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www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º 679 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 3.Set.2011 Distribuído com o Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA Pub. Pub. +Região Pragal vai ter Parque Urbano 16 Actual Festivais de luxo em Sesimbra e Setúbal 04 +Região Inês do Poceirão é Rainha das Vindimas 21 Depressão duplica no distrito ACTUAL Os especialistas afirmam que o nosso distrito vai bater recordes no uso de anti-depressivos até 2016. O au- mento será de 70 para 165 doses por cada mil habitan- tes. É de ficar deprimido... Envelhecimento na região reduz procura de casa em 80 por cento Porto de Sines bate recorde nacional de movimentação de contentores Central fotovoltaica da Quinta do Anjo vai começar a produzir Saiba todos os números DOSSIER Num trabalho exclusivo, apresentamos de- talhadamente a primeira bateria de números trazidos pela operação Censos no distrito. Para saber ‘Quem So- mos’, ‘Quantos Somos’ e ‘Como Vivemos’. PÁG. 2 PÁG. 10 PÁG. 5 PÁG. 4 PÁGS. 11 a 15 Dossier Censos 2011

Semmais jornal 679

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Semmais jornal 3 de setembro 2011

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www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º 679 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 3.Set.2011

Distribuído com o

Pub.

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

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Pub.

+RegiãoPragal vai ter Parque Urbano

16

ActualFestivais de luxo em Sesimbrae Setúbal

04

+RegiãoInês do Poceirãoé Rainhadas Vindimas

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Depressão duplicano distritoActuAl Os especialistas afirmam que o nosso distrito vai bater recordes no uso de anti-depressivos até 2016. O au-mento será de 70 para 165 doses por cada mil habitan-tes. É de ficar deprimido...

Envelhecimento na região reduz procura de casa em 80 por cento

Porto de Sines bate recorde nacional de movimentação de contentores

Central fotovoltaica da Quinta do Anjo vai começar a produzir

Saiba todos os números dossieR Num trabalho exclusivo, apresentamos de-talhadamente a primeira bateria de números trazidos pela operação Censos no distrito. Para saber ‘Quem So-mos’, ‘Quantos Somos’ e ‘Como Vivemos’.

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Dossier Censos 2011

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O distrito de Setúbal está entre as regiões do país que maior

impacto deverá sentir na quebra da procura de casas nos próximos anos, com uma redução estimada de 80%. A

explicação surge associada ao envelhecimento da popu-lação, segundo o estudo reali-zado pelo Banco de Paga-mentos Internacional (BPI), que mostra, por exemplo, como entre 1970 e 2009, a região sofreu um impacto negativo na ordem dos 25% no seu sector imobiliário.

O envelhecimento demo-gráfico que se perspectiva para as próximas décadas no distrito de Setúbal, leva o BPI a estimar que entre 2010 e 2050, o impacto venha a disparar para valores próximos dos 80 pontos percentuais, não restando grade dúvidas para os espe-cialistas do sector que o aumento do número de idosos vai conduzir à dimi-nuição da procura de casas.

De resto, é provável que esta realidade venha a percorrer todo o território nacional, havendo regiões onde o fenómeno terá um menor impacto, mas também países como Espanha e França serão afectados, embora com uma percen-tagem mais reduzida, na ordem dos 75%.

Concelhos promissorespodem dar uma ajudaEstes dados poderão

sofrer algumas alterações em concelhos (poucos) mais promissores da região, como Setúbal, Almada, Seixal, Montijo e Alcochete (em função do crescimento provocado pelo futuro aero-porto internacional) levando em linha de conta a evolução do número de nascimentos que possam estar a acon-tecer neste altura, factor que pode justificar, a prazo, uma procura imobiliária mais animadora.

Aliás, o designado baby boom é o exemplo dado no estudo, referindo-se que, na altura em que os bebés nascidos nessa época entraram na idade activa e começaram a procurar casa, os preços foram inflacio-nados.

«Com o envelhecimento das pessoas nascidas aquando do baby boom, haverá menor necessidade de procurar casas, o que irá reduzir os preços», estima o banco, num cenário que anuncia maiores dificuldades

para o mercado imobiliário setubalense, onde a venda de casas na região caiu em média entre os 10 a 13 por cento em 2009,segundo foi revelado pela Associação de Profissionais das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Ainda assim, nem por isso o preço da habitação tende a baixar – embora tenham começado a surgir alguns ajustamentos nos preços, sobretudo entre particulares – nos principais centros urbanos, onde se registou, inclusivamente, um aumento de dois pontos percentuais no último trimestre de 2009.

Procura cai maspreço não baixa

O valor médio da avaliação situou-se nos 1154 euros por metro quadrado em 2010, sendo que os imóveis sediados na região foram dos que mais aumen-taram no país, havendo regiões onde, pelo contrário, se registaram descidas drás-ticas de preços como é o caso da zona Centro, onde o valor a casas baixou 4,4%.Aliás, face à relação do valor das casas há um ano, a APEMIP sublinha que «apenas os imóveis do Alentejo e da Região de Lisboa e Vale do Tejo apresentaram uma variação positiva.»

Ainda assim, 2010 não andou longe dos números de 2008 e 2009, com uma quebra de vendas próxima dos 10%, comparando com 2007, o que confirmou uma nova descida nas transac-ções entre prédios urbanos, mistos e rústicos. A cons-trução aumentou à ordem de um por cento.

Para Luís Lima, presi-dente da APEMIP, a região está a vender menos casas, porque «a banca apertou os critérios para a concessão de novos empréstimos à compra de habitaçã0, sendo esta uma solução para os bancos tentarem controlar os seus fluxos de nova produção de crédito com a avaliação bancária.

O estudo a que o Semmais teve acesso afirma que desde 1970a região sofreu um impactonegativo de 25 por cento no sector imobiliário. E o contínuo envelhecimento da populaçãoé devastador até 2050.

Abertura

Envelhecimento no distristoreduz procura de casa em 80%

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… estão a assomar-lhes à consci-ência. Efectivamente, se atentarmos em palavras ou actos dos últimos tempos de alguns dos homens (e mulheres) que podem “dispor” das nossas vidas ou ajudar a formar a nossa opinião, verificamos que falam ou actuam de forma como que a justificarem os abusos daqueles que levaram a economia e as finanças do chamado mundo ocidental ao descalabro que se vê.

Sem qualquer preocupação cronológica, atentemos nas pala-vras do nosso comentador-mor, Rebelo de Sousa, quando aqui há três semanas criticava, no seu púlpito dominical, o governo porque, no imposto extraordinário do próximo Natal, só vai cortar nos rendimentos do trabalho, deixando de fora os rendimentos de juros e dividendos, que, naturalmente, apenas contem-plam os ricos e os especuladores.

Depois, tivemos o governo italiano de Berlusconi, um dos homens mais ricos de Itália, a criar um imposto extraordinário (e disso fazer grande alarde) sobre as maiores fortunas do país, quando já não há como ir buscar mais a quem trabalha.

Há cerca de duas semanas foi a vez do 3º homem mais rico do mundo, o americano Warren Buffett, num extenso artigo publicado no prestigiado “New York Times”, vir dizer, muito zangado, que o governo Obama devia cobrar mais impostos aos mega-ricos, os quais, dizia ele, têm sido demasiado protegidos pela administração americana.

Depois tivemos, há poucos dias, os mandantes da Europa, Sarkozy e Merkel, a dizer-nos que vão propor aos outros países do grupo a criação de um imposto adicional sobre as grandes transacções financeiras (leia-se as grandes transferências de dinheiro sugado ao suor de quem trabalha), o que há já cerca de 12, 13 anos é exigido por muitas organi-

zações por essa Europa fora, sob a designação de “taxa Tobin”.

Por último, foram os franceses ricos a dizerem que queriam pagar mais, como se o Estado os tivesse (e esteve !) a proteger ao longo destes anos, não cobrando os impostos que a moral mandaria.

Descritas que foram as interven-ções dos ditos, não fica o leitor, tal como eu, com a sensação de que os remorsos pelos actos praticados até aqui está a tomar conta da consci-ência de muitos daqueles que viram as suas riquezas aumentarem desme-suradamente à conta da exploração desenfreada do trabalho dos outros? Será que o capitalismo selvagem teve um assomo de ética e está a pedir perdão, por formas enviesadas, pelas maldades praticadas? Dar-se-á o caso de estarem a seguir, final-mente, os ensinamentos de Cristo, que a imensa maioria diz seguir?

Independentemente de quais as razões que determinam estas demonstrações serôdias e hipó-critas de querer fazer justiça social, continua a ser necessário escrever, cada vez mais, que apenas o capi-talismo selvagem, desumano, sem ética ou moral é o responsável pela terrível situação económico-finan-ceira em que muitos países se encon-tram. Esta constatação de todos os dias é o melhor exemplo para não nos deixarmos desmobilizar por cantos de sereia que apenas pretendem o amolecimento daqueles que, com o seu trabalho, criam a riqueza das nações.

Colaborador *

Os números que relevamos nesta edição sobre os resultados dos Censos 2011 mostram bem a dimensão do distrito de Setúbal e a sua capacidade atractiva.

Não há novidade quanto a isso, a não ser o eterno problema político de avanços e recuos que têm mantido a região sob um espesso manto de hiatos e suspense.

Para além dos rácios que podem ser aferidos no caderno central desta edição, que espelham, em termos reais, o nosso crescimento demográfico, mas também no número de famílias e de alojamentos, há outras valências a que não damos o devido valor.

O distrito representa 5,4 do PIB nacional, sendo que nesta mataria, cresceu 16% entre os anos de 2005 e 2009. Apresenta uma taxa de pré-escolarização muito elevada, na ordem dos 75,7 %, tendo caído todos os rácios referentes ao abandono escolar em todos os ciclos do ensino básico.

Ainda na área da educação, entre 2005 e 2009 crescemos 415% no ensino profissional e ganhámos mais 13.300 alunos no ensino superior, acrescendo o facto de dispormos hoje de 149 unidades de investigação, o que representa, no mesmo período, um aumento de 69%.

Muitos mais números haveria para lançar, mostrando a dinâmica e a força desta região que habitamos.

Infelizmente, muitos teimam em mantê-la sob a espuma dos estigmas. E essa é a maior das perversões.

Uma região dinâmica em hora de cortes cegos

Os remorsos dos ricos …

António Marquês *

Editorial // Raul Tavares

ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores, Fotografia: Joaquim Torres; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação), Lídia Faísca. Cartoonista: Ricardo Campos e José Sarmento. Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista e Rita Martins. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Webmaster iMais: Susete Amaral. Web Manager/SEO: José Luís Andrade. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

«Será que o capatalismo selvagem teve um assomo de ética e está a pedir perdão, por formas enviesadas pelas maldades praticadas?»

“É um projeto muito ambicioso, neste momento não há condições para avançar”. Estas foram as pala-vras sem ambição com que, recen-temente, o Governo PSD/CDS, pela voz da Ministra do Ambiente e Ordenamento do Território, comu-nicou ao país, e em particular à Área Metropolitana de Lisboa e ao Distrito de Setúbal, que dava o projeto do Arco Ribeirinho Sul (ARS) ‘por arrumado’. Extinguia-se projecto e empresa gestora.

Registe-se que, em menos de dois meses de governação, já desis-tiram, no que ao distrito diz respeito, do hospital no Seixal, do projeto alta velocidade e da intervenção rodoviária no âmbito da concessão Baixo Tejo. Pelo caminho que se está a seguir é de duvidar que fique alguma coisa de pé.

Quanto ao ARS, logo após o anúncio de extinção, e fazendo fé em notícias surgidas, parece – a ver vamos – ter havido um recuo relativamente à implementação do projeto, não estando, de todo, escla-recidos nem a eventual mudança de posição, nem o modelo de gestão da estratégia.

Os deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal desenvolveram, em tempo opor-tuno, diligências para que a respon-sável governamental se explique em comissão parlamentar, o que se espera vir a ocorrer no final de setembro. A expetativa é de que o Governo retifique os termos do anúncio precipitado e inaceitável e traga os necessários esclareci-mentos e respostas que, como é de óbvia constatação, atualmente não tem.

A tentação de extinção do projeto ARS, como de outras extinções, é tanto mais preocupante e grave quando se identifica, tal como disse, e bem, a Federação Distrital de Setúbal do PS, que “o Governo não tem uma

perspetiva minimamente consis-tente da natureza do desenvolvi-mento que o país deve apostar e particularmente num distrito labo-rioso, de centralidade e essencial a uma estratégia de futuro, como é o distrito de Setúbal”. Esta é a questão. Setúbal tinha traçado um projecto estratégico sobre o qual iriam assentar as garantias da sua sustentabilidade de médio e longo prazos.Com a política de suspensões e extinções em curso, o distrito fica ele próprio suspenso sem que se vislumbrem respostas adequadas e desbloqueadoras dos constrangi-mentos atuais e que, fundamental-mente, potenciem oportunidades de novo investimento, ampliem a competitividade e gerem emprego.

Quando um responsável polí-tico, no caso membro do Governo, argumenta para efeitos de extinção de um projecto estratégico (de inte-resse nacional, financeiramente auto-sustentável, que não desperdiça, pelo contrário, visa aproveitar patri-mónio público valioso, de dimensão expressiva e há muito abandonado), que há muita ambição, está tudo dito. É a tacanhez em ação. A decla-rada incapacidade de programar o tempo a seguir.

Importa, nestes momentos em que querem vingar ‘vistas curtas’, barrar o caminho aos seus prota-gonistas. Cá estaremos!

Deputada *

Governo sem ambição

EuridicePereira *

«Com a política de suspensões e extinções em curso, o distrito fica ele próprio suspenso sem que se vislumbrem respostas adequadas e desbloqueadoras dos constrangimentos actuais e que potenciem oportunidades de investimento»

Sempre com a regiãosempre pela região...

Todos os sábados, com o semanário Expresso, o seu jornal de referência, único com circulação em todo o distrito de Setúbal. Tiragens regulares de 40.000 exemplares e audiência média estimada em 160.000 leitores.

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Festivais em grande na Península

A inAugurAção da expo-sição que assinala os 50 anos do Museu de Setúbal é um dos pontos altos das Comemorações Boca-gianas, que decorrem entre os dias 10 e 18. no dia 15, as festividades abrem com o hastear da bandeira, às 9 horas, na varanda dos Paços do Concelho, a homenagem ao poeta, junto da estátua, às 9h15, seguindo-se a sessão solene evoca-tiva da efeméride, no Salão nobre do município. Ainda durante a manhã realiza-se a homenagem aos funcionários municipais aposentados e a entrega das meda-lhas da cidade a personalidades/entidades. Entre as 10 e as 18 horas, a Casa da Baía abre as portas ao “na rota de Bocage… Encontro com talentos”. nesse dia decorre

ainda o concerto da Banda da Capricho, às 16 horas, no coreto da Avenida Luísa Todi. Às 17 horas, nas antigas instalações do Banco de Portugal, abre a exposição que assinala os 50 anos do Museu de Setúbal/Convento de Jesus. uma hora mais tarde há a entrega de prémios do Xiii Concurso Lite-rário sobre Bocage, na Câmara.

o Dia de Bocage e da Cidade encerra com o espetáculo “… no meio de mil dores…”, pelo TAS, no Convento de Jesus, a partir das 21h30. no dia 10 abre a exposição colectiva dos artistas plásticos da Artiset. Até dia 16, obras baseadas no soneto de Bocage “nascemos para amar” podem ser vistas no Clube Militar de oficiais. “Há Jazz nos Jardins” realiza-se a 11, no

Jardim da Algodeia, e a 18, no Parque do Bonfim, às 18 horas. oito curtas-metragens que mostram o que os jovens sentem acerca da sua cidade podem ser vistas, entre os dias 11 e 18, às 21h30, no audi-tório Charlot.

A tertúlia “Eis Bocage… Conversas de Botequim” está marcada para dia 14, às 21h00, na Casa da Baía.

Às 16 horas arranca uma visita guiada à exposição sobre os 50 anos do Museu de Setúbal, pelo conservador Fernando Pereira. A exposição “os Anti-Monumentos. Prefácio a uma exposição”, de Virgílio Domingues, é inaugurada às 18 horas, na Casa da Baía. A partir das 21h30 há fado na Praça de Bocage.

A EDP Distribuição concluiu a construção de um novo troço de rede de média tensão, com 1 019 metros, que vai viabilizar a entrada em produção da nova Central Foto-voltaica da Quinta do Anjo.

De iniciativa particular, a nova central, situada junto a Vale de gali-nhas, na freguesia de Quinta do Anjo, Palmela, é constituída por 10 720 painéis fotovoltaicos de silício

monocristalino e tem uma potência total instalada de 1 608 kVA.

A ligação à rede pública da central produtora está, assim, prevista para muito em breve, fazendo-se através de um novo posto de seccionamento. Esta obra envolveu um investimento a custos primários de cerca de 35 milhares de euros, segundo informação da EDP distribuição.

Central Fotovoltaica da Quinta do Anjo vai começar a produzir

Exposições, música e cinema para lembrar Bocage no Museu de Setúbal

MAriE Myriam, a cantora luso-francesa que venceu o Festival Eurovisão da Canção em 1977 com o tema “L’oiseau e L’enfant", é a convidada especial da 3ª edição do Eurovision Live Concert que se realiza no próximo sábado, dia 10 de Setembro, no Auditório José Afonso, em Setúbal, naquela que é a maior festa portuguesa dedi-cada ao Festival da Eurovisão, e uma das mais conceituadas já a nível europeu.

«Marie Myriam foi um dos

primeiros nomes colocados sobre a mesa para a edição deste ano e a organização guardou o segredo até esta altura», adianta guilherme Santos, presidente da ogAE, na hora de anunciar a presença em Setúbal da cantora que garantiu a última vitória de França no Festival Eurovisão da Canção.

Apesar das limitações finan-ceiras, guilherme Santos assegura que o espectáculo deste ano será «o melhor» adiantando que para além das surpresas reservadas para o próprio dia, a organização garantiu já a presença de mais de uma dezena de artistas. o cartaz deste ano conta

com Chiara, que representou Malta em 1998, 2005 e 2009; Chen Ahroni, de israel; Jari Sillanpää, da Finlândia; igor Cukrov, da Croácia; Jenny Silver, da Suécia; Marcin Mroziński, da Polónia; Andrea Demirovic, de Montenegro e Lucía Perez, a repre-sentante espanhola na edição deste ano no Festival da Eurovisão, para além dos portugueses rui Andrade e Filipa ruas.

o evento, promovido numa parceria entre a ogAE Portugal, a Câmara Municipal de Setúbal e o site “Eurovision on ToP, vai ser apresentado por Pedro Penim e Carla Salgueiro.

SESiMBrA recebe, entre os dias 9 e 11 de Setembro, a primeira mostra de cinema de turismo, no cine-teatro João Mota, como forma de promover o 1º Finis-terra Arrábida Film Art & Tourism Festival, que tem data prevista para Junho de 2012.

Carlos Sargedas é o promotor desta mostra que tem como objec-tivo «captar atenções para o Festival de Junho do próximo ano». A mostra contará com filmes já premiados a nível nacional e internacional, nomeadamente no Art&Tur 2010, de Barcelos, e no CiFFT 2010, realizado na Áustria. Para além de cinco

sessões de cinema, esta mostra conta ainda com a inauguração de três exposições fotográficas e uma conferência subordinada ao tema “o Cinema no Cabo Espi-chel e o Turismo”.

Segundo o impulsionador do Finisterra Arrábida Film «Sesimbra e o cabo Espichel têm sido palco para muitas cenas de grandes filmes que têm trazido ao concelho grandes nomes do cinema mundial como Malcovich, Jeremy irons, Cameron Dias, Ted Danson, entre outros, mas nada se fez para apro-veitar turisticamente este factor». Daí que o grande objectivo do Finis-terra seja «promover Sesimbra, Arrábida e o cabo Espichel como local privilegiado para a produção de filmes e, simultaneamente, atrair o turista cinéfilo».

Cinema “Finisterra” em Sesimbra e música da “Eurovisão” na cidade do Sado

O Semmais Jornal tem cinco entradas para oferecer aos leitores para irem assistir ao Eurovision Life Concert, no próximo dia 10, no auditório José Afonso, em

Setúbal. O evento, organizado pela OGAE Portugal, conta com as actu-ações de Marie Myriam, a cantora francesa que venceu o Festival Eurovisão da Canção, em 1977,

com o tema “L´Oiseau et L´Enfant”, e Chiara Siracusa, cantora que representou Malta em 1998, 2005 e 2009. Para participar basta ligar 918 047 918 e solicitar o seu convite.

Parque José Afonsorecebe concerto

Cinema & Turismo no “João Mota”

Convites para o Eurovision Life Concert

A cantora Marie Myriam, luso-francesa que ganhou o Eurovisão da canção em 77 vai ser a estrela da festa-concerto

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O mentor Carlos Sargedas, já premiado além fronteiras, mostra filmes

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A CAsA Agrícola Assis Lobo, sedeada em Palmela e a comemorar este ano 60 anos de vida, está a lançar na presente edição da Festa das Vindimas o “Lobo Doce”, o 1.º vinho DO Palmela licoroso, com colheita de 2010, e a segunda edição do “Lobo Mau” 2008.

Rui Lobo, enólogo da empresa, conta que o “Lobo Doce”, pretende ser «uma homenagem aos antigos vinhos licorosos de Palmela que não o Moscatel de setúbal». A este novo produto, feito à base da casta Fernão Pires e com apenas 16 graus de álcool, foi acrescentado «um pouco de Moscatel graúdo e casta Arinto» para lhe dar um toque mais aromático. «É um vinho diferente e muito aliciante e saboroso para o consumidor. Apresenta um conjunto único de sensações na boca. Faz lembrar os vinhos Reserva sauternes de grandes casas fran-cesas», vinca. Este “Lobo Doce” vai

ser comercializado em cerca de 5 mil garrafas nas grandes superfí-cies da região e na loja da própria adega.

Depois do primeiro lançamento para o mercado em 2004, a Casa Assis Lobo aproveita também a Festa das Vindimas para apresentar a segunda edição do tinto “Lobo

Mau”, com colheita de 2008, um ano de «excepcional qualidade» de uva. Este DO Palmela Reserva, comercializado em cerca de 3 mil garrafas, é o vinho ideal para acom-panhar com carnes vermelhas, queijo de Azeitão de casca mole, um peixe no forno ou um baca-lhau assado.

Até 2016 o uso de anti-depressivos vai disparar para o dobro no nosso distrito

Depressão ataca em força no distrito de Setúbal

A REGIÃO de setúbal vai apresentar uma das maiores subidas ao nível do consumo de medicamentos anti-depressivos até 2016. O aumento será das cerca de 70 doses por cada mil habitantes/dia (valores oficiais de 2009) para mais de 165. Isto é, mais 120%. Contudo, é a melhoria do tratamento que fará disparar o uso de remédios no prazo de cinco anos, sendo que um dos motivos para o aumento

da depressão na região surge associado à crise económica.

Este aumento do consumo de medicamentos anti-depressivos para mais do dobro até 2016 inscreve-se nas previsões do grupo técnico que está a trabalhar no Plano Nacional de saúde (PNs), sendo que as melhorias no trata-mento da depressão, bem como o incremento do número de doentes e de recaídas são as causas possíveis que os especialistas apontam para justificar esta subida.

Autoridades preparam contra-ataque

Contudo, a intenção dos profissionais de saúde é que sejam tomadas medidas para que a região possa vir a ficar pelo consumo das 10 doses diárias, em vez das 165, segundo o Gabinete de Informação e Prospectiva do Alto Comissariado da saúde, que utilizou como base de trabalho os dados disponibilizados pelo Infarmed nesta área.

Apesar da prescrição irregular destes medicamentos e dos anti-psicóticos terem estado na mira de organismos inspectivos que têm levado a medidas restritivas por parte do Ministério da saúde, António Vaz Carneiro, presidente

do Centro de Estudos de Medi-cina Baseada em Evidência, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, sublinha que a explicação para esta subida se deve ao factor de se estar a prever tratamento para todas as pessoas que têm depressão.

« s a b e m o s hoje que a nossa população está subtratada, tal como acon-tece em o u t r a s doenças crónicas. E há várias razões para isso: pro -blemas de d i a g n ó s t i c o , falta de adesão à terapêutica e poucos apoios do sistema», sublinha aquele responsável, admitindo que hoje entre 18% a 20% de pessoas com depressão não são tratadas, pelo que esse deverá ser um desígnio do novo sistema.

Roberto Dores

É um dos maiores problemas da actualidade e os especialistas atribuem-no à crise económica. A região terá um aumento de 165 doses por cada mil habitantes, muito acima da média. As previsões são do grupo técnico que está a ultimar o Plano Nacional de Saúde.

OItO corporações de bombeiros voluntários da margem sul vão receber da transtejo diversos kits de equipamentos individuais de aproximação e combate ao fogo.

A oferta decorre de um protocolo assinado entre o grupo empresarial e os comandos das corporações, e surge na sequência da política de responsabilidade social da conces-sionária dos transportes fluviais.

Os equipamentos novos ficaram ‘encalhados’ na empresa devido à nova regulamentação dos equipamentos de segurança nos transportes fluviais e às características das novas embar-cações, pelo que o Grupo trans-tejo decidiu doar os equipa-mentos às corporações de bombeiros.

Os catorze Equipamentos Indi-

viduais de Aproximação e Combate ao Fogo terão «maior utilidade para as corporações de bombeiros da zona ribeirinha que são efectiva-mente os actores chaves no sistema de combate a incêndios dos nossas embarcações e que têm tido e certa-mente irão continuar a ter uma excelente colaboração com esta empresa pública de transportes», sustenta João Pintassilgo, presi-dente do conselho de adminis-tração da transtejo.

Transtejo oferece kits aos soldados da pazpara combater fogos

Casa Assis Lobo lança primeiro DO Palmela licoroso

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A Casa está a comemorar 60 anos de actividade

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Política

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Jerónimo de Sousa visita Festa das Vindimas em Palmela

O secretáriO-geral do PcP, Jerónimo de sousa, vai estar de visita à Festa das Vindimas, no próximo dia 5, a partir das 21 horas. a visita tem como local de partida o pavilhão do PcP montado no recinto do evento. Durante a visita, o político, acompanhado de diversos dirigentes locais e regionais comunistas, contactará a população e os visitantes da festa mais

emblemática de Palmela e da região.

Quinta da Atalaia recebe Festa do Avante

a Quinta da atalaia, amora, seixal, recebe este fim-de-semana a 35.ª Festa do avante! Para os comunistas, trata-se de uma festa «erguida pelo trabalho militante de milhares de homens, mulheres e jovens, um exemplo ímpar, sem paralelo na vida nacional, da força e da capacidade de realização do PcP e que todos os anos assume uma reno-vada expressão».

a Festa do avante! é enca-rada, pelos organizadores, como um evento «impres-cindível à luta dos trabalha-dores e do povo, à valorização da arte e da cultura, à afir-mação dos valores da soli-dariedade e da paz, à defesa da liberdade e da democracia, de um Portugal independente e soberano».

comícios, debates, concertos, exposições, teatro, cinema, feira do livro, desporto, entre outras iniciativas, constam do programa da festa onde o PcP denuncia e critica as medidas governamentais que afectam os portugueses.

Bloquistas debatem problemas sociais em ciclo de cinema

Os JOVens do Bloco de esquerda do distrito estão a organizar o ciclo de cinema ao ar livre “tipo…cenas!” que vai dinamizar os jardins da região. a 1.ª edição, subor-dinada ao tema “Demo-cracia Precária”, aconteceu na quinta-feira à noite, no Parque da Baixa da Banheira, na Moita.

a referida sessão abor- dou temas como a pobreza, o desemprego, a especu-lação, a banca ou a demo-cracia e englobou as curtas-metragens “Pro -logue”, “invisible state”, “a Jorna” e “Mouseland”.

com esta iniciativa os

jovens do Bloco de esquerda pretendem lançar o debate informal sobre a precariedade da vida das pessoas, tema que se insere no actual quadro político e social, onde as «medidas de austeridade impostas penalizam grave-mente a qualidade de vida das portuguesas e dos portugueses e deixam poucas perspectivas de futuro às gerações mais novas».

O local da segunda sessão é na Praça da inde-pendência, no Pinhal novo, no dia 8, à mesma hora, e tem como tema “amor, Poder e controlo”.

PS qualifica de arrogante a falta de diálogo do PSD e CDS

Os DePutaDOs do Ps eleitos por setúbal consideram «inaceitável e pouco digno para a democracia» o facto de PsD e cDs terem rejeitado, esta semana, os dois requeri-mentos em que os socialistas solicitavam reuniões com a ministra da agricultura e o secretário de estado das Obras Públicas para saber as razões que levaram o go -verno a anunciar a extinção do arco ribeirinho sul e a não concretização da maior parte da con cessão rodovi-ária do Baixo tejo.

Para a deputada eurídice Pereira, tanto o PsD como o cDs colocaram a «a carroça à frente dos bois», uma vez que foi «anunciada uma extinção, a seguir recuou-se e agora não se sabe como garantir a gestão de tão importante projecto».

no caso da concessão do Baixo tejo, eurídice Pereira afirma que «não há, segundo os partidos que suportam o governo, lugar a explica-ções porque ‘logo se vê….’, no âmbito da eventual revisão do Plano nacional rodoviário. Há um anúncio de recuo de uma estratégia mas explicações claras e racionais não são identifi-cadas, nem há disponibili-

dade para dar a conhecer o que sustentou a decisão».

a deputada recorda que o PsD ‘chumbou’ a ida do membro do governo ao Parla-mento para explicar a decisão governamental aos portu-gueses, porque este partido entende que «os esclareci-mentos devem ser feitos só a eles e à porta fechada, rejei-tando por isso, com uso arro-gante da maioria, a proposta socialista».

relativamente à audição com a Ministra do ambiente e do Ordenamento do terri-tório, eurídice Pereira diz que o PsD e cDs «rejeitaram e vieram a aprovar a possibi-lidade da deslocação da Ministra numa antecipação da habitual audição ordinária que já se encontrava agen-dada para 11 de Outubro».

Social democratas querem ouvir entidades para enriquecer revisão do plano do PNA

Os deputados do PsD eleitos pelo distrito apre-sentaram na passada

terça-feira, na assembleia da república, um projecto de resolução que recomenda ao governo que proceda a avaliação e à revisão do Plano de Ordenamento do Parque natural da arrá-bida (Pna). Por outro lado, os deputados recomendam que o processo seja feito com o envolvimento das popu-lações e outras entidades.

segundo o deputado social-democrata, Bruno Vitorino, o documento aponta para «uma avaliação rigorosa da adequação e do grau de execução do Plano

de Ordenamento do Pna, e dos seus impactes ambien-tais, sociais e económicos».

a identificação e avaliação da suficiência e adequação dos meios

humanos, operacionais e financeiros disponíveis para uma gestão eficaz do Parque natural, que assegurem o cumprimento da lei, é outro dos pontos realçados.

Os deputados já agen-daram várias reuniões com cerca de 50 personali-dades/entidades para ouvirem as suas preocu-pações e opiniões. «É nossa obrigação estar actuali-zados às preocupações das mais diversas entidades, que directa ou indirecta-mente têm interesse na matéria, para podermos dar o nosso contributo num processo que pretendemos que seja participado»,

vinca, acrescentado que «a nossa intenção não é subs-tituir o governo mas sim, com a comunidade pisca-tória e com as suas asso-ciações representativas, perceber qual a avaliação que fazem do Parque Marinho luís saldanha, para que a realidade da arrábida seja acompa-nhada e melhorada».

Bruno Vitorino entende que o Plano de Ordena-mento do Pna «não está a preservar devidamente a biodiversidade», pelo que urge proporcionar «uma harmonia entre a defesa do ambiente e da biodiversi-dade e a compatibilização

dessa protecção com as necessidades económicas que permitem o desenvol-vimento da região». De futuro, o PsD pretende, também, «evitar a construção de casas clandestinas, como aconteceu no passado».

Os deputados ‘laranjas’ lançaram também uma pá gina no Facebook intitu-lada “Pensar a arrábida”. a finalidade é a recolha de «reflexões, contributos e a -lertas» da população, no sentido de tornar o Pna numa «oportunidade de de - senvolvimento regional de forma a conciliar a pro tecção da natureza com o desen -volvimento económico».

Bruno Vitorino quer populações envolvidas no plano PNA

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Eurídice Pereira, deputada

Jerónimo de Sousa, lider PCP

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Anti-stress

Festa do Teatro do Fontenova tevemuito público e esgotou espectáculos

A XIII Festa Internacional do Teatro, que decorreu em Setúbal entre 19 e 28 de Agosto, pela mão do Teatro

Estúdio Fontenova, apresenta balanço positivo. Graziela Dias, da organização, frisa que o certame decorreu dentro das expectativas, com «bastante público e alguns espectáculos esgotados, sendo de realçar o sobrelotado “Cabaret DisPuta”, a nova produção do grupo organizador do evento, bem como “Ibéria – a Louca História de uma Península”, da Perpécia Teatro, e “Napoleon Pursued by Rabbits”, de Nola Rae. 1 800 pessoas passaram este ano pela Festa do Teatro, que teve como principal patrocinador a Sapec Bay.

A mesma fonte faz questão de agra-decer o patrocínio desta empresa que permitiu a concretização da festa e que a qualidade artística se mantivesse. Além do mais vinca que «este patro-cínio só foi possível graças ao empe-nhamento da Câmara, na pessoa da senhora presidente, junto da adminis-tração da Sapec para que o mesmo se concretizasse».

Graziela Dias realça a qualidade artística dos espectáculos e a afluência de público. Contudo, o corte de 2 mil euros no orçamento, em comparação com o ano transacto, determina um «défice de meios técnicos, humanos e de divulgação/comunicação que um festival desta dimensão necessita para acompanhar as exigências de um público para o qual

trabalhamos e que deve ser respeitado». Apesar do baixo orçamento, a mesma fonte reconhece que a qualidade artística «manteve-se, embora para esta se mantivesse, o número de espectáculos foi reduzido em relação ao ano anterior».

O “Cabaret DisPuta”, com texto de Eduardo Dias e encenação de José Maria Dias, que conta a história de duas dançarinas rivais que discutem o seu lugar como cabeças de cartaz, num cabaret de uma cidade consumida pela guerra, vai voltar ao palco da delegação do Inatel de Setúbal em Novembro. «Através de uma forma divertida onde

a música está presente do início ao fim, pretendemos mostrar que o homem é, muitas vezes, cruel e desumano. Apesar da fome e da miséria continuam a pregar a moral de pança cheia».

No que se refere à Festa do Teatro de 2012, Graziela Dias refere que a vontade de a realizar «não está posta em causa», sublinhando que tudo depende dos «financiamentos que conseguirmos para a realizar». A presidente Dores Meira, durante o encerramento do evento, alertou para que o Governo proceda a uma melhor distribuição de verbas para o sector da Cultura.

DR

Os actores intervenientes na nova produção do Teatro Estúdio Fontenova “Cabaret DisPuta”

Esta semana con -tinuamos a oferecer convites para o filme “Conan - O Bárbaro”, de Marcus Nispel, uma película de acção/aven-tura que passa nos cinemas Zon Lusomundo do Free-port de Alcochete.

Conan, ainda jovem, vê a sua aldeia ser aniquilada por um demoníaco feiticeiro chamado Thulsa Doom, que mata também os seus pais. Disposto a vingar-se, desen-volve uma incrível força física e parte em busca da liga de aço, que fará com que a sua espada se torne lendária.

Para maiores de 12 anos, o filme conta com as inter-pretações de Jason Momoa, Rachel Nichols, Stephen Lang, Rose McGowan e Saïd Taghmaou, entre outros. Os convites são válidos para os dias 10 e 11 de Setembro, às 13:20, 15:40, 18:00, 21:30 e 23:50.

“Animalândia” é o tema do Festival Internacional de Escultura em Areia (FIESA) deste ano, que decorre em Pêra, no Algarve, até 15 de Outubro. O evento é con siderado o ma ior fes - ti val de es cultura em areia do mundo, pelo tamanho das suas esculturas e pela

área por elas ocupada. Em 2010 a mostra foi vista por cerca de 150 mil pessoas.

Cerca de 50 escultores, de diversas nacionalidades, estiveram envolvidos na preparação das esculturas, onde os animais são repre-sentados de uma forma humorística.

Ágata, depois de afastada durante algum tempo das lides musicais, regressa com o álbum “Ainda Te Amo”, comporto por onze canções, com o selo da Editora Espa-cial. Com uma vasta e recheada carreira, Ágata tem dedicado, de forma intensa, a sua vida às cantigas. No novo disco de uma das mais populares

artistas portuguesas podemos ouvir temas românticos e outros mais ritmados. “A Dança do Amor”, “Vou Pensar em Mim”, “De que Vale”, Voltar a Amar” ou o tema cantado em italiano “Piu Grande Amore” são apenas algumas das faixas musicais que podemos escutar neste novo registo discográfico de Ágata.

Convites para “Conan – O Bárbaro”

Convites FIESA

Ganhe álbuns de Ágata

Oferta Semmais

Tributo ao Festivalda CançãoO espectáculo de tributo ao Festival RTP da Canção, na Festa das Vindimas, conta com a envolvência de Anabela, Carlos Mendes, Tó Cruz, Vânia e CC. Palco do Fontanário, Palmela | 22h Seg 5

Pintura de Rita Piteira“Traga um amigo também” é o título da exposição de pintura, com obras da pintora Rita Piteira, que é inaugurada este sábado. A mostra, uma organização da ARTISET, estará patente ao público até dia 9, de segunda a sexta, das 10 às 12 e das 14h30 às 20 horas.Clube Militar de Oficiais de Setúbal | 17h

Beatlomania“The Magic Of The Beatles” é considerado o melhor espectáculo do Reino Unido em homenagem aos Beatles que recria ‘os anos de magia’ dos Fab Four, com uma boa dose de imaginação e sonho. Casino de Tróia | 22h30

Sáb 3

Sáb 3

Sáb 3

Sáb 3

Romana popularAs festas populares de Canha, em honra a N.ª Sra. da Oliveira, contam com um espectáculo a cargo de Romana, seguindo-se sardinhada e largada de touros. Divirta-se. Palco das Festas de Canha, Montijo | 23h

Dias de Espuma“Dias de Espuma” celebra os 25 anos do Teatro do Mar e presta homenagem aos homens do mar, aos ganhos e às perdas, às crenças, à espiritualidade, ao suor e à festa, ao amor e à morte, ao medo e à poesia. Centro de Artes de Sines | 22h

Um famoso dentista leva uma vida dupla, em Lisboa, com uma jovem tatuadora, convencendo a miúda que é um homem casado e pai de filhos. Tudo se complica quando esta pretende conhecer a verda-deira mulher do seu futuro marido. A enfermeira que há anos trabalha no consul-tório do dentista e alimenta por ele uma paixão secreta, vê-se forçada a passar pela mulher legítima do homem

solteiro que sempre amou.No ambiente hilariante

de uma clínica dentária, a comédia atinge situações de grande comicidade com diálogos sofisticados e inte-ligentes mas numa peça de teatro transversal. Trata-se de um espectáculo bem representado e elegante, com as interpretações de Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Nuno Guerreiro, Hugo Rendas e Helena Rocha.

+ Cartaz...

Convites “A Flor do Cacto”

Para se habilitar a todos os con vitesbasta ligar 918 047 918.

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9S á bado | 3. S et . 2 0 1 1 www.semmaisjornal.com Impressão Digital

Acredita que alguma vez Portugal irá vencer o Eu-rofestival da Canção? Acredito que sim, mas apenas quando os nossos governan-tes olharem para a nossa mú-sica de uma forma diferente e apoiarem mais a nossa cultu-ra. Sei que a nossa língua por vezes é difícil de entender, mas por isso não me choca em nada que a participação portugue-sa possa ser feita noutra lín-gua. É isso que os outros paí-ses fazem quando participam no Eurofestival.

Já pensou em criar a sua própria editora? Honestamente nunca me pas-sou pela cabeça tal coisa. Acho que o artista deve estar con-centrado no que sabe real-mente fazer e deixar isso para quem realmente entende.

Se lhe saísse o Euromilhões onde investia o dinheiro do prémio? Em primeiro lugar é pre-ciso jogar. Algo que rara-mente faço. Depois, depen-

de do valor em questão. Mas faria o que qualquer pes-soa gostaria de fazer, que é ter uma boa casa, um bom carro e umas férias de so-nho. E ajudaria a minha fa-mília, desde os meus filhos aos meus pais.

Até onde a música o pode-rá levar?Como em qualquer profis-são, se querermos crescer temos de semear para co-lher. Esse tem sido o meu lema durante toda a minha vida. Só assim se consegue atingir os objectivos a que nos propomos.

Já alguma vez lhe deu von-tade de partir o microfone? Não. O meu microfone pes-soal é muito caro para pen-sar nisso.

Se não fosse cantor que outra profissão escolheria? Teria sido guarda-redes. Jo-guei nas camadas jovens do Clube Desportivo da Cova da Piedade. Mas aos 15 anos

a música falou mais alto e deixei o futebol que me dava imenso prazer e até diziam que tinha talento.

Tem inimigos de estimação no mundo do espectáculo?Nunca fomentei inimiza-des com ninguém. Muito menos no meio onde es-tou inserido. Agora sei que não podemos agradar a toda a gente.

O que o faz zangar seria-mente? A mentira e a hipocrisia é algo que me decepciona completamente.

Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da região? Não me vou pronunciar so-bre política.

Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos de elogios?O meu amigo e colega Toy, um acérrimo defensor da ci-dade de Setúbal.

Rui Bandeira - Cantor

«Só ganharemos o Eurofestival quando os nossos governantes olharem para a música de uma forma diferente»

Pub.

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.º 20/2011REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimentoDenominação do estabelecimento “Externato Infantil Dó-Ré-Mi II”Localização do estabelecimento: Rua Reinaldo Ferreira Nº 23 Quinta S. NicolauC. Postal: 2855-076 Seixal Localidade: CorroiosDistrito: Setúbal Concelho: Seixal Freguesia: CorroiosTelefone: 212534386 Fax: 212537367 e-mail:[email protected]. Identificação da entidade gestoraNome completo: Externato Infantil Dó-Ré-Mi, LdaMorada: Rua Reinaldo Ferreira Nº 23 Quinta S. NicolauC. Postal: 2855-076 Seixal Localidade: Corroios3. Actividade exercida no estabelecimentoCreche – 25 Crianças distribuídas da seguinte forma:1 Sala de Actividades – Com capacidade máxima para 10 crianças com idades compreendidas entre a Aquisição da Marcha e os 24 Meses;1 Sala de Actividades – Com capacidade máxima para 15 crianças com idades compreendidas entre os 24 e os 36 Meses. 4. Lotação máximaO estabelecimento pode abranger o número máximo de 25 (vinte e cinco) utentes..5. EmissãoData 2011/08/22

Assinatura e selo branco

Instituto da segurança social, I.P.

conselho Directivo

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.CENTRO DISTRITAL DE SETúBAL

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.º 21/2011REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimentoDenominação do estabelecimento “Externato Infantil Dó-Ré-Mi II”Localização do estabelecimento: Rua Reinaldo Ferreira Nº 23 Quinta S. NicolauC. Postal: 2855-076 Seixal Localidade: CorroiosDistrito: Setúbal Concelho: Seixal Freguesia: CorroiosTelefone: 212534386 Fax: 212537367 e-mail:[email protected]. Identificação da entidade gestoraNome completo: Externato Infantil Dó-Ré-Mi, LdaMorada: Rua Reinaldo Ferreira Nº 23 Quinta S. NicolauC. Postal: 2855-076 Seixal Localidade: Corroios3. Actividade exercida no estabelecimentoCATL – 35 crianças, em idade escolar, em simultâneo, distribuídas da seguinte forma:1 Sala de Actividades – 15 crianças 1 Sala de Actividades – 20 crianças 4. Lotação máximaO estabelecimento pode abranger o número máximo de 35 (trinta e cinco) utentes.5. EmissãoData 2011/08/22

Assinatura e selo branco

Instituto da segurança social, I.P.

conselho Directivo

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.CENTRO DISTRITAL DE SETúBAL

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.º 18/2011REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimentoDenominação do estabelecimento “Sensil Setúbal – Degraus da Vida, Lda”Localização do estabelecimento: Rua António José Baptista, nº 106 – Loja 102C. Postal: 2910-398 Setúbal Localidade SetúbalDistrito: Setúbal Concelho: Setúbal Freguesia: São SebastiãoTelefone: 265234399 e-mail:setú[email protected]. Identificação da entidade gestoraNome completo: Degraus da Vida, LdaMorada: Rua António José Baptista, nº 106 – Loja 102C. Postal: 2910-398 Setúbal Localidade: Setúbal3. Actividade exercida no estabelecimentoServiço de Apoio Domiciliário 4. Lotação máximaO estabelecimento pode abranger o número máximo de 39 (trinta e nove) utentes.5. EmissãoData 2011/08/10

Assinatura e selo branco

Instituto da segurança social, I.P.

conselho Directivo

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.CENTRO DISTRITAL DE SETúBAL

LICENÇA DE FUNCIONAMENTO N.º 17/2011REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

1. Identificação do estabelecimentoDenominação do estabelecimento “Viva Kids”Localização do estabelecimento: Rua das Tílias, Lote 128C. Postal: 2910-143 Setúbal Localidade: SetúbalDistrito: Setúbal Concelho: Setúbal Freguesia: Gâmbia, Pontes e Alto da GuerraTelefone: 265702231 Fax: 265702231 e-mail:[email protected]. Identificação da entidade gestoraNome completo: Os Bochechinhas, Infantário LdaMorada: Rua dos Malmequeres, nº 6C. Postal: 2910-036 Setúbal Localidade: Setúbal3. Actividade exercida no estabelecimentoCreche 4. Lotação máximaO estabelecimento pode abranger o número máximo de 33 (trinta e três) crianças, distribuídas da seguinte forma:1 Berçário – 8 crianças com idades entre os 4 meses e a aquisição da marcha;1 Sala de Actividades – 10 crianças com idades compreendidas entre a aquisição da marcha e os 24 meses;1 Sala de Actividades 15 crianças com idades compreendidas entre os 24 e os 36 meses.5. EmissãoData 2011/08/10 Assinatura e selo branco

Instituto da segurança social, I.P.

conselho Directivo

INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P.CENTRO DISTRITAL DE SETúBAL

Íntimo Livro de cabeceira: A Bíblia Sagrada.

Férias de sonho: Férias de sonho: Brasil.

Local de eleição: Praia dos Coelhos, Arrábida.

A primeira paixão: Já nem lembro.

Maior ousadia: Foi em 1997 quando andei de editora em editora, com as minhas maquetes à procura da realização do meu sonho. Mas ninguém queria apostar em mim, até que em 1999 surgiu a participação no Festival RTP da Canção e tudo mudou, graças a Deus.

Ídolo de referência: Tenho vários artistas que gosto e que aprecio bastante. Não consigo dizer um só pois gosto de muitos.

Projecto de vida por realizar: Tenho vários projectos de vida mas são muito pessoais e não quero divulgá-los.

B. I. Idade: 37 anos // Naturalidade: Nampula, Moçambique // Família: Siara Holanda (esposa/30 anos), Bárbara Bandeira (filha/9 anos) e Tiago Bandeira (filho/13 anos) Estado civil: União de facto Residência: Aroeira, Charneca da Caparica

DR

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+ Negócios

Porto de Sines bate recorde nacional de contentores

O Terminal XXI do Porto de Sines bateu o recorde nacional

mensal na movimentação de contentores.

De acordo com os números apontados pelo relatório de Julho, o mês terminou a movimentar um total de 43.986 TEU, o que, para a Administração do Porto de Sines (APS), diri-gida por Lídia Sequeira, teve «fortes repercussões ao nível das exportações por contentor», com um cresci-mento nos primeiros sete meses do ano acima dos 26 por cento.

Estes números parecem vir de encontro às expecta-tivas do porto sineense quando, a 1 de Julho, viu arrancar a nova linha para

o Brasil. Trata-se de «um serviço regular», adianta ao Semmais Duarte Lynce de Faria, da APS, para quem esta linha regular é funda-

mental para competir com o principal concorrente do porto de Sines, o homólogo espanhol de Valência.

A linha do Brasil tem uma

dupla função, uma vez que proporciona a movimen-tação de cargas entre a Europa e aquela região do globo, para além de permitir que Sines funcione como plataforma giratória das mercadorias dos serviços do Extremo Oriente para a América do Sul.

A continuar assim, e ao que tudo indica, «as perspec-tivas são as melhores», sustenta o responsável, o porto de Sines poderá bem vir a bater novo recorde abso-luto na movimentação de contentores já em 2012, já que com esta nova linha «pers-pectiva-se um grande incre-mento» no trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no Terminal XXI neste sector da actividade portuária.

De acordo com o rela-tório trimestral, nas princi-pais mercadorias exportadas por contentor destacam-se o papel, tabaco, mármore, vidro, vinho, polietileno, cerâmicas e pedra calcária, provenientes das Zonas Sul e Centro de Portugal.

De destacar ainda neste âmbito, o incremento das mercadorias provenientes da Andaluzia e Extremadura Espanholas, principalmente do sector agro-alimentar, zonas que fazem parte do hinterland natural do porto.

Esta semana, na rubrica de Notas Fiscais, não poderia deixar de citar um diálogo ocor-rido em 1661, entre Colbert e Mazarino. Colbert foi ministro de Estado e da economia do Rei Luís XIV. Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro-ministro em França.O dialogo versa assim:“Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contri-buinte) já não é possível. Eu gostaria Senhor Supe-rintendente, que me expli-casse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço.Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é dife-rente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?Mazarino: Criam-se outros.Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.Mazarino: Sim, é impossível.Colbert: E então e os ricos?Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.Colbert: Então como havemos de fazer ?Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhe tiramos mais eles trabalharão para compen-sarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.”De facto tal diálogo em tudo se assemelha à realidade em que vivemos. É certo que são necessárias medidas para combater os tempos de austeridade em que vivemos.

No entanto, o alvo é sempre o mesmo. Os sacrifícios são sempre exigidos àqueles que dedicam uma vida de trabalho, declaram e pagam todos os seus impostos, conquanto ainda tenham que suportar todos os encargos inerentes a serviços que o Estado deveria prestar de forma gratuita e de forma igual para todos os cidadãos. Não é justo! Não é justo o paga-mento dos serviços públicos serem taxados de acordo com a Declaração de Rendimentos. Não é justo que os funcionários públicos e todos os outros traba-lhadores por conta de outrem, cuja respectiva declaração de rendimentos espelha a reali-dade, tenham que pagar mais de taxas moderadoras nos hospi-tais, mais pelo passe social, não beneficiando de qualquer apoio estatal, em detrimento de aqueles que pouco ou nada declaram. Para estes, cujos rendi-mentos declarados nada têm aderência com a realidade, e que se furtam ao cumprimento das suas obrigações enquanto cidadãos, acabam ainda assim por serem premiados! Para além de fugir ao fisco ainda beneficiam de tudo o que o Estado tem para dar. Tais medidas, jamais em tempo algum o são pela promoção da justiça e protecção social. São sim, medidas inconsti-tucionais descriminando o acesso à saúde, educação e todos os demais elementares serviços consagrados consti-tucionalmente, em função… da declaração de Rendimentos.Para além disso, são medidas que potenciam a fuga ao fisco. Pois, quanto menos se declara menos impostos se paga, e mais regalias se obtém.

Classe Média

Paulo Janela

[email protected]

Notas Físcais

É com natural satisfação que a Auto Soeiro se associa a tão importante evento na nossa região: A Campanha das Vindimas 2011.

Como concessionário Mitsubishi à cerca de 25 anos e inserido numa das Regiões Vinícolas mais importantes do País, temos nos milhares de clientes associados a este sector , também milhares de amigos, que nos deram o privilégio da sua preferência. Com efeito os veículos comerciais e 4x4 da Mitsu-bishi têm dado provas nas duras condições desta acti-vidade, em termos de resis-tência, robustez e economia de utilização.

No âmbito desta época das Vindimas iremos levar a cabo várias iniciativas, que integradas, julgamos irão possibilitar uma maior proximidade entre os

clientes, amigos e convi-dados da Auto Soeiro, oferecendo em simultâneo reais benefícios e vantagens,

na aquisição de viaturas neste período.

Assim teremos:•Outdoors Campanha das

Vindimas, na região de Azeitão, Palmela e Pegões.•Publicidade e reportagem no Jornal da Região de Setúbal e Jornal Semmais.•Exposição de viaturas na Adega Cooperativa de Palmela e Adega Coopera-tiva de Pegões.•Presença de 01 a 06 de Setembro, nas Festas Das Vindimas de Palmela, com Stand Mitsubishi, onde estão desde já convidados, a conhecer os mais recentes e inovadores, produtos da marca.•Oferta da Caixa de Carga* ou valor equivalente, nas gamas L200 e Canter, válido de 29.Ago a 31.Out.2011.

Boa Colheita e contem com o apoio permanente da Auto Soeiro, como o vosso melhor parceiro, no sentido de um maior e melhor negócio.

Pela primeira vez o armador japonês “Mol - Mitsui O.S.K. Lines” escolheu o Terminal XXI de Sines para operar os seus navios porta-contentores, tirando partido da localização favorável e das excelentes condições geofísicas e opera-cionais deste terminal. O primeiro navio desta linha que operou em Sines foi o mothership “Mol Cele-bration” que está inserido na rota Japão-Norte da Europa e tem uma capacidade de 9.000 TEUs, 320 metros de compri-mento, 46 metros de Boca e um calado

máximo de 15 metros. Seguiu-se o navio “Mol Sassandra” que opera na rota Europa-África Ocidental e, como tal, de dimensão ligeiramente inferior ao primeiro. No passado dia 29, foi o navio “Mol Modern”, que integra igualmente o serviço que liga o Japão à Europa, que fez esca-lana no porto sineense. De referir que a MOL é um dos mais impor-tantes armadores da actualidade, que garante ter a rede de serviços de linha regular mais extensa e abrangente do Mundo.

... e recebe pela primeira vez navios do armador MOL

Auto Soeiro com novidades na Festa das Vindimas

«... Os sacrifícios são sempre exigidos áqueles que dedicam uma vida de trabalho, declaram e pagam os seus impostos, conquanto ainda tenham que suportar todos os encargos inerentes aos serviços que o Estado deveria prestar de forma gratuita»

Publireportagem

O concessionário é já um grande parceiro dos vitivinícultores

Sines em alta na movimentação e exportação de contentores

DR

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Dossier Censos 2011

Com o início da divulgação pelo INE dos resultados dos Censos 2011 (XV recensea-

mento geral da população e V recen-seamento geral da habitação – resul-tados preliminares), os decisores, os gestores, os investigadores, em suma todos nós, passamos a deter informação actualizada sobre a realidade demográfica e habita-cional do País.

É tempo de substituir estima-tivas e projecções por dados “reais” que permitam reaferir todos os estudos entretanto realizados e é também tempo de produzir novos indicadores agora “refrescados” com informação estatística actual e de qualidade.

Neste “caderno”, o SemMais pretende tornar acessível aos seus leitores um conjunto de resultados de entre os que constam do plano de divulgação

preliminar do INE (população, famílias, alojamentos, edifícios), tentando dois objectivos:

• Porumladodesenharo retrato do nosso território, ao

nível do Distrito, dos Municí-pios e das Freguesias.

• Poroutro,sensibilizartodaa sociedade – entidades públicas e privadas, em especial autarquias e escolas, bem como os cidadãos em geral – para a importância do uso desta informação.

Este trabalho, que contará ainda com depoimentos sectoriais de especialistas ligados à nossa região, poderá desenvolver-se durante as várias fases de divulgação previstas pelo INE, cuja bateria de resultados irá sendo sucessivamente alar-gada. Esperam-se, para o 1º trimestre de 2012, os resultados provisórios e, para o 4º trimestre, os definitivos.

Análise de enquadramentoregional NUTS III

Por facilidade de análise, dado que a difusão do INE apenas respeita o classificador NUTS (abaixo explicado no ponto 2 das Notas genéricas) e tal facto não perturba o que se pretende com este enquadramento da nossa região à escala nacional, detemo-nos nos resultados da sub-região “Península de Setúbal”, a qual, por comparação com 2001, registou o 3º maior aumento percentual, no que respeita à População, e o 9º maior quanto ao número de Alojamentos, no universo das 30 sub-regiões NUTS III de todo o território nacional.

Com o total do País a crescer 1,9% em termos populacionais, a nossa região atingiu um cresci-mento de 8,9%, apenas ultrapas-sado pela região do “Algarve” (14%) e pela “Região Autónoma da Madeira” (9,4%).

Este aumento correspondeu a mais 63439 habitantes, sendo mesmo o 2º maior em termos abso-lutos, apenas superado pelo cres-cimento de 90562 pessoas na região “Grande Lisboa”.

Quanto aos Alojamentos, a “Península de Setúbal” viu aumentar a sua oferta habita-cional em cerca de 16,6%, a que corresponderam 59870 unidades. Embora a alguma distância dos crescimentos registados na região do “Algarve” (36,9%) e na “Região Autónoma da Madeira” (36,1%),

ainda assim cresceu um pouco acima da média nacional (16,3%) e registou o 4º maior aumento em valores absolutos, logo abaixo dos verificados nas regiões “Grande Lisboa”, “Algarve” e “Grande Porto”.

Naturalmente que a perma-nência destes fenómenos de maior concentração no litoral e nas Áreas Metropolitanas não deixa de acentuar os graves desequi-líbrios que influenciam negati-vamente a qualidade da nossa vida quotidiana.

Ao nível municipal e em termos muito genéricos, conti-nuou a assistir-se a uma deslo-cação das capitais das Áreas Metropolitanas para alguns concelhos da sua periferia, sendo que o Município de Lisboa perde 19412 habitantes, o que corres-ponde a uma diminuição de cerca de 3,4% face a 2001, enquanto 3 municípios da “Península de Setúbal” na mesma Área Metro-politana (Alcochete, Montijo e Sesimbra) atingem crescimentos superiores a 30%, contabilizando mais 28311 pessoas, figurando entre os 5 maiores aumentos nacionais, onde, aliás, também se inclui Mafra com um cresci-mento superior a 40%.

Também na Área Metropo-litana do Porto se assistiu a uma perda relativa de importância do Município do Porto, menos 9,7% e menos 25572 habitantes, em detrimento da sua periferia, nomeadamente do Município da Maia (+12,4%).

Naturalmente que alguns concelhos e regiões crescem pela atratividade dos investimentos municipais em infraestruturas e em equipamentos, outros por se constituirem como polos centrais em face de grandes obras de cariz nacional (ou pelo menos à sua previsão), mas todos terão em comum o conjunto de factores determinantes habituais: oferta de habitação para compra ou aluguer a preços convidativos e nas tipologias adequadas, exis-tência de emprego potencial na sua área de influência, serviços de educação e de saúde e boas acessibilidades, de preferência servidas por transporte público. E também, cada vez mais, preo-cupações com a segurança, o ambiente, a cultura e o lazer, irão marcando presença no quadro de decisão. O maior dinamismo social e cultural das nossas regiões vai-se afirmando como factor que influencia as escolhas que fazemos.

Análise preliminar aos Censos 2011 nas variáveis Demografia, Famílias, Alojamento e Habitação

Quem somos, quantos somos e como vivemos no Distrito de SetúbalCom a População total do País a crescer 1,9% em relação a 2001, o distrito de Setúbal atingiu um aumento de 7,8%, que correspondeu a mais 61383 habitantes. Três municípios da Península de Setúbal, Alcochete, Montijo e Sesimbra, atingiram crescimentos superiores a 30%, contabilizando mais 28311 pessoas, figurando entre os 5 maiores aumentos nacionais. O número de Famílias do distrito de Setúbal aumentou 18,0%, com a sua dimensão média a fixar-se em 2,48 pessoas, valor inferior à média nacional que foi de 2,59 pessoas. Quanto aos Alojamentos, o distrito de Setúbal viu aumentar a sua oferta habitacional em cerca de 16,4%, a que corresponderam 66163 unidades, enquanto o número de Edifícios aumentou 18,4%.

Notas genéricas1. Este trabalho é realizado integralmente por recurso a informação pública incluída no Portal de Estatísticas Oficiais do Instituto

Nacional de Estatística (INE), cuja consulta aconselhamos vivamente [www.ine.pt].2. Dado que a circunscrição administrativa “Distrito” deixou de constar do classificador das “NUTS” – Numenclatura de Unidades Terri-

torias para fins estatísticos, optou-se por incluir a informação relativa às duas regiões NUTS III que integram Municípios do Distrito (“Penín-sula de Setúbal”, na Região NUTS II “Lisboa” e “Alentejo Litoral”, na Região NUTS II “Alentejo”, a qual ainda inclui o Município de Odemira). Seguidamente efectuámos o cálculo dos resultados agregados para o “Distrito”, que vem apresentado na última linha dos Quadros.

:::Textos de Manuel José Pereira :::

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Conforme se pode constatar no Quadro I o “Distrito de Setúbal” registou um aumento populacional significativo de cerca de 7,8%, com três municípios a crescer acima de 30%, um acima de 15%, cinco acima dos 5%, três abaixo dos 2% e apenas quatro a verem decrescer a sua popu-lação. Globalmente o nosso “Distrito” ganhou 61383 habitantes.

este elevado cresci-mento relativo nos últimos 10 anos, não podendo ser explicado pelo aumento do saldo natural (dife-rença entre nascimentos e óbitos), o qual se estima que terá sido responsável por apenas 9% (cerca de 17600 pessoas) do aumento total da população portu-guesa (cerca de 199700 pessoas), é resultado dos movimentos migra-tórios, o que se virá a comprovar, especificando as regiões e os países de origem dos nossos migrantes, aquando da disponibilização dos resultados provisórios e defini-tivos pelo Ine.

mas este comportamento da nossa região não deixa de ser ainda melhor evidenciado se consta-tarmos que apenas 10 municípios em todo o País cresceram acima dos 20%, sendo 3 deles do “Distrito de Setúbal”. Isto apesar da crise que se instalou na 2ª metade da década em análise, cujas conse-quências ao nível da inversão da tendência das migrações interna-cionais, na forte redução da taxa de natalidade (com saldos natu-rais negativos em 2007, 2009 e 2010) e na mais tardia fecundidade, entre outros aspectos, são hoje óbvias e não devem ser escamo-teadas. Aliás, é bem possível, e poderá ser comprovado através

do estudo de estimativas efectu-adas no período inter-censitário, que nestes últimos anos da década

se tenha mes mo assistido a movimentos de diminuição popula-cional.

Assim, à seme-lhança do que já suce-dera em 2001, quando comparado com 10 anos antes, a realidade do nosso “Distrito” volta a al -terar-se li -gei ramente nesta 1ª década do século XXI.

Com os me -lhores desempe-nhos ficaram os

municípios de Alcochete e do montijo, que registaram os 3º e 4º maiores crescimentos relativos de todo o País, Sesimbra, que passou

do 3º maior aumento nacional em 2001 para o 5º lugar,

Palmela e Almada. enquanto Alcácer do Sal, Santiago do Cacém, moita

e Grândola, viram mesmo a sua População diminuir e o Barreiro praticamente estagna, após ter

decrescido em 2001.

em termos práticos a maior evidência prende-se com o facto de Alcochete, na “Penín-sula de Setúbal”, ultrapassar em população três municípios do “Alentejo Litoral” que o suplan-tavam há 10 anos, casos de Alcácer do Sal, Grândola e Sines.

Quanto ao número de famí-lias, que atingiu uma taxa de cres-cimento de cerca de 18%, no total do “Distrito de Setúbal”, 2,3 vezes superior ao aumento populacional (ou seja, muito mais famílias, mas

bem menos numerosas), distribui-se em relativa concordância com este. De novo os maiores cresci-mentos são em Sesimbra, Alco-chete e montijo, por esta ordem, seguindo-se Palmela, Sines, Almada e Seixal. o único decréscimo regista-se em Alcácer do Sal.

Contudo o fenómeno mais signi-ficativo é a redução da dimensão média das famílias, a qual diminui cerca de 8,6% no “Distrito” nestes 10 anos, passando de 2,7 pessoas, em 2001, para 2,5 em 2011. Com excepção do município de Alco-chete, em que a redução é de apenas 3,1%, em todos os restantes muni-cípios as famílias médias diminuem entre 5,7% e 12,7% o número dos seus elementos.

De acordo com os especialistas, aspectos como a maior longevi-dade dos idosos, o aumento das separações dos casais e do número de famílias monoparentais, maior número de casais sem filhos ou com menos filhos e mesmo de pessoas a optarem por viver sós, justificam este declíno sucessivo que já vem de há cerca de 20 anos. Para o todo nacional, em 1991 cada família tinha em média 3,1 pessoas, passando em 2001 para 2,8 e em 2011 para 2,6.

População residente e Famílias por munícipio

População e Famílias por Municípios (Quadro I)

Local de residência

População residente (n.º) por Local de residência; Decenal Densidade populacional** famílias (n.º) por Local de

residência; Decenal Pessoas por família (n.º)

Período de referência dos

dadosTaxa de variação Super-

fíciePeríodo de

referência dos dados

Taxa de variação

Período de referência dos

dadosTaxa de variação

2011 2001 2011/2001 2011/2001 2009 2011 2001 2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001

Total Total + - estima-tiva

estima-tiva Total Total Total Total

n.º n.º % % km² n.º/ km² n.º/ km² n.º n.º % n.º n.º %Portugal 10555853 10356117 1,9 92207,4 114,5 112,3 4079577 3654633 11,6 2,59 2,83 -8,7

Continente 10041813 9869343 1,7 89084,3 112,7 110,8 3903728 3508953 11,3 2,57 2,81 -8,5 Península de Setúbal 778028 714589 8,9 1624,9 478,8 439,8 313667 263224 19,2 2,48 2,71 -8,6

Alcochete 17565 13010 35,0 128,4 136,8 101,3 6822 4894 39,4 2,57 2,66 -3,1 Almada 173298 160825 7,8 70,2 2468,6 2291,0 72236 60954 18,5 2,40 2,64 -9,1 Barreiro 79042 79012 0,0 36,4 2171,5 2170,7 33311 29993 11,1 2,37 2,63 -9,9

moita 66311 67449 -1,7 55,3 1199,1 1219,7 26176 23922 9,4 2,53 2,82 -10,2 montijo 51308 39168 31,0 348,6 147,2 112,4 20608 14839 38,9 2,49 2,64 -5,7 Palmela 62549 53353 17,2 465,2 134,5 114,7 23761 18994 25,1 2,63 2,81 -6,3 Seixal 157981 150271 5,1 95,5 1654,3 1573,5 62640 53508 17,1 2,52 2,81 -10,2

Sesimbra 49183 37567 30,9 195,2 252,0 192,5 19324 13315 45,1 2,55 2,82 -9,8 Setúbal 120791 113934 6,0 230,2 524,7 494,9 48789 42805 14,0 2,48 2,66 -7,0 Alentejo Litoral * 97918 99976 -2,1 5307,8 18,4 18,8 41214 38256 7,7 2,38 2,61 -9,1

Alcácer do Sal 12980 14287 -9,1 1500,0 8,7 9,5 5295 5406 -2,1 2,45 2,64 -7,2

Grândola 14854 14901 -0,3 824,9 18,0 18,1 6031 5646 6,8 2,46 2,64 -6,7 Santiago do

Cacém 29720 31105 -4,5 1059,8 28,0 29,3 12428 11887 4,6 2,39 2,62 -8,6

Sines 14260 13577 5,0 202,6 70,4 67,0 5899 4901 20,4 2,42 2,77 -12,7 Distrito de

Setúbal 849842 788459 7,8 5212,2 163,0 151,3 343320 291064 18,0 2,48 2,71 -8,6

* inclui ainda odemira** os cálculos foram realizados em função das superfícies de 2009

Peninsula de Setúbal

Litoral Alentejano

778028

71814

Um recenseamento é uma operação estatística que se realiza junto de todas as unidades cuja caraterização se pretende estudar e não apenas de algumas, como os inquéritos correntes, os quais, definido o seu objecto, são reali-zados por recurso a técnicas de amostragem, através de processos mais ou menos complexos de uma criteriosa definição da amostra, em função das caraterísticas do universo e das variáveis a estudar.

existem ainda operações cujos resultados são obtidos através do recurso a fontes administrativas. Por exemplo, o registo de nasci-mentos e óbitos nas conservató-rias do “registo civil”, constituem uma fonte alternativa, a custos ínfimos, para se obterem as esti-mativas da população no período entre dois censos. estes dados, que permitem acompanhar a evolução do saldo natural, não resolvem, contudo, nem o conhecimento do saldo migratório (seja num país, seja a nível regional), nem a cara-terização completa das populações a estudar, em variáveis tão impor-tantes como as habilitações acadé-micas, as profissões, a situação perante o trabalho, a estrutura sócio-familiar, etc.

Daqui resulta a importância de se realizarem os Censos e a uma escala geográfica não confinada a uma região ou país, nem sequer a um continente, mas a nível global.

o que depois se torna “impe-rativo” é mesmo rentabilizar os custos que os países suportam com estas mega operações.

ou seja, há que tirar o máximo proveito de toda a informação nova. ou não valeu a pena tal esforço. Cabe agora, na posse de tanta e tão quali-ficada informação, quer quanto à demografia dos países, das regiões, dos municípios, das freguesias, mesmo das aldeias, quer quanto à habitação e condições de habitabi-lidade dessas populações, aos vários níveis e sectores da administração pública, às empresas produtoras de bens e de serviços para essas popu-lações, às universidades e aos inves-tigadores, utilizarem a informação de que passam a dispor como uma ferramenta para tornar o futuro da humanidade melhor.

no momento em que o mundo global atravessa um período dos mais conturbados da sua história, ToDoS seremos responsáveis em tirar o melhor proveito destes resul-tados. Seja quanto às necessárias redefinições do chamado “estado social”, seja quanto às políticas de emprego e de rendimentos, de habi-tação, de educação, de saúde, etc., ou até no que respeita aos défices dos estados e à dívida pública dos países, cabe agora aos decisores políticos, mais do que nunca, fazerem política para as pessoas em concreto, pois sabem onde estas se encontram e quais as suas neces-sidades mais prioritárias.

* Economista/Estaticista

A utilidade de “gastar” milhões com censos decenais?

ManuelJoséPereira*

Apenas 10 municípios em todo o País cresceram acima de 20% e 3 são do nosso distrito

Os municípios da Península aumentaram 634 39 habitantes, enquato os do Alentejo Litoral diminuiram2056 pessoas

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Da leitura do Quadro ii resulta de imediato uma conclusão simultaneamente mobilizadora e preocupante.

Com excepção de Santiago do Cacém, em que o número de aloja-mentos habitacionais “apenas” aumentou 5,3%, em relação a 2001, em todos os restantes municípios esse crescimento foi superior a 10%, atingindo mesmo valores superiores a 25% em 5 deles, alco-chete (41,5%), Montijo (36%), Grân-dola (31,5%), Sesimbra (30,8%) e Palmela (26,2%).

assim, o “Distrito de Setúbal” apresenta um aumento global de 16,4% do seu parque habitacional, mais que o dobro do crescimento dos seus habitantes, e correspon-dente a 66163 alojamentos. O cres-cimento médio do País foi ligeira-mente inferior, fixando-se em 16,3%.

esta dinâmica de aumento constante da densificação habita-cional no País, que se verificou durante 3 décadas, tendo-se atenuado apenas nos últimos 4/5 anos, e que correspondeu a um boom do investimento em cons-trução de habitação e do sector imobiliário, conduziu a que existam presentemente em Portugal cerca de 1,4 alojamentos por família, cuja consequência, nalguns casos, é a existência de autênticos centros urbanos “fantasma”.

Naturalmente que a aquisição por famílias não residentes no País, para eventual ocupação sazonal, e a existência do fenómeno da 2ª habitação por famílias residentes, nomeadamente nas regiões com maior capacidade de atração turís-tica, terão justificado esta situação. Contudo parece-nos óbvio que tal já não se repetirá, pelo menos no futuro próximo.

Pelo contrário a tendência deverá passar pelo reequilíbrio das taxas de esforço das famí-lias portuguesas no acesso ao crédito para aquisição de habi-tação, pela opção cada vez mais forte pelo mercado de arrenda-mento, bem como por polí-ticas públicas incen-

tivadoras da reabilitação dos imóveis existentes e do próprio espaço urbano.

Quando forem disponibilizados os resultados definitivos pelo iNe, poderá então proceder-se a uma análise mais pormenorizada com a caracterização dos parques habi-tacionais concelhios, nomeada-mente quanto à verdadeira dimensão do número de aloja-mentos vagos, para venda ou para arrendamento, e dos alojamentos devolutos, bem como dos de 2ª habitação.

Verifica-se assim que o exce-dente teórico de alojamentos, calculado com base no número de famílias residentes no “Distrito de Setúbal”, atinge um valor de cerca de 126 mil, quando há 10 anos era de 112 mil unidades, havendo municípios em que esse excedente representa cerca de 2/3 das famílias residentes e mesmo um caso em que os dois valores são idênticos.

relativamente ao número de edifícios para habitação, o “Distrito de Setúbal” apresenta um aumento de 18,4% no decénio, cerca de 6 pontos percentuais acima do aumento médio do País, registando-se pequenas flutuações por compa-

ração com a distribuição municipal dos aloja-

mentos (acima indi-

cada) apenas em função de alte-rações no número médio de aloja-mentos por edifício.

Os municípios do Montijo (15,1%) e de alcochete (10,7%) apre-sentam os maiores aumentos deste rácio, passando de 1,78 para 2,05 e de 1,74 para 1,92 alojamentos por edifício, respectivamente. No total do “Distrito de Setúbal”, verifica-se uma ligeira diminuição, em consequência de idêntico movi-mento em alguns dos seus muni-cípios mais urbanos.

* inclui ainda Odemira

A realidade dos Alojamentos e Edifícios

Alojamentos e Edifícios por Municípios (Quadro II)

localização geográfica

alojamentos (N.º) por localização geográfica;

Decenalalojamentos por Família (N.º)

edifícios (N.º) por localização geográfica;

Decenalalojamentos por edifício

(N.º)

Período de referência dos

dadostaxa de variação

Período de referência dos

dadostaxa de variação

Período de referência dos

dadostaxa de variação

Período de referência dos

dadostaxa de variação

2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001total total total total total total total totalN.º N.º % N.º N.º % N.º N.º % N.º N.º %

Portugal 5879845 5054922 16,3 1,44 1,38 4,2 3550823 3160043 12,4 1,66 1,60 3,5Continente 5640233 4866373 15,9 1,44 1,39 4,2 3359986 2997659 12,1 1,68 1,62 3,4

Península de Setúbal 421479 361609 16,6 1,34 1,37 -2,2 172706 144871 19,2 2,44 2,50 -2,2

alcochete 8786 6209 41,5 1,29 1,27 1,5 4575 3578 27,9 1,92 1,74 10,7 almada 101619 92292 10,1 1,41 1,51 -7,1 34750 30025 15,7 2,92 3,07 -4,9 Barreiro 41961 37877 10,8 1,26 1,26 -0,3 11068 10298 7,5 3,79 3,68 3,1

Moita 34739 30552 13,7 1,33 1,28 3,9 12433 10645 16,8 2,79 2,87 -2,6 Montijo 26734 19660 36,0 1,30 1,32 -2,1 13033 11033 18,1 2,05 1,78 15,1 Palmela 33122 26239 26,2 1,39 1,38 0,9 21801 17496 24,6 1,52 1,50 1,3 Seixal 79869 69046 15,7 1,28 1,29 -1,2 30197 25167 20,0 2,64 2,74 -3,6

Sesimbra 32061 24516 30,8 1,66 1,84 -9,9 20493 15760 30,0 1,56 1,56 0,6 Setúbal 62588 55218 13,3 1,28 1,29 -0,6 24356 20869 16,7 2,57 2,65 -2,9

alentejo litoral* 68792 59908 14,8 1,67 1,57 6,6 53702 46926 14,4 1,28 1,28 0,3 alcácer do Sal 8843 7759 14,0 1,67 1,44 16,4 7562 6690 13,0 1,17 1,16 0,8

Grândola 12103 9206 31,5 2,01 1,63 23,1 9387 7066 32,8 1,29 1,30 -1,0 Santiago do

Cacém 18464 17529 5,3 1,49 1,47 0,7 13395 12798 4,7 1,38 1,37 0,6

Sines 8341 6964 19,8 1,41 1,42 -0,5 4815 4155 15,9 1,73 1,68 3,4 Distrito de Setúbal 469230 403067 16,4 1,37 1,38 -1,3 207865 175580 18,4 2,26 2,30 -1,7

a construção de novos edifícios continuou, de alguma forma, a tendência registada na década anterior. Verifica-se a consolidação do arco ribeirinho Sul de lisboa, com particular destaque para as zonas beneficiadas pela aber-tura da nova ponte Vasco da Gama e de uma nova frente imobiliária no litoral alentejano de vocação turística ou de segunda habitação. Do ponto de vista do edificado podemos verificar que existiu uma maior taxa de variação (cerca de 30%) nos concelhos de alco-chete, Sesimbra e Grândola. tendo aumentado significativamente o número de edifícios em toda a margem sul do tejo, com excepção do Barreiro e Moita. todo o litoral alentejano também registou um aumento. Mas podemos constatar que almada, apresenta um crescimento de edificado mais mode-rado que os concelhos mais dinâmicos seus parceiros na margem sul.

Na evolução do alojamento podemos perceber que as tendências se mantêm sendo neste caso alcochete e Montijo os que maior oferta de novos alojamentos apresentam no norte do distrito e Grân-dola e Sines no litoral alentejano. Santiago do Cacém, a sul, o Barreiro e a Moita, a norte, reflectem uma tendência de crescimento moderado, fruto de ausência de costa, no primeiro caso e de ausência de uma via de comunicação rodoviária à capital, no segundo. apesar de nestes últimos, a reestruturação do tecido empresarial efectuada a partir da década de 80 e a dificuldade de regene-ração urbana e ambiental associada, os tenham afectado particularmente.

a variação do número de aloja-mentos por edifício dá-nos a visão clara do tipo de ocupação que se tem verifi-cado. Globalmente o distrito teve uma variação negativa (-1,7%) o que permite dizer que o tipo de edifícios tem menor número de alojamentos ou seja, foram construídas mais moradias unifami-liares do que prédios plurifamiliares na generalidade dos concelhos. isto signi-fica mais dispersão territorial e infra-estrutura associada. Mais custos para o erário público e para os particulares. No primeiro caso mais estradas, redes de água e saneamento assim como equi-pamentos públicos com menores escala (mais onerosos de manter). No segundo, mais custos para os particulares, pois não se consegue dar uma passo sem ser de automóvel, o que torna a vida mais difícil e dispendiosa para as famí-lias. este efeito “moradia” sentiu-se ainda mais na Península (-2,2%) que no litoral alentejano (0,3) que teve uma variação positiva. O que reflecte uma procura mais intensa desta tipologia habita-cional nos concelhos mais urbanizados do norte do distrito.

Podemos perceber que apesar de nos encontrarmos em crise desde 2001, a última década, continuou a registar um crescimento significativo de novos edifícios na região e consequentemente de alojamentos, acompanhando, de resto, o país. assim, apesar de algum abrandamento na construção desde 2001, parece ter sido só depois da crise de 2008 que verdadeiramente este tipo de crescimento terá efectivamente estag-nado. Só aí o crédito bancário foi forte-mente condicionado. e como talvez se venha a perceber no futuro foram efec-tivamente os mecanismos de facilitação do acesso generalizado ao crédito que permitiram, pelo que se percebe até há bem pouco tempo, o tipo de crescimento registado. Ou seja, este mecanismo, conjuntamente com o financiamento das autarquias e um conjunto de cons-trangimentos ao nível da recuperação do edificado existente, fomentou o tipo de ordenamento territorial registado nas últimas décadas.

as tendências anunciam a conso-lidação da Área Metropolitana de lisboa a Sul, assumindo a Costa alentejana, uma nova faceta de turismo, essencial-mente de segunda habitação apostada na proximidade à grande metrópole. Só Sines parece consolidar uma vocação mais portuária e industrial capaz de se tornar conjuntamente com Setúbal, a norte, nos pólos fornecedores de comércio e serviços do alentejo litoral.

*Arquitecto/Urbanista

Primeiras reflexões sobre um território em transformação

Paulo Pisco*

Existem no Distrito mais 126 mil habitações que o total das famílias residentes

4 municípios do Distrito viram a sua oferta de alojamentos aumentar acima dos 30%

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O QuadrO III permite uma leitura exaustiva do comportamento de cada Freguesia, bem como realizar análises no âmbito concelhio.

Em termos popula-cionais, 37 das 82 freguesias do “distrito”, diminuiram em relação a 2001, sendo as 13 maiores perdas, todas superiores a cerca de 15%, nos seguintes municípios: almada (1), Barreiro (1), Moita (1),

Sesimbra (1), Setúbal (1), alcácer do Sal (3), Grân-dola (2) e Santiago do Cacém (3). [Entre parên-

teses indica-se o número de freguesias]. de realçar que algumas destas freguesias são claramente urbanas e detêm algum peso rela-tivo nos respectivos concelhos.

as 22 freguesias com as maiores subidas, acima dos 15%, locali-zaram-se nos seguintes municípios: alcochete (2), almada (4), Barreiro (1), Moita (2), Montijo (3), Palmela (2), Seixal

(2), Sesimbra (2) e Setúbal (4). a Freguesia do afonsoeiro (Montijo)

foi a que mais cresceu em termos relativos (104,2%) passando de 3536 para 7222 habi-tantes, enquanto que em termos absolutos, os maiores aumentos foram na Charneca da Caparica (almada), com um acréscimo de 9275 pessoas, e na Quinta do Conde (Sesimbra) com mais 8844.

a Freguesia mais populosa do “distrito” continua a ser São

Sebastião (Setúbal), agora com 52443 habi-

Quadro Síntese por Freguesias (Quadro III)

Local de residência / Localização geográfica (Composição das NUTS (2002) em termos de municípios e freguesias para difusão dos resultados definitivos dos Censos 2011 (lista cumulativa - PT, NUTS I, II, III, CC, FR)

População residente (N.º) por Local de residência; Decenal

Famílias (N.º) por Local de residência; Decenal

Alojamentos (N.º) por Localização geográfica; Decenal

Edifícios (N.º) por Localização geográfica; Decenal

Período de referência dos dados

Taxa de variação

Período de referência dos dados

Taxa de variação

Período de referência dos dados

Taxa de variação

Período de referência dos dados

Taxa de variação

2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001 2011 2001 2011/2001Total Total Total Total Total Total Total Total

N.º N.º % N.º N.º % N.º N.º % N.º N.º %Alcochete 12246 9094 34,7 4718 3379 39,6 6200 4361 42,2 2952 2408 22,6Samouco 3130 2788 12,3 1268 1065 19,1 1544 1321 16,9 853 773 10,3São Francisco 2189 1128 94,1 836 450 85,8 1042 527 97,7 770 397 94,0Almada 16572 19513 -15,1 7923 8256 -4,0 10229 10327 -0,9 1670 1809 -7,7Caparica 20447 19327 5,8 7976 6664 19,7 10879 10008 8,7 3435 3182 8,0Costa da Caparica 13498 11708 15,3 6174 4818 28,1 13991 13469 3,9 3645 3189 14,3Cova da Piedade 19849 21154 -6,2 9037 8490 6,4 10848 10628 2,1 1904 1938 -1,8Trafaria 5724 5946 -3,7 2322 2231 4,1 3402 3385 0,5 2274 2035 11,7Cacilhas 5983 6970 -14,2 2794 2950 -5,3 3723 3670 1,4 457 450 1,6Pragal 7174 7721 -7,1 2840 2690 5,6 3317 3322 -0,2 467 452 3,3Sobreda 15053 10821 39,1 5673 3713 52,8 6891 4924 39,9 4034 2882 40,0Charneca de Caparica 29693 20418 45,4 11093 7414 49,6 18242 14607 24,9 12896 10455 23,3Laranjeiro 20823 21175 -1,7 8654 7744 11,8 10636 9816 8,4 1485 1333 11,4Feijó 18482 16072 15,0 7750 5984 29,5 9461 8136 16,3 2483 2300 8,0Barreiro 7507 8823 -14,9 3359 3596 -6,6 4998 4920 1,6 1734 1766 -1,8Lavradio 14597 13051 11,8 5952 4895 21,6 7341 6525 12,5 1449 1362 6,4Palhais 1880 1224 53,6 755 443 70,4 942 574 64,1 590 466 26,6Santo André 11485 11319 1,5 4752 4203 13,1 5704 5048 13,0 1574 1473 6,9Verderena 10253 11514 -11,0 4661 4579 1,8 5744 5525 4,0 826 793 4,2Alto do Seixalinho 19979 20522 -2,6 8759 7965 10,0 10981 9757 12,5 1741 1569 11,0Santo António da Charneca 11619 10983 5,8 4387 3727 17,7 5354 4780 12,0 2599 2303 12,9Coina 1722 1576 9,3 686 585 17,3 897 748 19,9 555 566 -1,9Alhos Vedros 14914 12614 18,2 6010 4592 30,9 8168 6024 35,6 3739 2984 25,3Baixa da Banheira 21258 23712 -10,3 8863 8885 -0,2 12039 11200 7,5 3082 2959 4,2Moita 17692 16727 5,8 6854 5896 16,2 8921 7800 14,4 3803 3069 23,9Gaio-Rosário 1224 987 24,0 468 380 23,2 587 467 25,7 535 412 29,9Sarilhos Pequenos 1157 1049 10,3 440 395 11,4 623 495 25,9 475 368 29,1Vale da Amoreira 10066 12360 -18,6 3541 3774 -6,2 4401 4566 -3,6 799 853 -6,3Canha 1689 1907 -11,4 688 705 -2,4 1204 1002 20,2 1175 977 20,3Montijo 30004 22915 30,9 12148 8802 38,0 15565 11791 32,0 5324 4725 12,7Santo Isidro de Pegões 1537 1454 5,7 616 505 22,0 807 605 33,4 723 511 41,5Sarilhos Grandes 3393 3218 5,4 1373 1239 10,8 1742 1516 14,9 1585 1310 21,0Alto-Estanqueiro-Jardia 2847 2722 4,6 1103 993 11,1 1304 1166 11,8 1281 1083 18,3Pegões 2360 2104 12,2 936 772 21,2 1146 993 15,4 992 891 11,3Atalaia 2256 1312 72,0 869 520 67,1 1157 838 38,1 687 557 23,3Afonsoeiro 7222 3536 104,2 2875 1303 120,6 3809 1749 117,8 1266 979 29,3Marateca 3684 3586 2,7 1435 1303 10,1 1845 1653 11,6 1675 1530 9,5Palmela 17352 16116 7,7 6560 5697 15,1 8988 7485 20,1 6524 5228 24,8Pinhal Novo 24975 20993 19,0 9533 7486 27,3 12476 10141 23,0 5559 4624 20,2Quinta do Anjo 11805 8354 41,3 4465 3021 47,8 7329 5148 42,4 5742 4375 31,2Poceirão 4733 4304 10,0 1768 1487 18,9 2484 1812 37,1 2301 1739 32,3Aldeia de Paio Pires 13342 10937 22,0 5232 4016 30,3 6411 5018 27,8 1643 1291 27,3Amora 48556 50991 -4,8 19732 18113 8,9 23901 22272 7,3 6482 5761 12,5Arrentela 28648 28609 0,1 11401 10274 11,0 14547 12847 13,2 3855 3412 13,0Seixal 2792 2506 11,4 1237 1076 15,0 1909 1484 28,6 664 547 21,4Corroios 47657 46475 2,5 18730 16333 14,7 22861 20587 11,0 8265 7777 6,3Fernão Ferro 16986 10753 58,0 6308 3696 70,7 10240 6838 49,8 9288 6379 45,6Sesimbra (Castelo) 18937 15207 24,5 7298 5453 33,8 13621 10620 28,3 10608 8273 28,2Sesimbra (Santiago) 4835 5793 -16,5 2120 2206 -3,9 6011 5040 19,3 1471 1230 19,6Quinta do Conde 25411 16567 53,4 9906 5656 75,1 12429 8856 40,3 8414 6257 34,5Setúbal (NS Anunciada) 13532 16092 -15,9 5785 6262 -7,6 7791 8083 -3,6 3489 3657 -4,6Setúbal (SM da Graça) 7600 5340 42,3 3514 2402 46,3 4692 3430 36,8 1118 792 41,2Setúbal (São Julião) 16682 17070 -2,3 7275 6911 5,3 9393 8230 14,1 1496 1242 20,5São Lourenço 11697 8487 37,8 4351 3033 43,5 6195 4350 42,4 4865 3379 44,0Setúbal (São Sebastião) 52443 52814 -0,7 20931 19158 9,3 25829 24407 5,8 5956 5997 -0,7São Simão 7224 4598 57,1 2591 1619 60,0 3744 2795 34,0 3449 2520 36,9Gâmbia-Pontes-Alto Guerra 5851 4076 43,5 2141 1511 41,7 2514 1754 43,3 1936 1468 31,9Sado 5762 5457 5,6 2201 1909 15,3 2430 2169 12,0 2047 1814 12,8Alcácer do Sal (SM Castelo) 4044 4268 -5,2 1624 1608 1,0 2412 2067 16,7 1900 1800 5,6Santa Susana 345 501 -31,1 172 214 -19,6 421 380 10,8 420 371 13,2Alcácer do Sal (Santiago) 4593 4850 -5,3 1853 1777 4,3 2714 2414 12,4 2224 1996 11,4Torrão 2280 2758 -17,3 937 1061 -11,7 1812 1769 2,4 1611 1559 3,3São Martinho 453 562 -19,4 195 224 -12,9 371 373 -0,5 371 371 0,0Comporta 1265 1348 -6,2 514 522 -1,5 1113 756 47,2 1036 593 74,7Azinheira Barros e SMamede Sádão 706 908 -22,2 326 369 -11,7 615 715 -14,0 614 423 45,2Grândola 10660 10361 2,9 4436 4059 9,3 6737 5299 27,1 5468 4363 25,3Melides 1681 1789 -6,0 731 721 1,4 1781 1345 32,4 1661 1226 35,5Santa Margarida da Serra 177 243 -27,2 87 118 -26,3 262 258 1,6 222 217 2,3Carvalhal 1630 1600 1,9 451 379 19,0 2708 1589 70,4 1422 837 69,9Abela 887 1107 -19,9 383 442 -13,3 610 710 -14,1 593 653 -9,2Alvalade 2110 2315 -8,9 928 908 2,2 1199 1273 -5,8 1125 1160 -3,0Cercal 3360 3882 -13,4 1477 1584 -6,8 2706 2506 8,0 2434 2157 12,8Ermidas-Sado 2025 2206 -8,2 871 867 0,5 1360 1235 10,1 1286 1090 18,0Santa Cruz 461 500 -7,8 200 205 -2,4 365 354 3,1 348 336 3,6Santiago do Cacém 7589 7274 4,3 3149 2790 12,9 4353 3856 12,9 2835 2592 9,4Santo André 10605 10696 -0,9 4283 3811 12,4 5903 5334 10,7 2874 2741 4,9São Bartolomeu da Serra 393 455 -13,6 172 177 -2,8 291 384 -24,2 266 356 -25,3São Domingos 852 1024 -16,8 361 411 -12,2 599 747 -19,8 589 655 -10,1São Francisco da Serra 811 890 -8,9 342 375 -8,8 597 623 -4,2 567 585 -3,1Vale de Água 627 756 -17,1 262 317 -17,4 481 507 -5,1 478 473 1,1Sines 13225 12461 6,1 5477 4478 22,3 7188 5911 21,6 3889 3307 17,6Porto Covo 1035 1116 -7,3 422 423 -0,2 1153 1053 9,5 926 848 9,2

Síntese dos resultados por Freguesias da região22 freguesias tiveram aumentos populacionais superioresa 15%

A maior concentração populacional é em São Sebastião (Setúbal): 5244 3 habitantes

Em 12 freguesias diminuiu mesmo o número de habitações

alCOChEtE

alMada

BarrEIrO

MOIta

MOntIjO

PalMEla

SEIxal

SESIMBra

SEtúBal

GrândOla

SantIaGO

dO CaCéM

SInES

alCáCEr

dO Sal

tantes.Quanto ao parque

habitacional, terão sido 12 as freguesias em que se registou mesmo um decréscimo do número de alojamentos, face aos resultados de 2001, situ-ando-se nos seguintes municípios: almada (2), Moita (1), Setúbal (1), alcácer do Sal (1), Grân-dola (1) e Santiago do Cacém (6).

as 20 maiores subidas, superiores a 30%, verificaram-se nos municípios de alcochete (2), almada (1), Barreiro (1), Moita (1), Montijo (4), Palmela (2), Seixal (1), Sesimbra (1), Setúbal (4), alcácer do Sal (1) e Grân-dola (2). Em número de alojamentos, os maiores acréscimos ao parque habitacional foram na Freguesia do Montijo (Montijo), com mais 3774, e na Charneca de Capa-rica (almada), com um aumento de 3635 aloja-mentos, enquanto o maior crescimento rela-tivo também ocorreu na Freguesia do afonsoeiro (Montijo), a qual viu o seu parque mais que duplicar (117,8%), supe-rando já os 3800 aloja-mentos.

O maior número de alojamentos do “distrito” mantém-se, à semelhança da população, na Freguesia de São Sebas-tião (Setúbal), agora com 25829 unidades.

20 freguesias aumentaram a oferta de alojamentos em maisde 30%

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Excedente habitacional face às famílias residentes

Desequilíbriohomens/mulheres

Um aspecto que permitirá medir a capa-cidade de atração das freguesias, na medida em que se adoptem políticas de povoamento ou de fixação de 1ª residência adequadas, tem a ver com o excedente de alojamentos face às neces-sidades, ou seja, em função do número de famí-lias residentes nas mesmas.

assim, e não obstante ser a nossa região um destino turístico de excelência, para além da sua capacidade de atrair imigrantes do interior do país e do estran-geiro, os números

evidenciam que esse excedente de alojamentos “apenas” cresceu 12,4%, quando no total do país esse valor atinge um aumento de 28,6%, correspondendo a cerca de 1,8 milhões de alojamentos. Naturalmente que a estes números ter-se-á depois que deduzir os alojamentos ocupados de uso sazonal, dando contudo já uma ideia das habitações vagas que proliferam pelo país “esperando” uma família que as adquira ou alugue.

em termos do nosso “Distrito” o retrato deste fenómeno que importa registar é o seguinte:

o único município em que o peso deste “excedente” diminui é almada, verificando-se ainda um comportamento estável em quase todas as suas freguesias.

Num segundo grupo inclui-se os municípios do Barreiro, seixal, sesimbra, setúbal, santiago do cacém e sines, em que os “excedentes” aumentam (entre 7 e 18%), mas de forma contida.

Nas freguesias deste grupo as situações mais “complicadas” – freguesias mais residenciais e em que os aumentos são significativos – situam-se no alto do seixalinho (Barreiro), na arrentela e em Fernão Ferro (seixal), no castelo e em santiago (sesimbra) e em são Julião e em são Lourenço (setúbal).

ainda em sesimbra, merece destaque, por se poder considerar um reajustamento positivo, o facto de na Freguesia da Quinta do conde o “excedente habita-cional teórico” diminuir cerca de 21,2%, tão mais impor-tante quanto o peso que esta freguesia tem vindo a consolidar quer no município quer na região.

No último grupo estão os municípios com aumentos muito desproporcionados deste indi-cador, que variam entre 27% e 70%, e onde se incluem alcochete, moita, montijo, palmela, alcácer do sal e Grândola.

as freguesias onde este “desequilíbrio” é mais evidenciado pelos números são alcochete (alco-chete), alhos Vedros e Baixa da Banheira (moita), montijo e afonsoeiro (montijo), palmela e Quinta do anjo (palmela), comporta (alcácer do sal) e Grân-dola, melides e carvalhal (Grândola).

oUtra matéria passível de algumas considerações tem a ver com a chamada “relação de masculinidade”, que se obtém através do rácio número de homens sobre número de mulheres.

os resultados permitem concluir que, para o todo nacional, essa relação passou de 0,93 em 2001 para 0,92 em 2011. ou seja, actualmente

apenas existem, em portugal, cerca de

92 homens por cada 100

mulheres.para o

“Distrito de s e t ú b a l ”

e s s e rácio é de 0,93,

quando em 2001 era de 0,95. ou seja, admitindo que um bom objectivo teórico fosse a verdadeira igualdade (numérica) de géneros, estamos cada vez mais longe de a alcançar.

e o que dizem os números neste particular para os nossos

municípios e freguesias?Que a maior parte dos

nossos municípios, 9 dos 13, se comportam dentro da “normalidade” da descida deste indicador, merecendo destaque, de entre estes, o facto de sines atingir agora 0,98, depois de, em 2001, ainda ter obtido 1,01.

apenas dois municípios, almada e Barreiro, atingem um valor inferior à média do país em 2011. o Barreiro passa de 0,94, em 2001, para 0,90 e almada de 0,94 para 0,91, este último com a particula-ridade de incluir as 2 fregue-sias em que este rácio atinge os valores mínimos no “Distrito”, cacilhas com 0,81 e almada com 0,83.

pelo contrário nos dois restantes municípios, montijo e Grândola, a situação “melhora” mesmo entre 2001 e 2011, passando de 0,93 para

0,94, no montijo e de 1,01 para 1,03 em

Grândola. e, no caso de Grândola, com 2 singulari-dades especiais que contrariam a tendência geral.

porque é um dos apenas 10 municípios

do país com esta relação acima da unidade e porque,

ainda assim, é tam -bém um dos que a vê au mentar. a freguesia do carvalhal é a grande res ponsável por este re sultado, com 1,85, em 2011, quando em 2001 obtivera 2,00.

No “Distrito de setúbal” em apenas 18 freguesias (de

um total de 82) este indicador melhora, pertencendo 9 aos municípios de cada uma das sub-regiões, “península de setúbal” e “alentejo Litoral”.

com um rácio de 1 ou supe-rior, haviam, em 2001, 18 freguesias (5 na “península de setúbal” e 13 no “alentejo Litoral”), enquanto em 2011 esse valor caíu para 13, sendo 3 na “península de setúbal” e 10 no “alentejo Litoral”.

Esta é a primeira bateria de resultados que nos propomos tratar nas paginas do Semmais, oferecendo ao leitor, aos estudiosos e às instituições do distrito um retrato fiel das várias reali-dades da nossa região. Em próximos dossiers analisa-remos algumas outras vari-áveis:, das quais destacamos: Imigrantes; Densidade popu-

lacional nas freguesias; Análise das diversas compo-nentes comparadas com o Recenseamento Eleitoral; Outras análises de Aloja-mentos. E, finalmente Análise comparada das densidades populacionais e habitacio-nais ao nível da freguesia, como contributo para o estudo da reforma do mapa autárquico da região.

Trabalho futuro

Quando se olha para os números que reflectem os altos e baixos da ocupação territorial quase todos nós ficamos submersos pela sua aparente complexidade. É como se olhás-semos de repente para uma tela de Vieira da Silva. Mas, depois deste primeiro choque, percebemos que essa complexidade advém da conjugação de um conjunto de factores simples que nos permitem perceber o que nos leva a mover na teia do território.

O território não é uma coisa objectiva. Ele é ocupado por populações e pessoas que lhe dão valor e significado, que nele procuram riqueza e felicidade.

O território da península de Setúbal, e do distrito, foi povoado de modo mais sistemático em meados de Trezentos, mas devido a um conjunto de factores económicos e geográficos tem sido um dos que mais cresceu. Assim entre 1900 e 2005 foi variando entre uma taxa de 2 e 3% (de 1900 a 1960) para os 6 a 8% até 2005. Mesmo em alturas de reduzido crescimento devido à emigração e à recessão económica o distrito de Setúbal foi dos poucos que cresceu em termos gerais (anos 60). Do retorno das ex-colónias a nossa região foi beneficiária em termos de população e enri-quecimento de diversidade. Se pensarmos no censo de 2011 essa taxa mantem-se. No entanto “o Diabo está no detalhe”.

E está na diversidade de movimentos demográficos que vão desequilibrando o território como no acentuar de dinâ-micas familiares que terão consequências a médio prazo. Neste contexto não nos poderemos deixar de referir à diminuição de pessoas por agregado familiar. Se um dos problemas assus-tadores do planeta é o crescimento demográfico, a diversi-dade do mesmo é ainda mais preocupante. Em muitas zonas da Terra assistimos a um crescimento assustador onde o que é mais racional do ponto de vista individual é o ter muitos filhos (nomeadamente para aumentar a probabilidade de velhice protegida) na nossa velha Europa o problema é o contrário. Aqui o mais racional do ponto de vista individual é ter menos filhos (i.e., potencia a carreira dos dois elementos do casal, diminui os gastos globais, etc.) quando, ademais, temos um sistema de segurança social que se baseia essen-cialmente no contrato inter-geracões (i.e., os mais novos estão a pagar as reformas dos mais velhos assumindo uma pirâ-mide geracional normal que há muito não existe).

E está na diversidade de crescimentos e despovoamentos dentro do distrito. Num trabalho realizado pelo grupo de inves-tigação que dirijo (http://www.ambitushominis.com/pdf.aulas/AML_dist_Jan09%20CHA.pdf ) ficou claro que existe uma divisão psicossocial entre o norte e o sul da área metro-politana de Lisboa e que concelhos como a Moita e o Barreiro estão a perder a sua atractividade e outros como Sesimbra estão a ganhá-la. Mais a atracção do Sul para os que habitam ao Norte da AML é diminuta. Isso leva a que os habitantes das áreas em crescimento de Alcochete e Montijo venham mais das áreas em depressão da Península e menos do Norte. Assim a visão psicológica e as atitudes face aos concelhos estão de acordo com os movimentos demográficos que se tem veri-ficado nos últimos 10 anos.

Como sempre dissemos a construção da Ponte Vasco da Gama teve como efeitos não só o crescimento de áreas como o Montijo e Alcochete (que podem absorver esse crescimento) mas acima de tudo aumentou a depressão de Moita e Barreiro que estagnam ou perdem pessoas. Em vez de qualificar essas regiões com a ponte Barreiro – Chelas aumentámos a sua depressão e negatividade percebida.

E está na perca de população do Alentejo Litoral que, com a excepção de Sines, não consegue fixar pessoas pela falta de perspectivas e pela demora muito grande na criação da nova área turística do Alentejo Litoral que tarda em aparecer e, com a crise, não se sabe quando aparecerá.

Assim o quadro demográfico do distrito e do Alentejo Litoral é de muito simples compreensão: atitudes negativas da parte norte da AML sobre o sul que leva a baixa mobili-dade de norte para o sul, estagnação dos concelhos ribeiri-nhos que ficam afastados das pontes e que sobre o qual existem atitudes negativas e mais percepção de risco, acentuação do movimento em relação a Sesimbra que sublinha a sua capa-cidade de absorver pessoas (e que se estende a Azeitão), impos-sibilidade de fixar pessoas no Alentejo litoral com a demora na criação da nova área turística e, por ultimo, acentuação da retracção da natalidade geral.

Em suma uma ponte não é só uma ponte, empreendi-mentos turísticos não são só empreendimentos turísticos, a percepção de risco não é só percepção de risco, e não ter filhos não é só não ter filhos; tudo move as pessoas num mundo que se move (ao contrário do dizer de Camões) “como soía”.

*Professor de Psicologia Ambientale Análise e Percepção de Risco na Faculdade de Psicolo-

gia da Universidade de Lisboa. Consultor Ambiental.

Da percepção à acção: As dinâmicas populacionais do Distrito de Setúbal

José Manuel Palma *

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[ almada ]

[ seixal ]

O prOjectO Dar de Volta já entregou às famílias e estudantes interessados 10813 livros, dos 14903 recebidos até ao momento. estes números representam uma poupança de cerca de 220 mil euros às famílias, com base num valor médio de 20 euros por manual.

O Dar de Volta, promovido pela

autarquia, que tem como interme-diária a biblioteca municipal, tem por objectivo promover a partilha de manuais escolares, facilitar o acesso a alguns meios do processo de ensino e aprendizagem, poupar recursos e rendimentos familiares e promover práticas que contribuam para a preservação do ambiente.

Quem estiver interessado em contribuir para a partilha de livros de que já não precisa poderá fazê-lo na Biblioteca Municipal, nos núcleos de Amora e corroios ou ainda nos pontos de acesso da biblioteca existentes nas Lojas do Munícipe do concelho.

O projecto consiste na doação,

recolha e organização de manuais escolares para posterior redistribuição pelas famílias e estudantes que deles precisem e os solicitem. terminado o período de entrega de manuais, que decorre nos meses de julho, Agosto e Setembro, será disponibilizada uma base de dados que poderá ser acedida para posterior requisição.

20 artistas no Drive In 2011 para ver em PaivasO DriVe in Arte 9, exposição

de pintura de grande formato, decorre de 23 de Setembro a 31 de Dezembro, em paivas, freguesia de Amora.

A inauguração está marcada para o dia 23 de Setembro, sendo

que, este ano, participam 20 artistas, todos do concelho do Seixal.

A tradição americana dos drive in theatres remonta à primeira metade do século XX quando um cidadão de New jersey projectou, num pano branco pendurado em

duas árvores, imagens de um filme. O hábito de ver filmes sem sair do automóvel em parques preparados para esse efeito ainda hoje se mantém e, pontualmente, em outros países.

Ver arte sem sair do carro ou

enquanto circula a pé junto de uma das principais vias do nosso concelho, é a proposta do Drive in Arte, uma acção iniciada em 1993, dirigida a jovens artistas entre os 15 e os 35 anos do distrito de Setúbal.

Assaltantes corridos a tiro de caçadeira

UM café de casal Do Marco foi ‘salvo’ de um assalto por um vizinho temeroso. Dois assaltantes que na quarta-feira, tentaram arrombar o estabelecimento atirando um carro roubado contra o estabelecimento para levarem a máquina de tabaco, acabaram por fugir à força de tiros de caçadeira de um vizinho que deu pelo roubo.

A GNr foi chamada ao local mas já não conseguiu capturar os assaltantes.

Novo parque urbano vai avançar no PragalO MUNicípiO vai construir o

novo parque Urbano do pragal, de forma faseada, garantindo assim à população o usufruto deste espaço verde à medida que cada área for concluída. O projecto é desenvolvido pelo arquitecto paisagista Sidónio pardal.

para isso está a ser construído um talude sobre-elevado junto à auto-estrada, que irá funcionar como barreira visual e acústica. também o viaduto do Metro fica enquadrado pela modelação do terreno e por uma densa cortina de árvores de folha persistente.

Quando o parque tiver as formas pretendidas, avançará a construção da rede de drenagem, que inclui zonas de retenção de

águas pluviais, com várias charcas, tal como acontece no parque da paz.

Segue-se a elaboração de cami-nhos, muros em pedra, zonas de estadias e clareiras, que concre-

tizam o parque. Serão plantadas mais de mil árvores. Os caminhos vão também ser ladeados por arbustos autóctones.

No seu conjunto, esta mancha verde forma uma composição paisagística semelhante ao parque da paz, estando prevista uma passagem pedonal aérea sobre o ic20, ligando estes dois parques urbanos.

Distingue-se, no entanto, do grande pulmão verde da cidade pela sua oferta de equipamentos de lazer e desporto para todas as idades: um parque de recreio infantil, equipamentos despor-tivos formais e um parque de recreio com equipamento para a população sénior.

Loja do Cidadão aguarda ‘luz verde’ do GovernoO MUNicípiO aguarda ‘luz verde’

do Governo para que a Loja do cidadão prevista para este concelho possa começar a funcionar.

Segundo o presidente da Assembleia Municipal, josé Manuel Maia, o processo arrancou em 2003 e já teve avanços e recuos relacio-

nados com a escolha do espaço para instalar os serviços.

«Surgiram duas hipóteses, a do centro comercial M Bica, que o Governo entendeu que não era viável por considerar que o espaço não reunia as condições adequadas ao projecto, apesar de existir um parecer

técnico que demonstrava que era possível cumprir a legislação em vigor, e a das antigas instalações da eDp, na rua Bernardo Francisco da costa, no centro de Almada», explicou.

este segundo espaço, acres-centou o autarca, «tem 5 mil metros quadrados e, embora não tenha

havido aqui um investimento da autarquia, a demora é lamentável porque, além do mais, o edifício está a degradar-se. Houve já uma reunião entre a eDp e a estrutura de missão, promovida pela câmara, e a autarquia continua a aguardar uma resposta».

Trânsito interdito na Cândido dos Reis

NO âMBitO das obras de requalificação da rua cândido dos reis, em cacilhas, esta artéria encerrou ao trânsito automóvel, na passada segunda-feira, em toda a sua extensão. A partir desta data serão proibidos na rua cândido dos reis a circulação e o estacio-namento de veículos. em ambos os topos da rua cândido dos reis – junto ao posto de turismo e à rotunda do Largo Alfredo Dinis – vão passar a existir zonas reser-vadas para cargas e descargas, bem como os equipamentos próprios para deposição dos resíduos sólidos urbanos.

As obras, que arrancaram em Abril e pretendem revitalizar o centro da cidade e potenciar as actividades económicas, estão a decorrer dentro do previsto, termi-nando no fim do ano, garantiu fonte do município.

Os comerciantes desta artéria, que vai ser pedonalizada, temem que a eliminação dos vários lugares de estacionamento afaste os clientes dos espaços comerciais.

Dar de Volta entregou quase 11 mil livros escolares

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Almada vai ganhar uma nova e extensa zona verde para lazer

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[ sesimbra ]

[ barreiro ]

Utentes consideram «indispensável» construção do novo hospital

A suspensão da construção do novo hospital do seixal, que iria servir milhares de utentes do concelho de sesimbra, está a indignar os representantes da população.

De resto, a suspensão do processo de construção do hospital seixal-sesimbra foi motivo de uma reunião da comissão de utentes que classifica de «muito grave e inquietante para os utentes da saúde» a linha orientadora do Ministério da saúde.

Considerando um acto de «grande irresponsabilidade» a decisão de suspender o processo

de construção do hospital, «indis-pensável aos 450 mil habitantes» dos concelhos de sesimbra, seixal

e Almada, a instituição diz-se preocupada também com a anun-ciada poupança de 550 milhões

de euros na área da saúde, uma vez que «vai penalizar as famí-lias mais pobres e mesmo as de classe média».

no encontro foi ainda discu-tida a situação do Centro de saúde da Quinta do Conde, tendo a comissão alertado para «as condições de atendimento aos utentes e de trabalho para os profissionais de saúde». Todavia, acrescentam, há agora a expec-tativa de a muito breve prazo esta situação ficar parcialmente resolvida, com a transferência para o novo Centro de saúde em fase de conclusão.

Espadarte ‘gastronómico’ reina durante 15 dias o espADArTe vai reinar nas

mesas dos restaurantes sesim-brenses durante a 5.ª edição da quinzena gastronómica dedicada a esta espécie, que decorre entre 10 e 25 de setembro.

Considerado um símbolo de sesimbra, o espadarte cedo se

tornou uma referência na gastro-nomia local.

A sua variada utilização na cozinha levou-o a integrar as ementas dos restaurantes, acom-panhando o forte impulso turís-tico proporcionado pelo desen-volvimento da pesca desportiva

a partir dos anos 50 do século XX.

Hoje, a juntar às receitas mais tradicionais, como o espadarte grelhado ou de cebolada, com azeite, alho e louro, os aprecia-dores têm à sua disposição outras opções mais ou menos elabo-

radas, mas que preservam o sabor que o torna tão especial.

A quinzena gastronómica dedicada ao espadarte é uma organização da Câmara, em parceria com a Junta de Freguesia de santiago e as associações de comerciantes.

Mergulhadores limpam Baía pelo Ambiente

sensibilizAr a população para as questões ambientais é o objectivo da limpeza subaquá-tica de sesimbra, marcada para 17 de setembro, na baía de sesimbra.

A iniciativa, que já vai na 16.ª edição, reúne dezenas de mergu-lhadores profissionais e amadores de todo o país.

no ano passado, apesar de terem sido recolhidos cerca de 500 quilos de detritos, os números reve-laram uma diminuição da poluição.

A par da recolha subaquática, a autarquia lançou há três anos uma limpeza terrestre, que se centra nos areais de acesso mais difícil, locali-zados na costa virada a sul, como as praias do ribeiro do Cavalo, Mijona, baleeira e Chã dos navegantes.

os interessados podem inscrever-se no posto de Turismo, no largo da Marinha.

A limpeza subaquática e Terrestre de sesimbra é organi-zada pela Câmara e pelo núcleo de Actividades subaquáticas da Associação de estudantes do insti-tuto superior Técnico, com o apoio do núcleo de espeleologia da Costa Azul e Clube naval de sesimbra.

200 mil euros dão nova caraao mercado

o MerCADo Municipal 25 de Abril reabriu ao público esta quarta-feira, depois de ter sido alvo de obras de bene-ficiação, num investimento total da Câmara, na ordem dos 200 mil euros.

Com este investimento, o mercado «ficou significa-tivamente melhor», sustenta o presidente da autarquia, Carlos Humberto de Carvalho.

para além do esforço financeiro, a obra, iniciada em Fevereiro, implicou outros esforços ao nível do seu acompanhamento. «Houve um empreiteiro que aban-donou a obra, obrigando a um conjunto de medidas de acompanhamento que se tiveram de tomar», explicou.

por seu lado, o vereador santa Clara, responsável pelos serviços urbanos, sublinhou que o novo espaço «ficou com

mais luminosidade, é mais higiénico e atractivo». para o autarca, este espaço tem características especiais: «está numa zona densamente povoada, com uma clientela bastante fiel, essencialmente, das freguesias da Verderena e do Alto do seixalinho funcionando como um pequeno espaço de convívio», defende.

De salientar que a inter-venção incluiu a total subs-tituição da cobertura, a remo-delação da instalação eléc-trica, a criação de dois espaços novos, um para a fiscalização e um outro para o bar. As bancas de charcu-taria passaram a dispor de água quente, conforme a legislação em vigor, e as bancas da venda de peixe ficaram com outro enqua-dramento.

Varino Pestarola volta cruzar as águas do Tejo

A eMbArCAção tradicional Varino pestarola, propriedade do município barreirense, já se encontra a navegar nos rios Tejo e Coina.

A organização prevê a realização de passeios até setembro, tendo a ilha do rato, baía do seixal ou palhais como destinos.

o Varino pestarola terá sido construído em Vila Franca de Xira, já que o seu primeiro registo o localiza, em 1930, em Alhandra, com a designação "Camponesa/Camponês".

na década de 50 é adquirido pelos Armazéns José luís da Costa, com o objec-tivo de efectuar o transbordo do baca-lhau para terra.

As embarcações tradicionais – fragatas, varinos, botes, batéis e a muleta – enchiam de cor e gentes as praias do barreiro, no entanto, o comboio, o barco a vapor, o trans-porte rodoviário, a adesão a novas profis-sões nos Caminhos-de-Ferro do sul e sueste e na CuF levaram ao desaparecimento destas embarcações do rio. Até chegar à posse do município, em 1999, o Varino teve vários proprietários e designações.

As inscrições podem ser efectuadas no posto de Turismo da Câmara do barreiro, situado no edifício do Mercado Municipal 1º de Maio, sendo que o embarque/desem-barque é efectuado na Avenida batalhão de sapadores de Caminhos-de-Ferro.

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A suspensão do novo hospital do Seixal deixa ‘pendurados’ 450 mil utentes

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[ litoral ]

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Escolas de Santiago do Cacém não fecham A divulgAção da lista do

Ministério da Educação sobre as escolas que encerram neste ano lectivo deixou autarcas e população santiaguenses mais descansados.

Na lista não consta um único encerramento no concelho, o que leva o presidente da Câmara vítor Proença, a saudar as populações e as juntas de freguesia pelo que considera uma «vitória alcançada».

Em Santiago do Cacém, chegou a admitir-se o encerramento de nove escolas do 1º ciclo do Ensino Básico. Houve várias movimen-tações e tomadas de posição da Câmara, juntas de freguesia e popu-lações, com vários plenários com a participação de largas centenas de pessoas, tendo, inclusive, circu-lado um abaixo-assinado em defesa da Escola Pública Rural.

vítor Proença considera que acabaram por ser «atendidos os argumentos evocados pela manu-

tenção de todas as escolas do 1º ciclo existentes no município na actualidade» e reafirma os prin-

cípios de defesa dos interesses educacionais e pedagógicos dos alunos: «a continuidade da rede de transportes escolares; o forne-cimento de refeições quentes; o recurso às tecnologias de comu-nicação e ao conhecimento; as condições de segurança dos alunos bem como a profunda ligação à comunidade e a importância que as escolas rurais revestem no combate à desertificação e porque o encerramento de uma escola rural pode resultar na morte anun-ciada de uma aldeia».

Recorde-se que no concelho de Santiago do Cacém encerraram nos últimos 25 anos, 25 escolas do 1º ciclo porque não tinham condições, nem o número de alunos suficiente para assegurar a sua continuidade.

30 mil viram Tony Carreira na Feira de Grândola

A PRAçA de Espectá-culos da Feira de Agosto – Ambiente e Turismo foi pequena para acolher os fãs que se deslocaram à vila Morena para ver e ouvir o lendário Tony Carreira.

o cantor de “Sonhos de Menino” encerrou com chave de ouro a edição 2011 da maior Feira Festa do Turismo e Ambiente do litoral Alentejano que decorreu de 24 a 29 de Agosto, em grândola.

Tampas e caricas ajudam doentes grandolensesESTá na rua a campanha

Tampas e Caricas, promovida pela autarquia grandolense, para ajudar várias instituições de solidarie-dade social do concelho.

o executivo do socialista Carlos

Beato apela aos munícipes que entre-guem tampas de plástico e caricas, de modo a contribuírem para a aqui-sição de material ortopédico desti-nado às instituições de solidariedade social do concelho de grândola.

As tampas e caricas recolhidas devem ser entregues na universi-dade Sénior, no Centro Comunitário de Santa Margarida da Serra, no Centro Comunitário dos Cadoços, na Escola Primária do Pascoal, no

Centro Comunitário do lousal, no Centro Comunitário de Canal Caveira, na Junta de Freguesia de Azinheira dos Barros, na Junta de Freguesia de Melides e na Junta de Freguesia do Carvalhal.

A autarquia festeja a vitória dos protestos contra a medida governamental

Feira de Agosto um sucesso

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Suma limpa concelhos do litoral A empresA suma garantiu,

no último trimestre, a adjudicação de sete novos contratos e um reforço de prestação de serviços, sendo três deles para as autar-quias de Alcácer do sal, sines e

santiago do Cacém. Assim, a suma passa a garantir

a prestação de serviços de lavagem e desinfecção de contentores de rsU, pelo período de um ano, nestas três autarquias do litoral alentejano.

Alcacerenses em força na net

DivUlgAr a cidade e o concelho é o objectivo da nova incursão da câmara alcacerense nas redes sociais. Alcácer do sal já dispõe de perfil no Facebook, considerada uma das maiores redes sociais do momento.

Ainda assim, o executivo promete não descurar o website do município, que «continuará a disponibilizar as notícias, avisos oficiais, os últimos exemplares da folha informativa e os eventos em que a população pode parti-cipar, publicações com apoio ou chancela da autarquia».

A página de Facebook é actu-alizada diariamente com infor-mação sobre feiras, colóquios, seminários, exposições, cinema, bem como outros eventos de

importância relevante para o concelho. poderão ser ainda vistas fotografias e vídeos, que têm a possibilidade de ser partilhados com os amigos.

Teatro imortaliza pescadores de Sines

A ligAção dos homens e das comunidades ao mar é o tema do novo espectáculo do Teatro do mar, uma criação de Julieta Aurora santos.

A peça, que conta a vida dos pescadores sineenses estreia hoje, no auditório do Centro de Artes de sines. Dias de espuma é um espectáculo sobre a memória e, simultaneamente, sobre toda uma cultura: em torno da presença do mar sempre girou a vida, o trabalho,

os ganhos e as perdas, as crenças, a espiritualidade, o suor e a festa, o amor e a morte, o medo e a poesia.

Dias de espuma é também uma homenagem da companhia aos homens que elegeram o mar como a sua casa, os pescadores, e a toda uma cultura que, apesar de tudo, ainda persiste na vida e no imaginário colectivo da nossa região e, de uma forma mais ampla, também do nosso país.

Apesar de ser a rua o território

privilegiado da companhia, neste espectáculo, a sua já conhecida linguagem artística, assente numa estética multidisciplinar, onde o teatro se funde com a dança, o circo, o vídeo e a música original, é direc-cionada para o palco de auditório.

esta criação assinala o ano de celebração do 25.º aniversário da vida de uma companhia de teatro baptizada com o seu mais impor-tante elemento geográfico e cultural: o Teatro do mar.

Redes sociais promovem autarquias

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[ setúbal ]

[ alcochete ]

Vitor Serra parte aos 60 anos O cOnhecidO dirigente asso-

ciativo Vitor Serra foi a sepultar na passada segunda-feira, no cemi-tério de Palmela, onde residia com a esposa Graça Moura. Vitor Serra faleceu no sábado à tarde, vítima de doença prolongada, aos 60 anos de idade, no hospital de S. Bernardo.

durante o velório, que teve lugar na capela de S. Paulo, dezenas de amigos e familiares e admira-dores prestaram-lhe a última homenagem empunhando cravos vermelhos, a simbolizar a revo-lução de Abril e o facto de Vitor Serra ter sido um dos fundadores da Associação José Afonso.

natural de Setúbal, Vitor Serra era poeta e um incansável animador cultural. Foi membro-fundador de vários grupos de teatro amador, colaborou em rádios locais,

produziu e participou em inúmeros espectáculos musicais e recitais de poesia, tendo também ocupado cargos de direcção no clube Recre-ativo Palhavã e círculo cultural Setúbal, onde dinamizou o festival “cantar José Afonso”, que se realizou de 1988 a 1996. era sócio do Vitória de Setúbal e foi o mentor de uma homenagem a dimas, seu

amigo das cantigas e do movimento associativo que também já partiu.

António Sequeira, presidente da Associação José Afonso, afirma que «é com enorme tristeza que a nossa associação teve conheci-mento do falecimento de um dos seus sócios-fundadores».

O cantor Joaquim Gouveia, amigo de longa data de Vitor Serra,

realça que o seu desaparecimento representa «a grande perda de um valor da cultura e da cidadania setubalense». «Foi um fundador de muitos e bons movimentos culturais, um homem de causas e lutas, um amigo fraterno e soli-dário. espero que a cidade saiba agora, a título póstumo, fazer perpetuar o seu nome», vinca, concluindo que Vitor Serra deixou «um enorme espólio cultural» à cidade que «não deverá ficar esque-cido mas, antes, levado ao conhe-cimento colectivo».

Já o actor Fernando Guerreiro, outro amigo chegado, via em Vitor Serra um homem «muito coerente com as suas ideias, mas, ao mesmo tempo, apesar de, por vezes, ser polémico, escondia um coração muito generoso». Além disso, era um vulto «muito interessado pelos valores e coisas de Setúbal», lamen-tando, no entanto, o facto de não ter sido sepultado em Setúbal.

Utentes promovem protesto contra preços altos dos transportes públicoscOntRA o aumento do preço

dos transportes públicos, que entrou em vigor no início de Agosto, a Pró-comissão de Utentes dos transportes Públicos de Setúbal promoveu na passada quinta-feira, junto à estação dos comboios de

Setúbal, uma concentração de protesto a uma «medida injusta, com enormes prejuízos sociais, económicos e sociais».

Segundo a referida comissão, a subida média do preço dos trans-portes é de 15 por cento, mas, nalguns

casos, chega aos 25 por cento. «este é o segundo aumento só em 2011, sendo que o Governo anunciou já novo aumento para o final do ano. esta gravosa medida é uma afronta a quem trabalha e penaliza os orça-mentos das famílias».

A comissão recorda que desde o início do ano que os utentes dos transportes públicos de Setúbal vinham pagando um aumento nos transportes rodoviários que, nalgumas tarifas, alcançou os 18 por cento e que nos passes urbanos de

Setúbal foi de 14,6 por cento. «Sete meses passados, os aumentos voltam a fazer-se sentir, chegando aos 15 por cento nos passes para Lisboa, sendo que nos barcos para tróia há a registar um aumento de 25 por cento nas tarifas», refere a mesma fonte.

Piscinas de Azeitão encerradas

A PiScinA Municipal de Azeitão, em Vila nogueira, está encerrada até 11 de Setembro, devido a um problema técnico que impede que aquele equipamento desportivo reabra ao público no dia 1, após a habitual interrupção para férias. Uma ruptura no depó-sito de água quente obriga à subs-tituição do material, um trabalho que se prevê demorar sensivel-mente duas semanas, permitindo que o espaço volte a abrir ao público no dia 12, no horário normal de funcionamento. Apesar do encer-ramento da piscina, a secretaria de apoio àquele equipamento desportivo está aberta no horário habitual de funcionamento de expe-diente, entre as 08h45 e as 18h30, de segunda a sexta-feira.

Câmara cria tarifa social para a água

A PROPOStA de regulamento do serviço de abastecimento de água e de drenagem de águas resi-duais está em consulta pública.

A decisão permitirá colher suges-tões e opiniões dos munícipes sobre uma proposta que, entre outras medidas, contempla a criação de uma tarifa familiar para agregados com mais de cinco pessoas e a tarifa social para agregados com rendimento bruto igual ou inferior a uma vez o valor anual da retribuição mínima mensal garantida.

O edil Luís Miguel Franco destacou a obrigatoriedade de apro-vação do novo regulamento sem, contudo, deixar de parte «as preo-cupações sociais» num momento de crise financeira generalizada do país.

de acordo com a lei, a proposta será também remetida à entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (eRSAR), que deverá pronun-ciar-se, ainda, sobre a taxa de Recursos hídricos a aplicar em 2011, e que será cobrada aos utilizadores nos montantes de 0,0086/m3 na compo-nente de efluentes e de 0,0035/m3 na componente de água, conforme está definido na Lei da Água.

Centro escolar retomaobras em S. Francisco

A AUtARqUiA quer retomar, com urgência, a obra de cons-trução do centro escolar de São Francisco, pelo que o executivo aprovou, por unanimidade, a cessão da posição contratual da empresa que estava responsável por esta empreitada para uma outra empresa, que se compro-mete a concluir a obra até 30 de dezembro.

Segundo explica o executivo, a decisão resultou do «incumpri-mento do plano de trabalhos e do prazo para execução da obra por parte da empresa que tinha assu-

mido o compromisso de concluir a empreitada até 16 de Julho».

O executivo municipal aprovou ainda, por unanimidade, a não apli-cação de multas contratuais à empresa pelo incumprimento do plano de trabalhos e pelo atraso na execução da obra, «tendo em conta a conjuntura económica do país e a colaboração demonstrada pela empresa no sentido da reso-lução da situação».

O presidente da câmara justi-ficou a realização da reunião extra-ordinária com a intenção de «retomar dos trabalhos de cons-

trução do centro escolar de São Francisco o mais rapidamente possível», uma vez que o muni-cípio «mantém o objectivo de que a nova escola entre em funciona-mento durante o próximo ano lectivo».

A empreitada de construção do centro escolar de São Fran-cisco tem o valor de 2.755.453,88 milhões de euros, tendo sido já executados trabalhos no montante de 626.953,58 mil euros, que correspondem a 22,75 do montante total dos trabalhos a realizar.

Toirose forcadosem exposição

RAícez y toros iii é o nome da exposição única, patente o público na biblioteca municipal de Alcochete.

Promovida por Arturo castro Ortega, membro do grupo de Forcados de Mazatlán, no México, e com o patrocínio da autarquia local, a mostra revela a paixão do artista plástico pela figura feminina, enquanto suporte de vida, pelo toiro e pela festa brava.

Arturo castro Ortega nasceu em 1969, na cidade de querétaro, capital do estado de querétaro, no México. Aos 14 anos começa a demonstrar uma enorme aptidão artística e foi o seu pai que lhe incutiu o respeito e a admiração pela pintura, sendo esta uma forma de comunicar com o mundo.

Para Arturo castro Ortega ser artista é «poder ser embaixador de sentimentos, mas também de valores. É ter a oportunidade de comunicar com cada pessoa que contempla a obra, de transmitir a interpretação pessoal dos conhecimentos».

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A autarquia resolveu o imbróglio que envolvia a construção do equipamento que deverá estar pronto em Dezembro

Vitor Serra (à esquerda) durante a homenagem ao músico e amigo Dimas

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[ palmela ]

Terras do Poceirão dão Rainha às Vindimas Inês silva Almeida, de 18 anos,

residente no Poceirão, foi eleita Rainha da Festa das Vindimas, na passada quarta-feira, no Cine-Teatro s. João, onde no intervalo foram dados a provar o branco e o rosé “Terras do sado”, da sivipa. É o primeiro título de beleza alcançado por esta beldade que se sente «muito orgulhosa» em representar a sua terra, num evento onde se costuma divertir bastante e conviver com os amigos e a família.

«Participei neste concurso, por vontade própria e por incen-tivo da família, porque é uma coisa da minha terra. sempre acreditei estar entre as seis fina-listas mas nunca ser coroada rainha», sublinha. Inês silva realça que a Festa das Vindimas é «uma das melhores festas» da região onde se encontram os «melhores vinhos do Mundo». Esta estudante do 11.º ano da Escola secundária sebastião da Gama, ambiciona seguir a carreira de designer e nos tempos

livres pratica Hip-Hop numa colectividade do Poceirão.

O júri composto por Octávio Machado, Francisco Cardoso, Jose-fina Baião e Carlos Mendonça esco-lheram para 1.ª e 2.ª Damas de Honor, Andreia sofia Avelino, de 16 anos, moradora em setúbal, e Helena Isabel Raposo, 18 anos, de Palmela. O título de Miss simpatia recaiu em Mariana Correia Dias, 18 anos, de Palmela, e foi decidido entre as 26 candidatas.

Ana Teresa Vicente, presidente do município, deposita as melhores expectativas nas festas deste ano, tendo em conta que temos uma «belíssima Rainha» e os «melhores vinhos do Mundo» para provar. «Espero que o tempo ajude para que o fogo-de-artifício seja lançado, no último dia. Estas festas vão ter tudo o que elas merecem», vinca.

Victor Borrego, presidente da Assembleia Municipal, agradeceu o esforço da actual comissão de festas, tendo em conta as dificul-dades económicas do momento. «Apesar de tudo, temos boas razões

para festejar, porque temos vinhos de grande qualidade».

Já o presidente da Junta de

Freguesia de Palmela, Fernando Baião, acredita que, mais uma vez, Palmela vai receber «milhares de visitantes» que terão oportuni-dade de desfrutar da «elevada qualidade dos nossos vinhos, de forma moderada».

A animação musical esteve a cargo da Lisbon swing Band, sob direcção do Maestro Jacinto Montezo e a participação dos cantores Isabel Campelo, Telmo Miranda, Carlos Guilherme e Cris-tina Andrade.

A Associação da Festa das Vindimas, que decorre até dia 6, prestou homenagem aos sócios hono-rários Álvaro Cardoso (primeiro presidente da comissão de festas), José Alberto Cardoso (pela sua envolvência nas festas ao longo de muitos anos) e Manuel nabeiro, o patrão da Delta Cafés, empresa que costuma patrocinar o fogo-de-arti-

fício. A presidente da associação, Amélia Dores, revelou que já há licença para o lançamento do fogo-de-artifício, no último dia do evento. «Foi um processo complicado, mas desde a hora que se cumpram todos os requisitos e haja vontade, tudo se resolve. É um dos maiores ex-líbris das festas», sublinha.

Homenagens e fogo-de-artifício garantidos pela organização

Contos no S. JoãoTem lugar no dia 10, no Cine Teatro s. João, uma sessão de contos e a acção de formação “sensibilização aos Contapetes”. Dirigida a educadores, professores, mediadores da leitura e profissionais da área, a formação sobre a metodologia dos Contapetes no trabalho de mediação da leitura será dinamizada a partir das 10 horas, pela Trimagisto. O programa, com a duração de três horas, aborda, entre outros aspectos, a história e princípios básicos da metodologia, dos livros aos contapetes e ensina a contar e manipular os tapetes e os livros.

Quadros da guerraDurante este mês, a Biblioteca de Palmela recebe a exposição “Quadros da Guerra sobre os 95 anos da declaração de guerra por parte da Alemanha (9 de Março de 1916), que representou a entrada formal de Portugal na Primeira Grande Guerra. Esta mostra apresenta um conjunto de quatro cartazes de propaganda militar, oferecidos à autarquia, com data inferida de 1915, com a designação de “Quadros da Guerra”. Destaque para a riqueza iconográfica e para as referências históricas e militares.

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A jovem Inês Almeida é agora a ‘cara’ das Vindimas palmelenses

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[ montijo ]

[ moita ]

Transtejo ‘encolhe’ oferta fluvial a partir de Setembro

A TrAnsTejo vai reduzir a oferta fluvial já este mês. De acordo com a empresa, trata-se de uma medida que responde à actual situ-ação económica e financeira do país. em comunicado, a empresa concessionária dos transportes fluviais afirma que esta mudança insere-se na necessidade de reequa-cionar o serviço público de trans-

porte em geral e o transporte fluvial em particular.

segundo afirma a adminis-tração da operadora, o objectivo é «alcançar um transporte público sustentável». A Transtejo acres-centa ainda que a medida prevê uma optimização de recursos, não estando previstos despedimentos.

o Montijo e Trafaria vão ser

as ligações afectadas pelos cortes. A travessia para o seixal não vai sofrer alterações. o Montijo vai ver reduzida a oferta, nos dias úteis. em causa está o fim da ligação ao Cais sodré às 11h00, 13h00 e 21h00.

na Trafaria mantém-se o horário de Verão, de hora a hora, antecipando-se o fim da travessia, às 22h00 e 22h30.

Miguel Gervásio expõe na galeria

ATé 29 de outubro, a galeria municipal recebe a exposição “Bleuretália (achados, infructuo-sidades e quadros pintados)” de josé Miguel Gervásio.

A mostra é, nas palavras do autor, «um alinhamento de quadros de dife-rentes formatos, alguns elementos da série ‘Imagens de atelier’ e duas maquetas do projecto das esculturas habitáveis Aurora da Liberdade».

josé Miguel Gervásio é um artista plástico natural do Montijo, distinguido com uma Menção Honrosa no Prémio Vespeira – Bienal Internacional de Artes Plás-ticas de 2008.

nascido em 1968, licenciou-se em Artes Plásticas/Pintura, na Faculdade de Belas Artes do Porto, residindo actualmente em Montemor-o-novo, localidade onde é professor. Tendo exposto em algumas galerias do Porto, trabalha com o Módulo _Centro Difusor de Arte, em Lisboa. Tem trabalhos seus em várias colec-ções institucionais e particulares, no país e estrangeiro.

Canha honra Sra. da Oliveira

ABrIrAM ontem as portas, prolongando-se até amanhã, domingo, as Festas em Honra de nossa senhora da oliveira.

A iniciativa, que todos os anos anima a localidade de Canha, conta com atractivos de peso, que vão da música à dança, passando por um espectáculo da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de setúbal e um concerto de romana, para além das tradi-cionais largadas de toiros e os momentos religiosos com a missa e a procissão em honra de nossa senhora da oliveira.

Postal de Natal ecológico na Baixa da Banheira A AuTArquIA já definiu as

normas do concurso para a elabo-ração do Postal de natal ecoló-gico do Município da Moita 2011.

este ano, o concurso para a elaboração do Postal de natal ecológico é alargado às escolas do Agrupamento Vertical

Mouzinho da silveira, das escolas do Agrupamento D. joão I, do Centro de Bem-estar social da Baixa da Banheira, da Creche e jardim-de-Infância “o Papa-gaio”, da Creche e jardim-de-Infância “Bola Colorida” e do CATL “o nosso ATL” – Centro

social e Paroquial da Baixa da Banheira, envolvendo, desta forma, as crianças e jovens da freguesia da Baixa da Banheira, numa criação representativa do município e na sensibilização ambiental.

é intenção da autarquia que,

nos próximos anos, o concurso do Postal de natal seja dinamizado junto de toda a comunidade educa-tiva, nas restantes freguesias do concelho. recorde-se que em 2010 o concurso foi dinamizado junto dos estabelecimentos escolares do Vale da Amoreira.

Esperados 500 mil nas festas da Boa Viagem As FesTAs da Moita, que vão

decorrer entre 9 e 18 deste mês, «têm uma dimensão que ultrapassa o município e têm uma afirmação ao nível regional e nacional». é assim que o presidente da câmara moitense, joão Lobo, classifica o certame em honra de nossa senhora do rosário que, este ano, mais de 3 séculos depois do início da tradição, é todo ele promovido pela autarquia.

os tempos de crise económica «exigem um esforço maior da câmara», salientou o autarca, na apresentação oficial do certame com uma forte componente indus-trial e comercial que se traduz na realização da FeCI, e, também, na tradição taurina.

na área cultural, nada foi descu-rado, tendo joão Lobo enfatizado o ponto alto, com o espectáculo com Tony Carreira, e as tradicio-

nais largadas de toiros, para além da incontornável procissão. De acordo com o padre sílvio Couto, da organização, este ano a

procissão em honra de nossa senhora da Boa Viagem, já envolve cerca de 600 pessoas.

Miguel Canudo, vereador responsável pela organização das festas, afirma, por seu lado, que, apesar dos tempos de crise, «as festas não podiam deixar de realizar-se, porque seria um factor de perdas para a economia local». Daí que, sustenta, a organização tenha procurado, quer através de apoios, quer de receitas, ter como linha orientadora que as festas «se paguem a si próprias, para não onerarem o orçamento municipal».

Com um orçamento global que ronda os 250 mil euros, as festas deste ano esperam captar mais de meio milhão de visitantes.

Leituras de praia até ao fim do estio

A BIBLIoTeCA estival está de regresso à Praia Fluvial do rosário, no concelho moitense, até ao final da época balnear. Com esta iniciativa, a autarquia afirma ter por objectivo o fomento do gosto pelo livro e pela leitura e, simultaneamente, atrair novos leitores para as bibliotecas municipais.

este posto de leitura, que funciona de terça a sexta-feira, entre as dez da manhã e a uma da tarde; e das duas às seis da tarde, coloca ao dispor dos vera-neantes a possibilidade de consultar livros, revistas e jornais na praia. A Biblioteca estival também desenvolve jogos tradicionais como xadrez, damas, dominó, entre outros.

Arraial de arromba em canha

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O presidente João Lobo garantia apoio total da autarquia às tradições

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+ Desporto

Arrancam este domingo, às 17 horas, os campeonatos nacionais de futebol sénior

da II e III divisões. No mapa das competições não profissionais, a nossa região faz-se representar por meia dúzia de equipas cons-cientes das dificuldades desportivas que vão ter pela frente, mas igual-mente motivadas para conquistar os lugares mais acima possíveis das respectivas classificações.

Os dados estão lançados após uma pré-temporada que permitiu redefinir a composição dos conjuntos, afinar modelos tácticos e ganhar embalagem para a compe-tição a sério há muito ansiada pelo seu início.

Pinhalnovensehá muito sozinho

Na II divisão, cabe exclusiva-mente ao Pinhalnovense mostrar a força do futebol do distrito de Setúbal no campeonato da zona Sul. Aliás, tem sido assim desde a época de 2007/08.

Depois do 4.º lugar conseguido na última edição da prova, é em Touriz, diante da equipa local, que os azuis e brancos começam a escrever o seu destino competi-tivo da nova temporada. Francisco

Barão é o treinador a quem cabe liderar a equipa rumo à conquista de triunfos, mas o técnico que se estreia no clube, já avisou que, após a redução do investimento e a reno-vação quase total do plantel, «este ano as expectativas passam, funda-mentalmente pela manutenção». Objectivo que não refreará a ambição dos pinhalnovenses em jogar «sempre» para vencer.

Olímpico estreia-sena terceira

São os campeões distritais em título e por isso ganharam lugar no panorama nacional. O Olím-pico do Montijo enceta a sua presença histórica entre os concor-rentes na III divisão E, com a vontade de ganhar solidez compe-titiva e fortalecer a sua condição nas provas nacionais.

Com o treinador Fernando Mendes a reassumir a liderança da equipa, os montijenses não entraram da melhor forma na época oficial, com a eliminação da Taça (ver caixa), mas será o campeonato a sua maior preocupação. «Garantir a perma-nência neste escalão é a meta inicial. Há uma equipa renovada, mas com grande valor e ambição para discutir sempre os triunfos e honrar o emblema», assume o técnico. E, será, com esta motivação que o Olím-pico vai receber, no Estádio da Liber-dade, o Eléctrico de Ponte Sôr na ronda inaugural.

Por seu turno, em Alcochete a experiência competitiva nacional é argumento para deixar antever maior tranquilidade no seio da equipa que Élio Santos vai conti-nuar a comandar.

O 5.º posto final da última época

(fase de subida) é registo que os alcochetenses vão tentar superar. Todavia, a competição «será muito disputada» e há que «discutir com grande entrega todos os pontos em discussão».

Ficar entre os seis primeiros na primeira fase é objectivo primeiro para o Alcochetense, que volta a jogar oficialmente no ‘Fóni’, frente ao Elvas, depois de há uma semana ter mostrado na Taça razões para os adeptos confiarem na capacidade da equipa.

Maior peso na Série F

Dos seis emblemas distritais representados nos nacionais, metade estão colocados na III divisão F, menos um que há um ano, face à despromoção do Cova da Piedade.

Os protagonistas – Sesimbra, Fabril e Pescadores – têm a missão de garantir a sua permanência no escalão e será nesse sentido que vão arrancar para o novo campeonato.

Em Sesimbra, onde passou a morar Manuel Correia como novo treinador, o desafio de discutir, à semelhança do ano passado (3.º lugar na fase de subida), a promoção será tarefa para aferir

mais tarde, até porque «garantir a presença entre os 6 primeiros», será o objectivo maior e que começa a concretizar-se no Algarve, diante do Lagoa.

No Lavradio e na Costa de Caparica o sentimento para o campeonato é semelhante. Alfredo Almeida e Sérgio Bóris, treinadores de Fabril e Pescadores, respecti-vamente, já tiveram motivos para sorrir no arranque oficial da época depois de colocarem as equipas na fase seguinte da Taça.

Os fabrilistas (5.º lugar, na fase de subida) desejam melhorar a pres-tação de há um ano e, nesse sentido há que começar a somar pontos, já na abertura da prova, que reserva a recepção ao Aljustrelense.

Na Costa, e para evitar os sobres-saltos da última época (3.º lugar, na fase de descida), os Pescadores sabem que há muito trabalho pela frente. A renovação do plantel é sinónimo de ambição e o técnico Sérgio Bóris, que aproveitar o triunfo na Taça, para voltar a vencer fora de portas, agora para o campeonato, onde o U. Montemor será o oponente inicial.

Refira-se que o desafio entre o União e os Pescadores joga-se esta tarde, às 17 horas, em Montemor.

Joaquim Guerra

Vitória derrota Casa Pia antes do FC PortoO Vitória de Setúbal venceu, esta quarta-feira, o Casa Pia, por 3-0, na apresentação dos ‘gansos’. José Pedro, Bruno Severino e Bruno Gallo assinaram os golos sadinos. Entretanto, o jogo da 4ª ronda da Liga, entre FC Porto e Vitória foi antecipado para dia 9, às 20h15.

Elisabete Jacinto preparar regresso às dunasA piloto de todo-o-terreno montijense Elisabete Jacinto já começou a preparar a sua presença no Rali de Marrocos, que se realiza entre 16 e 22 de Outubro. A piloto vai igualmente conduzir no Africa Eco Race, de 27 de Dezembro a 8 de Janeiro.

Vamos começar a somar pontos! Open de Corroioscom novos campeões

OS TENISTAS Martim Trueva e Catarina Ferreira venceram o 14.º Open de Corroios.

Organizado pelo CDR Brasileiro Rouxinol, a edição 2011 daquele que é considerado o mais importante evento da modalidade realizado no distrito e um dos maiores intra-muros, consagrou o Martim Trueva, actual campeão nacional absoluto, vencedor do torneio masculino depois de derrotar na final (7-6 e 6-3) Gonçalo Falcão.

Em femininos, o título sorriu a Catarina Ferreira após vencer, por 6-2 e 6-1, Bárbara Alonso, jovem tenista de 17 anos, do GD Fabril.

Edi e Naidediscretos nos Mundiais

FOI inglória, a estreia do saltador com vara palmelense Edi Maia nos Mundiais de Atletismo de Daegu, Coreia do Sul. O melhor atleta luso da especialidade ficou-se pela fase inicial do concurso depois de averbar três saltos nulos, ainda com a fasquia a 5, 20 metros.

Com maior favoritismo, a alma-dense Naide Gomes falhou a luta pelas medalhas no salto em compri-mento. A campeã lusa saltou 6,26 metros, e foi 10ª classificada.

Palmela ganhaEuropeus de Orientação 2014

A FEDERAçãO Internacional de Orientação atribuiu à candida-tura conjunta da Câmara de Palmela, Juntas de Freguesia de Palmela e de Pinhal Novo e Escolas Secundárias com 3º ciclo do Ensino Básico de Palmela e de Pinhal Novo, a organização do Campeonato da Europa de Orientação Pedestre e do Campeonato da Europa de Orientação de Precisão (para pessoas portadoras de deficiência motora), a decorrer em 2014.

Os prestigiados eventos inter-nacionais prevêem a participação de um total de 300 atletas.

Sorteio da Taça de Portugal com sabor agridoceTrês jogos em

casa e dois fora de portas foi o que o

sorteio da Taça de Portugal, realizado esta

quinta-feira, ditou para as cinco equipas do distrito que

vão estar presentes na II eliminatória da prova.

Depois de há uma semana, o estreante Olím-pico do Montijo ter ficado

pelo caminho da competição, após derrota caseira, por 5-1, diante do Paredes (II divisão), cabe agora a Pinhalnovense, Sesimbra, Fabril, Alcochetense e Pescadores a possi-bilidade de seguirem em frente na prova rainha do futebol luso.

Os pinhalnovenses, que haviam ficado isentos na ronda inaugural, vão entrar em campo na Madeira, frente aos ilhéus do Pontassolense (III Madeira).

À semelhança da equipa de Pinhal Novo, também o Sesimbra fará a sua primeira aparição na Taça 2011/12, após a isenção da I eliminatória. Aos sesimbrenses a missão de seguir em frente terá lugar no Vila Amália, frente ao Gondomar (II Centro).

Os restantes jogos caseiros para os clubes da região realizam-se no Lavradio, onde o Fabril recebe o Fafe (II Norte) e na Costa de Capa-

rica, palco do encontro entre Pesca-dores e os madeirenses do Ribeira Brava (II Norte).

Aquele que será o único desafio entre equipas do mesmo escalão, no que toca à presença dos nossos representantes, será jogado em Viseu, onde o Alco-chetense vai defrontar o Penalva do Castelo (III C).

Os jogos estão previstos realizarem no dia 11.

II SUL - 1ª jornada

Est. Vendas Novas x Caldas

1º Dezembro x Mafra

Oriental x Juu. Évora

Tourizense x Pinhalnovense

Torreense x Fátima

Sertanense x Louletano

Carregado x At. Reguengos

Moura x Monsanto

III E – 1ª jornada

Fut. Benfica x Sacavenense

Ol. Montijo x Eléctrico

Oeiras x Sintrense

Real x Pêro Pinheiro

Casa Pia x SL Cartaxo

Alcochetense x O Elvas

III F – 1ª jornada

U.Montemor x Pescadores

Farense x Quarteirense

Messinense x Esp. Lagos

Redondense x Despertar

Lagoa x Sesimbra

Fabril x Aljustrelense

Bárbara Alonso foi finalista vencida

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