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A cidade e a poesia: visões sobre Caruaru Prof. Alyere Farias

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A cidade e a poesia: visões sobre Caruaru

Prof. Alyere Farias

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POIESIS: A ação ou a capacidade de produzir ou fazer alguma coisa, especialmente de forma criativa

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Para iniciar...

● Como a cidade de Caruaru é vista? ● O que eu considero como Patrimônio aqui em

Caruaru?● O que é Patrimônio Cultural?

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Visões sobre o Patrimônio

●O patrimônio histórico de uma cidade é o conjunto das manifestações produzidas socialmente ao longo do tempo no espaço urbano, seja no campo das artes, nos modos de viver, nos ofícios, festas, lugares ou na paisagem da própria cidade, com seus atributos naturais, intangíveis e edificados.

●As edificações, o traçado da cidade, o desenho dos passeios, as praças, o paisagismo, as manifestações culturais, os costumes, os saberes, celebrações e práticas culturais tornam-se referências simbólicas e afetivas dos cidadãos em relação ao espaço vivido, e constituem a imagem, a identidade de sua cidade.

●Preservar o patrimônio cultural de uma cidade é manter as marcas de sua história ao longo do tempo e, assim, assegurar a possibilidade da construção dinâmica da identidade e da diversidade cultural daquela comunidade.

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Visões sobre o Patrimônio● O artigo 216 da Constituição Federal assim conceitua patrimônio cultural:

Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;II - os modos de criar, fazer e viver;III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às

manifestações artístico-culturais;V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico,

arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

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Visões sobre a cidade

● Registro das Formas de Expressão - – manifestações literárias, – musicais, – plásticas, – cênicas – e lúdicas;

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Sonoridades e imagens que evocam alguns símbolos da cidade:

● A feira de Caruaru, de Onildo Almeida e interpretada por Luiz Gonzaga.

● Nordestino sim, de Bira e o Bando.● Caruaru do passado, de Azulão.● É todo Caruaru , de Janduhy Finizola.

Representações da cidade de Caruaru

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A Feira de Caruaru,Faz gosto a gente vê.De tudo que há no mundo,Nela tem pra vendê,Na feira de Caruaru.

Tem massa de mandioca,Castanha assada, tem ovo cru,Banana, laranja, manga,Batata, doce, queijo e caju,Cenoura, jabuticaba,Guiné, galinha, pato e peru,Tem bode, carneiro, porco,Se duvidá... inté cururu.

Tem cesto, balaio, corda,Tamanco, gréia, tem cuêi-tatu,Tem fumo, tem tabaqueiro,Feito de chifre de boi zebu,Caneco acuvitêro,Penêra boa e mé de uruçú,Tem carça de arvorada,Que é pra matuto não andá nú.

A feira de Caruaru

Tem rêde, tem balieira,Mode minino caçá nambu,Maxixe, cebola verde,Tomate, cuento, couve e chuchu,Armoço feito nas torda,Pirão mixido que nem angu,Mubia de tamburête,Feita do tronco do mulungú.

Tem loiça, tem ferro véio,Sorvete de raspa que faz jaú,Gelada, cardo de cana,Fruta de paima e mandacaru.Bunecos de Vitalino,Que são cunhecidos inté no Sul,De tudo que há no mundo,Tem na Feira de Caruaru

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Caruaru do PassadoAzulão

Caruaru,do meu Bom Jesus do MontePra quem vive tão distante por conta do destinoAi Caruaru,do meu tempo de menino

Ainda me lembro das festanças da MatrizDas noitadas de retreta e do velho chafarizDos roletes de cana-caiana,cocada de coco,amendoimDa burrica das bolas de gudeDos banhos de açude que não saem de mim

Da rua Preta o Farrapo,Lagoa da Porta e o VassouralDas noites de são joão,quadrilhas,natal e carnavalCaruaru,das serestas e das canções da rua 10 de novembroE de tantas tradições

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O cordelista na feira● J. Borges

Representações da cidade de Caruaru

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Representações da cidade de Caruaru

Caruaru a capital do forróArtista: André Cunha

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Representações da cidade de Caruaru

A carne-de-sol na sombradas barracas de alvaiadeQuarenta cachorros magrosNinguém pode ter piedadeC’uma costela de vacaa fome toca rabecano coração da cidade.

A feira dura três diasnão deixa sobra nenhumaCada velho cada meninoé doutor de economia.

-Um cego vendendo um bodegarante que produz leitecoalhada até requeijão– Mas, cego, como é que pode?O cego apenas responde:– Hoje quem faz propagandanão aceita discussão.

Mas cadê aquela feiraque irmão abraçava irmãoFateira entregava a conchapra mexer no caldeirãoFeirante botava a frutana boca do cidadão

Se não gostou, não compravaSe azedou, devolviaSe não vendia, era dadoFreguês pagava outro diaMorria, era perdoado

Hoje são outros 500São outros tempos, meu mano

O cego vendeu o bode– Vendi, e sem garantiaTinha mais de 30 anosnão vive mais 30 dias

Negócio tipo moderno.Hoje aqui ninguém mais fia.Quem pode, financia.Quem não pode, vá pro inferno.

Em: Poesia viva 2: a diversidade de nosso tempo na visão de cada poeta, coord. e sel. Moacyr Félix, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira:1979

Feira moderna de CaruaruFeira moderna de Caruaru, poema de Domingos Pellegrini, Jr.

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Artista: Rafael Rocha

Representações da cidade de Caruaru

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Representações da cidade de Caruaru: Literatura

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Representações da cidade de Caruaru: Literatura

● TERRA DE CARUARU, romance de José Condé“Vivenciar o início de uma cidade, ver índios que ali faziam sua

morada, assistir a uma guerra de disputas de terras entre homens e índios, presenciar a terra de Caruaru brotar diante de olhos que não se desligam de palavras que ali foram escritas, tudo isso faz surgir uma nova cidade de um passado meio vivido, meio sonhado: é, pois, o imaginário que floresce na obra Terra de Caruaru, do romancista caruaruense José Condé.” (Maria Juliana de Oliveira)

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● Espaço híbrido:Na planície, o gado se multiplicava; na zona molhada dos brejos

cresciam cafezais, canaviais, e mandiocais. Outras levas de escravos e de agregados vieram engrossar o agrupamento humano. Os forasteiros – levados pelo instinto de defesa – levantaram suas casas nas imediações da fazenda, que, de Caruru, se transformara em Caruaru. Crescia assim, o arruado e, com esse crescimento, as necessidades. Nasceu, então, a feira semanal, onde a população – na sua maioria pequenos criadores e pequenos agricultores que pouco a pouco iam deixando de depender diretamente de José Rodrigues de Jesus – fazia permuta de café, rapadura, farinha, gado, ovelhas (p. 26).

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● formação e desenvolvimento da cidade de Caruaru:O arruado crescia agora não somente em torno da

casa-grande da fazenda, mas, principalmente, da igrejinha, estendendo-se na direção sul. Envolvendo o templo de linhas simples e o casario de porta e janela, surgiam, distante, de leste para sudeste, as serras São Francisco; o Alto do Vassoural, no mesmo rumo; ao leste e noroeste,as Guaribas; ao sul, os Cavalos; a oeste. O monte Bom Jesus. Este quase dentro dos limites urbanos (p. 27).

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Um olhar sobre a cidade na década de 20“Que vão todos para o inferno” – pensa Barreto, enquanto

se afasta para o lado oposto da estrada. Daí pode ver a cidade: ao longe as torres das duas igrejas, ruas, praças, e, ao fundo, o morro em cujo cume se ergue a capela, tendo ao lado o cruzeiro de madeira. O sol envolve todas as coisas numa espécie de névoa amarelada. Como se fosse uma cidade fantasma. E, em volta, talvez aprisionando as casas – e, também, as criaturas – a caatinga com sua vegetação queimada, dura, sofrida (p. 48).

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● De todos os espaços constituintes da terra de Caruaru, talvez a feira seja o que mais represente a evolução e transformação desse lugar (Davi da Silva Gouveia)

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Representações da cidade de Caruaru: CinemaFerrolho é o segundo filme da Trilogia Sem Cor do diretor Taciano Valério. Ambientado na cidade de Caruaru o filme é um misto de elementos como o barro, a música, o artesanato e, também, o futebol.

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Representações da cidade de Caruaru: Cinema

SINOPSE

Enquanto um time de futebol realiza seus jogos, acontecimentos são vivenciados nos interiores das casas. Noutros espaços o barro é a medida do conflito de uma família.

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Representações da cidade de Caruaru: Cinema

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Representações da cidade de Caruaru: Cinema

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Registros poéticos de Caruaru

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● Linha Caruaru● O CONCEITO● CARUARU é uma linha de móveis inspirada no improviso da

Feira de Caruaru, uma das maiores feiras livres do mundo, patrimônio cultural do Brasil, há mais de 200 anos no agreste de Pernambuco. O escritório Rosenbaum® criou uma nova linha de móveis à venda exclusivamente na loja Micasa e produzida pela indústria Artefama

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Caruaru a capital do forró

Artista: André Cunha

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Referências● GASPAR, Lúcia. Patrimônio imaterial de Pernambuco. Pesquisa Escolar

Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 01 ago. 2014.

● Páginas consultadas:● Dissertação de Davi Silva Gouveia sobre o romance Terra de Caruaru, de

José Condé. http://pos-graduacao.uepb.edu.br/ppgli/?wpfb_dl=487 ● http://portal.iphan.gov.br/portal/montarPaginaSecao.do?id=20&sigla=Patri

monioCultural&retorno=paginaIphan● http://www.rosenbaum.com.br/portfolio/linha-caruaru-para-artefama/● http://nuvemdesignarte.blogspot.com.br/2013/10/projeto-grafico-do-filme-f

errolho.html● http://ferrolhofilme.blogspot.com.br/