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Semanal de Economia e de Mercados SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 31 de agosto de 2020 Sumário O sentimento do mercado apresentou um comportamento positivo, após uma semana mista e outras duas semanas positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou maioritariamente positivas em 15: Comportamentos maioritariamente positivos entre os principais índices de ações [positivos nos EUA, mistos na Europa (subidas na Zona Euro, mas descida no Reino Unido) e na América Latina e tendencialmente positivos na Ásia], com o índice MSCI global a registar uma subida 2.7%, contabilizando 33 subidas nas últimas 47 semanas (+0.3% na semana anterior), afastando-se dos níveis mínimos desde meados de 2016 observados 23 semanas antes e ascendendo agora a níveis máximos históricos (batendo os anteriores máximos verificados no dia 12/02/2020); yields das obrigações da dívida de referência subiram na Alemanha, tanto no curto prazo (dois anos), como no longo prazo (10 anos) (+2 p.b. e +10 p.b., respetivamente), neste último caso para -0.409%, afastando-se dos níveis mínimos históricos (-0.856%) observados em 9 de março, tendo, nos EUA, descido no curto prazo (-0.2 p.b., para 0.127%, representando a 2.ª ligeira descida consecutiva, após duas semanas consecutivas a aliviar do mais baixo registo desde o início da série em 1979), mas subido no longo prazo (+9 p.b., para 0.721%), afastando-se, um pouco mais, do mínimo da série iniciada em 1979 observado quatro semanas antes; taxas Euribor subiram 1 p.b. nos três e nos 12 meses, aproximando-se dos máximos (de fecho de semana) desde fevereiro de 2016 e dezembro de 2016, observados 18 semanas antes, tendo nos seis meses descido ligeiramente (-0.3 p.b.), afastando-se dos máximos (de fecho de semana) desde abril de 2016 igualmente observado 18 semanas, ficando muito perto (-0.444%) dos níveis mínimos históricos observados em 03/09/2019 (-0.448%). No dia 20/08/2020 foi feito níveis mínimos históricos nos três meses (-0.491%), tendo nos 12 meses permanecido perto dos mínimos históricos de 21/08/2019. Continua a observar-se um prémio de risco no mercado monetário ainda relativamente elevado nos 12 meses (ainda superior à média do pré Grande Recessão, mas já inferior à média desde 1999); spreads da dívida a 10 anos dos países periféricos da Zona Euro apresentaram comportamentos tendencialmente favoráveis, com exceção da estabilização na Irlanda e da ligeira subida do spread de Itália. Na Grécia, o spread desceu 9 p.b., para 151 p.b., fazendo mínimos desde meados de fevereiro. Portugal evidenciou uma descida de spread de 3 p.b., para 81 p.b., afastando-se, ligeiramente, dos níveis máximos desde meados de fevereiro de 2019 observados 18 semanas antes, tendo praticamente igualado os mínimos desde meados de fevereiro (i.e., antes da chegada em força da pandemia à Europa) observados duas semanas antes, diminuindo a distância face aos mínimos desde dezembro de 2009 registados em 07/11/2019. O spread de Itália aumentou marginalmente (+0.2 p.b.), para 145 p.b., reduzindo ligeiramente a distância face aos máximos desde junho de 2019 observados 15 semanas antes, tendo aliviado, pela 2.ª semana consecutiva, de um mínimo desde meados de fevereiro, quando caiu para o nível mais baixo desde início de maio de 2018 (mínimo verificado nos dias 12 e 13 de fevereiro, e também em 22/10/2019). O spread de Espanha desceu 2 p.b., para 79 p.b., praticamente igualando o mínimo desde meados de fevereiro observado duas semanas antes, aumentando a distância face ao máximo desde abril de 2017 verificado 18 semanas antes e diminuindo-a em relação ao mínimo desde maio de 2010 registado em 03/07/2019. Por sua vez, o spread da Irlanda estabilizou em 34 p.b., continuando afastado do máximo desde abril

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Semanal de Economia e de Mercados

SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS

31 de agosto de 2020

Sumário O sentimento do mercado apresentou um comportamento positivo, após uma semana mista e outras duas semanas

positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou maioritariamente positivas em 15:

Comportamentos maioritariamente positivos entre os principais índices de ações [positivos nos EUA, mistos na

Europa (subidas na Zona Euro, mas descida no Reino Unido) e na América Latina e tendencialmente positivos na

Ásia], com o índice MSCI global a registar uma subida 2.7%, contabilizando 33 subidas nas últimas 47 semanas

(+0.3% na semana anterior), afastando-se dos níveis mínimos desde meados de 2016 observados 23 semanas

antes e ascendendo agora a níveis máximos históricos (batendo os anteriores máximos verificados no dia

12/02/2020);

yields das obrigações da dívida de referência subiram na Alemanha, tanto no curto prazo (dois anos), como no

longo prazo (10 anos) (+2 p.b. e +10 p.b., respetivamente), neste último caso para -0.409%, afastando-se dos níveis

mínimos históricos (-0.856%) observados em 9 de março, tendo, nos EUA, descido no curto prazo (-0.2 p.b., para

0.127%, representando a 2.ª ligeira descida consecutiva, após duas semanas consecutivas a aliviar do mais baixo

registo desde o início da série em 1979), mas subido no longo prazo (+9 p.b., para 0.721%), afastando-se, um pouco

mais, do mínimo da série iniciada em 1979 observado quatro semanas antes;

taxas Euribor subiram 1 p.b. nos três e nos 12 meses, aproximando-se dos máximos (de fecho de semana) desde

fevereiro de 2016 e dezembro de 2016, observados 18 semanas antes, tendo nos seis meses descido ligeiramente

(-0.3 p.b.), afastando-se dos máximos (de fecho de semana) desde abril de 2016 igualmente observado 18

semanas, ficando muito perto (-0.444%) dos níveis mínimos históricos observados em 03/09/2019 (-0.448%). No dia

20/08/2020 foi feito níveis mínimos históricos nos três meses (-0.491%), tendo nos 12 meses permanecido perto dos

mínimos históricos de 21/08/2019. Continua a observar-se um prémio de risco no mercado monetário ainda

relativamente elevado nos 12 meses (ainda superior à média do pré Grande Recessão, mas já inferior à média

desde 1999);

spreads da dívida a 10 anos dos países periféricos da Zona Euro apresentaram comportamentos

tendencialmente favoráveis, com exceção da estabilização na Irlanda e da ligeira subida do spread de Itália. Na

Grécia, o spread desceu 9 p.b., para 151 p.b., fazendo mínimos desde meados de fevereiro. Portugal evidenciou

uma descida de spread de 3 p.b., para 81 p.b., afastando-se, ligeiramente, dos níveis máximos desde meados de

fevereiro de 2019 observados 18 semanas antes, tendo praticamente igualado os mínimos desde meados de

fevereiro (i.e., antes da chegada em força da pandemia à Europa) observados duas semanas antes, diminuindo a

distância face aos mínimos desde dezembro de 2009 registados em 07/11/2019. O spread de Itália aumentou

marginalmente (+0.2 p.b.), para 145 p.b., reduzindo ligeiramente a distância face aos máximos desde junho de 2019

observados 15 semanas antes, tendo aliviado, pela 2.ª semana consecutiva, de um mínimo desde meados de

fevereiro, quando caiu para o nível mais baixo desde início de maio de 2018 (mínimo verificado nos dias 12 e 13 de

fevereiro, e também em 22/10/2019). O spread de Espanha desceu 2 p.b., para 79 p.b., praticamente igualando o

mínimo desde meados de fevereiro observado duas semanas antes, aumentando a distância face ao máximo desde

abril de 2017 verificado 18 semanas antes e diminuindo-a em relação ao mínimo desde maio de 2010 registado em

03/07/2019. Por sua vez, o spread da Irlanda estabilizou em 34 p.b., continuando afastado do máximo desde abril

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de 2017 verificado 14 semanas antes e estando praticamente em mínimos desde abril de 2018 (observados em

20/02/2020);

yields da dívida pública portuguesa a 10 anos fecharam a semana em 0.399%, um valor 7.0 p.b. acima do fecho

da semana anterior (0.329%), afastando-se, um pouco mais dos mínimos históricos do dia 15 de agosto de 2019

(0.071%);

spreads do mercado de crédito corporate apresentaram um comportamento positivo;

índices gerais de commodities aumentaram, com o CRB Index a subir 2.3% (+0.5% na semana anterior) e com o

GSCI S&P a avançar 1.9% (+0.3% na semana anterior), afastando-se do mais baixo registo de final de semana desde

outubro de 2003 observado 18 semanas antes, aproximando-se, por sua vez, do registo de 3 de outubro de 2018 (um

máximo desde novembro de 2014), tendo sido, na semana passada, suportado por quatro das cinco principais

categorias de commodities, com a única exceção a caber ao gado. Com efeito, a energia subiu 1.8%, depois de ter

descido 0.3% na semana anterior, contabilizando 13 subidas em 18 semanas, afastando-se dos níveis mínimos desde

fevereiro de 2002 observados 18 semanas antes, tendo-se registado, por sua vez, uma descida no gado (-2.8%,

aproximando-se dos níveis mínimos desde fevereiro de 2004 observados 21 semanas antes). Registaram-se também

subidas nos metais preciosos (+1.6%, aproximando-se dos níveis máximos históricos registados três semanas

antes), nos metais de base (+2.4%, afastando-se dos mínimos desde junho de 2016 observados 21 semanas antes e

renovando máximos desde abril de 2019) e nas agrícolas (+3.7%, aumentando a distância face aos níveis mínimos

desde setembro de 2019 verificados 18 semanas antes).

A condicionar o sentimento do mercado estiveram:

os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no Brasil e na Índia

(que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior máximo dos EUA), mas também

o aumento dos novos casos em vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento,

pela 3.ª semana consecutiva, dos novos casos nos EUA;

a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde, penalizando, sobretudo, as ações

japonesas.

Já a suportar o sentimento do mercado estiveram:

os dados dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente positivos para

os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do consumo privado e do investimento, levando-

nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto

em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de sentimento económico) e para a

China (lucro das empresas do setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano);

a redução das tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso

sobre a “Fase um” do acordo comercial;

a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre, com a dimensão

das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à mediana

desde a crise financeira de 2008/09.

Índice

Mercados Financeiros: Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do mercado, depois de uma semana mista e duas

semanas positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou maioritariamente positivas em 15. A condicionar o sentimento do

mercado estiveram: i) os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no Brasil e na

Índia (que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior máximo dos EUA), mas também o

aumento dos novos casos em vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento, pela 3.ª semana

consecutiva, dos novos casos nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde,

penalizando, sobretudo, as ações japonesas. Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os dados dos indicadores no pós

início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente positivos para os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas

também ao nível do consumo privado e do investimento, levando-nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º

trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de

sentimento económico) e para a China (lucro das empresas do setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o

início do ano); ii) redução das tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre

a “Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre,

com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à

mediana desde a crise financeira de 2008/09. ..................................................................................................................................... 4

Crise do coronavírus: Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos a rever em baixa em 0.4 p.p. o crescimento da

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economia mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB do nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à

revisão em baixa do PIB da Índia (e de Itália), que mais do que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da Alemanha. O

mundo ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados. Índia com maior aumento diário mundial de Covid-19. Mais vacinas para

os países da União Europeia: 225 milhões de doses da CurveVac e 300 milhões da AstraZenec. EUA vão adquirir 150 milhões de

testes rápidos à Abbott. Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra Covid-19. Dividendos globais tombam 91.5 mil

milhões de euros (mM€) durante a crise do Covid-19. Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a concessão de um

empréstimo de 5.9 mM€ em condições favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal financiar as medidas de apoio e

preservação de emprego adotadas na sequência da pandemia. Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos empregos

de forma a promover a recuperação. Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para suportar emprego, o que,

implicitamente, implica uma política monetária expansionista durante mais tempo............................................................................ 11

EUA: PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do 3.º trimestre, nos levou a

rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora para uma descida de 4.7%. Encomendas de bens

duradouros em julho superaram as expectativas, algo que também sucedeu com o consumo privado e os stocks dos grossistas e

dos retalhistas, que mais do que compensaram os dados mais negativos da balança comercial de bens, levando-nos a rever em

alta, durante a semana, em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22%

(continuando a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou

dos efeitos da crise do coronavírus. Dados do imobiliário maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20

principais áreas metropolitanas estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da FHFA

recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as vendas de casas novas subiram em julho

inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de compras e venda de casas usadas para máximos desde outubro de

2005. A confiança dos consumidores, calculado pela Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014, contrariando

as expectativas do mercado, devendo ter sido penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no país em julho e no início

de agosto. Já o indicador da Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da Universidade de Michigan foi revisto em alta na

estimativa final de agosto, intensificando a subida mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego

desceram em linha com o esperado, sendo consistentes com uma aceleração do emprego em agosto. Também os dados da

indústria se revelaram maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair inesperadamente em agosto, mas permaneceu

acima do limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da Fed de Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto

máximos desde outubro de 2018. ...................................................................................................................................................... 15

Zona Euro: Confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB alemão foi revista de 10.1%

para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%, sendo que em agosto o clima

empresarial (IFO) neste país renovou máximos desde fevereiro. Agregado monetário M3 cresceu na Zona Euro em julho ao maior

ritmo desde maio de 2008, suportado pela política expansionista do BCE. Confirmada a subida da confiança dos consumidores na

Zona Euro, revertendo a queda do mês anterior, o que, associada à subida da generalidade das confianças empresariais (a

exceção foi a construção), conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador de sentimento económico. ....................................... 32

Portugal: Significativo agravamento do défice orçamental até julho, devido aos efeitos da pandemia. Vendas a retalho registaram a

3.ª subida mensal consecutiva em julho, estando a subir fortemente no 3.º trimestre. Em agosto, a confiança dos consumidores

subiu, bem como a confiança dos empresários na maioria dos setores, conduzindo a um aumento do indicador de sentimento

económico, que subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando níveis máximos desde março. .............................................................. 42

Reino Unido: Sentimento económico britânico caiu em agosto, mas está a subir bastante no 3.º trimestre e a sinalizar um regresso

ao crescimento do PIB. ...................................................................................................................................................................... 48

Japão: Índice de atividade económica registou uma forte subida em junho, mas não evitou a maior queda de sempre no conjunto

do 2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre. ................................................................................................. 49

China: Lucro dos industriais acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano. ............................................................ 52

Aconteceu na semana passada… no Brasil .................................................................................................................................... 53

Previsões…........................................................................................................................................................................................ 62

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

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Mercados Financeiros: Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do

mercado, depois de uma semana mista e duas semanas positivas, contabilizando 10 semanas

positivas ou maioritariamente positivas em 15. A condicionar o sentimento do mercado estiveram:

i) os elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19, em particular nos EUA, no

Brasil e na Índia (que registou um máximo mundial diário durante a pandemia, superando o

anterior máximo dos EUA), mas também o aumento dos novos casos em vários países da Europa,

embora seja de salientar, pela positiva, o abrandamento, pela 3.ª semana consecutiva, dos novos

casos nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do Japão, por motivos de saúde,

penalizando, sobretudo, as ações japonesas. Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os

dados dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se mostraram maioritariamente

positivos para os EUA (nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do consumo

privado e do investimento, levando-nos a rever em alta a previsão para o crescimento do PIB do 3.º

trimestre, sendo que o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro (subida, pelo 4.º

mês consecutivo, do indicador de sentimento económico) e para a China (lucro das empresas do

setor industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano); ii) redução das

tensões comerciais entre os EUA e a China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre

a “Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de resultados das empresas americanas

referentes ao 2.º trimestre, com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à 6.ª

semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à mediana desde a crise financeira de 2008/09.

Assistiu-se a um comportamento positivo do sentimento do

mercado, após uma semana mista e outras duas semanas

positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou

maioritariamente positivas em 15. Observaram-se

comportamentos maioritariamente positivos entre os principais

índices de ações [positivos nos EUA, mistos na Europa (subidas

na Zona Euro, mas descida no Reino Unido) e na América Latina

e tendencialmente positivos na Ásia], com o índice MSCI global a

registar uma subida 2.7%, contabilizando 33 subidas nas últimas

47 semanas (+0.3% na semana anterior), afastando-se dos

níveis mínimos desde meados de 2016 observados 23 semanas

antes e ascendendo agora a níveis máximos históricos (batendo

os anteriores máximos verificados no dia 12/02/2020).

Por seu lado, as yields das obrigações da dívida de referência

subiram na Alemanha, tanto no curto prazo (dois anos), como no

longo prazo (10 anos) (+2 p.b. e +10 p.b., respetivamente), neste

último caso para -0.409%, afastando-se dos níveis mínimos

históricos (-0.856%) observados em 9 de março, tendo, nos

EUA, descido no curto prazo (-0.2 p.b., para 0.127%,

representando a 2.ª ligeira descida consecutiva, após duas

semanas consecutivas a aliviar do mais baixo registo desde o

início da série em 1979), mas subido no longo prazo (+9 p.b.,

para 0.721%), afastando-se, um pouco mais, do mínimo da série

iniciada em 1979 observado quatro semanas antes.

No MMI, de referir que as taxas Euribor subiram 1 p.b. nos três e

nos 12 meses, aproximando-se dos máximos (de fecho de

semana) desde fevereiro de 2016 e dezembro de 2016,

observados 18 semanas antes, tendo nos seis meses descido

ligeiramente (-0.3 p.b.), afastando-se dos máximos (de fecho de

semana) desde abril de 2016 igualmente observado 18 semanas,

ficando muito perto (-0.444%) dos níveis mínimos históricos

observados em 03/09/2019 (-0.448%). No dia 20/08/2020 foi feito

níveis mínimos históricos nos três meses (-0.491%), tendo nos

12 meses permanecido perto dos mínimos históricos de

21/08/2019. Continua a observar-se um prémio de risco no

mercado monetário ainda relativamente elevado nos 12 meses

(ainda superior à média do pré Grande Recessão, mas já inferior

à média desde 1999).

Os spreads da dívida a 10 anos dos países periféricos da

Zona Euro apresentaram comportamentos tendencialmente

favoráveis, com exceção da estabilização na Irlanda e da ligeira

subida do spread de Itália. Na Grécia, o spread desceu 9 p.b.,

para 151 p.b., fazendo mínimos desde meados de fevereiro,

afastando-se, um pouco mais, do máximo desde junho de 2019

observado 18 semanas antes, passando a apresentar, nas sete

últimas semanas, um spread ligeiramente superior ao de Itália,

depois de seis semanas a exibir um spread inferior, sendo estas

as primeiras semanas desde janeiro em que tal sucede. Há 11

semanas atrás, a dívida grega tinha observado o spread mais

negativo face a Itália desde a série iniciada em 1998. Portugal

evidenciou uma descida de spread de 3 p.b., para 81 p.b.,

afastando-se, ligeiramente, dos níveis máximos desde meados

de fevereiro de 2019 observados 18 semanas antes, tendo

praticamente igualado os mínimos desde meados de fevereiro

(i.e., antes da chegada em força da pandemia à Europa)

observados duas semanas antes, diminuindo a distância face

aos mínimos desde dezembro de 2009 registados em

07/11/2019. O spread de Itália aumentou marginalmente (+0.2

p.b.), para 145 p.b., reduzindo marginalmente a distância face

aos máximos desde junho de 2019 observados 15 semanas

antes, tendo aliviado, pela 2.ª semana consecutiva, de um

mínimo desde meados de fevereiro, quando caiu para o nível

mais baixo desde início de maio de 2018 (mínimo verificado nos

dias 12 e 13 de fevereiro, e também em 22/10/2019). O spread

de Espanha desceu 2 p.b., para 79 p.b., praticamente igualando

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

5

o mínimo desde meados de fevereiro observado duas semanas

antes, aumentando a distância face ao máximo desde abril de

2017 verificado 18 semanas antes e diminuindo-a em relação ao

mínimo desde maio de 2010 registado em 03/07/2019. Por sua

vez, o spread da Irlanda estabilizou em 34 p.b., continuando

afastado do máximo desde abril de 2017 verificado 14 semanas

antes e estando praticamente em mínimos desde abril de 2018

(observados em 20/02/2020). O spread de Portugal (81 p.b.)

apresentou, pela 5.ª semana consecutiva, um valor ligeiramente

superior ao de Espanha (79 p.b.), depois de ter apresentado um

nível semelhante na semana imediatamente anterior e também

ligeiramente superior na semana precedente, tendo observado

spreads inferiores ao de Espanha em 19 das últimas 47

semanas, que representam também as únicas desde dezembro

de 2009. O spread de Portugal (81 p.b.) passou, nas 18 últimas

semanas, a encontrar-se novamente mais perto do da Irlanda (34

p.b.) do que do de Itália (145 p.b.).

De realçar que as yields da dívida pública portuguesa a 10

anos fecharam a semana em 0.399%, um valor 7.0 p.b. acima do

fecho da semana anterior (0.329%), afastando-se, um pouco

mais dos mínimos históricos do dia 15 de agosto de 2019

(0.071%), numa semana em que o spread da dívida portuguesa

a 10 anos, como referido, desceu 3 p.b., para 81 p.b., afastando-

se dos níveis máximos desde meados de fevereiro de 2019

observados 18 semanas antes e diminuindo a distância face aos

mínimos desde dezembro de 2009 registados em 07/11/2019.

Os spreads do mercado de crédito corporate apresentaram

um comportamento favorável, com o índice Itraxx Cross-Over a

apresentar um desagravamento, de 9 p.b. (para 323 p.b.,

afastando-se do máximo desde julho de 2012 observado 23

semanas antes). Por sua vez, o índice Itraxx Financials caiu 3

p.b. (para 61 p.b., afastando-se do máximo desde setembro de

2013 registado 23 semanas antes), descendo para um novo

mínimo desde meados de fevereiro, ao passo que o Itrax desceu

1 p.b., para 54 p.b., praticamente igualando o mínimo desde

meados de fevereiro observado três semanas antes, afastando-

se do máximo desde fevereiro de 2016 verificado 23 semanas

antes), com o Itraxx Financials a permanecer, pela 133.ª semana

consecutiva, num nível superior ao do Itraxx.

Os índices gerais de commodities observaram

comportamentos positivos, com o CRB Index a subir 2.3%

(+0.5% na semana anterior), afastando-se, um pouco mais, dos

níveis mínimos históricos deste índice criado em janeiro de 1994

observados 18 semanas antes, e com o GSCI S&P a subir 1.9%

(+0.3% na semana anterior), afastando-se do mais baixo registo

de final de semana desde outubro de 2003 observado 18

semanas antes, aproximando-se, por sua vez, do registo de 3 de

outubro de 2018 (um máximo desde novembro de 2014), tendo

sido, na semana passada, suportado por quatro das cinco

principais categorias de commodities, com a única exceção a

caber ao gado. Com efeito, a energia subiu 1.8%, depois de ter

descido 0.3% na semana anterior, contabilizando 13 subidas em

18 semanas, afastando-se dos níveis mínimos desde fevereiro

de 2002 observados 18 semanas antes, tendo-se registado, por

sua vez, uma descida no gado (-2.8%, aproximando-se dos

níveis mínimos desde fevereiro de 2004 observados 21 semanas

antes). Registaram-se também subidas nos metais preciosos

(+1.6%, aproximando-se dos níveis máximos históricos

registados três semanas antes), nos metais de base (+2.4%,

afastando-se dos mínimos desde junho de 2016 observados 21

semanas antes e renovando máximos desde abril de 2019) e nas

agrícolas (+3.7%, aumentando a distância face aos níveis

mínimos desde setembro de 2019 verificados 18 semanas

antes).

A energia, como referido, registou uma subida de 1.8%,

representando a 3.ª subida nas últimas quatro semanas (-0.3%

na semana anterior), afastando-se, um pouco mais, dos níveis

mínimos desde fevereiro de 2002 observados 18 semanas antes,

diminuindo, por sua vez, a distância em relação aos níveis

máximos desde novembro de 2014 verificados em 03/10/2018,

com a subida das energéticas a ocorrer num contexto de

comportamentos positivos dos preços do petróleo, com o brent a

subir 1.6% (-1.0% na semana anterior), afastando-se do mais

baixo fecho de semana desde fevereiro de 2002 observado 18

semanas antes, aproximando-se do máximo desde maio de 2019

verificado 34 semanas antes e dos máximos desde outubro de

2014 registados no dia 03/10/2018, enquanto os preços do WTI

subiram 1.5% (+0.8% na semana anterior), afastando-se dos

níveis mínimos desde maio de 1999 registados 18 semanas

antes e aproximando-se dos máximos desde novembro de 2014

observados, também, em 03/10/2018.

O sentimento do mercado apresentou, como referido, um

comportamento positivo, depois de uma semana mista e duas

semanas positivas, contabilizando 10 semanas positivas ou

maioritariamente positivas em 15.

A condicionar o sentimento do mercado estiveram: i) os

elevados níveis do n.º de novos casos de infetados por Covid-19,

em particular nos EUA, no Brasil e na Índia (que registou um

máximo mundial diário durante a pandemia, superando o anterior

máximo dos EUA), mas também o aumento dos novos casos em

vários países da Europa, embora seja de salientar, pela positiva,

o abrandamento, pela 3.ª semana consecutiva, dos novos casos

nos EUA; ii) a demissão de Shinzo Abe, Primeiro-ministro do

Japão, por motivos de saúde, penalizando, sobretudo, as ações

japonesas.

Já a suportar o sentimento do mercado estiveram: i) os dados

dos indicadores no pós início de desconfinamento, que se

mostraram maioritariamente positivos para os EUA

(nomeadamente para o imobiliário, mas também ao nível do

consumo privado e do investimento, levando-nos a rever em alta

a previsão para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, sendo que

o PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta), para a Zona Euro

21 ago 20 31 dez 19 28 ago 19

Grécia 151 -9 -13 -94

Irlanda 34 0 0 -30

Portugal 81 -3 18 0

Espanha 79 -2 14 1

Itália 145 0 -14 -31

10Y

Spreads face ao Bund

28 ago 20Valor

(p.b.)

Variação (p.b.)

21 ago 20 31 dez 19 28 ago 19

Itraxx 54.3 -1 11 -1

Itraxx Financials 60.7 -3 9 0

Itraxx Cross Over 323.3 -9 117 87

Spreads de Crédito (Índices de CDS 5Y )

28 ago 20 Valor (p.b)Variação (p.b.)

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

6

(subida, pelo 4.º mês consecutivo, do indicador de sentimento

económico) e para a China (lucro das empresas do setor

industrial acelerou em julho, abrandando a queda desde o início

do ano); ii) redução das tensões comerciais entre os EUA e a

China, com os dois países a reafirmarem o compromisso sobre a

“Fase um” do acordo comercial; iii) a 7.ª semana da época de

resultados das empresas americanas referentes ao 2.º trimestre,

com a dimensão das surpresas a ser superior à observada até à

6.ª semana e bem superior à registada no 1.º trimestre e à

mediana desde a crise financeira de 2008/09.

Na 2.ª feira (24 de agosto), as bolsas americanas fecharam em

alta, com o S&P 500 e o Nasdaq a renovarem máximos

históricos, à boleia da autorização de emergência da FDA para o

tratamento com plasma em pacientes infetados com Covid-19.

Em termos de cotadas, destaque para a Apple, que atingiu a

barreira dos 500 dólares. As bolsas europeias encerraram

igualmente em terreno positivo, a reagirem positivamente à

notícia do anúncio da FDA. Também a Comissão Europeia deu

na 2.ª feira mais um passo no sentido de firmar um acordo com a

CureVac para a compra de 225 milhões de doses de uma

potencial vacina para o Covid-19, em nome de todos os Estados-

membros. O setor petrolífero destacou-se entre os setores que

mais valorizaram na sessão, num dia em que o petróleo valorizou

nos mercados internacionais. Na 3.ª feira, as bolsas

americanas fecharam sem tendência, num dia marcado pelo

atenuar das tensões sino-americanas e pela divulgação de dados

económicos positivos na indústria e no imobiliário, mas negativos

no domínio da confiança dos consumidores (Conference Board).

O Dow Jones caiu, mas o Nasdaq e o S&P 500 renovaram

máximos históricos. As bolsas europeias encerraram em ligeiro

terreno negativo, depois de terem passado a maior parte da

sessão em alta. Após ter tocado em máximos de 13 de agosto, o

índice de referência europeu Stoxx600 inverteu para terreno

negativo e fechou com perdas de 0.3%. As quedas dos setores

petrolífero e das matérias-primas foram as que mais penalizaram

o sentimento dos investidores europeus, enquanto as subidas

dos setores das viagens e tecnológico foram as únicas a

contribuir para perdas menores. A contribuir para a inversão do

sentimento na Europa esteve a divulgação dos dados mais

recentes sobre a confiança dos consumidores norte-americanos.

Este índice recuou, em agosto, para o nível mais baixo desde

2014, quebra sobretudo explicada pela deterioração dos

indicadores de emprego. Na 4.ª feira, as bolsas americanas

fecharam em terreno positivo, com destaque para o setor

tecnológico, que liderou as subidas. Em termos de cotadas, a

empresa Salesforce valorizou mais de 25%, à boleia dos

resultados divulgados na véspera após o fecho de mercado e

que ficaram acima das estimativas dos analistas. A beneficiar a

ação estará também o facto de esta vir a integrar o índice Dow

Jones 30 no final deste mês. As bolsas europeias encerraram

também em terreno positivo. Em destaque esteve o índice

alemão, o DAX, que ganhou perto de 1%, num dia em que o

Governo germânico largou um envelope de mais de 11 mM€ num

programa destinado a combater o desemprego. Na 5.ª feira, as

bolsas americanas fecharam mistas, com o índice Dow Jones a

apresentar o melhor desempenho, num dia marcado pelo

discurso de Jerome Powell e pela divulgação de alguns dados

económicos que superaram as expectativas. A Reserva Federal

dos EUA anunciou uma alteração à sua estratégia de política

monetária, durante o encontro anual do banco central em

Jackson Hole, que vai permitir que a inflação suba acima dos

2%, durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o

mercado laboral, em particular, e impulsionar a economia do

país, em geral. A contribuir para o otimismo estão ainda os dados

revelados antes da abertura do mercado, que mostram que a

economia dos EUA contraiu menos do que era esperado no 2.º

trimestre deste ano e que os pedidos de subsídio de desemprego

diminuíram na última semana passada face à anterior. As bolsas

europeias encerraram em terreno negativo. Em termos setoriais,

a grande maioria dos setores fecharam no vermelho, com

exceção do setor de media e publicidade, que conseguiu manter

os ganhos. Em Portugal, destaque para a subida de cerca de

30% da Mota-Engil, que valorizou na sequência do anúncio de

que a empresa estará na fase final de negociação de um acordo

de parceria estratégica e investimento com uma das maiores

construtoras do mundo. No comunicado enviado à CMVM, a

Mota-Engil não identificou o novo acionista, mas o Negócios

avançou que se trata da China Communications Construction

Company (CCCC). Na 6.ª feira, as bolsas americanas fecharam

em terreno positivo, numa sessão marcada ainda pelo discurso

de véspera de Jerome Powell. As bolsas europeias encerraram

em terreno negativo. Destaque para o bom desempenho do setor

financeiro e da banca em particular, que, tendo em conta o peso

deste setor no índice espanhol, fez com que este mercado fosse

a exceção na Europa ao valorizar 0.60%.

Ao nível dos indicadores económicos divulgados, nos EUA,

os dados de atividade divulgados durante a semana revelaram-

se maioritariamente favoráveis. O PIB do 2.º trimestre foi revisto

em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do

3.º trimestre, nos levou a rever em alta a previsão do PIB de

2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora para uma descida de

4.7%. As encomendas de bens duradouros em julho superaram

as expectativas, algo que também sucedeu com o consumo

privado e os stocks dos grossistas e dos retalhistas, que mais do

que compensaram os dados mais negativos da balança

comercial de bens, levando-nos a rever em alta, durante a

semana em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do

PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22% (continuando

a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da queda

de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos efeitos da

crise do coronavírus. Os dados do imobiliário apresentaram-se

maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20

principais áreas metropolitanas estabilizou em junho, não

recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da

FHFA recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos

históricos, enquanto as vendas de casas novas subiram em julho

inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália

Un: p.b.

Países periféricos - Spreads face ao Bund a 10 anos

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Semanal de Economia e de Mercados

7

compras e venda de casas usadas para máximos desde outubro

de 2005. A confiança dos consumidores, calculado pela

Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014,

contrariando as expectativas do mercado, devendo ter sido

penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no país

em julho e no início de agosto. Já o indicador da Bloomberg

subiu na 4.ª semana de agosto e o da Universidade de Michigan

foi revisto em alta na estimativa final de agosto, intensificando a

subida mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de

subsídio de desemprego desceram em linha com o esperado,

sendo consistentes, com uma aceleração do emprego em

agosto. Também os dados da indústria se revelaram

maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair

inesperadamente em agosto, mas permaneceu acima do limiar

da expansão e com os indicadores do Distrito da Fed de Kansas

City e da Fed de Richmond a atingirem em agosto máximos

desde outubro de 2018. Na Zona Euro, foi confirmada a queda

em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB

alemão foi revista de 10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a

previsão para a queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%, sendo

que em agosto o clima empresarial (IFO) neste país renovou

máximos desde fevereiro. O agregado monetário M3 cresceu na

Zona Euro em julho ao maior ritmo desde maio de 2008,

suportado pela política expansionista do BCE. Foi confirmada a

subida da confiança dos consumidores na Zona Euro, revertendo

a queda do mês anterior, o que, associada à subida da

generalidade das confianças empresariais (a exceção foi a

construção), conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador

de sentimento económico. No Reino Unido, o indicador de

sentimento económico, que caiu em agosto, mas estando a subir

bastante no 3.º trimestre e a sinalizar uma subida em cadeia do

PIB de 1.2%, antevendo-se, no entanto, um crescimento bem

superior (+15%), após as fortes quedas no 1.º semestre. No

Japão, destaque-se apenas a divulgação do índice de atividade

económica, que registou uma forte subida em junho, mas não

evitou a maior queda de sempre no conjunto do 2.º trimestre,

devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre, para o qual

prevemos uma subida maior do que a que antecipamos para o

PIB. Já relativamente à China, na passada semana, destaque-se

apenas a divulgação do lucro das principais empresas do setor

industrial, que acelerou em julho, abrandando a queda desde o

início do ano. Mantemos a nossa previsão para o crescimento

homólogo do PIB no 3.º trimestre em 5.5%, em aceleração face

aos 3.2% do 2.º trimestre.

Em termos das tensões comerciais entre os EUA e a China,

os dois países reafirmaram o compromisso sobre a “Fase um” do

acordo comercial. As principais autoridades comerciais dos EUA

e da China reafirmaram o seu compromisso mesmo depois de a

China atrasar as suas obrigações de comprar produtos

americanos, proporcionando, assim, um alívio nos mercados na

3.ª feira. A promessa foi feita num telefonema entre o

Representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, o

Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o Vice-

primeiro-ministro chinês, Liu He. Este foi o 1.º diálogo formal

desde o início de maio e surgiu no meio das crescentes

preocupações de que o negócio poderia estar em terreno

instável. O Ministério do Comércio chinês, em comunicado,

classificou o telefonema como um “diálogo construtivo”.

Ao nível das commodities, refira-se que o valor do ouro

valorizou 1.7% durante a semana, encerrando perto de 1 970

dólares por onça, numa altura em que os investidores tentam

aferir o impacto da mudança anunciada por Jerome Powell

relativamente à política monetária americana.

Sobre outros factos económicos relevantes, referir que, nos

EUA, os utilizadores da aplicação WeChat estão a processar o

Presidente norte-americano, Donald Trump, numa tentativa de

bloquear a ordem executiva que, segundo defendem, impediria o

acesso à aplicação chinesa de mensagens extremamente

popular nos EUA. Por sua vez, em Espanha, o Presidente do

Governo, Pedro Sánchez, fez na 3.ª feira uma "declaração

institucional" após o Conselho de Ministros: “A evolução da curva

da pandemia é preocupante e deve ser interrompida”, disse

Sánchez, que também pediu serenidade: “Não deve haver medo

que nos paralise”. O Presidente ofereceu 2 000 militares para

rastrear infeções nas regiões autónomas, lembrando que podem

solicitar a declaração de estado de alarme para os seus

territórios. Referir também que Portugal garantiu na 4.ª feira, dia

26 de agosto, o juro mais baixo em nove meses para se financiar

a 10 anos, num duplo leilão de dívida em que o IGCP levantou

um total de 1 250 M€. Na emissão a 10 anos o IGCP colocou 800

M€ com uma taxa de juro de 0.336%, abaixo da yield de 0.352%

que aceitou pagar na mais recente emissão comparável, a 22 de

julho. Nessa ocasião, o instituto que gere a dívida pública emitiu

um total de 820 M€ em obrigações a 10 anos.

Ao nível das empresas, nos EUA, tratou-se da 7.ª semana da

Época de Resultados, relativa ao 2.º trimestre, tendo já sido

divulgados resultados de 489 das 500 empresas do S&P 500

(476 até à semana anterior), sendo que 82.8% superaram as

expectativas. Trata-se de um valor superior aos 82.5% que se

observavam até à semana anterior e bem superior aos 65.1%

registados no 1.º trimestre, estando também bem acima (+12.1

p.p.) da mediana dos trimestres após a crise de 2008/09 (70.7%).

De referir que a Exxon foi excluída pela Dow Industrials que

abraça agora as grandes tecnológicas. O domínio das empresas

de tecnologia eclipsou todas as outras companhias históricas do

mercado de ações num cenário de pandemia em alta. Na maior

remodelação em sete anos, a Exxon Mobil Corp, Pfizer Inc. e

Raytheon Technologies Corp. foram expulsas do Dow Jones

Industrial Average, abrindo caminho para a Salesforce.com,

Amgen Inc. e Honeywell International.

Na Europa, na próxima revisão anual da composição do índice

Stoxx 50, que agrupa as 50 maiores cotadas da Europa, as

espanholas Telefónica e BBVA, bem como a alemã BMW ou o

banco francês Société Générale, irão abandonar o barco, uma

vez que a sua capitalização de mercado sofreu uma derrocada

com a atual pandemia. No lugar destas empresas mencionadas,

entrarão outras, como a Prosus, a Adyen, a Vonovia e a

Pernod Ricard. As alterações terão lugar no próximo dia 18 de

setembro. De acordo com a análise do Banco Sabadell, estas

alterações vão refletir a "forte volatilidade e debilidade de alguns

setores", como o financeiro, das telecomunicações ou de

fabricantes automóveis, e a força de outros setores, como o

tecnológico.

Na Ásia, a petrolífera estatal da Arábia Saudita suspendeu um

acordo para construir um complexo petroquímico e de refinação

de 10 mil milhões de dólares (mM$) na China, segundo pessoas

familiarizadas com o assunto. A empresa tem vindo a cortar

custos para lidar com a queda dos preços do petróleo. A Saudi

Arabian Oil Co., conhecida como Saudi Aramco, decidiu parar

de investir no complexo localizado na província de Liaoning, no

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

8

nordeste da China, após negociações com os parceiros locais,

revelaram as fontes, que pediram anonimato porque o assunto é

particular. A perspetiva incerta do mercado motivou a decisão,

disseram. A Ant Group – maior empresa de pagamentos digitais

na China e dona da aplicação Alipay – anunciou que pretende

entrar em simultâneo nas bolsas de Hong Kong e Xangai. O

objetivo será financiar-se em cerca de 30 mM$ (equivalente a

25.4 mM€), o que colocaria a operação no topo das maiores

ofertas públicas iniciais de sempre (IPO, na sigla em inglês),

ultrapassando a Saudi Aramco no ano passado. O CEO da

TikTok demitiu-se três meses depois de assumir o cargo. A rede

social chinesa TikTok está no centro de nova disputa entre

Donald Trump e a China. Numa carta aos funcionários, Kevin

Mayer, que assumiu o cargo em maio, disse que a sua decisão

surge depois de o "contexto político ter mudado drasticamente".

A demissão acontece depois de o Presidente dos EUA, Donald

Trump, ter ordenado a proibição do TikTok, a menos que a

proprietária, a Bytedance, venda as suas operações nos EUA a

uma empresa norte-americana num prazo de 90 dias. "Fiz uma

reflexão significativa sobre o que as mudanças estruturais

empresariais exigirão e o que isso significa para o papel global

com o qual me comprometi", escreveu Mayer. Entretanto, a

Walmart aliou-se à Microsoft numa oferta conjunta para a compra

do TikTok, anunciou a retalhista, num comunicado enviado aos

media. Esta operação deverá ajudar ao crescimento da

plataforma de comércio online a Walmart, assim como o recente

braço de publicidade que faz parte deste grupo, explicou o CEO

da Wallmart, Doug McMillion. Estas duas empresas já eram

parceiras noutros negócios, uma vez que a Walmart utiliza a

tecnologia cloud da Microsoft em toda a empresa.

Posteriormente, foi noticiado pela Bloomberg que a ByteDance

será obrigada a obter a aprovação do Governo chinês para

vender as operações dos EUA do seu aplicativo TikTok dadas as

novas restrições que Pequim impôs às exportações de

tecnologias de inteligência artificial, de acordo com uma pessoa

familiarizada com o assunto.

Em Portugal, a CMVM afasta a OPA sobre a Nos, mas

minoritários contestam. A Sonae vai ficar com 33.45% da Nos, o

que diz ser uma diminuição de posição. A CMVM confirma que,

pelos acordos divulgados pela Sonaecom e Sonae no âmbito do

fim da parceria com Isabel dos Santos para o controlo da Nos, as

empresas da família Azevedo não terão de lançar uma OPA

(oferta pública de aquisição) sobre a operadora de

telecomunicações liderada por Miguel Almeida. Os donos da

Flexdeal admitem ficar só com 51% do capital. A 1.ª SIMFE

(Sociedades de Investimento Mobiliário para Fomento à

Economia) portuguesa vai realizar um aumento de capital no

valor de 10 M€, dispondo-se a emitir 2 milhões de novas ações a

5 euros cada, um preço acima da cotação atual. Não há tomada

firme, nem a garantia de que os acionistas vão acompanhar a

operação. A Mota-Engil vai ter um novo acionista. A empresa

revelou que está na fase final das negociações de um acordo de

parceria estratégica e investimento com um dos maiores grupos

de infraestruturas do mundo, a chinesa China Communications

Construction Company (CCCC), que ficará com 30% do capital

numa operação realizada a um valor “muito acima do preço atual

de mercado”. Este negócio avalia a companhia de António Mota

em 750 M€. Não obstante ter caído na 6.ª feira, as ações da

Mota-Engil registaram uma valorização de 18.3% no conjunto da

semana.

Mercado Acionista

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

3.5

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

S&P 500

Un: %

-0.8

-0.4

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

3.2

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Eurostoxx 50

Un: %

-1.2

-0.8

-0.4

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

PSI-20

Un: %

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

FTSE-100

Un: %1.10

1.11

1.12

1.13

1.14

1.15

1.16

1.17

1.18

1.19

1.20

3,040

3,080

3,120

3,160

3,200

3,240

3,280

3,320

3,360

3,400

3,440

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Taxa de Câmbio Euro/Dólar Índice Eurostoxx 50

Taxa de Câmbio Euro/Dólar vs Eurostoxx 50

Un: EUR/USDUn: Índices

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

9

Mercado de Taxas de Juro

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Taxas 10 Anos - EUA

Un: p.b.

-2

0

2

4

6

8

10

12

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Taxas 10 Anos - Zona Euro

Un: p.b.

-3.5

-3.0

-2.5

-2.0

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Portugal - Spread face ao Bund 10 Anos

Un: p.b.

-2.5

-2.0

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Spain - Spread face ao Bund 10 Anos

Un: p.b.

-3

-2

-1

0

1

2

3

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Italy - Spread face ao Bund 10 Anos

Un: p.b.

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Greece - Spread face ao Bund 10 Anos

Un: p.b.

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Euribor 3M

Un: p.b.

-2.0

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Libor USD 6M

Un: p.b.

.08

.10

.12

.14

.16

.18

.20

.22

.24

48

52

56

60

64

68

72

76

80

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

OIS Spread Libor/Euribor Itraxx a 5 anos

Diferencial OIS Spread Libor/Euribor a 3 meses vs Itraxx a 5 anos

Un: p.p.. Un: p.b.

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Grécia Irlanda Portugal Espanha Itália

Un: p.b.

Países periféricos - Spreads face ao Bund a 10 anos

-.58

-.56

-.54

-.52

-.50

-.48

-.46

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Horizonte (em Meses)

2020-08-21 2020-08-28

Yield Curve: EONIA Implícita na Curva de Swaps da EONIA

Un:%

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

10

Mercado de Commodities

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

3.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

WTI Crude

Un: %

-2

-1

0

1

2

3

4

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Brent

Un: %

-0.4

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Commodities - Composite

Un: %

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Ouro

Un: %

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

2020-08-21

-4.7

-2.6

-4.6

-1.8

1.4

-0.1

Petróleo Petróleo - Consenso

Gasolina Gasolina - Consenso

Prod. Destilados Prod. Destilados - Consenso

EUA - Variação dos Stocks de Combustíveis (DOE)

Un: 10^6 barris

Mercado Cambial

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Euro/Dolar

Un: %

-1.0

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Dollar Index

Un: %

-1.0

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Euro/Libra

Un: p.b.

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

24/08 25/08 26/08 27/08 28/08

Diária Acumulada

Euro/Iene

Un: %

-0.8

-0.6

-0.4

-0.2

0.0

0.2

0.4

0.6

0.8

1.0

1.2

1.10

1.11

1.12

1.13

1.14

1.15

1.16

1.17

1.18

1.19

1.20

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Euro/Dólar Options Risk Reversal Taxa de Câmbio Dólar/Euro

Euro/Dólar Options Risk Reversal vs Taxa de Câmbio Dólar/Euro

Un: % Un: EUR/USD

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 CRISE DO CORONAVÍRUS

Semanal de Economia e de Mercados

11

Crise do coronavírus: Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos a rever em

baixa em 0.4 p.p. o crescimento da economia mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB

do nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à revisão em baixa do PIB da Índia (e de

Itália), que mais do que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da Alemanha. O mundo

ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados. Índia com maior aumento diário mundial de Covid-

19. Mais vacinas para os países da União Europeia: 225 milhões de doses da CurveVac e 300 milhões

da AstraZenec. EUA vão adquirir 150 milhões de testes rápidos à Abbott. Antiviral da Merck pode

substituir tratamentos contra Covid-19. Dividendos globais tombam 91.5 mil milhões de euros (mM€)

durante a crise do Covid-19. Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a concessão de um

empréstimo de 5.9 mM€ em condições favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal

financiar as medidas de apoio e preservação de emprego adotadas na sequência da pandemia.

Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos empregos de forma a promover a recuperação.

Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para suportar emprego, o que, implicitamente,

implica uma política monetária expansionista durante mais tempo.

Dados económicos divulgados já esta 2.ª feira levaram-nos

a rever em baixa em 0.4 p.p. o crescimento da economia

mundial, passando-se a assumir uma contração do PIB do

nosso agregado G4+BRIC de 3.8% em 2020, devido à

revisão em baixa do PIB da Índia (e de Itália), que mais do

que anulou as revisões em alta do PIB dos EUA e da

Alemanha

Comparando as nossas atuais previsões com as previstas na

semana anterior (24 de agosto), revimos em baixa em 0.4 p.p. o

cenário central para a economia mundial em 2020 com a

contração prevista para o nosso agregado G4+BRIC a cifrar-se

3.8%, seguido de um regresso aos crescimentos em 2021 (para

+6.1%, revisto dos anteriores +6.2%). Esta revisão em baixa do

crescimento para este ano refletiu os dados do PIB da Índia

relativos ao 2.º trimestre e divulgados já esta 2.ª feira (dia 31 de

agosto), que, juntamento com o agravar da situação pandémica

no país, no levou a rever bastante em baixa as perspetivas de

crescimento do país em 2020 (em -3.9 p.p., para -7.6%), tendo

bem mais do que anulado a revisão em alta efetuada ao

crescimento dos EUA (+0.4 p.p.). Mantivemos a previsão para

2020 do crescimento da Zona Euro, tendo-se efetuado uma

revisão em alta do PIB da Alemanha (+0.2 p.p.), mas em baixa

do PIB de Itália (-0.3 p.p.).

Notas: i) as revisões referem-se às previsões apresentadas na semana anterior (terminada em 24 de agosto); ii) relativamente a Portugal, apesar de

continuarmos perante uma enorme incerteza, o Montepio continuou a apontar para previsões de crescimento em 2020 a oscilarem essencialmente entre -7.0%

e -11.0%, com a maior massa de probabilidade a permanecer em torno dos -9.0% (+2.2% em 2019).

2017 2018 2019 2020 2021 2020 2021

EUA 2.4 2.9 2.3 -4.7 4.6 0.4 0.0

Zona Euro 2.7 1.9 1.3 -7.8 6.3 0.0 0.0

Alemanha 2.9 1.3 0.6 -6.2 5.5 0.2 -0.2

França 2.4 1.8 1.5 -9.8 7.5 0.0 0.0

Itália 1.7 0.7 0.3 -9.7 6.6 -0.3 -0.1

Espanha 2.9 2.4 2.0 -11.1 7.5 0.0 0.0

Portugal 3.5 2.6 2.2 -9.0 6.3 0.0 0.0

Reino Unido 1.9 1.3 1.5 -10.0 8.9 0.0 0.0

Japão 2.2 0.3 0.7 -5.3 3.4 0.0 0.0

China 6.8 6.6 6.1 2.2 7.9 0.0 0.0

India 6.9 6.8 4.9 -7.6 5.9 -3.9 -0.9

Brasil 1.3 1.3 1.1 -6.2 5.0 0.0 0.0

Rússia 1.6 2.5 1.3 -4.6 3.8 0.0 0.0

G4+BRIC 4.0 3.9 3.3 -3.8 6.1 -0.4 -0.1

Previsões Macroeconómicas do Montepio (GEEF-Research)

Revisões (p.p.) PIB

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS ANUNCIADOS

Semanal de Economia e de Mercados

12

Mundo ultrapassou fasquia dos 25 milhões de infetados.

Índia com maior aumento diário mundial de Covid-19

No que diz respeito à evolução da pandemia no Mundo, foi

ultrapassada a fasquia dos 25 milhões de infetados com Covid-

19. A Índia registou mais de 78 mil casos em 24h, um novo

recorde mundial. O anterior recorde diário tinha sido

estabelecido a 17 de julho pelos EUA, quando diagnosticaram

77 638 contágios, de acordo com dados compilados pela

agência de notícias France-Presse (AFP). A Índia foi o país com

o maior número de novas infeções na semana passada (488

271), à frente dos EUA (293 419), que se aproximou do limite de

seis milhões de casos declarados oficialmente, do Brasil (263

791), da Colômbia (66 811) e da Argentina (64 437).

Mais vacinas para os países da União Europeia: 225 milhões

de doses da CurveVac e 300 milhões da AstraZenec

Em termos dos desenvolvimentos ao nível das vacinas e das

terapêuticas, de referir que, no início da semana passada, a

Comissão Europeia deu mais um passo no sentido de firmar

um acordo com a CureVac para a compra de 225 milhões de

doses de uma potencial vacina para o Covid-19, em nome de

todos os Estados-membros. A Comissão fez também um

adiantamento de 336 milhões de euros (M€) à farmacêutica

britânica AstraZeneca para garantir pelo menos 300 milhões

de doses da sua potencial vacina para o Covid-19, afirmou,

no final da semana passada, um porta-voz na Comissão. Ficou

também garantida a opção de compra de mais 100 milhões de

doses adicionais da vacina em desenvolvimento.

EUA vão adquirir 150 milhões de testes rápidos à Abbott

A Casa Branca anunciou, no final da semana passada, a

aquisição de 150 milhões de unidades de testes rápidos de

deteção do novo coronavírus ao grupo farmacêutico Abbott,

com o propósito de apoiar a recuperação económica do país. "É

um grande desenvolvimento que vai ajudar" o país "a

permanecer aberto", fazer com que a população volte a

trabalhar e permitir que as crianças regressem às aulas

presenciais, escreveu a porta-voz do Presidente dos EUA,

Kayleigh McEnany, na rede social Twitter.

Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra

Covid-19

Antiviral da Merck pode substituir tratamentos contra

Covid-19. Os resultados dos testes de nível intermédio aos

novos comprimidos podem ser divulgados já esta semana,

abrindo caminho para o novo medicamento chegar ao mercado

antes do fim do ano.

Dividendos globais tombam 91.5 mM€ durante a crise do

Covid-19

Em termos de impacto da crise, um estudo às 1 200 maiores

empresas do mundo revelou a maior queda trimestral desde

de que há registos. O valor pago pelas grandes empresas aos

seus investidores caiu entre abril e junho, quando as empresas

cortaram ou cancelaram os seus dividendos para conservar

dinheiro durante a crise da pandemia do coronavírus. O total de

pagamentos feitos aos acionistas caiu globalmente 108.1 mM$

(91.5 mM€), para 382.2 mM$, uma queda de 22%.

Comissão Europeia propôs ao Conselho Europeu a

concessão de um empréstimo de 5.9 mM€ em condições

favoráveis, no âmbito do instrumento SURE, para Portugal

financiar as medidas de apoio e preservação de emprego

adotadas na sequência da pandemia

Ao nível das respostas à crise em termos de política

orçamental, a Comissão Europeia propôs ao Conselho

Europeu que Portugal receba os 5.9 mM€ a que se

candidatou para financiar medidas de apoio ao emprego no

âmbito do instrumento SURE. A proposta feita relativamente a

Portugal junta-se à proposta conhecida na 2.ª feira para a

distribuição de 81.4 mM€ por 15 Estados-membros. Assim, a

Comissão já apresentou propostas para conceder empréstimos

a 16 países da União Europeia (UE) num valor total de 87.3

mM€. O SURE funciona como uma rede de proteção ao

emprego no contexto da crise pandémica e permitirá à UE

atribuir empréstimos em condições favoráveis num valor global

que pode chegar ao máximo de 100 mM€, pelo que há ainda

12.7 mM€ de verba disponível.

Alemanha aumenta as ajudas para a preservação dos

empregos de forma a promover a recuperação

A Alemanha estendeu um programa que tem evitado que

milhões de pessoas perdessem o emprego, ajudando a maior

economia da Europa a recuperar da crise do coronavírus. Numa

reunião em Berlim, a coligação da Chanceler Angela Merkel

concordou em fornecer subsídios até ao final de 2021. Os

subsídios, conhecidos em alemão como "Kurzarbeit" e

originalmente destinados a 12 meses, permitem que as

empresas mantenham os trabalhadores durante o choque

económico.

Fed admite que a inflação possa estar acima dos 2% para

suportar emprego, o que implicitamente implica uma

política monetária expansionista durante mais tempo

Ao nível das respostas à crise em termos da política

monetária, a Reserva Federal (Fed) dos EUA anunciou uma

alteração à sua estratégia de política monetária, durante o

encontro anual do banco central em Jackson Hole, que vai

permitir que a inflação suba mais do que os 2% estipulados,

durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o

mercado de trabalho. Na prática, significa que deverá manter

as taxas de juro baixas durante mais tempo, de modo a

impulsionar a economia do país. Jerome Powell, Presidente da

Fed, referiu que "a declaração revista reflete a nossa apreciação

pelos benefícios de um mercado de trabalho forte,

especialmente para muitos trabalhadores de rendimentos baixos

e moderados, e que um mercado de trabalho robusto pode ser

sustentado sem causar um aumento indesejado na inflação". A

alteração central nesta política da Fed passa pela meta de

inflação média. A partir de agora, depois da conferência virtual

que teve início ontem e que se prolongará até hoje, o banco

central vai ser mais tolerante com os desvios da inflação face ao

seu objetivo de 2%, de forma a compensar a inflação

persistentemente baixa, que tem afetado não só a economia

americana, como outras geografias nos últimos anos. Para além

das alterações no campo da inflação, a Fed ajustou a sua

política sobre o emprego. Powell enfatizou que um patamar

máximo de emprego é um objetivo demasiado abrangente pelo

que, a partir de agora, o banco central vai basear as suas

decisões de política monetária nas "avaliações das deficiências

de emprego no seu nível máximo". Desde que o banco central

oficializou a meta de inflação nos 2%, em 2012, o deflator do

consumo privado esteve sempre aquém deste objetivo,

circulando por volta dos 1.4%, em média.

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS ANUNCIADOS

Semanal de Economia e de Mercados

13

Indicadores Anunciados na Semana Passada

Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada

ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses.

País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão

Portugal 26-ago Saldo Adm. Públicas - Acumulado Jul - - -8 331.7 M€ -6 776.0 M€ --

28-ago Confiança do Consumidor - INE (mm3m) Aug -- -26 -28.3 --

Indicador de Clima Económico - INE (mm3m) Aug -- -1.3 -2.9 --

Sentimento Económico (CE) Aug -- 85.9 84.6 --

Vendas a Retalho (MoM) Jul -- 3.90% 4.40% 5.30%

Vendas a Retalho (YoY) Jul -- -3.00% -6.60% -5.70%

Espanha 25-ago IPP (YoY) Jul -- -4.80% -6.10% -5.90%

28-ago Sentimento Económico (CE) Aug -- 88.1 90.6 --

Total de Empréstimos Hipotecários - Valor (YoY) Jun -- -6.90% -28.00% --

Vendas a Retalho Reais (YoY) Jul -- -3.70% -3.30% --

Vendas a Retalho Reais sa Wda (YoY) Jul -- -3.90% -4.70% --

Alemanha 25-ago Consumo Privado (QoQ) 2Q -9.80% -10.90% -3.20% -2.50%

Consumo Público (QoQ) 2Q 1.50% 1.50% 0.20% 0.60%

IFO - Avaliação Atual Aug 86.2 87.9 84.5 --

IFO - Clima Empresarial Aug 92.1 92.6 90.5 90.4

IFO - expectativas Aug 98 97.5 97 96.7

Investimento em Capital (QoQ) 2Q -12.20% -7.90% -0.20% -0.50%

PIB nsa (YoY) 2Q F -11.70% -11.30% -11.70% --

PIB sa wda (QoQ) 2Q F -10.10% -9.70% -10.10% --

PIB sa wda (YoY) 2Q F -11.70% -11.30% -11.70% --

28-ago GfK - Confiança Consumidor Sep 1 -1.8 -0.3 -0.2

França 26-ago Confiança do Consumidor Aug 94 94 94 --

27-ago Índice de Confiança Empresarial (INSEE) Aug 88 91 85 84

Índice de Confiança Industrial (INSEE) Aug 86 93 82 --

Perspetivas sobre Produção da Própria Empresa Aug 13 22 24 --

Perspetivas sobre Produção Global Aug -2 -3 -3 -4

28-ago Consumo Privado (MoM) Jul 1.20% 0.50% 9.00% 10.30%

Consumo Privado (YoY) Jul 2.60% 0.60% 1.30% 0.50%

IPC (YoY) Aug P 0.10% 0.20% 0.80% --

IPCH (YoY) Aug P 0.20% 0.20% 0.90% --

IPP (YoY) Jul -- -2.60% -2.70% --

PIB (QoQ) 2Q F -13.80% -13.80% -13.80% --

PIB (YoY) 2Q F -19.00% -18.90% -19.00% --

Itália 27-ago Encomendas Industriais nsa (YoY) Jun -- -11.80% -34.70% -34.10%

Encomendas Industriais sa (MoM) Jun -- 23.40% 42.20% 43.80%

Vendas Industriais nsa (YoY) Jun -- -16.40% -25.90% --

Vendas Industriais sa (MoM) Jun -- 13.40% 41.90% 42.30%

28-ago Confiança do Consumidor Aug 101 100.8 100 100.1

Índice de Confiança Industrial Aug 88.9 86.1 85.2 85.3

Índice de Sentimento Empresarial Aug -- 80.8 76.7 77

IPP (YoY) Jul -- -5.40% -6.10% --

Zona Euro 27-ago M3 sa (YoY) Jul 9.20% 10.20% 9.20% --

28-ago Confiança do Consumidor Aug F -- -14.7 -14.7 --

Confiança Industrial Aug -13 -12.7 -16.2 --

Confiança nos Serviços Aug -23 -17.2 -26.1 -26.2

Sentimento Económico (CE) Aug 85 87.7 82.3 82.4

R. Unido 25-ago Survey CBI - Vendas no Comércio a Retalho Aug 6 -6 4 --

28-ago Sentimento Económico (CE) Aug -- 75.1 75.5 --

Japão 26-ago Índice de Preços nas Empresas - Serviços (YoY) Jul 0.80% 1.20% 0.80% 0.90%

27-ago Índice de Atividade Económica sa (MoM) Jun 6.30% 6.10% -3.50% -4.10%

28-ago IPC Core Tóquio (IPC excl. prod. alim. não transf. e energia) Aug 0.40% -0.10% 0.60% --

IPC Tokyo (YoY) Aug 0.60% 0.30% 0.60% --

IPC Tokyo exc prod aliment não transformados (YoY) Aug 0.30% -0.30% 0.40% --

Brasil 24-ago Confiança do Consumidor Aug -- 80.2 78.8 --

25-ago Investimento Direto Estrangeiro Jul $2200m $2685m $4754m $4814m

IPCA-15 - IBGE (YoY) Aug 2.30% 2.28% 2.13% --

26-ago Custos nas Construção - FGV (MoM) Aug 0.86% 0.82% 0.84% --

28-ago Empréstimos (MoM) Jul 0.00% 1.00% 0.80% --

Incumprimento Individual (+ 90 dias de atraso) Jul 5.30% 5.10% 5.20% --

Saldo Orçamental Jul -97.6b -87.8b -194.7b --

China 27-ago Lucros Industriais (YoY) Jul -- 19.60% 11.50% --

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS ANUNCIADOS

Semanal de Economia e de Mercados

14

Indicadores Anunciados na Semana Passada (continuação)

Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada

ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3 meses.

País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão

EUA 24-ago Índice de Atividade Nacional - CFNAI Jul 3.7 1.18 4.11 5.33

25-ago Confiança do Consumidor (Confer. Board) Aug 93 84.8 92.6 91.7

Índice de Preços de Habitações FHFA -Aquisições (QoQ) 2Q -- 0.80% 1.70% --

Índice Preços Habitação - FHFA (MoM) Jun 0.30% 0.90% -0.30% -0.20%

IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) Jun -- 225.13 224.76 224.6

IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) sa MoM Jun 0.10% 0.00% 0.04% -0.03%

IP Habitação S&P/Core Logic (20 Áreas Metropolitanas) YoY Jun 3.60% 3.46% 3.69% 3.61%

IP Habitação S&P/Core Logic (Nacional) Jun -- 219.82 218.87 218.6

IP Habitação S&P/Core Logic Nacional YoY Jun -- 4.29% 4.46% 4.32%

Richmond Fed - Manufacturing Aug 10 18 10 --

Vendas Casas Novas (MoM) Jul 1.80% 13.90% 13.80% 15.10%

Vendas Casas Novas saar Jul 790k 901k 776k 791k

26-ago Enc. Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (Mom) Jul P 1.70% 1.90% 3.40% 4.30%

Encomendas Bens Duradouros excl Transp sa (MoM) Jul P 2.00% 2.40% 3.60% 4.00%

Encomendas Bens Duradouros sa (MoM) Jul P 4.80% 11.20% 7.60% 7.70%

Entregas Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (MoM) Jul P 1.80% 2.40% 3.30% 3.80%

27-ago Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Aug 23 -- 44.3 43.5 --

Consumo Privado (QoQ) 2Q S -34.20% -34.10% -34.60% --

Contratos Assinados p/ Venda de Casas Usadas (MoM) Jul 2.00% 5.90% 16.60% 15.80%

Contratos Assinados p/ Venda de Casas Usadas nsa (YoY) Jul 10.80% 15.40% 12.70% 11.80%

Deflator Core do Consumo Privado (QoQ) 2Q S -1.10% -1.00% -1.10% --

Deflator do PIB (QoQ) 2Q S -1.80% -2.00% -1.80% --

Kansas City Fed Aug 5 14 3 --

Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Aug 15 14400k 14535k 14844k 14758k

Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Aug 22 1000k 1006k 1106k 1104k

PIB Anualizado (QoQ) 2Q S -32.50% -31.70% -32.90% --

28-ago Balança Comercial de Bens (estimativa preliminar) Jul -$72.0b -$79.3b -$70.6b -$71.0b

Chicago PMI Aug 52.6 51.2 51.9 --

Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) Aug F 72.8 74.1 72.8 --

Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expec. Inf. 1Y Aug F -- 3.10% 3.00% --

Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expec. Inf. 5Y Aug F -- 2.70% 2.70% --

Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Expectativas Aug F 66 68.5 66.5 --

Confiança do Consumidor (Univ. Michigan) - Situação Aug F 82.4 82.9 82.5 --

Consumo Privado - Nominal (MoM) Jul 1.60% 1.90% 5.60% 6.20%

Consumo Privado (real) Jul 1.30% 1.60% 5.20% 5.70%

Deflator Consumo Privado (YoY) Jul 1.00% 1.00% 0.80% 0.90%

Deflator Core Consumo Privado (YoY) Jul 1.20% 1.30% 0.90% 1.10%

Deflator Core do Consumo (MoM) Jul 0.50% 0.30% 0.20% 0.30%

Deflator do Consumo (MoM) Jul 0.40% 0.30% 0.40% 0.50%

Rendimento Privado sa (MoM) Jul -0.20% 0.40% -1.10% -1.00%

Stocks Grossistas (MoM) Jul P -0.90% -0.10% -1.40% -1.30%

Stocks Retalhistas - estimativa preliminar (MoM) Jul -1.10% 1.20% -2.60% -2.70%

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Semanal de Economia e de Mercados

15

EUA: PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à revisão que efetuámos à previsão do

3.º trimestre, nos levou a rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p., apontando-se agora

para uma descida de 4.7%. Encomendas de bens duradouros em julho superaram as expectativas,

algo que também sucedeu com o consumo privado e os stocks dos grossistas e dos retalhistas, que

mais do que compensaram os dados mais negativos da balança comercial de bens, levando-nos a rever

em alta, durante a semana, em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada do PIB no 3.º trimestre

para valores na ordem de 22% (continuando a identificar-se riscos ascendentes), em recuperação da

queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos efeitos da crise do coronavírus. Dados

do imobiliário maioritariamente positivos: índice de preços S&P/Core Logic – 20 principais áreas

metropolitanas estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio, mas o indicador análogo da

FHFA recuperou da queda do mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as vendas de

casas novas subiram em julho inesperadamente para máximos desde 2006 e os contratos de compras e

venda de casas usadas para máximos desde outubro de 2005. A confiança dos consumidores,

calculado pela Conference Board, desceu para mínimos desde maio de 2014, contrariando as

expectativas do mercado, devendo ter sido penalizada pelo aumento dos novos casos de Covid-19 no

país em julho e no início de agosto. Já o indicador da Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da

Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa final de agosto, intensificando a subida

mensal. No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de desemprego desceram em linha com

o esperado, sendo consistentes com uma aceleração do emprego em agosto. Também os dados da

indústria se revelaram maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair inesperadamente em

agosto, mas permaneceu acima do limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da Fed de

Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto máximos desde outubro de 2018.

PIB do 2.º trimestre foi revisto em alta, o que, associado à

revisão que efetuámos à previsão do 3.º trimestre, nos

levou a rever em alta a previsão do PIB de 2020 em 0.4 p.p.,

apontando-se agora para uma descida de 4.7%

Detalhando a nossa análise, a 2.ª estimativa do PIB para o 2.º

trimestre apontou para uma queda trimestral anualizada de

31.7% (-32.9% na 1.ª estimativa), aquém das nossas

expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -

32.5%), após a contração de 5.0% no 1.º trimestre (que era a

maior desde o 4.º trimestre de 2008). Tratou-se da maior

descida trimestral da atual série do PIB, iniciada em 1947, com

esta contração a resultar dos efeitos da pandemia do Covid-19

sobre a economia, sendo especialmente penalizados pelo

investimento empresarial em equipamentos e pelo consumo

privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente muito

pouco volátil, mas que registou a maior queda de sempre, em

resultado das medidas de confinamento adotadas na maioria

dos estados dos EUA. A revisão do crescimento do PIB no 2.º

trimestre refletiu a revisão em alta dos contributos do

investimento em existências (+0.52 p.p.), do consumo

privado (+0.29 p.p.), das exportações líquidas (+0.22 p.p.) e

do investimento privado em capital fixo (+0.18 p.p.), sendo

que o contributo dos gastos públicos não sofreu revisões.

O PIB caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de

2014, mas ainda ficou 9.6% acima do máximo histórico anterior

à Grande Recessão, devendo observar um crescimento

anualizado no 3.º trimestre na ordem de 21% (revisto durante a

semana dos anteriores +20%), com a recuperação da economia

em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já

um carry-over significativo para o atual trimestre. Em função dos

efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020

(revisto de -5.1%, quer devido ao facto de o crescimento do 2.º

trimestre ter ficado acima das expectativas, quer em resultado

da revisão em alta, efetuada durante a semana, ao crescimento

do 3.º trimestre e não obstante se antecipar para o 4.º trimestre

um crescimento um pouco mais fraco do que o anteriormente

perspetivado), devendo depois recuperar grande desta queda,

subindo 4.6% em 2021.

Encomendas de bens duradouros em julho superaram as

expectativas…

Relativamente ao 3.º trimestre, as encomendas de bens

duradouros subiram em junho mais do que o esperado,

registando a 2.ª forte subida consecutiva, em recuperação das

fortes quedas de março e abril. Prevemos uma subida do

investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,

após a forte queda no 2.º trimestre.

… algo que também sucedeu com os stocks dos grossistas

e dos retalhistas…

Por sua vez, os stocks dos grossistas caíram menos do que o

esperado em julho e os dos retalhistas subiram

inesperadamente. Já o défice da balança comercial de bens

subiu mais do que o esperado. Continuamos a prever um

contributo negativo das exportações líquidas para o

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

16

crescimento do PIB do 3.º trimestre, mas um contributo positivo

da variação de existências.

… bem como com o consumo privado

Também ao nível do consumo privado os dados foram

favoráveis. Em julho, o consumo privado registou uma subida

de 1.6%, depois de, no mês anterior, crescido 5.2% e após ter

avançado 8.4% em maio, a maior da série iniciada em 1995,

fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso:

+1.3%), continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a

maior de sempre), que tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha

colocado o indicador em mínimos desde dezembro de 2011,

ficando agora 4.8% abaixo dos máximos históricos de janeiro. O

consumo privado caiu a um ritmo anualizado de 34.1% no 2.º

trimestre (a maior queda da série iniciada em 1947), devendo

regressar ao crescimento no 3.º trimestre, para valores na

ordem de 29% (revisto de 27%).

Dados quantitativos positivos de julho levaram-nos a rever

em alta em 2 p.p. a nossa previsão para subida anualizada

do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22%

Os dados positivos das encomendas de bens duradouros, dos

stocks dos grossistas e dos retalhistas de julho, bem como os

dados de julho do consumo privado, mais do que compensaram

os dados mais negativos da balança comercial, levando-nos a

rever em alta em 2 p.p. a nossa previsão para subida

anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de

22% (continuando a identificar-se riscos ascendentes), em

recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que

resultou dos efeitos da crise do coronavírus.

Dados do imobiliário maioritariamente positivos: índice de

preços S&P/Core Logic – 20 principais áreas metropolitanas

estabilizou em junho, não recuperando da queda de maio,

mas o indicador análogo da FHFA recuperou da queda do

mês anterior e atingiu máximos históricos, enquanto as

vendas de casas novas subiram em julho inesperadamente

para máximos desde 2006 e os contratos de compras e

venda de casas usadas para máximos desde outubro de

2005

No imobiliário, os preços das habitações vendidas,

calculado pelo índice S&P/Core Logic referente às 20

principais áreas metropolitanas estabilizaram em junho, após

uma queda de 0.03% no mês anterior (revista de +0.04%) e 97

subidas consecutivas, continuando perto dos níveis máximos

históricos de abril. Por sua vez, segundo o índice da Agência

Federal de Financiamento da Habitação (FHFA), os preços a

nível nacional subiram 0.9% em junho, superando as

expectativas do mercado de uma subida mais moderada

(consenso: +0.3%), registando a 40.ª subida em 41 meses (a

exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos

históricos, ficando agora 28.2% acima dos anteriores máximos

históricos, registados em abril de 2007. A crise do coronavírus

constitui um forte constrangimento podendo conduzir a alguma

volatilidade nos preços nos próximos meses.

Já em julho, as vendas de casas novas subiram de 791 mil

(revisto de +776 mil) para 901 mil, contrariando as expectativas

do mercado (consenso: 790 mil), aliviando, pelo 3.º mês

consecutivo, do nível mais baixo desde dezembro de 2018,

atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 2006.

Também em julho os contratos de compras e venda de casas

usadas registaram a 3.ª subida consecutiva e depois de, em

maio, ter observado a maior subida mensal de sempre, mas

após terem afundado em março e abril e passado do nível mais

elevado desde fevereiro de 2017 para o mais baixo de sempre

deste indicador criado em 2001, tendo mais do que recuperado

dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro de

2005, sugerindo dever ter-se assistido a uma nova subida das

vendas de casas usadas em agosto, a 3.ª consecutiva, depois

das intensas quedas em abril e maio.

Confiança dos consumidores, calculada pela Conference

Board, desceu para mínimos desde maio de 2014,

contrariando as expectativas do mercado. Já o indicador da

Bloomberg subiu na 4.ª semana de agosto e o da

Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa

final de agosto, intensificando a subida mensal

Os dados da confiança dos consumidores revelaram-se

maioritariamente positivos, com exceção do indicador da

Conference Board, que caiu em agosto, de 91.7 para 84.8

pontos, ficando abaixo das expectativas do mercado (consenso:

93.0 pontos), observando a 2.ª queda consecutiva, após duas

subidas, caindo para um mínimo desde maio de 2014. Já o

indicador da Bloomberg subiu no 4.º registo semanal de

agosto, registando 10 subidas em 14 semanas, estando, agora,

a estabilizar em agosto, após duas subidas mensais

consecutivas, continuando acima do registo de maio, um mínimo

mensal desde setembro de 2014. Por sua vez, o indicador da

Universidade de Michigan foi revisto em alta na estimativa

final, intensificando a subida mensal. A confiança foi suportada,

sobretudo, pela componente de expectativas, sendo

marginalmente suportada também pela de situação (que foi

revista de uma queda para uma subida), que terá sido

condicionada pelo aumento em julho do n.º de novos casos de

Covid-19 no país, que fez com que diversos Estados tenham

dado passos atrás na reabertura da economia. O indicador

compósito do Montepio para a confiança dos consumidores

americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a

exceção foi a queda de julho), e depois de duas quedas em que

tinha passado do nível mais elevado desde novembro de 2000

para o mais baixo desde novembro de 2013, sinalizando um

crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º

trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º

trimestre (quando o consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se,

como referido, um crescimento bem superior, na ordem de 29%.

Novos pedidos de subsídio de desemprego desceram em

linha com o esperado, sendo consistentes, com uma

aceleração do emprego em agosto

No mercado de trabalho, os novos pedidos de subsídio de

desemprego desceram sensivelmente em linha com o esperado

na semana terminada em 22 de agosto, sendo o 2.º registo mais

baixo desde março (o mais baixo foi observado na 1.ª semana

de agosto), sinalizando uma aceleração do emprego em agosto,

após o abrandamento de julho.

Também os dados da indústria se revelaram

maioritariamente favoráveis, com o Chicago PMI a cair

inesperadamente em agosto, mas permanecendo acima do

limiar da expansão, e com os indicadores dos Distritos da

Fed de Kansas City e de Richmond a atingirem em agosto

máximos desde outubro de 2018

Na indústria, o dado menos favorável foi o registo de agosto do

indicador PMI da atividade da região de Chicago, que caiu, de

51.9 para 51.2 pontos, contrariando as expectativas do mercado

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

17

(consenso: 52.6 pontos), mas ficando bem acima dos 32.3

pontos de maio, um mínimo desde março de 1982, aliviando de

um máximo desde maio de 2019, sinalizando uma subida da

atividade na região, pelo 2.º mês consecutivo, após 12 quedas e

40 meses de expansão. Já o indicador da atividade industrial

do distrito da Reserva Federal de Richmond registou em

agosto a 4.ª subida consecutiva, mas após, em abril, ter

observado a maior queda de sempre, que o colocou num

mínimo histórico deste indicador criado em 1993, ascendendo

agora a um máximo desde outubro de 2018. Também o

indicador da atividade industrial do distrito da Reserva

Federal de Kansas City atingiu em agosto um máximo desde

outubro de 2018.

O Destaque na semana passada… nos EUA

PIB

Segunda estimativa do PIB para o 2.º trimestre apontou para uma queda

trimestral anualizada de 31.7% (-32.9% na 1.ª est.), aquém das nossas

expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -32.5%), após a

contração de 5.0% no 1.º trimestre (que era a maior desde o 4.º trimestre de 2008).

Tratou-se da maior descida da atual série do PIB, iniciada em 1947, resultando

dos efeitos da pandemia do Covid-19 sobre a economia, sendo especialmente

penalizados pelo investimento empresarial em equipamentos e pelo consumo

privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente muito pouco volátil, mas

que registou a maior queda de sempre, em resultado das medidas de

confinamento adotadas na maioria dos estados dos EUA.

De acordo com a 2.ª estimativa do PIB para o 2.º trimestre, registou-se uma descida

trimestral anualizada de 31.7% (-32.9% na 1.ª estimativa), aquém das nossas

expectativas (Montepio: -31.9%) e das do mercado (consenso: -32.5%), após a queda

de 5.0% no 1.º trimestre (que era a maior desde o 4.º trimestre de 2008, quando o PIB

recuou 8.4%).

Não obstante a revisão, tratou-se da maior descida trimestral da atual série do PIB,

iniciada em 1947, com esta contração a resultar dos efeitos da pandemia do Covid-19

sobre a economia, sendo especialmente penalizados pelo investimento empresarial em

equipamentos e pelo consumo privado, nomeadamente de serviços, tradicionalmente

muito pouco volátil, mas que registou a maior queda de sempre, em resultado das

medidas de confinamento adotadas na maioria dos estados dos EUA.

A economia está em recessão técnica (dois trimestres consecutivos de contração em

cadeia do PIB), sendo que, de acordo com as datações do NBER, a economia esteve

em expansão entre julho de 2009 e fevereiro de 2020, sendo o mais longo período de

expansão da história do país.

A revisão do crescimento do PIB no 2.º trimestre refletiu a revisão em alta dos

contributos do investimento em existências (+0.52 p.p.), do consumo privado (+0.29

p.p.), das exportações líquidas (+0.22 p.p.) e do investimento privado em capital

fixo (+0.18 p.p.), sendo que o contributo dos gastos públicos não sofreu revisões.

A descida do PIB no 2.º trimestre refletiu os contributos negativos do consumo

privado (-24.76 p.p. vs -4.75 p.p. no trimestre anterior), do investimento privado em

capital fixo (-5.20 p.p. vs -0.23 p.p. no trimestre anterior) e do investimento em

existências (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no trimestre anterior), que mais do que anularam

os contributos positivos das exportações líquidas (+0.90 p.p. vs + 1.13 p.p. no

trimestre anterior) e dos gastos públicos (+0.82 p.p. vs +0.22 p.p. no trimestre

anterior).

Durante o ciclo económico iniciado no 3.º trimestre de 2009 e finalizado no 1.º trimestre

de 2019, o mais baixo crescimento aconteceu no 1.º trimestre de 2014 (-1.1%),

enquanto o mais elevado ocorreu no 2.º trimestre de 2014 (+5.5%), que é também o

maior desde o 3.º trimestre de 2003 (+7.0%). O crescimento médio e mediano desse

período de expansão cifrou-se em 2.3%, um valor abaixo dos crescimentos medianos

observados desde 1965 até 2019 (+3.0%), embora sendo superior ao crescimento

potencial estimado pela Fed (cerca de +1.9%).

Nesses 42 trimestres de expansão da economia (ou seja, entre o 3.º trimestre de 2009

e o 4.º trimestre de 2019), o PIB caiu por duas vezes: no 1.º trimestre de 2011 (-1.0%) e

no 1.º trimestre de 2014 (-1.1%).

PIB caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de 2014, mas ainda ficou

9.6% acima do máximo histórico anterior à Grande Recessão

No 2.º trimestre, a economia caiu para o nível mais baixo desde o 4.º trimestre de

2014, mas ainda ficou 9.6% acima (revisto de +9.2%) do máximo histórico anterior à

Grande Recessão (registado no 4.º trimestre de 2007), sendo que no 4.º trimestre de

2019 estava 21.9% acima.

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2010

:Q2

2011

:Q2

2012

:Q2

2013

:Q2

2014

:Q2

2015

:Q2

2016

:Q2

2017

:Q2

2018

:Q2

2019

:Q2

2020

:Q2

Var. Trim. Anualizada (QoQ)

Var. Hom. (YoY)

Var. Média Anual

EUA - PIB

Un: %

1ºT20 2ºT20 1ºT20 2ºT20

PIB -5.0 -31.7 0.3 -9.1

Consumo Privado -6.8 -34.1 0.2 -10.5

Duradouros -12.5 -1.2 2.0 -1.4

Não-Duradouros 7.1 -14.9 3.6 -1.7

Serviços -9.8 -43.1 -1.1 -14.5

Gastos Públicos 1.3 2.8 2.7 2.1

Investimento Privado -9.0 -46.2 -4.2 -16.8

Capital Fixo -1.4 -28.9 0.4 -7.7

Residencial 19.0 -37.9 6.6 -4.9

Estruturas -3.7 -33.4 -1.0 -10.9

Equipamentos -15.2 -35.9 -5.8 -14.9

Proprieda intelectual 2.4 -7.7 4.1 1.0

Exportações -9.5 -63.2 -2.6 -23.2

Importações -15.0 -54.0 -5.3 -22.4

Trimestral Homólogo

EUA - PIB

14,000

15,000

16,000

17,000

18,000

19,000

20,000

21,000

22,000

23,000

2005:Q

2

2006:Q

2

2007:Q

2

2008:Q

2

2009:Q

2

2010:Q

2

2011:Q

2

2012:Q

2

2013:Q

2

2014:Q

2

2015:Q

2

2016:Q

2

2017:Q

2

2018:Q

2

2019:Q

2

2020:Q

2

PIB - baseado na tendencia de crescimento 1998-2007

PIB

EUA - PIB vs Estimativa para o PIB baseado na tendencia

Un: 10^9$

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2012

:Q2

2013

:Q2

2014

:Q2

2015

:Q2

2016

:Q2

2017

:Q2

2018

:Q2

2019

:Q2

2020

:Q2

Crescimento Trimestral Anualizado

EUA - PIB

Un: %Previsão

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

18

PIB deverá observar um crescimento anualizado no 3.º trimestre na ordem de

22% (revisto durante a semana dos anteriores +20%), com a recuperação da

economia em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já um

carry-over significativo para o atual trimestre

Para o 3.º trimestre, prevemos que o PIB possa crescer a um ritmo anualizado na

ordem de 22% (revisto durante a semana dos anteriores +20%), com a recuperação da

economia em maio e junho face aos recentes mínimos de abril e implicar já um carry-

over significativo para o atual trimestre, estimando-se que em julho o ritmo de

crescimento possa ter sido inferior ao estimado para junho, devendo abrandar também

em agosto em resultado do recente recrudescimento do n.º de novos casos de Covid-

19, levando a alguns passos atrás nas medidas de desconfinamento em vários

estados.

O consumo privado deverá regressar ao crescimento no 3.º trimestre, bem como o

investimento em capital fixo e o investimento em existências. Já os gastos

públicos deverão continuar a crescer, mas as exportações líquidas deverão

regressar aos contributos negativos.

Depois de ter acelerado nos dois anos anteriores, a economia abrandou em 2016,

mas acelerou em 2017 e 2018, tendo abrandado novamente em 2019 e devendo

cair 4.7% em 2020 (revisto de -5.1%), devido aos efeitos da pandemia

Em termos anuais, depois de a economia ter crescido 3.1% em 2015, abrandou para

1.7% em 2016, o mais baixo crescimento anual desde 2011, tendo acelerado em 2017

para 2.3% e em 2018 para 3.0%, observando o maior crescimento desde 2015 (que é o

maior desde 2005), mas abrandou no ano de 2019 para 2.2%. O crescimento médio

anual no período 2015/19 situou-se em 2.5%, um valor acima do observado nos cinco

anos anteriores (+2.1% no período 2010/14).

Em função dos efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020 (revisto de

-5.1%, quer devido ao facto de o crescimento do 2.º trimestre ter ficado acima das

expectativas, quer em resultado da revisão em alta, efetuada durante a semana, ao

crescimento do 3.º trimestre e não obstante se antecipar para o 4.º trimestre um

crescimento um pouco mais fraco do que o anteriormente perspetivado), devendo

depois recuperar grande desta queda, subindo 4.6% em 2021.

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2010

:Q2

2011

:Q2

2012

:Q2

2013

:Q2

2014

:Q2

2015

:Q2

2016

:Q2

2017

:Q2

2018

:Q2

2019

:Q2

2020

:Q2

Var. Trim. Anualizada (QoQ)

Var. Hom. (YoY)

Var. Média Anual

EUA - Consumo Privado

Un: %

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

PIB - Variação Homóloga

Deflator Core PCE - Variação Homóloga

Fed Funds

EUA - Evolução do PIB, da Inflação (Core) e dos Fed Funds

Un: %

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

19

Aconteceu na semana passada… nos EUA

Emprego

Novos pedidos de subsídio de desemprego desceram na semana terminada em

22 de agosto, ficando num nível similar ao esperado, após uma subida e duas

descidas consecutivas, duas subidas e 15 semanas a cair, sendo que as duas

anteriores subidas de julho tinham refletido os passos atrás observados em

alguns Estados ao nível do desconfinamento, afastando-se do máximo histórico

registado na última semana de março e aproximando-se do registo da 1.ª semana

de agosto, o valor mais baixo desde meados de março (e este é o 2.º valor mais

baixo desde essa data). Trata-se da 22.ª semana consecutiva com registos

semanais perto ou acima de 1 milhão (3.3 milhões, 6.9 milhões, 6.6 milhões, 5.2

milhões, 4.4 milhões, 3.8 milhões, 3.2 milhões, 2.7 milhões, 2.4 milhões, 2.1

milhões, 1.9 milhões, 1.6 milhões, 1.54 milhões, 1.48 milhões, 1.41 milhões, 1.31

milhões, 1.30 milhões, 1.42 milhões, 1.44 milhões, 1.19 milhões, 971 mil, 1.11

milhões e 1.01 milhões, pela ordem cronológica, sendo que o atual máximo

histórico é 10 vezes acima do anterior máximo histórico de 1982

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego caiu na semana terminada

em 22 de agosto, de 1 104 mil (revisto de 1 106 mil) para 1 006 mil, ficando

sensivelmente em linha com as expectativas do mercado (consenso: 1 000 mil), com

esta descida a ocorrer após uma subida e duas quedas consecutivas, duas subidas e

15 semanas a cair, sendo que as duas anteriores subidas de julho tinham refletido os

passos atrás observados em alguns Estados ao nível do desconfinamento. Este é o 2.º

mais baixo registo desde meados de março (o mais baixo foi observado na 1.ª semana

de agosto), continuando bem afastado dos máximos históricos (6 867 mil), observados

na 4.ª semana de março (que é cerca de 10 vezes acima do anterior máximo histórico

de 1982).

O registo da última semana de janeiro (+201 mil) é o valor mais baixo desde 1969. O

indicador permaneceu, bem acima, da marca dos 300 mil.

… tendo a respetiva média móvel de quatro semanas caído, pela 17.ª vez em 18

semanas (a exceção foi a subida da última semana de julho), e depois de nove

subidas, sendo que as últimas cinco dessas nove subidas foram muito fortes

Persistem, no entanto, sinais de dificuldades nos ajustamentos de sazonalidade

(particularmente em redor de feriados e das festividades móveis, como a Páscoa).

Esse facto, bem como o de os registos semanais serem bastante voláteis, tornam

premente olhar para a média móvel de quatro semanas (mm4s), que caiu, pela 17.ª

vez em 18 semanas (a exceção foi a subida da última semana de julho), descendo de

1 175 mil para 1 068 mil indivíduos, sendo que, em cinco semanas consecutivas,

atingiu sucessivos máximos históricos (o máximo histórico foi atingido na semana

terminada em 18 de abril: 5.790 milhões). Ainda assim, continuou bem acima dos

níveis mínimos desde 1969 registados em meados de fevereiro de 2020 e abril de

2019 (208 mil), apresentando-se, pela 23.ª semana consecutiva, acima da barreira

psicológica dos 300 mil, após 277 semanas consecutivas (mais de cinco anos), algo

ímpar nos anteriores 10 anos. A taxa de desemprego em abril atingiu 14.7% e só não

ultrapassou os 15% porque houve uma redução da população ativa, tendo, entretanto

em maio caído para 13.3%, em junho descido para 11.1% e em julho para 10.26% (no

conjunto desses três meses acompanhadas por aumentos da população ativa, embora

não recuperando da forte queda de abril).

Por outro lado, se utilizamos os dados não dos novos pedidos de subsídio, mas do n.º

total de pessoas a receber subsídio, o valor acumulado desceu em 223 milhares,

para 14.535 milhões, na semana terminada em 15 de agosto (são conhecidos com

uma semana de desfasamento), sendo que a descida da semana anterior foi revista de

636 milhares para 722 milhares, contabilizando agora 12 vezes em 14 semanas em

que a quantidade de trabalhadores a regressar ao trabalho terá superado os novos

desempregados, num total acumulado de 10.377 milhões (10.068 milhões de acordo

com os dados anteriores). Comparando com o registo observado quatro semanas

antes, trata-se da 13.ª queda (consecutiva) desde o início da pandemia, o que continua

a ser consistente com uma nova criação de emprego em agosto, para já superior à de

julho, quando o emprego abrandou. Em abril foram perdidos 20.787 milhões de

empregos, a maior perda da série iniciada em 1939, tendo sido criados 2.725 milhões

de empregos em maio, 4.791 milhões em junho e 1.763 milhões empregos em julho.

30

35

40

45

50

55

60

65 0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

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2014

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2015

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2016

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2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Índice Regionais de Emprego - média 7 (esc. esq.)

Novos Pedidos Subsídio Desemprego - Média 4 Semanas (esc. dir.)

EUA - Índice Regionais de Emprego vs Pedidos Semanais

Un: Índice Un: Milhares (escala invertida)

-24,000

-20,000

-16,000

-12,000

-8,000

-4,000

0

4,000

8,000 0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Variação do Emprego Não-Agrícola

Pedidos Subs. Desemprego - MM 4 Semanas - esc dir. e invertida

EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais

Un: 10^3 Empregos Un: 10^3 Empregos

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

20

Emprego acelerou em 2019 e no 4.º trimestre de 2019, tendo-se perdido

empregos no 1.º trimestre de 2020, que era o maior ritmo desde o 2.º trimestre de

2009, o qual foi superado no 2.º trimestre, que foi o pior de sempre, estando no

3.º trimestre a registar a maior criação de empregos de sempre

A criação de empregos em 2017 abrandou, pelo 3.º ano consecutivo (+2.109 milhões

em 2017; +2.345 milhões em 2016; +2.720 milhões em 2015 e +3.004 milhões em

2014), tendo em 2018 acelerado para 2.314 milhões, mas abrandou em 2019 para

2.133 milhões [revisto de +2.096 milhões], aproximando-se do ritmo de 2017 (+2.109

milhões), o menor desde 2011. No 4.º trimestre de 2019 a criação de empregos

acelerou para 630 mil (revisto de +593 mil), registando a 3.ª aceleração trimestral

consecutiva (+609 mil no 3.º trimestre) e (+477 mil no 2.º trimestre). Assim, o

crescimento do emprego no 4.º trimestre de 2019 ficou acima da média (+555 mil) e da

mediana (+562 mil) do período de criação de empregos nos EUA, iniciado no 1.º

trimestre de 2010 e que, em termos trimestrais, acabou nesse 4.º trimestre de 2019.

Relativamente ao 1.º trimestre de 2020, a perda de empregos de março mais do que

anulou a criação de empregos de janeiro e fevereiro, observando-se uma perda de 908

mil empregos, a maior perda desde o 4.º trimestre de 2009, tendo as perdas do 2.º

trimestre (-13.271 milhões, revistas de -13.288 milhões) sido as piores de sempre, não

obstante a recuperação em maio e junho, em resultado da “reabertura” da economia,

após as medidas de confinamento adotadas para combater a pandemia. No 3.º

trimestre está a observar-se a maior criação de empregos de sempre, sinalizando

uma subida anualizada do PIB de 17.8% no 3.º trimestre, sensivelmente aquém das

nossas perspetivas (na ordem de 21%, valor revisto em alta durante a semana dos

anteriores +20%, continuando a identificar-se riscos ascendentes).

-24,000

-20,000

-16,000

-12,000

-8,000

-4,000

0

4,000

8,000 0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

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7,000

8,000

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Variação do Emprego Não-Agrícola

Pedidos Subs. Desemprego - MM 4 Semanas - esc dir. e invertida

EUA - Variação do Emprego Não-Agrícola vs Pedidos Semanais

Un: 10^3 Empregos Un: 10^3 Empregos

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

21

Confiança dos Consumidores

Indicador de confiança dos consumidores da Conference Board caiu em agosto,

pelo 2.º mês consecutivo, após duas subidas, descendo para um mínimo desde

maio de 2014…

O indicador de confiança dos consumidores calculado pela Conference Board caiu

em agosto, de 91.7 pontos (revistos de 92.6 pontos) para 84.8 pontos, ficando abaixo

das expectativas do mercado (consenso: 93.0 pontos), observando a 2.ª queda

consecutiva, após duas subidas, caindo para um mínimo desde maio de 2014. O

registo de outubro de 2018 é o nível mais elevado desde setembro de 2000. Observou-

se uma descida da componente de situação corrente (descendo para um mínimo

desde maio, o valor mais baixo desde agosto de 2013) e um recuo da de expectativas

(devendo estar a ser penalizada pelo elevado n.º de novos casos de Covid-19 nos EUA

no pós desconfinamento, caindo para um mínimo desde julho de 2016).

... ficando acima dos fundamentais

Se olharmos para os seus habituais determinantes, constatamos que a confiança dos

consumidores está acima dos valores dos fundamentais económicos, pela 10.ª vez em

11 meses (a exceção foi abril), tendo o “valor fundamental” do indicador caído também

em agosto.

Confiança dos consumidores, medida pela Bloomberg, subiu no 4.º registo

semanal de agosto, após duas quedas consecutivas, observando 10 subidas em

14 semanas (as outras exceções foram as quedas da 1.ª e última semanas de

julho), estando agora a estabilizar no mês em agosto, após ter subido em junho e

julho, em recuperação das descidas de maio e abril, esta última quando

observou a maior queda mensal de sempre

No 4.º registo semanal de agosto, o indicador de confiança dos consumidores,

divulgado pela Bloomberg, subiu de 43.5 para 44.3 pontos, após duas quedas

consecutivas, registando 10 subidas em 14 semanas (as outras exceções foram as

quedas da 1.ª e última semanas de julho), após seis subidas consecutivas, depois de,

20 semanas antes (-6.4 pontos), ter registado a maior descida semanal deste indicador

criado em 1985. O indicador deverá estar a ser penalizado pelo aumento de novos

casos de Covid-19 nos EUA, mas continua suportado pela recuperação da atividade

económica e do emprego, tendo-se afastado dos 34.7 pontos da 3.ª semana de maio,

um mínimo desde maio de 2014, aproximando-se, um pouco mais, dos 67.3 pontos de

final de janeiro, um máximo desde janeiro de 2000. O indicador contabiliza uma subida

acumulada líquida de 9.6 pontos em 14 semanas, mas após ter caído 28.3 pontos nas

nove semanas anteriores, o maior deslize em 34 anos de pesquisas semanais. Em

termos mensais, o indicador evidencia, agora, uma estabilização mensal em agosto,

depois de ter aumentado 1.0 pontos em julho e 6.3 pontos em junho, mas após ter

recuado 2.5 pontos em maio e 16.8 pontos em abril, a maior de sempre (mais do dobro

da maior descida então registada, em 1990), depois de já ter perdido 7.2 pontos em

março, contabilizando agora nove subidas em 22 meses, continuando aquém do

registo de janeiro, o nível mais elevado desde a criação do indicador em 1985,

mantendo-se acima da leitura de maio, um mínimo desde setembro de 2014.

Verificam-se comportamentos negativos em duas das três componentes: situação da

atividade económica (após dois meses a aliviar de um mínimo desde setembro de

2014) e na de finanças pessoais, sendo que a de predisposição para consumir

está a subir.

Indicador de expectativas da Bloomberg caiu em agosto, depois de ter avançado

em junho e em julho e estabilizado em maio, aproximando-se dos níveis de abril

e maio, quando caiu para um mínimo desde outubro de 2011, afastando-se do

registo de fevereiro, um máximo desde outubro de 2018

Num outro relatório divulgado igualmente pela Bloomberg, o indicador mensal de

expectativas relativamente à economia americana caiu em agosto, depois de ter

avançado em junho e em julho e estabilizado em maio, aproximando-se dos níveis de

abril e maio, quando caiu para um mínimo desde outubro de 2011, afastando-se do

registo de fevereiro, um máximo desde outubro de 2018, ficando pelo 5.º mês

consecutivo abaixo da sua média histórica.

Fazendo a média (ponderada com a correlação com o consumo) do indicador de

situação da Bloomberg com o de expectativas (que vamos denominar de

Bloomberg – sit & exp), verifica-se que o indicador está a cair em agosto, depois de

duas subidas consecutivas, quatro quedas, aproximando-se do registo de maio

(mínimo desde outubro de 2013) e afastando-se da leitura de janeiro (máximo desde

agosto de 2000).

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2010

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2013

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2018

:08

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:08

Conference Board (esc. esq.) Universidade Michigan (esc. dir.)

EUA - Confiança dos Consumidores

Un: Índice Un: Índice

jul-20 ago-20

Sit - Economia 0.7 -1.3

Sit - Emprego 3.0 -3.4

Exp - Economia -3.6 -0.5

Exp - Emprego -5.8 -0.4

Exp - Rendiment -0.9 -1.3

Contributos

EUA - Contributos para Conference Board

0

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2017

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2018

:02

2018

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2018

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2018

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2019

:02

2019

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2019

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2019

:11

2020

:02

2020

:05

2020

:08

Conf. Board (esc. esq.) Univ. Michigan (esc. esq.)

IBD/TIPP (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.)

EUA - Confiança dos Consumidores

Un: Índice Un: Índice

Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Bloomberg sit_exp 42.5 42.3 0.8 -0.2

Situação 44.3 44.3 1.0 0.0

Expectativas 38.5 38 0.5 -0.5

Valor Variação

EUA - Ind. Confiança Consumidor da Bloomberg

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

22

Estimativa final de agosto do indicador de confiança dos consumidores da

Universidade de Michigan veio rever em alta a estimativa preliminar apontar para

uma subida mensal, a 3.ª em quatro meses, depois de, em abril, ter observado a

maior descida mensal de sempre e passado em dois meses de um máximo desde

março de 2018 para um mínimo desde dezembro de 2011, do qual agora se

afastou…

A estimativa final de agosto do indicador de confiança dos consumidores da

Universidade de Michigan veio rever em alta em 1.3 pontos a estimativa preliminar e

apontar para uma subida mensal, de 72.5 para 74.1 pontos, superando as expectativas

do mercado (consenso: 72.8 pontos) e contrariando as expectativas do mercado

aquando da 1.ª estimativa mercado (consenso: 72.0 pontos), registando a 3.ª subida

em quatro meses, depois de, em abril, ter observado a maior descida mensal de

sempre e passado em dois meses de um máximo desde março de 2018 para um

mínimo desde dezembro de 2011, do qual agora se afastou. A confiança não

conseguiu recuperar da queda do mês anterior, devendo estar a ser penalizada pelo

aumento do n.º de novos casos de Covid-19 no país em julho, que fez com que

diversos Estados tenham dado passos atrás na reabertura da economia, sendo que a

revisão em alta da confiança deverá estar a refletir o recente decréscimo dos novos

casos. Em fevereiro, tinha atingido um máximo desde março de 2018, quando, com

101.4 pontos, atingiu o nível mais elevado desde janeiro de 2004 (ou seja,

sensivelmente a meio do anterior ciclo económico e bem antes de a economia ter

entrado na anterior recessão).

… com a confiança a ficar, pela 11.ª vez em 12 meses, acima dos fundamentais…

Se olharmos para os seus habituais determinantes, constatamos que a confiança dos

consumidores está, pela 11.ª vez em 12 meses, acima dos valores dos fundamentais

económicos (a exceção foi abril), não obstante o “valor fundamental” do indicador ter

subido em agosto. As expectativas de inflação para o horizonte de 12 meses

subiram de 3.0% para 3.1% (3.0% na 1.ª est.), depois de terem estabilizado no mês

anterior e caído 0.2 p.p. em junho, ficando 0.1 p.p. abaixo dos 3.2% de maio, um

máximo desde agosto de 2014, permanecendo acima do registo de abril (+2.1%), o

valor mais baixo desde março de 2009, sendo que as expectativas para o horizonte

de cinco anos subiram de 2.6% para 2.7%, regressando ao nível de maio, um máximo

desde março de 2016, afastando-se dos 2.2% de dezembro, um mínimo desde que,

em 1979, estes dados começaram a ser compilados (também observados noutras

ocasiões, designadamente em junho de 2019).

… e sendo suportada pela componente de situação, mas, sobretudo, suportada

pela de expectativas

Esta subida mensal do indicador de Michigan resultou quer da componente de situação

(que foi revista de uma queda para uma marginal subida), mas, sobretudo, pela subida

da de expectativas, que registou apenas a 2.ª subida em seis meses (a outra subida foi

em junho). A componente de expectativas no mês anterior tinha igualado o registo de

maio, um nível mínimo desde outubro de 2013 e aproximou-se do registo de fevereiro,

um máximo desde maio de 2019, o nível mais elevado desde janeiro de 2004. Já a

componente de situação corrente subiu, após uma queda e duas subidas, afastando-

se do registo de abril, um mínimo desde agosto de 2011, ficando mais perto da leitura

de dezembro de 2019, um máximo desde dezembro de 2018. Em março de 2018

atingiu máximos históricos deste indicador criado em janeiro de 1978. Note-se que,

ainda assim, o indicador manteve-se em níveis acima do limiar historicamente

consistente com acréscimos no consumo privado.

Indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores

americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a

queda de julho), e depois de duas quedas em que tinha passado do nível mais

elevado desde novembro de 2000 para o mais baixo desde novembro de 2013…

Já são conhecidos, para o mês de agosto, valores para os quatro indicadores que

monitorizamos, com as indicações a serem mistas em comparação com o mês anterior

(subidas nos indicadores da IBD/TIPP e da Universidade de Michigan, mas quedas

nos da Bloomberg – sit & exp e da Conference Board). Em todo o caso, em agosto,

o indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores

americanos – obtido através da média ponderada dos quatro principais indicadores de

confiança dos consumidores – subiu, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a

queda de julho), depois de duas quedas, em que passou do nível mais elevado desde

novembro de 2000 para um mínimo desde novembro de 2013. Em termos médios

trimestrais, o indicador ficou no 1.º trimestre de 2020 no nível mais elevado desde o

3.º trimestre de 2018, um máximo desde o 4.º trimestre de 2000, tendo no 2.º

trimestre descido para mínimos desde o 4.º trimestre de 2013, do qual está a aliviar no

3.º trimestre.

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2020

:08

Conference Board (esc. esq.) Universidade Michigan (esc. dir.)

EUA - Confiança dos Consumidores

Un: Índice Un: Índice

0

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2017

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2018

:02

2018

:05

2018

:08

2018

:11

2019

:02

2019

:05

2019

:08

2019

:11

2020

:02

2020

:05

2020

:08

Conf. Board (esc. esq.) Univ. Michigan (esc. esq.)

IBD/TIPP (esc. esq.) Bloomberg (esc. dir.)

EUA - Confiança dos Consumidores

Un: Índice Un: Índice

Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Michigan 72.5 74.1 -5.6 1.6

Situação 82.8 82.9 -4.3 0.1

Expectativas 65.9 68.5 -6.4 2.6

EUA - Ind. Confiança Consumidor da Univ. Michigan

Valor Variação

Ind. Confiança jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Conference Board 91.7 84.8 -6.6 -6.9

Bloomberg - Sit&exp 42.5 42.3 0.8 -0.2

IBD 44.0 46.8 -3.0 2.8

Michigan 72.5 74.1 -5.6 1.6

Valor Variação

EUA - Indicadores de Confiança dos Consumidores

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23

Em agosto, o indicador da IBD ficou abaixo da média histórica, pelo 3.º mês

consecutivo, após 28 meses acima, enquanto o indicador da Conference Board

regressou em julho a valores abaixo da respetiva média histórica (93.5 pontos), algo

que não constituía a regra desde junho de 2016, com outras as exceções a serem abril

e maio passado. Também o da Universidade de Michigan passou, em abril, para

valores abaixo da média, bem como o indicador da Bloomberg – sit & exp, que aí se

mantiveram em agosto (este último marginalmente).

… sinalizando um crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º

trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º trimestre (quando o

consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se um crescimento bem superior, na

ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos dados de julho do consumo

privado)

No 1.º trimestre, o indicador compósito do Montepio para a confiança dos

consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 3.º trimestre de 2018, um máximo

desde o 4.º trimestre de 2000, sinalizando uma subida de 4.6%, observando-se, no

entanto, uma queda de 6.9%, devido aos efeitos da crise do coronavírus, com o

consumo a ser em março severamente penalizado. No 2.º trimestre, o indicador

compósito do Montepio para a confiança dos consumidores desceu para mínimos

desde o 4.º trimestre de 2013, sinalizando ainda uma subida do consumo privado

(+1.9%), mas observou-se uma intensificação do ritmo de descida, para 34.1%,

sinalizando uma subida de 2.1% para o 3.º trimestre, mas antecipando-se um

crescimento bem superior, na ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos

dados de julho do consumo privado).

Antes da crise, o consumo privado estava a ser suportado: i) pela boa dinâmica de

criação de empregos ao longo dos últimos anos; ii) pelos ainda baixos preços da

energia; iii) pelas baixas taxas de juro; iv) pela tendência de aumento da riqueza.

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

75

80

85

90

95

100

105

110

115

120

2000

:Q3

2002

:Q3

2004

:Q3

2006

:Q3

2008

:Q3

2010

:Q3

2012

:Q3

2014

:Q3

2016

:Q3

2018

:Q3

2020

:Q3

Consumption - QoQ Anualiz. (esc. esq.)

Consumer Confidence - Quarterly Average (esc. dir.)

EUA - Consumo Anualisado (QoQ) vs Conf. Consumidor Composite

Previsão - 3Q20 YoY:-10.7/QoQ Anz:2.1Un: % Un: Indice

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24

Imobiliário – Preços

Preços das casas nas 20 principais áreas metropolitanas (índice S&P/Core Logic) estabilizaram em junho, após uma queda de 0.03% no mês anterior (revisto de +0.04%) e 97 subidas consecutivas, ficando, quer a evolução mensal, quer a homóloga, aquém das expectativas do mercado, ficando perto dos níveis máximos históricos observados em abril

Os preços das casas nas 20 principais áreas metropolitanas, medidos pelo índice S&P/Core Logic, registaram uma variação homóloga positiva de 3.46% em junho, inferior à observada no mês anterior (+3.61% em maio; revisto de +3.69%), representando a 97.ª subida consecutiva, após 20 meses com quedas, um crescimento abaixo das expectativas do mercado (consenso: +3.60%), aumentando a distância face aos 6.77% registados em março de 2018, que é o maior crescimento desde junho de 2014 (+8.05%), após noves meses consecutivos a aliviar dos 2.0% de agosto de 2019, o menor crescimento desde agosto de 2012 (+1.99%). Em novembro de 2013 tinham crescido 13.70%, ao ritmo mais elevado desde fevereiro de 2006, mas os crescimentos acima da tendência histórica têm vindo a ser suportados pelo reduzido número de casas usadas para venda no mercado e pela convergência dos preços com os níveis de equilíbrio. Em termos mensais, considerando os dados ajustados de sazonalidade, registou-se uma estabilização, após uma queda de 0.03% no mês anterior (revisto de +0.04%) e 97 subidas consecutivas, , com os preços médios no último trimestre móvel a superarem, pelo 29.º mês consecutivo, o registo de junho de 2006 e a ficarem perto dos máximos históricos de abril, sendo visível uma tendência de recuperação depois dos mínimos desde janeiro de 2003 registados em março de 2012. Refira-se que estas recentes evoluções do S&P/Core Logic constituem um sinal de que o rápido processo de recuperação dos preços já estava a abrandar mesmo antes da chegada da crise do coronavírus, na medida em que estes já se encontravam nos seus valores de equilíbrio, ainda que bastante aquém dos especulativos máximos históricos observados na 1.ª metade de 2006.

Preços das habitações vendidas (índice da Agência Federal de Financiamento da Habitação - FHFA) subiram 0.9% em junho, superando as expectativas do mercado de uma subida mais moderada (consenso: +0.3%), registando a 40.ª subida em 41 meses (a exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos históricos…

Por sua vez, o índice nacional de preços de casas (HPI) da Agência Federal de Financiamento da Habitação (FHFA) subiu 0.9% em junho, superando as expectativas do mercado (consenso: +0.3%), tendo além do mais a queda do mês anterior sido revista de 0.3% para 0.2%, registando a 40.ª subida em 41 meses (a exceção foi a descida de maio), atingindo níveis máximos históricos. A média móvel de três meses – forma de cálculo do índice S&P/Core Logic – subiu o ritmo de crescimento, de 0.03% para 0.4%, o que representa o 104.º crescimento consecutivo, tendo os preços, em novembro de 2015, superado o registo de maio de 2007, renovando agora máximos históricos. As recentes subidas dos índices S&P/Core Logic e FHFA (que tem vindo a recuperar dos mínimos desde dezembro de 2003 observados em maio de 2011) podem ser entendidas como um sinal de gradual recuperação do imobiliário americano.

Sem estancar o movimento de quedas nos preços das casas, o imobiliário nunca poderia iniciar uma recuperação sustentável, na medida em que as expectativas deflacionistas contribuem para o adiamento das decisões de compra de casas, o que alimenta as quedas nos preços.

… ficando agora 28.3% acima dos anteriores máximos históricos, registados em abril de 2007, devendo a crise do coronavírus provocar novas descidas nos próximos dois a três meses

Em termos homólogos, o indicador da FHFA apresentou um crescimento de 5.7% em junho, a um ritmo inferior ao de maio (+4.9%), representando o 100.º consecutivo, após ter estado em queda ininterrupta desde o verão de 2007, período que correspondeu ao agravamento da crise do segmento de crédito imobiliário de risco (subprime), estando agora 28.3% acima dos anteriores máximos históricos, registados em abril de 2007. A leitura do FHFA é limitada pelo universo que abrange, cingindo-se aos preços das casas compradas com base em títulos garantidos por créditos hipotecários emitidos pelas agências Fannie Mae e Freddie Mac. Esta realidade, aliada ao facto de a bolha imobiliária ter sido mais intensa nas maiores áreas metropolitanas, justifica o porquê de o índice S&P/Core Logic só ter atingido máximos históricos em janeiro de 2018, encontrando-se, em junho, em novos máximos históricos (ficou 8.1% acima dos anteriores máximos históricos observados em 2006).

Os preços das casas tinham vindo a ser pressionados pelo fraco nível de vendas, mas que, desde agosto de 2012, passou a ser historicamente compatível com subidas dos preços. De resto, quando comparado com o stock de casas usadas (rácio de existências sobre vendas), este já se revelava, em julho, compatível, pelo 109.º mês consecutivo (i.e., desde julho de 2011), com crescimentos nos preços, que só não se consubstanciam em maiores subidas devido às execuções hipotecárias e às vendas a descoberto (que no conjunto são as chamadas distressed sales). A redução das execuções hipotecárias (que têm observado um desagravamento) contribuíram, efetivamente, para que os preços das casas se aproximassem do seu valor de equilíbrio de longo prazo, após vários meses abaixo. Efetivamente, desde o relatório de dezembro de 2015, a avaliar pelo modelo de longo prazo desenvolvido pelo Montepio para o mercado imobiliário norte-americano, com base no índice S&P/Core Logic, os preços encontram-se relativamente em linha com os valores de equilíbrio, sendo que, sobretudo, com a queda do PIB do 2.º trimestre, os preços passaram a estar acima dos valores de equilíbrio, atendendo a que o PIB caiu abruptamente e constitui um importante input do modelo, mas com os compradores a considerarem que essa queda do PIB foi temporária, em resultado da crise. A crise do coronavírus constitui um forte constrangimento podendo conduzir a alguma volatilidade nos preços nos próximos meses.

130

140

150

160

170

180

190

200

210

220

230

2011

:06

2012

:06

2013

:06

2014

:06

2015

:06

2016

:06

2017

:06

2018

:06

2019

:06

2020

:06

S&P/Case-Shiller - 20 áreas metropolitanas

FHFA - Nacional mm3m

EUA - Preço das Casas

Un: Índice (Jan.2000=100)

un: % mai jun mai jun

S&P/Case-Shiller 20 0.0 0.0 3.61 3.46

FHFA -0.2 0.9 4.90 5.70

Var. Mensal Var. Homól.

EUA - Índices de Preços das Casas

-20

-10

0

10

20

30

40

1976:6

1978:6

1980:6

1982:6

1984:6

1986:6

1988:6

1990:6

1992:6

1994:6

1996:6

1998:6

2000:6

2002:6

2004:6

2006:6

2008:6

2010:6

2012:6

2014:6

2016:6

2018:6

2020:6

US Houses Prices (Equilibrium=0)

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25

Imobiliário – Contratos de Vendas de Casas Usadas

Número de contratos assinados (mas não concluídos) de transações de

imóveis usados registou uma nova subida em julho, a 3.ª consecutiva e depois

de, em maio, ter observado a maior subida mensal de sempre, mas após terem

afundado em março e abril e passado do nível mais elevado desde fevereiro de

2017 para o mais baixo de sempre deste indicador criado em 2001, tendo mais

do que recuperado dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro

de 2005…

O número de contratos assinados (mas não concluídos) de transações de

imóveis usados registou, em julho, uma subida de 5.9%, depois de ter avançado

15.8% no mês anterior (revisto de +16.6%) e 44.3% em maio, no que representou a

maior subida de sempre deste indicador criado em 2001, superando as expectativas

do mercado (consenso: +2.0%), mas após terem afundado em março (-20.8%) e abril

(-21.8%) e passado nesse período do nível mais elevado desde fevereiro de 2017

para o mais baixo de sempre deste indicador criado em 2001, tendo mais do que

recuperado dessas fortes quedas e atingindo máximos desde outubro de 2005.

… sugerindo dever ter-se assistido a uma nova subida das vendas de casas

usadas em agosto, a 3.ª consecutiva, depois das intensas quedas em abril e

maio

A recente evolução dos dados dos contratos comparativamente aos das vendas

sugere, assim, que deverá ter-se assistido a uma nova subida das vendas de casas

usadas em agosto, após estas terem subido em julho, em que já tinha recuperado

das intensas quedas de abril e maio, nesse último mês para um valor anualizado de

3.91 milhões, passando, em três meses, do nível mais elevado desde fevereiro de

2007 para o mais baixo desde outubro de 2010, devido à crise do coronavírus, tendo,

posteriormente, em julho atingido o nível mais elevado desde dezembro de 2006. As

vendas encontram-se, em julho, 69.9% acima do mínimo de ciclo observado em

meados de 2010, apresentando agora uma subida de 8.7% face a igual período do

ano anterior, após três quedas consecutivas (-11.7% no mês anterior), nove subidas

e 16 descidas, registando apenas 13 subidas em 33 meses, mas 46 crescimentos em

71 meses.

EUA – Vendas de Casas Usadas

Imobiliário – Vendas de Casas Novas

Vendas de casas novas aliviaram, pelo 3.º mês consecutivo, do nível mais baixo

desde dezembro de 2018, atingindo um máximo desde dezembro de 2006

O número de habitações novas vendidas subiu em julho de 791 mil (revisto de +776

mil) para 901 mil, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 790 mil),

aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, do nível mais baixo desde dezembro de 2018,

atingindo o nível mais elevado desde dezembro de 2006. A média móvel de três meses

(mm3m) das vendas subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após três quedas, aliviando, pelo

2.º mês, de mínimos desde fevereiro de 2019, superando o registo de fevereiro e

atingindo um máximo desde julho de 2007.

NAR prevê uma subida das vendas em 2020 e uma forte aceleração em 2021,

antecipando subidas dos preços nos dois anos

Em 2019 as vendas subiram 10.4%, atingindo o nível mais elevado desde 2007, com a

NAR (associação de imobiliárias) a prever (em agosto) um acréscimo de 3.1% em 2020

(+1.0% em julho), mas depois uma forte aceleração para 16.5% em 2021 (revisto de

+15.9%).

Em 2012 o preço da casa mediana aumentou 7.9%, tendo depois subido 9.7% em

2013, 5.2% em 2014, 4.0% em 2015, 4.6% em 2016, 4.3% em 2017 e apenas 0.3% em

2018, acabando por cair 1.5% em 2019, sendo que a NAR previa, em agosto, uma

subida de 1.1% em 2020 (+0.4% em julho), seguida de um aumento de 3.1% em 2021

(+2.8% em julho).

3.2

3.6

4.0

4.4

4.8

5.2

5.6

6.0

60

70

80

90

100

110

120

130

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Vendas de Casas (esc. esq.) Contratos Assinados (esc. dir.)

EUA - Vendas de Casas Usadas e Contratos Assinados

Un: 10^6 Un: Índice

jun jul jun jul jun jul

Contratos 115.3 122.1 15.8 5.9 11.8 15.4

Vendas Usadas 4.700 5.860 20.2 24.7 -11.7 8.7

Valor Var. Mensal Var. Homól.

Novas (10 3̂) jun jul jun jul jun jul

Vendas 791.0 901.0 15.1 13.9 9.0 36.3

Stocks 304.0 299.0 -2.6 -1.6 -7.9 -8.8

Usadas (10 6̂)

Vendas 4.700 5.860 20.2 24.7 -11.7 8.7

Stocks nsa 1.540 1.500 -0.6 -2.6 -19.8 -21.1

Stocks sa 1.417 1.389 -2.1 -2.0 -19.9 -21.1

Contratos Usadas (Índice) 116.1 - 16.6 - 12.7 -

Preços Novas

Médio 381.9 391.3 4.5 2.5 5.5 4.8

Mediano 337.0 330.6 7.7 -1.9 8.1 7.2

Preços Usadas

Médio 328.9 337.5 3.5 2.6 2.3 6.5

Mediano 294.5 304.1 3.8 3.3 3.2 8.5

Valor Var. Mensal Var. Homól.

EUA - Vendas de Casas

3.2

3.6

4.0

4.4

4.8

5.2

5.6

6.0

6.4

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

1.0

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Vendas de Casas Usadas saar (esc. esq.)

Vendas de Casas Novas saar (esc. dir.)

EUA - Vendas de Casas Novas e Usadas

Un: 10^6 Un: 10^6

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26

Investimento

Encomendas de bens duradouros subiram em julho mais do que o esperado,

registando a 3.ª forte subida consecutiva, em recuperação das fortes quedas de

março e abril

As encomendas de bens duradouros subiram 11.2% em junho, mais do que o

antecipado pelas expectativas do mercado (consenso: +4.8%) e com o crescimento de

junho a ser revisto em alta, de 7.6% para 7.7%, registando a 3.ª subida consecutiva, e

após duas fortes descidas, atingindo o nível mais elevado desde março. As

componentes menos voláteis também subiram mais do que o esperado (+1.9% vs

+1.7% de consenso), tal como as entregas core (+2.4% vs +1.8% de consenso),

sugerindo uma subida do investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,

após a forte descida forte descida no 2.º trimestre.

Investimento empresarial em equipamentos caiu no 1.º trimestre, tendo

intensificado significativamente a queda no 2.º trimestre, antevendo-se o

regresso ao crescimento no 3.º trimestre

Estes dados, conjuntamente com os surveys regionais de intenções de investimento,

sugerem uma subida do investimento empresarial em equipamentos no 3.º trimestre,

após as fortes quedas no 1.º e 2.º trimestres.

Efetivamente, o investimento empresarial em equipamentos apresentou uma subida

anualizada de 2.0% no 1.º trimestre de 2019, atingindo um nível máximo histórico,

tendo caído desde então, descendo 15.2% no 1.º trimestre de 2020 e 35.9% no 2.º

trimestre, mas ficando 23.5% acima dos máximos (observados em 2007) do penúltimo

período de expansão da economia dos EUA, uma performance bem superior à

observada pelo PIB (9.6% acima).

O investimento empresarial em equipamentos tinha exibido uma resiliência notável

num contexto de forte incerteza na economia mundial, nomeadamente mesmo durante

o período em que a crise da Zona Euro se foi arrastando. O dólar forte e os baixos

preços do petróleo, desde o final de 2014, impactaram no investimento da indústria

transformadora e da indústria extrativa, conduzindo a várias quedas trimestrais do

investimento em 2015 e 2016, mas, desde então, tinha havido uma tendência de

recuperação, que foi interrompida com a guerra comercial e, no 1.º trimestre, com a

pandemia do Covid-19.

Variação de existências com um contributo negativo para o crescimento do PIB

do 1.º trimestre, tendo sido bem mais negativo no 2.º trimestre, mas devendo ser

positivo no 3.º trimestre

Por sua vez, os stocks de bens duradouros desceram 0.5% em julho (-0.1% no mês

anterior), evidenciando uma variação no 3.º trimestre, inferior à observada no 2.º

trimestre, sendo que, em termos reais, também apresentam um pior comportamento

do que no trimestre anterior. Todavia, prevemos que, no seu conjunto, as diversas

componentes dos stocks (os stocks dos bens não duradouros industriais, grossistas e

retalhistas) apresentem um contributo positivo da variação de existências para o

crescimento do PIB do 3.º trimestre. Recorde-se que, de acordo com a 2.ª estimativa

do PIB, relativa ao 2.º trimestre, observou-se um contributo negativo para o

crescimento anualizado do PIB (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no 1.º trimestre).

-20

-16

-12

-8

-4

0

4

8

12

16

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

2015:07 2016:07 2017:07 2018:07 2019:07 2020:07

Encomendas de Bens Duradouros sa (MoM) (esc. esq.)

Encomendas de Bens Duradouros excl. Transp sa (MoM) (esc. dir.)

EUA - Encomedas de Bens Duradouros (Nominais)

Un: % Un: %

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

2011

:Q1

2012

:Q1

2013

:Q1

2014

:Q1

2015

:Q1

2016

:Q1

2017

:Q1

2018

:Q1

2019

:Q1

2020

:Q1

Investimento (nominal) - Var. Hom. (YoY) (esc. esq.)

Encomendas Bens Duradouros 2-Lags - (YoY) (esc. esq.)

Enc. Bens Dur. Excl. Def. e Mat. Aero. 2-Lags - (YoY) (esc. esq.)

EUA - Invest. Empresarial Equipam. vs Enc. Bens Duradouros

Un: % Un: %

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27

Dados Preliminares Stocks e Balança Comercial de Bens

Dados dos stocks sugerem um contributo positivo da variação de existências

para o crescimento do PIB do 3.º trimestre…

Os stocks dos grossistas caíram menos do que o esperado em julho, em 0.1%

(consenso: -0.9%; -1.3% em junho, revisto de -1.4%), estando a apresentar no 3.º

trimestre, em termos reais, um comportamento melhor do que no 2.º trimestre, tal como

os stocks dos retalhistas (que em julho subiram 1.2%, contrariando os -1.1%

esperados pelo mercado, ainda que depois de terem caído 2.7% no mês anterior, cujo

valor foi revisto dos anteriores -2.6%) e contrariamente aos bens industriais

duradouros. Considerando também as demais componentes, prevemos um contributo

positivo da variação de existências para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, após

cinco contributos negativos consecutivos. Recorde-se que, de acordo com a 2.ª

estimativa do PIB, relativa ao 2.º trimestre, observou-se um contributo negativo para o

crescimento anualizado do PIB (-3.46 p.p. vs -1.34 p.p. no 1.º trimestre).

… e os dados da balança comercial de bens sugerem um contributo negativo das

exportações líquidas para o crescimento do PIB do 3.º trimestre

Já o défice comercial de bens subiu mais do que o esperado em julho, estando a

subir face à média do 2.º trimestre, o que será compatível com um contributo negativo

das exportações líquidas para o crescimento do PIB do 3.º trimestre, depois do

contributo positivo no 2.º trimestre. Relembre-se que os dados da 2.ª estimativa do PIB,

relativa ao 2.º trimestre, revelaram um contributo positivo das exportações líquidas

(+0.90 p.p. vs +1.13 p.p. no 1.º trimestre).

Estes dados positivos de julho dos stocks dos grossistas e dos retalhistas, bem como

os dados do consumo privado mais do que compensaram os dados mais negativos da

balança comercial, levando-nos a rever em alta em 1 p.p. a nossa previsão para subida

anualizada do PIB no 3.º trimestre para valores na ordem de 22% (no conjunto da

semana revimos em alta em 2 p.p. e continuando a identificar-se riscos ascendentes),

em recuperação da queda de 31.7% observada no 2.º trimestre, que resultou dos

efeitos da crise do coronavírus.

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2.5

-10

-5

0

5

10

15

20

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Variação Mensal (esc. esq.) Variação Homóloga (esc. dir.)

EUA - Stocks Grossistas

Un: % Un: %

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

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2010

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2011

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2012

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2013

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2014

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2015

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2018

:06

2019

:06

2020

:06

Rácio entre os Stocks e as Vendas

Média 1992-2018

EUA - Comércio Grossista

Un: Índice

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

28

Consumo Privado

Consumo privado real registou uma subida de 5.2% em junho, depois de, no mês

anterior, ter subido 8.4% (revisto de +8.1%), a maior da série iniciada em 1995,

fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso: +5.0%),

continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a maior de sempre), que

tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha colocado o indicador em mínimos desde

dezembro de 2011, ficando agora 6.7% abaixo dos máximos históricos de janeiro.

Em junho, o consumo privado registou uma subida de 5.6% em termos nominais,

ficando acima das expectativas do mercado (consenso: +5.2%), após uma subida de

8.5% no mês anterior, continuando a recuperar das fortes quedas de abril e março. Em

termos reais, o consumo privado registou uma subida de 1.6% em julho, depois de,

no mês anterior, subido 5.2% e após ter avançado 8.4% em maio, a maior da série

iniciada em 1995, fazendo melhor do que as expectativas do mercado (consenso:

+1.3%), continuando a recuperar da descida de abril (-12.4%, a maior de sempre), que

tinha sido a 3.ª consecutiva e que tinha colocado o indicador em mínimos desde

dezembro de 2011, ficando agora 4.8% abaixo dos máximos históricos de janeiro.

Durante 128 meses (i.e., durante o período de expansão dos EUA, iniciado em julho de

2009 e terminado em fevereiro de 2020), o consumo real caiu apenas por 21 vezes,

mas, como esperado, caiu significativamente em março e abril devido à crise do

coronavírus, em resultado da redução do consumo de bens duradouros e serviços,

mas, em abril, também de bens não duradouros, onde estão incluídos os bens de 1.ª

necessidade, que no mês anterior tinham subido, quer por motivos de precaução, quer,

em alguns casos, numa atitude de açambarcamento.

O consumo de bens duradouros subiu 2.5% (+7.9% no mês anterior), aliviando, pelo

3.º mês consecutivo, de níveis mínimos desde setembro de 2014, tendo renovado

máximos históricos. Por seu lado, o consumo de bens não-duradouros subiu 1.2%,

depois de, no mês anterior, ter avançado 4.4%, aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, de

mínimos desde junho de 2015 e atingindo um máximo desde março, quando fez níveis

máximos históricos. Os gastos em serviços subiram 1.6%, após ter avançado 5.7% no

mês anterior, observando a 3.ª subida consecutiva, após duas descidas (-12.4% em

abril, a maior queda da série iniciada em 1995; -9.0% em maio), aliviando, pelo 3.º mês

consecutivo, de mínimos desde novembro de 2006, aproximando-se dos níveis

máximos históricos de fevereiro.

Indicador compósito do Montepio para a confiança dos consumidores

americanos subiu em agosto, pela 3.ª vez em quatro meses (a exceção foi a

queda de julho), e depois de duas quedas em que tinha passado do nível mais

elevado desde novembro de 2000 para o mais baixo desde novembro de 2013,

sinalizando um crescimento anualizado do consumo privado de 2.1% no 3.º

trimestre, acima dos 1.9% que tinha sinalizado para o 2.º trimestre (quando o

consumo caiu 34.1%), mas antecipando-se um crescimento bem superior, na

ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos dados de julho do consumo

privado)

No 1.º trimestre, o indicador compósito do Montepio para a confiança dos

consumidores atingiu o nível mais elevado desde o 3.º trimestre de 2018, um máximo

desde o 4.º trimestre de 2000, sinalizando uma subida de 4.6%, observando-se, no

entanto, uma queda de 6.9%, devido aos efeitos da crise do coronavírus, com o

consumo a ser em março severamente penalizado. No 2.º trimestre, o indicador

compósito do Montepio para a confiança dos consumidores desceu para mínimos

desde o 4.º trimestre de 2013, sinalizando ainda uma subida do consumo privado

(+1.9%), mas observou-se uma intensificação do ritmo de descida, para 34.1%,

sinalizando uma subida de 2.1% para o 3.º trimestre, mas antecipando-se um

crescimento bem superior, na ordem de 29% (revisto de +27%, na sequência dos

dados de julho do consumo privado).

Antes da crise, o consumo privado estava a ser suportado: i) pela boa dinâmica de

criação de empregos ao longo dos últimos anos; ii) pelos ainda baixos preços da

energia; iii) pelas baixas taxas de juro; iv) pela tendência de aumento da riqueza.

-24

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2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Consumo Privado - Nominal (YoY) (esc. esq.)

Confiança do Consumidor - Conf. Board (esc. dir.)

EUA - Consumo Privado vs Confiança (Conf. Board)

Un: % Un: Índice

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

29

Indicadores Coincidentes

CFNAI desceu em julho, ficando aquém das expectativas do mercado e o ritmo

do mês anterior, que foi o maior ritmo de sempre, sinalizando uma subida da

atividade acima da média de longo prazo, pelo 3.º mês consecutivo e pela 5.ª vez

em 13 meses, depois de, em abril, ter sinalizado a maior queda de sempre deste

indicador criado em 1969 (e a queda de abril foi quase três vezes e meia a subida

de junho)…

O índice nacional de atividade (CFNAI), indicador coincidente constituído por 85

indicadores económicos mensais e publicado pela Reserva Federal (Fed) de Chicago,

desceu, em julho, de 5.33 pontos (revisto de +4.11 pontos) para 1.18 pontos, ficando

abaixo das expectativas do mercado (consenso: +3.70 pontos) e sinalizando uma

subida anualizada do PIB de 8.9%, inferior aos 31.0% do mês anterior. Para abril (-

92.5%) tinha sinalizado a maior queda de sempre. O CFNAI está acima da respetiva

média de longo prazo (+2.8%, desde 1967, o ano de início do CFNAI), pelo 3.º mês

consecutivo, contabilizando 12 meses em 19 abaixo (as exceções foram junho, agosto

e novembro de 2019 e, em 2020, fevereiro, maio, junho e julho). O máximo do anterior

ciclo foram os 0.79 pontos de outubro de 2017, quando sinalizou o maior ímpeto de

crescimento da economia desde dezembro de 2006. Trata-se de um movimento similar

ao registado pelo indicador coincidente (CEI) da Conference Board, que

desacelerou o crescimento de 2.9% para 1.2%.

… sinalizando uma subida anualizada do PIB de 8.9% no mês e um aumento de

21.7% no trimestre terminado em julho, depois de ter sinalizado uma queda de

12.1% no trimestre terminado em junho (i.e. o 2.º trimestre), quando o PIB caiu

31.7%. Continuamos a prever uma subida do PIB no 3.º trimestre na ordem dos

22%

Importa, em todo o caso, ter em consideração que o CFNAI é bastante errático, sendo,

assim, útil analisar a respetiva média móvel de três meses (mm3m), medida menos

volátil, que subiu de -2.78 para 3.58 pontos, aliviando, pelo 3.º mês consecutivo, de um

mínimo desde a criação do indicador em 1967, ficando acima da sua média histórica,

após 10 meses consecutivos abaixo, sugerindo uma subida (anualizada) do PIB de

21.7% no trimestre terminado em julho, depois de ter sinalizado uma queda de 12.1%

no trimestre terminado em junho (i.e. o 2.º trimestre), quando o PIB caiu 31.7%.

Prevemos uma subida do PIB no 3.º trimestre na ordem dos 22% (revisto durante a

semana em 2 p.p.), com o crescimento do trimestre a beneficiar do carry-over favorável

vindo do 2.º trimestre (i.e., o nível de atividade de junho já foi bastante superior à média

do 2.º trimestre).

Registaram-se subidas nas quatro componentes, com todas a aliviarem, pelo 3.º

mês consecutivo, de mínimos históricos, sendo que a de consumo & habitação

deixou de ser a mais elevada, para passar a ser a de produção & rendimento, esta

após 18 meses abaixo

Ao nível das componentes do CFNAI – continuando aqui a analisar a mm3m –,

observou-se um comportamento positivo nas quatro componentes, mas com todas a

aliviarem, pelo 3.º mês consecutivo, de mínimos históricos. A de produção &

rendimento subiu 2.25 pontos, ficando acima da média de longo prazo, após 18 meses

consecutivos abaixo, atingindo um máximo histórico. A mm3m da componente de

emprego observou a 2.ª maior subida, sendo a 2.ª componente mais positiva das

quatro, atingindo também máximos históricos, ficando acima da respetiva média de

longo prazo, apenas pela 3.ª vez em 18 meses. A componente de consumo &

habitação subiu 0.44 pontos, também um máximo histórico, ficando acima da respetiva

média de longo prazo, pelo 2.º mês consecutivo, após três meses abaixo, dois meses

acima e 154 meses abaixo, em que estava, essencialmente, penalizada pela

componente da habitação. A componente de vendas, encomendas & stocks subiu

também pelo 3.º mês consecutivo, contabilizando 11 subidas em 15 meses, atingindo

também máximos históricos, estando com valores acima da respetiva média histórica,

depois de quatro meses consecutivos abaixo.

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2000

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2002

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2004

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2008

:Q3

2010

:Q3

2012

:Q3

2014

:Q3

2016

:Q3

2018

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ Anualiz. (esc. esq.)

CFNAI - Quarterly Average (esc.dir.)

EUA - PIB (QoQ) Anualized vs CFNAI

Previsão - 3Q20 YoY:-8.2/QoQ Anz:8.9Un: % Un: %

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2010

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2011

:07

2012

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2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Índice de Atividade

Média Móvel 3 meses

EUA - Chicago Fed National Activity Index (CFNAI)

Un: Índice (Score)

jun jul jun jul

CFNAI 5.33 1.18 1.09 -4.15

CFNAI - mm3m -2.780 3.583 3.22 6.36

PIB - previsão 31.0 8.9 5.8 -22.1

PIB - prev. mm3m -12.1 21.7 17.1 33.8

Produção e Rendimento 2.21 1.09 1.39 -1.12

Emprego 1.94 0.38 0.23 -1.56

Consumo e Habitação 0.42 0.02 -0.51 -0.40

Vendas, Encom. e Stocks 0.77 -0.31 -0.01 -1.08

Produção e Rendimento mm3m -0.88 1.37 1.35 2.25

Emprego mm3m -1.68 1.34 1.00 3.02

Consumo e Habitação mm3m 0.02 0.46 0.34 0.44

Vendas, Encom. e Stocks mm3m -0.24 0.41 0.52 0.65

Nível Diferença

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

Semanal de Economia e de Mercados

30

Atividade Industrial

Indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Richmond

registou em agosto uma nova subida, a 4.ª consecutiva, depois de, em junho, ter

registado a maior subida de sempre, ficando em terreno positivo, pelo 2.º mês

consecutivo, após um mês neutro e dois meses no vermelho

O indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Richmond

subiu, em agosto, de 10 para 18 pontos, registando a 4.ª subida consecutiva, depois

de, em junho ter avançado 28 pontos, a maior subida de sempre (+26 pontos em maio,

a 2.ª maior subida de sempre), ficando acima das expectativas do mercado (consenso:

+10 pontos), mas depois de, em abril, ter observado a maior queda de sempre, que o

colocou num mínimo histórico deste indicador criado em 1993, atingindo agora um

máximo desde outubro de 2018.

Com os 27 pontos de setembro de 2018, o indicador atingiu o mais elevado registo de

sempre (indicador criado em janeiro de 1993), partilhado com as leituras de março de

2004 e novembro de 2017. O indicador sinaliza uma subida da atividade em agosto,

pelo 2.º mês consecutivo, após uma estabilização e duas quedas, contabilizando

quatro quedas em nove meses (as exceções foram a estabilização de junho e as

subidas de janeiro, março, julho e agosto).

Indicador da atividade industrial do distrito da Reserva Federal de Kansas City

subiu, em agosto, mais do que o esperado pelo mercado, aliviando, pelo 4.º mês

consecutivo, de mínimos históricos e atingindo um máximo desde novembro de

2018, regressando ao verde nos três últimos meses, após três meses em terreno

negativo

Em agosto, o indicador PMI da atividade industrial no distrito da Reserva Federal

de Kansas City subiu de 3 para 14 pontos, ficando acima das expectativas do

mercado (consenso: +5 pontos), aliviando, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo

histórico deste indicador criado em 2001, atingindo um máximo desde novembro de

2018, quando se situou no nível mais elevado desde março de 2019. Em junho de

2018 atingiu máximos desde a criação da atual série do indicador, em julho de 2001. O

indicador apresentou uma leitura no verde, pelo 3.º mês consecutivo, após três meses

em terreno negativo, um mês positivo, sete meses negativos e 30 meses no verde,

regressando, a valores acima da respetiva mediana (+6 pontos, desde a criação do

indicador em 2001), após 15 meses abaixo, um mês acima e dois meses abaixo e um

mês em linha e 18 meses acima, regressando também, a valores acima da média (+5.2

pontos) do último período de expansão da economia americana (iniciado em julho de

2009 e terminado em fevereiro de 2020), após 15 meses abaixo, um mês acima e dois

meses abaixo. Entre os oito indicadores, foram registadas sete subidas.

Em termos prospetivos, o índice compósito de expectativas para os próximos seis

meses subiu, pelo 5.º mês consecutivo, aliviando pelo 5.º mês de um mínimo desde

março de 2009 (durante a Grande Recessão), atingindo um máximo desde março de

2019. Em fevereiro de 2018, foi observado o nível mais elevado desde a sua criação

(em julho de 2001). O indicador registou o 3.º registo consecutivo no verde, depois de

três meses no vermelho e de 47 meses no verde, após anteriormente o setor ter sido

penalizado pela redução da atividade em diversos campos petrolíferos de gás de xisto,

mas estando abaixo da sua média histórica.

Indicador PMI da atividade da região de Chicago caiu em agosto, aliviando de um

máximo desde maio de 2019, aproximando-se, ligeiramente, do registo de maio,

um mínimo desde março de 1982

O indicador PMI da atividade da região de Chicago caiu em agosto, de 51.9 para

51.2 pontos, contrariando as expectativas do mercado (consenso: 52.6 pontos), após

duas subidas consecutivas e três descidas, mas ficando bem acima dos 36.6 pontos de

junho e, sobretudo, dos 32.3 pontos de maio, um mínimo desde março de 1982,

aliviando de um máximo desde maio de 2019. O indicador continuou bem afastado dos

64.7 pontos de fevereiro de 2019, um máximo desde os 66.5 pontos observados em

dezembro de 2017, que são o nível mais elevado desde março de 2011. O PMI sinaliza

uma subida da atividade na região, pelo 2.º mês consecutivo, após 12 meses de

quedas e 40 meses de expansão, embora evoluindo a um ritmo inferior à respetiva

média histórica (+54.8 pontos), pelo 17.º mês consecutivo, após 26 meses acima.

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Richmond Fed (esc. esq.) Kansas City Fed (esc. esq.)

ISM Manufacturing (esc. dir.)

EUA - Atividade Regional (Richmond Fed e KC Fed) vs ISM

Un: Índice Un: Índice

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2012

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:07

Dallas Fed (esc. esq.) ISM Manufacturing (esc. dir.)

EUA - Atividade Regional (Dallas Fed) vs ISM

Un: Índice Un: Índice

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2010

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2011

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2012

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2013

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2014

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2015

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2017

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2020

:08

Chicago PMI ISM Manufacturing

EUA - Chicago PMI vs ISM Manufacturing

Un: Índice Un: Índice

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EUA

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31

Média dos indicadores regionais subiu em agosto, quer na versão indicadores

gerais, quer na versão PMI, em ambos os casos para valores positivos, em

recuperação da intensa descida de abril

Já foram divulgados dados, relativos a agosto, para os seis surveys regionais que

monitorizamos (Nova Iorque, Filadélfia, Richmond, Kansas City, Chicago e Dallas

[está já nesta 2.ª feira, 31 de agosto]), com a média dos seis a ser positiva e superior à

do mês anterior, quer ao nível dos índices gerais, quer na versão PMI, a que tem maior

correlação com a atividade nacional. Por sua vez, a estimativa preliminar de agosto do

indicador PMI Manufacturing da Markit veio apontar para uma subida mensal, de 50.9

para 53.6 pontos, aliviando, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo desde março de

2009, em plena Grande Recessão, tendo atingido um máximo desde janeiro de 2019 e

ficado pelo 2.º mês consecutivo com níveis acima do limiar da expansão, após quatro

meses abaixo.

Conjuntamente, os indicadores regionais e do PMI Manufacturing da Markit

sugerem um novo registo positivo do indicador nacional ISM Manufacturing, em agosto,

e até ligeiramente superior ao de julho, quando atingiu um máximo desde março de

2019 e se afastou, pelo 3.º mês consecutivo, do registo de abril, o valor mais baixo

desde abril de 2009, ficando acima do limiar da expansão, pelo 2.º mês consecutivo,

após três meses abaixo.

Produção apresentou uma intensa queda anualizada de 6.7% no 1.º trimestre de

2020, que era então a maior queda desde o 2.º trimestre de 2009 (-10.9%), tendo

sextuplicado esse ritmo de contração no 2.º trimestre (-43.2%), devendo

regressar ao crescimento no 3.º trimestre (com o registo de julho já está a

observar um crescimento anualizado de 31.8% no trimestre)

No 4.º trimestre de 2014 registou-se uma subida anualizada da produção industrial de

2.7%, observando o 22.º trimestre consecutivo de expansão, sequência sem paralelo

nas outras grandes economias desenvolvidas (Zona Euro, Japão ou Reino Unido).

Todavia, entre o 1.º trimestre de 2015 e o 2.º trimestre de 2016, apenas se

registaram quedas. Desde o 3.º trimestre de 2016 a produção industrial tem vindo a

subir, com exceção da queda de 0.8% no 3.º trimestre de 2017, registando uma forte

subida no 4.º trimestre de 2017 (+7.5%), a maior desde o 2.º trimestre de 2010

(+8.1%). No 1.º trimestre de 2018 a produção industrial continuou a subir, embora em

abrandamento, tendo avançado 2.3%, e acelerado depois para 4.6% no 2.º trimestre.

No 3.º trimestre, a produção industrial subiu 5.2%, tendo depois voltado a registar um

novo forte crescimento no 4.º trimestre, de 3.9%. A produção industrial apresentou

uma queda anualizada de 1.9% no 1.º trimestre de 2019, tendo observado uma nova

queda no 2.º trimestre (-2.3%) e subido 1.1% no 3.º trimestre, verificando-se um

abrandamento no 4.º trimestre de 2019 (+0.4%), tendo caído uns intensos 6.7% no 1.º

trimestre de 2020, a maior queda desde o 2.º trimestre de 2009 (-10.9%), sextuplicado

esse ritmo de contração no 2.º trimestre (-43.2%), devendo regressar ao crescimento

no 3.º trimestre (com o registo de julho já está a observar um crescimento anualizado

de 31.8% no trimestre).

Indicadores regionais sugerem uma subida anualizada do PIB de 3.0% do PIB no

3.º trimestre, uma subida bem inferior às nossas expectativas, na ordem de 22%

Refira-se que os indicadores regionais sinalizam uma subida anualizada do PIB de

3.0% para o 3.º trimestre, mas prevemos uma subida bem superior, na ordem de 22%,

com a economia a continuar a recuperar das intensas quedas de março e abril, depois

de já ter regressado aos crescimentos em maio, e prosseguido a crescer em junho,

julho e agosto. Com efeito, o consumo privado deverá regressar ao crescimento no

3.º trimestre, bem como o investimento em capital fixo e o investimento em

existências. Já os gastos públicos deverão continuar a crescer, mas as exportações

líquidas deverão regressar aos contributos negativos.

Em termos anuais, depois de a economia ter abrandado no ano de 2019 para 2.2%,

em função dos efeitos da pandemia, a economia deverá cair 4.7% em 2020, devendo

depois recuperar desta queda, subindo 4.6% em 2021.

-35

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2000

:Q3

2002

:Q3

2004

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2006

:Q3

2008

:Q3

2010

:Q3

2012

:Q3

2014

:Q3

2016

:Q3

2018

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ Anualiz. (esc. esq.)

Regional Surveys - Quarterly Average (esc. dir.)

EUA - PIB (QoQ) Anualized vs Regional Surveys

Previsão - 3Q20 YoY:-9/QoQ Anz:3Un: % Un: Indice

-60

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2010

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:08

2012

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2013

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2014

:08

2015

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2016

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2017

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2018

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2019

:08

2020

:08

Richmond Fed (esc. esq.) Kansas City Fed (esc. esq.)

ISM Manufacturing (esc. dir.)

EUA - Atividade Regional (Richmond Fed e KC Fed) vs ISM

Un: Índice Un: Índice

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40

40

44

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52

56

60

64

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Dallas Fed (esc. esq.) ISM Manufacturing (esc. dir.)

EUA - Atividade Regional (Dallas Fed) vs ISM

Un: Índice Un: Índice

30

35

40

45

50

55

60

65

70

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Chicago PMI ISM Manufacturing

EUA - Chicago PMI vs ISM Manufacturing

Un: Índice Un: Índice

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO

Semanal de Economia e de Mercados

32

Zona Euro: Confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º trimestre (-13.8%), mas a do PIB

alemão foi revista de 10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a queda anual de 2020 de

6.4% para 6.2%, sendo que em agosto o clima empresarial (IFO) neste país renovou máximos desde

fevereiro. Agregado monetário M3 cresceu na Zona Euro em julho ao maior ritmo desde maio de

2008, suportado pela política expansionista do BCE. Confirmada a subida da confiança dos

consumidores na Zona Euro, revertendo a queda do mês anterior, o que, associada à subida da

generalidade das confianças empresariais (a exceção foi a construção), conduziu ao 4.º aumento

consecutivo do indicador de sentimento económico.

Queda em cadeia do PIB alemão do 2.º trimestre revista de

10.1% para 9.7%, levando-nos a rever a previsão para a

queda anual de 2020 de 6.4% para 6.2%. Clima empresarial

(IFO) na Alemanha renovou máximos desde fevereiro

Foi confirmada a queda em cadeia do PIB francês no 2.º

trimestre (-13.8%), mas a do PIB alemão foi revista de 10.1%

para 9.7%. Em todo o caso, a economia viu, como esperado,

bastante agravado o ritmo de queda (-2.0% no 1.º trimestre),

sendo bastante penalizada pelo impacto da pandemia do Covid-

19, e com esta queda a ser superior à que era aguardada pelo

mercado aquando da 1.ª estimativa (consenso: -9.0%), mas

inferior às nossas estimativas aquando da 1.ª estimativa

(Montepio: -10.5%), com a economia a confirmar a entrada em

recessão técnica no início do ano. Trata-se da maior queda em

cadeia do PIB germânico desde o início da série trimestral do

PIB (em 1970), superando os -4.7% observados no 1.º trimestre

de 2009, aquando da Grande Recessão de 2008/09. A forte

contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu um

comportamento desfavorável, essencialmente, da procura

interna, em concreto do consumo privado e do investimento

(FBCF), mas com as exportações líquidas a terem também

penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das

exportações, como das importações. Relativamente ao 3.º

trimestre, o indicador de clima empresarial (IFO) alemão

renovou em agosto máximos desde fevereiro, sinalizando uma

subida do PIB de 4.7%, abaixo do centro do nosso intervalo de

previsão entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a

permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos

descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia.

Revimos o nosso cenário para o PIB alemão de 2020,

continuando-se a prever uma forte contração média anual, mas

0.2 p.p. inferior ao anteriormente admitido, apontando-se para

agora para uma descida de 6.2%, mesmo assumindo um

crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que

o anteriormente admitido, continuando também a prever-se um

regresso aos crescimentos em 2021.

Agregado monetário M3 cresceu em julho ao maior ritmo

desde maio de 2008, suportado pela política do BCE

O crescimento homólogo do agregado monetário M3 acelerou

em julho, de 9.2% para 10.2%, um máximo desde maio de 2008

(+10.3%), tendo superado as expectativas do mercado

(consenso: +9.2%), ao passo que o crédito bancário ao setor

privado manteve-se a crescer 4.7%, continuando aquém dos

5.2% de maio, o maior ritmo de crescimento desde dezembro de

2008 (+5.8%), exibindo o 63.º acréscimo consecutivo, com o

comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das

medidas de política monetária que têm vindo a ser

implementadas.

Confirmada a subida da confiança dos consumidores,

revertendo a queda do mês anterior…

Ao nível do consumo privado, foi confirmada a subida da

confiança dos consumidores em agosto, de -15.0 para -14.7

pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as

expectativas do mercado, registando a 3.ª subida em quatro

meses, as quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes

descidas, a de abril de 10.4 pontos que representou a maior

queda de sempre do indicador (série iniciada em 1985), que

tinham colocado o indicador em níveis mínimos desde março de

2009 (-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais

aliviou desde maio (com exceção da descida de julho),

provavelmente refletindo a sensação dos consumidores de já

algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as

economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a

marginal descida em julho poderá refletir apenas alguma

apreensão face à situação mais descontrolada da pandemia do

Covid-19 observada noutras regiões do globo (como nos EUA e

na América Latina), mas também alguns focos de novas

infeções dentro da própria Zona Euro. A confiança dos

consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo respetiva

mediana histórica, depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses,

acima, encontrando-se em níveis empiricamente consistentes

com uma descida do consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º

trimestre, indo ao encontro das nossas expectativas no que ao

2.º trimestre respeita, com o agregado a dever ter contraído

entre 10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º

trimestre) e sendo bastante penalizado nos dois primeiros

trimestres do ano pelo impacto que a pandemia do Covid-19 na

região, mas perspetivando-se depois um regresso do consumo

aos crescimentos no 3.º trimestre.

… o que, associada à subida da generalidade das

confianças empresariais (a exceção foi a construção),

conduziu ao 4.º aumento consecutivo do indicador de

sentimento económico

A subida da confiança dos consumidores, bem como a

confiança dos empresários na maioria dos setores (a exceção

foi a descida da confiança na construção), conduziu a um

aumento do indicador de sentimento económico (ESI), que

subiu pelo 4.º mês consecutivo, renovando máximos desde

março. Esta subida do ESI em agosto superou as expectativas

do mercado, mas com estas quatro subidas a surgirem depois

de duas quedas ainda mais intensas (a de abril, representou a

maior da atual série histórica iniciada em 1985), que tinham

colocado o indicador em níveis mínimos desde março de 2009.

O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis

compatíveis com uma queda do PIB de 0.5% no 3.º trimestre,

ficando bem aquém das nossas expectativas, que apontam para

um regresso da economia aos crescimentos (entre +7.3% e

+9.3%), embora com estas nossas previsões a permanecerem

rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos

desenvolvimentos da pandemia, em concreto do respetivo

processo de desconfinamento.

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO

Semanal de Economia e de Mercados

33

Aconteceu na semana passada… na Zona Euro

Consumo Privado

Confiança dos consumidores subiu ligeiramente em agosto, de -15.0 para -14.7

pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as expectativas do

mercado, registando a 3.ª subida em quatro meses (-0.3 pontos em julho), as

quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes descidas, a de abril de 10.4

pontos que representou a maior queda de sempre do indicador (série iniciada em

1985), que tinham colocado o indicador em níveis mínimos desde março de 2009

(-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais aliviou desde maio

(com exceção da descida de julho), provavelmente refletindo a sensação dos

consumidores de já algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as

economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a marginal descida em

julho poderá refletir apenas alguma apreensão face à situação mais

descontrolada da pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo

(como nos EUA e na América Latina), mas também alguns focos de novas

infeções dentro da própria Zona Euro

A estimativa final de agosto da Comissão Europeia (CE) para a confiança dos

consumidores veio confirmar a estimativa preliminar e dar conta de uma ligeira subida

mensal, de -15.0 para -14.7 pontos, revertendo a queda do mês anterior, superando as

expectativas do mercado aquando da 1.ª estimativa, registando a 3.ª subida em quatro

meses (-0.3 pontos em julho), as quais, no entanto, tinham ocorrido após duas fortes

descidas, a de abril de 10.4 pontos que representou a maior queda de sempre do

indicador (série iniciada em 1985), que tinham colocado o indicador em níveis mínimos

desde março de 2009 (-23.9 pontos), quando fez mínimos históricos, dos quais aliviou

desde maio (com exceção da descida de julho), provavelmente refletindo a sensação

dos consumidores de já algum regresso progressivo à normalidade, à medida que as

economias iniciam o processo de desconfinamento. Já a marginal descida em julho

poderá refletir apenas alguma apreensão face à situação mais descontrolada da

pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo (como nos EUA e na

América Latina), mas também alguns focos de novas infeções dentro da própria Zona

Euro

Confiança dos consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo respetiva

mediana histórica (-9.1 pontos), depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses,

acima…

A confiança dos consumidores ficou, pelo 6.º mês consecutivo, abaixo da respetiva

mediana histórica (-9.1 pontos), depois um ciclo de 73 vezes, em 74 meses (esteve em

linha em fevereiro de 2014), mesmo após ter estado condicionada por vários focos de

tensão geopolítica internacionais, mas estando agora a ser, essencialmente,

penalizada pela já referida pandemia do Covid-19.

… encontrando-se em níveis empiricamente consistentes com uma descida do

consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º trimestre, indo ao encontro das nossas

expectativas no que ao 2.º trimestre respeita, com o agregado a dever ter

contraído entre 10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º trimestre)

e sendo bastante penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo impacto

que a pandemia do Covid-19 na região, mas perspetivando-se depois um

regresso do consumo aos crescimentos no 3.º trimestre

Em termos trimestrais, o indicador de confiança dos consumidores na Zona Euro

apresenta, no 3.º trimestre (-14.9 pontos), um nível superior ao observado no 2.º

trimestre (-18.5 pontos), mas ambos bem abaixo do observado no 1.º trimestre (-8.8

pontos), estando no 3.º trimestre a aliviar de um mínimo desde o 2.º trimestre de 2013

(-19.1 pontos), mas revelando-se empiricamente consistente com uma descida do

consumo privado no 2.º trimestre e no 3.º trimestre, indo ao encontro das nossas

expectativas no que ao 2.º trimestre respeita, com o agregado a dever contrair entre

10.5% e 12.5%, em marcado agravamento (-4.7% no 1.º trimestre) e sendo bastante

penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo impacto que a pandemia do

Covid-19 na região, mas perspetivando-se depois um regresso do consumo aos

crescimentos no 3.º trimestre. O consumo privado deverá ter sido bastante penalizado

no 2.º trimestre pelo consumo de serviços, pelas vendas de carros e pelas vendas a

retalho.

-40

-36

-32

-28

-24

-20

-16

-12

-8

-4

0

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Confiança do Consumidor (esc. esq.)

Consumo Privado(YoY) (esc. dir.)

Zona Euro - Confiança do Consumidor e Consumo Privado

Un: Índice Un: %

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Conf. Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3 -1 1

Expectativas Sit. Financeira -3.9 -4.0 0.4 -0.1 3 -1

Expectativas Economia -29.5 -28.9 0.1 0.6 3 4

Expectativas Poupança 3.1 2.2 1.5 -0.9 3 -1

Expectativas Desemprego 51.8 51.5 0.2 -0.3 1 -1

Actual Sit. Financeira -10.1 -9.7 -2.4 0.4 -5 1

Situação Economia -58.0 -59.8 -3.0 -1.8 -5 -6

Grandes Aquisições - Expectativas -16.4 -16.2 0.8 0.2 3 4

Grandes Aquisições - Situação -19.2 -19.5 3.6 -0.3 3 -1

Expectativas Preços 12M 17.5 16.9 -4.1 -0.6 -3 -4

Situação Preços 12M 12.7 13.9 -1.8 1.2 -1 1

Zona Euro - Confiança dos Consumidores

Up/DownValor Variação

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO

Semanal de Economia e de Mercados

34

Indicadores de Confiança

Sentimento económico subiu em agosto, de 82.4 (revisto de 82.3 pontos) para

87.7 pontos, um novo máximo desde março, representando a 4.ª subida

consecutiva (+6.6 pontos em julho, +8.3 pontos em junho e +2.7 pontos em

maio) e representando uma leitura superior à esperada pelo mercado

(consenso: 85.0 pontos), mas com estas quatro subidas a surgirem depois de

duas quedas ainda mais intensas (a de abril, de -29.3 pontos, que representou

a maior da atual série histórica iniciada em 1985), que tinham colocado o

indicador em níveis mínimos desde março de 2009, dos quais aliviou agora

entre maio e agosto, com as intensas deteriorações do indicador observadas

nos meses de março e abril a refletirem os impactos da pandemia do

coronavírus sobre a economia da região

O indicador de sentimento económico (ESI) subiu em agosto, de 82.4 pontos

(revisto em alta em 0.1 pontos) para 87.7 pontos, um novo máximo desde março,

representando a 4.ª subida consecutiva (+6.6 pontos em julho, +8.3 pontos em junho

e +2.7 pontos em maio) e representando uma leitura superior à esperada pelo

mercado (consenso: 85.0 pontos), mas com estas quatro subidas a surgirem depois

de duas quedas ainda mais intensas (-29.3 pontos em abril e -9.2 pontos em março),

com a expressiva descida de abril a ser a maior da atual série histórica (iniciada em

1985) e a remeter o indicador para níveis mínimos desde março de 2009, dos quais

aliviou agora entre os meses de maio e agosto. Note-se que as intensas

deteriorações do sentimento económico observadas nos dois anteriores meses de

março e abril refletiram os impactos da pandemia do coronavírus sobre a economia

da região. Com essas duas fortes descidas em março e abril, o ESI passou a estar

em níveis abaixo da respetiva média de longo prazo do indicador (100 pontos),

permanecendo agora em agosto abaixo dessa marca pelo 6.º mês consecutivo,

depois de 61 meses acima.

O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma

queda do PIB de 0.5% no 3.º trimestre, ficando bem aquém das nossas

expectativas, que apontam para um regresso da economia aos crescimentos

(entre +7.3% e +9.3%), embora com estas nossas previsões a permanecerem

rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos

desenvolvimentos da pandemia, em concreto do respetivo processo de

desconfinamento

Em termos trimestrais, segundo cálculos do Montepio, o ESI encontra-se em níveis

compatíveis com uma contração, em cadeia, da atividade económica de 0.5% no 3.º

trimestre, ficando bem aquém das nossas expectativas, que apontam para um

regresso da economia aos crescimentos, depois das fortes contrações observadas

nos dois primeiros trimestres do ano (-3.6% no 1.º trimestre e -12.1% no 2.º

trimestre), com o indicador compósito do Montepio para o PIB a apontar para

uma forte expansão, entre 7.3% e 9.3%, pese embora com estas nossas previsões

a permanecerem rodeadas de incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos

desenvolvimentos da pandemia do coronavírus, em concreto dos timings e

processos de desconfinamento seguidos pelas diversas economias da região, bem

como das respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.

Em termos anuais, apontamos para uma contração média anual do PIB de 7.8%

em 2020, em marcado agravamento face ao crescimento de 1.3% observado em

2019. Trata-se de uma contração inferior à prevista pela CE (-8.7%, em 07/07/2020)

e pelo BCE (-8.7% em 04/06/2020), e estando, por sua vez, ainda mais afastada das

quedas projetadas pelo FMI (-10.2%, em 24/06/2020) e pela OCDE (-9.5% em

10/06/2020). A economia deverá regressar aos crescimentos, em termos médios

anuais, em 2021, ano para o qual continuamos a prever um crescimento de 6.3%.

A subida do ESI refletiu comportamentos maioritariamente ascendentes dos

índices de confiança analisados, com as novas fortes subidas observadas nos

serviços, na indústria, no comércio a retalho e na confiança dos consumidores

a bem mais do que compensarem a ligeira descida registada na construção

Esta subida do sentimento económico, em agosto, refletiu comportamentos

maioritariamente ascendentes dos índices de confiança analisados, com as novas

fortes subidas observadas nos serviços, na indústria, no comércio a retalho e na

confiança dos consumidores a bem mais do que compensarem a ligeira descida

observada na confiança na construção.

-14

-12

-10

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-6

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-2

0

2

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120

130

2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ (esc. esq.)

Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)

Zona Euro - GDP (QoQ) vs Economic Sentiment

Previsão - 3Q20 YoY:-15.6/QoQ:-0.5Un: % Un: Indice

60

70

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110

120

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2018

:8

2018

:11

2019

:2

2019

:5

2019

:8

2019

:11

2020

:2

2020

:5

2020

:8

Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)

Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)

Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)

Zona Euro - Indicadores de Confiança (CE)

Un: Índice Un: % (SRE)

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Sentimento Económico 82.4 87.7 6.6 5.3

Indústria -16.2 -12.7 5.4 3.5

Serviços -26.2 -17.2 9.3 9.0

Construção -11.4 -11.8 -0.1 -0.4

Retalho -15.1 -10.5 4.3 4.6

Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3

Un: ÍndiceValor Variação

Zona Euro - Indicadores de Confiança da CE

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ZONA EURO

Semanal de Economia e de Mercados

35

Com efeito, registaram-se subidas de confiança na indústria (+3.5 pontos, aliviando,

pelo 4.º mês consecutivo, de níveis mínimos desde junho de 2009), no comércio a

retalho (+4.6 pontos, aliviando, também pelo 4.º mês consecutivo, de níveis

mínimos históricos) e nos serviços (+9.0 pontos, aliviando, neste caso pelo 3.º mês

consecutivo, de níveis mínimos históricos. Também a confiança dos

consumidores subiu (+0.3 pontos, revertendo a descida do mês anterior e após

duas fortes subidas, em que esteve a aliviar de níveis mínimos desde março de

2009). Por seu lado, observou-se uma descida na confiança na construção (-0.4

pontos vs -0.1 pontos em julho, depois de ter subido intensamente em junho e

aliviado de mínimos desde abril de 2016). A construção tinha evidenciado de março

a julho, o mais elevado nível de confiança entre os setores de atividade, lugar que

agora foi ocupado pelo retalho, ao passo que os serviços passaram, nos cinco

últimos meses, a destacar-se como o índice com o menor nível de confiança.

Indicadores do mercado de trabalho exibiram também algum alívio, pelo 4.º

mês consecutivo, depois dos fortes agravamentos observados nos meses de

março e abril, refletindo o impacto negativo da pandemia do coronavírus sobre

a economia da região, com a tendência de melhoria das condições deste

mercado a ser, como esperado, severamente revertida no atual contexto de

crise económica causada pelo Covid-19

Ao nível do mercado laboral, os indicadores de confiança revelaram um alívio das

expectativas dos empresários em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, contabilizando

36 subidas em 69 meses, com estas subidas do indicador a surgirem depois de

quatro descidas consecutivas, as duas últimas, de março e abril, bastante intensas e

que estiveram naturalmente associadas ao impacto negativo da pandemia do

coronavírus sobre a economia da região, observando-se, pelo 4.º mês consecutivo,

um comportamento positivo das expectativas de emprego (próximos três meses)

na generalidade dos setores de atividade (este mês de agosto apenas com a

pontual exceção da construção, tal como tinha sucedido em julho), sendo mais

intensas nos serviços, depois de terem sido os mais penalizados em março e abril.

O indicador para a totalidade da economia da região registou o 6.º mês consecutivo

em terreno negativo, depois de 61 meses (consecutivos) desde março de 2012 em

terreno positivo, estando, pelo 5.º mês consecutivo, num nível empiricamente

compatível com um decréscimo do emprego na região, depois de 77 meses

consecutivos a sugerir crescimentos do emprego. Setorialmente, as expectativas

mais baixas observam-se na indústria e as mais elevadas nos serviços. Do lado dos

consumidores, assistiu-se a uma descida subida das expectativas de

desemprego (próximos 12 meses), pela 3.ª vez em quatro meses depois de dois

fortes alívios e após dois intensos agravamentos consecutivos, encontrando-se, pelo

6.º mês consecutivo, de acordo com os cálculos do Montepio, num nível compatível

com uma subida do desemprego na região, depois de 62 meses a sugerir descidas.

Moeda e Crédito

Crescimento homólogo do agregado monetário M3 acelerou em julho, de 9.2% para 10.2%, um máximo desde maio de 2008 (+10.3%), tendo superado as expectativas do mercado (consenso: +9.2%)…

O crescimento homólogo do agregado monetário M3 situou-se em 10.2% em julho, em aceleração face aos 9.2% observados em junho e ficando acima das expetativas do mercado (consenso: +9.2%), com o indicador a exibir a 7.ª aceleração consecutiva e a apresentar o maior ritmo desde maio de 2008 (+10.3%), afastando-se, ainda mais, do menor ritmo desde novembro de 2014 (+3.1%) verificado em agosto de 2018 (+3.5%).

… ao passo que que crédito bancário ao setor privado se manteve a crescer 4.7%, continuando aquém dos 5.2% de maio, o maior ritmo de crescimento desde dezembro de 2008 (+5.8%), exibindo o 63.º acréscimo consecutivo, com o comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das medidas de política monetária que têm vindo a ser implementadas

No mesmo mês, o crédito bancário ao setor privado cresceu 4.7% em termos homólogos, a um ritmo igual ao observado no mês anterior (+4.7%), continuando aquém do ritmo de maio (+5.2%), o maior crescimento desde dezembro de 2008 (+5.8%), tratando-se do 63.º acréscimo consecutivo e do 64.º nos últimos 65 meses (estabilizou em abril de 2015), após quase três anos (34 meses) em permanente contração, com o comportamento favorável do crédito a continuar a beneficiar das medidas de política monetária que têm vindo a ser implementadas.

Esta manutenção do ritmo de crescimento do crédito bancário ao setor privado esteve associada a uma manutenção do ritmo de crescimento do crédito às empresas não-financeiras, em 6.5%, evidenciando o 55.º acréscimo consecutivo e continuando apenas 0.2 p.p. abaixo do ritmo de maio (+6.7%), o maior ritmo desde fevereiro de 2009 (+7.6%). Por sua vez, o crédito a empresas financeiras não monetárias desacelerou o crescimento de 6.7% para 6.5%, ao passo que o crédito a particulares cresceu 3.3%, aumentando o ritmo face ao mês anterior (+3.2%) e avançando, agora, pelo 63.º mês consecutivo.

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Sentimento Económico 82.4 87.7 6.6 5.3

Indústria -16.2 -12.7 5.4 3.5

Serviços -26.2 -17.2 9.3 9.0

Construção -11.4 -11.8 -0.1 -0.4

Retalho -15.1 -10.5 4.3 4.6

Consumidor -15.0 -14.7 -0.3 0.3

Un: ÍndiceValor Variação

Zona Euro - Indicadores de Confiança da CE

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Consumidores (Desemprego 12M) 51.8 51.5 0.2 -0.3

Empresários (Emprego 3M) -7.5 -6.0 2.9 1.5

Indústria -16.4 -13.7 3.1 2.7

Construção -5.6 -6.9 -1.4 -1.3

Comércio a Retalho -10.0 -6.7 1.5 3.3

Serviços -4.7 -3.6 3.5 1.1

Zona Euro - Expectativas de Emprego e Desemprego

Un: ÍndiceValor Variação

Nota: As Expectativas dos Consumidores referem-se ao Desemprego nos próximos 12 meses e as

dos Empresários ao Emprego nos próximos 3 meses.

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

M3 - Var. Hom. (YoY)

Empréstimos ao Setor Privado - Var. Hom. (YoY)

Zona Euro - M3 e Empréstimos ao Setor Privado

Un: %

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ESPANHA

Semanal de Economia e de Mercados

36

Consumo Privado

Vendas a retalho registaram uma forte subida mensal de 1.2% em julho,

representando a 3.ª subida consecutiva (duas delas muito intensas: +17.6% em

junho, +19.4% em maio), mas depois de duas quedas bastante intensas (-20.2%

em abril e -15.6% em março), que tinham levado a atividade retalhista a afundar

para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou de maio a julho, tendo nesses

meses sido bastante penalizada pelas medidas de confinamento adotadas pelo

país em meados de março, para tentar controlar a propagação do Covid-19

As vendas a retalho (ajustadas de dias úteis e de sazonalidade) registaram uma forte

subida mensal de 1.2% em julho, representando a 3.ª subida consecutiva (duas delas

muito intensas: +17.6% em junho, +19.4% em maio), mas depois de duas quedas

bastante intensas (-20.2% em abril e -15.6% em março), que tinham levado a atividade

retalhista a afundar para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou de maio a julho,

aproximando-se, por sua vez, um pouco mais dos níveis máximos desde dezembro de

2010 observados em novembro. A atividade retalhista vinha a evidenciar uma

tendência ascendente desde o início de 2014, não obstante algumas interrupções

pontuais, uma tendência que foi severamente revertida nos meses de março e abril,

com as vendas a retalho a serem bastante penalizadas pelas medidas de

confinamento adotadas pelo país em meados de março, para tentar controlar a

propagação do Covid-19.

As vendas a retalho exibiram uma intensa queda de 14.7% no 2.º trimestre,

depois de já terem caído 5.1% no 1.º trimestre, estando no 3.º trimestre (apenas

com o registo de julho) a subir 18.4%, devendo apresentar um forte contributo

positivo para o comportamento do consumo privado, que deverá registar uma

forte expansão no 3.º trimestre, depois das duas intensas quedas observadas no

1.º semestre (-6.5% no 1.º trimestre, -20.8% no 2.º trimestre)

Em termos trimestrais, as vendas a retalho evidenciaram uma intensa queda de 14.7%

no 2.º trimestre, depois de já terem caído 5.1% no 1.º trimestre, estando no 3.º

trimestre (apenas com o registo de julho) a subir 18.4%, devendo apresentar um forte

contributo positivo para o comportamento do consumo privado, que deverá registar

uma forte expansão no 3.º trimestre, depois das duas fortes quedas observadas no 1.º

semestre (-6.5% no 1.º trimestre, -20.8% no 2.º trimestre). O indicador compósito do

Montepio para o consumo privado espanhol aponta atualmente para uma subida

entre 19.0% e 23.0%, devendo o agregado ser suportado pelas vendas de carros,

pelas vendas a retalho e pelo consumo de serviços.

-32

-28

-24

-20

-16

-12

-8

-4

0

4

8

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Vendas a Retalho Reais (YoY)

Vendas a Retalho Reais wda (YoY)

Espanha - Vendas a Retalho

Un: %

Aconteceu na semana passada… em Espanha

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 FRANÇA

Semanal de Economia e de Mercados

37

Aconteceu na semana passada… na França

Confiança Empresarial

Confiança dos empresários subiu em agosto, de 84 (revisto de 85 pontos) para

91 pontos, ficando acima das expectativas do mercado e representando a 4.ª

subida consecutiva (+6 pontos em julho; +18 pontos em junho, que representou

a maior de sempre), embora depois de duas intensas quedas (-41.3 pontos em

abril), que foram as maiores do histórico do indicador (série iniciada em 1970) e

que tinham remetido a confiança dos empresários para níveis mínimos

históricos, dos quais aliviou nos quatro últimos meses, estando agora em

máximos desde março. Note-se que as intensas deteriorações do indicador nos

meses de março e abril tinham refletido os receios dos empresários quanto ao

impacto da pandemia do coronavírus na economia francesa e, em concreto,

sobre as suas empresas

O índice de confiança empresarial (BCI) do instituto nacional de estatística (INSEE)

subiu em agosto, de 84 (revisto de 85 pontos) para 91 pontos, ficando acima das

expectativas do mercado (consenso: 88 pontos) e representando a 4.ª subida

consecutiva (+6 pontos em julho, +18 pontos em junho, que representou a maior de

sempre do indicador), embora depois de duas intensas quedas (-41.3 pontos em abril),

que foram as maiores do histórico do indicador (série iniciada em 1970) e que tinham

remetido a confiança dos empresários para níveis mínimos históricos, dos quais aliviou

nos três últimos meses, atingindo um máximo desde março. Note-se que as intensas

deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os receios dos

empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na economia francesa e,

em concreto, sobre as suas empresas.

O indicador sinaliza uma subida, em cadeia, do PIB francês de 3.9% para o 3.º

trimestre, com a intensidade destes movimentos a ser inferior ao que

perspetivamos: continuamos a prever uma forte subida entre 11.7% e 13.7% para

o 3.º trimestre, depois da economia ter contraído 15.1% no 2.º trimestre

Em termos trimestrais, o indicador BCI sinaliza uma expansão, em cadeia, do PIB de

3.9% para o 3.º trimestre, com a intensidade destes movimentos a ser inferior ao que

perspetivamos. Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o PIB francês

continua a apontar para uma forte subida, em cadeia, no 3.º trimestre, entre 11.7% e

13.7% para o 3.º trimestre, depois da economia ter contraído 15.1% no 2.º trimestre,

com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de incerteza e riscos

descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia do coronavírus no

país, em concreto dos timings e processo de desconfinamento seguido pela economia

francesa, bem como das respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.

Mantemos o nosso cenário de uma forte contração média anual do PIB de 9.8%

em 2020, seguido de um regresso aos crescimentos em 2021

Em termos anuais, depois do crescimento de 1.5% observado em 2019 pela

economia francesa, continuamos a apontar para uma forte contração média anual do

PIB de 9.8%, com estas previsões a permanecerem rodeadas de forte incerteza,

associados aos futuros desenvolvimentos em torno da pandemia do Covid-19. Trata-se

de uma queda inferior às previstas pela Comissão Europeia (-10.6% em 07/07/2020),

pela OCDE (-11.4% em 10/06/2020) e pelo FMI (-12.5% em 24/06/2020). A economia

deverá regressar ao crescimento, em termos médios anuais, em 2021, ano para o qual

prevemos um crescimento de 7.5%.

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

50

60

70

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110

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2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ (esc. esq.)

Business Confidence (Quarterly Average) (esc. dir.)

France - GDP(QoQ) vs INSEE Business Confidence

Previsão - 3Q20 YoY:-15.9/QoQ:3.9Un: % Un: Indice

50

60

70

80

90

100

110

120

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

INSEE França

IFO Alemanha

INSAE Itália

França - Índice de Confiança Empresarial

Un: Índice

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Confiança Empresarial 84 91 6 7 3 4

Indústria 82 93 5 11 3 4

Produção Corrente -41 -2 16 39 2 3

Inventários 14 4 0 -10 -1 -2

Procura e Encomendas (P&E) -51 -38 5 13 2 3

P&E p/Exp -63 -52 2 11 1 2

Perspetivas Prod. Própria Empresa 24 22 4 -2 3 -1

Perspetivas Prod. Global -4 -3 10 1 3 4

Serviços 88 94 10 5 3 4

Comércio a Retalho 88 93 4 5 3 4

Un: Índice

França - Indicador de Confiança Empresarial (INSEE)

Nível Diferença Up/Down

Nota: Up / Down - Número de meses consecutivos do indicador a subir ou a descer.

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 FRANÇA

Semanal de Economia e de Mercados

38

Consumo Privado

Confiança dos consumidores manteve-se nos 94 pontos, em linha com as

expectativas do mercado (consenso: 94 pontos), após ter caído 2 pontos no mês

anterior e revertido metade da subida de junho, com o indicador a continuar 2

pontos acima dos níveis mínimos desde janeiro de 2019 registados em maio,

depois de ter sido penalizado pela entrada, em março, da pandemia do Covid-19

no território francês. Já a descida em julho e manutenção em baixos níveis em

agosto poderá refletir alguma apreensão face ao aumento de novas infeções em

França e à situação mais descontrolada da pandemia do Covid-19 observada

noutras regiões do globo

O índice de confiança dos consumidores, calculado pelo INSEE, manteve-se em

agosto nos 94 pontos, em linha com as expectativas do mercado (consenso: 94

pontos), depois de ter caído 2 pontos no mês anterior e revertido metade da subida de

junho, com o indicador a continuar 2 pontos acima dos níveis mínimos desde janeiro

de 2019 registados em maio, depois de ter sido penalizado pela entrada, em março, da

pandemia do Covid-19 no território francês. O indicador manteve a distância face aos

níveis máximos desde junho de 2002 (109 pontos), verificados em junho de 2017 (108

pontos), bem como em relação aos 79 pontos verificados em junho de 2013, quando

caiu para mínimos desde fevereiro de 2009. As deteriorações do indicador

observadas entre os meses de março e maio, estiveram naturalmente a refletir os

receios dos consumidores franceses quanto ao impacto da pandemia do

coronavírus nas suas vidas, da mesma forma que a descida em julho e

manutenção em baixos níveis em agosto deverá estar a refletir alguma apreensão

face ao aumento de novas infeções em França e à situação mais descontrolada da

pandemia do Covid-19 observada noutras regiões do globo, como nos EUA e na

América Latina.

Confiança está abaixo da sua mediana, pelo 5.º mês consecutivo, depois de 10

meses acima…

A confiança dos consumidores apresenta-se abaixo da sua mediana de longo prazo

(100.6 pontos), pelo 5.º mês consecutivo, depois de 10 meses acima, mas continuando

com valores acima do limiar empiricamente compatível com expansões do consumo

privado no país.

Confiança dos consumidores encontra-se em níveis abaixo da mediana de longo

prazo no 3.º trimestre, mas que é empiricamente consistente com uma subida do

consumo privado, sendo que o indicador compósito do Montepio para o

consumo privado aponta para uma forte subida do consumo privado no 3.º

trimestre, entre 10% e 12%, recuperando parcialmente das fortes quedas de 5.8%

no 1.º trimestre e de 11.2% no 2.º trimestre

Em termos trimestrais, o índice de confiança dos consumidores apresenta, no 3.º

trimestre, um nível médio de 94.0 pontos, ainda ligeiramente inferior (espera-se

alguma recuperação em setembro) ao observado no 2.º trimestre (94.3 pontos) e

ainda mais abaixo do nível observado no 1.º trimestre (104.0 pontos), regressando

nos dois últimos trimestres para níveis abaixo da mediana de longo prazo (100.6

pontos), depois de três trimestres acima, mas encontrando-se num nível

empiricamente compatível com uma expansão do consumo privado no 3.º trimestre,

embora a um ritmo claramente inferior às nossas expectativas. Com efeito, o

indicador compósito do Montepio para o consumo privado francês aponta para

uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre entre 10% e 12%, depois das

fortes descidas de 5.8% no 1.º trimestre e de 11.2% no 2.º trimestre, com o agregado

a ser bastante penalizado nos dois primeiros trimestres do ano pelo confinamento

adotado no país para condicionar a disseminação da pandemia do Covid-19.

-35

-30

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

75

80

85

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95

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110

115

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Consumo Privado sa (YoY) (esc. esq.)

Confiança do Consumidor - INSEE (esc. dir.)

França - Consumo Privado e Confiança dos Consumidores

Un: %. Un: Índice

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

Confiança Consumidores (INSEE ) 94 94 -2 0

Past Financial Situation -15 -14 -3 1

Future Financial Situation -8 -8 0 0

Current Saving Capacity 24 22 -2 -2

Future Savings Capacity 8 5 1 -3

Savings intentions, 12 m. 23 24 8 1

Major purchases intentions -16 -19 -1 -3

General economic sit. -65 -64 -8 1

General economic sit., next 12 m -53 -53 1 0

Future Unemployment Situation 76 70 -1 -6

Consumer prices, past 12 m. -27 -17 3 10

Consumer prices, next 12 m. -21 -25 -7 -4

Un: ÍndiceNível Diferença

França - Confiança dos Consumidores

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA

Semanal de Economia e de Mercados

39

Aconteceu na semana passada… na Alemanha

PIB

Estimativa final do PIB reviu em alta em 0.4 p.p. a estimativa preliminar, mas

apontou para uma forte contração em cadeia de 9.7% no 2.º trimestre, com a

economia alemã a ver, como esperado, bastante agravado o ritmo de queda (-

2.0% no 1.º trimestre), sendo bastante penalizada pelo impacto da pandemia do

Covid-19, e com esta queda a ser superior à que era aguardada pelo mercado

aquando da 1.ª estimativa (consenso: -9.0%), mas inferior às nossas estimativas

aquando da 1.ª estimativa (Montepio: -10.5%), com a economia a confirmar a

entrada em recessão técnica no início do ano. Trata-se da maior queda em

cadeia do PIB germânico desde o início da série trimestral do PIB (em 1970),

superando os -4.7% observados no 1.º trimestre de 2009, aquando da Grande

Recessão de 2008/09

De acordo com a estimativa final, o PIB registou uma forte contração em cadeia de

9.7% no 2.º trimestre (-10.1% na estimativa preliminar), com a economia alemã a ver,

como esperado, bastante agravado o ritmo de queda (-2.0% no 1.º trimestre), sendo

bastante penalizada pelo impacto da pandemia do Covid-19, e com esta queda a ser

superior à que era aguardada pelo mercado aquando da 1.ª estimativa (consenso: -

9.0%), mas inferior às nossas perspetivas nessa 1.ª estimativa (Montepio: -10.5%).

Esta representou a maior queda em cadeia do PIB germânico desde o início da série

trimestral do PIB (em 1970), tendo superado, largamente, a maior queda observada

aquando da Grande Recessão de 2008/09 (-4.7% no 1.º trimestre de 2009). Tratou-se

da 2.ª queda em cadeia consecutiva do PIB (0.0% no 4.º trimestre de 2019),

confirmando, assim, a entrada da economia alemã em recessão técnica no início

deste ano. Em termos homólogos, o PIB registou, no 2.º trimestre, um decréscimo de

11.3%, agravando, igualmente, bastante o ritmo de queda face ao observado no 1.º

trimestre (-2.2%, revisto de -2.3%), dando, assim, nos dois últimos trimestres, como

terminada a série de crescimentos que vinha a evidenciar desde o início de 2010 e que

já tinha sido pontualmente interrompida no 1.º trimestre de 2013.

A forte contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu um comportamento

desfavorável, essencialmente, da procura interna, em concreto do consumo

privado e do investimento (FBCF), mas com as exportações líquidas a terem

também penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das

exportações, como das importações

Com esta estimativa foram agora divulgados dados em detalhe, o Destatis sugere que,

na ótica da despesa, esta forte contração, em cadeia, do PIB no 2.º trimestre refletiu

um comportamento desfavorável, essencialmente, da procura interna, em concreto do

consumo privado e do investimento, mas com as exportações líquidas a terem também

penalizado o crescimento, refletindo fortes descidas tanto das exportações, como das

importações. Com efeito, segundo o Destatis, observou-se uma nova forte contração

do consumo privado de 10.9% e em marcado agravamento (-2.5% no 1.º trimestre),

com o investimento em capital fixo (FBCF) a exibir também uma intensa contração

de 7.9% e em agravamento (-0.5% no 1.º trimestre), refletindo o forte comportamento

negativo tanto da FBCF em equipamento (-19.6% vs -7.3% no trimestre anterior),

tendo a FBCF na construção também descido, embora menos (-4.2% vs +5.1% no 1.º

trimestre). A impedir uma contração superior do PIB esteve também o consumo

público, que, segundo o Destatis, cresceu 1.5% (+0.6% no trimestre anterior). As

exportações líquidas também exibiram um contributo negativo de 2.8 p.p. para o

crescimento do PIB, depois do contributo já negativo de 0.8 p.p. observado no 1.º

trimestre, refletindo fortes decréscimos tanto das exportações (-20.3% vs -3.3% no

trimestre anterior), como das importações (-16.0% vs -1.6% no 1.º trimestre).

Economia alemã deverá regressar aos crescimentos em cadeia no 3.º trimestre,

depois de dois trimestres de forte contração provocada pelo confinamento

adotado para controlar a pandemia do Covid-19, apontando-se para uma

expansão do PIB entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a

permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes,

decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia

Em termos de perspetivas, o indicador compósito do Montepio para o PIB sugere

um regresso aos crescimentos em cadeia no 3.º trimestre, depois de dois trimestres

de forte contração (-10.1% no 2.º trimestre, -2.0% no 1.º trimestre) provocada pelo

confinamento adotado para controlar a pandemia do Covid-19, apontando-se para uma

expansão do PIB entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a

permanecerem rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes,

decorrentes dos desenvolvimentos da pandemia, em concreto dos timings e

processo de desconfinamento seguido pela economia alemã, bem como das respostas

dos agentes económicos aos novos modos de vida.

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

2010

:Q2

2011

:Q2

2012

:Q2

2013

:Q2

2014

:Q2

2015

:Q2

2016

:Q2

2017

:Q2

2018

:Q2

2019

:Q2

2020

:Q2

Var. Trim. (QoQ)

Var. Hom. (YoY)

Var. Média Anual

Alemanha - PIB

Un: %

Un: % 3ºT19 4ºT19 1ºT20 2ºT20 3ºT19 4ºT19 1ºT20 2ºT20

PIB 0.3 0.0 -2.0 -9.7 0.7 0.4 -2.2 -11.3

Consumo Privado 0.3 0.1 -2.5 -10.9 1.9 1.2 -2.3 -12.9

Consumo Público 1.4 0.3 0.6 1.5 3.4 3.3 2.6 3.8

FBCF -0.1 -0.4 -0.5 -7.9 2.2 0.8 -1.3 -8.8

Equipamento -1.4 -2.0 -7.3 -19.6 0.3 -2.4 -10.4 -28.0

Construção 0.3 0.4 5.1 -4.2 3.3 2.3 4.9 1.5

Procura interna -0.3 0.3 -1.4 -7.2 0.5 0.3 -1.3 -8.5

Importações 0.0 0.3 -1.9 -16.0 1.4 0.8 -2.0 -17.4

Exportações 1.3 -0.3 -3.3 -20.3 1.7 0.9 -3.8 -22.2

Fonte: Eurostat, Destatis.

Crescimento Trimestral Crescimento Homólogo

Alemanha - PIB

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA

Semanal de Economia e de Mercados

40

Revimos o nosso cenário para o PIB de 2020, continuando-se a prever uma forte

contração média anual, mas 0.2 p.p. inferior ao anteriormente admitido,

apontando-se para agora para uma descida de 6.2%, mesmo assumindo um

crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que a anteriormente

admitida, continuando também a prever-se um regresso aos crescimentos em

2021 (+5.7%, revisto de +5.5%)

Em termos anuais, a economia alemã cresceu 0.6% em 2019, evidenciando o 2.º

abrandamento consecutivo (+1.5% em 2018, +2.8% em 2017; e +2.1% em 2016). Já

para 2020, e atendendo a que o comportamento do PIB no 2.º trimestre saiu até

ligeiramente mais favorável do que o que estávamos a assumir, revimos o nosso

cenário de uma forte contração média anual do PIB de 6.4% para 6.2%, mesmo

assumindo um crescimento até ao final do ano um pouco menos célere do que a

anteriormente admitida, mas com estas previsões a permanecerem rodeadas de

riscos descendentes, associados aos futuros desenvolvimentos em torno da

pandemia do Covid-19. Trata-se de uma queda anual sensivelmente em linha com a

prevista pela Comissão Europeia (-6.3% em 07/07/2020) e inferior às previstas pela

OCDE (-6.6% em 10/06/2020) e pelo FMI (-7.8% em 24/06/2020). A economia deverá

regressar ao crescimento, em termos médios anuais, em 2021, ano para o qual

prevemos um crescimento de 5.5% (revisto de +5.7%).

Confiança Empresarial

O indicador de clima empresarial (IFO) registou uma subida em agosto, de 90.4

pontos (revisto em baixa em 0.1 pontos) para 92.6 pontos, representando a 4.ª

subida consecutiva (+4.1 pontos em julho), mas depois de duas fortes descidas

consecutivas (-11.7 pontos em abril e -10.1 pontos em março), aliviando nos

quatro últimos meses apenas ligeiramente de níveis mínimos desde a atual série

iniciada em 2005, que deveria ser também um mínimo histórico da anterior série

iniciada em 1969, renovando máximos desde fevereiro. Note-se que as intensas

deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os

receios dos empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na

economia alemã e, em concreto, sobre as suas empresas

O indicador de clima empresarial no comércio e indústria, elaborado pelo IFO,

registou uma subida em agosto, de 90.4 pontos (revisto em baixa em 0.1 pontos) para

92.6 pontos, representando a 4.ª subida consecutiva (+4.1 pontos em julho), mas

depois de duas fortes descidas (-11.7 pontos em abril e -10.1 pontos em março),

aliviando nos quatro últimos meses apenas ligeiramente de níveis mínimos desde a

atual série iniciada em 2005, que deveria ser também um mínimo histórico da anterior

série iniciada em 1969, renovando agora em agosto níveis máximos desde fevereiro. O

indicador tem apresentado, recentemente, um ciclo desfavorável, contabilizando 20

descidas em 33 meses, ao longo do qual passou de níveis máximos históricos

(observados em novembro de 2017) para os referidos mínimos históricos, dos quais

agora aliviou nos meses de maio a agosto. Apesar das recentes descidas, note-se que

só mais recentemente, entre os meses de junho de 2019 a junho de 2020, o indicador

passou para um nível abaixo da sua média histórica de 97.5 pontos, depois de ter

estado, desde dezembro de 2014, sempre acima dessa média histórica. Note-se que

as intensas deteriorações do indicador nos meses de março e abril tinham refletido os

receios dos empresários quanto ao impacto da pandemia do coronavírus na economia

alemã e, em concreto, sobre as suas empresas.

Subida da confiança esteve associada a um comportamento favorável quer da

componente de expectativas, quer da de situação, que neste mês subiu mais do

que a de expectativas

A subida da confiança dos empresários germânicos, em agosto, refletiu um

comportamento favorável quer da componente de expectativas, quer da de situação,

que neste mês subiu mais do que a de expectativas. Com efeito, a componente de

situação subiu 3.4 pontos, regressando aos crescimentos nos três últimos meses

(+3.2 pontos em julho), depois de quatro descidas consecutivas (-0.5 pontos em maio),

contabilizando 20 descidas nos últimos 31 meses e aliviando, pelo 3.º mês

consecutivo, de níveis mínimos desde julho de 2009, aproximando-se um pouco mais

(mas permanecendo distante) do registo de janeiro de 2018, quando atingiu um

máximo histórico.

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

2010

:Q2

2011

:Q2

2012

:Q2

2013

:Q2

2014

:Q2

2015

:Q2

2016

:Q2

2017

:Q2

2018

:Q2

2019

:Q2

2020

:Q2

Var. Trim. (QoQ)

Var. Hom. (YoY)

Var. Média Anual

Alemanha - PIB

Un: %

50

60

70

80

90

100

110

120

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

INSEE França

IFO Alemanha

ISTAT Itália

Alemanha - Índice de Confiança Empresarial

Un: Índice

jul-20 ago-20 jul-20 ago-20 jul-20 ago-20

IFO 90.4 92.6 4.1 2.2 3 4

Expectativas 96.7 97.5 5.1 0.8 3 4

Situação 84.5 87.9 3.2 3.4 2 3

Alemanha - Indicador de Clima Empresarial (IFO)

Nota: Up / Down - Número de meses consecutivos do indicador a subir ou a descer.

Nível Diferença Up/DownUn: Índice

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 ALEMANHA

Semanal de Economia e de Mercados

41

Já a componente de expectativas – a mais influenciada pelas incertezas e receios dos

empresários relativamente aos diversos riscos que se deparam sobre a economia

global e, em particular, sobre a economia alemã –, subiu 0.8 pontos, regressando às

subidas nos quatro últimos meses (+5.1 pontos em julho), depois de duas fortes

quedas consecutivas (-10.1 pontos em abril e -13.6 pontos em março), aliviando, neste

caso, pelo 4.º mês consecutivo, de níveis mínimos históricos e atingindo um novo

máximo desde novembro de 2018, diminuindo a distância (mas permanecendo

distante) em relação ao registo de novembro de 2017, que é um máximo desde

dezembro de 2010.O indicador sinaliza um crescimento em cadeia do PIB de 4.7%

no 3.º trimestre, abaixo das nossas expectativas, que apontam para uma

expansão entre 4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a permanecerem

rodeadas de bastante incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos

desenvolvimentos da pandemia

Em termos trimestrais, o indicador IFO (juntamente com a sua variação) sinaliza um

acréscimo em cadeia do PIB de 4.7% no 3.º trimestre, abaixo das nossas

expectativas. Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o PIB também

sugere um regresso aos crescimentos, depois de dois trimestres de forte contração (-

9.7% no 2.º trimestre, -2.0% no 1.º trimestre) provocada pelo confinamento adotado

para controlar a pandemia do Covid-19, apontando para uma expansão do PIB entre

4.3% e 6.3%, mas com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de

bastante incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da

pandemia, em concreto dos timings e processo de desconfinamento seguido pela

economia alemã, bem como das respostas dos agentes económicos aos novos modos

de vida.

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

70

75

80

85

90

95

100

105

110

2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ (esc. esq.)

IFO Business Climate (Quarterly Average) (esc. dir.)

Alemanha - PIB (QoQ) vs IFO

Previsão - 3Q20 YoY:-7.8/QoQ:4.7Un: % Un: Indice

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL

Semanal de Economia e de Mercados

42

Portugal: Significativo agravamento do défice orçamental até julho, devido aos efeitos da

pandemia. Vendas a retalho registaram a 3.ª subida mensal consecutiva em julho, estando a subir

fortemente no 3.º trimestre. Em agosto, a confiança dos consumidores subiu, bem como a confiança

dos empresários na maioria dos setores, conduzindo a um aumento do indicador de sentimento

económico, que subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando níveis máximos desde março.

Os dados divulgados durante a semana passada continuaram a

evidenciar os efeitos muito adversos da pandemia sobre a

atividade económica e as contas públicas, com os dados em

contabilidade pública até ao mês de julho a evidenciarem um

significativo agravamento do défice orçamental face a igual

período de 2019, não obstante a atividade económica estar a

recuperar face aos recentes níveis mínimos observados em

abril.

Significativo agravamento do défice orçamental até julho,

devido aos efeitos da pandemia…

Detalhando a nossa análise, ao nível das contas públicas, a

execução orçamental, na ótica da contabilidade pública,

registou um saldo deficitário de 8 331.7 milhões de euros (M€)

até julho, representando um agravamento de 7 853.2 M€ face ao

período homólogo, com este agravamento a resultar de um

crescimento da despesa (+5.3%) e de uma contração da

receita (-10.5%). Segundo o Ministério das Finanças, a

execução continua a evidenciar os efeitos da pandemia da

Covid-19 na economia e nos serviços públicos na sequência

das medidas de política de mitigação adotadas, estimando

que, pelo menos, pelo menos 2 271 M€ da degradação do

saldo se deva à crise pandémica.

Relativamente ao total de 2020, e embora ainda com muito

incerteza associada, apontamos agora para um défice

orçamental de 8.5% do PIB (revisto de -7.5%, sobretudo em

resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado

no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de

0.2% observado em 2019 (+0.2% em 2019). Trata-se de um

défice superior ao admitido pelo Governo no Orçamento

Suplementar de 2020 (-7.0%), bem como ao que era admitido

por outras entidades de referência, antes de serem conhecidas

as medidas introduzidas no Orçamento Suplementar de 2020,

que acarretaram uma degradação do cenário orçamental,

designadamente pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) (-

6.5% em 03/06/2020), pela Comissão Europeia (-6.5% em

06/05/2020), pelo FMI (-7.1% em 14/04/2020) e também pela

OCDE (-7.9% em 10/06/2020).

Vendas a retalho registaram a 3.ª subida mensal

consecutiva em julho, estando a subir fortemente no 3.º

trimestre

Ao nível do consumo privado, as vendas a retalho registaram

uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem aumentado

5.3% em junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um

forte crescimento de 14.8% em maio, com estas fortes subidas

nos três últimos meses a já serem algo esperadas, depois das

duas intensas quedas registadas nos dois meses anteriores (-

17.4% em abril e -12.7% em março), que tinham levado a

variável a passar de níveis máximos históricos para mínimos

históricos, que tinham refletido o impacto do confinamento

associado à entrada da pandemia do Covid-19 no país. As

vendas atingiram máximos desde fevereiro, estando a subir

12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado de julho), após a

intensa queda de 14.6% no 2.º trimestre (revisto de -14.9%),

prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º

trimestre, para valores superiores a 10%, depois da queda

também superior a 10% estimada para o 2.º trimestre, em

marcado agravamento, após a contração de 2.9% observada no

1.º trimestre, refletindo o impacto negativo da crise do

coronavírus.

Já em agosto, a confiança dos consumidores subiu, pela 3.ª

vez em quatro meses e após duas quedas bem mais

expressivas, que tinham feito a confiança afundar para níveis

mínimos desde setembro de 2013, dos quais aliviou desde maio

(com exceção de julho). A confiança dos consumidores

encontra-se em níveis consistentes com uma descida em cadeia

do consumo privado de 0.4% no 3.º trimestre, contrariando as

nossas expectativas de um regresso aos crescimentos e

superior aos 10%, depois da forte contração de 13.6%

observada no 2.º trimestre, perspetivando-se o regresso aos

fortes crescimentos das vendas a retalho, das vendas de carros

e do consumo de serviços, depois de dois trimestres em que

foram bastante penalizadas pelo impacto do Covid-19.

A subida da confiança dos consumidores, bem como a

confiança dos empresários na maioria dos setores (a exceção

foi a descida da confiança da indústria, e com a confiança nos

serviços a registar, por sua vez, a maior subida, embora sendo

o setor em que a confiança está mais baixa), conduziu a um

aumento do indicador de sentimento económico (ESI), que

subiu pelo 3.º mês consecutivo, renovando máximos desde

março.

O sentimento económico está a aliviar de junho a agosto dos

níveis mínimos históricos, e com essas recentes intensas

descidas do indicador a refletirem os impactos da pandemia do

coronavírus sobre a economia nacional. O ESI encontra-se, em

termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma contração

em cadeia do PIB de 1.0% para o 3.º trimestre, contrariando as

nossas perspetivas, que apontam para um regresso do PIB aos

crescimentos (entre +7.5% e +9.5%), embora com estas nossas

previsões a permanecerem rodeadas de fortes riscos

descendentes.

Não obstante encontrarmo-nos num período marcado por

enorme incerteza, as previsões do Montepio continuam a

apontar para um crescimento médio anual do PIB a oscilar entre

-7.0% e -11% em 2020, com a maior massa de probabilidade a

encontrar-se em torno dos -9.0%.

Sinais animadores dos indicadores de emprego

Ao nível do mercado de trabalho, refiram-se os movimentos

favoráveis nos indicadores de confiança, passando o indicador

dos empresários a sinalizar uma subida do emprego, embora

com o indicador dos consumidores a continuar a sinalizar um

agravamento da taxa de desemprego.

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL

Semanal de Economia e de Mercados

43

Aconteceu na semana passada… em Portugal Indicadores de Confiança

Indicador de sentimento económico subiu em agosto, de 84.6 para 85.9 pontos,

regressando aos crescimentos nos três últimos meses (+10.5 em julho, +11.1

junho, a maior subida desde 1987, quando se observou a maior subida de

sempre), depois de quatro quedas consecutivas (-3.9 pontos em maio) e depois

de ter autenticamente afundado em abril (-31.5 pontos), naquela que representou

a maior queda da série (iniciada em 1985), com o indicador a aliviar agora de

junho a agosto de níveis mínimos históricos, e com essas recentes intensas

descidas do indicador a refletirem os impactos da pandemia do coronavírus

sobre a economia nacional

O indicador de sentimento económico (ESI), calculado pela Comissão Europeia

(CE), registou uma nova subida em agosto, de 84.6 para 85.9 pontos, regressando aos

crescimentos nos três últimos meses (+10.5 em julho, +11.1 junho, a maior subida

desde 1987, quando se observou a maior subida de sempre), depois de quatro quedas

consecutiva (-3.9 pontos em maio) e depois de ter autenticamente afundado em abril (-

31.5 pontos), naquela que representou a maior queda da série (iniciada em 1985), com

o indicador a aliviar agora nos meses de junho a agosto de níveis mínimos históricos, e

com essas recentes intensas descidas a refletirem os impactos da pandemia do

coronavírus sobre a economia nacional. O indicador atingiu um novo máximo desde

março, mas pelo 6.º mês consecutivo está em níveis abaixo da respetiva média de

longo prazo (100 pontos), depois de ter estado permanentemente, desde janeiro de

2014, em níveis superiores à respetiva média de longo prazo (100 pontos) – a única

exceção observou-se em fevereiro de 2014, quando esteve marginalmente abaixo –,

mas aproximando-se, com estas subidas de junho a agosto, um pouco mais (embora

permanecendo bem distante), do nível máximo desde dezembro de 2017 observado

em junho de 2018 e do registo de novembro de 2017, que é o mais elevado desde

fevereiro de 2000, tendo passado, entre os meses de abril a agosto, a estar em níveis

abaixo dos níveis pré-crise de 2008/09, depois de 37 meses consecutivos acima.

Observou-se um comportamento positivo da confiança na generalidade das

componentes, com a única exceção a caber à confiança da indústria e com a

confiança nos serviços a registar a maior subida, embora sendo o setor em que a

confiança está mais baixa

Esta subida do sentimento económico, em agosto, esteve associada a um

comportamento positivo da confiança na generalidade das componentes, com a única

exceção a caber à indústria (desceu 0.3 pontos vs +8.8 pontos em julho). Já a maior

subida foi registada pelos serviços (+7.3 pontos vs +5.5 pontos em julho), mas

manteve-se como o setor em que a confiança está mais baixa. Observaram-se

também subidas da confiança na construção (+2.8 pontos vs +4.8 pontos em julho) e

no comércio a retalho (+5.3pontos vs +3.2 pontos em julho). O comércio a retalho

destronou a indústria e passou a evidenciar o mais elevado nível de confiança entre os

setores de atividade, ao passo que o setor dos serviços passou a destacar-se, nos

últimos cinco meses, como o índice com o menor nível de confiança. A confiança dos

consumidores também subiu (+1.4 pontos vs -2.1 pontos em julho).

O ESI encontra-se, em termos trimestrais, em níveis compatíveis com uma

contração em cadeia do PIB de 1.0% para o 3.º trimestre, contrariando as nossas

perspetivas, que apontam para um regresso do PIB aos crescimentos (entre

+7.5% e +9.5%), embora com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas

de fortes riscos descendentes

Em termos trimestrais, e de acordo com os cálculos do Montepio, o ESI encontra-se

em níveis compatíveis com uma contração em cadeia do PIB de 1.0%, contrariando as

nossas perspetivas, que apontam para uma forte expansão, depois de ter

autenticamente afundado nos dois primeiros trimestres do ano (-3.9% no 1.º trimestre

e -13.9% no 2.º trimestre). Com efeito, o indicador compósito do Montepio para o

PIB português aponta agora para uma expansão, em cadeia, entre 7.5% e 9.5% no

3.º trimestre, embora com estas nossas previsões a permanecerem rodeadas de

muita incerteza e riscos descendentes, decorrentes dos desenvolvimentos da

pandemia do coronavírus no país, em concreto dos timings e processo de

desconfinamento seguido pela economia portuguesa (estamos a admitir que não vão

existir passos atrás nas medidas de reabertura da economia), bem como das

respostas dos agentes económicos aos novos modos de vida.

-16

-14

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

50

60

70

80

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100

110

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140

2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ (esc. esq.)

Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)

Portugal - GDP (QoQ) vs Economic Sentiment

Previsão - 3Q20 YoY:-17.3/QoQ:-1Un: % Un: Indice

50

60

70

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100

110

120

130

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

2018

:8

2018

:11

2019

:2

2019

:5

2019

:8

2019

:11

2020

:2

2020

:5

2020

:8

Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)

Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)

Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)

Portugal - Indicadores de Confiança

Un: Índice Un: % (SRE)

jun-20 jul-20 ago-20 jun-20 jul-20 ago-20

Sentimento Económico 74.1 84.6 85.9 11.1 10.5 1.3

Indústria -24.4 -15.6 -15.9 9.6 8.8 -0.3

Serviços -43.6 -38.1 -30.8 7.6 5.5 7.3

Construção -23.3 -18.5 -15.7 3.7 4.8 2.8

Retalho -20.9 -17.7 -12.4 4.4 3.2 5.3

Consumidor -25.5 -27.6 -26.2 4.3 -2.1 1.4

Un: ÍndiceValor Variação

Portugal - Indicadores de Confiança da CE

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL

Semanal de Economia e de Mercados

44

Não obstante encontrarmo-nos num período marcado por enorme incerteza, as

previsões do Montepio continuam a apontar para um crescimento médio anual

do PIB a oscilar entre -7.0% e -11% em 2020, com a maior massa de

probabilidade a encontrar-se em torno dos -9.0%

Em termos anuais, continuamos a apontar para um valor pontual em torno de -9.0%,

com o intervalo de previsões a manter-se entre -7.0% e -11.0%, e em marcado

agravamento, após o crescimento de 2.2% observado em 2019. Continuamos a

apontar para um regresso da economia aos crescimentos em 2021, apontando-se para

uma expansão em torno de 6.3%, mas com estas previsões a permanecerem, como

referido, rodeadas de muita incerteza, no atual contexto da grave pandemia que o

mundo atravessa.

Indicadores do mercado de trabalho com movimentos favoráveis, passando o

indicador dos empresários a sinalizar uma subida do emprego, embora com o

indicador dos consumidores a continuar a sinalizar um agravamento da taxa de

desemprego

Ao nível dos indicadores de expectativas de emprego por parte dos empresários,

para os próximos três meses, assistiu-se, em agosto, a uma subida do indicador

relativo à totalidade da economia, pelo 4.º mês consecutivo (+6.3 pontos vs +1.0

pontos no mês anterior), encontrando-se agora em -3.5 pontos, um máximo desde

março, aproximando-se do nível máximo desde abril de 2000 observado em agosto de

2019 e permanecendo ainda negativo, refletindo, essencialmente, as fortes quedas do

indicador observadas em março e abril (-28.6 pontos em abril). Esta subida das

expectativas refletiu um comportamento misto entre os principais setores de atividade,

com a maior subida a observar-se nos serviços e a menor na indústria. A indústria

apresenta, atualmente, as expectativas de emprego mais desfavoráveis entre os

diversos setores, ao passo que o comércio a retalho passou a exibir as expectativas

menos desfavoráveis, por troca com a construção. As expectativas de emprego para o

total da economia encontram-se abaixo do limiar teórico da criação de emprego, pelo

5.º mês consecutivo, depois de 46 meses acima do mesmo, estando agora a sinalizar

empiricamente a criação de postos de trabalho, após quatro meses consecutivos a

sinalizar quedas e depois de 74 meses a sugerir crescimentos do emprego. Por seu

lado, em agosto, os consumidores evidenciaram uma subida dos níveis de otimismo,

apresentando um decréscimo das expectativas de desemprego para os próximos 12

meses, pela 3.ª vez em quatro meses (-4.1 pontos vs +2.2 pontos em julho) e após

outros três agravamentos consecutivos e especialmente intenso em abril (+65.8

pontos), com o indicador a manter-se, pelo 5.º mês consecutivo, em níveis

empiricamente compatíveis com um agravamento do desemprego, depois de um longo

período (74 meses) a sugerir diminuições do desemprego.

50

60

70

80

90

100

110

120

130

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

10

20

2018

:8

2018

:11

2019

:2

2019

:5

2019

:8

2019

:11

2020

:2

2020

:5

2020

:8

Sent. Económico (esc. esq.) Conf. Consumidor (esc. dir.)

Conf. Serviços (esc. dir.) Conf. Industrial (esc. dir.)

Conf. Com. Retalho (esc. dir.) Conf. Construção (esc. dir.)

Portugal - Indicadores de Confiança

Un: Índice Un: % (SRE)

jun-20 jul-20 ago-20 jun-20 jul-20 ago-20

Consumidores (Desemp. 12M) 65.3 67.5 63.4 -9.6 2.2 -4.1

Empresários (Emprego 3M) -10.8 -9.8 -3.5 1.7 1.0 6.3

Indústria -7.8 -4.2 -3.7 2.1 3.6 0.5

Construção -11.1 -5.1 -3.6 4.0 6.0 1.5

Comércio a Retalho -6.2 -6.9 -3.2 2.1 -0.7 3.7

Serviços -12.9 -12.7 -3.4 1.3 0.2 9.3

Nota: As Expectativas dos Consumidores referem-se ao Desemprego nos próximos 12 meses e as dos Empresários ao Emprego

nos próximos 3 meses.

Portugal - Expectativas de Emprego e Desemprego

Un: ÍndiceValor Variação

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL

Semanal de Economia e de Mercados

45

Consumo Privado

Vendas a retalho registaram uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem

aumentado 5.3% em junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um forte

crescimento de 14.8% em maio, com estas fortes subidas nos três últimos meses

a já serem algo esperadas, depois das duas intensas quedas registadas nos dois

meses anteriores (-17.4% em abril e -12.7% em março), que tinham levado a

variável a passar de níveis máximos históricos para mínimos históricos, dos

quais agora aliviou nos dois três meses, com as vendas a atingirem máximos

desde fevereiro, com essas anteriores fortes e esperadas quedas da variável a

refletirem o impacto do confinamento associado à entrada da pandemia do

Covid-19 no país

As vendas a retalho (deflacionadas e corrigidas de sazonalidade e de dias úteis)

registaram uma subida de 3.9% em julho, depois de já terem aumentado 5.3% em

junho (revisto de +4.4%), e após já terem registado um forte crescimento de 14.8% em

maio, com estas fortes subidas nos três últimos meses a já serem algo esperadas,

depois das duas intensas quedas registadas nos dois meses anteriores (-17.4% em

abril e -12.7% em março), que tinham levado a variável a passar de níveis máximos

históricos para mínimos históricos, dos quais agora aliviou nos dois três meses, com as

vendas a atingirem máximos desde fevereiro. Note-se que essas anteriores fortes e

esperadas quedas das vendas a retalho em março e abril refletiram o impacto do

confinamento associado à entrada da pandemia do Covid-19 no território nacional, da

mesma forma que o regresso aos crescimentos traduz o processo de gradual

desconfinamento adotado a partir de maio.

A subida das vendas a retalho em julho refletiu o forte comportamento positivo

das vendas de bens não alimentares e de vendas de bens alimentares

A subida das vendas, em julho, deveu-se ao forte comportamento positivo quer das

vendas de bens não alimentares, quer de bens alimentares. Com efeito, as vendas de

bens alimentares registaram um acréscimo de 4.5% (-6.4% em junho, afastando-se

dos níveis mínimos desde abril de 2018 observados em abril e aproximando-se dos

níveis máximos históricos observados em março. Por seu lado, as vendas de bens

não alimentares exibiram uma nova subida, de 3.4%, depois de já terem crescido

intensamente em junho (+17.2%) e em maio (+21.2%), mas após duas ainda mais

expressivas quedas (-21.4% em abril e -23.6% em março), que tinham feito as vendas

deste tipo de bens passar, em apenas dois meses, de níveis máximos desde agosto de

2008 para níveis mínimos históricos da série criada em 2005, dos quais agora aliviou

em maio e junho.

As vendas a retalho exibiram uma intensa queda de 14.6% no 2.º trimestre

(revisto de -14.9%), estando a subir 12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado

de julho), prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre,

para valores superiores a 10%, depois da queda de 13.6% observada no 2.º

trimestre, em marcado agravamento, após a contração de 2.8% observada no 1.º

trimestre, refletindo o impacto negativo da crise do coronavírus

Em termos trimestrais, as vendas a retalho apresentaram uma forte contração de

14.6% no 2.º trimestre (revisto de -14.9%), depois da estagnação observada no 1.º

trimestre, estando a subir 12.2% no 3.º trimestre (apenas com o dado de julho),

prevendo-se uma forte subida do consumo privado no 3.º trimestre, para valores

superiores a 10%, depois da queda também superior a 10% observada no 2.º

trimestre, de 13.6%, em marcado agravamento, após a contração de 2,8% (revisto de -

2.9%) observada no 1.º trimestre, devendo no 3.º trimestre registar-se fortes subidas

nas vendas a retalho, nas vendas de carros e no consumo de serviços, depois das

quedas do 2.º trimestre.

Emprego intensificou ligeiramente a queda, mas remunerações e número de

horas trabalhadas desagravaram os ritmos de contração

Noutros dados relativos ao comércio a retalho, refira-se que o emprego, as

remunerações e o número de horas trabalhadas (corrigidas dos efeitos de

calendário) exibiram fortes quedas em julho, registando variações homólogas de -

3.6%, -0.6% e -8.3%, apresentando, no 1.º caso uma descida ligeiramente superior à

observada no mês anterior, mas, nos outros casos quedas inferiores às observadas no

mês anterior (-3.2%, -0.7% e -10.5% em junho, respetivamente), embora continuando

a exibir uma queda bem mais expressiva que a evidenciada pelo emprego e pelas

remunerações.

-20

-12

-4

4

12 -25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Var. Mensal (MoM) - Wda/sa (esc. esq.)

Var. Hom. (YoY) - Wda/sa (esc. dir.)

Var. Média 12M - Wda/sa (esc. dir.)

Portugal - Vendas a Retalho

Un: %

jun-20 jul-20 jun-20 jul-20

Vendas a Retalho 5.3 3.9 -5.7 -3.0

Bens Alimentares -6.4 4.5 -2.4 0.0

Bens Não Alimentares 17.2 3.3 -8.2 -5.4

Portugal - Vendas a Retalho

Un: %Var. Mensal Var. Homól.

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PORTUGAL

Semanal de Economia e de Mercados

46

Confiança dos consumidores subiu 1.4 pontos em agosto, para -26.2 pontos,

registando a 3.ª subida em quatro meses (-2.1 pontos em julho, +4.3 pontos em

junho e +6.5 pontos em maio) e após duas quedas bem mais expressivas (-23.9

pontos em abril), que tinham feito a confiança afundar para níveis mínimos

desde setembro de 2013, dos quais aliviou desde maio (com exceção de julho)…

A confiança dos consumidores registou, em agosto, uma subida de 1.4 pontos, para

-26.2 pontos, contabilizando três subidas em quatro meses (-2.1 pontos de julho, +4.3

pontos em junho e +6.5 pontos em maio) e após duas quedas bem mais expressivas (-

23.9 pontos em abril), que tinham feito a confiança afundar para níveis mínimos desde

setembro de 2013, dos quais aliviou nos meses de maio a agosto (com a exceção ser

julho). Note-se que as duas intensas deteriorações do indicador nos meses de março e

abril refletiram os receios dos consumidores quanto ao impacto da pandemia do

coronavírus nas suas vidas, da mesma forma que os alívios observados de maio a

agosto deverão ter refletido a sensação dos consumidores de já algum regresso

progressivo à normalidade, à medida que a economia iniciam o processo de

desconfinamento, sendo que esta descida de julho deverá ter refletido o aumento dos

novos casos que se foi observando em julho.

… refletindo comportamentos mistos das suas componentes, mas com as

melhorias observadas ao nível das expectativas sobre a evolução da economia,

expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar e das expectativas

de desemprego a mais do que anularem a degradação registada nas expectativas

de poupança

Esta descida da confiança dos consumidores, em agosto, refletiu comportamentos

mistos das suas componentes, mas com as melhorias observadas ao nível das

expectativas sobre a evolução da economia (+1.9 vs -5.6 pontos no mês anterior),

das expectativas sobre a situação financeira do agregado familiar (+2.7 pontos vs

0.0 pontos no mês anterior) e das expectativas de desemprego (-4.1 pontos vs +2.2

pontos no mês anterior) a mais do que anularem a degradação registada nas

expectativas de poupança (-3.9 pontos vs +4.1 pontos no mês anterior).

Confiança dos consumidores encontra-se em níveis consistentes com uma

descida em cadeia do consumo privado de 0.4% no 3.º trimestre, contrariando as

nossas expectativas de um regresso aos crescimentos, depois da forte

contração de 13.6% observada no 2.º trimestre

Em termos trimestrais, segundo cálculos do Montepio, o indicador de confiança dos

consumidores sinaliza um decréscimo de 0.4% do consumo privado para o 3.º

trimestre, contrariando as nossas expectativas de um regresso aos crescimentos,

depois da forte contração de 13.6% observada no 2.º trimestre. Com efeito, o

indicador compósito do Montepio para o consumo privado aponta para uma forte

expansão no 3.º trimestre e superior a 10%, depois da contração também superior a

10% observada no 2.º trimestre, refletindo o forte impacto negativo da crise do

coronavírus, perspetivando-se o regresso aos fortes crescimentos das vendas a

retalho, das vendas de carros e do consumo de serviços, depois de dois trimestres em

que estas variáveis foram bastante penalizadas pelo impacto do Covid-19.

-70

-60

-50

-40

-30

-20

-10

0

-24

-20

-16

-12

-8

-4

0

4

2010

:08

2011

:08

2012

:08

2013

:08

2014

:08

2015

:08

2016

:08

2017

:08

2018

:08

2019

:08

2020

:08

Confiança dos Consumidores (INE ) mm3m

Consumo Privado - Var. Hom. (YoY)

Portugal - Confiança vs Consumo Privado

Un: % Un: %

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47

Finanças Públicas

Execução orçamental, na ótica da contabilidade pública, registou um saldo deficitário de 8 331.7 milhões de euros (M€) até julho, representando um agravamento de 7 853.2 M€ face ao período homólogo, com este agravamento a resultar de um crescimento da despesa (+5.3%) e de uma contração da receita (-10.5%). Segundo o Ministério das Finanças, a execução continua a evidenciar os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia e nos serviços públicos na sequência das medidas de política de mitigação adotadas, estimando que, pelo menos, pelo menos 2 271 M€ da degradação do saldo se deva à crise pandémica

A execução orçamental, na ótica da contabilidade pública (de caixa), das Administrações Públicas (AP) registou um défice de 8 331.7 milhões de euros (M€) até julho, o que se traduz num agravamento de 7 853.2 M€ face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado dos efeitos conjugados de uma diminuição da receita (-10.5%) e de um acréscimo da despesa (+5.3%). O saldo primário situou-se em -3 453.9 M€, menos 8 318.9 M€ do que em julho de 2019.

De acordo com o comunicado do Ministério das Finanças, "a execução evidencia os efeitos da pandemia da Covid-19 na economia e nos serviços públicos também na sequência de adoção de medidas de política de mitigação". Referiu, ainda, que "pelo menos 2 271 M€” do aumento do défice é explicado por "medidas extraordinárias de política de apoio às famílias e às empresas", detalhando que a prorrogação das retenções na fonte de IRC e IRS e pagamento do IVA, a suspensão de execuções da receita e a isenção ou redução da taxa contributiva explicam 672 M€ do saldo negativo. Também o aumento da despesa em 1 599 M€ está "principalmente associado às medidas de lay-off (+752 M€), aquisição de equipamentos na saúde (+304 M€) e outros apoios suportados pela Segurança Social (+342 M€)".

Aumento expressivo da despesa e forte queda da receita explicam o agravamento do défice orçamental

Segundo o Ministério das Finanças, diminuição da receita em 10.5% (-5 213.4 M€ face ao período homólogo) reflete, essencialmente, a evolução negativa da receita fiscal (-3 858.1 M€), que traduz, sobretudo, o decréscimo da receita de IRC (resultado do adiamento do pagamento do primeiro pagamento por conta de julho para agosto de 2020) e de IVA, como efeito do impacto da Covid-19 na atividade económica. A receita não fiscal e não contributiva regista uma diminuição de 969.1 M€, nomeadamente ao nível das taxas, multas e outras penalidades e da venda de bens e serviços correntes. Destaca-se, ainda, a quebra dos rendimentos de propriedade, relacionada, sobretudo, com a evolução da receita de dividendos.

O crescimento da despesa em 5.3% (-2 639.8 M€ face a julho de 2019 na despesa efetiva total e 3 105.6 M€ na despesa primária) é explicado, principalmente, pelos seguintes aumentos: i) transferências correntes (+2 000.7 M€) - em particular, com despesas suportadas pela Segurança Social associadas a um conjunto de medidas extraordinárias de apoio a famílias e empresas no âmbito do Covid-19 (+1 094 M€), com pensões enquadradas no âmbito do regime geral de Segurança Social (+357.3 milhões de euros), com pensões e outros abonos a cargo da Caixa Geral de Aposentações, I.P. (+187 M€) e com prestações de desemprego (+150.8 M€); ii) despesas com pessoal (+519.4 M€) resultado dos encargos associados a medidas de política de promoção salarial das Administrações Públicas; e iii) aquisição de bens e serviços (+249.7 M€), influenciada por aquisições pelas entidades da área da Saúde dos vários subsetores das Administrações Públicas de medicamentos e equipamentos de proteção individual para prevenção e tratamento da doença do Covid-19

Apontamos para um défice orçamental de 8.5% do PIB em 2020 (revisto de -7.5%, sobretudo em resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de 0.2% observado em 2019

Recorde-se que o INE divulgou, no final de junho, os dados referentes ao 1.º trimestre na ótica da contabilidade nacional, que deu conta de um défice orçamental de 570.9 M€, equivalente a 1.1% do PIB, representando uma deterioração acentuada face ao excedente de 59 M€ registados em igual período do ano passado (+0.1% do PIB). Este agravamento homólogo do saldo observado no 1.º trimestre, que ocorreu num período em que as finanças públicas ainda foram pouco afetadas pelo lockdown da economia e pelas medidas que o Governo adotou, posteriormente, para fazer face ao impacto da pandemia, refletiu um aumento da despesa (+4.3%), superior ao aumento da receita (+1.1%).

Relativamente ao total de 2020, e embora ainda com muito incerteza associada, apontamos agora para um défice orçamental de 8.5% do PIB (revisto de -7.5%, sobretudo em resultado da revisão em baixa do crescimento do PIB efetuado no final de julho, de -8.0% para -9.0%), depois do excedente de 0.2% observado em 2019 (+0.2% em 2019). Trata-se de um défice superior ao admitido pelo Governo no Orçamento Suplementar de 2020 (-7.0%), bem como ao que era admitido por outras entidades de referência, antes de serem conhecidas as medidas introduzidas no Orçamento Suplementar de 2020, que acarretaram uma degradação do cenário orçamental, designadamente pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) (-6.5% em 03/06/2020), pela Comissão Europeia (-6.5% em 06/05/2020), pelo FMI (-7.1% em 14/04/2020) e também pela OCDE (-7.9% em 10/06/2020).

-14,000

-12,000

-10,000

-8,000

-6,000

-4,000

-2,000

0

2,000

4,000

2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Saldo do Estado e Seg. Social - Acumulado

Portugal - Saldo Orçamental

Un: € 10^6

-20

-16

-12

-8

-4

0

4

8

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

2009

:Q3

2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

Necessidades Líquidas de Financiamento Público (% PIB)

Média móvel de 4 trimestres

Portugal - Necessidades de Financiamento Público

Un:% PIB

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 REINO UNIDO

Semanal de Economia e de Mercados

48

Reino Unido: Sentimento económico britânico caiu em agosto, mas está a subir bastante no 3.º

trimestre e a sinalizar um regresso ao crescimento do PIB.

O destaque da semana vai para o indicador de sentimento

económico, que caiu em agosto, mas estando a subir bastante

no 3.º trimestre e a sinalizar uma subida em cadeia do PIB de

1.2%, antevendo-se, no entanto, um crescimento bem superior

(+15%), após as fortes quedas no 1.º semestre.

Sentimento económico caiu ligeiramente em agosto, após

duas subidas consecutivas e três quedas (a de abril foi a

maior deste indicador criado em 1985), aproximando-se do

registo de maio, um mínimo desde março de 2009 (em plena

Grande Recessão de 2008/09), aliviando de um máximo

desde março…

O indicador de sentimento económico (ESI), calculado pela

Comissão Europeia, caiu, em agosto, de 75.5 para 75.1 pontos,

após duas fortes subidas consecutivas, embora depois de três

quedas (a descida de 29.6 pontos em abril foi a maior deste

indicador criado em 1985), ficando bem acima dos 61.7 pontos

de abril, um mínimo desde março de 2009 (em plena Grande

Recessão de 2008/09), tendo aliviado de um máximo desde

março. Em fevereiro tinha atingido um máximo desde abril de

2019. O indicador está, pelo 18.º mês consecutivo, abaixo da

sua média histórica, após 67 meses acima.

… tendo a sua média móvel de três meses subido, pelo 2.º

mês consecutivo, após três quedas, aliviando, pelo 2.º mês,

de mínimos desde abril de 2009…

Dada a sua volatilidade, analisa-se a respetiva média móvel de

três meses (mm3m), que subiu 4.5 pontos (+4.4 pontos no mês

anterior), registando a 2.ª subida consecutiva, após três

descidas, quatro subidas e 13 quedas, aliviando, pelo 2.º mês,

de mínimos desde abril de 2009. Em fevereiro de 2018 atingiu o

nível mais elevado desde setembro de 2015.

… sinalizando uma subida em cadeia de 1.2% do PIB no 3.º

trimestre, mas admite-se um crescimento bem superior, na

ordem de 15%, refletindo a recuperação iniciada em maio. O

indicador tinha sinalizado uma queda de 6.4% para o 2.º

trimestre, mas o PIB caiu bastante mais (-20.4%)

-24

-20

-16

-12

-8

-4

0

4

60

70

80

90

100

110

120

130

2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

PIB - QoQ (esc. esq.)

Economic Sentiment (Quarterly Average) (esc. dir.)

Reino Unido - PIB (QoQ) vs Economic Sentiment

Previsão - 3Q20 YoY:-21.2/QoQ:1.2Un: % Un: Indice

Segundo cálculos do Montepio, o indicador sinaliza uma subida

em cadeia de 1.2% do PIB no 3.º trimestre, mas admite-se um

crescimento bem superior, na ordem de 15%, refletindo a

recuperação iniciada em maio. O indicador tinha sinalizado uma

queda de 6.4% para o 2.º trimestre, mas o PIB caiu bastante

mais (-20.4%), condicionada pelas medidas de confinamento e

distanciamento social adotadas pelo Governo.

Em termos setoriais, verificaram-se subidas no retalho, na

indústria e nos serviços, tendo a confiança dos

consumidores também subido. Pelo 10.º mês consecutivo,

não foram divulgados dados para a construção

Igualmente em termos de mm3m, a confiança dos

consumidores subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após quatro

quedas e quatro subidas, sendo que, em termos setoriais,

registaram-se subidas no retalho, na indústria e nos serviços,

que foi o setor mais penalizado pelas medidas de confinamento.

Pelo 10.º mês consecutivo, não foram divulgados dados para a

construção. A indústria, pelo 5.º mês consecutivo, não é o setor

com o registo mais baixo, lugar ocupado pelos serviços, sendo

pelo 3.º mês consecutivo o setor menos negativo. O retalho

está, pelo 14.º mês consecutivo, em terreno negativo, com todos

os indicadores, pelo 14.º mês consecutivo, abaixo de zero.

A confiança na indústria subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após

três quedas, contabilizando 17 quedas em 24 meses, aliviando,

pelo 2.º mês consecutivo, de um mínimo desde maio de 2009.

O comércio a retalho subiu, pelo 2.º mês consecutivo, após

três quedas, contabilizando 10 quedas em 14 meses (as

exceções foram as subidas de novembro de 2019, de fevereiro

de 2020 e de julho e agosto de 2020), aliviando, pelo 2.º mês

consecutivo, do valor mais baixo desde março de 2009,

aproximando-se, ligeiramente, da leitura de maio de 2019, o

nível mais elevado desde novembro de 2018 (máximo desde

março de 2016).

Nos serviços, a confiança também aliviou, pelo 2.º mês, de um

mínimo histórico deste indicador criado em 1997.

Do lado da procura, a confiança dos consumidores subiu,

igualmente, pelo 2.º mês consecutivo, após quatro quedas,

aliviando, pelo 2.º mês, de mínimos desde outubro de 2012,

aproximando-se do registo de fevereiro, o nível mais elevado

desde outubro de 2018, encontrando-se em terreno negativo,

pelo 54.º mês consecutivo, e pelo 6.º mês consecutivo abaixo da

média histórica, depois de um mês acima e 13 meses abaixo, 14

meses acima, três abaixo, um em linha e 45 meses acima.

Perspetivas dependentes do controlo da pandemia e do

acordo da futura relação comercial com a UE

Em termos anuais, em 2014 o PIB cresceu 2.6%, em 2015

2.4%, em 2016 1.9%, em 2017 1.9%, tendo reduzido novamente

o ritmo de crescimento em 2018, para 1.3%, observando o 3.º

abrandamento anual em quatro anos, tendo depois acelerado

ligeiramente em 2019, para 1.5%, mas devendo cair 10.0% em

2020, devido aos efeitos da crise do coronavírus, regressando

depois ao crescimento em 2021 (+8.9%).

As perspetivas relativamente à dimensão da recuperação

permanecem incertas, estando dependentes do controlo da

pandemia, do comportamento dos consumidores e dos efeitos

de 2.ª ordem que a paragem da atividade a partir de março teve

no desemprego e nas expectativas dos consumidores. Além

disso, estarão ainda dependentes das negociações

relativamente à futura relação comercial com a UE no pós

Brexit.

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO

Semanal de Economia e de Mercados

49

Japão: Índice de atividade económica registou uma forte subida em junho, mas não evitou a maior

queda de sempre no conjunto do 2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre.

Na passada semana, Shinzo Abe, o Primeiro-ministro do Japão,

formalizou, na 6.ª feira, a renuncia a líder do seu partido, o

Partido Liberal Democrata, por motivos de saúde, encerrando,

também, o seu mandato como Primeiro-ministro do país, sendo

este o grande evento da semana. Ao nível da informação

macroeconómica, destaque-se apenas a divulgação do índice

de atividade económica, que registou uma forte subida em

junho, mas não evitou a maior queda de sempre no conjunto do

2.º trimestre, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre,

para o qual prevemos uma subida maior do que a que

antecipamos para o PIB.

Índice de atividade económica subiu 6.1% em junho, um

pouco aquém das expectativas do mercado (consenso:

+6.3%), tendo a queda do mês anterior sido revista de 3.5%

para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo

do histórico do indicador criado em 1993, aproximando-se

do registo de setembro de 2019, o nível mais elevado desde

março de 2008...

Detalhando a nossa análise, o índice de atividade económica

do Ministério da Economia (METI), que engloba todos os setores

de atividade com exceção da agricultura, subiu 6.1% em junho,

um pouco aquém das expectativas do mercado (consenso:

+6.3%), tendo a queda do mês anterior sido revista de 3.5%

para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo do

histórico do indicador criado em 1993, em resultado da crise do

Covid-19, sendo que no 4.º trimestre de 2019 a atividade já tinha

sido prejudicada pelo aumento da taxa de imposto sobre o

consumo em 1 de outubro, de 8% para 10%. Em setembro de

2019, a atividade tinha atingido o nível mais elevado desde

março de 2008.

Tinha sido observada uma tendência de recuperação do

indicador no pós-sismo iniciada em abril de 2011 até setembro

de 2019, situação que foi interrompida em outubro de 2019 com

o já referido aumento do imposto sobre o consumo e, mais

recentemente, com os efeitos da pandemia do coronavírus. O

índice situa-se 7.6% abaixo do registo de fevereiro de 2011 (-

12.2% com os anteriores dados de maio), o último pré-sismo.

… sendo neste mês suportado pela indústria e pelo setor

terciário, mas prejudicado pela construção

Por setores de atividade, a performance foi idêntica à do índice

geral (+6.1%), com a média ponderada dos registos setoriais a

apresentar uma subida também de 6.1%, sendo que, no mês

anterior, se tinha registado uma variação (-4.1%) igual à do

índice geral (é frequente observarem-se divergências, na

medida em que o índice geral é alvo de um ajustamento sazonal

independente dos índices setoriais). A atividade no setor

terciário (com um peso de 73.5%) subiu 7.9% em junho, depois

de nos meses anteriores ter sido prejudicado pelas medidas de

confinamento adotadas para combater à pandemia, com esta

subida a ocorrer após quatro descidas consecutivas (-2.9% no

mês anterior), após três subidas, em que a atividade estava a

recuperar da forte descida de 5.5% em outubro, a qual resultou

do referido agravamento da taxa de imposto sobre o consumo

em 1 de outubro, que tinha colocado a atividade do setor em

mínimos desde outubro de 2016. A indústria subiu 1.9% em

junho (-8.9% em maio, -9.8% em abril), registando oito descidas

em 15 meses, tendo a produção aliviado do nível mais baixo

desde fevereiro de 2009, depois de, em setembro de 2019, ter

atingido um nível máximo desde maio de 2019, quando atingiu o

nível mais elevado desde outubro de 2018. A construção

desceu 2.2%, depois de ter caído 2.9% em maio, caindo agora

para um nível mínimo desde janeiro de 2013.

Índice de atividade económica observou uma forte queda no

4.º trimestre de 2019 (-3.1%), tendo registado uma nova

contração no 1.º trimestre de 2020 (-0.8%) e, sobretudo, no

2.º trimestre (-10.8%)

Em termos trimestrais, o índice de atividade económica

revelava-se consistente com uma descida do PIB de 3.1% no 4.º

trimestre de 2019, bem mais do que o PIB (-1.8%), prejudicada

por desastres naturais (sismos e tufões no 4.º trimestre de

2019), pelo enquadramento internacional adverso, pelo aumento

do imposto sobre o consumo, em vigor desde 1 de outubro,

tendo caído 0.8% no 1.º trimestre de 2020, mais do que o PIB

(-0.6%), com a atividade a ser prejudicada pela crise do Covid-

19, fator que foi determinante para as fortes descidas no 2.º

trimestre, com o índice de atividade a cair 10.8% e o PIB 7.8%.

Por setores, a registou-se uma descida da atividade no setor

terciário de 3.1% no 4.º trimestre de 2019 e uma nova queda

no 1.º trimestre de 2020 (-1.1%), tendo intensificado

significativamente a descida no 2.º trimestre (-10.0%), devido às

medidas de distanciamento social adotadas no Japão e na

maioria dos países, devendo regressar ao crescimento no 3.º

trimestre. No 2.º trimestre de 2019, o setor da construção

subiu 1.0%, observando a 2.ª subida consecutiva, após seis

quedas, tendo caído 1.3% no 3.º trimestre, observando-se uma

nova descida no 4.º trimestre de 2019 (-2.0%), tendo descido

1.1% no 1.º trimestre de 2020 e estando a cair 1.2% no 2.º

trimestre, apenas com os dados de abril e maio, estimando-se

também uma queda na totalidade do trimestre. No 1.º trimestre

de 2019, a produção industrial caiu 2.1%, estabilizando no 2.º

trimestre, mas voltando a cair 1.1% no 3.º trimestre e 3.7% no

4.º trimestre, tendo subido 0.4% no 1.º trimestre de 2020, mas

caído 16.9% no 2.º trimestre, fazendo pior do que as

expectativas do METI (-15.9%), que aponta para uma subida de

9.4% para o 3.º trimestre, contrastando com as indicações ainda

negativas do PMI Manufacturing.

Índice de atividade económica deverá registar ao

crescimento no 3.º trimestre, subindo na ordem de 5%, mais

do que o PIB (+4.0%)

Relativamente ao 3.º trimestre, o índice de atividade

económica deverá recuperar parcialmente da forte queda do 2.º

trimestre (-10.8%), devendo subir na ordem de 5%, mais do

que o PIB (+4.0%), devendo ser suportado pela indústria, pelo

setor terciário e pela construção.

Do lado da procura, a atividade no 3.º trimestre deverá ser

suportada por crescimentos do consumo privado, do

investimento em construção, devendo também observar-se

um contributo positivo das exportações líquidas. Já o

investimento empresarial em equipamentos deverá registar

uma ligeira descida.

Page 50: SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS - Montepio€¦ · Semanal de Economia e de Mercados SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 6 de julho de 2020 Sumário O sentimento do mercado apresentou

bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO

Semanal de Economia e de Mercados

50

Aconteceu na semana passada… no Japão vÍndice de Atividade Económica

Índice de atividade económica subiu 6.1% em junho, um pouco aquém das

expectativas do mercado (consenso: +6.3%), tendo a queda do mês anterior sido

revista de 3.5% para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo do

histórico do indicador criado em 1993, aproximando-se do registo de setembro

de 2019, o nível mais elevado desde março de 2008...

O índice de atividade económica do Ministério da Economia (METI), que engloba

todos os setores de atividade com exceção da agricultura, subiu 6.1% em junho, um

pouco aquém das expectativas do mercado (consenso: +6.3%), tendo a queda do mês

anterior sido revista de 3.5% para 4.1%, com o indicador a aliviar do registo mais baixo

do histórico do indicador criado em 1993, em resultado da crise do Covid-19, sendo

que no 4.º trimestre de 2019 a atividade já tinha sido prejudicada pelo aumento da taxa

de imposto sobre o consumo em 1 de outubro, de 8% para 10%. Em setembro de

2019, a atividade tinha atingido o nível mais elevado desde março de 2008.

Tinha sido observada uma tendência de recuperação do indicador no pós-sismo

iniciada em abril de 2011 até setembro de 2019, situação que foi interrompida em

outubro de 2019 com o já referido aumento do imposto sobre o consumo e, mais

recentemente, com os efeitos da pandemia do coronavírus. O índice situa-se 7.6%

abaixo do registo de fevereiro de 2011 (-12.2% com os anteriores dados de maio), o

último pré-sismo.

… sendo neste mês suportado pela indústria e pelo setor terciário, mas

prejudicado pela construção

Por setores de atividade, a performance foi idêntica à do índice geral (+6.1%), com a

média ponderada dos registos setoriais a apresentar uma subida também de 6.1%,

sendo que, no mês anterior, se tinha registado uma variação (-4.1%) igual à do índice

geral (é frequente observarem-se divergências, na medida em que o índice geral é alvo

de um ajustamento sazonal independente dos índices setoriais). A atividade no setor

terciário (com um peso de 73.5%) subiu 7.9% em junho, depois de nos meses

anteriores ter sido prejudicado pelas medidas de confinamento adotadas para

combater à pandemia, com esta subida a ocorrer após quatro descidas consecutivas (-

2.9% no mês anterior), após três subidas, em que a atividade estava a recuperar da

forte descida de 5.5% em outubro, a qual resultou do referido agravamento da taxa de

imposto sobre o consumo em 1 de outubro, que tinha colocado a atividade do setor em

mínimos desde outubro de 2016. Com esta subida de junho, a atividade aliviou de um

nível mínimo desde janeiro de 1995 e aproximou-se ligeiramente do registo de

setembro de 2019, quando observou o 2.º registo mais elevado da série (a seguir ao de

março de 2008). O indicador encontra-se agora 7.2% abaixo do registo (-13.1% abaixo

com os anteriores dados de maio) de fevereiro de 2011 (o último que não fora afetado

pelo sismo de março de 2011). A indústria subiu 1.9% em junho (-8.9% em maio, -

9.8% em abril), registando oito descidas em 15 meses, tendo a produção aliviado do

nível mais baixo desde fevereiro de 2009, depois de, em setembro de 2019, ter

atingido um nível máximo desde maio de 2019, quando atingiu o nível mais elevado

desde outubro de 2018. A construção desceu 2.2%, depois de ter caído 2.9% em

maio, caindo agora para um nível mínimo desde janeiro de 2013, registando 10 quedas

em 13 meses, aumentando a distância face ao registo de maio de 2019, um máximo

desde maio de 2018, bem como em relação ao registo de maio de 2017, quando

alcançou o nível mais elevado desde novembro de 2003 e encontrando-se agora 2.5%

abaixo do registo de fevereiro de 2011, o último pré-sismo. Refira-se que apenas o

dado da construção ainda não era conhecido, acabando por se revelar mais

desfavorável que os dados dos fogos iniciados e das encomendas de construção.

Índice de atividade económica observou uma forte queda no 4.º trimestre de 2019

(-3.1%), tendo registado uma nova contração no 1.º trimestre de 2020 (-0.8%) e,

sobretudo, no 2.º trimestre (-10.8%)

Em termos trimestrais, o índice de atividade económica revelava-se consistente com

uma descida do PIB de 3.1% no 4.º trimestre de 2019, bem mais do que o PIB (-

1.8%), prejudicada por desastres naturais (sismos e tufões no 4.º trimestre de 2019),

pelo enquadramento internacional adverso, pelo aumento do imposto sobre o

consumo, em vigor desde 1 de outubro, tendo caído 0.8% no 1.º trimestre de 2020,

mais do que o PIB (-0.6%), com a atividade a ser prejudicada pela crise do Covid-19,

fator que foi determinante para as fortes descidas no 2.º trimestre, com o índice de

atividade a cair 10.8% e o PIB 7.8%.

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

70

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105

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2010

:06

2011

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2012

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2013

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2015

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2016

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2017

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2018

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2019

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2020

:06

Ind. Atividade - Var. Mens. (MoM) (esc. esq.)

Ind. Avançado (esc. dir.)

Ind. Coincidente (esc. dir.)

Japão - Indicador Avançado, Coincidente e de Atv. Económica

Un: % Un: Índice

Un: % mai jun mai jun

Índice Atv. Económica -4.1 6.1 2.0 1.7

Set Terciário (73.45%) -2.9 7.9 -15.9 -9.2

Indústria (20.78%) -8.9 1.9 -26.3 -18.2

Construção (5.77%) -2.9 -2.2 -6.7 -8.4

Japão - Índice de Actividade Económica

Var. Mensal Var. Homól.

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2010

:06

2011

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2012

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2013

:06

2014

:06

2015

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2016

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2017

:06

2018

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2019

:06

2020

:06

Serviços (Setor Terciário)

Indústria

Construção

Japão - Índice de Atividade Económica

Un: Índice (2005=100)

Page 51: SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS - Montepio€¦ · Semanal de Economia e de Mercados SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 6 de julho de 2020 Sumário O sentimento do mercado apresentou

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 JAPÃO

Semanal de Economia e de Mercados

51

Por setores, a registou-se uma subida de 0.8% no 3.º trimestre de 2019, da atividade

no setor terciário, empolada pelo aumento do consumo privado antes do

agravamento da taxa de imposto sobre o consumo em 1 de outubro, tendo-se

observado uma forte contração no 4.º trimestre de 2019 (-3.1%) e uma nova queda no

1.º trimestre de 2020 (-1.1%), tendo intensificado significativamente a descida no 2.º

trimestre (-10.0%), devido às medidas de distanciamento social adotadas no Japão e

na maioria dos países, devendo regressar ao crescimento no 3.º trimestre. No 2.º

trimestre de 2019, o setor da construção subiu 1.0%, observando a 2.ª subida

consecutiva, após seis quedas, tendo caído 1.3% no 3.º trimestre, observando-se uma

nova descida no 4.º trimestre de 2019 (-2.0%), tendo descido 1.1% no 1.º trimestre de

2020 e estando a cair 1.2% no 2.º trimestre apenas com os dados de abril e maio,

estimando-se também uma queda na totalidade do trimestre. No 1.º trimestre de 2019,

a produção industrial caiu 2.1%, estabilizando no 2.º trimestre, mas voltando a cair

1.1% no 3.º trimestre e 3.7% no 4.º trimestre, tendo subido 0.4% no 1.º trimestre de

2020, mas caído 16.9% no 2.º trimestre, fazendo pior do que as expectativas do METI

(-15.9%), que aponta para uma subida de 9.4% para o 3.º trimestre, contrastando com

as indicações ainda negativas do PMI Manufacturing.

Índice de atividade económica deverá registar ao crescimento no 3.º trimestre,

subindo na ordem de 5%, mais do que o PIB (+4.0%)

Relativamente ao 3.º trimestre, o índice de atividade económica deverá recuperar

parcialmente da forte queda do 2.º trimestre (-10.8%), devendo subir na ordem de 5%,

mais do que o PIB (+4.0%), devendo ser suportado pela indústria, pelo setor terciário

e pela construção.

Do lado da procura, a atividade no 3.º trimestre deverá ser suportada por

crescimentos do consumo privado, do investimento em construção, devendo

também observar-se um contributo positivo das exportações líquidas. Já o

investimento empresarial em equipamentos deverá registar uma ligeira descida.

72

76

80

84

88

92

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2010

:06

2011

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2012

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2013

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2015

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:06

2020

:06

Serviços (Setor Terciário)

Indústria

Construção

Japão - Índice de Atividade Económica

Un: Índice (2005=100)

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 CHINA

Semanal de Economia e de Mercados

52

China: Lucro dos industriais acelerou em julho, abrandando a queda desde o início do ano.

Na passada semana, destaque-se apenas a divulgação do lucro

das principais empresas do setor industrial, que acelerou em

julho, abrandando a queda desde o início do ano. Mantemos a

nossa previsão para o crescimento homólogo do PIB no 3.º

trimestre em 5.5%, em aceleração face aos 3.2% do 2.º

trimestre.

Lucro das maiores empresas do setor industrial com

evolução bastante favorável em julho…

Efetivamente, em julho, o lucro das maiores empresas do

setor industrial subiu 19.6% face ao período homólogo, depois

de ter avançado 11.5% em junho e 6.0% em maio, e após ter

caído 4.3% em abril, 34.9% em março e 38.3% na média de

janeiro e fevereiro.

De abril a julho a produção industrial subiu face a igual período

de 2019, após as quedas no 1.º trimestre, o mesmo tendo

sucedido com as vendas.

As fortes quedas no 1.º trimestre devem-se ao choque severo

causado pela pandemia de coronavírus. A produção e as

vendas tinham caído, enquanto os lucros tinham sido

pressionados pelo aumento dos custos e queda nos preços de

produtos industriais.

… e os dados acumulados até julho revelaram uma

diminuição do ritmo de queda dos lucros

Os dados acumulados até julho revelaram uma desaceleração

do ritmo de queda dos lucros, dos 12.8%, registados até junho,

para 8.1%, mas continuando a representar uma forte

desaceleração face ao valor observado na totalidade de 2019 (-

3.3%), bem como com as subidas de 2018 (+10.3%) e de 2017

(+21.0%), num contexto em que o PIB no 1.º trimestre registou

uma inédita queda de 6.8%, observando-se um regresso ao

crescimento no 2.º trimestre (+3.2%), antecipando-se uma

aceleração no 3.º trimestre (+5.5%), mas crescendo ainda

abaixo dos ritmos pré-pandemia, com a recuperação a ser

condicionada pela recessão mundial que se viveu no 1.º

semestre devido à pandemia do coronavírus.

Em 2018, a subida dos lucros tinha revelado a política de

contenção de custos, mas igualmente a recuperação dos preços

dos produtos vendidos, sendo que, em 2019, a descida dos

lucros resultou de uma subida das receitas inferiores ao

aumento dos custos. Entretanto, em termos acumulados até

julho, as receitas de vendas desceram 3.9% (-5.2% até junho;

+3.8% em 2019; +8.5% em 2018; +11.1% em 2017; +4.9% em

2016). A melhor performance dos lucros, a partir de 2016,

resultou, essencialmente, da evolução dos preços das

commodities industriais nos mercados internacionais, que, em

2016, registaram quedas inferiores a 2015 e que, em 2017,

subiram. Em 2016, em termos médios, os preços dos metais

registaram uma descida de 6.7% face à média do período

homólogo, os das agrícolas de 0.2% e os da energia 14.1%,

mas, em 2017, os dos metais e da energia subiram,

respetivamente, 25.5% e 18.7%, mas os das agrícolas caíram

1.5%, e, em 2018, observaram-se crescimentos de 6.0% nos

metais de base, de 25.4% na energia e de 0.6% nas agrícolas.

Em 2019, observaram-se quedas, de 10.0%, 11.0% e 2.9%,

respetivamente, nos preços dos metais, nas agrícolas e na

energia. Já em 2020, desde o início do ano até julho,

observaram-se quedas, de 10.6%, 33.8% e 3.0%,

respetivamente, nos preços dos metais, na energia e nas

agrícolas.

Mantemos a nossa previsão para o crescimento homólogo

do PIB no 3.º trimestre em 5.5%, em aceleração face aos

3.2% do 2.º trimestre.

-40

-30

-20

-10

0

10

20

30

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2010

:Q3

2011

:Q3

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

Var. Hom. Acum. (YtD-YoY)

China - Lucros Industriais

Un: %

40

42

44

46

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-12

-8

-4

0

4

8

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2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

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2018

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2019

:07

2020

:07

Indicador PMI Manufacturing (esc. esq.)

Produção Industrial (YoY) (esc. dir.)

China - PMI Manufacturing vs Produção Industrial

Un: Índice Un: %

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

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2010

:07

2011

:07

2012

:07

2013

:07

2014

:07

2015

:07

2016

:07

2017

:07

2018

:07

2019

:07

2020

:07

Indicador mensal da Bloomberg (YoY)

Media de 3 meses (mm3m)

PIB (YoY)

China – Indicador mensal da Bloomberg para o PIB

Un: %

Page 53: SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS - Montepio€¦ · Semanal de Economia e de Mercados SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 6 de julho de 2020 Sumário O sentimento do mercado apresentou

bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 BRASIL

Semanal de Economia e de Mercados

53

Aconteceu na semana passada… no Brasil Confiança dos Consumidores

Confiança dos consumidores alivou em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, de

mínimos históricos, tendo atingido um novo máximo desde março…

A confiança dos consumidores subiu em agosto, pelo 4.º mês consecutivo, de 78.8

para 80.2 pontos, um novo máximo desde março, mas depois de em abril ter registado

a maior queda de sempre – superior à observada em outubro de 2009 (pós falência da

Lehman Brothers) – e passado, em quarto meses, de um máximo desde fevereiro de

2019 para um mínimo histórico (58.2 pontos) deste indicador criado em setembro de

2005, sendo penalizada pela chegada em força da pandemia do coronavírus ao Brasil.

… mas sinalizando uma descida do consumo privado no 2.º trimestre, que deverá

ter caído a um ritmo superior ao observado no 1.º trimestre (-2.0%), ainda

sinalizando uma queda do consumo para o 3.º trimestre, mas prevendo-se o

regresso ao crescimento deste agregado, bem como do próprio PIB

O indicador sinaliza uma descida do consumo privado no 2.º trimestre, que deverá

ter caído a um ritmo bem superior ao observado no 1.º trimestre, quando desceu 2.0%,

com a confiança dos consumidores em mínimos históricos na média do 2.º trimestre

(63.8 pontos), do qual está a aliviar no 3.º trimestre (79.5 pontos), ainda sinalizando

uma queda do consumo para este trimestre, mas prevendo-se o regresso ao

crescimento deste agregado, bem como do próprio PIB.

A confiança em agosto foi suportada pelo indicador de situação (aliviou, pelo 3.º mês

de um mínimo junho de 2016 e atingiu um novo máximo desde março) e pelo

indicador de expectativas (aliviou, pelo 4.º mês consecutivo, de um mínimo histórico

e atingiu um novo máximo desde fevereiro).

-1,000,000

-800,000

-600,000

-400,000

-200,000

0

200,000

400,000

50

60

70

80

90

100

2015:08 2016:08 2017:08 2018:08 2019:08 2020:08

Variação Mensal do Emprego no Set. Privado - nsa (esc. esq.)

Confiança do Consumidor - nsa (esc. dir.)

Brasil - Variação do Emprego e Confiança do Consumidor

Un: % Un: Índice

50

60

70

80

90

100

110

120

130

140

-2.5

-2.0

-1.5

-1.0

-0.5

0.0

0.5

1.0

1.5

2.0

2012

:Q3

2013

:Q3

2014

:Q3

2015

:Q3

2016

:Q3

2017

:Q3

2018

:Q3

2019

:Q3

2020

:Q3

Confiança dos Consumidores (esc. esq.)

Consumo Privado - Var. trim. (esc. dir.)

Brasil - Confiança dos Consumidores vs Consumo

Un: Índice Un: %

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS A ANUNCIAR

Semanal de Economia e de Mercados

54

Indicadores a Anunciar esta Semana

Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada

ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3

meses.

País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão

Portugal 31-ago IPC (MoM) Aug P -- -0.20% -1.30% --

IPC (YoY) Aug P -- 0.00% 0.10% --

IPCH (MoM) Aug P -- -0.20% -2.00% --

IPCH (YoY) Aug P -- -0.20% -0.10% --

PIB (QoQ) 2Q F -13.90% -13.90% -13.90% --

PIB (YoY) 2Q F -16.30% -16.30% -16.30% --

Taxa de Desemprego mensal sa - INE (mm3m) Jul -- 8.1% 7.0% 7.3%

Turismo - Dormidas nsa (YoY) Jul P -- -68.0% -85.2% --

01-set Produção Industrial (YoY) Jul -- -- -14.60% --

Produção Industrial sa (MoM) Jul -- -- 11.20% --

Registos Automóveis (YoY) Aug -- -- -17.5% --

Vendas de Veículos Comerciais Ligeiros (YoY) Aug -- -- -19.4% --

Vendas de Veículos Comerciais Pesados (YoY) Aug -- -- 67.3% --

Zona Euro 01-set IPC (MoM) Aug P -0.10% -- -0.40% --

IPC Core (YoY) Aug P 0.80% -- 1.20% --

IPC Estimativa (YoY) Aug 0.20% -- 0.40% --

PMI Manufacturing Aug F 51.7 -- 51.7 --

Taxa Desemprego sa Jul 8.00% -- 7.80% --

02-set IPP (MoM) Jul 0.40% -- 0.70% --

IPP (YoY) Jul -3.40% -- -3.70% --

03-set PMI Composite Aug F 51.6 -- 51.6 --

PMI Services Aug F 50.1 -- 50.1 --

Vendas a Retalho - reais sa (MoM) Jul 1.00% -- 5.70% --

Vendas a Retalho - reais wda (YoY) Jul 1.90% -- 1.30% --

Alemanha 31-ago IPC (YoY) Aug P 0.10% 0.00% -0.10% --

IPCH (YoY) Aug P 0.10% -0.10% 0.00% --

01-set PMI Manufacturing Aug F 53 -- 53 --

Taxa Desemprego sa Aug 6.40% -- 6.40% --

02-set Vendas a Retalho (MoM) Jul 0.50% -- -1.60% -2.00%

Vendas a Retalho (YoY) Jul 4.10% -- 5.90% 6.00%

03-set PMI Composite Aug F 53.7 -- 53.7 --

PMI Services Aug F 50.8 -- 50.8 --

04-set Encomendas Industriais nsa (YoY) Jul -6.00% -- -11.30% --

Encomendas Industriais sa (MoM) Jul 5.00% -- 27.90% --

PMI Construction Aug -- -- 49.7 --

França 01-set PMI Manufacturing Aug F 49 -- 49 --

03-set PMI Composite Aug F 51.7 -- 51.7 --

PMI Services Aug F 51.9 -- 51.9 --

Itália 31-ago IPCH (MoM) Aug P -1.10% -1.30% -0.60% -0.70%

IPCH (YoY) Aug P -0.30% -0.50% 0.80% --

PIB sa wda (QoQ) 2Q F -12.40% -12.80% -12.40% --

PIB sa wda (YoY) 2Q F -17.30% -17.70% -17.30% --

01-set PMI Manufacturing Aug 52 -- 51.9 --

03-set PMI Composite Aug 50 -- 52.5 --

PMI Services Aug 49.5 -- 51.6 --

Espanha 31-ago Balança Corrente (EUR) Jun -- 2.0b 0.8b --

IPC (YoY) Aug P -0.50% -0.50% -0.60% --

IPCH (YoY) Aug P -0.60% -0.60% -0.70% --

01-set PMI Manufacturing Aug 53 -- 53.5 --

02-set Variação Desemprego (milhares) Aug 9.0k -- -89.8k --

03-set PMI Composite Aug 49.3 -- 52.8 --

PMI Services Aug 48 -- 51.9 --

R. Unido 01-set Empréstimos Hipotecários Aprovados (BoE) Jul 55.0k -- 40.0k --

Empréstimos Líquidos de Crédito Consumo Jul 0.8b -- -0.1b --

Empréstimos Líquidos Garantidos por Habitações Jul 3.0b -- 1.9b --

M4 Ex IOFCs 3M Annualised Jul -- -- 19.80% --

M4 Oferta Monetária (YoY) Jul -- -- 13.10% --

PMI Manufacturing Aug F 55.3 -- 55.3 --

02-set BRC Shop Price Index YoY Aug -- -- -1.30% --

Preços Habitação - Nationwide nsa (YoY) Aug 2.00% -- 1.50% --

Preços Habitação - Nationwide sa (MoM) Aug 0.50% -- 1.70% --

03-set PMI Composite Aug F 60.3 -- 60.3 --

PMI Services Aug F 60.1 -- 60.1 --

04-set PMI Construction Aug 58.3 -- 58.1 --

Registos Automóveis (YoY) Aug -- -- 11.30% --

China 31-ago PMI Compósito (Oficial) Aug -- 54.5 54.1 --

PMI Manufacturing Aug 51.2 51 51.1 --

PMI Non-Manufacturing (Oficial) Aug 54.2 55.2 54.2 --

01-set PMI Manufacturing - HSBC Aug 52.5 -- 52.8 --

03-set PMI Composite Aug -- -- 54.5 --

PMI Services Aug 53.9 -- 54.1 --

Índia 31-ago Défice Orçamental Jul -- 158986 196020 --

Eight Infrastructure Industries YoY Jul -- -9.60% -15.00% -12.90%

VAB (YoY) 2Q -18.80% -22.80% 3.00% --

01-set PMI Manufacturing Aug -- -- 46 --

03-set PMI Composite Aug -- -- 37.2 --

PMI Services Aug -- -- 34.2 --

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 EVENTOS A ANUNCIAR

Semanal de Economia e de Mercados

55

Indicadores a Anunciar esta Semana (continuação)

Fonte: Thomson Reuters. Legenda: nsa - não ajustado de sazonalidade; sa - ajustado de sazonalidade; wda - ajustado de dias úteis; saar - taxa anualizada

ajustada de sazonalidade; WoW - variação semanal; MoM - variação mensal; QoQ - variação trimestral; YoY - variação homóloga; mm3m - média móvel 3

meses.

País Data Evento Período Consenso Actual Anterior Revisão

EUA 31-ago Dallas Fed - Manufacturing Aug 0 -- -3 --

01-set Gastos Construção (MoM) Jul 1.10% -- -0.70% --

ISM Manufacturing Aug 54.5 -- 54.2 --

PMI Manufacturing (Markit) Aug F 53.6 -- 53.6 --

Vendas de Veículos Ligeiros sa Aug 14.80m -- 14.52m --

02-set Enc. Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (Mom) Jul F -- -- 1.90% --

Encomendas Bens Duradouros excl Transp sa (MoM) Jul F 2.40% -- 2.40% --

Encomendas Bens Duradouros sa (MoM) Jul F 11.20% -- 11.20% --

Encomendas Industriais sa (MoM) Jul 6.00% -- 6.20% --

Entregas Bens Dur. Ex Def. Mat. Aero (MoM) Jul F -- -- 2.40% --

Variação do Emprego no Setor Privado - Relatório ADP Aug 950k -- 167k --

03-set Balança Comercial Jul -$57.0b -- -$50.7b --

Confiança do Consumidor (Bloomberg; anterior ABC) Aug 30 -- -- 44.3 --

Custos do Trabalho (QoQ Anualizado) 2Q F 12.10% -- 12.20% --

Despedimentos Anunciados - Challenger (YoY) Aug -- -- 576.10% --

ISM Composite Aug -- -- 57.7 --

ISM Non-Manufacturing Aug 57 -- 58.1 --

Pedidos Subsídio de Desemprego - Acumulado Aug 22 14000k -- 14535k --

Pedidos Subsídio de Desemprego - Novos Aug 29 950k -- 1006k --

PMI Composite (Markit) Aug F -- -- 54.7 --

PMI Services (Markit) Aug F 54.7 -- 54.8 --

Produtividade por hora exc agric (QoQ) - Anualizada 2Q F 7.40% -- 7.30% --

04-set Média de Remunerações/hora - Total (MoM) Aug 0.00% -- 0.20% --

Média de Remunerações/hora - Total (YoY) Aug 4.50% -- 4.80% --

Média Semanal de Horas - Total Aug 34.5 -- 34.5 --

Revisão Líquida Emprego não-Agrícola (2 meses) Aug -- -- 17k --

Taxa de Atividade Aug 61.70% -- 61.40% --

Taxa de Desemprego Alargada (U-6) Aug -- -- 16.50% --

Taxa Desemprego sa Aug 9.80% -- 10.20% --

Variação do Emprego na Indústria Transformadora (MoM) Aug 63k -- 26k --

Variação do Emprego não Agrícola (MoM) Aug 1400k -- 1763k --

Variação do Emprego no Setor Privado (MoM) Aug 1275k -- 1462k --

Japão 31-ago Confiança do Consumidor sa Aug 28.5 29.3 29.5 --

Encomendas de Construção (YoY) Jul -- -22.90% -13.40% --

Fogos Iniciados (YoY) Jul -12.50% -11.40% -12.80% --

Fogos Iniciados anualizada Jul 0.798m 0.828m 0.790m --

Produção de Veículos (YoY) Jun -- -36.60% -61.10% --

Produção Industrial nsa (YoY) Jul P -17.50% -16.10% -18.20% --

Produção Industrial sa (MoM) Jul P 5.00% 8.00% 1.90% --

Vendas a Retalho - nominais nsa (YoY) Jul -1.70% -2.80% -1.20% -1.30%

Vendas a Retalho - nominais sa (MoM) Jul -2.50% -3.30% 13.10% --

01-set Gastos em Equipamento e Software (YoY) 2Q -4.00% -- 0.10% --

Gastos em Equipamento excl Software (YoY) 2Q -4.00% -- -1.40% --

PMI Manufacturing Aug F -- -- 46.6 --

Rácio de Oportunidades de Trabalho por Candidato Jul 1.08 -- 1.11 --

Taxa Desemprego sa Jul 3.00% -- 2.80% --

02-set Base Monetária (fim de período) Aug -- -- ¥576.3t --

Base Monetária (média mensal) YoY Aug -- -- 9.80% --

03-set PMI Composite Aug F -- -- 44.9 --

PMI Services Aug F -- -- 45 --

Brasil 31-ago Dívida Pública Líquida (% PIB) Jul 59.30% -- 58.10% --

Saldo Orçamental Nominal Jul -101.0b -- -210.2b --

Saldo Orçamental Primário Jul -89.8b -- -188.7b --

01-set Balança Comercial Aug $6896m -- $8060m --

Exportações Aug $18400m -- $19566m --

Importações Aug $11500m -- $11506m --

PIB - crescimento médio últimos 4 trimestres 2Q -2.00% -- 0.90% --

PIB (QoQ) 2Q -9.20% -- -1.50% --

PIB (YoY) 2Q -10.80% -- -0.30% --

PMI Manufacturing Aug -- -- 58.2 --

Venda de Veículos (Fenabrave) Aug -- -- 174498 --

02-set IPP - Ind. Transformadora (YoY) Jul -- -- 6.68% --

03-set PMI Composite Aug -- -- 47.3 --

PMI Services Aug -- -- 42.5 --

Produção Industrial nsa (YoY) Jul -6.00% -- -9.00% --

Produção Industrial sa (MoM) Jul 5.80% -- 8.90% --

04-set Exportação de Veículos Aug -- -- 29126 --

Produção de Veículos Aug -- -- 170287 --

Vendas de Veículos Aug -- -- 174487 --

Rússia 01-set PMI Manufacturing Aug 48.9 -- 48.4 --

03-set PMI Composite Aug -- -- 56.8 --

PMI Services Aug 55.1 -- 58.5 --

04-set IPC (YoY) Aug 3.50% -- 3.40% --

IPC Core (YoY) Aug 3.00% -- 3.00% --

Vendas de Veículos Novos Ligeiros Aug 4.10% -- 6.80% --

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Semanal de Economia e de Mercados

56

Taxas de Juro

Curto Prazo

Fonte: Thomson Reuters.

28-08-20 1 semana 1 mês 3 meses 6 meses 9 meses 1 ano 2 anos 3 anos 5 anos

1 mês -0.523 -0.517 -0.515 -0.461 -0.488 -0.439 -0.417 -0.371 -0.372 -0.371

3 meses -0.477 -0.487 -0.454 -0.290 -0.424 -0.397 -0.422 -0.319 -0.329 -0.298

6 meses -0.444 -0.441 -0.379 -0.142 -0.386 -0.347 -0.427 -0.266 -0.273 -0.191

12 meses -0.369 -0.376 -0.307 -0.078 -0.311 -0.283 -0.379 -0.166 -0.159 -0.050

Euribor

(%)

-.5

-.4

-.3

-.2

-.1

.0

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Refi Rate 3M 6M 12M

Taxas Euribor

Un: %

-.5

-.4

-.3

-.2

-.1

.0

29-M

ay

05-J

un

12-J

un

19-J

un

26-J

un

03-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

31-J

ul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

2 Anos 5 Anos 10 Anos

Taxas Swap

Un: %

28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.

1 mês -0.523 -1 p.b. 0.157 -2 p.b. -0.075 1 p.b. 0.056 0 p.b. -0.781 0 p.b.

3 meses -0.477 1 p.b. 0.241 -1 p.b. -0.057 0 p.b. 0.065 0 p.b. -0.721 0 p.b.

6 meses -0.444 0 p.b. 0.310 0 p.b. -0.042 0 p.b. 0.116 0 p.b. -0.669 0 p.b.

12 meses -0.369 1 p.b. 0.445 0 p.b. 0.107 0 p.b. 0.245 -1 p.b. -0.525 0 p.b.

CHF

MMI

EUR USD JPY GBP

-0.75

-0.50

-0.25

0.00

0.25

0.50

0.75

0 3 6 9 12

Prazo (em meses)

Curvas Euribor - EUR

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

0 3 6 9 12Prazo (em meses)

Curvas Libor - USD

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

-0.25

0.00

0.25

0.50

0 3 6 9 12

Prazo (em meses)

Curvas Libor - JPY

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

0 3 6 9 12

Prazo (em meses)

Curvas Libor - GBP

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

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57

Swaps

Dívida Pública

Fonte: Thomson Reuters.

28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.

2 Anos -0.434 2 p.b. 0.227 0 p.b. -0.028 1 p.b. 0.108 2 p.b. -0.640 1 p.b.

5 Anos -0.363 4 p.b. 0.346 3 p.b. -0.019 1 p.b. 0.233 5 p.b. -0.514 4 p.b.

7 Anos -0.280 6 p.b. 0.510 6 p.b. -0.003 1 p.b. 0.331 7 p.b. -0.395 6 p.b.

10 Anos -0.144 8 p.b. 0.731 10 p.b. 0.070 2 p.b. 0.454 9 p.b. -0.235 8 p.b.

CHF

Swap

EUR USD JPY GBP

-0.75

-0.50

-0.25

0.00

0.25

0.50

0.75

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Curvas Swap - EUR

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50

1.75

2.00

2.25

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Curvas Swap - USD

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

-0.30

-0.20

-0.10

0.00

0.10

0.20

0.30

0.40

0.50

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Curvas Swap - JPY

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Curvas Swap - GBP

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.

2 Anos -0.6650 2 p.b. 0.1270 -2 p.b. -0.1090 0 p.b. -0.0570 -1 p.b. -0.4930 -2 p.b.

5 Anos -0.6490 5 p.b. 0.2689 0 p.b. -0.0670 1 p.b. -0.0080 4 p.b. -0.1590 3 p.b.

10 Anos -0.4090 10 p.b. 0.7211 9 p.b. 0.0590 3 p.b. 0.3110 11 p.b. 0.3990 7 p.b.

30 Anos 0.0650 14 p.b. 1.5010 16 p.b. 0.6230 1 p.b. 0.8860 10 p.b. - -

Reino Unido Portugal

Yields

Alemanha EUA Japão

-1.00

-0.75

-0.50

-0.25

0.00

0.25

0.50

0 5 10 15 20 25 30

P razo (em anos)

Alemanha

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

-0.250.000.250.500.751.001.251.501.752.002.252.502.75

0 5 10 15 20 25 30

P razo (em anos)

EUA

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

-0.50

-0.25

0.00

0.25

0.50

0.75

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Japão

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

-0.25

0.00

0.25

0.50

0.75

1.00

1.25

1.50

0 5 10 15 20 25 30

Prazo (em anos)

Reino Unido

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

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58

Taxas de Bancos Centrais

Fonte: Thomson Reuters.

Nota: Taxas de juro reais calculadas com base na diferença entre as taxas dos bancos centrais e a inflação média dos últimos 12 meses.

Unidade: %

28-08-2020 1 sem. 1 mês 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 3 anos 5 anos

EUA Fed Funds 1.5 0.25 0.25 0.25 0.25 1.75 2.25 2.00 1.25 0.25

Canadá O/N Rate 1.3 0.25 0.25 0.25 0.25 1.75 1.75 1.50 0.75 0.50

Japão Target Rate 0.3 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10

Euro Refi Rate 0.8 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.05

R. Unido Repo Rate 1.3 0.10 0.10 0.10 0.10 0.75 0.75 0.75 0.25 0.50

Suécia Repo Rate 1.0 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 -0.25 -0.50 -0.50 -0.35

Dinamarca Repo Rate 0.5 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05 0.05

Noruega O/N Rate 1.3 0.00 0.00 0.00 0.00 1.50 1.25 0.50 0.50 1.00

Islândia Repo Rate 2.5 1.75 1.75 1.75 1.75 3.50 4.25 5.00 5.25 6.25

Suíça Libor Target -0.3 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75 -0.75

Polónia Reference Rate 3.4 0.10 0.10 0.10 0.50 1.50 1.50 1.50 1.50 1.50

R. Checa Repo Rate 3.2 0.25 0.25 0.25 0.25 2.25 2.00 1.25 0.25 0.05

Eslováquia Repo Rate 2.5 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Estónia Interbank Rate 0.8 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40 0.40

Letónia Refi Rate 1.5 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25

Lituânia Interbank Rate 1.8 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08 0.08

Hungria Base Rate 3.4 0.60 0.60 0.60 0.90 0.90 0.90 0.90 0.90 1.35

Rússia Refi Rate 3.2 4.25 4.25 4.25 5.50 6.00 7.25 7.25 - -

Turquia Interbank Rate 11.5 8.25 8.25 8.25 8.25 10.75 19.75 17.75 8.00 7.50

Brasil O/N Rate 3.0 2.00 2.00 2.25 3.00 4.25 6.00 6.50 9.25 14.25

México O/N Rate 3.1 4.50 4.50 5.00 5.50 7.00 8.00 7.75 7.00 3.00

Argentina Repo Rate 45.4 43.00 43.00 43.00 43.00 43.00 43.00 27.00 24.00

Venezuela Borrow Rate 3231.3 36.85 36.85 35.45 37.51 36.11 32.09 21.71 20.02 20.05

China Lending Rate 3.7 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.60

Índia Repo Rate 6.7 4.00 4.00 4.00 4.00 5.15 5.40 6.50 6.00 7.25

Hong Kong Base Rate 1.9 0.50 0.50 0.50 0.56 2.00 2.50 2.25 1.50 0.50

Singapura Interbank Rate 0.1 0.10 0.06 0.27 0.09 1.26 1.64 1.39 1.14 0.20

Coreia S. Target Rate 0.3 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00

Taiwan Discount Rate 0.1 1.13 1.13 1.13 1.13 1.38 1.38 1.38 1.38 1.88

Austrália O/N Rate 1.5 0.13 0.13 0.13 0.14 0.75 1.00 1.50 1.50 2.00

N. Zelând O/N Rate 2.0 0.25 0.25 0.25 0.25 1.00 1.00 1.75 1.75 3.00

A. Sul Repo Rate 3.6 3.50 3.50 3.50 3.75 6.25 6.50 6.50 6.75 6.00

Inflação

Média

Taxas de Juro

-3.3-3.3

-2.9-2.8-2.7-2.5-2.4

-1.7-1.7

-0.4-0.4-0.2-0.1

0.00.7

1.01.0

1.4

-0.8-1.3

-6 -4 -2 0 2 4 6 8 10 12

VenezuelaTurquiaPolónia

R. ChecaHungria

ÍndiaEslováquiaArgentinaN. Zelând

LituâniaEstónia

DinamarcaJapãoA. Sul

SingapuraChina

TaiwanRússia

México

EuroEUA

Taxas de Juro Reais

0.0

0.4

0.8

1.2

1.6

2.0

2.4

2.8

2015 2016 2017 2018 2019 2020

Euro EUA Japão Canadá

Un: %

-.8

-.6

-.4

-.2

.0

.2

.4

.6

.8

2015 2016 2017 2018 2019 2020

Euro Reino Unido Suécia Dinamarca Suiça

Un: %

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2015 2016 2017 2018 2019 2020

Euro China Índia Brasil Rússia

Un: %

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

59

Spreads de Crédito

Nota: Os spreads de crédito correspondem à diferença entre as yields de obrigações privadas e as yields de obrigações de dívida pública.

Mercado Cambial

Nota: Variação positiva significa apreciação da moeda base.

Fonte: Thomson Reuters.

28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.

2 Anos 42 0 73 2 24 0 55 0 26 0 34 0

5 Anos 56 -1 151 -1 31 -1 70 0 55 1 50 0

10 Anos 80 -1 257 -10 35 -1 87 -1 96 1 53 0

15 Anos 86 -2 290 -15 19 -1 95 -2 142 1 - -

28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem. 28-08-20 Δ 1 sem.

2 Anos 79 0 58 1 51 0 25 -1 43 0 55 -1

5 Anos 109 0 95 4 96 -1 33 -1 58 0 75 0

10 Anos 126 -2 146 3 - . 11 0 23 0 31 -1

15 Anos 128 -3 194 2 - - 11 0 23 0 31 -1

Japão Banca AAA Banca AA

Rating ARating AA

Banca A+

Japão Zona Euro EUA

Spreads

Crédito

p.b.

Spreads

Crédito

p.b.

Zona Euro EUA

Japão

Rating BBB Zona Euro

Zona Euro EUA

20

40

60

80

100

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Prazo (em anos)

Zona Euro AA

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

20

40

60

80

100

120

0 2 4 6 8 10 12 14

Prazo (em anos)

Zona Euro A

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

40

60

80

100

120

140

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Prazo (em anos)

Zona Euro BBB

28-08-2020 21-08-2020 31-12-2019

28-08-20 Δ 1 sem. início ano 28-08-20 Δ 1 sem. início ano

EUR/USD 1.1889 0.99 5.88 EUR/BRL 6.4623 -2.12 43.19

EUR/JPY 125.31 0.54 2.75 EUR/INR 87.0227 -1.40 8.81

EUR/GBP 0.89205 -0.91 5.36 EUR/RUB 88.0774 -0.05 26.39

EUR/DKK 7.4422 -0.05 -0.41 EUR/CNY 8.1624 0.20 4.39

EUR/CHF 1.0758 0.03 -0.86 EUR/MPS 293.5318 -0.92 -22.82

EUR/CZK 26.1260 0.09 2.74 USD/JPY 105.4000 -0.45 -2.93

EUR/PLN 4.3854 -0.58 3.03 USD/GBP 0.7503 -1.88 -0.46

EUR/HUF 353.8300 0.82 6.82 USD/AOA 596.4700 1.23 24.50Hungria Angola

EUA

Japão Índia

RussiaReino Unido

Polónia

Dinamarca

Mercado Cambial - Spot

Suíça

República Checa

México

Japão

Δ %

Brasil

Δ %

Reino Unido

China

1.10

1.11

1.12

1.13

1.14

1.15

1.16

1.17

1.18

1.19

1.20

.884

.888

.892

.896

.900

.904

.908

.912

.916

.920

.924

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

EUR/USD EUR/GBP

EUR vs USD e GBP

EUR/USD EUR/GBPEUR/USD EUR/GBP

1.060

1.064

1.068

1.072

1.076

1.080

1.084

1.088

1.092

119

120

121

122

123

124

125

126

127

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

EUR/CHF EUR/JPY

EUR vs CHF e JPY

EUR/CHF EUR/JPY

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Semanal de Economia e de Mercados

60

Índices Acionistas Gerais

Índices Acionistas Setoriais – Europa

Fonte: Thomson Reuters.

Δ 1 sem. Mês ant. Início ano Anual PBV PER Vol.10d. Vol.30d.

EUA Dow Jones 28 653.87 2.59 8.62 0.40 10.05 4.27 24.31 8.68 11.05

S&P 500 3 508.01 3.26 9.00 8.58 21.47 3.94 27.29 7.24 10.03

Nasdaq 11 695.63 3.39 12.44 30.35 48.86 5.91 59.29 11.08 17.38

Europa Eurostoxx 50 3 315.54 1.71 0.36 -11.47 -1.48 1.63 37.94 17.23 18.43

FTSE 100 (R. Unido) 5 963.57 -0.64 -2.70 -20.93 -16.18 1.49 90.72 16.12 19.13

PSI-20 (Portugal) 4 342.98 -0.03 -1.46 -16.71 -9.48 1.08 18.47 14.85 13.88

CAC40 (França) 5 002.94 2.18 1.50 -16.31 -6.81 1.53 44.58 17.22 18.18

DAX (Alemanha) 13 033.20 2.10 1.54 -1.63 11.39 1.66 40.84 17.37 19.56

IBEX (Espanha) 7 133.00 2.16 -1.56 -25.30 -18.45 1.13 28.03 14.91 20.09

FTSE MIB (Itália) 19 841.01 0.74 -0.31 -15.59 -5.48 1.07 79.20 18.52 20.33

WSE WIG20 (Polónia) 1 829.79 0.50 0.34 -14.90 -10.80 0.95 17.93 15.93 17.06

Prague PX (R. Checa) 908.09 1.27 -0.15 -18.60 -11.33 1.08 12.10 11.93 15.73

BUX (Hungria) 34 842.51 -3.33 0.25 -24.39 -9.98 0.94 15.10 15.07 14.94

SKSM (Eslováquia) 330.62 -1.11 -0.23 -5.84 -3.80 0.74 283.95 8.12 14.88

IMKB Nat 100 (Turquia) 1 100.55 -0.84 -4.52 -3.82 14.75 0.95 9.73 22.01 29.55

RTSI (Rússia) 1 265.62 0.29 0.63 -18.29 -0.09 0.97 8.61 22.26 21.79

Ásia Nikkei 225 (Japão) 22 882.65 -0.16 0.99 -3.27 11.73 1.76 37.10 12.82 17.71

Hang Seng (Hong-Kong) 25 422.06 1.23 2.62 -9.82 -0.76 1.05 12.63 16.79 19.53

Shangai Comp. (China) 3 403.81 0.68 5.45 11.60 17.63 1.64 17.40 16.42 19.82

Sensex 30 (Índia) 39 467.31 2.69 2.53 -4.33 5.38 2.87 29.05 10.76 14.00

A. Latina Ibovespa (Brasil) 102 142.90 0.61 -1.89 -11.68 4.02 2.11 66.91 19.84 20.17

Mexbol (México) 37 794.25 -0.79 0.06 -13.20 -7.69 1.75 22.19 11.56 13.69

Merval (Argentina) 46 396.58 -2.14 -5.19 11.34 82.25 0.89 161.40 40.66 38.78

IGPA Gen (Chile) 3 873.78 -3.03 -4.48 -17.05 -15.96 1.11 24.86 11.19 15.18

28-08-2020Índices Gerais - SpotΔ % Indicadores

96

100

104

108

112

116

120

124

29-M

ay

05-J

un

12-J

un

19-J

un

26-J

un

03-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

31-J

ul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

S&P500 Nasdaq Dow Jones

EUA

Un: 29-May=100

96

98

100

102

104

106

108

110

112

114

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

CAC (França) FTSE (R. Unido) DAX (Alem.)

Un: 29-May=100

União Europeia

Δ 1 sem. Mês ant. Início ano Anual PBV PER Vol.10d. Vol.30d.

Tecnologia 589.05 2.97 2.54 11.12 27.88 4.17 41.34 18.50 22.68

Telecomunicações 204.19 -0.09 -1.89 -16.67 -14.63 1.35 27.84 17.70 19.31

Utilities 348.53 -0.62 -3.30 -2.12 6.56 1.93 33.07 14.87 15.18

Automóvel 421.98 3.01 2.72 -17.00 -4.87 0.84 10.66 21.24 29.11

Banca 94.53 3.96 -0.47 -34.02 -20.66 0.48 30.51 24.64 27.18

Química 1052.37 1.68 0.46 2.20 16.98 2.53 34.91 18.54 16.67

Construção 467.95 0.66 3.01 -8.72 5.83 2.15 31.24 17.88 20.81

Energia 208.61 1.15 -0.76 -34.53 -29.79 1.08 66.68 24.23 28.01

Seguros 255.79 2.01 1.34 -20.75 -7.46 0.98 13.65 14.15 20.81

Media 244.90 1.14 5.44 -20.11 -15.86 2.82 44.76 13.90 20.15

Saúde 883.24 -1.28 -3.59 -2.88 6.23 3.80 29.37 11.42 15.93

Retalho 350.83 0.68 4.85 -3.09 14.58 2.80 33.08 12.75 15.35

Serviços Financeiros 555.57 1.24 1.23 -4.77 11.25 1.28 14.60 17.71 17.81

Recursos Básicos 409.71 1.37 0.19 -11.25 6.56 1.38 26.57 24.46 26.41

Alimentação e Bebidas 679.07 0.22 -2.22 -12.23 -15.22 3.70 30.39 13.73 15.12

Bens Industriais 556.18 1.82 4.13 -7.54 7.52 3.60 59.51 16.38 18.36

Bens Pessoais 842.30 1.11 -0.67 -6.52 0.03 3.17 29.48 13.64 15.56

Viagens e Lazer 184.67 4.97 13.59 -30.40 -20.12 2.68 1.45 21.43 28.48

Índices Sectoriais - Spot 28-08-2020Δ% Indicadores

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 MERCADOS FINANCEIROS

Semanal de Economia e de Mercados

61

Commodities

Fonte: Thomson Reuters.

96

100

104

108

112

116

120

29-M

ay

05-J

un

12-J

un

19-J

un

26-J

un

03-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

31-J

ul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Banca Serv Financeiros Seguros

Setoriais Europa

Un: 29-May=100

92

96

100

104

108

112

116

29-M

ay

05-J

un

12-J

un

19-J

un

26-J

un

03-J

ul

10-J

ul

17-J

ul

24-J

ul

31-J

ul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Media Tecnologia Telecomunic

Setoriais Europa

Un: 29-May=100

50

60

70

80

90

100

110

24-J

an

31-J

an

07-F

eb

14-F

eb

21-F

eb

28-F

eb

06-M

ar

13-M

ar

20-M

ar

27-M

ar

03-A

pr

10-A

pr

17-A

pr

24-A

pr

Banca Serv Financeiros Seguros

Setoriais Europa

Un: 24-Jan=100

50

60

70

80

90

100

110

24-J

an

31-J

an

07-F

eb

14-F

eb

21-F

eb

28-F

eb

06-M

ar

13-M

ar

20-M

ar

27-M

ar

03-A

pr

10-A

pr

17-A

pr

24-A

pr

Banca Serv Financeiros Seguros

Setoriais Europa

Un: 24-Jan=100

Δ % Anual

-25.52

-22.97

18.04

-34.29

-35.82

-21.81

50.73

27.90

11.43

17.17

-4.53

-4.46

10.32

-4.62

14.19

8.69

10.82

22.47

34.93

-10.38

27-11-2020

27-11-2020

1.66

121.62 0.68

1966.80

Zinco

42.97 1.49 -29.63

USD/MT

USD/MT

USD/t oz. 31-10-2020

1.53

2.66

54.07

WTI Crude

7.99

29.13

Moeda/Unid

30-10-2020Ouro

Gasóleo

Gasolina

Gás Natural 31-10-2020USD/MMBtu

30-09-2020Prata

Comb. aquecimento 29-09-2020

-22.52131.5529-09-2020

Cobre

USd/gal.

USD/MT

USd/gal.

USD/t oz.

USD/t oz.

27.61 3.28

365.50

2.32 -17.41

5.83 -2.00USd/lb.

USD

-3.49

-10.77

16-09-2020

346.00

12.32 0.16 -6.20

2692.00 9.48 5.98

15-12-2020 12.60 -1.79

5.81

Compósito

30-09-2020 127.10

- 153.44

Arroz 16-09-2020

22-10-2020

Cacau

Algodão

Açúcar

Milho

Trigo

USd/lb.

USD/MT 30-09-2020

16-09-2020

2515.00 2.40

2.736667.00

-31.74Brent Crude

USD/MT

1.00

Café

-6.11

USd/bu.

USd/bu.

USD/cwt

27-11-2020 0.00

4.6015367.00

1972.50

64.37

2.28539.25

Mercadoria Δ % início anoΔ% 1 sem.28-08-2020

30-09-2020

Data de entrega

USD/bbl.

9.57

-6.78

2.36

45.05 1.58

Niquel

21.38

-40.4730-09-2020

-40.04

8.54

2.45

27-11-2020USD/MT

USd/lb.

Chumbo

10.70

32

34

36

38

40

42

44

46

48

31

32

33

34

35

36

37

38

39

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Brent - USD (esc. esq.) Brent - EUR (esc. dir.)

Brent em USD e EUR

1,650

1,700

1,750

1,800

1,850

1,900

1,950

2,000

2,050

2,100

1,440

1,480

1,520

1,560

1,600

1,640

1,680

1,720

1,760

1,800

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Ouro - USD (esc. esq.) Ouro - EUR (esc. dir.)

Ouro em USD e EUR

5,000

5,200

5,400

5,600

5,800

6,000

6,200

6,400

6,600

6,800

7,000

4,800

4,900

5,000

5,100

5,200

5,300

5,400

5,500

5,600

5,700

5,800

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Cobre USD (esc. esq) Cobre EUR (esc. esq)

Cobre em USD e EUR

USD EUR

132

136

140

144

148

152

156

118

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126

128

130

29-M

ay

05-Jun

12-Jun

19-Jun

26-Jun

03-Jul

10-Jul

17-Jul

24-Jul

31-Jul

07-A

ug

14-A

ug

21-A

ug

28-A

ug

Compósito - USD (esc. esq.) Compósito - EUR (esc. dir.)

Un: Indice

Índice Compósito de Mercadorias

Un: índice

Page 62: SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS - Montepio€¦ · Semanal de Economia e de Mercados SEMANAL DE ECONOMIA E DE MERCADOS 6 de julho de 2020 Sumário O sentimento do mercado apresentou

bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PREVISÕES

Semanal de Economia e de Mercados

62

Previsões de Consenso

Q219 Q319 Q419 Q120 Q220 Q320 Q420 Q121 Q221 Q321

Zona Euro PIB (QoQ) 0.2 0.3 0.0 -3.6 -12.1 8.1 2.6 1.3 1.1 0.8

PIB (YoY) 1.3 1.4 1.0 -3.1 -15.0 -7.9 -5.4 -0.5 14.0 6.3

Inflação (YoY) 1.3 0.8 1.3 0.7 0.3 0.2 0.1 0.6 1.0 1.3

Taxa Desemprego 7.5 7.5 7.4 7.2 7.8 9.3 9.6 9.4 9.2 9.0

Balança Corrente (% do PIB) 2.2 2.6 2.0 2.8 2.3 2.4 2.0 2.0 2.7 2.5

Refi Rate 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00

Taxa de Juro a 3 Meses -0.35 -0.42 -0.38 -0.36 -0.42 -0.44 -0.43 -0.42 -0.42 -0.42

Dívida Pública 2 Anos (Alemanha) -0.75 -0.77 -0.60 -0.69 -0.69 -0.67 -0.62 -0.59 -0.55 -0.51

Dívida Pública 10 Anos (Alemanha) -0.33 -0.57 -0.19 -0.47 -0.45 -0.45 -0.38 -0.32 -0.27 -0.20

EUA PIB (QoQ Anualizado) 1.5 2.6 2.4 -5.0 -31.7 20.0 6.1 5.0 4.1 3.8

PIB (YoY)* 2.0 2.1 2.3 0.3 -9.1 -4.0 -3.1 -0.6 9.0 4.8

Inflação (YoY) 1.6 1.7 2.3 1.5 0.6 0.8 0.7 1.2 2.1 1.9

Taxa Desemprego 3.7 3.5 3.5 4.4 11.1 10.0 9.0 8.4 7.6 7.0

Balança Corrente (% do PIB) -2.4 -2.4 -2.2 -2.1 -2.2 -2.3 -2.3 -2.3 -2.2 -2.3

Saldo Orçamental (% do PIB) -4.4 -4.5 -4.7 -4.9 -13.8 -15.2 -17.8 -14.6 -11.9 -9.8

Fed Funds 2.50 2.00 1.75 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.30 0.30

Taxa de Juro a 3 Meses 2.32 2.09 1.91 1.45 0.30 0.29 0.31 0.35 0.37 0.42

Dívida Pública EUA 2 Anos 1.75 1.62 1.57 0.25 0.15 0.18 0.22 0.30 0.36 0.43

Dívida Pública EUA 10 Anos 2.01 1.66 1.92 0.67 0.66 0.66 0.76 0.89 0.99 1.08

Taxa de Câmbio EUR/USD 1.14 1.09 1.12 1.10 1.12 1.18 1.18 1.19 1.20 -

Reino UnidoPIB (QoQ) -0.1 0.5 0.0 -2.2 -20.4 13.1 4.0 1.4 1.0 0.7

PIB (YoY) 1.4 1.3 1.1 -1.7 -21.7 -10.2 -6.6 -3.4 22.0 7.8

Inflação (YoY) 2.0 1.8 1.4 1.7 0.6 0.1 0.4 0.6 1.3 1.8

Taxa Desemprego 3.8 3.8 3.8 3.9 3.9 5.9 8.1 7.0 7.0 6.9

Balança Corrente (% do PIB) -4.7 -4.8 -4.0 -3.3 -2.5 -2.8 -3.0 -3.6 -3.3 -3.7

Repo Rate 0.75 0.75 0.75 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10

Taxa de Juro a 3 Meses 0.77 0.76 0.79 0.60 0.14 0.14 0.11 0.13 0.16 0.17

Dívida Pública 2 Anos 0.62 0.37 0.55 0.14 -0.08 -0.02 0.00 0.04 0.10 0.16

Dívida Pública 10 Anos 0.83 0.49 0.82 0.36 0.17 0.18 0.24 0.29 0.35 0.44

Taxa de Câmbio EUR/GBP 0.89 0.89 0.85 0.88 0.91 0.91 0.92 0.91 0.91 -

Japão PIB (QoQ Anualizado) 1.7 0.2 -7.0 -2.5 -27.8 12.2 5.1 3.6 2.9 2.8

PIB (YoY)* 0.9 1.7 -0.7 -1.8 -9.9 -7.3 -4.4 -2.9 6.1 3.6

Inflação (YoY) 0.8 0.3 0.5 0.5 0.1 -0.1 -0.5 -0.4 0.1 0.2

Taxa Desemprego 2.4 2.3 2.3 2.4 2.8 3.2 3.5 3.3 3.2 3.1

Balança Corrente (% do PIB) 3.5 3.4 3.6 3.6 3.1 3.0 2.8 3.0 3.0 3.3

Taxa do Banco Central 0.10 0.10 0.10 0.10 0.10 0.00 0.10 0.10 0.10 0.10

Taxa de Juro a 3 Meses -0.07 -0.10 -0.05 -0.05 -0.05 -0.08 -0.09 -0.08 -0.09 -0.07

Dívida Pública 2 Anos -0.22 -0.32 -0.13 -0.14 -0.13 -0.16 -0.13 -0.13 -0.10 -0.10

Dívida Pública 10 Anos -0.16 -0.21 -0.01 0.02 0.03 -0.03 -0.01 0.00 0.01 0.02

Taxa de Câmbio EUR/JPY 122.54 117.91 121.96 118.25 121.23 124.00 124.00 125.00 125.00 -

Canadá PIB (QoQ Anualizado) 3.2 1.1 0.6 -8.2 -38.7 35.0 7.5 5.8 4.1 3.9

Inflação (YoY) 2.1 1.9 2.1 1.8 0.0 0.6 0.7 1.0 2.4 1.8

Taxa Desemprego 5.6 5.6 5.7 6.3 13.0 10.5 9.5 8.9 8.6 7.9

Balança Corrente (% do PIB) -2.3 -2.4 -2.0 -1.9 -1.9 -2.7 -2.8 -3.0 -2.9 -2.6

Taxa do Banco Central 1.75 1.75 1.75 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25 0.25

Taxa de Juro a 3 Meses 1.97 1.97 2.08 1.24 0.56 0.20 0.21 0.21 0.24 0.24

Dívida Pública 2 Anos 1.47 1.58 1.70 0.43 0.29 0.29 0.31 0.34 0.38 0.43

Dívida Pública 10 Anos 1.47 1.36 1.70 0.70 0.53 0.58 0.68 0.77 0.86 0.95

Taxa de Câmbio EUR/CAD 1.49 1.44 1.46 1.56 1.53 1.58 1.57 1.58 1.60 -

Brasil PIB (QoQ) 0.5 0.5 0.4 -1.5 -9.5 5.3 2.1 0.9 0.5 0.5

PIB (YoY) 1.1 1.2 1.7 -0.3 -10.5 -6.3 -3.5 -0.9 7.7 3.7

Inflação (YoY) 4.3 3.2 3.4 3.8 2.1 2.6 1.7 2.2 3.3 3.1

Taxa Desemprego 12.3 11.8 11.3 11.7 12.9 14.0 15.0 14.3 14.9 13.3

Taxa do Banco Central 6.50 5.50 4.50 3.75 2.25 2.00 1.95 1.95 2.15 2.45

Dívida Pública 2 Anos 6.07 5.42 5.29 4.48 3.57 - - - - -

Taxa de Câmbio EUR/BRL 4.35 4.54 4.51 5.71 6.14 6.25 6.25 6.19 6.24 -

China PIB (YoY) 6.2 6.0 6.0 -6.8 3.2 5.2 6.1 17.1 7.2 5.9

Inflação (YoY) 2.6 2.9 4.3 5.0 2.7 2.4 1.3 1.6 2.3 2.4

Taxa de Juro a 12 Meses 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.35 4.30 4.30 4.30 4.30

Dívida Pública 2 Anos 2.81 2.68 2.63 1.91 2.24 2.20 2.14 2.18 2.19 2.33

Dívida Pública 10 Anos 3.24 3.14 3.14 2.59 2.85 2.88 2.83 2.86 2.89 3.05

Taxa de Câmbio EUR/CNY 7.80 7.79 7.82 7.77 7.94 8.26 8.26 8.27 8.28 -

Índia PIB (YoY) 5.2 4.4 4.1 3.1 -18.1 -6.6 -1.0 1.5 13.7 7.1

Inflação (YoY) 3.1 3.5 5.8 6.7 6.6 5.7 3.7 3.7 3.6 3.9

Dívida Pública 2 Anos 6.30 5.78 5.77 5.27 4.21 - - - - -

Dívida Pública 10 Anos 6.88 6.70 6.56 6.14 5.89 5.89 5.87 6.03 6.00 5.80Taxa de Câmbio EUR/INR 78.30 77.27 80.15 82.71 84.95 88.50 88.50 88.66 88.80 -

Rússia PIB (YoY) 1.1 1.5 2.1 1.6 -8.5 -4.7 -3.1 -2.1 8.4 4.2

Inflação (YoY) 5.0 4.3 3.4 2.4 3.1 3.6 3.7 3.6 3.3 3.3

Taxa Desemprego 4.5 4.4 4.6 4.7 6.0 6.2 6.1 5.9 5.5 5.6

Taxa de Câmbio EUR/RUB 71.71 70.73 69.69 85.68 80.02 86.14 84.96 85.09 84.60 -

* Previsões estimadas com base na variação (QoQ).

Fim de PeríodoPaís Variável

Nota: Os dados a sombreado referem-se a dados efetivamente registados, sendo que os restantes referem-se a

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PREVISÕES

Semanal de Economia e de Mercados

63

Previsões de Indicadores Económicos

Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:

Top 10 - Top 10 +

2017 2018 2019 2020 2021 2020 2021 2020 2021

ZONA EURO 2.5 1.9 1.2 -8.7* 6.1* -10.2* 6.0* -9.1 6.5

PORTUGAL 3.5 2.6 2.2 -9.8* 6.0* -8.0 5.0 -9.4 6.3

ALEMANHA 2.5 1.5 0.6 -6.3* 5.3* -7.8* 5.4* -6.6 5.8

FRANÇA 2.3 1.7 1.3 -10.6* 7.6* -12.5* 7.3* -11.4 7.7

ITÁLIA 1.7 0.8 0.3 -11.2* 6.1* -12.8* 6.3* -11.3 7.7

ESPANHA 2.9 2.4 2.0 -10.9* 7.1* -12.8* 6.3* -11.1 7.5

IRLANDA 8.1 8.2 5.5 -8.5* 6.3* -6.8 6.3 -6.8 4.8

PAÍSES BAIXOS 2.9 2.6 1.8 -6.8* 4.6* -7.7* 5.0* -8.0 6.6

BÉLGICA 2.0 1.5 1.4 -8.8* 6.5* -6.9 4.6 -8.9 6.4

ÁUSTRIA 2.5 2.4 1.6 -7.1* 5.6* -7.0 4.5 -6.2 4.0

FINLÂNDIA 3.1 1.6 1.0 -6.3* 2.8* -6.0 3.1 -7.9 3.7

GRÉCIA 1.5 1.9 1.9 -9.0* 6.0* -10.0 5.1 -8.0 4.5

LUXEMBURGO 1.8 3.1 2.3 -6.2* 5.4* -4.9 4.8 -6.5 3.9

ESLOVÉNIA 4.8 4.1 2.4 -7.0* 6.1* -8.0 5.4 -7.8 4.5

CHIPRE 4.4 4.1 3.2 -7.7* 5.3* -6.5 5.6

MALTA 6.5 7.3 4.4 -6.0* 6.3* -2.8 7.0

ESLOVÁQUIA 3.0 4.0 2.3 -9.0* 7.4* -6.2 5.0 -9.3 6.4

ESTÓNIA 5.7 4.8 4.3 -7.7* 6.2* -7.5 7.9 -8.4 4.3

LETÓNIA 3.8 4.3 2.2 -7.0* 6.4* -8.6 8.3 -8.1 6.3

LITUÂNIA 4.2 3.6 3.9 -7.1* 6.7* -8.1 8.2 -8.1 6.4

REINO UNIDO 1.9 1.3 1.4 -9.7* 6.0* -10.2* 6.3* -11.5 9.0

SUÉCIA 2.4 2.2 1.2 -5.3* 3.1* -6.8 5.2 -6.7 1.7

DINAMARCA 2.0 2.4 2.4 -5.2* 4.3* -6.5 6.0 -5.8 3.7

POLÓNIA 4.9 5.3 4.1 -4.6* 4.3* -4.6* 4.2* -7.4 4.8

REPÚBLICA CHECA 4.4 2.8 2.6 -7.8* 4.5* -6.5 7.5 -9.6 7.1

HUNGRIA 4.3 5.1 4.9 -7.0* 6.0* -3.1 4.2 -8.0 4.6

BULGÁRIA 3.5 3.1 3.4 -7.1* 5.3* -4.0 6.0 -7.1 2.4

ROMÉNIA 7.1 4.4 4.1 -6.0* 4.0* -5.0 3.9 -6.5 4.7

CROÁCIA 3.1 2.7 2.9 -10.8* 7.5* -9.0 4.9

SUÍÇA 1.8 2.8 0.9 -5.0 4.5 -6.0 3.8 -7.7 5.7

NORUEGA 2.3 1.3 1.2 -5.5 3.0 -6.3 2.9 -6.0 4.7

ISLÂNDIA 4.5 3.8 1.9 -5.0 2.4 -7.2 6.0 -9.9 4.6

TURQUIA 7.5 2.8 0.9 -5.4 4.4 -5.0* 5.0* -4.8 4.3

EUA 2.4 2.9 2.3 -6.5 4.9 -8.0* 4.5* -7.3 4.1

CANADÁ 3.2 2.0 1.7 -7.4 5.2 -8.4* 4.9* -8.0 3.9

JAPÃO 2.2 0.3 0.7 -5.0 2.7 -5.8* 2.4* -6.0 2.1

COREIA DO SUL 3.2 2.9 2.0 -1.0 2.5 -2.1* 3.0* -1.2 3.1

MÉXICO 2.1 2.2 -0.3 -6.4 2.8 -10.5* 3.3* -7.5 3.0

AUSTRÁLIA 2.5 2.8 1.8 -6.7 5.7 -4.5* 4.0* -5.0 4.1

NOVA ZELÂNDIA 3.8 3.1 2.3 -7.3 5.5 -7.2 5.9 -8.9 6.6

ISRAEL 3.6 3.7 3.3 -6.3 5.0 -6.2 5.7

CHILE 1.2 4.0 1.1 -4.5 5.3 -5.6 3.4

BRASIL 1.3 1.3 1.1 -5.2 1.9 -9.1* 3.6* -7.4 4.2

CHINA 6.9 6.7 6.1 1.0 7.8 1.0* 8.2* -2.6 6.8

ÍNDIA 8.3 7.0 6.1 1.1 6.7 -4.5* 6.0* -3.7 7.9

RÚSSIA 1.8 2.5 1.3 -5.0 1.6 -6.6* 4.1* -8.0 6.0

ÁFRICA DO SUL 1.4 0.8 0.1 -8.0* 3.5* -7.5 2.5

INDONÉSIA 5.1 5.2 5.0 -0.3* 6.1* -2.8 5.2

ARGENTINA 2.8 -2.6 -2.1 -9.9* 3.9* -8.3 4.1

ARÁBIA SAUDITA -0.7 2.4 0.3 -6.8* 3.1*

Crescimento do PIB

(% média anual)

Notas : i ) Os dados de 2017/2019 são do Eurostat/CE para os países europeus e do FMI para os restantes; ii ) As previsões da OCDE e do FMI para a Índia

respeitam ao ano f iscal iniciado em abril (PIB calculado a preços de mercado); iii ) As previsões da OCDE referem-se ao cenário de uma vaga da pandemia; iv ) As

previsões do FMI com asterisco referem-se às previsões intermédias de 24/06/2020; v ) As previsões da CE com asterisco referem-se às previsões intermédias de

07/07/2020.

10-06-20

OCDE

06-05-20

CE FMI

14-04-20País

6.1 6.1 5.5 5.0 4.9 4.4 4.3 4.1 4.1 3.91.1 1.0 1.0 0.9 0.6 0.3 0.3 0.1 -0.3 -2.2

-2.5-2.0-1.5-1.0-0.50.00.51.01.52.02.53.03.54.04.55.05.56.06.5

ÍNDI

A

CHIN

A

IRLA

NDA

INDO

NÉS

IA

HUN

GRIA

MAL

TA

ESTÓ

NIA

POLÓ

NIA

ROM

ÉNIA

LITU

ÂNIA

BRAS

IL

FINL

ÂNDI

A

ZONA

EU

RO

SUÍÇ

A

ALEM

ANHA

ARÁB

IA S

AUDI

TA

ITÁL

IA

ÁFRI

CA D

O S

UL

MÉX

ICO

ARG

ENTI

NA

Crescimento do PIB - 2019

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PREVISÕES

Semanal de Economia e de Mercados

64

Previsões de Indicadores Económicos

Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:

Top 10 - Top 10 +

2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021

ZONA EURO 0.3* 1.1* 0.2 1.0 0.4 0.5 9.6 8.6 10.4 8.9 9.8 9.5

PORTUGAL 0.0* 1.2* -0.2 1.4 0.2 0.2 9.7 7.4 13.9 8.7 11.6 9.6

ALEMANHA 0.4* 1.5* 0.3 1.2 0.8 0.7 4.0 3.5 3.9 3.5 4.5 4.3

FRANÇA 0.3* 0.7* 0.3 0.7 0.4 0.5 10.1 9.7 10.4 10.4 11.0 9.8

ITÁLIA 0.0* 0.8* 0.2 0.7 -0.1 0.1 11.8 10.7 12.7 10.5 10.1 11.7

ESPANHA -0.1* 0.9* -0.3 0.7 0.0 0.3 18.9 17.0 20.8 17.5 19.2 18.7

IRLANDA -0.2* 0.8* 0.4 1.7 0.2 0.6 7.4 7.0 12.1 7.9 10.8 8.5

PAÍSES BAIXOS 0.8* 1.2* 0.5 1.2 0.3 0.6 5.9 5.3 6.5 5.0 5.9 4.9

BÉLGICA 0.3* 1.4* 0.3 1.1 0.4 0.7 7.0 6.6 7.3 6.8 7.4 6.5

ÁUSTRIA 0.8* 1.2* 0.4 1.7 0.8 1.3 5.8 4.9 5.5 5.0 5.8 5.2

FINLÂNDIA 0.3* 1.1* 0.9 1.7 0.8 0.8 8.3 7.7 8.3 8.4 8.7 8.5

GRÉCIA -0.5* 0.5* -0.5 1.0 0.2 0.4 19.9 16.8 22.3 19.0 19.4 19.8

LUXEMBURGO 0.1* 1.5* 0.7 1.5 0.7 1.0 6.4 6.1 7.7 6.8 7.1 7.5

ESLOVÉNIA 0.2* 1.1* 0.4 1.4 1.0 2.0 7.0 5.1 9.0 6.0 6.4 5.4

CHIPRE -0.5* 0.8* 0.7 1.0 8.6 7.5 8.8 7.4

MALTA 0.8* 1.2* 0.6 1.9 5.9 4.4 5.0 4.4

ESLOVÁQUIA 1.9* 0.8* 1.1 1.4 1.3 1.2 8.8 7.1 8.0 7.4 8.9 7.0

ESTÓNIA 0.3* 1.9* 1.5 2.0 0.1 1.3 9.2 6.5 6.0 4.7 9.2 8.1

LETÓNIA 0.4* 2.0* -0.3 3.0 1.0 1.3 8.6 8.3 8.0 6.3 9.2 9.3

LITUÂNIA 0.8* 1.5* -0.3 1.7 0.9 1.5 9.7 7.9 8.9 8.1 9.1 8.2

REINO UNIDO 0.9* 1.3* 1.2 1.5 0.7 0.6 6.8 6.0 4.8 4.4 9.1 7.8

SUÉCIA 0.6* 1.1* 0.5 1.5 0.3 1.1 9.7 9.3 10.1 8.9 10.0 10.0

DINAMARCA 0.3* 1.2* 0.7 1.2 0.4 0.4 6.4 5.7 6.5 6.0 6.6 6.5

POLÓNIA 2.7* 2.8* 3.2 2.6 3.0 1.7 7.5 5.3 9.9 8.0 7.3 5.8

REPÚBLICA CHECA 2.8* 2.2* 2.1 2.0 3.0 1.9 5.0 4.2 7.5 6.0 3.5 3.8

HUNGRIA 3.5* 2.8* 3.3 3.2 3.5 2.1 7.0 6.1 5.4 4.0 6.3 4.9

BULGÁRIA 1.0* 1.1* 1.0 1.9 0.8 0.6 7.0 5.8 8.0 4.5

ROMÉNIA 2.5* 2.8* 2.2 1.5 1.9 1.5 6.5 5.4 10.1 6.0

CROÁCIA 0.4* 1.4* 1.3 1.2 10.2 7.4 11.5 8.0

SUÍÇA -0.5 1.0 -0.4 0.6 -0.2 0.5 5.5 5.0 2.7 2.6 5.7 6.4

NORUEGA 0.3 1.5 2.4 2.2 0.8 1.3 7.3 5.7 13.0 7.0 5.9 4.6

ISLÂNDIA 2.3 2.5 1.9 1.9 7.6 7.0 8.0 7.0 7.4 6.0

TURQUIA 11.4 11.7 12.0 12.0 10.6 9.1 17.0 17.0 17.2 15.6 15.6 14.2

EUA 0.5 1.5 0.6 2.2 1.5 1.5 9.4 7.7 10.4 9.1 11.3 8.5

CANADÁ 0.6 1.3 0.9 1.3 5.8 5.8 7.5 7.2 8.9 8.0

JAPÃO 0.0 0.2 0.2 0.4 -0.3 -0.1 4.2 4.5 3.0 2.3 3.2 3.2

COREIA DO SUL 0.3 0.4 0.5 0.3 3.5 3.5 4.5 4.5 4.5 4.4

MÉXICO 2.7 2.8 2.7 2.8 5.3 3.5 6.0 5.8

AUSTRÁLIA 1.4 1.8 0.2 1.4 5.3 5.2 7.6 8.9 7.4 7.6

NOVA ZELÂNDIA 1.2 1.4 1.5 0.8 9.2 6.8 7.9 7.2

ISRAEL -1.9 0.5 -0.5 0.4 12.0 7.6 7.5 6.6

CHILE 3.4 2.9 3.6 3.1 9.7 8.9 9.5 8.7

BRASIL 3.6 3.3 3.1 3.3 14.7 13.5

CHINA 3.0 2.6 3.8 1.9 4.3 3.8

ÍNDIA 3.3 3.6 4.9 4.3

RÚSSIA 4.0 4.0 3.1 3.0 2.9 4.0 6.2 6.0 4.9 4.8

ÁFRICA DO SUL 2.4 3.2 3.5 3.7 35.3 34.1

INDONÉSIA 2.9 2.9 2.5 2.8 7.5 6.0

ARGENTINA 48.5 46.7 10.9 10.1

ARÁBIA SAUDITA 0.9 2.0

06-05-20

CE FMI

14-04-20 30-05-18 06-05-20 14-04-20

OCDE

Inflação Taxa de Desemprego

(% da população activa)(% média anual)País

FMI OCDE

10-06-20

CE

Notas: i ) Cálculo da Inflação - CE: IPCH quando disponível, IPC para os restantes países, com exceção de CA, KR, MX, AU, NZ, em que é utilizado o deflator do consumo

privado. OCDE: IPCH ou IPC caso contrário; FMI: IPC; ii ) As previsões da CE com asterisco referem- se as previsões intermédias de 2020/07/07; iii ) As previsões da OCDE referem-

se ao cenário de uma vaga da pandemia.

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Taxa de Desemprego (média) - 2020

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bancomontepio.pt

GEEF – Research // 31 de agosto de 2020 PREVISÕES

Semanal de Economia e de Mercados

65

Previsões de Indicadores Económicos

Fonte: FMI, CE, OCDE e Thomson Reuters. Legenda:

Top 10 - Top 10 +

2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021 2020 2021

ZONA EURO -8.5 -3.5 -11.7* -5.3* -9.2 -5.1 3.4 3.6 2.6 2.7 2.7 2.6

PORTUGAL -6.5 -1.8 -7.1 -1.9 -7.9 -4.7 -0.6 -0.2 0.3 -0.4 -0.2 -0.1

ALEMANHA -7.0 -1.5 -10.7* -3.1* -7.1 -3.8 6.1 7.4 6.6 6.7 6.1 6.1

FRANÇA -9.9 -4.0 -13.6* -7.1* -10.4 -5.5 -0.1 -0.4 -0.7 -0.6 0.5 0.1

ITÁLIA -11.1 -5.6 -12.7* -7.0* -11.2 -6.8 3.4 3.3 3.1 3.1 2.7 2.8

ESPANHA -10.1 -6.7 -13.9* -8.3* -10.3 -6.2 3.2 2.7 2.2 2.4 2.3 2.0

IRLANDA -5.6 -2.9 -5.2 -0.8 -8.4 -5.4 4.6 4.4 6.3 5.3 -26.8 -26.1

PAÍSES BAIXOS -6.3 -3.5 -6.2 -2.1 -11.5 -5.9 9.0 8.4 9.0 9.4 13.6 12.8

BÉLGICA -8.9 -4.2 -8.9 -6.0 -8.6 -3.8 -0.1 -0.3 -0.7 -1.1 -0.1 -1.4

ÁUSTRIA -6.1 -1.9 -7.1 -1.6 -7.3 -3.2 0.9 1.6 1.9 2.0 2.6 2.2

FINLÂNDIA -7.4 -3.4 -6.7 -3.8 -7.6 -5.4 -1.3 -1.5 -3.5 -3.0 -3.1 -2.1

GRÉCIA -6.4 -2.1 -9.0 -7.9 -7.7 -4.9 0.1 -1.2 -6.5 -3.4 -0.6 -0.6

LUXEMBURGO -4.8 0.1 -2.8 0.2 -5.8 -4.6 4.5 4.5 4.0 4.4 2.8 3.8

ESLOVÉNIA -7.2 -2.1 -6.6 -2.1 -8.0 -5.7 6.8 6.8 0.8 3.2 6.3 6.7

CHIPRE -7.0 -1.8 -1.8 1.9 -10.9 -10.1 -8.3 -5.6

MALTA -6.7 -2.5 -7.2 -0.4 7.6 9.7 3.3 6.1

ESLOVÁQUIA -8.5 -4.2 -5.9 -2.8 -9.3 -6.2 -2.9 -2.4 -3.0 -2.4 -2.2 -3.0

ESTÓNIA -8.3 -3.4 -8.3 -3.0 -7.9 -4.4 1.1 2.2 -2.7 -1.9 -0.7 0.6

LETÓNIA -7.3 -4.5 -5.2 -3.7 -5.9 -3.5 1.1 1.2 -2.2 -1.5 1.9 1.3

LITUÂNIA -6.9 -2.7 -7.6 -2.5 -9.8 -3.5 2.2 2.9 6.0 4.5 3.6 3.9

REINO UNIDO -10.5 -6.6 -12.7* -6.7* -12.4 -7.8 -4.1 -4.3 -4.4 -4.5 -3.5 -3.5

SUÉCIA -5.6 -2.2 -5.3 -1.6 -8.0 -7.0 3.7 4.0 2.2 4.0 2.5 2.8

DINAMARCA -7.2 -2.3 -7.0 -0.3 -7.6 -3.8 6.2 6.7 4.8 5.3 5.8 6.3

POLÓNIA -9.5 -3.8 -6.7 -3.5 -9.4 -7.1 0.6 0.9 0.2 0.1 1.0 0.8

REPÚBLICA CHECA -6.7 -4.0 -4.7 -1.7 -6.5 -2.2 -1.5 -1.0 -2.1 -0.9 1.5 -1.3

HUNGRIA -5.2 -4.0 -3.0 -1.6 -8.8 -7.3 1.3 1.5 -0.1 -0.6 -1.2 -0.4

BULGÁRIA -2.8 -1.8 -2.9 -1.4 -3.3 -2.9 3.3 5.4 1.7 0.6 3.0 2.7

ROMÉNIA -9.2 -11.4 -8.9 -7.0 -8.0 -6.6 -3.3 -3.4 -5.5 -4.7 -3.7 -3.9

CROÁCIA -7.1 -2.2 -6.5 -2.6 1.9 -4.0 -1.5

SUÍÇA -4.0 -1.5 -5.1 -1.9 -6.1 -1.1 6.4 6.5 7.2 8.8 6.5 6.1

NORUEGA 4.7 9.2 0.8 3.7 -1.4 1.4 1.9 1.7 -1.3 0.1 1.7 0.9

ISLÂNDIA -5.9 -2.9 -6.7 -4.0 -9.5 -5.8 2.4 3.9 2.1 3.4 0.9 0.5

TURQUIA -7.8 -9.0 -7.5 -6.7 -0.5 1.5 0.4 -0.2 0.9 -1.3

EUA -17.8 -8.5 -23.8* -12.4* -15.0 -10.5 -2.6 -2.8 -2.1 -2.5

CANADÁ -12.6* -5.8* -7.5 -2.6 -2.5 -2.6 -3.7 -2.3 -3.1 -4.2

JAPÃO -4.9 -5.3 -14.7* -6.1* -11.6 -5.9 3.6 3.2 1.7 1.9 3.8 3.7

COREIA DO SUL -1.8 -1.6 -2.9 -2.6 2.5 2.6 4.9 4.8 3.0 3.0

MÉXICO -6.0* -4.0* 1.1 1.1 -0.3 -0.4 -0.1 -0.2

AUSTRÁLIA -9.7 -7.3 -10.2 -3.1 -0.8 -1.5 -0.6 -1.8 1.4 1.0

NOVA ZELÂNDIA -5.2 -3.4 -10.0 -8.9 -4.4 -3.6 -4.5 -3.2 -4.8 -4.4

ISRAEL -10.2 -5.9 -11.1 -8.4 3.5 3.2 3.4 3.4

CHILE -6.3 -3.5 -0.9 -1.8 0.1 1.3

BRASIL -16.0* -5.9* -14.5 -7.2 -1.8 -2.3 -1.8 -2.0

CHINA -12.1* -10.7* -7.2 -6.2 0.6 0.8 0.5 1.0 0.6 0.9

ÍNDIA -12.1* -9.4* -8.2 -7.2 -0.6 -1.4 -0.3 -0.6

RÚSSIA -2.7 -2.7 -5.5* -3.9* -2.5 -2.1 -2.7 -2.1 0.7 0.6 -7.0 -9.8

ÁFRICA DO SUL -14.8* -11.0* -9.0 -7.6 0.2 -1.3 -3.0 -2.5

INDONÉSIA -5.0 -4.0 -6.7 -5.2 -3.2 -2.7 -2.8 -2.8

ARGENTINA 0.5 0.6

ARÁBIA SAUDITA -11.4* -5.6* -3.1 -3.4

País

Saldo Orçamental Balança Corrente

(% do PIB) (% do PIB)

06-05-20 14-04-20 10-06-20 06-05-20 14-04-20 10-06-20

CE FMI OCDE CE FMI OCDE

Nota : i ) As previsões da OCDE e do FMI para a Índia respeitam ao ano fiscal inic iado em abril; ii) As previsões da OCDE referem- se ao cenário de uma vaga da pandemia; iii ) As

previsões do FMI com asterisco referem- se às previsões intermédias de 24/06/2020.

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Balança Corrente (média) - 2020

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GEEF – Research // 31 de agosto de 2020

Semanal de Economia e de Mercados

66

GABINETE DE ESTUDOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS (GEEF)

Unidade de RESEARCH MACROECONÓMICO, SETORIAL E DE

MERCADOS FINANCEIROS

Advertência

Este documento foi elaborado pela Unidade de Research Macroeconómico, Setorial e de Mercados Financeiros do Gabinete de Estudos

Económicos e Financeiros (GEEF) e é disponibilizado com intuito e para fins exclusivamente informativos.

Todos os dados, análises e considerações nele contidas estão simplesmente baseadas no que estimamos ser as melhores informações

disponíveis, recolhidas a partir de fontes oficiais e outras consideradas credíveis, não assumindo, todavia, qualquer responsabilidade por

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O relatório pode ser reproduzido, desde que seja citada a fonte

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José Miguel Moreira – Senior Economist

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