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www.semmaisjornal.com Director: Raul Tavares Sábado | 12.Maio 2012 semanário - edição n.º 714 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. Pub. Anti-stress Áurea canta para batinas de Setúbal 14 +Negócios Câmara de Santiago reduz prazos de pagamento 13 Actual Praias da região em alta 4 e 5 +POLÍTICA O candidato à li- derança da federação de Se- túbal do PS, Eduardo Cabri- ta, está desconfiado da en- trada de «militantes-fantas- ma» em algumas secções de voto. E já denunciou a situ- ação às cúpulas do partido. +NEGÓCIOS A operação de rotina, que vai levar à paragem do complexo, como previsto, vai envolver 70 empresas da zona. ACTUAL O ano passa- do, os hospitais da pe- nínsula foram respon- sáveis por 55 por cen- to das interrupções vo- luntárias de gravidez, tendo sido registadas 2.397 intervenções. De registar que apenas 17 destas foram efectua- das devido à existên- cia de risco para a mu- lher ou mal formação do feto. Distrito tem 200 mil em risco elevado de AVC ABERTURA Um estudo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a que o Semmais teve acesso, revela que cer- ca de 26 por cento da população do distrito corre risco elevado de vir a sofrer de acidente vascular cerebral. Esta percentagem equivale a mais de 200 mil habitantes e está acima da média nacional, cifrada em 24,4 por cento. Com este panorama, a região só é superada pelo Alentejo e pelo Al- garve. O relatório indicia que as pes- soas mais idosas e residentes em zo- nas rurais do distrito são as que mais estão susceptíveis a esta ameaça. Dia- betes, obesidade, colesterol e hiper- tensão, estão entre as causas mais pe- rigosas para o eclodir da doença. En- tretanto, o número de pacientes com AVC declarado desceu pela primei- ra vez na região o ano passado, sen- do que os especialistas atribuem este facto à prevenção operada pelas au- toridades de saúde. PÁG. 4 PÁG. 6 PÁG. 12 PÁG. 2 PÁG. 16 PÁG. 12 Cabrita alerta para eventual «fraude» na corrida ao PS Repsol de Sines recebe 35 milhões para manutenção Cristas apadrinha sobreiro em Grândola Produção de mel cai 50% por causa da seca DR DR DR IVG na região vale mais do dobro do país

Semmais jornal 12 Maio 2012

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www.semmaisjornal.comDirector: Raul TavaresSábado | 12.Maio 2012 semanário - edição n.º 714 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbal

Distribuído com o

VENDA INTERDITA

Pub.

Pub.

Anti-stressÁurea cantapara batinasde Setúbal

14

+NegóciosCâmara de Santiago reduz prazosde pagamento

13

Actual Praiasda regiãoem alta

4 e 5

+POLÍTICA O candidato à li-derança da federação de Se-túbal do PS, Eduardo Cabri-ta, está desconfiado da en-trada de «militantes-fantas-ma» em algumas secções de voto. E já denunciou a situ-ação às cúpulas do partido.

+NEGÓCIOS A operação de rotina, que vai levar à paragem do complexo, como previsto, vai

envolver 70 empresas da zona.

ACTUAL O ano passa-do, os hospitais da pe-nínsula foram respon-sáveis por 55 por cen-to das interrupções vo-luntárias de gravidez, tendo sido registadas 2.397 intervenções. De registar que apenas 17 destas foram efectua-das devido à existên-cia de risco para a mu-lher ou mal formação do feto.

Distrito tem 200 mil em risco elevado de AVCABERTURA Um estudo da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a que o Semmais teve acesso, revela que cer-ca de 26 por cento da população do distrito corre risco elevado de vir a sofrer de acidente vascular cerebral. Esta percentagem equivale a mais de 200 mil habitantes e está acima da

média nacional, cifrada em 24,4 por cento. Com este panorama, a região só é superada pelo Alentejo e pelo Al-garve. O relatório indicia que as pes-soas mais idosas e residentes em zo-nas rurais do distrito são as que mais estão susceptíveis a esta ameaça. Dia-betes, obesidade, colesterol e hiper-

tensão, estão entre as causas mais pe-rigosas para o eclodir da doença. En-tretanto, o número de pacientes com AVC declarado desceu pela primei-ra vez na região o ano passado, sen-do que os especialistas atribuem este facto à prevenção operada pelas au-toridades de saúde.

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Cabrita alerta para eventual «fraude» nacorrida ao PS

Repsol de Sines recebe 35 milhões para manutenção

Cristas apadrinha sobreiro em Grândola

Produção de mel cai 50% por causa da seca

DR

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IVG na região vale mais do dobro do país

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Abertura

O estudo é apresentado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e coloca o

distrito de Setúbal como a terceira região do país onde se regista o maior risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O documento indica que 26% da população está na zona de «risco elevado», o que repre-senta mais de 200 mil habitantes. Ou seja, acima da média nacional fixada em 24,4%. À frente da região está apenas o Alentejo (35,5%) e o Algarve (35,9%).

Quer isto dizer que 26 em cada cem pessoas estão em risco elevado que sofrer um AVC no distrito, de acordo com a conclusão do designado «Estudo Viva», onde a região é várias vezes citada pelos piores motivos, sendo que apenas 13,9% da população tem baixo risco, enquanto 59,9% se enquadra no risco moderado.

Entre a população que se encontra em risco elevado de sofrer um AVC estão as pessoas que já tiveram problemas cardio-vasculares, os diabéticos, parti-cularmente tipo 2, e a população que tem um pouco de tensão alta, de colesterol, de obesidade abdo-minal, além dos fumadores. Segundo o vice-presidente da SPC, Carlos Aguiar, trata-se de pessoas que não se sentem doentes e não vão ao médico, pelo que são difí-ceis de detectar, sendo este um grupo adjectivado pelos especia-listas de «muito perigoso».

Concelhos rurais sob a mira da saúde regional

O estudo alerta ainda que os resultados se revelaram alar-mantes, após a análise do coles-terol, hipertensão e obesidade abdominal, considerada a mais perigosa para futuros problemas cardiovasculares, sendo que o

índice de massa corporal médio está na faixa do excesso de peso

Os especialistas não hesitam em estabelecer um paralelo entre hipertensão e a alimentação, aler-tando ainda que as pessoas «também são mais velhas» em alguns concelhos rurais do distrito, pelo que as autoridades de saúde «têm de olhar para isto. Estes dados podem ser importantes para orientar políticas de saúde a nível regional”, insiste Carlos Aguiar.

O estudo mostra ainda que é entre a população com mais idade e a que tem um nível de escolaridade mais baixo que esta a maior obesidade abdominal, notando que um terço dos homens e 29% das mulheres não fazem actividade física regular e que 40,2% dos homens e 23% das mulheres são fumadores activos. A idade é igualmente um factor determinante.

As autoridades afirmam que mais de 200 mil habitantes são considerados de “alto risco”

Região só é ultrapassada por Alentejoe Algarve no risco de AVCO distrito é o terceiro do país com maior risco de acidente vascular cerebral, com cerca de 26 por cento da população na zona de “risco elevado”, Mas os números da doença declarada têm vindo a baixar.

:::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

Ainda assim, a prevenção no combate ao AVC, como uma aposta das várias unidades de saúde do distrito, já está a dar resultados, como o Semmais já avançou. O facto de cerca de 70% dos casos considerados de maior risco estarem a ser encami-nhando para as melhores unidades do país originou uma redução da doença em mais de 20%, comparando os dados de 2009 e 2010. Quer isto dizer que

a queda anda na casa dos 400 AVC por ano, o que é conside-rado pelos especialistas de «bastante significativo».

Quer isto dizer que o número de AVC diminuiu pela primeira vez na região, que continua, ainda assim, a merecer atenções redo-bradas quando comparados com outras regiões do país, sobretudo devido aos hábitos alimentares, onde o sal surge como um dos principais «inimigos públicos»

AVC declarado baixa significativamente

Pub.

O serviço de cardiologia do Centro Hospitalar de Setúbal, em colabo-ração com a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, promoveu na última semana a iniciativa “Sete Dias com o Coração”, que decorreu na placa central da Avenida Luísa Todi e onde foi possível a perto de 200 pessoas por dia efectuar exames de rastreio cardiovascular com o objectivo de despistar problemas de saúde.

Fernando Pádua, conceituado cardiologista, esteve em Setúbal onde falou com os populares e sugeriu as boas práticas para prevenir doenças cardiovasculares, como «o exercício físico, uma alimentação saudável, a redução nos consumos de sal e o fim dos cigarros». Estas regras e uma visita anual ao médico de família são a melhor forma de evitar problemas .

Em média, entre 5 a 10% dos utentes rastreados foram encaminhados para consultas de cardiologia. Os valores registados, provisórios, apontam para valores altos de diabetes e de tensão arterial. Apesar disso, explica Quitéria Rato, cardiologista no hospital de São Bernardo, «as pessoas estão atentas e a tirar mais partido das condições que a cidade oferece para a prática de exercício físico. Cometem-se muitos excessos alimentares e é preocupante saber que as nossas crianças são as segundas mais obesas da Europa e que a região é a quarta do país com maior índice de mortalidade por doença cardiovascular».

Professor Páduaesteve em Setúbal

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3S á bado | 1 2 . M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

O caso dos ‘espiões’ ligados à Ongoing e, agora, ao parece ao poderoso ministro Miguel Relvas, assume contornos de atentado contra os interesses estratégicos de defesa e, por conseguinte, é de extrema relevância. Não me parece ser brincadeira nenhuma.

Lembremo-nos do ‘caso’ Bernardo Bairrão, ex-administrador da TVI, dado como certo no Governo PSD, que teria sido vetado por Passos Coelho, depois de informações sobre a sua vida privada e empresarial, alegadamente trazidas ao conhecimento de Relvas por correio electrónico via SIS – Sistema de Informação e Segurança do Estado. Na mesma altura em que Manuela Moura Guedes – que havia sido despedida por Bairrão ao tempo de Sócrates – também terá influenciado o veto do primeiro-ministro, via SMS.

No centro de toda este esquema está um homem de ligações perigosas, Jorge Silva Carvalho, o homem forte das ‘secretas’ portuguesas, que terá trocada a direcção do Serviço de Informação Estratégica de Defesa por um chorudo lugar na Ongoing, a troca da reiterada entrega de ‘ficheiros secretos’. Expediente que inclui um mão-cheia de destinatários quase todos ligados ao actual poder. Aliás, o mesmo que terá congeminado um plano para reformar as ‘secretas’ com homens a si ligados, e entregue a Miguel Relvas.

A ‘bomba’ que fez detonar esta perfídia foram as escutas ao jornalista Nuno Simas, do PÚBLICO, caso que hoje está confirmado em quase toda a sua extensão.

Os Estados Unidos são useiros e vezeiros neste tipo de política controlada pela espionagem. Um dos mais carismáticos presidentes americanos, Nixon caiu devido à espionagem política no escândalo ‘Watergate’ ocorrido na década de 70.

Ora, Jorge Silva Carvalho é uma espécie de “Garganta Funda” à portuguesa e ainda nada lhe aconteceu, com os interesses estratégicos de segurança à deriva, à espera de comissões parlamentares e na espuma da gincana política.

Se isto não é grave e todas as evidências assim o confirmar. Temos mesmo um país de brincadeira, onde vale mesmo tudo.

“Garganta Funda”

Editorial // Raul Tavares

Duas notícias recentes motivam esta minha posição pública. A primeira, resulta da passagem dos cinco anos da exploração do MST (Metro Sul do Tejo) e dos seus resul-tados de exploração de 30 milhões de passageiros, que se saúdam. A segunda, da perda de 16 milhões de passageiros dos transportes públicos no primeiro trimestre deste ano, sendo na área metro-politana de Lisboa que se situam grande parte destes impactos nega-tivos.

Sobre o MST é importante referir que o contrato celebrado impõe uma indemnização à exploração no caso do número de utentes ser inferior ao estipulado no plano de exploração. Compreende-se esta medida no quadro da modalidade contratual que o estado estabeleceu para a construção e exploração do MST. Mas não concordo com a opção. Efetivamente com este dinheiro de indemnização “mata-se” a iniciativa comercial da conces-sionária que deixa de ter o prin-cipal incentivo para a promoção do modo de transporte e aumento das receitas, pois receberá sempre o mesmo montante, independen-temente do número de passageiros.

Ao estado, cabe-lhe criar as condições para o uso do transporte público por parte da população. Tem muitas medidas e formas de o fazer, nalguns casos sem gastos acres-cidos. No caso, bastaria que em vez desta indemnização, apostasse no uso deste meio de transporte e para isso bastariam duas decisões: alargar a rede e dessa forma colocar mais pessoas no sistema e integrar este modo de transporte numa solução

global de passe social, que permita o transbordo de modos de trans-porte sem pagamento adicional.

A chegada do MST à Costa de Caparica, com o interface do Pragal com o “comboio da ponte 25 de Abril”, promoveria o uso de novos utentes ao MST, sendo apenas neces-sário prolongar o carril, já no Monte de Caparica (universidade), até ao interface na Costa de Caparica. Um pequeno investimento dado que as infraestruturas enterradas - o mais oneroso na construção - aqui não se colocam por uma parte ser em espaço não urbano e por na Costa o espaço canal estar já considerado na obra da Costapolis. Nem preci-saria de novos veículos.

Numa segunda fase, impõe-se como previsto no contrato o prolon-gamento do MST ao Seixal, Barreiro e Moita, assim se assumindo como um transporte regional do arco ribei-rinho, tão necessário à mobilidade da população da margem sul.

Estará o Governo interessado em contrariar as perdas de utili-zadores e disponível para políticas de promoção do transporte cole-tivo? Se sim, considere o prolon-gamento do MST e a sua integração no passe social e registará um resul-tado expressivo de aumento dos utilizadores, com vantagens para o País, com significativas poupanças energéticas, para o ambiente com menor circulação automóvel logo menor poluição e para a região, com melhor mobi-lidade para as populações.

*Vice-presidenteda Câmara de Almada

Presidente dos SMAS de Almada

A irresponsabilidade dos eleitos das nossas autarquias sempre foi uma marca de água que nos quiseram deixar ao longo de 35 anos de Poder Local, independentemente da propa-ganda que eles próprios fazem ao seu trabalho. Formando um grupo coeso que sabe exercer a sua pressão sobre os governantes centrais (espe-cialmente no PS e PSD), utilizando, por vezes, as mais censuráveis chan-tagens, os autarcas lusos têm muitas vezes conseguido as mais inespe-radas benesses às custas do orça-mento geral do país. E quando isto não acontece, lá está a Lei que lhes permite lançar e aprovar nas assem-bleias municipais (quase sempre desertas) as mais díspares alcavalas. Quantos de nós já não nos arrepi-ámos ao comparar a factura da água de hoje com a de há 20 anos atrás…

Como é evidente, a Câmara do Seixal não pode fugir à regra. Para além dos gastos incomensuráveis no Boletim municipal (vá lá, passou de 32 para 24 págs. e de 65.000 para 55.000 exemplares no último ano), único com periodicidade quinzenal em todo o país, e nos telemóveis distri-buídos a centenas de funcionários, com um mínimo autorizado de 75,0 euros em chamadas por mês, a admi-nistração da autarquia deu há um ano mais uma demonstração de leviandade gestionária ao fazer aprovar na assembleia municipal um organograma digno do mais importante Ministério do governo do país. Assim, eram contemplados 2 directores municipais (o equiva-lente a director-geral dum ministério – por exemplo director-geral das prisões ou das construções esco-lares), 14 directores de departamento

(antes eram apenas 6 – aumento de mais de 100%), 48 chefias de divisão (antes eram 26) e 37 chefes de gabi-nete (antes eram 8). Em Setembro último, e quando eram já do conhe-cimento do país as exigências do memorando da Troika no que respei-tava à redução do número de cargos dirigentes em toda a administração pública (central e local), os nossos autarcas do Seixal não demoraram em preencher os lugares criados (com excepção dos lugares de director municipal), criando, assim, expec-tativas em dezenas de técnicos e que a frieza da Lei veio colocar no seu devido lugar.

Isto porque, e de acordo com proposta enviada pelo governo à Assembleia da República para apro-vação (e o governo tem maioria, não esquecer), ao município do Seixal cabe apenas ter os dois directores muni-cipais que já tem no papel, cinco direc-tores de departamento (ao invés dos 14 existentes) e 18 chefes de divisão (em vez dos 46 já preenchidos). Isto é, e quando já o mesmo era previsível em Setembro do ano passado, cerca de 30 trabalhadores da autarquia agora em lugares de direcção e chefia vão ter de regressar aos seus lugares de origem (que, nalguns casos, já foram naturalmente preenchidos). Quem paga esta irresponsabilidade? Quem arca com este prejuízo moral sofrido por estas pessoas?

Quando é que os partidos polí-ticos vão, efectivamente, buscar os melhores de entre os seus militantes ou simpatizantes para preencher os lugares que o regime democrático pôs à sua disposição?

*Colaborador

Um tema que tem gerado muita controvérsia e tem feito grandes aberturas de telejornais, principal-mente em época estival, é o dos incêndios florestais. Desde muito nova que tenho vindo a assistir, com grande dor, à destruição sistemá-tica do nosso património florestal.

O meu pai conta-me que nas férias de verão costumava passear pela floresta na terra do meu avô, que fica ali entre Pombal e Ansião, na Beira Baixa. Percorria os cami-nhos sem nunca saber o que estava mais à frente, pois a densidade de pinheiros formava como que uma parede. Diz que se lembra do cheiro forte a cerne e a resina, mas eu não sei que cheiro é esse, do murmurar do vento na copa dos pinheiros... enquanto, cá em baixo, reinava o silêncio e a quietude...

“O pinhal”, como eles lhe chamavam, não passa agora de montes e vales a perder de vista, despidos e desolados. As grandes matas de pinheiro bravo já desapa-receram e foram substituídas, siste-maticamente, por eucaliptais que mais não fazem do que desertificar os solos e secar nascentes.

O eucalipto é uma árvore oriunda da Oceânia, trazida para a Europa pelos primeiros navegadores e explo-radores marítimos. Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde têm ganho uma importância económica rele-vante, devido ao facto de crescerem rapidamente e serem muito utili-zadas para produzir pasta de celu-lose usada no fabrico de papel e madeira.

Ainda não consegui chegar a

uma conclusão, quanto ao motivo porque as nossas florestas ardem. Sei, isso sim, que em grande percen-tagem dos casos os fogos são de origem criminosa. A violência e a extensão dos incêndios florestais, nestes últimos anos, têm destruído centenas de hectares de floresta.

Sempre houve festas com fogo-de-artifício, sempre se fumou nas matas, sempre se fizeram queimadas, então porque é que antigamente não havia tantos fogos? O que levará os incendiários a praticar este tipo de crime?

Os media vão alertando para os perigos e para a prevenção embora, por outro lado, não se coíbam de fazer o jornalismo da desgraça para cativar audiências, com grandes aberturas de telejornais, mostrando o país a arder e, por estranho que possa parecer, quase nunca mencionam que os fogos são de origem criminosa.

Que fazem as autoridades? Tentam arranjar mais meios para este combate desigual.

A solução talvez passasse por uma verdadeira política de

prevenção, uma aposta concreta na vigilância da floresta, na criação de um corpo específico de guardas florestais, com meios e com remu-neração mensal.

A limpeza da floresta devia ser obrigatória para quem seja proprie-tário, tal como faz o meu pai, que zela pela limpeza dos terrenos e pelo desbaste e poda de árvores dos terrenos que eram do meu avô.

O Estado também deveria dar o exemplo, como acontece em países como os Estados Unidos ou o Canadá, onde os presos e os conde-nados de pequeno delito, em vez de estarem a viver às custas do erário público, fazem trabalho comuni-tário na limpeza de matas e florestas. Mas em Portugal isso, infelizmente, ainda não acontece. No caso dos incêndios é bem visível o desgo-verno e a má gestão. Onde está a reflorestação com espécies nativas? Vê-se sim a substituição da floresta mediterrânica por extensos euca-liptais e a busca pelo lucro rápido. Será esse o motivo dos incêndios?

*Estudante

Para quando autarcas responsáveis?

AntónioMarquês*

ControvérsiasPúblicas Ana Marta Santos*

Urge uma política de Promoção do Transporte Coletivona Margem Sul, na Grande Lisboa e no País

JoséGonçalves*

ficha técnica Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 810 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

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Actual

Três praias do distrito de Setúbal estão entre as 21 finalistas da inicia-

tiva 7 Maravilhas – Praias de Portugal. O Meco, em Sesimbra, Tróia-Mar e Carva-lhal, ambas em Grândola, vão hastear simultaneamente a

bandeira azul na próxima época balnear, tal como outras 25 praias no resto da região. A maioria dos areais galardo-ados está situada no Litoral Alentejano, dez das quais em Grândola, embora os muni-cípios de Almada, Sesimbra e Setúbal também tenham praias distinguidas este Verão pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE).

Em declarações ao Semmais, o vereador do Ambiente na Câmara Muni-cipal de Grândola, Paulo do Carmo, não esqueceu a importância das distinções e sublinhou que o município, «ano após ano, tem estado na linha da frente da exce-lência do território, da quali-dade da água e a nível paisa-gístico». Este ano, o muni-cípio de Grândola tem mais uma praia distinguida com a bandeira azul, Melides, mas o objectivo passa por aumentar esse número no futuro, depois de resolvidos alguns problemas relacio-

nados com a falta de condi-ções destes espaços.

Já o vereador na autar-quia de Santiago do Cacém, José Rosado, prefere enfa-tizar o facto de as praias de Fonte do Cortiço e Costa de Santo André virem a ter, pela primeira vez, apoios de praia. «Era o que faltava nestas praias e finalmente vamos ter apoios modernos e com

animação», refere. Carmen Francisco, da câmara sine-ense, prefere enfatizar o «reconhecimento da quali-dade ambiental e o conforto das praias» do seu território, que contribuem para a imagem e afirmação de Sines «como destino turístico de excelência».

A praia da Figueirinha, em Setúbal, é outra que

repete a distinção este ano, mas o objectivo passa por alargar a azulinha ao Portinho da Arrábida, mal estejam resolvidos pro -blemas relacionados com o assoreamento e ordena-mento do espaço. Em Sesimbra, a praia da Cali-fórnia não foi, uma vez mais, distinguida pela ABAE. Almada, por seu lado,

chamou para si mais uma bandeira azul.

Figuras públicas na apre-sentação das finalistas

A actriz e encenadora São José Lapa, a fadista Cuca Roseta e o cantor Carlos do Carmo são os padrinhos das praias do Meco, Tróia-Mar e Carvalhal, que concorrem,

Areais da região estão mesmo em altaMeco, Tróia-Mar e Carvalhal estão entre as finalistas das 7 Maravilhas – Praias de Portugal e vão hastear com mais 25 praias e marinas a bandeira azul este Verão. Distrito em peso está satisfeito com reconhecimento.

São José Lapa, Carlos do Carmo e Cuca Roseta apadrinham praias finalistas e marcaram presença em Grândola

É o reconhecimento da qualidade ambiental e do conforto das praias, que contribuem para a afirmação do nosso território como destino turístico de excelência”

::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::

DR

Carlos Beato recebeu ‘em casa’ Luis Segadães e Carlos Beirão da Veiga

Pub.

A MÚSICA vai invadir o Fórum Montijo durante o mês de Maio. A inicia-tiva, que tem a sua data de início marcada para este sábado, possibilita o contacto dos mais novos com músicos profissio-nais do Conservatório do Montijo através de aulas grátis para os mais diversos instrumentos. Entre as 15h00 e as 18h00 de hoje, os interessados poderão tocar piano,

harpa, guitarra eléctrica, flauta de bisel, violoncelo, violino e tuba.

A iniciativa irá decorrer também na próxima semana, dia 19, onde será possível experimentar novos instru-mentos, como são os casos do oboé, trompete, percussão, saxofone e fagote, para além do violino e guitarra eléctrica. Para este dia também estão marcadas aulas de música para bebés, com participação limitada

a 7 crianças por aula, sendo obrigatório idade inferior a 5 anos.

Para o último dia da parceria entre o Fórum Montijo e o Conservatório local, estão agendadas aulas de flauta transversal, guitarra portuguesa e clarinete.

Esta é uma actividade destinada às crianças mas no entanto não apresenta qualquer limite de idade, abrindo portas à partici-pação de todos.

Fórum Montijo dá músicaa crianças e promete animação

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respectivamente, nas cate-gorias de arribas, praias urbanas e praias de dunas. A votação do público decorre

até ao próximo dia 7 de Setembro através de chamada telefónica, internet e facebook. A final está

marcada para o dia seguinte, numa cerimónia a apresentar por Catarina Furtado em Tróia.

Pub.

A HERDADE da Comporta vai ser palco de uma mega-acção de limpeza dos 12 quiló-metros de praia no próximo dia 26. A iniciativa é organi-zada pela Fundação Herdade da Comporta, entidade que operacionaliza todas as acções de responsabilidade social e sustentabilidade da Herdade da Comporta. O objectivo da acção é reunir o maior número de voluntários para ajudar a preparar as praias para a época balnear que se aproxima.

Intitulada “Comporta - Praias Limpas”, a acção vai reunir um grupo de volun-tários que, ao longo de um dia, vai dar o melhor de si para limpar o vasto areal da Herdade, que constitui um dos principais factores de atracção turística da região. As inscrições estão abertas no sítio da Herdade.

Beneficiando de uma costa com 12 quilómetros de extensão de praia, de areia branca e dunas a perder de vista, a Herdade da Comporta é um dos mais espaços mais

procurados pelos turistas para momentos de lazer e de descanso, sobretudo no Verão. A sua limpeza, manu-tenção e acessibilidade são factores de diferenciação que têm levado à atribuição de sucessivos prémios e distinções que atestam a qualidade ambiental das praias da Herdade da Comporta ao longo dos últimos anos.

Entre as mais recentes distinções atribuídas à Herdade da Comporta, estão o Prémio “Praia Mais Aces-sível” 2011, concedido pelo Instituto Nacional para a

Reabilitação, a conquista do 1.º prémio de “Melhor Concessionário” de 2010 e a atribuição de Qualidade de Ouero pela Quercus.

«Estes prémios são o coro-lário da aposta feita na preser-vação dos recursos naturais e no cumprimento das boas práticas ambientais. Os resul-tados conquistados ao longo do tempo resultam de uma estratégia implementada de acordo com as melhores práticas ambientais e que posicionam a Herdade da Comporta como uma refe-rência a nível nacional», refere a responsável pela Fundação, Joana Espírito-Santo.

A Herdade da Comporta conta com três praias balne-ares classificadas – Comporta, Carvalhal e Pego - e tem implementado uma política ambiental cujos resultados positivos são visíveis. Todas possuem Bandeira Azul, cumprindo critérios ambien-tais, de segurança, de conforto dos utentes e de informação e sensibilização ambiental.

Herdade da Comporta commega limpeza das praias

Praia do Carvalhal

Sofia

Pal

ma

Praias finalistas das 7 Maravilhas e galardoadas com bandeira azul neste Verão

O INSTITUTO Politéc-nico de Beja (IPBEJA) está a preparar as filmagens de um vídeo musical para mostrar o actual dinamismo, criatividade e inovação de toda a sua comunidade académica.

O LIP DUB do IPBeja será filmado no campus do Instituto, com a participação esperada de mais de 2300 pessoas, entre a comuni-dade académica e convi-dados. O LIP DUB, à seme-

lhança de outros que se têm realizado um pouco por todo o mundo, irá ser filmado ao longo do Campus, com a presença de toda a comu-nidade académica que irá com a ajuda de um aparelho musical móvel, fazer a sincronização labial e cantar três conhecidas musicas. Simultaneamente, os parti-cipantes irão desenvolver um conjunto de quadros performativos onde irão mostrar as suas capacidades

criativas e metafóricas na representação dos seus cursos ou áreas de interesse.

Toda a preparação do LIP DUB foi feita com recurso a uma estratégia de comuni-cação baseada nos media digitais, e o vídeo final será disseminado através das redes sociais potenciando o seu impacto positivo para a imagem do IPBeja e da própria cidade de Beja, junto dos actuais e futuros estu-dantes de ensino superior.

AS OBRAS da Casa dos Marcos, em construção na Moita, estão paradas por falta de pagamento do Ministério da Saúde.

De acordo com Paula Brito e Costa, directora da associação, «falta cons-truir apenas 10 por cento da casa, o que corresponde a 15 dias de obras» mas, para que tal aconteça, é necessário que o Governo pague os 400 mil euros acordados.

Para a realização desta obra, a associação estabe-leceu um contrato com um empreiteiro e, uma vez que a obra se encontra parada por falta de fundos, os juros poderão começar a ser

cobrados.O complexo médico-

residencial, que visa receber cerca de 7000 crianças com doenças raras, tinha inauguração prevista para Julho de 2011.

Vídeo junta milhares de jovensno Instituto Politécnico de Beja

Governo ‘trava’ casa da Raríssimas na Moita

A instituição previa abrir portas em Julho de 2011

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Se tem cerca de 50 ou 60 anos e dores nas articulações, existe a hipótese de sofrer de osteoartrose, uma perda gradual da cartilagem articular que afecta algumas pessoas em determinado momento da vida. O problema é agravado pelo tempo frio e húmido, mas existem soluções de melhoria sem recorrer a medicamentos analgé-sicos ou de síntese. A glucosamina e a condroitina, dois extractos natu-

rais que demonstraram aliviar as dores nas articulações e melhorar o seu funcionamento quando tomadas regularmente, são utili-zadas por um número crescente de pessoas com osteoartrose – principalmente por serem de origem natural, eficazes e extre-mamente seguros.

Trava a deterioraçãoda cartilagem

O facto interessante acerca deste novo tratamento é que previne efec-tivamente a degradação da carti-lagem e ajuda a recuperar alguma da que está em falta. Até ao momento, nenhuma outra subs-tância demonstrou efeitos seme-lhantes. Glucosamina é uma subs-tância natural extraída do marisco, enquanto que a condroitina é feita, normalmente, a partir da cartilagem de porco ou vaca (em alguns casos até a partir da cartilagem de tubarão). A glucosamina e a condroi-tina estimulam a síntese corporal de cartilagem e são constituintes da cartilagem articular.

Estudos demonstram que a glucosamina e a condroitina podem prevenir a progressão da degra-dação da cartilagem e alguns inves-

tigadores afirmam que podem recu-perar lentamente parte da carti-lagem degradada.

Segura e eficaz

A extensa investigação que tem sido realizada com glucosamina e condroitina demonstrou que estas substâncias actuam geralmente em 8 a 12 semanas. Uma vantagem muito importante é o facto de não apresentar praticamente efeitos secundários, uma vez que a gluco-samina e a condroitina são partes naturais da bioquímica corporal e não substâncias estranhas. Teori-camente, a única preocupação será a alergia ao marisco, mas as modernas técnicas de produção tornaram possível produzir gluco-samina completamente isenta de agentes alergénicos. De qualquer modo, os produtores informam cautelosamente do risco poten-cial, mesmo sabendo que é insig-nificante.

Actualmente, é seguro afirmar que a glucosamina juntamente com a condroitina é uma solução altamente eficaz e com efeitos comprovados na prevenção e trata-mento da osteoartrose. Muitos médicos Reumatologistas estão a

recomendar como terapêutica de primeira linha.

Porque se degrada a cartilagem?

A cartilagem, tal como qual-quer outro tecido do corpo humano, depende dum fornecimento cons-tante de nutrientes que participam nos mecanismos de construção e recuperação que possibilitam o bom funcionamento dos tecidos. Ao contrário de outros tecidos, não existem vasos sanguíneos na carti-lagem. Deste modo, um mecanismo bastante conveniente é utilizado para transportar os nutrientes para as células da cartilagem.

Pense na sua cartilagem como uma esponja. Uma esponja pode absorver um líquido e libertá-lo novamente quando a aperta. A cartilagem funciona mais ou menos do mesmo modo. A cartilagem recebe a maior parte dos seus nutrientes para reparação de um líquido que se encontra dentro da cápsula articular. Este líquido designa-se líquido sinovial e contém algumas substâncias desig-nadas ácido hialurónico e lubri-cina. Quando a articulação se move na sua maior amplitude de movi-mento, a cartilagem (ou “esponja”)

é comprimida e expandida. A compressão liberta os desperdí-cios materiais das células vivas da cartilagem e, quando a cartilagem volta a expandir, os nutrientes são absorvidos pelas células. Além de funcionar como um acesso para os nutrientes, o líquido sinovial actua como lubrificante e amor-tecedor das articulações.

*Farmaceutica

Tempo frio e articulações dolorosas:Como gerir a osteoartrose

A utilização de glucosamina com condroitina, dois extractos estimuladores da cartilagem sob a forma de comprimido, pode ajudar a ultrapassar o Inverno, com menos dores e um melhor funcionamento das articulações.

Dra. Inês Veiga*

A REGIÃO de Lisboa e Vale do Tejo é responsável por mais de metade dos cerca de 20 mil abortos realizados em Portugal pelos serviços nacionais de saúde, segundo o relatório tornado público esta semana e referente ao ano de 2011. Apesar disso e, embora o número de Inter-rupções Voluntárias da Gravidez (IVG) tenha aumen-tado a nível nacional, na região registou-se um decréscimo do número de mulheres que recorreram a este expediente.

Das 19802 interrupções voluntárias registadas nos hospitais públicos e privados, 10020 realizaram-se na região, o que significa 55,2%, são números muito consideráveis e os especia-listas sugerem tratar-se de uma «questão social e cultural», tendo em conta a densidade elevado de uma fasquia elevada de famílias desagregadas e de escalões

sociais mais desfavorecidos.Nos três hospitais do distrito

– S. Bernardo, em Setúbal, Garcia d’Orta, em Almada, e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro – foram feitas, durante o ano de 2011, 2397 interrupções, um

número superior ao registado em 2010, sendo que destas, 17 se referem a motivos relacio-nados com risco para a mulher ou malformação do feto, enquanto todos os outros se realizaram por opção da mulher.

Dos 20 aos 24 anose sem filhos

Os dados apresentados pela Direcção Nacional de Saúde dizem que são sobre-tudo mulheres entre os 20 e os 24 anos as que recorrem à inter-rupção voluntária da gravidez e que, em mais de 40 por cento dos casos, não tinham qual-quer filho. A maioria são mulheres em situação de desemprego, embora se registe um número significativo de estudantes a recorrer à prática.

Segundo o relatório, nos hospitais públicos o método utilizado para interromper a gravidez em mais de 95 por cento dos casos é o recurso a medicamentos, ao passo que nos hospitais privados o processo é feito com recurso a cirurgia com anestesia geral.

O mesmo relatório consi-dera que em cada mil nados vivos, na região de Lisboa e Vale do Tejo, correspondem mais de 300 interrupções voluntárias da gravidez.

Região de Lisboa e Vale do Tejo regista mais de 55% das IVGOs três hospitais da península foram responsáveis em 2011 por 2397 interrupções voluntárias da gravidez. Um aumento face a 2010.

Hospital Risco mulher

MalformaçãoFeto

Opçãomulher Total

S. Bernardo 2 1 667 670Garcia d’Orta 3 11 759 773Nª Srª Rosário - - 544 544

::::::::::::::: Marta David ::::::::::::::

O HOSPITAL São Ber -nardo, em Setúbal, recebe na próxima quarta-feira uma sessão de esclarecimento sobre segurança da criança nos veículos de passageiros.

A iniciativa é da APSI - Associação para a Promoção da Segurança Infantil, com o apoio da Direcção Geral da Saúde (DGS).

O objectivo é informar os profissionais de saúde materno-infantil, desde enfermeiros a médicos obste-tras, pediatras, médicos de família e de saúde pública, bem como internos destas especialidades sobre a escolha e utilização adequada de sistemas de retenção para crianças, em linha com a Orientação Técnica da DGS, que introduz novas reco-mendações para o transporte seguro das crianças e da mulher grávida.

Esta iniciativa insere-se num conjunto de reuniões a decorrer nos dezoito distritos do país durante o mês de Maio.

Segurança infantil noS. Bernardo

SENSIBILIZAR os par -ceiros para o papel dos enfermeiros na procura do conhecimento científico, motor da promoção de saúde e bem-estar dos cida-dãos é um dos objectivos do Dia Internacional do Enfermeiro que a Escola Superior de Saúde do Insti-tuto Politécnico de Setúbal comemora este sábado.

Uma conferência no auditório da ESS/IPS, com comunicações de docentes e estudantes sobre a prática baseada na evi -dência, comentadas por enfermeiros da prática hospitalar e de cuidados de saúde primários; bem como actividades com idosos e crianças de di -versas escolas são algumas das iniciativas previstas para hoje.

O Dia Internacional do Enfermeiro foi instituído pelo Conselho Internacional dos Enfermeiros e pretende também homenagear Florence de Nightingale, considerada a ‘mãe’ da enfermagem moderna.

Politécnico quer maisenfermeiros

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OS MORADORES do bairro da Bela Vista queixam-se de estar a ser discriminados pelas empresas fornecedoras dos serviços de televisão e de telecomunicações. Denun-ciam que estão a pagar o pacote completo - com tele-visão, internet e telefone - mas apenas têm acesso ao serviço de TV. «Dizem-nos que não podem instalar os cabos da net, porque há logo quem faça ligações directas ou quem os roube. É incon-cebível que nos tratem assim», refere Maria Adelina Lopes. Os operadores admitem tratar-se de uma medida de segurança contra «furtos e outros abusos».

As facturas emitidas pelos operadores a Maria Adelina Lopes, Carla

Vicente, e José Mota, mora-dores em diferentes pontos do bairro da Bela Vista, têm em comum o valor: 33.21 euros. Além da televisão, é indicado que o pacote engloba Internet e serviço telefónico ilimitado, mas a referência é apenas verda-deira para Carla Vicente, residente numa ala da avenida das Palmeiras alimentada pelos cabos.

Empresas defendem-se de «ligações directas»

Maria Adelina e José Mota, residentes na rua do Moinho, têm menos sorte. Há largos meses que estão sem Internet e telefone, pelo que o recurso à banda larga e aos telemóveis vai sendo a alternativa. «O

problema é que isto sai muito mais caro, quase o dobro», lamenta ainda

Maria Adelina, desolada com o facto de a Bela Vista «continuar a ser tão margi-

nalizada. Quando tentamos falar com os operadores, eles dizem-nos que há

moradores que fazem liga-ções directas».

Por seu lado, José Mota defende que se os moradores estão a pagar um serviço do qual não usufruem deviam «ser compensados por isso, com os acertos nas contas», reclama. Este residente, que ali mora há 26 anos, revela que mensalmente paga 15 euros pela Internet de banda larga. «Os meus dois filhos precisam e eu faço o sacri-fício quando podia ter menos essa despesa», insiste.

Contactados pelo Semmais, os operadores são parcos em comentários, confirmando apenas que se trata de uma medida de segu-rança, que foi adoptada após terem sido detectados vários abusos de alguns moradores. Contudo, os operadores garantem que nem todo o bairro está abrangido pela medida, existindo várias zonas da Bela Vista contem-pladas pelos cabos, que permitem aceder aos três serviços.

Roberto Dores

A ESCOLA Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, celebrou, como é tradição, no passado dia 8, o 57.º aniversário da cons-trução do actual edifício, localizado junto ao parque do Bonfim. Os festejos coin-cidiram com os 60 anos do desaparecimento precoce do poeta e pedagogo que dá nome ao estabelecimento de ensino. A falta de recursos humanos está a deixar irri-tada a actual direcção.

Conceição Crispim, directora da escola, deixou a mensagem de que é funda-mental que o Estado olhe com mais atenção para esta escola, sobretudo a nível do pessoal auxiliar e docentes. Por exemplo, a escola está dotada de 17 auxiliares de educação, mas apenas doze estão ao serviço. Funcioná-rios contratados à hora são 26, sendo que cada um deles trabalha entre 3 a 4 horas por dia. «A carência nesta área inviabiliza que tenhamos capacidade de resposta para tanta criança, que precisa de mais carinhos afectivos, intelectuais e, até, familiares, porque somos quase uma família para

muitos deles», vinca, acres-centando que «a educação é a única bandeira para dar a volta à crise».

Com 1 748 alunos, 177 professores e 52 salas de aula, a Escola Secundária Sebastião da Gama foi requa-lificada recentemente no âmbito das obras da Parque Escolar. As condições das salas de aula foram melho-radas e foi criado um exce-lente centro de recursos, que inclui uma biblioteca ampla, um buffet e um auditório com capacidade para 198 pessoas. Conceição Crispim considera que as obras vieram tornar a escola num «espaço de luxo», com «grande capacidade» de se abrir ao exterior. A Sebas-tião da Gama, com esta inter-venção, ganhou quatro exce-lentes espaços desportivos, três pavilhões e um espaço exterior.

A comemoração, além de momentos de teatro, dança e artesanato, incluiu uma palestra de Alexandre Cabrita, da Ordem da Cava-laria do Sagrado Portugal, alusiva à associação e à Serra da Arrábida. Marcaram presença representantes de

diversas entidades oficiais.

Problemase ajudas

Cândido Teixeira,

membro do conselho geral da escola em representação dos pais e encarregados de educação, reclama uma «maior interacção» dos pais para com a Sebastião da Gama, uma vez que apenas 10 por cento dos pais parti-cipam nos actos eleitorais e nas reuniões. Além disso, Cândido Teixeira, entre outros problemas, alerta para a urgência da colocação de lombas para abrandamento da velocidade dos automo-bilistas nas Avenidas Alexandre Herculano e 22 de Dezembro, onde costumam ocorrer acidentes graves e mortais com os alunos.

Cândido Teixeira refere que vai em breve ser feito um levantamento dos alunos mais carenciados de forma a serem ajudados com refei-ções. Além disso, está ainda prevista a angariação de livros e material escolar usado para esses mesmos alunos.

Bela Vista paga net e telefone mas só vê televisãoAs operadoras falam de medidas de segurança e afirmam que nem todo o bairro está abrangido pela medida. Os moradores sentem-se discriminados e reivindicam compensações.

Faltam recursos humanos na Sebastião da Gama de luxo

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Maria Adelina Lopes está indignada e exige respostas rápida dos operadores

Como o Semmais já avançou, há cerca de três anos que os bairros mais problemáticos do distrito começaram a ser alvo de medidas cautelares por parte dos operadores de televisão e telecomunicações, após a ocorrência de assaltos e até agressões aos técnicos das

empresas. Resultado: cada vez que a avaria for num dos bairros sinalizados qual-quer assistência só terá lugar enquanto houver luz do dia. Se for à noite e urgente, poderão ir ao local até quatro profissionais

Aliás, a pergunta passou a ser obrigatória quando o

cliente se identifica aos operadores de televisão ou telecomunicações como morador nesta zona do país e é preciso enviar um técnico ao local. «Mora no bairro da Bela Vista (Setúbal), Quinta da Prin-cesa (Seixal) ou Vale da Amoreira (Moita)?»

Mais medidas de segurança em bairros problemáticos

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Política

OS DEPUTADOS do PSD do distrito reafirmam que estão disponíveis para reunir com o presidente da Junta da Quinta do Anjo (CDU), Valentim Pinto, para que esta freguesia se mantenha nos moldes actuais, apesar de, sublinham «o autarca ter mani-festado anteriormente a sua indis-ponibilidade para debater esta matéria».

Paulo Ribeiro recorda que o autarca comunista afirmou que «quaisquer diligências e/ou inicia-tivas que se direccionem em sentido inverso a este [em encontrar plata-formas de convergência no sentido de recusar esta designada “Reforma Administrativa Autárquica] não têm a nossa disponibilidade».

«O presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Anjo vem agora tentar desmentir a sua indis-ponibilidade em discutir seria-mente a Lei da Reforma da Admi-

nistração Local, quando num e-mail enviado para nós isso é dito clara-mente», aponta o social-demo-crata.

O deputado do PSD lamenta que a CDU «mais uma vez, prefira a contestação a um debate sério, nem se preocupando em defender

as populações, nem as freguesias».«Se a freguesia da Quinta do

Anjo for agregada a outra, a culpa é da CDU e dos seus autarcas, que nunca se preocuparam em encon-trar soluções conjuntas para que esta Lei fosse aplicada da melhor forma possível, tendo o PSD sempre

manifestado total disponibilidade», sublinha Paulo Ribeiro.

O social-democrata acrescenta que «38 anos depois do 25 de Abril, pensávamos que fosse possível debater pontos de vista diferentes, sempre no pressuposto de fazer o melhor pelas populações».

OS DEPUTADOS do Partido Socialista, Vieira da Silva, Eduardo Cabrita, Eurídice Pereira, Duarte Cordeiro e Ana Catarina Mendes, deslocaram-se ao concelho de Palmela, no passado dia 7, para privarem com a realidade concelhia.

Os eleitos reuniram com a presi-dente do município, tendo, de seguida, visitado a Escola do 3.º Ciclo e Secundária de Pinhal Novo. Seguiu-se uma reunião com vitivinicultores

na Junta de Freguesia de Marateca e ao final da tarde teve lugar uma conferência de imprensa e um encontro com militantes de Palmela na sede restaurada.

Os deputados foram acompa-nhados pelo presidente da conce-lhia, pelos vereadores do PS na autar-quia, por deputados municipais, por eleitos nas freguesias do concelho e por membros da JS.

A visita à Secundária do Pinhal

Novo permitiu constatar ‘in loco’ a suspensão da obra de requalificação em curso e os seus impactos para a população escolar. Esta intervenção, a cargo da Parque Escolar, permitiu a construção da 1.ª fase da escola e a parte desportiva, tendo ficado no perí-metro dois dos antigos blocos, por ora usados para laboratórios, desco-nhecendo-se quando serão retomados os trabalhos que confiram a segu-rança e o normal funcionamento deste

estabelecimento de ensino. Na reunião com os vitivinicul-

tores, foi constatado que vários viti-vinicultores deparam-se com vários obstáculos no que se refere à sua relação com as entidades compe-tentes centrais e locais, nomeada-mente na área da legalização das adegas. Os deputados assumiram o compromisso de detalhar as ques-tões apresentadas naquela que é uma das áreas de excelência conce-

lhia, a produção vitivinícola.A finalizar o programa, os mili-

tantes de Palmela debateram a situ-ação do concelho, do País e da Europa com os deputados. A disponibili-dade para o contacto com as popu-lações e com as realidades locais foi a tónica da visita. As matérias abor-dadas ao longo do dia vão agora ser objecto de ponderação e encami-nhados pedidos de esclarecimentos ao Governo.

Deputados ‘rosa’ em périplo pelo concelho de Palmela

UMA DELEGAÇÃO do PCP esteve na passada sexta-feira, por volta das 15 horas, à porta da empresa CNE (Cimentos Nacionais e Estrangeiros), no Parque Indus-trial da Mitrena, em Setúbal, em sinal de solidariedade com os traba-lhadores daquela empresa que ainda não viram a cor do dinheiro do seu subsídio de Natal de 2011.

A acção contou com a presença dos deputados Paula Santos e José Lourenço, que vincam que a admi-nistração da CNE «mandou os trabalhadores de férias sem lhes ter pago o devido subsídio». Nesse sentido, os deputados consideram que é urgente lutar pela «viabili-dade da empresa».

PCP visita CNE e apelaà resoluçãode subsídiosem atraso

Deputados do PSD reafirmam disponibilidadepara discutir futuro de Quinta do Anjo

Os deputados do PSD deslocam-se ao concelho de Sesimbra no próximo dia 14. Vão visitar empresas, instituições de solida-riedade social e estabelecimentos escolares. Esta acção tem como finalidade conhecer os novos projectos levados a cabo por várias entidades para a promoção do desenvolvimento daquele concelho.

Visita a Sesimbra

O deputado Paulo Ribeiro insiste na necessidade de reunir com Junta

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O próximo acto eleitoral na Federação Distrital de Setúbal do PS, marcado para

Junho, está a fazer aumentar o rol de protestos contra a inscrição de militantes «às pazadas» em conce-lhias ‘rosa’ como Alcácer, Alco-chete e Grândola.

O último alerta partiu esta semana do candidato à Distrital, Eduardo Cabrita que, em carta enviada ao Secretariado Nacional do PS e à Comissão Organizadora do Congresso da Federação Distrital de Setúbal, denuncia violações ao Regulamento Eleitoral detectadas nos cadernos eleitorais provisó-rios e que «contrariam as regras sobre filiação de militantes».

Em causa estará um fenómeno de «filiação em massa», de resto já denunciado pelo actual presi-dente da Distrital, Vítor Ramalho e que, numa reunião recente com os socialistas de Setúbal, o secre-tário-geral do PS, António José Seguro, chegou a classificar de «inscrições às pazadas».

Eduardo Cabrita alerta para o que considera «um grave risco de subversão da forma de expressão da vontade colectiva, manipulado» por aquilo que tem vindo a ser desig-nado como «sindicato de voto». E que pode levar, no dizer do candi-dato, a uma «manifesta fraude polí-tica». E não tem dúvidas de que se trata de «militantes fantasma”

Alcochete, Alcácere Grândola na berlinda

O caso regista-se um pouco por todo o país, mas parece ser ainda mais grave no distrito de Setúbal, onde, denuncia Cabrita, chega a «afectar gravemente a credibilidade» do PS porque leva a que secções do partido como a de Alcochete, Alcácer do Sal ou Grândola «tenham mais militantes inscritos que a de Almada».

O candidato à Distrital receia, mesmo, que se não houver uma intervenção oficial os resultados das eleições de Julho, para a Fede-ração, possam vir a ser deturpados, por isso pediu já «a imediata clari-

ficação da situação estatutária» do PS, através da divulgação do texto final aprovado na Comissão Nacional; a adaptação dos regu-lamentos eleitorais ao princípio expresso pelo secretário-geral do partido, de que a capacidade elei-toral deverá depender da filiação pelo período de um ano; a aber-

tura de um inquérito a todos os processos de filiação colectiva veri-ficada desde o último processo eleitoral interno; bem como «a imediata suspensão dos cadernos eleitorais provisórios».

O Semmais tentou, sem sucesso, contactar a candidata Madalena Alves Pereira sobre este assunto que está a gerar grande polémica entre os socialistas e faz prever um congresso muito quente.

Recta final para o congresso distrital do PS está ao rubro

Eduardo Cabrita denuncia fraude política na eleição com “sindicato de votos”

O candidato socialista, que se prepara para apresentar a sua moção de orientação, critica a sua opositora por esta estar a «furtar-se aos debates». Cabrita afirma que Madalena Alves Pereira tem recusado todos os convites com este fim e lamenta que os militantes não possam, nesta fase decisiva da contenda federativa, «ajuizar o confronto das duas candidaturas». E volta a desafiar a sua adversária para um debate aberto sobre o futuro do PS no distrito.

«Notória fuga ao debate»

Eduardo Cabrita

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9S á bado | 1 2 . M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Impressão Digital

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Que recordações lhe vão deixar a aventura de 15 anos na dupla romântica Miguel & André?Em relação às recordações, é como em tudo na vida. Há al-tos e baixos, mas o balanço é muito positivo. Foi, sem dúvi-da, uma grande aventura esta minha passagem pela música como dupla Miguel & André, que agora chega ao fim. É mui-to agradável o facto de traba-lhar com muitas pessoas que continuam a ser muito impor-tantes na minha vida pessoal e profissional e que guardo re-ligiosamente para sempre.

Até onde a música o pode-rá levar?Só as pessoas que estão di-rectamente ligadas à minha

carreira o poderão dizer. A minha vontade será sempre metade de tudo o que po-derá acontecer. A outra me-tade cabe ao público. Podem sempre contar com todo o meu empenho e dedicação.

Que novos projectos se de-senham num futuro próximo? O que é certo é que quero continuar a cantar. Mais tar-de saberão como…

Se não fosse cantor que outra profissão escolheria?Não me vejo a fazer outra coisa. No entanto, se tives-se de escolher, seria cantor!

Pedem-lhe para cantar no seu restaurante “Os Parafu-sos”, na Costa de Caparica?

Não, de maneira nenhuma. As pessoas que frequentam a minha casa, a única coisa que me pedem é para serem sempre bem recebidos e bem servidos, como sempre fo-ram habituados. De vez em quando, lá me pedem um CD e um autógrafo.

Já pensou criar a sua editora?Nem pensar.

Se lhe saísse o Euromilhões, onde investia o dinheiro?Não costumo jogar.

O que o faz zangar seria-mente?Pessoas falsas e sem carácter que não me conhecem e falam de mim, dizendo coisas que por vezes são desagradáveis.

Qual a sua opinião sobre o trabalho dos autarcas da região?Não tenho por hábito falar de quem não conheço, mui-to menos de política, mas defendo que se diga sem-pre a verdade quando se promete algo, seja na po-lítica ou em qualquer ou-tra área.

Há alguma figura regional que lhe mereça rasgos de elogios?Os meus pais, a minha mu-lher, o meu irmão e, acima de tudo, os meus filhos. É com eles que partilho os momentos de sucesso e fe-licidade mas também as mágoas quando algo não corre bem.

Miguel Teixeira - Cantor e empresário

«Os políticos devem sempre dizer a verdade quando prometem algo»

Íntimo Filme ou livro de cabeceira: A Bíblia.

Férias de sonho: Pólo norte, Maldivas...

Local de eleição: Junto ao mar.

A primeira paixão: Uma bicicleta.

Maior ousadia: Nunca fui muito ousado, nem me lembro de alguma ousadia que tenha tido algum destaque na minha vida.

Ídolo de referência: Elvis Presley.

Projecto de vida por realizar: Acabar o que comecei e dar continuidade ao sonho de cantar até não ter mais voz, agora a solo.

B. I. Idade: 39 anos // Naturalidade: Lisboa Família: Casado, dois filhos // Estado civil: CasadoResidência: Costa de Caparica

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ATÉ DOMINGO, Fernando Pó é palco da 17.ª Mostra de Vinhos de Marateca e Poceirão e Feira de Vinhos do Concelho de Palmela, que abriu as portas na passada sexta-feira, no recinto da Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó.

No certame podem ser provados e adquiridos os 40 vinhos destas duas freguesias, nomeada-mente 26 tintos e 14 brancos. Um painel de provadores convidados terá a cargo a escolha dos dez melhores vinhos do ano.

O programa integra, este sábado, às 10 horas, o colóquio “Marketing dos Vinhos”, seguindo-se, às 15 horas, as provas comen-tadas. Pelas 17 horas actua a Tuna do Instituto Politécnico de Porta-legre. Quim Gouveia actua às 21 horas e, pelas 22 horas, há baile.

No domingo, às 9h30, decorre a fase final do concurso dos dez melhores vinhos, com painel de provadores; às 16 horas exibe-se o Rancho Folclórico de Fernando

Pó, sendo que a divulgação dos dez melhores vinhos acontece pelas 20 horas. A mostra culmina às 21 horas com baile com o grupo Regresso.

PALMELA

TAS sem ordenados nem sala

Quinta do Conde a caminho de Fátima

Seixal questiona hábitos de reciclagem

Clube Náutico ganha espaço em Almada

Alcochete cria cantina social e farmácia comunitária

Fernando Pó dá a provar néctares de excelência

27 PARO-QUIANOS, entre os 30 e os 65 anos, partiram terça-feira, de Sesimbra a pé rumo a Fátima, para as cele-brações do 13 de Maio.

O peregrinos saíram da Igreja da Boa Água e estão a ser acom-panhados por dois carros de apoio. Antes do início do caminho a pé à Cova da Iria, o pároco Júlio do Vale celebrou a Eucaristia.

O pároco sesimbrense visita o grupo durante a caminhada para disponibilizar apoio espiritual aos peregrinos que, diariamente, recebem os alimentos necessários para as refeições enviados pela paróquia.

De referir que, no grupo há pessoal com conhecimentos de saúde que presta a sua colaboração às situações mais prementes, garan-tindo um mínimo de condições para atenuar a dureza física da caminhada.

CONHECER o comportamento dos cidadãos face à reciclagem e ajustar estratégias no sentido de uma maior sensibilização é o objec-tivo do inquérito a decorrer até ao final do mês sobre hábitos de reciclagem, no concelho.

Segundo explica a autar-quia de Alfredo Monteiro, a ideia é conhecer as práticas dos munícipes do Seixal nesta matéria, os constrangimentos que mais inibem a reciclagem e inferir se a comunicação da autarquia, em matéria de resí-duos, tem ido ao encontro das necessidades dos munícipes.

O inquérito está disponível no site da câmara seixalense.

O CLUBE Náutico de Almada inaugura a 16, pelas 19 horas, a sua nova sede no edifício da antiga Gare Cacilhas 2, em Cacilhas. O investimento é superior a 478 mil euros e conta com comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional em cerca de 310 mil e 700 euros.

As instalações incluem salas para formação e de reuniões, uma secretaria, um espaço de convívio, uma cafetaria e balneários. O edifício foi limpo e pintado, os portões, portas e pavimento foram reparados e foi construída uma

vedação. Foi também instalada uma grua de 1,5 toneladas e está prevista a colocação de pontões flutuantes.

Com as novas instalações, o CNA vai reiniciar a sua actividade com a vela de competição e laser. Em Setembro terão início os cursos da escola de vela para crianças, jovens e adultos e, ainda este ano, deve ficar concluído o processo de credenciação da Escola de Navegadores de Recreio, o que vai permitir ministrar os cursos para obtenção da Carta de Marinheiro, Patrão Local e Patrão de Costa.

REFORÇAR o apoio social no concelho, na sequência do Programa de Emer-gência social apresentado pelo Ministério do Trabalho, foi a decisão tomada na reunião da Rede Social do concelho que vai actuar na área do emprego, alimentação, saúde e educação.

Para apoiar os cidadãos no

desemprego e que estão integrados no Rendimento Social de Inserção (RSI), já está em funcionamento o Gabinete de Apoio Socioprofis-sional para obter apoios com vista à integração no mercado de trabalho. Para além deste Gabi-nete, a Câmara vai também pros-seguir com a promoção de inicia-tivas que alertam os cidadãos para

questões financeiras relacionadas com o sobreendividamento.

No final do ano lectivo, em Setembro de 2012, está prevista a criação de um Banco de Manuais Escolares, através da doação de manuais escolares usados que serão reunidos num único espaço e poste-riormente disponibilizados, de forma gratuita.

Uma Farmácia Comunitária, a funcionar nas Unidades de Saúde do ACES do Arco Ribei-rinho, e uma Cantina Social que vai possibilitar o fornecimento de refeições são outros projectos que pretendem dar resposta às carências e necessidades sociais cada vez mais sentidas pela população.

OS 15 TRABA-LHADORES do Teatro Animação de Setúbal (TAS) estão com sete meses de ordenado em atraso e continuam sem espaço para desen-volver a sua actividade. Desde Dezembro de 2011 que o Teatro de Bolso, um espaço municipal, após uma inspecção, continua encer-rado para obras.

«Já tivemos muitas reuniões com o município e disseram-nos que não têm verba disponível», confessa Carlos Curto, que acres-centa que está muito preocupado com o futuro da companhia. E desa-bafa: «Isto traz-nos graves problemas porque não conse-guimos planear o futuro».

O Teatro de Bolso necessita de ser dotado de acessos e instala-ções sanitárias para deficientes. O compromisso financeiro de 2012, no valor de cerca de 153 mil euros, entre a autarquia e este grupo profissional, fundado em 1975, por Carlos César, continua por resolver. «Essa verba é para ser paga em tranches, todos os meses, mas este ano ainda não recebemos nada», vinca, relembrando que do Estado

deixaram de receber apoios em 2011.

De 20 de Maio a 24 de Junho, o TAS vai repor em cena, no audi-tório Charlot, aos domingos, a

peça infantil “Estranhões e Bizar-rocos”, de José Eduardo Agua-lusa, com o intuito de poder «honrar alguns compromissos em atraso».

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A sala prinicipal do TAS continua encerrada e a aguardar por obras

O novo espaço do CNA está orçado em mais de 478 mil euros

A mostra de Fernnado Pó vai escolher os dez melhores vinhos do ano

SETÚBAL

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ALMADA

ALCOCHETE

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300 km de paisagem alentejanamostram Santiago Vicentina

Benemérito de Montijo‘ganha’ tributo municipal

Abaixo-assinado na Moita por saúde de qualidade

Contratos sociais combatemexclusão na Quintada Mina e Cidade Sol

Alcacerenses promovem dias de caravanismo

Abril de memórias mostra-se a todosem Grândola

Sines vai ter novo parque de campismo

UM TRIBUTO ao poeta e benemérito Manuel Giraldes da Silva está patente ao público desde o início deste mês e até Junho no Centro de Docu-mentação do Museu Municipal de Montijo.

A exposição sobre a vida e obra do poeta nascido no concelho de Palmela, realizada pela autarquia, decorre do conjunto de exposições que o município tem vindo a desen-volver desde o ano passado, no sentido de dar a conhecer figuras importantes da cultura monti-jense.

Manuel Giraldes da Silva nasceu no Pinhal Novo, em 1888, e faleceu no Montijo em 1974. Escritor autodidacta, poeta e fotógrafo amador, o seu nome foi atribuído à Biblioteca Muni-cipal do Montijo para homena-gear a sua acção como biblió-filo e entusiasta da criação de uma biblioteca pública.

Ao partilhar com a população os seus inúmeros livros, «demonstrou um dos seus mais nobres actos de cidadania», sustenta o executivo que, com esta exposição, pretende home-nagear nos 38 anos de demo-cracia em Portugal.

A mostra está patente de segunda a sexta-feira das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

UM ABAIXO-ASSI-NADO pelo investimento nos serviços de saúde, no concelho, é a mais recente iniciativa da Comissão de Utentes Centro Saúde da Moita que ontem recolheu assi-naturas junto dos utentes do concelho.

A associação denuncia que o centro de saúde, que serve as freguesias da Moita, Sarilhos Pequenos e Gaio Rosário, num total de 20 mil habitantes, «tem sido amputado de meios técnicos e humanos, com a saída de cinco médicos que não foram repostos, situação idêntica com enfermeiros

e com pessoal administrativo que foi muito reduzido».

Diz ainda a comissão, que o centro deixou de ter telefonista e viu reduzidos os dias e horários de funcionamento, «sendo que ao fim-de-semana o atendimento é feito em Alhos Vedros, com horário ainda mais reduzido».

Em resultado desta situação, cerca de 50 por cento da popu-lação «não tem médico de família, sendo que a marcação de uma consulta chega a demorar mais de dois meses», denunciam os representantes dos utentes de saúde.

A CRISE que o país atravessa levou a autarquia barreirense a reforçar os proto-colos de parceria para acorrer a situações de emergência social.

Assim, na reunião privada da Câmara Municipal do Barreiro, liderada pelo comunista Carlos Humberto, foi aprovada a ratifi-cação do Protocolo de Compro-misso no âmbito do Programa Contratos Locais de Desenvolvi-mento Social (CLDS).

De salientar que o município do Barreiro celebrou a 2 de Abril de 2012, com o Instituto de Segu-rança Social (ISS) e com a Rumo,

Cooperativa de Solidariedade Social, este protocolo de compro-misso que, segundo explica o executivo barreirense, visa «promover a inclusão social dos cidadãos de forma multissetorial e integrada».

As acções, a executar em parceria com diversas entidades, têm como objectivo combater a pobreza persistente e a exclusão social em territórios deprimidos, neste caso a Cidade Sol e a Quinta da Mina.

Ao abrigo do protocolo, a Rumo é a entidade coordenadora local da parceria.

A L -CÁCER do Sal recebe nos próximos dias 18, 19 e 20, o 46ºEncontro Autoca-ravanista do CPA – Clube Português de Autocara-vanismo.

Nos dias do encontro vai ser possível conhecer o concelho e os espaços reservados a esta activi-dade, bem como experi-mentar o espaço de acolhimento de Alcácer do Sal e a área de serviço

de autocaravanas da Comporta, recentemente criados.

O ponto de encontro é, no dia 18, no espaço de acolhimento de Alcácer. No dia 19, realiza-se uma visita à cidade, com visita à barragem de Pego do Altar.

Já no domingo, será feita pela manhã uma apresentação da área de serviço de autocaravanas da Comporta.

M E -MÓRIAS para Abril é o nome da mostra que reúne dezenas de traba-lhos de pintura e desenho criados ao longo dos anos pelo mestre das belas artes Rogério Ribeiro, nas inbstalações da Biblio-teca Municipal de Grân-dola.

Destinada a assi-nalar a passagem da revolução de Abril, a exposição de trabalhos

do artista vai percorrer a rota cultural até ao dia 31 deste mês, para lembrar a luta dos portugueses pela liber-dade e o que Portugal progrediu desde 1974.

Os trabalhos de pintura e desenho do mestre Rogério Ribeiro podem ser visitados todos os dias, de segunda a sábado, com entrada livre. A mostra encerra aos domingos.

O PLANO Por -menor da Zona Poente de Sines foi aprovado, por maioria, na Assembleia Municipal de Sines.

Este plano visa a reestrutu-ração do actual Parque de Campismo de Sines, conferindo-lhe uma maior modernidade já que vai dispor das infra-estru-turas necessárias para inserção de bungalows, autocaravanas e tendas, bem como de alojamentos turísticos.

O novo parque terá capaci-dade para 850 utentes, será gerido por uma empresa privada e pretende dinamizar positiva-mente a economia local.

Paralelamente, arrancou este mês a obra do Pátio das Artes, inte-

grada no Programa de Regene-ração Urbana de Sines.

Esta operação tem como

principal objectivo transformar o espaço das traseiras do Centro de Artes de Sines numa praceta qualificada e polivalente para acolhimento de acontecimentos culturais e cívicos, ao mesmo tempo que dignifica o espaço exterior de um edifício de grande valor arquitectónico e embeleza a entrada norte do centro histórico.

Num futuro próximo, a Câmara pretende adquirir todas as parcelas de terrenos ocupadas com instalações degradadas neste quarteirão entre a Rua Pêro de Alenquer e a Rua Marquês de Pombal, de modo a poder ampliar a praceta e assim qualificar todo este espaço degradado.

UMA GRANDE rota pedestre entre Santiago do Cacém e o Cabo de S. Vicente, num total de cerca de 300 quilómetros distribuídos por dois caminhos, é uma das grandes apostas turísticas do concelho, a apresentar hoje oficialmente.

Os viajantes vão poder seguir dois caminhos: o caminho histó-rico, feito mas pelo interior e que liga as principais vilas e aldeias, ou o trilho dos pescadores, sempre junto ao mar, seguindo os cami-nhos usados pelos locais para acesso às praias e pesqueiros.

As associações Casas Brancas e Almargem são as entidades promotoras do projecto, em parceria com os municípios e juntas de freguesia, entidades regionais de turismo e o ICNB.

A Rota Vicentina é a mais signi-ficativa rede de parceiros, públicos e privados, unidos numa inicia-tiva conjunta em prol dos inte-resses do turismo e do desenvol-vimento da região.

Segundo o blogue da rota Vicen-tina, esta é uma aposta unânime entre agentes públicos e privados da Costa Alentejana e Vicentina. Dotar a região de uma importante infra-estrutura pública de usufruto da natureza, aproximando o turismo da população local; afirmar a Costa Alentejana e Vicentina

como destino internacional de turismo de natureza, sensibilizando todos para a importância ambiental e cultural da região e incentivar o desenvolvimento de bens, serviços e actividades locais que apostem na inovação, autenticidade e iden-tidade regional são objectivos da Rota Vicentina.

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Poeta Manuel Giraldes da Silva

O parque vai acolher 850 utentes

SINES

ALCÁCER GRÂNDOLA

BARREIRO

SANTIAGO

A pé entre Santiago e o Cabo de S. Vicente para incrementar turismo regional

MOITA

MONTIJO

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+ Negócios

A Ministra da Agricultura defendeu em Grândola a necessidade de Portugal

plantar mais sobreiros em áreas dispersas como forma de aumentar as suas exportações e sair da crise. Assunção Cristas prometeu igual-mente um olhar atento no futuro sobre o montado de sobro quando o Governo desenhar novas medidas que se adeqúem às reais necessi-dades do país e reafirmou o esforço que está a ser feito no seu minis-tério «para que os processos e os procedimentos administrativos sejam mudados e, forçosamente, simplificados».

Em declarações ao Semmais, a ministra acrescentou que o país só «será bem-sucedido» se for capaz «de aproveitar mais os seus recursos endógenos para daí retirar bem-estar para as suas popula-ções». Assunção Cristas fez questão de apadrinhar um sobreiro na

Herdade das Barradas da Serra e prometeu visitar o afilhado sempre que a disponibilidade o permitir. «Esta acção de sensibilização, levada a cabo pelo Festival Terras Sem Sombra (FTSS), é uma inicia-tiva notável porque junta noções tão distintas como a sustentabili-dade, a paisagem, a floresta e a cultura numa dimensão única que traz para o Alentejo o melhor que se faz em todo o mundo», disse.

Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Grândola reafirmou as potencialidades da região do Litoral Alentejano e não esqueceu «as parcerias que se foram instituindo e a vontade dos seus agentes que não dormem e não choramingam» perante as dificul-dades impostas pela actual conjun-tura económica e social. «A palavra que deixei à Ministra da Agricultura foi, essencialmente, de ajuda e de soluções que na prática desblo-queiem as dificuldades burocráticas actuais», sintetizou Carlos Beato.

Cortiça vale mil milhões por ano

O administrador da Herdade das Barradas da Serra, Luís Dias, lamentou que o plano de apoio aos sobreiros, lançado em 2003 pelo então Ministro da Agricultura, Sevi-nate Pinto, tivesse «resultados pouco visíveis» e pediu «um olhar mais dedicado, responsável e eficiente» sobre o montado de sobro e os sobreiros. «Trata-se, ao fim ao cabo, de uma árvore que dá muito ao país, mil milhões de euros por ano, e exige pouco em troca», sublinhou.

Já o director-geral do FTSS, José António Falcão, recordou que os sobreiros «não são apenas uma espécie protegida, mas também um símbolo da nação portuguesa», pelo que pediu cautela e atenção quando, «a partir de agora, se abaterem aquelas árvores». A acção de sensibilização assinalou a aprovação no Parla-mento do sobreiro como Árvore Símbolo Nacional, que deverá ser o mote para que o Alentejo apre-sente a candidatura do montado de sobro a Património da Huma-nidade em 2013.

Iniciativa de sensibilização foi promovida pelo Festival Terras Sem Sombra na Herdade das Barradas da Serra

Ministra defende valorização de sobreiropara alavancar exportações portuguesasAssunção Cristas prometeu olhar atento sobre montado de sobro e fez questão de apadrinhar sobreiro «cheio de vigor». Sector corticeiro já é responsável por 3 por cento das exportações nacionais. Alentejo Litoral é a região que mais produziu cortiça em 2010.

Portugal produz anualmente quase mil milhões de euros em cortiça, o equivalente a três por cento das exportações nacionais, números que o tornam líder a nível mundial, com cerca de metade da produção global do sector corti-ceiro. De acordo com a Autori-dade Florestal Nacional, o Alen-

tejo Litoral, com quase 20 mil tone-ladas, foi a região que mais produziu cortiça em 2010, apesar de ser não ser a maior área de sobreiro no país. O sobreiro é uma espécie com mais de 60 milhões de euros e ocupa 737 mil hectares de solo, mais de 21 por cento da área da floresta em Portugal.

Alentejo Litoral lidera na produção de cortiça

:::::::::::::::::: Bruno Cardoso ::::::::::::::::::

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Luis Dias, administrador da Herdade, lembrou a Assunção Cristas a importância da preservação do montado de sobro

A ministra, ladeada pelo vereador Paulo do Carmo e pelo edil de Grândola, Carlos Beato, num registo informal

A REPSOL Polímeros S.A. está a investir 35 milhões de euros na paragem plurianual de manutenção do seu complexo petroquímico em Sines. Durante o período de paragem, que arrancou no passado dia 2 de Maio, a empresa prevê realizar inspecções regulamen-tares a equipamentos e instala-ções, bem como trabalhos de manu-tenção e implementação de inves-timentos para aumento da efici-ência energética. redução de emis-sões e melhoria da segurança.

No que toca a investimentos, a empresa diz que os projectos mais relevantes estão relacionados com a remodelação de uma fornalha na fábrica de etileno, substituição

de permutadores de recuperação de condensadores de vapor, incre-mento da capacidade de queima de gás natural em detrimento de queima de fuel óleo nas caldeiras de vapor, entre outras.

Ao nível da segurança, a Repsol adianta, ainda em comunicado, que vai proceder à revisão geral com substituição de componentes dos sistemas de três fachos, inves-timentos em sistemas avançados de controlo, instalação de válvulas de tecnologia avançada, melhoria dos sistemas de combate a incêndio e ainda actualização das tecnologias do quadro de distri-buição eléctrica de média tensão (30 kilovolts).

70 empresas participam na paragem

A paragem plurianual do complexo petroquímico da Repsol levou a empresa a desenvolver um programa de formação específico de mais de 12 mil horas para os trabalhadores internos e externos que vão participar nos trabalhos. A paragem é, contudo, bem mais abrangente e envolve a partici-pação de mais de 1500 pessoas de 70 empresas dos concelhos de Sines, Santiago do Cacém e limí-trofes, que realizarão mais de 300 mil horas de trabalho.

Durante a paragem geral haverá um grupo de coordenação espe-

cífico constituído por responsá-veis de segurança e ambiente, enge-nharia, manutenção e prestadores de serviços, com o objectivo de vigiar a segurança dos trabalhos.

A empresa adianta também que foi instalado um sistema de reporte de incidentes como uma das medidas preventivas para evitar acidentes.

Repsol investe 35 milhões em manutenção de complexo

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A unidade da Repsol em Sines tem sido estratégica para o grupo espanhol

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AS CÂMARAS municipais do distrito demoraram em média meio ano a pagar a fornecedores até ao último dia do ano de 2011, um aumento médio de 74 dias face ao mesmo período do ano anterior. De acordo com os prazos médios de pagamento divulgados recen-temente pela Direcção-Geral das Autarquias Locais, a Câmara Muni-cipal do Barreiro é aquela que demorou mais tempo a pagar, em média 391 dias, seguida das autar-quias de Sesimbra, Setúbal e Seixal por esta ordem. A autarquia lide-rada por Carlos Humberto aumentou em 231 dias a média de pagamentos de um ano para o outro. É o maior aumento verifi-

cado no ano em análise entre as treze câmaras da região.

Santiago do Cacém foi a única que contrariou a tendência e acabou por registar, no final do ano de 2011, uma média de pagamentos a forne-cedores de 145 dias, menos 14 do que em igual período do ano ante-rior. Em declarações ao Semmais, Vítor Proença, presidente da autar-quia, sublinhou o esforço que a edilidade fez para pagar aos seus fornecedores e disse que o desejo da câmara é que os prazos conti-nuem a baixar. «Estes números não dizem tudo ainda assim, porque há que ter em conta por exemplo a incorpo-ração do mobili-zado que possa eventualmente ocorrer», subli-nhou. De acordo com o autarca, o prazo médio de pagamentos de Santiago do Cacém desceu para 124 dias no primeiro trimestre do ano.

Em Alcácer, o número de dias duplicou, fixando-se no final de 2011 em 104. Pedro Paredes, presi-dente da edilidade, reconheceu a «acumulação da facturação, devido aos centros escolares do Torrão e da Comporta», mas garantiu que esta «continua a ser boa cumpri-dora». «Os empreiteiros até andam

atrás desta câmara porque sabem que ela paga a tempo e horas», refere o autarca, que diz que a autar-quia continua a estar «tranqui-l a m e n t e atenta»

perante este nú -

meros, em -bora já tenha

decidido cortar em despesas como

a iluminação pública para fazer face à crise.

Almada e Grândola entre as mais rápidas

Já os municípios de Almada e de Grândola, liderados respecti-vamente por Maria Emília de Sousa e Carlos Beato, estão no topo das pagadoras mais rápidas no distrito. A autarquia almadense demora, por exemplo, em média duas

semanas a pagar a fornecedores, um número que aumenta para os três meses no que diz respeito à autarquia do Litoral Alentejano.

Apesar da rapidez, ambas as edilidades viram os prazos médios de pagamento no

último ano aumentar em 6 e 72 dias, respectivamente.

Ao Semmais, fonte da autar-quia de Almada diz que os prazos de pagamento verificados resultam da preocupação «em relação à actual situação das empresas e dos seus trabalha-dores», o que leva a câmara de Almada a «dar o seu contributo, pagando antes do prazo obriga-tório». A Câmara Municipal de

Almada «não se congratula», porém, com esta situação pelo facto de estar numa situação como poucas autarquias, «defendendo uma mudança de políticas que permitam resolver os problemas das autarquias, dos trabalhadores e das populações».

Até ao fecho desta edição não foi possível obter comentários dos presidentes das câmaras do Barreiro e de Setúbal, por se encon-trarem de férias, nem de Sesimbra. A média de pagamentos verificada entre as câmaras da região, de 183 dias, é superior à alcançada a nível nacional, 122 dias.

Bruno Cardoso

Alcácer do Sal duplicou prazos e Santiago do Cacém foi a única autarquia a contrariar tendência de aumento

Câmaras demoraram em média meio ano a pagar a fornecedores no final de 2011Almada mantém-se como a pagadora mais rápida, enquanto o Barreiro ultrapassou Sesimbra, Seixal e Sines no posto de mais demorada. Média verificada no distrito é superior à nacional.

Prazos Médios de PagamentoMunicípios Até 31/12/10 Até 31/12/11 Variação

Alcácer 52 104 52

Alcochete 107 240 133

Almada 9 15 6

Barreiro 160 391 231

Grândola 20 92 72

Moita 46 121 75

Montijo 95 200 105

Palmela 51 126 75

Santiago 159 145 -14

Seixal 178 234 56

Sesimbra 213 281 68

Setúbal 146 238 92

Sines 173 190 17

Média 108 dias 183 dias 74 dias

OS EMPREENDIMENTOS Almada Fórum e Fórum Montijo vão passar para as mãos da fran-cesa Unibail-Rodamco, num inves-timento de 500 milhões de euros.

A Unibail-Rodamco, maior cotada europeia do sector imobi-liário, adquiriu os dois centros comerciais à Multi Malls, através

de um fundo do Comerzbank, um banco da Alemanha, segundo a notícia que está a ser avançada pela televisão Bloomberg.

O CG Malls Europe, fundo detido pelo banco alemão, controla os dois centros comerciais portu-gueses, que têm em conjunto uma área bruta de 75 mil metros

quadrados.O Almada Fórum é dos

maiores centros comerciais da margem sul, tem 262 lojas e 18 milhões de visitantes anuais, sendo que os dois centros comer-ciais correspondem a um espaço combinado de 75 mil metros quadrados.

Franceses compram Almada Fórum e Fórum Montijo

Almada Forum

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AS CONFRARIAS da Chanfana e de Angola, foram as convidadas do segundo encontro enogastro-nómico da iniciativa “Adega sem Fronteiras”, da Adega Cooperativa de Palmela. O almoço, que decorreu a 21 de Abril, contou com a presença de mais de 40 pessoas.

Cinco propostas gastronómicas, duas de Angola - Calulu de peixe e Moamba de galinha - e três beirãs estiveram na mesa. Directamente

do restaurante da Confraria da Chanfana, em Vila Nova de Poiares, vieram: os negalhos, feitos com bucho de cabra, a chanfana e os poiaritos, um doce criado pelo chefe Luís Lavrador, cozinheiro da selecção nacional de futebol.

O enólogo da casa, Luís Silva, ‘casou’ as propostas gastronómicas com os vinhos daquela empresa, nomeadamente o Branco Vale dos Barris para o calulu; o tinto Vale

dos Barris 2009 para os negalhos e a chanfana; e o Palmela tinto 2011 para a moamba.

Neste segundo almoço marcou presença um número significativo de jovens que se confessaram apre-ciadores de vinho e de gastronomia tradicional. Alguns dos interve-nientes eram repetentes porque gostaram muito do primeiro almoço.

Na sequência desta acção será

lançado, na 50.ª Festa das Vindimas, em Palmela, um livro com as receitas das 30 especialidades apre-sentadas entre Maio e Agosto, na iniciativa “Adega sem Fronteiras”.

O terceiro almoço está agen-dado para dia 19, na Escola de Hote-laria e Turismo de Setúbal, que apresentará três propostas inter-nacionais e duas nacionais, acom-panhadas por vinhos da adega palmelense.

Confrarias mostram gastronomia beirã e angolanaem encontro na Adega Cooperativa de Palmela

A LIGAÇÃO ferroviária de mercadorias em bitola europeia, com passagem por Sines, Caia e Madrid sempre vai avançar.

O compromisso foi assumido quarta-feira, entre Portugal e Espanha, durante a cimeira ibérica que decorreu no Porto.

Ainda assim, o texto final da declaração conjunta não adianta qualquer data para a conclusão do projecto que, segundo adiantam os dois governos, são do interesse de todos «para aumentar a compe-titividade das empresas ibéricas no contexto europeu».

Sines ‘segura’ comboio em bitola europeia

Passos Coelho na cimeira com Espanha

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Anti-stress

MÚSICADIA 12 – VII Encontro de Corais Alentejanos: 10h00 - receção nos Paços do Concelho, 11h00 – Desfile na Baixa (Largo da Misericórdia- Praça do Bocage) e 12h00 – Concerto em frente aos Paços do Concelho. | Grupos Corais convidados: Casa do Povo de N. Sª das Neves, Casa do Povo de S. Luís, Sindicato dos Minei-ros, Trabalhadores das Alcáço-vas, Os amigos do Independente e Os Amigos dos Sadinos.

EXPOSIÇÕESDE 12/05 A 16/06 na Casa Bocage - ter a sab, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 – “ De quem é o olhar…”, desenhos de Alberto Goes Reis.ATÉ 30/06 no Museu do Trabalho Michel Giacometti – das 9h30 às 18h00, sab e dom, das 14h00 às 18h00 – “Máscaras e Rituais do Douro e Trás-os-Montes”, a

pintora Balbina Mendes, natural de Miranda do Douro, expõe um conjunto de máscaras característi-cas da cultura das regiões interior norte de Portugal.

LAZERDIAS 15 E 19 -“Antiga Rota do Sal”, passeio pelo Rio Sado acima até Alcácer do Sal” | Informações: 962 405 933, 265 228 482 | www.troiacruze.com

DESPORTODIA 19 às 10h00 no Parque Urbano da Albarquel – “Manhãs no Parque”, yjump, yessence e zumba. Atividades do programa municipal “Ativo dos 0 aos 100”.

INSCRIÇÕES O Conservatório de Artes do Coral Luísa Todi já tem inscri-ções abertas para o ano letivo 2012/2013 e para workshops, Atelier de Teatro e Dança.| Informação e inscrições: 265 572 190, 967 668 202. | Mês de Maio desconto de 20% nos Cursos Oficiais e Livres.

Escolhas SadinasPor Ana Sobrinho

Bons comportamentos Com encenação de Carina Silva e texto de Jean-Luc Lagarce continua em palco a comédia “As regras da arte de bem viver na sociedade moderna”. Teatro Municipal do Barreiro | 22h

O Bando estreia peça “Ainda não é o fim” é o título da peça que o Bando estreia em parceria com a Big Band Loureiros e com a ironia e a acutilância de Manuel António Pina. Largo D’ El Rei D. Afonso Henriques Arrabalde, Palmela | 21h30

Coros encantam“Além do trabalho musical, os oito coros intervenientes, entre os quais um espanhol, procuram cenicamente uma performance adequada ao seu repertório.Teatro Municipal de Almada | 18h

Sáb. 12

Mulheres lutadoras O Fontenova estreia “O Cerco de Leningrado”, uma peça que se baseia no olhar, na acção e nas memórias de duas mulheres que vivem encerradas num velho teatro. Espaço Fontenova, Setúbal | 21h30

Dança flamencaEspectáculo de flamenco “Tiento y Compás”, com os bailarinos Jesus Herrera e Lola Jaramilla, o cantor Trini e o guitarrista J. M. Tudela. Forum Cultural do Seixal | 21h30

Qui. 17

Sex. 18

Sáb. 12

Sex. 18

+ Cartaz...

O videoclip do setubalense Pedro Calvo, alusivo ao novo single dos finlandeses

Nightwish, “The Crow, The Owl and The Dove”, já conta com mais de 47 mil visualizações no YouTube.

Este estudante, de 17 anos, do 11.º ano da Escola Secundária D. Manuel Martins, na área das Artes Visuais, sagrou-se vencedor do concurso, lançado pela Nuclear Blast, para a realização do vide-oclip do novo single dos finlan-deses Nightwish, entre

cerca de duzentos participantes de todo o mundo e o seu vídeo está já a ser exibido nos canais promocionais da banda.

O jovem mostra-se satisfeito pelo reconhecimento do seu trabalho e vai ter como prémio um encontro com a banda, acesso livre a todos os concertos da presente digressão pela Europa e muitas

lembranças. «Gostava de os ver a actuar na Inglaterra», confessa.

Com a duração de 3 minutos e 40 segundos, o videoclip, que transmite uma «grande inocência», demorou cerca de duas semanas

a preparar. Apesar de já ter parti-cipado noutros concursos do género, Pedro Calvo só agora viu o seu trabalho distinguido, admi-tindo que isso o poderá catapultar para outros voos.

Vídeo de jovem sadinovisto por 47 mil no YouTube

No Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, em Lisboa, continua em cena a divertida revista “Ora Vira & Troika o Passos”, com Florbela Queiroz e Paulo Vasco nos principais papéis. O espectáculo, com texto de Francisco Nicholson, faz uma dura crítica à classe política nacional. Para se habilitar aos convites, ligue 918 047 918 ou enviar email para: [email protected]. Veja outros passatempos em www.semmaisjornal.com.

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Pedro Calvo diz que o seu trabalho o pode catapultar para outros vôos

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A FOLIA estudantil está de volta a Setúbal, com o arranque de mais uma Semana Académica na próxima quinta-feira, dia 17, no Instituto Politécnico de Setúbal. O certame dedicado ao enaltecimento do espí-rito académico, terá como pontos altos a tradicional noite de serenatas, no Largo da Sé, no dia de abertura, culminando com a Queima das Fitas, que terá o Largo de Jesus como palco prin-cipal, no dia 27.

Trata-se do «maior evento académico setuba-lense», segundo a Associação Académica do Instituto Poli-técnico de Setúbal (AAIPS), a entidade organizadora, que decidiu apostar num cartaz diversificado com artistas da ‘velha guarda’ como os UHF e da nova geração como a cantora Áurea(na foto), que actua no dia 20, juntamente com a banda nacional de reggae Mercado Negro, ou o rapper Boss Ac, que sobe ao palco dia 22.

Para fazer rir o público, o humorista Marco Horácio estará em palco a cantar os fados humorísticos da sua personagem Rouxinol

Faduncho .Os apreciadores de música electrónica terão oportunidade de ouvir e dançar ao som dos Blasted Mechanism e dos DJ´s Vibe, Nuno da Silva e Monchike.

Segundo a AAIPS, são esperadas «cerca de 30 mil pessoas», numa semana recheada de «tradição acadé-mica, música, cultura e muito divertimento».

Os bilhetes para não estu-dantes custam entre 15 euros (diário) e 30 euros (bilhete semanal). Os estudantes terão hipótese de adquirir os ingressos por 13 euros (diário) ou 25 euros (semanal).

Bernardo Lourenço

Semana Académica do IPS anima cidade de Setúbal

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+ Desporto

Biografia – História ou descrição de vida de alguém [do grego bios

(vida) + graphé escrita)]

Pode dizer-se que as biografias estão na moda, sejam elas em livros ou em filmes, de elogiável moder-nidade. Recentemente foi-me dado o ensejo de ver o filme largamente elogiado e premiado “A Dama de Ferro”, uma magnífica sucessão biográfica de Margaret Thatcher, figura de proa da alta política da Grã-Bretanha no términus do século passado. A pelí-cula é de grande qualidade, continuando uma inesque-cível série de realizações similares como “Ivanhoe”, “Anastasia”, Mahatma Gandhi”, “Luther King” e “Che Guevara”.

Também na escrita e cingindo-nos apenas a exemplos lusitanos, de recente produção são de referir os trabalhos biográ-ficos sobre Sá Carneiro, Marquesa de Alorna, Rainha D. Amélia, Cristóvão Colombo e Egas Moniz. E são bastante mais os traba-lhos dessa estirpe, com ‘biografáveis’ notabilíssimos por muito interessantes.

Também no âmbito do Desporto podemos encon-trar alguns casos de expla-nação biográfica tais como os de Joaquim Agostinho e Eusébio.

Todo este intróito, confessamos, visa um objec-tivo muito especial que desvendamos de seguida.

Em escritos anteriores já se me tornou possível confessar o elevado apreço que devoto à bem conhe-cida figura setubalense de Fernando Pedrosa, leitor assíduo do Semmais. E numa das croniquetas em que falei desse grande senhor da bela cidade do Rio Azul adiantei a convicta sugestão de que valia a pena passar a escrito toda uma larga caminhada na órbita de Setúbal como empresário, dirigente e exemplar chefe de família.

Os tempos que passou

na presidência do Vitória e, consequentemente, na Fede-ração e na Liga de Futebol dão como sói dizer-se, ‘pano para mangas’, para uma biografia de excepcional interesse. Há deliciosas histórias a contar, conví-vios especialíssimos com elevadas personalidades, viagens de muitas peripé-cias. Temos a certeza de que da boa memória de Fernando Pedrosa sairia matéria suficiente para um livro de apetecida leitura.

Resta saber quem poderia ser o redactor desse ensaio biográfico.

Tão breve quanto possível.

Insisto na sugestão mesmo que o meu excelente amigo Fernando Pedrosa fique ‘meio zangado’ comigo. Na progressiva cidade de Setúbal há-de haver quem responda a este meu desafio.

Biografia de Fernando Pedrosa precisa-se! E se eu puder ajudar respondo, desde já: presente!

Biografiase ‘biografáveis’

DavidSequerra

Setúbal promove actividade física com “Desporto na Rua” A iniciativa “Desporto na Rua”, com um conjunto variado de actividades físicas, para todas as idades, realiza-se no domingo, entre as 15 e as 18 horas, na Bela Vista. A iniciativa inclui a prática de diversas modalidades e inclui desporto adaptado.

Campeonato distrital ganha emoção no topoBarreirense (1.º) e Vasco da Gama de Sines (2.º), ambos com 59 pontos somados, deixam antever uma acesa luta pelo título na I divisão de futebol. Amanhã, na 27ª jornada, os ‘alvi-rubros recebem o C. Piedade e os sineenses visitam o C. Indústria.

Em escritos anteriores já se me tornou possível confessar o elevado apreço que devoto à bem conhecida figura setubalense de Fernando Pedrosa, leitor assíduo do Semmais. E numa das croniquetas em que falei desse grande senhor da bela cidade do Rio Azul adiantei a convicta sugestão de que valia a pena passar a escrito toda uma larga caminhada na órbita de Setúbal como empresário, dirigente e exemplar chefe de família.

O campeonato maior do futebol luso termina este sábado, com a conclusão

do 30.º e derradeiro jogo da prova. A fechar as contas, o Vitória de Setúbal recebe, às 18h30, no Bonfim, o Benfica, num desafio que já não tem, para as duas equipas, expec-tativas quanto a objectivos principais, mas deixa aberta a porta à emoção competi-tiva por outros dois registos.

No que respeita aos sadinos, com a manutenção no bolso, resta entrar em campo com a ambição de vencer os encarnados, o que por si só é sempre motivante e, com isso, tentar terminar a prova no 9.º lugar, o que melhoraria a 12ª posição final conseguida no ano passado.

Mas, o Benfica chega a Setúbal com um desafio muito particular, pelo que a tarefa dos vitorianos terá uma difi-culdade acrescida. Cardozo, avançado benfiquista, tem pela frente os últimos 90 minutos para vincar a sua veia concre-tizadora na prova. É que o paraguaio conta 19 golos marcados na lista dos golea-dores e ombreia com o braca-

rense Lima, pela conquista do prémio individual.

Refira-se que à entrada para a última ronda, o Benfica tem o 2.º melhor ataque da prova (63 golos).

O Vitória apresenta a 4ª pior defesa, com 46 golos sofridos.

«Espero que Cardozo não faça golos»

Ricardo Silva, defesa-central do Vitória, promete ser um obstáculo às inten-ções do Benfica em ajudar Cardoso a ser o goleador máximo da Liga. «Quem irá ganhar esse troféu é indife-

rente. Espero que o Cardozo não faça golos. Era sinal que teria feito o meu trabalho e a minha equipa estaria mais perto do triunfo», explicou o atleta.

Todavia, o central sadino não hesitou em elogiar o adversário: «O nosso pensa-mento passa pela vitória apesar de sabermos de que se tratará de um jogo muito complicado, diante de uma grande equipa».

José Mota quer fazer sorrir adeptos

Para acabar a época nada melhor que uma

despedida a vencer. È esta a vontade do treinador do Vitória, José Mota, que deseja oferecer uma vitória aos sócios que tanto apoiaram a equipa ao longo da temporada. «Vamos defrontar um grande adver-sário e seria muito bom alcançar uma vitória e realizar um bom jogo. Seria o culminar de uma época difícil. O nosso objectivo já foi alcançado e queremos dar uma alegria aos adeptos no último jogo», destacou o técnico, antes de dizer, em jeito de balanço, que «não foi uma época fácil a todos os níveis».

Vitória quer fechar as contasda Liga com bom fim

O MGBOOS da Associação Desportiva Cultural e Social da Quinta do Conde sagrou-se, no dia 5, na Amadora, campeão nacional de Hip Hop em juvenis, juniores e seniores.

Com este triunfo, a equipa sénior liderada por Bárbara Matos e constituída pelos ginastas Cátia Pita, Catarina Marques, Lorena Silva, Ricardo Ramos, Josué Cunguiluia, Dionísio Jordão e Eliseu Cunguiluia, vão repre-sentar Portugal no Campe-onato Internacional de Hip Hop, marcado para 10 de Junho, em Madrid, Espanha.

O clube vai ainda estar representado nesta prova com duas equipas juniores.

CIDADE FESTEJOU A ‘MEIA’

SADINA Os atletas Bruno Pai-

xão e Rafaela Almeida foram

os grandes vencedores da

XXIII Meia Maratona Interna-

cional de Setúbal – Costa Azul,

realizada no sábado.Na cor-

rida que reuniu mais de 900

atletas, Bruno Paixão, AC Por-

talegre, completou o percurso

em 1h06m45s, enquanto a

corredora do Benfica gastou

01h19m13s nos 21,095 qui-

lómetros da competição. A

edição 2012 da ‘Meia’ sadina,

organizada pelo Centro Cul-

tural e Desportivo dos Traba-

lhadores da Câmara de Setú-

bal, com o apoio da autarquia

local, incluiu a Minimaratona

das Famílias onde cerca de

600 inscritos percorreram

quatro quilómetros em clima

de grande festa desportiva.

COM 92 anos de histo-rial, assinalados no dia 5, o Luso Futebol Clube, do Barreiro, pode, na próxima época não entrar em campo com as equipas de futebol.

Em causa está a obriga-toriedade do clube ter de deixar, em Junho, o Campo da Quinta Pequena, facto que motivará a ausência de espaços para dinamizar o

futebol.«O clube, sem espaço, irá

certamente suspender toda a actividade de futebol de 11», alertou o presidente do Luso, Leopoldino Machado.

Campeões nacionais de Hip Hop moram na Qt.ª Conde

Luso pode acabar com futebol

Campeonato encerra no Bonfim com Vitória e Benfica envolvidos em derradeiros objectivos

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:::::::::: Joaquim Guerra ::::::::::

Page 16: Semmais jornal 12 Maio 2012

S á bado | 1 2 . M a io. 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

AS COLMEIAS da região estão a registar uma taxa de mortandade jamais vista, efeitos da “Primavera precoce” como explicam os produtores. A falta de alimento é a causa maior.

Há milhares de abelhas a morrer em série nas colmeias do distrito com falta de alimento, o que já está a ameaçar gravemente a produção de mel na região, segundo avança ao Semmais Manuel Barros, da Associa-ções de Apicultores da Península de Setúbal (APISET). A seca que percorreu todo o Inverno é a responsável por este cenário, que, na melhor das estimativas, deverá provocar uma quebra na produção de mel na ordem dos 50%.

Seca extrema mata abelhas do distritoe deixa mel com quebra de 50 por cento

«Parece mentira o que se está a passar, mas a verdade é que as colmeias da região estão a morrer em grandes quantidades», revela Manuel Barros, explicando que os insectos tiveram uma “Prima-vera precoce”, com as altas

temperaturas de Janeiro, Fevereiro e

Março. «Julgaram que era Primavera, encheram-se de criação e agora veio esta chuva e não têm comida para alimentar as crias», lamenta o dirigente, admitindo que só no final do mês vai ser possível apurar com maior rigor o número de colmeias que a região perdeu.

Actividade tem vindo a crescer

Há mesmo insectos que estão a ser alimentados pelos próprios produtores, que pedem apoio ao Governo, alertando que a actividade está a crescer, depois de vários jovens se terem começado a dedicar à produção de mel, na sequência dos apoios comunitários do ano passado

Mesmo nas serras, onde habitualmente o alimento abunda, falta comida, justa-mente devido à falta de chuva, alertando Manuel Barros que se não houver forma de aliviar estes preju-ízos, haverá produtores que não têm condições de aguentar e acabando, prova-velmente, por abandonarem a actividade.

Um grande revés numa fase crítica, onde o mel da região se está a conseguir

projectar e a fazer mesmo bons negócios. É que embora se trate de uma pequena economia, a apicultura dá hoje emprego a algumas centenas de pessoas na região.

Recorde-se que os apicultores não foram abran-gidos pelos subsídios do

Ministério da Agricul-

tura para fazer face aos problemas gerados pela seca, pelo que desejam agora que os vários entraves sejam ultrapas-sados, no sentido de puderem vir a usufruir de algum tipo de ajuda.

Roberto Dores

A juntar a esta dificuldade cresce outra preocupação: O desaparecimento de abelhas nas colmeias do distrito, que continua ainda sem explicação à vista, apesar da investigação já ter algum tempo. Questiona-se a possibilidade da origem ser a poluição, mudanças climatéricas ou influência dos novos pesticidas, mas o fenó-meno, que é transversal a algumas regiões portuguesas

e que já chegou mesmo a outros países.

Entre os produtores de mel ouvem-se queixas numa altura em que a situação ainda não é considerada «verdadei-ramente grave» pelos apicul-tores, embora já tenha causado alguma apreensão, por se registarem vários casos de desaparecimento de abelhas que são adjectivados de «muito estranhos».

O estranho desaparecimento prossegue

O CAIS do Terminal XXI, no porto de Sines, vai colocar em funcionamento o pórtico nº 6, ainda este Verão, num investimento que ronda os 7 milhões de euros.

Para a PSA, que gere o Terminal XXI, trata-se de mais um pórtico super-post panamax que se juntará aos cinco já em funcionamento para tirar partido da expansão do caís recentemente inaugurada.

Com um investimento de 7 milhões de euros por parte da concessionária PSA Sines, este equipamento de última geração permitirá um alcance até 23 fiadas de contentores a bordo dos navios, estando assim vocacionado para operar os ULCS - Ultra-Large Containers Ships inseridos nas principais rotas marítimas intercontinentais, bem como os de última geração de 16.000 e 18.000 TEU que estão agora

a ser construídos.O equipamento terá 112

metros de envergadura de lança, uma altura máxima de 84,5 metros acima do solo e um alcance útil de movimento vertical do spreader de 63,2 metros. Permitirá movimentar uma carga máxima com Twin Lift de 65 Toneladas.

Na actual fase de cons-trução, a segunda, o Terminal XXI tem uma capacidade máxima anual de 1.000.000 TEU, para um comprimento de

cais de acostagem de 730 metros e fundos máximos de 17,5 metros, com uma área de arma-zenagem de 24 hectares. Com a instalação deste 6.º pórtico de cais ficará completa a 2.ª fase de expansão do terminal.

Em curso estão, também, as obras de expansão do molhe de protecção, da responsabi-lidade da Administração do Porto de Sines, com o objec-tivo de aumentar as condições de segurança nas manobras e operações dos navios.

Sexto pórtico do Terminal XXI avança no Porto de Sines

DR

Sofia

Pal

ma

DR

O novo pórtico super-post panamax custou sete milhões

Distrito recebe pelo segundo ano consecutivo actividades comemorativas do Dia da Marinha

A CHEGADA da Armada de Vasco da Gama a Calcutá, em 1498, irá ser relembrada nas comemorações do Dia da Marinha que arrancam hoje, em Almada.

As actividades, que vão decorrer até dia 20, têm como objectivo «dar a conhecer a Marinha, os seus meios e as suas capaci-dades», segundo adianta a instituição militar, no seu sítio da Internet.

Entre as actividades previstas, destacam-se a abertura das unidades mili-

tares da Base Naval do Alfeite possibilitando a todos os inte-ressados conhecer o funcio-namento interno da Marinha; palestras e conferências, baptismos de mar e ainda uma exposição subordinada sobre as actividades desen-volvidas pelos militares da Marinha, aberta ao público entre os dias 12 e 20 no Fórum Municipal Romeu Correia e na Oficina da Cultura.

Para o dia em que encerram as comemorações, está agendada a tradicional marcha militar e um exer-

cício de capacidades, sendo que é também no dia 20 que chega à zona ribeirinha de Cacilhas o “velhinho” Barra-cuda, submarino português com mais de 40 anos ao serviço da Marinha.

Esta iniciativa surge no âmbito de um protocolo assi-nado entre a Câmara de Almada e a Marinha Portu-guesa, com o objectivo de tornar Cacilhas, onde já se encontra atracada a Fragata D. Fernando II e Glória, um «pólo museológico» aberto à população.

Almada recebe comemorações do Dia da Marinha até dia 20