SENADO FEDERAL - .:: Portal Vermelho A Esquerda Bem … · 2017-10-28 · forma do mi. 1 o do Substitutivo da Comissão de Constituição, ... estadual, distrital ou ... N01ie, Rondônia,

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SENADO FEDERAL Gabinete da Senadora VANESSA GRAZZIOTIN

EMENDA N° 3 -PLEN (à PEC n° 36, de 2016)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e estabelecer normas sobre fidelidade partidária e o funcionamento parlamentar dos pa1iidos políticos.

Suprimam-se, no § 1 o do ati. 17 da Constituição Federal, na forma do mi. 1 o do Substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda à Constituição n° 36, de 2016, a expressão "majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais", bem como, em decorrência, o art. 2° da proposição.

JUSTIFICAÇÃO

O objetivo da presente emenda é suprimir, da Proposta de Emenda à Constituição n° 36, de 2016, a proibição da celebração de coligações nas eleições proporcionais.

Inicialmente, cabe lembrar que, atualmente, a Constituição garante expressamente autonomia para os partidos adotarem os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal (art. 17, § 1 °).

Essa garantia expressa foi adotada pela Emenda Constitucional n° 52, de 8 de março de 2006, como reação do Congresso Nacional à decisão do Tribunal Superior Eleitoral de verticalizar f~)eições de 2002. l)O

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A manutenção das coligações nas eleições proporcionais é fundamental porque, na maioria dos Estados do País o quociente eleitoral é muito alto nas eleições para Deputado Federal. Assim, na prática, a proibição das coligações traduzir-se-ia em limitação à liberdade de organização partidária, inclusive se chocando com o princípio de que os partidos políticos devem ter ampla liberdade de se organizar, sem a interferência do Estado.

Isso pode ser observado se consideramos que bancadas seriam eleitas em 2014 na Câmara dos Deputados, de acordo com os resultados daquelas eleições, caso estivessem, à época, proibidas as coligações partidárias.

Além do crescimento gigantesco das três maiores bancadas e da redução ou desaparecimento dos demais patiidos, teríamos que, em sete Unidades da Federação (Acre, Distrito Federal, Mato Grosso, Rio Grande do N01ie, Rondônia, Roraima e Tocantins) apenas um partido político atingiria o quociente eleitoral e, na forma do § 2° do art. 109 do Código Eleitoral, levaria todas as vagas e, no Estado do Amapá, nenhum partido atingiria o quociente eleitoral .

Assim, é fundamental , tanto para assegurar a autonomia e a liberdade dos partidos políticos como a pluralidade partidária no Brasil, que não se proíba a coligação nas eleições proporcionais, que sempre foi garantida em todas as nossas constituições democráticas .

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EMENDA No - PLEN (à PEC n° 36, de 2016)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a

~----:::c~o.nstituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e estabelecer normas sobre fidelidade partidária e o funcionamento parlamentar

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EMENDA N" - PLEN (à PEC n° 36, de 20 16)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e estabelecer normas sobre fidelidade partidária e o funcionamento parlamentar dos pmiidos políticos.

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EMENDA N° - PLEN (à PEC n° 36, de 20 16)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e e fà belecer normas sobre fi dei idade partidári a e f6ncionamento parlamentar dos partidos políticos. .'

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SENADO FEDERAL Gabinete da Senadora VANESSA GRAZZIOTlN

EMENDA No~ - PLEN (à PEC n° 36, de 2016)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e estabelecer normas sobre fidelidade partidária e o funcionamento parlamentar dos partidos políticos.

Dê-se ao §2°, do art. 17, da Constituição Federal, alterado pelo art. 1° do substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda à Constituição n° 36, de 20 16; e ao parágrafo único, do art. 3°, do referido substitutivo, a seguinte redação:

Art. 1 o A Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art.l7 .............. ......... .... ............................. .

§ 2° Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral e terão direito a funcionamento parlamentar aqueles que obtiverem , nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) de todos os votos válidos, distribuídos em, pelos menos, um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma destas.

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Matrícula N° 26443 Secretaria-Geral Me a

Senado Federal

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Parágrafo único. Nas eleições de 2018, as restrições de que trata o caput se aplicarão aos partidos políticos que não obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento) de todos os votos válidos, distribuídos em, pelos menos, um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 0,8% (oito décimos por cento) dos votos válidos em cada uma destas.

JUSTIFICAÇÃO

O objetivo da presente emenda é buscar flexibilizar as exigências previstas na Proposta de Emenda à Constituição n° 36, de 2016, para o funcionamento parlamentar.

Efetivamente, as normas previstas na proposição são por demais rigorosas.

Se considerarmos os resultados das eleições de 20 14, somente atingiriam os parâmetros permanentes o PT, o PSDB, o PMDB, o PP, o PSB, o PSD, o PR, o PRB, o DEM, o PTB e o PDT. A regra de transição, de sua parte, abrangeria o SD e o PSC.

Ora, a Constituição de 1988 consagra o pluripartidarismo, como um dos fundamentos do nosso Estado de Direito e não é possível que se restrinjam, de forma irrazoável os direitos de parlamentares legitimamente eleitos, inviabilizando, na prática, a formação e popularização de pensamentos políticos alternativos.

Não foi outro o entendimento do Supremo Tribunal Federal, no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade n°5 1.3 51 e 1.3 54, de relataria do Ministro Marco Aurélio, quando foram suspensos dispositivos da Lei dos Partidos Políticos que iam em sentido similar ao que é proposto na PEC n° 36, de 2016, porque violavam o princípio da proporcionalidade e inviabilizavam o direito de manifestação política das mmonas.

Segundo o Excelso Pretória, as referidas normas afrontavam o princípio fundamental do pluralismo político, bem como a igualdade de chances e a garantia da expressão das minorias inerentes ao <$do

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Democrático de Direito, em violação ao art. 1°, caput e inciso V, da Constituição Federal, conforme trechos do voto do Ministro Marco Aurélio, a seguir reproduzidos:

No Estado Democrático de Direito, a nenhuma matona, organizada em torno de qualquer ideário ou finalidade - por mais louvável que se mostre - , é dado tirar ou restringir os direitos e liberdades fundamentais dos grupos minoritários dentre os quais estão a liberdade de se expressar, de se organizar, de denunciar, de di scordar e de se fazer representar nas decisões que influem nos destinos da sociedade com um todo, enfim, de participar plenamente da vida pública, inclusive fiscalizando os atos determinados pela matona.

( ... ) Democracia não é a ditadura da maioria! De tão óbvio, pode haver o risco de passar despercebido o fato de não subsistir o regime democrático sem a manutenção das minorias, sem a garantia da existência destas , preservados os direitos fundamentais assegurados constitucionalmente.

Nesse momento, ainda que se pretenda estabelecer cláusula de desempenho por meio de emenda à Constituição e não por lei ordinária, deve-se lembrar que o pluralismo político constitui ponto essencial à democracia e trata-se de cláusula pétrea. Assim, a presente PEC, ao dificultar de forma exagerada a manutenção e criação de agremiações partidárias, incide na mesma inconstitucionalidade.

Assim, como forma de equacionar essa injustiça, estamos propondo uma alteração na proposição, para estabelecer, como regra permanente, que terão direito a funcionamento parlamentar os partidos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, dois por cento de todos os votos válidos, distribuídos em, pelos menos, um terço das unidades da Federação, com um mínimo de um por cento dos votos válidos em cada uma destas.

Nas eleições de 2018, como regra de transição, exigir-se-á, no mínimo, um e meio por cento de todos os votos válidos, distribuídos em, pelos menos, um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 0,8 por cento dos votos válidos em cada uma destas.

Com isso, ainda de acordo com os resultados de 2014, atingiriam a regra permanente o SD, o PSC, o PV, o PROSe o PPS ~egra transitória o PCdoB e o PSOL.

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Temos a certeza de que, com essa alteração tornaremos mais razoável a cláusula de barreira e permitiremos que não se fira de morte a pluralidade partidária que, é, indiscutivelmente, um dos pilares da nossa Democracia.

Sala das Sessões,

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EMENDA N" - PLEN (à PEC n" 36, de 20 16)

Emenda ao substitutivo aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda Constitucional n° 36, de 2016, que altera a Constituição Federal para vedar as coligações nas eleições proporcionais, disciplinar a autonomia dos partidos políticos e estabelecer normas sobre fidelidade pa1iidária e o funcionamento parlamentar dos partidos políticos.

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EMENDA No ..5 -PLEN (à PEC n° 36, de 2016)


Dê-se ao caput do art. 17-A da Constituição Federal, na forma do ali. 1 o do Substitutivo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania à Proposta de Emenda à Constituição no 36, de 2016, a seguinte redação:

"Art. 17-A. Os partidos políticos com afinidade ideológica e programática poderão se unir em federações, que funcionarão como se fossem uma única agremiação partidáriaf inclusive para fins deÓo' cálculo da representação proporcional e do funcionamento~ parlamentar,'' terão os mesmos direitos das agremiações nas atribuições regimentais nas Casas legislativas e deverão atuar com identidade política única, resguardada a autonomia estatutária das legendas que a compõem.

JUSTIFICAÇÃO

A ideia de permitir que os partidos políticos se unissem em

federações sempre foi a de viabilizar a existência dos partidos ideológicos,

em uma conjuntura em que fosse proibida a coligação partidária.

Na PEC n° 36, de 2016, isso não é diferente. Apenas se

agregou, aqui, tendo em vista o conteúdo da proposiç~alidade de

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permitir que esses partidos também pudessem ter funcionamento

parlamentar quando se federassem.

Ocorre, entretanto, que o texto do art. 17 -A, que se pretende

inserir na Constituição, não é claro sobre os dois objetivos, não deixando

expresso que a federação funciona como uma única agremiação partidária

para os fins de cálculo da representação proporcional.

Impõe-se, então, deixar claro esse fato, para que se atinjam,

completamente, as razões que levaram à instituição da figura da federação

pmiidária.

Assim, estamos apresentando a presente emenda, com o

objetivo de esclarecer a redação do caput do pretendido art. 17-A da Lei

Maior, para que não restem dúvidas sobre a extensão do regime das

federações de partidos políticos.

Sala das Sessões,

Senadora ~~AZZIOTIN PCdoB/ Amazonas

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