundo virtual.

Por que cada governo deve elaborar uma estratégia personalizada?Espera-se que esses agentes exerçam impacto sobre todos os países no futuro próximo, mesmo sabendo-se que a urgência de lidar com seus rumos específicos será diferente em cada um deles. Essas diferenças emergirão do conjunto particular de ambições e barreiras que os países enfrentam ao desenvolverem respostas locais aos referidos agentes (vide Figura 2).

Os governos devem reconhecer e analisar suas ambições a fim de orientar decisões diante da mudança no mundo. As ambições englobam metas como o gerenciamento da defesa nacional e da segurança pública, a melhoria do padrão de vida, a proteção do patrimônio cultural e religioso, a perpetuação do governo estabelecido e a facilitação do acesso a serviços governamentais.

Como contrapeso às suas ambições, cada país deve lidar com um leque de barreiras políticas, econômicas e sociais. As barreiras atenuam a taxa com que uma sociedade e seu governo conseguem progredir em direção à realização das ambições. A velocidade e a eficiência de processos governamentais são exemplos de barreiras políticas, a disponibilidade de capital é uma barreira econômica e as expectativas dos cidadãos quanto às condições de trabalho, serviços governamentais e padrões de vida são barreiras sociais.

Colaboração contínua: O que será necessárioCompreenda os componentes da colaboração contínuaO modo como os governos conseguirem responder aos efeitos positivos e negativos dos seis agentes mundiais influenciará demais a capacidade de os cidadãos prosperarem no futuro. Enquanto os governos assumem formas que promovem a colaboração contínua, os homens públicos também podem mobilizar os cidadãos e colaboradores a vislumbrar maiores metas sociais, como, por exemplo, a erradicação total de uma doença e a educação de todas as crianças estipulando-se quantos serão os anos de ensino.


Agentes

Formas de manifestação

Ambições

Estratégias

Barreiras

FIGURA 2.Embora os seis agentes da mudança sejam os mesmos ao redor do mundo, as vertentes são manifestadas de modo diferente – caracterizando-se por divergências em ambições e barreiras.


Em primeiro lugar, os governos precisam

compreender os principais

componentes da colaboração

contínua; em seguida, essa capacidade

indispensável pode ser desdobrada e

empregada para gerar as soluções que

melhor atendem às necessidades de tais

componentes.

Esse tipo de abordagem abrangente pode servir de base para se atingir tais metas arrojadas por meio de inúmeras iniciativas de colaboração. Cada país deve começar a elaborar estratégias de colaboração contínua que abordem os impactos dos seis agentes mundiais – tudo dentro do contexto de uma mistura peculiar de ambições e barreiras.

Durante a criação da estratégia, todas as abordagens devem incorporar a colaboração melhorada, pois as questões envolvidas requerem melhor comunicação e relacionamento de ideias entre os crescentes números e tipos de organizações, governos, órgãos e outras entidades do setor privado, nas mais diversas dimensões (vide Figura 3).

A definição e a sustentação de uma estrutura de colaboração contínua fomentam o objetivo da troca de informações em qualquer forma, para qualquer canal e entre qualquer tipo de emissor e receptor. A finalidade dessa estrutura é aproveitar capacidades em todas as facetas da sociedade, e não apenas no âmbito governamental. À medida que as organizações adaptam-se ao mundo virtual e fogem do modelo “hierárquico e vertical” para o “propagado e horizontal”, a colaboração contínua possibilita um maior trabalho em equipe e uma maior interligação. A ideia de “organização virtual” sairá gradualmente do âmbito conceitual para consagrar-se como a maneira que governos bem-sucedidos funcionam.

1o componente – Organização, cultura e governança

Governos bem-sucedidos terão uma visão mais clara de como fornecem valores a seus públicos-alvos, e isso mudará seu modo de organização e operação, tanto interna quanto externamente.

O gerenciamento do capital humano, as estruturas institucionais e o gerenciamento financeiro passarão por transformações organizacionais, principalmente no que diz respeito à promoção de redes e parcerias para se alcançar objetivos. Em se tratando de cultura, os governos adotarão mais elementos de concorrência, escolha e incentivos – como, por exemplo, ao esforçar-se para mobilizar cidadãos, estimular “práticas ecológicas” e realizar serviços sob demanda. Por fim, novas abordagens à governança hão de evoluir, incluindo a adoção de novas métricas para mensuração de resultados e de desempenho do governo.

FIGURA 3.Colaboração contínua – uma capacidade indispensável aos governos.


Colaboraçãocontínua

Organização, cultura e

governança

Parcerias, intermediários e

intercâmbio

Interação e serviços

personalizados

Criação e compartilhamento de conhecimento


Um elemento essencial será a maior transparência quanto à eficácia de iniciativas públicas que avaliam resultados, transmitem aprendizados e valorizam a experimentação. Isso também leva a dependências mútuas para o sucesso entre governos, negócios e outras instituições e cidadãos.

Suécia: País que aborda o congestionamento e a poluição do ar com tecnologia de radiofrequênciaAssim como outras cidades, Estocolmo, na Suécia, enfrenta o problema do congestio-namento e da poluição, que afeta de modo negativo a qualidade de vida dos cidadãos. A solução: das 6h30 às 18h30, de segunda a sexta-feira, um “sistema de cobrança em con-gestionamento” tributa os veículos que entram ou saem das zonas de congestionamento. As taxas são mais altas nos horários de pico. Tecnologias de radiofrequência e câmeras são ligadas às placas e bancos de dados financei-ros a fim de identificar os veículos e processar a cobrança.

Resultados até o momento:

• Após um projeto piloto de 7 meses, o tráfego caiu em até 25%, o que equivale a 100.000 veículos a menos no trânsito por dia; o número de passageiros de trem e transeuntes aumentou em até 40.000 por dia; e a emissão de gases do efeito estufa caiu 40%.

• Os eleitores aprovaram a implementação permanente da medida após o parlamen-to sueco tê-la aplicado em 2007.2

China: O E-Port melhora a colaboração dentro e fora do governo chinês

A falta de integração flexível de aplicativos e sistemas vinha afetando negativamente a eficácia da colaboração e do compartilhamen-to de informações. O E-Port ficou encarregado de melhorar o fluxo de dados relacionados ao comércio internacional no governo chinês e com protagonistas da indústria e da economia.

O E-Port implementou uma plataforma cola-borativa de software e soluções completas para proporcionar às empresas um suporte mais eficiente de sua missão. Alguns dos benefícios são:

• um ambiente rigorosamente integrado e seguro;

• melhor compartilhamento de informações;

• maior eficiência operacional.4

2o componente – Parcerias, intermediários e trocasApesar dos desafios, os governos estão cientes de que precisam colaborar entre si e com o setor privado.3 Todavia, muitas vezes a colaboração direta não é uma boa opção – há simplesmente muitas conexões “um a um” para administrar, e restrições legais também podem apresentar obstáculos.

A necessidade de colaborar internacionalmente e acompanhar o ritmo das mudanças nas sociedades do mundo levará a novas alianças e resultará em novos modelos de interação. Esperamos cada vez mais que os governos se juntem ou formem um número crescente de empreendimentos colaborativos. Organizações internacionais e supranacionais e intercâmbios, como a União Europeia, a OMS e a Organização da Aviação Civil Internacional, são exemplos de como os governos conseguem tratar de limites constitucionais a poderes que podem exercer diretamente.

3o componente – Interação e serviços personalizadosOs governos começaram a perceber que programas universais estão longe de atender às necessidades dos cidadãos. As demandas por eficiência, eficácia, segurança e privacidade estão aumentando o foco sobre a individualização de medidas governamentais. Em áreas como a de serviços sociais, uma combinação de programas voltados à necessidade das pessoas é de especial interesse.


Canadá: servir os cidadãos por meio da Web

Como a maioria dos governos centrais, o Canadá tem uma vasta gama de programas e serviços para os seus cidadãos, mas a iden-tificação e o acesso a esses serviços pode ser um desafio. A Service Canada foi criada como um centro de atendimento multicanal integrado (one-stop), para uma ampla gama de programas e serviços federais. O serviço pode ser acessado por meio de mais de 300 agências em todo o país, por telefone (com mais de 50 milhões de chamadas por ano) ou pela Web (mais de 14 milhões de visitas na Web por ano).

Como resultado, essa solução:

• Criou uma rede de oferta “direcionada ao cidadão”

• Expandiu os pontos de serviço em todo o país, especialmente em comunidades ao norte e em locais remotos

• Estabeleceu parcerias com outros níveis de provedores de serviços governa-mentais e comunitários a fim de integrar melhor os serviços para os canadenses

• Criou uma organização capaz de continuar a melhorar e introduzir novos serviços – em um ambiente one-stop

No entanto, talvez seja difícil implantar, administrar e fazer auditoria de tais serviços personalizados – as preocupações vão desde a transparência e responsabilização de administradores individuais de governos à segurança e privacidade dos processos usados para coletar e proteger informações pessoais dos cidadãos. Cada vez mais, os governos estão recorrendo a tecnologias nas áreas de TI, redes e serviços de saúde para dar sustentação a essa personalização. O maior uso da automação reduz a influência do julgamento humano e da lenta deliberação utilizada nas transações tradicionais e na divulgação de informação. Melhores ferramentas também podem ajudar a identificar indivíduos com precisão, o que pode levar à maior segurança e eficácia do programa.

4º Componente – Criação e compartilhamento de conhecimento A “sobrevivência do mais sábio” será um dos desafios mais importantes nas próximas décadas. A criação e compartilhamento de conhecimentos são fundamentais para a promoção da pesquisa interdisciplinar e multidisciplinar, assim como o estímulo à inovação de produtos e serviços. O envelhecimento da população ativa exige novos modelos de compartilhamento de conhecimentos, que também podem ajudar a educar as gerações mais jovens sobre como ter um papel importante na população ativa moderna.

Pensilvânia: ter melhores insights para orientar investimentos futurosA Pensilvânia enfrentou pressões competitivas globais e precisou identificar oportunidades fu-turas para o crescimento econômico. O estado buscou um melhor insight sobre o ambiente atual e, o mais importante, onde focar e inves-tir no seu futuro.

Os funcionários do estado implementaram um processo de colaboração e compartilhamento de conhecimentos para ajudá-los a avaliar as vantagens competitivas de um seleto grupo de aglomerados industriais e subsetores locali-zados dentro da Pensilvânia, em relação a 22 localidades concorrentes nos EUA e em todo o mundo.

Insights da análise da concorrência trouxeram aos líderes políticos e empresariais do estado uma compreensão mais clara do cenário competitivo e uma estrutura para formulação de estratégias eficazes e realização investimentos.

Revisitar os programas existentes com a colaboração permanente em menteMuitos programas do setor público pre-cisarão ser renovados uma vez que as estratégias estão alinhadas com as reali-dades existentes. As tendências em curso criam possibilidades para fazer importantes melhorias estratégicas. Enquanto colabo-


ram com as várias partes interessadas para melhorar os programas atuais, os governos devem lembrar-se de considerar as influ-ências combinadas de aspirações e limita-ções, e como cada uma se relaciona com múltiplos agentes simultâneos.

Demografia em transformaçãoO envelhecimento da população ativa do governo, por exemplo, forçará o uso mais amplo de teletrabalho e o compartilhamento e criação de conhecimento. Isso pode manter o conhecimento na organização já que muitos nascidos na geração do baby boom se aposentarão em breve (o número de aposentados deverá subir até 30% em cinco anos)6

Os programas-modelo dentro dessa categoria são vitalidade econômica para os cidadãos que estão envelhecendo, programas sociais e financeiros para pensionistas, saúde baseada em resultados e valores. As modificações da estratégia devem incluir:

• Aumento do foco no bem-estar para complementar os serviços de saúde

• Fortalecimento do gerenciamento de direitos para evitar o desperdício

• Melhorar a eficiência administrativa para desviar recursos para prestação de serviços

Essas possibilidades já estão levando a debates éticos em muitas sociedades, incluindo questões como: de que maneira racionar os serviços médicos existentes e como manter a saúde acessível para várias faixas etárias.

Globalização aceleradaO ritmo da globalização influenciará as políticas econômicas e a necessidade de ensino superior para competir em um cená-rio mundial. Comunicação e compatibilidade cultural também serão fundamentais para o sucesso. Os programas-modelo dentro dessa categoria são: ensino primário para crianças, controle da imigração, desenvol-vimento da população ativa, iniciativas de cidadania, sistemas confiáveis de identifica-

ção, privacidade da informação pessoal e estabilidade das instituições financeiras.As modificações da estratégia podem incluir:

• Avaliação de habilidades e capacidades em relação aos pares em todo o mundo

• Estabelecimento de planos que fortaleçam os vínculos entre as estratégias industriais e educacionais

• Criação de redes globais com os parceiros complementares.

Crescentes preocupações ambientaisOs governos podem dar exemplos de TI ecológica e criar novos modelos de aquisição e planos de abastecimento estratégico. Os programas-modelo dentro dessa categoria são: a “agenda ecológica”, segurança no abastecimento de água e alimentos, gerenciamento de transporte e congestionamentos, fornecimento e consumo de energia. Será necessário liderar pelo exemplo, senão os governos perderão rapidamente a credibilidade nessa área de crescente preocupação para os cidadãos e empresas em todo o mundo.

O desenvolvimento econômico regional e a aglomeração das grandes cidades podem levar à criação e implementação de políticas inovadoras, dentro de prazos temporais e financeiros razoáveis. Observe os exemplos dos prefeitos de Estocolmo e Londres, que tiveram a iniciativa de implementar tarifação rodoviária como forma de diminuir a poluição e os congestionamentos, apesar da resistên-cia de alguns órgãos dos governos nacionais. Os cidadãos locais exerceram seu poder no governo local e esse sucesso está chamando a atenção dos governos nacionais.

As modificações da estratégia podem incluir:

• Criação de objetivos municipais, regionais, nacionais ou globais e utilização das forças de mercado para alcançá-los (por exemplo, intercâmbios)

• Rentabilização do custo do impacto ambiental para a inclusão nas avaliações financeiras públicas e privadas.

Não são apenas necessárias novas

soluções de governo - os seis agentes também

estão criando possibilidades

para importantes melhorias nas

estratégias atuais.


Evolução das relações sociais

A natureza interativa da Internet atual é um grande salto em relação ao que anteriormente consistia em “surfar” passivamente para obter informações. A Web tornou-se mais fácil de usar depois que evoluiu para o que já é amplamente descrito como “Web 2.0”. Oferece experiências ricas ao usuário, que incluem a possibilidade de colaboração on-line por meio da criação de novos conteúdos e vastas oportunidades para a partilha de informação multidirecionais. Em uma progressão natural, cidadãos e outros públicos-alvo esperam cada vez mais esse mesmo tipo de conectividade quando interagem com o governo.

Como forma de permitir uma colaboração entre o governo e os públicos-alvo usando as características da Web 2.0, prevemos a evolução do “governo eletrônico” – que descreve o sucesso dos governos ao utilizar tecnologias de informação e comunicação – em “Governo 2.0”7. Ao invés da interação dos cidadãos e das transações comerciais com base na transferência de informação em mão única, o Governo 2.0 pode atender melhor às demandas para personalização e conectividade por meio de características que dependem de várias ferramentas de comunicação, incluindo comunidades on-line, blogs e outros tipos de redes sociais.

Os programas-modelo dentro dessa categoria incluem interações com cidadãos, autoatendimento e autorresponsabilidade dos cidadãos. As modificações da estratégia podem incluir:

• Evolução das estratégias de governo – especialmente em aquisições – para explorar valor na criação ou uso de redes

• Dedicar uma quantidade calculada e protegida de recursos – tanto de pessoal quanto orçamentários – para promover a inovação.

Crescentes ameaças à estabilidade e à

ordem social

As contínuas violações de segurança promoverão investimentos em gerenciamento da proteção de conteúdo. Os programas-modelo dentro dessa categoria são defesa e segurança, preparação e resposta a emergências e inteligência estratégica. Como não existe segurança perfeita, os governos terão de avaliar os riscos calculados para a sociedade, tais como equilibrar a necessidade de informação com a necessidade de proteger a privacidade, coletando inteligência estratégica e compartilhando-a com órgãos que colaboram com a segurança. A questão da privacidade em relação á segurança continuará a exigir atenção.

As modificações da estratégia deverão incluir:

• Colaborar com as organizações semelhantes para compartilhar recursos e conhecimentos em qualquer nível de governo (departamental, municipal, regional ou nacional).

• Orientar os programas sociais e iniciativas de comunicação para interditar as condições humanas que podem gerar transtornos.

Maior impacto da tecnologia

São vitais políticas e estratégias apropriadas e em resposta às novas tecnologias. As estratégias políticas e econômicas de sucesso devem reconhecer e canalizar tecnologia. Os programas-modelo incluem acesso e infraestruturas tecnológicas públicas, a adoção de padrões abertos, terceirização geral e terceirização de tarefas específicas (out-tasking) por parte do governo e a troca bilateral direta de informações entre o governo e o público.


As modificações da estratégia deverão incluir:

• Uso compartilhado de infraestruturas e ativos (por exemplo, redes ou equipamentos médicos) sempre que possível para reduzir custos.

• Aplicação equilibrada de tecnologias justificadas pelo custo (como o programa social de detecção de fraude) com tecnologias de melhoria de vida (como novos diagnósticos médicos) para melhor aproveitamento do orçamento inalterável.

Acessibilidade – Cada vez mais importante no mundo“Uma sociedade democrática não pode viver pacificamente no meio de exclusões sistêmi-cas ... São necessárias políticas audaciosas ligando as mudanças tecnológicas e as refor-mas sociais”.

- Jean-Claude Frajmund, presidente da FreeVer-gence no Brasil 8

A acessibilidade está crescendo em importância em todo o mundo e tem muitos aspectos. Cresce a procura de uma maior inclusão das minorias e pessoas com necessidades especiais nas sociedades e economias; porém, permitir a acessibilidade também inclui a prevenção de outros tipos de privação de direitos:

• Inclusão. Como o número de comunida-des multiculturais e falantes não nativos continua a subir, padrões globalizados estão abrindo o mercado global. A inclusão é igualmente necessária para fornecer a preparação e resposta de emergências a todos os cidadãos, resi-dentes e visitantes

• Personalização. Essa forma de acessi-bilidade aborda a crescente preferência por serviços baseados na Web, bem como a demanda por serviços públicos que estão disponíveis em praticamente qualquer lugar e a qualquer hora.

• Facilidade de uso. Como a população ativa continua trabalhando por mais

tempo e se torna cada vez mais diversi-ficada, a facilidade de uso continua a ser um requisito fundamental.

• Produtividade. Na medida em que se expande, o uso da tecnologia poderá ajudar a resolver muitos dos aumentos de custo dos governos, formar cidadãos capacitados e autônomos e estimular o consumo de informações e serviços governamentais.

Por onde começar – comece com uma autoavaliaçãoVários fatores críticos ao sucesso influenciam o modo como o governo pode inovar para enfrentar seus desafios, incluindo:

• Alta liderança pró-ativa e comprometida

• Objetivos baseados nos resultados e voltados aos cidadãos

• Modelos de governo eficazes, incluindo perspectivas intra, inter e extraorganizacionais.

• Uso focado e deliberado de inovação, integração e colaboração

• Uma infraestrutura dinâmica e integrada

• Avaliação continuada como um processo contínuo e de alta prioridade para o governo

• Governos darem o exemplo.

As seguintes perguntas podem ser úteis como parte da preparação das bases para estimular os governos a realizarem esses fatores de sucesso:

• Como os seis agentes se manifestam em sua sociedade e quais são as implicações para seus públicos-alvo?

• Como alinhar sua organização e métodos de condução de negócios com o envelhecimento da população ativa a fim de mitigar o impacto de um grande número de funcionários que esperam se aposentar ou procurar maneiras alternativas para trabalhar?


• Qual o grau de satisfação com seu plano para avaliar opções de compar-tilhamento ou terceirização de serviços em colaboração com outros governos nacionais, órgãos ou entidades priva-das do setor? Onde estão os atuais funcionários qualificados e como avaliar a atratividade econômica de uma infra-estrutura compartilhada?

• Que tipos de medidas de segurança podem ser criadas para manter em sigilo as informações que são coletadas como parte da prestação de serviços personalizada do governo?

• Como priorizar o compartilhamento de conhecimentos na medida em que se determina os processos e ferramentas ideais para desenvolver e pôr em práti-ca estratégias de governo? Como colher mais benefícios do reaproveitamento de capital intelectual, inclusive aplicando as lições aprendidas para criar novos produtos e serviços inovadores?

A partir de agora, os governos devem trabalhar visando lidar simultaneamente com os efeitos dos seis agentes quase uni-versais que estão remodelando o mundo. Cada governo e sociedade deverá desen-volver estratégias adequadas para equili-brar o impacto desses agentes com as suas próprias aspirações e limitações nacionais. O estabelecimento de uma estrutura de co-laboração permanente – uma comunicação multifacetada em várias formas, conectada com entidades além de fronteiras nacionais e organizacionais – é o primeiro passo para ajudar o setor público a atender à vasta gama de necessidades dos públicos-alvo.

Como um governo eficaz operará em 2020Em última análise, pode-se fazer a simples pergunta: “Como saberemos se os gover-nos implementaram os tipos de mudanças necessárias para enfrentar as consequên-cias dos agentes e respostas públicas?” Acreditamos que os governos de sucesso:

• Concentram-se em três missões fundamentais: prosperidade econômica,

bem-estar ambiental e um mundo mais seguro9

• Colaboram por meio de abordagens transparentes que fazem com que os governos ganhem e mantenham a confiança do público e, assim, resultam na aceleração das melhores práticas e mudanças de colaboração10

• Lideram por meio de exemplos para ganhar e manter a influência, enquanto realizam as mudanças necessárias em suas sociedades

• Priorizam e executam planos, fazendo escolhas claras, envolvendo grupos políticos locais para fazer as escolhas, com uma forte inclinação à proteção dos direitos humanos e de propriedade11

• Avaliam e melhoram as ações tomadas em resposta aos agentes, implementadas em um ritmo que oferece uma chance de sucesso às novas iniciativas

• Encontram maneiras de misturar o desen-volvimento ascendente e descendente, bem como a implementação de soluções para os problemas e desejos como um processo contínuo de colaboração

• Definem padrões e incentivam tendências em áreas escolhidas

• Provam que podem ser responsáveis, mas ao mesmo tempo incentivam os outros a também se responsabilizarem.12

Vivemos em um período de incerteza, com ameaças e grandes oportunidades, em que os mega-agentes estão começando a afetar profundamente a forma como os governos funcionam. Não há segunda chance para enfrentar esses agentes de forma correta – funcionários do governo, seus públicos-alvo e aliados devem juntos “acertar” da primeira vez. O envolvimento de grandes setores da sociedade em um processo efetivo de co-laboração permanente representa a maior esperança de sucesso. Isso exige que encaremos os fatos, decidamos o que fazer e ajamos agora.

Estabelecer uma perpétua abordagem

de colaboração é o primeiro passo

para ajudar o setor público a atender

à vasta gama de necessidades dos

públicos-alvo.


Para saber mais sobre este estudo do IBM Institute for Business Value, entre em contato conosco: [email protected]. Para obter um catálogo completo de nossa pesquisa, visite:

ibm.com/iibv

AutoresJames W. Cortada é um membro do IBM Institute for Business Value, onde lidera as equipes que realizam pesquisas sobre as questões fundamentais que os governos enfrentam ao redor do mundo. É autor de mais de 100 artigos e 40 livros, a maioria sobre o papel e gerenciamento de tecnologia. Trabalhou como consultor no setor público ao longo das últimas três décadas e está na IBM há mais de 30 anos. Fale com ele pelo e-mail: [email protected].

Sietze Dijkstra é Líder Industrial Global para o Governo, na IBM Global Business Services. Tem vasta experiência em projetos de transformação do governo e soluções inovadoras que geram valor para os cidadãos. Fale com ele pelo e-mail: [email protected].

Gerry M. Mooney é Gerente Geral para Governo e Educação Globais, responsável por compreender as necessidades do cliente, definir a estratégia da IBM, selecionar áreas de investimento, criar programas de marketing e direcionar a utilização dos recursos da IBM em todo o mundo para esses dois setores. Tem MBA pela Universidade de Yale, mestrado em contabilidade pela Universidade de Georgetown e é bacharel em filosofia pela Faculdade Mount Saint Mary’s. Fale com ele pelo e-mail: mooneyg @us.ibm.com.

Todd Ramsey é Diretor Executivo da IBM Corporation nos Estados Unidos. Trabalha há mais de 30 anos com a IBM nas áreas dos governos americano e global. Com frequência, participa de conferências do setor como orador principal. Escreveu On Demand Government, Continuing the e-government Journey [Governo On

Demand - Dando continuidade à jornada do governo eletrônico]. Foi entrevistado por publicações do setor de comércio e grandes meios de comunicação, incluindo The Washington Post, Government Computer News, Government Technology, Federal Computer Week, Washington Technology e The New York Times. Fale com ele pelo e-mail: [email protected].

Colaboradores

Agradecemos aos vários colegas e funcionários públicos de todo o mundo que contribuíram para esse projeto de várias formas e, em particular, os listados abaixo, que deram um suporte maior.

Jonathan Breul, IBM Global Business Services, diretor do Centro IBM para Negócios Governamentais

Curtis C. Clark, IBM Sales and Distribution, Diretor-Executivo de Desenvolvimento de Negócios

Jia Ning Ma, IBM Global Technology Services China, Chefe de Vendas

Albert Morales, IBM Global Business Services, Gerente Geral, Chefe do Setor Público Federal da Indústria

Jatinder S. Pannu, IBM Software Group, engenheiro renomado da IBM

Madhav R. Ragam, IBM Sales and Distribution, Singapura, Especialista em Vendas ao Setor Público

Jeffrey Rhoda, IBM Ásia-Pacífico, Vice-Presidente para o Setor Público

Bradley L. Westpfahl, IBM Government Sales and Distribution, Diretor de Operações para o Governo


Sobre a IBM Global Business ServicesCom especialistas em negócios em mais de 160 países, a IBM Global Business Services oferece processos de negócios e profunda experiência na indústria em 17 setores, utilizando a inovação para identificar, gerar e agregar valor mais rápido. Utilizamos toda a gama de capacidades da IBM, dando respaldo para ajudar os clientes a implementar soluções concebidas para gerar resultados de negócios, com impacto de longo prazo e resultados sustentáveis.

Referências1 “Population and Social Conditions

Data.” Eurostat. http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=0,1136184,0_45572595&_dad=portal&_schema=PORTAL. Último acesso em 19 de março de 2008; “United Nations World Population Prospects: The 2006 Population Revision Database.” United Nations. http://esa.un.org/unpp/index. asp?panel=2 Último acesso em 19 de março de 2008; “OECD Economic Outlook No. 82, December 2007”, Organisation for Economic Cooperation and Development. http://www.oecd.org/document/18/0,2340, de_2649_201185_20347538_1_1_1_1,00.html. Último acesso em 19 de março de 2008.

2 “Facts about the Evaluation of the Stockholm Trial.” Stockholmsförsöket. Setembro de 2006. http://stockholmsforsoket.episerverhotel .net/upload/Hushall_eng.pdf. Último acesso em 19 de março de 2008.

3 “Expanding the Innovation Horizon: The Global CEO Study 2006.” IBM Corporation. http://www.ibm.com/bcs/ceostudy. Último acesso em 19 de março de 2008

4 Asian Development Bank, “Introduction of China E-Port.” Maio de 2007. http://www.adb.org/Documents/Events/2007/

Customs-Automation/Presentation-E-Port.pdf. Último acesso em 19 de março de 2008

5 “Service Canada Annual Report 2005-06.” Service Canada. http://www.servicecanada.gc.ca/en/about/reports/ar_0506/pdf/ar_0506.pdf. Último acesso em 19 de março de 2008

6 Stier, Max. “Are You Experienced? How Boomers Can Help Our Government Meet Its Talent Needs.” Partnership for Public Service, New York. http://www.ourpublic-service.org/OPS/publications/download.php?id=89. Último acesso em 19 de março de 2008

7 Cortada, James W., Ashish M. Gupta & Marc Le Noir. “How nations thrive in the Information Age: Leveraging information and communications technologies for national economic development.”, IBM Institute for Business Value, Fevereiro de 2007. http://www-935.ibm.com/services/us/index.wss/ibvstudy/gbs/a1026851?cntxt=a1000055.

8 The Wireless Internet Institute, ed. The Promise of Broadband Wireless Communities, página 26. United Nations ICT Task Force and the Wireless Internet Institute. Boston, Massachusetts. 2005.

9 Dirks, Susanne, Dr. Mary Keeling & Ronan Lyons. “Economic development in a Rubik’s Cube world: How to turn global trends into local prosperity.” IBM Institute for Business Value. Janeiro de 2008. http://www-935.ibm.com/services/us/index.wss/ibvstudy/gbs/a1029246?cntxt=a1000401


10 Cortada, James W., Ashish M. Gupta & Marc Le Noir. “How nations thrive in the Information Age: Leveraging information and communications technologies for national economic development.” IBM Institute for Business Value, Fevereiro de 2007. http://www-935.ibm.com/services/us/index.wss/ibvstudy/gbs/a1026851?cntxt=a1000055.

11 Cortada, James W., Molly Harmon & Lisa Yarbrough. “Identifying what should be changed: How public officials and military leaders can choose wisely.” IBM Institute for Business Value. Julho de 2007. http://www-35.ibm.com/services/us/index.wss/ibvstudy/gbs/a1028558?cntxt=a1000055.

12 Dijkstra, Seitze & Marc Le Noir. “The Big Lie About Transparency: How to Implement Performance Management in Government Successfully.” IBM Institute for Business Value. Outubro de 2004. http://www-03.ibm. com/industries/government/doc/content/resource/thought/1263011109.html.

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