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Seis horas da manhã. -Não faça barulho! - ele disse - Pois lá fora há outros que ainda dormem; eu sei que você não sabe por que acordou, e nem entende porque tudo é assim, tão feio e desordenado, mas é assim, nem tudo pode ser o sonho que você antes vivia. As coisas acontecem, e chega uma hora que você percebe a sua impotência frente a tudo que rege as mudanças desse mundo, se cansa de lutar em vão e se rende a triste realidade; o nosso mundo já foi, esse que está aí agora é deles. Mas não se assuste tanto, já são seis horas da manhã, e os pássaros lá fora já cantam. Adryano Sergio Quegi

seis horas da manhã

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textos, poemas, coisas qualqueres, tentativas de crônicas, tentativas de arte, tentativas de salvação, por Adryano Sergio Quegi

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Page 1: seis horas da manhã

Seis horas da manhã.

-Não faça barulho! - ele disse - Pois lá fora há outros que ainda dormem; eu sei que você não sabe por que acordou, e nem entende porque tudo é assim, tão feio e desordenado, mas é assim, nem tudo pode ser o sonho que você antes vivia. As coisas acontecem, e chega uma hora que você percebe a sua impotência frente a tudo que rege as mudanças desse mundo, se cansa de lutar em vão e se rende a triste realidade; o nosso mundo já foi, esse que está aí agora é deles. Mas não se assuste tanto, já são seis horas da manhã, e os pássaros lá fora já cantam.

Adryano Sergio Quegi