Termo de referência para apresentação de casos

Lima, 11 y 12 dosetembro do 2018

SeminárioBoas Práticas:

Integrando as áreas protegidas amazônicas

com a paisagem

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Seminário Boas Práticas:Integrando as áreas protegidas amazônicas com a paisagem

Introdução ao seminárioO bioma amazônico cobre 6,7 milhões de km2 e se estende por oito países e um território. O bioma abrange o maior bosque tropical contínuo que existe no planeta, com uma diversidade inigualável de espécies e hábitats e com funções ecossistêmicas fundamentais para a dinâmica do clima regional e global. Atu-almente, a Amazônia enfrenta desafios críticos, onde as áreas protegidas têm um papel fundamental na conservação e manutenção das funções do bioma.

No âmbito da implementação da Visão de Conservação para a região Ama-zônica (“Visão Amazônica”) da Rede Latino-americana de Cooperação Téc-nica em Parques Nacionais, outras Áreas Protegidas, Flora e Fauna Silvestres (REDPARQUES), que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento regional do Programa de Trabalho de Áreas Protegidas do Convênio sobre a Diversidade Biológica (CDB) e o alcance das Metas de Aichi, surge o proje-to “Integração das Áreas Protegidas do Bioma Amazônico – IAPA” financiado pela União Europeia sob a coordenação da FAO e implementados por UICN, ONU MEIOAMBIENTE e WWF. O projeto busca contribuir com o incremento da resiliência do ecossistema frente os efeitos das mudanças climáticas, com a manutenção e provisão de bens e serviços que beneficiam a biodiversidade, as comunidades e as economias locais com um enfoque de paisagem.

O presente Seminário nasce do mesmo objetivo do projeto: que as áreas pro-tegidas (AP) no bioma Amazônia sejam manejadas sob uma visão paisagística e não como entidades isoladas de seu ambiente. Isto é coerente com os de-safios propostos pelo Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020, da CDB.

Objetivo geral do SeminárioCompartilhar e disseminar boas práticas e seu aprendizado na área de gestão integrada de áreas protegidas no bioma Amazônia, considerando a abordagem da paisagem e o impacto além de seus limites jurisdicionais.

Objetivos específicos• Mapear, compilar e difundir experiências que forneçam boas práticas repli-

cáveis e, com base nelas, lições aprendidas no âmbito do gerenciamento integrado

• Proporcionar um espaço para intercâmbio e análise entre os atores dessas experiências, fortalecer as lições aprendidas e boas práticas, bem como estabelecer alianças com novos parceiros.

• Visibilizar e fortalecer os esforços da Amazônia para o cumprimento da Meta 11 de Aichi da CDB, particularmente no que diz respeito à integração das APs às paisagens terrestres mais amplas

• Gerar insumos para contribuir com os espaços de discussão no III Con-gresso Latino-Americano de Áreas Protegidas, que será realizado em Lima em março de 2019.

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Para efeitos desse Seminário, o que entendemos por boas práticas em gestão integrada?Em geral, entende-se por boa prática uma ação realizada para a solução de um problema ou a consecução de um objetivo que, uma vez colocado em prática, tem dado bons resultados, ou seja, é uma ação bem-sucedida. No caso espe-cífico da gestão integrada de áreas protegidas da Amazônia, as boas práticas serão entendidas como aquelas ações, processos, metodologias, projetos ou acordos que:

• Geraram aprendizado focado na melhoria da gestão da área protegida considerando o território em que estão inseridas;

• Deram bons resultados (tiveram sucesso) do ponto de vista da atenção a algum problema na gestão do território;

• Envolve uma ou mais áreas protegidas, nacionais ou subnacionais, de pri-meira ordem e / ou outro ator relacionado com a gestão do território (mu-nicípios, territórios indígenas, reservas privadas, etc.);

• Estão localizados além dos limites jurisdicionais da área protegida, com base em uma abordagem de paisagem.

Quais os benefícios de participar do Seminário?As oportunidades e incentivos para participação são, entre outros:

• Trocar experiências e aprender de iniciativas inovadoras que podem ser replicadas nas paisagens do bioma Amazônico.

• Identificar e articular esforços com a iniciativa de Visão Amazônica de RE-DPARQUES.

• Ampliar a sua rede de colaboração com instituições públicas, ONGs e agências de cooperação, organizações indígenas e atores locais, acade-mia, empresas, institutos de pesquisa, grupos de mulheres que contribuem com a conservação e o desenvolvimento sustentável, entre outros.

• Ser parte da publicação eletrônica de ampla difusão internacional onde es-tarão compiladas todas as iniciativas apresentadas nesta convocatória.

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Posso apresentar propostas ao Seminário?Qualquer pessoa pode apresentar casos. Encorajamos a apresentar propos-tas para o seminário, as comunidades locais e povos indígenas que habitam as áreas protegidas e suas áreas de influência, guarda-parques e técnicos de entidades públicas, organizações com ou sem fins lucrativos, universidades e centros de pesquisa, empresas e outros atores.

Considere que a pessoa que apresenta uma proposta, assume total responsa-bilidade pela veracidade e divulgação das informações fornecidas.

Quais são os requisitos mínimos para a seleção de propostas?Os elementos indispensáveis que devem estar presentes nas experiências são:

• Deve ser desenvolvida no bioma amazônico.

• Deve estar vinculada, pelo menos, a uma AP declarada sob as categorias legalmente reconhecidas por um governo nacional ou subnacional de pri-meira ordem (departamental, estadual ou regional). Não inclui áreas prote-gidas municipais ou privadas.

• A experiência deve ser bem sucedida, isto é, que ela tenha feito progressos substanciais na solução de um problema de gerenciamento de um territó-rio amazônico.

A experiencia pode ser de dois tipos:

• Gestão integrada entre duas ou mais AP vizinhas, adjacentes, próximas ou sobrepostas, localizadas em um ou vários países ou jurisdições subnacio-nais.

• Integração de uma ou mais AP com o território correspondente à paisa-gem em que estão inseridas, e no qual outros atores locais podem estar envolvidos, por exemplo: comunidades, territórios ou reservas indígenas, áreas conservadas de outro tipo, áreas protegidas de terceira ordem (mu-nicipais ou privadas), etc.

Temas do SeminárioConsideram-se 5 âmbitos relevantes no escopo da GESTÃO INTEGRADA. Den-tro destes, se apresentam temas orientadores (não exclusivos) de interesse para o mapeamento das experiencias:

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Governança

DECIDIR: todos os processos para tomar decisões definidos em escala de

paisagem.

Qual é o nível de impacto da boa prática, na aplicação dos princípios de boa governança da IUCN, que promovem a participação de todos os envolvidos, justiça e equidade na geração de benefícios, prestação de contas, direção e

liderança adequada, etc.?

• Modelos e mecanismos para a boa governança e a participação de atores locais (povos indígenas, comunidades locais, governos locais, mulheres, jovens, etc.) em escala de paisagem, para o sucesso na conservação além das fronteiras da AP

• Descentralização: boas práticas na realização de ações de integração horizontal no território que, ao mesmo tempo, são apoiadas pelas autoridades de nível superior dos atores envolvidos.

• Ações que fortaleçam os direitos dos atores locais e a distribuição eqüitativa dos benefícios gerados pela AP.

• Processos de transformação de conflitos socioambientais na paisagem.

• Promoção de modelos alternativos de governança.

Gestão

FAZER:a forma de coordenar ações efetivas entre jurisdições.

Qual é o impacto da boa prática na melhoria do alcance dos objetivos de conservação com base na gestão integrada?

• Modelos inovadores de gestão integrada de recursos naturais.

• Ações de monitoramento, controle e vigilância sob o enfoque de gestão integrada.

• Equalização de regulamentações e gestão de espécies e ambientes em um território mais amplo que o da AP e ou sob diferentes jurisdições.

• Ordenamento territorial e a integração das AP.

• Voluntariado no âmbito da gestão integrada.

• Ações de mitigação e / ou adaptação no âmbito de uma abordagem de gestão integrada às alterações climáticas.

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Conhecimento

SABER: a forma de “entender” como funciona o território além barreiras

jurisdicionais.

Qual é o impacto da boa prática no fortalecimento do diálogo entre os diferentes sistemas de conhecimento na paisagem, como forma de

melhorar a integração das APs com seu entorno?

• Gestão do conhecimento: uma forma de compreender de forma abrangente a paisagem para além da jurisdição da AP.

• Uso de tecnologias inovadoras em ações de gestão (por exemplo, no monitoramento comunitário).

• Pesquisa social e ambiental em escala de paisagem.

• Valorização do conhecimento local e tradicional na gestão da paisagem.

Fortalecimento

CRECER:ações para fortalecer e melhorar todas as anteriores.

Qual o impacto da boa prática na geração ou busca de melhores recursos técnicos, financeiros e operacionais para o gerenciamento integrado da AP

no bioma?

• Mecanismos inovadores de sustentabilidade financeira para ações de gestão integrada.

• Fortalecimento de capacidades locais para a gestão da paisagem.

• Fortalecimento das capacidades no nível da paisagem para cumprimento dos acordos internacionais (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Metas de Aichi, Acordo de Paris, Convenção 169 da OIT, entre outros).

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Modos de vida

VIVER:ações integradas para melhoria da vida das populações locais.

Qual é o impacto da boa prática na melhoria das ações integradas entre a AP e as comunidades locais localizadas na paisagem, com o objetivo de

melhorar os modos de vida e a subsistência dessas comunidades?

• Sistemas de produção, cadeias de valor e alternativas de investimento para o bem viver das comunidades locais, promovidas através da gestão integrada.

• Responsabilidade social das empresas como mecanismo de gestão da paisagem.

• Diálogos intersetoriais na paisagem.

• Envolvimento da participação de setores vulneráveis (indígenas, mulheres, jovens como impulsionadores da mudança).

• Gestão de turismo na escala de paisagem.

• Gerenciamento de riscos compartilhado em um território.

TEMAS TRANSVERSAIS. Adicionalmente aos temas anteriores, esta convoca-tória dará especial atenção aos seguintes temas: Mudança Climática, Gênero e Direitos e populações vulneráveis (jovens, mulheres, população em situação de pobreza).

Critérios adicionais para a seleção de casos.Adicionalmente, os seguintes critérios gerais contribuem para entender como serão destacadas a relevância das experiencias apresentadas no Seminário:

• Replicabilidade: Quão fácil pode ser adaptar e replicar a experiência em outra realidade amazônica?

• Impacto (social, ambiental e econômico): Quanto esta prática conseguiu gerar um impacto na paisagem, para a conservação dos recursos naturais, para melhoria das capacidades no território e/ou o bem viver das comuni-dades locais?

• Desempenho: Quanto essa boa prática ajudou a melhorar a gestão da(s) área(s) envolvida(s) diretamente, a fim de alcançar seus objetivos?

• Inovação: Quão inovadora é uma boa prática ao propor soluções alterna-tivas e eficazes para lidar com problemas antigos ou novos da Amazônia?

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• Participação: Quão inclusiva é a experiência em gerar maior participação das comunidades locais na proteção do bioma?

• Sustentabilidade: Quanto esforço requer dos interessados para manter a boa prática ao longo do tempo?

Como posso me inscrever? Para inscrever sua experiencia você deve preencher um formulário disponível em: http://www.portalces.org/iapa/seminario-de-buenas-practicas

Se a sua conexão com a internet não é estável, você pode baixar o formulário e enviá-lo pelo email para seminario.buenas.practicas@gmail.com.

O formulário também pode ser solicitado ao email seminario.buenas.practi-cas@gmail.com ou WhatsApp +51 991949855.

Se você tiver uma publicação ou material audiovisual da experiencia, poderá enviá-lo como anexo aos endereços já mencionados.

As experiencias podem ser apresentadas em espanhol, português o inglês.

O prazo para apresentar sua experiencia está aberto até o día 27 de julho de 2018.

Seleção dos casos que irão ao SeminárioNem todos os casos apresentados nesta chamada podem participar do se-minário, devido a limitações na capacidade logística e financeira do evento. No entanto, todos os casos que atendam ao conceito de boas práticas em gestão integrada serão incluídos em uma publicação digital que será realizada após o Seminário. Esta publicação servirá para divulgar esses casos para o mundo, divulgando o que está sendo feito no Bioma Amazônia

Serão selecionados os casos que a equipe de avaliação considere que conte-nham elementos que os destacam, bem como as melhores condições para contribuir para o alcance dos objetivos do Seminário.

A equipe de facilitadores do Seminário entrará em contato para informá-lo so-bre os resultados da seleção de 29 de julho a meados de agosto.

Estou interessado em participar. Tem algum custo?UMA PESSOA de cada experiência selecionada receberá apoio financeiro para transporte, hospedagem e alimentaçao, para que possa participar e apresentar o caso durante o seminário, além de participar das discussões que surgirem durante o evento e, assim, trazer um feedback aos seus pares.

Se você estiver interessado em participar do Seminário com seus próprios fun-dos, entre em contato através dos meios indicados.

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Seminário Boas Práticas:Integrando as áreas protegidas amazônicas com a paisagem

Caso necessite ajuda para inscrição ou tenha dúvidas? Você pode pedir ajuda para preencher o formulário ou responder perguntas para o número WhatsApp +51 991949855 ou e-mail: seminario.buenas.prac-ticas@gmail.com.

Por favor, não hesite em nos contatar, sua participação é importante.

Existe um documento que divulgue experiências de Boas Práticas na gestão de áreas protegidas que podemos usar como inspiração?Sim e por esse motivo, sugerimos que você tenha contato com os seguintes documentos e informações nos respectivos sites. Temos certeza de que eles serão inspiradores para sua própria experiência.

• Seminários de boas práticas organizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 2014 e 2016 (ICMBio).

• O projeto Amazônia além das fronteiras: lições aprendidas em áreas pro-tegidas (2013–2015), da UICN America do Sul com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore (veja também http://areasprotegidas.leccionesama-zonia.com/index.html#)

• Cinco estudos de caso na plataforma virtual Panorama Solutions Panora-ma Solutions (buscar “Amazonía”).

• O documento “Governança de áreas protegidas: do entendimento à ação” (2014), uma referência global para boas práticas de governança (http://cms-data.iucn.org/downloads/iucn_spanish_governance_book.pdf) de UICN

Agradecemos o interesse demonstrado nesta convocatória e incentivamos você a apresentar suas experiências. Selecionados ou não, confiamos que o processo de análise e reflexão que exige o preenchimento do formulário será enriquecedor para você.

¡Estamos esperando por você no Seminário de Lima!