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Trabalho apresentado ao curso de Graduação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia como avaliação parcial da disciplina História da Arte Brasileira, ministrada pelo Prof. Luiz Alberto Freire

Seminário modernismo

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Conteúdo realizado por discentes da UFBA, disciplina História da Arte Brasileira, ministrada pelo prof. Luiz Freire no primeiro semestre de 2012.

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Trabalho apresentado ao curso de Graduação da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia como avaliação parcial da disciplina História da Arte Brasileira, ministrada pelo Prof. Luiz Alberto Freire

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Circunstâncias históricas, reação à tradição, fundamentos estéticos

Discentes: Ariane Alberghini Paulo Henrique Monteiro Saionara Inaba

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Introdução

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Da esquerda para a direita: Brecheret, Di Cavalcanti, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade e Helios Seelinger

Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade

Heitor Villa-Lobos

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O nascimento de uma nova arte e a SAM

Crítica e atividade literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e outros artistas;

Valorização das raízes nacionais como ponto de partida;

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As circunstâncias históricas Tarsila do Amaral, Operários, 1933

http://luhenriquedias.blogspot.com/2011/09/tarsila-do-amaral-125-anos.html

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I. O Brasil do começo do século XX A República Velha (1889 – 1930)

República oligarquica (1894 – 1930)

Primacia de São Paulo e Minas Gerais -> política do café-com-leite

A Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) e o nacionalismo

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II. A emergência da cidade de São Paulo

A importância da cafeicultura

A necessidade de mão de obra emigrada com a proibição do tráfico de escravos (1850)

Os investimentos em infra-estrutura derivados da renda do café e do endividamento externo

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O Brasil do começo do século XX

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Washington_Lu%C3%ADs_%28foto%29.jpg

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Getulio_Vargas_%281930%29.jpg

Washington Luiz Getúlio Vargas

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http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=1377

Café, Cândido Portinari, 1934

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O crescimento populacional rapido

As grandes obras de renovação urbana

-> a cidade apresentava na década de 20 uma vitalidade cultural e um inserimento no circuito internacional que possibilitou o surgimento do movimento moderno brasileiro

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http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_%28cidade%29#Demografia

Crescimento populacional

Censo Pop. %±

1872 31 385

1890 64 934 106,9%

1900 239 620 269,0%

1920 579 033 141,6%

1940 1 326 261 129,0%

1950 2 198 096 65,7%

1960 2 781 446 26,5%

1970 5 924 615 113,0%

1980 8 493 226 43,4%

1991 9 646 185 13,6%

2000 10 434 252 8,2%

2010 11 244 369 7,8%

Fonte:[58]

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Image003_Teatro.jpg

O teatro municipal de São Paulo num cartão postal do começo do século XX

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Avenida_Paulista_1902.jpg

Cartão postal da Avenida Paulista em 1902

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Reação à tradição

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I. O modernismo: entre «brasilidade» e internacionalismo

Entre viagens à Europa e pesquisa do caráter nacional

Redescuberta das expressões culturais próprias

Desejo de renovação das artes nacionais em acordo com a linguagem nova dos grandes centros artísticos internacionais

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II. Exposições artísticas precursoras

Lasar Segall (1913)

Anita Malfatti (1917)

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•Antes da explosão da SAM, Lasar Segall foi um dos principais artistas que permitiram ao Brasil ter contanto com a arte inovadora da da Europa.

•Passou a residir no Brasil em 1924 quando começamos a perceber características temáticas brasileiras em suas

obras.

a) Lasar Segall

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Lasar Segall - Mercadores

Lasar Segall – Familia

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Menino com Largatixa (1924)

Óleo sobre a tela de Lasar Segall

Eternos caminhantes (1919) Óleo sobre a tela de Lasar Segall

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Exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária.

b)Anita Malfatti

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Ohomem Amarelo

Annita Malfatti

A Mulher de Cabelos Verdes

(1915)

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Em Paris, que abrigava artistas vindos de toda a parte, atraídos pelo dinamismo cultural e pelo ritmo eletrizante da vida social, No final de guerra, em 1918, os países europeus, principalmente a Alemanha e a Itália, atravessam crises econômicas e sociais Além disso, a Revolução Russa, ocorrida em 1917, levara ao poder a classe trabalhadora, e amplificara a divulgação das idéias socialistas no mundo, É nesse contexto de crises e incertezas que surgiram as correntes de vanguarda (do francês avant-garde, "o que marcha à frente"), originárias de vários países, mas irradiadas principalmente por Paris. Entre as novas correntes artísticas estavam o Futurismo, o Cubismo, o Dadaísmo, o Expressionismo, o Surrealismo; todas elas, vindas nas malas de artistas brasileiros em visita à Europa ou divulgadas pela imprensa, influenciaram o Modernismo no Brasil.

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Mário de Andrade, com suas conferências, leituras de poemas e publicações em jornais foi uma das personalidades mais ativas da Semana. Oswald de Andrade talvez fosse um dos artistas que melhor representavam o clima de ruptura que o evento procurava criar. Manuel Bandeira, mesmo distante, provocou inúmeras reações de agrado e de ódio devido a seu poema “Os Sapos“, que fazia uma sátira do Parnasianismo, lido durante o evento.

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Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da Exposição

Cartaz da «Semana», satirizando os grandes nomes da música, da literatura e da pintura

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A semana de 22 A Semana de Arte Moderna de 22, realizada entre 11 e

18 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo, contou com a participação de escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos. Visava renovar o ambiente artístico e cultural da cidade via “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual“, como informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.

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As fases do Modernismo O movimento modernista passou por três fases distintas: 1º fase (1922-1928) Nesta primeira fase, os autores procuraram destruir e

menosprezar a literatura anterior, dando ênfase a um nacionalismo exagerado, ao primitivismo e repudiando todo o nosso passado histórico.

2ª fase (1928-1945) Período de construção, com idéias literárias inovadoras e

coerentes. Abrem esta fase construtiva Mário de Andrade, com a obra Macunaíma, e José Américo de Almeida, com A Bagaceira.

3ª fase Nesta fase os autores fogem aos excessos e primam pela ordem

sobre os caos que foi a geração.

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Boba, 1915/16, óleo de Anita Malfatti que escandalizou Monteiro Lobato (MASP)

Torso, 1917 – carvão e pastel sobre papel – Anita Malfatti

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Anita Malfatti

A exposição de Anita Malfatti em 1917, recém chegada dos Estados Unidos e da Europa, foram um marco para o Modernismo Brasileiro. As obras da pintora então afinadas com as tendências vanguardistas absorvidas nesses dois locais chocou grande parte do público e causou violentas reações da crítica conservadora. Ao redor dela reuniram-se jovens despertos para uma necessidade de renovação da arte brasileira.

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O Farol, Anita Malfatti

I. Anita Malfatti

Nessa pintura,(o farol) assim como em O Barco, a paisagem está mais harmonizada com a presença humana, através das edificações que compõem o cenário. O uso da deformação é sensivelmente menor, em contrapartida Anita utiliza exemplarmente a principal característica do seu expressionismo: as cores abundantes e vivas, a chamada “Festa da Cor”

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O barco, Anita Malfatti

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Auto retrato Di Cavalcanti

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Di Cavalcanti era um intelectual bem informado sobre as vanguardas modernistas do seu tempo, interessado não só por artes plásticas, mas por outras áreas também.

Em 1923, Di Cavalcanti realiza viagem a Paris, freqüentando o ambiente intelectual e boêmio da época e convivendo com Picasso e Braque, entre outros, numa relação de admiração mútua. Sua experiência do contato com o cubismo, expressionismo e outras correntes artísticas inovadoras, conjugadas à consciência da sua posição de artista brasileiro, concorreram para aumentar a sua convicção no propósito de ousar e destruir velhas barreiras, colocando a arte brasileira em compasso com o que acontecia no mundo.

Di Cavalcanti sabia estar no caminho certo esteticamente e a viagem a Paris só reforçou as suas certezas. Entretanto, o ambiente do pintor não era o dos boulevares de Paris: Di Cavalcanti estava impregnado dos trópicos, de uma atmosfera sensual e quente.

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O Beijo - 1923

O beijo onde as figuras são decididamente alongadas e hipertrofiadas e o espaço cobre-se de formas ducteis e cores em liberdade

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Baile popular 300x224 Di Cavalcanti

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Samba

- Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o Samba. O cenário geográfico brasileiro , foi muito retratado em suas obras como, por exemplo, as praias. - Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc. - - Estética que abordava a sensualidade tropical do Brasil, enfatizando os diversos tipos femininos.

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Nascimento de Vênus

Pescadores

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O escultor Victor Brecheret tem um papel diferenciado e fundamental no Modernismo brasileiro; junto com Anita Malfatti e Lasar Segall, é figura importante desse período 'heróico', que se caracterizam pelos acontecimentos mais importantes na formação inicial do grupo modernista. Além disso, se destaca nos anos 20 e 30 como artista da escola de Paris e nas décadas de 40 e 50 no cenário artístico de São Paulo, com monumentos públicos, funerários e decorativos de fachadas, como o 'Monumento às Bandeiras', hoje um dos símbolos da cidade.

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Em 1920 realiza a maquete para o Monumento às Bandeiras, no qual evoca a saga dos bandeirantes na conquista de novas terras. No ano seguinte, recebe bolsa de estudo do Pensionato Artístico do Estado de São Paulo e viaja para Paris, onde permanece até 1935. Embora ausente, expõe algumas obras na Semana de Arte Moderna de 1922.

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Eva, 1919

Eva -, premiada em Roma em 1919, é tida como a primeira manifestação relacionada com a Semana de Arte Moderna de 1922. A escultura apresenta um tratamento naturalista da anatomia e uma contida dramaticidade, expressa através de torções do corpo e de volumes, trabalhados em luz e sombras acentuadas. Instalada atualmente no CCSP, próximo da Estação Vergueiro do Metrô.

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Monumento às bandeiras

Tocadora de guitarra

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Os Talheres

Estava em Paris , cursando, por pouco tempo, a Academia Julian. Talento precoce, em 1913 participou do Salão dos independentes, na capital francesa. De volta ao Brasil em 1917, dois anos mais tarde realizou, em Recife, sua primeira mostra individual; em 1920 e 1921, apresentou-se no Rio de Janeiro, em São Paulo e Recife.

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Deposição ou Pietá

Dono de um estilo peculiar, caracterizado por um figurativismo geometrizado em que a cor é quase sempre usada de maneira econômica, com predominância de ocres e marrons, Rego Monteiro sofreu influências variadas, do abstracionismo ao art déco, do cubismo à arte indígena

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Esta aquarela faz parte da segunda exposição de Vicente no Rio de Janeiro, em 1921 - dando continuidade às suas pesquisas acerca das lendas indígenas brasileiras, que renderam uma série sobre seus mitos e rituais. Foram estas obras que impressionaram tanto seus colegas de Paris, que acreditavam ser este o caminho para qualquer artista brasileiro, como os intelectuais que participariam da Semana de 22, que viram em Vicente um antecipador daquilo que pregavam para a nova arte brasileira: uma temática nacional

Mani-oca Nascimento de Mani

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A negra Auto-retrato ou

Le manteau rouge

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Em 1924, em meio à uma viagem de "redescoberta do Brasil" com os modernistas brasileiros e com o poeta franco-suíço Blaise Cendrars, Tarsila iniciou sua fase artística “Pau-Brasil”, dotada de cores e temas acentuadamente tropicais e brasileiros, onde surgem os "bichos nacionais“, a exuberância da fauna e da flora brasileira, as máquinas, trilhos, símbolos da modernidade urbana.

Pintura limpa, sobretudo, sem medo dos cânones convencionais. Liberdade e sinceridade, uma certa estilização que a adaptava à época moderna. http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tarsila-do-amaral/tarsila-do-amaral.php#ixzz1xQbODWjh

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Abaporu Operários

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Bibliografia: TELES, Gilberto Mendonça, Vanguarda Europeia e Modernismo Brasileiro ZANINI, Walter, História geral da arte no Brasil AMARAL, Aracy A., As artes plasticas na semana de 22, ed. 34, São Paulo, 1998 •https://acces-distant.sciences-po.fr/http/www.universalis-edu.com/encyclopedie/sao-paulo/ •https://acces-distant.sciences-po.fr/http/www.britannica.com/EBchecked/topic/701311/Sao-Paulo • •http://www.portaldasgerais.com.br/index.php?option=com_k2&view=item&id=643:di-cavalcanti&Itemid=151 •http://www.google.com.br/imgres?q=brecheret&hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=709&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=Mvg_iv_UpqNVBM:&imgrefurl=http://pt.wikipedia. •http://www.google.com.br/imgres?q=brecheret&hl=pt-BR&sa=X&biw=1280&bih=709&tbm=isch&prmd=imvns&tbnid=1OB1CLqXGGMCHM:&imgrefurl=http://bronzeartes.blogspot.com/2012/01/obras-de-victor-brecheret.html&docid=ZppwNs8CSR6RsM&imgurl=http://3.bp.blogspot.com/- •http://obrasanitamalfatti.wordpress.com/