12
FAUTL, 2007/08, PROF. CARLOS S. LAMEIRO PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO FORMA MODO sob o qual uma coisa existe ou se manifesta; o estado debaixo do qual PERCEBEMOS uma coisa; FIGURA; || em geometria, a CONFIGURAÇÃO EXTERIOR de uma superfície, de um sólido. || MODELO, molde de qualquer coisa. || MANIFESTAÇÃO, estado. FORMAS PURAS (PLATÓNICAS) emprego de prismas elementares», IN Le Corbusier, Vers une architecture FAUTL, 2007/08, PROF. CARLOS S. LAMEIRO PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO FORMAS PURAS (PLATÓNICAS) todas as condições da definição do dicionário parecem ser correspondidas nesta interpretação CONCEPTUAL da arquitectura, proposta por Le Corbusier. Centro Episcopal de Pisa, Aldeia da Tribo Dogon, África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura, «Pisa: cilindros, cones, cubos», IN Le Corbusier, The city of To-morrow and its planning

SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

  • Upload
    leque

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

1

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

FORMAMODO sob o qual uma coisa existe ou se manifesta; o estado debaixo do qual PERCEBEMOS uma coisa; FIGURA; || em geometria, a CONFIGURAÇÃO EXTERIOR de uma superfície, de um sólido. || MODELO, molde de qualquer coisa. || MANIFESTAÇÃO, estado.

FORMAS PURAS (PLATÓNICAS)

emprego de prismas elementares», IN Le Corbusier, Vers une architecture

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

FORMAS PURAS (PLATÓNICAS) ‏todas as condições da definição do dicionário parecem ser correspondidas nesta

interpretação CONCEPTUAL da arquitectura, proposta por Le Corbusier.

Centro Episcopal de Pisa, Aldeia da Tribo Dogon, África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura, «Pisa: cilindros, cones, cubos», IN Le Corbusier, The

city of To-morrow and its planning

Page 2: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

2

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

determinados PRINCÍPIOS de formalização da arquitectura, como os acima propostos, parecem não ser exclusivos de certas épocas, ou de certas culturas ou áreas geográficas.

FORMAS PURAS (PLATÓNICAS)

Aldeia da Tribo Dogon, África Central, IN Norberg-Schulz, Existência, Espaço y Arquitectura

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

FORMAS COMPOSTASpara ARISTÓTELES, duas das suas quatro causas eram as causa formal e causa

material: a forma intentando MOLDAR a matéria, a matéria intentando RESISTIR à forma

Catedral de Esztergom, «um cubo e uma cúpula suportados por várias colunas», IN Le Corbusier, Journey to the East

Page 3: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

3

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

talvez decorrendo de essa contradição, simplificando, a necessidade de construir (DAR FORMA À MATÉRIA), com recurso a soluções mais complexas do que os princípios iniciais, já não esta, ou aquela, forma, mas um conjunto (uma frase composta por palavras) de formas

Mosteiro de Filotheau (1108), IN Le Corbusier, Journey to the East , Igreja de Stª. Maria della Consolazione, Todi (1508), IN Norberg -Schulz, Existência, Espaço y Arquitectura

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

FORMA DAS FORMASas formas não são apenas simples (isoladas) ou complexas (como resultado da

junção de várias formas simples); podemos classificar (estabelecer diferentes categorias) as formas de acordo com a sua configuração.

forma MACIÇASnuma forma maciça as três medidas do espaço (altura, largura, profundidade)

possuem dimensões semelhantes; um exemplo típico deste tipo de forma é um TIJOLO.

poderia dizer que uma forma maciças se aparenta a um VOLUME e possue três dimensões

Pirâmide de Saqqara, 2600 a. C., IN Norberg-Schulz, Existência, Espaço y Arquitectura

Page 4: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

4

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

forma LAMINARnuma forma laminar duas das três medidas do espaço possuem uma dimensão

bastante maior do que a terceira; um exemplo típico deste tipo de forma é um MURO ou uma LAJE.

poderia dizer-se que uma forma laminar se aparenta a uma SUPERFÍCIE e possui duas dimensões

Muro do Pecile, Villa Adriana, IN Giuliano Gresleri, L’Esprit Nouveau (Le Corbusier)‏

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

forma RECTICULADA

Ponte de Garabit, de G. Eiffel, IN Le Corbusier, The City of tomorrow and its planning

numa forma recticulada uma das três medidas do espaço possue uma dimensão bastante maior do que as outras duas terceira; um exemplo típico deste tipo de forma é um PILAR ou uma VIGA.

pode-se dizer que uma forma recticulada se aparenta a uma LINHA e possue uma dimensão

Page 5: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

5

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

formas COMPOSTAStambém quanto a este tipo da categorias se encontram usualmente associações, mais

COMPLEXAS, destes elementos onde COEXISTEM, como por exemplo, formas laminares e formas recticuladas

Casa Domino (1914), de Le Corbusier, IN Leonardo Benevolo e Outros, La proyectacíon de la ciudad moderna

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

noutros casos torna-se, mesmo, difícil decidir qual o TIPO de forma que temos em presença, dado o modo como parecem estar em conjunto numa mesma construção

formas COMPOSTAS

Ponte Romana de Nimes, IN Paolo de Sica, La imagen de la ciudad de Esparta a Las Vegas

Page 6: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

6

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

como ligar, como trabalhar com todas estas variações?segundo Le Corbusier, utilizando a GEOMETRIA, a qual, o próprio Le Corbusier, se

habituou a ver estampada desde muito cedo, nas costas dos cadernos diários, do seu tempo de estudos no Liceu

A GEOMETRIA E AS FORMAS

This is Geometry, IN Le Corbusier, The City of Tomorrow and its planning

... LINHAS, SUPERFÍCIES, SÓLIDOS, polígonos regulares, polígonos irregulares, triângulos, quadriláteros, poliedros regulares, poliedros irregulares, pirâmides, prismas, paralelepípedos, corpos redondos, cones, cilindros ...

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

spatium (ESTENSÃO) e raum (ESPAÇO - LUGAR)‏nas diferentes culturas a noção de espaço, e a sua NATUREZA, observa uma diferença elementar:(Heiddeger, Bachelard, Norberg-Schulz, etc.)

CASA FARNSWORTH, ILLINOIS, 1949 TALIESIN, CHICAGO, 1911

Conceito latino RACIONAL e ABSTRACTO de espaço (SPATIUM) ‏espaço como uma entidade IDEAL, indeterminada e como contínuo (um espaço GEOMÉTRICO, TOPOLÓGICO, IGUAL para todos) (Casa Farnsworth e Pavilhão de Barcelona) ‏

Conceito germânico REAL e CONCRETO de espaço (RAUM) espaço é entendido como uma entidade MATERIAL, determinada e com limites precisos (um espaço LUGAR, HABITADO, DIFERENCIADO) (Taliesin e Casa Martin).

Page 7: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

7

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

spatium (ESTENSÃO) e raum (ESPAÇO - LUGAR)‏

CASA MARTIN, CHICAGO, 1903

PAVILHÃO DE BARCELONA, 1929

Conceito latino RACIONAL e ABSTRACTO de espaço (SPATIUM)‏espaço como uma entidade IDEAL, indeterminada e como contínuo (um espaço GEOMÉTRICO, TOPOLÓGICO, IGUAL para todos) (Casa Farnsworth e Pavilhão de Barcelona)

Conceito germânico REAL e CONCRETO de espaço (RAUM) espaço é entendido como uma entidade MATERIAL, determinada e com limites precisos (um espaço LUGAR, HABITADO, DIFERENCIADO) (Taliesin e Casa Martin).

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

CASA TUGHENDAT, BRNO, 1930

Ao conceito latino (SPATIUM ) corresponde a excelência da DIMENSÃO VISUAL(visão, plasticidade) ‏tradição renascentista (perspectiva significa visão racional) ‏figurativismo moderno (Casa Tughendat) ‏O espaço é fundado numa MEDIAÇÃO INTELECTUAL(INTELIGÊNCIA - universalidade - distanciamento da experiência directa do ambiente) (Casa Tughendat) ‏

spatium (ESTENSÃO) e raum (ESPAÇO - LUGAR)‏

Page 8: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

8

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

FALLINGWATER, PENNSYLVANIA, 1936

spatium (EXTENSÃO) e raum (ESPAÇO - LUGAR)‏

Ao conceito germânico (RAUM) corresponde a evidência da DIMENSÃO TÁCTIL (corpo, materialidade, calor, frio, odor, luz e obscuridade, humidade, velocidade do corpo sobre o chão) (Fallingwater)‏

O espaço é apropriado a partir de uma MEDIAÇÃO SENSORIAL (SENSIBILIDADE-particularidade-experiência directa do ambiente) (Fallingwater).

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço ARQUITECTÓNICO e espaço EXISTENCIALNo modo como o espaço é concebido (PERCEBIDO ou IMAGINADO) devemos assinalar dois modos de o espaço nos aparecer (Heiddegger, Bachelard, Norberg-Schulz, etc.):

O ESPAÇO ARQUITECTÓNICO é mais PERCEBIDO do que imaginadoCONSTRUÇÃO FÍSICAlimites e forma são perceptíveis visualmente, e relativamente objectivos. OBSERVAÇÃO DO MUNDO POR PARTE DO EU (Mercado de rua).

O ESPAÇO EXISTENCIAL é mais IMAGINADO do que percebido. CONSTRUÇÃO MENTALlimites e forma podem não ser percebidos visualmente (são menos físicos do que psíquicos e subjectivos). PROJECÇÃO DO EU SOBRE O MUNDO (Criança na praia).

Page 9: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

9

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço ITINERANTE e espaço RESIDUALNo espaço arquitectónico como o MEIO AMBIENTE (CONSTRUÍDO ) observa-se a RELAÇÃO (MAIS) SOCIAL, com esse meio (FUNCIONALIDADE) em duas naturezas, complementares, de espaços (Zevi, Chombart de Lawve, Vieira de Almeida):

STOA DE ATTALOS II, ATENAS, 460 A. C.CASA DAS BODAS DE PRATA, POMPEIA, SÉC. I A. C.

Os espaços ITINERANTES (ou de TRANSIÇÃO) vêm dos antigosSISTEMAS DISTRIBUTIVOS (urbanos e arquitectónicos) esqueleto dos diferentes espaços e o que os RELACIONA (no seu USO) e os ARTICULA (na sua PERCEPÇÃO). (Stoa de Attalos e Uffizi de Florença).

Os espaços RESIDUAIS (ou NÚCLEO) vêm desde os antigos LUGARES DE ESTADA (urbanos e arquitectónicos) ‏em relação contígua com os espaços itinerantes, nos quais USO e PERCEPÇÃO, geralmente, se sobrepõem. (Casa das Bodas de Prata e Praça de São Marcos).

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço ITINERANTE e espaço RESIDUALNo espaço arquitectónico como o MEIO AMBIENTE (CONSTRUÍDO ) observa-se uma RELAÇÃO (MAIS) SOCIAL, com esse meio (FUNCIONALIDADE) em duas naturezas, complementares, de espaços (Zevi, Chombart de Lawve, Vieira de Almeida):

UFFIZI, FLORENÇA, SÉC. XVI PRAÇA DE SÃO MARCOS, VENEZA, SÉC. X A SÉC XVI

Os espaços ITINERANTES (ou de TRANSIÇÃO) vêm dos antigosSISTEMAS DISTRIBUTIVOS (urbanos e arquitectónicos) esqueleto dos diferentes espaços e o que os RELACIONA (no seu USO) e os ARTICULA (na sua PERCEPÇÃO). (Stoa de Attalos e Uffizi de Florença).

Os espaços RESIDUAIS (ou NÚCLEO) vêm desde os antigos LUGARES DE ESTADAem relação contígua com os espaços itinerantes, nos quais USO e PERCEPÇÃO, geralmente, se sobrepõem. (Casa das Bodas de Prata e Praça de São Marcos).

Page 10: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

10

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço VISUAL e espaço FUNCIONALA complexidade, que a NATUREZA e ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO assumiu, constrói situações em que a distinção entre ITINERANTE e RESIDUAL perde a sua clareza, ou em que os dois conceitos de espaço surgem sobrepostos, num mesmo espaço arquitectónico.

FAMILISTÉRIO DE GUISE, 1880, FAMILISTÉRIO DE GUISE, 1880,

DISTINÇÃO DE USOgalerias (Itinerante)‏habitações (RESIDUAL) (Familistério de Guize)‏

SOBREPOSIÇÃO DE PERCEPÇÃOgalerias espaço vazio central do pátio (Itinerante / RESIDUAL) (Familistério de Guize).

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

SOBREPOSIÇÃO DE USO(o espaço itinerante sobrepondo-se ao espaço RESIDUAL) (Ville Savoie).

DISTINÇÃO DA PERCEPÇÃO, com os espaços itinerantes claramente identificados em relação aos espaços RESIDUAIS (Ville Savoie).

VILA SAVOIE, POISSY, 1929VILA SAVOIE, POISSY, 1929

espaço VISUAL e espaço FUNCIONALA complexidade, que a NATUREZA e ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO assumiu, constrói situações em que a distinção entre ITINERANTE e RESIDUAL perde a sua clareza, ou em que os dois conceitos de espaço surgem sobrepostos, num mesmo espaço arquitectónico.

Page 11: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

11

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço EXTERIOR, espaço INTERIOR, ESPAÇO DE TRANSIÇÃONo espaço arquitectónico como o MEIO AMBIENTE (CONSTRUÍDO) observa-se uma RELAÇÃO (MAIS) FÍSICA, com esse meio (ESPACIALIDADE), e registamos historicamente duas naturezas, sucessivas, de espaços (Giedion):

PIRÂMIDES DE GIZÉ, C. 2500 A. C. PANTHEON DE ROMA, 118 A. C.

A PRIMEIRA CONCEPÇÃO DO ESPAÇO devém da presença, e do poder, dosVOLUMES soltos no espaço, relações e interacções (ESPAÇO COMPOSTO, ESPAÇO EXTERIOR) (Pirâmides de Gizé).

A SEGUNDA CONCEPÇÃO DO ESPAÇO operou uma rotura com esta concepção: o espaço passa a ser o espaço ESCAVADOdentro de paredes que o contêm (ESPAÇO UNITÁRIO, ESPAÇO INTERIOR) (Pantéon de Roma).

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

PIRÂMIDES DE GIZÉ, C. 2500 A. C. PANTHEON DE ROMA, 118 A. C.

A PRIMEIRA CONCEPÇÃO DO ESPAÇO devem da presença, e o poder, dosVOLUMES soltos no espaço, relações e interacções (ESPAÇO COMPOSTO, ESPAÇO EXTERIOR) (Pirâmides de Gizé).

A SEGUNDA CONCEPÇÃO DO ESPAÇO operou uma rotura com esta concepção: o espaço passa a ser o espaço ESCAVADOdentro de paredes que o contêm (ESPAÇO UNITÁRIO, ESPAÇO INTERIOR) (Pantéon de Roma).

espaço EXTERIOR, espaço INTERIOR, espaço de TRANSIÇÃONo espaço arquitectónico como o MEIO AMBIENTE (CONSTRUÍDO) observa-se uma RELAÇÃO (MAIS) FÍSICA, com esse meio (ESPACIALIDADE), e registamos historicamente duas naturezas, sucessivas, de espaços (Giedion):

Page 12: SEMESTRE V – FORMA, ESPAÇO FORMAS PURAS …home.fa.utl.pt/~clameiro/PDF/_Aula 34_20071203_Forma_Espaco.pdf · ... África Central, IN Norberg - Schulz, Existencia, Espacio y Arquitectura,

12

FAUT

L, 2

007/

08, P

ROF.

CA

RLO

S S.

LA

MEI

RO

PROJECTO DE ARQUITECTURA I / PROJECTO DE INTERIORES I, AULA 34 – 2007-12-03, FORMA..., ESPAÇO

SEMESTRE V – FORMA..., ESPAÇO

espaço EXTERIOR espaço INTERIOR espaço de TRANSIÇÃOTambém quanto a estas qualidade, podemos observar situações nas quais a distinção entre EXTERIOR e INTERIOR, sendo menos clara, evidencia uma evolução no conceito de espaço e a rotura referida, de espaço exterior para espaço interior:

Primeiro os edifícios dispõem-se em espaços amplos com RELAÇÕES (espaciais) e VISUAIS específicas. As colunatas e os pórticos são exteriores ao edifício assinalando a importância do ESPAÇO EXTERIOR (Acrópole).

Segundo, os edifícios adossam-se uns aos outrosanulando a presença do espaço exterior. As colunatas e os pórticos estão no interior dos edifícios, assinalando a importância do ESPAÇO INTERIOR, delimitado por paredes que o cerca, construindo RELAÇÕES (espaciais) específicas (Fóruns de Roma).

ACRÓPOLE, ATENAS, SÉC. V A. C. FÓRUNS DE ROMA, SÉC. I A. C.