20
SEMANÁRIO director António Veladas | editor-executivo Luís Maneta 08 de Dezembro de 2008 | ed. 031 | 0.50 euros www.registo.com.pt "Uma janela importante para o desenvolvimento do concelho". Foi desta forma que o presidente da Câmara Municipal da Vidigueira, Manuel Narra, destacou a importância da Vitifrades, na cerimónia inaugural da edição deste ano do certame, que hoje chega ao fim. p. 3 A cidade de Portalegre vai receber dois centros de tratamento de hemodiálise já no próximo ano. A Fundação Renal Portuguesa (FRP) vai construir um dos centros num investimento de 2,5 milhões de euros, que deverá estar concluído no Verão de 2009,. p. 13 Vitifrades participante activo Fundação Eugénio de Almeida: Casas Pintadas Centros de Hemodiálise para Portalegre O Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento do Município de Reguengos de Monsaraz editou o boletim informativo "Informação Gad" com o objectivo de divulgar toda a informação relevante para as empresas e os agentes económicos do concelho. A primeira edição já está a ser distribuída e tem como destaque os sistemas de incentivos e apoios às empresas do concelho de Reguen- gos de Monsaraz. p. 9 PUB Turismo no Alentejo poderá crescer 15% no próximo ano Lisboa é a região com maior potencial turístico de crescimento, (com 48,7 por cento das respostas), seguida do Porto (25 por cento) e do Alentejo (15,8 por cento). Na cauda da tabela estão a região Centro (1,3 por cento) e o Algarve (9,2 por cento). O painel considera que "as p.19 unidades hoteleiras de pequena e média dimensão serão aquelas que mais sofrerão com a crise económica mundial". Leste europeu, Rússia, China, Brasil, Escandinávia, Índia, Japão e Médio Oriente são, para os inquiridos, os novos mercados em que turismo português deve apostar. Fundação Eugénio de Almeida (FEA), apresentou ao público o resultado do projecto de Recuperação e Valorização do Jardim das Casas Pintadas, no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. p. 9 O ano de 2008 caminha a passos largos para o seu final e 2009 antevê- se para o país como sombrio; contudo, em Alcácer do Sal o presidente do município, Pedro Paredes, revela-se optimista e prevê que o concelho continue a avançar em contra ciclo. Tendo em conta que 2009 é ano de eleições, poder-se-ia pensar que as autarquias tentariam mudar a sua estratégia, mas o Presidente da câmara de Alcácer renega esse comportamento. "Só porque se aproximam as eleições, não vejo razão nenhuma para mudarmos de estratégia.” p. 5 Reguengos de Monsaraz edita boletim de apoio ECONOMIA Tribunal de Beja dá razão à Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz O Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja anulou o despacho da Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) que proibia a realização de touros de morte em Monsaraz. Resultado: Depois de Barrancos, a morte do touro passa a ter cobertura jurídica numa segunda localidade alentejana. Segundo a sentença, a IGAC foi condenada a "conceder a autorização excepcional ao espectáculo com touros de morte" realizado em Setembro de 2007 por ter ficado provado que, pelo menos desde 1952, ano após ano, a tradicional vacada em Monsaraz culmina com a morte do último touro em lide. "Esta é uma tradição que se mantém há muito mais de 50 anos. Sempre o dissemos. Fizemos prova disso. Mas foi preciso chegar a este ponto para se ver que tínhamos razão", conclui o autarca. SAÚDE CERTAME Alcácer-do-Sal em contra-ciclo

SEMANÁRIO director editor-executivo de ... · casta mais importante nos encepamentos das zonas vitícolas de Vidigueira. Tem a particularidade de apresentar alguma resistência à

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SEMANÁRIOdirector António Veladas | editor-executivo Luís Maneta08 de Dezembro de 2008 | ed. 031 | 0.50 euros

www.registo.com.pt

"Uma janela importante para odesenvolvimento do concelho".Foi desta forma que o presidenteda Câmara Municipal daVidigueira, Manuel Narra,destacou a importância daVitifrades, na cerimónia inauguralda edição deste ano do certame,que hoje chega ao fim.

p. 3

A cidade de Portalegre vai receberdois centros de tratamento dehemodiálise já no próximo ano.

A Fundação Renal Portuguesa(FRP) vai construir um dos centrosnum investimento de 2,5 milhões deeuros, que deverá estar concluídono Verão de 2009,.p. 13

Vitifradesparticipanteactivo

Fundação Eugénio de Almeida: Casas Pintadas

Centros deHemodiálisepara Portalegre

O Gabinete de Apoio aoDesenvolvimento do Município deReguengos de Monsaraz editou oboletim informativo "InformaçãoGad" com o objectivo de divulgartoda a informação relevante para asempresas e os agentes económicos doconcelho.

A primeira edição já está a serdistribuída e tem como destaque ossistemas de incentivos e apoios àsempresas do concelho de Reguen-gos de Monsaraz. p. 9

PUB

Turismo no Alentejo poderácrescer 15% no próximo ano

Lisboa é a região com maior potencial turístico decrescimento, (com 48,7 por cento das respostas), seguidado Porto (25 por cento) e do Alentejo (15,8 por cento).

Na cauda da tabela estão a região Centro (1,3 por cento)e o Algarve (9,2 por cento). O painel considera que "as p.19

unidades hoteleiras de pequena e média dimensão serãoaquelas que mais sofrerão com a crise económica mundial".

Leste europeu, Rússia, China, Brasil, Escandinávia, Índia,Japão e Médio Oriente são, para os inquiridos, os novosmercados em que turismo português deve apostar.

Fundação Eugénio de Almeida (FEA), apresentou ao público o resultado do projecto de Recuperação eValorização do Jardim das Casas Pintadas, no Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. p. 9

O ano de 2008 caminha a passoslargos para o seu final e 2009 antevê-se para o país como sombrio;contudo, em Alcácer do Sal opresidente do município, PedroParedes, revela-se optimista e prevêque o concelho continue a avançarem contra ciclo. Tendo em conta que2009 é ano de eleições, poder-se-iapensar que as autarquias tentariammudar a sua estratégia, mas oPresidente da câmara de Alcácerrenega esse comportamento. "Sóporque se aproximam as eleições,não vejo razão nenhuma paramudarmos de estratégia.” p. 5

Reguengos deMonsaraz editaboletim de apoio

ECONOMIA

Tribunal de Beja dá razão à CâmaraMunicipal de Reguengos de Monsaraz

O Tribunal Administrativo e Fiscalde Beja anulou o despacho daInspecção-Geral das ActividadesCulturais (IGAC) que proibia arealização de touros de morte emMonsaraz. Resultado: Depois de

Barrancos, a morte do touro passaa ter cobertura jurídica numasegunda localidade alentejana.Segundo a sentença, a IGAC foicondenada a "conceder aautorização excepcional ao

espectáculo com touros de morte"realizado em Setembro de 2007 porter ficado provado que, pelo menosdesde 1952, ano após ano, atradicional vacada em Monsarazculmina com a morte do último touro

em lide. "Esta é uma tradição que semantém há muito mais de 50 anos.Sempre o dissemos. Fizemos provadisso. Mas foi preciso chegar a esteponto para se ver que tínhamosrazão", conclui o autarca.

SAÚDE

CERTAME

Alcácer-do-Salem contra-ciclo

08 | Dezembro | 2008 | 2

e

edito

rial

R gistoAntónio Veladas

PSD

A alma perdida de um partidopolítico do qual muito se esperarianão consegue mostrar a raça que ofez referência nacional. A crise deidentidade persiste em manter-sena São Caetano. Entre tantasindecisões, mudanças de liderançae posições políticas, só restaesperar pelo próximo número 1.

Já nem sequer no parlamento deconsegue esconder uma crise quepoderá reflectir o futuro do partido:a extinção.

Paulo Portas

Quem mais ganha com um PSDdesolado e em rota de colisão coma credibilidade junto dos eleitoresé mesmo Paulo Portas.

Em 2009, garante quem sabe, queSócrates será o seu melhor amigoe vice-versa. Mais que provável,nas eleições do próximo ano, é quenão se assista a uma maioriaabsoluta socialista, daí que seaposte numa coligação deconveniência entre Sócrates ePortas. À porta ficará o BE, que amanter-se no populismo que oassola, perderá votos paraJerónimo de Sousa, o homem dopovo comunista.

Professores

Ele há guerras que não têm fim.O braço-de-ferro entre a ministra eos professores só prejudica oresultado final: os alunos.

O direito à greve é um dos pilares

Opinião

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da democracia participada mas temcustos. A juventude que fica àporta da escola e à deriva num diaescolar vai entendendo que aconstestação é marca nacional daíque a possam usar como quem usaum jogo da PlayStation. Confessoque ninguém gosta de ser avaliado,mas cá por estes lados, nósjornalistas temos de fazer prova deprofissão anual, junto de umacomissão que nem sequer écomposta, na sua maioria, porprofissionais da classe.

A bem da Nação, julgo quealguém terá de ceder, pois ocontrário, em democracia será ocaos.

Sócrates e a banca

As famílias estão a nadar nummar de falências e incapacidade decumprimento dos seuscompromissos com os créditosassumidos junto da banca. Noentanto, as desculpas dadas pelogoverno para viabilizar aincompetência e roubo de alguns,parece esquecer que deveintervencionar as famílias e não abanca. Intervencionar a banca parajustificar que através dela seintervenciona a família... bem,parece-me o contrário do que deveser feito.

Da minha parte, creio queSócrates deve tentar saber quemsão os novos e antigos pobres,mesmo que escondidos, cujofuturo não passa pela banca comaval, mas sim com medidas directasaos agregados insolventes.

08 | Dezembro | 2008 | 3Portugal

Vila de Frades quer ser declaradacapital nacional do vinho da talha

Vitifrades chega hoje ao fim

Redacção | Registo

"Uma janela importantepara o desenvolvimento doconcelho". Foi desta formaque o presidente da CâmaraMunicipal da Vidigueira,Manuel Narra, destacou aimportância da Vitifrades, nacerimónia inaugural da edi-ção deste ano do certame,que hoje chega ao fim.

"É um certame turístico quetraz muita gente ao con-celho", reconheceu o autar-ca, destacando a apostalocal do município em seafirmar como destino turístico"com as características pró-prias" do Alentejo.

Organizada pela Vitifrades- Associação de Desenvol-vimento Local, a iniciativafesteja o vinho da talha e"tudo o que ele representa emtermos sociais e lúdicos,tendo revigorado o entusi-asmo e o apuramento destatécnica secular".

Para Manuel Narra,consolidado o certame trata-se agora de "transformar" Vilade Frades na "capital nacio-nal do vinho da talha".

"Há muitas localidadesonde existe vinho da talha,mas nenhuma com a expres-são que tem Vila de Frades.Essa é uma ideia feliz", acres-centou o autarca, antes delamentar a exclusão dosmunicípios de Vidigueira eSerpa do novo Pólo Turísticode Alqueva - cujas eleiçõespara os primeiros corposgerentes estão marcadaspara dia 18.

"Por decreto, fomosempurrados para fora deAlqueva", criticou o presi-dente da autarquia, dizendo-se "apreensivo" com asituação: "Estamos apre-ensivos mas não nos farãobaixar os braços".

A Vitifrades chega hoje aofim, depois de um fim-de-semana dedicado à viticulturae à divulgação de produtorese engarrafadores da região,para além da divulgação deoutros produtos tradicionais,como o azeite, os enchidos,o pão e o queijo. Tudo isto apar de um programa deanimação cultural e despor-tiva e da prova dos vinhosnovos.

As referências históricassobre a vinha e o vinho naregião da Vidigueira sãoconstantes e remontam aosprincípios da nacionalidade.Já desde o século XV que oscomerciantes bretões carre-gavam os seus galeões comos vinhos da região que, noséculo XIX, fazia parte dasétima Região Vinícola do

país.A própria designação

"Vidigueira" está associada àabundância de videiras, tal éa importância que esta culturatem tido ao longo dos temposna região.

Nesta região predominamas castas tintas: Alfrocheiro,

Moreto, Periquita, TintaGrossa e Trincadeira; castasbrancas: Antão Vaz, Man-teúdo, Perrum, Rabo deOvelha e Roupeiro.

Antão Vaz é a segundacasta mais importante nosencepamentos das zonasvitícolas de Vidigueira. Tem aparticularidade de apresentaralguma resistência à seca,pelo que se encontra bemadaptada às condiçõesedafo-climáticas do Alentejo.

A variedade das castascontribui para uma diver-sidade de aromas e sabores.Os vinhos são no geralencorpados e com umelevado grau de álcool.

Setembro é época devindima. Por toda a região, asuvas maduras são colhidasem alegre azáfama pelasgentes do campo.

Dezembro é altura de provaro vinho novo, tradiçãomantida até hoje, numacelebração que leva o povo evisitantes noite dentro, emromaria pelas ruas da vila.

A Vitifrades, como éconhecida esta festa popular,realiza-se todos os anos nosegundo fim-de-semana deDezembro.

"Há muitaslocalidadesonde existe

vinho datalha, masnenhuma

com aexpressão

que tem Vilade Frades.

Manuel Narra, presidente da autarquia, acompanhado do presidente da Junta de Freguesia de Vila de Frades e do Eng. Carapeto, confirma Vitifrades.

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08 | Dezembro | 2008 | 4RegistoOpinião

Crise de princípiose de valores

Neste período que os especia-listas financeiros apelidam de criseimpõe-se-nos o dever de reflectirsobre princípios e valores.

Se é verdade que estamos em criseimporta proceder ao diagnóstico damesma. Quais foram as suas causase consequências assim comoidentificar os seus responsáveis.Importa ainda saber se a crise foioriginada por geração espontânea,se foi por incompetência, pornegligência ou por dolo. Ou se foiuma mescla disto tudo.

Num País como Portugal, pródigoem diagnósticos inconsequentesnão se vislumbra, agora, a mínimaintenção de levar a cabo oimprescindível diagnóstico dachamada crise que a esmagadoramaioria dos contribuintes está aviver. É por demais necessário, diriamesmo, imprescindível realizar estediagnóstico.

De saco na mãoMais uma vez tivemos a recolha

do Banco Alimentar contra a fome.Neste mo-mento de crise em que ospobres e aqueles, muitos, que vãoempobrecendo sentem de umaforma cada vez mais dura o drama aque o capita-lismo nos conduzquando, por força das circuns-tancias, já não precisa de nós,tecerei uns breves comentáriossobre a necessidade da suaexistência e sobre a forma comoactuam.

Quando nos pedem com um sacoà porta de um qual-quer hiper ousupermercado, normalmente damos.

Damos, porque nos sentimossolidá-rios com os mais pobres, comos que ficaram sem meios desubsistência, com os que ficaramsem trabalho, com os que ficaramesquecidos pela sociedade desucesso que nos disseram existir.Mas por eles pagamos impostos,impostos que deveriam serutilizados para suprir a sua fome, epara a saúde, e para a educação, epara a habitação, e não para salvargestores e bancos criminosos, e nãopara pagar salários régios a quemnão cumpre as suas funções, aquem recebe subsídios paraempreender, fechando de seguidaos empreendimentos quando oretorno não é o fantas-ticamenteesperado, e lan-çando na rua ostrabalha-dores. Esses trabalhadoresque depois de explorados têm derecorrer aos Bancos Alimentares.

Com boas intenções vamosmitigando os males de um sistemaque nos vai retirando os ganhos e

JOÃO CARRILHO

CARLOS MOURA

Só avaliando (até porque temosum Governo que demonstra umainigualável vontade para avaliar)será possível determinar comalguma exactidão as causas, asconsequências e quais os respon-sáveis de forma a tornar possívelagir em conformidade.

A única conclusão, para já,possível desta crise é o valor dodinheiro.

Mas não é sobre esta natureza devalor com que nos devemospreocupar, em primeiro lugar. Sendocerto que o valor do dinheiro éessencial à nossa sobrevivência esubsistência, o mesmo deverá estarnum papel secundário quandocomparado com os princípios evalores da Moral e da Ética.

É que se valorizamos o dinheiroacima da Moral e da Ética toda aarquitectura das sociedades demo-cráticas cairá por base e, eventual-

mente, seremos confron-tados comuma “ditadura” bem pior que apolítica.

Só colocando o Homem, em todaa sua plenitude, no centro daspreocupações e respeitando osprincípios e valores tradicionais eassimilados pela sociedade pode-remos aspirar a um modelo dedesenvolvimento sustentável epromotor de maior igualdade ejustiça.

Estamos, pois, confrontados comuma inevitabilidade. Ou seja, sedesejamos e queremos mais emelhor bem estar para nós e para osnossos próximos teremos querespeitar e fazer respeitar osPrincípios e Valores que orientam anossa forma de pensar e agir.

Se a sobrevalorização do dinheiroconduziu à actual situação então énecessário pensar e reagir. Énecessário agir de uma forma

consequente e sustentável.A crise que está instalada é

originada num sistema gerido porquem está a injectar soluções semdiagnosticar as causas. Os sacri-fícios são pedidos à generalidade doscidadãos em benefícios de algunspoucos, os quais parecem ser osresponsáveis por esta mesma crise.

Não basta que se diga que o futuroserá melhor. Esta estratégia decomunicação atinge os seusobjectivos numa primeira fase, masesgota-se com o tempo.

O contínuo pedido de sacrifíciosdeve ter um período limitado deduração. Não é possível imaginar quedeverão ser pedidos mais sacrifíciose impostas mais dificuldades com acontínua pro-messa de que no futuromelhor dias virão.

A vida dos cidadãos deve estaracima de qualquer outro valor. Equando aqui se diz vida quer-se dizer

– Vida Digna. É pois fundamentalque sejam criadas as condiçõesnecessárias e suficientes para quetodos tenham acesso a essa vidadigna.

Porque assim não é, já que onível de pobreza se mantém hámuito na ordem dos 20%, impõe-se a tomadas de medias urgentes,mesmo que seja necessáriodisponibilizar recursos finan-ceiros públicos.

E não se diga que os recursosfinanceiros públicos são escas-sos. É que estamos a assistir àcontínua disponibilização derecursos que se pensava nãoexistirem.

O tempo urge.Ou então acontecerá como uma

grande pensador disse há muitosanos atrás:

A longo prazo estaremos todosmortos!

cana-lizando-os para quem já tem.Sim, para quem já tem. Porquenenhum supermercado ali-menta osBancos Alimentares de graça.Porque temos de ser nós a adquiriros produtos, para que os donos doshiper e super não percam ganhoscom os bancos alimentares. Antestêm escoamentos de produtos quede outra forma pelas prateleiras searrastariam, porque quem tem pouconão compra em excesso, e quem nãotem não compra mesmo.

Assim, pagamos.Pagamos em trabalho, em

impostos, em dinheiro, aquilo queo Estado deveria fornecer, aquiloque os mais ricos deveriam dar,enfim aquilo que é sempre fruto donosso grau de exploração.

Quantas vezes os própriostrabalhadores das cadeias desupermercados, explorados, malpagos, recorrem aos bancosalimentares adqui-rindo os benscom que traba-lham e aos quaisdeveriam ter acesso fruto do seutrabalho, mas não têm. Têm aspopulações de suprir com os seusparcos haveres, aquilo que éretirado aos trabalha-dores, aquiloque lhes é negado até pelo Estado,apesar dos bens do estado seremnosso património co-mum. Sim atédeles. Garan-tindo que quemsempre ganha nunca perca e os quesempre perdem percam mais.

Não culpo os Bancos Alimen-tares, nem as suas boas intenções.Culpo-nos a nós que deixamos queBancos Alimentares sejam neces-sários.

Nothing Else e ConsulNear celebram Protocolo de parceria

ConsulNear lançaPós-Graduação

A ConsulNear vai abrir umadelegação na cidade de Évora eapresenta dois projectos delançamento da actividade formativacom uma Pós-Graduação emIntegração de Sistemas de Gestãoda Qualidade, Segurança eAmbiente, em regime B-Learning,particularmente orientada para asnecessidades dos Empresários eQuadros, e um Seminário subor-dinado ao tema: "Tecnologia eInovação - Casos de Sucesso", a

realizar-se em Março de 2009.A ConsulNear e a Nothing Else,

empresa proprietária do jornalREGISTO, assinaram um protocolo deexecução de planos de formação dealto nível direccionados para asempresas e seus quadros profis-sionais - cabendo ao órgão decomunicação a difusão das acções ea execução dos trabalhos de artesgráficas e distribuição.

A Consulnear, empresa compergaminhos no sector da formação

direccionada, baseia a suafilosofia " na compreensão docliente e das suas necessidadesactuais, pers-pectivando desdelogo as estra-tégias futuras e aoantecipar os desafios que se vãocolocar, pretende-se exceder asexpectativas do cliente econtribuir para a sua adaptaçãomais rápida face à evolução domercado". Segundo os responsá-veis, a empresa estimula, "no dia-a-dia, uma melhoria contínua nosclientes, utilizando de formaeficiente os recursos físicos ehumanos de que dispõem, sempreno respeito pelos padrões de éticae de legalidade de cada sector deactividade". "O nosso principalob-jectivo é tornarmo-nos umparceiro efectivo, capaz de elevaro nível de competências dasorganizações nossas clientes",declaram os Administradores daConsulNear. Para 2009 a empresavai avançar com acções emdiversos sectores que vão desdea Qualidade, área Ambiental,passando pelo Direito e pelaHigiene e Segurança no Trabalho,nas vertentes do Planeamento eExecução junto das empresas.

As ofertas formativas nas áreasde Gestão e Administração,Marketing e Publicidade, Conta-bilidade e Finanças, CiênciasInformáticas e Audiovisuais,Línguas e DesenvolvimentoPessoal, Gestão Florestal eFormação de Formadores,constituem também apostasfortes.

Integração de Sistemas de Gestão da Qualidade, Segurança e Ambiente

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08 | Dezembro | 2008 | 5Entrevista

Rute Canhoto | Registo

O ano de 2008 caminha a passoslargos para o seu final e 2009 antevê-se para o país como sombrio;contudo, em Alcácer do Sal opresidente do município, PedroParedes, revela-se optimista e prevêque o concelho continue a avançarem contra ciclo.

Numa retrospectiva sobre 2008,o edil alcacerense refere que este"foi um ano de consolidação, vistoque os dois primeiros anos demandato foram para aprender agovernar; por mais experiência quetenha cada um dos elementos dosexecutivos eleitos, quem chega auma instituição que tem 20 milhõesde euros para gerir, não o conseguefazer rapidamente".

Embora defenda que existe umplano estratégico que está a serseguido, o presidente de câmaraoptou por salientar em entrevista aoRegisto o que se passa no concelhoem termos de investimento público,privado e misto. Começando peloúltimo, o autarca destacou aintenção de criação de umasociedade ao abrigo do programaRuas (Reabilitação Urbana deAlcácer do Sal) com vista àpromoção da requalificação doscentros históricos de Alcácer,Comporta, Torrão e Santa Susana."Se conseguirmos reabilitar osnossos centros históricos eligarmos isso aos circuitos devisitação, observação da natureza,hipismo e canoagem, tudo começaa fazer sentido e talvez um concelhoque vive do arroz, do pinhão, dafloresta e pouco mais, tenha outrofuturo", acredita.

Relativamente ao investimentode índole privada, o discurso dePedro Paredes incide sobre aampliação da ZIL (Zona deIndústria Ligeira) de Alcácer, afloresta cultural de Hansel Kiefer aser instalada na Comporta, sobre aintervenção do Grupo EspíritoSanto na Comporta e ainda sobre aprodução "gourmet" de vinho eazeite no interior do Torrão.

No que concerne ao investimentopúblico, a mesma fonte refere que"a câmara tentou pensar no que eraimportante para Alcácer e chegouàs escolas, à preparação docidadão". "Como o QREN prevêcandidaturas a nível das escolas,preparámos três grandesintervenções: o centro escolar paraa Comporta, um centro escolar parao Torrão (substituindo a escola

"Alcácer-do-Sal em contra-ciclo"

Presidente do município prevê novo ano igual a 2008

Mig

uel

A. |

Lus

a

www.encostasdeestremoz.comQuinta da Esperança 7100-145 Estremoz

Tel. 268 333795 Fax. 268 333754 [email protected]

básica que existe e que évergonhosa) e a requalificação aescola do Morgadinho.

Estes três centros escolaresforam já aprovados pela DirecçãoRegional de Educação, foramcandidatados ao QREN, masinfelizmente ainda só o daComporta foi aprovado. Para alémdisso, e em longas negociações como Ministério da Educação,

conseguimos que seja iniciada em2009 a construção da nova escolasecundária", referiu.

Em termos gerais foi aindadestacada a "aposta narequalificação das antigas estaçõesde tratamento de águas paraaglomerados pequenos", o avançodas "canalizações da futura ETARda encosta norte da cidade paradepois o município se candidatar à

grande ETAR de Alcácer", aproximidade do término das "obrasna estrada de Santa Catarina", e aaposta "nos espaços públicos,pavimentação da zona histórica docentro da cidade, e instalação deiluminação nova para darqualificação aos espaços,nomeadamente durante a noite".

Indagado sobre o pior deste ano,o edil focou a "falta de meios para

fazer mais e melhor". "Diria aindaque onde está o ser humano está aimperfeição e uma vez ou outra nãofizemos algo tão bem comodevíamos ou gostaríamos",acrescentou. Quanto ao que demelhor ocorreu, Pedro Paredes nãotem dúvidas: "a aposta nas escolas(nomeadamente o projecto daescola secundária que levou trêsanos a negociar) e a alegria presentenas feiras".

E se para algumas autarquias opior foi a saúde financeira destasinstituições, na opinião do autarcahá que saber gerir o pouco que há."Quanto às finanças, temos poucodinheiro, mas não gastamos mais doque temos. Que eu saiba, somos dasdez melhores câmaras do país apagar. Penso que não há nestemomento nenhum empresário quese possa queixar que a câmara deAlcácer não pagou em mais de trêsde semanas ou um mês de espera,que é o tempo que demora oprocesso administrativo. Somosmuito bons a pagar e isso põetambém uma questão moral: se osempresários da zona sentirem que acâmara do seu concelho é séria nosnegócios, quer fazer negócio com acâmara", disse.

Em jeito de antevisão, PedroParedes acredita que "em contra-ciclo, e sem exagerar em optimismo,2009 vai ser um ano igual ao de 2008"em Alcácer, com a continuação defixação e criação de novas empresasno concelho.

Tendo em conta que 2009 é anode eleições, poder-se-ia pensar queas autarquias tentariam mudar a suaestratégia, mas o Presidente dacâmara de Alcácer renega essecomportamento. "Só porque seaproximam as eleições, não vejorazão nenhuma para mudarmos deestratégia.

Na minha opinião, e tentareiinfluenciar os meus pares nessesentido, quem está a fazer este tipode intervenções não tem que temereleições, não tem que mudar, temde trabalhar continuamente e porisso 2009 vai ser muito parecido com2008. Não é previsível que asnossas receitas subam, é previsívelque continuemos a fazerexactamente o que estamos a fazere que é projectos, estratégia, obra,ensino, cultura, animaçãodesportiva e cultural, andar para afrente e os empresários e osalcacerenses têm que fazer o restopara se ajudarem a si próprios",conclui.

PUB

D.R

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Pedro Paredes, revela-se optimista e prevê que o concelho continue a avançar em contra ciclo.

08 | Dezembro | 2008 | 6

Câmara Municipal e FundaçãoRobinson regeneram Portalegre

A Câmara Municipal de Portalegreassinou dois Protocolos definanciamento entre o município e aAutoridade de Gestão do ProgramaOperacional Regional. Umacerimónia que teve lugar noauditório da Comissão deCoordenação e DesenvolvimentoRegional do Alentejo, em Évora, nofinal da semana.

O primeiro protocolo situa-se noâmbito do Programa Pólis XXI("Política de Cidade – Parcerias paraa Regeneração Urbana"), tendoresultado de uma parceria entre omunicípio de Portalegre e aFundação Robinson. Nesta acção,estão como como parceiros o ICTVR(International Center forTechnology in Virtual Reality), oInstituto da Habitação eReabilitação Urbana (IHRU), aSociedade Musical Euterpe, oGrupo Folclórico e Cultural daBoavista, a Escola de Artes doNorte Alentejano, a AssociaçãoJuvenil Verdade, a AssociaçãoComercial de Portalegre e aSociedade Robinson Indústria. Temum investimento elegível de7.722.979•, 5.178.273,30• dos quaissão comparticipados pelo FEDER.De entre as acções executáveis até2011 ao abrigo deste Protocolo,destaca-se o Parque deEstacionamento do Espaço

Portugal

Portalegre assinou Protocolos de Financiamento

O preçoque nosmove

Director António Veladas ([email protected])Editor-Executivo Luís Maneta ([email protected])Editor Ambiente Carlos Cupeto ([email protected]); Editor Angola & África Austral Fernando Tati ([email protected]); Redacção Carlos Colaço (Sociedade & Cultura), José Mussuaili (Social)(Social & Tempos), José Gabriel (Timor-Leste), Luís Mósca (Desporto), João Gomes (Ásia), Rosa Maria (Lisboa), Helena da Cruz Mouro (Registo & Tempos), Soraia Jamal Cassamo (Registo & Tempos), Vera Mariano(Editora Setúbal).Colaboradores Ana Mira, (Universidades), João Rodrigues (Lisboa), Marta Matos (Ciência), Sara Miguens (Torres Vedras), César Valentim (Lisboa), Cristina Bernardo (Investigação), Dário Artilheiro(Aeronáutica), Alberto Matos (Santarém), Helena Abelha (Engenharia do Ambiente).Cronistas Capoulas Santos, Carlos Moura, Carlos Cupeto, Manuel Monteiro, Eng. João José Carrilho, Patrícia Pita,Anacoreta Correia, Salvador dos Santos Mira, João Mota Ferreira, Marí Alkatiri Editor de Fotografia António Pedro Valente Reporter Fotográfico Luís Pardal Cartoonista Tchik / [email protected]ção Lisboa Helena da Cruz Mouro, César Valentim e Vitorio Cardoso. Representações: Lisboa, Cascais, Tavira, Faro, Albufeira, Beja, Sines, Elvas, Setúbal, Torres Vedras, Santarém, Coimbra, Aveiro,Porto, Braga, Portalegre. Propriedade Nothing Else-.meios&comunicação; Contribuinte 508 561 086 Sede Travessa Ana da Silva, n.º6 -7000.674 - 266 730846 fax 266 730847 Administração SilvinoAlhinho; Joaquim Simões, Nuno Pitti Direcção Financeira, Marketing e Publicidade Nuno Pitti Ferreira ( [email protected]) Director Comercial Luís de Matos ([email protected]),Departamento de Publicidade - Alentejo Central Carlos Mangualde, Leonel Bravo, Algarve & Baixo Alentejo Cristina Comenda: [email protected], Margem Sul & Grande Lisboa NéliaCoelho: né[email protected], Zona Centro & Norte José Cação: [email protected], Paginação Arte&Design João de Matos e Sabino Pereira Impressão Coraze - Centro de Impressão.Zona Industrial de Oliveira de Azeméis, 587.3720 Oliveira de Azeméis 256600580 ERC.ICS 125430 Tiragem 10.000 ex Distribuição Nacional Periodicidade Semanal/Segunda-feira

Ficha Técnica

Robinson, o Espaço Associações eEscolas de Cultura (EspaçoRobinson) e a requalificação viáriadas Ruas Bairro Ferreira Raínho, 15

de Maio e Poeta José Régio.Ao abrigo deste Programa, na

região do Alentejo, apenas foramaprovadas 3 Parcerias para a

Regeneração Urbana: Portalegre,Évora e Beja.

O segundo protocolo está noâmbito do regulamento "Património

Cultural" ("Rede de Património dePortalegre – Edificado, Móvel eImaterial") e a candidaturaapresentada resulta de uma parceriaentre a autarquia e a FundaçãoRobinson. O objectivo desta acçãoé o de desenvolver um projectointegrado para a criação de umarede estrutural que potencie a áreacultural enquanto factor dedesenvolvimento do Concelho dePortalegre. Nesse sentido, estãoprevistos os seguintes indicadoresde acompanhamento: recuperaçãode edifícios patrimoniais,sensibilização e divulgação dopatrimónio edificado, móvel eimaterial, edições de livros e deaudiovisuais, recuperação depatrimónio móvel e aquisição deequipamentos.

A assinatura destes Protocoloscontou com a presença doPresidente da Câmara Municipal dePortalegre, José Fernando da MataCáceres, da Presidente da ComissãoDirectiva do INALENTEJO erepresentante da Autoridade deGestão do Programa OperacionalRegional do Alentejo, Maria Leal daCosta, do Secretário de Estado doDesenvolvimento Regional, RuiNuno Baleiras, e do Secretário deEstado do Ordenamento doTerritório e das Cidades, JoãoFerrão.

D.R

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Cabaz do Hortelão

Produtos da horta, vendidos a preços simbólicosO MONTE-ACE, Desenvolvi-

mento do Alentejo Central,encontra-se a promover o Cabaz doHortelão.

O Cabaz do Hortelão responde àcrescente dificuldade dos pe-quenos produtores de colocaçãodos seus produtos no mercado esimultaneamente, à crescenteprocura de produtos de qualidade,produzidos respeitando o ambiente,com boas características organo-lépticas, proveniência conhecida euma forte componente de respon-sabilidade social.

O Cabaz centra-se na promoçãode uma nova forma de comer-cialização que estabelece umcompromisso mútuo entre produ-tores e consumidores.

Em síntese, pretende-se promo-ver a comercialização de produtoshorto-frutícolas, apoi-ando ospequenos agricultores locais e suasfamílias, bem como entidades deapoio social, contri-buindo para apreservação do ambiente,segurança alimentar e melhoria daqualidade de vida da populaçãoresidente em zonas rurais.

O Cabaz do Hortelão apenasintegra produtos da época e o seupeso varia entre os 5 e 7 Kg,integrando produtos como batatas,cenouras, cebolas, alface, espinafre,acelgas, pimentos, abóbora, pepino,tomate, uvas, maçãs, melão,laranjas, etc. A composição docabaz varia ao longo do ano,respeitando os calendários de

produção agrícola e não incluiprodutos exóticos, que nãopertencem às variedades locais. Oscabazes são fornecidos aoconsumidor pelo próprio produtor,fomentando o conhecimento mútuoe o acompanhamento da produção.

Na sequência do processo deidentificação dos produtores quequeiram constituir-se fornecedoresdo Cabaz, o Monte-ACE Desenvo-lvimento do Alentejo Central,associou-se à Liga dos Pequenos eMédios Agricultores (LPMA) deMontemor-o-Novo, visando aorganização dos seus associadosenquanto produtores do Cabaz doHortelão. Nesse sentido estão a serdesenvolvidos, pelo representanteda LPMA, contactos com

horticultores e fruticultores deMontemor-o-Novo, para divulga-ção das vantagens de se associar aeste processo de comercialização deproximidade.

Estes produtores oferecem aoconsumidor produtos de qualidade,resultantes do modo de produçãoagrícola tradicional, que respeita oambiente e cuja proximidade permitereduzir grandemente o consumo decombustíveis fósseis.

Cada vez que o consumidorcompra um Cabaz do Hortelão, estáa comprar qualidade de vida!

Para se tornar um consumidor doCabaz do Hortelão, ou obter maisinformações contacte o 266490090ou envie um mail [email protected].

Protocolos de financiamento entre o município e a Autoridade de Gestão do Programa Operacional Regional

08 | Dezembro | 2008 | 7

"Água é de todos, não onegócio de alguns"

O executivo municipal deMontemor-o-Novo está contra aprivatização do sector da água porconsiderar que constitui "uma graveameaça ao acesso de todos à água",lê-se num comunicado enviado ànossa redacção, que justifica adecisão de adesão à campanha"Água é de todos, não o negóciode alguns". Nesta decisão estãoapenas os votos favoráveis damaioria que gere a autarquia, tendosido por oposição votada contrapelos socialistas e representantesdo PSD.

Em votação esteve umadeclaração que considerava a águacomo "um elemento indispensávelà vida neste planeta", sendo"indissociável de qualquer

Sociedade

Montemor-o-Novo: Executivo camarário contesta privatização

PT premeia mestrando da universidade eborenseNum concurso de 24 horas de

programação para a web, Valérioescolheu a UE como primeira opção,pela grande componente de opensource do curso, que permite aosalunos adaptarem-se facilmente àsnovas tecnologias das empresas.Aluno do mestrado em Eng.Informática, Valério ficou emprimeiro lugar, entre os 82 projectosque estiveram a concurso no SapoCodebits, um evento promovidopela PT que, através de um ambienteinformal e descontraído, pretendecriar as condições necessárias parasobressair a criatividade e ainovação dos participantes.

Pela segunda vez a concurso, esteano Valério Valério trouxe o primeiroprémio para casa. 24 horas seguidasde programação levaram o jovem acriar o Accel Moko, uma aplicaçãopara um telemóvel que tem sensoresde movimento. "O que fiz foi captaros movimentos do telemóvel. Este,ao comunicar com o PC, conseguemover o cursor. Os movimentostambém permitem usar o telemóvelpara jogar" refere Valério. Masapesar de parecer fácil, não o é. "Osensor de movimento cria 100valores por segundo, o que é umgrande "noise" (barulho), porquesão muitos valores por segundo.Basta batermos palmas ao pé queaquilo salta logo, o que torna tudoum pouco mais difícil".

A ideia de Valério nasceu porqueuma das conferências que decorreudurante o evento foi sobre otelemóvel que veio a utilizar, o quesuscitou mais o interesse do joveminformático em fazer aquelaaplicação. Trabalhou sozinho,porque os colegas que foramconsigo de Évora não tinhamconhecimentos naquela área. "Casocontrario teria feito equipa comeles" refere. Quanto à escolha do

Universidade de Évora escolhida

seu Accel Moko para vencedor,Valério considera que o seu talvezfosse o mais original. "Os projectosconcorrentes eram bastanteparecidos. Os participantes tinhamum cartão com um sensor quepermitia localizá-los dentro dorecinto e os projectos andavamtodos à volta disso".

Quanto à viabilidade do seuprojecto, desenvolvido sobre umtelemóvel open source, Valérioconsidera que ainda é um poucodifícil vendê-lo se não fizercontratos com as operadoras. De

A estação elevatória de abaste-cimento de água de Alandroal, queserve a parte alta da vila, foi alvo deobras de reparação e manutençãona unidade de depósito. Aintervenção vem na sequência darequalificação do sistema deabastecimento de água do con-celho. "Estas obras estão a serexecutadas no âmbito do projectode modernização do sistema deabastecimento do concelho quetemos vindo a concretizar e quecomeçou com a entrada em fun-cionamento da nova Estação deTratamento Água (ETA), no Verão",explica o presidente da Câmara,João Nabais.

O subsolo do concelho dispõe de

actividade humana, social oueconómica". A maioria comunistaconsidera por essencial asalvaguarda "deste bem público"para que todos os cidadãios possamaceder ao mesmo em iguaiscircunstâncias.

Para o executivo camarário a águadeve ser consagrado como"propriedade comum e igualdade dedireito ao seu usufruto como direitode cidadania".

Para que o usufruto da água sejaclaro, foi considerado peloexecutivo montemorense que agestão integrada da água e uma"responsabilidade públicainalienável" e que deve serassegurada pelos legítimosrepresentantes dos cidadãos.

Vila Real de Santo António reduz impostos

Impostos Municipais corta quarentapor cento nas taxas municipais

A Câmara de Vila Real de SantoAntónio vai reduzir em 2009 em40 por cento as taxas municipaispara as actividades económicasque criem mais de 15 postos detrabalho, medida prevista noorçamento aprovado pela autar-quia.

A redução de 40 por cento nastaxas municipais para as actividadeseconómicas que criem mais de 15postos de trabalho foi uma dasmedidas aprovadas.

A redução de taxas municipaispara pedidos de alvarás deconstrução são duas das medida

que visam a dinamização daeconomia local, segundo se lê nodocumento, a criação de modelosde apoio às famílias maisdesfavorecidas, nomeadamenteatravés de medidas fiscais maisjustas, são outras medidasaprovadas.

águas com índices de calcáriobastante elevados que, consumidade forma prolongada, potencia oaparecimento de algumas pato-logias, como o cálculo renal. "Ainstalação da ETA era para nós umaprioridade. Desde a sua entrada emfuncionamento que os alandroa-lenses estão a consumir uma águaque se encontra dentro dos padrõeseuropeus de qualidade", asseguraJoão Nabais.

A construção da ETA foiviabilizada pelo protocolo que aautarquia firmou com a empresaÁguas do Centro Alentejo quepassou a ser a concessionária daexploração dos recursos hídricosem 'alta'.

JoãoNabais

aposta naqualidade

O presidente da CâmaraMunicipal de Alandroal

intervencionou o sistemaelevatório de água que

abastece a sede doconcelho.

futuro, com as "lojas de aplicações"considera ser mais fácil fazerpequenos projectos e vendê-lospara um mercado global: "Mesmoque vendam aquilo a um euro, dámuito dinheiro" sorri.

A participação no Sapo Codebité, para Valério, uma oportunidadede conseguir algum reconhe-cimento, mas ainda não quer pensarno mercado de trabalho, uma vezque tem de acabar o mestradoprimeiro. Mas o principal objectivoda Sapo foi atingido: encontrarnovos talentos.

Com 24 anos, Valério está cientedo que o futuro lhe reserva. "O maiscerto é ir para Lisboa, onde estátudo". Mas para estagiar o maisusual é irem para o estrangeiro. E oincentivo dos professores e dasempresas também é nesse sentido."As empresas maiores gostammuito do open source e nós na UEfazemos a diferença. Em Portugalsomos a única universidade comessas competências. Temos a basede open source, que é melhor doque aprender pelas tecnologiasfechadas porque nos adaptamosmais facilmente às própriastecnologias das empresas".

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Universidade eborense, uma das mais na distinção por excelência

08 | Dezembro | 2008 | 8Sociedade

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A vida, depois da droga Helena Neves | Texto

Uns chegam à comunidade Valede Acór por pressão da família.Outros para fugir da prisão e dasruas onde vivem. Poucos acabam otratamento, mas há quem, comoGilberto e Victor, ali reaprenda aviver e a fugir da droga e do álcool.

A dependência empurrou muitospara a clandestinidade. O Vale deAcór surgiu-lhes como umaoportunidade de mudar de vida ouapenas como um "trampolim" parafugir a uma situação complicada.

"Aceitei ir para o Vale de Acórapenas para fugir à prisão. Nuncapensei sair do mundo do crime,estava à espera da oportunidade dedar o golpe da minha vida",confessa M., no anonimato dosseus 48 anos, que finalizou comsucesso o programa terapêutico equis deixar o seu testemunho nacomunidade.

Reaprender a viver no Vale de Acór depois de um passado "agarrado" ao vício

A primeira sensação que têmquando chegam à Quinta de S.Lourenço, no Monte da Caparica,Almada, é a de um "murro noestômago" apertado pelas regrasrígidas que encontram, o viver emgrupo e o confrontar as "feridas"do passado.

"Entrei anestesiado, mas osprimeiros dias foram muito difíceis,de ressaca. Pensava que vinha fazeruma limpeza do consumo de drogase que me ia embora", diz Gilberto,que já está na última fase dotratamento: a reinserção social.

Depois de viver na rua váriosanos, Gilberto pensava que "nãofazia sentido" estar ali. "Eram muitasregras", desabafou, recordando oestado "completamente degradadoe debilitado" com que chegou háum ano, através de um familiar, àmaior comunidade terapêutica dopaís, que desde 1994 até finais de2007 já acolheu cerca de 2.000

pessoas.A história de Gilberto cruza-se

com a de Victor, 34 anos. Antes deentrar para a comunidade, Victorestava internado num sanatório emTorres Vedras a curar a tuberculose.Foi ali que teve conhecimento dacomunidade, por uma terapeuta queo desafiou a iniciar o tratamento.

"Aceitei porque não tinhaalternativa. Sou estrangeiro, estavadebilitado, vivia na rua e nãoconseguia arranjar trabalho",desabafa.

Os primeiros dias foram "muitodifíceis" para Victor, que sequestionou várias vezes sobre otratamento contra a dependência doálcool.

"Qual é o sentido disto? Para queé que eu tenho de fazer a cama",questionava Victor, que apenastinha uma regra de rua: "não deverobrigações a ninguém".

Estas dúvidas são bem

conhecidas de quem dedica a vidaao Vale de Acór, uma InstituiçãoParticular de Solidariedade Socialque apoia toxicodependentes,alcoólicos e reclusos sem suportesocial.

Há uma década que a terapeutaCarla Aguiar dá apoio em váriosestabelecimentos prisionais(Lisboa, Tires, Linhó e Carregueira)e confessa que é um trabalho difícil:"o sistema prisional é muitofechado".

Cerca de 20 reclusos já deramentrada na comunidade, mas apenasquatro conseguiram chegar ao fimdo programa, que é feito em duasetapas: internamento (cerca de umano) e a reinserção social (cerca de18 meses).

As portas da comunidade estãosempre abertas para quem queiralivrar-se das drogas e do álcool e onúmero de utentes acolhidos temvindo a crescer, passando de 157

em 2002 para 223 em 2007, tendo amaioria entre os 30 e os 40 anos,disse à Lusa a directora dacomunidade, Filipa LíbanoMonteiro.

Ali é trabalhada a vida de relaçãodos utentes, a sua história pessoale os seus sentimentos, actuando namotivação para a mudança de vidaatravés de grupos de auto-ajuda,sessões de formação e grupos deterapia pela arte.

Os fármacos são apenasutilizados de um modo terapêuticoe educativamente programado paranão substituir "droga por droga".

Rita Líbano Monteiro, tambémdirectora da associação, revelouque alguns utentes na comunidadeestão a fazer o "desmame" dametadona, uma droga desubstituição distribuídagratuitamente a toxicodependentesem tratamento em unidades desaúde públicas.

A metadona é legalizada, mas aressaca é mais prolongada eintensa, disse a responsável,manifestando-se contra a utilização"massificada" desta droga sem sercontrolada.

Dados da Associação Vale deAcór indicam que 61 por cento dosutentes consumiam drogas há maisde 15 anos, 27 por cento tinhamentre 10 a 15 anos de consumo e osrestantes utilizaram drogas entre uma 10 anos.

Apesar de a comunidade ter umamédia mensal de 55 utentes, poucossão os que conseguem acabar otratamento: "o abandono é brutal.Cada um que chega ao fim é umavitória", sublinhou Rita LíbanoMonteiro.

Dos 1.053 utentes que acomunidade acompanhou entre2000 e 2007, apenas 186 tiveram"altas programadas", revelam osdados da associação.

A maioria (356) ficaram menos deum mês na comunidade, 221 ficarammais de três meses e 209conseguiram ali permanecer entreum a três meses.

"O objectivo destas pessoas éestar alguns dias a fazer a ressaca eir embora", desabafou Rita LíbanoMonteiro, salientando, no entanto,que quando conseguem chegar aofinal do tratamento a "taxa desucesso é muito grande".

Victor e Gilberto são dois dessescasos. Gilberto já está a viver numapartamento em Almada, pertençada associação, e consegui reatar arelação com a família e com o filho.

Após 11 meses de internamento,Victor conseguiu reaver "adignidade de ser homem" e já sópensa em regressar ao Brasil paraser "pai" da filha que lá deixou."Deixei de estar num banco dejardim".

Lusa

Terapia de grupo no Centro de Recuperação de Vale de Açôr.

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08 | Dezembro | 2008 | 9Sociedade

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Jardim das Casas Pintadas – Memória Viva do Século XVI

Fundação Eugénio de Almeida recuperae valoriza património secular

A Fundação Eugénio de Almeida(FEA), apresentou ao público oresultado do projecto deRecuperação e Valorização doJardim das Casas Pintadas, noFórum Eugénio de Almeida, emÉvora.

Maria do Céu Ramos, SecretáriaGeral da Fundação Eugénio deAlmeida, Joaquim Caetano,Investigador e Director do Museude Évora, Aurora Carapinha,Arquitecta Paisagista, FilipaRodrigues e Gonçalo Lopes,Arqueólogos, contaram a históriade uma intervenção que procuroudevolver a identidade e a essênciade um jardim singular no panoramada Arte dos Jardins em Portugal.

Singular, porque faz parte dahistória do urbanismo da cidade deÉvora do século XVI, constituindoum eloquente representante daexpressão estética própria datransição entre a Idade Média e oRenascimento. Depois, porqueconservou os seus espaços abertos– pátio, horto de recreio e horta –,

O Gabinete de Apoio aoDesenvolvimento do Município deReguengos de Monsaraz editou oboletim informativo "InformaçãoGad" com o objectivo de divulgartoda a informação relevante para asempresas e os agentes económicos doconcelho.

A primeira edição já está a serdistribuída e tem como destaque ossistemas de in-centivos e apoios àsempresas do concelho de Reguen-gos de Monsaraz, designa-damente, o Fundo de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas(FAME), os apoios do Quadro deReferência Estratégico Nacional(QREN), os apoios do Insti-tuto deEmprego e Formação Profis-sionale a linha de crédito PME Investe II.

O boletim é de distribuiçãogratuita, tem uma periodicidadebimestral e está acessível atravésdo portal do Município deReguengos de Monsaraz em http://www.cm-reguengos-monsaraz.pt;Poderá também ser solicitado o seuenvio por correio electrónico.

O "Informação Gad" é mais umaferramenta da estratégia para o

Município de Reguengos deMonsaraz edita boletim

Primeiro número do "Informação GAD" já está a ser distribuído

desenvolvimento económicosustentado do concelho deReguengos de Monsaraz, que visacontribuir para o grande objectivo geralque é o de dinamizar o emprego, oempreendedorismo e a economia doconcelho.

O boletim vai também prestarinformação ao nível empresarial,nomeadamente, sobre legislação,apoios financeiros, elementos esta-tísticos socioeconómicos einstrumentos de ordena-mento doterritório em vigor.

"Queremos continuar a fazer

parte de um concelho amigo dosbons projectos de investimento,geradores de emprego, dedesenvolvi-mento económico e decoesão social na nossa Comu-nidade", afirma José Calixto, vice-presidente da Câmara Municipal deReguengos de Monsaraz.

O autarca expressa ainda o"empenho do Município e dosserviços do Gabinete de Apoio aoDesenvolvimento para o apoioactivo ao empreendedorismo e aoespírito de iniciativa de todos osreguenguenses".

durante quatro séculos; e, ainda,pela relação que se estabelece entreo jardim e o conjunto de frescos quedecora uma galeria anexa, exemplarúnico em Portugal de pintura muralpalaciana da segunda metade doséculo XVI - as Casas Pintadasestão classificadas como Imóvel deInteresse Público desde 1950.

Adquiridas na década de 60 doséculo XX por Vasco MariaEugénio de Almeida, as CasasPintadas integram o acervomonumental da Fundação no centrohistórico de Évora, um legado ainstituição tem procurado preservarenquanto património seu, mastambém da cidade e do país.

Ao Registo, Maria do Céu Ramos,Secretária-geral da FEA, afirmouque “apesar de ser um espaçoprivado, ocupado pela Companhiade Jesus, faz parte do patrimónioda Fundação que passa a estar à

fruição do público”. Sendo a pinturaum dos elementos principais, Mariado Céu Ramos distingue acumplicidade do conjunto como umespaço de intensa memória e desingularidade no espaço nacional eeuropeu.

As Casas Pintadas terão comointervenção seguinte a recuperaçãodas pinturas restituindo-lhes obrilho primitivo, a originalidade e asua história, que o tempo foiafectando.

O projecto, realizado em 2008 pelaFundação Eugénio de Almeida, foico-financiado pelo Ministério daCultura / POC / UE e FEDER. Tendocontado com a colaboração dediversos especialistas, ele permitiurecuperar e valorizar a identidadedeste Jardim emblemático da culturacortesã quinhentista, que agora seabre ao conhecimento e à fruiçãode toda a cidade e dos seus muitosvisitantes. É uma memória históricaviva que vale a pena descobrir.

Este projecto não é filho único, játem antecessores como o Fórum

Eugénio de Almeida ou arecuperação da Cartuxa de Évora.A FEA, segundo Maria do CéuRamos, está muito envolvida com a“regeneração urbana da cidade, emparceria com a autarquia. A FEA vaicriar três novos espaçomuseológicos e culturais: noPalácio da Inquisição com o Centrode Arte Contemporânea, o Museudas Carruagens e Atrelagens eainda a Casa Museu Eugénio deAlmeida”.

A Casa Museu Eugénio deAlmeida pretende homenagear epreservar a memória do fundador,dando a conhecer a identidade dohomem que criou a FEA. Naspalavras de Maria do Céu Ramos,“Eugénio de Almeida foi ummecenas, um homem de cultura,interessado pelo património e umfilantropo que ajudava os outros deforma discreta”, sublinhou.

Casa Pintadas: Um património único, secular e singular, globalizado pela Fundação Eugénio de Almeida.

FEA

FEA

08 | Dezembro | 2008 | 10Sociedade

Direitos humanos em debate

Baltazar Garzón fala na Casa do alentejoA Fundação José Saramago

convidou o juiz espanhol BaltasarGarzón para uma conferência sobredireitos humanos a 11 de Dezembro,em Lisboa, anunciou o escritor.

Durante o lançamento do seulivro "A Viagem do Elefante", quedecorreu no Centro Cultural deBelém, José Saramago referiu queos 10 anos da entrega do PrémioNobel da Literatura, que lhe foiatribuído em 1998, serão

"Jotas" socialistas de Vendas Novas em Fórum

Preparar os jovens para a vida autárquicaÀ semelhança do que aconteceu

no primeiro ano, os objectivosfixados pela estrutura Concelhia daJuventude Socialista de VendasNovas (JSVN) para o evento forama preparação dos jovens paradesempenharem responsabilidadessociais e políticas à frente dosdestinos dos vários órgãos autár-quicos do Concelho de VendasNovas ou da região.

O Fórum de formação e debate daJSVN, contou com a presença doSecretário-Geral da JuventudeSocialista, Duarte Cordeiro, que sali-entou a importância de renovaçãodos quadros dos autarcas doPartido Socialista, "bem como anecessidade de os continuar aformar mais e melhor para as

responsabilidades futuras que terãoem matérias governativas locais".

Participaram no 1º painel aDeputada Paula de Deus, o Verea-dor da Câmara Municipal de Borba,Humberto Ratado; o Presidente daJunta de Freguesia, Jorge Nunes; eLuís Dias, membro da AssembleiaMunicipal de Vendas Novas. Nestepainel foram tidas em consideraçãoe como exemplo as experiênciasdestes jovens autarcas. O segundopainel foi composto por JoaquimLuís Silva, Presidente da Concelhiade Vendas Novas do Partido Socia-lista, pelo Arquitecto Paulo Barral epelo Vice-Presidente da Câmara deReguengos de Monsaraz, JoséGabriel Calixto. Nesta sessão foramabordadas temáticas tidas como

essenciais à preparação do Futurodos Jovens Socialistas Vendasno-venses: "O Planeamento e Ordena-mento do Território e o Desenvol-vimento Sustentável das nossasautarquias".

O Fórum foi encerrado peloCoordenador da Juventude Socia-lista de Vendas Novas, Luís Dias,que destacou a importância de sepensar o que se quer para o futuroda região e do Concelho de VendasNovas, salientando como caminhoobrigatório o "amadurecimentopolítico e técnico de um grupo dejovens empenhados em mudar, semmedos, o panorama do Concelho"."Só com trabalho, com formação ecom muito empenho e espírito deentrega à comunidade poderemos

estar à altura dos desafios que oFuturo nos lançará. Só mereceremoso respeito e a confiança das popu-lações se mostrarmos que somoscapazes de melhorar aquilo que maisimportância assume nas suasvidas" disse no encerramento dodia de trabalhos, assumindo que aJuventude Socialista de VendasNovas "está disposta a trabalharcom todos os que se mostrem in-teressados em desenvolver acçõesde formação para jovens autarcas".

Por último, usou da palavra oSecretário de Estado Adjunto e daAdministração Local, EduardoCabrita que salientou 5 desafiosessenciais ao futuro das autarquiasportuguesas e em especial aoMunicípio de Vendas Novas: o

"Renascimento de um novo ciclo deautarcas e de políticas locais aoserviço das populações"; a "Trans-parência da gestão local com oaumento das parcerias público-privadas"; a "confiança efectiva naDescentralização de Competências,sem medos, nem falsos mitos"; a"Simplificação dos serviços deadministração pública local, àsemelhança do que está a acontecernos serviços do estado"; e porúltimo um desafio do qual depen-derá o sucesso local, regional, mastambém nacional – a "Cooperaçãoentre instituições no sentido demelhorar os serviços prestados,rentabilizando ao máximo osrecursos existentes em cadaconcelho."

Reguengos de Monsaraz comemoraquatro anos da elevação a cidade

O Município de Reguengos deMonsaraz comemora esta segunda-feira, dia 8 de Dezembro, o quartoaniversário da elevação deReguengos de Monsaraz àcategoria administrativa de cidade.O programa inicia-se pelas 16:00horas, no Auditório Municipal dacidade, com as actuações do GrupoCoral da Casa do Povo deReguengos de Monsaraz e doGrupo Al Mouraria.

O Grupo Al Mouraria é formadopor seis elementos que interpretamtemas do Fado mais tradicional e dochamado Fado novo, com pequenasincursões na música popular. Aoabordar o Fado, o grupo fá-lo deuma maneira mais suave, tentandotirar-lhe alguma da sua habitualcarga dramática.

A cidade de Reguengos deMonsaraz ascendeu à categoriaadministrativa de cidade no dia 9de Dezembro de 2004. VictorMartelo, presidente da CâmaraMunicipal de Reguengos deMonsaraz, considera que cumpriu"um objectivo que pretendia atingirdesde que assumi a presidência daautarquia, pois sei que há muitosanos era uma aspiração dos

assinalados pela fundação nos dias9, 10 e 11 de Dezembro.

As iniciativas que vão decorrernesses dias partem do discurso queSaramago fez na altura emEstocolmo e lembram a DeclaraçãoUniversal dos Direitos do Homem ehomenageiam as letras e a LínguaPortuguesa. "Os direitos humanosnão se cumprem", afirmouSaramago na sessão pública delançamento do livro. "Ali se diz que

temos direito à educação e aotrabalho", frisou o escritor, convictoque esta é uma causa "pela qual valea pena lutar". José Saramago até"aconselharia os políticos emcampanha eleitoral" a que façam daCarta dos Direitos Humanos umaquestão central das campanhas.

No dia 9, no Cinema King, seráexibido um filme de Carmen Castilloque fala do Chile de Allende e darepressão que se seguiu, revelou o

escritor. No dia 10, terá lugar umahomenagem à Língua Portuguesa,com a leitura de textos e poemas deautores portugueses numa sessãoque vai contar com a participaçãode actores e do cantor Carlos doCarmo.

Na ocasião, Saramago lembroutambém que há uns anos, quandorecebeu no Brasil o Prémio Camõespediu "que olhassem pelo estadoem que está a nossa língua" e

lembrou mesmo que hoje acha queo acordo ortográfico era necessário."Acho que o acordo eranecessário", afirmou, lembrandoque no Brasil já viu publicadas numjornal as alterações que a escrita vaisofrer.

No dia 11, será o meditático juizespanhol Baltasar Garzón a dar umapalestra, na Casa do Alentejo, sobredireitos humanos, devendo abordarGuantanamo.

Reguengosde Monsarazascendeu àcategoria

administrativade cidade no

dia 9 deDezembrode 2004.

reguenguenses".O autarca sublinha que "a cidade

de Reguengos de Monsaraz será

aquilo que os seus munícipes,agentes económicos, as suasinstituições, as suas gentes

quiserem que seja." Victor Martelorecorda ainda um verso popular doinício do século passado que dizia

"Já Reguengos não é vila/ Já lhequerem pôr cidade/ Por ter a Igrejanova/ Na Praça da Liberdade".

D.R

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Reguengos de Monsaraz, cidade marcante a sul do Tejo.

08 | Dezembro | 2008 | 11Portugal

Banco adianta dinheiroaos agricultores

O Santander Totta e a Confederação dosAgricultores de Portugal (CAP) assinaram umacordo que permite o adiantamento das ajudasprevistas no Fundo Europeu Agrícola deGarantia (FEAGA), anunciou aquelainstituição bancária.

Nos termos do acordo, os agricultorespoderão beneficiar do adiantamento dosincentivos do FEAGA até 80 por cento,estando incluídas várias medidas agro-ambientais, prémios e o regime de pagamentoúnico, um regime de apoio que confere aosagricultores direitos de pagamentos anuais.

A campanha do Santander Totta prevê

As aves das zonas agrícolas da UniãoEuropeia diminuíram para metade nos últimostrinta anos, enquanto as aves comunsreduziram 10 por cento, revela um levan-tamento de organizações internacionais deornitólogos.

As políticas agrícolas, e em especial aagricultura intensiva, são a principal razãopara esta redução, segundo o levantamentodo European Bird Census Council (EBCC) eda Birdlife International, divulgado pelaSPEA-Sociedade Portuguesa para o Estudodas Aves.

Kiwi, cultura promissoraO ministro da Agricultura considera que o

sector do kiwi é um dos mais promissores emtermos de exportação na agricultura pelo que,garantiu, "todos os projectos de qualidadeterão apoio comunitário". Jaime Silva, quefalava em Guimarães, adiantou que emboratenha apenas 26 anos em Portugal, "o kiwitem taxas de crescimentos enormes, compequenos produtores, e boas empresas, e estáa crescer numa lógica de fileira".

"Este é um bom exemplo de fileira pois, hojeem dia, não basta produzir, é preciso, também,embalar, fazer a calibragem, recorrer a técnicasde marketing e comercializar", acentuou.

"Vão ser estudadas as característicasorganoplépticas do fruto, para informar oconsumidor sobre o seu teor de vitaminas,de amido, fósforo, e minerais", disse,referindo que "é preciso que os portuguesessaibam que o kiwi tem mais vitamina C do quea laranja".

Jaime Silva acrescentou que a investigaçãono sector passa, também, pela escolha dasvariedades do fruto em cada estação,nomeadamente para aquilatar das qualidadesdos frutos precoces que amadurecem muitomais cedo. "Esta fileira tem todas as condiçõespara se desenvolver, fornecendo 80 por centoda Península Ibérica e exportando para o norteda Europa", referiu.

ainda a disponibilização de várias linhas decrédito para a aquisição de propriedadesagrícolas e para a instalação de infra-estruturas e produtos de aluguer de longaduração para obtenção de equipamentos.

Segundo refere o banco em comunicado,foi também criada um conta específica para osector - a Super Conta Agricultura - quedispensa os agricultores do pagamento decomissões em vários serviços, comodespesas de manutenção, pagamento deordenados, pagamento a fornecedores etransferências bancárias nacionais, para alémde oferecer três cadernetas de 20 chequescruzados por mês.

Cultura exótica fortalecerá as exportações agrícolas portuguesas

Aves em risco

Política agrícola reduzefectivos europeus

"De uma forma geral, o número de aves comunsdiminuiu cerca de 10 por cento entre 1980 e 2006em toda a União Europeia. As populações de avescomuns florestais diminuíram também cerca de 10por cento, enquanto as das aves comuns daszonas agrícolas diminuíram drasticamente, cercade 50 por cento".

A intensificação da agricultura, tal como aperda da diversidade de cereais, a destruiçãode prados e sebes e o "excessivo" uso depesticidas e fertilizantes são as principaiscausas invocadas pelos especialistas para odeclínio no número de aves.

Confederação dos Agricultores de Portugal convence Santander Totta

Neste Natal aposte em 2009!

D.R

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D.R.

Uma cultura em expansão nacional, um trunfo para as exportações portuguesas.

O número de aves comuns diminuiu drasticamente.

08 | Dezembro | 2008 | 12Publicidade

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08 | Dezembro | 2008 | 13Saúde

Nem todas as guerras sãotravadas num campo de batalhafísico e palpável: algumas sãotravadas no nosso interior contrainimigos invisíveis a olho nu e porvezes estas são as mais difíceis devencer. Falo-vos da Sida.

No passado dia 1 de Dezembroassinalou-se mais um Dia Mundialda Sida e a propósito destaefeméride, vários médicos reuniram-se em Lisboa num workshop paradebater esta temática, conformenoticiou a Agência Lusa.

No evento foram apresentados osdados mais recentes sobre o Vírusda Imunodeficiência Humana (VIH)no nosso país e que apontam paraa notificação de 33.815 casos desdeo ano de 1983. No entanto, averacidade total destes números éfrequentemente questionável, pois,como apontaram alguns dosparticipantes no encontro, algunsdos casos não são notificadospelos médicos.

Uma das preocupações expressano evento é o aumento do númerode casais idosos afectado, públicoeste que, segundo os interve-nientes, raramente se encontra nascampanhas de sensibilização. Defacto, as últimas campanhas que melembro de ver não envolviamidosos. Uma dessas campanhascontinha jovens e adultos a fazeremtestes de sangue e a abriremenvelopes com más notícias e outradizia que não devíamos acreditarque os "anjos" (entenda-secônjuges) não têm sexo. Os idososnão eram visados em nenhumadelas.

Creio que a Sida em idosos aindaé considerada um assunto tabu. Umidoso com Sida é visto como umasituação anormal, afinal ser-seportador do vírus é algo que estáerradamente associado aosdevaneios da juventude e ser-seidoso é sinónimo de sentido deresponsabilidade.

As alterações que a vida de uminfectado com o VIH sofre é algoque não deve ser ignorado. A Sidaexiste independentemente denotificações e de idades - há queacordar para a realidade.

Seja jovem, adulto ou idoso, tenhacuidado, até porque o meio detransmissão do vírus não reportaapenas à via sexual. Em caso dedúvidas, pode sempre contactar alinha Sida através do telefone 80026 66 66.

RUTE CANHOTO

SIDAnão dá

tréguas

Medicamentos seguros

Genéricos: bons paradoenças cardiovasculares

Os genéricos são clinicamenteequivalentes aos medicamentos demarca usados no tratamento dasdoenças cardiovasculares, segun-do uma análise de múltiplos estudosclínicos publicada pelo Jornal daAssociação Médica Americana(JAMA).

"Os preços elevados dosmedicamentos devem-se essencial-mente aos medicamentos de marca,que são muito caros durante operíodo em que a sua patente éprotegida a seguir à autorizaçãopara a sua entrada no mercado" nosEstados Unidos, escrevem osautores da investigação.

Num esforço para controlar aexplosão dos custos da saúde, ogoverno federal norte-americano enumerosas seguradoras e médicos

Hemodiálise em Portalegre

Dois centros de tratamentode hemodiálise para 2009

A cidade de Portalegre vai receberdois centros de tratamento dehemodiálise já no próximo ano.

A Fundação Renal Portuguesa(FRP) vai construir um dos centrosnum investimento de 2,5 milhões deeuros, que deverá estar concluídono Verão de 2009, revelou à agênciaLusa fonte do município local.

De acordo com o vereador Luís

Calado, "a escritura de venda de umterreno na zona industrial de Porta-legre por parte da autarquia já foiefectuada, devendo as obras come-çar em breve para estarem concluí-das no início do Verão de 2009".

O Centro de Hemodiálise dePortalegre terá capacidade parareceber, numa fase inicial, cerca de180 doentes renais crónicos em

hemodiálise e cerca de 40 em diáliseperitoneal.

Situado numa área de 4945 metrosquadrados, o equipamento vaidispor de uma sala de hemodiálisecom mais de 436 metros quadradose de uma outra sala, fisicamenteseparada, destinada ao tratamentode doentes renais crónicos,portadores de patologias conta-

minantes.O Centro de Hemodiálise terá

ainda uma sala com cerca de 40metros quadrados para o treino dedoentes em diálise peritoneal e doisconsultórios para apoio clínico epsicológico aos doentes renaiscrónicos.

O projecto prevê ainda, numaprimeira fase, a criação de cerca de20 a 30 postos de trabalho.

Luís Calado alegou que o muni-cípio de Portalegre "tem duas razõespara estar satisfeito com esteinvestimento".

"Em primeiro, os doenteshemodializados da região já não vãoprecisar de sair do distrito para fazertratamento e, em segundo lugar, esteinvestimento é positivo porque criapostos de trabalho", disse.

Também em Portalegre, a UnidadeLocal de Saúde do Norte Alentejano(ULSNA) tem também em marcha aconstrução de um outro centro dehemodiálise, inserido no ServiçoNacional de Saúde (SNS).

O porta-voz do hospital dePortalegre, Ilídio Pinto Cardoso,adiantou à agência Lusa que oequipamento também deverá estarconcluído em 2009, num investi-mento de 2,5 milhões de euros. Ocentro de hemodiálise vai serconstruído num terreno cedido pelomunicípio de Portalegre. A ULSNA,constituída a 01 de Março de 2007,integra os hospitais de Portalegre eElvas e os 16 centros de saúde dodistrito de Portalegre, depois deextinta a sub-região de saúde.

encorajam a substituição dosmedicamentos de marca pelas suasversões genéricas logo que expiramas patentes.

Porém, doentes e médicosmostram-se preocupados com umaeventual menor eficácia dosgenéricos.

"As empresas farmacêuticasderam a entender em comunicadose na imprensa que os genéricospoderiam ser menos eficazes emenos seguros do que os medica-mentos de marca", escrevem noestudo investigadores da Facul-dade de Medicina da Universidadede Harvard (Massachusetts).

O estudo consiste numa vastaanálise de estudos clínicoscomparativos de genéricos emedicamentos de marca publicados

entre 1984 e Agosto de 2008, deforma a determinar a opinião dosperitos sobre a questão.

Foram também examinadosartigos publicados na imprensasobre este tema durante o mesmoperíodo.

No total, os investigadoresidentificaram 47 artigos de análisemédica detalhada de novemedicamentos cardiovasculares(genéricos e de marca), dos quais38 (ou 81 por cento) apresentavamresultados de ensaios clínicoscontrolados com participantesescolhidos ao acaso. Em todos oscasos, sem nenhuma excepção, osgenéricos foram tão eficazes comoos medicamentos de marcaequivalentes. No entanto, entre os45 artigos de imprensa publicados

no mesmo período, 23 (53 por cento)contrariavam a ideia de que osgenéricos e os medicamentoscardiovasculares de marcadevessem ser indiferentementereceitados. Esta discrepânciapoderá ser explicada, por um lado,por inquietações de médicos"baseadas em experiências anedó-ticas ou outros ensaios não clíni-cos", ou "por ligações financeirasentre os autores dos artigos e asempresas farmacêuticas, nemsempre transparentes", referem osautores do estudo.

Cerca de 50 por cento dos ensaiosclínicos incluídos na amostra daanálise (23 em 47) e a totalidade dosartigos de imprensa são omissossobre o seu financiamento,segundo os investigadores.

OPINIÃO

D.R

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Doentes renais do norte alentejano vão ter centros de tratamento já em 2009.

08 | Dezembro | 2008 | 14

Terminado o prazo paraapresentação de candidaturas aosÓrgãos Sociais da TGLA - TurismoTerras do Grande Lago Alqueva -Alentejo, deu entrada uma únicalista candidata à direcção daquelaEntidade Regional de Turismoencabeçada por Francisco Chalaça,que exerce actualmente as funçõesde administrador executivo daGESTALQUEVA, SA - Sociedade deAproveitamento das Poten-cialidades das Albufeiras deAlqueva e Pedrógão - e deadministrador não executivo daGESCRUZEIROS, SA. - Sociedadepara o Aproveitamento da Activi-dade Marítimo - Turística no GrandeLago Alqueva.

Reguengos de Monsaraz assina protocolode serviços para pessoas com deficiência

Portugal

Comemoração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

O Município de Reguengos deMonsaraz comemorou o DiaInternacional das Pessoas comDeficiência, no dia 5 de Dezembro,através da assinatura do Protocolode Instalação do Serviço deInformação e Mediação paraPessoas com Deficiência (SIM-PD),com a Secretaria de Estado daReabilitação. O serviço vai entrar emfuncionamento durante este mês noGabinete de Acção Social domunicípio de Reguengos deMonsaraz.

Os Serviços de Informação eMediação para as Pessoas comDeficiência vão prestar às pessoascom deficiências ou incapacidade eàs suas famílias, uma informaçãoacessível, personalizada, global eintegrada sobre os direitos,benefícios e recursos existentes,apoiando-as na procura dassoluções mais adequadas à suasituação concreta e fortalecendo assuas capacidades para assumirem,nas respectivas comunidades, osdireitos e deveres cívicos inerentesa qualquer cidadão.

José Calixto, vice-presidente daCâmara Municipal de Reguengosde Monsaraz, afirma que "emboratodos os serviços públicos eprivados devam ter, na respectivaárea de competências, estapreocupação, sendo as pessoascom deficiências ou incapacidade esuas famílias um segmentominoritário da população global comque trabalham, nem sempre é fácil

Francisco Chalaça vai presidira Turismo de Alqueva

A lista candidata à Direcção temainda como candidatos a vogaisefectivos: Dimas Ferro, quadrosuperior da EDIA e sócio gerenteda empresa de animação turística"Alentejo Trails"; Sofia Vieira,Directora do Hotel Rural "Refúgioda Vila"; João Nabais, Presidente daCâmara do Alandroal e José MariaPós de Mina, Presidente da CâmaraMunicipal de Moura.

São ainda candidatos a vogaisnão efectivos: Maria Vitória Duarte,proprietária da Unidade de TurismoRural "Monte Alerta"; RogérioDiamantino, proprietário daUnidade de Turismo Rural, "Quintaldo Rossio"; Manuel Bação Lopes,empresário do sector turístico e

Maria José Peixeiro, proprietária daUnidade de Turismo Rural "Casasdo Montado".

Deu igualmente entrada umaúnica lista candidata à AssembleiaGeral do TGLA, que apresenta comocandidato a Presidente da MesaVictor Martelo, Presidente daCâmara Municipal de Reguengosde Monsaraz, como candidatos aSecretários surgem NorbertoPatinho, Presidente da CâmaraMunicipal de Portel e SantinhaLopes, Presidente da CâmaraMunicipal de Mourão.

A eleição realizar-se-á no próximodia 18 de Dezembro e fechará o ciclode 3 eleições, no Alentejo, das novasentidades regionais de turismo,

resultantes da reestruturação desteimportante sector da economianacional. Nesta região passarão aexistir 3 entidades: a TurismoAlentejo, que corresponde aosterritório de todos os municípios doAlentejo que integram a NUT II (47municípios); a Turismo Terras doGrande Lago Alqueva quecorresponde ao território dos 6municípios que o PENT definiucomo integrantes do Pólo Turísticode Alqueva (Alandroal, Barrancos,Moura, Mourão, Portel eReguengos de Monsaraz); aTurismo do Alentejo Litoral queengloba 5 municípios (Alcácer,Grândola, Odemira, Santiago deCacem e Sines,).

ser-lhes disponibilizado o aten-dimento e o apoio de que precisam,já que, em muitos casos, a resoluçãodos seus problemas implica umaintervenção concertada entre váriosserviços e/ou instituições que nemsempre é fácil de conseguir". É comessa intenção que o Município deReguengos de Monsaraz vaiavançar com um serviço que integra

profissionais que tenham estapreocupação específica e quemobilizem os saberes e recursosexistentes numa perspectiva deapoio e de intervenção directa,personalizada e integrada juntodestas pessoas, promovendo aigualdade de oportunidades e aplena participação social.

José Calixto salienta ainda que "a

autarquia deve afirmar o compro-misso de repensar totalmente o lugardas pessoas com deficiência nasociedade e contribuir para que associedades sejam verdadeiramenteinclusivas". O autarca defende que"as autarquias, em virtude docrescente envolvimento e preocu-pação com os problemas sociais daspopulações das respectivas áreas

geográficas, são pela cultura deproximidade, as entidades melhorposicionadas para assegurarem oserviço de atendimento das pessoascom deficiências ou incapacidade esuas famílias, desde que lhes sejamgarantidos os meios e o suporte deretaguarda necessários".

O Dia Internacional das Pessoascom Deficiência – 3 de Dezembro -é uma data comemorativa interna-cional promovida pelas NaçõesUnidas desde 1998, com o objectivode promover uma maior compre-ensão dos assuntos relativos àdeficiência e mobilizar a defesa dadignidade, dos direitos e do bemestar das pessoas. Procura tambémaumentar a consciência dosbenefícios trazidos pela integraçãodas pessoas com deficiência emcada aspecto da vida política, social,económica e cultural.

Para assinalar a data, a autarquiaorganizou, na Escola Básica do 1ºCiclo de Reguengos de Monsaraz,demonstrações de actividades deapoio aos deficientes com recursoa animais, como por exemplo,equitação terapêutica, equitação,passeios de charrete, passeios deburro e demonstração de cães daGNR e da PSP. Durante o mês deDezembro, o Município deReguengos de Monsaraz vaicolocar o logótipo do DiaInternacional da Pessoa comDeficiência no site institucional enos documentos oficiais (ofícios efaxes) da Câmara Municipal.

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Autarquia cria Serviço de Informação e Mediação para Pessoas com Deficiência

08 | Dezembro | 2008 | 15Cultura

José Pinto de Sá | Registo

Que balanço se pode fazer doFIKE 2008?

Desde logo é possível fazer umbalanço da participação do públicoe da capacidade de organização daequipa do festival. Num ano em queescassearam os apoios, e em queas instituições se retiraram do FIKE,foi possível levar a cabo uma ediçãode altíssima qualidade, comcapacidade de organização e demobilização de todos os meios queestavam ao alcance do festival paraa sua concretização. Acima de tudofoi possível ter a sala cheiapraticamente em todas as sessões.Para nós, isso significou, primeiro,uma aposta ganha. Segundo, que ofestival é um evento de extremaimportância para a cidade. Eterceiro, que continuamos a prestarum excelente serviço à Cultura emÉvora.

E os aspectos negativos?Como referi, a questão da

ausência institucional no festival éde facto aquilo que mais me custater que admitir que aconteceu.Custa-me, por exemplo, quetenhamos tido aqui uma delegaçãode alto nível do Brasil seminterlocutores à altura. Custa-me aausência do Instituto do Cinema edo Audiovisual, do governoportuguês e da Câmara Municipalde Évora no festival, paraacompanhamento dessa delegação,que estava aqui com objectivosclaros de lançamento de uma ponteque passasse pela cooperação

Festival Internacional de Curtas-Metragens de Évora faz o balanço:

FIKE 2008 foi um êxito apesardo alheamento institucional

cultural entre a cidade de Évora e oBrasil. Num momento em que, noestado de S. Paulo, se preparamimportantes investimentos emÉvora, como é o caso da Embraer[Empresa Brasileira de Aeronáutica,S.A.], faz todo o sentido que existaesta abertura e esta vontade. Esperoque, dos contactos que foi possívelfazer, nomeadamente entre a CâmaraMunicipal de Évora e a delegaçãode Atibaia, possa aproveitar-se estamaré de boa-vontade, interesse ecuriosidade sobre Évora, sobre acultura alentejana, sobre a culturaportuguesa. Outro aspecto que meparece extremamente importantereferir é que, da parte do Institutodo Cinema e do Audiovisual, houveuma ausência completa no festival.A par do apoio institucional dadopor concurso público - aquém doque seriam as necessidades dofestival -, espero que o Instituto doCinema e do Audiovisual e os seujúri tenham a capacidade de fazeruma leitura crítica do que foi aedição deste ano do FIKE. E aedição deste ano do FIKE foi, antesde mais nada, o reconhecimento porparte de parceiros internacionais daimportância do projecto que temosvindo a desenvolver.

O terceiro aspecto que consideroextremamente positivo é ao nível dacomunicação social, que fez umtrabalho fantástico à volta dofestival. Desde logo pela presençade uma equipa de televisãocanadiana, de uma equipa daEuronews, de duas jornalistasbrasileiras acreditadas no festival,

e também de correspondenteseuropeus, que registámos commuito agrado.

A que se deve esse alheamentoinstitucional?

Penso que se deve sobretudo àfalta de sensibilidade para perceberque um festival de cinema faz mais

O director do FestivalInternacional de Curtas-Metragens de Évora(FIKE) considera que aedição de 2008, queterminou no dia 29, foide “altíssima qualidade”e confirmou o prestígiointernacional do evento,que mereceu extensacobertura na Euronewse na televisão canadiana.No entanto, João PauloMacedo deplora oalheamento dasinstituições nacionais eautárquicas, e a suaincapacidade para seaperceberem do enormepotencial do FIKE paraa promoção da cidade eda região.

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por uma cidade do que qualqueroutro evento. Um festival de cinemaserve como um veículo decomunicação, como momentocultural, e como momento depromoção. E o FIKE tem todasessas vertentes desde a suaprimeira edição. Isso é visível peloretorno das pessoas da cidade, e évisível pela exposição e peloreconhecimento internacional queo festival tem. Penso que é uma faltade sensibilidade para perceber aimportância que isso tem para otecido económico da cidade. Umasérie de empresários das áreas doturismo, da hotelaria, darestauração, já percebeu, e por issose associou ao festival de umaforma muito importante, eu diria

quase decisiva para que o festivalpudesse acontecer. Também asinstituições deviam ter percebidoque, a par de outros eventos de igualnível de impacte local, o FIKE tem oacréscimo da visibilidade e oreconhecimento internacional doseu potencial e da sua capacidadepara promover a cidade e a região.

Acha que o êxito da sétima ediçãopoderá influenciar positivamenteas instituições que referiu?

Penso que este é o momento deas entidades em Évora perceberemque o FIKE é talvez o seu melhorcartão de visita, é talvez a suamelhor forma de promoção junto dosagentes turísticos e culturaisinternacionais, junto dos mediainternacionais. Estou convicto quequando tivermos mais resultadosdo que foi a comunicação do festivaldeste ano, vai ser possível ajuizarde uma forma muito mais pragmáticao que queremos dizer com isto. E oque queremos dizer com isto, porexemplo, é que o facto derecebermos uma equipa de televisãocanadiana interessada emdocumentar o festival e a região,num documentário que vai passar 3vezes dia numa das maisimportantes cadeias de televisãocanadianas, significa um preçoabsolutamente incrível depromoção. Significa uma incrívelmanobra de relações públicas dacidade e da região, ao nível do quenunca foi feito. Estamos a falar deum momento em que, mais uma vez,o retorno que o FIKE traz à cidade émuito grande, e podia ser ainda mais

potenciado se houvesse umenvolvimento, uma aposta, e acimade tudo a vontade de que o festivalse desenvolvesse na sua plenitude.Recordo que, para fazermos ofestival este ano, tivemos queamputar o programa inicialmenteprevisto de um conjunto de eventosque podiam ser de uma importânciamuito grande. Por um lado porqueesses eventos permitiriam trazer àcidade muito mais órgãos decomunicação social e um conjuntomuito mais alargado depersonalidades internacionais, queampliariam o espectro do interessemediático sobre o festival. Por outrolado, essas pessoas serviriamseguramente de embaixadores deÉvora, do Alentejo e do FIKE, comoservem todas as que passaram pelofestival este ano.

Como vê o futuro do FIKE?O futuro do FIKE depende

fundamentalmente de duas coisas.Depende da capacidade dasinstituições locais, depois destaedição do FIKE, se aperceberem daimportância do festival, e desde logoda criação das condições básicaspara a sua sustentabilidade.Depende também da capacidade demobilização - que não incumbeexclusivamente à organização dofestival -, dos meios necessários àsua efectivação em plenitude.Chega de fazer um evento de grandesucesso, onde a presença dopúblico é maciça, onde aquilo que éexigido às pessoas que estão naorganização do festival está acimadaquilo que é razoável.

“(...) falta de sensibilidadepara perceber que um

festival de cinema faz maispor uma cidade do que

qualquer outro evento. Umfestival de cinema serve

como um veículo decomunicação, como

momento cultural, e comomomento de promoção.”

João Paulo Macedo: FIKE com mais uma edição de elevado sucesso nacional e internacional.

08 | Dezembro | 2008 | 16

Regras de ouro para líderesPenso que de um modo ou de

outro, todos nós somos oudesejamos ser líderes em muitosmomentos na nossa vida. Portugalneste momento parece não terentendido o que é liderança emdemocracia, será que este artigo iráajudar?

1. A coragem não é a ausência demedo, é sim conseguir inspirar osoutros a irem ainda mais além.

De facto, ao longo da nossa vida,quantas vezes julgamos que acoragem é unicamente a ausênciade medo. Não, a coragem é mais queisso, agora então que em Portugalgrassa uma profunda crise devalores e se vive na incerteza de umfuturo incerto, ter coragem é darforça aos nossos outros nestaviagem pela vida.

2. Para sermos líderes não énecessário seguir no esquadrão dafrente. Se formos, nunca poderemosesquecer quem vem atrás.

Este é um erro em que muitoslíderes se deixam cair, isto é, não darimportância aos que na sua humildecondição, na verdade são as"bases". Estas à primeira vistaparecem insignificantes, mas nãosão…

3. Também se pode liderar daretaguarda sem se deixar de se serlíder. Os que vão à frente julgamser os verdadeiros líderes, contudoestão somente a ser manobrados…

A sede de poder está semprepresente no ser humano, por isso, adada altura, certos lideres fim

entendem qual é o seu verdadeirolugar da liderança. Nem sempre oseu lugar é à frente, sob a luz dascâmaras, mas na retaguarda, nosbastidores…Os que estão à frentedão a cara, os que estão atrás,manipulam! Esta situação faz-melembrar algo…

4. O líder tem que conhecer bemo inimigo e até aprender sobre oseu desporto favorito.

Este é um princípio já valorizadopor muitos líderes. Há que aprender

a "linguagem e o modo de pensardos nossos adversários". Saber atéos seus costumes, as suas debili-dades e os seus gostos. Só assimpoderemos lidar com eles empaz…Se um dia tivermos mesmo denos confrontar com eles, podemosevitar que aconteça algo denegativo e desagradável, já sabe-mos como ir directo ao seu coraçãoe como chegar logo a um enten-dimento imediato.

5. O líder deve manter os amigos

importante, mas mais que tudo, umsorriso sincero pode quebrartantas barreiras.

Esta é uma máxima a não esquecerna vida. O fato que trazemos podeser simples, mas cuidado, masmelhor que tudo, se o nosso sorrisofor sincero e bondoso, poderemosconquistar quem queira estar aonosso lado.

7. Para um líder nada é brancoou é preto!

Sem que esta máxima nadatenha de racial, deve ser valori-zada. A diversidade é enrique-cedora e não deve ser olhadacomo um desafio. Muitas vezesé pela perspectiva do outro queaprendemos quantas coisas quede outro modo nunca entende-ríamos!

8. O líder deve ter a humildadepara reconhecer o erro.

Não existe ser que não erre, enunca é sinal de fraqueza conseguira humildade para reconhecer o erroe pedir desculpa a quem seprejudicou.

9. O líder deve saber que desistiré sinal de maturidade e dedeterminação.

Devemos sempre entender qual éo momento certo para nos retirar-mos, sem que isso signifique umaperda de qualidades.

Também na natureza há ummomento para tudo:

"Tal como as árvores dão a florna sua hora, também dão o fruto noseu tempo."

Cultura

“Almira, a Moura Encantada”na FNAC do Fórum Almada

O romance histórico “Almira, aMoura Encantada”, da autoria daescritora alcacerense Rute Canhotoe com a chancela da Corpos Editora,vai ser apresentado no próximo dia15 de Dezembro (segunda-feira) naFNAC do Fórum Almada.

Agendada para as 21h30, aapresentação está aberta a todos osinteressados em assistir e vai contarcom a participação da arqueólogaMarisol Aires Ferreira, quecolaborou na reconstituiçãohistórica dos factos patentes nolivro.

Recorde-se que “Almira, a MouraEncantada” assume como principalobjectivo a divulgação da lenda docastelo e a história de Alcácer doSal, além de promover diversosaspectos actuais desta localidadesituada no litoral alentejano.

A obra em si narra a história deAlmira, uma jovem de 16 anos que

“Danças com Lobos”

MARGARIDA PEDROSA

perto de si, mas os inimigos aindamais.

Ao longo da nossa vida, devemosconviver com os amigos, mas nuncaignorar os nossos inimigos. Eles defacto existem e nunca devemosdesvalorizar a sua força. Sem ostemer, aprender a viver com essarealidade. Só tem inimigos quem temum pouco de carácter e de valor,aqueles que não os têm são os "seres plasticina "…

6. Num líder a aparência é

“Almira, a MouraEncantada”: lenda

e história, deAlcácer-do-Sal

vive em Lisboa e que contra a suavontade é trazida até Alcácer do Salpara visitar a sua avó paterna.Embora inicialmente julgue quepassar um fim-de-semana emAlcácer vai demorar uma eternidadee que vai ser uma grande “chatice”,rapidamente as coisas mudam defigura à medida que vai conhecendoo que de melhor o concelho tem. Ajovem vai ficar ainda maissurpreendida quando descobriratravés da avó que, afinal, o seunome se reporta ao séc. XIII,período em que a bela moura Almirase apaixonou pelo cavaleiro D.Gonçalo, originando uma história deamores conturbados que aindahoje perdura na memória colectiva.

A autoria deste livro cabe a RuteCanhoto, de 24 anos, residente emAlcácer do Sal e licenciada emComunicação Social pela EscolaSuperior de Educação de Setúbal.

A escritora, cronista e jornalista, Rute Canhoto, não pára de elevar o sentido histórico da terra que a viu nascer.Alcácer-do-Sal, marcará presença pela sua pessoa num dos palcos de difusão da literatura portuguesa, a FNACdo Fórum Almada.

08 | Dezembro | 2008 | 17

Dança Contemporâneaem Festival Internacional

A Companhia de DançaContemporânea de Évora (CDCE),no quadro da programação regionalde dança que desenvolve anual-mente, realiza no período de 6 a 19de Dezembro, a 9ª edição do FestivalInternacional de DançaContemporânea (FIDC).

O festival, anual, iniciou em 1997,uma abordagem pioneira deprogramação da dança portuguesa,no Alentejo, abriu espaço àcirculação de criadores nacionais eestrangeiros. As primeiras ediçõestiveram como propósito a formaçãode públicos que progressivamenteforam sendo sedimentados atravésde várias estratégias culturais eartísticas, que se expandiram pelaregião. Em sistema de co-produçãocom várias autarquias da região, ofestival em cada edição foiampliando o seu território deincidência e desenvolvendo umaidentidade estética, através de umaprogramação multidisciplinar.

Foi neste sentido que o FIDC,inicialmente vocacionado apenaspara a dança, passou, a partir de2002, a apresentar um novo perfil,abrangendo uma nova modalidade:a performance. A esta viriam aacrescentar-se, em 2005, o teatro, amúsica, as artes plásticas e o vídeo/multimedia.

A introdução no tronco daprogramação destas expressõesdistintas, porém complementares àdança, visou afirmar a importânciada miscigenação das artes para aconstrução de um futuro maissólido, de uma identidade. Por outrolado, uma vez que a dançacontemporânea utiliza cada vez maispráticas teatrais na formação dosseus bailarinos e no desenvol-vimento da dramaturgia das obras,tal miscigenação fomenta aagregação e a interacção deintérpretes e criadores de diversasáreas e tendências artísticas.

É assim que, ao longo das váriasedições, os palcos do festival,configurados nos mais diversi-ficados espaços interiores eexteriores, têm vindo a proporcionarum grande lugar de encontro, devivências, entre naturezas expres-sivas e indivíduos. Um momento departilha entre criadores nacionais eestrangeiros, que neles puderamapresentar em estreia absoluta naregião as suas obras. Entre osartistas convidados contam-se, porexemplo, nomes como SusanneLinke, Vera Mantero, FranciscoCamacho, Sílvia Real, AméliaBentes, Joachim Slömmer, entre

globalizante e integradora, aintervenção socio-cultural nacomunidade, através de: programasespecíficos para a participação dospúblicos, considerados na pers-pectiva dupla de consumidores e«criadores»; o envolvimento dediferentes segmentos da popu-lação: jovens e séniores, eruditos epopulares, rurais e urbanos.

A edição de 2008, centrada emÉvora apresenta exclusivamente otrabalho de criadores portugueses,desenvolve, uma vez mais, umconceito de programação globa-lizante que inclui espectáculos,Oficinas de Dança para adultos e opara o Jovem Público, num mesmotempo e em vários espaçosdescentralizados. Os espectáculos,algumas estreias nacionais sãoapresentados na Black Box daCDCE e de forma itinerante, porvários estabelecimentos de ensinodo concelho.

A abertura do FIDC coincide coma inauguração oficial da sala deespectáculos da CDCE – BLACKBOX. A BLACK BOX é uma sala deespectáculos com uma lotação de75 lugares. Uma sala polivalente quepermite a realização de espectá-culos, residências, oficinas, etc. Umespaço para dança, teatro, música,que permite ao espectador desen-volver uma maior fruição com asobras. O FIDC inaugura, ainda, aprogramação regular da sala, quemensalmente irá incluir espectá-culos e um serviço educativodirigido ao jovem público.

A programação abriu dia 6, comum espectáculo de teatro parabebés. Em estreia, dia 7 e 8, a maisrecente criação de Nélia Pinheiropara a CDCE, TO BOXE. Nos diasseguintes a programação incluiespectáculos, oficinas de dança,leituras dramatizadas, para crianças,acções que decorrem nas váriasescolas e infantários da cidade efreguesias rurais. Aldara Bizarro,Mário Afonso, Leonor Baratacirculam ao encontro das crianças,contam e dançam histórias,promovem a criatividade e o lúdicono espaço educativo. A Black Boxda CDCE acolhe propostas de dançae performance: David Marques coma sua mais recente criação MOTORDE BUSCA (dia 10); FranciscoCamacho com a sua nova obraCOUP D’ETAT (dias 12); TiagoGuedes com a peça que consagroua sua carreira internacional UMSOLO; Miguel Bonneville com aobra co-produzida pela CDCE em2007, MB#4, uma estreia em Évora.

outros.Inerente ao conceito do festival,

desenvolve-se uma cumplicidade eum interesse particular napromoção de obras de novoscriadores, incentivando-os àprodução de novas criações, sejamestas de dança, teatro, música ouvídeo.

A paleta expressiva que compõecada programação procura esta-belecer vínculos com a população

e desassossegar as naturezasculturais dos públicos, afirmando avocação experimental do evento ea sua aposta na promoção de novosconsumos culturais e na formaçãode públicos.

Mantendo Évora como pólodinamizador de uma rede deparcerias culturais, o FIDCincentiva o desenvolvimento deapetências e práticas, afirma-secomo um momento agregador de

vontades, uma entidade regional/nacional identitária, erguendo econsolidando pontes entre asdiversas comunidades da região, osdiversos públicos e escalõesetários, as várias linguagensartísticas. De ano para ano, o campode acção alarga-se no sentido deum envolvimento crescente dapopulação, dos artistas e dospoderes locais.

De destacar, nesta dimensão

9ª Edição do FIDC, organizada pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora decorre até 19 de Dezembro

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A 9ª edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea já está a fazer sonhar o público

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Até 19 de Dezembro sucedem-se os espectáculos.

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José Sócrates não está disponível para sereformar da política e espera não o fazer“antes do novo hospital de Braga estarconstruído”, afirmou o próprio por ocasiãodo anúncio de construção desta nova unidadehospitalar no Norte do país.

Perante a crise económica global, JoséSócrates, voltou a enfatizar a necessidade dese reforçar o investimento público em 2009.Frisando ser este o momento em que o paísmais precisa da intervenção do Estado, paraefectivar o relançamento da economianacional provocando estabilidade noafectado sistema financeiro.

O primeiro-ministro considera mesmo queo país não pode ficar “sentado” a ver aincapacidades das famílias portuguesas emrecorrerem ao crédito para o investimento, daíconsiderar que compete ao estado o papel deestimular a economia e os seus actores.Justificando a acção governativa na decisãopelo aval às entidades financeiras emdificuldades, José Sócrates amenizou com agrantia de que era a medida mais direccionadaàs famílias portuguesas. Seja dizer que o chefedo executivo considera que “segurando abanca” promove o acesso ao crédito por partedas famílias. Como receita para o reforço doinvestimento público apresentou umaredução do défice, que diz ser possível semsufocos para os objectivos nacionais

Economia

Sócratesquer maisinvestimentopúblico em2009

2009: poderá ser mau ano para o turismo

Turismo no Alentejo poderácrescer 15% no próximo ano

A maioria dos inquiridos do BarómetroAcademia Aberta do Turismo considera que2009 vai ser pior do que 2008 para o sectorturístico português, revelou o Instituto dePlaneamento e Desenvolvimento do Turismo(IPDT).

"Maioria dos inquiridos acredita que opróximo ano será globalmente pior que 2008",refere o IPDT, em comunicado, acrescentandoque o painel aprova uma eventualcandidatura conjunta de Portugal e Espanhaà organização do Campeonato Mundial deFutebol.

Apostar em novos mercados e em eventosque possam potenciar a imagem de Portugalno estrangeiro são "alguns dos trunfos quepoderão fazer face à crise", na opinião dopainel, constituído por mais de 100administradores de empresas, gestorespúblicos e académicos do sector.

"O pessimismo do painel de inquiridosrelativamente ao próximo ano estende-se atodos os itens relacionados com receitasprovenientes do turismo. A maioria consideraque 2009 será pior ao nível do número dedormidas na hotelaria (80,6 por cento), donúmero de turistas (72,1 por cento), do gastomédio por turista (66,2 por cento) e,obviamente, das receitas globais (81,4 porcento)", realça o IPDT.

O instituto, fundado em 2003 porpersonalidades ligadas ao sector, salienta que"praticamente 80 por cento dos inquiridos(79,5) defende que, globalmente, 2009 será'pior' ou 'muito pior' que 2008, ao nível doturismo nacional".

Para os participantes no último painel,Lisboa é a região com maior potencial turísticode crescimento, (com 48,7 por cento dasrespostas), seguida do Porto (25 por cento) edo Alentejo (15,8 por cento).

Na cauda da tabela estão a região Centro(1,3 por cento) e o Algarve (9,2 por cento).

O painel considera que "as unidadeshoteleiras de pequena e média dimensãoserão aquelas que mais sofrerão com a crise

económica mundial".Leste europeu, Rússia, China, Brasil,

Escandinávia, Índia, Japão e Médio Orientesão, para os inquiridos, os novos mercadosem que turismo português deve apostar.

O Barómetro Academia Aberta do Turismoé um fórum mensal da responsabilidade doIPDT, que tem como missão o ensino pós-graduado e a investigação aplicada, ligadosao sector.

D.R

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Turismo na região Alentejo só subirá quinze por cento.

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