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PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 2 EM 10 ANOS HOUVE 45 MULHERES ASSASSINADAS NA REGIÃO São números impressionantes, numa década dramática no contexto do fenómeno da vio- lência doméstica. Os dados foram revelados ao Semmais pelo Observatório de Mulheres Assassinadas e assumem um crescendo. Só em 2004 não houve mortes. POLITICA PÁGINA 6 ANA PAULA VITORINO, MINISTRA DO MAR, DIZ QUE VAI CUMPRIR CLUSTER DO MAR A nova ministra Ana Paula Vitorino expõe em entrevista ao Semmais as principais linhas de orientação para este mandato. A experiente governante, que já tutelou as obras públicas, está decidida a fazer mudanças no que chama de ‘economia azul’ e agitar as empresas tradicionais. SOCIEDADE PÁGINA 4 ELEIÇÕES DE JANEIRO PROMOVEM DISPUTA NO CORAL LUÍSA TODI As eleições para os órgãos sociais do Coral Luísa Todi estão ao rubro. Pela primeira vez em quase 40 anos, uma lista opositora quer destro- nar a gestão de Luís Fernandes, o atual pre- sidente demissionário. E há acusações fortes, numa disputa de grande polémica. A Assembleia da República aprovou, esta sexta-feira, a urgente construção do hospital do Seixal, uma reivindicação do eixo Almada, Seixal e Sesimbra para suprir a sobrelotação do Garcia de Orta. Os parlamentares confirmaram a petição de cerca de 8 mil assinaturas que reclamam a edificação do equipamento de saúde e outras melhorias na área da saúde nesta zona de grande densidade populacional. Os dados oficiais indicam que faltam mais de 1300 camas hospitalares na península. SOCIEDADE PÁGINA 5 Sábado 19 | Dezembro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 883 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PARLAMENTO DÁ LUZ VERDE AO NOVO HOSPITAL DO SEIXAL

Semmais 19 Dezembro 2015

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Edição do Semmais de 19 de Dezembro

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SOCIEDADE PÁGINA 2EM 10 ANOS HOUVE 45 MULHERES ASSASSINADAS NA REGIÃO São números impressionantes, numa década dramática no contexto do fenómeno da vio-lência doméstica. Os dados foram revelados ao Semmais pelo Observatório de Mulheres Assassinadas e assumem um crescendo. Só em 2004 não houve mortes.

POLITICA PÁGINA 6ANA PAULA VITORINO, MINISTRA DO MAR, DIZ QUE VAI CUMPRIR CLUSTER DO MAR A nova ministra Ana Paula Vitorino expõe em entrevista ao Semmais as principais linhas de orientação para este mandato. A experiente governante, que já tutelou as obras públicas, está decidida a fazer mudanças no que chama de ‘economia azul’ e agitar as empresas tradicionais.

SOCIEDADE PÁGINA 4ELEIÇÕES DE JANEIRO PROMOVEM DISPUTA NO CORAL LUÍSA TODI As eleições para os órgãos sociais do Coral Luísa Todi estão ao rubro. Pela primeira vez em quase 40 anos, uma lista opositora quer destro-nar a gestão de Luís Fernandes, o atual pre-sidente demissionário. E há acusações fortes, numa disputa de grande polémica.

A Assembleia da República aprovou, esta sexta-feira, a urgente construção do hospital do Seixal, uma reivindicação do eixo Almada, Seixal e Sesimbra para suprir a sobrelotação do Garcia de Orta. Os parlamentares confirmaram a petição de cerca de 8 mil assinaturas que reclamam a edificação do equipamento de saúde e outras melhorias na área da saúde nesta zona de grande densidade populacional. Os dados oficiais indicam que faltam mais de 1300 camas hospitalares na península.

SOCIEDADE PÁGINA 5

Sábado 19 | Dezembro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 883 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmaisPARLAMENTO DÁ LUZ VERDE AO NOVO HOSPITAL DO SEIXAL

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AUTORIDADES POLICIAIS AFIRMAM QUE NÃO SE PODE DIZER QUE O FEMECÍDIO ESTEJA EM TENDÊNCIA DECRESCENTE

Em dez anos houve 45 mulheres assassinadas no distrito

SOCIEDADE

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

Os dados são revelados pelo Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA). Nos

últimos dez anos a região lamen-tou a morte de 45 mulheres num quadro de violência doméstica, surgindo o distrito entre os que se registam mais femicídios, apenas atrás de Lisboa e Porto. A maioria dos crimes foram cometidos com recurso a armas brancas e de fogo, utilizadas pelos maridos ou

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companheiros, segundo revela o OMA, que dá ainda conta de vá-rias tentativas de homicídio ao logo da década. Como o Semmais já tinha avançado, este ano houve quatro homicídios, traduzindo menos três do que no ano passado, já que 2014 foi um dos anos mais negros, com sete mortes, superado ape-nas por 2010, quando ocorreram oito crimes deste género. Nos últimos dez anos, ape-nas 2004 se revelou como exemplar, com registo zero, en-

quanto em 2005 duas mulheres morreram às mãos do maridos ou companheiros, aumentando para três em 2006. 2008 e 2013, com quatro vítimas, e 2011, com cinco, foram também anos em que a violência doméstica dis-parou na região. Ainda assim, apesar deste ano a região ter registado menos homicídios consumados face ao ano passado, o OMA alerta que não se pode afirmar que «o fe-micídio está em tendência de-crescente», tendo em conta os

últimos 11 anos. Pelo contrário, diz aquela organização. «Este tipo de criminalidade contra as mulheres, e em particular nas relações de intimidade presentes ou pretéritas, mantêm uma esta-bilidade, contrariando a tendên-cia decrescente verificada em Portugal do homicídio praticado noutros contextos».

A PSP diz que a redução deste ano deve-se a trabalho conjunto

Como tinha adiantado ao Sem-mais Hugo Guinote, da PSP, a di-minuição de casos se deve ao trabalho conjunto de várias enti-dades, desde as forças de segu-rança até às instituições de apoio à vítima, sendo revelado que a história de violência doméstica na relação foi identificada quer nos homicídios consumados que, refere o relatório, subli-nhando que em cerca de um ter-ço destes casos decorria um processo-crime. Já quanto à suposta motiva-ção ou justificação para os cri-mes, verifica-se, segundo o OMA, que a maioria dos femicídios pra-ticados ocorreu num contexto de

Em relação a 2014, considerado um ‘ano negro’, este ano marca uma redução de três mortes tipificadas neste contexto de violência doméstica. Na última década, segundo os números a que o Semmais teve acesso, apenas 2004 ficou a zeros.

violência doméstica, destacan-do-se também aqueles em que a motivação identificada foi a se-paração e a não-aceitação dessa decisão. De seguida surge a atitu-de possessiva como motivação e os ciúmes. A compaixão pelo so-frimento da vítima é referenciada como o motivo determinante para a prática do femicídio, mas há ainda motivos relacionados com a psicopatologia. Acrescenta ainda o OMA, com base no cruzamento da in-cidência do crime com a presen-ça de violência doméstica nas relações de intimidade, presente ou passadas, e relações familia-res privilegiadas, que as mulhe-res assassinadas foram vítima de violência nessa relação. Desde o início do Observató-rio e, dos dados recolhidos, veri-ficou-se que se mantém a ten-dência de maior vitimização das mulheres às mãos daqueles com quem ainda mantinham uma re-lação, fosse ela de casamento, união de facto, namoro ou outro tipo relação de intimidade, se-guido pelo grupo dos ex-mari-dos, ex-companheiros e ex-na-morados.

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SOCIEDADEO ESTUDO DA ASSOCIAÇÃO “TRANSPARÊNCIA E INTEGRIDADE CÍVICA AVALIOU 76 INDICADORES DE INFORMAÇÃO AOS CIDADÃOS

Só três autarquias do distrito estão posicionadas entre as cem mais transparentes

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

As câmaras do Montijo, Santiago do Cacém e Grândola – por esta or-

dem – são as três autarquias mais transparentes da região, segundo o Índice de Transpa-rência Municipal (ITM), situan-do-se entre o «top 100». Os res-tantes municípios do distrito

Os concelhos do Montijo, Santiago e Grândola são as mais transparentes na forma como lidam com os seus cidadãos, através dos seus Web sites. Os restantes surgem muito atrás.

Novo ministro quer mais desenvolvimento rural para as zonas do Litoral Alentejano e para a franja de campos agrícolas que se estendem entre Alcochete, Montijo e Palmela. Para Capoulas Santos, o desenvolvimento regional tem que plasmar estas realidades.

oscilam entre os lugares 101 (Al-cácer do Sal) e 213 (Sesimbra). O ITM mede o grau de trans-parência das câmaras munici-pais através de uma análise da informação disponibilizada aos cidadãos nos seus web sites, sendo composto por 76 indica-dores agrupados em sete di-mensões: Informação sobre a Organização, Composição So-cial e Funcionamento do Muni-

cípio, Planos e Relatórios, Im-postos, Taxas, Tarifas, Preços e Regulamentos, Relação com a Sociedade, Contratação Pública, Transparência Económico-Fi-nanceira e Transparência na área do Urbanismo. Montijo destaca-se na lide-rança alentejana, garantindo a 74.ª posição do ranking nacio-nal, tendo obtido um ITM de 56.18, enquanto Santiago do

Cacém (55.91) alcança os 76.º posto e Grândola (54.94) o 82.º lugar.

Maior exigência dos cidadãos num poder local carregado

Quantos aos restantes municí-pios do distrito, Alcácer do Sal (101º na geral) ocupa o quarto lugar (49.72), seguindo-se Sines (113º lugar e 47.66), enquanto a Moita (133º nacional) é sexta (43.81). A sétima posição distrital cabe ao Seixal (43.40) e a oitava é Almada (43.27). Segue-se Alco-chete (40.38), Barreiro (37.77), Palmela (37.64), Setúbal (34.89) e Sesimbra (34.20). A Transparência e Integrida-de Associação Cívica considera que «o Poder Local constitui uma pedra angular da democra-cia Portuguesa, pelo papel fun-damental que desempenha para o desenvolvimento das comuni-dades locais e a formação cívica dos cidadãos», sendo unânime o reconhecimento do serviço

prestado pelo Poder Local à «consolidação democrática e ao desenvolvimento do país», sa-lienta a associação. A mesma entidade acrescen-ta que «nos últimos anos, o Po-der Local tem vindo a sofrer inú-meras transformações e desafios que condicionam a qualidade e integridade da governação mu-nicipal». Entre outros, cita a eu-ropeização do poder local, a glo-balização e o seu impacto social, económico e institucional, o crescente distanciamento dos eleitores em relação aos parti-dos e as novas formas de parti-cipação política. A estes itens juntam-se a maior exigência de rigor e de éti-ca por parte dos cidadãos em relação aos seus eleitos locais, além do aumento das compe-tências das autarquias e a com-plexidade crescente do governo local, a par do impacto das no-vas tecnologias no relaciona-mento dos cidadãos com a go-vernação local.

O novo ministro da Agri-cultura, Capoulas Santos, quer conciliar o chama-

do «desenvolvimento regional» com «desenvolvimento rural», em zonas como o Litoral Alente-jano ou na franja de campos agrícolas que se estendem entre Alcochete, Montijo e Palmela. Considera ser chegada a hora do Governo olhar mais atentamen-te para a «ruralidade». Justificou ao Semmais ser esta «uma nova

PROPOSTA PREVÊ MAIS ÁREA EXPOSTA À DESERTIFICAÇÃOA proposta do Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação preconiza uma nova avaliação do es-tado e da tendência de de-gradação da terra, sendo que há vários anos que a região reclama a imple-mentação de medidas des-tinadas a travar a degrada-ção dos territórios em risco, entre as quais se incluem as relacionadas com a prote-ção dos solos.O presidente do Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) considera que a desertificação no distrito pode ser ultrapassada se forem tomadas medidas que minimizem o avanço do deserto. «A desertifica-ção ainda não é uma fatali-dade», sublinha Joanaz de Melo, apesar dos dados chegarem a ser alarmantes, quando o relatório da Co-missão Nacional de Com-bate à Desertificação indica que a área suscetível de ser desertificada cresceu 75 por cento no território con-tinental português ao longo dos últimos dez anos.

visão que vai muito para além da agricultura e das atividades a ela conexas, que é necessário que estejam plasmadas nas polí-ticas e nas prioridades dos go-vernos». O governante alerta não ser por acaso que o seu ministério se chama da «Agricultura, da Floresta e do Desenvolvimento Rural», justificando a designa-ção com o facto de existir muita atividade em torno do meio ru-ral que vai para lá da agricultura. «Há outras questões que é ne-cessário proteger e estimular

para garantir emprego e vida nas zonas rurais», acrescenta Capoulas Santos. O governante, que há vários anos já esteve à frente da pasta da Agricultura, no Executivo li-derado por António Guterres, defende que «a ruralidade re-presenta as nossas mais profun-das raízes culturais», acrescen-tando que, afinal, «todos nós temos ascendência rural, por-que o fenómeno da urbanização é relativamente recente. Hoje há outros modos de olhar para a ruralidade», reforça.

CAPOULAS SANTOS DEIXA CLARO AO SEMMAIS QUE CONHECE BEM A REALIDADE RURAL DA REGIÃO

Regresso à ruralidade no distritona agenda do ministro da Agricultura

Ministro não esquece regresso ao mundo rural

Aliás, insiste o ministro, «verifi-camos hoje que há um retorno ao meio rural de muitas pessoas urbanas, até com elevadas qua-lificações, que começam a ence-tar novas experiências», exem-plifica Capoulas Santos, para quem estas famílias procuram a qualidade de vida que está asso-ciada ao campo. Recorde-se que Alcochete é dos exemplos, tendo aumentado a população em cer-ca de mais 5 mil habitantes nos últimos anos, precisamente com o argumento da procura de qua-lidade de vida. «Quando é possível associar à ruralidade fibra ótica e boas acessibilidades há muitas ativi-dades económicas que eram tradicionalmente urbanas, mas que agora podem se desempe-nhadas em qualquer ponto do território”. A aposta de Capoulas Santos agora anunciada ao Semmais, surge numa altura em que a de-sertificação dos meios rurais da região soma e segue, colocando--a entre as zonas prioritárias à procura de soluções no Progra-ma de Acção Nacional de Com-bate à Desertificação.

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SOCIEDADE

TEXTO ANABELA VENTURAIMAGEM SM

Os associados do Coral Luís Todi, uma das insti-tuições mais vetustas de

Setúbal, fundada em 1961, vão ser chamados, no próximo dia 8, a escolher pela continuidade do atual presidente Luís Fernandes, que se encontra demissionário, e Rui Águas, consultor, que pre-tende «virar a página» de uma

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LISTA OPOSITORA AO PRESIDENTE DEMISSIONÁRIO DO CORAL LUÍSA TODI FALA EM «GESTÃO RUINOSA»

Guerras de Coral colocam eleições de Janeiro em ebulição

As eleições para a direcção do Coral Luísa Todi, em Setúbal, estão marcadas pela polémica. A gestão do atual presidente demissionário, Luís Fernandes, está a ser posta em causa, com acusações de «autoritarismo» e «truques eleitorais». O auditor Rui Águas quer virar a página.

gestão «ruinosa», que acusa de ser «prepotente, autoritária e unipessoal». A polémica está ao rubro, com Rui Águas a acusar a atual comissão de gestão, ainda lide-rada por Luís Fernandes, de ter inscrito, em dois momentos - um dos quais na véspera da de-missão – cerca de setenta novos associados e de ter rejeitado no-vas propostas logo a seguir. «Houve aqui um truque eleitoral

revelador da forma como este senhor (Luís Fernandes) gere o Coral. Apressaram-se a inscre-ver os ‘seus sócios’ e suspende-ram a entrada de outros que po-deriam ser contra e optarem por uma nova solução», afirma ao Semmais, Rui Águas, que conta na lista como candidato à presi-dência da Assembleia-geral o conhecido médico Raul Melo. Rui Água, que diz ter sentido a obrigação de avançar, devido

ao estado de «degradação» da instituição, a qual, segundo su-blinha, «está a ser gerida há al-gumas décadas pela mesma pessoa que faz o que quer sem participação dos seus pares», afirma ser a hora de «virar a pá-gina e dar um novo rumo ao Co-ral. «Estamos num beco sem sa-ída e enfeudados pelo senhor Luís Fernandes», critica. No pacote dos seus projetos, constam o rejuvenescimento da instituição, aproximá-la da co-munidade e da cidade e a cria-ção de uma academia de voz. «Em termos estratégicos, o Co-ral tem que se diferenciar das outras instituições congéneres, nomeadamente o Conservatório Regional. A academia de voz pode representar essa compo-nente inovadora», afirma.

Luís Fernandes não quer entrar em gincana pessoal

O atual presidente da comissão de gestão, por seu turno, está confiante de que os associados vão reconhecer a história, os va-lores que sempre guindaram a

sua gestão. «É preciso respeitar o passado desta instituição e das pessoas que sempre a geriram de forma abnegada», explica Luís Fernandes. O recandidato, que prefere não comentar as acusações e o «estilo» da candidatura oposi-tora, afirma, categoricamente, que todo o processo eleitoral «decorreu dentro da legalidade e de acordo com os estatutos». E acrescentou: «Sobre o resto nada mais tenho a dizer, a não ser que o Coral tem uma inten-sa atividade ao longo do ano, em Setúbal, no pais e até no es-trangeiro». Para este embate, Luís Fer-nandes conta com «uma equipa renovada, muito jovem, com fortes ligações a atividades cívi-cas na cidade e com muita com-petência». Como linhas de orientação, segundo Luís Fernandes, pre-tende-se honrar as tradições, respeito pelo passado e a his-tória do Coral, bem como ga-rantir a sustentabilidade para os novos tempos e apostar na inovação.

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SOCIEDADE

A empresa Infraestru-turas de Portugal (IP) deu luz verde ao

avanço da execução dos principais projetos de mo-dernização da rede ferro-viária nacional, inscritos no PETI- Plano Estratégi-co de Transportes e Infra-estruturas, que contem-pla, entre outros, o lançamento do procedi-mento pré-contratual para a modernização da linha do Alentejo.

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LINHA DO ALENTEJO VAI AVANÇAR E PRIVILEGIAR TROÇO ENTRE OS PORTOS DE SINES, SETÚBAL E LISBOA

Linha ferroviária com via verdeParlamento dá luz verde para Hospital do Seixal O projeto tinha sido

delineado pelo anterior Governo e classificado como “prioritário” pelo Grupo de Trabalho para as Infraestruturas de Eleva-do Valor Acrescentado (GTIEVA). Ainda no mês de novembro a empresa que é liderada por António Ramalho publicou em Di-ário da República o lança-mento do procedimento pré-contratual necessário à contratação da presta-ção de serviços para ela-boração do estudo prévio, estudo de impacte am-

A Assembleia da Re-pública aprovou a urgente construção

do hospital no Seixal e melhores cuidados de saúde para o concelho. Foi esta sexta-feira, com vo-tos favoráveis da CDU, BE e PS e as abstenções do PSD e CDS. Confirmou-se o que ti-nha ficado muito claro um dia antes, quando o Parla-mento debateu a petição com mais de 8 mil assina-turas, tendo os grupos parlamentares à esquerda admitido a importância da construção daquele equi-pamento, alertando ainda para as necessidades que as populações dos conce-lhos do Seixal, Almada e Sesimbra sentem todos os dias, provocadas pela falta de equipamentos de saúde no distrito de Setúbal. Recorde-se que têm sido frequentes as notícias que dão conta das dificul-dades no acesso aos cuida-dos de saúde diferenciados na região, sobretudo por-que as condições da pres-tação de cuidados de saú-de pelo Hospital Garcia de Orta se têm vindo a dete-riorar, encontrando-se inúmeros serviços em si-tuação de total rutura.

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

TEXTO ROBERTO DORESIMAGEM SM

biental, projeto de execu-ção e RECAPE para mo-dernização e duplicação do troço entre o Poceirão e Bombel, na linha férrea do Alentejo.

Valor estabelecido ascende a 800 mil euros

O valor estabelecido as-cende aos 800 mil euros, sem IVA, integrando este troço a ligação ferroviária que privilegia o transporte de mercadorias entre os portos de Sines, Setúbal e Lisboa em direção ao Caia,

junto à fronteira espanho-la, contemplando a liga-ção a Madrid. Recorde-se que este projeto foi consi-derado como um dos in-vestimentos estratégicos pelo anterior Governo. Também a via, geotec-nia e serviços foram fixa-dos com um preço base de 2,9 milhões de euros e com um prazo de execução de 15 meses, enquanto as obras de arte e estruturas especiais surgiram com um preço base de 5,1 mi-lhões de euros e um prazo execução de 15 meses.

Faltam mais de 1300 camas na península

Aliás, os últimos dados ofi-ciais conhecidos apontam para um défice de 1.302 ca-mas hospitalares na Pe-nínsula de Setúbal (49% abaixo da média nacional), e para um défice de 714 médicos hospitalares (47% abaixo da média nacional). Como destaca José Sa-les, representante da Co-missão de Utentes, desde que entrou em funciona-mento, que o Garcia de Orta «está subdimensionado para a população que abrange». Foi concebido para responder a cerca de 150 mil habitantes, embora hoje seja o hospital de refe-rência direta para cerca de 400 mil habitantes, para além de ser o hospital de re-ferência em muitas especia-lidades para todo o sul do País e ter ainda de dar res-posta aos milhares de visi-tantes no período estival. O Hospital no Seixal re-presenta um investimento de 60 milhões de euros. Tra-ta-se de um equipamento de proximidade, vocaciona-do para os cuidados em am-bulatório, com serviço de urgência a funcionar 24 ho-ras, 72 camas, 23 especiali-dades e unidades de apoio domiciliário e de medicina física e de reabilitação.

É uma vitória da população do Seixal, Almada e Sesimbra que, com as três autarquias reclamam a construção de um hospital para suprir a sobrelotação do Garcia de Orta. Agora é esperar para ver.

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do artigo 21º dos Estatutos da ALCOOJOR – Coope-rativa, Jornalística e Radiofónica de Alcochete, convoco a As-sembleia-geral a realizar no próximo dia 9 de Janeiro de 2016, às 15h na sede social, com a seguinte Ordem de Trabalhos:1. Alterações dos Estatutos e recomposição dos cooperantes2. Eleição dos novos órgãos sociais.A Assembleia-geral reunirá à hora marcada se estiver presente a maioria absoluta dos cooperantes com direito a voto. Se tal não ocorrer a segunda convocatória é feita para uma hora de-pois, com mesma Ordem de Trabalhos e reunirá com qualquer número de cooperantes.

Alcochete, 19 de Dezembro de 2015O Presidente da Mesa da Assembleia-geralFernando Tonim

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MINISTRA DO MAR, ANA PAULA VITORINO, APONTA LINHAS DE ORIENTAÇÃO EM ENTREVISTA AO SEMMAIS

«Muitos têm falado sobre o cluster do Mar, a nossa missão é fazer!»

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POLÍTICA

Nesta primeira entrevista ao Semmais, a nova ministra do Mar apresenta as grandes orientações sob a sua tutela. A aposta no «crescimento azul», centrado no cluster do mar, é para pôr em prática. Ana Paula Vitorino, quer mais inovação, exploração e produção de produtos associados ao mar, e isso implica um agitar de águas nas empresas tradicionais.

ENTREVISTA ANABELA VENTURAIMAGEM SM

Porquê um Ministério do Mar no XXI Governo Constitucional?

O ponto primeiro do Programa do Governo é “virar a página da austeridade e relançar a econo-mia e o emprego”. Esta missão exige uma nova visão económica para Portugal. Uma visão inteli-gente, sustentável, inclusiva, que respeite o território e contribua para o reforço na frente externa. Todos estes objectivos estão sintetizados no crescimento azul, centrado no nosso maior recurso que é o Mar, e que exige uma estratégia transversal e coe-rente da ação governativa. O Ministério do Mar é a ân-cora da execução de um conjun-to de políticas que, neste virar de página, respondem aos desafios da Economia Azul e simultanea-mente à criação de conhecimen-to, à proteção e preservação e à

afirmação da nossa soberania em meio marinho.

A economia azul é um termo muito genérico. Em que medida essas políticas vão ao encontro das pessoas e da revitalização da economia?

Portugal tem um dos mais valio-sos ativos económicos do Mun-do. Os espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional – o Mar Territorial, a Zona Econó-mica Exclusiva (ZEE) de 200 mi-lhas e a plataforma continental constituem um dos principais ati-vos para o futuro desenvolvi-mento do país. A extensão da pla-taforma continental converterá o território português em cerca de 4.000.000 km². Mas não falamos apenas de territórios, os recursos que estes espaços encerram, bio-lógicos, genéticos, minerais e energéticos, abrem perspetivas de exploração únicas e com gran-de potencial para garantir um fu-turo sustentável.

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POLÍTICA

As empresas na fase atual do nosso desenvolvimento económico estarão preparadas?

O que pensamos é que a econo-mia azul agita as águas nas em-presas tradicionais com a intro-dução de mais conhecimento e inovação tecnológica, mas tam-bém na criação de novas empre-sas ligadas à exploração e pro-dução de produtos associados ao Cluster do Mar. É esse o obje-tivo. E é, também, uma nova perspetiva para Portugal. Muitos têm falado sobre ela. A nossa missão é fazer.

Mas não é fácil transformar de repente atividades tradicionais como as pescas em empresas modernas. Não será excesso de otimismo?

Não. É até bastante realista. Não digo que os objetivos são para realizar amanhã. A concretização deste desígnio deve assentar numa estratégia a médio e longo prazos, dirigida à prospeção e exploração dos novos espaços e recursos, sustentada no conheci-mento científico e no desenvol-vimento tecnológico e visando dar corpo a um tecido empresa-rial de base tecnológica que te-nha como centro da sua ativida-de o mar. Por outro lado, importa

consolidar as atividades maríti-mas tradicionais (pesca, trans-formação do pescado, aquicul-tura, indústria naval, turismo, náutica de recreio) e valorizar a posição estratégica de Portugal no Atlântico, reforçando e mo-dernizando os portos nacionais e ligando-os à rede transeuropeia de transportes em resposta à in-tensificação dos transportes ma-rítimos. Por fim, confrontados com as implicações das alterações cli-máticas (que se manifestam em particular na elevação do nível médio das águas do mar e no au-mento do número e intensidade das tempestades e de outros ris-cos climáticos), há que tomar medidas que atenuem os impac-tos negativos de que temos já ampla demonstração na nossa zona costeira.

Muitas vezes o ambiente é apresentado como custo de contexto da atividade económica. Como compatibiliza esse facto com a economia do mar.

O ambiente não é um custo de contexto. Custos de contexto são a burocracia, os vetos de gaveta, a facilidade de por vezes dizer não porque é mais fácil. Enfren-tamos o desafio da simplificação sem facilitismo.

A sustentabilidade ambiental é uma forte aliada do sucesso da Economia Azul. Seremos muito vigilantes nessa matéria, na afir-mação da sustentabilidade como o justo equilíbrio entre a valori-zação e preservação do nosso património territorial, na sua di-versidade, a melhoria da vida das pessoas e o desenvolvimento das empresas potenciando a criação de emprego.

A relação entre Mar e Terra vai ser difícil?

Nem sempre é fácil. É por isso que o Ministério do Mar ganha maior relevância. Para harmo-nizar as relações entre essas duas partes essenciais do nos-so território, sobretudo com as atividades nas zonas costeiras. O programa do XXI Governo Constitucional responde com clareza aos desafios da econo-mia azul e da economia verde, ao mesmo tempo que afirma a nossa soberania e reforça a po-sição de Portugal no Mundo, tirando partido da sua centra-lidade euro-atlântica. Cruza-mos o uso sustentável dos re-cursos do mar com o reforço da posição geoestratégica na-cional, captando mais riqueza na concretização do «Mar Por-tuguês».

António Mendes, foi nome-ado vice-presidente da fe-deração de Setúbal do PS,

após Ana Catarina Mendes ter sido convidada a ocupar o lugar de António Costa como secretá-ria-geral Adjunta do partido ‘rosa’. A decisão foi tomada pela Co-missão Política da Federação Distrital de Setúbal a semana pas-sada, tendo António Mendes, da concelhia de Almada, obtido 80 por cento dos votos expressos. Segundo os socialistas do distrito, a designação de um vi-ce-presidente federativo, de en-tre os membros do secretaria-do,« assegura a continuidade da liderança distrital do partido, no quadro daquilo que está previsto nos Estatutos». Entretanto, Bruno Vitorino foi reeleito como presidente da distrital de Setúbal do PSD, por larga maioria. O líder social-de-mocrata do distrito diz que o partido tem condições para al-mejar a vitória autárquica no Montijo e defende a convocação de eleições legislativas, «logo

«O ambiente não é um custo de contexto.» Ana Paula Vitorino António Mendes assume PS distrital e Bruno Vitorino reeleito no PSD

que as regras constitucionais o permitam». Vitorino lembra que depois de nos últimos 4 anos «termos ultrapassado uma situação de emergência nacional, Portugal atravessa agora uma tempestade perfeita». E quer uma forte mo-bilização do partido em torno da candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa. Em relação às autárquicas, Bruno Vitorno pretende mobili-zar os militantes e simpatizantes do PSD para as eleições autár-quicas de 2017, apresentando candidaturas em todos os con-celhos do distrito e reforçando a presença do PSD nos órgãos au-tárquicos do distrito.

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CULTURA

Paula Farinhas, autora e contadora de histó-rias, anda em diver-

sos estabelecimentos de ensino de Setúbal, nomea-

A peça “Pelotão Con-denado”, com adap-tação de Luciano

Barata, baseada na obra de Alfonso Saste,“Esquadra para a Morte”, vai ser leva-da a cena, pelo Grupo de Teatro “Os Zecas”, no audi-tório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, este sábado, pelas 21h30. A história desenrola-se durante a 2.ª Guerra Mun-dial, num lugar fronteiriço entre países beligerantes, cujos protagonistas são soldados condenados, de

“Pelotão Condenado” em cena no Fórum na Baixa da Banheira

Mercadinho com boas escolhas para o Natal

TEXTO ANTÓNIO LUÍSIMAGEM SM

A autora e contadora de histórias, Paula Farinhas, está de regresso à promoção da leitura junto dos mais novos, desta feita com workshops alusivos à Joaninha-Menina que apelam para todos nós tratarmos os nossos animais de estimação com mais amor e seriedade.

damente em salas de Jar-dim de Infância, a dar workshops dedicados à promoção da leitura junto dos mais novos. Joaninha--Menina é o nome da nova personagem e está a fazer as delícias dos miúdos e

também das educadoras, que poderão dar continui-dade à temática. «Trata-se de uma his-tória infantil que alerta as crianças para o respeito a ter em relação aos ani-mais. Esta Joaninha, com

o seu ar doce e delicado, vai prejudicar o seu ani-mal de estimação e no fi-nal da história a menina aprende que um animal não é um brinquedo», conta Paula Farinhas. De salientar que esta história é de Maria Emília Veiga, professora primária que, nos anos 50 do Séc. XX, escrevia para o suple-mento infantil “Joaninha”, da revista “Modas e Bor-dados”. «A trama foi-me apresentada e eu quis fa-zer uma homenagem a autora que já faleceu», su-blinha. Este workshop de Lei-tura e Movimento Expres-sivo, dinamizado por Pau-la Farinhas, apresenta imagens «muito coloridas num cenário diferente, com bonecos colados num vestido enorme. Des-ta forma permite ao públi-co brincar com os perso-nagens», conta. O guarda-roupa de

ambos os sexos, que com-põem uma esquadra e que são enviados para um pos-to avançado, com a finali-dade de fazerem explodir um campo minado e assim impedir o avanço das tro-pas inimigas, pondo, ao mesmo tempo, fim às suas próprias vidas. É esse o seu castigo. Mas com o decor-rer dos dias, todos os pla-nos acabam por ser tre-mendamente alterados. A entrada é gratuita mediante reserva anteci-pada e levantamento de bilhetes.

WORKSHOPS ANDAM A PERCORRER OS JARDINS DE INFÂNCIA DE SETÚBAL

Paula Farinhas sensibiliza crianças a tratarem melhor dos seus animais de estimação

“Joaninha-Menina” foi confecionado por Célia Santos, artista plástica de Setúbal, que também assi-na as ilustrações.

«Os ‘bichinhos de estimação’ precisam de carinho e de serem levados a sério como animais»

«Quem estiver interessado em receber a visita da Joa-ninha-Menina e do seu amigo Caracol, é só con-tactar-me por mensagem privada via Facebook», re-alça Paula Farinhas. A população alvo deste ateliê são as crianças dos 4 aos 9 anos. De referir que os participantes entre os 8 e os 9 anos, têm oportuni-dade de experimentar um ateliê de Escrita Criativa, com base na história. «Os valores financeiros deste trabalho são “low-cost”, para que todos possam ter acesso», vinca.

E reforça: «Esta perso-nagem 3 D vem servir de veículo para sensibilizar pais e filhos para a urgên-cia de cuidar dos animais e não apenas nos servir-mos deles sem respeitar os seus direitos mais bási-cos, como alimentação e contacto com a natureza. Por vezes, esquecemos que os bichinhos ditos de “estimação”, precisam de carinho e de ser levados a sério como animais». Há seis anos a dedicar--se à atividade de anima-dora e de promotora da leitura, Paula Farinhas tem um livro editado, di-versas atividades de pro-moção da leitura com ate-liês de movimento expressivo mas é primeira vez que apresenta bone-cos 3 D. Paula Farinhas pro-mete que em breve será lançado um livro de colo-rir aliado à Joaninha--Menina.

Estrategicamente si-tuado no centro tra-dicional de Grândo-

la, numa das ruas principais do comércio lo-cal, o mercadinho de Natal é uma boa escolha para as suas compras de Natal. Promovido pelo muni-cípio, o evento está a fun-cionar numa loja gentil-mente cedida por Manuel Vilhena e conta com a par-ticipação de 13 artesãos e 3 produtores regionais. Ali, poderá encontrar produ-tos típicos da região e arte-sanato do concelho, nome-adamente, trabalhos feitos em cortiça, barro, feltro, tecido e macramé, joalha-

ria em resina, mel e ervas aromáticas, alcomonias e rebuçados em pinhão. O Mercadinho de Natal situa-se na rua Jacinto Nunes, n.º11, e funciona de 2.ª a sábado, das 9 às 19h30.

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CULTURA

MONTIJO19SÁBADO21H30ESPÍRITO DE NATALCinema-Teatro Joaquim d’Almeida

Na celebração desta quadra natalícia, o Grupo Coral do Montijo convida o Coro do Clube de Campismo e Caravanismo de Almada, o Coro Leal da Câmara do Conservatório de Sintra e do Orfeão de Valadares para, em conjunto, realizar um concerto onde as canções tradicionais vêm realçar o espírito de festividade que enaltece o amor, a fraternidade, a alegria e a esperança.

SANTIAGO19SÁBADO21H30MELODIAS NATALÍCIASAuditório António Chaínho

O Coral Harmonia adulto e o Coral Harmonia Juve-nil dão um concerto de Natal este sábado intitulado “Show Must Go On”. Não perca e divirta-se com este excelente projeto cultural.

GRÂNDOLA19SÁBADO21HTEMPO DE MELODIAS NATALÍCIASIgreja matriz

Não perca o concerto com a banda da Música Velha e o Coro da Paróquia. O espetáculo terá a participação especial do Corpo Nacional de Escutas – Agrupa-mento 670 de Grândola.

SESIMBRA19SÁBADO16H|21H30TEATRO NATALÍCIA MENTETeatro João Mota

O Pai Natal foi eliminado dos sonhos da pequena Camila. Na mente da menina só aparecem outras personagens do mundo da fantasia. Será que o Pai Natal não vai voltar aos sonhos da Camila? A magia que envolve a quadra natalícia é o ponto central de NatalíciaMente, a nova produção do grupo de teatro sesimbrense De Vez em Quando, dos Serviços Sociais dos Trabalhadores do município.

ALCÁCER19SÁBADO16HCONCERTO TRADICIONAL DE NATALAuditório municipal

A Sociedade Filarmónica Amizade Visconde de Al-cácer promove o seu tradicional concerto de Natal. O concerto, que vai ter lugar no auditório munici-pal da cidade, conta com o apoio do município e da União das Freguesias de Alcácer do Sal e Santa Susana.

SEIXAL22TERÇA21H30DANÇA “QUEBRA-NOZES”Forum Cultural

O espetáculo de dança “Quebra-Nozes”, de P. I. Tchaikovsky por Marius Petipa, adaptada por Ana Bergano, Alexandra Meném e Ana Perdigão, coloca em palco 90 participantes dos 6 aos 45 anos de vá-rias instituições e coletividades. A entrada é gratuita.

A Orquestra Metropo-litana de Lisboa e o Coro Lisboa Cantat

interpretam, este sábado, à noite, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, a “Oratória de Natal”, de Jo-hann Sebastian Bach, no Grande Concerto de Natal. Das seis cantatas sa-cras que compõem a ora-tória com origem em 1734, o maestro argentino Leo-nardo García Alarcón, que dirige o concerto, elegeu para o público “O Nasci-mento de Jesus”, “A Adora-ção dos Pastores” e “A Adoração dos Reis Magos”.

Natal setubalense com música clássica

Solange Dias eleita Miss Rádio Azul Setúbal

Concerto de Natal no Moinho de Maré de Alhos Vedros

O espetáculo no Fó-rum Municipal Luísa Todi, no qual participam a soprano Ana Quitans, a mezzossoprano Maria Luísa Freitas, o tenor Marco Alves dos Santos e o baixo João Fernandes, tem entradas a 14 euros para o balcão e 16 para a plateia. No concerto natalício, a Orquestra Metropolitana de Lisboa é conduzida pelo maestro Leonardo García Alarcón, enquanto o Coro Lisboa Cantat é dirigido pelo maestro Jorge Carva-lho Alves.

AGENDA

Solange Dias, de 20 anos, foi eleita Miss Rádio Azul Setúbal,

no passado 20, na escola secundária Lima de Frei-tas, em Setúbal, entre um lote de 12 candidatas. A bel-dade nasceu em Almada, tem 1,72 m de altura, olhos

verdes e pesa 62 quilos. Estuda no 12.º ano e trabalha num infantário. O maior sonho de Solange Dias é «concluir o ensino secundário e entrar na fa-culdade». Ana Ribeiral e Mafalda Marçalo foram eleitas 1.ª e

O Grupo Coral Alius Vetus e os alunos que integram o pro-

jeto “O Cante também é Meu” vão protagonizar o Concerto de Natal que a Câmara Municipal da Moi-ta vai promover no dia 19 de dezembro, às 16:00h, no Moinho de Maré, em Alhos Vedros. “Avé Maria Cheia de Graça”, “Bendita Sejais”, “Sobre a Palha Loira”, “Can-ção de Natal”, “Natal de El-vas”, “Nossa Senhora da Rosa”, “Linda Noite”, “Da Serra Veio um Pastor”, são algumas das peças com que o Grupo Coral Alius Vetus,

dirigido pelo Maestro Mau-rício Vieiras da Silva, vai presentear o público. Os alunos do projeto “O Cante também é Meu” vão apresentar neste concerto algumas modas alenteja-nas como “Limoeiro”, “As Nuvens”, “Vai Colher a Sil-va”, “Dá-me uma Gotinha D’Água” e canções de Natal. Este é um projeto fruto de uma parceria entre a Câ-mara Municipal da Moita, o Agrupamento de Escolas Mouzinho da Silveira e o cantador Henrique Guer-reiro, cujo objetivo é divul-gar o cante alentejano, en-sinar letras das canções

2.ª Damas de Honor, res-petivamente. A grande final do con-curso Miss Rádio Azul, que tem como finalidade captar «auditório jovem» para a estação emissora de Setú-bal, terá lugar em Março de 2016, em local a definir.

alentejanas, incutir o gosto pelas modas que fazem parte da cultura dos nossos

avós e transmitir a cultura alentejana, tão enraizada no concelho da Moita.

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EDUCAÇÃO

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CONQUISTANDO O FUTURO

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BRILHO E EMOÇÃO NA FESTA DO COLÉGIO DE SÃO FILIPE, NO SÃO JOÃO, EM PALMELA

Alunos abriram o coração dedicando mensagens de Natal aos pais

Com o cine-teatro São João, em Palmela, repleto de alu-nos, pais, docentes e funcio-

nários, a festa de Natal do colégio São Filipe não podia ter espelhado melhor o ambiente natalício e fa-miliar que marca aquela que é a melhor escola da cidade de Setú-bal. Enquanto no ecrã passavam fotos intimistas das famílias, os pequenos alunos, um a um, brin-davam os seus pais com mensa-gens de amor, carinho e outros

recados mais prosaicos. Uma emoção que não se dei-xou de sentir em cada um dos semblantes de pais embevecidos e mesmo junto dos funcionários do colégio que organizaram a surpresa: «Foi a forma que se encontrou para marcarmos este Natal de forma diferente e julgo que correu muito bem. Conse-guimos surpreender os pais e era esse o objectivo», disse à re-portagem do Semmais, Susana

Alves, responsável da comuni-cação do Colégio e que apresen-tou o espetáculo. A ideia foi apelar aos valores do amor, solidariedade e comu-nhão, tão presentes na época natalícia, pelo que os testemu-nhos dos alunos do São Filipe tiveram também o cunho de simbolizar a importância da fa-mília no seu crescimento. E todo o espírito de Natal es-teve muito presente, numa festa

Musica, cor, e animação a rodos fizeram do Natal do São Filipe uma festa de família. E os pais foram presenteados com mensagens de carinho e amor. A surpresa da tarde.

muito bem conseguida, onde os alunos de vários ciclos de ensino puderam mostrar talentos, no canto e na dança, com momen-tos de muita diversão que, não raras vezes, contagiou a anima-da plateia. A iniciativa, que durou hora e meia, com magia, luz, cor e ale-gria, bem ao jeito das festivida-des, encerrou também o primei-ro período de um ano que se espera em cheio.

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EDUCAÇÃO

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PROFESSORES, ALUNOS E PAIS JUNTARAM-SE PARA CANTAR MÚSICAS DO MUNDO

Colégio do Vale apresentou DVD de Natal– Sing the World

O Colégio do Vale apresen-tou o seu DVD “Sing the World”, 2015-2016, jun-

tando professores, pais e alunos para cantar canções de Natal de todo o Mundo, em português, in-glês, francês e espanhol. As músi-cas deste DVD, que inclui o hino do Colégio, foram interpretadas por cerca de 350 alunos, do Jar-dim de Infância (4 e 5 anos) e dos 1º, 2º e 3º ciclos, por elementos da comunidade escolar (docen-tes e outros colaboradores) e pe-los pais que aderiram ao projeto com todo o entusiasmo. O resultado desta iniciativa foi apresentado num espetáculo único que decorreu no dia 17 de dezembro, no Complexo Muni-cipal dos Desportos “Cidade de Almada”, Feijó. Eduardo Ventura, Diretor Pe-dagógico e Proprietário do Colé-gio do Vale, defende que “a identidade de um povo passa pela preservação do seu patri-mónio cultural e a partilha num projeto comum cria laços que, num espaço alargado como o é a Comunidade Educativa do Colé-

gio do Vale, favorece a aproxi-mação e a união de todos os seus membros, fazendo com que aconteça Colégio, não só na Sala de Aula, nas festas, nas come-morações, mas permitindo o seu registo futuro nas nossas me-mórias. O projeto «Sing the World» é um projeto em que o Colégio do Vale tem muito orgu-lho de participar”. Nascido em Portugal em 2000 e já alargado a outros paí-ses, o projeto “Sing the World” conta com a adesão de centenas de comunidades escolares em toda a União Europeia, envol-vendo alunos, professores e pais na gravação, edição e lançamen-to de um DVD, com especial re-levo para a música tradicional do Velho Continente. Trata-se de um projeto que dá a conhecer a riqueza do pa-trimónio musical existente em todo o Mundo às crianças e jo-vens da Europa, convidando a comunidade de uma instituição educativa a participar nos en-saios, gravações e edição de um DVD com canções tradicionais

dos quatro cantos do globo. O Colégio do Vale, não po-dendo passar indiferente a esta iniciativa, procedeu, ao longo do

último período letivo, às grava-ções do DVD, que se realizaram no Colégio, sob a coordenação dos professores de música Tere-

sa Cláudio e João Novais. Os ar-ranjos são da autoria da Clave de Soft, responsável pelo projeto e pelas gravações áudio e vídeo.

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NEGÓCIOS

Malo Tojo lança moscatel superior com colheita de 2004

Sivipa reforçalançamento do Ameias Syrah

A Malo Tojo, localiza-da em Azeitão, vai lançar este Natal a

nova colheita de 2004 do Malo Moscatel Superior. Trata-se de um vinho que estagiou 10 anos em barri-cas e que utiliza na sua preparação aguardente de Armagnac. Este ano a empresa já ganhou 7 medalhas (duas de ouro e cinco de prata) e ainda várias nomeações e distinções, através dos vi-nhos Malo Platinum tinto 2010; Malo Tojo tinto 2012; Lisa tinto 2012; Malo Mos-catel e Malo Moscatel Su-perior 2004. As distinções foram ganhas nos concur-sos: Vinhos de Portugal 2014; “Nectar diVino”- BASF; Mondial de Bruxel-les 2015; “Uva d’Ouro” (Continente) e Selezione del Sindaco 2015.

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Além destas medalhas, a Malo Tojo obteve duas distinções bastante impor-tantes. A revista The Wine Advocate, do nomeado crí-tico Robert Parker, provou e classificou três dos vi-nhos moscatéis desta ade-ga, com pontuações entre 86 e 90 pontos. Já o crítico de vinhos Aníbal Coutinho, nomeou o Malo Moscatel, como um dos 10 melhores vinhos fortificados (diá-rios) a nível nacional, ainda com a perspetiva de poder vir a ser o melhor desses 10. Depois de 2014, ter sido um ano «muito difícil», a Vindima de 2015 foi «o oposto, tendo-nos propor-cionado uma vindima tranquila, em que se con-seguiu conjugar, boas pro-duções (quantidade) com uvas de grande qualidade, que se irão traduzir certa-

mente em vinhos de muita qualidade. 2015 vai, por-tanto, dar-nos vinhos de excelente qualidade e cer-tamente ainda mais pré-mios e reconhecimento nacional e internacional», sublinha o diretor-geral Hélder Galante. Em 2016, a Malo Tojo prevê que as suas vendas continuem a crescer. «A maior fatia do crescimento espera-se que venha dos mercados externos e do aumento das exportações, sobretudo nos mercados do continente asiático. Pre-vemos também lançar um espumante e um moscatel roxo, que numa primeira fase, vão-se destinar mais para o mercado nacional e, por isso, vão contribuir, para algum crescimento também a nível nacional», vinca Hélder Galante.

A Sivipa, localizada em Palmela, lançou re-centemente 500 gar-

rafas do Ameias Syrah, que ganhou este ano a medalha de Ouro em Bruxelas, em garrafas de litro e meio, mas, devido ao grande sucesso do produto, «já está esgotado». No entanto, na próxima se-mana vão sair para o merca-do mais garrafas. Além disso, acaba de ser lançada a nova imagem do Moscatel de Setúbal 10 Anos, cuja garrafa passou de «0,75 Cl para meio litro. E vamos lançar ainda an-tes do Natal, a nova emba-lagem do moscatel de 1996 com um estojo premium». Na altura do Natal e Ano Novo, Filipe Cardoso desta-ca o moscatel roxo, que «é sempre um produto ideal para oferecer com uma boa relação qualidade-preço, não esquecendo o Moscatel com Bombons de Chocola-te, um presente «sempre original e delicioso». O gerente Filipe Cardo-so faz um balanço «positi-vo» da atividade da empre-sa neste ano que está prestes a terminar. «As vendas cresceram cerca de 6 por cento e a faturação subiu 12 por cento, em

comparação com 2014», acrescentando que se trata de um dos anos «mais im-portantes» para a empresa, pois garante a consolida-ção de um projeto em «fase de crescimento», que de-verá estar pronto daqui a 2 ou 3 anos. No global, a empresa conquistou este ano 40 medalhas, sendo que mere-ce destaque a Grande Me-dalha de Ouro alcançada com «o Syrah de 2014, no concurso Mundial de Bru-xelas, em que só houve dessas 12 medalhas para Portugal e nós fomos a úni-ca empresa a conquistá--la». Filipe Cardoso destaca ainda, os dois Trophys que ganharam num concurso inglês, para o melhor mos-catel português e de Setú-bal. E também destaca as medalhas que alcançadas no concurso da CVRPS, para o melhor tinto, o Veri-tas 2013, e o para melhor rosé. A Sivipa trouxe 9 me-dalhas de ouro deste con-curso, tendo sido a empre-sa que venceu o maior número de medalhas neste concurso. A loja da adega reabriu ao público, com nova imagem. Visite-a e adquira os seus produtos.

A Junta de Freguesia de Palmeladeseja a toda a População um

santo Natal e um ano novo cheio de felicidades.

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NEGÓCIOS

Xavier Santana premia apreciadores

Adega de Palmela com nova aguardenteJMF completa gama Alambre com novo moscatel roxo

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A adega Xavier Santa-na, localizada em Palmela, este Natal

vai premiar os apreciado-res de vinho com três no-vidades.Trata-se dos mo-no-castas “Alicante Bouschet”, de 2013, e “Syrah”, do mesmo ano, com a marca Quinta do Monte Alegre, e do Mosca-tel Roxo Reserva 2010 Xa-vier Santana. A empresa conquistou

este ano 4 medalhas de ouro, com os vinhos Xa-vier Santana Reserva Tin-to Castelão; Xavier Santa-na Reserva Branco Viosinho e Moscatel; Xa-vier Santana Moscatel de Setúbal DO 2012”,Top Ten do concurso Muscats du Monde”; e Quinta do Monte Alegre Branco DO Fernão Pires.De acordo com Fernando Santana Pereira, gerente

A Adega Cooperativa de Palmela, que aca-ba de celebrar 60

anos, tenciona apostar numa aguardente bagacei-ra velha, que deverá sair para o mercado muito em breve. «É um digestivo de grande qualidade, um grande topo de gama».O novo produto, que pode-rá ser adquirido na Casa Mãe da Rota de Vinhos e na loja da adega, tem o preço de 15 euros. Para a quadra natalícia, Luís Silva sugere um Pal-mela Reserva, um vinho «fantástico». Será também

lançado o Syrah 2013, que sairá antes do Natal, não esquecendo a «nossa vasta gama de produtos», realça o enólogo Luís Silva, reco-nhecendo, porém, que fal-ta no portfólio da adega um produto de «média gama», estando previsto para breve o lançamento de um Villa Palma, branco e tinto, e de um reserva branco. Luís Silva frisa que a atual direção vai continuar a apostar na modernização das instalações. «Vamos melhorar as instalações e modernizar as linhas de

A José Maria da Fonse-ca aposta este Natal no Alambre Roxo,

um novo néctar que com-pleta a gama da marca de moscatéis de Setúbal Alam-bre. «É um vinho ideal para esta época do ano e que fará companhia a muitas famílias no Natal. É de qua-lidade excelente e reforça a nossa posição de referência nos moscatéis de Setúbal», realça o gerente António Soares Franco. Para o responsável, 2015 decorreu de forma «positi-va», especialmente em Por-tugal onde as vendas cres-ceram cerca de 20 por cento, com crescimentos em todas as nossas marcas mais importantes, como são o Periquita, o BSE, o Alambre Moscatel de Setú-bal e Lancers. «Este ano marcou a criação da nossa própria empresa de distri-buição para o mercado na-cional e a inauguração da “By the Wine – JMF” a nossa flagship store em Lisboa e

um winebar único, onde o consumidor pode apreciar todos os nossos vinhos a copo, juntamente com uma excelente seleção de oferta gastronómica, num am-biente único que tem sido um grande sucesso». Os vinhos da JMF mais premiados este ano foram os da gama de Moscatéis de Setúbal, desde o Alambre, ao Alambre 20 anos, Alam-bre Roxo, Moscatel Roxo 20 anos, Coleções Privada Roxo e Privada Armagnac, que receberam várias me-dalhas de ouro e excelentes classificações em concursos nacionais, internacionais e revistas da especialidade. A Vindima decorreu de forma «bastante positiva com aumentos de produção e uma qualidade muito boa». No futuro, a JMF quer «con-solidar a nossa distribuidora em Portugal, onde numa 2.ª fase temos como objetivo distribuir outras marcas re-presentadas e alargar a ofer-ta no mercado nacional».

engarrafamento e da área da vinificação», acrescen-tando que a adega «está cheia de vitalidade, de vontade de crescer, de acompanhar novos mer-cados, de ganhar quota de mercado no País, de rees-truturar as vinhas e a pró-pria adega». Com 330 associados, a ACP produziu 8 milhões de litros de vinho no ano pas-sado, sublinhando que 2015 foi um ano de «exce-lência». Em comparação com 2014, o balanço da Vindima é «muito positi-vo», um ano «não com

muita abundância mas com muita qualidade».

da firma, o balanço da Vin-dima 2015 é de grande qualidade. «As Vindimas este ano trouxeram-nos uma boa colheita e uma grande qualidade». Para o ano de 2016, Fernando Pereira antevê «grandes novidades mas ainda não é o momento para as revelarmos, já que o nível de qualidade exi-gido por nós é muito ele-vado».

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Natal e Ano Novo – Sinal de Esperança

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

OPINIAO

Na época natalícia exalta-se e apela-se às boas vontades e ideais

nobres com desejos de um ano novo muito próspero. Não fugirei à regra sem assumir que alguns dos desejos, colidem com outras vontades de cidadãos. Assim aqui vão alguns votos para que com o nascimento de Cristo a Luz ilumine certas mentes:

1. A Europa, pioneira em princípios orientadores da civilização ocidental, mas que soube acolher os ensinamen-tos orientais saiba encontrar a unidade que nunca teve para evitar conflitos devastadores e os verdadeiros líderes desape-gados dos egoísmos do poder, saibam ser humildes gover-nantes.

2. Portugal, depois de ultrapas-sar um caminho difícil que permitiu sair de uma encruzi-lhada na sua História negativa,

saiba em 2016 repor legalidades e assaltos de poder de forma imerecida e crescer para atenuar as assimetrias, sabendo de antemão que é sempre fácil apregoar a demagogia e reinar como Pilatos. Os portugueses merecem melhor e ser felizes durante gerações.

3. Os Angolanos continuem a acreditar maioritariamente no seu líder que soube conduzir o país em período de guerra e projetar Angola ao crescimento económico, mantendo a Pátria unida; os tempos mais próxi-mos apesar de difíceis sejam o prenúncio da reorganização da Nação para o exemplo de África.

4. No âmbito da CPLP seria de enorme relevo, encontrar um rumo de crescimento e paz para a totalidade dos países que compõem esta comunida-de, porque ao longo da Histó-ria os seus povos têm dado o

exemplo de fraternidade, irmandade e tolerância ao Mundo.

5. O distrito de Setúbal depois de palco de muitos mitos ideológicos soube nos últimos anos contribuir para o cresci-mento económico, apesar das adversidades em que muitos cidadãos vivem e sobrevivem, que no futuro continue a encontrar a resolução de problemas concretos que vão desde o insucesso escolar, à integração dos jovens, à redução do desemprego e o carinho pelos mais idosos; tudo será viável com todas as instituições sociais sérias e responsáveis.

6. Que todos os partidos políticos em especial o que milito saibam aproximar-se das populações, reativando os princípios formadores nas bases e aglutinadores das vontades nos novos contextos

sociais que vão desde a malha urbana à rural, incluindo o uso de uma comunicação acessível a todos.

7. Surja um aumento da prática da atividade física e desportiva para que no futuro possamos ter redução de problemas de saúde nas populações, pug-nando de igual pelo mérito desportivo na conquista de títulos em especial no que diz respeito ao meu clube, apesar das preocupações quanto ao futuro no que concerne à cúpula diretiva.

8. Que os homens saibam respeitar a divergência com

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base na convergência; temos consciência que as guerras não terminaram, mas que pelo menos tenham um fim em vista em cada cenário e que vise a consolidação da Paz nesses territórios.

9. Se prossiga o combate no que mais destrói as sociedades: corrupção, terrorismo, a ganância dos homens, a desigualdade, a pobreza entre outros.

Estes são os votos nesta quadra festiva, para os quais tentarei dar o meu humilde contributo e na qualidade de cidadão com dupla-nacionalidade.

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OPINIAO

Raul TavaresDiretor

Na pasta da Cultura

Pensar pequenino? Não, obrigado!

POLÍTICA MESMO

VITOR RAMALHOADVOGADO

POLITICA E CULTURA

VALDEMAR SANTOS MILITANTE DO PCP

A maioria de esquerda ofereceu hoje, de bandeja, ao distrito e à

sua população, uma prenda de Natal, relevante. Deu luz verde à construção de uma nova unidade hospitalar no Seixal.Como os autarcas já enfati-zaram não se trata de um capricho, mas sim de uma necessidade imperioso face aos constrangimentos que o acesso à saúde tem colocado junto da população daquele eixo populacional do distrito.O processo, que tem gerado múltiplas contestações na rua e que juntou numa petição mais de oito mil assinaturas, tem estado aos avanços e recuos, nomeada-mente passando de governo para governo. Agora, parece haver uma luz ao fundo do túnel e renasceu a esperança da sua constru-ção, nem que seja o arranque de uma primeira vez, capaz de colocar estrategicamente no Seixal, uma unidade de retaguarda, minimizando os efeitos nefastos da sobrelo-tação do hospital Garcia de Orta.A verdade, é que nos últimos anos, temos assistido a muito mais mortes por falta de cuidados de urgência. É um facto. E a falta de camas hospitalares na península assume um número muito preocupante.Para não falar da falta de condições de muitos centros de saúde nesta zona e de outros que continuam a funcionar sem as mínimas condições de operacionali-dade. Há situações em que a questão financeira deve ser colocada em segundo plano. É a gestão das prioridades. E esta é, sem dúvida, uma das prioridades para o distrito no futuro próximo.

Nova luz para o novo hospital do Seixal

Permite-se uma pequena adenda - o final de texto - para voltar a dar conta

de um contributo a que mais de 150 pessoas dessem corpo à evocação de Michel Giacometti no Museu do Trabalho que porta o seu nome, em Setúbal, na noite da passada sexta-feira, 27 de Novembro, iniciativa promovida pela Associação Conquistas da Revolução em que actuaram o Coro Lopes Graça da Academia de Amado-res de Música e os Grupos Corais Alentejanos “Os Amigos do Independente” e “Os Amigos dos Sadinos”, e tomaram a palavra Manuel Begonha, Militar de Abril e Presidente da ACR, Modesto Navarro, escritor e membro de Direcção da mesma, e Carlos Rabaçal, vereador da Câmara Municipal. E pequena adenda agora, porque o essencial percorreu entretanto os vários meios de comunicação inter-activa.Na mensagem de congratulação com que a Casa do Alentejo de Lisboa quis marcar presença, o etnólogo e musicólogo francês corso falecido há 25 anos e sepultado a seu pedido em Peroguarda, no Concelho de

Ferreira do Alentejo, é justamen-te considerado como precursor da atribuição pela UNESCO ao Cante Alentejano do Estatuto de Património Cultural Imaterial da Humanidade, havia exactamen-te um ano naquele dia. O texto lido sublinhava a frase de Giacometti: “Povo que canta não morrerá”.No tempo da história falou-se ainda de duas datas.A de há 40 anos atrás, quando os jovens do Serviço Cívico Estudantil, nos chamados tanques da Paz do MFA e sob a égide dos Governos de Vasco Gonçalves, 1º Ministro dos Trabalhadores e do Povo, como era tratado, se deslocaram aos campos para dele trazeram as mãos cheias de ferramentas cujo acervo no Museu do Trabalho sadino é riqueza de Portugal.A do falecimento, num outro 27 de Novembro, o de 1994, de Lopes Graça, o grande composi-tor português que conjuntamen-te com Michel Giacometti, a PIDE na peugada, gravou o incomensurável Cancioneiro de vozes sempre ao alto.Ora, talvez em antevéspera, no percurso entre a Palhavã e a União Setubalense, na entrega

mão-a-mão dos folhetos de propaganda, e pelo que se vê não se agita só na rua, ainda assim foi na rua em descendente que a um condutor de uma carrinha nos dirigimos, sendo mais rigoroso dizer que ele próprio parara. Perguntamos de imediato se conhecia o homem, retratado: “Então, não fui sindicalista? Não era o do CDOC?” – reagiu, até um pouco zangado.Referia-se espantosamente ao projecto do Centro de Documen-tação Operário-Camponesa que Giacometti almejava instalar em Setúbal, cidade escolhida por já de si ser acervo de concentração laboral e dessa outra consequên-cia, de lutas. Num artigo de Francisco Lobo, nas épocas em causa Presidente da Câmara Municipal, explica-se que a alteração da correlação de forças política a nível nacional liquidou o desígnio, que não, contudo, o

Museu sobranceiro à Baía do Sado.Na exposição que o PCP dedicou a Michel no Espaço de Setúbal da Festa do Avante! de 2009 - nos 80 anos do seu falecimento -, liminarmente se lia que “sempre o PCP foi informado e auscultado. Um primado do etnógrafo”. No Centro de Trabalho sadino do Partido lá está o documento complementando as traves-mes-tras do CDOC, endereçado pelo nosso homenageado “aos camaradas da DORS” (Direcção do Organização Regional de Setúbal do PCP). Com três palavras, no cabeçalho, António Santo, comunista da clandestini-dade e de tudo o que isso acarretou, responsável por Setúbal após o 25 de Abril, manuscreveu: “Pasta da Cultura”.O sindicalista, pela noite, foi ao Museu. Sabia da poda.

O mundo é hoje cada vez mais um só.Nenhum país, individu-

almente considerado, está imune ao que se passa fora de portas.A globalização aboliu fronteiras e acelerou a livre circulação de pessoas e bens e o mundo global faz parte do nosso quotidiano .O que é que ocorre hoje do ponto de vista político, econó-mico e social digno de registo neste novo mundo?No essencial, a gestação para uma nova realidade. O mundo bipolar deu lugar, como se sabe, ao unipolar, vivendo-se hoje uma multipolaridade de contor-nos indefinidos.A multipolaridade apresenta graves tensões em vários pontos, desde logo em países árabes como o Iraque, a Síria, a Líbia, com reflexos noutros como o Irão, a Jordânia e a Arábia Saudita, por exemplo, conjungando-se interesses hegemónicos com revoltas, por vezes brutais, de raíz religiosa.O chamado Estado Islâmico e a pressão dos refugiados sobre o

espaço da EU estão muito longe de estarem resolvidos e têm graves consequências neste, sendo apenas parte do proble-ma. O reforço recente da extrema direita em França, na primeira volta das regionais, só parado na segunda por efeito da conjugação de esforços dos socialistas e dos republicanos, caso que não é único, está aí a demonstrá-lo, em parte incenti-vado por este quadro e pela estagnação do crescimento económico com elevados níveis de desemprego.Depois, há a tensão rescente entre a Turquia e a Federação Russa e esta com a Ucrânia em resultado do que se passou na Crimeia.Não é de estranhar que o redesenho que está em curso, acompanhado da significativa queda do preço do petróleo, afete seriamente os países seus produtores ou potenciais produ-tores, como se vê em Angola e Moçambique.Quanto ao Brasil é o que se sabe, a braços com uma conjun-tura político-económica grave.

Este quadro, queiramos ou não, irá marcar sérios constrangi-mentos nas opções políticas que se nos deparam a curto e médio prazo por todas as razões.E porque marcam, é muito importante que saibamos, todos contribuir para alimentar um rumo estratégico para o país que vá para além dos debates caseiros, seguramente impor-tantes para os cidadãos, mas que estão longe de esgotarem os objetivos pelos quais importa que nos batamos.A circunstância de nos exprimir-mos na quarta língua mais falada do mundo, com forte presença em todos os continen-tes, facto que não é negligenciá-vel para a própria EU, está longe de ser uma questão menor. Isto tem a ver com a afirmação de Portugal no mundo e, de

caminho, com a caracterização clara das funções do Estado, com a credibilização das institutições e com o reforço da confiança e da esperança. O que importa é que deixemos de pensar pequenino, confun-dindo a árvore com a floresta, como sucedia com o governo anterior.Pessimista? De forma alguma sobretudo nas proximidades do Natal e de um Novo Ano, aproveitando aliás, estas datas para desejar aos leitores as maiores felicidades. A esquerda é confiante e este novo ciclo que agora se inicia só pode reforçá--lo. Neste particular é que não há mesmo alternativa e não se pode falhar. Continuar a pensar pequenino? Não, obrigado! O combate não se ganha por aí.

EDITO

RIAL

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Page 16: Semmais 19 Dezembro 2015