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Estrutura e Organização da Educação Brasileira Autor: Lindolfo Anderson Martelli Tema 08 Financiamento, Níveis e Modalidade de Educação e de Ensino no Brasil

SEMI Estrutura e Organizacao Da Educacao Brasileira 08

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Estrutura e Organização da Educação BrasileiraAutor: Lindolfo Anderson Martelli

Tema 08Financiamento, Níveis e Modalidade de Educação e de Ensino no Brasil

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Tema 08Financiamento, Níveis e Modalidade de Educação e de Ensino no Brasil

Como citar este material:MARTELLI, Lindolfo Anderson. Estrutura e Organização da Educação Brasileira: Financiamento, Níveis e Modalidade de Educação e de Ensino no Brasil. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• Os níveis e a modalidade de educação e de ensino no Brasil.

• O financiamento da educação escolar brasileira.

• O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

• Os programas atuais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: Políticas, Estrutura e Organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Seabra Toschi, editora Cortez, 2012, PLT 748.

Roteiro de Estudo:

Lindolfo Anderson MartelliEstrutura e Organização da Educação Brasileira

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CONTEÚDOSEHABILIDADES

Financiamento, Níveis e Modalidade de Educação e de Ensino no Brasil

O papel assumido pelo Estado desde o período colonial e imperial e as mudanças pelas quais passou no decorrer da República têm sido preponderantes nas definições dos processos de expansão e manutenção do ensino público no Brasil. Os debates de origem liberal que fomentaram a consolidação da República apresentaram aos intelectuais e políticos brasileiros os argumentos para defender a ampliação do direito de todos a escolarização.

A questão do direito a educação primária gratuita como direito civil e político dos cidadãos brasileiros remonta à Constituição Imperial de 1824, porém é no fim da Primeira República, a partir das pressões do Movimento dos Pioneiros da Escola Nova, que o texto da CF de 1934 passou a garantir a educação como um direito de todos e um dever do Estado. Em seu art. 149, estabelece que:

A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos poderes públicos, cumprindo a estes proporcioná-la a brasileiros e a estrangeiros domiciliados no País, de modo que possibilite eficientes fatores da vida moral e econômica da Nação, e desenvolva no espírito brasileiro a consciência da solidariedade humana.

Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Como são organizados os níveis e a modalidade de educação e de ensino no Brasil?

• Qual a responsabilidade da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios em relação ao financiamento e à oferta de educação?

• Quais os atuais programas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação (FNDE)?

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LEITURAOBRIGATÓRIAA educação como um direito também aparece na Constituição de 1946, no art. 166, que define que “a educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve inspirar-se nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana” e, no art. 168, que define a obrigatoriedade e a gratuidade do ensino primário a todos.

A garantia da educação como um direito está intimamente ligada ao financiamento por parte do poder público. Esse fato pode ser aferido ao se analisar a história da educação brasileira. Os recursos para o financiamento da educação são próprios dos períodos em que o Brasil vivenciou a democracia, enquanto a desvinculação de recursos aconteceu em períodos autoritários (de 1937-1945; 1964-1985). Nesse sentido, compreender o financiamento educacional implica conhecer o processo orçamentário e sua execução, analisar a responsabilidade dos entes federados, a importância do regime de colaboração entre estes e o papel desempenhado pelos fundos destinados à educação básica, assim como as fontes adicionais de recursos.

Quadro 8.1 – Histórico da Educação como Direito e o Financiamento da Educação

Educação como Direito Financiamento da Educação no Brasil1551 – Escola pública – Bahia – Colégio dos Meninos do Brasil – Gratuita – Confiada pelo rei de Portugal aos jesuítas (redízima)

1758 – Expulsão dos jesuítas – Colégios só se mantêm por meio da renda de suas fazendas – Trabalho escravo e venda de gado.

1772 a 1834 – Aulas régias oferecidas a crianças e adolescentes – “Subsídio literário” – Tributo derivado da venda de carne nos açougues e de cachaça nos alambiques. Nem 5% da população escolarizável era atendida.

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Ato Adicional de 1834 e Constituições Estaduais – Instrução elementar de responsabilidade dos estados, prevendo a escolarização primária gratuita e obrigatória.

1834 – Com a expansão das cidades, aumentou a demanda tanto por escolas como pelo comércio de mercadorias. Viabilizou-se a cobrança de tributo correspondente ao atual ICMS, multiplicando-se as escolas primárias e secundárias, a cargo das Províncias do Império e, a partir de 1889, dos estados da República.

1930 – Processo intensificado de urbanização e industrialização brasileira. Novas demandas: saneamento, rodovias, fontes de energia mantidos com recursos públicos. Surgimento de escolas municipais financiadas por seus tributos.

Constituição de 1934 – “A educação é direito de todos e deve ser ministrada pela família e pelos Poderes Públicos” (art. 149).

1934 – Constituição Federal – Vinculação de Recursos para a educação provenientes da receita de impostos. União: 10%.Estados e Distrito Federal: 20%.Municípios: 20%.

Constituição de 1937 – “A educação integral da prole é o primeiro dever e o direito natural dos pais. O Estado não será estranho a esse dever, colaborando, de maneira principal ou subsidiária, para facilitar a sua execução ou suprir as deficiências e lacunas da educação particular” (art. 125) e, “o ensino primário é obrigatório e gratuito. A gratuidade, porém, não exclui o dever de solidariedade dos menos para com os mais necessitados; assim, por ocasião da matrícula, será exigida aos que não alegarem, ou notoriamente não puderem alegar escassez de recursos, uma contribuição módica e mensal para o caixa escolar” (art. 130).

1937 – Constituição Federal – Getúlio Vargas – Ditadura – Supressão da vinculação de recursos.

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Constituição de 1946 – “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve-se inspirar nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana” (art. 166). E, “a legislação do ensino adotará os seguintes princípios: 1 – o ensino primário é obrigatório (...); II – o ensino primário oficial é gratuito pra todos; o ensino oficial ulterior ao primário sê-lo-á para quantos provarem falta ou insuficiência de recursos” (art. 168).

1946 – Constituição Federal – Vinculação de recursos.

União: 10%.Estados e Distrito Federal: 20%.Municípios: 20%.

1961 – LDB – Altera percentuais a serem gastos. União: 12%.Estados e Distrito Federal: 20%.Municípios: 20%.

Constituição de 1967 – “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola; assegurada a igualdade de oportunidade, deve inspirar-se no princípio da unidade nacional e nos ideais de liberdade e solidariedade humana (...). II – o ensino dos sete aos quatorze anos é obrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentos primários oficiais; III – o ensino oficial ulterior ao primário será, igualmente, gratuito para quantos, demonstrando efetivo aproveitamento, provarem falta ou insuficiência de recursos. Sempre que possível, o Poder Público substituirá o regime de gratuidade pelo de concessão de bolsas de estudo, exigindo o posterior reembolso no caso de ensino de grau superior” (art. 148, §3º).

1967 – Constituição Federal – Ditadura Militar – Supressão da vinculação de recursos.

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Emenda Constitucional de 1969 – “o direito à educação é assegurado: I – pela obrigação do poder público e pela liberdade de iniciativa particular de ministrarem o ensino em todos os graus, na forma da lei em vigor; II – pela obrigação do Estado de fornecer recursos indispensáveis para que a família e, na falta desta, os demais membros da sociedade se desobriguem dos encargos da educação, quando provada insuficiência de meios, de modo que sejam asseguradas iguais oportunidades a todos” (art. 3º).

1969 – Emenda Constitucional – Vincula recursos somente na esfera do município.Municípios: 20% (favorecimento à iniciativa privada).

1983 – Emenda Constitucional João Calmon – Vinculação de recursos.União: 13%.Estados e Distrito Federal: 25%.Municípios: 25%.

Constituição de 1988 – “o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio gratuito; III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. § 1º – O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo” (art. 208).

1988 – Constituição Federal – Vinculação de recursos – Alterando somente o percentual da União.União: 18%.Estados e Distrito Federal: 25%.Municípios: 25%.

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Emenda Constitucional n. 14/1996 – Altera alguns dispositivos do art. 208 da Constituição Federal: “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria; II – progressiva universalização do ensino médio gratuito”.

1996 – Emenda Constitucional n. 14 – Criou o Fundef (lei n. 9.424/1996) – Subvinculação de recursos focalizados no ensino fundamental regular.

Desde a Constituição de 1934, o Brasil adota o princípio da vinculação constitucional de um percentual mínimo de recursos da receita de impostos para a manutenção e desenvolvimento do ensino (exceto em períodos autoritários).

Na Constituição de 1988, a questão do direito à educação aparece de forma mais ampla. O art. 6º estabelece que são direitos sociais “a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados”, estabelece ainda em seu art. 205, que a educação é “direito de todos e dever do Estado e da família” e reafirma esse direito no artigo 208, quando declara que o dever do Estado será efetivado mediante a garantia de “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria”.

Além de definir a educação como um direito de cidadania a Constituição Federal (CF) de 1988, vincula um percentual de recursos específicos que cada ente governamental deve aplicar na manutenção e no desenvolvimento do ensino.

Art. 211. A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996.)

§ 2º Os municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996.)

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§ 3º Os estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996.)

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os estados e os municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996.)

Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os estados, o Distrito Federal e os municípios, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

A educação como um direito constitucional é endossada também por outras regulamentações, como a lei n. 9.394/1996 (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Essas legislações indicam que se a educação é um direito, o Estado tem a obrigatoriedade de ofertá-lo. Nesse sentido, o § 1º do inciso VII do art. 208 da Constituição diz que o “acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo”. Isso quer dizer que qualquer cidadão pode reclamar a sua oferta nas escolas regulares. Portanto, a discussão sobre legislação, políticas e gestão educacional deve ser assumida por toda a comunidade escolar: professores, direção, pais, funcionários, estudantes, para que se faça valer a educação de qualidade a todos.

Em termos de legislação, muito se avançou nas últimas três décadas, pois além da CF de 1988, temos ainda a Emenda Constitucional n. 14, de setembro de 1996, a lei 9.394/96 (LDB), o Plano Nacional de Educação – PNE, aprovado em 2001, o ECA, as Constituições Estaduais e as Leis Orgânicas dos Municípios que visam garantir o acesso, a permanência, a qualidade e a gestão democrática da educação. Nos últimos anos são evidentes os progressos em relação à garantia dos direitos educacionais, todavia esses avanços foram insuficientes para garantir a oferta regular de ensino, sobretudo na educação infantil e no ensino médio, para acabar com o grande número de adultos analfabetos e de jovens e adolescentes que estão fora da escola ou apresentam distorção em relação a idade e série.

A organização do sistema educacional brasileiro, segundo a CF de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996), caracteriza-se pela divisão de competências e responsabilidades entre a União, estados, Distrito Federal e municípios, o que se aplica também ao financiamento e à manutenção dos diferentes níveis, etapas e modalidades da educação e do ensino.

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Quadro 8.2 – Distribuição de Responsabilidades entre os Entes FederadosUnião Estados Municípios

Coordenar a Política Nacional de Educação.

Exercer função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.

Elaborar Plano Nacional de Educação.

Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e dos territórios.

Elaborar as diretrizes curriculares para a educação básica.

Coletar, analisar e disseminar informação sobre a educação.

Avaliar a educação nacional em todos os níveis.

Normatizar os cursos de graduação e pós-graduação.

Avaliar as instituições de ensino superior.

Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos de ensino.

Organizar, manter e desenvolver órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino.

Definir, com os municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental.

Elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação.

Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino.

Baixar normas suplementares para o seu sistema de ensino.

Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio.

Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino.

Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas.

Baixar normas complementares para o seu sistema de ensino.

Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino.

Oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade, o ensino fundamental.

Fonte: Adaptado da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394/1996.

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De acordo com a legislação vigente, é competência dos municípios atuarem prioritariamente na educação infantil e no ensino fundamental, ao passo que, aos estados, cabe assegurar o ensino fundamental e oferecer, prioritariamente, o ensino médio. No tocante ao Distrito Federal, a lei define que este ente deverá desenvolver as competências referentes aos estados e municípios, ou seja, oferecer toda a educação básica. Quanto ao papel da União, a LDB/1996 diz que a esta cabe a organização do sistema de educação superior e o apoio técnico e financeiro aos demais entes federados.

A LDB de 1996 detalha os níveis e modalidades que compõem a educação nacional, as competências de cada ente federado e as formas de financiamento da educação. Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Suas etapas são educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os cinco anos, em seus aspectos físico, psicológico, integral e social, complementando a ação da família e da comunidade. É ofertada para crianças de até 3 anos de idade em creches, ou entidades equivalentes e para crianças de 4 a 5 anos em pré-escola. A partir da lei n. 11.274/1996, as crianças de 6 anos foram incluídas no primeiro ano do Ensino Fundamental, que passou de oito para nove anos.

Sobre a Educação Infantil, Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) destacam que como dever do Estado, ela aparece como novidade da Constituição de 1988. Os autores pontuam que nesta etapa não há a obrigatoriedade de cumprir a carga horária mínima, como também não há avaliação com o objetivo de promoção. Enquanto no Ensino Fundamental exige-se, no mínimo, quatro horas de efetivo trabalho em sala de aula progressivamente ampliado para tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. A etapa final da Educação Básica é o Ensino Médio, com duração mínima de três anos. Os autores reiteram, que o Decreto n. 2.306/1997, que regulamenta a LDB, prevê a organização da Educação Superior sob a forma de universidades, centros universitários, faculdades integradas, faculdades e institutos superiores ou escolas superiores.

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LEITURAOBRIGATÓRIAQuadro 8.3: Organização da Educação no Brasil

Níveis e Etapas Duração Faixa Etária

Educação Básica

Educação infantilCreche 3 anos De 0 a 3 anos

Pré-escola 2 anos De 4 a 5 anos

Ensino fundamental (obrigatório) 9 anos De 6 a 14 anos

Ensino médio 3 anos De 15 a 17 anos

Educação Superior

Cursos e programas (graduação, pós-graduação) por área Variável Acima dos 17 anos

Fonte: Adaptado da lei n. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006.

No que se refere às modalidades de ensino, a LDB normatiza a Educação de Jovens e Adultos (EJA) a Educação Especial e Profissional. Em seu art. 37, a lei dispõe que a EJA será “destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Estabelece ainda que os sistemas de ensino deverão assegurar gratuitamente àqueles que não puderam estudar na idade regular. O art. 58, por sua vez, trata da educação especial como “a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. A partir de 2008, a educação profissional passou a integrar a LDB/1996 com o objetivo de integrar-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.

A vinculação dos recursos para a educação estabelecidos constitucionalmente não pode ser considerada sinônimo de garantia de oferta de ensino de qualidade. A CF/1988, no art. 60 do Ato das Disposições Transitórias, definiu que pelo menos 50% dos percentuais mínimos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios destinados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino deveriam ser gastos nos dez primeiros anos a partir da promulgação da Constituição, tendo como meta a erradicação do analfabetismo e a universalização do atendimento escolar.

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O prazo para os entes federados atingirem as determinações constitucionais expirou em 1998, sem os objetivos tivessem sido alcançados. Em 1996, a Emenda Constitucional n. 14/1996, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), introduziu modificações no texto do art. 60 da CF/1988, referindo-se à universalização do ensino fundamental. Assim, o art. 60 da Constituição ficou com a seguinte redação:

Art. 60. Nos dez primeiros anos da promulgação desta Emenda, os estados, o Distrito Federal e os municípios destinarão não menos de sessenta por cento dos recursos a que se refere o caput do art. 212 da CF, à manutenção e ao desenvolvimento do ensino fundamental, com o objetivo de assegurar a universalização de seu atendimento e a remuneração condigna do magistério.

§ 1º A distribuição de responsabilidades e recursos entre os estados e seus municípios, a ser concretizada com parte dos recursos definidos neste artigo, na forma do disposto no art. 211 da CF, é assegurada mediante a criação, no âmbito de cada estado e do Distrito Federal, de um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, de natureza contábil.

§ 3º A União complementará os recursos dos Fundos a que se refere o § 1º, sempre que, em cada estado e no Distrito Federal, seu valor por aluno não alcançar o mínimo definido nacionalmente.

(Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996.)

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Quadro 8.4: Regime de Colaboração Financeira entre Os Entes Federados

Ente FederadoLei n. 9.394/1996Diretrizes e bases da educação nacional

Constituição Federal de 1988

União

Prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva (Art. 9, inciso III)

A União organizará o sistema federal de ensino e o dos territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios (Art. 211, § 1º, Redação dada pela Emenda Constitucional n. 14, de 1996)

Estados, Distrito Federal e Municípios.

Definir com os municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do poder público (Art.10, inciso II)

A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os estados, o Distrito Federal e os municípios, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino (Art. 212)

Fonte: Adaptado da lei n. 9.394/96/Emenda Constitucional n. 14, de 1996 e da CF de 1988.

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A LDB/1996, que regulamenta o Fundef, estabelece que este é um fundo de natureza contábil, o que significa que ele não tem órgão gestor ou personalidade jurídica. O cálculo para a complementação de recursos por parte da União ao Fundef incidia sobre valor mínimo nacional por aluno/ano. Os estados cujo valor per capita anual não atingisse o mínimo estabelecido nacionalmente teriam assegurados a diferença por intermédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A necessidade de uma política de financiamento que atendesse a toda a educação básica e não apenas ao ensino fundamental resultou na Proposta de Emenda Constitucional para a criação do Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, em substituição ao Fundef. Em vigor de janeiro de 2007 até 2020, o Fundeb passou a garantir o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos e financiamentos da educação em todas as suas etapas e modalidades, em escalas federal, estadual e municipal.

De acordo com o art. 212 da CF de 1988, alterado pela Emenda Constitucional n. 14, de 1996, o ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas, na forma da lei.

A educação brasileira conta ainda com os programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Esse fundo foi criado em 1968 e está vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Sua finalidade é captar recursos financeiros para projetos educacionais e de assistência ao estudante. A maior parte dos recursos do FNDE provém do salário-educação, com o qual todas as empresas estão sujeitas a contribuir.

Um conjunto de programas, projetos e ações desenvolvidos pelo Ministério da Educação, por meio das suas secretarias e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), visa apoiar não só a oferta da educação – direito de todos e dever do Estado –, mas também a melhoria da qualidade educacional, em regime de colaboração com as redes de ensino em âmbito estadual e municipal. Esses projetos abrangem diversas áreas e aspectos que contribuem direta e indiretamente para a formação dos alunos e dos professores em todos os níveis e modalidades e devem ser gerenciados direta ou indiretamente pela secretaria de educação ou pela escola a partir de normas e procedimentos a serem seguidos.

Atualmente, o Fundo mantém os seguintes programas: Programa Nacional de Saúde do Escolar, Programa Nacional de Alimentação Escolar; Programa Nacional do

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Livro Didático; Programa Nacional Biblioteca da Escola; Programa Dinheiro Direto na Escola; Programa Brasil Profissionalizado; Dinheiro direto na escola; Formação pela Escola; Plano de Ações Articuladas; Pró-Infância; Proinfo, Programa Caminho da Escola e Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar.

No ensino superior, os dois principais programas do Governo Federal de incentivo ao ingresso em cursos de graduação são o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).

O FIES foi criado por meio da lei n. 10.260, de 12 de julho de 2001. A partir de 2010 o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou a ser o Agente Operador do Programa que se destina a financiar, prioritariamente, a graduação no ensino superior de estudantes que não têm condições de arcar com os custos de sua formação e que estejam regularmente matriculados em instituições não gratuitas. As instituições cadastradas e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC podem ofertar cursos de graduação com financiamento pelo FIES. Ao término do curso, ou durante este, o aluno deve pagar o financiamento, concedido a juros baixos (taxa de 3,4% ao ano em 2013).

O Programa Universidade para Todos (Prouni) tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela lei n. 11.096, em 13 de janeiro de 2005, oferece isenção de alguns tributos àquelas instituições de ensino que aderem ao Programa. Para participar desse Programa, a renda máxima do candidato não pode ultrapassar três salários mínimos por integrante da família, e o aluno tem de ter estudado o ensino médio em escolas públicas ou em instituições particulares com bolsa integral.

No que se refere ao controle dos gastos com recursos públicos, este é realizado pelo próprio Poder Executivo, além do controle externo representado pelos tribunais de contas do estado e municípios e pelo Poder Legislativo. Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) apontam que os balanços do poder público devem ser apurados e publicados a cada bimestre, porém nem sempre o governo cumpre esses preceitos.

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Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesFique por dentro dos programas financiados pelo Fundo Nacional da Educação.Acesse o site <http://www.fnde.gov.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014.

Leia o artigo “O financiamento da educação básica: limites e possibilidades”, escrito por João Ferreira de Oliveira , Karine Nunes de Moraes e L.F. Dourado.Disponível em: <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/4-sala_politica_gestao_escolar/pdf/fin_edu_basica.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.O artigo apresenta as discussões envolvendo o financiamento da educação pública.

Leia o artigo de Lucíola Licínio Santos, intitulado “Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos e o Plano Nacional de Educação: Abrindo a discussão”. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v31n112/10.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Esse artigo levanta alguns pontos que caracterizaram o processo de elaboração do Parecer e do Projeto de Resolução das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos (Parecer CNE/CEB n. 11/2010), encaminhados ao ministro da Educação.

Vídeos Importantes: Assista à entrevista com a professora Maria Duarte, da faculdade de educação da Universidade Federal de Minas Gerais.Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=5zu9RQ9VNaM>. Acesso em: 02 jan. 2014.A professora Maria discute as políticas de financiamento da educação pública.

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LINKSIMPORTANTESAssista ao vídeo “De onde vai vir o recurso para a Educação?” do programa Educação em Debate do Canal da revista Nova Escola.Disponível em: <http://youtu.be/Y0dIJec0r3k>. Acesso em: 02 jan. 2014.O vídeo discute a qualidade da educação a partir do aumento no montante de recursos. Sugere ainda que os recursos dos royalties do petróleo para a Educação sejam ampliados a fim de atender o PNE 2011-2020 que prevê grandes somas de recursos para a área da educação.

Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

AGORAÉASUAVEZ

Questão 1:

Explique por que é importante compreen-der a estrutura de financiamento da educa-ção brasileira.

Questão 2:

A garantia da educação como um direito está intimamente ligada ao financiamento por parte do poder público. A vinculação de

recursos para o financiamento da educa-ção pode ser analisada nas Constituições Federais brasileiras. Em que período da história recente do Brasil o financiamento da educação não esteve estritamente vin-culado a Constituição?

a) Durante os períodos de regime político democrático.

b) Durante a Primeira República brasileira.

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c) Durante o governo autoritário de Getúlio Vargas.

d) Durante os períodos de regime político autoritário.

Questão 3:

A partir do que estabelece a lei n. 9.394/1996 – que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional –, analise as afirmati-vas a seguir:

I. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental.

II. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.

III. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

IV. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais

das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.

V. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos cinco horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola.

Considerando as afirmativas apresenta-das, estão corretas apenas:

a) I, II, III e IV.

b) II, III, IV e V.

c) I e V.

d) II e V.

Questão 4:

Considerando os níveis e as modalidades da educação brasileira, segundo a LDB n. 9.394/1996 – lei que estabelece as Diretri-zes e Bases da Educação Nacional –, indi-que se as proposições são verdadeiras (V) ou falsas (F):

a) ( ) A educação profissional deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho.

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b) ( ) A educação especial é entendida, na LDB, como a modalidade oferecida para o educando portador de necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.

c) ( ) A obrigatoriedade do estudo de história e cultura afro-brasileiras e indígenas é exclusiva para os estabelecimentos de ensino fundamental pertencentes a redes públicas.

d) ( ) A Educação de Jovens e Adultos destina-se aos que não tiveram, na idade apropriada, acesso aos ensinos fundamental e médio ou continuidade nesses níveis de ensino.

Questão 5:

Acerca dos níveis de educação e ensino propostos na lei n. 9.394/1996 – que esta-belece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional –, todos os itens a seguir estão corretos, exceto:

a) A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e oferecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

b) Na educação superior, o ano letivo deve ter, no mínimo, 200 dias letivos.

c) O ensino superior objetiva estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, incentivando e promovendo a extensão.

d) A educação superior deve ter, pelo menos, um terço de seu corpo docente em regime integral e com titulação de mestre.

Questão 6:

“O ___________________ consiste na as-sistência financeira às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, mu-nicipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. O obje-tivo desses recursos é a melhoria da infra-estrutura física e pedagógica, o reforço da autogestão escolar e a elevação dos índi-ces de desempenho da educação básica”.

O trecho se refere a qual dos programas a seguir:

a) Dinheiro Direto na Escola.

b) Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

c) Nacional de Transporte escolar.

d) Nacional do Livro Didático.

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Questão 7:

A educação brasileira visa ao pleno desen-volvimento da pessoa, a seu preparo para o exercício da cidadania e à sua qualifica-ção para o trabalho. Descreva como são organizados os níveis e as modalidades da educação brasileira.

Questão 8:

O Fundo de Manutenção e Desenvolvi-mento do Ensino Fundamental e de Valori-zação do Magistério (Fundef) foi criado em 1996 e vigorou até o final de 2006. Aponte a diferença entre o Fundef e o atual Fun-do de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Questão 9:

Além dos impostos, a educação conta com as contribuições sociais. A principal contri-buição é o salário-educação. Como ele é arrecadado? Onde pode ser investido?

Questão 10:

O Fies e o Prouni dependem de recursos pú-blicos provenientes da União. Explique qual é a diferença entre esses dois programas de financiamento da educação superior.

AGORAÉASUAVEZ

Neste tema, você aprendeu que a educação escolar brasileira é composta por dois grandes níveis: o nível da educação básica, formado pela educação infantil, pelo ensino médio, pela educação de jovens e adultos, pela educação profissional e pela educação especial, e o nível da educação superior. Também compreendeu que a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Você pode acompanhar também quais são as principais políticas educacionais que viabilizam o financiamento público da educação brasileira.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

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BENEDITO, Martins Carlos. O ensino superior brasileiro nos anos 90. São Paulo em Pers-pectiva, v. 14, n. 1, 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/spp/v14n1/9801.pdf>. Acesso em: 5 nov. 2012.

BRANDÃO, Carlos F. Estrutura e funcionamento do ensino. São Paulo: Avercamp, 2004.

BRASIL. Constituição (1824). Constituição Política do Império do Brazil. Rio de Ja-neiro, 1824. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao24.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

_______. Constituição (1891). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1891. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao91.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

_______. Constituição (1934). Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 1934. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao34.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

______. Constituição (1937). Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Ja-neiro, 1937. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao37.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014

______. Constituição (1946). Constituição dos Estados Unidos do Brasil. Rio

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______. Constituição (1967). Constituição da República Federativa do Brasil. Bra-sília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao67.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

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REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

______. Lei n. 9.394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1997.

______. Lei n. 9.394 de 20 dez. 96. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacio-nal, s.d. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

_______. Lei n. 10.260, de 12 de julho de 2001. Dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino Superior (Fies), 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10260.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

______. Ministério de Educação e Cultura. Gabinete do Ministro. Portaria n. 1.403, de 09 de junho de 2003. Institui o Sistema Nacional de Certificação e Formação Continuada de Professores. Brasília, 2003.

_______. Lei n. 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Institui o Programa Universidade para Todos – Prouni; regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social no en-sino superior; altera a Lei no 10.891, de 9 de julho de 2004. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11096.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014

_______. Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamen-tal, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade, 2006a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11274.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014

______. Conselho Escolar e o financiamento da educação no Brasil. Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006b.

______. Estatuto da Criança e do Adolescente. 15. ed. São Paulo: Saraiva, 2007

_______. Constituição Federal de 1988. Emenda Constitucional nº 59, de 11 de novembro de 2009. Brasilia, 2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm>. Acesso em: 02 jan. 2014.

BRUEL, Ana Lorena de Oliveira. Políticas e Legislação da educação básica no Brasil. Curitiba: Ibpex, 2010.

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REFERÊNCIASCONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Conselho Pleno. Parecer CNE/CES n. 67/2003. Referencial para as Diretrizes Curriculares Nacionais. DCN dos Cursos de graduação. Brasília, 2003.

_______. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP n. 5/2005, de 13 de dezembro de 2005. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Relatoras: Célia Brandão Alvarenga Craveiro e Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva. Brasília, 2005.

_______. Conselho Pleno. Resolução CNE/CP n. 1/2006, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília, 2006.

LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2012.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. A LDB e as instituições de educação infantil: desafios e perspectivas. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, supl. 4, p. 7-14, 2001. Disponível em: <http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/v15%20supl4%20artigo1.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014

PINTO, José Marcelino de Rezende. A Política recente de fundos para o financiamento da educação e seus efeitos no pacto federativo. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 877-897, out. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v28n100/a1228100.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014

RODRIGUES, Vicente. Financiamento da Educação e Políticas Públicas: O FUNDEF e a política de descentralização. Cadernos Cedes, Ano XXI, n. 55, nov. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v21n55/5540.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014

SANTOS, Lucíola Licínio. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos e o Plano Nacional de Educação: Abrindo a discussão. Educ. Soc., Campi-nas, v. 31, n. 112, p. 833-850, jul.-set. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v31n112/10.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

SANTOMAURO, Beatriz; RATIER, Rodrigo. Por dentro da grana: De onde vêm – e para onde vão – os recursos que sustentam a escola? Quatro respostas fundamentais explicam as cifras da educação. Nova escola, Ed. 226, out. 2009. Disponível em: <http://revistaes-cola.abril.com.br/politicas-publicas/planejamento-e-financiamento/por-dentro-grana-politi-cas-publicas-financiamento-dru-fundeb-pib-503941.shtml>. Acesso em: 02 jan. 2014.

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Aferido: do verbo aferir; verificar, por comparação com um padrão.

Dinheiro Direto na Escola: o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) consiste no repasse anual de recursos às escolas públicas do ensino fundamental estadual, municipal e do Distrito Federal e às do ensino especial mantidas por organizações não governamentais (ONGs), desde que registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). O repasse dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é feito anualmente pelo FNDE às contas bancárias das unidades escolares, cabendo a elas utilizar os recursos, de acordo com as decisões dos órgãos colegiados da escola.

Educação Básica: é o nível de ensino correspondente aos primeiros anos da educação escolar. A educação básica corresponde à educação infantil, ao ensino fundamental e ao ensino médio.

Formação pela Escola: o Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE – Formação pela Escola – visa fortalecer a atuação dos agentes e parceiros envolvidos na execução, no monitoramento, na avaliação, na prestação de contas e no controle social dos programas e ações educacionais financiados pelo FNDE. É voltado, portanto, para a capacitação de profissionais de ensino, técnicos e gestores públicos municipais e estaduais, representantes da comunidade escolar e da sociedade organizada.

Plano de Ações Articuladas: o Plano de Ações Articuladas (PAR) é o planejamento multidimensional da política de educação que os municípios, os estados e o DF devem fazer para um período de quatro anos — 2008 a 2011. O PAR é coordenado pela secretaria municipal/estadual de educação, mas deve ser elaborado com a participação de gestores, de professores e da comunidade local.

Pró-Infância: o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) existe por considerar que a construção de creches e pré-escolas, bem como a aquisição de equipamentos para a

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rede física escolar desse nível educacional, são indispensáveis à melhoria da qualidade da educação.

Programa Brasil Profissionalizado: o Programa Brasil Profissionalizado visa fortalecer as redes estaduais de educação profissional e tecnológica. A iniciativa repassa recursos do governo federal para que os estados invistam em suas escolas técnicas. Criado em 2007, o programa possibilita a modernização e a expansão das redes públicas de ensino médio integradas à educação profissional, uma das metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O objetivo é integrar o conhecimento do ensino médio à prática.

Programa Caminho da Escola: o Programa Caminho da Escola foi criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência na escola dos estudantes matriculados na educação básica da zona rural das redes estaduais e municipais. O programa também visa à padronização dos veículos de transporte escolar, à redução dos preços dos veículos e ao aumento da transparência nessas aquisições.

Programa Nacional Biblioteca da Escola: o Programa Nacional Biblioteca da Escola distribui livros a beneficiários diferentes, mediante seis ações de incentivo à leitura: Literatura em minha casa – 4ª a 8ª séries (distribuído para uso pessoal e propriedade do aluno); Palavra da Gente – educação de jovens e adultos (distribuído para uso pessoal e propriedade do aluno); Biblioteca Escolar (distribuído para a biblioteca da escola e uso da comunidade escolar); Biblioteca do Professor (distribuído para uso pessoal e de propriedade do professor) e Casa da Leitura (distribuído para uso de toda a comunidade do município).

Programa Nacional de Alimentação Escolar: de caráter complementar, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, iniciado em 1955, transfere recursos financeiros para os estados e municípios para compra de gêneros alimentícios de forma a garantir a alimentação escolar dos alunos da educação infantil (creche e pré-escola) e do ensino fundamental, inclusive das escolas indígenas, matriculados em escolas públicas e filantrópicas. Vale ressaltar que os entes federados (estados e municípios) devem complementar a verba recebida de forma que o montante do recurso seja o suficiente para aquisição da alimentação escolar que atenda às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula.

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Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar: o programa consiste na oferta de assistência financeira da União, em caráter suplementar, aos estados, Distrito Federal e municípios, com a transferência automática de recursos financeiros, sem necessidade de convênio ou outro instrumento congênere, para custear despesas com a manutenção de veículos escolares pertencentes às esferas municipal ou estadual e para a contratação de serviços terceirizados de transporte, tendo como base o quantitativo de alunos transportados e informados no Censo Escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) relativo ao ano anterior ao do atendimento.

Programa Nacional de Saúde do Escolar: o Programa Nacional de Saúde do Escolar foi criado em 1984 e, na sua atual concepção, concede aos municípios apoio financeiro, em caráter suplementar, para a realização de consultas oftalmológicas, aquisição e distribuição de óculos para os alunos com problemas visuais matriculados na 1ª série do ensino fundamental público das redes municipais e estaduais.

Programa Nacional do Livro Didático: o Programa Nacional do Livro Didático foi criado com a finalidade de prover aos estudantes das escolas públicas das redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal obras didáticas e paradidáticas e dicionários. Esse programa tem por objetivo o cumprimento do preceito constitucional de assegurar adequadas condições de aprendizagem para o aluno do ensino fundamental, por meio da oferta gratuita do livro didático. Essa política está atualmente consubstanciada em dois programas, o PNLD e o Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio – PNLEM. O PNLD distribui gratuitamente obras didáticas para todos os alunos das oito séries da rede pública de ensino fundamental e, a partir de 2003, foram incluídas as escolas públicas de educação especial e as instituições privadas definidas pelo Censo Escolar como comunitárias e filantrópicas

ProInfo: O ProInfo, inicialmente denominado de Programa Nacional de Informática na Educação, foi criado pelo Ministério da Educação, através da portaria n. 522 em 9/4/1997, com a finalidade de promover o uso da tecnologia como ferramenta de enriquecimento pedagógico nos ensinos fundamental e médio públicos.

Salário-Educação: o salário-educação, instituído em 1964, é uma contribuição social que é destinada ao financiamento de programas, projetos e ações voltados para o financiamento da educação básica pública e que também pode ser aplicada na educação especial, desde que vinculada à educação básica. A contribuição social do salário-educação está prevista no artigo 212, § 5º, da Constituição Federal. É calculado com base na alíquota de 2,5%

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GABARITO

Questão 1

Resposta: Compreender o financiamento educacional implica conhecer o processo orçamentário e sua execução, analisar a responsabilidade dos entes federados, a importância do regime de colaboração entre estes e o papel desempenhado pelos fundos destinados à educação básica, assim como as fontes adicionais de recursos.

Questão 2

Resposta: Alternativa D.

Os recursos para o financiamento da educação são próprios dos períodos em que o Brasil vivenciou a democracia, ao passo que a desvinculação de recursos aconteceu em períodos autoritários (de 1937-1945; 1964-1985).

Questão 3

Resposta: Alternativa A.

No ensino fundamental exigem-se, no mínimo, quatro horas de efetivo trabalho em sala de aula progressivamente ampliado para tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.

Questão 4

Resposta: As alternativas verdadeiras e falsas são: “a) V; b) V; c) F; d) V”. A obrigatoriedade do estudo de história e cultura afro-brasileiras e indígenas é exclusiva para os estabelecimentos de ensino fundamental pertencentes a redes públicas e privadas de ensino.

sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvadas as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda (RFB/MF).

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Questão 5

Resposta: Alternativa D.

A educação superior deve ter, pelo menos, um terço de seu corpo docente em regime integral e com titulação de mestrado e doutorado.

Questão 6

Resposta: Alternativa A.

Refere-se ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que consiste no repasse anual de recursos às escolas públicas do ensino fundamental estadual, municipal e do Distrito Federal e às do ensino especial mantidas por organizações não governamentais (ONGs), desde que registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). O repasse dos recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é feito anualmente pelo FNDE às contas bancárias das unidades escolares, cabendo a elas utilizar os recursos de acordo com as decisões dos órgãos colegiados da escola.

Questão 7

Resposta: A educação brasileira é organizada em dois grandes níveis: educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) e ensino superior. As modalidades são estruturadas em três: educação especial, educação profissional e educação de jovens e adultos.

Questão 8

Resposta: O Fundef destinava recursos apenas para o ensino fundamental e para a valorização do magistério; já o Fundeb destina recursos para todos os níveis de ensino, educação infantil, ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos e ensino (mediante Fies).

Questão 9

Resposta: O salário-educação é cobrado sobre a folha de pagamento das empresas, e os recursos dessa contribuição são destinados ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, podendo ser usados em merenda escolar e para pequenos reparos de manutenção das escolas.

GABARITO

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GABARITOQuestão 10

Resposta: O Fies é um financiamento, ou seja, ao final da graduação, o aluno terá de pagar o valor financiado, sendo os juros de 3,4% ao ano para todos os cursos. O Prouni tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

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