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Informativo Epidemiológico Dengue, Chikungunya, Zika Vírus e Microcefalia
Março de 2016
Semana Epidemiológica 10 (06/03 a 12/03)*
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do
Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), registrou, até a Semana
Epidemiológica (SE) 10, 2.191 casos suspeitos de Dengue, dos quais 202 foram
confirmados. Dentre os confirmados, 96 são casos importados (contraídos fora do
Estado) e 106 são autóctones (contraídos no RS).
Os municípios que apresentam autoctonia são Canoas (1ª CRS), Porto Alegre,
Viamão, Guaíba e Barra do Ribeiro (2ª CRS), Santa Maria (4ª CRS), Ibirubá e Selbach
(9ª CRS), Santo Ângelo (12ª CRS), São Paulo das Missões, Santa Rosa e Tuparendi
(14ª CRS), Chapada (15ª CRS), Panambí, Condor e Ijuí (17ª CRS) e Frederico
Westphalen (19ª CRS).
No ano de 2015, foram notificados 4.067 casos suspeitos de Dengue, dos quais
1.279 foram confirmados. Dentre os confirmados, 233 (18,2%) são importados
(contraídos fora do Estado) e 1.046 (81,8%) são autóctones (contraídos no RS).
O sorotipo circulante no ano de 2015 foi o DENV1.
Em 2016 não há registro de óbitos no Estado. Em 2015 ocorreram dois óbitos
por Dengue: o primeiro em março, no município de Santo Ângelo, cujo paciente teve
início dos sintomas na SE11 (15 a 21/03). O segundo óbito ocorreu em abril, com início
de sintomas na SE16 (19 a 25/04), no município de Panambi.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Tabela 1: Casos notificados e confirmados de dengue segundo CRS de residência, RS, 2016*
Regional de Residencia Notificados Confirmados1ª CRS - Porto Alegre 195 112ª CRS - Porto Alegre 726 863ª CRS - Pelotas 48 74ª CRS - Santa Maria 81 45ª CRS - Caxias do Sul 115 146ª CRS - Passo Fundo 81 17ª CRS - Bagé 7 18ª CRS - Cachoeira do Sul 4 09ª CRS - Cruz Alta 74 1510ª CRS - Alegrete 14 111ª CRS - Erechim 18 012ª CRS - Santo Ângelo 156 613ª CRS - Santa Cruz do Sul 10 114ª CRS - Santa Rosa 142 1715ª CRS - Palmeira das Missões 87 616ª CRS - Lajeado 28 217ª CRS - Ijuí 268 2718ª CRS - Osório 49 019ª CRS - Frederico Westphalen 88 3Total 2191 202Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 08/03/2016)*Casos até SE 10
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Dos 202 casos confirmados, 106 são casos autóctones (contraídos no Estado).
No Estado, 189 municípios são infestados pelo Aedes aegypti. (Tabela 2 e figura1).
Tabela 2: Número de casos confirmados por município de residência, CRS, RS, 2016*
Canoas 1 7 8Esteio 1 1Sapucaia do Sul 2 2Barra do Ribeiro 1 1Cachoeirinha 1 1Guaíba 1 1Porto Alegre 52 28 80Viamão 3 3Pelotas 3 3Rio Grande 4 4Cacequi 1 1Santa Maria 1 2 3Antônio Prado 1 1Bento Gonçalves 4 4Bom Jesus 1 1Caxias do Sul 3 3Cotiporã 1 1Garibaldi 1 1Nova Bassano 1 1Vacaria 1 1Veranópolis 1 1
6ª CRS - Passo FundoPasso Fundo 1 1
7ª CRS - Bagé Dom Pedrito 1 1Cruz Alta 1 1Ibirubá 1 1Selbach 11 2 13
10ª CRS - Alegrete São Gabriel 1 1
12ª CRS - Santo Ângelo Santo Ângelo 5 1 6
13ª CRS - S. Cruz do Sul Venâncio Aires 1 1
Campina das Missões 1 1Horizontina 1 1Santa Rosa 2 2 4Santo Cristo 1 1São Paulo das Missões 2 2Três de Maio 1 1Tucunduva 1 1Tuparendi 5 1 6Chapada 2 2 4Constantina 1 1Engenho Velho 1 1Doutor Ricardo 1 1Teutônia 1 1Condor 2 2Ijuí 10 3 13Panambi 6 5 11Pejuçara 1 1Frederico Westphalen 1 1 2Vista Alegre 1 1
202
14ª CRS - Santa Rosa
15ª CRS - Palmeira das Missões
16ª - Lajeado
17ª CRS - Ijuí
19ª CRS Frederico Westphalen
Total
9ª CRS - Cruz Alta
1ª CRS - Porto Alegre
2ª CRS - Porto Alegre
3ª CRS - Pelotas
4ª CRS - Santa Maria
5ª CRS - Caxias do Sul
Casos Confirmados
Autóctones Importados TotalMunicípio de Residência / RS
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Figura 1: Mapa dos municípios infestados e com casos de Dengue Importados e
Autóctones, RS, 2016.
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 08/03/2016)
Analisando o histograma (Gráfico 1) dos casos notificados de Dengue em 2015
(até a 26ª Semana Epidemiológica) e os casos até a 10ª semana epidemiológica (SE)
de 2016, observa-se que, nas primeiras SE deste ano, houve um aumento de
notificações de 4,9 vezes, quando comparado ao ano anterior. Esse cenário nos indica
possivelmente uma maior sensibilidade da rede de atenção para notificação do agravo
e/ou uma maior circulação viral.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Gráfico 1. Casos notificados de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2015 e 2016 (até SE10)
23 31 27 18 18 30 31 4566
157
255 256
316
456
405
273251
209
153 142
8961 63
33 27 21
172148
168 187 193
326
388354
225
30
0
50
100150
200
250
300
350400
450
500
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Notificado 2015 Notificado 2016
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 08/03/2016)
No histograma a seguir (Gráfico 2), referente aos casos confirmados, observa-se
que, nas dez primeiras SE do ano de 2016, foram confirmados 202 casos. Já em 2015,
os casos confirmados ocorreram após a 3ª SE. A curva de casos confirmados em 2015
teve início crescente a partir da 8ª SE, registrando o pico máximo de casos na 15ª SE.
Gráfico 2. Casos confirmados de Dengue por Semana Epidemiológica de início de sintomas, RS, 2015 e 2016 (até SE10)
0 0 1 4 0 2 8 8 925
81
114126
134
203
145
113
90 88
28 2415 9 8 6 2
21 17 24 28 29 31 3315
4 00
50
100
150
200
250
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Confirmado 2015 Confirmado 2016
Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 08/03/2016)
No Rio Grande do Sul, a faixa etária com maior número de casos confirmados foi
dos 20 aos 49 anos (51%), e o sexo feminino foi o que obteve o maior número de
casos confirmados (52%), como mostra a Tabela 3.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Tabela 3. Distribuição dos casos confirmados de Dengue por Semana Epidemiológica
de início de sintomas, RS, por faixa etária e sexo (até SE10).
Masculino Feminino TotalMenor de 1 ano 0 0 01 a 4 anos 1 3 45 a 9 anos 2 1 310 a 14 anos 7 5 1215 a 19 anos 9 11 2020 a 29 anos 16 16 3230 a 39 anos 25 17 4240 a 49 anos 13 16 2950 a 59 anos 6 18 2460 a 69 anos 13 12 2570 a 79 anos 5 4 980 anos e mais 0 2 2Total 97 105 202
Fonte: SINAN Online–RS (dados preliminares até 08/03/2016)
Segundo o Ministério da Saúde, em uma análise das incidências (número de
casos/100 mil hab.) dos casos de Dengue por região, demonstra-se incremento em
2015 em todas as regiões do país. Os números de casos de Dengue no RS parecem
acompanhar essa tendência. Numa série histórica de 2011 a 2016, da SE1 até a SE10
de cada ano, observa-se maior número de casos notificados em 2016, seguidos dos
anos de 2013 e 2011 (Gráfico 3). Em relação ao número de casos confirmados, o ano
de 2016 já apresenta o maior número de confirmações, seguido dos anos de 2013 e
2015.
Gráfico 3. Comparativo dos casos de Dengue segundo classificação, RS, 2011 a 2016 (até SE10)
566
213
705
332446
2191
52 26179
47 57202
18 5 80 32 28 106
0
500
1000
1500
2000
2500
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Notificados
Confirmados
Autóctones
Linear (Notificados)
Tendênciacrescente de casos notificados
Fonte: SINAN Online-RS (dados preliminares até 02/03/2016)
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Febre Chikungunya
A Febre Chikungunya (CHIKV) é uma doença viral transmitida a partir da picada
da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado. Pode causar doença aguda, subaguda
e crônica.
A fase aguda é caracterizada por febre de início repentino (acima de 39°C) e dor
articular intensa. Pode ainda incluir: cefaleia, dor difusa nas costas, mialgia, náusea,
vômito, poliartrite, erupção cutânea e conjuntivite com duração de 3-10 dias.
A fase subaguda é caracterizada pela recaída dos sinais e sintomas ocorridos
na fase aguda (após os primeiros 10 dias), incluindo poliartrite distal, exacerbação da
dor nas articulações e ossos e tenossinovite hipertrófica subaguda nos punhos e
tornozelos. Em alguns casos, desenvolvem-se distúrbios vasculares periféricos
(síndrome de Raynaud), sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza. Em geral
esse quadro tem duração entre dois e três meses após o início da doença.
Já a fase crônica possui as mesmas características da fase subaguda, com
persistência dos sinais e sintomas por mais de três meses e que pode se estender,
com menor frequência, por anos. Em geral, mantém-se a artralgia inflamatória nas
mesmas articulações afetadas anteriormente.
Em 2013, teve início a transmissão autóctone da Febre Chikungunya em vários
países do Caribe. Em 2014, foram confirmados os primeiros casos autóctones no Brasil
e atualmente a autoctonia já ocorre nas Américas, África, Europa, Ásia e Oceania.
Em 2015, até a SE 52, foram notificados no Brasil 20.661 casos autóctones
suspeitos da doença. Destes, 7.823 foram confirmados, sendo 560 por critério
laboratorial e 7.263 por critério clínico-epidemiológico; 10.420 continuam em
investigação. Foram registrados três óbitos por febre chikungunya no Brasil, sendo dois
no estado da Bahia e um em Sergipe. Conforme investigações, esses óbitos ocorreram
em indivíduos com idade avançada – 85, 83 e 75 anos – e com histórico de doenças
crônicas preexistentes (dados do Boletim Epidemiológico - Volume 47 - nº 03 - 2016 -
Monitoramento dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika até
a Semana Epidemiológica 52, 2015 ).
O Rio Grande do Sul ainda não apresenta autoctonia de Febre Chikungunya.
Em 2015, foram notificados 81 casos suspeitos. Desses, seis casos foram confirmados
por critério clínico-laboratorial, sendo esses de Bento Gonçalves, Erechim, Novo
Hamburgo e Rio Grande, todos importados, com histórico recente de viagem para
Bahia, Pernambuco e Maranhão.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Em 2016, já foram notificados 107 casos suspeitos de Febre Chikungunya e um
caso confirmado importado, este residente em Santa Maria e com viagem para o
estado do Pernambuco, totalizando 188 casos notificados entre 2015 e 2016 no Rio
Grande do Sul.
Quadro 1. Distribuição dos casos de Febre de Chikungunya notificados por município
de residência no ano de 2016* (até a 10ª Semana Epidemiológica)
Alvorada 3Bom Retiro do Sul 1Cachoeirinha 1Campo Bom 1Canoas 12 2Capivari do Sul 1Caxias do Sul 2 2Chapada 3Charqueadas 1Erechim 4Estância Velha 2Estrela 1Farroupilha 2Gravataí 1Jaguari 1Lajeado 4Marau 1Novo Hamburgo 9Palmares do Sul 1Panambi 1Passo Fundo 9 1Portão 1Porto Alegre 20 5Santa Maria** 1 1Santa Rosa 3 1São Borja 4São Leopoldo 1Teutonia 7 1Torres 1Viamão 2 1Vila Flores 1 1Total 102 14
Maceio - AL 1Recife - PE 1Salete - SC 1Município Ignorado 2 2Total 5 2Fonte: SINAN NET*Dados preliminares até 08/03/2016 **Casos Confirmados Importados
Confirmados** Descartados
2016
Confirmados** Descartados
Municípios de Residência / RSNotificados
Municípios de Residência de outro Estado / Município Ignorado Notificados
2016
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Febre do Zika Vírus
A Febre do Zika Vírus (ZIKAV) é uma doença viral aguda, transmitida por
vetores, tais como Aedes aegypti, semelhante ao vírus da Dengue e da Febre
Chikungunya.
É caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente,
hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça.
Apresenta evolução benigna e autolimitada, e os sintomas geralmente desaparecem
espontaneamente após 3-7 dias. Não há registro de mortes e a taxa de hospitalização
é potencialmente baixa.
Recentemente, foi observada uma possível relação entre a infecção do ZIKAV e
síndrome de Guillain-Barré (SGB), e a ocorrência de casos de microcefalia,
principalmente no nordeste do Brasil, em locais com circulação simultânea do vírus da
dengue. Em decorrência da situação epidemiológica, o Ministério da Saúde declarou
Situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional no país.
O ZIKAV foi identificado desde 1968, mas em 2007 foi registrado um surto pela
doença na Ilha Yap (Micronésia) e entre 2013-2014 na Polinésia Francesa. Somente a
partir de 2007 que a Organização Mundial da Saúde reconhece o potencial epidêmico
do Zika Vírus.
No Brasil, desde outubro de 2014 estão sendo notificados casos de síndrome
febril exantemática nos estados nordestinos, descartados para dengue, sarampo e
rubéola. Foi confirmada transmissão autóctone de febre pelo vírus Zika no país a partir
de abril de 2015.
Até o momento, 22 Unidades da Federação confirmaram laboratorialmente
autoctonia da doença. Na SE 05/2016, a Organização Pan Americana da
Saúde/Organização Mundial da Saúde confirmou a circulação do vírus Zika em 33
países de três Continentes. Segundo a OMS, além dos 33 países com casos
autóctones já reportados no período entre 2015 e 2016, há indicação de circulação viral
em outras seis nações: Gabão, na África, Indonésia, Tailândia, Cambodja, Filipinas e
Malásia, na Ásia. Ainda se ressalta que pelo menos cinco países das Américas já
registraram aumento de casos de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) desde o início do
surto de zika: Brasil, Colômbia, El Salvador, Suriname e Venezuela.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
O Rio Grande do Sul não apresenta autoctonia da doença. Em 2015, foram
notificados 31 casos suspeitos de Febre do Zika Vírus e um caso confirmado
importado. Desses, três casos ocorreram em gestantes e foram descartados
laboratorialmente.
Até a 10ª SE de 2016, foram notificados 144 casos suspeitos de Febre pelo Zika
Vírus e um caso confirmado importado, este residente em Porto Alegre e com viagem
para a cidade de Macelândia, no Mato Grosso. Apenas cinco gestantes (com feto sem
alteração no Sistema Nervoso Central) foram notificadas em 2016 com a suspeita da
doença: três estão aguardando resultado laboratorial do exame e duas já foram
descartadas laboratorialmente para Zika Vírus.
Quadro 2. Distribuição dos casos de Febre de Zika Vírus notificados por município de
residência no ano de 2016 (até a SE10).
Alvorada 3Bom Jesus 1Bom Retiro do Sul 1Braga 1Campinas do Sul 1 1Campo Bom 3Canoas 10 1Chapada 2Dezesseis de Novembro 2Dom Pedrito 1 1Engenho Velho 2Erechim 2Estância Velha 2 1Esteio 2Estrela 1Farroupilha 1Garibaldi 1Gravataí 2 1Guarani das Missões 1 1Itaqui 2Ivoti 1Lajeado 4Mato Queimado 1Novo Hamburgo 13 2Palmares do Sul 1Palmeira das Missões 2 1Portão 1Porto Alegre** 52 1 6Rondinha 1Santo Ângelo 2Santo Cristo 4 4São Borja 6 1Taquara 2 2Teutonia 2 1Torres 1Tramandaí 1Três Chachoeiras 1Viamão 1Total 137 1 23
Belo Horizonte 1Guaratinga - BA 1 1Recife - PE 1Niteroi - RJ 1Rio de Janeiro - RJ 1Município Ignorado 2 2Total 7 3Fonte: SINAN NET
*Dados preliminares até 08/03/2016
**Casos Confirmados Importados
2016
Descartados
2016
DescartadosConfirmados**
Municípios de Residência / RS
Municípios de Residência de outro Estado / Município Ignorado
Confirmados**Notificados
Notificados
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
O baixo registro dos casos em 2015 no RS pode ter sido decorrente da
orientação do Ministério da Saúde em notificar apenas os casos confirmados da
doença. A partir de dezembro de 2015, a Secretaria Estadual de Saúde/Centro
Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul determina que todos os casos
suspeitos de ZIKAV devem ser notificados.
Tendo em vista a grande circulação de doenças com transmissão relacionada ao
vetor Aedes aegypti e sua alta infestação no país, orienta-se para as pessoas que
apresentaram alguns dos sinais e sintomas sugestivos de Dengue, Febre Chikungunya
ou Febre do Zika Vírus e que viajaram recentemente para áreas endêmicas a
procurarem atendimento médico em uma unidade de saúde mais próxima de sua
residência. Como medidas preventivas, recomenda-se o uso de repelentes e a
Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul conta com a mobilização e participação de
cada pessoa no combate ao mosquito transmissor destas doenças.
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
VIGILÂNCIA DE MICROCEFALIAS E/OU ALTERAÇÕES DO SNC
Neste documento constam as informações epidemiológicas referentes à micro-
cefalia e/ou alterações do SNC, previstas nas definições vigentes no “Protocolo de Vigi-
lância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia – Versão 1.3/2016”, disponível no site
www.saude.gov.br/svs. O objetivo geral desta vigilância é descrever o padrão epidemi-
ológico de ocorrência de microcefalias relacionadas às infecções congênitas no territó-
rio nacional.
Desde a implantação da vigilância de microcefalia e/ou alterações do SNC, o Rio
Grande do Sul vem buscando fomentar junto aos profissionais de saúde o registro/noti-
ficação dos casos que atendem aos protocolos vigentes.
Por meio de busca ativa em prontuários, registro de eventos de saúde pública
(RESP), declaração de nascido vivo (DNV) do SINASC e outras fontes de captação, o
estado do RS, desde o final de outubro de 2015 até a SE 10 de 2016, recebeu 51 notifi -
cações compatíveis com as definições atuais do Protocolo do Ministério da Saúde.
Dos 51 casos notificados, de acordo com as definições do Protocolo do Ministé-
rio da Saúde, 45 são Recém Nascidos (RN) com microcefalia, 01 aborto espontâneo
(gestante com exantema) e 05 fetos com microcefalia e/ou malformações do Sistema
Nervoso Central (SNC).
Foram registrados quatro óbitos, sendo um óbito de RN e três de feto, todos des-
cartados pelos critérios clinico, radiológico e epidemiológico.
Tabela 1. Distribuição dos casos Notificados de acordo com Protocolo da Microcefalia
segundo a classificação, RS, 2015/2016 (até a SE09).
Classificação NºNotificados 51Confirmados 1Descartados 24Em investigação 26
Fonte: RESP-Microcefalia (dados preliminares até 08/03/2016)
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)
Importante ressaltar que a microcefalia não é notificação compulsória, sendo an-
tes captada apenas no Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (SINASC) por oca-
sião do nascimento.
Com a declaração da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional –
ESPIN pelo Ministério da Saúde – MS, por meio da Portaria nº 1.813, de 11 de novem-
bro de 2015, em razão de alteração do padrão de ocorrência de microcefalias no Brasil,
acredita-se que ocorreu um aumento na sensibilidade dos profissionais de saúde.
Considerando uma prevalência de 2/10.000 NV a 12/10.000 NV (CDC), o nº es-
perado de casos de microcefalia no RS seria de 29 a 172 casos ao ano.
A investigação dos casos é complexa e exige uma série de exames e avaliações
por especialistas, o que está em andamento na Rede de Atenção do estado.
O RS não registra, no momento, circulação autóctone de Zika Vírus. Os casos
em investigação até o presente não apresentam nenhuma evidência de associação ao
Zika Vírus, sendo considerados dentro do esperado para o RS, levando em considera-
ção estimativa do Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
*Dados cumulativos da Semana Epidemiológica 1 até 10 de 2016 (03/01 a 12/03/16)