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Sábado 24 | Outubro | 2015 Diretor Raul Tavares Semanário | Edição 875 | 9ª série Região de Setúbal Distribuído com o Expresso Venda interdita semmais PUBLICIDADE SOCIEDADE PÁGINA 2 APREENSÕES DE DROGA NO DISTRITO EM 2014 VALEM 30 MILHÕES São números eloquentes, que continuam a co- locar a região como uma das principais rotas do tráfico de estupefacientes do país. O ano passado, as autoridades policiais fizeram mais de500 apreensões. O produto vale milhões. SOCIEDADE PÁGINA 12 AS PLATAFORMAS PORTUÁRIAS DO NOSSO CONTENTAMENTO Os portos de Sines e de Setúbal, com as suas valências e ordens de grandeza mais específi- cas, continuam a dar cartas no panorama da movimentação de carga e alavanca das expor- tações. Este ano esperam-se novos recordes. A CASA DO PEIXE RESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167 SOCIEDADE PÁGINA 3 POLITÉCNICO ‘OFERECE’ LABORATÓRIO DE MOBILIDADE ÀS EMPRESAS DA REGIÃO A nova unidade da Escola Superior de Tecnologia foi inaugurada esta semana e promete inovação. A ideia é dar resposta à necessidade de desenvolvimento e investigação no setor da mobilidade elétrica e colocá-la ao serviço das empresas. INCÊNDIOS DE VERÃO REGIÃO FOI A MENOS CASTIGADA DO PAÍS A época alta de incêndios quase que passou ao lado do distrito. Contas feitas, a esmagadora maioria dos 737 fogos registados pelas autoridades não passaram de fogachos. Do total, apenas 45 foram incêndios florestais, os mais graves, com uma área ardida de 296 hectares, muito abaixo dos anos anteriores. SOCIEDADE PÁGINA 2 © Coconino National Forest

Semmais 24 outubro 2015

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Edição do Semmais de 24 de Outubro

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Sábado 24 | Outubro | 2015

Diretor Raul TavaresSemanário | Edição 875 | 9ª série

Região de SetúbalDistribuído com o Expresso

Venda interditasemmais

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SOCIEDADE PÁGINA 2APREENSÕES DE DROGA NO DISTRITO EM 2014 VALEM 30 MILHÕES São números eloquentes, que continuam a co-locar a região como uma das principais rotas do tráfico de estupefacientes do país. O ano passado, as autoridades policiais fizeram mais de500 apreensões. O produto vale milhões.

SOCIEDADE PÁGINA 12AS PLATAFORMAS PORTUÁRIAS DO NOSSO CONTENTAMENTO Os portos de Sines e de Setúbal, com as suas valências e ordens de grandeza mais específi-cas, continuam a dar cartas no panorama da movimentação de carga e alavanca das expor-tações. Este ano esperam-se novos recordes.

A CASA DO PEIXERESTAURANTE SETÚBAL PORTUGAL

RUA GENERAL GOMES FREIRE 138 | 960331167

SOCIEDADE PÁGINA 3POLITÉCNICO ‘OFERECE’ LABORATÓRIO DE MOBILIDADE ÀS EMPRESAS DA REGIÃOA nova unidade da Escola Superior de Tecnologia foi inaugurada esta semana e promete inovação. A ideia é dar resposta à necessidade de desenvolvimento e investigação no setor da mobilidade elétrica e colocá-la ao serviço das empresas.

INCÊNDIOS DE VERÃOREGIÃO FOI A MENOS CASTIGADA DO PAÍSA época alta de incêndios quase que passou ao lado do distrito. Contas feitas, a esmagadora maioria dos 737 fogos registados pelas autoridades não passaram de fogachos. Do total, apenas 45 foram incêndios florestais, os mais graves, com uma área ardida de 296 hectares, muito abaixo dos anos anteriores.

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Neste período, o distrito somou 737 incêndios, na maior dos casos fogachos, mas onde se incluem 45 incêndios florestais. Os números atiram a região para a cauda da lista da protecção civil como o menos afetado durante o último verão.

DE JANEIRO A OUTUBRO A REGIÃO ABRANDOU CONSIDERAVELMENTE NÚMERO DE ÁREA ARDIDA, SEGUNDO CONFIRMAM FONTES OFICIAIS

Fomos os menos castigados pelos incêndios

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

CHUVA JÁ É BEM-VINDA TAMBÉM NA AGRICULTURA Com a época de fo-gos ultrapassada, eis que as primeiras chuvas chegaram com o outono, tra-zendo consigo a es-perança num bom ano agrícola. Se-gundo as várias as-sociações de agri-cultores, a água é nesta altura deter-minante para as pastagens, arvore-do e para a nova campanha de cultu-ras, pelo que a chu-va começou a cair em boa altura nos solos do distrito.

SOCIEDADE

Entre 1 de janeiro e 15 de ou-tubro os incêndios no dis-trito consumiram uma

área total de 296 hectares, o que representa um acentuado de-créscimo face ao mesmo período de 2014. No ano passado a região somou 357 hectares de área ardi-da entre incêndios florestais e fo-gachos, mas em 2015 o distrito surge mesmo na cauda da lista da proteção civil, como o menos afetado pelas chamas durante o último verão.

Vamos a contas. O distrito so-mou 737 incêndios, com 692 fo-gachos e 45 incêndios florestais (fogos com área ardida superior a um hectare), tendo sido consu-midos 154 hectares de povoa-mentos e 142 hectares de matos, perfazendo o total de 296 hacta-res, equivalentes a outos tantos campos de futebol, segundo mostra o Relatório Provisório de Incêndios Florestais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que indica terem as chamas devastaram 2152 hectares de povoamentos e 266 de matos.

Início do verão parecia ser mais negro

Bem menos do que no ano pas-sado, quando o distrito atingiu a marca de 357 hectares de área ar-dida. 29 incêndios florestais e 367 fogachos destruíram 157 povoa-mentos e 200 matos Curioso o facto de no início do verão o distrito de Setúbal já registar um significativo aumen-to do número de fogos e de área ardida face ao mesmo período do ano passado. Precisamente no dia em que começou a fase Charlie – iniciada a 1 de julho,

vindo a perdurar até 30 de se-tembro – a região contabilizava 261 incêndios e 88 hectares de área queimada, de acordo com os dados relativos ao primeiro semestre ICNF, depois de ano passado exibir uma das épocas mais calmas de que há memória. Teve apenas 12 hectares de área ardida e 118 ocorrências. O mesmo relatório indica que em Portugal foram contabiliza-das, entre 1 de Janeiro e 15 de Ou-tubro, 16 090 ocorrências (3 288 incêndios florestais e 12 802 fo-gachos) que resultaram em 62 401 hectares de área ardida.

Se chegasse ao mercado, o total da droga apreendida valeria 30 milhões de euros e a região de Setúbal apenas tem à sua frente Lisboa e Algarve, que lideram os níveis de apreensão de estupefacientes.

ESTATÍSTICAS COLOCAM DISTRITO DE SETÚBAL ENTRE AS REGIÕES DO PAÍS COM MAIOR DROGA APREENDIDA, COM COCAÍNA À CABEÇA

506 apreensões de droga na região renderam com 448 quilos de cocaína

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

O distrito de Setúbal somou 506 apreensões de droga no ano passado, tendo

sido a cocaína o estupefaciente mais intercetado pelas autorida-des no combate ao tráfico. Um total de 448 quilos não entrou no mercado, ficando retidos nas malhas das forças de segurança, que também apreenderam 212 quilos de canábis. Segundo as estatísticas da PJ, o distrito está entre as regiões do país onde foi apreendida mais droga no ano passado, atrás de

Lisboa e Algarve, sendo que a ca-nábis lidera o número de opera-ções policiais, com 397 ocorrên-cias, que permitiram às autoridades deitarem a mão a 212 quilos de estupefaciente. Já os 448 quilos apreendidos de cocaí-na foram o resultado de 61 ope-rações. Há ainda na região 41 in-tervenções que permitam recolher 721 gramas de heroína, enquanto 175 unidades de ecs-tasy resultaram de sete casos. Já quanto aos valores em causa, se chegasse ao mercado, a cocaína capturada no distrito de Setúbal iria render mais de 30 milhões de euros, à ordem de

68,97 euros a grama, segundo os valores de rua revelados pela PJ, enquanto a canábis (que custa 2,55 euros a grama), está avaliada em 540 mil euros. A grama de he-roína custa 31,12, pelo que os 721 gramas ainda iriam render mais de 22 mil euros.

Judiciária diz que a cocaína vem predominantemente do Brasil

Ainda assim, a PJ alerta que os valores apresentados «deverão ser analisados com alguma cautela, não devendo os mes-mos, isoladamente, servir de base a quaisquer interpretações

sobre incidências territoriais de tráfico, de consumo ou da cri-minalidade em geral», sublinha aquela força policial. Já quanto à proveniência dos principais estupefacientes que estão a chegar à região, a PJ revela que o país que continua a merecer maior destaque no for-necimento de heroína é a Ho-landa. Apesar de Espanha apre-sentar um número de casos superior verifica-se que a quan-tidade apreendida não é signifi-cativa, quando comparada com a procedente da Holanda. «No que respeita à cocaína a origem predominante é o Bra-

sil», revela a fonte da PJ, acres-centando que relativamente à canábis a tendência mantém--se, sendo Espanha a proveni-ência mais referenciada em nú-mero de casos. No entanto, Marrocos, ao nível de quantida-de apreendida, continua a ser o país que mais se destaca. Finalmente, no que respeita ao ecstasy, a Alemanha e Israel surgem como os principais pa-íses de proveniência. No que se refere às quantidades apreen-didas embora Espanha não re-presente grande expressão é, contudo, o país que apresenta maior destaque relativamente à procedência. Sobre os meios de transporte utilizados para fazer chegar a droga ao nosso país, a investiga-ção revela que a heroína conti-nua a entrar via terrestre, com recurso a automóvel ligeiro, mas também de via aérea, enquanto a cocaína chega ao território na-cional via marítima para o trans-porte de elevadas quantidades, destacando-se logo a seguir o transporte terrestre, embora o transporte aéreo comercial tam-bém seja relevante. Já a canábis tem o transporte marítimo como principal meio, enquanto o ecs-tasy chega por via terrestre.

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SOCIEDADEINSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL APOSTA NA ÁREA DA MOBILIDADE ELÉTRICA PARA APOIAR EMPRESARIADO

Novo Laboratório de Mobilidade da ESTdisponível para apoiar empresas da região

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

Dar resposta à necessidade de desenvolvimento e in-vestigação no setor da

mobilidade elétrica foi o principal intuito do IPS ao investir na cria-ção do novo laboratório instalado na Escola Superior de Tecnologia (EST) e, a partir de agora, disponí-vel a toda a comunidade académi-ca e local, bem como às empresas e entidades da região. No momento da inaugura-ção do laboratório, Pedro Do-minguinhos, Presidente do IPS, assumiu o compromisso de que «o Instituto, enquanto estabele-cimento de ensino, tudo fará para contribuir para o desenvol-vimento da área automóvel e elétrica e para o crescimento da economia regional e nacional, disponibilizando os nossos la-boratórios às empresas e a to-dos os nossos parceiros». Por sua vez, o diretor da EST Setúbal, Nuno Pereira, afirmou que a mobilidade sua-ve tem sido «uma das grandes

apostas desta escola e que esta é uma fileira emergente». «Temos um novo curso de dois anos que será o lançamento da base para esta área e a licenciatura em engenharia eletrotécnica e de computadores também já inclui esta área da mobilidade suave», sublinhou o docente. Apesar do investimento neste sector, e de afirmar que o mesmo está em franco desenvolvimento, Nuno Pereira apontou aquela que considera ser a grande condicio-nante à procura destes cursos por parte dos alunos. «Quando come-çarem a surgir números que de-monstrem o grau de empregabili-dade neste sector, os candidatos acabarão por aparecer. A perceção da empregabilidade ainda não é muito boa, mas estou convicto de que é algo que será ultrapassado.» O professor reafirmou que a aposta na área da mobilidade elé-trica «é para continuar» e que a colaboração das empresas da re-gião é «fundamental».

Demétrio Alves realça importân-cia dos fundos comunitários

A sessão de inauguração do novo laboratório contou ainda com a presença de Demétrio Alves, da área Metropolitana de Lisboa (AML), que falou sobre os vários tipos de financiamento disponí-veis através dos Fundos Comuni-tários (Portugal 20-20) e realçou que o sistema de transportes e da mobilidade é vital na área metro-politana. «A forma como as pes-soas se deslocam na área metro-politana tem impacto na economia e também a nível cul-tural e social”. Deste modo, a for-mação, a especialização e, a con-sequente empregabilidade, neste sector é vital para a sociedade regional metropolitana». O engenheiro da AML enalte-ceu o trabalho desenvolvido pelo IPS, «instituição que tem uma vi-são de mérito que deve ser apoiada por várias entidades e de várias formas possíveis», e afirmou a «total disponibilidade da AML para tentar chegar às vá-rias entidades, no sentido de en-contrar financiamentos para que o IPS continue a desenvolver os seus projetos e os seus cursos».

1.ª PÓS-GRADUAÇÃO NA ÁREA APRE-SENTA RESULTADOS POSITIVOSDurante a manhã foi ainda assinalado o final da 1ª edi-ção da pós-graduação em Motorização de Veículos Elé-tricos e Híbridos com a apresentação de trabalhos rea-lizados pelos estudantes.José Maia, professor e coordenador da pós-graduação, fez um balanço «positivo» do curso que surgiu após o desafio lançado pela Autoeuropa. «Conseguimos estu-dantes com grande experiência na área e com grande entusiamo pelos veículos elétricos, o que permitiu o di-namismo durante as aulas e os estabelecimentos de no-vos contactos e de novas parcerias».O professor revelou ainda os novos objetivos para o fu-turo. «Através da parceria com o CEEA criamos esta pós-graduação e queremos avançar para o mestrado. Na próxima edição vamos incluir um novo tópico orientado para as redes elétricas inteligentes».Na primeira edição da pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos foram promovidos 17 seminários, 5 ações de demonstração de veículos (test--drives) e efetuadas 6 visitas a empresas.

O IPS inaugurou esta semana o Laboratório de Mobilidade na Escola Superior de Tecnologia. Apetrechado de equipamentos na área da mobilidade elétrica, a unidade está especialmente vocacionado para o estudo, I&D e ensino de matérias relacionadas com os veículos e a mobilidade sustentável. Durante toda a manhã, o público presente teve a oportunidade de contactar com veículos elétricos e híbridos da Volkswagen, Audi, BMW, Toyota, Lexus e Nissan.

Pelos Portugueses e por PortugalO quadro internacional é muito complexo e grave e os seus efeitos não deixarão de se sentir internamente.A pressão dos refugiados sobre a U.E. o impacto da fraude na indústria automóvel alemã, envolvendo indemnizações de largas dezenas de milhões de euros, a que o estado alemão não se poderá furtar, são algumas das situações de constrangimentos económicos e financeiros sérios que não eram esperados.A isto há que aditar a baixa do crescimento na maioria dos países africanos produtores de petróleo, a que Angola não escapa, envolvendo fortes limitações de stocks de divisas e com elas de transferência

para o exterior e o retorno milhares de expatriados.O Brasil passa também uma conjuntura com consequências políticas, para não falar no decréscimo das expetativas da evolução económica da China e dos efeitos das guerras no Iraque, Síria, Líbia, Afeganistão, Sudão do Sul ou em conflitos não resolvidos como o da Ucrânia. Estes fatos terão impactos económicos e financeiros em Portugal, como se verá na aliena-ção do Novo Banco, na recapita-lização do Banif e mesmo em outros Bancos ou na resolução da privatização da TAP para só falar nalguns.O governo de coligação de direita ao conduzir políticas contra a generalidade dos

portugueses e contra os partidos à sua esquerda incluin-do as políticas de privatização, vendendo todos os anéis, o que não devia e fazendo reduzir a margem de manobra do país, conduziu-o para um beco muito difícil de saída. A procissão ainda vai no adro e o Presidente da República ajudou a agravar este quadro ao esticar a corda até ao limite, só marcando eleições legislativas na undéci-ma hora apesar de ter os seus próprios poderes reduzidos. Foi indiferente a este fato mas também à impossibilidade do pais elaborar o orçamento para 2016 a tempo e horas.Neste quadro, os responsáveis da coligação e com eles o Presidente da República, não

podem agora carpir lágrimas de crocodilo pela recente evolução da situação politica, depois de marginalizarem, com arrogância o PS, esquecendo-se que este foi e é um partido essencial para a democracia portuguesa. O que está a suceder tem politicamen-te agora uma causa – as politicas coligação de direita que nada têm de social-democrata ou de democrata cristã e os eleitores ao castigarem-na, retirando-lhe a maioria absoluta e cerca de

setecentos mil votos não desejaram que ela persistisse com politicas que condenaram. Os partidos que integram a coligação foram vítimas de si próprios.Aguardemos assim os próxi-mos capítulos da complexa situação que se vive, seguro que o PS não deixará de estar à altura dos desafios que agora enfrenta, por Portugal e pelos portugueses. Falarei disto num próximo artigo.

POLÍTICA MESMO

VITOR RAMALHOADVOGADO

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SOCIEDADE

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

DIA MUNDIAL DE COMBATE À POLIOMIELITE (PARALISIA INFANTIL) ASSINALADO A 23 DE OUTUBRO

Rotary Club de Setúbal luta pela erradicação da doença

ONG organiza ciclo de recitais em Palmela sem preço

A erra dicação mun-dial da poliomielite até 2018 é um dos

principais objetivos do Rotary Club, da Organiza-ção Mundial da Saúde, da Unicef e do Centro Norte--Americano de Controle e Prevenção de Doenças que, desde 1988, têm feito

inúmeros esforços na luta contra a paralisia infantil. Um trabalho intenso que tem dado muitos frutos pois, atualmente, no mun-do os casos de poliomielite reduziram em mais de 99% e foram prevenidas 5 mi-lhões de paralisias e 250 mil mortes. Em 1995, quando o Rotary lançou sua primeira campanha global para imunizar crianças contra a pólio,

A Orquestra Nova de Guitarras, sedeada no Pinhal Novo, vai

organizar a 7, 14, 21 e 28 de novembro, uma tempora-da de recitais, na bibliote-ca municipal de Palmela, sob o lema “Música sem preço. O que é bom não tem preço”. Os recitais, com início às 17 horas, contam com o apoio do município e das Pousadas de Portugal e têm entrada livre. Além dos concertos, o público poderá apreciar, também, uma exposição intitulada “Metamorfose da Guitar-ra”, no mesmo espaço, nos últimos dois dias. A programação é a se-guinte: Nomad Duo (dia 7),

esta doença infetava mais de 350 mil crianças, por ano, em todo o mundo. Com largos milhões de euros doados e inú-meras horas de trabalho voluntário para a erradi-cação da poliomielite, o Rotary e os seus parcei-ros conseguiram que este flagelo fosse erradicado em todos os países, exce-to Paquistão, Afeganistão e Nigéria.

Ontem, 23 de outubro, assinalou-se o Dia Mundial da Poliomielite, doença mais conhecida por Paralisia Infantil. De forma a não deixar passar despercebida esta efeméride, dedicada a um dos maiores flagelos mundiais, o Rotary Club de Setúbal resolveu visitar várias escolas do concelho de Setúbal, com o intuito de explicar aos alunos e a toda a comunidade escolar o que é a POLIO e o que tem sido feito, ao longo dos anos, para a sua erradicação.

Fernando Lobo & César Silva (14), Quarteto de Gui-tarras da ONG (21) e Or-lando Trindade & John Fletcher (28). Após cada recital, tem lugar um jantar tertúlia com os músicos, que per-mitirá a qualquer pessoa interessada jantar com os intervenientes de cada re-cital, na pousada de Pal-mela, mediante reserva prévia e do respetivo pa-gamento. Joana Fletcher, da or-ganização, realça que «os músicos intervenientes estão a oferecer generosa-mente o seu trabalho, sen-do remunerados exclusi-vamente pelo valor que o público contribuir com o

valor que entender». E acrescenta: «São con-certos de qualidade, sem preço, organizados por um grupo de músicos da nossa região. Este projeto surgiu com vista a disponibilizar cultura musical acessível a toda a população e visitan-tes de Palmela e, simulta-neamente, tentar contri-buir para que músicos da região continuem a apre-sentar-se ao público de forma sustentável». Cada grupo/interve-niente irá apresentar um programa «diferente», cujas obras serão dadas a conhecer em programa impresso e entregue ao público no dia de cada re-cital.

Estar a um passo do sonho da erradicação da segunda doença do planeta

A India foi declarada livre de Polio em 2012 e, passados trinta anos, a África acaba de celebrar um ano sem re-gistrar nenhum caso da do-ença. No fim deste ano, su-blinha, o Rotary, “a nação africana pode ser retirada de vez da lista de países en-dêmicos, se o mundo conti-

nuar fazendo do combate à pólio uma de suas princi-pais prioridades”. Realçando que “esta-mos a um passo do sonho da erradicação da segun-da doença humana do planeta (após a varíola) que constituiu, ainda hoje, uma forte ameaça para as crianças mais desfavore-cidas”, o Rotary chama a atenção de toda a popula-ção para a necessidade de

continuar a combater este flagelo. Ao assinalar o Dia Mun-dial da Poliomielite, o Rotary Club pretende ainda home-nagear Albert Albert Sabin que, em 1962, licenciou a va-cina oral para prevenção desta patologia e, também os largos milhares de volun-tários, rotários e não rotários que, no terreno, têm contri-buído decisivamente para acabar com esta doença.

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SOCIEDADE

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

“FAMÍLIA” S. FILIPE CONDECORADA COM BANDEIRA VERDE EM NOME DAS BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS

Colégio S. Filipe, em Setúbal, ganha bandeira de Eco Escola

Diogo Vitorino quer brilhar nas passerelles e jogar futebol num grande clube

Um dos objetivos perspeti-vados pelo Colégio S. Fili-pe, ao longo do ano letivo

2014/2015, acaba de ser cumpri-do: ser uma Eco Escola. A ban-deira verde já está erguida para «grande orgulho» de toda a co-munidade escolar. Uma distin-ção que espelha a «dedicação e o empenho» dos professores e alunos na adoção de boas práti-cas ambientais. «Esta bandeira materializa todo o empenho, esforço e de-dicação dos professores e alu-nos na dinamização de proje-tos em prol da sustentabilidade e do meio ambiente». Estas

são palavras de Marta Teixei-ra, coordenadora do projeto Eco Escolas no Colégio S. Fili-pe, para realçar a importância deste galardão.Ao inscrever-se no programa Eco Escolas, o Colégio S. Filipe teve como principal intuito sen-sibilizar os alunos para a promo-ção e adoção de bons comporta-mentos e atitudes ambientais, uma missão, desde logo, incutida no projeto educativo da própria instituição. Alcançar a bandeira verde é o «reflexo do bom traba-lho desenvolvido» e reconhecido pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). O momento do hastear da bandeira foi assistido por pro-fessores, alunos e auxiliares.

Satisfeito, Luís Abelho, diretor pedagógico do colégio, vincou a importância da ação. «É com enorme orgulho que digo que somos uma eco escola. É o re-sultado do trabalho por nós de-senvolvido na adoção de boas práticas ambientais, assentan-do o nosso projeto educativo nas questões da cidadania». Luís Abelho realçou ainda que o afixar da bandeira no ponto mais alto da escola tem um objetivo primordial. «Ao entrarmos e sairmos da escola olhamos para a bandeira que nos deverá relembrar que as atitudes ecológicas são para manter sempre, dentro e fora do colégio, em casa e na rua, e que devemos continuar a de-

senvolver e a participar nos vários projetos ambientais».

Estender espírito ecológico para fora da escola

Uma opinião partilhada por Marta Teixeira. «A bandeira é a materialização do que vamos ter de fazer. Não podemos passar por ela e ignorá-la. A missão que temos na escola deverá ser es-tendida a toda a comunidade. Os nossos alunos são formados para serem cidadãos ativos». Além de todos os procedi-mentos obrigatórios para fazer parte do programa Eco escolas, no ano passado o Colégio S. Fili-pe promoveu várias iniciativas de cariz ambiental e participou

em projetos como as Hortas Bio, a Geração Depositrão, o Poster Eco Código e o Dia das Ações Mundiais. Para este ano letivo o cami-nho a seguir já está traçado. «Já formalizámos a inscrição, vamos fazer uma auditoria para identifi-carmos o que ainda está errado na nossa escola e o que podemos fazer para melhorar, e vamos participar em várias iniciativas e projetos», afirma Marta Teixeira. A “alimentação saudável e sustentável” é, este ano, o tema lançado pelo programa nacional a todas as escolas. No pré-esco-lar e no primeiro ciclo teremos as Eco Lancheiras e o 2.º e 3.º ci-clos serão os Eco Cozinheiros. * Comboio das Palavras

O jovem setubalense Dio-go Vitorino, de 16 anos, ligado à moda há dois

anos, participou recentemente no Mister Euro, tendo ficado entre os 16 finalistas. Este con-curso abriu-lhe as portas para desfilar, logo a segyuir, no My Fantasy, organizado pela agên-cia Maxmodel.

Agenciado na Promodel e na Maxmodel, Diogo Vitorino confessa que adorou e se sente orgulhoso pela experiência do Mister Euro. «Foi o meu pri-meiro trabalho, enquanto mo-delo, e fui reconhecido pela organização, que não olhou para a minha idade, pois era o mais novinho dos 16 finalistas, e fez questão da minha partici-pação no evento». Além das passerelles, Diogo Vitorino também joga futebol

nos juvenis do Pinhalnovense desde os 13 anos, na posição de avançado. Mas a sua paixão pelo futebol arrancou aos 8 anos, nas escolinhas do V. Se-túbal. No mundo do futebol, o seu sonho é «ir jogar para o es-trangeiro e alcançar a bota de ouro, várias vezes». Diogo Vitorino acredita que irá conseguir conciliar as duas atividades. «É lógico que irá ser com grande esforço, mas com amor e dedicação, penso que

irei conciliar ambas as áreas que tanto aprecio». O jovem talento sadino, es-tudante do 9.º ano, na Secundá-ria D. João II, em Setúbal, sonha em tirar o curso de Desporto ou, então, seguir o mundo das pas-serelles. «Ambiciono jogar num grande clube e, quem sabe, abraçar uma carreira interna-cional no mundo da moda, pois já comecei a ser contatado para fazer formação e castings na área da moda», frisa.

A distinção é um «orgulho» para os responsáveis do colégio e reflecte, afirmam, a «dedicação e empenho» de toda a comunidade escolar da instituição.

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

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POLÍTICA

A contestação está a ser liderada pelo Conselho Português para a Paz e juntou, em Setúbal, dezenas de manifestantes. Risco e submissão são as palavras de ordem.

O “TRIDENT JUNCTURE 2015” ESTÃO A DECORRER NA PENÍNSULA DE TRÓIA E EM PINHEIRO DA CRUZ

Associações de esquerda rejeitam exercícios da Nato na região

CDU de Sines vota contra os aumentos de água e resíduos

Luís Rodrigues propõe a redução do IMI para famílias com dependentes

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

Os exercícios militares da Nato, os maiores desde 2002, intitulados “Tridente

Juncture 2015”, que estão a de-correr em Troia e em Pinheiro da Cruz estão a deixar as associa-ções de esquerda à beira de um ataque de nervos.

Foi na Tribuna Pública Públi-ca, na Praça do Bocage, em Setú-bal, no passado dia 20, que a voz de representantes de várias orga-nizações, associações e movi-mentos de esquerda gritou contra estes exercícios militares. As dezenas de participantes no evento, promovido pelo Con-selho Português para a Paz e Co-operação, manifestaram-se con-tra as manobras em curso na

A CDU de Sines votou contra as novas tarifas propostas para os serviços de abaste-

cimento de água, tratamento de águas residuais e resíduos sóli-dos urbanos. Mas a proposta acabaria por ser aprovada por maioria com os votos contra da CDU e a abstenção do SIM, o mo-vimento dos independentes. Hélder Guerreiro, o único ve-reador eleito da CDU no municí-pio, revelou ao Semmais Jornal que os tarifários da água e dos re-síduos «aumentarão mais de cem por cento em 5 anos, ou seja, em 2020, os sinienses pagarão mais que o dobro dos valores atuais». Para o autarca, esta medida, «apresentada de forma isolada, sem estar enquadrada por uma estratégia política para estes dois setores tão importantes na vida dos munícipes, redundará

nossa região. A União de Sindica-tos de Setúbal, o Movimento De-mocrático de Mulheres, a União de Resistentes Antifascistas Por-tugueses, a Associação de Amiza-de Portugal-Cuba, a Associação Conquistas da Revolução e a Ju-ventude Comunista Portuguesa foram as associações que marca-ram presença nesta iniciativa. Fernando Casaca, diretor do Teatro do Elefante, revelou ao

Semmais que «estamos contra estes exercícios por aquilo que representam de risco, por um lado, e de submissão, por outro. São exercícios de grande risco, na minha opinião, porque trazem a Portugal e, em particular, à nossa região, militares, armamentos e outros elementos bélicos. Incen-tivam a guerra e a violência, em prol de uma ordem mundial do-minada unicamente pelos Esta-dos Unidos. Trata-se de exercí-cios da Nato, liderada por aquele país, que tem desenvolvido uma prática de agressão e invasão de países independentes, como o Iraque e o Afeganistão. Os resul-tados estão à vista. A destruição dos estados, guerras tribais ou o crescimento dos extremismos».

Perturbação do espaço aéreo uma das «submissões» apontadas

Por outro lado, acrescenta, «o nosso país é submetido a um conjunto de constrangimentos e condicionamentos, que subver-tem as regras da independência nacional. Nomeadamente, no

espaço aéreo e na mobilidade nos rios e locais onde decorrem os exercícios. Por exemplo, a TAP já alertou para o fecho do espaço aéreo, com implicações na circulação de pessoas e mer-cadorias. Na nossa região, va-mos ter períodos em que os pes-cadores não poderão sair para o mar, em que as embarcações e os cidadãos estarão limitados na travessia do rio. Os arma-mentos pesados, que estes exer-cícios mobilizam para a nossa região, podem vir a criar situa-ções críticas no rio, designada-mente na população marinha». Para este sábado, pelas 15 horas, em Lisboa, entre a Rua do Carmo e a Praça Luís de Ca-mões, está marcada uma mani-festação de repúdio pela reali-zação destes exercícios militares que decorrem em Portugal, Es-panha e Itália, numa altura em que a Rússia reforça a sua pre-sença militar desde o Báltico à Síria. As manobras vão prolon-gar-se até 6 de novembro e en-volvem 36 mil militares de cerca de mais de 340 países.

apenas e só num agravamento gigantesco dos valores pagos pe-los munícipes». Sobre a construção da ETAR ou as novas captações de água, de forma a reduzir o risco de contaminação, nada é feito além de uma mera referência num dos documentos. Estão ambas inscritas no Plano Plurianual de investimentos mas sem qual-quer avanço». «Sem a realização de investi-mentos estruturantes para a rede municipal de abastecimen-to de água e tratamento de águas residuais, que montam em cerca de 2 milhões de euros, o cami-nho mais provável será que aos aumentos tarifários agora apro-vados se somem outros aumen-tos porque os custos para a au-tarquia também crescerão», argumenta.

O vereador do município de Setúbal, Luís Rodrigues, eleito pela coligação “Por

Setúbal, Por Si” (PSD/PP) apre-sentou, para integrar na ordem de trabalhos da reunião ordiná-ria de Câmara, a realizar no pró-ximo dia 28 de outubro, uma proposta de redução ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) do ano de 2015, referente às fa-mílias com 1, 2 ou 3 dependentes. Entende Luís Rodrigues que «há condições e justifica-se» a redução do IMI para as famílias com dependentes em Setúbal. «Não estamos a propor uma re-dução pelos valores máximos. Decerto que esta redução irá be-neficiar muitas famílias em setú-bal e em azeitão. Penso que está na altura de a CDU aceitar esta redução, no interesse dos cida-dãos. Só por questões político/partidárias é que a maioria CDU no município de Setúbal não aprova esta redução», argumen-ta o autarca.

O social-democrata recorda que a CDU, em julho deste ano, numa sessão pública, tinha apre-sentado esta mesma proposta mas que acabou por ser retirada, que justificou que «estavam a coordenar, com vários municí-pios da Área Metropolitana de Lisboa, esta medida». «Pensa-mos que a redução do IMI em 5, 7,5 e 10 por cento, para famílias com 1, 2 ou 3 dependentes, res-petivamente, é um bom caminho

para Setúbal e, se a CDU não re-tirasse essa proposta, em julho, nós teríamos votado a favor», remata Luís Rodrigues. E conclui: «É fundamental a promoção de um tratamento fis-cal mais adequado e equitativo para as famílias numerosas pro-prietárias de habitação própria e permanente coincidente com o domicílio fiscal do proprietário, com a redução da taxa a vigorar em 2015 a liquidar em 2016».

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ALMADAMUNICÍPIO GANHA PRÉMIO DE DESPORTO ESCOLARO Desporto Escolar da Península atribuiu distinção pelo apoio do município ao Desporto Escolar no ano letivo 2014/15 na região.O Prémio “Parceiro do Ano” foi entregue dia 14, durante o Encontro do Desporto Escolar da Península de Setúbal, no Fórum Romeu Correia.Joaquim Judas, presidente do município, lembrou que «o desporto e a atividade física são essenciais para o bom de-senvolvimento do ser humano». O autarca enalteceu tam-bém «o trabalho desenvolvido pela equipa do Desporto Escolar da Península e de todos os parceiros envolvidos».Para António Matos, vereador do Desporto, receber este prémio «enche de honra o concelho de desporto e de educação que Almada é».

ALCÁCER DO SAL ALUNOS DISTINGUIDOS COM MÉRITO ESCOLARO salão nobre dos Paços do Concelho acolheu, dia 16, a cerimónia de entrega dos Certificados de Mérito Es-colar Municipal e correspondente prémio.Com este prémio, o município pretendeu enaltecer o empenho e dedicação dos alunos do concelho no bá-sico, secundário e secundário profissional, divulgando o seu sucesso escolar a toda a comunidade enquanto referência e exemplo para os seus pares.Os jovens que no ano letivo 2014/ 15 se distinguiram com excelente prestação escolar são: Vasco Pereira, Francisco Gongó, Ana Braga, Carlota de Noronha e Castro, Ana Sequeira, João Filipe, Ana Caço, Luís Fava, Ana Jacinto, Leonardo Vieira.

BARREIRO DOÇARIA TRADICIONAL PARA PROVAR NOS RESTAURANTES O município promove a 12.ª Mostra de Doçaria Tradicio-nal, dia 7 de novembro, às 16 horas, no Forum Barreiro. A mostra destina-se a todos os espaços comerciais de res-tauração e bebidas, movimento associativo e particulares.As inscrições, gratuitas, devem ser feitas até dia 30, no gabinete de Turismo. Os concorrentes poderão partici-par com a apresentação, no máximo, de dois doces tradi-cionais, entre os quais, os doces de colher; bolos e fritos. A iniciativa visa «contribuir para despertar o interesse na preservação e recriação de receitas tradicionais, assim como para o conhecimento da importante herança que constituem as doces e variadas receitas do património cultural do nosso País».

SESIMBRA CANDIDATURAS ABERTAS PARA AS HORTAS SOLIDÁRIAS

As candidaturas às Hortas Solidárias da Quinta do Conde estão abertas permanentemente, possibilitando aos interessados a inscrição no projeto durante todo o ano. Destinado a famílias e organizações não governamentais locais, visa promover a agricultura em modo tradicional de cariz tendencialmente biológico, como atividade de lazer ou como complemento económico.Atualmente, conta com 549 beneficiários diretos, divi-didos por 80 aglomerados familiares e 6 organizações não-governamentais. Localizado na várzea da Quinta do Conde, o terreno disponibiliza água para rega e um abrigo comum para acondicionar as ferramentas. São desenvolvidas pelo município, em parceria com várias entidades. SINES

HISTÓRIA DO LITORAL ALENTEJANO EM DEBATE O Centro Cultural Emmerico Nunes organiza o VIII Encontro de História do Alentejo Litoral este sábado e domingo, no castelo local. O Núcleo de História e Património do Centro Cultural Emmerico Nunes, constituído em 2007 aquando da realização do 1.º Encontro de História do Alentejo Li-toral, organiza há oito anos consecutivos, este evento dedicado à história política, económica, social e cul-tural das comunidades do Alentejo Litoral. Nos encontros têm participado muitos historiadores e investigadores que se dedicam ao estudo da Histó-ria local e regional, bem como conferencistas de di-ferentes universidades do País e da Extremadura es-panhola.

SEIXAL AMARSUL ECO SOUND PROMOVE RECICLAGEM NAS ESCOLASA Secundária José Afonso é a representante do concelho no Amarsul Eco Sound, um concurso que promove há-bitos de reciclagem, de 1 de novembro a 30 de abril, em nove municípios da Península.A iniciativa pretende envolver todos os intervenientes no quotidiano do estabelecimento de ensino e irá ser pre-miado aquele em que os alunos demonstrem um melhor desempenho. A escola vencedora receberá mil euros em material didático, bem como irá ser palco de um concer-to exclusivo de um artista nacional.A ideia resulta de um desafio lançado a estes municípios pela Amarsul, empresa que tem a concessão de explora-ção e gestão do Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Margem Sul do Tejo.

SETÚBAL LOJAS PROMOVEM COMÉRCIO LOCAL As lojas da baixa realizam a 3.ª Feira Outlet, iniciativa que, este sábado, das 10 às 22 horas, coloca à disposição do público artigos de vários géneros a preços vantajosos.O evento, organizado pelos comerciantes da baixa, prevê para esta edição muita animação em várias zonas da bai-xa durante a tarde e a noite.Além do acesso às oportunidades comerciais proporcio-nadas pela feira, os visitantes têm música ambiente no Largo da Ribeira Velha.O Largo da Misericórdia, também animado com música ambiente, recebe, às 21 horas, o Quarteto de Fado Deo-linda de Jesus.Na Praça de Bocage realizam-se pinturas faciais, anima-ção de rua pelo Teatro do Elefante, e os sons da banda da Capricho e a atuação de uma tuna académica.

PALMELANOVA UNIDADE DE SAÚDE JÁ TEM LUZ VERDEA nova Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Pinhal Novo-Sul já tem luz verde do Governo e a sua cons-trução vai ser concretizada através de contrato-programa celebrado entre o município e a ARSLVT.O Ministério da Saúde financia a construção do equipa-mento no valor de 1.184 mil euros, enquanto o município se responsabiliza pela execução dos projetos de arquitetura e especialidades, o lançamento da empreitada e respetiva fis-calização. O Município realiza, também, e assume os encar-gos com acessos, estacionamentos, infraestruturas, arranjo e manutenção de espaços exteriores.

SANTIAGO DO CACÉM MUDAR A ATITUDE DOS CIDADÃOS NAS PRAIAS O município, no âmbito da “Bandeira Azul”, continua a desenvolver, em parceria com associações e instituições locais, atividades que promovam a mudança de atitudes dos cidadãos, que protejam o ambiente e o mar. Numa fase em que a época balnear já terminou, a preocupação centra-se agora na proteção das zonas costeiras durante os restantes meses.Em entrevista ao programa de rádio “De Porta Aberta”, Dário Cardador, da Quercus no Litoral Alentejano, la-menta que ainda não se tenha conseguido chegar a um número significativo de utilizadores nas praias, «mesmo com o grande esforço que, por exemplo, a autarquia tem feito com a colocação de copos para as beatas, ou com a colocação de vários pontos para a recolha de lixo, que ficam no máximo a 50 metros das pessoas».

ALCOCHETE ABRIGO ASSEGURA APOIO FAMILIAR E PARENTALO município aprovou, por unanimidade, na reunião de Câmara descentralizada de Valbom, no dia 14, a cele-bração de um protocolo com a ABRIGO Famílias que vai permitir a instalação do Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental no concelho.Proteger e potenciar o bem-estar físico, psicológico e social das famílias, prevenir situações de risco social e apoiar crianças e jovens em situação de perigo são os principais objetivos desta valência da Associação Portu-guesa de Apoio à Criança que, em Alcochete, vai funcionar nas instalações da Casa do Povo de Alcochete, e que se destina às famílias dos concelhos de Alcochete e Montijo.

MONTIJO BOLSAS DE ESTUDO PARA ESTUDANTES COM DIFICULDADESAté 15 de novembro estão abertas inscrições para as Bol-sas de Estudo. No total serão atribuídas dez bolsas no va-lor de 350 euros aos alunos do secundário e seis bolsas no valor de 550 euros aos do superior.Podem concorrer alunos, com mais de 25 anos, residen-tes no concelho há, pelo menos, um ano, com aprovei-tamento escolar no último ano letivo frequentado e que não possuam habilitação ou curso de nível equivalente ao que atualmente frequentam.O município criou as Bolsas no ano letivo de 1999/2000, tendo já sido atribuídas 248 bolsas a alunos do secundário e do superior, num investimento aproximado de 97 mil euros.

LOCAL

MOITA TEATRO DE MARIONETAS PARA TODA A FAMÍLIA“Pássaro da Alma”, pela Associação Aqui Há Gato, em coprodução com a ArtemRede, é o próximo espetáculo, dirigido a crianças maiores de quatro anos e famílias, que visita o concelho, no âmbito da Festa da Marione-ta’15. O espetáculo de marionetas, que fala da importân-cia dos afetos em todos os momentos da vida, será apre-sentado no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, no dia 31, pelas 16 horas.

GRÂNDOLAFEIRA DO CHOCOLATE ATRAI TURISMOA Feira do Chocolate decorre em Grândola, de 5 a 8 de Novembro. Muitas tentações de chocolate vão atrair milhares de visitantes.A animação é também um dos principais ingredientes do certame. Dia 5, a partir das 20h30, há animação mu-sical com Josef Jordão. Dia 6, às 22 horas, o momen-to alto da feira, com o espetáculo de David Antunes & The Midnight Band e o convidado especial Herman José. No 7, atua Mónica Sintra, às 22 horas.O evento irá apresentar vários expositores, onde os visitantes são convidados a apreciar a exposição e produção ao vivo de peças artísticas em chocolate, saborear licores, espetadas de frutas com chocolate, bombons e outros doces.

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FESTAS DE TODOS OS SANTOS

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

Festa de Todos os Santos quer marcar a diferença

Concertos com os Anjos e o Padre Borga, e uma sessão de humor com o alentejano Serafim, são algumas das apostas do programa da Festa de Todos os Santos deste ano, que pretendem marcar a diferença. Nas festas também vai haver homenagens ao atleta Jorge Grave e ao historiador António Matos Fortuna, ambos já falecidos.

A 259.ª edição da Festa de Todos os Santos, que se realiza de 29 de outubro a

1 de novembro, na aldeia de Quinta do Anjo, está orçada em cerca de 19 mil euros e espera por cerca de 10 mil visitantes. Rui Manuel Torres, o presiden-te da associação de festas, deposi-ta boas expetativas para a edição deste ano, uma vez que está rode-ado de uma equipa «ambiciosa, jovem, trabalhadora e com vonta-de de mostrar às gentes da fregue-sia de Quinta do Anjo, e arredores, que a aldeia está bem viva».

Conta que este ano, a asso-ciação de festas apostou em festas que marcassem a dife-rença. «Não estou a colocar em causa as anteriores dire-ções mas, este ano, propuse-mos fazer uma festa diferente para que não fiquem em casa. A população, felizmente, está connosco e tem-nos apoiado muito».

«Grande envolvimento da população»

O líder das festas não esquece aqueles que, prontamente, se disponibilizaram a ceder espa-ços para acolher o certame.

«Procurámos espaços, não vá o S. Pedro pregar-nos uma parti-da, e a comunidade tem sido excecional aos nossos pedidos. Arranjámos dois espaços, uma adega e uma antiga mercearia, que nos vão dar abrigo a diver-sos expositores», conta, acres-centando que a comissão de festas também se mostra muito satisfeita com o peditório lan-çado à população e comércio. «Colocámos um mealheiro nos espaços comerciais, estamos a fazer o peditório porta-à-porta e um livro com o programa, que inclui publicidade e nos garante alguns dividendos. Or-ganizámos uma sardinhada e o

Quais as expetativas para a edição de 2015 da Festa de Todos os San-tos?

Valentim Pinto – Na realização da Festa de Todos os Santos, em Quinta do Anjo, temos, para este ano, uma grande expetativa por-quanto a programação de ani-mação prima pela qualidade e diversidade de iniciativas, musi-cais, desportivas e outras.

Quantos visitantes são esperados?

Relativamente ao número de vi-sitantes, com rigor, não conse-guimos fazer uma previsão do número de pessoas que afluirão à festa mas, seguramente, e ten-

«ENORME ABRAÇO ENTRE O PASSADO E O PRESENTE»A Festa de Todos os San-tos pretende celebrar o louvor aos céus pelo fac-to de o terramoto de 1755, considerado um dos mais mortíferos da época pós-moderna, não ter atingido a aldeia de Quinta do Anjo. «Esta festa é uma herança rica de significado entre os montanhões atuais nas-cidos ou radicados na Quinta do Anjo que que-rem, orgulhosamente, manter essa herança/tradição. É um enorme abraço entre o passado e o presente», sublinha Rui Manuel Torres.

do sobretudo como indicador os anos anteriores, poderemos di-zer que são esperados alguns mi-lhares de visitantes.

Da programação deste ano, o que gostaria de realçar?

Destaco, sobretudo, o grande nú-mero de iniciativas que estão di-rigidas a públicos diversos e a confluência de vontades entre, nomeadamente, os agentes lo-cais na rentabilização dos equi-pamentos e instalações locais, o que irá conferir à festa uma outra dimensão e dignidade de apre-sentação pública.

Qual a importância destas festas para a freguesia?

A Festa de Todos os Santos é um acontecimento religioso, cultural

e recreativo de grande tradição local com raízes ancestrais e que reforça os traços de identidade coletiva da Quinta do Anjo e das suas populações. Além disso, proporciona momentos de são convívio e de aproximação entre todos aqueles que aqui nasceram e/ou residem.

Gostaria de ver introduzidas algu-mas melhorias nas festas?

Não propriamente, porquanto as festas, através dos seus organiza-dores, têm vindo a melhorar o evento dentro dos condicionalis-mos financeiros existentes.

Qual o montante do apoio concedido pela Junta de Freguesia ao evento?

A Junta de Freguesia apoiou a festa, em termos financeiros,

com 1 300 euros, e presta ainda um apoio logístico de enorme amplitude.

Perspetivas para o futuro, em re-lação à Festas de Todos os Santos?

Relativamente ao futuro, a nossa expetativa e desejo é que a festa continue a ser, como tem sido, um grande evento local onde a dimensão do religioso e do pro-fano coexistem.

Gostaria de deixar algum agrade-cimento em especial?

O agradecimento especial de-verá ser dirigido à comissão de festas e às entidades públicas e privadas, cujos esforços conflu-íram para a realização de mais uma edição da Festa de Todos os Santos.

1.º Festival das Sopas, que foi bastante proveitoso, em ter-mos de receitas». Quanto ao futuro, Rui Ma-nuel Torres gostaria de ver reuti-lizado o espaço do mercado, e o espaço envolvente, o que, a seu ver, contribuirá para «o cresci-mento das festas». Para o ano que vem já há novas ideias. «Caso façamos parte do elenco do pró-ximo ano gostaríamos de pôr em prática novas ideias. Somos jo-vens e ambiciosos», vinca. O município e a Junta de Quinta do Anjo concedem apoios «imprescindíveis», num total de 4 mil euros, além dos respetivos apoios logísticos.

VALENTIM PINTO, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE QUINTA DO ANJO

«A programação deste ano prima pela qualidade e diversidade de iniciativas»

ENTREVISTA ANTÓNIO LUÍSFOTOS SM

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FESTAS DE TODOS OS SANTOS

Casa Agrícola Horácio Simões

Vinhos que contam histórias

LUÍS MIGUEL CALHA, VEREADOR DA CULTURA DA CÂMARA DE PALMELA

As festas dão alma e identidade à aldeia de Quinta do Anjo

Programa das festas

Na opinião do verea-dor da Cultura, Luís Miguel Calha, as

Festas de Todos Santos «dão alma e identidade à aldeia de Quinta do Anjo» e «emanam de uma popula-ção fortemente compro-metida com a afirmação da identidade cultural da ter-ra». Por isso mesmo, subli-nha o autarca, «contam com o apoio incondicional do município». O progra-ma de «qualidade» prepa-rado pela associação de festas é, «um bom convite» aos visitantes para conhe-cerem «as extraordinárias características» de uma freguesia «única», onde a cultura e os produtos lo-cais, como o queijo de Azeitão e o vinho, são va-lores de «excelência cada vez mais reconhecidos a nível nacional e interna-cional».

Festa de Todos os SantosQuinta do Anjo

A Junta de Freguesia de Quinta do Anjo saúda a 259ª edição desta nossa grande Festa de Quinta do Anjo, que decorre de

29 de Outubro a 01 de Novembro.

O município vai promover, segundo revelou o autarca, durante as festas, na Socie-dade de Instrução Musical de Quinta do Anjo, uma ex-posição sobre o historiador António Matos Fortuna, com «a finalidade de prestar homenagem à vida e à obra de um cidadão que muito contribuiu para escrever e interpretar a história rica e singular de quinta do Anjo e do concelho de Palmela».

Dia 29:20h00 - Receção/inauguração, no salão nobre da SIM, com a participação da banda da SIM;21h00 – Visita às exposições;22h00 – Espetáculo com Orquestra Ligeira da SIM, dirigida pelo maestro Carlos Cardoso;

Dia 30:10h00 – Yoga Avós e Netos, na tenda largo da SIM;21h30 – Concerto com a banda da Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros”, dirigida pelo maestro Pedro Ferreira, na tenda Largo da SIM;22h45 – Concerto acústico com Anjos, no palco, no palco da SIM;00h00 – Café concerto com Ricardo Oliveira & a Banda do Costume, no palco da SIM;

Dia 31: 09h00 – Passeio a Cavalo, pelas ruas da aldeia;09h00 – Jogo de Futebol Infantis B, no campo de futebol L. Martins;09h30 – Arruada pela banda da SIM, nas ruas da aldeia;09h30 – Corrida de Rolamentos, nas ruas da aldeia;10h30 – Elit4You, na tenda no largo da SIM; 11h00 – Jogo de Futebol Infantis A, no campo de futebol L. Martins;15h00 – Workshop de artesanato, por Margarida Tomé, na sala anexa à SIM;15h00 – Jogo de Veteranos Quintajense/Botafogo, no campo de futebol L. Martins;15h00 – Cavalhadas à antiga portuguesa, no Sobral;17h00 – Workshop Iconografia de Santos, por Colin Marques, no espaço Lima Fortuna;18h00 – Concerto pela Orquestra de Câmara da Sociedade Filarmónica Palmelense “Os Loureiros”, no salão nobre da SIM;

20h30 – Procissão noturna, nas ruas da aldeia;21h30 – Espetáculo de Flamenco, por sevilhanas da Sociedade Filarmónica Humanitária;23h00 – Standup Comedy “Serafim, o contador de histórias”, no palco da SIM;01h00 – Café concerto com Box Band & Disco Funk, no palco da SIM;

Dia 1:8h30 – Passeio BTT, nas ruas da aldeia e serra;09h30 –Yoga, na tenda no largo da SIM;10h00 – Passeio motard, com partida e chegada no largo da SIM, em vários locais;10h30 – Jogo de Juvenis, no campo de futebol L. Martins;10h30 – Missa de Todos os Santos, com a participação musical do coro da Igreja de Nossa Senhora da Redenção, Ensemble de Metais da Banda e Coral da Sociedade Filarmónica Humanitária, na Igreja de Nossa Senhora da Redenção;11h00 – Elit4you, na tenda no largo da SIM;14h00 – Homenagem ao atleta Jorge Grave, no campo de futebol L. Martins;15h00 – Jogo de Futebol Feminino, no campo de Futebol L. Martins;15h30 – Procissão, nas ruas da aldeia;17h15 – 9.º Encontro de Coros Regional doo Concelho de Palmela, no salão nobre da SIM;18h00 – Homenagem ao Dr. António Fortuna, no largo do Poço Novo;18h30 – Espetáculo musical com Padre Borga e banda, no palco da SIM;21h30 – Concerto com a banda da Sociedade Instrução Musical, dirigida pelo maestro Pedro Almeida, na tenda no largo da SIM;22h45 – Café concerto com a banda Big Show, no palco da SIM.

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CULTURA

Jovem designer João Praia estreia-se a desenhar figurinos para teatro em musical alfacinha

Principezinho estreou com casa esgotada

TEXTO ANTÓNIO LUÍSFOTOS S.M.

O jovem designer e ensaiador de mar-chas sadinas, João

Praia, de 24 anos, já dese-nhou os figurinos do novo musical da Academia Dramática Escolar “Os Combatentes”, de Lisboa, que tem estreia marcada para o dia 28 de Novem-bro, às 21h30.Esta participação marca a estreia do jovem talento se-tubalense em figurinos para espetáculos teatrais,

que surgiu, por convite, do autor e encenador Carlos Jorge Español, que também ensaia marchas populares em Lisboa e em Almada.João Praia sente-se «mui-to feliz e encantado», uma vez que é «a primeira vez que trabalha na área do teatro, como figurinista, e, logo, em Lisboa», o que demonstra que «o Carlos Jorge Español aprecia o meu trabalho e vê que te-nho qualidade», embora já tenha também dese-nhado figurinos para marchas sadinas.

O designer salienta que, além dos figurinos, a ima-gem gráfica, cartazes e lo-gotipo deste musical, inti-tulado “Melodias nos Combatentes”, também são de sua autoria. «O Carlos Jorge pediu-me para fazer um figurino alegre e vistoso porque vamos brindar, com champanhe, ao regresso do teatro aos “Combatentes”, parado há dois anos». A confeção e supervisão dos figurinos estão a cargo da mestra Rosário Balbi. A abertura vai ser em tons de azul e dourado; a apo-

A estreia de “O Prin-cipezinho”, no dia 2 de outubro, no Fo-

rum Luísa Todi, excedeu «todas as expetativas», refere a atriz Céu Cam-pos, do Espelho Mágico. A sala do Forum estava «completamente esgota-da e o público delirante». Este musical abriu, as-sim, com toda a pompa e circunstância, o 2.º Fes-tival Ibérico de Teatro, a primeira em Portugal, que deslocou a Setúbal e Palmela nos dias 2, 3 e 4 companhias espanholas e portuguesas. Os espetáculos de 15 e 18 de outubro também esti-

T iago Pinto e Ana Pereira, de 18 e 17 anos, respetiva-

mente, venceram o Moda Sado, que teve lugar no passado domingo, no mercado do Livramento, em Setúbal. Ambos vão ficar agenciados na Just Models participar numa campanha de comunica-ção do município sadino. Cerca de 500 pessoas as-sistiram a mais uma edi-ção da Moda Sado, desfi-le que apresentou as coleções de outono/in-verno de lojas de roupa da baixa sadina.Vinte raparigas e rapazes, com idades entre os 15 e os 25 anos, desfilaram na

iniciativa organizada pelo município sadino, em cooperação com a ex--miss Portugal e empre-sária de moda Ana Sobri-nho e o apoio da agência Just Models.

veram esgotados, no Fo-rum Municipal Luisa Todi. “O Principezinho “ voa agora para Palmela e aterra no cine-teatro S.

teose, antes do intervalo, baseia-se nas profissões antigas de Lisboa, em vá-rias cores. A abertura da segunda parte, baseia-se no filme “Chicago”, e as roupas são em tons de preto e vermelho. E no fi-nal do espetáculo, os bai-larinos vão vestir os figu-rinos de João Praia, em tons de preto, prata e branco, que é, no fundo, uma «homenagem à cal-çada lisboeta», enquanto todo o elenco envergará fatos de várias marchas alfacinhas.

João, no dia 7 de novem-bro, pelas 16h30. Depois, «parte em digressão um pouco por todo o País», vinca Céu Campos.

Tiago Pinto e Ana Pereira Vencem Moda Sado

Pela passerelle, além das co-leções de dez lojas da baixa comercial da cidade, desfila-ram modelos de Benedita Formosinho, estudante de Design de Moda da Faculda-de de Arquitetura de Lisboa.

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CULTURA

SESIMBRA24SÁBADO21H30MELODIAS DE PABLO LAPIDUSAS TRIOTeatro João Mota

Os P.L.I.N.T. dão concerto. Trata-se do novo projeto do pianista Pablo Lapidusas, em parceria com o baterista Marcelo Araújo e o baixista Leo Espinosa, nasceram em abril de 2014 no Hot Club Portugal, no momento em que o pianista argentino lançava o CD “Estrangeiro”.

ALMADA24SÁBADO21H30DUPLA PROCURA ESPETÁCULO DE SONHOTeatro Joaquim Benite

“Caminham nus empoeirados”, de Gero Camilo, uma produção do Cine-Teatro Constantino Nery e da Câ-mara de Matosinhos, com encenação de Luísa Pinto e de Gero Camilo, conta a história de dois artistas que partem à procura do espetáculo dos seus sonhos.

PALMELA24SÁBADO21H30ARTIMANHA REPÕE COMÉDIAAuditório de Pinhal Novo

O Artimanha repõe a comédia “ISOPROPILPROPHE-MILBARBITURSAURESPHENILDIMETHILDIMEN-THYLAMINOPHIRAZOLON”, um espetáculo criado com base nos textos de Karl Valentim. A encenação é de Hugo Sovelas. A vida pode ser bem mais alegre do que nos querem fazer crer, é a mensagem da peça.

SANTIAGO DO CACÉM24SÁBADO21H30THE LEGENDARY TIGERMANAuditório António Chaínho

The Legendary Tiger Man é o nome artístico de Paulo Furtado, um artista, vocalista e músico blues português, num estilo de homem-orquestra. Com um estilo singular, Furtado toca guitarra, harmónica e bateria sozinho em palco. Utiliza vários microfo-nes para efeitos, pedais de percussão, instrumenta-ção eletrónica e até Kazoo.

SETÚBAL25DOMINGO21HORQUESTRA ACADÉMICA DÁ CONCERTOForum Luísa Todi

A Orquestra Académica Metropolitana dá o seu primei-ro concerto da temporada 2015/16 da formação lisbo-eta, com a interpretação de obras de Rameau e Ravel, com direção do maestro Jean-Marc Burfin e participa-ção da solista Charlene Farrugia, ao piano. Iniciativa do Mês da Música 2015. Bilhetes a 4 e a 5 euros.

AGENDA

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CONVITES PARA “NOITE DAS MIL ESTRELAS” “A Noite das Mil Estrelas”, em cena no Casino Estoril, é um musical de Filipe La Féria que conta a história do Casino Estoril e da Costa do Sol desde as suas origens à atualidade. O musical faz reviver no palco os grandes artistas que ali atuaram. Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Vanessa, Pedro Bargado, Dora, Rui Andrade, entre ou-tros, são os protagonistas do espetáculo que apresenta um corpo de baile, coreografado por Marco Mercier, e três acrobatas. Para se habilitar aos convites basta ligar 969 431 0 85.

Hamlet regressa ao Teatro Municipal Joaquim Benite

Manos Feist propõem viagem alucinante pela música portuguesa

Continua em cena no auditório do Casino Estoril o musical

“Esta Vida é uma Canti-ga”, de Henrique Feist, com FF, Yola Dinis, Susa-na Félix e Henrique Feist.Mais de 1200 pessoas já vi-ram e aplaudiram este mu-sical, que estreou no pas-sado dia 1 de outubro, Dia Mundial da Música, e que constitui uma «viagem alucinante pelo melhor da música portuguesa». O espetáculo “Esta Vida é Uma cantiga”, com banda ao vivo, liderada por Nuno Feist, pode ser visto de quin-ta a domingo, às 21h30, e do-mingo, às 16 horas. Trata-se de uma produção Artfeist.

Depois de sessões es-gotadas no teatro do Bairro Alto, “Ham-

let”, a co-produção do Teatro da Cornucópia e da Compa-nhia de Teatro de Almada, com encenação de Luís Mi-guel Cintra, já voltou ao tea-tro Joaquim Benite, onde permanecerá até 15 de No-vembro, sempre às 21 horas. O encenador aposta nesta versão, nunca antes levada à cena, e opta pela repre-sentação integral do clássi-co. No papel de protagonis-ta, Luís Miguel Cintra dá-nos a conhecer um Ha-mlet jovem, como Shakes-peare retratou originalmen-te, interpretado nesta produção pelo ator Gui-lherme Gomes, de 22 anos. Em “Hamlet” coloca-se em cena o confronto entre duas gerações: o grupo de jovens

constituído pelo protagonis-ta e pelos seus amigos, que se regem pelos valores em nome dos quais se organiza a sociedade, e os mais ve-lhos – a quem só já importa o poder. É esta dualidade que interessa ao encenador, bem como a forma como a arte se integra, ou não, na evolução do mundo em que vivemos: e como é que no momento presente, gera-ções diferentes vivem, o que esperam do futuro, e o que renegam. Nas palavras de Luis Miguel Cintra: «É essa a tragédia de Hamlet – virar tudo ao contrário, no senti-do de perceberem que a mu-dança não seria reconstruir a sociedade podre que os pais não conseguiram cons-truir, mas sim construir uma outra sociedade. O Hamlet faz o trabalho de recusa,

com erros que lhe custaram a vida, mas deixa a solução para os que vierem depois e entenderem o seu testemu-nho. A certa altura comecei a perceber que isto era igual ao problema político do nosso tempo».São intérpretes Alberto Quaresma, Bernardo Sou-

to, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Guilherme Gomes, Isac Graça, João Reixa, José Manuel Men-des, Luís Lima Barreto, Luís Madureira, Luís Mi-guel Cintra, Marques D’Arede, Nídia Roque, Rita Cabaço, Sílvio Vieira, Tere-sa Gafeira e Tiago Matias

O livro “Contos Infalíveis”, de Henrique Carmo Ma-deira – obra vencedora do

X Prémio Nacional de Conto Ma-nuel da Fonseca – é lançado este tarde, pelas 16h00, na Biblioteca Municipal de Santiago do Ca-cém. A ocasião, onde marcará presença o Vereador da Cultura da CMSC, Norberto Barradas, vai contar com leituras dramatiza-das por parte dos atores Ricardo Moura e Rogério Bruno.

Contos Infalíveis lançado em Santiago do Cacém

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NEGÓCIOS

Os Portos de Setúbal e de Sines continuam a seguir a linha de crescimento

dos últimos anos. Os dados re-ferentes aos primeiros nove me-ses de 2015 (de Janeiro a Setem-bro) indicam um aumento substancial do movimento de mercadorias face ao período homólogo do ano anterior. Até ao passado mês de se-tembro, e comparando com os valores de 2014, o porto de Setú-bal registou um aumento de 13 por cento em TEU, nos contento-res, e 16 por cento em unidade ro-ro. Foram movimentadas 87 mil TEU e 127 mil veículos, o que se traduz em mais 10 mil TEU e mais 9,5 mil veículos, face a igual período de 2014. Segundo dados fornecidos pela administração do porto de Setúbal (APSS), os terminais de serviço público “continuam a evidenciar uma tendência de

PORTOS DE SINES E DE SETÚBAL REGISTAM AUMENTO SIGNIFICATIVO DO MOVIMENTO DE CARGAS NOS PRIMEIROS NOVE MESES DE 2015

Portos da região a caminho de novos recordes na movimentação de cargas

EDP Distribuição entrega prémios “Quiz-S3C”

As duas plataformas portuárias do distrito não param de bater recordes de movimentação de carga. Um êxito que os líderes dos portos de Sines e de Setúbal tem vindo a fazer por isso e querem manter.

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

quidos, 35,7% e 24,8% de cresci-mento respetivamente. Já a Carga Geral aumentou 11.7 %, alicerçada, essencialmen-te, pelos contentores e pelas no-vas cargas (gado vivo) movi-mentadas no Terminal Multiporpose. Nos contentores foram mo-vimentados mais de 1, 022 mi-lhões de TEU, o que representa um crescimento superior a 10,3% comparativamente ao ano anterior. No Porto de Sines, importa referir ainda o aumento do nú-mero de navios recebidos, com um crescimento superior a 8 por cento.

A liderança da plataforma de Setúbal na carga ro-ro

Vítor Caldeirinha, presidente da Administração dos Portos de Se-túbal e de Sesimbra, salienta que o ano corrente tem vindo a de-correr dentro com normalidade e dentro das espectativas que

passam por «manter o cresci-mento na carga contentorizada e pelo reforço da liderança na car-ga Ro-Ro, dois dos principais de-safios lançados pelo Porto de Setúbal». No âmbito do crescimento e desenvolvimento do Porto de Setúbal, no sector dos conten-tores, Vítor Caldeirinha desta-ca o projeto de Melhoria dos Acessos Marítimos ao Porto de Setúbal que «visa dotar o porto para continuar a receber os novos navios de média dimen-são Panamax em qualquer maré, uma necessidade resul-tante do aumento do tamanho e calado dos navios, e que per-mitirá manter a posição do porto no mercado shortsea de contentores e deepsea ro-ro e carga fracionada, no hinter-land nacional e ibérico». A este projeto, acrescenta o respon-sável, «junta-se a grande capa-cidade de expansão a low cost que o porto dispõe, já anuncia-da, e que permite encarar o fu-turo com grande confiança». No que diz respeito à carga Ro-Ro, no Porto de Setúbal está a decorrer, até ao final deste ano, a construção do projeto de expansão do Terminal Ro-Ro Coelho da Mota para jusante em mais 5 hectares, destinados à execução de serviços de valor acrescentado em veículos movi-mentados no terminal. Um in-vestimento que, nas palavras de Vítor Caldeirinha, tem como ob-jetivo «tornar o Porto de Setúbal num “hub” Ro-Ro na ligação en-tre as rotas do Atlântico, África, Ásia e as linhas do Mediterrâ-neo, igualmente potenciando a distribuição de automóveis para Portugal e Espanha, até Ma-drid».

Sines a todo a gás chega aos 33 milhões de toneladas de carga

O Porto de Sines encerrou o terceiro trimestre de 2015 com 33,3 milhões de toneladas de mercadorias movimentadas. Para João Franco, Presidente da Administração, estes núme-ros «demonstram que o Porto de Sines continua o seu proces-so de crescimento e que, apesar de alguns abrandamentos no comércio internacional, o porto continua a crescer acima da média internacional». Para alcançar estes resulta-dos que permitem o desenvolvi-mento sustentável do porto de Sines, além da localização privi-legiada, João Franco sublinha o «investimento na qualidade dos serviços e nos equipamentos modernos e sofisticados, a con-tratação de pessoal especializa-do e altamente qualificado» e, sobretudo, «o grande esforço por parte dos concessionários e, de uma forma mais discreta, da administração portuária, que «apenas dá condições para que os agentes económicos possam criar emprego, gerar riqueza e contribuir para o crescimento da economia nacional e interna-cional». Quanto ao futuro, João Franco garante que, apesar dos obstáculos e das dificuldades existentes ou que possam sur-gir, a linha a seguir pelo porto de Sines é a mesma. «Temos perspetivas de continuação de crescimento nos próximos anos. Há muita competitivida-de, riscos e incertezas na eco-nomia mundial, mas, mesmo assim, temos expectativas mui-tos positivas».

crescimento”, com 3,8 milhões de toneladas processadas até se-tembro, mais cerca 5% de carga relativamente a 2014. Na lideran-ça está o Terminal Sapec Granéis Sólidos e Líquidos, com 583 mil toneladas, mais 21%, seguido do Terminal Ro-Ro Coelho da Mota, com 185 mil toneladas, mais 18%. No Terminal Multiusos Zona 1, concessionado à Tersado, foram movimentadas 1,4 milhões de to-neladas, mais 6% do que no ano passado. A tendência de crescimento contínuo verifica-se também no Porto de Sines, um dos maiores portos a nível nacional que nes-tes primeiros nove meses do ano apresenta um crescimento de 20,9% relativamente a período homólogo de 2014, tendo sido movimentadas 33,3 milhões de toneladas de mercadorias. No porto de Sines “todos os segmentos de carga cresceram e contribuíram para este resulta-do”, com especial destaque para os Granéis Sólidos e Granéis Lí-

A EDP Distribuição entre-gou, na passada quarta--feira, 21 de outubro, na

Biblioteca Municipal de Alco-chete, os prémios do jogo online que promoveu, em exclusivo, neste concelho. Arlindo Fragoso (1º, bicicleta elétrica), Inês Neto (2º, computa-dor) e Micaela Ferreira (3º, ta-blet), foram os grandes vencedores da competição que contou com a participação de mais de uma centena de jogado-res, um número que, segundo a EDP distribuição, representa o “forte envolvimento da comuni-dade escolar alcochetana”. Dos sete concelhos em que a EDP Distribuição está a instalar EDPboxes no âmbito da nova

fase do projeto InovGrid, Alco-chete foi o único em que se reali-zou o Gamification, um jogo on-line cujo objetivo é “envolver os cidadãos na temática das redes inteligentes e da eficiência ener-gética”. O passatempo “Quiz-S3C” foi promovido no âmbito do Projeto S3C, que se cumpre em Portugal pela EDP Distribuição, parte in-teressada de um consórcio que integra mais seis empresas de outros tantos países europeus: Suécia, Holanda, Eslovénia, Bél-gica, Itália e Alemanha. S3C é a sigla para “Smart Consumer, Smart Costumer, Smart Citizen”, isto é, “Consumidor, Cliente e Ci-dadão Inteligente”. O jogo, financiado pela União

Europeia ao abrigo do 7º. Pro-grama Quadro para a Investiga-ção e o Desenvolvimento Tecno-lógico foi lançado pela EDP Distribuição em exclusivo em Alcochete e contou com o entu-siasmo da Comunidade Escolar de Alcochete, bem como com as especificidades e funcionalida-des do projeto InovGrid, já em desenvolvimento avançado no concelho. Os vencedores foram encon-trados através do somatório de pontos conquistados no jogo onli-ne com os ganhos graças à redu-ção de consumos conseguida em sua casa (todas as semanas o con-sumo semanal do participante foi comparado com o consumo da se-mana homóloga do ano de 2014).

No fim, realça a EDP Distri-buição, “todos os concorrentes ficaram a ganhar, na medida em que aprenderam e testaram conceitos que lhes vão permi-tir integrar-se melhor na cons-

trução de uma comunidade in-teligente que promova a eficiência energética e o seu envolvimento e satisfação en-quanto Clientes, Cidadãos e Consumidores”.

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SEMMAIS | SÁBADO | 24 DE OUTUBRO | 2015 | 13

DESPORTO

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A campanha nacional “Pelo Combate à Pobreza e à Exclusão Social” esteve na

origem da realização do torneio de futebol 7 pela Cáritas Dioce-sana de Setúbal. Sensibilizar a população para a importância desta temática, que «deverá ser ouvida em qualquer atividade», foi o principal objetivo do tor-neio, decorrido no passado do-mingo, no campo do Vitória Fu-tebol Clube.

Paulo Prezado, da resposta social sem-abrigo da Cáritas de Setúbal, sublinha que ao pro-mover este tipo de ação, a insti-tuição pretende passar à comu-nidade uma mensagem de «reunião entre várias equipas, de diferentes opções e com dis-tintos objetivos de vida, mas que, através do desporto e, nes-te caso, do futebol, assume a união de todos, sem qualquer tipo de exclusão». Com iniciativas desta natu-reza, que une o desporto à soli-dariedade social, a Cáritas pro-cura ainda dar a conhecer o

CÁRITAS DIOCESANA DE SETÚBAL ORGANIZOU PRIMEIRO TORNEIO DE FUTEBOL 7

Comunidade unida pelo futebol contra a exclusão social

A Caritas Diocesana de Setúbal promoveu, no passado domingo, um torneio de futebol 7, no Estádio do Bonfim. Uma iniciativa desportiva, de carácter social, que contou com o envolvimento de setenta pessoas e de oito instituições.

trabalho que desenvolve, como as atividades lúdicas e a prática desportiva, e também demons-trar o «forte convívio» que existe entre as várias institui-ções da região. Este foi o terceiro torneio organizado pela Cáritas de Se-túbal, sendo o primeiro na mo-dalidade de futebol de 7. A ini-ciativa contou com a participação de quatro equi-pas: S. Francisco Xavier F.C. (Cáritas Setúbal), Centro Jo-vem Tabor, Companhia de Bombeiros Sapadores de Setú-bal e Vitória F.C. (veteranos).

Todos ganharam, mas vetera-nos estiveram no topo

No final, embora o primeiro lugar do pódio fosse alcançado pelos veteranos do Vitória de Setúbal, todos saíram vencedores. Para Paulo Prezado, o balanço do evento foi muito positivo. «As equipas participantes aceitaram, sem hesitar, o nosso convite e notou-se a boa disposição e com-panheirismo entre todos os atle-tas. O objetivo a que nos propu-semos foi cumprido. Até o tempo esteve do nosso lado, oferecen-do-nos um clima fantástico». Satisfeito, Paulo Prezado, ga-rante que o torneio de futebol 7 veio para ficar. «Os participantes mostraram todo o interesse e disponibilidade total para outros eventos. Vamos continuar, com mais força, e sempre com o sen-tido orientado para a comunida-de em geral». De sublinhar que a Cáritas Diocesana de Setúbal, com uma equipa direcionada para o fut-sal, tem promovido vários tor-neios e participado noutros tan-tos organizados por outras instituições da cidade. Incluindo as quatro equipas participantes, compostas por jo-gadores e treinadores, o evento contou com a colaboração, direta e indireta, de setenta pessoas e de

oito instituições, tais como Ana Marques e Francisco Oliveira, dois árbitros profissionais cedidos pela Associação de Futebol de Setúbal e Associação de Árbitros de Setúbal, o ex-jogador de futebol, Rui Este-ves, o Vice-presidente do Vitória, Miguel Oliveira, a coordenadora do Voluntariado Dra. Fernanda Lopes, Madalena Reverendo, e o professor Eugénio Fonseca, presi-dente da Cáritas Diocesana. «Con-támos também com a ajuda do pessoal responsável pela manu-tenção das instalações do estádio e com a dedicação dos voluntários e colaboradores da Cáritas que fo-ram, sem dúvida, incansáveis e estiveram à altura deste desafio», frisa Paulo Prezado. Tal como já foi referido, esta atividade foi realizada no âmbi-to de uma iniciativa de sensibili-zação, a nível nacional, “ Pelo Combate à Pobreza e à Exclusão Social “, que convidou institui-ções e organismos a desenvol-ver atividades e eventos, no sen-tido de promover esta problemática. A Cáritas Diocesana de Setú-bal inscreveu-se, programando duas atividades. Além do torneio de futebol de 7, a instituição apresentou um mural com o tema em questão, criado nos próprios ateliers de arte, com recurso a material reciclado.

TEXTO RITA MATOSFOTOS SM

Os cabeças de “alho chcocho”…

Com laivos de alguma sur-presa para quantos se-guem mais de perto as

complicadas peripécias do fute-bol, surgiu na ribalta de alguns “mass-media” o nome semi-es-quecido de Fábio Paim.Há uma dúzia de anos, na frutu-osa “oficina” do Sporting, mesmo antes de Alcochete, um alegre “puto” de raízes africa-nas, sob tutela do infatigável Aurélio Pereira (e sem esquecer César Nascimento) deu nas vistas com o seu talento, feito de habilidade natural.Dos Infantis aos Iniciados foi um pulo de que nos recordamos bem. Entretanto, Fábio espigou, tornou-se mais conhecido e apreciado, parecendo capaz de altos voos, na esteira de Luís Figo e Nani.Apareceram então os maus conselheiros, inveterados “amigos da onça” e o adolescente Fábio Paim encetou um percurso de que não pode orgulhar-se.A habilidade de pés não coincidia com uma cabeça arrumada e quem acreditou no “menino Fábio” sofreu profundas decepções.Um caso típico (e lamentável!) de uma “cabeça de alho chocho” como sói dizer-se. E passaram-se

longos anos, com Fábio Paim a resvalar para o esquecimento.Andou pelo estrangeiro, esbanjou energias, decepcionou familiares e amigos e só em 2012 se voltou a falar de um tal Fábio Paim que muito prometeu e muito pouco cumpriu…Sabe-se lá porquê, depois de mais um falhanço de conduta no tão popular Futebol Benfica (Fófó), do abençoado presidente Estanislau, Fábio Paim “reapare-ceu” com novas promessas de juízo e dignidade coincidentes com a sua idade (quase 25 anos) e recente condição de pai.E poderá dizer-se que o ávido jovem Fábio “caiu no goto” de um certo sector de “mass-media”, dando mergulhos sem nos parecer capaz de “mergulhar”, com arrependimento sincero, no que de censurável se lhe aponta.Gente boa, de muita qualidade, que o tentou ajudar está agora, tal como eu na expectativa do que se seguirá. Diz-se, por vezes, que a maturidade plena só acontece aos 25 anos. Será o caso de Fábio Paim? Tentaremos saber da resposta, nos próximos tempos.Caso similar, ainda mais grave ocorreu em Setúbal, nos domí-nios do clássico Vitória. Teve por

personagem fulcral um promis-sor futebolista africano, de humildes condições, que o Clube protegeu e muito aconse-lhou. Nos Iniciados dos sadinos, botou figura e foi sendo conhe-cido com o epíteto de “Bom-bokas”. Conhecemo-lo por intermédio do grande “carola” que é o meu muito prezado amigo, Nicolau da Claudina.No seu jeito peculiar, de que tantos têm beneficiado, Nicolau arvorou-se em “padrinho” e conselheiro do vivaço Bombokas que no jogo da bola, semana a semana, ia dando boa conta de si.O Vitória apoiou o jovem mas bem cedo o rapazinho, de 15 anos, optou por péssimos caminhos, de nada valendo a inigualável bonomia do ocasional “padrinho” nem tão pouco o apoio e aconse-lhamento de alguns seniores, com destaque para o bem conhecido Jaime Pacheco. O rapazinho José Luís Tavares, de seu nome, a todos decepcionou.E sucederam-se os maus moti-vos- indisciplina, roubos, drogas ligeiras, noitadas, bebidas, etc. Ainda juvenil, “Bombokas” foi parar à prisão e apesar de promessas pessoais nunca mais recuperou, desperdiçando

ensejos de reabilitação que Nicolau da Claudina e o próprio Vitória de Setúbal lhe proporcio-naram. Sempre que beneficiava de saídas precárias, não tardava em asneirar e depressa voltava aos calabouços onde, provavel-mente, ainda sem mantém. E esta triste história do Zé Luís- “Bom-bokas”, pode e deve dar que pensar. Infelizmente, com todas as ganâncias que o futebol de hoje permite e potencia, os casos de jovens jogadores com “cabeça de alho chocho” são mais frequen-tes, na esteira de Fábio Paim, “Bombokas” e outros que tais. E nestes tais que referimos não cabem apenas as jovens promes-sas como “Paim e Bombokas”- longe disso!Com tristeza citamos 2 casos de homens fortes que se inserem nesse epíteto de “cabeças de alho chocho”. O britânico Gascoigne, enfrascado em

álcool e droga depois de ter sido aos 18 anos como um talento excepcional, chegando à internacionalização e sendo distinguido com o super-prémio no Festival de Toulon, quando foi figura de proa nos Sub-21 da Inglaterra. Ganhou bom dinhei-ro e hoje é um triste vagabundo que todos lamentam.Para os sadinos já bem adultos surgirá a lembrança do triste fim do talentoso Vítor Baptista que tantos quiseram ajudar após ter sido vedeta do Benfica e da Selecção Nacional.Mais um caso de má cabeça que lhe ditou uma morte prematura que Setúbal não esquece.Haverá quem nos leia que, se lhes for possível, interfiram para evitar os casos lamentáveis que evocamos. O futebol pode e deve ser uma escola e não um princí-pio para a desgraça social. É essa a principal a principal intenção desta minha crónica.

QUATRO LINHAS

DAVID SEQUERRAColaborador

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OPINIAO

Diretor Raul Tavares | Redação: Anabela Ventura, António Luís, Bernardo Lourenço, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores | Departamento Comercial Cristina Almeida - coordenação | Direção de arte e design de comunicação DDLX – www.ddlx.pt | Serviços Administrativos e Financeiros Mila Oliveira | Distribuição José Ricardo e Carlos Lóio | Propriedade e Editor Mediasado, Lda; NIPC 506 806 537 Concessão Produto Mediasado, Lda NIPC 506 806 537 | Redação: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. E-mail: [email protected]; [email protected]. | Telefone: 93 53 88 102 | Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA. Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Maiscom, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Península de Setúbal e fundos comunitários

Regresso a Elsinore

Antes do “25 de Abril” (seguido das nacionaliza-ções e acolhimento da

maior parte dos “retornados” no procº de descolonização) e entrada dos Fundos Comunitá-rios, a PSet era a 2ª região mais desenvolvida, pela instalação de Grandes Clusters Industriais, induzindo a partir do início do século XX autêntica explosão demográfica, sendo de longe a região que mais cresceu populacionalmente, a 3ª mais densa. As PME´s e Startups crescem mais nas regiões N/C, são mais favorecidas através da internacionalização e apoios. Em contrapartida a PSet foi perdendo parte de Clusters e Grande Empresas. Os Fundos Comunitários, que têm com-pensado muito pouco esta erosão económica, favoreceu bem mais as regiões: N/C/GL. No conjunto das regiões N/C/AML(GL+PSet): 1989-2011-Fundos Comunitá-rios/Comparticipações Nacio-nais: N-45%/C-31/AML-24 (PSet-8%). 1995-2010-PPP(Parcerias Público Privadas)/Concessões Rodo-Ferroviárias: N--49%/C-31/AML-20, dando origem a que na densidade de estradas, das 7 maiores 6 localizam-se nas regiões N/C, e GL 2ª. 2008-2010-PPP-Saúde: N--34%(Braga)/GL(V.F.Xira,Loures,Cascais)-66/PSet-0%. PORQUE NÃO o HOSPITAL no SEIXAL ? Com a construção ampliada do futuro

Hospital da CUF em Alcântara ainda querem construir o Mega-Hospital Lisboa Oriental, quando o Hospital mais próximo do Seixal está “a rebentar pelas costuras”?Esta injusta repartição de verbas reflete-se nos 3 indica-dores: Índice Sintético de Desenvolvi-mento: as GL e GPorto têm os maiores valores (PSet só tem 6% do VAB Nacional) demons-trando a força que têm as PME (90% do emprego) naquelas regiões. PIB per capita: Entre as regiões que divergiram da média Europeia onde só a GL ultra-passou a média Europeia(108%) a P.Set é a que tem o mais baixo PIBpc(57%-cerca de metade da GL). Mostram fiasco na aplica-ção das verbas comunitárias. No que respeita à Elegibilidade (nivela as decisões comunitá-rias) é definido que as regiões com PIBpc inferior a 75% devem ser consideradas “Regiões menos desenvolvidas” onde a PSet devia estar, à imagem do que aconteceu com as Regiões: Oeste, Médio Tejo e Lezíria do Tejo. Desemprego: PS tem a 4ª maior taxa. Centro tem as menores taxas. A falaciosa teoria de que o facto de a PS estar próxima da GL ”pode ser menos ajudada” esconde as necessidades da PSet e aumenta os movimentos pendulares PSet-GL com excessivos custos de mobilida-de, tornando-a “dormitório de

Lisboa” reduzindo a qualidade de vida dos habitantes da PSet. Como se não bastasse (última oportunidade?) no PORTU-GAL2020 o “assertivo loby” Centro/Norte usando o princípio “quem não exige não mama” ao contrário do que propagandeiam continua a ter a maior fatia dos Fundos Comunitários/Comparticipa-ções Nacionais : Programas Operacionais Regionais: N-53%/C-34/AML-13(PSet-?); PETI3+ (Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas, sector para onde têm sido canalizadas as maiores ajudas): N-32%/C-37/GL-22/PS-8. E, Plano de Proximidade Rodo--Ferroviário: N-23%/C-52/GL-16/PSet-9.Culminando na Repartição Final Global: N-45%/C-32/AML-23(P.Setúbal 8). E, N--13,5mil€/hab, C-15/AML-8,9. Desmistificando o anestésico dos fortes lobbies Centro/Norte que “têm feito pela vida”. Um dos erros na aplicação das verbas é a extensão do Metro de Lisboa à Reboleira (63M€ e fora de Lisboa). Para quê se já existem 3 estações (Sete Rios, Entrecampos e Roma-Areeiro) que fazem interface com a CP?

ACTUALIDADESCALDEIRA LUCAS

CONSULTOR E ESPECIALISTA EM TRANSPORTES

E é isto. Temos até dia 15 de Novembro para nos despedirmos do Hamlet

que fizemos com o Teatro da Cornucópia. O teatro é assim: os ensaios em Maio e Junho, a estreia no Festival de Almada, a carreira de Setembro e Outubro em Lisboa (com as últimas sessões esgotadíssimas), e agora mais quatro semanas em Almada. E depois, nada. Mais um espectá-culo que já só vai viver nas memórias de quem o viu – e de quem o fez. “O resto é silêncio”, como se diz no final da peça.Nas últimas semanas temos visitado as escolas de Almada e do Seixal para conversar com os alunos sobre a peça. E há sempre alguém que tem algumas coisas a dizer-nos sobre o malogrado Príncipe da Dinamarca. O Ricardo Pais, quando cá esteve a fazer o Mercador de Veneza, bem nos dizia que “o Shakespeare é sempre um blockbuster”. E, de

facto, há qualquer coisa nestas peças, nesta poesia (aqui filtrada para o português por Sophia de Mello Breyner), que as torna próximas de todos nós. Distân-cias à parte, claro, quem é que nunca se sentiu nos mesmos assados do príncipe danês? Ser – não ser. Agir – não agir. Os alunos do Secundário falam-nos com desassombro das suas vidas e das suas formas de olhar para o Mundo. Chegam ao Hamlet através da versão on-line que encontraram da versão dos Simpsons. Vou-lhes dizendo que o Guilherme Gomes há-de ser diferente do Bart Simpson. E que pode levá-los para zonas onde os desenhos animados não chegam. Depois mostramos um excerto da peça, em vídeo, entre o Hamlet e a Ophélia. Há o tal silêncio que acontece nas salas de teatro, quando desce o duende. As bocas ficam abertas, vazias. Vão conferindo o texto da

cena, na tradução de Sophia, espantados por verem como é que a partir de palavras escritas num papel, sem vida, se chega ao teatro – se chega à construção de uma realidade outra.No final uso com eles a técnica do Tom Sawyer: que o espectá-culo tem quatro horas, que não é para rir, que não se trata de uma visita-de-estudo-com--lancheira-festarola-e-tudo, que não é de borla (mas é baratinho). Mas já não adianta. Eles querem vir. Não querem todos – mas querem alguns. Querem aqueles que nós queremos que venham ver-nos:

os que procuram uma experiên-cia que os transcenda; os que gostam de arriscar. Rodeiam a professora, no final, a combinar uma data. Acaba tarde, mas ainda há, no Ensino Público, quem não se importe de levar os alunos a casa, à noite, de carro. É também para eles que cá estamos, até dia 15.P.S: Luis Miguel Cintra anunciou que, após a carreira deste espectáculo, não voltará a pisar o palco como actor. Continuará, no entanto, a encenar. Fraco consolo, na hora de nos despedir-mos do melhor actor português do século.

EDITO

RIAL

Raul TavaresDiretor

Com: T.Multiusos Barreiro, outros projetos para a região que foram apresentados no PETI3+ mas não considerados prioritários de que é exemplo a ligação Barreiro-Seixal. Aero-porto no Montijo que reforça a necessidade do túnel Algés--Trafaria concluindo a Circular Rodoviária da AML. A33 é “só” para ir para as praias da Costa/Fonte da Telha? Mesmo que o tráfego seja partilhado com a ponte 25A, estas 2 infraestrutu-ras terão as maiores procuras nacionais e rentabilidades asseguradas. Preferem cons-truir um novo IP3 em vez de melhorarem o existente, em regime PPP de rentabilidade duvidosa ? Mesmo com o aqui proposto, no total as ajudas para a PSet subiriam só para 9,5%. Não termos Governantes da PSet que decidissem estas matérias, deu nisto. Para quando a Justa Repartição da Origem Territorial dos Deciso-res ? O que têm feito os Srs. Deputados que devem defen-der os interesses da nossa região ? Querem que a Penín-sula de Setúbal regresse aos períodos negros de enorme crise entretanto verificados? 25% estão na pobreza.

BOCA DE CENA

RODRIGO FRANCISCODIRETOR DA CTA

Nunca tive apreço por Cavaco Silva enquanto primeiro-ministro, que

considero um dos vários respon-sáveis pela entropia política, económica e social do país, nas últimas décadas, e tão pouco como presidente da República.Ao contrário de muitos, julgo que Cavaco Silva não tem estatura de estadista, pressu-posto que ficou agora bem provado no discurso de indigitação de Passos Coelho como primeiro-ministro. Antes e depois de 4 d Outubro, o presidente da República disse ter estudado todos os cenários e afirmou saber o que fazer perante todos eles. Pediu até escusa da presença no dia da República para melhor ajuizar a situação do país.Cometeu o primeiro erro ao chamar Pedro Passos Coelho a Belém, antes de fazer a necessá-ria consulta a todos os partidos. Abriu uma brecha, já o tinha escrito. Anteontem, ao abrigo das suas competências constitucionais, podia apenas ter indigitado o líder do seu partido, ressalvando a sua argumentação nas nossas tradições eleitorais. Foi mais longe, atirou para fora do sistema democrático partidos da esquerda que valem 3 milhões de eleitores, considera-dos proscritos pelo Senhor Cavaco e chantageou os portugueses.A chamada esquerda radical de que tanto se fala hoje em Portugal, e que Cavaco ostraciza, é a mesma que, perante os horrores da austeri-dade, plantada em Portugal e no sul da Europa, pelos mercados e pelos investidores, conseguiram suster, ao extremo, a guerrilha social. É um facto.E extremismo e radicalismo, tem sido o medo e a chantagem dos tais “mercados e investido-res” de que o Presidente proclamou como ‘intocáveis’ em nome, imagine-se, da estabi-lidade “política, económica e social”. Estou à vontade, porque defendia que a coligação deveria governar, por ter ganho, e a oposição deveria obrigar PSD e CDS-PP a mudar políticas. Mas, agora, Cavaco Silva deu força a um governo de esquerda e até uniu os socialis-tas que pretendeu dividir.Estes tempos políticos estão a ser apaixonantes!

As verdades Cavaco Silva

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SEMMAIS | SÁBADO | 24 DE OUTUBRO | 2015 | 15

OPINIAO

Hoje, em 30 municípios, 54 iniciativas de cidadania local celebram o Dia

Municipal para a Igualdade entre homens e mulheres numa afirmação que mais igualdade é mais e melhor desenvolvimento (facebook.com/Dia-Municipal--Para-a-Igualdade).A ONU e o Banco Mundial reconhecem que a igualdade entre mulheres e homens não é apenas uma condição, mas um poderoso motor de crescimento económico que pode ajudar a trazer justiça social, devendo ser esta uma prioridade nos apoios ao desenvolvimento. Em muitos aspetos, ao nível mundial, a vida das raparigas e das mulheres mudaram radicalmente nos últimos 25 anos e de forma muito mais rápida que no seculo passado, mas em muitas áreas pelo contrário o progresso para alcançar a igualdade de género tem sido muito limitado mesmo nos países desenvolvidos. Com efeito na Europa e em Portugal os progressos na igualdade entre homens e mulheres, ao nível legislativo e nas práticas, foram muito grandes nos últimos 30 anos, o que leva muitas pessoas, mulhe-res e homens a considerarem que atualmente, na europa, não faz sentido continuar a “batalhar” pela igualdade entre homens e mulheres.No entanto não é manifestamente essa a situação. A igualdade entre mulheres e homens é um dos desafios mais ambiciosos da evolução dos modos de organiza-ção social da humanidade, porque se trata de uma mudança profunda da forma como a grande maioria dos grupos humanos se organizaram, que resultou numa atribuição de papéis sociais e de poder de

forma muito dicotómica e desigual entre os homens e as mulheres e, principalmente, porque convoca mulheres e homens a se repensarem e a construir formas equitativas de partilha do poder e da vida. Apesar dos avanços, na legislação e nas práticas dos homens e das mulheres, na família, sociedade e organizações, as desigualdades de recursos, de direitos e de poder entre homens e mulheres, quando considerados em circunstâncias sociais e de vida equivalentes, mantêm-se em todas as esferas. Os níveis de habilitações das mulheres tiveram uma enorme progressão, existindo atualmente mais mulheres do que homens com habilitações académicas superiores. No entanto continua a existir uma disparidade nos salários. Em 2014 em Portugal, as mulheres ganharam, em média, menos 17,9% do que os homens (17% na Europa). Esta desigualda-de salarial tem diversas causas, sendo as mais evidentes as diferenças salariais entre os setores de atividade e tipologia de empresas que contratam predo-minantemente homens ou mulheres. Mas, quando se analisa esta desigualdade salarial mais detalhadamente, verifica-se que quanto mais elevado é o nível de qualificação maior é o diferencial salarial, sendo a desigualdade salarial, em média, entre as mulheres e os homens quadros superiores de 28%. No caso de chefias de topo, em grandes empresas, exercendo as mesmas funções, a desigualdade nos salários entre mulheres e homens é frequentemente ainda mais elevada. Se está convicto/a que esta questão não respeita a sua empresa desafiamos a verificar a situação com a “calculadora de desigualdades salariais disponibi-

lizada pela Comissão para a igualdade no Trabalho e no Emprego http://calculadora.cite.pt/index.php/welcome/homeTambém ocorreram, na última década, avanços muito significa-tivos da legislação e das medidas de intervenção no combate à violência doméstica. Apesar disso, nos últimos 10 anos, morreram 398 mulheres em Portugal, vítimas de atos de violência doméstica. Em 2014 morreram 42 mulheres e 24 mulheres no primeiro semestre de 2015. Também o elevado número de participações ou queixas do crime de violência doméstica se mantêm, estamos ainda na fase de desocultação de situações consideradas somente do foro privado.Associado a todo o trabalho de suporte às vítimas deste crime e de condenação legal do agressor, é necessário continuar a desen-volver campanhas de prevenção primária da violência domestica e da violência entre jovens, que desconstruam a convicção ainda generalizada que entre marido e mulher, ou namorado e namora-da a “violência é privada e ninguém tem nada a ver com o assunto”. As pessoas intervêm mais rapidamente para impedir uma agressão perpetrada por um desconhecido sobre uma mulher do que se se apercebem que existe uma relação de intimidade entre o agressor e a vítima. São também necessárias campa-nhas que desconstruam a identificação da violência com a masculinidade. São exemplo as campanhas desenvolvidas pela SEIES nos concelhos de Palmela e de Setúbal: “Ser homem é dizer não à violência contra as mulhe-res” e “Homens de Setúbal contra a Violência Domestica” em que 31 homens conhecidos nas mais

diversas áreas deram cara nesta a firmação. Esta campanha ainda hoje tem continuidade no facebook e desmultiplica-se nas campanhas “Jovens de Setúbal dizem Não à Violência no Namoro” que se realizaram em agrupamentos de escolas.A indignação manifesta de homens e mulheres contra atos de violência doméstica, a afirma-ção dos homens de que “ser violento não é de homem”, quando generalizada, podem constituir-se como um forte desincentivo à ocultação destes atos e à sua existência.Também se continua a verificar uma forte disparidade quanto à organização do tempo dos homens e das mulheres. Com efeito, comparando homens e mulheres em circunstâncias de vida equivalentes, neste caso tendo atividade profissional a tempo inteiro, verifica-se que as mulheres despendem semanal-mente mais 13 horas por semana de trabalho doméstico e de parentalidade do que os ho-mens. No século passado exigia-se aos homens a partilha das tarefas domésticas, para libertar as mulheres desta dupla jornada. Atualmente enfoca-se no direito que os homens de ter um papel mais ativo na esfera privada e na relação com filhas e filhos. Com efeito nos últimos 15 anos as alterações à legislação do trabalho relativa à parentali-dade visaram conferir mais direitos ao pai após o nascimen-to de um/a filho ou filha. A

grande revolução do século XX é a relação direta de afeto e de cuidados dos homens com os seus bebés e criança de tenra idade. A grande mudança nos finais do século XX e século XXI é os homens organizarem-se para reclamarem os seus direitos de parentalidade. Em parceria entre a SEIES e a Escola Superior de Setúbal foi desenvolvida a campanha “Amor de Pai”, kit informativo e material de informação, para os centros de Saúde e Hospitais, no sentido de os profissionais de enfermagem serem elementos estratégicos na sensibilização de proximidade de mães e pais para o gozo dos seus direitos de parentalidade.

Convite à participação em próximas atividades com a SEIES sobre Igualdade entre homens e mulheres em Setúbal:

•27 de Novembro no auditório Charlot - Conferência “Cami-nhos Partilhados em (Des)Igualdade (?)” • Dia 6 de Novembro no Centro de Cidadania Ativa - Reunião para a organização da 23ª edição do programa Março Mulher •De 25 de Novembro a 10 Dezembro – atividades diversas do Agrupamento de escolas Lima de Freitas e da SEIES no âmbito do programa das Nações Unidas “ORANGE THE WORLD: END VIOLENCE AGAINST WOMEN AND GIRLS”

Igualdade e desenvolvimento

CIDADANIAS

ISABEL REBELOSÓCIA FUNDADORA DA COOPERATIVA SEIES

Sinais do Turismo. Turismo sem Sinais.Números. Quantidades. Dormi-das. Hóspedes. Atendimentos nos postos de turismo. Receitas. Rentabilidade. Taxas de ocupa-ção. REVPAR (receita por quarto disponível). Número de hotéis. Proliferação de hostels. Os últimos dois anos olharam para o turismo através da lente, supostamente focada, dos números. O turismo permitiu apresentar um país de sucesso. Sempre a crescer. E, desta forma, um país a desesperar por boas notícias, encontrou-as, precisa-mente, no turismo. E o turismo tornou-se assim número, argumento político e, até, adorno, mais ou menos generalizado, em discursos, estratégias várias e ambições diversas. Nunca tantos e ao mesmo tempo falaram de turismo.Passada a euforia é bom que voltemos ao trabalho. E, espere-mos, com duas lições aprendidas.A primeira é de que Portugal tem nas mulheres e nos homens que

empreendem, que investem e que trabalham no turismo um setor de excelência. Reinventaram o negócio. Ampliaram e mudaram as ofertas e os serviços ao dispor dos turistas. Foram à procura de novos mercados. Elas e eles (os verdadeiros protagonistas do ciclo de bons resultados) são a base do passado recente, do presente e, portanto, do futuro.A segunda (lição) é de que o turista é o centro e a base da indústria. O que fazemos, o que precisamos de fazer, tem como objeto pessoas em concreto. Com nomes, personalidade, vontade e gostos próprios. E, para além do mais, são totalmente livres de escolherem outro país, outra região ou outra cidade. Logo se os queremos aqui temos de ter um aqui que valha a pena. Que seja apelativo, diferente e sedutor (e quanto no turismo não tem a ver com sedução?).Dos muitos sinais que vieram do turismo em tempos de crise e de

desencanto dois parecem-me particularmente interessantes.O primeiro são os hostel. A Região de Lisboa tinha no início de setembro 79 hostels (48 só em Lisboa). O crescimento e a proliferação deste alojamento significou novos turistas, que de outro modo não viriam ou dificilmente viriam ao nosso país, e uma outra forma de oferta turística. Como em tudo, sob a designação hostel existem muitas realidades distintas: mais ou menos conforto, até a possibili-dade do luxo, visões comunitá-rias de vida ou pura e simples-mente preço acessível.A reformulação da legislação, em abril, permitiu esclarecer melhor o conceito de hostel e atenuar uma certa “confusão” concorren-cial com o conceito hotel.O essencial é que temos não apenas mais oferta mas outras ofertas. E se elas têm clientes, e têm, é porque fazem todo o sentido. Complementarmente

estamos a falar de alojamentos de pequena e de média dimensão particularmente adaptado à reabilitação e recuperação de edifícios em centros históricos. Esta pode ser perfeitamente uma segunda oportunidade para edifícios que perderam os seus usos e as suas funções.A Rua Cândido dos Reis, em Cacilhas, exemplifica toda esta mudança.O segundo sinal é a liberdade. Durante décadas dividimos e classificámos os turistas através das suas motivações. Haveria um turismo de lazer, um outro de negócios, ainda outro de con-gressos, turistas de golfe, turistas

apaixonados pela natureza e outros pela gastronomia. E assim deixámos de pensar em pessoas em concreto e passámos a pensar em abstrações e ideias feitas.Hoje é claro que cada turista é uma tribo. Um turista pode gostar de natureza, estar num congresso e apetecer-lhe ouvir fado, tudo na mesma viagem. Ela ou ele é que sabem. E todas as combinações são possíveis. A cada um segundo os seus gostos.Este desafio, um marketing muito mais personalizado, levanta problemas complexos mas está aí para ficar.Liberdade, liberdade, liberdade é o novo sinónimo de turismo.

TURISMO SEMMAIS

JORGE HUMBERTO SILVACOLABORADOR

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ÚLTIMA

New York Post coloca Comporta entre os destinos “top” de Portugal

O prestigiado New York Post acaba de colocar a Comporta

entre as maiores atrações turísticas do país no chama-do turismo de sol e mar. Numa crónica, devidamente ilustrada, de Jessie Knadler, o jornal chama a atenção dos leitores para a rara pos-sibilidade de se encontrar por aqui uma natureza ain-da em estado puro. Chega

mesmo ao ponto de compa-rar a Comporta a uma re-gião «pouco subdesenvolvi-da», mas que é o «destino de excelência de Portugal».

Para a jornalista, a Com-porta enquadra-se, assim, nos principais dez argu-mentos que fazem de Por-tugal «O mais novo querido da Europa», segundo o títu-lo que a autora encontrou mais adequado para retra-tar uma viagem por Portu-gal, sublinhando as «des-lumbrantes» paisagens da

TEXTO ROBERTO DORESFOTOS SM

Durou cinco dias a fuga de um ho-mem suspeito de

ter disparado dois tiros numa pastelaria nas Pai-vas, Amora (Seixal), ten-do um dos projéteis atin-gido a perna de uma cliente, que viria a sofrer ferimentos ligeiros, ne-cessitando de tratamento hospitalar. O suspeito tem 37 anos já foi presen-te a tribunal, ficando a aguardar julgamento em liberdade com termo de identidade e residência. Tudo decorria com aparente normalidade quando um grupo de três homens entrou na paste-laria Cosmopoli, na ma-nhã de dia 16 (sexta-fei-ra), situada na Rua das Flores, vindo o suspeito dos disparos a envolver--se numa discussão com um empregado do esta-belecimento. Trocaram insultos e algumas agres-

sões, até que o homem puxou de uma arma de fogo vindo a disparar dois tiros, segundo avan-ça a PJ, confirmando que o indivíduo foi detido devido à «existência de fortes indícios» da práti-ca do crime de ofensas à integridade física quali-ficadas. O tiroteio, que ocor-reu cerca das 11.30 horas, gerou alarme entre os poucos clientes que ali se encontravam àquela hora, sobretudo depois de se aperceberem que uma mulher de 52 anos tinha sido alvejada numa perna e que pedia socor-ro. Quando cinco minu-tos depois dos tiros os agentes das patrulhas da PSP chegaram ao local, o suspeito já tinha fugido no interior de um auto-móvel «a grande veloci-dade», segundo relata-ram testemunhas.

região. Da areia branca e fina da Comporta, ao mar azul e com a serra da Arrá-bida a funcionar como uma espécie de pano de fundo.

Dez razões para partir à descoberta numa via-gem sem GPS

Pela crónica desfilam dez razões para se partir à descoberta por cá, suge-rindo a autora, por exem-plo, uma viagem sem GPS, optando-se antes pelo mapa tradicional. E

Suspeito de atingir mulher a tiro andou fugido uma semana

João Paulo Martins, o maior crítico de vi-nhos nacional, atri-

buiu uma classificação elevada aos vinhos da Herdade da Barrosinha no mais respeitado e im-portante guia de vinhos do país publicado há mais de 20 anos, o “Vi-nhos de Portugal”. Os vi-nhos da Herdade que an-gariaram as notas mais elevadas foram o 2012 tinto reserva, 2014 bran-co reserva, 2014 branco, 2014 branco moscatel graúdo, 2013 rosé e o 2013 tinto.

João Pedro Martins, diretor da Herdade da Barrosinha, mostrou-se «muito conten-te por um líder de opinião» como João Paulo Martins atribuir tão boa classifica-ção aos vinhos da Barrosi-nha. «No fundo, é o reco-nhecimento do bom trabalho de há dois anos a esta parte, em que se verifi-cou uma mudança de mar-ca e de perfil dos vinhos. As classificações foram muito acima da média, o que não surpreende, pois foi para isto que trabalhámos, e vão ao encontro do sucesso destes vinhos. Neste mo-

Natureza em estado puro é assim que a Comporta é classificada pelo cronista do prestigiado jornal norte-americano. Mais uma referência a uma das zonas de excelência do nosso litoral alentejano.

avisa logo que perder-se faz parte da aventura, confessando que lhe aconteceu o mesmo.

O texto relata sabores e tra-dições ao longo do roteiro, onde viajou de Lisboa ao Porto e do litoral à fronteira, tendo encontrado um país «cheio de mistérios históri-cos, cenários deslumbran-tes, comida e vinho incrí-veis», destacando ainda ter encontrado no Litoral Alen-tejano uma «vida vivida a um ritmo mais lento».

mento, estamos pratica-mente sem stock, com a procura a superar a oferta, apesar de, para este ano, a produção de vinho ser su-perior à do ano passado», referiu João Pedro Martins, que considera que o objeti-vo para 2015 foi alcançado, com as pessoas na região de Setúbal a «voltarem a beber o vinho da Barrosi-nha e a reconhecer a sua qualidade». Para 2016, a meta é «conquistar o canal Horeca - hotéis, restauran-tes e cafés de Lisboa».“Vinhos de Portugal 2016”, publicado sob a chancela da Oficina do Livro, provi-dencia uma análise de vi-nhos de todas as regiões, devidamente assinalados com classificações e notas de prova, assim como uma criteriosa seleção dos me-lhores vinhos do ano e, ain-da, um capítulo dedicado aos vinhos que custam me-nos de 4 euros, tendo o vi-nho tinto da Herdade da Barrosinha ficado entre as doze melhores opções. Esta 22.ª edição do guia está dis-ponível para o público des-de o início de outubro.

Vinhos da Barrosinha com boa classificação no guia “Vinhos de Portugal 2016”