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Manifestando a Presença de Deus Seminário de Intercessão, Jejum e Oração

Seminariode Intercessao,Jejum e Oracao

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Manifestando a Presença de Deus

Seminário de Intercessão, Jejum e Oração

Pastor Jelson Becker

Introdução

Intercessão, Jejum e Oração

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Em Amós 8:11 diz “Eis que vêm dias, diz o SENHOR Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR” , Deus tem cumprido essa profecia de um modo maravilhoso nesses últimos dias.

Tenho visto multidões de pessoas buscando mais a presença manifesta da glória de Deus em suas vidas. É cada vez maior o número de cristãos que estão frustrados com a “vida cristã normal” e não aceitam mais continuar sendo apenas freqüentadores de igrejas.

O Espírito Santo tem gerado em nossos corações uma sede e uma fome muito intensa por Deus, essa sede e fome só podem ser saciada na presença manifesta de Deus. Minha oração é que ao longo desse seminário o Espírito Santo venha revestir-lo com poder e gerar no seu espírito mais sede e mais fome por Deus.

Deus é especialista em gerar vida, Ele gerou um óvulo fecundado dentro do ventre de Maria e então, nasceu Jesus. Ele pode gerar em seu espírito a vida espiritual que você anseia viver.

Toda pessoa faminta e sedenta por Deus, aprende logo o caminho da Intercessão, Jejum e Oração, esse é um caminho extraordinário, o qual nos transporta de uma vida cristã nominal para uma intimidade mais profunda com o Criador.

Prepare seu coração, coloque-o no óleo, deixe seu espírito sensível ao que Deus vai transferir a você. Não tenha pressa, nem ansiedade, você descobrirá que esses elementos bloqueiam a manifestação da unção do Espírito Santo em nossas vidas.

O profeta Ezequiel no capítulo 47 de seu livro nos fala a respeito de uma visão espiritual que teve. Ele viu um rio de águas vivas fluindo a partir do trono de Deus, e por onde esse rio passava tudo transformava, curava, restaurava. Esse rio representa o poder de Deus, o ministério do Espírito Santo, porém Ezequiel foi desafiado por um Anjo de Deus a entrar mil côvados dentro desse rio.

Então Ezequiel parou de ficar apenas observando e decidiu experimentar o poder que jorra da presença de Deus. Ele caminhou aproximadamente 500 metros para dentro desse rio, e as águas deram-lhe pelos calcanhares; não satisfeito entrou mais mil côvados e as águas já lhe davam pelos joelhos; caminhou mais mil côvados e as águas lhe deram pelos lombos, descobriu que esse rio, ou esse poder do Espírito Santo não é possível de ser atravessado a nado.

Não sei em que profundidade espiritual você esta em sua caminha de fé. Talvez você seja um recém convertido que acabou de sair das margens e ainda esta com as águas pelos calcanhares, ou quem sabe já tenha mais anos de ministério que eu de tenho de vida. Nada disso importa para esse seminário, a única verdade relevante é que existe um rio de Deus, e você precisa experimentar as profundidades celestiais.

Deus tem um manancial de bênçãos espirituais para cada um de seus filhos, isso inclui você e a mim. Vamos juntos caminhar mais mil côvados na presença de Deus?

Esse Seminário de Intercessão, Jejum e Oração foi programado para proporcionar esse crescimento em sua vida espiritual. Continue com seu coração aberto e receba a transferência espiritual.

Depois de concluído o treinamento, você poderá ser desafiado por seus líderes a fazer parte da Equipe de Intercessão de sua igreja. Muitas igrejas locais, independentes de barreiras denominacionais estão encarando esse assunto como um ministério e não apenas como um elemento litúrgico. Se sua igreja ainda não tem essa consciência, Deus esta levantando você para ser um agente mobilizador de intercessão, jejum e oração. Não tenha medo, nem fuja para outra denominação religiosa, Deus não forja covardes, mas sim guerreiros de oração.

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Implantando uma Equipe de Ministração

Normalmente quando um pastor ou igreja nos procura para treinarmos um grupo de pessoas para serem Ministradores junto a igreja local, pergunto-lhes qual a maior necessidade naquele momento.

Às vezes o pastor não tem essa resposta, outras ele pode dizer que esta confuso, pois nas últimas semanas muitos casos de possessão demoníaca tem ocorrido nos cultos, e a necessidade urgente seria um Seminário de Libertação, em outros casos pode ser Cura Interior ou simplesmente um treinamento sobre Dons Espirituais no caso da igreja já ser familiarizada com os assuntos anteriores.

Não existe uma regra rígida e inflexível para a seqüência dos seminários, porém ao longo de nossa experiência temos procurado treinar os Ministradores na seguinte ordem:

Seminário de Intercessão, Jejum e OraçãoSeminário de Cura Interior para Feridas EmocionaisSeminário de Libertação Seminário sobre Os Dons Espirituais

Esperamos poder servi-los mais vezes.

Movimentos de Oração Modernos

O historiador A.T. Pierson disse que “jamais houve um despertamento em qualquer país ou cidade que não tivesse começado com a oração comunitária”. No século XVIII surge na América do Norte um especialista em reavivamentos espirituais, ele fez uma pesquisa sobre o estado geral da igreja em fins de 1700. E descobriu que todas as demominações evangélicas estavam profundo declínio numérico, moral e espiritual.

Luteranos, Presbiterianos, Metodistas, Congregacionais, Batistas, Episcopais e outros estavam tão debilitados espiritualmente que o Juiz do Supremo Tribunal, John Marshall escreveu ao bispo da Virgínia desabafando que “a igreja estava perdida e era impossível ser recuperada”. Nesse mesmo período surge na França um filósofo chamado Voltaire o qual declarou que “em trinta anos o cristianismo terá sido esquecido“.

Deus tinha planos maiores para sua igreja, “as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Semelhante aos grandes avivamentos bíblicos, Deus levantou homens e mulheres para jejuar e interceder a fim de gerar um grande avivamento.

Em 1794, Isaac Backus, um pastor batista enviou a todos os pastores do país um apelo urgente a oração. Em seu desespero milhares de igrejas começaram a jejuar e orar mudaram seus cronogramas de atividades e priorizaram a oração. Milhares de

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grupos de intercessores foram formados, muitos deles jejuavam pela vida do seu pastor e família.

Dentro de alguns messes, uma grande onda de reavivamento explodiu em Kentucky. Onde mais de onze mil cristãos de diversas denominações compareceram para um único culto ao ar livre. Esse avivamento espiritual se espalhou pelos estados vizinhos, dando origem ao grande movimento missionário norte americano. Muitas nações receberam milhares de missionários americanos em resposta a essa onda de avivamento, inclusive o Brasil. Semelhante a Fênix que ressurge das cinzas a autoridade profética da igreja foi sendo restaurada, mudanças significativas aconteceram na sociedade como à abolição da escravatura, à educação popular, às sociedades bíblicas e diversos outros benefícios sociais.

Na Europa ocorreram eventos similares. Evan Roberts, um simples minerador galês foi profundamente impactado pela pregação de Seth Joshua, um evangelista presbiteriano em princípios de 1900. Roberts tornou-se um grande pregador usado por Deus. Esse movimento alastrou-se como fogo sobre todo o País de Gales, em cinco meses mais de cem mil pessoas haviam tido um encontro com Cristo.

Logo atingiu outros países como Alemanha, Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e partes da América Latina. Nas Filipinas o missionário Lester Sumrall orou com mais de 150 mil pessoas por receberem a Cristo. Os efeitos desse avivamento continuam até os dias de hoje.

Na Argentina, em 1991, na cidade de Resistência os pastores se organizaram em unidade para jejuar e orar por avivamento, o resultado foi uma significativa queda nos relatórios estatísticos de crimes e violência. No Brasil também ocorreram várias mudanças desse tipo, tanto na igreja como na sociedade, em resposta aos grupos de pastores que se uniram para orar por cidades como Londrina, Cianorte, Pompéia, Presidente Prudente, Belém e mais recentemente Deus esta mobilizando mais de 300 mil pessoas em jejum e oração no estado do Espírito Santo pela redenção de sua terra.

Em 1970 teve início um grande movimento de Intercessão e Oração ao redor do mundo. Na verdade já havia na Coréia um forte avivamento espiritual e a experiência positiva de nossos irmãos coreanos inspirou milhares de pessoas ao redor do mundo para colocarem em prática os princípios que regem o ministério da intercessão e oração.

No Brasil surgiram vários líderes que multiplicaram a visão, como por exemplo, o pastor Jonathan Ferreira dos Santos do Ministério Vale da Bênção, que construiu o Centro de Oração 24 horas por dia. Movimentos como o AD2000, Desperta Déboras, COMIBAM, Rede de Intercessão Mundial e inúmeros outros começaram a publicar periodicamente boletins de intercessão. Muitos desses alvos de oração já foram alcançados, outros ainda não... mas o que temos observado é que a partir desses movimentos de oração muitas coisas mudaram.

Dentre um desses alvos de oração, destaco a decadência global do Sistema Comunista. Durante décadas foram e em alguns países ainda hoje são verdadeiras barreiras para a proclamação do evangelho. Durante os anos 70, 80 e 90 todos os principais boletins de oração mobilizavam a igreja ao redor do globo para jejuar e orar contra essas “barreiras espirituais e políticas” para a pregação do evangelho. Hoje muitos países que outrora torturavam missionários recebem carregamentos de bíblias para distribuição gratuita.

Eu sou um desses que fui profundamente tocado pelo Espírito Santo para fazer parte desses movimentos de intercessão. Aos 15 anos de idade ouvi um seminário sobre Oração e Intercessão e compreendi que se aplicarmos alguns princípios bíblicos em nossa vida de oração ela potencialmente se tornará mais agradável e eficiente.

Quem nunca desistiu de orar por não ver resultados em suas orações? Eu era uma dessas pessoas... Na verdade eu não sabia que Deus sempre ouve nossas orações, porém nem sempre as responde como queremos! Orações não respondidas são um mito. Ele sempre as responde, às vezes com um “sim”, outras com um “não” e ainda

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há momentos em que Ele nos responde “espere”, continue orando, pois ainda não chegou o tempo.

Eu sabia que a oração era importante na vida de um cristão autêntico, mas não orava, não era estimulado, não compreendia a importância de uma vida diária de oração. Como a grande maioria dos cristãos em nossas igrejas hoje, acreditava que orar era apenas um “momento litúrgico muito bonito no culto”. Não passava de simbolismo. As poucas vezes em que fui a uma reunião de oração fui com a mesma expectativa com que ia a uma consulta com o dentista ou médico.

Hoje, não tenho dúvidas de que Deus já naquela época tinha um propósito profético comigo, e que o Ministério da Intercessão seria muito importante em minha vida. Desde então tenho sido um diligente pesquisador, leitor e praticante do assunto.

História dos Avivamentos Espirituais

Avivamento é quando o Espírito Santo renova, reaviva e desperta a igreja sonolenta, abatida e corrompida pelo pecado. É revitalização onde já existiu vida. Ou, como disse Robert Coleman, é "o retorno de algo à sua verdadeira natureza e propósito".

Segundo o Dr. Martin Loyd-Jones: “É uma experiência na vida da Igreja quando o Espírito Santo realiza uma obra incomum. Ele a realiza, primeiramente, entre os membros da Igreja: é um reviver dos crentes. Não se pode reviver algo que nunca teve vida; assim, por definição, o avivamento é primeiramente uma vivificação, um revigoramento, um despertamento de membros de igreja que se acham letárgicos, dormentes, quase moribundos.”

Quando há esse impacto da obra do Espírito de Deus na vida da igreja, os resultados imediatos do avivamento são sentidos no povo de Deus: senso inequívoco da presença de Deus; oração fervorosa e louvor sincero; convicção de pecado na vida das pessoas; desejo profundo de santidade de vida e aumento perceptível no desejo de pregação do evangelho. Em outras palavras, a igreja amortecida e tristemente doente é a primeira a ser beneficiada pelo avivamento.

Outro mito muito freqüente é afirmar que algumas igrejas são “frias” e outras mais “espirituais”. Não existem igrejas frias! Existem sim, pessoas frias, mortas ou acomodadas espiritualmente! Isso existe!

Todo avivamento espiritual promovido por Deus, tem o objetivo final de transformar a sociedade não-cristã. Isto acontece porque, além da atuação soberana do Espírito Santo no mundo, na igreja passa a existir uma conscientização profunda de sua missão; isto é, a missão integral de servir o mundo evangelística e socialmente. No avivamento a igreja vive a missão para a qual foi chamada.

A sociedade não-cristã, por sua vez, volta-se para Deus em resposta ao evangelho. Acertadamente o Dr. Héber de Campos comenta que "o reavivamento começa na igreja e termina na comunidade maior onde ela vive. Os efeitos do reavivamento são muito mais perceptíveis nas mudanças morais que acontecem na

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região ou num país onde ele acontece. Ele não se limita simplesmente aos membros das igrejas atingidas pela obra de Deus. Ele causa impacto em toda a comunidade onde a igreja de Deus está inserida".

Ao fazermos uma análise histórica dos fatos e acontecimentos, desde o povo de Israel na Antiga Aliança, até a igreja de nossos dias, no Novo Testamento percebemos que o povo tem oscilado entre ondas de grande avivamento espiritual e períodos de profundas trevas e degradação pecaminosa.

Associado a cada período de avivamento espiritual observamos que o antecedeu um longo período de intercessão, jejum e oração. Na verdade os avivamentos espirituais precisam ser gerados espiritualmente por intercessores, em nosso Seminário sobre Avivamento Espiritual desenvolvemos com maior propriedade esse tema, porém é importante que você tenha em mente um pequeno resumo dos principais avivamentos espirituais da história.

Destacam-se pelo menos doze movimentos de avivamento só nas páginas do Antigo Testamento, isso sem nos aprofundarmos em cada um dos reis que lideraram o reino do norte (Israel) e reino do sul(Judá). No Novo Testamento a Igreja Primitiva apresenta-se como uma igreja avivada, mas ainda em Atos, percebemos que Deus precisou despertá-los espiritualmente, os pais da igreja ao longo dos séculos seguintes nos deixaram inúmeros relatos de avivamentos espirituais que vieram sobre cada geração de cristãos.

Infelizmente a história também nos mostra que tristemente ocorreram negros períodos de falta de avivamento, em especial destaco a Idade Média.

Existe pelo menos quatro fatores que precedem cada avivamento, porém não são comuns a todos. O texto que segue abaixo foi resumido a partir do livro “The Solemn Assembly” (A Assembléia Solene) por Richard Owen Roberts-1989.

1) Declínio Espiritual e Moral. Cada avivamento é precedido por um período de declínio moral e espiritual entre o povo de Deus. Como exemplos que ilustram este problema, podemos citar Êxodo 32 e 33, onde o declínio incluiu a fabricação do bezerro de ouro para ser adorado; e no tempo de Davi, que foi precedido por mais de seis décadas em que a Arca da Aliança de Deus estava fora do lugar certo em Jerusalém.

2) Execução do Juízo Divino. Sem exceção, os avivamentos sempre foram precedidos por alguma espécie de juízo da parte de Deus. Enquanto alguns destes juízos foram imediatos e finais, resultando em mortes entre os ímpios, outros foram misericordiosos e redentores, resultando em quebrantamento, oração, arrependimento e intensa busca da face de Deus.

3) Surgimento Líder ou Líderes Consagrados ao Senhor. Este fato pode ser ilustrado, examinando a relação completa dos avivamentos no Velho Testamento:

a) Avivamento com Moisés – (Êxodo 32 e 33)b) Avivamento com Samuel – (1 Samuel 7, com capítulos 1-6 dando o contexto)c) Avivamento com Davi – (2 Samuel 6,7)d) Avivamento com Asa – (2 Crônicas 14-16)e) Avivamento com Josafá – (2 Crônicas 17-20)f) Avivamento com Jeoiada – (2 Crônicas 23,24)g) Avivamento com Ezequias – (2 Crônicas 29-32)h) Avivamento com Josias – (2 Crônicas 34,35)i) Avivamento com Zorobabel – (Esdras 1-6)j) Avivamento com Esdras – (Esdras 7-10)k) Avivamento com Neemias – (Neemias 1-13)

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l) Avivamento com Joel – ( Joel 1, 2)

Obviamente, em cada caso Deus mesmo levantou um líder que tinha o pesado encargo das necessidades morais e espirituais do seu povo. As palavras de Moisés em Êxodo 32.32 destacam isso enfaticamente: “Agora, peço-te, perdoa o seu pecado; ou, se não, risca-me do livro que escreveste”. O intercessor é essa pessoa que se coloca na “brecha” para intermediar espiritualmente pelo povo (Ez 22:30-31).

4) Manifestação Extraordinária do Poder de Deus. Embora esta ação tenha sido diferente em cada avivamento, a mais freqüente tomada era da Assembléia Solene. Outra vez, observemos o que aconteceu em cada caso.

a) Êxodo 33.7-11 – Moisés tomou a tenda e armou-a fora do arraial, a uma boa distância do arraial. Chamou a este lugar de “tenda do encontro”, e exigia a todos que quisessem buscar ao Senhor que fossem para fora do arraial, para longe do local do pecado, ao tabernáculo, para encontrar-se com o Senhor.

b) 1 Samuel 7.5,6 – Samuel ordenou que todo Israel se ajuntasse em Mispa, numa Assembléia Solene, onde orou por eles, e onde jejuaram e confessaram seus pecados.

c) 2 Samuel 6.14 e 1 Crônicas 13-18 – Depois de um princípio desastrado, quando pecaram contra o Senhor colocando a Arca da Aliança num carro novo (o método filisteu), Davi e o povo a carregaram de acordo com a Palavra do Senhor, em humilhação com regozijo. Davi dançou diante de Deus com toda sua força, cingido de uma estola sacerdotal de linho.

Depois de colocar de lado sua coroa e roupagens reais, Davi portou-se como um homem comum entre homens comuns. Embora não haja menção de uma Assembléia Solene no relato de 2 Samuel, a passagem paralela de 1 Crônicas a reconta em detalhes.

d) 2 Crônicas 15.9-15 – Asa convocou uma Assembléia Solene em Jerusalém onde o povo entrou numa aliança para buscar o Senhor Deus de seus pais com todo seu coração e toda sua alma.

e) 2 Crônicas 20.3-13 – Josafá chamou uma Assembléia Solene por todo o Judá e Jerusalém, e o povo jejuou e buscou ao Senhor.

f) 2 Crônicas 23.16 – Jeoiada, numa Assembléia Solene, fez uma aliança entre si, todo o povo e o rei, para que fossem o povo do Senhor. Então procederam a fazer uma limpeza de todo o mal da terra.

g) 2 Crônicas 29.5 em diante – Ezequias e os líderes estabeleceram um decreto que foi circulado extensivamente, exigindo que todo o povo se reunisse para uma Assembléia Solene e a celebração da Páscoa. Quatorze dias inteiros foram dedicados para buscar e adorar ao Senhor.

h) 2 Crônicas 34.31-33 – Josias reuniu o povo numa Assembléia Solene, e entraram numa aliança com o Senhor para andar em todos seus caminhos e cumprir todas as palavras da aliança, escritas no livro.

i) Esdras 6.16-22 – Zorobabel dirigiu o povo numa Assembléia Solene e uma celebração de sete dias da Páscoa, em que se separaram da impureza das nações, e se comprometeram a buscar ao Senhor Deus de Israel.

j) Esdras 8.21-23; 9.5-15 – Esdras proclamou um jejum no Rio Aava, para que todos pudessem se humilhar e buscar ao Senhor. No fim, fizeram uma humilhação pública, e afastaram o pecado de si, através de uma Assembléia Solene.

k) Neemias 8.1 em diante – Uma Assembléia Solene foi realizada na frente da Porta das Águas, onde foi lido o livro da lei de Moisés, hora após hora, e um compromisso foi feito por escrito, de afastar o pecado e buscar ao Senhor com todo seu coração.

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l) Joel 1.13; 2.12-17 – Joel chamou uma Assembléia Solene em que todo o povo deveria comparecer, e onde todos deviam voltar ao Senhor com todo seu coração, com jejum, choro e lamentação, e onde deviam rasgar seus corações e não suas vestes.

Considere a situação na época da Assembléia Solene convocada pelo profeta Joel. O povo, como era comum, era culpado de pecado flagrante, que não fora confessado e nem abandonado. Deus os visitou com um juízo corretivo: uma praga de gafanhotos em tal proporção que nada semelhante havia sucedido até então.

“O que ficou do gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que ficou do gafanhoto migrador, comeu-o o gafanhoto devorador; o que ficou do gafanhoto devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor”.

Além da terrível praga dos insetos, uma seca cruel afligira a terra. Os ébrios lamentavam porque não tinham vinho novo para beber; os sacerdotes choravam porque a oferta de manjares e a libação foram cortadas da casa do Senhor, os campos estavam arruinados, e a própria terra estava de luto, os lavradores uivavam, os animais gemiam e andavam errantes, pois não havia pasto para eles.

O próprio povo pranteava como virgem cingida de pano de saco pelo marido da sua mocidade.

O profeta anunciou as ordens: “Cingi-vos de pano de saco, e lamentai-vos ó sacerdotes: gemei ministros do altar! Entrai e passai, vestidos de pano de saco, durante a noite, ministros do meu Deus.”

“Santificai um jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores desta terra para a casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor”. “Tocai a trombeta em Sião, e daí o alarme no meu monte santo! Tremam todos os moradores da terra”.

“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejuns, com choro e com pranto. Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes. Voltai para o Senhor vosso Deus.”

“Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de assembléia solene. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos, e os que mamam. Saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa a teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele.”

O jejum, clamor, oração de intercessão movem o coração de DEUS, em resposta ao quebrantamento espiritual do povo, promessas foram dadas como encorajamento:

“Então o Senhor teve zelo da sua terra, e se compadeceu do seu povo. O Senhor responderá ao seu povo: Eu vos envio o trigo, o vinho novo e o azeite, deles sereis fartos, e não vos entregarei mais ao opróbrio entre as nações. Farei o exército do Norte partir para longe de vós e lançá-lo-ei em uma terra seca e deserta, a sua frente para o mar oriental, e a sua retaguarda para o mar ocidental. E subirá o seu mau cheiro, e subirá o seu fedor...”

Em resposta ao arrependimento coletivo do povo através de usar o meio divinamente ordenado da Assembléia Solene, a terra se regozijou e se alegrou. Os pastos do deserto ficaram verdes outra vez.

As árvores e vides deram seu fruto. E o fruto que deram não era um fruto comum, mas um fruto extraordinário, pois Deus aproximou mais os períodos de chuva, e fez com que o sol brilhasse sobre a terra, de tal forma que as eiras se encheram de trigo, e os lagares transbordaram.

Tão grande foi a bênção derramada pelo Deus que se compraz num povo quebrantado e contrito, que ele recuperou a eles os anos perdidos ao grande exército de gafanhotos.

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O povo tinha em abundância, e estava satisfeito, louvando o nome do Senhor que operara maravilhosamente com eles. Sabiam que Deus estava no seu meio, que ele era o único Deus, e que não havia nenhum outro!

Encontramos uma oração por avivamento e a promessa de sua ocorrência em Joel 2.28-32; Habacuque 2.14-3.19 e Malaquias 4.

Infelizmente, alguns que se chamam “cristãos” não levam muito a sério este assunto de Assembléia Solene, porque todos os exemplos citados foram do Antigo Testamento. Neste caso, deveriam pensar a respeito de todo o tempo de preparação para o Pentecostes, à luz da Assembléia Solene, vemos que aqueles dias no cenáculo foram de fato uma Assembléia Solene, onde Deus manifestou poderosamente seu Espírito Santo, inaugurando assim a Igreja Neo-Testamentária.

Cada uma das pessoas levantadas por Deus para mobilizar os avivamentos foram antes de tudo grandes guerreiros de Intercessão, Jejum e Oração!

No apogeu de um grande avivamento Jesus aparece e é batizado por João Batista, depois de sair de um longo período de jejum e oração no deserto e ter vencido as tentações do diabo. Escolhe e treina seus discípulos; ascende aos céus, deixando-os na expectativa de receberam a promessa do Espírito (Lc 24.49-53; At 1.1-26).

O poderoso derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, inaugura o avivamento aquilo que Jesus havia predito (At 2.1-47). Marca-se, assim, o início de uma nova era na história da redenção. Por três anos Jesus trabalhara na preparação desse dia: – o dia em que a Igreja, discipulada por intermédio de seu exemplo, redimida por seu sangue, garantida por sua ressurreição, sairia em seu nome a proclamar o Evangelho “até os confins da terra” (At 1.8).

O livro de Atos registra a dimensão desse avivamento. Avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. E de lá para cá, são muitos os relatos da obra vivificadora do Espírito Santo na história da igreja, como por exemplo, na Alemanha com a Reforma Protestante do século XVI, na Inglaterra no século XVIII, entre os negros Zulus da África do Sul na década de 60 e na Coréia do Sul nestes últimos tempos, e o mais recente talvez seja o da décata de 90 em Toronto, Canadá.

Nos Estados Unidos, em 1734. Havia uma consciência da necessidade de alcançar os não-crentes e fortalecer os já convertidos. Jonathan Edwards (1703-1758), com sua simplicidade de vida e muita oração, exerceu grande impacto sobre as pessoas. George Whitefield (1714-1770) foi outro grande avivalista desse período. O resultado do trabalho desses homens foi milhares de conversões e o nascimento de muitas igrejas. Na Nova Inglaterra (EUA), numa população de 300 mil pessoas, houve entre 30 e 40 mil conversões. Houve fortalecimento moral nos lares, fundação de cursos teológicos e de obras sociais.

Já na Europa, várias ondas de grandes avivamentos começaram após a metade do século XVII. Em 1670, na Alemanha, o pastor Philip Spener organizou reuniões para estudo bíblico e oração nas casas. Surgiram obras sociais e um novo vigor espiritual veio sobre a igreja luterana. Fundaram-se muitos campos missionários.

O avivamento dos Morávios iniciou-se em 1727. Começaram a buscar ao Senhor em oração e, de repente, houve um derramar do Espírito sobre a igreja. Havia choro, quebrantamento e manifestações até entre crianças. Os morávios iniciaram um ministério de oração contínua que durou mais de 100 anos, 24 horas de oração diária e ininterrupta.

Na Inglaterra, João Wesley foi o instrumento de Deus para mudar a história da igreja. Homem de oração deu ênfase ao estudo bíblico. Opôs-se ao álcool, à guerra, à escravidão. Houve muitas conversões.

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Já no século XIX alguns homens foram instrumentos de Deus para liderar grandes avivamentos:

Charles G. Finney foi poderoso na Palavra, na oração e no testemunho. Viveu nos Estados Unidos. Sob a influência de sua pregação, igrejas foram renovadas, nasceram novas comunidades, pessoas deixaram vícios, etc.

Charles H. Spurgeon (1834-1892) foi professor de crianças na EBD e viu muitos pais se converterem com o testemunho dos filhos. Spurgeon foi poderoso na pregação. Sinais e prodígios eram comuns em suas reuniões. Esse avivamento iniciou-se na Inglaterra e alcançou outros países.

Dwight L. Moody viveu de 1837 a 1899, nos Estados Unidos da América. Calcula-se que cerca de 500 mil pessoas entregaram-se a Cristo por seu intermédio. Dedicou-se a EBD. Começou com 12 crianças e, em poucos anos, esse número chegou a 12 mil.

Que Deus derrame do seu Espírito sobre nós para que possamos, como igreja e povo brasileiros, experimentar mais uma vez aquele "fogo abrasador" que nos purifica e nos santifica para uma vida cristã de obediência à sua Palavra e somente assim transformarmos nossa sociedade tão corrompida pelo pecado.

Desafio: Deus está levantando uma geração de cristãos verdadeiramente comprometidos com o evangelho. Um comprometimento radical, um concerto profundo, uma vida no altar, semelhante ao que aconteceu na vida de cada personagem bíblico analisado neste capítulo: - Você esta disposto a ser um Agente Mobilizador de Avivamento em sua comunidade? Você esta disposto a correr riscos, se expor, denunciar o pecado, derrubar os postes ídolos em sua vida? E em sua igreja? E cidade?

Lembre-se que Marcos 10:30 “que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” e 2 Timóteo 3:12 “Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.”

Caso a resposta seja sim, comece agora mesmo a jejuar, orar e a interceder!

 

O que é Orar e Interceder?

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens” 1 Timóteo 2:1

Durante muito tempo pensei que oração e intercessão fossem a mesma coisa. Porém na verdade não são! Na epístola a Timóteo, Paulo menciona diversas formas de oração, uma delas é a intercessão.

Interceder significa literalmente “interpor-se, colocar-se entre”.

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O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e os que merecem sua justa ira e castigo. O intercessor levanta suas mãos a Deus e diz: “Deus, estas pessoas merecem seu juízo; tu tens todos direito de feri-las; mas se a ferires, terás de ferir a mim primeiro, pois me coloquei entre Ti e eles”.

Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa, como se fosse a sua. É estar entre Deus e as pessoas, a favor delas, tomando seu lugar e sentindo suas dores e necessidade de tal maneira que luta em oração até ver a vitória na vida daquele por quem intercede. A mais simples definição é: "Orai uns pelos outros" Tiago 5:16.

A Bíblia ela está cheia de exemplos:

- Abraão suplicou por Ló e este foi livrado da destruição de Sodoma e Gomorra ; - Moisés intercedeu por Israel apóstata e foi ouvido (Nm 14:13-20; Ex 32:11-

14; Nm 11:2; 12:13; 21:7; 27:5);- Sansão, arrependido pediu uma última oportunidade... (Jz 16:21-30);- Samuel orou constantemente pela nação (1 Sm 12:23);- Elias orou por seca e chuva (1 Rs 18:21-26; Tg 5:16-18);- Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro na Babilônia (Dn 9:2-23);- Jesus intercedeu por Seus discípulos e fez especial por Pedro (Lc 22:31-32); - Paulo é exemplo de constante intercessão. Toda a Igreja é chamada ao

fascinante ministério da intercessão.

O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para pleitear a sua causa.

Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósitos de Deus. É uma oração para que à vontade de Deus seja feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.

Deus tem levantado em nossos dias um verdadeiro exército de intercessores. Ele está para trazer a Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.

Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstâncias como Cristo às vê, e unir-se a Ele em súplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.

“Jesus não esta orando por nós; Ele está intercedendo por nós para que nós possamos orar. Nossas orações em Nome de Jesus, são apenas a extensão da obra intercessora de Cristo. Jesus mediou o Homem e Deus e também mediou o Homem e o diabo.” Dutch Sheets (Veja I Timóteo 2:5).

Orar significa literalmente: “comunicar”, da mesma raiz que “oratória”.A definição mais simples que tenho para oração é conversar com Deus, falar

com Ele semelhante à forma como podemos conversar com qualquer outra pessoa. Porém essa definição é um tanto limitada, orar é muito mais do que isso. Orar é rasgar o coração na presença de Deus, orar é um exercício de fé, orar é tocar o coração de Deus com palavras, pensamentos e sentimentos. Orar é beijar a face de Deus!

Orar é unir o pensamento do homem na terra com a vontade de Deus no céu e expressa-la através de palavras ou gemidos inexprimíveis.

Existem princípios que regem a oração, descobrir esses princípios e aplica-los em nossa vida diária determinará nossa maior eficiência no ministério da oração. “O poder

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da oração não reside no quanto oramos, mas no quanto nossas orações estão alinhadas com os princípios da oração.” Watchman Nee.

Existe uma relação entre oração e justiça, sabemos que Deus jamais faz algo contrário a sua vontade. Porém muitas vezes à vontade de Deus é abrir-nos portas, mas Ele insiste em esperar que oremos para só depois agir. É como se Ele esperasse por nós reconhecermos que precisamos Dele, que não somos capasses sozinhos e só depois de nos humilharmos em oração, Ele estende a sua mão e abre-nos as portas que tanto precisamos.

Qual a Necessidade da Oração e da Intercessão?

Quando cheguei ao seminário, no ministério Vale da Bênção, uma das primeiras tarefas que os alunos tinham que desempenhar era a de interceder no Centro de Oração, onde 24 horas por dia e sete dias por semana a mais de vinte anos vem sendo mantida uma vigília de oração ininterrupta por missões mundiais.

Apesar de tanta ênfase em oração, muito pouco era ensinado em sala de aula. Nunca recebi um seminário sobre intercessão semelhante a este, porém foram dezenas de ocasiões em que fui convocado para um período de jejum e oração. Certa vez meu companheiro de quarto, perguntou para uma das coordenadoras: - Mas por quê todas essas escalas e horários de oração? E a resposta não foi muito inteligente... – Porque sim, porque eu mandei!

Ninguém deseja fazer alguma coisa só porque outro mandou. Ainda que obedecer a essa ordem possa trazer crescimento espiritual, muitos alunos ficavam indignados em serem obrigados a interceder sem saberem ao certo como funciona esse ministério.

Sabe, sou uma dessas pessoas que também gosto de perguntar: - mas por quê?!? Talvez você também seja assim questionador, e para interceder, jejuar e orar precise saber ao certo como funciona esse ministério. Existem perguntas dentro de todas as pessoas que precisam de respostas.

Perguntas como: - Minhas orações podem realmente mudar as circunstâncias negativas ao meu redor? Deus precisa que eu ore ou simplesmente deseja que eu ore? O que acontecerá se eu continuar orando? A final, Deus não é soberano? Ele não vai fazer o que Ele deseja de qualquer maneira? Ou à vontade de Deus para minha vida pode ser frustrada por algum motivo, ato ou escolha que fizer?

Precisamos saber se aquele enfermo pelo qual oramos foi curado porque oramos, ou Deus iria cura-lo de qualquer maneira independente de nossas orações? Nesse caso, oramos apenas por um simbolismo bonito, mas de qualquer modo nossas orações não fazem diferença.

Alguns gostam de argumentar dizendo que Deus é onipotente, soberano e que a Bíblia mesmo afirma que “antes da palavra nos chegar à boca Ele já conhece as nossas necessidades”, e por tanto Deus não precisa de nossas orações na terra!

Ainda existem aqueles deterministas, que gostam de acreditar que tudo é obra do destino e que os acontecimentos já estavam escritos em algum lugar... talvez no horóscopo, nas estrelas ou quem sabe nas cartas do tarô.

O fato é que a maioria dos cristãos de nossos dias não possuem respostas para essas perguntas. Pensam e agem, ainda que de forma subliminar e inconsciente como se Deus fosse o responsável por tudo de errado que acontece com eles!

Saber os “por quês” pode ser uma grande energia motivadora para continuar a interceder, jejuar e orar!

Quando comecei a andar de bicicleta, minha mãe gritou: - Pedala mais devagar! Porém eu insisti em perguntar: - Por quê? Então descobri, quando cai no chão!

Na medida em que vamos crescendo espiritualmente e amadurecendo na fé, passamos a administrar ordens com maior facilidade. Aprendemos a obedecer sem perguntar os por quês.

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Porém a dúvida permanece. Deus vai operar algo independente de minhas orações ou não? Caso Deus interfira na história da humanidade arbitrariamente sem estabelecer parceria com o homem, não há necessidade de desperdiçarmos nosso tempo. Caso seja verdade o pensamento de que “tudo o que é, é e será o que será”, então vamos deitar, cruzar nossos braços, reclamar mais um pouquinho pela demora de Deus e simplesmente deixar acontecer.

Por outro lado, será que John Wesley estava correto ao afirmar: “- Deus nada realiza na terra a não ser em resposta à oração”, nesse caso, acho saudável perder um pouco de sono para orar e interceder pela minha vida financeira, emocional, saúde física ou espiritual.

Nesse caso, devo continuar orando pelos meus familiares que ainda não são cristãos, a fim de que a Graça de Deus o alcance e cheguem ao conhecimento da plena verdade. Pois a salvação é uma obra que começa em Deus e Ele a revela aos seus, mas a oração é o poder que assegura essa ação divina na terra!

Respostas como essas são fundamentais para desligarmos a televisão e no horário das novelas gastarmos um tempo a mais orando ao Senhor ou até mesmo dispensar algumas refeições ao longo da semana.

Eu preciso saber se aquele índio no Pantanal voltou a ouvir porque orei, ou se Deus iria fazer isso de qualquer maneira, e naquele instante fiz apenas um papel imbecil orando por algo que já estava determinado em algum lugar acontecer!

Eu preciso saber se meu pai não morreu naquele aneurisma cerebral tipo 5 porque dezenas de pessoas jejuaram e oraram pela vida dele, ou não.

Eu preciso saber se fui livrado com minha esposa de inúmeros acidentes nas estradas porque o Espírito Santo acordou algumas pessoas para gemer em espírito por nós e intercederem sem entenderem ao certo por que estavam orando ou se tudo isso foi apenas uma coincidência!

Eu preciso saber se quando jejuo e oro antes de uma grande cruzada de evangelismo na praça, isso gera maior número de conversões, milagres e sinais do reino de Deus ou se Paulo quando fala que novamente “sentiu dores de parto” pelos gálatas (Gl 4:19, Rm 8) estava apenas ficando caduco e filosofando alegorias.

Chega de Perguntas, Vamos as Respostas.

Concordo plenamente com a declaração de Jonh Wesley! Deus nada realiza na terra a não ser em resposta a oração. Nossas oraçãos não são úteis, nem ajudam a Deus a operar sua vontade na terra, elas são fundamentais para que o poder de Deus seja manifestado sobre pessoas, circunstâncias, lugares e épocas. (Jo 9:2-3)

Concordo com E.M. Bounds: “Deus se relaciona com o mundo através da oração. Quanto mais oração houver no mundo, melhor o mundo será, mais poderosas serão as forças contra o mal. A oração dos santos de Deus são o estoque de capital no céu através do qual Deus executa sua grande obra sobre a terra”. (veja Ap 5:6-9).

“E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.” João 9:2-3.

Quero aproveitar para dizer, que continuo a amar você meu amigo leitor, ainda que você já tenha me chamado de doido umas setecentas vezes até agora! A grande maioria dos teólogos reformados incendiariam-me na fogueira da sagrada inquisição só por levantar tais perguntas!

O Plano de Deus “para a” e “através da” Humanidade.

Adão sempre inspirou-nos a idéia de um homem, bonito, alto e forte... embora o livro de gênesis não nos descreva precisamente como ele era, creio que realmente ele era um homem muito bonito.

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Adão representava no Jardim do Éden toda a humanidade, inclusive eu e você! Ainda que nós não estivéssemos ali, presentes com Adão e Eva no ato do pecado original, herdamos a natureza pecaminosa introduzida no mundo por meio dessa desobediência. Logo estávamos sendo representados no éden, pela pessoa de Adão.

Alguns dicionários teológicos apontam para a palavra Adão o significado Vermelho, pois foi feito do pó da terra (Buckland) outros dizem que a expressão Adão é equivalente a “homem, ser humano” (James Strong). Porém o que todos são unânimes é em reconhecer que a pessoa de Adão no éden representava a presença de toda a humanidade, e que seu relacionamento com Deus é equivalente ao desejo divino de se relacionar com todos nós. A vontade de Deus para Adão é a vontade de Deus para toda raça humana.

Num primeiro momento, Deus deu a Adão uma esposa chamada Eva e diversos filhos. A estes Deus deu uma ordem: O Domínio sobre toda a terra e sobre os demais elementos da criação.

Veja o que diz Gênesis 1:26-28: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio[mashal] sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai[mashal] sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”

Vejamos também o Salmo 8:3-8: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio[mashal] sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; 8 as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares.”

E o Salmo 115:16: “Os céus pertencem somente ao Eterno, mas a terra ele deu[nathan] aos seres humanos.”

A palavra hebraica [mashal] traduzida como domínio nessas passagens tem um significado muito profundo, e merece atenção especial. Esse termo indica que Adão e todos os seus descendentes haviam sido colocados por Deus para gerenciar, administrar toda a criação. Um super mordomo ou governador do Criador sobre a criação. A presença de Adão no jardim representava a presença do próprio Deus, logo na viração do dia eles tinham um encontro, onde conversavam, batiam papo e quem sabe talvez Adão até prestasse contas para Deus!?

Em momento algum Deus abriu mão de seu título de propriedade sobre a sua criação. Ele simplesmente transferiu autoridade e poder para Adão administrar[mashal]. Algo semelhante ao que Jesus posteriormente irá mencionar em algumas de suas parábolas que ilustram o Reino de Deus e ao que Ele fez ao transferir aos seus discípulos autoridade para saírem de dois em dois (Mt 10:1).

Dutch Sheets diz: “Deus não abandonou seu direito de propriedade sobre a terra, mas Ele atribuiu à humanidade a responsabilidade de governa-la.” Em seu livro Oração Intercessória. Aproveito para afirmar que boa parte desse tópico foi baseada em sua obra.

No Salmo 115:16, a expressão [nathan] em algumas versões é traduzida pela palavra atribuiu, mas freqüentemente traduzida por dar “...mas a terra Ele deu[nathan] aos seres humanos”. Logo é correto afirmar que Deus não deixou de ter todas as circunstâncias sob seu total e soberano controle, porém decidiu, desejou,

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achou bom, teve vontade, fez a escolha de dar ao homem a responsabilidade de governar toda criação.

Infelizmente o primeiro homem, pecou e nesse ato transferiu inconscientemente autoridade para a serpente ou satanás. É isso mesmo o que aconteceu no Éden quando Adão e Eva cederam ao desejo de serem maiores que Deus.

“Portanto, assim como por um só homem[Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” Romano 5:12.

Quando Deus estabelece um princípio eterno através de sua palavra, Ele sabe que não poderá voltar a trás e cancelar aquilo que outrora disse. Deus transferiu ao homem autoridade, domínio sobre toda a criação, e mesmo depois do pecado esse princípio continua valendo. O fato é que o homem perdeu a autoridade, domínio que recebera de Deus para satanás, então o caos foi estabelecido na criação.

O próprio Senhor Jesus confirma isso em João 12:31; 14:30 e 16:11 quando chama satanás de “príncipe deste mundo”. Preste atenção ao que satanás diz para Jesus: “Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.” Mateus 4:8-9.

“Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua.” Lucas 4:6-7

Em momento algum Jesus questiona a veracidade dessa afirmação feita por satanás, pois Jesus sabia que no Éden Adão e Eva perderam o domínio sobre a criação. O cosmos havia sido abalado, a morte havia entrado na história, e o homem havia perdido seu estado original de “imagem e semelhança de Deus”.

Quando Deus transferiu autoridade para Adão, Ele estava falando tão sério que mesmo depois da queda Deus permanece imutável a sua palavra e promete uma “semente” que viria a terra para “pisar na cabeça da serpente” Gêneses 3:15. Essa semente é Jesus, que precisou ser encarnado na forma humana para desligar no Calvário aquilo que Adão ligou no éden (veja Mt 18:18-20).

“Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida.

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente/descendência e a sua semente/descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará”. Gênesis 3:14-16. Em virtude do ato pecaminoso de Adão e Eva, a “imagem e semelhança” [imago dei] de Deus ficou distorcida.

Antes da queda, em seu estado original, Adão era muito parecido com Deus, “um pouco menor” diz o Salmo 8:5. Imagine a seguinte cena: Adão estava caminhando pelo Éden e um dos animais que o viu a distância comentou com o outro: - Olha, acho que é Deus quem esta se aproximando ali. Então quando Adão esta bem próximo, o outro animal responde: - Dessa vez você errou, não é Deus, é apenas Adão quem esta caminhando ali. Adão era realmente muito parecido com Deus, era a sua imagem e semelhança. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criaram.” Gênesis 1:27.

Em II Coríntios 3:18 diz: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito”. Essa é a chave para nosso crescimento espiritual e transformação de vida, experimentarmos a glória do Senhor em nossas vidas, todos os dias, a fim de sermos restaurados pelo Espírito Santo. O

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homem não deixou de ser imagem e semelhança de Deus, o problema é que o pecado em nossas vidas distorce essa [Imago Dei].

Não somos transformados de culto em culto, nem de seminário em seminário, mas sim de glória em glória!

Pense comigo:Quem Criou o universo, a terra e o homem? Deus.A quem Deus entregou o domínio sobre a terra? Ao Homem!Quem desobedeceu a Deus e transferiu esse domínio a satanás? O Homem!Quem teve a imagem de Deus destorcida em si próprio? O Homem!Quem foi responsável pelo caos, pela morte, pelas “dores de parto” e pelo “suor

do seu rosto comerás o teu pão” terem sido introduzidos na criação? O Homem.A quem foi mesmo que Deus entregou o domínio sobre a terra? Haaa... ao

Homem!A que forma o Filho Primogênito de Deus precisou assumir? A forma Humana!Uma vez encarnado sob a forma humana e esvaziado de toda sua glória, Jesus

precisou cumprir o plano de redenção para toda a humanidade, assumindo na cruz todos os nossos pecados e concertando aquilo que o primeiro Adão havia falhado.

A maldição do pecado entra na história por um homem, Adão e é por outro homem, Jesus que Deus providencia o único meio para a salvação.

Filipenses 2:5-11 “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”

Romanos 5:14 “Entretanto, reinou a morte desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão , o qual prefigurava aquele que havia de vir.”

1 Coríntios 15:45 “Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão [Jesus}, porém, é espírito vivificante.”

Onde foi que satanás conseguiu entrar e receber do homem domínio? Na Terra!Onde foi que o homem foi caiu em tentação? Na terra, especificamente Éden!Onde foi que Jesus precisou nascer em forma humana? Na Terra!Onde foi que Jesus cresceu em conhecimento e estatura? Na Terra!Onde foi que Jesus morreu crucificado? Na Terra!A partir de onde que Jesus ressuscitou? De Baixo da Terra!Para onde Jesus voltará? Para a Terra!Onde é que nós nascemos, crescemos, vivemos, lutamos e vencemos? Na Terra!Onde é que devemos orar dizendo: - “Venha o Teu Reino”? Na Terra!

Mateus 11:12 “Desde os dias de João Batista até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.”

Mateus 6:10 “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu”.

A quem a Bíblia chama de “deus desse século” em II Co 4:4? Satanás!A quem Jesus se refere em Jo 12:31; 14:30; 16:11? Satanás!A quem pertence o reino descrito em Mt 12:26; Mc 3:26; Lc 11:18 e At 26:18?Quem é o valente que precisamos amarrar espiritualmente? Satanás.

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Mateus 12:29 “Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa.”

Marcos 3:27 “Ninguém pode entrar na casa do valente para roubar-lhe os bens, sem primeiro amarrá-lo; e só então lhe saqueará a casa.”

Lucas 11:21-22 “Quando o valente[satanás], bem armado, guarda a sua própria casa, ficam em segurança todos os seus bens. Sobrevindo, porém, um mais valente [Jesus] do que ele, vence-o, tira-lhe a armadura em que confiava e lhe divide os despojos.”

Colossenses 2:13-15 “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”

Por que Deus estabeleceu esse princípio?

Por que Deus insiste em operar na terra em parceria com sua criação e não arbitrariamente? Por que Deus nos concedeu o livre arbítrio? Por que em algumas ocasiões Deus reserva a si o direito de modificar o nosso livre arbítrio e cumprir em nossas vidas um propósito soberano que não compreendemos?

A resposta é que Deus não queria ter filhos que agissem mediante instinto irracional, ou que fossem meramente programados como robozinhos. Deus detesta a idéia de receber adoração e louvor de um bando de alienados na terra que o cultuam, o amam e se relacionam com Ele meramente por que foram programados para isso.

Deus procura por verdadeiros adoradores (João 4:23-24), que o adorem em espírito e em verdade, mas acima de tudo que o adorem com liberdade e vontade própria.

Porém mesmo antes de dizer: Haja luz, Deus já sabia que haveria rebelião de Lúcifer, pecado original de Adão e Eva, a morte entraria na criação, seu Filho precisaria ser encarnado, crucificado, ressuscitado, glorificado e breve retornará com grande poder e glória para estabelecer um Reino Eterno.

Sem dúvida os seres humanos eram para ser sempre a ligação da autoridade e atividade de Deus na terra. Deus decidiu agir na terra através dos homens e não independente deles!

Esse é o principal motivo pelo qual precisamos constantemente interceder, jejuar e orar. Desde o éden Deus trabalha na terra através dos homens. Sempre foi assim ao longo da história e sempre será, pois uma vez estabelecido um princípio pela palavra de Deus, esta jamais mudará. Mateus 24:35 “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.”

Deus não deixou de ser soberano, absoluto nem todo poderoso ao estabelecer agir na terra apenas em parceria com o homem que Ele criou e transferiu autoridade. Porém não será por essa razão que a terra se encontra na atual corrupção? Será que a culpa é de Deus? Do Diabo? Ou nossa, como seres humanos corrompidos pelo pecado?

Por que ao longo da história Deus insiste em procurar homens e mulheres de fé?Por que ele elege uma raça separada dos demais povos para alegorizar um

relacionamento de intimidade e parceria?Por que Deus precisa de Profeta? Juízes? Ou mesmo um Messias Humano?Por que usar mãos, bocas, pés humanos e enviar os discípulos para pregar o

evangelho, curar enfermos, expulsar demônios, pisar em serpentes e escorpiões?Por que Deus precisa de orações pedindo que venha o seu Reino e que a sua

vontade seja feita na terra? Veja Mateus 6:10!

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Porque Deus precisa que alguém ore pedindo que Ele mesmo envie mais trabalhadores para a sua seara? Veja Mateus 9:38! Não é Ele o maior interessado?

Com certeza Deus não iria brincar conosco, fazendo-nos orar por algo que iria acontecer de qualquer modo. Justamente ao contrário, Ele nos diz para orarmos pedindo o pão nosso de cada dia, (Mateus 6:11). Ele nos dá uma ordem no imperativo, dizendo: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.” (Mt 7:7; Lc 11:9 e Jo 16:24).

Desafio: Nunca mais ore a Deus pedindo que Ele faça por você aquilo que Ele já delegou em sua palavra para você fazer! Também não adianta sair por ai orando arbitrariamente sem antes consultar a Deus para saber qual à vontade Dele para cada situação: João 5:14-15 “Quando estamos na presença de Deus, temos coragem por causa do seguinte: Se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, temos a certeza de que ele nos ouve. Assim sabemos que ele nos ouve quando lhe pedimos alguma coisa. E, como sabemos que isso é verdade, sabemos também que ele nos dá o que lhe pedimos.”

Entenda que Deus procura por intercessores na terra para estabelecerem parceria. Pessoas que orem ligando aqui na terra aquilo que Deus deseja realizar ou desligando aqui na terra aquilo que o Senhor nas regiões celestiais já desligou: Mateus 18:18-19 “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.”

Embora Deus exista antes mesmo da eternidade existir e o caráter divino ser completamente imutável, soberano e independente da vontade de sua criação (At 17:24-26) e detentor de todos os poderes e recursos necessários para executar a sua vontade na terra (Jó 41:11 e Sm 50:10-112). Ele desejou dar ao homem domínio e responsabilidade sobre a criação, limitando-se a agir na terra em resposta a oração.

Esse princípio de Deus não agir arbitrariamente em sua criação, é tão sério que Deus procura por intercessores, a fim de que cidades interiras venham a ser transformadas: Ezequiel 22:28-31 “Os seus profetas lhes encobrem isto com cal por visões falsas, predizendo mentiras e dizendo: Assim diz o SENHOR Deus, sem que o SENHOR tenha falado. Contra o povo da terra praticam extorsão, andam roubando, fazem violência ao aflito e ao necessitado e ao estrangeiro oprimem sem razão.

Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso, eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça o castigo do seu procedimento, diz o SENHOR Deus”.

O que esse texto afirma é revelador e impactante, pois se Deus afirmou dizendo que a alma que pecar essa morrerá, Ele não pode simplesmente esquecer, ceder ou fazer vistas grossas ao pecado do homem. Por causa de sua palavra, Ele mesmo se obriga a executar o juízo anteriormente estabelecido por Ele.

Porém o mesmo Deus que não negocia sua palavra, estabeleceu um meio pelo qual o pecador pode ter esperança em ser restaurado e não destruído, pois este é o maior desejo de Deus. Deus esta dizendo, se alguém estivesse na brecha por essa cidade, eu a teria poupado.

Em Gênesis 15:16 Deus diz para Abraão “Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus.” É impressionante, mas por algum motivo, Deus em sua soberania estava dizendo que a descendência de Abraão só entraria naquela terra quatro gerações depois dessa aliança e o motivo é que a “medida da iniqüidade dos amorreus” ainda não havia chegado ao fim!

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Deus não sente prazer nenhum na morte do ímpio, Deus o ama apesar de seu pecado. Deus esta potencialmente interessado em levantar intercessores para intermediar e redimir. Quando não encontra pessoas “na brecha”, intercedendo Ele executa seu juízo por causa da transgressão do homem!

Ezequiel 33:11 “Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?”

Para que toda a humanidade pudesse ser redimida por seus pecados, foi preciso que Jesus Cristo se entregasse a morte de cruz. Naquele instante no Calvário, Jesus estava se colocando “na brecha” pelos pecados de toda humanidade. Jesus estava sendo e ainda hoje é o único mediador entre Deus (Pai) e o homem.

“A inércia dos homens não anula a expiação, mas a inércia humana torna a expiação e tudo àquilo que Jesus já conquistou na cruz do Calvário ineficaz para a humanidade” C. P. Wagner.

1 Samuel 12:23 “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito”

Tipos de oração:

"Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos." Efésios 6:18.

Há diversos tipos ou espécies de oração e cada uma delas segue princípios claros. Através da oração, podemos pedir algo para Deus, mas nem todas as nossas orações são de petição. Através de algumas orações, podemos simplesmente adorar a Deus e louva-lo, sem emitir nenhum som musical. Existem ainda outras orações que visam alterar uma circunstância em nossa vida ou na vida de terceiros. A todas elas Deus deseja ouvir.

"Ó Tu que escutas as orações, a Ti virão todos os homens" Salmo 65:2, pois "A oração dos retos é o Seu contentamento" Provérbios 15:8b.

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Existem Três “Centros” Diferentes para nossas Orações:

a) Deus no Centro das Nossas Orações: Há orações que são dirigidas a Deus, visando a pessoa Dele, o que Ele é, o que Ele faz e o que Ele nos tem feito. Oramos apenas para apresentar-Lhe nossa gratidão, louvor e adoração. Dentro deste foco, destaco:

Orações de Ações de Graça - A expressão do nosso reconhecimento e gratidão a Deus pelo que Ele nos tem feito. Basicamente é a oração que expressa gratidão a Deus pelas bênçãos que Ele tem derramado sobre nós.

Orações de Louvor - A oração de louvor é um passo além das ações de graça. São expressões de louvor a Deus pelo que Ele faz. Louvar é reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser louvado.

Orações de Adoração - O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é. É a entrada no Santo dos Santos para responder ao amor do Pai. Ali nada fala do homem, mas dEle. É o reconhecimento do que Ele é. É a resposta do nosso amor ao amor Divino.

Salmos 57:7 “Preparado está o meu coração, ó Deus, preparado está o meu coração; cantarei e salmodiarei.”

Salmos 108:1 “Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei e salmodiarei com toda a minha alma.”

b) Nós no Centro das Nossas Orações: Aqui vamos a Deus para apresentar necessidades pessoais. Embora falando com Deus, o foco da atenção é a resposta de nossas necessidades. Vamos a Deus em busca de uma resposta para a alteração de alguma circunstância em nossa vida. Destaco os seguintes tipos de oração:

Orações de Petição - É "um pedido formal a Deus, um poder maior". É a apresentação a Deus de um pedido, visando satisfazer uma necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus. Nesse tipo de oração já temos o conhecimento de qual é a Sua vontade, pelo que o pedido será feito em fé, com a certeza da resposta, antes mesmo da sua manifestação, de acordo com Marcos 11:24; I Jo 5:14-15.

Mateus 7:7 “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.”Lucas 11:9 “Por isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e

abrir-se-vos-á.”João 16:24 “Até agora nada tendes pedido em meu nome; pedi e recebereis, para

que a vossa alegria seja completa.”Orações de Consagração - É uma atitude de submissão à vontade de Deus.

Essa oração é para as ocasiões em que a vontade de Deus é desconhecida. Exige espera, consagração e inteira disposição de conhecer e seguir a vontade do Pai.

Orações de Entrega - É a transferência de um cuidado ou inquietação para Deus. É lançar o cuidado sobre o Senhor, com um conseqüente descanso. Essa oração é feita quando um cuidado, um problema ou inquietação. nos bate à porta.

c) Os Outros no Centro das Nossas Orações: Aqui vamos a Deus como sacerdotes, como intercessores, levando a necessidade de outra pessoa. Nosso motivo primeiro é ver as circunstâncias alteradas na vida de outrem. Esta é a oração de intercessão. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa.

Na Nova Aliança todos os crentes em Cristo Jesus são chamados ao Sacerdócio Real, pois o véu que separava-nos do Pai foi rasgado e não temos mais a necessidade de um intermediário para podermos nos achegar a Deus. Jesus disse: ”Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai senão por mim.”

1 Pedro 2:5 “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.”

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1 Pedro 2:9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”

Tiago 5:15-17 “E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica [oração] do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu.”

Formas de Orar:

Não deve existir uma forma engessada, robótica ou mecânica para orarmos, quando detectarmos que nossas orações estão perdendo a espontaneidade, temos que tomar cuidado! Será que existe uma fórmula ou uma “receita de bolo” para seguirmos? Como devemos orar?

Jesus destaca a sinceridade de nosso coração, e não as muitas repetições vazias (Mt 6:7). Podemos orar em silêncio (1 SM 1:13) ou em voz alta, gritando (Ne 9:4, Ed 3 e Ez 11.13). Podemos orar com nossas próprias palavras, ou usando a própria Escritura. Podemos orar com nossa mente, ou em Espírito (1 Co 14:14-18). Podemos até orar sem palavras discerníveis, apenas com gemidos (Rm 8:26-17) com a convicção de que o Espírito Santo levará ao Pai essas petições indiscerníveis. Outra forma de orarmos é cantando (Sl 32:1-2; Ef 5:19-20; Cl 3:16). Podemos orar por longos períodos acompanhado por jejum (Ed 8:21; Ne 1:4; Dn 9:3-4 Lc 2:37; At 14:23).

Alguns “fariseus avivados”, gostam de emitir opiniões a respeito de qual seria a melhor posição do corpo para orar, mas a Bíblia menciona: Em pé (Ne 9:4-5); sentadas (1 Cr 17:16; Lc 10:13); ajoelhadas (Ed 9:5; Dn 6:10; At 20:36); acamadas (Sl 63:6); curvadas até o chão (Ex 34:8; Sl 95:6); prostrados no chão (2 Sm 12:16; Mt 26:39) ou ainda com as mãos levantadas para os céus (Sl 28:2; Is 1:15; 1 Tm 2:8).

Oração Particular: Mateus 6:6 “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. Cada filho de Deus tem direito de entrar em Sua presença, com confiança, e apresentar-Lhe a oração da fé (Hebreus 4:16). Nessa forma de oração só o Espírito de Deus é testemunha. Ela pode ser feita apenas no coração, ou em palavras audíveis.

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Oração de Concordância em Grupos: Mateus 18:18-20 “Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus. Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Aqui, dois ou três se reúnem em comum acordo sobre o que pedem a Deus. Há um poder liberado através da concordância. Essa é uma oração, impossível de ser realizada apenas em pensamento, faz-se necessário orar em tom audível, pois como alguém poderá concordar com sua oração se não a ouvir?

Oração Coletiva ou Clamor: Atos 4:23-31 “Uma vez soltos, procuraram os irmãos e lhes contaram quantas coisas lhes haviam dito os principais sacerdotes e os anciãos. Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram: Tu, Soberano Senhor, que fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há; que disseste por intermédio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo: Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs?

Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram; agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus.

Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.” Esta é feita quando o Corpo se une em oração. É uma oração de concordância com um número maior. Quando um corpo de cristãos levanta sua voz a Deus, unânime, não só na palavra ou expressão, mas no mesmo espírito, como na Igreja de Jerusalém, há uma grande liberação do poder de Deus.

Vamos ver Esdras 3:10-13 “Quando os edificadores lançaram os alicerces do templo do SENHOR, apresentaram-se os sacerdotes, paramentados e com trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem o SENHOR, segundo as determinações de Davi, rei de Israel. Cantavam alternadamente, louvando e rendendo graças ao SENHOR, com estas palavras: Ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz quando à sua vista foram lançados os alicerces desta casa; muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria. De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo; pois o povo jubilava com tão grandes gritos, que as vozes se ouviam de mui longe”.

Orando a Palavra de Deus: Sabemos que a palavra de Deus é a verdade e é através de sua palavra que seu caráter é revelado. Servimos a um Deus que criou todas as coisas através da liberação de sua palavra. Quando oramos os textos da palavra de Deus, trazemos a verdade divina que expressa os valores do próprio Deus diante Dele mesmo, “fazendo lembrado o Senhor”.

Não existe nada no universo maior do que o próprio Deus, portanto trazemos sua palavra diante da sua presença e oramos segundo as promessas registradas nas

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sagradas escrituras. Essa união entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus libera o poder de Deus através de nossas vidas.

a) O Uso da Palavra - Orar a Palavra é tomar a promessa de Deus e leva-la de volta a Ele, através da oração, no espírito. Veja Isaías 62:6-7 “Sobre os teus muros, ó Jerusalém, pus guardas, que todo o dia e toda a noite jamais se calarão; vós, os que fareis lembrado o SENHOR, não descanseis, nem deis a ele descanso até que restabeleça Jerusalém e a ponha por objeto de louvor na terra”.

Existe poder em nossas palavras, e quando oramos com respaldo bíblico e unção do Espírito Santo, o poder de Deus entra em operação. Mateus 12:37 “porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado.”

Quem ora a Palavra já começa com a resposta. A vontade de Deus é a Sua Palavra e toda oração de acordo com Sua vontade, Ele ouve. A Palavra elevada a Deus em oração, não voltará vazia (Is. 55: l0-11).

b) Orando no Espírito - (Veja 1 Co. 14:14; Ef. 6:18; Jd. 20) Em áreas conhecidas pela mente, podemos aplicar a Palavra escrita, orando de acordo com o nosso entendimento. Mas, quando chegamos ao limite do nosso entendimento, o Espírito Santo vem em nosso auxílio. Existem momentos de tamanha dor, angústia e sofrimento que estamos tão confusos que não sabemos nem por onde começar a orar.

Romanos 8:26-27 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”. Em momentos assim, podemos orar no espírito, pelo Espírito de Deus, e isso, para além de um recurso tremendo, pois oramos em linha com o coração do Pai, é uma arma poderosa contra as forças das trevas.

Romanos 12:2 ”E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

2 Coríntios 10:4-6 “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo, e estando prontos para punir toda desobediência, uma vez completa a vossa submissão”.

Oração de Perseverança: A oração tem terríveis inimigos no reino das trevas, mas Deus nos deu os recursos inesgotáveis da Sua graça para nos conduzir em triunfo. Daniel 10:12-21 revela o conflito espiritual para impedir a resposta às nossas orações. Durante 21 dias o “príncipe da Pérsia” resistiu aos anjos do Senhor, até que foi derrotado. A perseverança em nossas oração é uma característica muito importante.

Pessoalmente creio que já perdi muitas bênçãos espirituais por desfalecer ao longo de meus propósitos de jejum e oração. A preguiça, falta de fé ou simplesmente indiferença podem impedir-nos de ver os sonhos de Deus realizados em nossas vidas.

Tiago 1:4-8 “Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos.”

Tiago 4:7-10 “ Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. Purificai as mãos, pecadores; e vós que sois de ânimo dobre, limpai o coração. Afligi-vos, lamentai e chorai.

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Converta-se o vosso riso em pranto, e a vossa alegria, em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará.”

Ensinou Jesus uma parábola sobre a perseverança na oração: Lucas 18:1 “E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer”

Oração de Guerra: Após a longa descrição de como é a armadura espiritual do cristão, o apóstolo Paulo encerra dizendo: “Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho” Efésios 6:17-19.

Fica claro que a oração tem seu aspecto de batalha espiritual, porém em 2 Coríntios 10:4-5 revela-nos que temos armas, da parte de Deus, para vencer essa batalha. Jesus já nos deu autoridade de ligar e desligar (Mt. 18:18). Podemos lançar mão dessa autoridade e declarar guerra às forças de Satanás, enfrentando-as:

a) Na autoridade do nome de Jesus - A Quem tudo está sujeito!Marcos 16:17-18 “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem:

em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”.

b) Com a arma de combate, que é a Palavra de Deus Ef. 6:17

c) Sob a cobertura do sangue de Cristo e no poder do Espírito SantoApocalipse 12:11 “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do

Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”.

Lucas 4:13-14 “Passadas que foram as tentações de toda sorte, apartou-se dele o diabo, até momento oportuno. Então, Jesus, no poder do Espírito, regressou para a Galiléia, e a sua fama correu por toda a circunvizinhança.”

O inimigo será vencido por um poder maior Mateus 12:28-30 “Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós. Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa. Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.”

1 João 4:4 “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo”.

d) Enfrentamos o inimigo falando diretamente a ele, exercendo nossa fé na obra do Calvário. "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" Tiago 4:7

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Barreiras para as Resposta de Nossas Orações:

Sabemos que Deus não rejeita oração! Todas orações chegam ao trono de glória e são ali depositadas em taças de ouro como um incenso agradável ao Senhor (Ap 5:8). Tenho observado que freqüentemente Deus nos responde com: Sim, Não ou Espere!

Para todas as nossas orações sempre tem uma resposta, ainda que não seja aquela que nós desejávamos. As promessas de Deus são condicionais. Para que alcancemos respostas positivas às nossas orações, há todo um caminho de obediência e soberania divina. Deixaremos aqui alguns tópicos para seu estudo pessoal, sobre os inimigos da oração. Estude-os e certamente lhe trarão muita luz. "Para que não se interrompam as vossas orações." l Pedro. 3:7b.

1. Relacionamentos errados na família (I Pe 3:1,7). O não cumprimento dos deveres dos cônjuges um para com o outro, impede o fluir das orações. A vida conjugal deve ser posta diante de Deus. Quando as orações não estão sendo respondidas, pode haver falha no relacionamento.

2. Dificuldade em perdoar (Mc 11:25). Nossas citações são ouvidas na base de que nossos pecados estão perdoados; mas Deus não pode tratar conosco sobre tal base de perdão, enquanto nós guardamos o mal, o espírito de animosidade ou de vingança contra aqueles que nos ofenderam. Qualquer que guarda espírito de rancor ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para sua própria petição.

3. Contenda e Insubmissão (Tg. 3:16). A contenda é simplesmente agir movido pela falta de perdão. Paulo declara que por causa de contendas Satanás pode tornar cristãos prisioneiros de sua vontade. A ausência de contenda é a chave para afastar a confusão e o mal. Dê a Deus a oportunidade de criar um sistema de harmonia em volta de você e sua vida de oração começará a funcionar.

4. Motivação errada (Tg. 4:3). Um sério obstáculo à oração é pedir a Deus coisas que realmente não necessitamos, com o propósito de satisfazer desejos egoístas. "Quer comais, quer bebais, fazei tudo para a glória de Deus" (I Co, 10:31).Podemos orar por coisas em linha com a vontade de Deus, mas se o motivo for errado, não haverá resposta. O propósito primeiro da oração deve ser a glória de Deus.

5. Todas as formas de desobediência (Is. 59:1,2). Uma atitude de rebeldia ou desobediência à Palavra de Deus fecha os Céus para nós. Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da oração. Uma vida de obediência, porém, abre o caminho à resposta de Deus "e aquilo que pedimos, d'Ele recebemos, porque guardamos os Seus mandamentos, e fazemos diante d'Ele o que Lhe é agradável" (1 Jo. 3:22).

6. Ídolos no coração (Ez, 14:3). Ídolo é toda e qualquer pessoa ou coisa que toma o lugar de Deus na vida de alguém. É aquilo que se torna o objeto supremo da afeição. Aquilo que mais ocupa o nosso pensamento. Deus deve ser supremo em nossa vida.

7. Falta de generosidade para com os pobres e o trabalho de Deus (Pv. 21:13). A recusa de ajudar o que se encontra em necessidade, quando podermos fazê-lo, impede a resposta às nossas orações.

8. Dúvida e incredulidade (Tg, 1:5-7). A dúvida é ladra da bênção de Deus. A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus. A incredulidade é quando alguém sabe

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que há um Deus que responde às orações, e ainda assim não crê em Sua Palavra. E não crer nas promessas é duvidar do caráter de Deus.

9. Apenas leituras sobre oração,mas nada de Orar. A oração é a maior e mais santa das vocações. Saber sobre oração não garante a resposta, mas o pôr a Palavra em operação para receber de Deus aquilo que Ele prometeu.

10. Falta de entendimento da nossa posição em Cristo. Talvez esse seja o maior inimigo. Ignorância quanto aos privilégios e direitos de redenção, isto é, daquilo que Cristo é em nós e do que somos n'Ele. Um desconhecimento da extensão do que Ele fez por nós e direitos, outorgados em Graça, diante do Trono.

11. Uma confissão errada (Rm, 10:9). O Cristianismo é uma grande confissão. Confissão é o reconhecimento verbal do que Deus fez por nós em Cristo (Hb. 3:1; 4;14). Toda confissão dos nossos lábios deve refletir a Palavra de Deus. As confissões em desarmonia com ela estão na origem de muitas orações não respondidas.

12. Depender da fé do outro. A cada crente Deus deu uma medida de fé. Ela veio quando nos tornarmos uma nova criação em Cristo e recebemos a natureza de Deus. Assim como desenvolvemos nossas capacidades físicas e mentais pelo exercício, desenvolvemos nossa fé pelo alimento da Palavra de Deus (Jo. 15 : 7).

Métodos Dinâmicos para Manter a Chama Viva:

Existe um grande número de pessoas, que acreditam em “orações fortes” e “orações fracas”, baseadas na tonalidade da voz e na eloqüência do intercessor.

Isso é muito triste, pois esses preciosos irmãos, por alimentarem um conceito supersticioso sobre oração, tornam-se presas fáceis de líderes manipuladores.

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Deixe-me esclarecer, não existem orações forte, nem orações fracas. O que existe são orações eficientes e orações ineficientes. A base para obtermos uma maior eficácia em nossas orações não é o volume da voz, mas sim nossa integridade e obediência diante do Senhor. Tiago 5:16 “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”

Muitos argumentam dizendo que para Deus não existe nenhuma diferença entre orarmos em silêncio profundo, apenas em pensamentos ou em voz alta. Será que Deus é surdo e precisa que nós oremos em tom audível?

A resposta é simples, Deus não precisa de nossas orações em alta voz, mas nós precisamos muito delas. Oramos em tom audível pois isso facilita muito a nossa capacidade de concentração ao longo da oração.

Costumo dizer que se eu dobrar os meus joelhos para orar apenas em pensamentos durante mais que 10 minutos provavelmente pegarei no sono! Não temos a disciplina mental para passar longos períodos de intercessão sentados ou prostrados orando.

Logo a prática tem demonstrado que a oração pode ser muito mais estimulante quando praticada em tom audível. Isso não significa ficar “nas praças gritando em alta voz para sermos vistos pelos homens” (Lc 18:10-15). Não, nada disso! Apenas experimente orar num volume de voz suficiente para que o som chegue ao seu ouvido!

Quando nosso ouvido recebe aquilo que estamos orando, inúmeras áreas de nosso cérebro são estimuladas e o exercício da oração passa a ser mais fácil. É freqüente em minha vida esse tipo de prática. Gosto muito de caminhar em quanto oro, ou talvez seja o contrário orar em quanto caminho, não sei.

Você pode lavar a louça e exercitar a oração, dirigir o carro e invocar o poder de Deus, aguardar o ônibus e praticar a intercessão, escovar os dentes e falar com o Pai...

Para você desenvolver sua vida de oração, é necessário: determinação, disciplina e resultados.

É muito parecido com o halterofilista que quando inicia seus exercícios não coloca muito peso nos halteres, mas que com a prática vai desenvolvendo seus músculos e ganhando volume de massa muscular. São esses resultados diante do espelho que o estimulam a continuar malhando! Assim é a oração, precisamos desenvolver nossos músculos espirituais a fim de crescermos na fé!

Campanhas de Oração: Muitos líderes estão sendo impactados pelo poder da oração, na medida em que eles vão experimentando isso em sua intimidade com Deus, verificamos que toda a igreja passa a ter a mesma experiência.

É comum líderes convocarem intercessores para jejuar e orar durante os três primeiros dias de cada mês, ao longo de vários anos. Ou ainda promoverem anualmente campanhas de oração durante todo um mês.

Caminhadas ou Marchas de Oração: Imagino que Jesus e seus discípulos ao peregrinarem toda aquela região deveriam ter exercitado inúmeras orações. Josué e seus soldados ao marchar ao redor da grande muralha de Jericó, deveriam estar com medo ou até mesmo inseguros diante da estratégia de conquista orientada por Deus e com certeza também recorreram a oração.

Em diversas cidades do Brasil e em algumas do exterior tive o privilégio de mobilizar marchas de intercessão. A grande dificuldade é derrubar as barreiras denominacionais entre os cristão da região, curar antigas feridas do passado, ministrar a pastores e líderes o poder da confissão de seus antigos pecados, invejas, ciúmes e ambições pessoais para que reino dividido seja unido.

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Convocações Solenes: Já vimos diversos exemplos de convocações solenes no antigo e novo testamento, porém veja o que aconteceu em 1989 na Igreja Evangélica Lutera da América, Comunidade da Alegria, em Fênix, Arizona.

Essa igreja tinha em seu rol de membros sete mil adultos cadastrados, e durante todo o ano de 1989 conseguiu apenas 50 novos membros por mês, no ano seguinte esse número passou para mais de 100 novos membros. O que foi que aconteceu?

O pastor da igreja convocou toda a comunidade para jejuar e orar. Num primeiro momento ele recrutou 30 companheiros de oração e definiram a meta de aumentar esse número para 100 pessoas. Implantaram um programa de treinamento chamado “Faculdade da Oração” e tanto os antigos membros, bem como os novos eram obrigados, convocados, desafiados a participarem de um dos 38 cursos sobre oração, oferecidos pela Faculdade.

O resultado foi uma explosão de crescimento quantitativo e qualitativo dentro da igreja, pela primeira vez em toda a história daquela comunidade as pessoas estavam sendo profundamente transformadas, curadas e confrontadas em seus pecados.

Retiros de Oração: É ideal para pequenos grupos de intercessores. Em grupo ficamos mais estimulados para jejuar, orar e interceder. Geralmente nesses retiros os inscritos não comem café da manhã nem o almoço, apenas uma leve sopa se legumes a noite após as 18:00h.

A maior parte do tempo exercitam os diversos tipos de oração e recebem uma ou no máximo duas palestras sobre o tema. Não pode ser teórico, precisa ser prático.

Boletins ou Agendas de Orações: Procure desenvolver o hábito de anotar quais os assuntos que você tem para conversar com Deus. Relacione seus louvores, agradecimentos, pedidos pessoais e pedidos por terceiros e quando for ter seu momento especial de comunhão com Deus, tenha sempre essa anotação em suas mãos.

Procure fazer contato com Agências Missionárias, elas emitem periodicamente seus boletins de intercessão, com notícias do campo missionário e necessidade de oração.

Relógios de Oração: Sabemos que toda ação missionária da igreja protestante na Europa durante o século XVIII foi antecedida por um grande o Avivamento Moráveo.

A base de todo esse despertamento espiritual foi um gigantesco relógio de intercessão, onde 24 horas por dia, 7 dias por semana, 12 meses por ano ao longo de mais de 100 anos os irmãos moravianos se reuniram para adorar a Deus, orar e interceder.

Muitas igrejas mobilizam 40 dias de jejum e intercessão antes de um grande evento, como por exemplo uma Conferência Missionária. Com freqüência solicito que seja feito um relógio de intercessão por ocasião de um convite e agenda de campanhas de avivamento ou seminários em outras igrejas e cidades.

Fazer um relógio de oração é fácil, experimente mobilizar sua igreja para uma Semana de Intercessão, Jejum e Oração. Pense comigo:

01 Semana = Serão 7 dias24 horas por dia x 7dias = 168 horas03 Pessoas Orando para cada uma das 168 horas = 504 pessoas

envolvidas.

Cada grupo com 3 intercessores passarão apenas uma hora semanal juntos intercedendo em uma sala especialmente reservada para isso na igreja!

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Oração no Monte, na Praia, no Campo: Sair da rotina e fazer algo diferente faz bem para qualquer pessoa, não é diferente quando o assunto esta relacionado a oração.

Organize seus amigos, experimentem passar a noite orando e louvando ao Senhor junto de uma fogueira, na praia ou na beira mar. Gosto muito de fazer caminhas ecológicas e no alto dos montes e ali fazer atos proféticos sobre toda a região vizinha, até onde conseguir visualizar. Seja você também um contador de estrelas.

Amigo Secreto de Oração: É semelhante ao amigo secreto tradicional, porém além da troca de presentes no final, haverá o compromisso de orarmos todos os dias, durante uma semana ou mais pela pessoa secreta.

Jejum Bíblico

O jejum é uma abstinência voluntária de alimentos por um período definido e propósito específico. Ele pode ser total ou parcial. Vem sendo praticado pela humanidade em todas as épocas, nações, culturas e religiões. Pode ser com finalidade espiritual ou até mesmo medicinal, visto que o jejum traz tremendos benefícios físicos com a desintoxicação que produz no corpo.

Com o assustador advento da nova era, a filosofia oriental e suas religiões tem sido amplamente divulgadas em nossa culta, muitas dessas religiões pagãs trazem consigo uma prática assídua do jejum e da alimentação vegetariana, o que tem levantado em nosso meio um certo pré-conceito a esses assuntos.

Graças a Deus a igreja de nossos dias esta re-descobrindo o que a Bíblia diz acerca do jejum. Ensinos distorcidos ou simplesmente nenhum estímulo ao jejum também são freqüentes ainda em nossos dias.

Creio que a Igreja de hoje vive dividida entre dois extremos: aqueles que não dão valor algum ao jejum e aqueles que se excedem em suas ênfases, confundindo-se ao antigo gnosticismo cristão. Penso que Deus queira despertar-nos para a compreensão e prática deste princípio que, sem dúvida, é uma arma poderosa para o cristão.

Não há regras fixas na Bíblia sobre quando jejuar ou qual tipo de jejum praticar, isto é algo pessoal. O princípio básico para essa prática é: “Abster-se voluntariamente de alguma coisa importante a fim de dedicar maior tempo a Deus.”

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Tendo em mente esse princípio afirmo ser possível praticarmos em nossos dias jejum de televisão, festas, excesso de trabalho, ou qualquer outro elemento em nossas vidas.

Na Antiga Aliança o Jejum era Obrigatório? E Hoje?

No Antigo Testamento, na lei de Moisés, os judeus tinham um único dia por ano de jejum instituído: o do Dia da Expiação (Lv.16:29,31 e 23:27), que também ficou conhecido como "o dia do jejum" (Jr.36:6) e ao qual Paulo se referiu como "o jejum" (At.27:9). Depois no período do exílio foram estabelecidos para cada ano, quatro dias de jejum nacional: 1) Pela queda de Jerusalém (Jr 52:6); 2) Pela destruição do templo (2 Rs 25:8,9 e Jr 52:12); 3) Pelo assassinato de Gedalias (2 Rs25:25; Jr 41:1,2); 4) princípio do cerco (2 Rs 25:1; Jr 52:4 e Zc 8:19,20).

Ainda na Antiga Aliança encontramos o jejum relacionado ao:- Luto pelos mortos (1 SM 31:13 e 2 Sm 1:12)- Infortúnio e profunda tristeza (Jz 20:25; 1 Sm 1:7; 20:34; Ne 1:4; Sl

35:13; 109:24 e Jl 1:14; 2:12,15)- Com expressão de dor e arrependimento pelos pecados (Dt 9:18; 1 Sm 7:6;

1 Rs 21:27; Ed 10:6; Ne 9:1; Sl 69:10; Jn 3:5)

Mas no Novo Testamento percebemos que a prática do jejum continua, sem haver ênfase na prática do mesmo como forma de obedecer a lei, mas sim a ênfase esta na disciplina individual de quem o pratica.

Apesar de não haver um imperativo acerca desta prática, a Bíblia esta cheia de menções ao jejum. Fala não apenas de pessoas que jejuaram e da forma como o fizeram, mas infere que nós também jejuaríamos e nos instrui na forma correta de faze-lo.

Muitos educadores falharam de maneira grave ao dizer que, por não haver nenhuma ordem específica para o jejum, então não deveríamos jejuar. Mas quando consideramos o ensino de Jesus sobre o jejum, não há como negar que o Mestre esperava que jejuássemos: "Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuardes, unge a cabeça e lava o rosto, com o fim de não parecer aos homens que jejuas, e sim ao teu Pai, em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." Mateus 6:16-18.

Embora Jesus não esteja mandando jejuar, suas palavras revelam que ele esperava de nós esta prática. Ele nos instruiu até na motivação correta que se deve ter ao jejuar. E quando disse que o Pai recompensaria a atitude correta do jejum, nos mostrou que tal prática produz resultados!

Algumas pessoas dizem que se as epístolas não dizem nada sobre jejuar é porque não é importante, e desprezam o ensino de Jesus sobre o jejum. Isto é errado! Jesus não veio ensinar os judeus a viverem bem a Velha Aliança, Ele veio instituir a Nova Aliança, e todos os seus ensinos apontavam para as práticas dos cidadãos do reino de Deus.

Quando estava para ser assunto ao céu, deu ordem aos seus apóstolos que ensinassem as pessoas a guardar TUDO o que Ele tinha ordenado (Mt.28:20), inclusive o modo correto de jejuar!

O próprio Jesus praticou o jejum, os líderes da Igreja também o faziam. (Atos 13:1-3; 14:23 e 27:9). Registros históricos dos pais da igreja também revelam que o jejum continuou sendo observado como prática dos cristãos durante muito tempo depois dos apóstolos. O jejum, portanto, deve ser parte de nossas vidas e praticado de forma equilibrada, dentro do ensino bíblico.

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Embora o próprio Senhor Jesus tenha jejuado por quarenta dias e quarenta noites no deserto, e muitas vezes ficava sem comer (quer por falta de tempo ministrando ao povo - Mc.6:31, quer por passar as noites só orando sem comer - Mc.6:46), devemos reconhecer que Ele e seus discípulos não observavam o jejum dos judeus de seus dias.

Era costume dos fariseus jejuar dois dias por semana (Lc.18:12), mas Jesus e seus discípulos não o faziam. Aliás, chegaram a questionar Jesus acerca disto: "Disseram-lhe eles: Os discípulos de João e bem assim os fariseus freqüentemente jejuam e fazem orações; os teus, entretanto, comem e bebem. Jesus, porém, lhes disse: Podeis fazer jejuar os convidados para o casamento, enquanto está com eles o noivo? Dias virão, contudo, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim, jejuarão." Lucas 5:33-35.

O Mestre mostrou não ser contra o jejum, e disse que depois que Ele fosse "tirado" do convívio direto com os discípulos (voltando ao céu) eles haveriam de jejuar. Jesus não se referiu ao jejum somente para os dias entre sua morte, ressurreição e reaparição aos discípulos (ao mencionar os dias que eles estariam sem o noivo), e sim aos dias a partir de sua morte.

Contudo, Jesus deixou bem claro que a prática do jejum nos moldes do que havia em seus dias não era o que Deus esperava. A motivação estava errada, as pessoas jejuavam para provar sua religiosidade e espiritualidade, e Jesus ensinou a faze-lo em secreto, sem alarde.

O jejum pode ser uma prática vazia se não for feito da maneira correta. Isto aconteceu no Antigo Testamento, quando o povo começou a indagar: "Por que jejuamos nós, e não atentas para isto? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta?" Isaías 58:3a.

E a resposta de Deus foi exatamente a de que estavam jejuando de maneira errada: "Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto." Isaías 58:3b,4. Por outro lado, o versículo está inferindo que se observado de forma correta, Deus atentaria para isto e a voz deles seria ouvida.

Tiago 1:27 ”A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.”

A motivação do seu coração é a chave para um jejum eficiente. Muitos confundem a disciplina de jejuar para reservar mais tempo ao Senhor com

o ensino errôneo de auto-flagelação. O ensino de algumas religiões chega a ser pecaminoso, nenhuma forma de auto-justiça, auto-piedade, auto-sacrifício será aceita por Deus.

Deus não é um Deus sanguinário que aguarda pelo sofrimento e flagelação de seu povo para em troca abençoa-lo. Não tente cambiar, barganhar, fazer negócio com Deus para em troca obter respostas as suas orações.

Salmos 51:16 “Pois não te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.”

Isaías 58:5-6 “Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?”

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É uma ilusão pensar que qualquer sacrifício pessoal de nossa parte possa comover o coração de Deus, o único sacrifício que Ele reconhece foi aquele oferecido por Jesus na cruz do Calvário! Jejuar e orar acreditando que com esse “sacrifício” você vai conseguir persuadir a Deus a satisfazer seus desejos narcisistas e hedonistas é pecado! Ainda que inconscientemente é um meio de tentar competir com aquilo que Jesus já realizou na cruz do Calvário.

Precisamos e devemos jejuar para exercitarmos nossa vida de oração. Os pais da igreja primitiva reuniam-se semanalmente para consagrar suas vidas e buscarem a Deus, esses encontros eram marcados por jejum e oração.

Sempre que me dedico a longos períodos de jejum e oração, fico muito mais sensível a voz do Espírito Santo. Tenho maior discernimento espiritual das circunstâncias que estão ao meu redor. Sempre que meu organismo reclama por alimento, lembro-me que preciso orar mais um pouco.

Porém assim que observo estar passando mau, ou que meu rosto já está tão desfalecido que todos percebem, oro a Deus entregando aquele período de jejum e procuro alimentar-me.

Quando entramos em longos períodos de jejum e oração, precisamos preparar nosso organismo para o mesmo, e mesmo depois ao terminarmos períodos com mais de 7 ou 10 dias de jejum ininterrupto, precisamos absorver alimentos leves.

Para quem nunca jejuou e orou, parece impossível passar 10 dias seguidos em jejum total de alimentos, apenas bebendo líquidos. Porém quero lhe dizer que a maior dificuldade será o apenas os três primeiros dias, depois deles a dor de cabeça vai embora, a dificuldade para pegar no sono desaparece e seu organismo começa a absorver energia de suas reservas.

Porém se você não esta acostumado a passar longos períodos em jejum, não fique frustrado. Você pode jejuar três dias seguidos e todas as noites fazer um lanche leve ou ainda fazer jejum de apenas 24 horas. Lembre-se que o Espírito Santo nos ajuda em nossas fraquezas.

Não recomendo a ninguém praticar o jejum absoluto, aquele em que até o líquido foi eliminado. Existem evidências de que Moisés quando recebeu as tábuas da lei praticou esse tipo de jejum, (Êx 34:28 e Dt 9:9) e Elias (1 Rs 19:8). Acredito que ele só possa ser praticado por um meio sobrenatural.

O próprio Senhor Jesus ao jejuar no deserto, depois de 40 dias e 40 noites teve “fome” e que foi tentado a “comer” e não a beber. O texto não fala que Ele teve sede, o que nos leva a crer que Ele tenha feito abstinência apenas de alimentos e não líquidos (Mt 4:1-3, 11). Outro aspecto interessante é que Ele foi levado, impelido, conduzido pelo Espírito Santo a esse longo período de jejum e que “não teve fome” durante os dias de consagração.

Podemos perfeitamente jejuar e orar enquanto seguimos nossa rotina semanal, de estudos, trabalhos e demais compromissos. Veja o que diz 1 Reis 19:8 “Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus”. Quem quer encontrará um meio, quem não quer encontrará uma bela desculpa.

"O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes, durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível ao Espírito de Deus". K. H.

Vejamos alguns exemplos bíblicos de jejum:

Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm.6:3,4);

Arrependimento de pecados – Samuel e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (I Sm.7:6, Ne.9:11);

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Luto – Davi jejua em expressão de dor pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (II Sm.1:12 e 3:35);

Aflições – Davi jejua em favor da criança que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (II Sm.12:16-23); Josafá apregoou um jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e amonitas (II Cr.20:3);

Buscando Proteção – Esdras proclamou jejum junto ao rio Ava, pedindo a proteção e benção de Deus sobre sua viagem (Ed.8:21-23); Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei (Et.4:16);

Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros que estavam enfermos (Sl.35:13);

Intercessão – Daniel orando por Jerusalém e seu povo – 21 dias (Dn.9:3, 10:2,3);

Preparação para a Batalha Espiritual – Jesus mencionou que determinadas castas só sairão por meio de oração e jejum, que trazem um maior revestimento de autoridade (Mt.17:21);

Estar com o Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc.2:37);

Preparar-se para o Ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter sido cheio do Espírito Santo e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc.4:1,2);

Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao Senhor (At.13:2);

Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At.13:3);

Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At.14:23).

Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo de ter jejuado (II Co.6:3-5;

11:23-27). Diferentes Formas de Jejum:

Jejum PARCIAL. - Normalmente o jejum parcial é praticado em períodos maiores ou quando a pessoa não tem condições de se abster totalmente do alimento (por causa do trabalho, por exemplo). Lemos sobre esta forma de jejum no livro de Daniel:

"Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que se passaram as três semanas." Daniel 10:2,3.

O profeta Daniel diz exatamente o quê ficou sem ingerir: carne, vinho e manjar desejável. Provavelmente se restringiu à uma dieta de frutas e legumes, não sabemos ao certo. O fato é que se absteve de alimentos, porém não totalmente.

E embora tenha escolhido o que aparentemente seja a forma menos rigorosa de jejuar, dedicou-se à ela por três semanas. Em outras situações Daniel parece ter feito um jejum normal (Dn.9:3), o que mostra que praticava mais de uma forma de jejum. Ao fim deste período, um anjo do Senhor veio a ele e lhe trouxe uma revelação tremenda.

Jejum NORMAL. - É a abstinência de alimentos mas com ingestão de água. Foi a forma que nosso Senhor adotou ao jejuar no deserto. "Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo Diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome." Mateus 4:2.

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Jejum TOTAL - É abstinência de tudo, inclusive de água. Na Bíblia encontramos poucas menções de ter alguém jejuado sem água, e isto dentro de um limite: no máximo três dias. A água não é alimento, e nosso corpo depende dela a fim de que os rins funcionem normalmente e que as toxinas não se acumulem no organismo. Há dois exemplos bíblicos deste tipo de jejum, um no Velho outro no Novo Testamento:

Ester, num momento de crise em que os judeus (como povo) estavam condenados à morte por um decreto do rei, pede a seu tio Mardoqueu que jejuem por ela: "Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se perecer, pereci." (Ester 4:16).

Paulo, na sua conversão também usou esta forma de jejum, devido ao impacto da revelação que recebera: "Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu" (Atos 9:9).

Não há qualquer outra menção de um jejum total maior do que estes (a não ser o de Moisés e Elias numa condição sobrenatural). Veja Dt 9:9, Ex 34:28 e 1 Rs 19:8.

A medicina adverte contra um período de mais de três dias sem água, como sendo nocivo. Devemos cuidar do corpo ao jejuar e não agredi-lo; lembre-se de que estará lutando contra sua carne (natureza e impulsos) e não contra o seu corpo.

A Duração do Jejum:

1 dia - O jejum do Dia da Expiação 3 dias - O jejum de Ester (Et.4:16) e o de Paulo (At.9:9); 7 dias - Jejum por luto pela morte de Saul (I Sm.31:13); 14 dias - Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio

(At.27:33)21 dias - O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn.10:3); 40 dias - O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc.4:1,2);

Bíblia fala de Moisés (Ex.34:28) e Elias (I Re.19:8) jejuando períodos de quarenta dias. Porém vale ressaltar que estavam em condições especiais, sob o sobrenatural de Deus. Moisés nem sequer bebeu água nestes 40 dias, o que humanamente é impossível.

Mas ele foi envolvido pela glória divina. O mesmo se deu com Elias, que caminhou 40 dias na força do alimento que o anjo lhe trouxe. Isto é um jejum diferente que começou com um belo "depósito", uma comida celestial. Jesus, porém, fez um jejum normal com esta duração.

Muitas pessoas erram ao fazer votos ligados à duração do jejum... Não aconselho ninguém fazer um voto de quanto tempo vai jejuar, pois isso te deixará "preso" no caso de algo fugir ao seu controle. Siga o conselho bíblico:

"Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras". Eclesiastes 5:4-5.

É importante que haja uma intenção e um alvo quanto à duração do jejum no coração, mas não transforme isto em voto. Já intentei jejuns prolongados e no meio do caminho fui forçado a interromper. Mas também já comecei jejuns sem a intenção de prolongá-lo e, no entanto, isto acabou acontecendo mesmo sem ter feito os planos para isto.

O Jejum Prolongado:

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Há algo especial num jejum prolongado, mas deve ser feito sob a direção de Deus. Conheço irmãos que tem jejuado por trinta e até quarenta dias, embora eu, pessoalmente, não tenha feito um jejum tão longo. Cada um deles confirma ter recebido de Deus uma direção para tal.

Vale ressaltar também que certos cuidados devem ser tomados. Não podemos brincar com o nosso corpo. Uma dieta para desintoxicação do organismo antes do jejum é recomendada, e também na quebra do jejum prolongado (mais de 3 dias).

Podemos Falar que Estamos Jejuando?

Algumas pessoas são extremistas quanto a discrição do jejum, enquanto outras, à semelhança dos fariseus, tocam trombeta diante de si. Em Mateus 6:16-18, Jesus condena o exibicionismo dos fariseus querendo parecer contristados aos homens para atestar sua espiritualidade.

Ele não proibiu de se comentar sobre o jejum, senão a própria Bíblia estaria violando isto ao contar o jejum que Jesus fez... Como souberam que Cristo (que estava sozinho no deserto) fez um jejum de quarenta dias? Certamente porque Ele contou! Não saiu alardeando perante todo mundo, mas discretamente repartiu sua experiência com os seus discípulos.

Eu, particularmente, comecei a jejuar estimulado pelo relato das experiências de outros irmãos. Depois é que comecei (aos poucos) a entender o ensino bíblico sobre o jejum. E louvo a Deus pelas pessoas que me estimularam! Sabe, precisamos tomar cuidado com determinadas pessoas que não tem o que acrescentar à nossa edificação e somente atacam e criticam.

Lembro-me que o primeiro jejum que fiz na minha adolescência, teve a duração de 24 horas, cortei só o alimento e tomei muito líquido ao longo do dia.

Desafio: Haverá períodos em que o Espírito Santo vai nos atrair mais para o

jejum, e épocas em que quase não sentiremos a necessidade de faze-lo. Já passei longos períodos sem receber nenhum impulso especial para jejuns de mais de três dias e, mesmos estes, foram poucos. E houve épocas em que, seguidamente sentia a necessidade de faze-lo.

Porém, penso que o jejum normal de um dia de duração é algo que os cristãos deveriam praticar mais, mesmo sem sentir nenhuma "urgência" espiritual para isto.

Devemos ser sensíveis e seguir os impulsos do Espírito de Deus nesta área. Isto vale não só para começar a jejuar mas até para quebrar o jejum. Já fiz jejuns que queria prolongar mais e senti que não deveria faze-lo, pois a motivação já não era mais a mesma... ou estava tão atarefado que o jejum espiritual havia se transformado em uma “greve de fome”, pois eu não estava orando.

Encerro desafiando-o a praticar mais o jejum, e certamente você descobrirá que o poder desta arma que o Senhor nos deu é difícil de se medir com palavras. A experiência fortalecerá aquilo que temos dito. Que o Senhor seja contigo e te guie nesta prática!

Regras Práticas para uma Equipe de Intercessão:

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Em todo agrupamento de pessoas, sempre surgem problemas de relacionamento e espirituais. Porém em grupos de louvor e adoração e equipes de ministração espiritual esses cuidados precisam ser dobrados.

Existem diversas maneiras e formas de se conduzir uma equipe de intercessão. Tenho desenvolvido alguns princípios que quando aplicados a esses grupos de ministração espiritual tem apresentado significativos resultados:

- Nunca ministre fora da autorização e supervisão de um líder espiritual ou pastor.

- Preste atenção aos intercessores mais experientes, aprenda com eles. Não tente imita-los, mas esteja aberto a fazer de modo diferente do que esta habituado a presenciar. Sirva como Apanhador durante um período.

- Nunca julgue uma manifestação espiritual com ar de crítica, muito menos comente com outras pessoas sua opinião. O Espírito Santo não precisa de suas opiniões. Caso você não entenda alguma manifestação que tenha acontecido durante o período de intercessão, procure seu líder espiritual ou pastor para única e exclusivamente com ele esclarecer suas dúvidas. Caso seja manifestação carnal, cabe apenas ao líder espiritual ou pastor a tarefa de tratar reservadamente o caso, não aos intercessores.

- A Bíblia nos ordena a julgar/provar as profecias e não aos profetas.

- Deus é doido, Ele costuma nos surpreender com manifestações ainda mais doidas. Não seja religioso, nem fariseu... o maior problemas das equipes de ministração é quando religiosos se infiltram e ficam convencidos de são avivados.

- Antes de interceder pela pessoa, ore pedindo a Deus que lhe revele o coração dela, suas necessidades e o conteúdo da ministração. Depois de orar por ela, se perceber que Deus não lhe trouxe nenhuma revelação ou direção para orar, comece a conversar com ela e pergunte-lhe se tem algum pedido de oração.

- Nunca chegue atrasado a uma reunião, culto ou vigília, caso chegar atrasado procure seu líder para justificar-se. Jamais ministre as pessoas sem antes preparar o seu coração.

- Membros de uma Equipe de Intercessão, tem a obrigação de chegar no mínimo uma hora antes do início da reunião, a fim de conversarem sobre a direção do culto, confessarem uns aos outros eventuais pecados que tenham cometido, receberem a ministração e unção com óleo do líder encarregado e principalmente para manifestarem o poder de Deus na reunião.

- Você não faz absolutamente nada, você é um mero facilitador do mover do Espírito Santo sobre a pessoa que esta sendo ministrada.

- Demonstre Ordem, Segurança, Cooperação e Submissão. Assim sua vida estará livre de qualquer tipo de retaliação espiritual. É comum intercessores insubmissos e rebeldes serem poderosamente usados por Deus ao estarem debaixo da unção de um lider espiritual e depois sentirem ataques malignos em áreas pessoais como: casamento, finanças, saúde física. Normalmente são intercessores insubmissos que não concordam com seu líder e saem falando mal, não o procuram para conversar ou ainda se levantam para manipular membros da igreja. Você tem o direito de não permanecer debaixo de uma

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determinada liderança espiritual, mas você não tem o direito de estar institucionalmente debaixo dessa liderança e no seu coração não a reconhecer e honrar como tal.

- Nunca deixe que o sol se ponha sobre a sua ira. Quando algum líder, pastor ou pessoa da equipe errar com você, procure-o antes de ir embora para conversar e orar juntos pelo acontecimento. A transparência é a chave do crescimento.

- Sempre que o Espírito Santo lhe der uma revelação, através de palavra de sabedoria, palavra de conhecimento ou discernimento de espíritos a respeito de qualquer pessoa ore e ministre segundo a direção recebida e depois da ministração, ESQUEÇA! Nunca comente com outros aquilo que Deus revelou a respeito de determinada pessoa, principalmente se ela não estiver presente. Apenas ministre a pessoa se você tiver autorização, caso contrário apenas ore e interceda a distância.

- Jamais faça comentários a respeito da vida íntima de outra pessoa, com o intuito de “orar por ela”. Todo fofoqueiro utiliza esse argumento para espiritualizar seu desejo de degradar a imagem do outro.

- Existe casos na equipe em que a liderança poderá proibir a ministração entre pessoas de sexos opostos. Isso nem sempre é uma regra inflexível, mas quando receber uma direção desse tipo, obedeça, isso irá proteger você!

- Quando estiver em igrejas ou ministérios diferentes, certifique-se da autorização para ministrar a qualquer pessoa. Ainda que o Espírito Santo lhe dê uma revelação clara a respeito de alguém e seu respectivo problema, não ministre em quanto não tiver obtido autorização para isso. Peça a autorização, e não tente pressionar o líder pelo simples fato de ter recebido uma revelação. Isso por si só não o qualifica para orar ou ministrar em ninguém. O líder pode preferir orar pessoalmente pelo assunto revelado. Caso não receba tal autorização, não tem problema nenhum, simplesmente ore em seu lugar sem ministrar pessoalmente.

- Sempre ore com os olhos abertos, evite fechar os olhos enquanto estiver ministrando a outra pessoa. Quando possível ministre com um ou dois parceiros e observe as manifestações na pessoa por quem estiver orando.

- Quando o pregador fizer algum apelo específico em sua mensagem, comece orando sobre o tema da pregação e depois ministre sobre eventuais assuntos que possam surgir em sua mente ou a pessoa pedir.

- É comum líderes espirituais ou pastores testarem o nível de maturidade de sua equipe, e esporadicamente darem ordens difíceis de serem cumpridas sem justificarem as razões. Esteja atendo ao Espírito Santo, geralmente essas ordens são exatamente aquilo que o intercessor mais detesta de fazer. Você estará sendo testado e avaliado por sua reação.

- Nunca se precipite em impor a mão para orar. Pergunte ao Espírito Santo se o deve fazer, naquele instante e naquela circunstância.

- Nunca tome decisões que não são de sua responsabilidade, em caso de necessidade pergunte ao líder se pode fazer. Por exemplo: ligar ou desligar o ventilador ou ar condicionado; aumentar ou baixar o volume do som; dar

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algum depoimento ou testemunho; sugerir alguma música para ser cantada; etc.

- Nunca diga para seu líder ou pastor o que ele precisa fazer. Existe muita falsa espiritualidade dentre de nossas igrejas, pessoas doentes, insubmissas e autoritárias geralmente recorrem a arte da bajulação para conseguir impor suas opiniões pessoais. Quando não conseguem por esses meios, tentam formar na maior parte do grupo um conceito, uma opinião diferente a do líder ou pastor. Geralmente essas pessoas são verdadeiramente cheias de boas intenções, porém os meios que utilizam são pecaminosos. Fique atento a esse tipo de intercessor ou voluntário, eles sempre estão presentes!

- Caso sua vida espiritual com Deus não estiver muito boa, evite ministrar as pessoas. Acredito que Deus possa usar sua vida, mesmo quando você estiver passando pelo pior dos Vales de Ossos Secos de sua história, mas talvez o melhor para você seja se preservar em determinadas situações. Não se preocupe com o que os outros vão pensar a seu respeito, será muito mais constrangedor quando Deus levantar alguém em mistérios para denunciar seu pecado ou um endemoninhado debochar de você.

- Nunca devemos dar crédito ao que um demônio manifesto falar nos momentos que antecedem a expulsão. É anti-ético ficar conversando com pessoas possessas diante da igreja e expondo-as ao constrangimento. Já vi pessoas em estado de possessão mentir dizendo que determinado diácono estava roubando todos os cultos o dinheiro das ofertas sendo que aquele diácono que foi acusado nunca teve a tarefa de contar o dinheiro naquela igreja. Lembre-se o diabo veio para roubar, matar e destruir, ele é o pai da mentira.

- Utilize roupas que lhe dê mobilidade, tenha sempre boa hálito e uma boavida de oração. Quando ministrar libertação não tenha medo nem seja tímido.

- Procure ficar sempre até o final da reunião, caso isso não seja possível ao sair da local ore a Deus pedindo proteção, cobertura e revestimento espiritual. Quando estamos em aliança com nossas autoridades espirituais, apesar de muitas vezes termos cometido os piores pecados o inimigo não encontra brechas para nos atacar. Haverão brechas caso sua liderança não esteja sabendo mediante a confissão de seus pecados e você não compartilhe com seu pastor seu julgo espiritual.

Informações Importantes Sobre os Sinais do Reino:

“É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro...” Hebreus 6:4-5.

Muito mais que apenas experimentar a “boa palavra de Deus”, o Senhor deseja que você experimente os “poderes do mundo vindouro”. Estamos vivendo na atual dispersão da graça de Deus. É nesta era Deus tem aberto pequenas janelas da era vindoura e manifestado durante pequenos períodos e em determinados um pouquinho dos “poderes da mundo/era vindoura”.

Existe um problemas quando pessoas pensam que já estão vivendo na eternidade e que cristãos verdadeiros não podem contrair enfermidades, terem dívidas ou passarem por problemas. Toda teologia que afirma isso esta confusa.

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O fato é que Deus promete fazer com que os Sinais do Seu Reino sigam as nossas pregações, as vezes esses sinais são interiores outras são exteriores e facilmente visíveis. Curas, libertações, milagres sobrenaturais ou um simples pecador que confessa e se arrepende de seus pecados nada mais são que sinais do Reino de Deus, liberalmente manifestos em nossa atual era.

Quando os céus são abertos sobre determinadas reuniões de orações e o Espírito Santo encontra sede, fome e liberdade para agir, Ele vem como um vento impetuoso e faz um verdadeiro rebuliço em nosso meio. Muitas pessoas não entendem isso, outras tem medo e outras simplesmente se rendem ao mover do Espírito Santo.

Quero estimular sua fé a fim de vê-lo recebendo maior transferência de poder.

Ao chamar intercessores para ministrar, tenha em mente alguns conselhos muito úteis para facilitar o recebimento e a transferência de poder:

- Buscar a Deus e não à Experiência

- Não precisamos de nenhuma simulação, nem ações na carne, existem dois tipos de pessoas que problemáticas: Aquelas que vêem a frente pensando em “descansar” premeditadamente ou aquelas que vêem a frente pensando em “resistir” a ministração e não descansar.

- Experiências são individuais, não cobice nem tenha inveja da experiência dos outros. Deus sabe melhor que você como manifestar seu poder em sua vida.

- Peça para o Espírito Santo ensina-lo a dar-lhe mais liberdade.

- Não Coloque Deus dentro de seus Paradigmas, nem tente ensina-lo a como agir em sua vida, peça para Ele quebrar seus bloqueios interiores.

- Talvez você precise pedir perdão por ter Duvidado, Criticado ou Debochado do mover do Espírito Santo em outras ocasiões.

- Saia da ANÁLISE e passe para o ROMANCE.

- O espírito do Profeta esta sujeito ao Profeta, em nenhum momento você perderá a consciência ou entrará num estado de alucinógeno. A qualquer instante você poderá Bloquear a Ação do Espírito Santo em sua vida ou pedir-lhe mais intensidade. Você é quem escolhe!!!

- Não tenha pressa para levantar, ore e converse com Deus.

- Evite orar durante a ministração, procure se concentrar em Deus e invocar a manifestação de seu poder sobre sua vida. Jamais esvazie sua mente, muito pelo contrário, encha sua mente com a palavra de Deus e com a presença Dele.

Unção da Paz: É comum ficar fraco, vai amolecendo o corpo e perde suas forças até descansar no Espírito Santo e ficar caído, a pessoa não perde a consciência nem fica tomada por uma força maior.

Recebimento de Poder: Muito diferente da Unção da Paz, normalmente as pessoas tremem, gemem, gritam, pulam, sacodem os braços ou pernas, ficam balançando para frente e para trás, caem no chão e ficam tremendo... Sentem eletricidade pelo corpo, as mãos pegam fogo e ficam ardendo. Pode sair aromas

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perfumados. É quando a maioria das polêmicas são criadas, pois os ímpios nunca ficam escandalizados com o poder de Deus, apenas os fariseus.

Unção de Cura: Geralmente as mãos ficam formigando, ou muito quentes. Na região onde esta sendo curado aumenta significativamente o calor. Palavra de Sabedoria ou Palavra de Conhecimento são freqüentes durante essas ministrações.

Libertação: É comum sentir dor de cabeça, dor na nuca, muito medo e pavor, vergonha exagerada, pensamentos de rejeição, raiva, ódio, vontade de atacar o pregador. Falta de Ar, Garganta Sufocada, Náuseas, Ânsea de Vômito, Ficar com o corpo todo rígido, os dedos retorcidos, tonto, acelerar o coração. Geralmente a pessoa apaga e não tem consciência do que esta acontecendo ao seu redor.

BIBLIOGRAFIA:

Bíblia Sagrada – tradução em português por João Ferreira de Almeida; Edição Revista e Atualizada no Brasil; Sociedade Bíblica do Brasil; Brasília, DF; 1969.

Bíblia de Estudo Pentecostal – Publicado por CPAD; Donald C. Stamps; Deerfield, Flórida; 1995.

Buckland – Dicionário Bíblico Universal – Editora Vida; São Paulo, SP; 1997.

Charles G. Finney - Uma Vida Cheia do Espírito; Editora Betânia; Belo Horizonte, MG; 1980.

Randy Clark - Aprendendo a Ministrar Debaixo da Unção; Global Awakening; Harrisburg, Pennsylvania; 2000.

Randy Clark – Manual de Treinamento; Global Awakening; Harrisburg Pennsylvania; 1999.

R. A. Torrey - Poder Espiritual; Editora Betânia; Venda Nova, MG; 1992

Josué Gonçalves – Oração, Mantendo a Chama Acesa; Editora Mensagem para Todos; Bragança Paulista, SP; 1998.

Watchman Nee – Oremos; Editora Vida; São Paulo, SP; 1998.

Paul Y. Cho e R. Whitney M. – Oração A Chave do Avivamento; Editora Betênia; Belo Horizonte, MG; 1986.

Lawrence e Frank Laubach – Praticando a Presença de Deus; Editora Danprewan; Rio de Janeiro, RJ; 1973.

John. R. W. Stott – Batismo e Plenitude do Espírito Santo; Editora Nova Vida; São Paulo, SP; 1986.

Dutch Sheets – Oração Intercessória; Editora Atos; Belo Horizonte, MG; 1999.

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Jack W. Hayford – Orar é Invadir o Impossível; Editora vida; São Paulo, SP; 1998.

Lourenço e Estefania Kraft, Neuza Itioka – Como Gerar um Movimento de Oração; Editora Sepal; São Paulo, SP; Abril de 1994.

Derek Prince - Standing in the Gap; NEW WINE Magazine; P.º Box Z, Mobile, AL 36616 E.U.A; fevereiro de 1980.

Milhomens, Valnice – Escola de Oração; ISEJEC, São Paulo, SP; 2003.

Milhomens, Valnice - Série Escola de Oração; Artigo publicado no site www.bibliaworldnet.com.br

John Walker – Sangue e Fogo Morávio; Revista Herald of His Coming.

Luciano Subirá – Acerca do Jejum; artigo publicado no site www.evangelicos.com.br

Márcio Valadão – Obstáculos para a Oração; artigo publicado no site www.imcentral.org.br

Avivamentos nos Dias Atuais - Revista de Estudos Bíblicos Aleluia; artigo publicado no site www.editoraaleluia.com.br

Renata Gomes – O que é Oração?; artigo retirado do site www.ejesus.com.br

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APÊNDICE IA Oração Cristã

A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste tem um providencial cuidado sobre nós (Mt 6.26,30; 10.29-30). Ele é “cheio de terna misericórida” (Tg5.11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. Não existem orações que Deus não ouve! Ele ouve a todas as nossas orações. Nem sempre Ele as responde como nós desejamos.

A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp 4.6), embora Deus saiba de tudo o aquilo que necessitamos, antes de Lhe pedirmos (Mt 6.8,32). A sua resposta pode ser demorada ( Lc 11.5-10); talvez a oração seja importuna (Lc 18.1-8), e repetida, como no caso de Jesus Cristo (Mt 26.44); pode a resposta não ser bem como pedimos (II Co 12.7-9); porém o cristão deve pôr toda a sua ansiedade de lado, descansando na paz de Deus (Fp 4.6-7).

Não falando na oração relacionada com o culto, ou na oração em períodos estabelecidos (Sl 55.17; Dn 6.10), orava-se quando e onde era preciso: dentro do “grande peixe” (Jn 2.1); sobre os montes (I Rs 18.42; Mt 14.23); no terraço das casas (At 10.9); num quarto interior (Mt 6.6); na prisão (At 16.25); na praia (At 21.5). O templo era chamado de “casa de oração” (Lc 18.10), e todos aqueles que não podiam estar no templo, voltavam-se para ele, quando oravam (I Rs 8.32; II Cr 6.34; Dn 6.10).

Notam-se várias posições nas oração, tanto no A.T. como no N.T.: Em pé (I Sm 1.10,26; Lc 18.11); de joelhos (Dn 6.10; Lc 22.41); curvando a cabeça, e inclinando-a à terra (Ex 12.27; 34.8); prostrado (Nm 16.22; Mt 26.39). Em pé ou de joelhos, na oração as mãos estavam estendidas (Ed 9.5), ou erguidas (Sl 28.2; compare com I Tm 2.8).

As manifestações de constrição e de dor eram algumas vezes acompanhadas de oração (Ed 9.5; Lc 18.13); e era também muito barulhenta, “com alta vozes,”... “muitos no entanto levantavam as vozes com gritos de alegria” “as vozes se ouviam de mui longe.” ( Ed 3.11-13) semelhante as igrejas pentecostais que fazem orações e pregações mui barulhentas...

A oração intercessora (Tg 5.16-18) é prescrita tanto no A.T. como no N.T. ( Nm 6.232; Jó 42.8; Is 62.6-7; Mt 5.44; I Tm 2.1).

Alguns Exemplos de Intercessão Eficaz:

Moisés e o povo de Israel (Êx 32.31-32),Davi (II Sm 24.17; I Cr 29.18),Estêvão (At 7.60);Paulo (Rm 1.9),

Solicitações de orações intercessoras encontram em Êx 8.8, Nm 21.7; I Rs 13.6; At 8.24; Rm 15.30-32; e as respostas a essas orações em Êx 8.12-13 e Nm 21.8-9; I Rs 13.6; At 12.5-8. Compare com II Co 12.8.

O próprio exemplo de Jesus Cristo a respeito da oração é decisivo. Ele indicou o fundamento sobre o qual repousa a crença na oração, e que é o cuidado providencial de um Pai Onisciente (Mt 7.7-11).

Ele ensinou aos discípulos como deviam orar (Mt 6.5-15; Lc 11.1-13); assegurou-lhes a certeza da resposta de Deus a uma oração reta (Mt 7.7; 18.19; 21.22; Jo 15.7 e 16.23-24); associou a oração com a vida de obediência (Mc 14.38; Lc 21.36); também nos anima a sermos persistentes e mesmo importunos na oração (Lc 11.5-8 e 18.1-7); procurou os lugares retirados para orar (Mt 14.23; 26.36-46; Mc 1.35; Lc 5.16).

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Ele fez uso da oração intercessora na súplica, conhecida pela designação da sua alta oração sacerdotal (Jo 17); orou durante a agonia da cruz (Mt 27.46; Mc 15.34; Lc 23.34,46). A oração em nome de Jesus é autorizada pelo próprio Jesus (Jo 14.13-16) e Paulo a praticava em (Ef 5.20, Cl 3.17).

O Espírito Santo também intercede por nós, e não “Maria” ou qualquer outro “santo” como pensam os católicos. (Rm 8.26). Segundo o autor Watmanne, em seu livro “Oremos”, ele afirma que “oração nada mais é do que declarar na terra os desejos de Deus no céu. É conhecer o coração do Pai e declarar a sua vontade, até que ela se cumpra aqui na terra.”

Oração nada mais é do que isto. Estar conversando diretamente com Deus, um Deus que se faz presente em nossas vidas e em qualquer lugar onde o invocarmos, um Deus que não se limita ao racionalismo humano nem tão pouco as doutrinas elaboradas por homens, um Deus que não opera somente através da sua Palavra, Batismo, Santa Ceia, mas opera também por inúmeras e incompreensíveis formas.

As Sagradas Escrituras estão cheias de evidências de que o nosso Deus opera das mais inesperadas, anti-lógicas e sobrenaturais formas. O Senhor têm se revelado através de profecia, visões, palavra do conhecimento, revelação, pregação da palavra, hinos de louvor, são inumeráveis as formas pelas quais Deus tem falado ao coração dos homens...

A idéia de que tais manifestações espirituais, como por exemplo: visões, profecias, curas, expulsões demoníacas, línguas estranhas, ressuscitar mortos, pegar em serpentes, beber veneno sem efeitos nocivos, unções com óleos ou recebimento de dons espirituais sob imposição de mãos dos presbíteros; foram manifestações espirituais restritas aos apóstolos da igreja primitiva é uma idéia infeliz que limita Deus a uma caixinha de fósforo.

APÊNDICE IIVocê Precisa Orar

Como filho de Deus, você precisa conversar com seu Pai celestial. Mesmo achando que não sabe falar com ele, experimente! Ele terá prazer em ouvir e responder às suas orações.

1 - Ore sozinho, diretamente ao Pai. Jesus disse: “Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, orarás a teu Pai”. Mateus 6.6

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2 - Ore com humildade. Deus resiste aos _______________, contudo aos humildes concede a sua _______________.” I Pedro 5.5

3 - Ore em Nome de Jesus. Jesus disse: “Ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14.6 “E tudo a quanto_______________ em meu _______________, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedires alguma coisa em meu nome, eu o farei.” João 14.13-14 Nada de outros intermediários, apenas Jesus.

4 - Ore de consciência pura. Se tiveres cometido pecados, confesse-os. “Se eu atender à iniqüidade em meu coração, o Senhor não me ouvirá.” Salmo 66.18. Por outro lado , “Se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos dele recebemos.” I João 3.21-22. Se você tiver ofendido ou prejudicado a alguém, procure a esta pessoa, peça-lhe perdão e faça o acerto que for necessário.

5 - Ore com ações de graça. Não esqueça de dizer: “Obrigado, Pai.” “Em _______________ daí graças, porque esta é a _______________ de Deus em Cristo Jesus para conosco.” I Tessalonicenses 5.18.

6 - Ore diariamente. Tenha uma hora e lugar para orar diariamente, de preferência sempre à mesma hora. Cedinho, pela manhã, é excelente ocasião para buscar a presença do Pai. “Pela manhã ______________________________ ó Senhor; pela manhã _______________ a ti, e ficarei esperando.” Salmo 5.3. Lutero certa ocasião disse: “Se eu não dispensar duas horas em oração todas as manhãs, o diabo terá vitória o dia inteiro.”

7 - Ore esperando receber a resposta. “Tudo quanto em oração pedires, _______________ que recebestes, e será assim convosco.” Marcos 11.24

8 - Ore com naturalidade, usando suas próprias palavras. Não procure imitar orações dos outros e nem fique repetindo palavras vazias ensinadas por outros. “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.” Mateus 6.7. Cada um tem sua própria maneira de se expressar, fuja da formalidade e do intelectualismo.

9 - Ore segundo a vontade de Deus. “E esta é a _______________ que temos para com ele, que, se _______________ alguma cousa segundo a sua _______________, ele nos ouve. E se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.” I João 5.14-15

10 - Ore com persistência. Se a resposta não vier imediatamente, continue orando e diga a Deus que crê que a resposta virá. “_______________ e dar-se-vos-á; _______________, e achareis; _______________ e abrir-se-vos-á.” Lucas 11.9

11 - Ore com um companheiro. Sempre que possível procure estar com os irmãos orando. Cada pessoa deve orar sozinho, mas existem momentos em que precisamos de um parceiro. “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Mateus 18.20. Procure tomar posse desta promessa !!!

12 – Peça a Deus o dom de orar em línguas estranhas e em “mistérios com Deus”. As pessoas que receberam esse dom devem procurar praticá-lo sempre, pois quem fala em línguas fala melhor com Deus, não fala a homens. Comunica-se diretamente com Deus sem a interferência de sua mente pecadora, carnal e humana (I Co 14.2).

Devemos falar em línguas porque assim falamos em mistérios, Deus estará nos concedendo compreensão de assuntos que acontecem no Reino do Espírito e que

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racionalmente não conseguiríamos compreender; Deus nos concede esta compreensão quando oramos em mistérios.

Em línguas nosso espírito fala diretamente com Deus, pois nossa mente fica infrutífera (I Co 14.14). Devemos falar em línguas porque assim recebemos edificação pessoal (I Co 14.4). Devemos orar em línguas porque isso serve de sinal para os incrédulos (I Co 14.22). Paulo falava em Línguas, e dava graças a Deus por este Dom (I Co 14.18). Também desejava que todos falassem em outras línguas e desejava mais ainda que profetizassem (I Co 14.5), mas no entanto ele nos adverte quanto ao perigo de super valorizarmos este dom e quem o possui, como se eles fosse maiores e mais importantes do que os demais dons e irmãos que possuem outros Dons (I Co 12.12-31).

Não devemos orar para escândalo nem confusões (I Co 14.33), nem proibir o falar em outras línguas (I Co 14.39), mas aqueles irmãos que receberam este dom devem pedir também o dom de interpretação das línguas (I Co 14.13) pois então não será somente a pessoas que esta orando em mistérios que receberá edificação e sim toda a igreja (I Co 14.2-5, 12, 26, 31)

APÊNDICE IIIComo Levar uma Verdadeira Vida de Oração?

O amor ao nosso Salvador nos leva à oração e Seu grande interesse por nós é nos atrai à comunhão com Ele. Ele nos chamou de amigos e quer falar conosco. Nós O amamos e queremos colocar diante dEle tudo o que nos comove. A oração do Filho de Deus é mais do que um grito de angústia. É o intercâmbio entre Jesus Cristo e nós, e a nossa colaboração com Seus planos e metas.

Ore regularmente pela manhã, ao meio-dia e à noite. Aproveite as horas livres para a oração e aprenda a pensar no Senhor quando andar na rua ou durante o trabalho. Ajoelhe-se para a oração. Comece com suas próprias necessidades, ore pelos seus familiares, por sua profissão, pelos seus companheiros de trabalhos, pela sua igreja e pelo seu pastor, pelo governo, por outros países... Anote todos os motivos de oração em um caderno, e, se desejar, classifique-os segundo os dias da semana.

Você também pode incluir na lista dos motivos de oração as notícias da imprensa.A oração lhe economizará tempo e dará à sua vida orientação e poder espiritual.

Limite as atividades do tempo livre (esportes, televisão, rádio, vídeo game, trabalhos manuais, coleções, cinemas, lanchonetes, amizades, etc). Você não precisa se abster radicalmente de praticar tais atividades, mas o fato é que agora a prioridade na sua vida deve ser Jesus Cristo e as demais atividades passam a ser assuntos sectários. Praticar esporte, ou assistir televisão podem ser perfeitamente praticados a partir do instante em que estes não comprometerem sua vida de comunhão diária com Deus.

Assim que você for levando sua vida de oração e leitura da palavra irá descobrir o quão bom e agradável é; e chegará a um ponto de tamanha maturidade espiritual,

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onde você irá se lembrar destas atividades sectárias, as quais um dia você só as praticava; mas não mais encontrará prazer nelas e sim nas atividades relacionadas a Deus.

Você chegará a abandonar totalmente algumas coisas para ganhar mais tempo na oração. A listagem de prioridades na sua vida já não será a mesma, e sim outra.

É preciso pagar um preço na oração para cultivarmos uma profunda amizade e grande intimidade com Jesus Cristo. Intimidade semelhante à de Abraão, Moisés ou Elias.

Mateus 6.6-13 – “Tu porém, quando orares, entra em teu quarto, e, fechada a porta, orará a teu __________ que está em secreto; e teu Pai que __________ em secreto, te recompensará. E orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes __________, antes que lho __________. Portanto, vós orareis assim: Pai ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________. Amém “

Efésios 6.18-19 – “Com toda oração e súplica, orando em toda o __________ no ______________, e para isto vigiando com toda ______________ e ______________ por todos os ______________, e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para com ______________ fazer conhecido o ______________ do evangélho.”

I Tessalonicenses 5.17 – “Orai sem cesar.”

I Timóteo 2.1-4 – “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de ______________, ______________, ______________, ______________, em favor de todos os homens, em favor dos ______________ e de todos od que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida ______________ e ______________, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que ______________ os homens sejam ______________ e cheguem ao ______________ conhecimento da ______________.”

Mateus 9.38 – “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”

Judas 1.20 – “Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no Espírito Santo.”

Orar só se aprende orando. Procure comparecer nas vigílias e nos grupos de orações existentes. Pelo menos uma vez por semana se reúna com dois ou três para orar.

Depois de haverem lido uma passagem bíblica, comecem a orar sem prévia conversa. Orem de joelhos. Determine os motivos de oração, por exemplo, os amigos que queriam ganhar para Cristo, a igreja, a família, etc.

Convidem outros amigos para participarem da reuniãode oração. Quando o grupo tiver alcançado mais de 10 participantes, dividam-se até que novos grupos outra vez surjam. Reúnam-se regularmente e no final das orações compartilhem alguma experiência com Deus, resposta de oração ou luta que esteja passando.

Memorize Mateus 18.18-20

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APÊNDICE IVOração Vitoriosa

A seguir segue um dos capítulos do livro “Uma vida cheia do Espírito”, escrito por Charles G. Finney. (capítulo 6)

“Oração vitoriosa é aquela que consegue resultados. Fazer orações é uma causa, vencer pela oração é outra. A vitória pela oração depende não tanto da quantidade, como da qualidade. A melhor introdução que tenho para este assunto é um fato da minha experiência anterior à minha conversão. Relato-o porque temo que tais experiências sejam muito comum entre os incrédulos.

Ao que me lembro eu nunca assistira a uma reunião de oração antes de começar o curso de direito. Então, pela primeira vez, passei a morar nas proximidades de um local onde havia reunião de oração todas as semanas. Eu não tinha muita oportunidade para conhecer, ver ou ouvir religião; por isso tinha opinião formada a respeito. Em parte por curiosidade e em parte por certo desassossego de espírito, difícil de definir, comecei a freqüentar a tal reunião de oração. Nesse mesmo tempo comprei a minha primeira Bíblia e comecei a lê-la. Escutava as orações que eram feitas naquelas reuniões, com a máxima atenção que eu poderia prestar a orações tão frias e formais. Cada um pedia o Dom e o derramamento do Espírito Santo. Tanto nas orações como nos comentários que de vez em quando faziam, confessavam que não conseguiam ser atendidos por Deus. Isso aliás, era patente, e por pouco que não fez de mim cético.

Vendo-me com tanta freqüência na reunião, o dirigente, certo dia, perguntou-me se eu não desejava que orassem por mim. Respondi que não, acrescentando: “Com certeza eu preciso de oração, mas as suas orações não são atendidas. Os senhores mesmo o confessam.” Manifestei então o meu espanto com esse estado de cousas, em vista do que a Bíblia diz das vitórias de oração. De fato, durante algum tempo fiquei grandemente perplexo e em dúvida diante dos ensinos de Cristo sobre a Oração, em confronto com aquilo que eu presenciava, semana após semana, na reunião de oração. Seria Cristo realmente um ensinador divino? Teria ele de fato ensinado o que os Evangelhos lhe atribuíam? Devia ser tomado ao pé da letra? Seria de fato verdade que a oração tinha valor para conseguir bênçãos da parte de Deus? Se era verdade, como explicar isto que eu presenciava semana após semana? Esses homens seriam crentes de fato? O que eu ali ouvia, seria realmente oração, no sentido bíblico? Seria a oração que Cristo tinha prometido atender? Aí encontrei a solução.

Convenci-me de que eles estavam iludidos; que não obtinham vitórias porque não tinham nenhum direito a isso, pois não atendiam às condições que Deus determinou para que ele ouvisse a oração. Ao contrário, as orações deles era justamente as do tipo que Deus prometera não atender. Evidentemente não percebiam que estavam

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correndo perigo de ir orando daquele modo até caírem no ceticismo quanto ao valor da oração.

Lendo a Bíblia observei as seguintes condições estabelecidas:

1- Fé que Deus atende à oração. Isso, evidentemente, importa na esperança de recebermos aquilo que pedimos.

2- Pedir conforme a vontade de Deus. Isso claramente implica em pedir-lhe só cousas que Deus está pronto a conceder, mas também pedir-lhe num espírito que ele possa aceitar. Temo que seja comum crentes deixarem de levar em conta o estado de espírito que Deus exige deles como condição para atender às suas orações.

Por exemplo, no Pai Nosso, o pedido: “Venha o Teu reino” reque, evidentemente, sinceridade para que tenha valor para Deus. Mas a sinceridade na apresentação desse pedido implica na consagração integral do coração e da vida de quem pede, para a consolidação desse reino. Implica em dedicar, a esse fim, tudo quanto temos e tudo quanto somos. Proferir essa petição em qualquer outro estado de espírito diferente deste é hipocrisia e abominação diante de Deus.

Assim na petição seguinte: “Seja feita a tua vontade na terra como no céu”, Deus não promete atender o pedido a não ser que seja feita sinceramente. Mas sinceramente importa num estado de espírito que aceite toda a vontade de Deus, até onde a entendemos, da mesma forma que é aceita no céu. Importa na obediência total, inspirada no amor e na confiança, a toda a vontade de Deus, quer seja essa vontade revelada na sua Palavra, pelo seu Espírito ou na sua providência. Significa que nos mantemos, a nós mesmos e a tudo o que somos e possuímos, à disposição de Deus de forma tão absoluta e voluntária, quanto o fazem os habitantes do céu. Se ficamos aquém disso, retendo para nós o que quer que seja, estamos “contemplando a iniqüidade no coração”, e Deus não nos ouvirá.

A sinceridade nessa petição significa um estado de absoluta e total consagração a Deus. Qualquer atitude que fique aquém dessa, importa em reter de Deus aquilo que lhe é devido. É “desviar os ouvidos de ouvir a lei”. Mas que dizem as Escrituras? “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Será que entendem isso os que professam a fé?

O que é verdade com referência a essas duas petições, também o é no que se refere a toda oração. Será que os crentes levam isso na devida consideração? Lembram-se de que tudo que se apresenta como oração é abominável se não for feito no estado de consagração inteira de quanto somos e temos a Deus? Se, na oração e com ela, não nos oferecermos, com tudo quanto temos; se o nosso estado de espírito não for o de aceitar de coração toda a vontade de Deus, executando-a perfeitamente até onde a conhecemos, então nossa oração é abominável. Que profanação terrível é o uso que freqüentemente se faz do Pai Nosso, tanto em público como em particular. Repetir como um papagaio ‘Venha teu reino, seja feita a tua vontade, na terra como no céu”, enquanto a vida está longe de se conformar com a vontade de Deus, é simplesmente revoltante. Ouvir os homens orarem: “Venha teu reino”, enquanto está mais do que evidente que estão fazendo pouco ou nenhum sacrifício ou esforço para promoverem esse reino, é uma refinada hipocrisia. Aí não há nada de oração vitoriosa.

3- A ausência do interesse egoísta é uma condição da oração vitoriosa: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” Tiago 4.3

4- Outra condição da oração vitoriosa é a conciência pura diante de Deus e dos homens. I João 3.20-22: “Se o nosso coração (nossa conciência) nos acusar, certamente Deus é maior do que o nosso coração, e conhece todas as Cousas.

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Amados, se o coração não vos acusar, temos confiança diante de Deus, e aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.” Aqui se tornam claras duas condições: primeira, que para sermos aceitos por Deus temos de concervar pura a conciência; e, segunda, que devemos guardar os seus mandamentos e fazer diante dele o que lhe é agradável.

5- Coração puro é condição da oração vitoriosa. Salmo 66.18: “Se eu atender a iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá”.

6- Toda a confissão e restituição devidas a Deus e aos homens é outra condição da oração vitoriosa. Provérbios 28.13: “O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas os que a confessa e deixa, alcançará misericórdia”.

7- Outra condição: mãos limpas. Salmo 26.6: “Lavo as mãos na inocência, e, assim, andarei, Senhor, redor do teu altar”. I Timóteo 2.8: “Quero que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem contenda”.

8- A solução das contendas e animosidades entre irmãos é uma condição. Mateus 5.23-24: “Se, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta”.

9- A humildade também é outra condição da oração vitoriosa. Tiago 4.6: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

10- A remoção dos tropeços é ainda outra condição. Ezequiel 14.3: “Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos nos seus corações, e o tropeço da sua iniqüidade puseram diante da sua face; devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles?”.

11- O espírito de perdoar também é condição. Mateus 6.12: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como temos perdoado aos nossos devedores”; Mateus.15: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.

12- Exercitar o espírito da verdade é outra condição. Salmo 51.6: “Eis que te comprazes na verdade no íntimo”. Se o nosso coração não estiver no espírito de acato à verdade; se não for imediatamente sincero e isento de egoísmo, estaremos atendendo à iniqüidade no coração” e, portanto, o Senhor não nos ouvirá.

13- Orar em nome de Jesus Cristo é condição da Oração Vitoriosa !

14- A inspiração do Espírito Santo é outra condição. Toda oração verdadeiramente vitoriosa é inspirada pelo Espírito Santo. Romanos 8.2-27: “Porque não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos”. Esse é o verdadeiro espírito da oração: ser guiado pelo Espírito. É a única oração realmente vitoriosa. Será que realmente entendem isso os que se dizem crentes? Será que acreditam que, se não viverem e andarem no Espítiro que está neles, não poderão ser vitoriosos com Deus?

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15- O fervor é condição. Uma oração, para ser vitoriosa, tem de ser fervorosa. Tiago 5.16: “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a oração fervorosa de um justo.”

16- A perseverança ou persistência na oração muitas vezes é uma condição de vitória. Vejam-se os casos de Jacó, de Daniel, de Elias, da siro feníncia, do juíz iníquo, e o ensino da Bíblia de modo geral.

17- Muitas vezes a angústia de espírito é condição da oração vitoriosa. “Desde as primeiras dores Sião deu à luz seus filhos”. “Meus filhos” diz, Paulo, “por quem de novo sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós”. Isso dá a entender que antes que se convertessem, Paulo já tinha sofrido angústia de espírito. De fato, a angústia da alma na oração é a única verdadeira oração vivificadora. Se alguém não a conhecer não compreende o espírito da oração. Não se acha em estado de avivamento. Não entende a passagem já citada – Romanos 8.26-27. Enquanto ele não compreender essa oração angustiosa, não conhecerá o verdadeiro segredo do poder vivificador.

18- Outra condição da oração vitoriosa é o justo emprego dos meios para chegar ao objetivo, se os meios estiverem ao nosso alcance e se os reconhecermos necessários. Orar pelo reavivamento religioso e deixar de empregar qualquer outro meio, é tentar a Deus. Esse, conforme pude ver era o caso daqueles que faziam orações pelo avivamento, porém fora da reunião eram silenciosos como a morte no tocante ao assunto e nem abriam a boca para as pessoas ao redor. Continuaram nessa incoerência até que um dia um descrente de destaque na comunidade, lançou-lhes na minha presença uma tremenda repreensão. Ele expressou aquilo que eu sentia profundamente. Levantou-se e, com a maior solenidade e com lágrimas disse: “Povo crente, que é que vocês querem dizer? Oram sempre, nestas reuniões, pedindo um reavivamento. Muitas vezes exortam uns aos outros a que despertem e usem meios para promover um avivamento. Afirmam uns aos outros, e também a nós que somos descrentes, que estamos caminhando para o inferno; e acredito que seja verdade. Insistem também em dizer que, se vocês mesmos despertassem usando os meios apropriados, haveria um havivamento e nos converteríamos. Falam-nos do nosso grande amigo, e de que nossas almas valem mais do que todos os mundos; entretanto prosseguem nas suas ocupações triviais e não lançam mão desses meios. Não temos avivamento e nossas almas não são salvas.” Nessa altura não teve mais palavras: sentou-se, soluçando.

Nunca me esquecerei como a reprimenda calou profundamente naquela reunião de oração: Fez-lhes bem, pois não demorou para que as pessoas ali presentes se prostassem, e tivemos um reavivamento. Estive presente na primeira reunião em que se manifestou o espírito de avivamento. E que transformação se verificou no tom das orações, confissões e súplicas! Voltando para casa com um amigo comentei: “Que mudança nesses crentes! Isso deve ser o início de um reavivamento.” Realmente, há uma transformação em todas as reuniões sempre que os crentes são avivados. Suas confissões adquirem significado. Significam reforma e restituição; significam trabalho, o uso dos meios, mãos, bolsos, e coração abertos, e a consagração de todos os seus recursos à promoção da obra.

19- A oração vitoriosa é específica. Visa um objetivo definido. Não podemos obter vitória para tudo de uma só vez. Nos casos registrados na Bíblia, em que a oração foi atendida, é notável que o suplicante pedia uma benção definida.

20- Outra Condição da oração vitoriosa é que nossa intenção seja idêntica àquilo que dizemos na oração; que não haja nenhuma simulação; em

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resumo, que sejamos sinceros como crianças, falando do coração, nem mais nem menos do que aquilo que queremos dizer, que sentimos e cremos.

21- Outra condição da oração vitoriosa é um estado de espírito que presume a fidelidade de Deus a todas as suas promessas.

22- Mais uma condição é que, além de “orar no Espírito Santo”, “Sejamos sóbrios e vigiemos em oração”. Com isso me refiro à vigilância contra tudo o que possa apagar ou entristecer o Espírito de Deus em nossos corações. Também me refiro à vigilância pela resposta, em estado de espírito que usará diligentemente todos os meios necessários, a qualquer custo, com instância sobre instância.

Quando estiver bem lavrado o terreno pousio* no coração dos crentes e quando tiverem confessado e feito restituição – desde que o trabalho seja completo e honesto – cumprirão natural e inevitavelmente as condições, e obterão a vitória na oração. O que precisa ser muito bem compreendido, é que os demais não a obterão. Aquilo que comumente ouvimos em reuniões de oração e de conferencias não é oração vitoriosa. É muitas vezes de se estarrecer e lastimar, ver as ilusões que existem sobre o assunto. Quem já assistiu a revelação legítima e não se impressionou com a transformação de todo o espírito e caráter das orações dos crentes realmente avivados? Creio que nunca me poderia ter convertido, se não tivesse descoberto a solução do problema: ”Por que tantas orações não obtêm resposta?”

[pousio] => alusão à versão inglesa de Jr 4.3 e Os 10.12. [Pousio] é o terreno cuja cultura se interrompeu por um ou mais anos.

APÊNDICE VBenefícios do Orar em Línguas Estranhas

1 Coríntios 14:6 - Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? 23 - Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas , no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?39 - Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas

Tenho viajado por muitas cidades e depois de ministrar em diversas denominações evangélicas posso afirmar com propriedade que a contemporaneidade

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dos Dons Espirituais (I Co 12, 13, 14) já não gera as mesmas brigas como no passado, porém, infelizmente ainda gera em alguns líderes um certo desconforto e frustração.

A grande verdade é que ainda resta um considerável grupo de pastores e teólogos que tiveram uma formação acadêmica tradicional, profundamente influenciada pelos princípios iluministas de alguns séculos atrás. A crítica textual, a teologia da libertação e tantos outros movimentos que surgiram na história da igreja aparentemente trouxeram algumas verdades relevantes, porém ao analisarmos seus frutos descobrimos a árvore, correspondem a um verdadeiro câncer em meio ao pensamento teológico.

Tendo em mente este quadro, fica fácil entendermos a motivação de diversos líderes da década de 70, que ao experimentarem um avivamento espiritual em suas comunidades locais, foram logo forjando a errônea argumentação contrária ao estudo teológico... quem nunca ouviu o chavão neo-pentecostal “...a letra mata e o Espírito vivifica...”.

O fato é que não só a letra, mas também a letra, pode nos matar espiritualmente. Da mesma forma que apenas as experiências empíricas, espiritualmente não nos dão consistência para crescimento. Muito mais que o estudo teológico, o problema das igrejas, líderes e cristãos sempre foi a vida de pecado e superficialidade devocional, esses elementos sim nos levam para o sepulcro caiado.

Já passei daquela fase, em que investia tempo argumentando com outros irmãos, líderes e até pastores... tentando provar biblicamente que Deus continua sendo o mesmo, ontem, hoje e o será eternamente... As escrituras estão repletas de argumentos, provas e evidências de que ao longo da história, Deus sempre permaneceu imutável em seus princípios, valores e métodos. Creio piamente que ainda em nossos dias Deus tem seus valentes espalhados pelo globo terrestre manifestando o Poder do Espírito Santo com sinais tão sobrenaturais quantos os que Moisés realizou diante de Faraó. David Quinlam, compartilhou comigo o testemunho de um missionário amigo dele, que tem dedicado sua vida a evangelizar pessoas simples, moradoras nas montanhas do México e que ao longo de todos os anos de seu ministério, esse missionário já presenciou mais de 30 pessoas serem ressuscitadas pelo poder do Senhor Jesus.

A Bíblia afirma em João 14:12 “Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.”. Para muitos essa declaração é bobagem e não deve ser interpretada literalmente, para outras essas “obras maiores” significa o crescimento e dispersão da igreja ao redor da terra, porém para mim faz referência as manifestações do poder do Espírito Santo em nossos dias.

Quando houve a Reforma Protestante sabemos pela história, que surgiu outro movimento de menor expressão chamado Contra Reforma, o qual liderados pela igreja Católica Romana afirmavam ser os únicos detentores da verdade bíblica e revelação divina na terra, reivindicando sobre si autoridade única na qualidade de Madre Igreja.

A Igreja Romana sempre recorreu aos inúmeros testemunhos de milagres registrados na história para legitimar sua veracidade e atacar os “hereges” protestantes exigindo que estes realizassem os mesmos milagres que Pedro(Pedra) e outros apóstolos e santos canonizados realizaram ao longo dos seus ministérios.

Na Reforma, isso constituiu um ponto crítico de divergência, pois os teólogos católicos apontavam para um mar de milagres registrados desde o tempo dos pais até a Idade Média. Não foram esses milagres realizados em associação com santos católicos, sacrários católicos e relíquias católicas ? Não eram eles provas de que o catolicismo era verdadeiro ?

Em contra partida de sua parte, que prova ofereciam os protestantes de que sua interpretação da Bíblia estava correta ? Poderiam eles produzir milagres em apoio a seus ensinamentos ? Eles se viram forçados a desenvolver uma resposta que explicasse por que aquele número de testemunhos de milagres aparentemente infinito

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durante os 1.500 anos anteriores não apresentava nenhuma força para tirar-lhes a credibilidade.

Os reformadores (Calvino, Lutero, Zuínglio, Simons, Stattler, etc.) não operavam milagres como Paulo, Pedro ou Tiago. Existe alguns manuscritos afirmando que Lutero orava em Línguas Estranhas, e que tivera algumas experiência de cura com uma de suas filhas, apenas isso. No lugar de acreditarem nas palavras de Jesus em João 14:12, sobre as “obras maiores”, desenvolveram uma teologia cessacionista que afeta o pensamentos de muitos líderes até hoje. Além de Calvino, Lutero também disse a seguinte bobagem: "... o tempo dos milagres já passou". Com uma declaração dessas é evidente que não presenciariam milagres nem mesmo “obras iguais” as realizadas por Jesus e muito menos as “obras maiores”!

Talvez você seja uma dessas pessoas, hiper dispensacionalistas ou cessacionistas que foram programadas para acreditar que a igreja primitiva, aquela dos apóstolos e dos milagres é diferente da igreja de nossos dias e as manifestações sobrenaturais já cessaram. Que atualmente Deus não opera mais da forma como lemos nas páginas das Sagradas Escrituras, e que a igreja primitiva encerou em At 28:23-31(...), logo você acredita que a igreja de nossos dias é diferente daquela apresentada pelos apóstolos.

Caso você seja assim... questionador e pragmático... quero que saiba que compreendo suas dúvidas, conheço seus argumentos e sei muito bem como você entra em crise ao ouvir outro irmão pentecostal gritando em línguas estranhas perto de você... eu compreendo tudo isso que você sente, pois um dia eu também já fui assim. E confesso que perdi um tempo precioso de minha caminhada cristã acreditando nessas crendices teológicas, precisando repetir para mim mesmo que todos os outros “cristão avivados” estavam errados e eu na minha mediocridade tinha a razão acima de meus sentimentos. Esse sentimento é muito parecido ao do espírita kardecista que por conviver intimamente com o oculto e sobrenatural se julga superior e mais preparado que os demais cristãos nominais.

O fato é que quero falar dobre um Dom Espiritual, o qual recebemos mediante fé, obediência e soberana vocação divina. Desta vez não vou nem compartilhar testemunhos de paralíticos que já vi andar, ou surdos que passaram a ouvir... nem tratarei de pessoas que tinham uma de suas pernas dez centímetros mais curta que a outra e depois de um período de ministração do Espírito Santo tiveram sua perna milagrosamente crescida.

Quero falar apenas sobre orarmos em Línguas Estranhas, algo que na perspectiva do apóstolo Paulo é “o menor de todos os dons”. Alguns céticos e outros frustrados fundamentalistas aproveitam essa declaração de Paulo para mentir dizendo que esse assunto não é importante e não merece considerações.

Coisa alguma que Deus nos dá é sem valor. Nada, absolutamente nada que o Pai tem reservado para sua igreja é em vão; tudo tem proveito e utilidade. Em sua grandiosa graça, Ele nos concede suas dádivas com a finalidade de sermos aperfeiçoados e edificados.

O falar em línguas não é algo sem importância. Ele foi dado para o nosso benefício, para a nossa edificação pessoal. Nesta prática há benefícios que transformam nossas vidas, e que quando negligenciados entristecem profundamente a Deus.

Como falei no início, tenho viajado muito... e existem muitas bobagens a respeito do falar em Línguas Estranhas. Uma delas é acreditarmos que as pessoas que falam em Línguas são mais espirituais do que as que ainda não receberam esse DOM. Isso é um mito pentecostal e de bíblico não existe nada! Outra mentira que me disseram é que para receber o Dom de falar em Línguas Estranhas eu precisava me sacrificar... e assim inconscientemente anular e competir com todo o sacrifício que Jesus já realizou por mim na Cruz do Calvário.

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Porém de todos os mitos o pior que escutei foi o conceito de Batismo com/no Espírito Santo como condição para vida eterna, algumas igrejas ensinam até os dias de hoje. Tentaram nos convencer de que no momento da conversão, o Espírito Santo não passa a habitar em nós e agora, segundo eles, precisamos receber o Batismo com/no Espírito Santo, e se mediante essa manifestação de poder não falarmos em outras Línguas então jamais entraremos no Reino dos Céus... De todos os mitos esse é o pior!

Para Aqueles que Desejam Receber o Dom:

Não fique confuso, nem com medo desse assunto, vá em frente, supere todas as mentiras teológicas que você já escutou a esse respeito e analise comigo os seguintes fatos:

I Coríntios 14:2-6 - “Pois quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. 3 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando.4 O que fala em outra língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. 5 Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a igreja receba edificação. 6 Agora, porém, irmãos, se eu for ter convosco falando em outras línguas, em que vos aproveitarei, se vos não falar por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina?”

(1) No momento em que recebemos a Jesus como nosso único e suficiente Senhor e Salvador, o Espírito Santo passa a fazer habitação dentro de nós, e nós somos selados por ele (Ef 1:13), logo é um erro dizer que uma pessoa crente em Cristo Jesus não possua o Espírito Santo habitando dentro dela só porque não fala em Línguas Estranhas. Porém o Espírito Santo é uma pessoa com a qual não só podemos, mas devemos nos relacionar, inclusive podemos entristece-lo (Ef 4:30) e culminar num processo de apostasia espiritual.

(2) Dons Espirituais são para cristãos que desejam cumprir a tarefa da Grande Comissão (Mt 28), eles não são concedidos para brincarmos de colecionar o maior número de Dons e assim “arrotarmos espiritualidade”. Pessoalmente gosto de estimular cristãos recém convertidos a orarem a Deus pedindo que Ele os conceda o Dom Falar em Línguas Estranhas, creio que isso é muito saudável e edificante para uma pessoa recém convertida, pois a Bíblia nos ensina que “quem fala em outra língua não fala a homens, senão a Deus” (ICo 14:2) e já que Paulo falou que esse é o menor dos Dons Espirituais porque não começar por ele mesmo? Alguns irmãos são tão orgulhosos que não querem “perder tempo” orando a Deus pedindo o “menor dos Dons”, querem apenas ser usados por Deus como Pastores, Mestres, em Palavra de Conhecimento ou Profecia... mas não estão dispostos a serem usados por Deus em Línguas Estranhas.

(3) Não é porque você foi selado no Espírito Santo no momento de sua conversão, que agora você esteja vivendo na “Plenitude do Espírito” e que tenha intimidade com Deus Espírito Santo. Esta intimidade e profundidade espiritual sim, é algo sectário a conversão, que só experimentaremos mediante uma vida consagrada aos pés da cruz, disciplinada em jejuar e orar periodicamente e treinada a ouvir a voz do Mestre. Somente assim estaremos experimentando os “poderes da era vindoura” (Hb 6:5) e presenciaremos os sinais do Reino de Deus seguirem as nossas pregações. “Assim, também vós, visto que desejais dons espirituais, procurai progredir, para a edificação da igreja.” I Co 14:12

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(4) Quando recebemos o dom de falar em Línguas Estranhas, geralmente surge em nossa mente palavras ou frases que jamais estudamos ou tivemos oportunidade de decorar anteriormente. Assim semelhante a crianças quando aprendem a falar, experimentamos repetir tais expressões. Muitos recebem o dom, mas por causa do medo ou vergonha, permanecem calados... logo o Dom não é exercitado e o cristão sai frustrado pensando que Deus iria tomar a boca dele, semelhante a uma metralhadora e sair disparando frases em outros dialetos, idiomas que jamais foram por ele estudados ou até mesmo na língua dos anjos e assim a interpretação só poderia ser espiritual, mediante a operação de outro dom, chamado de interpretação das línguas estranhas.

Quando eu conversava com amigos meus que já haviam recebido esse dom, costumava perguntar-lhe como é que isso funcionava! Minha incredulidade e meu pragmatismo precisava ser saciado, e as respostas deles só me deixavam ainda mais confuso. Certa vez uma amiga minha falou que orar em línguas era semelhante a “uma cachoeira que jorrava muita água de nosso interior”, muito poético na minha opinião, porém nada esclarecedor.

Esqueça todas as coisas que já lhe disseram a respeito desse assunto, a verdade é que existe muita gente por ai, que nunca falou em Línguas Estranhas, nem presenciou alguém exercitando esse dom, mas abre sua boca para emitir pareceres dúbios sobre esse assunto.

É impossível descrever qualquer tipo de experiência com Deus, podemos observar seus frutos, seus resultados e assim discernir a árvore... porém tentar explicar o que acontece no interior do ser humano quando ele fala em línguas é pura perda de tempo. Cada experiência é individual, Deus tem uma forma muito especial de se manifestar a você, e com certeza ela é tão individual que será diferente da forma como ele se manifesta a mim.

Aconselho você a parar de questionar as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo e a passar a clamar em oração pedindo que Ele venha conceder a você também essas mesmas experiências. Sabe, o homem da pós-modernidade esta cansado de observar, estudar, criticar, ouvir ou meditar a respeito de Deus, assim fizeram os cristãos de poucos séculos atrás. O que a humanidade procura na pós-modernidade é muito mais que apenas entender Deus e estuda-lo... queremos é EXPERIMENTAR Deus em toda sua plenitude.

Isso explica o grande crescimento de seitas e movimentos esotéricos, espiritualistas, ocultistas e até mesmo o ressurgimento do satanismo em resposta a essa necessidade que a geração da pós-modernidade carrega latente em sua alma e em resposta ao ostracismo religioso de muitas denominações cristãs. Agostinho já disse: “O homem foi feito para Deus e só poderá encontrar satisfação em Deus”, existe uma necessidade latente em todo ser humano de experimentar “o espiritual” e não apenas freqüentar igrejas para ouvir alguém falando sobre ele.

(5) Em virtude de muitos ficarem inibidos, receosos ou até mesmo medrosos em relação as manifestações do Espírito Santo, muitos líderes preferem dar “liberdade para Deus manifestar seus dons” (II Co 3:17) ao invés de ficar policiando todos os presentes na reunião para saber se toda palavra falada em alta voz em Línguas Estranhas esta ou não sendo interpretada, conforme diz (I Co 14: 18-32). Muitas vezes orei em Línguas Estranhas no meio do culto e aparentemente nenhum dos presentes na reunião se levantou atrás de mim para interpretar o que eu estava dizendo, mas no final da reunião algumas vezes já fui surpreendido por pessoas que me procuraram para dizer que haviam recebido aquela interpretação e ficaram com medo de compartilhar com toda a igreja ou era algo tão individual que preferiram permanecer calados e guardar apenas para si o que estava sendo interpretado, pois afinal, “os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas;” I Co 14:32.

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(6) Alguns ainda insistem em argumentar dizendo que em público no culto da igreja a aplicação do texto de I Co 14:27-28 “No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete. Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.” deve ser literal. Para esses eu solicito que leiam no mesmo capítulo os versículos 34 e 35 que dizem: “conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja”. Infelizmente o zelo de alguns líderes frustrados por não falarem em Línguas Estranhas tem impedido outros irmãos de darem liberdade para as manifestações espirituais de Deus durante os cultos em algumas igrejas, assim todo seu zelo cai por terra ao esquecerem o que diz o verso 39 “Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de profetizar e não proibais o falar em outras línguas.”

(7) Não busque as experiências, mas busque a Deus, deixe que os sinais do Rino sigam você naturalmente! Retire de seu coração as motivações carnais, Deus não tem a obrigação de suprir sua baixa auto-estima nem seu complexo de inferioridade dando-lhe as manifestações sobrenaturais que você tanto idealiza. Experimente tornar-se amigo de Deus, semelhante a Enoque que andava com Ele, e você descobrirá o extraordinário poder do Espírito Santo manifesto em sua vida e através dela.

Para Aqueles que já Receberam o Dom:

A maioria dos crentes que já receberam o Dom e passaram a Falar em Línguas, precisam compreender que receberam de Deus mediante a imposição de mãos algo que pode ser apagado, quando não exercitado - 2 Timóteo 1:6 “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos”.

Os conceitos são diversos, mas a grande maioria não vê um propósito no uso contínuo da linguagem sobrenatural da oração do Espírito Santo. Então eu pergunto, se quem fala em línguas não entende com profundidade o motivo para exercitar esse Dom, o que esperar daqueles que ainda não falam? Mas quando a igreja começar a experimentar o sublime propósito desta dádiva de Deus, haverá um anseio maior pela manifestação do Falar em Línguas em nossas reuniões.

Já é tempo de compreendermos que mediante o uso das Línguas Estranhas podemos enriquecer nossa vida espiritual, sendo edificandos. Há bênçãos e vantagens a serem desfrutadas na disciplina dessa prática. E sei que o apóstolo Paulo não pensava de forma diferente, pois chegou ao ponto de declarar: "dou graças ao meu Deus, que falo em línguas mais do que todos vós" (I Co.14:18).

Caso não houvesse proveito algum nas línguas, será que Paulo agradeceria a Deus por isso? Você acha ainda que ele as usaria tanto, como ele enfatiza ao dizer que o fazia mais do que todos os coríntos? E olhe que os coríntos falavam mesmo em línguas! Havia um uso intenso nesta igreja, que chegou até mesmo a transformar-se em abuso, que foi um dos motivos que fez com que o apóstolo escrevesse corrigindo-os.

Note que ele não disse que falava em línguas mais do que eles no sentido de diversidade, mas a ênfase recai no valor da prática, o que claramente aponta para a quantia de tempo que ele investia nesta atividade. E por que agradecer a Deus por gastar tanto tempo falando em línguas se o mesmo capítulo nos fala que enquanto falamos em línguas nossa mente fica infrutífera? É evidente que Paulo descobriu "uma mina de ouro", uma fonte de poder e edificação! “O que fala em línguas, edifica-se a si mesmo..." I Coríntios 14:4

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Edificar é construir, fazer crescer, levantar algo. Do ponto de vista espiritual edificação significa crescimento; falta construir algo a mais sobre o alicerce da fé em Jesus. O falar em línguas acrescenta em nós, de forma paulatina, tudo o que necessitamos para o nosso andar com Deus.

Foi durante longos períodos de jejum e oração, depois de horas ininterruptas repetindo poucas palavras e expressões que em mistério eu havia recebido de Deus que Ele foi diversificando as Línguas Espirituais, e assim pude entender a variedade de línguas.

Caso você tenha recebido do Senhor a ministração de qualquer Dom Espiritual e há muitos anos já não os exercita mais, é hora de começar a orar, pedindo que o Espírito Santo venha sobre sua vida agora e reaviva o Dom em você! Deus está esperando por suas orações!

A obra do Espírito Santo

Ao falar da linguagem sobrenatural da oração do Espírito Santo, é preciso que fique bem claro que há "uma sociedade" nesta manifestação. O Espírito Santo não fala em línguas, somos nós que o fazemos; mas por outro lado, não falamos de nós mesmos, somente o que o Espírito do Senhor nos inspira a falar. Se uma das partes desta sociedade faltar, não haverá a manifestação.

Partindo, deste princípio, tenha em mente o momento em que a manifestação inicia na sua vida. Lutero já dizia “que o Espírito Santo se aproxima em pontas de pés”. Mas por que sermos cheios do Espírito Santo? Isso não seria fanatismo religioso? Ficar falando em línguas diferentes e muitas vezes sem recebermos as interpretações? Isso pode parecer infantil, mas acredite: - Não é! Existe um valor nessa manifestação, você precisa descobrir qual é a dimensão da edificação que se acontecera nessa diciplina.

O falar em línguas faz parte do propósito de Deus para as nossas vidas. É uma poderosa ferramenta que o Espírito Santo usa para trabalhar em cada um de nós de forma profunda. Porém acho muito perigoso afirmar e tentar elaborar uma teologia para dizer que “todos são obrigados a falar em línguas”, pois o próprio apóstolo Paulo nos diz em I Co 14:5 - “Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas...” aqui fica claro o desejo do apóstolo. Isso é diferente de afirmar que todos “devem” ou “são obrigados a” falar em outras línguas.

Diferente do que ele mesmo afirma no verso 31 “Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados.” o dom de línguas por mais espiritual que seja, pode vir a ser utilizado de forma carnal e egoística, (como estava acontecendo na igreja de Corinto). Egoísta sim, pois como esse é o menor dos dons ele também é o único dom que edifica apenas a pessoa que esta orando, não abençoa aos demais membros da comunidade como é o caso do dom de Curar Enfermidades, Operar Maravilhas ou até mesmo o de Profecia.

Ao declarar “todos podereis profetizar”, eu compreendo que o apóstolo Paulo estava dizendo aos coríntos que estava ao alcance das mãos deles esse dom. Que existe uma grande probabilidade de Deus conceder-lhes tal dom se assim seus filhos lhe pedirem. Creio que essa mesma aplicação pode ser feita a outros dons, e não esta limitada a profecia. Podemos parafrasear Paulo e diser que “todos podereis curar enfermos” ou quem sabe “todos podereis receber Palavra de Sabedoria ou Conhecimento”, no sentido de haver a disposição da igreja na terra a manifestações desses diversos dons para capacitar os cristãos a cumprirem a tarefa da Grande Comissão. Veja I Co 12.11, ali diz que o Espírito Santo “distribui as manifestações como lhe apraz”, e não como “nos apraz”.

Romanos 8:26-28 “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus

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é que ele intercede pelos santos. 28 Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”

Quais gemidos inexprimíveis são esses? Choro, lágrimas e quebrantamento? Para alguns esse gemidos são o falar em línguas estranhas. Pessoalmente acho um erro fazermos tal afirmação. Porém quando estamos em “oração de parto espiritual” podemos vir a gemer em espírito e as vezes eu já gritei, sentindo literalmente dores abdominais e falava poucas palavras ou frases em língua estranha. Outras vezes já presenciei o inverso, num período de “oração de parto espiritual” retirei-me com algumas outras pessoas para uma sala reservada, onde ficamos sentados e sem fazer muito barulho, sentimos as dores de parto trazendo a existência algo que no mundo espiritual já estava ligado. Quem nunca entrou em trabalho de parto espiritual, jamais compreenderá o barulho de alguns irmãozinhos. Porém isso é assunto para outro dia.

A linguagem sobrenatural de oração é uma ferramenta do Espírito de Deus para realizar em nós sua obra. E há um motivo especial porque o Espírito Santo tocar justamente em nossa fala, a partir do momento que vem sobre nós. Centenas de pessoas já testemunharam que perderam seu medo de falar publicamente depois de terem recebido esse dom. A fala é um ponto estratégico, e o Espírito Santo não toca exatamente nesta área em vão.

Tiago falou sobre o poder da fala:"Pois todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra,

esse é homem perfeito, e capaz de refrear também todo o corpo. Ora, se pomos freios na boca dos cavalos, para que nos obedeçam, então conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também os navios que, embora tão grandes e levados por impetuosos ventos, com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro. Assim também a língua é um pequeno membro, e se gaba de grandes coisas. Vede quão grande bosque um tão pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; sim, a língua, qual mundo de iniqüidade, colocada entre os nossos membros, contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, sendo por sua vez inflamada pelo inferno. Pois toda a espécie tanto de feras, como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se doma, e tem sido domada pelo gênero humano; mas a língua, nenhum homem a pode domar. É um mal irrefreável; está cheia de peçonha mortal." Tiago 3:2-8

A ciência tem descoberto em nossos dias o que há dois milênios atrás o Espírito Santo já havia revelado a seu povo: que o sistema nervoso da fala influencia todo o corpo. Mas além da influência natural, a Bíblia está mostrando que a fala tem também uma influência espiritual; mostrando que podemos submeter o controle de nossa fala a Deus ou ao Diabo.

Qual a causa do Espírito Santo controlar justamente esta área tão estratégica de nossa vida ao encher-nos com seu poder? É porque através da fala Ele poderá ampliar seu domínio em nós, e trabalhar com maior eficácia na execução do seu ministério! Também multiplicam-se aos milhares, os testemunhos de pessoas que só receberam o dom de falar em Línguas Estranhas depois que passaram a confessar a um confidente seus pecados, policiaram seus pensamentos e freiaram seus antigos palavrões.

O Espírito Santo trabalha nos homens. Desde o Velho Testamento, fazendo isso (Gn.6:3). Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8). O Espírito Santo está trabalhando neste exato momento, nos quatro cantos da terra, mesmo naqueles que ainda não conhecem a Deus. Entretanto, naqueles que ainda não conheceram a Jesus o Espírito Santo ainda não mora dentro delas, e elas nem sequer o conhecem, como declarou o Senhor Jesus: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós". João 14:16,17.

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Nós precisamos conhecer profundamente e Ele habita em nós. Portanto, a forma como o Espírito Santo age em nossas vidas é muito mais profunda do que naqueles que ainda não são cristãos. Encontramos no Novo testamento o Espírito Santo falando com o gentio Cornélio, e essa obra faz parte de seu ministério. Mas se o Espírito Santo age nos gentios, ímpios, incircuncisos, chame como você preferir (...), você imagina o quanto Ele não deseja operar em nós?

Ele veio habitar em nós para cumprir a parte que toca no propósito divino. Quando Paulo escreve a Timóteo, fala do bom depósito em nós (II Tm.1:14); ou seja, há um investimento de Deus em nossas vidas! O propósito de Deus ao enviar o Espírito Santo para habitar em nós foi para que Ele produzisse algo em nossas vidas. Ao enviar Jesus ao mundo para morrer na cruz, o Pai estava depositando em toda a criação.

E saiba com certeza que o Espírito Santo não quer permanecer inativo. Habitar em você é parte do trabalho d’Ele, e à medida que você se rende, o agir Dele vai tornando-se cada vez mais intenso. O Espírito de Deus está em você para realizar a parte d’Ele no propósito eterno de Deus; veio lapidar a obra da redenção, pois esta é a parte que lhe cabe na ação da Trindade.

Tenha em mente o fato de que “todos podereis profetizar”. Essa afirmação não obriga Deus a conceder-nos os dons que desejamos. Porém já vimos que Paulo nos incentiva a “escolhermos com zelo os dons”, logo fica claro a motivação do coração de nosso Deus. O Senhor é um pai que deseja ver-nos crescendo em intimidade e profundidade espiritual com Ele. Muito mais interessado em que você receba e exercite os Dons Espirituais, esta o próprio Deus que mediante sua graça e amor, nos concede a ação do seu Espírito, em nós e através de nós!

Até quando ficar com medo? Não seja tímido meu irmão. Ore agora mesmo pedindo a Deus que lhe conceda o menor dos Dons... por que

ao começar pelo falar em Línguas Estranhas??? Lembre-se do que esta escrito em:

Lucas 11:13 - Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?

Mateus 3:11 - Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo

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