4
1 FACULDADE DE ARQUITECTURA - UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA LABORATÓRIO DE ARQUITECTURA III – 2º ANO – Ano Lectivo 2009/2010 – 1º Semestre Gustave Courbet. “Estudio de Artista”. 1855 Exercício 2 “3D (E)STUDIO” TEMA Desenvolver uma proposta de Arquitectura considerando: - O muro e o terreno adjacente, a norte do Largo da Torre, na Ajuda (ver planta anexa) - Um artista plástico “real” ou “imaginado” - O conceito/objecto definido no exercício anterior – SIDE BY SIDE – (OPCIONAL) ………………………………………………………………………………………………………………………………… “Estou sozinho diante da página em branco. Cedo à inspiração? Dedico-me ao suor? Vou investir com a caneta o branco da página em branco.

“3D (E)STUDIO”home.fa.utl.pt/~camarinhas/MODII.pdf · Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911 PROGRAMA Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de

  • Upload
    others

  • View
    10

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: “3D (E)STUDIO”home.fa.utl.pt/~camarinhas/MODII.pdf · Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911 PROGRAMA Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de

1

FACULDADE DE ARQUITECTURA - UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA

LABORATÓRIO DE ARQUITECTURA III – 2º ANO – Ano Lectivo 2009/2010 – 1º Semestre

Gustave Courbet. “Estudio de Artista”. 1855

Exercício 2

“3D (E)STUDIO”

TEMA

Desenvolver uma proposta de Arquitectura considerando:

- O muro e o terreno adjacente, a norte do Largo da Torre, na Ajuda (ver planta anexa)

- Um artista plástico “real” ou “imaginado”

- O conceito/objecto definido no exercício anterior – SIDE BY SIDE – (OPCIONAL)

…………………………………………………………………………………………………………………………………

“Estou sozinho diante da página em branco.

Cedo à inspiração? Dedico-me ao suor?

Vou investir com a caneta o branco da página em branco.

Page 2: “3D (E)STUDIO”home.fa.utl.pt/~camarinhas/MODII.pdf · Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911 PROGRAMA Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de

2

Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911

PROGRAMA

Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de 420 m2, composto pelos seguintes

espaços/usos e respectivas afectações de áreas:

- ESPAÇO DE TRABALHO (aprox. 50% da a.b.c.), incluindo instalação sanitária e

arrecadação/pequeno armazém.

- ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO (aprox. 35% da a.b.c.), incluindo instalações sanitárias, copa de apoio e

um acesso autónomo para público.

- ESPAÇO DE ESTAR (aprox. 15% da a.b.c.), incluindo instalação sanitária, kitchenette e a

possibilidade de definir um sub-espaço de dormir.

. A implementação desta estrutura deverá preservar a função cumprida pelo caminho público existente.

. Deverão ser equacionados caso a caso os pés-direitos necessários para cada espaço.

* Área Bruta de Construção (a.b.c.) – É igual ao somatório das áreas de todos os pavimentos, acima e abaixo do solo, medidas pelo

extradorso das paredes exteriores com exclusão de:

- sótãos não habitáveis;

- áreas destinadas a estacionamento;

- áreas técnicas (PT, central térmica, compartimentos de recolha de lixo, etc.);

- terraços, varandas e alpendres;

- galerias exteriores, arruamentos e outros espaços livres de uso público cobertos pela edificação.

…………………………………………………………………………………………………………………………………

Minha tentação era subscrever o branco, assinar o silêncio.

Mas o branco seria o silêncio, uma vez assinado?

Cedo à inspiração?

Dedico-me ao suor?

Nada vem de bandeja. Nada vem do suor.”

Page 3: “3D (E)STUDIO”home.fa.utl.pt/~camarinhas/MODII.pdf · Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911 PROGRAMA Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de

3

Pablo Picasso. “Estúdio com cabeça de gesso”. 1925

FASEAMENTO/APRESENTAÇÃO

1. Turma e grupos de 4/5 alunos (1 semana)

. Análise e interpretação do lugar e do programa

. Preparação de cartografia

. Levantamento arquitectónico do muro, escadas e fachadas das edificações adjacentes (escala 1/200).

2. Individual (com a data de entrega no final do semestre)

. Definição arquitectónica da estrutura proposta constituída por:

. maquete(s)

. documento gráfico e escrito em formato A2, contendo:

1. Textos, esquiços de desenvolvimento do processo de trabalho, perspectivas, diagramas

conceptuais, fotomontagens, etc;

2. Definição da localização – planta à escala 1/500 (considerando a área urbana envolvente);

3. Definição geral da proposta e sua implantação – planta e cortes-alçados à escala 1/200

(considerando a envolvente próxima);

4. Definição do objecto arquitectónico – plantas cortes e alçados à escala 1/100;

5. Folha síntese em formato A3 horizontal (em suporte informático).

…………………………………………………………………………………………………………………………………

“Nada vem de bandeja. Nada vem do suor.

Não te deixes cindir por um falso dilema.

Escrever é tramar o textual. Bandeja e suor são problemas teus,

Maneiras de ser, de agir, processos de trabalho.

Page 4: “3D (E)STUDIO”home.fa.utl.pt/~camarinhas/MODII.pdf · Henri Matisse. “Estudio Vermelho”. 1911 PROGRAMA Equipamento com uma área bruta de construção (a.b.c*) máxima de

4

Planta de localização Escala 1/2000

CONTEÚDOS/OBJECTIVOS PROGRAMÁTICOS

Abordagem geral ao processo de projecto em arquitectura;

. Estrutura formal / Estrutura de suporte;

. Objecto arquitectónico / Sistemas de identidade e de relação;

. Arquitectura como objecto / Arquitectura como processo;

. O processo do Desenho com entendimento do real e suporte operativo duma intenção transformadora.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1. Assiduidade, participação, processo 10%

2. Representação 20%

3. Discurso arquitectónico / urbano 40%

4. Implementação do programa 20%

5. Estrutura / construção 10%

…………………………………………………………………………………………………………………………………

Onde começa um poema? Quando começa um poema?

No espaço quadrado da folha de papel? No momento em que pegas na caneta?

Ou no espaço redondo em que te moves?

Ou quando, alheio a tudo, te pões de cócoras, a coçar, perplexo, a cabeça?”

Alexandre O’Neill, Obras Completas, Assírio & Alvim, 5ª Edição – Maio 2007