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SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES CONCIDADES PARANÁ CONCIDADES PARANÁ A IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS DAS A IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS DAS CIDADES CIDADES Marcos Dorigão Marcos Dorigão Conselheiro Estadual das Conselheiro Estadual das Cidades Cidades Segmento das Instituições de Segmento das Instituições de

SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES CONCIDADES PARANÁ A IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS DAS CIDADES Marcos Dorigão Conselheiro Estadual

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SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES CONSELHO NACIONAL DAS CIDADES

CONCIDADES PARANÁ CONCIDADES PARANÁ

A IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS DAS CIDADESA IMPORTÂNCIA DAS CONFERÊNCIAS DAS CIDADES

Marcos DorigãoMarcos DorigãoConselheiro Estadual das CidadesConselheiro Estadual das Cidades

Segmento das Instituições de PesquisaSegmento das Instituições de Pesquisa

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ContextoContexto• Historicamente, no Brasil, a gestão de Historicamente, no Brasil, a gestão de

políticas públicas tem acontecido de maneira políticas públicas tem acontecido de maneira autoritária e ditatorial. autoritária e ditatorial.

• Há um discurso elitista que busca Há um discurso elitista que busca desqualificar o cidadão comum e qualificar a desqualificar o cidadão comum e qualificar a participação como um ato de escolha de participação como um ato de escolha de líderes que devem administrar a coisa líderes que devem administrar a coisa pública, sem nenhuma interferência da pública, sem nenhuma interferência da sociedade.sociedade.

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Participação e Participação e Controle SocialControle Social

• ““Todo grupo organizado conta com dispositivos Todo grupo organizado conta com dispositivos de controle que visam à manutenção da de controle que visam à manutenção da estabilidade social e à consecução dos objetivos estabilidade social e à consecução dos objetivos determinados” (CASTRO, 2007, p. 47).determinados” (CASTRO, 2007, p. 47).

• Controle social envolve valor, norma, vontade e Controle social envolve valor, norma, vontade e ação.ação.

• ““Pessoas orientadas para normas sociais Pessoas orientadas para normas sociais interiorizadas como parte de sua personalidade” interiorizadas como parte de sua personalidade” (JOHNSON apud LAKATOS; MARCONI, 2006, p. (JOHNSON apud LAKATOS; MARCONI, 2006, p. 226).226).

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• A democratização da coisa pública e o A democratização da coisa pública e o processo de participação políticaprocesso de participação política

• A participação deve ser uma questão a ser A participação deve ser uma questão a ser refletida e enfrentada por todos aqueles refletida e enfrentada por todos aqueles grupos sociais que estão alheios às decisões grupos sociais que estão alheios às decisões que lhes dizem respeito, principalmente que lhes dizem respeito, principalmente quando se trata de suas condições básicas de quando se trata de suas condições básicas de existência.existência.

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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• O exercício de O exercício de participarparticipar representa um representa um processo existencial concreto, processo existencial concreto, reproduzido na reproduzido na dinâmica da sociedadedinâmica da sociedade, tendo sua expressão , tendo sua expressão na realidade cotidiana dos diversos na realidade cotidiana dos diversos segmentos da população. segmentos da população.

• Estimular o avanço de tal processo “implica Estimular o avanço de tal processo “implica ter compreensão clara sobre ele e também ter compreensão clara sobre ele e também sobre a própria realidade social na qual se sobre a própria realidade social na qual se processa” (SOUZA, 1999). processa” (SOUZA, 1999).

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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• Para Gerschman (2004, p. 1679) “a Para Gerschman (2004, p. 1679) “a representação da sociedade civil nos representação da sociedade civil nos Conselhos foi se tornando, na conjuntura Conselhos foi se tornando, na conjuntura política adversa dos anos 90, mera política adversa dos anos 90, mera virtualidade”.virtualidade”.

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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Participação e Participação e Controle SocialControle Social

• Participação significaParticipação significa– [...] ‘fazer parte’, ‘tomar parte’, ‘ser parte’ de um [...] ‘fazer parte’, ‘tomar parte’, ‘ser parte’ de um

ato ou processo, de uma atividade pública, de ato ou processo, de uma atividade pública, de ações coletivas. Referir ‘a parte’ implica pensar o ações coletivas. Referir ‘a parte’ implica pensar o todo, a sociedade, o Estado, a relação das partes todo, a sociedade, o Estado, a relação das partes entre si e destas com o todo e, como este não é entre si e destas com o todo e, como este não é homogêneo, diferenciando-se os interesses, homogêneo, diferenciando-se os interesses, aspirações, valores e recursos de poder aspirações, valores e recursos de poder (TEIXEIRA, 2002, p.27).(TEIXEIRA, 2002, p.27).

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• A luta pela democratização da coisa pública A luta pela democratização da coisa pública se dá por meio de um processo de se dá por meio de um processo de participação política;participação política;

• Estimular o avanço de tal processo “implica Estimular o avanço de tal processo “implica ter compreensão clara sobre ele e também ter compreensão clara sobre ele e também sobre a própria realidade social na qual se sobre a própria realidade social na qual se processa” (SOUZA,1999).processa” (SOUZA,1999).

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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• A participação supõe uma relação de poder;• É necessário entender que os diversos atores,

como Estados, outras instituições políticas e a sociedade, interagem;

• São relações complexas e contraditórias que requerem condições estruturais e uma cultura política que possa favorecer ou dificultar a participação.

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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• As decisões podem ser tomadas diretamente As decisões podem ser tomadas diretamente pelos cidadãos ou através de espaços pelos cidadãos ou através de espaços efetivamente democráticos, que permitam a efetivamente democráticos, que permitam a liberdade e a autonomia para deliberar sobre liberdade e a autonomia para deliberar sobre aquilo que é público. aquilo que é público.

• É difícil acreditar que um processo É difícil acreditar que um processo democrático possa se concretizar sem que a democrático possa se concretizar sem que a população tenha espaço e capacidade de população tenha espaço e capacidade de decisão.decisão.

Participação e Participação e Controle SocialControle Social

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CRISE URBANA que exige uma política orientadora e coordenadora

de:

•Esforços

•Planos

•Ações

•Investimentos

•Equidade Social

•Maior eficiência administrativa

•Ampliação da Cidadania

•Sustentabilidade ambiental

•Resposta aos direitos das populações vulneráveis

Entes Federados (pacto federativo) legislativo, judiciário, executivo,

sociedade civil e iniciativa privada

(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009)

Tese

Cen

tral

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POLITICA URBANAPOLITICA URBANA

• “A base para a construção de uma política urbana, em parceria com a sociedade, está no reconhecimento do atual governo de que a participação na elaboração e execução das políticas é um direito dos cidadãos e de que o caminho para o enfrentamento dos problemas está diretamente vinculado à articulação e à integração de esforços e recursos nos três níveis de governo e com a população organizada”(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2009).

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs• 1ª Conferência das Cidades

– A 1ª Conferência Nacional das Cidades aconteceu de 23 a 26 de outubro de 2003, em Brasília.

– Lema Cidade para Todos e do tema Construindo uma política democrática e integrada para as cidades.

– Deflagrou um processo de discussões e articulações, acordos, exposição de propostas, reuniões de pequenos e de grandes grupos e votações

– As 3.850 emendas originárias das conferências municipais e estaduais estiveram sob exame e votações.

– Novas propostas para o desenvolvimento urbano foram produzidas.

– Estabeleceu a composição e a eleição do Conselho das Cidades (ConCidades).

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs• 2ª Conferência das Cidades

– DF, entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro de 2005,– Foram discutidas as formulações da Política Nacional de

Desenvolvimento Urbano - PNDU, no processo de planejamento e articulação para construção e transformação das cidades brasileiras em espaços mais sustentáveis.

– A transmissão ao vivo da Conferência obteve 8370 acessos on-line, demonstrando a complexidade das discussões e do completo sucesso do evento.

– Debateu sobre os temas da Participação e Controle Social; Questão Federativa; Política Urbana Regional e Metropolitana e Financiamento do Desenvolvimento Urbano.

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs• 3ª Conferência das Cidades

– No período de 25 a 29 de novembro de 2007 com o Lema “Desenvolvimento urbano com participação popular e justiça social”

– Debate sobre a capacidade de planejar o desenvolvimento das cidades e suas intervenções de forma integrada e com participação social.

– Debate da construção do Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano, entendido como o principal mecanismo para viabilizar a gestão democrática da PNDU.

– Propôs um balanço das ações e políticas já desenvolvidas, a partir das conferências já realizadas.• A 1ª CNCpossibilitou o direcionamento das políticas setoriais – habitação, saneamento

ambiental, mobilidade urbana e planejamento e gestão do solo urbano - desenvolvidas pelo Ministério das Cidades, além de aprovar atribuições, estabelecer a composição e eleger as entidades que fizeram parte da 1ª gestão do Conselho das Cidades em âmbito nacional.

• A 2ª CNC avançou no debate que ampliou a discussão da política para temas transversais, tais como: a participação e o controle social, a questão federativa, o desenvolvimento regional urbano e metropolitano e o financiamento do desenvolvimento urbano.

– Atribuí-se destaque às duas primeiras conferências na medida em que representaram importante avanço no processo de elaboração da PNDU,

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Histórico das CNCsHistórico das CNCs• 4ª Conferência das Cidades

– De 19 a 23 de junho de 2010, com o lema “Cidade para todos e todas com gestão democrática, participativa e controle social”.

– Quatro eixos temáticos que refletem os principais desafios para implantação desta política: • “Criação e implementação de conselhos das cidades, planos, fundos e seus conselhos gestores nos níveis

federal, estadual, municipal e no Distrito Federal”,• “Aplicação do Estatuto da Cidade, dos planos diretores e a efetivação da função social da propriedade do solo

urbano” • “A integração da política urbana no território: política fundiária, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação

e saneamento” • “Relação entre os programas governamentais - como PAC e Minha Casa, Minha Vida - e a política de

desenvolvimento urbano”.

– Debates centrados em políticas setoriais como habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana e planejamento territorial urbano.

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REFERÊNCIAREFERÊNCIA• CASTRO, Celso Antonio Pinheiro de. Sociologia aplicada à administração.

2.ed. São Paulo : Atlas, 2007.• CORREIA, M. V. C.. Que controle social na política de assistência social?

Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n.72, p.119-144, nov. 2002.• GERSCHMAN, S. Conselhos Municipais de Saúde: atuação e representação

das comunidades populares. Cad. Saúde Pública [online]. 2004, vol.20, n.6, pp. 1670-1681. ISSN 0102-311X.

• GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo : Atlas, 2010.

• LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Sociologia geral. 7. ed. São Paulo : Atlas, 2006.

• SOUZA, M. L. Desenvolvimento de comunidade e participação. 6.ed. São Paulo: Cortez, 1999.

• TEIXEIRA, E. O local e o global: limites e desafios da participação cidadã. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.