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Seminários Seminários Diálogos sobre Território Diálogos sobre Território . . Vínculo, Território e (Des)Proteção Social Vínculo, Território e (Des)Proteção Social , NEPSAS, 02 de Junho de 2014, , NEPSAS, 02 de Junho de 2014, PUC-SP PUC-SP Cidades e Complex(c)idades Cidades e Complex(c)idades Antonio Miguel V. Monteiro, INPE {[email protected]} Sentidos Territoriais e a Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma Necessidade de uma Cartografia do Cartografia do Invisível Invisível

Seminários Diálogos sobre Território. Vínculo, Território e (Des)Proteção Social, NEPSAS, 02 de Junho de 2014, PUC-SP Cidades e Complex(c)idades Antonio

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Seminários Seminários Diálogos sobre TerritórioDiálogos sobre Território. . Vínculo, Território e (Des)Proteção SocialVínculo, Território e (Des)Proteção Social, NEPSAS, 02 de Junho , NEPSAS, 02 de Junho de 2014, PUC-SPde 2014, PUC-SP

Cidades e Complex(c)idadesCidades e Complex(c)idades

Antonio Miguel V. Monteiro, INPE {[email protected]}

Sentidos Territoriais e a Necessidade de Sentidos Territoriais e a Necessidade de uma uma Cartografia do InvisívelCartografia do Invisível

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Fonte: Dowbor, L. et alli. Crise e Oportunidade, p. 10. Jan/2010. (Fonte: Dowbor, L. et alli. Crise e Oportunidade, p. 10. Jan/2010. (Slide Original: Dirce KogaSlide Original: Dirce Koga))

Distribuição de Renda – Mundo (1992)

A Taça de Champagne

‘‘Os Os 20% mais ricos20% mais ricos se se apropriam de apropriam de 82,7% 82,7% da rendada renda. . A A concentração de concentração de renda é renda é absolutamente absolutamente escandalosa...escandalosa... Não Não haverá tranquilidade haverá tranquilidade no planeta enquanto no planeta enquanto a economia for a economia for organizada em organizada em função de um terço função de um terço da população da população mundial.’mundial.’

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1% + Ricos1% + Ricos 20 % Riqueza20 % Riqueza

Distribuição de Riqueza (2010) – Países Industrializados

Des

igua

ldad

eD

esig

uald

ade

RendaRenda 20102010~1900~1900

Ilustração para ‘Curva de PikettyCurva de Piketty’- Olhando para o 1%Olhando para o 1%

Kuznet – Curva Teórica

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Paraisopólis - SPParaisopólis - SP As Cidades As Cidades InvisíveisInvisíveis

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Italo Calvino (1923, 1985)

Escritor, Jornalista, Ativista, Cubano/Italiano, Santiago de Las Vegas/Siena

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As Cidades InvisAs Cidades Invisííveisveis

"Se meu livro As cidades invisíveis continua sendo para mim aquele em que penso haver dito mais coisas, será talvez porque tenha conseguido concentrar em um único símbolo todas as minhas reflexões, experiências e conjeturas."

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Foto: São José dos Campos, 8 de Fevereiro de 2011, 7:05. Foto: São José dos Campos, 8 de Fevereiro de 2011, 7:05. Leonardo BinsLeonardo Bins

As Cidades InvisAs Cidades Invisííveisveis

Assim se refere o próprio Italo CalvinoItalo Calvino a este livro surpreendente, em que a cidade deixa de ser um conceito geográfico para se tornar o símbolo complexo e inesgotável da existência humana.

As Cidades InvisAs Cidades Invisííveisveis

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HC SVNT DRACONESHC SVNT DRACONESUsada na cartogarfia medieval para designar territórios desconhecidos ou perigosos.designar territórios desconhecidos ou perigosos.

Aparece no Globo de Hunt-Lenox, ~1510, NY Library.

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Como Reposicionar o Papel da Cartografia Urbana?

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Duas Visões , Duas Possibilidades, Uma Necessidade e muitos e

imensos Desafios.

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Visão 1: A Batalha dos MapasA Batalha dos Mapas

…Um aspecto decisivo do processo modernizador foi portanto a prolongada guerra travada em nome da reorganização do espaçoreorganização do espaço. O que estava em jogo na principal batalha desta guerra era o direito de controlar o ofício de cartógrafocontrolar o ofício de cartógrafo

\\ BAUMAN, ZygmuntBAUMAN, Zygmunt. Globalização: As Consequências, Humanas, . Globalização: As Consequências, Humanas, 34:39, ZAHAR, 199934:39, ZAHAR, 1999.. Guerras Espaciais: Informe de CarreiraGuerras Espaciais: Informe de Carreira

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““Sendo tarefa do cartógrafo dar língua Sendo tarefa do cartógrafo dar língua para afetos que pedem passagem, dele se para afetos que pedem passagem, dele se espera basicamente que esteja espera basicamente que esteja mergulhado nas intensidades de seu mergulhado nas intensidades de seu tempo e que, atento às linguagens que tempo e que, atento às linguagens que encontra, devore as que lhe parecerem encontra, devore as que lhe parecerem elementos possíveis para a composição elementos possíveis para a composição das cartografias que se fazem das cartografias que se fazem necessárias.” necessárias.”

O cartógrafo é antes de tudo um O cartógrafo é antes de tudo um antropófagoantropófago..

ROLNIK, Suely. ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental, Transformações contemporâneas do desejoCartografia Sentimental, Transformações contemporâneas do desejo , , Editora Estação Liberdade, São Paulo, 1989

Visão 2:Repensando o Cartógrafo e seu OfícioRepensando o Cartógrafo e seu Ofício

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TELLES, Vera da Silva.TELLES, Vera da Silva. Trajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidadeTrajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidade. In Vera da Silva TELLES, e Robert CABANES (orgs.). Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territóriosNas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. São Paulo: Humanitas, 2006.

Possibilidade 1:Eventos de Mobilidade, Zonas de Turbulência como Campos de ForçasEventos de Mobilidade, Zonas de Turbulência como Campos de Forças

““Espaço e tempo são imbricados Espaço e tempo são imbricados em cada evento de mobilidadeem cada evento de mobilidade, de , de tal modo que mais importante do tal modo que mais importante do que identificar os pontos de partida que identificar os pontos de partida e os de chegada, são esses eventos e os de chegada, são esses eventos que precisam ser interrogados: que precisam ser interrogados: pontos críticos, pontos de inflexão, pontos críticos, pontos de inflexão, de mudança e também de de mudança e também de entrecruzamento com outras entrecruzamento com outras histórias – histórias –

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TELLES, Vera da Silva.TELLES, Vera da Silva. Trajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidadeTrajetórias urbanas: fios de uma descrição da cidade. In Vera da Silva TELLES, e Robert CABANES (orgs.). Nas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territóriosNas tramas da cidade: trajetórias urbanas e seus territórios. São Paulo: Humanitas, 2006.

– “– “zonas de turbulênciazonas de turbulência” em torno ” em torno das quais são redefinidas das quais são redefinidas ((deslocamentos, bifurcaçõesdeslocamentos, bifurcações) práticas ) práticas sociais, agenciamentos cotidianos, sociais, agenciamentos cotidianos, destinações coletivas. E são esses destinações coletivas. E são esses eventos que nos dão a cifra para eventos que nos dão a cifra para apreender os apreender os campos de forças campos de forças operantes no mundo urbanooperantes no mundo urbano: a : a trama das relações, de práticas, trama das relações, de práticas, conflitos e tensões, enfim, a conflitos e tensões, enfim, a pulsação da vida urbana.”pulsação da vida urbana.”

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São capazes de São capazes de estabelecer, o que Vera estabelecer, o que Vera

Telles chama de Telles chama de Regimes de VisibilidadeRegimes de Visibilidade

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““Como disse muito bem Hans Como disse muito bem Hans Gadamer – em Gadamer – em Verdade e Verdade e MétodoMétodo -, a compreensão -, a compreensão recíproca é obtida com uma recíproca é obtida com uma ““fusão de horizontesfusão de horizontes”; ”; horizontes cognitivos que são horizontes cognitivos que são traçados e ampliados traçados e ampliados acumulando-se experiências acumulando-se experiências de vida.”de vida.”

\\

Possibilidade 2:Compartilhar experiências partilhando espaçosCompartilhar experiências partilhando espaços

BAUMAN, ZygmuntBAUMAN, Zygmunt. Confiança e Medo nas Cidades, . Confiança e Medo nas Cidades, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.  

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““A Fusão que uma A Fusão que uma compreensão recíproca exige compreensão recíproca exige só poderá resultar de uma só poderá resultar de uma experiência compartilhada, e experiência compartilhada, e certamente certamente não se pode não se pode pensar em compartilhar uma pensar em compartilhar uma experiência semexperiência sem partilhar um partilhar um espaçoespaço.” .” \\

BAUMAN, ZygmuntBAUMAN, Zygmunt. Confiança e Medo nas Cidades, . Confiança e Medo nas Cidades, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.  

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Uma Possível Síntese... (?)

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INOVAÇÃO CAPACITAÇÃO

POLÍTICA PÚBLICA

TERRITÓRIO

Fonte:Adaptado de Dirce KogaFonte:Adaptado de Dirce Koga

O Território como Mediação

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Las Meninas, Diego Velásquez, 1656 – Museu do Prado, MadriLas Meninas (Conjunto) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, BarcelonaLas Meninas (infanta Margarita Maria) Pablo Picasso, 1957 – Museu Picasso, Barcelona

A Questão da Representação

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Qual(is) a(s) Natureza (s) do EspaçoEspaço e como melhor Representá-lo em meio

computacional, no contexto do(s) Processo(s) em Observação?

Nossa Vocação: Um Projeto Representacional1

1CÂMARA, G. ; MONTEIRO, Antônio Miguel ; MEDEIROS, José Simeão deCÂMARA, G. ; MONTEIRO, Antônio Miguel ; MEDEIROS, José Simeão de . Representações Representações Computacionais do Espaço: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Da GeoinformaçãoComputacionais do Espaço: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Da Geoinformação. Geografia (Rio Claro), Rio Claro, Brasil, v. 28, n.1, p. 83-96, 2003.

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Nosso Desafio Inovar os Instrumentos para ...

Cartografar os Territórios Territórios InvisíveisInvisíveis ao simples olhar. Reincorporar processosprocessos às cartografias do lugarcartografias do lugar.

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Necessidade de uma visão integradora

ESTRATÉGIAS MEDIADORAS

Promover “transposição de fronteiras” entre disciplinas/tradições/ciência&política/ciência&sociedade

KLEIN, J. T. (1996). Crossing boundaries: knowledge, disciplinarities, and interdisciplinarities.Charlottesville/London: University KLEIN, J. T. (1996). Crossing boundaries: knowledge, disciplinarities, and interdisciplinarities.Charlottesville/London: University Press of Virginia.Press of Virginia.MOLLINGA, P. (2008) The Rational Organization of Dissent. Working Paper, ZEF, Bonn. MOLLINGA, P. (2008) The Rational Organization of Dissent. Working Paper, ZEF, Bonn. LÖWY, I. (1992). The Strength of Loose Concepts . LÖWY, I. (1992). The Strength of Loose Concepts . History of Science, Vol. 30, p.371-396History of Science, Vol. 30, p.371-396

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Um ponto de partida...CONCEITOS MEDIADORES

(boundary concepts)

Palavras que operam como conceitos em diferentes disciplinas e perspectivas. Entidades negociáveis, permitem que distintas partes discutam conceitualmente sobre a multidimensionalidade de questões de interesse comum

Exemplos: Exclusão Social, Inclusão Social,Exclusão Social, Inclusão Social, VulnerabilidadeVulnerabilidade

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Conceitos mediadores tomam “corpo”Passam a ser explorados de forma mais ativa.

Operacionalizações podem ser geradas:

OBJETOS MEDIADORESFacilitam a apreensão do conceito e respondem à demanda por elementos que, mesmo em condições de incerteza e conhecimento incompleto, nos ajudam e

complementam a capacidade de observação e provocam o debate.

Indicadores, Painéis & Modelos e Simulação

Cartografias do Invisível Cartografias do Invisível FEITOSA, F. F. ; MONTEIRO, A. M. V. (2012) .FEITOSA, F. F. ; MONTEIRO, A. M. V. (2012) . Vulnerabilidade e Modelos de Simulação como Estratégias Mediadoras: Vulnerabilidade e Modelos de Simulação como Estratégias Mediadoras: Contribuição ao Debate das Mudanças Climáticas e Ambientais.Contribuição ao Debate das Mudanças Climáticas e Ambientais. Geografia (Rio Claro. Impresso), v. 37, p. 289-305.Geografia (Rio Claro. Impresso), v. 37, p. 289-305.

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Resignificar

Promover a Ação

Necessidade ... PensarPensar para então MedirMedir para então (rere)PensarPensar

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Nossa Pequena Contribuição

Instrumentalizar parteparte deste Debate

Avançando na Construção de Objetos MediadoresObjetos Mediadores que Proporcionem uma Capacidade Empírica Sistematizada de Observar, Medir e Representar (certas) Dinâmicas das Relações Familias-Territórios.

Como???Como???

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Relacionamentos EspaciaisDependência Dependência

espacialespacialConcentraçõesConcentraçõesPersistênciasPersistênciasÁreas de Áreas de influênciainfluênciaTransições Transições (Dinâmica)(Dinâmica)RedesRedes

Estes relacionamentos podem ter uma expressão quantitativa através do estudo e caracterização das suas formas, estruturas e funções a partir de suas distribuições no espaço e no tempo.

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“O território em si, para mim, não é um conceito. Ele só se torna um conceito utilizável para a análise social quando o consideramos a partir do seu uso, a partir do momento em que o pensamos juntamente com aqueles atoresque dele se utilizam”. Território e Sociedade – entrevista com Milton Santos, 2000

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Relacionamentos Familias-TerritóriosDependênciaDependência

ConcentraçõesConcentraçõesPersistênciasPersistênciasRedes Redes Áreas de Vida (Territórios de Áreas de Vida (Territórios de Vivência)Vivência)Trajetórias de Vida (Dinâmicas)Trajetórias de Vida (Dinâmicas)

Estes são relacionamentos mais complexos. Envolvem um elemento dual, novo e indivisível: o conjunto Familia-Território.Familia-Território. A metáfora aqui é a de um Imã. Não basta descrever cada polo, mas também e pricipalmente suas interações. São caracterizações das propriedades de CamposCampos e não mais dos Objetos Objetos que precisamos. . Uma Tipologia Padrões-Processos Tipologia Padrões-Processos

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Qual o Problema com Índices e Indicadores, principalmente aqueles que tratam com a representação de grupos e

processos sociais nos territórios??

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Duas Maldições !!

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A Maldição dos Indicadores Síntese !

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Vera Telles [1]

[1] Medindo coisas, produzindo fatos, construindo realidades sociais. Seminário Internacional sobre Indicadores Sociais para Inclusão Social ,15 e 16 de maio de 2003, PUC-SP . Mesa: Indicadores sociais entre a objetividade e a subjetividade (16/05/2003)

Mas isso significa dizer que, a rigor, os indicadores não medem a realidade, algo que estaria lá pronto para ser descrito: participam da participam da construção social da realidade.construção social da realidade.

A Maldição dos Indicadores Não-Relacionais !

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Capacidade Protetiva

Obervando, Representando e ‘Medindo’ a Capacidade de Proteção Social das

Familias em Territórios Precarizados das Metropóles:

Ampliando os Estudo das Desigualdades Ampliando os Estudo das Desigualdades Socioterritoriais UrbanasSocioterritoriais Urbanas

Território, Vínculo e Proteção Social

Inclusão/exclusão , Vulnerabilidade, Território , Vínculos ...

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Proteção/(Des)proteção Social:Métricas Famílias-TerritóriosFamílias-Territórios de Avaliação da Capacidade Protetiva das Familias Vivendo

em Territórios das Metropóles.

[1] Convênio PUCSP/ CEDEPE Coordenadoria de Estudos e Desenvolvimento de Projetos Especiais – Sociedade Hospital Samaritano

Coordenação Geral:Coordenação Geral: Prof. Dra. Aldaisa SposatiProf. Dra. Aldaisa Sposati

Equipe TécnicaEquipe Técnica

[1]

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-1.00-1.00 0.000.00 +1.00+1.00

IEx FINAL 1991IEx FINAL 1991

Circuitos de Espalhamento da Exclusão/InclusãoCircuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão

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-1.00-1.00 0.000.00 +1.00+1.00

IEx FINAL 2000IEx FINAL 2000

Circuitos de Espalhamento da Exclusão/InclusãoCircuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão

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-1.00-1.00 0.000.00 +1.00+1.00

IEx FINAL 2010IEx FINAL 2010

Circuitos de Espalhamento da Exclusão/InclusãoCircuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão

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IEx FINAL 1991 IEx FINAL 2000 IEx FINAL 2010-1.00-1.00 0.000.00 +1.00+1.00

Circuitos de Espalhamento da Exclusão/InclusãoCircuitos de Espalhamento da Exclusão/Inclusão

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IEX 1991

IEX 2000

IEX 2010

O Padrão da Desigualdade

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As Escalas da Desigualdade em SPAs Escalas da Desigualdade em SP

PersistênciaPersistência no MACRO, MudançasMudanças no MICRO

Dependências, Persistências , Dependências, Persistências , Concentrações em nível Estrutural Concentrações em nível Estrutural MACROMACRO (sistêmico - instituições, serviços, infraestrutura, etc(sistêmico - instituições, serviços, infraestrutura, etc))

Redes, Áreas de Vida, Trajetórias de Vida Redes, Áreas de Vida, Trajetórias de Vida em nível em nível MICROMICRO

Processos Emaranhados em Diferentes Processos Emaranhados em Diferentes Escalas no Tempo e no Espaço.Escalas no Tempo e no Espaço.

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Desenvolver métrica territorial em escala de convívio cotidiano com

potencial de aproximação da dinâmicas locais de famílias, vizinhança, serviços sociais

básicos, condições de acessibilidade e mobilidade .

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Centrar a métrica na concepção de concepção de

proteção social de famíliasproteção social de famílias isto é, mais do que renda,

mais do que atenção á saúde, envolve esforços múltiplos

partilhados, articulados pactuados para instalar

condições concretas que vão além da disciplina da família

e seus membros

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SEGURANÇA da HABITAÇÃO

ausência de moradia subnormal,

presença de regularização fundiária presença de serviços públicos na moradia

FAMÍLIA razão de dependência da

família(ciclo de vida); demandas de cuidados especiais; segurança de

emprego – renda; escolaridade do provedor e

dos membros da família

SERVIÇOS SOCIAIS PÚBLICOS

modo de presença/ausência de

serviços sociais públicos na proximidade da

moradia proximidade e distancia no cotidiano das famílias

ESTRUTURA URBANAESTRUTURA URBANA

presença de serviços presença de serviços públicos de agua, esgoto, públicos de agua, esgoto, lixo, iluminação pública, lixo, iluminação pública, calçadas, nome de ruas, calçadas, nome de ruas,

correio, entre outroscorreio, entre outros presença de área de presença de área de

perigo de risco geotécnico,perigo de risco geotécnico,ausência de situações de ausência de situações de

violência violência acesso a transporte acesso a transporte

públicopúblico

PROTEÇÃO SOCIAL DE FAMÍLIAS

Familia-TerritórioFamilia-Território

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0.2

.4.6

.81

0 .2 .4 .6 .8 1ate_meioSM

r_sem_esg_geral Fitted values

Univariada e MultivariadaUnivariada e MultivariadaDistribuição EspacialDistribuição Espacial

AgrupamentosAgrupamentosCorrelaçõesCorrelações

• 3 - demografia• 7 - família• 4 - domicílio• 9 - entorno• 5 - serviços básicos

28 variáveis de entrada

14 variáveis de saída

ITPS

• 5 - CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA E FAMÍLA

• 2 - SEGURANÇA HABITACIONAL

• 7 - ENTORNO, RISCO E INFRAESTRUTURA URBANA

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Protective Capacity Protective Capacity GroupsGroups

SP, Spatial Unit –Used SP, Spatial Unit –Used Census Tract, IBGE 2010Census Tract, IBGE 2010

Group 1Group 1 – Very HighVery High Private Private Acquision ofAcquision of Social ProtectionSocial Protection

Grupo 2 - HighHigh Private Acquision ofPrivate Acquision of SocialSocial ProtectionProtection

Grupo 3 - Acquision of Private Social Acquision of Private Social ProtectionProtection

Grupo 4 – Presence of Public-Private Presence of Public-Private Social ProtectionSocial Protection

Grupo 5 – Stable Presence of Public Stable Presence of Public Social ProtectionSocial Protection ElementsElements

Grupo 6 - Incomplete Presence of Incomplete Presence of Public Social ProtectionPublic Social Protection ElementsElements

Grupo 7 – Unstable and Fragile Unstable and Fragile Presence of Public SocialPresence of Public Social Protection ElementsProtection Elements

Grupo 8 – Total Absence of Public Total Absence of Public Social Protection ElementsSocial Protection Elements

Índice de proteção Social das Famílias em seus Territórios (Índice relacional, multidimensional: família-territórioÍndice relacional, multidimensional: família-território)

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Grupo 1 – muito alta aquisição de proteção privada: familias com altissima renda per capita familiar, padrão de proteção assentado em referencias internacionais, serviços privados de alto padrão que não se situam necessariamente no território da moradia de altíssimo padrão, em território de plena urbanização, presença de serviços públicos e alto consumo de serviços privados, ausência de domicílios subnormais ,presença de crianças e jovens.

Grupo 2 - alta aquisição de proteção privada: familias com alta renda per capita, padrão altamente estável de proteção, moradia de alto padrão, território com plena urbanização, presença e oferta de serviços públicos e alto consumo de serviços privados, ausência de domicílios subnormais, menos crianças e jovens e mais idosos.

Grupo 3 - aquisição de proteção privada: significativa renda famiiar associada a padrão de consumo estável assentado em proteção social privada, moradia em padrões construtivos sólidos em território com oferta de serviços públicos e privados e presença maior de idosos.

Grupo 4 – presença de proteção privada e pública: renda per capita familiar média de 3,5 salários mínimos, moradia com presença de irregularidades no domicilio localizado em território com incompletude de infraestrutura urbana com oferta de serviços públicos e privados,

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Grupo 5 – proteção social pública muito estável : renda familiar inferior a 2 salários mínimos, presença de irregularidades no domicilio. incompletude de infraestrutura urbana e do processo de urbanização com oferta de serviços públicos e privados;

Grupo 6 - proteção social pública incompleta: renda per capita familiar próxima a 1 salário mínimo, moradia com presença de irregularidades, presença significativa de crianças e jovens, incompletude de infraestrutura urbana e irregularidades no processo de urbanização;

Grupo 7 – frágil presença de proteção social pública: renda per capita familiar inferior a 1 salário mínimo, maior presença de crianças e jovens, significativa incompletude de infraestrutura urbana e irregularidade do processo de urbanização, alta presença de domicílios subnormais;

Grupo 8 – ausência de proteção social publica -baixo per capita familiar, instavel relação de emprego e renda, presença de provedores analfabetos, insegurança de moradia, forte presença de domicílios subnormais, precária urbanização pública (ausência de calçada, iluminação, maior exposição a perigo de risco geotécnico, maior ausência de rede de esgoto).

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Milton Santos (1926, 2001)

Geógrafo, Urbanista, Professor, Brasileiro, Bahiano

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Geometrias não são Geometrias não são Geografias Geografias SANTOS, Milton (2000)

Por uma outra globalização - do pensamento único à consciência universal, Record, São Paulo.

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“Sendo isto. Ao doido, doideiras digo. Mas o senhor é homem sobrevindo, sensato, fiel como papel, o senhor me ouve, pensa e repensa, e rediz, então me ajuda. Assim, é como conto. Antes conto as coisas que formaram passado para mim com mais pertença. Vou lhe falar. Lhe falo do sertão. Do que não sei. Um grande sertão! Não sei. Ninguém ainda não sabe. Só umas raríssimas pessoas — e só essas poucas veredas, veredazinhas. O que muito lhe agradeço é a sua fineza de atenção.”

(Grande Sertão Veredas – Guimarães RosaGrande Sertão Veredas – Guimarães Rosa)

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Obrigado!Obrigado!