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SEMINÁRIO: “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ARBITRAGEM.” CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.” Data: 23 de abril de 2018 Local: INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO Professor Doutor de Direito Administrativo da USP. Pós-Doutor em Arbitragem Internacional pelo Max-Planck-Institut (Hamburgo). Coordenador da Comissão da Administração Pública do CAM-CCBC. Árbitro na CAMARB, CAESP, CAM-FIEP e Câmara FGV-Rio. Ex-Procurador do Estado do Paraná (1992-2006). PROF. DR. GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA

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SEMINÁRIO: “ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E ARBITRAGEM.”

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

Data: 23 de abril de 2018

Local: INSTITUTO DOS ADVOGADOS DE SÃO

PAULO

Professor Doutor de Direito Administrativo da USP. Pós-Doutor em Arbitragem

Internacional pelo Max-Planck-Institut (Hamburgo). Coordenador da Comissão da

Administração Pública do CAM-CCBC. Árbitro na CAMARB, CAESP, CAM-FIEP e

Câmara FGV-Rio. Ex-Procurador do Estado do Paraná (1992-2006).

PROF. DR. GUSTAVO JUSTINO DE OLIVEIRA

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

SUMÁRIO

I. LEGISLAÇÃO PERTINENTE

II. CLÁUSULAS COMPROMISSÓRIAS/COMPROMISSOS ARBITRAIS

III. IMPACTOS DO USO (PREVISÃO) DA ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DECONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOSADMINISTRATIVOS

1.

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

Altera a Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, e aLei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, paraampliar o âmbito de aplicação da arbitragem (...)

I - LEI Nº 13.129, DE 26 DE MAIO DE 2015

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

Art. 1o Os arts. 1o, 2o, 4o, 13, 19, 23, 30, 32, 33, 35 e 39 da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o ...................................................................

§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis.

§ 2o A autoridade ou o órgão competente da administração pública direta para a celebração de convenção de arbitragem é a mesma para a realização de acordos ou transações.” (NR)

“Art. 2o ...........................................................................

§ 3o A arbitragem que envolva a administração pública será sempre de direito e respeitará o princípio da publicidade.” (NR)

Dispõe sobre a exploração direta e indireta pelaUnião de portos e instalações portuárias e sobre asatividades desempenhadas pelos operadoresportuários; (...)

II - LEI Nº 12.815, DE 5 DE JULHO DE 2013

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

Art. 62. O inadimplemento, pelas concessionárias, arrendatárias, autorizatárias eoperadoras portuárias no recolhimento de tarifas portuárias e outras obrigaçõesfinanceiras perante a administração do porto e a Antaq, assim declarado em decisão final,impossibilita a inadimplente de celebrar ou prorrogar contratos de concessão earrendamento, bem como obter novas autorizações.

§ 1o Para dirimir litígios relativos aos débitos a que se refere o caput, poderá ser utilizada aarbitragem, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. (Regulamento)

§ 2o O impedimento previsto no caput também se aplica às pessoas jurídicas, direta ouindiretamente, controladoras, controladas, coligadas, ou de controlador comum com ainadimplente.

Regulamenta o § 1º do art. 62 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013, para dispor sobre os critérios de arbitragem para dirimir litígios no âmbito do setor portuário.

III – DECRETO Nº 8465, DE 8 DE JULHO DE 2015

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

Art. 1º Este Decreto dispõe sobre as normas para a realização de arbitragem para dirimir litígiosque envolvam a União ou as entidades da administração pública federal indireta e asconcessionárias, arrendatárias, autorizatárias ou os operadores portuários em relação aoinadimplemento no recolhimento de tarifas portuárias ou outras obrigações financeiras perante aadministração do porto e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários - Antaq, conforme odisposto no § 1º do art. 62 da Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013.

Art. 2º Incluem-se entre os litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis que podem ser objeto da arbitragem de que trata este Decreto:I - inadimplência de obrigações contratuais por qualquer das partes;II - questões relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos; eIII - outras questões relacionadas ao inadimplemento no recolhimento de tarifas portuárias ou outras obrigações financeiras perante a administração do porto e a Antaq.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)Art. 6º Os contratos de concessão, arrendamento e autorização de que trata a Lei nº 12.815, de2013, poderão conter cláusula compromissória de arbitragem, desde que observadas as normasdeste Decreto.

§ 1º Em caso de opção pela inclusão de cláusula compromissória de arbitragem, o edital de licitaçãoe o instrumento de contrato farão remissão à obrigatoriedade de cumprimento das normas desteDecreto.

§ 2º A cláusula compromissória de arbitragem, quando estipulada:I - constará de forma destacada no edital de licitação e no instrumento de contrato; eII - excluirá de sua abrangência as questões relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, sem prejuízo de posterior celebração de compromisso arbitral para asolução de litígios dessa natureza, observados os requisitos do art. 9º.

§ 3º A ausência de cláusula compromissória de arbitragem no contrato não obsta que seja firmadocompromisso arbitral para dirimir eventuais litígios abrangidos no art. 2º, observadas as condiçõesestabelecidas no art. 9º.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)

Art. 9º Ainda que o contrato não contenha cláusula compromissória de arbitragem, a administraçãopública poderá celebrar compromisso arbitral para dirimir os litígios de que trata o art. 2º.

§ 1º No caso de celebração de compromissos arbitrais na situação de que trata o caput, a administraçãopública deverá avaliar previamente as vantagens e desvantagens da arbitragem no caso concreto quantoao prazo para a solução do litígio, ao custo do procedimento e à natureza da questão litigiosa.

§ 2º Será dada preferência à arbitragem:

I - nos casos de litígios que envolvam análise técnica de caráter não jurídico; ou

II - sempre que a demora na solução definitiva do litígio possa:

a) gerar prejuízo à adequada prestação do serviço ou à operação do porto; ou

b) inibir investimentos considerados prioritários.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)Art. 11. Em caso de sentenças arbitrais condenatórias que envolvam questõesrelacionadas às receitas patrimoniais e tarifárias da autoridade portuária, oscréditos e as obrigações correspondentes serão atribuídos diretamente àautoridade portuária.

Art. 12. Em caso de sentença arbitral condenatória que imponha obrigaçãopecuniária contra a União ou suas entidades autárquicas, o pagamento se darámediante a expedição de precatório ou de requisição de pequeno valor, conforme ocaso.Parágrafo único. Na hipótese de que trata o caput, o árbitro ou o presidente docolegiado de árbitros solicitará à autoridade judiciária competente a adoção dasprovidências necessárias à expedição de precatório ou de requisição de pequenovalor, conforme o caso.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

Art. 13. Quando necessário, o árbitro estabelecerá valor provisório para a obrigaçãolitigiosa, que vinculará as partes até que sobrevenha a decisão arbitral definitiva.§ 1º Enquanto houver litígio pendente de decisão arbitral, os contratos de que trata esteDecreto poderão ser prorrogados, observados os demais requisitos legais eregulamentares, se caracterizado o interesse público, desde que:I - o contratado tenha pago integralmente os valores incontroversos devidos àadministração pública;II - o contratado tenha pago ou depositado à disposição do juízo a quantia correspondenteao valor provisório da obrigação litigiosa que for fixado pelo árbitro na forma estabelecidapelo caput; eIII - o contratado se obrigue a pagar, nas condições e prazos estabelecidos na decisãoarbitral definitiva, todo o valor a que eventualmente venha a ser condenado a pagar emfavor da administração pública.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)

§ 5º Na hipótese de prorrogação do contrato a que se refere o litígio, o termo aditivo considerará, para finsde definição da equação econômico-financeira do contrato, os valores provisórios estabelecidos peloárbitro, sem prejuízo de posterior reequilíbrio econômico-financeiro em decorrência da decisão arbitraldefinitiva.

§ 6º Na situação de que trata o § 5º, caso a decisão arbitral provisória não seja proferida com antecedênciamínima de noventa dias em relação ao termo final do contrato, o poder concedente poderá definir valoresprovisórios no termo aditivo para efeito de definição da equação econômico-financeira referente aoperíodo de prorrogação, que vigorarão até que sobrevenha a decisão arbitral definitiva, sem prejuízo danecessidade de reequilíbrio econômico-financeiro em decorrência de decisão arbitral definitivasuperveniente.

§ 7º Na situação de que trata o § 6º, os valores provisórios serão definidos pelo poder concedente eutilizarão como parâmetro os valores de contratos similares relativos ao mesmo porto ou, se não houver,de outros portos.

§ 8º O disposto nos § 5º, § 6º e § 7º não exclui a obrigação de pagamento ou depósito da quantia a que serefere o inciso II do § 1º antes da efetiva celebração do termo aditivo de prorrogação, ainda que o termoaditivo não tenha utilizado o valor provisório estabelecido pelo árbitro para fins de definição da equaçãoeconômico-financeira do contrato, nos termos do § 6º.

§ 9º O disposto neste artigo também se aplica à celebração de novos contratos durante o curso deprocedimento arbitral.

§ 10. A condição de que trata o inciso III do § 1º constará como cláusula resolutiva no termo aditivo deprorrogação ou no instrumento de contrato que venha a ser celebrado durante o curso da arbitragem.

Art. 14. O disposto neste Decreto se aplica aos contratos já em curso.

Cria o Programa de Parcerias de Investimentos - PPI; altera a Leinº 10.683, de 28 de maio de 2003, e dá outras providências.

IV – LEI Nº 13.334, DE 13 DE SETEMBRO DE 2016

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

DO PROGRAMA DE PARCERIAS DE INVESTIMENTOSArt. 1º Fica criado, no âmbito da Presidência da República, o Programa de Parcerias de Investimentos -PPI, destinado à ampliação e fortalecimento da interação entre o Estado e a iniciativa privada por meioda celebração de contratos de parceria para a execução de empreendimentos públicos de infraestruturae de outras medidas de desestatização.

§ 1º Podem integrar o PPI:I - os empreendimentos públicos de infraestrutura em execução ou a serem executados por meio decontratos de parceria celebrados pela administração pública direta e indireta da União;II - os empreendimentos públicos de infraestrutura que, por delegação ou com o fomento da União,sejam executados por meio de contratos de parceria celebrados pela administração pública direta ouindireta dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; eIII - as demais medidas do Programa Nacional de Desestatização a que se refere a Lei nº 9.491, de 9 desetembro de 1997.§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se contratos de parceria a concessão comum, a concessãopatrocinada, a concessão administrativa, a concessão regida por legislação setorial, a permissão deserviço público, o arrendamento de bem público, a concessão de direito real e os outros negóciospúblico-privados que, em função de seu caráter estratégico e de sua complexidade, especificidade,volume de investimentos, longo prazo, riscos ou incertezas envolvidos, adotem estrutura jurídicasemelhante.

Estabelece diretrizes gerais para prorrogação e relicitaçãodos contratos de parceria definidos nos termos da Leino 13.334, de 13 de setembro de 2016, nos setoresrodoviário, ferroviário e aeroportuário da administraçãopública federal, e altera a Lei no 10.233, de 5 de junho de2001, e a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

LEI Nº 13.448, DE 5 DE JUNHO DE 2017

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)Art. 13. Com o objetivo de assegurar a continuidade da prestação dos serviços, o órgão ou aentidade competente poderá realizar, observadas as condições fixadas nesta Lei, a relicitaçãodo objeto dos contratos de parceria nos setores rodoviário, ferroviário e aeroportuário cujasdisposições contratuais não estejam sendo atendidas ou cujos contratados demonstremincapacidade de adimplir as obrigações contratuais ou financeiras assumidas originalmente.

(...)Art. 15. A relicitação do contrato de parceria será condicionada à celebração de termo aditivocom o atual contratado, do qual constarão, entre outros elementos julgados pertinentes peloórgão ou pela entidade competente:

(...)III - o compromisso arbitral entre as partes com previsão de submissão, à arbitragem ou a outromecanismo privado de resolução de conflitos admitido na legislação aplicável, das questõesque envolvam o cálculo das indenizações pelo órgão ou pela entidade competente,relativamente aos procedimentos estabelecidos por esta Lei.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

(...)

Art. 31. As controvérsias surgidas em decorrência dos contratos nos setores de que trata esta Lei apósdecisão definitiva da autoridade competente, no que se refere aos direitos patrimoniais disponíveis,podem ser submetidas a arbitragem ou a outros mecanismos alternativos de solução de controvérsias.

§ 1o Os contratos que não tenham cláusula arbitral, inclusive aqueles em vigor, poderão ser aditados afim de se adequar ao disposto no caput deste artigo.

§ 2o As custas e despesas relativas ao procedimento arbitral, quando instaurado, serão antecipadas peloparceiro privado e, quando for o caso, serão restituídas conforme posterior deliberação final eminstância arbitral.

§ 3o A arbitragem será realizada no Brasil e em língua portuguesa.

§ 4o Consideram-se controvérsias sobre direitos patrimoniais disponíveis, para fins desta Lei:

I - as questões relacionadas à recomposição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos;

II - o cálculo de indenizações decorrentes de extinção ou de transferência do contrato de concessão; e

III - o inadimplemento de obrigações contratuais por qualquer das partes.

§ 5o Ato do Poder Executivo regulamentará o credenciamento de câmaras arbitrais para os fins desta Lei.

2.

CLÁUSULAS COMPROMISSÓRIAS / COMPROMISSOS ARBITRAIS

Pelo presente contrato de concessão, regido pela Lei Federal nº 8.666/93, e suas posterioresalterações, de um lado a PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE ITU (...), neste atorepresentada pelo Sr. Prefeito HERCULANO CASTILHO PASSOS JÚNIOR (...), doravantedenominada simplesmente como CONTRATANTE, e, de outro lado à empresa EQUIPAV S/A –PAVIMENTAÇÃO, ENGENHARIA E COMÉRCIO (...), através da empresa ÁGUAS DE ITUEXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS DE AGUA E ESGOTO LTDA, sociedade de propósito específico (...),doravante denominada CONCESSIONÁRIA, têm entre si, na conformidade do que consta noprocesso licitatório, na modalidade Concorrência Pública nº 08/2006, justo e acordado opresente CONTRATO de prestação de serviços públicos de água e esgoto, no regime deconcessão onerosa, que se regerá pelas normas das Leis Federais 8.987/95 e Lei 8.666/93, pelaLei Orgânica do Município, pela Lei Municipal nº 688 de 25 de novembro de 2005, e demaislegislação pertinente, de acordo com as cláusulas e condições definidas no presente, adotando-se neste a terminologia constante no Edital que o originou.

I – CONTRATO Nº 146/2007 – CONCESSÃO ONEROSA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE ESGOTO SANITÁRIO

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

16. SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIAS16.1 Os conflitos deste contrato serão resolvidos preferencialmente pormediação e, na sua persistência, pela arbitragem, etapas durante as quais aspartes darão normal cumprimento ao CONTRATO e em suas atividades.

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16.2 Mediação16.2.1 O processo de mediação terá início com a comunicação por escrito, de uma parteà outra, requerendo a medição da questão por uma comissão de peritos,consubstanciada pela documentação e argumentos que achar necessário, tendo a partereclamada 15 dias úteis para apresentar defesa.16.2.2 A comissão de peritos será formada por 3 (três) profissionais com comprovadahabilitação e experiência na área em que se referem à questão levantada, dois indicadospor cada uma das partes, os quais indicarão por consenso o terceiro, cabendo asdespesas e custas da comissão de peritos à parte que solicitou a mediação.16.2.3 A comissão deverá emitir parecer justificado e conclusivo sobre cada questão quelhe for formulada, em até 15 dias úteis após ter recebido a documentação de ambas aspartes.

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16.3 Arbitragem16.3.1 Caso qualquer das partes não aceite o parecer da comissão deperitos, poderá no prazo de 30 (trinta) dias úteis, contados a partir da dataem que o referido parecer lhe tenha sido comunicado, solicitar que aquestão objeto de divergência seja atribuída a um Tribunal Arbitral, deacordo com a lei 9.307/96 e desde que o assunto seja compatível

O SERVIÇO DE ÁGUA E ESGOTO E DRENAGEM URBANA DE HOLAMBRA – SAEHOL (...)representada neste ato pelo seu Presidente Superintendente, o Sr. Antonio Carlos BernardiJunior (...) doravante denominado PODER CONCEDENTE, e, de outro lado, a ÁGUAS DEHOLAMBRA SANEAMENTO SPE LTDA, CONCESSIONÁRIA dos SERVIÇOS PÚBLICOS DEABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO (...) doravante denominadaCONCESSIONÁRIA, doravante denominados, em conjunto, como "Partes", e, individualmente,como "Parte".

II – CONTRATO QUE ENTRE SI CELEBRAM O SERVIÇO DE ÁGUA E ESGODO E DRENAGEM

URBANA DE HOLAMBRA – SAEHOL E A CONCESSIONÁRIA ÁGUAS DE HOLAMBRA

SANEAMENTO SPE LTDA

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA QUINTA- DA SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS

45.01. A submissão de qualquer questão à solução prevista nesta cláusula não exonera asPartes do pontual e tempestivo cumprimento das disposições do CONTRATO e dasdeterminações do PODER CONCEDENTE a ele atinentes. nem permite qualquer interrupçãodo desenvolvimento das atividades objeto, que deverão continuar a processar-se nostermos em vigor à data de submissão da questão, assim permanecendo até que umadecisão final seja obtida relativamente à matéria em causa.45.02. A CONCESSIONÁRIA se obriga a dar imediato conhecimento ao PODER CONCEDENTEda ocorrência de qualquer conflito ou litígio e a lhe prestar toda e qualquer informaçãorelevante relativa a sua evolução.45.03. Para dirimir conflitos e litígios que não tenham sido solucionados por meio dosmecanismos amigáveis, é facultado as Partes resolverem, por meio de arbitragem, toda equalquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre elas, relacionada ou oriunda, emespecial. da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, dasdisposições contidas neste CONTRATO e na legislação vigente.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

45.04. Eventuais divergências entre as Partes, relativamente às matérias abaixorelacionadas, que não tenham sido solucionadas amigavelmente peloprocedimento de mediação, poderão ser dirimidas por meio de arbitragem, naforma da Lei Federal nº 9.307/96:

45.04.01. Reconhecimento do direito e determinação do montanterespectivo da recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, emfavor de qualquer das Partes, em todas as situações previstas noCONTRATO;45.04.02. Reconhecimento de hipóteses de inadimplementocontratual do PODER CONCEDENTE ou da CONCESSIONÁRIA;45.04.03. Cálculo e aplicação do REAJUSTE previsto no CONTRATO;45.04.04. Acionamento dos mecanismos de garantia estipulados noCONTRATO;45.04.05. Valor da indenização no caso de extinção do CONTRATO.

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45.05. O PODER CONCEDENTE e a CONCESSIONÁRIA poderão, de comumacordo, submeter ainda à arbitragem outras controvérsias relacionadascom a interpretação ou execução do CONTRATO, delimitando claramente oseu objeto no compromisso arbitral.45.06. A arbitragem será conduzida junto à Câmara de Arbitragemescolhida de comum acordo entre as PARTES.45.07. A Parte vencida no procedimento de arbitragem arcará com todosos custos do procedimento, incluindo os custos do procedimento arbitral.45.08. Caso seja necessária a obtenção de medidas coercitivas ou deurgência antes da constituição do Tribunal Arbitral, ou mesmo durante oprocedimento amigável de solução de divergências, as Partes poderãorequerê-las diretamente ao Poder Judiciário. Caso tais medidas se façamnecessárias após a constituição do Tribunal Arbitral. deverão sersolicitadas nos termos do artigo 22, § 4.0 da Lei Federal nº 9.307/96.45.09. As decisões do Tribunal Arbitral serão definitivas para o impasse evincularão as Partes.

São partes no presente instrumento de um lado, o SERVIÇO MUNICIPAL DE ÁGUA E ESGOTO –SEMAE, autarquia municipal criada pela Lei Municipal nº 1.657/69 (...), doravante denominadasimplesmente CONTRATANTE, neste ato representado por seu Presidente, Engº Vlamir AugustoSchiavuzzo (...) e de outro lado ÁGUAS DO MIRANTE LTDA (...), doravante denominadaCONTRATADA e na qualidade de intervenientes-anuentes, os integrantes do quadro societárioda CONTRATADA, Equipav S/A – Pavimentação, Engenharia e Comércio (...) e AEGEASANEAMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. (...) como anuente o Município de Piracicaba, naqualidade de titular neste ato representado pelo Prefeito Municipal, Sr. Barjas Negri (...)

III - CONTRATO Nº 48/2012 - PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA, NA MODALIDADE CONCESSÃO DO

SERVIÇO PÚBLICO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO, COM AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO

DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE PIRACICABA

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23. DA SOLUÇÃO DE CONTROVÉRIAS23.1. Em caso de controvérsia, as PARTES deverão instalar Comitê de Solução deControvérsias composto por um representante da CONTRATADA, um representante doTITULAR DO SERVIÇO e um representante do CONTRATANTE, para que, em 10 dias,avaliem a situação e emitam Termo de Solução de Controvérsia.23.2. Caso qualquer das partes não concorde com o Termo de Solução de Controvérsia,será instalada arbitragem, nos termos da Lei 9.307/96 e da Lei 6.132/07.23.3. O Tribunal será competente para emitir decisões sobre as questões que lhe foremsubmetidas, aplicando, interpretando ou integrando as normas que regem o contrato ea legislação pertinente.23.4. O Tribunal Arbitral será formado por 3 (três) árbitros, um indicado pela ParteReclamante e o outro pela Parte Reclamada, sendo que estes dois árbitros escolherão oterceiro árbitro, que presidirá o tribunal arbitral.23.5. Considera-se constituído o Tribunal na data em que o terceiro árbitro aceitar asua nomeação e comunicar a ambas as parte a sua aceitação.

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

23.6. A parte não reclamante disporá do prazo de 15 (quinze) dias paraproduzir a sua defesa, a qual deverá ser simultaneamente remetida àparte reclamante e ao presidente do Tribunal Arbitral.23.7. As decisões do Tribunal deverão ser proferidas num prazo nãosuperior a 6 (seis) meses da data de sua constituição, cabendo as despesase custas do processo arbitral suportadas pela parte que o solicitou.23.8. O Tribunal julgará segundo o direito constituído e suas decisões têmforça normativa independentemente de homologação judicial.

Pelo presente instrumento particular:

(a) O ESTADO DE MINAS GERAIS, por meio da SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG- comsede na Rodovia Prefeito América Gianetti, s/n, Cidade Administrativa, CNPJ n° 05.461.142/0001-70, representadapor seu titular, Renata Maria Paes de Vilhena, portadora da Carteira de Identidade n° MG1.524-110, inscrita noCPF/MF sob o n° 636.462.696-34, residente em Belo Horizonte/MO, neste ato denominado PODER CONCEDENTE;

(b) O ESTADO DE MINAS GERAIS, por meio Do NÚCLEO GESTOR DAS COPAS, instituído pelo Decreto n° 45.112, de 2de junho de 2009 e n° 45.345, de 19 de abril de 2010, representado por seu presidente, Tadeu Barreto Guimarães,portador da Carteira de Identidade n° MG-754.157, inscrito no CPF/MF sob o n° 370.853.526-04, residente em BeloHorizonte/MO; e

(c) a empresa MINAS ARENA - GESTÃO DE INSTALAÇÕES ESPORTIVAS S.A., com sede na Avenida Álvares Cabral, n°1833, sala 503, Bairro Santo Agostinho, CEP 30170-001, Belo Horizonte, MG, inscrita no CNPJ/MF sob o n°13.012.956/0001-55, representada por seu presidente Ricardo Salles de Oliveira Barra, brasileiro, casado, portadorda Carteira de Identidade n° M-2325492, inscrito no CPF/MF sob o n° 453.808.996-68, residente em Niterói/RJ, nesteato denominada CONCESSIONÁRIA,

têm entre si justo e contratado o que segue:

IV - CONTRATO DE CONCESSÃO ADMINISTRATIVA- MINEIRÃO

CONFERÊNCIA “IMPACTOS DO USO DE ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS NO BRASIL.”

CLÁUSULA 39ª-DA ARBITRAGEM

39.1. Eventuais divergências entre as partes, relativamente às matérias abaixo relacionadas, quenão tenham sido solucionadas amigavelmente pelo procedimento de mediação, serãoobrigatoriamente dirimidas por meio de arbitragem, na forma da Lei Federal n° 9.307/96:a) reconhecimento do direito e determinação do montante respectivo da recomposição doequilíbrio econômico-financeiro, em favor de qualquer das partes, em todas as situações previstasno CONTRATO;b) reconhecimento de hipóteses de inadimplemento contratual por quaisquer das PARTES;c) acionamento dos mecanismos de garantia previstos no CONTRATO;d) valor da indenização no caso de extinção do CONTRATO; ee) inconformismo de quaisquer das PARTES com a decisão do Comitê de Mediação ou dos COMITÊSDE GOVERNANÇA.

39.2. A submissão de qualquer questão à arbitragem não exonera as PARTES do pontual etempestivo cumprimento das disposições do CONTRATO, e das determinações do PODERCONCEDENTE que no seu âmbito sejam comunicadas e recebidas pela CONCESSIONÁRIApreviamente à data de submissão da questão à arbitragem, até que uma decisão final seja obtidarelativamente à matéria em causa.

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39.2.1. De igual modo, não se permite qualquer interrupção dodesenvolvimento da CONCESSÃO ADMINISTRATIVA, que deverá continuarnos mesmos termos em vigor à data de submissão da questão, até queuma decisão final seja obtida relativamente à matéria em causa.

39.3. As PARTES poderão, de comum acordo, submeter ainda à arbitragemoutras controvérsias relacionadas com a interpretação ou execução doCONTRATO, delimitando claramente o seu objeto no compromisso arbitral.

39.4. A "arbitragem será instaurada e administrada pela CAMARB (Câmarade ... Arbitragem Empresarial - Brasil, conforme as regras de seuregulamento, devendo ser realizada na Cidade de Belo Horizonte, emlíngua portuguesa e aplicar o direito brasileiro.

39.4.1. As PARTES poderão escolher órgão ou entidade arbitral distinto daCAMARB, desde que haja concordância mútua.

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39.5. As PARTES concordam que a CONCESSIONÁRIA arcará com os custos do procedimentode contratação da câmara de arbitragem e de todo o procedimento até que seja proferidaa sentença arbitral, independentemente da PARTE que solicitar o início da arbitragem.

39.5.1. Após a sentença arbitral, se ela foi inteiramente desfavorável ao PODERCONCEDENTE, ele deverá reembolsar a CONCESSIONÁRIA pelas despesas incorridas,podendo fazê-lo por meio de acréscimo do valor devido a título de REMUNERAÇÃO.

39.5.2. Na hipótese de sucumbência parcial de ambas as PARTES, as despesas decorrentesdo procedimento arbitral serão rateadas conforme indicado na sentença arbitral

39.5.3. Cada um das PARTES arcará com seus próprios custos referentes a honoráriosadvocatícios.

39.5.4. A sentença arbitral poderá incluir dispositivo sobre a alocação e razoabilidade doscustos incorridos.

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39.6. Sem prejuízo da ação de execução específica prevista no art. 7° da Lei Federal n° 9.307/96, a PARTE querecusar a assinatura do compromisso arbitral, após devidamente intimada, incorrerá na multa no valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) por dia de atraso, até que cumpra efetivamente a obrigação. A multa ficarásujeita a reajuste periódico, na mesma data e pelo mesmo índice aplicável à parcela variável que compõe aREMUNERAÇÃO da CONCESSIONÁRIA

39.7. O Tribunal Arbitral será composto por 3 (três) membros titulares e 3 (três) suplentes, cabendo a cadaparte indicar um titular e um suplente. O terceiro árbitro e seu suplente serão escolhidos de comum acordopelos dois titulares indicados pelas partes, devendo ter experiência mínima de 10 (dez) anos e registroprofissional no Brasil na especialidade objeto de controvérsia. A presidência do Tribunal Arbitral caberá aoterceiro árbitro.

39.8. Caso seja necessária a obtenção de medidas coercitivas ou de urgência antes da constituição do TribunalArbitral, ou mesmo durante o procedimento amigável de solução de divergências, as partes poderão requerê-las diretamente ao Poder Judiciário. Caso tais medidas se façam necessárias após a constituição do TribunalArbitral, deverão ser solicitadas nos termos do art. 22, § 4° da Lei Federal n° 9.307/96.

39.9. Será competente o foro da Comarca de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, para dirimir qualquercontrovérsia não sujeita à arbitragem nos termos do CONTRATO, assim como para apreciar as medidasjudiciais previstas no item anterior ou a ação de execução específica prevista no art. 7° da Lei Federal n°9.307/96.

39.10. As decisões do painel de arbitragem serão definitivas para o impasse e vincularão as partes.

A AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, autarquia especial criada pelo Lei nº 9.478/97, de 06 deagosto de 1997, integrante da Administração Federal indireta, vinculada ao Ministério de Minase Energia (...), doravante designada ANP, neste ato representada por seu Diretor-Geral, DavidZylbersztajn,

PETRÓLEO BRASILEIRO S.A – PETROBRAS, sociedade de economia mista, constituída sob as leisdo Brasil, doravante designada CONCESSIONÁRIO (...), neste ato representada por seuPresidente Henri Philippe Reichstul.

V – TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE CONCESSÃO Nº 48000.003560/97-49, BLOCO BC-60 PARA EXPLORAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL

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CONCILIAÇÃO

29.3 As Partes envidarão todos os esforços no sentido de resolver entre si,amigavelmente, toda e qualquer disputa ou controvérsia decorrente desteContrato ou com ele relacionada. Poderão também, desde que firmemacordo unânime por escrito, recorrer a perito internacional, para deleobter um parecer fundamentado que possa levar à superação da disputaou controvérsia.29.3.1 Firmado um acordo para a intervenção de perito internacional, nostermos da parágrafo 29.3, o recurso arbitragem, previsto no parágrafo29.4, somente poderá ser exercido depois que esse perito tiver emitidoseu parecer fundamentado.

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ARBITRAGEM

29.4 Observado o disposto no parágrafo 29.3.1, se a qualquer momentouma parte considerar que inexistem condições para uma solução amigávelde uma disputa ou controvérsia a que se refere o parágrafo 29.3, entãoessa parte poderá submeter essa disputa ou controvérsia a arbitragem,dando início ao processo respectivo, de acordo com os seguintesprincípios:

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(a) A arbitragem será realizada de acordo com as Regras de Conciliação e Arbitragem daCâmara de Comércio Internacional, ou quaisquer outras normas acordadas por todas asPartes envolvidas;

(b) Serão três os árbitros, escolhidos um por cada Parte (com todos os Concessionários agindocomo uma única só Parte) e o terceiro, que exercerá as funções de presidente, nomeado deacordo com as Regras da CCI;

(c) Lugar da arbitragem será a cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, Brasil;

(d) O idioma a ser utilizado no processo de arbitragem será a língua portuguesa, sendo que aspartes poderão submeter depoimentos ou documentos em inglês (ou qualquer outroidioma se os árbitros assim decidirem), sem a necessidade de tradução oficial;

(e) Quanto ao mérito, decidirão os árbitros com base nas leis substantivas brasileiras;

(f) O laudo arbitral será definitivo e obrigará as Partes, podendo ser executado perantequalquer juízo ou tribunal competente.

UNIÃO, por intermédio da SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ("SEP"), criada pelaLei n° 11.518, de 5 de setembro de 2007 (...), neste ato representada pelo Ministro de Estado Chefe daSecretaria de Portos da Presidência da República, Sr. Edson Edinho Coelho Araújo, nomeado peloDecreto de 2 de fevereiro de 2015, publicado na Edição do D.O.U. de 2 de fevereiro de 2015;

COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO — CODESP ("CODESP") (...), neste ato representada peloseu Diretor Presidente, Sr. Angelino Caputo e Oliveira;

com a interveniência daAGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS — ANTAQ, entidade da Administração Indireta daUnião de regime autárquico especial, com endereço no SEPN 514 Conjunto E — Ed. ANTAQ - 2° Andar,Brasília, DF, CEP: 70760-545, neste ato representada pelo seu Diretor-Geral, Sr. Mario Povia, designadopela Portaria ANTAQ n° 109, de 13 de fevereiro de 2014;

E, de outro lado,

LIBRA TERMINAL 35 S/A, sociedade empresária (...), que será representada na forma de seu EstatutoSocial.

VI - TERMO DE COMPROMISSO ARBITRAL -CODESP

Contrato de programa que, nos termos do estabelecido no convênio de cooperação de 13 de maio de 2010,entre si celebram o estado de Minas Gerais, o município de Itamarandiba – MG e a companhia desaneamento de minas gerais Copasa MG, com a interveniência da agência reguladora de serviços deabastecimento de água e esgotamento sanitário do estado de Minas Gerais, para a prestação de serviçospúblicos de abastecimento de água e, de esgotamento sanitário.

Nos termos do estabelecido no Convênio de Cooperação firmado pelo Estado de Minas Gerais e o Municípiode Itamarandiba - MG, em 13 de maio de 2010, o Estado de Minas Gerais, neste ato representado por seuGovernador, Excelentíssimo Senhor Doutor Antônio Augusto Junho Anastasia, doravante denominadoESTADO, o Município de Itamarandiba _ MG, neste ato representado por seu Prefeito, Doutor Gelte AntônioCosta, autorizado pela Lei Municipal n° 2.203/2007, de 11 de setembro de 2007 e, doravante denominadoMUNiCíPIO, e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG, sociedade de economia mista, comsede na Rua Mar de Espanha nO525, Belo Horizonte, inscrita no CNPJ/MF sob o n. 17.281.106/0001-03, nesteato representada, na forma de seus estatutos, por seu Diretor Presidente, Doutor Ricardo Augusto SimõesCampos, e por seu Diretor de Operação Norte, Doutor Márcio Luiz Murta Kangussu, doravante denominadaCOPASA, celebram, com a interveniência da AGÊNCIA REGULADORA DE SERViÇOS DE ABASTECIMENTO DEÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO ESTADO DE MINAS GERAIS - ARSAE/MG, neste ato representada porseu Diretor Presidente, Doutor Otavio Elísio Alves de Brito, doravante denominada ARSAE, o presenteCONTRATO DE PROGRAMA, doravante designado CONTRATO, com dispensa de licitação, nos termos incisoXXVI do artigo 24 da Lei Federal n° 8.666/1993 e do art. 13 da Lei Federal n° 11.107/2005, em conformidadecom as cláusulas e condições a seguir pactuadas:

VII – CONTRATO DE PROGRAMA - COPASA

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CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA - da arbitragem

Os conflitos decorrentes da execução ou extinção deste CONTRATO nãosolucionados amigavelmente, serão resolvidos por arbitragem, medianteeleição do árbitro pelas partes.

Parágrafo Único: a submissão da questão à arbitragem não exonera aspartes do pontual e tempestivo cumprimento das disposições desteCONTRATO, e tampouco permite a interrupção ou retomada dos serviços,que deverão continuar a ser prestados nos termos contratuais em vigor àdata da submissão da questão, assim permanecendo até que uma decisãofinal seja proferida.

3.

IMPACTOS DO USO (PREVISÃO) DA ARBITRAGEM NA RESOLUÇÃO DE

CONFLITOS DECORRENTES DA EXECUÇÃO DE CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS

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1. Arbitragem como GUIDELINE dos organismos internacionais emultilaterais de financiamento – caráter cogente e obrigatório da adoção,necessário para angariar financiamentos e contrair empréstimosinternacionais (estímulo atual dos Dispute Boards, ver Lei n. 16.873, de22/02/2018, Município de São Paulo);

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2. Arbitragem como ESCOLHA ESTRATÉGICA para determinados tipos decontratos administrativos – reforça a gestão eficiente dos contratos; atraiinvestimentos nacionais e estrangeiros do setor privado (players); podereduzir custos de transação, ao lado da previsão de matriz de risco(partilha de responsabilidades), MIPs e MPMIs; pode estimular a obtençãode propostas mais vantajosas dos licitantes, pois tende a reforça ocompliance das cláusulas contratuais pelo poder público – prevenção doslitígios contratuais por inexecução intencional;

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3. Arbitragem como REFORÇO DA TRANSPARÊNCIA E CELERIDADE nasolução dos litígios decorrentes do contrato – fortalece os negóciospúblicos em geral; afasta em regra a suspensão da execução do contratoenquanto o litígio é decidido; e o tempo de resolução do litígio éinfinitamente menor (média de um ano e meio a dois anos) quandocomparado à sede judicial – custos financeiros X custos de oportunidade(menor tempo de resolução do litígio e maior especialidade do árbitro);

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4. Arbitragem como RENOVAÇÃO DO ESPAÇO DE CONSENSUALIDADE paraa resolução amigável dos litígios decorrentes do contrato - ambiente maisfavorável ou estimulador da composição pela via do acordo (secondround);

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5. Arbitragem como MECANISMO COMPENSATÓRIO dos riscos políticos e incertezas/inconsistências regulatórias do país – enforcement público X enforcement privado;

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6. Arbitragem como FACILITADORA do cumprimento mais célere dasobrigações contratuais ou indenizações decorrentes da solução arbitral -laudo arbitral como título executivo judicial, precatórios – redução doperíodo para formação do título executivo judicial e inscrição doprecatório; maior potencialidade de acordos no transcurso doprocedimento arbitral, com potencial redução dos valores; possibilidadede cumprimento espontâneo, desde que haja prévia existência de rubricaorçamentária vocacionada para este fim.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

MUITO OBRIGADO!

Prof. Dr. Gustavo Justino de Oliveira

Al. Lorena, 800, cj. 701 – Jardins São

Paulo/SP - Brasil - CEP01424-001

Tel.: +55 (11) 3525-7274

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