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Biomateriaise Técnicas de Caracterização Andréa Machado Costa Prof. Marcelo H. Prado da Silva Instituto Militar de Engenharia-IME Fevereiro 2014

SEMINARIO 2014

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Page 1: SEMINARIO 2014

Biomateriais e Técnicas de Caracterização

Andréa Machado Costa

Prof. Marcelo H. Prado da Silva

Instituto Militar de Engenharia-IME

Fevereiro 2014

Page 2: SEMINARIO 2014

Conceito

� Material utilizado em um dispositivo, com intenção de

interagir com sistemas biológicos

� Otimização de propriedades físicas, químicas, bioquímicas e

estruturais dos arcabouços para implantação no organismo.

.

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DESEMPENHO LOCAL:INTERFACE IMPLANTE-TECIDO

→ EVENTOS NA SUPERFÍCIE DO MATERIAL

Ref. Schwartz et al., Journal of Cellular Biochemistry 56:340-347, 1994

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DESEMPENHO LOCALINTERFACE IMPLANTE-TECIDO

→ EVENTOS NO INTERIOR DO MATERIAL

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TENDÊNCIA TECNOLÓGICA

� Implantes Modificados: Recobrimento com biomoléculas ou

fármacos para estimular a resposta tecidual e/ou inibir

infecções

� Implantes Inteligentes: reconheçam e reajam a estímulos do

organismo

� Implantes Absorvíveis: absorção pelo organismo após

determinado prazo

Ref. Landim, A., et al., 2013, BNDES Setorial 37, 173-226.

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DESEMPENHO ESTRUTURAL

http://www.biommeda.ugent.be/researchpage.php?id=24

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� Necessidade de sincronia na diminuição das propriedades mecânicas durante degradação dos implantes absorvíveis

Ref. Rezwan, K., et al, Biomaterials 27, 2006, 3413-3431.

DESEMPENHO ESTRUTURAL

Page 8: SEMINARIO 2014

DESEMPENHO BIOQUÍMICO

Ref. Molly M. Stevens, Materials Today, 5(11), 2008, 18-25.

� Variedade de estratégias de aprisionamento de biomoléculas no material

Page 9: SEMINARIO 2014

� Escolha da biomolécula a ser associada ao biomaterial

Ref. Lutolf, M.P., Hubbel, J.A., Nature Biothecnology, 23 (1), 47-55.

DESEMPENHO BIOQUÍMICO

Page 10: SEMINARIO 2014

RESPOSTA CELULAR

Ref. Kshitiz et al, Integr. Biol., 2012, 4, 1008–1018.

� Imagens por Microscopia de Fluorescência: efeito da nanotopografia naadesão e expressão de osteopontina por células tronco mesenquimais .

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PRODUTOS NO MERCADO

Produto composição Ano Tecido Celulas Forma

Integra WoundMatrix

Colagenogranulado +condrotoína 6-sulfato

2007 Pele X Folha

HyalograftC autograft

Derivado ác.Hialurônico + Condrócitos

2008 Cartilagem Condrócitosautólogo

Disco 3D

HV Válvula cardíaca Humana

2008 Cardiovas-cular

X Válvula

FortOss HA+ Matriz colágeno/dextran

2008 Osso x Pasta

Ref. Place et al., Nature Materials, 2009, 8, 457-469

Page 12: SEMINARIO 2014

Dados 2009

Mercado de Engenharia Tecidual: Área Ortopédica

Page 13: SEMINARIO 2014

Biomaterial

Material utilizado em um dispositivo

médico, com intenção de interagir com

sistemas biológicos.

Page 14: SEMINARIO 2014

Biomateriais Osteocondutores

Ref.. Barradas, A. M.C.,Eurpean Cells and Materials, 21, 2011, 407-429

Page 15: SEMINARIO 2014

POLÍMEROS

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Estrutura Polimérica

Linear

Estrutura Cruzada

AmorfaSemicristalina

Esferulita Ref. Carraher, C.E., Introduction to polymer Chemistry

� Cadeias lineares com poucas interações laterais

Page 17: SEMINARIO 2014

Função Química

Ref. Göpferich, A. Biomaterials, 17, 1996, 103-114

Page 18: SEMINARIO 2014

PREPARO E CONFORMAÇÃO

Ref.. Shastri, et al., PNAS, 97 (5), 2000, 1970-1975

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POLIMEROS BIOADEGRADÁVEIS APLICADOS A ÁREA DE SAÚDE

� Permitem a substituição gradativa do implante por tecido regenerado

� Seus produtos de degradação são metabolizados pelo organismo

� Apresentam versatilidade de processamento

Ref. A. C. MottaI, E. A. R. Duek, Polímeros, 16 (1), 2006, 26-32

Page 20: SEMINARIO 2014

DESEMPENHO ESTRUTURAL

Poli(α-esters)

Polianidridos,

Poli(orto)esters,

poli(anidrido-co-imida),

� linearidade na liberação

de fármacos,

Ref. Göpferich, A., Biomaterials 17, 1996, 103-114.

Page 21: SEMINARIO 2014

DESEMPENHO BIOQUÍMICO

Ref.. Shastri, et al., PNAS, 97 (5), 2000, 1970-1975

�Liberação de fosfatase alcalina associada a grânulos de PEG contidos em matriz de PLLA

Page 22: SEMINARIO 2014

RESPOSTA CELULAR

Ref.. Shastri, et al., PNAS, 97 (5), 2000, 1970-1975

100% poli-ácido-lático (PLA)

80% poli-L-ácido-lático (PLLA) + 20% poli-etileno-glicol

60% poli-L-ácido-lático (PLLA) + 40% poli-etileno-glicol

� Secção transversal de substratos poliméricos após 4 semanas de cultivo de células de condrócitos bovinos

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Metais

� Apresenta polimorfismo α (HCP)→ β (BCC, 865ºC)

� Estrutura altamente organizada

� Formado por ligação metálica (todos os átomos distribuídos

uniformemente)

Zircônio

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TORÇÃO SOB ALTA PRESSÃO - (HPT)

→ Método de produção de Materiais com grãos Nanocristalinos por DEFORMAÇÃO PLÁSTICA SEVERA de materiais grãos micrométricos

Ref. Tese Doutorado IME, Michelle Viana, 2012

Page 25: SEMINARIO 2014

Ref. Tese Doutorado IME, Michelle Viana, 2012

Produção de Grãos Ultrafinos ou Nanométricos

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Desempenho Biológico

Micrografia de MEV da célula MC3T3-E1 aderida à superfície de Zr-2,5Nb HPT com 5 GPa e 5 voltas a frio após 7 dias (barra – 1 μm).

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CERÂMICAS

� Arranjo espacial com ânions ocupando espaços intersticiais

� Constituídos por ligações iônicas, e covalentes com alta

direcionalidade e “rigidez”

Zr O

1170ºC2370ºC

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Tenacificação por Transformação induzida por tensão

→ A linha pontilhada indica a interface de transformação monoclínica que está ocorrendo em direção ao interior do grão

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HIDROXIAPATITA (HA)

Ref. D.L. Masica, et al, Structure, 18, 2010.

� Principais planos da superfície de um cristal de hidroxiapatita

Page 30: SEMINARIO 2014

PREPARO E CONFORMAÇÃO

Robocasting

Dispersão: HA /TCP + Darvan1 C

Aumento viscosidade: hydroxypropyl methylcellulose (Methocel F4M)

Gel: dispersão + polyethylenimine (PEI) floculante

Ref. P. Miranda et al, J Biomed Mater Res 85A,218–227,2008.

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DESEMPENHO ESTRUTURAL

Ref. L. R. Rodrigues, Tese Doutorado, Eng. Mecânica, UNICAMP, 2012.

�Mudanças da morfologia da superfície em uma solução tampão.

(a) Típica estrutura sinterizada antes do teste de degradação,

(b) Estrutura modificada após o teste de degradação.

Page 32: SEMINARIO 2014

DESEMPENHO BIOQUÍMICO

Ref. Paul et al, J. Pharm Sci, 97, 2008, 875-882.

� Liberação de Insulina a partir de microesferas de TCP

Page 33: SEMINARIO 2014

Produção de Microesferas de HA

HA

ZnCl2 or CaCl2

solution

Ref. Dissertação IME, Renan Cuzco, 2012.

Page 34: SEMINARIO 2014

RESPOSTA CELULAR

� Microscopia Confocal de

microesferas da HA/Colágeno

contendo osteoblastos após 4

dias, (HAp: hidroxiapatita,OB:

osteoblastos.)

Ref. Wu et al, Biomaterials, 25 (4), 2004, 651–658.

Page 35: SEMINARIO 2014

Mercado Biomateriais

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TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO

�FTIR

�UV-Vis

�DRX

� MEV

� MICRO CT

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Espectroscopia

� Interação da amostra com feixe de radiação com absorção de energia a nível molecular e atômico

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Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR)

Page 39: SEMINARIO 2014

Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR)

� modos vibracionais do grupo químico silicato

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Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR)

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Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR)

� IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA-

PRIMA E PRODUTOS ACABADOS

�CONTROLE DE PROCESSOS DE

PRODUÇÃO

�APROVAÇÃO DE PRODUTOS EM

PROCESSO

Ref. Gao et al, Polymer Journal, 34 (11), 2002, 786—793.

Page 42: SEMINARIO 2014

Espectroscopia no Ultravioleta-Visível (UV-Vis)

→ Absorção de energia pela amostra em determinados valores do espectro na região de Visível e Ultravioleta

Page 43: SEMINARIO 2014

Espectroscopia no Ultravioleta-Visível (UV-Vis)

→ Transições Eletrônicas envolvendo ligações duplas com absorção na região de Ultravioleta

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Espectroscopia no Ultravioleta-Visível (UV-Vis)

→ A_vidade Ó_ca envolvendo energia de orbitais d de elementos de transição que se ligam a grupos contendo pares de elétrons

ʎ = 800 nm

ʎ = 590 nm

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Espectrometria no UV-Vis

→ Espectro identificando região doespectro de UV-Vis ativa dofármaco a ser associado aoBiomaterial

→ Curva de Calibração utilizandoconcentrações variadas do fármaco

Ref. Dissertação IME, Renan Cuzco, 2012.

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Difração de Raios X (DRX)

�Usado para análise cristalográfica de materiais, tendo como radiaçãoincidente uma fonte de raios-X que possui comprimento de onda daordem 1 angstron (Ǻ) coincidindo com as distâncias interplanaresexistentes nas redes cristalinas.

→ Quando a distância entre duas ou mais fendas é da mesma ordem de grandeza que o comprimento de onda irradiado, tem-se a ocorrência do fenômeno de difração

Page 47: SEMINARIO 2014

Difração de Raios X (DRX)

Refs. Gao et al, Polymer Journal, 34 (11), 2002, 786—793, Assolan, et al, Journal of the European Ceramic Society 23 (2003) 229–241.

� Quanto maior o número de planos alinhados em uma mesma direção maior a cristalinidade do material, causando um feixe difratado mais intenso e estreito em termos de comprimento de onda

Page 48: SEMINARIO 2014

Difração de Raios X (DRX)

Ref. Dissertação IME, Renan Cuzco, 2012.

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Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

O feixe obtido irá interagir com a superficie condutora da amostra emitindoelétrons retroespalhados e secundários, que serão detectados e processados,obtendo-se uma imagem da superfície do material.

Um feixe de elétrons éacelerado pela aplicaçãode uma ddp, sendoalinhado e focado porum arranjo de lenteseletromagnéticas, eaberturas.

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Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

Volume de interação: a) localização dos sinais emitidos pela amostra; b) relação da voltagem para elementos leves e pesados. Figura adaptada de KESTENBACH, 1994.

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Análise Textural - EBSD

Micrografia de Zr deformado por HPT com 5 GPa e 5 voltas completas afrio por ACOM/MET (a) Mapa de orientação do Zr deformado por HPT

Ref. Tese Doutorado IME, Michelle Viana, 2012

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Microtomografia de Raios X (Micro CT)

�Permite a visualização de seções transversais (cortes internos) deum objeto de forma não destrutiva.

�Densidade e a porosidade são mapeados pelo equipamento atravésda análise das fatias geradas em forma de figura bidimensionais, equando juntas se obtém objetos 3D através de algoritmos decomputador.

→ Raios X varrem uma amostra em rotação, sendo o sinal produzido captado por um detector

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Microtomografia de Raios X (Micro CT)

�Utilizada para verificar a interconectividade dos poros, distribuição,diâmetro e porcentagem total da porosidade em relação o volumeda estrutura

�Baseia-se na propriedade dos materiais em absorver a radiação deforma diferenciada dependendo de sua composição química edensidade.

→ Secção de pas_lha porosa

HA+TCP

Ref. L. R. Rodrigues, Tese Doutorado, Eng. Mecânica, UNICAMP, 2012.

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Obrigado!