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SENADO FEDERAL • Regimento Interno e Regimento Comum Brasília 2011 A1-AS179 4/2/2011

SENADO FEDERAL - Vestcon Concursos, Apostilas, Livros e ... · 3 Jesus Valentini INTRODUÇÃO AO REGImENTO INTERNO DO SENADO FEDERAL O Congresso Nacional – Atual Sede do Senado

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SENADO FEDERAL

•RegimentoInternoeRegimentoComum

Brasília

2011

A1-AS1794/2/2011

© 2011 Vestcon Editora Ltda.

Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998. Proibida a reprodução de qualquer parte deste material, sem au-torização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográ-ficos, microfílmicos, fotográficos, gráficos ou outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às suas características gráficas.

Títulodaobra: Adendo – Senado Federal – Analista Legislativo –Área: Apoio Técnico ao Processo Legislativo

Especialidade: Processo Legislativo – Nível Superior – Regimento Interno do Senado Federal e Regimento Comum

Autor:Jesus Valentini e Dackson Soares

DIRETORIAEXECUTIVANorma Suely A. P. Pimentel

PRODUÇÃOEDITORIALMaria Neves

SUPERVISÃOEDITORIALReina Terra Amaral

SUPERVISÃODEPRODUÇÃOLuciana S. D. Santos

EDIÇÃODETEXTOIsabel Cristina Aires LopesMicheline Cardoso Ferreira

CAPARalfe Braga

ILUSTRAÇÃOHumberto A. Castelo Branco

PROjETOGRáfICORalfe Braga

ASSISTENTEEDITORIALSamyra Campos

ASSISTENTEDEPRODUÇÃOGabriela Tayná Moura de Abreu

EDITORAÇÃOELETRÔNICADiogo Alves

REVISÃOÉrida Cassiano

SEPN 509 Ed. Contag 3º andar CEP 70750-502 Brasília/DFSAC: 0800 600 4399 Tel.: (61) 3034 9576 Fax: (61) 3347 4399

www.vestcon.com.br

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Jesus Valentini

INTRODUÇÃOAOREGImENTOINTERNODO SENADO FEDERAL

OCongressoNacional–AtualSededoSenado

Aprovado pelo Senado no dia 14 de setembro de 1956, já tendo tramitado pela Câmara, o projeto de lei que determinava a realização da mudança da capital do Rio de Janeiro para o Planalto Central do Brasil foi sancionado pelo Presidente da Re-pública, juscelinoKubitschekdeOliveira, no dia 19 de setembro do mesmo ano.

O projeto do autor, arquiteto OscarNiemeyer, para construir o prédio do Congresso Nacional, cuja beleza faz com que seja considerado o principal cartão postal de Brasília, forma um conjunto: Senado Federal e Câmara dos Deputados, no centro da Praça dos Três Poderes.

As duas torres, quase que independentes, de 28 andares, atestam o bicamera-lismo: uma delas pertence ao Senado Federal; a outra, à Câmara dos Deputados, ligadas no meio, formando um H. Unem-se umbilical e fraternalmente, consagrando, no concreto, o sistema bicameral.

O Senado de hoje guarda, na essência, os princípios de filosofia política que lhe deram origem e lhe garantem a continuidade; adaptou-se, contudo, às exigências dos tempos, evoluiu. Não é uma Casa, como no Primeiro Império, só de marque-ses. Mas embora tenha deixado de ser uma assembleia exclusiva de membros de elite social, conserva a característica de câmara onde se congrega grande parte da elite política.

O trabalho do Senado tem-se orientado no sentido de acompanhar a meteórica evolução que em todos os campos se processa, com ênfase para a reforma cons-titucional e a modernização do sistema técnico-burocrático.

Senadofederal

O Senado é a Casa legislativa que representa os Estados, sendo que, ao invés de seguir o sistema proporcional, segue o princípiomajoritário (com 81 Sena-dores). Cada Estado e o Distrito Federal elegem três Senadores (decorrência do princípio federativo, segundo o qual não existe hierarquia entre os entes autônomos federados). O mandato dos Senadores dura oito anos, sendo os cargos renovados por um terço e dois terços, alternadamente, em cada legislatura (a legislatura dura quatro anos, ou seja, quatro sessões legislativas).

Cada Senador terá dois suplentes. Nesse ponto, as eleições para o Senado Federal se diferenciam das eleições para Deputado federal, nas quais o sistema proporcional impõe a suplência partidária, consistente em uma lista partidária de suplentes, e não uma lista pessoal de suplentes, como ocorre com os Senadores.

Regimento inteRno e Regimento ComumJesus Valentini / Dackson Soares

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Diz a Constituiçao Federal:

CAPÍTULOIDoPoderLegislativo

SeçãoIDoCongressoNacional

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcio-nalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Fe deração tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com man-dato de oito anos.§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

PRINCÍPIOSGERAISDOPROCESSOLEGISLATIVONOSENADO FEDERAL (ARt. 412)

A legitimidade na elaboração da norma legal é assegurada pela observância rigorosa das disposições regimentais, mediante os seguintes princípios básicos:

Oprocessolegislativocorrespondeaumasériedeatosquevisamàconfecçãodasespécieslegislati-vas–emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.faseintrodutória Iniciativa–éoatoquedeflagra

oprocessodecriaçãodalei.faseconstitutiva DeliberaçãoParlamentar.

DeliberaçãoExecutiva.fasecomplementar Promulgação.

Publicação.

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O Senado Federal, para cumprir seu papel constitucional, dispõe de princípios que norteiam atividade legiferante. São eles:

I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados os limites regimentais;

Segundo o art. 8º deste Regimento, cabe aos Senadores discutir, votar, ser votado e oferecer proposições. Nessa participação plena e igualitária, deve o Se-nador respeitar o Regimento, pois este é soberano dentro da Casa, salvo quando houver conflito com a Constituição Federal.

II – modificação da norma regimental apenas por norma legislativa compe-tente, cumpridos rigorosamente os procedimentos regimentais;

Para que haja alteração ou modificação do Regimento é necessário Projeto de Resolução segundo o art. 401.

III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou de decisão do Plenário, exceto quando tomada por unanimi-dade mediante voto nominal, resguardado o quorum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa;IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental;

Qualquer ato incompatível com as normas regimentais será considerado ato nulo, isto é, não tem validade, não gera efeito, é inferior à norma regimental.

V – prevalência de norma especial sobre a geral;

As normas específicas, que veiculam os detalhes, prazos, valores e minúcias da matéria, prevalecem sobre as normas gerais, que trazem definições, conceitos e as questões maiores do tema. A norma que trata em espe cial sobre determinada matéria prevalecerá sobre a norma geral que definiu com amplitude a matéria, dando azo à feitura de uma norma especial.

VI – decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios gerais de Direito;

Analogia: ubi eadem ratio,ibi eade Juris dispositio (onde há a mesma razão deve haver a mesma disposição de direito). O presidente do Senado poderá resolver, ouvido o Plenário, qualquer caso não previsto neste regimento, utilizando-se de um caso semelhante para resolver o outro.

Analogia é a aplicação de normas destinadas a casos semelhantes ao que está sendo julgado.

Princípios gerais do direito são enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam a compreensão do ordenamento jurídico. É uma das fontes do Direito, pois na falta da norma expressa deve o julgador valer-se de princípios que revelem a solução do caso em concreto.

VII – preservação dos direitos das minorias;

No Senado, existem minorias, como a própria Minoria (art. 65), e partidos mi-noritários, que têm seus direitos garantidos pelo Regimento.

VIII – definição normativa, a ser observada pela Mesa em Questão de Ordem decidida pela Presidência;

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Consultar arts. 403 a 408 do Regimento.

IX – decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabe-lecidas neste Regimento;

Segundo o art. 91, em razão das matérias, as Comissões poderão discutir e votar as matérias sem a necessidade destas irem a Plenário, salvo recurso de 1/1910 de Senadores.

X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quorum regimental estabelecido;

Torna-se impossível a tomada de decisões sem a observância do quorum regimental estabelecido, isto é, a presença mínima de Senadores para qualquer trabalho. A quantidade de Senadores foi definida no regimento. Exemplo: abrir a sessão – um vigésimo de Senadores.

XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os Senadores seu devido conhecimento;

Os Senadores receberão a pauta da Ordem do Dia com antecedência.

XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos previstos neste Regimento;

Nem todo ato administrativo no Senado poderá ser publicado – os atos sigiliosos, por exemplo –, a não ser os que devem surtir efeitos externos.

XIII – possibilidade de ampla negociação política somente por meio de procedimentos regimentais previstos.

O Regimento admite negociações políticas entre os líderes, é o chamado “acorde de líderes”, porém esses acordos devem girar em torno daquilo que o Regimento permite.

Art. 413. A transgressão a qualquer desses princípios poderá ser denunciada, mediante Questão de Ordem, nos termos do disposto no art. 404.Parágrafo único. Levantada a Questão de Ordem referida neste artigo, a Pre-sidência determinará a apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos registros da Casa, notas taquigráficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.

O descumprimento e a inobservância a qualquer dos Princípios do Processo Legislativo poderão ser denunciados mediante Questão de Ordem.

REGImENTOINTERNODOSENADOfEDERAL(RESOLUÇÃONº93,DE1970)COmENTADOEESqUEmATIzADODaSededoSenadofederal(Art.1º)

O Senado Federal tem sede no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília (Capital Federal). Poderá reunir-se eventualmente em qualquer outro local em caso

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de guerra, comoção intestina (perturbação da Ordem Nacional), calamidade pública e qualquer impedimento para o seu funcionamento, desde que haja requerimento de 41(quarenta e um) Senadores (maioria absoluta da Casa) por determinação da Mesa Diretora, não havendo necessidade do assunto ser deliberado no Plenário.

DasSessõesLegislativas(Art.2º)

O art. 44 da Constituição Federal afirma que uma legislatura possui 4 anos. Em cada legislatura temos 4 sessões legislativas, uma por ano. Dentro da sessão legislativa, temos a SLO (sessão legislativa ordinária) e podemos ter, caso haja convocação extraordinária do Congresso Nacio nal, a SLE (sessão legislativa extraordinária). Lembramos que a primeira sessão legislativa do Senado Federal foi em 1826 e, atualmente, o Senado encontra-se na 53ª legislatura (a ordem das legislaturas foi regulamentada pelo Decreto Legislativo nº 79, de 1979).

Obs.: SLO≠RECESSO≠SLE

Convocação Extraordinária do Congresso Nacional – SLE

LEGITImAÇÃO CASOS

• Presidente da Re-pública.

• Pres. Senado Fede-ral + Pres. Câmara dos Deputados.

• 41 senadores + 257 deputados.

• Interesse público relevante ou urgência (desde que aprovada pela maioria absoluta de ambas as Casas).

• Presidente do Se-nado Federal (pres. do Congresso Na-cional).

• Posse do Presidente e Vice-Pre-si dente da República.

• Intervenção federal (aprovação).• Estado de defesa (aprovação).• Estado de sítio (autorização).

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DasReuniõesPreparatórias(Art.3º)

REALIzAÇÃO mOTIVOS• antes da 1ª SLO (a

partir 1º de fevereiro)• Posse coletiva dos senadores;• Eleição do presidente do Senado;• Eleição dos demais membros

da mesa.• antes da 3ª SLO(1º de fevereiro)

• Eleição pres. Senado Federal;• Eleição dos demais membros.

Para as reuniões preparatórias, é necessário quorum mínimo de 1/6 (quatorze Senadores), e a direção dos trabalhos será da Mesa anterior, excluídos aqueles que com seu mandato tenham encerrado junto com a Mesa, mesmo que reeleitos. Na ausência ou impedimentos dos membros da Mesa, substitui a presidência o Senador mais idoso.

DosSenadores–DaPosse(Art.4ºao7º)

Posse dos Senadores: Ato Público publicado no diário do senado Federal.

COLETIVA INDIVIDUAL• Reunião preparatória:

1º de fevereiro• Início da legislatura

• Após 1º de fevereiro• Recesso – gabinete do Pre-

sidente do Senado Federal

Requisitos para posse dos Senadores:1. Nome parlamentar (constando apenas duas palavras);2. Legenda partidária;3. Diploma da justiça eleitoral;4. Declaração de bens e rendas (exigência da Lei nº 8.429/1992).

POSSE mOTIVO PRAzOINICIAL

PRORRO-GAÇÃO

Senador eleito

Força maior 90 dias 30 dias

1º suplente convocado

Assunção de cargos

constitucionais (art.39, II)

60 dias 30 dias

1º suplente convocado

Vacância (art.28)

60 dias 30 dias

Suplente convocado

Licença e 2º suplente

30 dias Não há

Obs.: O 2º suplente, em qualquer hipótese, terá 30 dias improrrogáveis.

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DoExercício(Arts.8ºe9º)

Nas sessões plenárias e reuniões das Comissões, cabe aos Senadores oferecer proposições, discutir, votar, ser votado e usar da palavra de acordo com o art. 14 do RISF. O Senador que estiver de licença ou afastado continuará com os privilégios elencados no art. 9º do RISF.

DosAssentamentos(Arts.10e11)

É atribuição do 1º secretário da Mesa Diretora a expedição das carteiras de identidade dos parlamentares. Nelas constarão o nome parlamentar, a legenda, o estado civil e o que o Senador considerar importante.

SENADORES(AS)EmEXERCÍCIOORDENADOSPORNOmE

NOmE PARTIDO Uf LEGISLATURAS PERÍODOS

Adelmir Santana DEm DF 52ª-53ª 2003-2011

Almeida Lima PmDB SE 52ª-53ª 2003-2011

Aloizio Mercadante Pt SP 52ª-53ª 2003-2011

Alvaro Dias PSDB PR 53ª-54ª 2007-2015

Antonio Carlos Júnior DEm BA 52ª-53ª 2003-2011

Antonio CarlosValadares PSB SE 52ª-53ª 2003-2011

Arthur Virgílio PSDB Am 52ª-53ª 2003-2011

Augusto Botelho Pt RR 52ª-53ª 2003-2011

Carlos Dunga PTB PB 53ª-54ª 2007-2015

César Borges PR BA 52ª-53ª 2003-2011

Cristovam Buarque PDt DF 52ª-53ª 2003-2011

Delcídio Amaral Pt mS 52ª-53ª 2003-2011

Demóstenes Torres DEm GO 52ª-53ª 2003-2011

Eduardo Azeredo PSDB mG 52ª-53ª 2003-2011

Eduardo Suplicy Pt SP 53ª-54ª 2007-2015

Efraim Morais DEm PB 52ª-53ª 2003-2011

Eliseu Resende DEm mG 53ª-54ª 2007-2015

Epitácio Cafeteira PtB mA 53ª-54ª 2007-2015

Expedito Júnior PR RO 53ª-54ª 2007-2015

Fátima Cleide Pt RO 52ª-53ª 2003-2011

Fernando Collor PTB AL 53ª-54ª 2007-2015

Flávio Arns Pt PR 52ª-53ª 2003-2011

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Flexa Ribeiro PSDB PA 52ª-53ª 2003-2011

Francisco Dornelles PP RJ 53ª-54ª 2007-2015

Garibaldi Alves Filho PmDB RN 52ª-53ª 2003-2011

Geovani Borges PmDB AP 52ª-53ª 2005-2011

Geraldo MesquitaJúnior PmDB AC 52ª-53ª 2003-2011

Gerson Camata PmDB ES 52ª-53ª 2003-2011

GilbertoGoellner DEm mT 52ª-53ª 2003-2011

Gim Argello PTB DF 53ª-54ª 2007-2015

Heráclito Fortes DEm PI 52ª-53ª 2003-2011

Ideli Salvatti Pt SC 52ª-53ª 2003-2011

Inácio Arruda PCDOB CE 53ª-54ª 2007-2015

Jarbas Vasconcelos PmDB PE 53ª-54ª 2007-2015

Jayme Campos DEm mT 53ª-54ª 2007-2015

João Durval PDt BA 53ª-54ª 2007-2015

João Pedro Pt Am 53ª-54ª 2007-2015

João Ribeiro PR tO 52ª-53ª 2003-2011

João Tenório PSDB AL 52ª-53ª 2003-2011

João Vicente Claudino PTB PI 53ª-54ª 2007-2015

José Agripino DEm RN 52ª-53ª 2003-2011

José Maranhão PmDB PB 52ª-53ª 2003-2011

José Nery PSOL PA 52ª-53ª 2003-2011

José Sarney PmDB AP 53ª-54ª 2007-2015

Kátia Abreu DEm tO 53ª-54ª 2007-2015

Leomar Quintanilha PmDB tO 52ª-53ª 2003-2011

Lobão Filho PmDB mA 52ª-53ª 2003-2011

Lúcia Vânia PSDB GO 52ª-53ª 2003-2011

Magno Malta PR ES 52ª-53ª 2003-2011

Mão Santa PmDB PI 52ª-53ª 2003-2011

Marcelo Crivella PRB RJ 52ª-53ª 2003-2011

Marco Maciel DEm PE 52ª-53ª 2003-2011

Marconi Perillo PSDB GO 53ª-54ª 2007-2015

Marina Silva Pt AC 52ª-53ª 2003-2011

Mário Couto PSDB PA 53ª-54ª 2007-2015

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Marisa Serrano PSDB mS 53ª-54ª 2007-2015

Mozarildo Cavalcanti PTB RR 53ª-54ª 2007-2015

Neuto de Conto PmDB SC 52ª-53ª 2003-2011

Osmar Dias PDt PR 52ª-53ª 2003-2011

Papaléo Paes PSDB AP 52ª-53ª 2003-2011

Patrícia Saboya PDt CE 52ª-53ª 2003-2011

Paulo Duque PmDB RJ 52ª-53ª 2003-2011

Paulo Paim Pt RS 52ª-53ª 2003-2011

Pedro Simon PmDB RS 53ª-54ª 2007-2015

Raimundo Colombo DEm SC 53ª-54ª 2007-2015

Renan Calheiros PmDB AL 52ª-53ª 2003-2011

Renato Casagrande PSB ES 53ª-54ª 2007-2015

Romero Jucá PmDB RR 52ª-53ª 2003-2011

Romeu Tuma PTB SP 52ª-53ª 2003-2011

Rosalba Ciarlini DEm RN 53ª-54ª 2007-2015

Roseana Sarney PmDB mA 52ª-53ª 2003-2011

Sérgio Guerra PSDB PE 52ª-53ª 2003-2011

Sérgio Zambiasi PTB RS 52ª-53ª 2003-2011

Serys Slhessarenko Pt mT 52ª-53ª 2003-2011

Tasso Jereissati PSDB CE 52ª-53ª 2003-2011

Tião Viana Pt AC 53ª-54ª 2007-2015

Valdir Raupp PmDB RO 52ª-53ª 2003-2011

Valter Pereira PmDB mS 52ª-53ª 2003-2011

Virginio de Carvalho PSC SE 53ª-54ª 2007-2015

Wellington Salgado de Oliveira PmDB mG 52ª-53ª 2003-2011

Retirado do site do Senado Federal, 27/5/2008.

DaRemuneração(Subsídios)(Arts.12e13)

Conforme Emenda Constitucional nº 19/1998, a remuneração dos agentes polí-ticos é chamada de subsídio e é paga em parcela única. Quando o Senador estiver afastado para assunção de cargos constitucionais, poderá optar entre os subsídios.

A obstrução é o recurso parlamentar de que se vale a Minoria em defesa de seus direitos, a fim de tentar conseguir anuência da Maioria; é impedimento para a votação de uma matéria; é para reduzir o quorum de presença para impedir a votação (esta só ocorre tendo a maioria dos presentes – 41 Senadores).

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DousodaPalavra(Art.14a21)

Tempo motivo

2 minutos • aparte;• réplica de Ministro de Estado.

5 minutos

• se líder, em qualquer fase da sessão, exceto duran-te a Ordem do Dia, para comunicação urgente de interesse partidário;

• para interpelar Ministro de Estado;• para discussão da redação final (o relator e um

Senador de cada partido);• para explicação pessoal, quando nominalmente

citado em discurso;• para comunicação inadiável;• para suscitar e contraditar Questão de Ordem;• pela Ordem;• para encaminhamento da votação.

10 minutos • discussão de qualquer proposição

20 minutos

• se líder, após a Ordem do Dia, com preferência sobre os oradores inscritos;

• antes da Ordem do Dia, por inscrição.• após a Ordem do Dia, para as considerações que

entender.

Haverá sobre a Mesa do Senado um livro especial para inscrição do uso da palavra para cada sessão, podendo ser aceita com antecedência não superior a duas sessões.

Obs.: Ao Senador é vedado o uso de expressões descorteses ou insultuosas. O uso caracteriza ofensa ao Senado Federal, ainda que seja dirigida à Mesa ou a outro parlamentar.

DasmedidasDisciplinares(Art.22a25)

Em caso de desacato ao Senado Federal, o presidente indicará o 2º secretário para elaborar um relatório pormenorizado do ocorrido. Desse relatório poderá resultar o arquivamento ou instauração de Comissão. Caso ocorra essa última hipótese, a Comissão poderá concluir por censura pública ao parlamentar ou instauração de processo para perda de mandato por falta de decoro parlamentar.

Obs.: Consultar o art. 25, que dispõe de um prazo importante (dez dias).

Desacato: procedimento arts. 23 e 24 do RISF.

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HomenagensDevidasemCasodefalecimento(Arts.26e27)

Será deliberada, com qualquer número, a proposta de se instaurar uma sessão dedicada a reverenciar a memória do Senador falecido, não impedindo que o Senado também indique três Senadores para representá-lo no funeral.

DasVagasedaRenúncia(Art.28a30)

Em virtude de falecimento, renúncia ou perda de mandato de Senador, ocorrerá vacância no Senado Federal.

A renúncia à senatória ou suplência pode ser por escrito à Mesa ou oralmente, porém só será irretratável com a publicação no diário do senado Federal.

Vacâncias

Em caso de mandato de cargo da Mesa, se ocorrer com menos de 120dias, será substituído por linha sucessória; acima desse prazo, ocorrerá eleição.

Em caso de mandato de cargo de Comissão, se ocorrer com menos de 60dias,será substituído na ordem de presidente, vice-presidente e mais idoso; acima desse prazo, ocorrerá eleição.

Em caso de vaga de Senador, quando não haja suplente a convocar e faltarem mais de 15mesespara o término do mandato, o presidente do Senado comunicará ao TSE.

DaPerdademandato(Art.32a35)

mOTIVOS PROVOCAÇÃO DECISÃO

• Proibições constitucionais.• Faltar em decoro parlamen-

tar.• Condenação irrecorrível da

justiça comum.

• Mesa ou partido político com representação no Congresso Nacional.

• Plenário: 41 votos secretos.

• Condenação da Justiça Eleitoral.

• Faltar 1/3 da sessão legis-lativa.

• Perda ou suspensão dos direitos políticos.

• Mesa ou partido político com representação no Congresso Nacional ou qualquer Senador.

• Mesa de ofício.

DaSuspensãodasImunidades(Arts.36e37)

Art. 53 da Constituição Federal: os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

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O Supremo Tribunal Federal tem acentuado que a prerrogativa constitucional da imunidade parlamentar em sentido material protege o congressista em todas as suas manifestações que guardem relação com o exercício do mandato, ainda que produzidas fora do recinto da própria Casa Legislativa (RTJ 131/1039 – RTJ 135/509 – RT 648/318), ou, com maior razão, quando exteriorizadas no âmbito do Congresso Nacional (RTJ 133/90). O depoimento prestado por membro do Con-gresso Na cional a uma Comissão Parlamentar de Inquérito está protegido pela cláusula de inviolabilidade que tutela o legislador no desempenho do seu mandato, especialmente quando a narração dos fatos – ainda que veiculadora de supostas ofensas morais – guarda íntima conexão com o exercício do ofício legislativo e com a necessidade de esclarecer os episódios, objeto da investigação parlamentar. (Inq. 68-QO, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22/4/1994)

Imunidade parlamentar material: não incidência. Ainda quando se admita, em casos excepcionais, que o congressista, embora licenciado, continue projetado pela imunidade material contra a incriminação de declarações relativas ao exercício do mandato, a garantia não exclui a criminalidade de ofensas a terceiro, em atos de propaganda eleitoral, fora do exercício da função e sem conexão com ela. (Inq 503-QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 26/2003/1993)

DaAusênciaedaLicença(Art.38a44)

Cargosconstitucionais(art.39,II):• Ministro de Estado;• Governador de Território;• Secretário de Estado/Território/Distrito Federal/prefeitura de capital;• Chefe de missão diplomática temporária.

Para não ser considerado ausente, o Senador deverá encontrar-se:• em gozo de licença;• em missão política ou cultural;• em campanha eleitoral nos 60 dias anteriores às eleições gerais;• afastado legalmente (Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário

de Estado);• privado temporariamente da liberdade;• afastado para concorrer à Presidência e Vice-Presidência da República, no

período entre o registro no TSE (5/7) e a apuração final.

Licença é diferente de afastamento.Afastamento: nos casos de assunção de funções constitucionalmente previstas

para o Senador, é necessária a convocação do suplente, entretanto não implica determinação do prazo para reassunção do parlamentar, tendo em vista que são funções de confiança e, portanto, ato discricionário sujeito à exoneração a qualquer momento – ad nuntum.

Licença: por motivo de saúde do Senador e para tratar de interesse particular não superior a 120 dias na mesma sessão legislativa. A licença mais interessante de um Senador é a para ficar preso, isto é, privado temporariamente da liberdade.

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SENADORESAfASTADOSDOmANDATOTipoAfastamento/Parlamentar PARTIDO Uf

AfASTAmENTODOEXERCÍCIOAlfredo Nascimento PR AmEdison Lobão PmDB mAHélio Costa PmDB mGRegis Fichtner PmDB RJ

CASSAÇÃODEREGISTRO/DIPLOmAPELAjUSTIÇAELEITORAJoão Capiberibe PSB APFalecimentoAntonio Carlos Magalhães PFL BAJefferson Peres PDt AmJonas Pinheiro DEm mTRamez Tebet PmDB mSLICENÇA-SAúDEGilvam Borges PmDB APMaria do Carmo Alves DEm SE

LICENÇASAúDE-PARTICULARCícero Lucena PSDB PBRenúncia

SenadoresAfastadosdomandatoTipoAfastamento/Parlamentar Partido UfAna Júlia Carepa Pt PADuciomar Costa PTB PAIldon Marques PmDB mAJoaquim Roriz PmDB DFLeonel Pavan PSDB SCPaulo Octávio PFL DFSérgio Cabral PmDB RJTeotonio Vilela Filho PSDB ALRETORNODOTITULARAntonio João PTB mSEuclydes Mello PRB ALEurípedes Camargo Pt DFFrancisco Pereira PL ESMarcos Guerra PSDB ESMauro Fecury PmDB mANezinho Alencar PSB tORoberto Cavalcanti PRB PBSibá Machado Pt ACWilson Matos PSDB PRWirlande da Luz PmDB RR

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DaConvocaçãodeSuplente(Art.45)

É competência do presidente do Senado a convocação de suplente para preencher vaga deixada por Senador.

mESADIRETORADA53ªLEGISLATURA

Composição da Mesa para o biênio 2007/2008

Presidente: Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)1º Vice-Presidente: Tião Viana (PT-AC)2º Vice-Presidente: Álvaro Dias (PSDB-PR)1º Secretário: Efraim Morais (DEM-PB)2º Secretário: Gerson Camata (PMDB-ES)3º Secretário: César Borges (DEM-BA)4º Secretário: Magno Malta (PR-ES)Suplentes: Papaléo Paes (PSDB-AP) Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) João Vicente Claudino (PTB-PI) Flexa Ribeiro (PSDB-PA)

DasAtribuiçõesdoPresidente,ViceseSecretáriosdamesa(Art.48a58)

As atribuições do presidente devem se minuciosamente estudadas junto com a Constituição Federal. As dos secretários são estas:

1ºSECRETáRIO 2ºSECRETáRIO 3ºe4ºSECRETáRIOS

• ler em Plenário;• receber a correspondên-

cia dirigida ao Senado;• assinar depois do presi-

dente as atas;• rubricar a listagem espe-

cial;• expedir carteiras de

identidade dos Senado-res.

• lavrar as atas das ses-sões secretas, pro-ceder-lhes a leitura e assiná-las depois do 1º secretário;

• por determinação do presidente, lavrará o relatório pormenorizado do ocorrido.

• fazer a chamada dos Senadores;

• contar os votos, em verificação de votação;

• auxiliar o presidente na apuração das eleições, anotando os nomes dos votados e organizando as listas.

DaEleiçãodamesa(Arts.59e60)Mandato: 2 anos, vedada a reeleição imediatamente subsequente. Porém,

segundo o Parecer nº 555/1998, da CCJC, é permitida a reeleição imediatamente subsequente, desde que em legislaturas diferentes.

Parecernº555, de 1998, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, sobre a Consulta nº 3, de 1998, da Mesa do Senado Federal, que indaga sobre “a possibilidade de recondução, para os mesmos cargos, na eleição imediatamente subsequente, dos atuais membros das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fe deral”, em atendimento à solicitação do Senador Eduardo Suplicy.

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Bernardo Cabral, à época presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em seu voto, concluiu que:

Quando a expressão final do § 4º do art. 57 da Constituição Federal (também o caput do art. 59 do RISF) veda a recondução de membro da Mesa para o mesmo cargo, no período imediatamente subsequente, ela está vedando a recondução de membro da Mesa eleito no primeiro ano da legislatura para o período que se inicia no terceiro ano da legislatura. Outrossim, aquela expressão configura uma restrição de direito, e restrições de direito (em especial as que dizem respeito à inelegibilidade) devem ser interpretadas restritivamente, e não extensivamente. Portanto, é possível a escolha dos atuais membros da Mesa do Senado, para os mesmos cargos ora ocupados, na eleição prevista para fevereiro do ano vindouro.

• Processo: escrutínios secretos.• Exigida maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado.• Quatro escrutínios, na seguinte ordem:

I – para o presidente;II – para os vice-presidentes;III – para os secretários;IV – para os suplentes de secretários.

• Poderá haver redução de escrutínio para eleger a Mesa. Essa redução de-pende de requerimento de 1/3 dos Senadores ou líder que representar esse número.

DosBlocosParlamentares,damaioria,daminoriaedasLideranças(Art.61a66-A)

• BlocoParlamentar–Representação partidária pode constituir bloco parla-mentar. Exigência de, no mínimo, um décimo da composição do Senado. Líder escolhido entre os líderes partidários.

• maioria–Agremiação que contém a maioria absoluta dos membros da Casa ou maior número de integrantes.

• minoria–É o maior bloco parlamentar ou representação partidária que se opõe à maioria.

• Líderes:

I – Partidários – escolhidos no início das 1ª e 3ª sessões legislativas;II – Bloco parlamentar – indicado pelos líderes das representações partidá-rias que o compõem;III – Do Governo – poderá ser indicado pelo Presidente da República.

Obs.: Vice-líderes: 1 para cada grupo de três membros do partido.

LIDERANÇASNOSENADOfEDERALGOVERNO PARLAmENTAR PARTIDO/UfLíDER ROMERO JUCá (PMDB/RR)VICE-LíDER DELCíDIO AMARAL (PT/MS)

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VICE-LíDER ANTôNIO CARLOS VALADARES (PSB/SE)

VICE-LíDER JOãO PEDRO (PT/AM)VICE-LíDER GIM ARGELLO (PTB/DF)BLOCODEAPOIOAOGOVERNOLíDER IDELI SALVATTI (PT/SC)VICE-LíDER JOãO RIBEIRO (PR/TO)

VICE-LíDER RENATOCASAGRANDE (PSB/ES)

VICE-LíDER INáCIO ARRUDA (PC DO B/CE)

VICE-LíDER MARCELOCRIVELLA (PRB/RJ)

VICE-LíDER FRANCISCODORNELLES (PP/RJ)

BLOCOPARLAmENTARDAmINORIALíDER MáRIO COUTO (PSDB/PA)VICE-LíDER HERÁCLITO FORTES (DEM/PI)VICE-LíDER FLEXA RIBEIRO (PSDB/PA)VICE-LíDER DEMóSTENES TORRES (DEM/GO)

VICE-LíDER EDUARDOAZEREDO (PSDB/MG)

VICE-LíDER ADELMIRSANTANA (DEM/DF)

VICE-LíDER JOãO TENóRIO (PSDB/AL)VICE-LíDER KáTIA ABREU (DEM/TO)VICE-LíDER PAPALÉO PAES (PSDB/AP)BLOCOPARLAmENTARDAmAIORIALíDER VALDIR RAUPP (PMDB/RO)PSB–PARTIDOSOCIALISTABRASILEIRO

LíDER RENATOCASAGRANDE (PSB/ES)

VICE-LíDER ANTôNIO CARLOS VALADARES (PSB/SE)

DEm–DEmOCRATASLíDER JOSÉ AGRIPINO (DEM/RN)VICE-LíDER KáTIA ABREU (DEM/TO)VICE-LíDER JAyME CAMPOS (DEM/MT)

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VICE-LíDERRAIMUNDOCOLOMBO

(DEM/SC)

PCDOB–PARTIDOCOmUNISTADOBRASILLíDER INáCIO ARRUDA (PC DO B/CE)PDT–PARTIDODEmOCRáTICOTRABALHISTAVICE-LíDER OSMAR DIAS (PDT/PR)PmDB–PARTIDODOmOVImENTODEmOCRáTICOBRASILEIROLíDER VALDIR RAUPP (PMDB/RO)VICE-LíDER ALMEIDA LIMA (PMDB/SE)VICE-LíDER VALTER PEREIRA (PMDB/MS)

VICE-LíDERLEOMARQUINTANILHA

(PMDB/TO)

VICE-LíDER NEUTO DE CONTO (PMDB/SC)

VICE-LíDERWELLINGTONSALGADO DE OLIVEIRA

(PMDB/MG)

PP–PARTIDOPROGRESSISTA

LíDERFRANCISCODORNELLES

(PP/RJ)

PR–PARTIDODAREPúBLICALíDER JOãO RIBEIRO (PR/TO)VICE-LíDER EXPEDITO JúNIOR (PR/RO)PRB–PARTIDOREPUBLICANOBRASILEIRO

LíDERMARCELOCRIVELLA

(PRB/RJ)

PSDB–PARTIDODASOCIALDEmOCRACIABRASILEIRALíDER ARTHUR VIRGíLIO (PSDB/AM)VICE-LíDER MARCONI PERILLO (PSDB/GO)VICE-LíDER ÁLVARO DIAS (PSDB/PR)VICE-LíDER MARISA SERRANO (PSDB/MS)PSOL–PARTIDOSOCIALISmOELIBERDADELíDER JOSÉ NERy (PSOL/PA)PT–PARTIDODOSTRABALHADORESLíDER IDELI SALVATTI (PT/SC)VICE-LíDER EDUARDO SUPLICy (PT/SP)VICE-LíDER FÁTIMA CLEIDE (PT/RO)VICE-LíDER FLÁVIO ARNS (PT/PR)

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PTB–PARTIDOTRABALHISTABRASILEIRO

LíDER EPITÁCIOCAFETEIRA (PTB/MA)

VICE-LíDER SÉRGIO ZAMBIASI (PTB/RS)

(Disponível em http://www.senado.gov.br/sf/SENADORES/Lideranca.aspAcesso em 26/5/2008)

DaRepresentaçãoExterna(Art.67a70)A representação externa far-se-á por Comissão ou por um Senador (podendo

ser o presidente quando ele, por motivo de relevância do fato, avocar a represen-tação). Conforme o art. 27, parágrafo único, existe uma possibilidade regimental de ser criada uma Comissão visando homenagear o Senador falecido, realizando comunicação ao Plenário na primeira oportunidade.

DASCOmISSÕESPERmANENTESETEmPORáRIAS,DAORGANIzAÇÃO,DACOmPOSIÇÃOEDAORGANIzAÇÃODOSmEmBROSDASCOmISSÕES(ART.71A82)

O Senado terá Comissões Permanentes e Temporárias. São doze as Comissões Permanentes (a Comissão Diretora mais 11 Comissões Temáticas). As Comissões Temporárias podem ser: internas (previstas no Regimento com finalidade específica), externas (para representação do Senado) e parlamentares de inquérito (serão estudadas nos arts. 145 a 153).

As Comissões Permanentes devem ser analisadas com muita cautela, por isso serão estudadas primeiro no todo (ver quadro esquemático a seguir), e em partes a partir do art. 98 do RISF.

• O membro da Comissão Diretora não poderá fazer parte de outra Comissão Permanente.

• Cada Senador poderá integrar até três Comissões como titular e três como suplente.

• O lugar nas Comissões pertencem aos partidos ou blocos parlamentares.

COmISSÕES TITULARES/SUPLENTES DIA HORáRIO

CAE 27 3ª 10HCE 27 3ª 11H

CCJ 23 4ª 10H

CI 23 3ª 14HCãS 21 5ª 11H30MINCDH 19 3ª 12HCRÊ 19 5ª 10HCMA 17 3ª 11H30MINCDR 17 4ª 14HCRA 17 5ª 12HCCT 17 4ª 18H

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DaSuplência,dasVagasedasAtribuições(Art.83a87)As Comissões Permanentes, exceto a Diretora, terão suplentes em número

igual ao de titulares. A renúncia a lugar em Comissão far-se-á em comunicação escrita à Mesa.

ComissõesPermanentesesuasSubcomissõesSenado Federal• CAE – Comissão de Assuntos Econômicos.• CAEAM – Subcomissão Permanente – Assuntos Municipais.• CAEPS – Subcomissão Temporária – Previdência Social.• CAERT – Subcomissão Temporária – Reforma Tributária.• CAERMR – Subcomissão Temporária – Regulamentação dos Marcos Regu-

latórios.• CAS – Comissão de Assuntos Sociais.• CASPREV – Subcomissão Permanente do Trabalho e Previdência.• CASDEF – Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com

Deficiência.• CASSAUDE – Subcomissão Permanente de Promoção, Acompanhamento e

Defesa da Saúde.• CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.• CCJIPP – Subcomissão – Imagem e prerrogativas parlamentares.• CCJSSP – Subcomissão Permanente de Segurança Pública.• CE – Comissão de Educação, Cultura e Esporte.• CECTMCS – Subcomissão Permanente de Cinema, Teatro, Música e Comu-

nicação Social.• CESCT – Subcomissão Permanente de Ciência e Tecnologia.• CESL – Subcomissão Permanente do Livro.• CESE – Subcomissão Permanente do Esporte.• CMA – Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização

e Controle.• CMAAQ – Subcomissão Permanente – Aquecimento Global.• CMAGRS – Subcomissão Temporária sobre o Gerenciamento de Resíduos

Sólidos.• CMAFAAFMA – Subcomissão Temporária – Fórum das águas das Américas

e Fórum Mundial da Água.• CMACAA – Subcomissão Temporária para Acompanhar a Crise Ambiental

na Amazônia.• CDH – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.• CDHIDO – Subcomissão Permanente do Idoso.• CDHCAJ – Subcomissão Permanente da Criança, Adolescente e Juventude.• CDHTE – Subcomissão Temporária de Combate ao Trabalho Escravo.• CDHSPDM – Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher.• CRE – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.• CREPCBE – Subcomissão Permanente de Proteção dos Cidadãos Brasileiros

no Exterior.

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• CREPA – Subcomissão Permanente da Amazônia.• CREMC – Subcomissão Permanente de Acompanhamento do Regime Inter-

nacional sobre Mudanças Climáticas.• CREMRFA – Subcomissão Permanente para Modernização e Reaparelha-

mento das Forças Armadas.• CI – Comissão de Serviços de InfraEstrutura.• CIPAC – Subcomissão Permanente – Plano de Aceleração do Crescimento.• CISPID – Subcomissão Permanente de Infraestrutura e Desenvolvimento

Urbano.• CDR – Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo.• CRA – Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.• CRABIO – Subcomissão Permanente dos Biocombustíveis.• CCT – Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Infor-

mática.• CCTSINF – Subcomissão Permanente de Serviços de Informática.• CCTPT – Subcomissão Temporária – Polos Tecnológicos.

(Disponível em: http://www.senado.gov.br/sf/atividade/comissoes/comPermanente.asp Acesso em 26/5/2008)

DaDireção(Arts.88e89)

No início da legislatura, nos cinco dias úteis que se seguirem à designação de seus membros, e na terceira sessão legislativa, nos cinco dias úteis que se seguirem à indicação dos líderes, cada Comissão reunir-se-á para instalar seus trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, o seu presidente e vice-presidente.

DaCompetênciaComumdeTodasasComissões(Art.90a105)

EstruturaefunçõesdaComissãoDiretora

O Senado Federal dispõe de uma estrutura logística indispensável ao de-sempenho de suas missões constitucionais. Os Senadores têm mandato de oito anos, mas a cada dois anos o Plenário elege um novo presidente (que passa a ser, também, presidente do Congresso Nacional), dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes. Essa é a Comissão Diretora, à qual, entre outras funções, compete dirigir as sessões no Plenário, que é a instância hierarquica-mente superior, além de comandar todo o complexo administrativo, gerenciado pelo primeiro-secretário.

O presidente, nos compromissos oficiais, é assistido pelo Cerimonial e pela Coordenação de Relações Públicas.

As engrenagens que mantêm em funcionamento o Senado Federal são dirigi-das a partir dos órgãos de assessoramento superior, que dá o suporte à atividade fim da Casa, cujo mister é legislar, e da Diretoria-Geral, que dá o suporte admi-nistrativo e operacional, junto com os órgãos supervisionados. O todo resulta em uma estrutura bastante complexa.

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Comissões:podem ser divididas da seguinte forma: Comissões Permanentes e Comissões Temporárias. Cabe a estas:

• discutir e votar projeto de lei terminativo;• realizar audiências públicas;• convocar Ministro de Estado;• receber petições, reclamações, representações e queixas contra atos ou

omissões de autoridades ou entidades públicas;• solicitar depoimentos de autoridade / cidadão;• apreciar programas de obras, planos nacionais e setoriais e emitir pareceres;• respeitar sempre que possível a proporcionalidade.

A substituição de Senador na Comissão é feita pelo líder.

Art.91:Poder Terminativo – determinadas matérias podem ser decididas pelas Comissões sem necessidade de irem ao Plenário, salvo recurso de 1/1910 (um décimo) dos Senadores.

DecisõesTerminativas–Dependemdamatéria:

OBRIGATóRIA fACULTATIVO ImPOSSÍVELPL INICIATIVA DO SE-NADO FEDERAL

PRES. SENADO FEDERAL + LíDERES PL DO PRES. REP. / CIDA-DãO/

PR LEI TORNADA IN-CONSTITUCIONAL STF

PROJETO DE INICIATIVA DE DEPUTA-DOS

PODER JUDI-CIÁRIO

COM O MESMO TRATAMENTO PECPROJETO DE CóDIGO

DasReuniões(Art.106)

Proporcionalidadepartidária–No início da legisla tura, os líderes se reunirão. O cálculo é efetuado pela Secretaria Geral da Mesa.

No 1º momento, divide-se o número total de Senadores pelo número total de membros da Comissão.

Ex.: 81 (Senadores) dividido por 27 (Comissão de Assuntos Econômicos) = 3 (quociente partidário).

No 2º momento, divide-se o número de membros do partido pelo quociente partidário.

Ex.: PT – 13 dividido por 3 = 4,33O partido terá, no mínimo, quatro e, no máximo, cinco membros nessa Comissão.

DosPrazosdasComissõessobreasProposições(Art.118a121)

O exame das Comissões sobre as proposições, excetuadas as emendas e os casos em que este Regimento determine em contrário, obedecerá aos seguintes prazos:

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I – vinte dias úteis para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania;II – quinze dias úteis para as demais Comissões;§ 1º Sobre as emendas, o prazo é de 15 dias úteis, correndo em conjunto se tiver de ser ouvida mais de uma Comissão.§ 2º Se a Comissão não puder proferir o parecer no prazo, tê-lo-á prorroga-do, por igual período, desde que o seu presidente envie à Mesa, antes de seu término, comunicação escrita, que será lida no Período do Expediente e publicada no Diário do Senado Federal. Posterior prorrogação só poderá ser concebida por prazo determinado e mediante deliberação do Senado.§ 3º O prazo da Comissão ficará suspenso pelo encerramento da sessão legislativa, continuando a correr na sessão imediata, salvo quanto aos proje-tos a que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo início de nova legislatura ou por designação de novo relator.§ 4º Será suspenso o prazo da Comissão durante o período necessário ao cumprimento das disposições previstas no art. 90, II, III, V e XII.§ 5º O prazo da Comissão não se suspenderá nos projetos sujeitos a prazos de tramitação.

Quando a matéria for despachada a mais de uma Comissão e a primeira esgo-tar o prazo sem sobre ela se manifestar, poderá ser dispensado seu parecer, por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador.

Se uma das Comissões considerar indispensável, antes de proferir o seu parecer, o exame da que houver excedido o prazo, proposta neste sentido será submetida à deliberação do Plenário.

O relator tem, para apresentar o relatório, a metade do prazo atribuído à Co-missão.

DasEmendasApresentadasperanteasComissões(Art.122a125)

Perante as Comissões, poderão apresentar emendas:

I – qualquer de seus membros, em todos os casos;II – qualquer Senador:a) aos projetos de códigos;b) aos projetos de iniciativa, do Presidente da República com tramitação urgente;c) aos projetos referidos no art. 91.1º No caso do inciso II, o prazo para apresentação de emenda contar-se-á a partir da publicação da matéria no Diário do Senado Federal, sendo de 20 dias úteis para os projetos de códigos e de 5 dias úteis para os demais projetos.§ 2º Nos avulsos da Ordem do Dia, consignar-se-á a existência de projetos em face de recebimento de emendas, com a indicação da Comissão que deverá recebê-las, do prazo e do número de dias transcorridos.

Considera-se emenda de Comissão a proposta por qualquer de seus membros e por ela adotada.

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DosRelatores,dosRelatóriosedosPareceres(Art.126a141)• Designação de relator: independe de matéria ou reunião de Comissão; propor-

ção das representações; alternada entre os membros; 2 dias após recebimento (salvo Regimento).

• Autor da proposição não é seu relator.• O relatório deverá ser oferecido por escrito.• Pedido de vista: será concedido, por uma única vez, pelo prazo de 5 dias

úteis, improrrogáveis.• O presidente poderá, excepcionalmente, ser relator.• O relatório aprovado transforma-se em parecer da Comissão.• Todo parecer deverá ser conclusivo em relação à matéria a que se referir,

podendo a conclusão ser: – pela aprovação total ou parcial; – pela rejeição; – pelo arquivamento; – pelo destaque, para proposição em separado, de parte da proposição principal, quando originária do Senado, ou de emenda; – pela apresentação de:ü projeto;ü requerimento;ü emenda ou subemenda;ü orientação a seguir em relação à matéria.

• O parecer conterá ementa, que é um resumo da matéria que também existe nas resoluções e pro jetos;

• O parecer poderá ser proferido oralmente em Plenário por 30 minutos.

DasDiligências(Art.142)Quando as Comissões se ocuparem de assuntos de interesse particular, pro-

cederem a inquérito, tomarem depoimento e informações, ou praticarem outras diligências semelhantes, poderão solicitar, das autoridades legislativas, judiciárias e administrativas, das entidades autárquicas, sociedade de economia mista e empre-sas concessionárias de serviços públicos, quaisquer documen tos ou informações, e permitir às pessoas diretamente interessadas a defesa dos seus direitos, por escrito ou oralmente.

DaInadmissibilidadedeDocumentos(Arts.143e144)Art. 144 do RISF:

Quanto aos documentos de natureza sigilosa, observar-se-ão, no trabalho das Comissões, as seguintes normas:I – não será lícito transcrevê-lo, no todo ou em parte, nos pareceres e ex-pediente de curso ostensivo;II – se houver sido encaminhado ao Senado em virtude de requerimento formulado perante a Comissão, o seu presidente dará conhecimento ao requerente, em particular;III – se a matéria interessar a Comissão, ser-lhe-á dada a conhecer em reunião secreta;IV – se destinado a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, será encerrado em sobrecarta, rubricada pelo presidente da Comissão que acompanhará o processo em toda a sua tramitação;V – quando o parecer contiver natureza de matéria sigilosa, será objeto das cautelas no inciso anterior.

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DasComissõesParlamentaresdeInquérito(Art.145a153)

O Congresso Nacional e suas Casas possuirão Comissões com formação e competências próprias. Essas Comissões dividem-se em Permanentes e Temporá-rias. As Permanentes possuirão a mesma formação durante a legislatura e tratarão de assuntos predeterminados. As Comissões Temporárias serão constituídas por tempo determinado para tratarem de matérias específicas, sejam quais forem.

AsComissõespoderão:• votar matérias que dispensem a apreciação do Plenário;• convocar Ministros de Estado para prestarem informações (vide art. 50,

Constituição Federal de 1988);• receber reclamações de entidades públicas;• solicitar depoimentos;• apreciar planos e programas nacionais ou regionais.

A Constituição estipula duas Comissões que terão um papel extremamente im-portante nas atividades do Congresso Nacional, que são a Comissão Representativa e as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs).

As Comissões Representativas serão criadas para representar o Congresso Nacional nos períodos de recesso (entre os períodos que compõem as sessões legislativas), respeitando sempre a proporcionalidade dos partidos que compõem as Casas.

Para aqueles que pretendem realizar concursos para cargos no Poder Legis-lativo, sugerimos a análise pormenorizada da regulamentação infraconstitucional das atividades das CPIs, que se encontra nos regimentos da Casas. Muitas vezes há diversidade de tratamento entre os regimentos do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, o que pode levar a alguma confusão na hora da prova. Outra impor-tância do estudo regimental desse tópico reside na previsão constitucional de que os poderes das CPIs não se limitem àqueles próprios das autoridades judiciárias, mas englobem também os previstos regimentalmente.

Outra dica para o estudo do tema é a análise da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. No caso das CPIs, a Suprema Corte tem delineado a amplitude dos poderes de investigação, o que causa certo atrito entre os Poderes e muita repercussão na opinião pública.

Analisando a jurisprudência do Supremo Tribunal, percebemos que a maioria das limitações à atuação das CPIs derivam da aplicação de três princípios: do Contraditório, da Ampla Defesa e da Reserva Jurisdicional.

Recentemente, tivemos a divulgação de liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal, em sede de mandado de segurança, com o objetivo de que os investigados pela CPI da compra de votos tivessem direito de exercer pessoalmente sua defesa. Trata-se, claramente, de uma proteção ao direito ao contraditório – prerrogativa de contestar, expor seu ponto de vista – e ao direito à ampla defesa – liberdade ampla de produção de provas – concedidos aos parlamentares.

O Princípio da Reserva Jurisdicional, por sua vez, determina que certos poderes, mesmo que relacionados à atividade investigativa, não podem ser outorgados às Comissões Parlamentares de Inquérito, já que são inerentes à atividade jurisdicional típica. São exemplos de poderes e medidas não permitidos às CPIs, em virtude de possuírem caráter eminentemente jurisdicional: medidas cautelares, como arrestos, sequestros, hipoteca e indisponibilidade de bens; permissão para interceptação telefônica; prisões cautelares, como as preventivas e temporárias; invasão de domicílio, mesmo que para fins de busca e apreensão etc.

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Um equívoco muitas vezes cometido é a confusão entre quebra do sigilo de comunicações telefônicas e interceptação telefônica. Quebrar o sigilo telefônico consiste em ter acesso aos dados armazenados na central telefônica, relativos às chamadas recebidas e efetuadas pelo investigado, o que é permitido às Comissões Parlamentares de Inquérito. Determinar a interceptação telefônica, por sua vez, significa autorizar a gravação das conversas feitas pelo investigado, o que depende de autorização judicial, não suprível por autorização da própria CPI.

As CPIs, como sabemos, são criadas para investigar fato determinado e por prazo certo. Tais características, porém, não podem servir como um obstáculo à sua atua ção. Assim, caso uma dessas Comissões esteja investigando um fato A e, ao longo das investigações, descubra que um fato B, também ilícito, esteja conexo ao caso A, ela poderá investigar o fato B sem ferir o § 3º do art. 58 da Constituição Federal, que limita a investigação a fato determinado.

Exemplificando, imagine que uma CPI é criada para investigar compra de votos e, ao longo das investigações, descubra indícios de que o dinheiro utilizado no suborno é público. Nesse caso, o fato de o Poder Legislativo estar investigando de onde veio o dinheiro não significa que houve um desvirtuamento do objeto inicial da investigação, já que se trata de um fato conexo.

Da mesma forma ocorre com a limitação do prazo. Caso haja a necessidade de os trabalhos da Comissão se estenderem além do prazo inicial, é possível que haja sucessivas prorrogações, desde que não se ultrapasse o período da legislatura, que é o prazo de quatro anos coincidente com o mandato dos Deputados Federais.

Ao final dos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito, se for o caso, enviará suas conclusões ao Ministério Público, para que esse promova a res-ponsabilidade civil ou criminal dos infratores. Ou seja, a CPI não julga, somente encaminha seus relatórios ao Ministério Público, que poderá, ou não, buscar, no Judiciário, a condenação do infrator.

Em qualquer caso, as Comissões da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou mesmo as mistas (formada por membros de ambas as Casas) deverão guardar, sempre que possível, uma representação proporcional dos partidos políticos.

O que acontece se um partido político, buscando uma manobra para impedir a abertura de uma CPI, não indicar os membros que irão ocupar os cargos a que tem direito em uma CPI? A solução encontrada pelo Supremo Tribunal Federal é a de que o presidente da Mesa, mediante aplicação analógica do art. 28, § 1º, c/c o art. 85, caput, respectivamente, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, deve proceder à designação dos nomes faltantes dos parla-mentares que devem compor a Comissão Parlamentar de Inquérito, observada a proporcionalidade da representação partidária (MS 24.831/Distrito Federal-STF). Essa solução reconhece no direito à abertura de CPIs um direito público subjetivo, assegurado às minorias legislativas, de ver instaurado o inquérito parlamentar, instrumento de efetivação do direito de oposição, derivado do regime democrático.

DasSessões(Arts.154e155)

Cada sessão terá início de segunda a quinta-feira, às 14h, e às sextas-feiras, às 9h, pelo relógio do Plenário, presente no recinto pelo menos um vigésimo da composição do Senado, e terá duração máxima de quatro horas e trinta minutos, salvo prorrogação.

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AssessõesdoSenadopodemser:

I – deliberativas: existe Ordem do Dia previamente designada (votações no Plenário);a) ordinárias;b) extraordinárias.II – não deliberativas: destinam-se apenas a discussões, comunicações, leitura de proposições e assuntos de interesse público. Realiza-se sem Ordem do Dia.III – especiais: têm por finalidade promover comemorações e homenagens e recepcionar autoridades de outros países. O apoio é feito por 6 Senado-res para transformar a sessão ordinária em especial. Em sessão especial, poderão ser admitidos convidados à Mesa e no Plenário.

• A sessão não se realizará:

I – por falta de número;II – por deliberação do Senado;III – quando o seu período de duração coincidir, embora parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso Nacional;IV – por motivo de força maior, assim considerado pela Presidência.

DoPeríododoExpediente(Arts.156a161)É a primeira parte da sessão que terá a duração de 120 minutos e será desti-

nada à leitura do expediente e aos oradores inscritos. Só poderá ser prorrogada uma única vez.

• Constituem matéria do Período do Expediente:

I – a apresentação de projeto, indicação, parecer ou requerimento não rela-cionado com as proposições constantes da Ordem do Dia;II – as comunicações enviadas à Mesa pelos Senadores;III – os pedidos de licença dos Senadores;IV – os ofícios, moções, mensagens, telegramas, cartas, memoriais e outros documentos recebidos.

DaOrdemdoDia(Arts.162a176)A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente, ao término do tempo destinado ao

Período do Expediente, salvo prorrogação. As matérias serão incluídas em Ordem do Dia, a juízo do presidente, segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:

I – medida provisória, a partir do 46º dia de sua vigência;II – matéria urgente de iniciativa do Presidente da República, com prazo de tramitação esgotado;III – matéria em regime de urgência do art. 336, I;IV – matéria preferencial constante do art. 172, II, segundo os prazos ali previstos;V – matéria em regime de urgência do art. 336, II;VI – matéria em regime de urgência do art. 336, III;VII – matéria em tramitação normal.

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A Ordem do Dia será anunciada ao término da sessão anterior, publicada no diário do senado Federal e distribuída em avulsos antes de iniciar-se a sessão respectiva.

Não será designada Ordem do Dia para a primeira sessão de cada sessão legislativa.

Em casos excepcionais, assim considerados pela Mesa, e nos sessenta dias que precederem as eleições gerais, poderão ser dispensados, ouvidas as lideranças partidárias, os períodos correspondentes ao Período do Expediente ou à Ordem do Dia.

DaSessãoSecreta(Arts.190a198)I – Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre:a) acordos de paz;b) declaração de guerra;c) perda de mandato de Senador;d) suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio;e) escolha de Chefe de Missão Diplomática – os Embaixadores;f) e também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do Senado.

Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência sem, no entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo solicitada a sessão secreta. O interessante é que para deliberar sobre esse requerimento, o Senado já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar a presença dos funcionários que julgar necessário.

II – Por deliberação do Senado, mediante proposta da Presidência ou a requerimento de qualquer Senador.

É mister ressaltar que antes da sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do requerente e o assunto tratado. Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de debate em sessão pública do senador federal.

As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo Secretários, e colocadas em sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser pública, a ata é votada com qualquer número de senadores presentes.

Terá a duração de quatro horas e trinta minutos, salvo prorrogação. Transfor-mar-se-á em secreta a sessão:

I – obrigatoriamente, quando o Senado tiver de se manifestar sobre:a) declaração de guerra;b) acordo sobre a paz;c) perda de mandato ou suspensão de imunidade de Senador durante o estado de sítio;d) escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente;e) requerimento para realização de sessão secreta.II – por deliberação do Senado, mediante proposta da Presidência ou a requerimento de qualquer Senador.

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DasAtasedosAnais(Arts.201a210)Das Atas:• circunstanciadas de cada sessão;• discorrerão sobre o andamento da sessão, salvo se secreta;• nome do presidente: “O Sr. Presidente” (Renan Calheiros);• ata de sessão secreta: redigida pelo 2º secretário; aprovada com qualquer

número; assinada pelo presidente e 1º e 2º secretários; recolhida ao arquivo.• constarão também da Ata:

I – Por extenso:a) as mensagens ou ofícios do Governo ou da Câmara dos Deputados, salvo quando relativos à sanção de projetos, devolução de autógrafos ou agradecimento de comunicação;b) as proposições legislativas e declaração de voto.II – Em súmula, todos os demais documentos lidos no Período do Expediente, salvo deliberação do Senado ou de terminação da Presidência.

Dos Anais:• trabalhos das sessões;• organizados por ordem cronológica;• distribuídos aos Senadores;• a transcrição de documento no diário do senado Federal, para que conste

dos anais, é permitida:

I – quando constituir parte integrante de discurso de Senador;II – quando aprovada pelo Plenário, a requerimento de qualquer Senador;

DasProposiçõesnoSenadofederal(Arts.211a269)Proposições(art.211):

I – propostas de emenda à Constituição;II – projetos;III – requerimentos;IV – indicações;V – pareceres;VI – emendas.

Requerimentos• podem ser escritos ou orais;• sujeitos a despacho do presidente, decisão da Mesa ou deliberação do Ple-

nário;• concessão de licença – decisão da Mesa Diretora;• prorrogação de posse – deliberação do Plenário;• não ocorrendo votação no Plenário, homologa-se a prorrogação.

INTERESSE mOTIVO DECISÃOPARTICULAR PESSOAL PRES. SENADOPESSOAL LICENçA MESACOLETIVO GERAL PLENÁRIOCOLETIVO MUDANçA DE SEDE MESA

Requerimento – apreciado somente pelo Senado.

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Há diversos tipos de requerimento. Citaremos alguns exemplos:• adiamento da discussão;• adiamento da votação;• comparecimento de Ministro de Estado;• constituição de comissão temporária;• destaque para aprovação de emenda;• destaque para rejeição de dispositivo do projeto;• destaque para rejeição de emenda;• destaque para votação em separado de parte do projeto, de emenda ou de

parte de emenda;• dispensa de discussão;• dispensa de interstício e prévia distribuição de avulsos para inclusão da matéria

em Ordem do Dia;• dispensa de publicação da redação final para a imediata apreciação pelo

Plenário;• encerramento da discussão;• esclarecimento sobre atos da administração da Casa;• extinção de urgência;• homenagem de pesar;• inclusão em Ordem do Dia de matéria em condições de nela figurar;• inclusão em Ordem do Dia de matéria sem parecer;• informações a serem prestadas por Ministros de Estado ou titulares de órgãos

diretamente vinculados à Presidência da República;• inversão da Ordem do Dia;• leitura de qualquer matéria sujeita a conhecimento do Plenário;• licença para exercer missão no País ou no Exterior;• licença para tratar de interesses particulares;• licença para desempenhar missão política ou cultural de interesse parlamentar;• licença para se ausentar dos trabalhos, a serviço do senado;• não realização de sessão em determinado dia;• permissão para falar sentado;• preferências diversas;• prorrogação de prazo para apresentação de parecer;• prorrogação do tempo regimental da sessão;• publicação de informações oficiais no Diário do senado Federal;• realização de sessão especial;• realização de sessão secreta;• reconstituição de proposição;• remessa a determinada comissão de matéria despachada a outra;• retificação de ata;• retirada de proposição em curso no Senado;• sobrestamento de estudo de proposição;• tramitação em conjunto de dois ou mais projetos em curso no Senado regu-

lando a mesma matéria;• transcrição de documentos do Diário do Senado Federal;• urgências;• verificação de votação;• votação do projeto em partes;• votação em globo ou por grupos de dispositivos das emendas da Câmara dos

Deputados a Projetos do Senado Federal;• votação nominal;• voto de aplauso, censura ou semelhante.

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Emendas –Proposições acessórias que visam alterar a proposição principal. São dependentes, pois não têm curso próprio. Apresentação:

Comissão mesa PlenárioPres. da Comissão abre e dá 5 dias úteis; após prazo, ele desig-na relator ou avoca.

Com o parecer da Comissão abre 5 dias úteis.

Discussão.

NaturezadasEmendas(art.246,II)

Supressiva Substitutiva modificativa AditivaErradica dis positivo.

Ou sucedânea. Muda o sentido / o mérito.

N ã o m u d a o sentido / o mérito.

Acrescenta dispositivo.

Indicações–Correspondem à sugestão de Senador ou Comissão para que assuntos nela focalizados sejam objeto de providência ou estudo pelo órgão competente da Casa, com a finalidade do seu esclarecimento ou formulação de preposição legislativa.

Parecer–É a proposição com que uma Comissão pronuncia-se sobre qualquer matéria sujeita a estudo. Constitui proposição quando tiver de ser votado pelo Plená-rio e se não concluir pela apresentação de projeto, de requerimento ou de emenda.

• ConclusõesdospareceresdaComissão:– aprovação total ou parcial; – rejeição; – arquivamento; – cuidado: em proposição legislativa, o parecer pelo arquivamento é tido como rejeição; – destaque de parte da proposição.

DoTurnoúnico,doTurnoSuplementaredoInterstício(Arts.270a287)

O turno é constituído de discussão e votação. Em regra, as deliberações no Plenário do Senado são realizadas em turno único, com exceção da PEC, que possui dois turnos.

O turno suplementar só ocorre quando houver a aprovação de substitutivo de PL, PDL e PR.

É de três dias úteis o interstício entre a distribuição de avulsos dos pareceres das Comissões e o início da discussão ou votação correspondente. Já o interstício da PEC é de, no mínimo, 5 dias úteis.

Do Quorum edaVotação(Arts.288a310)Art. 47 da Constituição Federal. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

Na votação serão adotados os seguintes processos:

I – ostensiva:a) simbólico;b) nominal;

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II – secreta:a) eletrônico;b) por meio de cédulas;c) por meio de esfera.

SessãoemodalidadesdeVotaçãoAs sessões do Senado Federal podem ser públicas ou secretas. As votações

também podem ser públicas (ostensivas) ou secretas.

SESSÕES VOTAÇÕES

1) PúBLICAS1) públicas (ostensivas)a) simbólicasb) nominais – Painel eletrônico – Chamada nominal

2) SECRETAS2) secretasa) nominais – Painel eletrônico – Por esferab) cédulas (nas eleições)

DaPreferência,doDestaque,daPrejudicialidadeedosAutógrafos(Arts.311a335)

Destaque – É o instrumento do processo legislativo que permite o fracionamento de uma votação. Pode ser concedido destaque, mediante requerimento aprovado pelo Plenário, para:

I – votação em separado de parte de proposição, desde que requerida por um décimo dos Deputados (52) ou líderes que representem esse número;II – votação de emenda, subemenda, parte de emenda ou de subemenda;III – tornar emenda ou parte de em uma proposição de projeto autônomo;IV – votação de projeto ou substitutivo, ou de parte deles, quando a prefe-rência recair sobre o outro ou sobre proposição apensada;V – suprimir, total ou parcialmente, dispositivo de proposição.

DestaqueparaVotaçãoemSeparado–DVS: Recurso pelo qual pode ser votada, em separado, parte de proposição submetida ao exame da Câmara. Cabe ao Plenário decidir se o DVS será aceito. Podem requerê-lo um décimo dos Depu-tados (52) ou líderes que representem esse número.

OsAutógrafos são a reprodução do texto aprovado em redação final, enca-minhado por ofício. Os destinos dependem do tipo de proposição e dos eventos no Senado.

Prejudicialidade–Objetiva interromper a tramitação de uma proposição de cunho inconsistente com o processo legislativo. No Senado, caberá recurso ao Plenário, ouvida a CCJ. Exemplo clássico: a proposição cujo substitutivo tenha sido aprovado. A matéria prejudicada será definitivamente arquivada.

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DaUrgênciaedasEmendas(Arts.336a353)A urgência poderá ser requerida:

I – quando se tratar de matéria que envolva perigo para a segurança nacional ou de providência para atender a calamidade pública;II – quando se pretender a apreciação da matéria na segunda sessão deli-berativa ordinária subsequente à aprovação do requerimento;III – quando se pretender incluir em Ordem do Dia matéria pendente de parecer.

DaPropostadeEmendaàConstituição(Arts.354a373)

Uma Constituição pode derivar dos trabalhos de uma AssembleiaNacionalConstituinte, de um processohistóricoou até mesmo revolucionário. O poder que institui inicialmente uma Constituição é o chamado poderconstituinteorigi-nário,visto que irá compor o texto constitucional sem se vincular a nenhuma regra, valor ou norma anterior. Esse poder tem caráter eminentemente excepcional, dado que sua existência pressupõe derrubar, apagar a Constituição anterior, sendo absolutoeilimitado. Tal poder geralmente nasce em virtude de guerras, conflitos graves, revoluções ou no caso de Estados recém-criados, o que não deixa de ser uma mudança drástica no panorama social, político e econômico de uma sociedade.

O poder constituinte derivado é poder de reformar a Constituição e de elaborar constituições estaduais. Esse poder existe, em primeiro lugar, porque o constituinte originário sabe que a Constituição não é um documento perfeito, mas sim algo que precisa ser aperfeiçoado e, em segundo lugar, porque a sociedade muda, evolui, devendo, portanto, ser mudada também a Constituição. No Brasil, o podercons-tituintederivadoé aquele que o Congresso Nacional ou os órgãos máximos do Poder Legislativo Estadual exercem por meio de emendasà Constituição, pelas revisõesconstitucionais e pela confecção das ConstituiçõesEstaduais, sendo em quaisquer casos subordinado e condicionado.

Podemos classificar o poder constituinte derivado da seguinte maneira:

• De reforma → de emenda• Decorrente → de revisão

As emendas são modificações que podem ser feitas desde que seguidas as regras definidas na Constituição.

As revisões são oportunidades que o constituinte originário deu ao constituinte derivado de, após um determinado período de tempo, fazer a revisão da Constitui-ção por meio de um processo mais simplificado que o da emenda constitucional. O constituinte deu um prazo de 5 anos para que fossem analisados os pontos merecedores de reforma em nossa Constituição. Assim, tal como previsto no art. 3º do ADCT – Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ocorreu, em 1994, a edição de seis emendas constitucionais de revisão. Esse processo simplificado de alteração constitucional requereu apenas a votação da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessão unicameral.

O poder constituinte decorrente é o exercido pelos estados-membros na confec-ção de suas Constituições Estaduais. Quando a Assembleia Constituinte Estadual elabora a Constituição do Estado, não possui plena liberdade em sua atividade.

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Pelo Princípio da Simetria, as Constituições Estaduais devem seguir o modelo da Constituição Federal. Caso haja algum dispositivo da Constituição Estadual que esteja indo de encontro com a Constituição, essa norma estará eivada de incons-titucionalidade.

O art. 11 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 concedeu o prazo de 1 (um) ano para que as Assembleias Esta-duais elaborassem as Constituições Estaduais, prazo esse que, extinto em outubro de 1989, já não pode mais ser reaberto para a criação de uma nova Constituinte Estadual. A Constituição do Estado de São Paulo, por exemplo, restou elaborada em 5 de outubro de 1989, dentro, portanto, do prazo constitucional.

Desse processo advém o elemento legitimador, que garante o poder da Cons-tituição, que é o fato de esta derivar de uma assembleia constituinte formada de parlamentares eleitos democraticamente, ou seja, o povo, indiretamente, faz a Constituição. Não estamos dizendo que somente democraticamente se imponha uma Constituição, mas com certeza essa foi a opção da atual Constituição Federa-tiva do Brasil.

No que toca à estabilidade das Constituições, essas podem ser classificadas em quatro tipos, quais sejam: as imutáveis, as rígidas, as flexíveis e as semirrígidas. As imutáveis são aquelas que em hipótese alguma podem ser alteradas, o que é inconcebível diante das constantes mudanças que atingem nossa sociedade e que trazem, quase sempre, mudanças também nas formas de atuação do Estado. Por sua vez, as Constituições rígidassão aquelas que já trazem em si a possibilidade de alterações, mas que, para tanto, preveem, no dizer de Michel Temer, um pro-cesso especial e qualificado, de modo a dificultar a constância de modificações em seu conteúdo. Temos também as Constituições flexíveis, ou plásticas (geralmente são as não escritas), que são aquelas que não demandam nenhum procedimento especial para serem alteradas, bastando a atividade comum do Poder Legislativo, ou seja, são alteráveis como qualquer lei. Por fim, temos assemirrígidasousemifle-xíveis, que são aquelas que em parte são rígidas, isto é, exigem um procedimento especial, mais elaborado, para que sejam modificadas, enquanto outras partes não exigem nenhum procedimento especial, bastando o procedimento comum, ordinário, de elaboração de leis, para que se mude a Constituição.

EmendasConstitucionais

Emendar, na linguagem popular, significa colocar em um tecido, por exemplo, um pedaço que lá não existia. Da mesma maneira ocorre com as emendas à Cons-tituição, visto que inserem no texto constitucional novas determinações, estando o legislador atuando como poder constituintederivado.

Podem dar início a uma emenda um terço, no mínimo, dos membros de qualquer das Casas Legislativas (Câmara ou Senado), o Presidente da República ou mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

A proposta de emenda constitucional será discutida e votada em cada uma das Casas legislativas e será considerada aprovada se obtiver voto favorável de pelo menos três quintos dos votos de seus parlamentares em dois turnos em cada Casa. Trata-se de uma limitação procedimental do processo de emenda.

Não poderá haver emendas à Constituição nos casos de intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa, visto que não existirá, nesses casos, a tranquili-dade essencial à sua elaboração. Essas são as chamadas limitações circunstanciais do processo de emenda da Constituição.

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Caso uma matéria seja votada e rejeitada, não poderá haver outra proposta de emenda sobre o mesmo assunto na mesma sessão legislativa anual.

Existem certos tópicos em nossa Constituição que não poderão ser objeto de emenda, dada sua enorme importância. Esses tópicos são as chamadas cláusu-las pétreas, que de forma alguma serão objeto de emenda que vise a extinguir o que está ali contido, configurando, assim, uma limitação material do processo de emenda constitucional. Alguns autores afirmam que o próprio parágrafo que deter-mina as cláusulas pétreas também é imutável, o que, de certo modo, é essencial à preservação desse instituto. Dessa forma, não será objeto de votação a emenda que queira acabar com:

• a forma federativa do Estado;• o voto direto, secreto, universal e periódico;• a separação dos Poderes;• os direitos e garantias individuais.

Dizer que algum dispositivo constitucional é uma cláusula pétrea não significa que ele não poderá ser objeto de emenda constitucional. O que a Constituição proíbe é que seja objeto de deliberação uma proposta de emenda tendente a abolir essas cláusulas, o que não significa que possa existir uma emenda que implique modificações que não levarão à extinção da cláusula ou até mesmo à diminuição da abrangência do dispositivo, desde que não leve à extinção de seu núcleo bási-co. Esse posicionamento ainda não é completamente aceito, mas é o que mais se coaduna com o texto da norma, já tendo sido levantado perante o STF.

AprofundamentonoTema

As cláusulas pétreas não são propriamente normas constitucionais de hierar-quia superior. Apesar de serem núcleos inegociáveis do texto constitucional, não procede a alegação de inconstitucionalidade de uma norma constitucional inferior, sob o argumento de ela não seguir os ditames de tais cláusulas. (ADI 815/Distrito Federal-STF)

REfORmAXREVISÃOCONSTITUCIONALComo já estudamos, quando tratamos dos diversos tipos de poder consti-tuinte, vimos que o Poder Constituinte Derivado de Reforma divide-se em emendas e revisões constitucionais.As emendas constitucionais, como já vimos, são oportunidades permanentes dadas pelo constituinte de se alterar o texto constitucional.O Poder de Revisão Constitucional, por sua vez, foi a oportunidade aberta pelo art. 3ºdo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias de se alterar o texto constitucional com um quorum menor que o da emenda constitucional (apenas maioria absoluta) e em sessão unicameral. Essa possibilidade só existiu após o período de 5 (cinco) anos da promulgação da Constituição, ou seja, depois de 5 de outubro de 1993. Ocorreu concretamente em 1994, com a edição de 6 (seis) emendas constitucionais de revisão. Esse poder tinha as mesmas limitações já estudadas em relação ao poder de emendar a Constituição, incluindo, ainda, a limitação temporal de 5 (cinco) anos.

(SARMANHO, Fabrício e VALENTINI, Jesus. RegimentoInternodoSenadofe-deralcomÊnfaseemDireitoConstitucional.)

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DosProjetosdeCódigo(Art.374)

DosProjetoscomTramitaçãoUrgenteEstabelecidapelaConstituiçãofederal(Art.375)

DosProjetosReferentesaAtosInternacionais(Art.376)

DasAtribuiçõesPrivativasdoSenadofederaledofunciona-mentocomoórgãojudiciário(Art.377a396)

ResponsabilidadedoPresidentedaRepúblicaComo decorrência da adoção da forma de governo republicano, temos em nosso

País a possibilidade de responsabilização dos governantes. Porém, caso o Presi-dente da República cometa algum crime, só poderá ser processado se a Câmara dos Deputados autorizar por doisterços de seus membros. Em se tratando de crimes comuns (previstos no Código Penal), será ele julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Nas hipóteses de crime de responsabilidade, o Presidente da República será julgado pelo Senado. São crimes de responsabilidade todos aqueles atos que atentem contra a Constituição e, em especial, contra:

• a existência da União;• o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério

Público, além dos poderes das Federações;• o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;• a segurança interna do País;• a probidade, ou seja, o exercício de forma correta e honesta da administração;• a lei orçamentária;• o cumprimento de leis ou decisões judiciais.

REGULAmENTAÇÃOINfRACONSTITUCIONALA Lei nº 1.079/1950 define os crimes de responsabilidade e regula o respectivo

processo de julgamento, dispondo, de forma semelhante ao citado art. 85, que constituem crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra (art. 4º):

• a existência da União;• o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes

constitucionais dos Estados;• o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;• a segurança interna do País:• a probidade na administração;• a lei orçamentária;• a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos;• o cumprimento das decisões judiciárias.

Constata-se, da redação do art. 85 da Constituição Federal, que o rol é mera-mente exemplificativo, não enumerando todas as hipóteses de responsabilização do Chefe do Poder Executivo Federal, já que quaisquer atos que atentem contra a Constituição Federal constituirão crimes de responsabilidade, desde que devida-mente tipificados, em respeito ao art. 5º, XXXIX (Princípio da Reserva Legal). Sobre

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o tema, destacamos a Súmulanº722-STf, que assevera que “são da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento”.

O procedimento para a responsabilização do Presidente é o seguinte:1º) pede-se autorização à Câmara dos Deputados para poder julgar o Presidente

da República pelo crime que cometeu;2º) concedida a autorização, se for o caso de crime comum, o Supremo Tribu-

nal Federal decidirá se recebe ou não a denúncia ou queixa-crime. Nesse caso, o Presidente não poderá ser preso antes de haver sentença condenatória. Se for caso de crime de responsabilidade, o Senado Federal, presidido pelo presidente de Supremo Tribunal Federal, deverá instaurar processo contra o Presidente;

3º) instaurado o processo pelo Senado Federal ou recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, o Presidente da República ficará suspenso de suas atividades pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias.

O Presidente da República, durante o seu mandato, não poderá ser responsabili-zado por atos estranhos ao exercício de suas funções (irresponsabilidaderelativa).

Para que o Senado condene o Presidente, serão necessários doisterços dos votos e a condenação se limitará à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública.

Cabe notar que, nos casos de crimes de responsabilidade do Presidente da República, está vinculado o Senado Federal a instaurar o devido processo legal para a apuração do crime, enquanto nas infrações penais comuns, o juízo de admissibilidade político positivo proferido por 2/3 da Câmara dos Deputados não vincula o STF, que não é obrigado a receber a denúncia ou queixa-crime oferecida contra o Presidente da República.

Nos crimes de responsabilidade, temos apenas um juízodeadmissibilidade, já que o processo se desenvolve dentro de um único Poder, que simplesmente reparte tarefas dentro do processo penal. Já nos crimes comuns, temos a atuação de dois Poderes distintos, o que implica incidência do princípio da separação dos Poderes. Assim, quando o Supremo Tribunal Federal recebe o requerimento para abertura do processo penal contra o Presidente da República, isso não significa uma ordem do Poder Legislativo, mas simplesmente uma autorização para o recebimento da denúncia e consequente instauração da ação penal.

Tal interpretação é corroborada pela redação do § 1º do art. 86 da Constituição Federal de 1988, que claramente adota tal diferenciação, prevendo a suspensão das funções presidenciais quando houver a instauração do processo pelo Senado Federal ou se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal, demonstrando, assim, a diferença nos processos por crimes de responsabilidade e comuns.

O Senado Federal, se entender pela condenação, limitar-se-á a impor a pena de perdadocargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública (incluído o desempenho de mandato eletivo – RE 234.223/Distrito Federal-STF), sem prejuízo das demais sanções a serem aplicadas em outras esferas de respon-sabilização. Nos julgamentos por crime de responsabilidade, o Senado terá como presidente o do Supremo Tribunal Federal, nos termos do parágrafo único do art. 52 da Carta Magna (Alexandre de Moraes visualiza a formação, por conta disso, de um “Tribunal Político de colegialidade heterogênea”).

Em virtude da separação dos Poderes, o Poder Judiciário sequer pode alterar a decisão proferida pelo Senado Federal nos julgamentos por crimes de responsabi-

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lidade (impeachment), o que demonstra a impossibilidade de um Poder determinar a ação do outro. Porém, quanto aos requisitos legais que envolvam a questão, que possam levar à lesão ou ameaça a direito (MS 20.941/Distrito Federal-STF), é pos-sível o controle judicial, desde que não se adentre em questões interna corporis do Poder Legislativo ou no campo jurisdicional delegado pela Constituição Federal ao Senado Federal.

Alexandre de Moraes descreve o caráter dicotômico da natureza jurídica do impeachment, considerado por alguns como um instituto de natureza política (Paulo Brossard, Themistocles Cavalcanti, Carlos Maximiliano e Michel Temer), e por outros um instituto de natureza penal (José Frederico Marques). Uma terceira corrente considera sua natureza mista.

AprofundamentonoTema

O princípio da simetria (segundo o qual as Constituições Estaduais devem seguir o modelo federal) deve ser aplicado com algumas restrições. Analisando a possibilidade de extensão da irresponsabilidade penal relativa do chefe do Executivo federal (relativa a atos estranhos ao exercício do mandato) ao Executivo estadual, o Supremo Tribunal Federal entendeu que essa é uma prerrogativa exclusiva do Presidente da República (ADIn nº 1.008/PI-STF). Logo, essa imunidade não pode ser conferida pelas Constituições Estaduais aos Governadores de Estado (ADIn nº 978/PB-STF). Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal entende ser constitu-cional a norma estadual que estabelece prévia licença da Assembléia Legislativa para a instauração de processo por crime comum cometido por Governadores (HC 86.015/PB).

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do MS 21.689/Distrito Federal-STF, declarou que a renúncia ao cargo, apresentada na sessão de julgamento, quando já iniciado este, não paralisa o processo de impeachment, tendo em vista que as penas de perda do cargo e inabilitação para exercício de função pública não pos-suem mais caráter acessório no ordenamento jurídico pátrio.

fiscalizaçãoContábil,financeiraeOrçamentária

O Poder Legislativo terá, além da função de elaborar atos normativos, a fun-ção de fiscalizar os gastos públicos. Para tanto, o Congresso Nacional conta com a ajuda do Tribunal de Contas da União, formado por nove Ministros, escolhidos um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado, e dois terços pelo próprio Congresso.

O Estado tem como finalidade maior a execução de serviços públicos bastantes para a satisfação das necessidades públicas. Para tanto, possui um aparato finan-ceiro e patrimonial capaz de suprir financeiramente suas atividades. A atividade financeira do Estado pode ser resumida, de modo simplório, em duas atividades: arrecadação e gasto. A primeira consiste, principalmente, na atividade tributária, fonte derivada de recursos mediante a qual o Estado adquire receita. A segunda atividade, relativa à execução de despesas, pressupõe uma estrita obediência ao orçamento, ou seja, à previsão legal de gastos públicos.

O princípio da legalidade, que rege a atividade administrativa do Estado, impõe uma rígida fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, de modo a garantir que a gestão das rendas e do patrimônio estatal seja feita da

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forma mais eficiente e eficaz possível. Outros princípios que regem a administração pública também devem ser observados quando da realização do controle orçamen-tário, tais como a impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, finalidade e boa-fé. Para tanto, a Constituição prevê duas formas de controle: interno e externo.

O controle interno ou autocontrole é aquele realizado pela própria instituição que realiza a despesa, enquanto o controle externo é feito pelo Tribunal de Contas. Para exemplificar, imagine uma despesa empenhada com a finalidade de satisfazer a necessidade de compra de vacinas contra a hepatite pelo Ministério da Saúde. Nesse caso, o controle interno será exercido pelo próprio Ministério, de forma pré-via, concomitante e subsequente (art. 77 da Lei nº 4.320/1964), e pelo Tribunal de Contas, que verificará a probidade da compra e o cumprimento da lei orçamentária.

Resumindo, o controle interno é feito, interna corporis, pela proporção da es-fera de Poder, enquanto o controle externo constitui ato externa corporis, ou seja, realizado por órgão diverso daquele que está sendo fiscalizado.

A Constituição prevê, basicamente, quatro parâmetros de controle: a legalidade, que relaciona a observância dos atos administrativos aos ditames da Constituição e das leis; a financeira, relacionada à forma de aplicação das receitas; a legitimidade, ligada à verificação da utilização do dinheiro público de acordo com os objetivos inicialmente estabelecidos; e a economicidade, que é a constatação de que a forma de execução se adequou, sob a fórmula custo-benefício, de forma eficiente para o Estado.

Podemos identificar, pela análise da doutrina, que existem três sistemas de controle da execução orçamentária. O primeiro, inglês, no qual o Poder Executivo atua de forma conjunta com o Poder Legislativo para fiscalizar a execução. O se-gundo, americano, no qual um órgão do Congresso Nacional (Controladoria-Geral) exercita a audi toria do Estado, nos moldes do que é feito em empresas privadas. Por fim, temos o terceiro sistema, francês, que é adotado no Brasil, em que há um Tribunal de Contas com a finalidade de fiscalizar e julgar as contas prestadas pelos gestores de receita pública.

Os tribunais de contas, em nosso País, são órgãos criados para auxiliar o Poder Legislativo na sua tarefa de fiscalização, não havendo, porém, uma relação de subordinação. O caráter de independência do Tribunal de Contas, que constitui prerrogativa essencial para o livre desenvolvimento de suas atividades, não induz a qualquer irresponsabilidade fiscal do órgão, o qual deverá prestar contas regu-larmente, exercendo, inclusive, controle interno.

Cabe ressaltar que o Tribunal de Contas da União não irá julgar as contas pres-tadas anualmente pelo Presidente da República, mas sim apreciar, mediante parecer prévio a ser elaborado em sessenta dias, a contar do recebimento. O julgamento das contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo é realizado pelo Poder Legislativo.

Não se deve confundir, também, a prestação de contas com a tomada de contas. A primeira é realizada pelo próprio agente responsável pela execução da despesa, enquanto a segunda é efetuada por um órgão responsável pelo controle orçamentário.

O julgamento de contas efetuado por esse Tribunal abrange todos aqueles, sejam pessoas físicas ou jurídicas, que receberam recursos públicos ou simplesmente gerenciaram a sua aplicação, bem como aqueles que geraram algum prejuízo ao erário (patrimônio público lato sensu).

Apesar de o Tribunal de Contas possuir o poder de aplicar diretamente e de forma autônoma algumas sanções, como a aplicação de multa, e de sustar execução de ato impugnado, algumas de suas atividades necessitarão de autorização judicial.

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É que, apesar de ser denominado “tribunal”, o Tribunal de Contas não pertence ao Poder Judicial, não possuindo a capacidade de exercer atos que se classifiquem como de reserva jurisdicional, ou seja, que são reservados a magistrados ou Tri-bunais. É o caso, por exemplo, de algumas medidas cautelares, como o arresto, que dependem de decisão judicial. O próprio Tribunal de Contas, como qualquer ente público ou gestor de receita pública, é submetido a controle interno e externo.

O sistema interno de controle desenvolvido inicialmente pela Constituição Fe-deral de 1988 é decorrência do princípio da Separação dos Poderes, que prevê uma autonomia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Assim, cada uma dessas vertentes do Estado irá estabelecer um sistema próprio que tem a obrigação de comunicar ao sistema de controle externo (Tribunais de Contas) quaisquer irregularidades relacionadas à atividade financeira do Estado. Caso a autoridade responsável pelo controle interno seja conivente com a irregularidade, deixando de comunicar o fato ao Tribunal no momento propício, passará também a ser responsabilizada, independentemente de existir um locupletamento ilícito.

Além da provocação do controle interno, o Tribunal de Contas pode agir mediante denúncia dos cidadãos, partidos políticos, associações ou entidades sindicais. De-vemos lembrar que uma leitura restritiva da Constituição nos leva a crer que não é qualquer um do povo que pode exercer o poder de denúncia de tais irregularidades, mas apenas aqueles que preencham os requisitos para ser um cidadão, ou seja, aqueles que possuam direitos políticos.

Conforme a Súmula nº 653-STF:

No Tribunal de Contas estadual, composto por sete conselheiros, quatro devem ser escolhidos pela assembleia legislativa e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um, dentre auditores, e outro, dentre membros do Ministério Público, e um terceiro a sua livre escolha.

(SARMANHO, Fabrício e VALENTINI, Jesus. RegimentoInternodoSenadofederalcomÊnfaseemDireitoConstitucional.)

DaConvocaçãoedoComparecimentodeministrodeEstadoaoSenadofederal(Arts.397a400-A)

O Ministro de Estado comparecerá perante o Senado:

I – quando convocado, por deliberação do Plenário, mediante requerimento de qualquer Senador ou Comissão, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado (Constituição Federal, art. 50, caput);II – quando for solicitado, mediante entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de seu Ministério (Constituição Federal, art. 50, § 1º).§ 1º O Ministro de Estado comparecerá, ainda, perante Comissão, quando por ela convocado ou espontaneamente, para expor assunto de relevância de seu Ministério (Constituição Federal, art. 50, caput e § 1º, e art. 58, § 2º, III).§ 2º Sempre que o Ministro de Estado preparar exposição, por escrito, de-verá encaminhar o seu texto ao presidente do Senado, com antecedência mínima de três dias, para prévio conhecimento dos Senadores.

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Terminada a exposição do Ministro de Estado, que terá a duração de meia hora, abrir-se-á a fase de interpelação, pelos Senadores inscritos, dentro do as-sunto tratado, dispondo o interpelante de cinco minutos, assegurado igual prazo para a resposta do interpelado, após o que poderá este ser contraditado pelo prazo máximo de dois minutos, concedendo-se ao Ministro de Estado o mesmo tempo para a tréplica.

30 Minutos Exposição5 Minutos Interpelação5 Minutos Resposta2 Minutos Réplica (Senador)2 Minutos Tréplica (Ministro De Estado)

DaAlteraçãoouReformadoRegimentoInterno(Arts.401e402)

DaquestãodeOrdem(Arts.403a408)• Dúvida na interpretação e aplicação do RISF.• Suscitável em qualquer fase da sessão.• Prazo: 5 minutos.• Para contraditar: um só Senador.• Deve ser objetiva.• Não pode versar sobre tese de natureza doutrinária ou especulativa.• Decidida pelo presidente.• Cabe recurso ao Plenário, formulado ou apoiado pelo líder.• Recurso quando se tratar de interpretação de texto constitucional vai par

a CCJ.• Solicitada a audiência, fica sobrestada a decisão.

DosDocumentosRecebidospeloSenadofederal(Arts.409a411)

As petições, memoriais, representações ou outros documentos enviados ao Senado serão recebidos pelo Serviço de Protocolo e, segundo a sua natureza, despachados às Comissões competentes ou arquivados, depois de lidos em Ple-nário, quando o merecerem, a juízo da Presidência. Não serão recebidas petições e representações sem data e assinaturas ou em termos desrespeitosos, podendo as assinaturas, a juízo da Presidência, ser reconhecidas.

DosPrincípiosGeraisdoProcessoLegislativo(Arts.412e413)

• O Senado Federal, para cumprir seu papel constitucional, dispõe de princípios que norteiam a atividade legiferante.

• Torna-se impossível a tomada de decisões sem a observância da prevalência do Regimento Interno do Senado Federal.

• O descumprimento e a inobservância a qualquer dos Princípios do Processo Legislativo poderão ser denunciados mediante Questão de Ordem.

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REGImENTOINTERNODOSENADOfEDERAL

Resoluçãonº93,de1970

Texto editado em conformidade com a Resolução nº 18, de 1989, consolidado com as alterações decorrentes de emendas à Constituição, leis e resoluções pos-teriores, até 2006.

Nota

O RegimentoInternodoSenadofederal, de acordo com o disposto em seu art. 402, deve ser consolidado ao final de cada legislatura, incorporando as modifi-cações ocorridas ao longo do quadriênio de trabalhos legislativos.

A presente edição contém o texto consolidado – em relação à consolidação efetuada em janeiro de 2003 – com as alterações produzidas na 52ª Legislatura, iniciada em 1º de fevereiro de 2003 e concluída em 31 de janeiro de 2007. Nesse período, foram editadas as Resoluções nos 22, de 2004; 1 e 2, de 2005; e 30, 35, e 42, de 2006. Essas normas estão incorporadas ao novo texto.

Ao Regimento Interno foram incorporadas, também, alterações decorrentes das Emendas Constitucionais nos 45, de 2004 (reforma do Judiciário) e 50, de 2006 (ampliou o período da sessão legislativa ordinária e, consequentemente, reduziu o recesso parlamentar).

Na consolidação do presente texto foram observadas as regras da Lei Comple-mentar no 95, de 1998, que dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o Parágrafo único do art. 59 da Consti-tuição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos normativos que menciona, com as alterações introduzidas pela Lei Complementar no 107, de 2001.

De acordo com a referida Lei Complementar no 95, de 1998, o artigo que sofreu alguma modificação deverá conter, em seu final, as iniciais (Nr) – nova redação. Nesta consolidação, o símbolo (Nr) foi utilizado apenas para as alterações decor-rentes de outras normas jurídicas (emendas à Constituição, leis complementares e resoluções do Senado Federal), não sendo utilizado para as modificações reda-cionais efetuadas com base no art. 402 do Regimento.

O texto base, para efeito das anotações do símbolo (Nr), é o da edição conso-lidada após a Resolução no 18, de 1989, que produziu a adequação do Regimento à Carta Constitucional de 1988. Por conseguinte, todos os dispositivos que foram modificados por outros diplomas legais, após a referida Resolução, determinaram o registro do símbolo (Nr) ao final do correspondente artigo.

Todavia, a fim de se fornecer uma informação mais precisa e qualificada ao leitor, o dispositivo alterado contém chamada para nota de rodapé, e a correspondente nota explicita qual foi a norma alteradora. A única exceção, nesse procedimento, está nos dispositivos modificados pela Resolução nº 37, de 1995, que tratam de contagem de prazos regimentais ou diferenciam as sessões em deliberativas e não deliberativas. Considerando que é muito grande a quantidade de dispositivos que se enquadram nessa hipótese, apenas consta o símbolo (Nr) ao final do artigo, sem que haja nota de rodapé indicando o que foi alterado.

Todas as modificações efetuadas nesta consolidação encontram-se publicadas, sob a forma de “quadro comparativo das alterações”, após o texto do Regimento.

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Por outro lado, como vem ocorrendo desde 1994, esta edição não ficou restrita ao texto do Regimento Interno: ela contém, ainda, o índice remissivo do Regimen-to e diversas normas infraconstitucionais que disciplinam matérias de processo legislativo.

Quanto a esta parte da publicação, deve-se assinalar que a Secretaria-Geral da Mesa reuniu as normas infraconstitucionais (leis complementares, leis ordinárias, decretos legislativos, resoluções, atos do Congresso Nacional, atos da Mesa e da Comissão Diretora do Senado Federal e decretos) relacionadas com as atribuições e competências do Senado Federal e, ainda, pareceres da Comissão de Consti-tuição, Justiça e Cidadania aprovados pelo Plenário, referentes à interpretação e aplicação de regras de processo legislativo. Em razão do número expressivo de documentos, essa parte da publicação constitui um volume em separado, como já ocorrera nas edições de janeiro de 1999 e de 2003.

Deve-se ressaltar que não foi incluída nessa coletânea a Lei Complementar no 35, de 1979 (Lei orgânica da magistratura). Apesar de ela conter vários dispositivos que disciplinam a competência do Senado Federal para aprovar as indicações de magistrados para o Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores, a referida norma, precisamente nessas matérias, teve sua redação alterada pela Carta de 1988. Assim, a publicação desses dispositivos da Lei Orgânica da Magistratura configuraria mera reprodução de dispositivos constitucionais, o que não é objeto dessa coletânea.

Por fim, um esclarecimento sobre dois procedimentos adotados na organização do texto do Regimento Interno do Senado Federal, volume I: a) consta, Ao final de cada dispositivo regimental que tenha origem expressa na Constituição Federal, a remissão para o dispositivo constitucional correspondente; b) está assinalado, em cada dispositivo regimental que tenha correspondência com alguma norma conexa publicada no volume II, a devida remissão, em nota de rodapé, constando, nesses casos, antes da norma, o verbo “ver”.

Esta publicação, e sua organização de acordo com os procedimentos descri-tos, tem por finalidade proporcionar aos Senhores Senadores, Aos servidores da Casa e aos demais interessados nos trabalhos legislativos amplo acesso às infor-mações, facilidade de consulta e agilidade de manuseio de todos os documentos nela contidos. Dessa forma, a publicação compatibiliza-se com a orientação e os propósitos da Mesa do Senado Federal dedaraostrabalhoslegislativosamplatransparência,democratizandooacessoàsinformações.

Brasília, 31 de janeiro de 2007.

ATODAmESANº1,DE2006AmESADOSENADOfEDERAL, em cumprimento ao disposto no art. 402

regimental, faz publicar o texto do Regimento Interno do Senado Federal, devida-mente consolidado em relação ao texto editado em 10 de janeiro de 2003 (ao final da 51ª – quinquagésima primeira – legislatura), com:

• as alterações introduzidas pelas Resoluções nos 22, de 2004; 1 e 2, de 2005; 30, 35 e 42, de 2006;

• as modificações decorrentes das Emendas Constitucionais nºs 45, de 2003, e 50, de 2006; e

• correções de redação, sem alterações de mérito.

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Sala de Reuniões da Mesa, 22 de dezembro de 2006.

Senador Renan Calheiros, PresidenteSenador Tião Viana, Primeiro Vice-PresidenteSenador Antero Paes de Barros, Segundo Vice-PresidenteSenador Efraim Morais, Primeiro-SecretárioSenador João Alberto Souza, Segundo-SecretárioSenador Paulo Octávio, Terceiro-SecretárioSenador Eduardo Siqueira Campos, Quarto-Secretário

TÍTULOIDOfUNCIONAmENTO

CAPÍTULOIDaSede

Art.1º O Senado Federal tem sede no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília. (Ver ato Conjunto nº 1, de 2001)

Parágrafo único. Em caso de guerra, de comoção intestina, de calamidade pública ou de ocorrência que impossibilite o seu funcionamento na sede, o Senado poderá reunir-se, eventualmente, em qualquer outro local, por determinação da Mesa, a requerimento da maioria dos Senadores.

CAPÍTULOIIDasSessõesLegislativas

Art.2º O Senado Federal reunir-se-á:I – anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de

dezembro, durante as sessões legislativas ordinárias, observado o disposto no art. 57, da Constituição; (Datas fixadas pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006) (Resolução nº 42/2006)

II – quando convocado extraordinariamente o Congresso Nacional (Const., art. 57, §§ 6º a 8º).

Parágrafo único. Nos sessenta dias anteriores às eleições gerais, o Senado Federal funcionará de acordo com o disposto no Regimento Comum. (Nr)

CAPÍTULOIIIDasReuniõesPreparatórias

Art.3º A primeira e a terceira sessões legislativas ordinárias de cada legislatura serão precedidas de reu niões preparatórias, que obedecerão às seguintes normas:

I – iniciar-se-ão com o quorum mínimo de um sexto da composição do Senado, em horário fixado pela Presidência, observando-se, nas deliberações, o disposto no art. 288;

II – a direção dos trabalhos caberá à Mesa anterior, dela excluídos, no início de legislatura, aqueles cujos mandatos com ela houverem terminado, ainda que reeleitos;

III – na falta dos membros da Mesa anterior, assumirá a Presidência o mais idoso dentre os presentes, o qual convidará, para os quatro lugares de Secretários, Senadores pertencentes às representações partidárias mais numerosas;

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IV – a primeira reunião preparatória realizar-se-á:a) no início de legislatura, a partir do dia 1º de fevereiro; (Resolução nº 42/2006)b) na terceira sessão legislativa ordinária, no dia 1º de fevereiro; (resolução

nº 42/2006)V – no início de legislatura, os Senadores eleitos prestarão o compromisso

regimental na primeira reunião preparatória; em reunião seguinte, será realizada a eleição do Presidente e, na terceira, a dos demais membros da Mesa;

VI – na terceira sessão legislativa ordinária, far-se-á a eleição do Presidente da Mesa na primeira reunião preparatória e a dos demais membros, na reunião seguinte;

VII – nas reuniões preparatórias, não será lícito o uso da palavra, salvo para declaração pertinente à matéria que nelas deva ser tratada. (Nr)

TÍTULOIIDOS SENADORES

CAPÍTULOIDaPosse

Art.4º A posse, ato público por meio do qual o Senador se investe no mandato, realizar-se-á perante o Senado, durante reunião preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa, precedida da apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual será publicado no diário do senado Federal. (Ver resolução nº 20, de 1993, e Lei nº 8.730, de 1993) 1, 2

§ 1º A apresentação do diploma poderá ser feita pelo diplomado, pessoalmente, por ofício ao Primeiro-Secretário, por intermédio do seu Partido ou de qualquer Senador.

§ 2º Presente o diplomado, o Presidente designará três Senadores para rece-bê-lo, introduzi-lo no plenário e conduzi-lo até a Mesa, onde, estando todos de pé, prestará o seguinte compromisso: “Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.

§ 3º Quando forem diversos os Senadores a prestar o compromisso a que se refere o § 2º, somente um o pronunciará e os demais, Ao serem chamados, dirão: “Assim o prometo”.

§ 4º Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o Presidente, em soleni-dade pública em seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no diário do senado Federal. (Ver resolução nº 20, de 1993, e Lei nº 8.730, de 1993)

§ 5º O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da ins-talação da sessão legislativa, ou, se eleito durante esta, contados da diplomação, podendo o prazo ser prorrogado, por motivo justificado, a requerimento do interes-sado, por mais trinta dias.

1 A Resolução nº 37/1995 classificou as sessões em deliberativas, não deliberativas e especiais. Além disso, determinou que os prazos regimentais sejam contados em dias úteis.

Nesta edição, quando o dispositivo contiver menção a sessão deliberativa ou não deliberativa, ou, ainda, quando tratar de prazo regimental, não mais serão utilizadas notas de rodapé, porque elas, nas edições anteriores, ocupavam muito espaço.

Nas hipóteses acima mencionadas, será mantida, entretanto, Ao final dos correspondentes artigos, a notação (Nr).

2 Ato do Congresso Nacional de 2/10/1995: alterou a denominação do diário do Congresso Nacional – Seção II para diário do senado Federal.

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§ 6º Findo o prazo de noventa dias, se o Senador não tomar posse nem re-querer sua prorrogação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-se o primeiro Suplente. (Nr)

Art.5º O primeiro Suplente, convocado para a substituição de Senador licen-ciado, terá o prazo de trinta dias improrrogáveis para prestar o compromisso, e, nos casos de vaga ou de afastamento nos termos do art. 39, II, de sessenta dias, que poderá ser prorrogado, por motivo justificado, a requerimento do interessado, por mais trinta dias.

§ 1º Se, dentro dos prazos estabelecidos neste artigo, o Suplente não tomar posse e nem requerer sua prorrogação, considerar-se-á como tendo renunciado ao mandato, convocando-se o segundo Suplente, que terá, em qualquer hipótese, trinta dias para prestar o compromisso.

§ 2º O Suplente, por ocasião da primeira convocação, deverá prestar o com-promisso na forma do art. 4º e, nas seguintes, o Presidente comunicará à Casa a sua volta ao exercício do mandato.

Art.6º Nos casos dos arts. 4º, § 5º, e 5º, § 1º, havendo requerimento e findo o prazo sem ter sido votado, considerar-se-á como concedida a prorrogação.

Art.7º Por ocasião da posse, o Senador ou Suplente convocado comunicará à Mesa, por escrito, o nome parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa e a sua filiação partidária, observando o disposto no art. 78, parágrafo único. (Resolução nº 35/2006)

§ 1º Do nome parlamentar não constarão mais de duas palavras, não compu-tadas nesse número as preposições.

§ 2º A alteração do nome parlamentar ou da filiação partidária deverá ser comunicada, por escrito, à Mesa, vigorando a partir da publicação no diário do senado Federal. (Nr)

CAPÍTULOIIDoExercício

Art.8º O Senador deve apresentar-se no edifício do Senado à hora regimental, para tomar parte nas sessões do Plenário, bem como à hora de reunião da comissão de que seja membro, cabendo-lhe:

I – oferecer proposições, discutir, votar e ser votado;II – solicitar, de acordo com o disposto no art. 216, informações às autoridades

sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa;III – usar da palavra, observadas as disposições deste Regimento.Art.9º É facultado ao Senador, uma vez empossado:I – examinar quaisquer documentos existentes no Arquivo;II – requisitar da autoridade competente, por intermédio da Mesa ou diretamente,

providências para garantia das suas imunidades e informações para sua defesa;III – frequentar a Biblioteca e utilizar os seus livros e publicações, podendo

requisitá-los para consulta, fora das dependências do Senado, desde que não se trate de obras raras, assim classificadas pela Comissão Diretora;

IV – frequentar o edifício do Senado e as respectivas dependências, só ou acom-panhado, vedado ao acompanhante o ingresso no plenário, durante as sessões, e nos locais privativos dos Senadores; (adequação de redação)

V – utilizar-se dos diversos serviços do Senado, desde que para fins relaciona-dos com as suas funções;

VI – receber em sua residência o diário do senado Federal, o do Congresso Nacional e o Diário Oficial da união.

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Parágrafo único. O Senador substituído pelo Suplente continuará com os direitos previstos neste artigo.

CAPÍTULOIIIDosAssentamentos

Art.10. O Senador ou Suplente, por ocasião da posse, inscreverá, em livro espe-cífico, de próprio punho, seu nome, o nome parlamentar, a respectiva rubrica, filiação partidária, idade, estado civil e outras declarações que julgue conveniente fazer.

Art.11. Com base nos dados referidos no art. 10, o Primeiro-Secretário expedirá as respectivas carteiras de identidade.

CAPÍTULOIVDaRemuneração

(Ver Constituição, art. 49, Vii, com a redação dada pela emenda Consti-tucional nº 41, de 2003,

e Decreto Legislativo nº 1, de 2006)

Art.12. A remuneração do Senador é devida:I – a partir do início da legislatura, Ao diplomado antes da instalação da primeira

sessão legislativa ordinária;II – a partir da expedição do diploma, Ao diplomado posteriormente à instalação;III – a partir da posse, Ao Suplente em exercício.Parágrafo único. Na hipótese do art. 39, II, o Senador poderá optar pela remu-

neração do mandato (Const., art. 56, § 3º).Art.13. Será considerado ausente o Senador cujo nome não conste da lista de

comparecimento, salvo se em licença, ou em representação a serviço da Casa ou, ainda, em missão política ou cultural de interesse parlamentar, previamente aprovada pela Mesa, obedecido o disposto no art. 40. (resolução nº 37/1995)

§ 1º O painel do plenário será acionado nas sessões deliberativas. (resolução nº 37/1995)

§ 2º Considerar-se-á ainda ausente o Senador que, embora conste da lista de presença das sessões delibera tivas, deixar de comparecer às votações, salvo se em obstrução declarada por líder partidário ou de bloco parlamentar. (Nr) (reso-lução nº 37/1995)

CAPÍTULOVDoUsodaPalavra

Art.14. O Senador poderá fazer uso da palavra:I – nos cento e vinte minutos que antecedem a Ordem do Dia, por dez minutos,

nas sessões deliberativas, e por vinte minutos, nas sessões não deliberativas; (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

II – se líder, uma vez por sessão: (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

a) por cinco minutos, em qualquer fase da sessão, exceto durante a Ordem do Dia, para comunicação urgente de interesse partidário; ou (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

b) por vinte minutos, após a Ordem do Dia, com preferência sobre os oradores inscritos;

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III – na discussão de qualquer proposição (art. 273), uma só vez, por dez minutos;IV – na discussão da proposição em regime de urgência (art. 336), uma só

vez, por dez minutos, limitada a palavra a cinco Senadores a favor e cinco contra; (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

V – na discussão da redação final (art. 321), uma só vez, por cinco minutos, o relator e um Senador de cada partido;

VI – no encaminhamento de votação (art. 308 e parágrafo único do art. 310), uma só vez, por cinco minutos;

VII – no encaminhamento de votação de proposição em regime de urgência (art. 336), uma só vez, por cinco minutos, o relator da comissão de mérito e os líderes de partido ou bloco parlamentar ou Senadores por eles designados; (resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

VIII – para explicação pessoal, em qualquer fase da sessão, por cinco minutos, se nominalmente citado na ocasião, para esclarecimento de ato ou fato que lhe tenha sido atribuído em discurso ou aparte, não sendo a palavra dada, com essa finalidade, a mais de dois oradores na mesma sessão;

IX – para comunicação inadiável, manifestação de aplauso ou semelhante, homenagem de pesar, uma só vez, por cinco minutos; (Resolução nº 35/2006, com adequação redacional)

X – em qualquer fase da sessão, por cinco minutos:a) pela ordem, para indagação sobre andamento dos trabalhos, reclamação

quanto à observância do Regimento, indicação de falha ou equívoco em relação à matéria da Ordem do Dia, vedado, porém, abordar assunto já resolvido pela Presidência;

b) para suscitar questão de ordem, nos termos do art. 403;c) para contraditar questão de ordem, limitada a palavra a um só Senador;XI – após a Ordem do Dia, pelo prazo de vinte minutos, para as considerações

que entender (art. 176); (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

XII – para apartear, por dois minutos, obedecidas as seguintes normas:a) o aparte dependerá de permissão do orador, subordinando-se, em tudo que

lhe for aplicável, às disposições referentes aos debates;b) não serão permitidos apartes:1 – ao Presidente;2 – a parecer oral;3 – a encaminhamento de votação, salvo nos casos de requerimento de home-

nagem de pesar ou de voto de aplauso ou semelhante;4 – a explicação pessoal;5 – a questão de ordem;6 – a contradita a questão de ordem;7 – a uso da palavra por cinco minutos; (Resolução nº 35/2006, com renume-

ração dos incisos do art. 14)c) a recusa de permissão para apartear será sempre compreendida em caráter

geral, ainda que proferida em relação a um só Senador;d) o aparte proferido sem permissão do orador não será publicado;e) ao apartear, o Senador conservar-se-á sentado e falará ao microfone;XIII – para interpelar Ministro de Estado, por cinco minutos, e para a réplica,

por dois minutos (art. 398, X).XIV – por delegação de sua liderança partidária, por cinco minutos, observado

o disposto na alínea a do inciso II e do § 3º deste artigo. (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

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§ 1º É vedado ao orador tratar de assunto estranho à finalidade do dispositivo em que se baseia para a concessão da palavra. (Resolução nº 35/2006, com re-numeração dos incisos do art. 14)

§ 2º (revogado) (resolução nº 32/1991)§ 3º O líder que acumular lideranças de partido e de bloco parlamentar poderá

usar da palavra com base no inciso II uma única vez numa mesma sessão. (reso-lução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

§ 4º Os vice-líderes, na ordem em que forem indicados, poderão usar da pala-vra com base no inciso II do caput se o líder lhes ceder a palavra, estiver ausente ou impedido nos termos do art. 13. (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

§ 5º O uso da palavra, por delegação de liderança, poderá ocorrer uma única vez em uma mesma sessão e não poderá ser exercido na mesma fase da sessão utilizada pelo líder para falar nos termos do inciso II do caput.

§ 6º O Senador que fizer uso da palavra por delegação de liderança, ou para comunicação inadiável não poderá, na mesma sessão, solicitar a palavra como orador inscrito. (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

§ 7º Aplica-se o disposto no § 1º do art. 17 aos Senadores que fizerem uso da palavra com base no que dispõem os incisos I, IX, XI e XIV. (Resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

§ 8º Aos membros de representação partidária com menos de um décimo da composição do Senado será permitido o uso da palavra, nos termos dos incisos I, II e XIV, uma única vez em cada sessão. (Nr) (Resolução nº 35/2006, com renu-meração dos incisos do art. 14)

Art.15. Os prazos previstos no art. 14 só poderão ser prorrogados, pelo Presi-dente, por um ou dois minutos, para permitir o encerramento do pronunciamento, após o que o som do orador será cortado, não sendo lícito ao Senador utilizar-se do tempo destinado a outro, em acréscimo ao de que disponha. (Nr) (resolução nº 35/2006, com renumeração dos incisos do art. 14)

Art.16. A palavra será dada na ordem em que for pedida, salvo inscrição.Art.17. Haverá, sobre a mesa, no plenário, livro especial no qual se inscreverão

os Senadores que quiserem usar da palavra, nas diversas fases da sessão, devendo ser rigorosamente observada a ordem de inscrição.

§ 1º O Senador só poderá usar da palavra mais de duas vezes por semana se não houver outro orador inscrito que pretenda ocupar a tribuna.

§ 2º A inscrição será para cada sessão, podendo ser aceita com antecedência não superior a duas sessões deliberativas ordinárias ou não deliberativas. (Nr)

Art.18. O Senador, no uso da palavra, poderá ser interrompido:I – pelo Presidente:a) para leitura e votação de requerimento de urgência, no caso do art. 336, I,

e deliberação sobre a matéria correspondente;b) para votação não realizada no momento oportuno, por falta de número

(arts. 304 e 305);c) para comunicação importante;d) para recepção de visitante (art. 199);e) para votação de requerimento de prorrogação da sessão;f) para suspender a sessão, em caso de tumulto no recinto ou ocorrência grave

no edifício do Senado;g) para adverti-lo quanto à observância do Regi mento;h) para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos trabalhos;

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II – por outro Senador:a) com o seu consentimento, para aparteá-lo;b) independentemente de seu consentimento, para formular à Presidência

reclamação quanto à observância do Regimento.Parágrafo único. O tempo de interrupção previsto neste artigo será descontado

em favor do orador, salvo quanto ao disposto no inciso II, a.Art.19. Ao Senador é vedado:I – usar de expressões descorteses ou insultuosas;II – falar sobre resultado de deliberação definitiva do Plenário, salvo em expli-

cação pessoal.Art.20. Não será lícito ler da tribuna ou incluir em discurso, aparte, declaração

de voto ou em qualquer outra manifestação pública, documento de natureza sigi losa.Art.21. O Senador, Ao fazer uso da palavra, manter-se-á de pé, salvo licença

para se conservar sentado, por motivo de saúde, e dirigir-se-á ao Presidente ou a este e aos Senadores, não lhe sendo lícito permanecer de costas para a Mesa.

CAPÍTULOVIDasmedidasDisciplinares

(Ver resoluções nos 17, de 1993, que “dispõe sobre aCorregedoria parlamentar”, e 20, de 1993, que

“institui o Código de Ética e decoro parlamentar”)

Art.22. Em caso de infração do art. 19, I, proceder-se-á da seguinte maneira:I – o Presidente advertirá o Senador, usando da expressão “Atenção!”;II – se essa observação não for suficiente, o Presidente dirá “Senador F...,

atenção!”;III – não bastando o aviso nominal, o Presidente retirar-lhe-á a palavra;IV – insistindo o Senador em desatender às advertências, o Presidente deter-

minará sua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente;V – em caso de recusa, o Presidente suspenderá a sessão, que não será rea-

berta até que seja obedecida sua determinação.Art.23. Constituirá desacato ao Senado:I – reincidir na desobediência à medida disciplinar prevista no art. 22, IV;II – agressão, por atos ou palavras, praticada por Senador contra a Mesa ou

contra outro Senador, nas dependências da Casa.Art.24. Em caso de desacato ao Senado, proceder-se-á de acordo com as

seguintes normas:I – o Segundo-Secretário, por determinação da Presidência, lavrará relatório

pormenorizado do ocorrido;II – cópias autenticadas do relatório serão encaminhadas aos demais membros

da Mesa e aos líderes que, em reunião convocada pelo Presidente, deliberarão:a) pelo arquivamento do relatório;b) pela constituição de comissão para, sobre o fato, se manifestar;III – na hipótese prevista na alínea b do inciso II, a comissão, de posse do re-

latório, reunir-se-á, no prazo de duas horas, a partir de sua constituição, a fim de eleger o Presidente, que designará relator para a matéria;

IV – a comissão poderá ouvir as pessoas envolvidas no caso e as testemunhas que entender;

V – a comissão terá o prazo de dois dias úteis para emitir parecer, que será conclusivo, podendo propor uma das seguintes medidas:

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a) censura pública ao Senador;b) instauração de processo de perda de mandato (Const., art. 55, II);VI – aprovado pela comissão, o parecer será encaminhado à Mesa para o

procedimento cabível no caso. (Nr)Art.25. Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato incompatí-

vel com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que sobre ele deliberará, no prazo improrrogável de dez dias úteis. (redação dada pela resolução nº18/2007)

CAPÍTULOVIIDasHomenagensDevidasemcaso

defalecimento

Art.26. Falecendo algum Senador em período de funcionamento do Senado, o Presidente comunicará o fato à Casa e proporá seja a sessão do dia dedicada a reverenciar a memória do extinto, deliberando o Plenário com qualquer número.

Art.27. O Senado far-se-á representar, nas cerimônias fúnebres que se realiza-rem pelo falecimento de qualquer dos seus membros, por uma comissão constituída, no mínimo, de três Senadores, designados pelo Presidente, de ofício ou mediante deliberação do Plenário, sem embargo de outras homenagens aprovadas.

Parágrafo único. Na hipótese de ser a comissão designada de ofício, o fato será comunicado ao Plenário, pelo Presidente.

CAPÍTULOVIIIDasVagas

Art.28. As vagas, no Senado, verificar-se-ão em virtude de:I – falecimento;II – renúncia;III – perda de mandato.Art.29. A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência deve ser dirigida

por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e independe da aprovação do Senado, mas somente tornar-se-á efetiva e irretratável depois de lida no Período do Expe-diente e publicada no diário do senado Federal. (Ver Constituição, art. 55, § 4º) (resolução nº 35/2006)

Parágrafo único. É lícito ao Senador, ou ao Suplente em exercício, fazer em plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a qual tornar-se-á efetiva e irretratável depois da sua publicação no diário do senado Federal. (Nr)

Art.30. Considerar-se-á como tendo renunciado (arts. 4º, § 6º, e 5º, § 1º):I – o Senador que não prestar o compromisso no prazo estabelecido neste

Regimento;II – o Suplente que, convocado, não se apresentar para entrar em exercício no

prazo estabelecido neste Regimento.Art.31. A ocorrência de vacância, em qualquer hipótese, será comunicada pelo

Presidente ao Plenário.Parágrafo único. Nos casos do art. 30, até o dia útil que se seguir à publicação

da comunicação de vacância, qualquer Senador dela poderá interpor recurso para o Plenário, que deliberará, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Cidada-nia. (Nr)

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Art.32. Perde o mandato o Senador (Const., art. 55): (Ver resolução nº 20, de 1993, e Lei nº 4.117, de 1962)

I – que infringir qualquer das proibições constantes do art. 54 da Constituição;II – cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;III – que deixar de comparecer à terça parte das sessões deliberativas ordinárias

do Senado, em cada sessão legislativa anual, salvo licença ou missão autorizada;IV – que perder ou tiver suspensos os direitos po líticos;V – quando o decretar a Justiça Eleitoral;VI – que sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asse-

guradas ao Senador e a percepção de vantagens indevidas (Const., art. 55, § 1º).§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pelo

Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional (Const., art. 55, § 2º).

§ 3º Nos casos dos incisos III a V, a perda do mandato será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação de qualquer Senador, ou de partido político repre-sentado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa (Const., art. 55, § 3º).

§ 4º A representação será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que proferirá seu parecer em quinze dias úteis, concluindo:

I – nos casos dos incisos I, II e VI, do caput, pela aceitação da representação para exame ou pelo seu arquivamento;

II – no caso do inciso III, do caput, pela procedência, ou não, da representação.§ 5º O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, lido e publi-

cado no diário do senado Fe deral e em avulsos, será:I – nos casos dos incisos I, II e VI, do caput, incluído na Ordem do Dia após o

interstício regimental;II – no caso do inciso III, do caput, encaminhado à Mesa para decisão. (Nr)Art.33. Admitida a representação pelo voto do Plenário, o Presidente designará

comissão composta de nove membros para instrução da matéria.§ 1º Recebida e processada, será fornecida cópia da representação ao acusado,

que terá o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período, para apresentar, à comissão, sua defesa escrita.

§ 2º Apresentada ou não a defesa, a comissão, após proceder às diligências que entender necessárias, emitirá parecer, concluindo por projeto de resolução, no sentido da perda do mandato ou do arquivamento definitivo do processo.

§ 3º Para falar sobre o parecer, será concedida vista do processo ao acusado pelo prazo de dez dias úteis. (Nr)

Art.34. O acusado poderá assistir, pessoalmente ou por procurador, a todos os atos e diligências, e requerer o que julgar conveniente aos interesses da defesa.

Art.35. O projeto de resolução, depois de lido no Período do Expediente, publi-cado no diário do senado Federal e distribuído em avulsos, será incluído em Ordem do Dia e submetido à votação pelo processo secreto. (Nr) (Resolução nº 35/2006, com adequação redacional)

CAPÍTULOIXDaSuspensãodasImunidades

Art.36. As imunidades dos Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas me diante voto de dois terços dos membros da Casa, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Na cional, que sejam incompatíveis com a execução da medida (Const., art. 53, § 8º).

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Art.37. Serão observadas, na decretação da suspensão das imunidades, as disposições do capítulo VIII no que forem aplicáveis.

CAPÍTULOXDaAusênciaedaLicença

Art.38. Considerar-se-á como ausente, para efeito do disposto no art. 55, III, da Constituição, o Senador cujo nome não conste das listas de comparecimento das sessões deliberativas ordinárias.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, aplica-se o disposto no art. 13, não sendo, ainda, considerada a ausên cia do Senador nos sessenta dias anteriores às eleições gerais. (Nr)

Art.39. O Senador deverá comunicar ao Presidente sempre que:I – ausentar-se do País;II – assumir cargo de Ministro de Estado, de Governador de Território, de Se-

cretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou de chefe de missão diplomática temporária (Const., art. 56, I).

Parágrafo único. Ao comunicar o seu afastamento, no caso do inciso I, o Senador deverá mencionar o respectivo prazo.

Art.40. A ausência do Senador, quando incumbido de representação da Casa ou, ainda, no desempenho de missão no País ou no exterior, deverá ser autoriza-da mediante deliberação do Plenário, se houver ônus para o Senado. (resolução nº 37/1995)

§ 1º A autorização poderá ser:I – solicitada pelo interessado;II – proposta:a) pela Presidência, quando de sua autoria a indi cação;b) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, no caso de missão

a realizar-se no estrangeiro;c) pela comissão que tiver maior pertinência, no caso de missão a realizar-se

no País;d) pelo líder do bloco parlamentar ou do partido a que pertença o interessado.§ 2º Na solicitação ou na proposta deverá ser men cionado o prazo de afasta-

mento do Senador.§ 3º A solicitação ou proposta será lida no Período do Expediente e votada em

seguida à Ordem do Dia da mesma sessão. (Resolução nº 35/2006)§ 4º No caso do § 1º, I e II, d, será ouvida a Comissão de Relações Exteriores

e Defesa Nacional ou a que tiver maior pertinência, sendo o parecer oferecido, imediatamente, por escrito ou oralmente, podendo o relator solicitar prazo não excedente a duas horas.

§ 5º Os casos de licença serão decididos pela Mesa com recurso para o Plenário. (Nr) (resolução nº 37/1995)

Art.41. Nos casos do art. 40, se não for possível, por falta de número, realizar-se a votação em duas sessões deliberativas ordinárias consecutivas, ou se o Senado estiver em recesso, o pedido será despachado pelo Presidente, retroagindo os efeitos da licença à data do requerimento. (Nr)

Art.42. O Senador afastado do exercício do mandato não poderá ser incumbido de representação da Casa, de comissão, ou de grupo parlamentar.

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Art.43. Para os efeitos do disposto no art. 55, III, da Constituição, o Senador poderá:

I – quando, por motivo de doença, se encontre impossibilitado de comparecer às sessões do Senado, requerer licença, instruída com laudo de inspeção de saúde (Const., art. 56, II); (Resolução nº 60/1991)

II – solicitar licença para tratar de interesses particulares, desde que o afasta-mento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa (Const., art. 56, II).

§ 1º (revogado) (resolução nº 37/1995)§ 2º (revogado) (resolução nº 37/1995)§ 3º É permitido ao Senador desistir a qualquer tempo de licença que lhe tenha

sido concedida, salvo se, em virtude dela, haja sido convocado Suplente, quando a desistência somente poderá ocorrer uma vez decorrido prazo superior a cento e vinte dias.

§ 4º A licença à gestante, a licença ao adotante e a licença-paternidade, todas remuneradas, equivalem à licença por motivo de saúde de que trata o art. 56, II, da Constituição Federal. (Resolução nº 30/2006, com adequação redacional)

§ 5º Será concedida à Senadora gestante licença de cento e vinte dias, nos termos dos arts. 7º, XVIII, e 39, § 3º, ambos da Constituição Federal. (resolução nº 30/2006)

§ 6º A licença à adotante, concedida à Senadora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança, será: (Resolução nº 30/2006)

I – de cento e vinte dias, se a criança tiver até um ano de idade; (resolução nº 30/2006)

II – de sessenta dias, se a criança tiver mais de um ano de idade; (resolução nº 30/2006)

III – de trinta dias, se a criança tiver mais de quatro anos e até oito anos de idade. (Resolução nº 30/2006)

§ 7º Será concedida licença-paternidade ou licença ao adotante de cinco dias ao Senador, respectivamente, pelo nascimento ou adoção de filho, nos termos dos arts. 7º, XIX, e 39, § 3º, e 10, § 1º, este último constante do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, todos da Constituição Federal. (Nr) (resolução nº 51/1989)

Art.44. Considerar-se-á como licença concedida, para os efeitos do art. 55, III, da Constituição, o não comparecimento às sessões do Senador temporariamente privado da liberdade, em virtude de processo criminal em curso.

Art.44-A. Considerar-se-á como licença autorizada, para os fins do disposto no art. 55, III, da Constituição, e no art. 38, parágrafo único, deste Regimento, a ausência às sessões de Senador candidato à Presidência ou Vice-Presidência da República, no período compreendido entre o registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral e a apuração do respectivo pleito. (resolução nº 51/1989)

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se aos candidatos que concorrerem ao se-gundo turno. (resolução nº 51/1989)

§ 2º Para os fins do disposto neste artigo o Senador deverá encaminhar à Mesa certidão comprobatória do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. (resolução nº 51/1989)

CAPÍTULOXIDaConvocaçãodeSuplente

Art.45. Dar-se-á a convocação de Suplente nos casos de vaga, de afastamento do exercício do mandato para investidura nos cargos referidos no art. 39, II, ou de licença por prazo superior a cento e vinte dias (Const., art. 56, § 1º).

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TÍTULOIIIDAmESA

(Ver resoluções nos 84, de 1996, e 2, de 2001;e Leis nos 9.868 e 9.882, de 1999)

CAPÍTULOIDaComposição

Art.46. A Mesa se compõe de Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários.

§ 1º Os Secretários substituir-se-ão conforme a numeração ordinal e, nesta ordem, substituirão o Presidente, na falta dos Vice-Presidentes.

§ 2º Os Secretários serão substituídos, em seus impedimentos, por Suplentes em número de quatro.

§ 3º O Presidente convidará quaisquer Senadores para substituírem, em sessão, os Secretários, na ausência destes e dos Suplentes.

§ 4º Não se achando presentes o Presidente e seus substitutos legais, inclusive os Suplentes, assumirá a Presidência o Senador mais idoso.

Art.47. A assunção a cargo de Ministro de Estado, de Governador de Território e de Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital, ou de chefe de missão diplomática temporária, implica renúncia ao cargo que o Senador exerça na Mesa.

CAPÍTULOIIDasAtribuições

Art.48. Ao Presidente compete: (Ver Leis nºs 8.041, de 1990, e 8.183, de 1991, e Decreto nº 52.795, de 1963)

I – exercer as atribuições previstas nos arts. 57, § 6º, I e II, 66, § 7º, e 80 da Constituição;

II – velar pelo respeito às prerrogativas do Senado e às imunidades dos Sena-dores; (Ver resolução nº 40, de 1995)

III – convocar e presidir as sessões do Senado e as sessões conjuntas do Congresso Nacional;

IV – propor a transformação de sessão pública em secreta;V – propor a prorrogação da sessão;VI – designar a Ordem do Dia das sessões delibera tivas e retirar matéria da

pauta para cumprimento de despacho, correção de erro ou omissão no avulso e para sanar falhas da instrução;

VII – fazer ao Plenário, em qualquer momento, comunicação de interesse do Senado e do País;

VIII – fazer observar na sessão a Constituição, as leis e este Regimento;IX – assinar as atas das sessões secretas, uma vez aprovadas;X – determinar o destino do expediente lido e distribuir as matérias às comissões;XI – impugnar as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituição, às leis,

ou a este Regimento, ressalvado ao autor recurso para o Plenário, que decidirá após audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania;

XII – declarar prejudicada proposição que assim deva ser considerada, na conformidade regimental;

XIII – decidir as questões de ordem;

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XIV – orientar as discussões e fixar os pontos sobre que devam versar, podendo, quando conveniente, dividir as proposições para fins de votação;

XV – dar posse aos Senadores;XVI – convocar Suplente de Senador;XVII – comunicar ao Tribunal Superior Eleitoral a ocorrência de vaga de Sena-

dor, quando não haja Suplente a convocar e faltarem mais de quinze meses para o término do mandato (Const., art. 56, II, § 3º);

XVIII – propor ao Plenário a indicação de Senador para desempenhar missão temporária no País ou no exterior;

XIX – propor ao Plenário a constituição de comissão para a representação externa do Senado;

XX – designar oradores para as sessões especiais do Senado e sessões solenes do Congresso Nacional;

XXI – designar substitutos de membros das comissões e nomear relator em plenário;

XXII – convidar, se necessário, o relator ou o Pre sidente da comissão a explicar as conclusões de seu pa recer;

XXIII – desempatar as votações, quando ostensivas;XXIV – proclamar o resultado das votações;XXV – despachar, de acordo com o disposto no art. 41, requerimento de licença

de Senador;XXVI – despachar os requerimentos constantes do parágrafo único do art. 214

e do inciso II do art. 215;XXVII – assinar os autógrafos dos projetos e emendas a serem remetidos à

Câmara dos Deputados, e dos projetos destinados à sanção;XXVIII – promulgar as resoluções do Senado e os decretos legislativos;XXIX – assinar a correspondência dirigida pelo Senado às seguintes autoridades:a) Presidente da República;b) Vice-Presidente da República;c) Presidente da Câmara dos Deputados;d) Presidentes do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores do País

e do Tribunal de Contas da União;e) Chefes de Governos estrangeiros e seus representantes no Brasil;f) Presidentes das Casas de Parlamento estrangeiro;g) Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios Federais;h) Presidentes das Assembleias Legislativas dos Estados;i) Autoridades judiciárias, em resposta a pedidos de informações sobre assuntos

pertinentes ao Senado, no curso de feitos judiciais;XXX – autorizar a divulgação das sessões, nos termos do disposto no art. 186;XXXI – promover a publicação dos debates e de todos os trabalhos e atos do

Senado, impedindo a de expressões vedadas por este Regimento, inclusive quando constantes de documento lido pelo orador;

XXXII – avocar a representação do Senado quando se trate de atos públicos de especial relevância, e não seja possível designar comissão ou Senador para esse fim;

XXXIII – resolver, ouvido o Plenário, qualquer caso não previsto neste Regimento;XXXIV – presidir as reuniões da Mesa e da Comissão Diretora, podendo discutir

e votar;XXXV – exercer a competência fixada no Regulamento Administrativo do Se-

nado Federal.§ 1º Após a leitura da proposição, o Presidente verificará a existência de ma-

téria análoga ou conexa em tramitação na Casa, hipótese em que determinará a tramitação conjunta dessas matérias. (Resolução nº 35/2006)

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§ 2º O disposto no § 1º não se aplica à proposição sobre a qual já exista pare-cer aprovado em comissão ou que conste da Ordem do Dia (art. 258). (resolução nº 35/2006)

§ 3º Da decisão do Presidente, prevista no § 1º, caberá recurso para a Mesa, no prazo de cinco dias úteis, contado da sua publicação. (Nr) (Resolução nº 42/2006)

Art.49. Na distribuição das matérias subordinadas, na forma do art. 91, à apre-ciação terminativa das comissões, o Presidente do Senado, quando a proposição tiver seu mérito vinculado a mais de uma comissão, poderá:

I – definir qual a comissão de maior pertinência que deva sobre ela decidir;II – determinar que o seu estudo seja feito em reunião conjunta das comissões,

observado, no que couber, o disposto no art. 113.Art.50. O Presidente somente se dirigirá ao Plenário da cadeira presidencial, não

lhe sendo lícito dialogar com os Senadores nem os apartear, podendo, entretanto, interrompê-los nos casos previstos no art. 18, I.

Parágrafo único. O Presidente deixará a cadeira presidencial sempre que, como Senador, quiser participar ativamente dos trabalhos da sessão.

Art.51. O Presidente terá apenas voto de desempate nas votações ostensivas, contando-se, porém, a sua presença para efeito de quorum e podendo, em escrutínio secreto, votar como qualquer Senador.

Art.52. Ao Primeiro Vice-Presidente compete:I – substituir o Presidente nas suas faltas ou impedimentos;II – exercer as atribuições estabelecidas no art. 66, § 7º, da Constituição, quando

não as tenha exercido o Presidente.Art.53. Ao Segundo Vice-Presidente compete substituir o Primeiro Vice-Presi-

dente nas suas faltas ou impedimentos.Art.54. Ao Primeiro-Secretário compete:I – ler em plenário, na íntegra ou em resumo, a correspondência oficial recebida

pelo Senado, os pareceres das comissões, as proposições apresentadas quando os seus autores não as tiverem lido, e quaisquer outros documentos que devam constar do expediente da sessão;

II – despachar a matéria do expediente que lhe for distribuída pelo Presidente;III – assinar a correspondência do Senado Federal, salvo nas hipóteses do

art. 48, inciso XXIX, e fornecer certidões;IV – receber a correspondência dirigida ao Senado e tomar as providências

dela decorrentes;V – assinar, depois do Presidente, as atas das sessões secretas;VI – rubricar a listagem especial com o resultado da votação realizada através do

sistema eletrônico, e determinar sua anexação ao processo da matéria respectiva; (adequação de redação)

VII – promover a guarda das proposições em curso;VIII – determinar a entrega aos Senadores dos avulsos impressos relativos à

matéria da Ordem do Dia;IX – encaminhar os papéis distribuídos às comissões;X – expedir as carteiras de identidade dos Senadores (art. 11).Art.55. Ao Segundo-Secretário compete lavrar as atas das sessões secretas,

proceder-lhes a leitura e assiná-las depois do Primeiro-Secretário.Art.56. Ao Terceiro e Quarto-Secretários compete:I – fazer a chamada dos Senadores, nos casos determinados neste Regimento;II – contar os votos, em verificação de votação;III – auxiliar o Presidente na apuração das eleições, anotando os nomes dos

votados e organizando as listas respectivas.

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Art.57. Os Secretários, Ao lerem qualquer documen to, conservar-se-ão de pé e permanecerão sentados ao procederem à chamada dos Senadores.

Art.58. Os Secretários não poderão usar da palavra, Ao integrarem a Mesa, senão para a chamada dos Senadores ou para a leitura de documentos, ordenada pelo Presidente.

CAPÍTULOIIIDaEleição

Art.59. Os membros da Mesa serão eleitos para mandato de dois anos, vedada a reeleição para o período imediatamente subsequente (Const., art. 57, § 4º). (Ver parecer nº 555, de 1998)

§ 1º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a represen-tação proporcional dos partidos e blocos parlamentares que participam do Senado (Const., art. 58, § 1º). (Resolução nº 35/2006)

§ 2º Para os fins do cálculo de proporcionalidade, as bancadas partidárias são consideradas pelos seus quantitativos à data da diplomação. (Resolução nº 35/2006)

§ 3º No caso de vaga definitiva, o preenchimento far-se-á, dentro de cinco dias úteis, pela forma estabelecida no art. 60, salvo se faltarem menos de cento e vinte dias para o término do mandato da Mesa.

§ 4º Enquanto não eleito o novo Presidente, os trabalhos do Senado serão dirigidos pela Mesa do período anterior. (Nr)

Art.60. A eleição dos membros da Mesa será feita em escrutínio secreto, exigi-da maioria de votos, presente a maioria da composição do Senado e assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado.

§ 1º A eleição far-se-á em quatro escrutínios, na seguinte ordem, para: (ade-quação de redação)

I – o Presidente;II – os Vice-Presidentes;III – os Secretários;IV – os Suplentes de Secretários.§ 2º A eleição, para os cargos constantes dos incisos II a IV do § 1º, far-se-á

com cédulas uninominais, contendo a indicação do cargo a preencher, e colocadas, as referentes a cada escrutínio, na mesma sobrecarta.

§ 3º Na apuração, o Presidente fará, preliminarmente, a separação das cédulas referentes ao mesmo cargo, lendo-as, em seguida, uma a uma, e passando-as ao Segundo-Secretário, que anotará o resultado.

§ 4º Por proposta de um terço dos Senadores ou de líder que represente este número, a eleição para o preenchimento dos cargos constantes do § 1º, II e III, poderá ser feita em um único escrutínio, obedecido o disposto nos §§ 2º e 3º.

TÍTULOIVDOSBLOCOSPARLAmENTARES,DA

mAIORIA,DAmINORIAEDASLIDERANÇAS

Art.61. As representações partidárias poderão constituir bloco parlamentar. (Ver parecer nº 480, de 1990)

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Parágrafo único. Somente será admitida a formação de bloco parlamentar que represente, no mínimo, um décimo da composição do Senado.

Art.62. O bloco parlamentar terá líder, a ser indicado dentre os líderes das representações partidárias que o compõem. (Ver parecer nº 480, de 1990)

§ 1º Os demais líderes assumirão, preferencialmente, as funções de vice-líderes do bloco parlamentar, na ordem indicada pelo titular da liderança.

§ 2º As lideranças dos partidos que se coligarem em bloco parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais. (Nr) (resolução nº 12/1992)

Art.63. (revogado) (resolução nº 32/1991)Art.64.Aplica-se ao líder de bloco parlamentar o disposto no art. 66.Art.65. A maioria, a minoria e as representações partidárias terão líderes e

vice-líderes. (resolução nº 32/1991) (Ver Leis nºs 4.319, de 1964, e 8.041, de 1990)§ 1º A maioria é integrada por bloco parlamentar ou representação partidária

que represente a maioria absoluta da Casa.§ 2º Formada a maioria, a minoria será aquela integrada pelo maior bloco par-

lamentar ou representação partidária que se lhe opuser.§ 3º A constituição da maioria e da minoria será comunicada à Mesa pelos líde-

res dos blocos parlamentares ou das representações partidárias que as compõem.§ 4º O líder da maioria e o da minoria serão os líderes dos blocos parlamentares

ou das representações partidá rias que as compõem, e as funções de vice-liderança serão exercidas pelos demais líderes das representações partidárias que integrem os respectivos blocos parlamentares.

§ 4ºA As vantagens administrativas adicionais estabelecidas para os gabinetes das lideranças somente serão admitidas às representações partidárias que tiverem, no mínimo, um vinte e sete avos da composição do Senado Federal. (resoluções nºs 32/1990 e 21/1993)

§ 5º Na hipótese de nenhum bloco parlamentar alcançar maioria absoluta, assume as funções constitucionais e regimentais da maioria o líder do bloco parla-mentar ou representação partidária que tiver o maior número de integrantes, e da minoria, o líder do bloco parlamentar ou representação partidária que se lhe seguir em número de integrantes e que se lhe opuser.

§ 6º A indicação dos líderes partidários será feita no início da primeira e da ter-ceira sessões legislativas de cada legislatura, e comunicada à Mesa em documento subscrito pela maioria dos membros da respectiva bancada, podendo a mesma maioria substituí-los em qualquer oportunidade.

§ 7º Os vice-líderes das representações partidárias serão indicados pelos res-pectivos líderes, na proporção de um vice-líder para cada grupo de três integrantes de bloco parlamentar ou representação partidária, assegurado pelo menos um vice-líder e não computada a fração inferior a três. (Nr) (resolução nº 17/1990)

Art.66. É da competência dos líderes das representações partidárias, além de outras atribuições regimentais, indicar os representantes das respectivas agremia-ções nas comissões.

Parágrafo único. Ausente ou impedido o líder, as suas atribuições serão exer-cidas pelo vice-líder.

Art.66-A. O Presidente da República poderá indicar Senador para exercer a função de líder do governo. (resolução nº 9/1990)

Parágrafo único. O líder do governo poderá indicar vice-líderes dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo. (resolução nº 9/1990)

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TÍTULOVDAREPRESENTAÇÃOEXTERNA

Art.67. O Senado, atendendo a convite, poderá se fazer representar em ato ou solenidade de cunho internacional, nacional ou regional, mediante deliberação do Plenário por proposta do Presidente ou a requerimento de qualquer Senador ou comissão.

Art.68. A representação externa far-se-á por comissão ou por um Senador.Art.69.É lícito ao Presidente avocar a representação do Senado quando se

trate de ato de excepcional relevo.Art.70. Na impossibilidade de o Plenário deliberar sobre a matéria, será facul-

tado ao Presidente autorizar representação externa para:I – chegada ou partida de personalidade de destaque na vida pública nacional

ou internacional;II – solenidade de relevante expressão nacional ou internacional;III – funeral ou cerimônia fúnebre em que, regimentalmente, caiba essa repre-

sentação.Parágrafo único. O Presidente dará conhecimento ao Senado da providência

adotada na primeira sessão que se realizar.

TÍTULOVIDASCOmISSÕES

CAPÍTULOIDasComissõesPermanenteseTemporárias

Art.71. O Senado terá comissões permanentes e temporárias (Const., art. 58).Art.72.As comissões permanentes, além da Comissão Diretora, são as se-

guintes:I – Comissão de Assuntos Econômicos – CAE;II – Comissão de Assuntos Sociais – CAS;III – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ;IV – Comissão de Educação, Cultura e Esporte – CE; (redação dada pela

resolução nº 31/2007)V – Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e

Controle – CMA; (resoluções nºs 46/1993 e 1/2005)VI – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa – CDH; (reso-

luções nºs 64/2002 e 1/2005)VII – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional – CRE;VIII – Comissão de Serviços de Infraestrutura – CI;IX – Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo – CDR; (resoluções

nºs 22/2004 e 1/2005)X – Comissão de Agricultura e Reforma Agrária – CRA; (Nr) (resolução

nº 1/2005)XI – Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática –

CCT. (Nr) (redação dada pela resolução nº 1/2007)

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Art.73. Ressalvada a Comissão Diretora, cabe às comissões permanentes, no âmbito das respectivas competências, criar subcomissões permanentes ou tempo-rárias, até o máximo de quatro, mediante proposta de qualquer de seus integrantes.

§ 1º Ao funcionamento das subcomissões aplicar-se-ão, no que couber, as dis-posições deste Regimento relativas ao funcionamento das comissões permanentes.

§ 2º Os relatórios aprovados nas subcomissões serão submetidos à apreciação do Plenário da respectiva comissão, sendo a decisão final, para todos os efeitos, proferida em nome desta.

Art.74. As comissões temporárias serão:I – internas – as previstas no Regimento para finalidade específica;II – externas – destinadas a representar o Senado em congressos, solenidades

e outros atos públicos;III – parlamentares de inquérito – criadas nos termos do art. 58, § 3º, da Cons-

tituição.Art.75. As comissões externas serão criadas por deliberação do Plenário,

a requerimento de qualquer Senador ou comissão, ou por proposta do Presidente.Parágrafo único. O requerimento ou a proposta deverá indicar o objetivo da

comissão e o número dos respectivos membros.Art.76. As comissões temporárias se extinguem:I – pela conclusão da sua tarefa, ouII – ao término do respectivo prazo, eIII – ao término da sessão legislativa ordinária.§ 1º É lícito à comissão que não tenha concluído a sua tarefa requerer a pror-

rogação do respectivo prazo:I – no caso do inciso II, do caput, por tempo determinado não superior a um ano;II – no caso do inciso III, do caput, até o término da sessão legislativa seguinte.§ 2º Quando se tratar de comissão externa, finda a tarefa, deverá ser comuni-

cado ao Senado o desempenho de sua missão.§ 3º O prazo das comissões temporárias é contado a partir da publicação dos

atos que as criarem, suspendendo-se nos períodos de recesso do Congresso Nacional.

§ 4º Em qualquer hipótese o prazo da comissão parlamentar de inquérito não poderá ultrapassar o período da legislatura em que for criada.

CAPÍTULOIIDaComposição

Art.77. A Comissão Diretora é constituída dos titulares da Mesa, tendo as demais comissões permanentes o seguinte número de membros:

I – Comissão de Assuntos Econômicos, 27;II – Comissão de Assuntos Sociais, 21; (resolução nº 1/2005)III – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, 23;IV – Comissão de Educação, Cultura e Esporte, 27; (redação dada pela re-

solução nº 31/2007)V – Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e

Controle 17; (resoluções nºs 46/1993 e 1/2005)VI – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, 19; (resoluções

nºs 64/2002 e 1/2005)VII – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, 19;

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VIII – Comissão de Serviços de InfraEstrutura, 23;IX – Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, 17; (resoluções

nºs 22/2004 e 1/2005)X – Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, 17; (resolução nº 1/2005)XI – Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática –

CCT, 17. (Nr) (redação dada pela resolução nº 1/2007)§ 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o Presidente da Casa, poderão

integrar outras comissões permanentes. (redação dada pela resolução nº 3/2007)§ 2º Cada Senador poderá integrar até três comissões como titular e três como

suplente. (Nr) (resolução nº 1/2005)Art.78. Os membros das comissões serão designados pelo Presidente, por

indicação escrita dos respectivos líderes, assegurada, tanto quanto possível, a par-ticipação proporcional das representações partidárias ou dos blocos parlamentares com atuação no Senado Federal (Const., art. 58, § 1º).

Parágrafo único. Para fins de proporcionalidade, as representações partidárias são fixadas pelos seus quantitativos à data da diplomação, salvo nos casos de poste rior criação, fusão ou incorporação de partidos. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

CAPÍTULOIIIDaOrganização

Art.79. No início de cada legislatura, os líderes, uma vez indicados, reunir-se-ão para fixar a representação numérica dos partidos e dos blocos parlamentares nas comissões perma nentes.

Art.80. Fixada a representação prevista no art. 79, os líderes entregarão à Mesa, nos dois dias úteis subsequentes, as indicações dos titulares das comissões e, em ordem numérica, as dos respectivos suplentes. (resolução nº 13/1991)

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação das comissões. (Nr)

Art.81. O lugar na comissão pertence ao partido ou bloco parlamentar, compe-tindo ao líder respectivo pedir, em documento escrito, a substituição, em qualquer circunstância ou oportunidade, de titular ou suplente por ele indicado.

§ 1º A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao qual pertence o lugar na comissão não alterará a proporcionalidade estabelecida nos termos do parágrafo único do art. 78 e do art. 79. (Resolução nº 35/2006)

§ 2º A substituição de Senador que exerça a presidência de comissão, salvo na hipótese de seu desligamento do partido que ali representar, deverá ser precedida de autorização da maioria da respectiva bancada. (Nr)

Art.82. A designação dos membros das comissões temporárias será feita:I – para as internas, nas oportunidades estabelecidas neste Regimento;II – para as externas, imediatamente após a aprovação do requerimento que

der motivo à sua criação.

CAPÍTULOIVDaSuplência,dasVagasedasSubstituições

Art.83. As comissões permanentes, exceto a Diretora, terão suplentes em número igual ao de titulares. (resolução nº 1/2005)

Parágrafo único. (revogado) (Nr) (resolução nº 1/2005)

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Art.84. Compete ao Suplente substituir o membro da comissão:I – eventualmente, nos seus impedimentos, para quorum nas reuniões;II – por determinados períodos, nas hipóteses previstas nos arts. 39, 40 e 43.§ 1º A convocação será feita pelo Presidente da comissão, obedecida a ordem

numérica e a representação partidária.§ 2º Ao Suplente poderá ser distribuída proposição para relatar quando:I – se tratar de substituição prevista no inciso II do caput;II – se tratar de matéria em regime de urgência;III – o volume das matérias despachadas à comissão assim o justifique.§ 3º Nas hipóteses dos incisos II e III do § 2º, se a representação do bloco

parlamentar ou do partido a que pertencer o Suplente estiver completa na reunião, o seu voto só será computado em relação à matéria que relatar, deixando de par-ticipar da deliberação o Suplente convocado por último ou, na inexistência desse, o último dos titulares do bloco parlamentar ou do partido, conforme a lista oficial da comissão, publicada no diário do senado Federal.

§ 4º Serão devolvidas ao Presidente da comissão, para serem redistribuídas, as proposições em poder de titular ou suplente que se afastar do exercício do mandato nos casos dos arts. 39, 40 e 43.

Art.85. Em caso de impedimento temporário de membro da comissão e não havendo suplente a convocar, o Presidente desta solicitará à Presidência da Mesa a designação de substituto, deven do a escolha recair em Senador do mesmo partido ou bloco parlamentar do subs tituído, salvo se os demais representantes do partido ou bloco não puderem ou não quiserem aceitar a de signação.

§ 1º Ausentes o Presidente e o Vice-Presidente da comissão, o Presidente do Senado poderá designar, de ofício, substitutos eventuais a fim de possibilitar o fun cionamento do órgão.

§ 2º Cessará o exercício do substituto desde que o substituído compareça à reunião da respectiva comissão.

Art.86. A renúncia a lugar em comissão far-se-á em comunicação escrita à Mesa.

Art.87.Impossibilitado de comparecer a qualquer reunião de comissão a que pertença, o Senador deverá comunicar o fato ao Presidente a tempo de ser tomada a providência regimental para a sua substituição.

CAPÍTULOVDaDireção

Art.88. No início da legislatura, nos cinco dias úteis que se seguirem à desig-nação de seus membros, e na terceira sessão legislativa, nos cinco dias úteis que se seguirem à indicação dos líderes, cada comissão reunir-se-á para instalar seus trabalhos e eleger, em escrutínio secreto, o seu Presidente e o Vice-Presidente.

§ 1º Em caso do não cumprimento do disposto neste artigo, ficarão investidos nos cargos os dois titulares mais idosos, até que se realize a eleição.

§ 2º Ocorrendo empate, a eleição será repetida no dia seguinte; verificando-se novo empate, será considerado eleito o mais idoso.

§ 3º Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente, presidirá a comissão o mais idoso dos titulares.

§ 4º Em caso de vaga dos cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, far-se-á o preenchimento por meio de eleição realizada nos cinco dias úteis que se segui-rem à vacância, salvo se faltarem sessenta dias ou menos para o término dos respectivos mandatos.

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§ 5º Aceitar função prevista no art. 39, II, importa em renúncia ao cargo de Presidente ou de Vice-Presidente de comissão.

§ 6º Ao mandato de Presidente e de Vice-Presidente das comissões permanen-tes e de suas subcomissões aplica-se o disposto no art. 59. (Nr)

Art.89. Ao Presidente de comissão compete:I – ordenar e dirigir os trabalhos da comissão;II – dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida;III – designar, na comissão, relatores para as matérias;IV – designar, dentre os componentes da comissão, os membros das subco-

missões e fixar a sua composição;V – resolver as questões de ordem;VI – ser o elemento de comunicação da comissão com a Mesa, com as outras

comissões e suas respectivas subcomissões e com os líderes;VII – convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento de

qualquer de seus membros, aprovado pela comissão;VIII – promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado Federal;IX – solicitar, em virtude de deliberação da comissão, os serviços de funcionários

técnicos para estudo de determinado trabalho, sem prejuízo das suas atividades nas repartições a que pertençam;

X – convidar, para o mesmo fim e na forma do inciso IX, técnicos ou especialistas particulares e representantes de entidades ou associações científicas;

XI – desempatar as votações quando ostensivas;XII – distribuir matérias às subcomissões;XIII – assinar o expediente da comissão.§ 1º Quando o Presidente funcionar como relator, passará a Presidência ao

substituto eventual, enquanto discutir ou votar o assunto que relatar.§ 2º Ao encerrar-se a legislatura, o Presidente providenciará a fim de que os

seus membros devolvam à secretaria da comissão os processos que lhes tenham sido distribuídos.

CAPÍTULOVIDaCompetência

SeçãoIDisposiçõesGerais

Art.90. Às comissões compete:I – discutir e votar projeto de lei nos termos do art. 91 (Const., art. 58, § 2º, I);II – realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil (Const.,

art. 58, § 2º, II);III – convocar Ministros de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamen-

te subordinados à Presidência da República para prestarem informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições e ouvir os Ministros quando no exercício da faculdade prevista no art. 50, § 1º, da Constituição (Const., arts. 50 e 58, § 2º, III); (emenda Constitucional de revisão nº 2, de 1994)

IV – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas (Const., art. 58, § 2º, VI);

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V – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão (Const., art. 58, § 2º, V);

VI – apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer (Const., art. 58, § 2º, VI);

VII – propor a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (Const., art. 49, V);

VIII – acompanhar junto ao Governo a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua execução;

IX – acompanhar, fiscalizar e controlar as políticas governamentais pertinentes às áreas de sua competência;

X – exercer a fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, e quanto às questões relativas à competência privativa do Senado (Const., arts. 49, X, e 52, V a IX);

XI – estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições do Senado, pro-pondo as medidas legislativas cabíveis;

XII – opinar sobre o mérito das proposições submetidas ao seu exame, emitindo o respectivo parecer;

XIII – realizar diligência.Parágrafo único. Ao depoimento de testemunhas e autoridades aplicam-se, no

que couber, as disposições do Código de Processo Civil. (Nr)Art.91. Às comissões, no âmbito de suas atribuições, cabe, dispensada a

competência do Plenário, nos termos do art. 58, § 2º, I, da Constituição, discutir e votar: (resolução nº 13/1991)

I – projetos de lei ordinária de autoria de Senador, ressalvado projeto de código; (resolução nº 13/1991)

II – projetos de resolução que versem sobre a suspensão da execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, X). (resolução nº 13/1991)

§ 1º O Presidente do Senado, ouvidas as lideranças, poderá conferir às comis-sões competência para apreciar, terminativamente, as seguintes matérias:

I – tratados ou acordos internacionais (Const., art. 49, I);II – autorização para a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e

a pesquisa e lavra de riquezas minerais em terras indígenas (Const., art. 49, XVI);III – alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e

quinhentos hectares (Const., art. 49, XVII);IV – projetos de lei da Câmara de iniciativa parlamentar que tiverem sido apro-

vados, em decisão termi nativa, por comissão daquela Casa;V – indicações e proposições diversas, exceto:a) projeto de resolução que altere o Regimento In terno;b) projetos de resolução a que se referem os arts. 52, V a IX, e 155, §§ 1º, IV,

e 2º , IV e V, da Constituição; (resolução nº 13/1991)c) proposta de emenda à Constituição.§ 2º Encerrada a apreciação terminativa a que se refere este artigo, a decisão

da comissão será comunicada ao Presidente do Senado Federal para ciência do Plenário e publicação no diário do senado Federal. (resolução nº 13/1991)

§ 3º No prazo de cinco dias úteis, contado a partir da publicação da comunica-ção referida no § 2º no avulso da Ordem do Dia da sessão seguinte, poderá ser interposto recurso para apreciação da matéria pelo Plenário do Senado. (resolução nº 13/1991)

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§ 4º O recurso, assinado por um décimo dos membros do Senado, será dirigido ao Presidente da Casa. (resolução nº 13/1991)

§ 5º Esgotado o prazo previsto no § 3º, sem interpo sição de recurso, o projeto será, conforme o caso, encaminhado à sanção, promulgado, remetido à Câmara ou arquivado. (Nr) (resolução nº 13/1991)

Art.92. Aplicam-se à tramitação dos projetos e demais proposições submetidas à deliberação terminativa das comissões as disposições relativas a turnos, prazos, emendas e demais formalidades e ritos exigidos para as matérias submetidas à apreciação do Plenário do Senado.

Art.93. A audiência pública será realizada pela comissão para:I – instruir matéria sob sua apreciação;II – tratar de assunto de interesse público relevante.§ 1º A audiência pública poderá ser realizada por solicitação de entidade da

sociedade civil.§ 2º A audiência prevista para o disposto no inciso I poderá ser dispensada por

deliberação da comissão.Art.94. Os depoimentos serão prestados por escrito e de forma conclusiva.§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores, relativamente à matéria

objeto de exame, a comissão procederá de forma que possibilite a audiência de todas as partes interessadas.

§ 2º Os membros da comissão poderão, terminada a leitura, interpelar o orador exclusivamente sobre a exposição lida, por prazo nunca superior a três minutos.

§ 3º O orador terá o mesmo prazo para responder a cada Senador, sendo-lhe vedado interpelar os membros da comissão.

Art.95. Da reunião de audiência pública será lavrada ata, arquivando-se, no âmbito da comissão, os pronunciamentos escritos e documentos que os acompa-nharem.

Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, a requerimento de Senador, o traslado de peças.

Art.96. A comissão receberá petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade ou entidade pública sobre assunto de sua competência.

§ 1º Os expedientes referidos neste artigo deverão ser encaminhados por es-crito, com identificação do autor e serão distribuídos a um relator que os apreciará e apresentará relatório com sugestões quanto às providências a serem tomadas pela comissão, pela Mesa ou pelo Ministério Público.

§ 2º O relatório será discutido e votado na comissão, devendo concluir por projeto de resolução se contiver providência a ser tomada por outra instância que não a da própria comissão.

SeçãoIIDasAtribuiçõesEspecíficas

Art.97. Às comissões permanentes compete estudar e emitir parecer sobre os assuntos submetidos ao seu exame.

Art.98. À Comissão Diretora compete:I – exercer a administração interna do Senado nos termos das atribuições fixadas

no seu Regulamento Administrativo;II – regulamentar a polícia interna;

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III – propor ao Senado projeto de resolução dispondo sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remune-ração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (Const., art. 52, XIII); (emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV – emitir, obrigatoriamente, parecer sobre as proposições que digam respeito ao serviço e ao pessoal da Secretaria do Senado e as que alterem este Regimento, salvo o disposto no art. 401, § 2º, inciso II;

V – elaborar a redação final das proposições de inicia tiva do Senado e das emen-das e projetos da Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário, escoimando-os dos vícios de linguagem, das impropriedades de expressão, defeitos de técnica legislativa, cláusulas de justificação e palavras desnecessárias.

VI – apreciar requerimento de tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma matéria e o recurso de que trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de parecer aprovado em comissão (art. 258). (Resolução nº 35/2006)

Parágrafo único. Os esclarecimentos ao Plenário sobre atos da competência da Comissão Diretora serão prestados, oralmente, por relator ou pelo Primeiro-Secre-tário. (Nr)

Art.99. À Comissão de Assuntos Econômicos compete opinar sobre proposi-ções pertinentes aos seguintes assuntos: (Ver Lei Complementar nº 101, de 2000, e Leis nºs 7.827, de 1989; 9.069, de 1995; e 9.496, de 1997)

I – aspecto econômico e financeiro de qualquer matéria que lhe seja submetida por despacho do Presidente, por deliberação do Plenário, ou por consulta de co-missão, e, ainda, quando, em virtude desses aspectos, houver recurso de decisão terminativa de comissão para o Plenário;

II – (revogado) (resolução nº 1/2005)III – problemas econômicos do País, política de crédito, câmbio, seguro e trans-

ferência de valores, comércio exterior e interestadual, sistema monetário, bancário e de medidas, títulos e garantia dos metais, sistema de poupança, consórcio e sorteio e propaganda comercial;

IV – tributos, tarifas, empréstimos compulsórios, finanças públicas, normas ge-rais sobre direito tributário, financeiro e econômico; orçamento, juntas comerciais, conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, dívida pública e fiscalização das instituições financeiras;

V – escolha dos Ministros do Tribunal de Contas da União (Const., arts. 49, XIII, e 52, III, b), e do presidente e diretores do Banco Central (Const., art. 52, III, d);

VI – matérias a que se referem os arts. 389, 393 e 394;VII – outros assuntos correlatos. (Nr)§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas regulares com o Presidente do

Banco Central do Brasil para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária. (redação dada pela resolução nº 32/2007)

§ 2º As audiências de que trata o § 1º deste artigo ocorrerão na primeira quinzena de fevereiro, abril, julho e outubro, podendo haver alterações de datas decorrentes de entendimento entre a Comissão e a Presidência do Banco Central do Brasil.

(redação dada pela resolução nº 32/2007)Art.100. À Comissão de Assuntos Sociais compete opinar sobre proposições

que digam respeito a:

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I – relações de trabalho, organização do sistema nacional de emprego e condição para o exercício de profissões, seguridade social, previdência social, população indígena e assistência social; (resolução nº 1/2005)

II – proteção e defesa da saúde, condições e requisitos para remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa, tratamento e coleta de sangue humano e seus derivados, produção, controle e fiscalização de medicamentos, saneamento, inspeção e fiscalização de alimentos e competência do Sistema único de Saúde;

III – (revogado) (resolução nº 1/2005)IV – outros assuntos correlatos. (Nr)Art.101. À Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania compete:I – opinar sobre a constitucionalidade, juridicidade e regimentalidade das matérias

que lhe forem submetidas por deliberação do Plenário, por despacho da Presidência, por consulta de qualquer comissão, ou quando em virtude desses aspectos houver recurso de decisão termi nativa de comissão para o Plenário;

II – ressalvadas as atribuições das demais comissões, emitir parecer, quanto ao mérito, sobre as matérias de competência da União, especialmente as seguintes:

a) criação de Estado e Territórios, incorporação ou desmembramento de áreas a eles pertencentes; (Ver Lei nº 9.709, de 1998)

b) estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal (Const., art. 49, IV), requisições civis e anistia;

c) segurança pública, corpos de bombeiros militares, polícia, inclusive marítima, aérea de fronteiras, rodoviária e ferroviária;

d) direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, aeronáutico, espacial, marítimo e penitenciário;

e) uso dos símbolos nacionais, nacionalidade, cidadania e naturalização, extra-dição e expulsão de estrangeiros, emigração e imigração;

f) órgãos do serviço público civil da União e servidores da administração direta e indireta do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Territórios; (Ver Lei nº 10.577, de 2002)

g) normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, da Constitui-ção, e para as empresas públicas e socie dades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III, também da Constituição (Const., art. 22, XXVII); (emenda Constitucional nº 19, de 1998)

h) perda de mandato de Senador (Const., art. 55), pedido de licença de incor-poração de Senador às Forças Armadas (Const., art. 53, § 7º);

i) escolha de Ministro do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e de Governador de Território, escolha e destituição do Procurador-Geral da República (Const., art. 52, III, a, c e e);

j) transferência temporária da sede do Governo Federal;l) registros públicos, organização administrativa e judiciária do Ministério Público

e Defensoria Pública da União e dos Territórios, organização judiciária do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Fe deral;

m) limites dos Estados e bens do domínio da União;n) desapropriação e inquilinato;o) criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas, assis-

tência jurídica e defensoria pública, custas dos serviços forenses;

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p) matéria a que se refere o art. 96, II, da Constituição Federal;III – propor, por projeto de resolução, a suspensão, no todo ou em parte, de

leis declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, X); (resolução nº 13/1991)

IV – opinar, em cumprimento a despacho da Presidência, sobre as emendas apresentadas como de redação, nas condições previstas no parágrafo único do art. 234;

V – opinar sobre assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido, em consulta, pelo Presidente, de ofício, ou por deliberação do Plenário, ou por outra comissão;

VI – opinar sobre recursos interpostos às decisões da Presidência;VII – opinar sobre os requerimentos de voto de censura, aplauso ou semelhante,

salvo quando o assunto possa interessar às relações exteriores do País.§ 1º Quando a Comissão emitir parecer pela inconsti tucionalidade e injuridicidade

de qualquer proposição, será esta considerada rejeitada e arquivada definitivamen-te, por despacho do Presidente do Senado, salvo, não sendo unânime o parecer, recurso interposto nos termos do art. 254.

§ 2º Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício. (Nr)

Art.102. À Comissão de Educação, Cultura e Esporte compete opinar sobre proposições que versem sobre: (redação dada pela resolução nº 31/2007)

I – normas gerais sobre educação, cultura, ensino e desportos, instituições educativas e culturais, diretrizes e bases da educação nacional e salário-educação;

II – diversão e espetáculos públicos, criações artísticas, datas comemorativas e homenagens cívicas;

III – formação e aperfeiçoamento de recursos hu manos;IV – comunicação, imprensa, radiodifusão, televisão, outorga e renovação de

concessão, permissão e autorização para serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; (revogado pela resolução nº 1/2007) (Ver resolução nº 39, de 1992, e pareceres nºs 252, de 1993, e 34, de 2003) (Ver Lei nº 8.389, de 1991, regulamentada pelo ato da mesa nº 1, de 2004)

V – criações científicas e tecnológicas, informática, atividades nucleares de qualquer natureza, transporte e utilização de materiais radioativos, apoio e estímulo à pesquisa e criação de tecnologia; (revogado pela resolução nº 1/2007)

VI – outros assuntos correlatos.Art.102-A. À Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscali-

zação e Controle, além da aplicação, no que couber, do disposto no art. 90 e sem prejuízo das atribuições das demais comissões, compete: (resolução nº 1/2005) (Ver Leis nºs 7.827, de 1989, e 8.443, de 1992)

I – exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, podendo, para esse fim: (resolução nº 1/2005)

a) avaliar a eficácia, eficiência e economicidade dos projetos e programas de governo no plano nacional, no regional e no setorial de desenvolvimento, emitindo parecer conclusivo; (resolução nº 1/2005)

b) apreciar a compatibilidade da execução orçamentária com os planos e pro-gramas governamentais e destes com os objetivos aprovados em lei; (resolução nº 1/2005)

c) solicitar, por escrito, informações à administração direta e indireta, bem como requisitar documentos públicos necessários à elucidação do ato objeto de fiscali-zação; (resolução nº 1/2005)

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d) avaliar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, notadamente quando houver indícios de perda, extravio ou irregularidade de qualquer natureza de que resulte prejuízo ao Erário; (resolução nº 1/2005)

e) providenciar a efetivação de perícias, bem como solicitar ao Tribunal de Con-tas da União que realize inspeções ou auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas da União e demais entidades referidas na alínea d; (resolução nº 1/2005)

f) apreciar as contas nacionais das empresas suprana cionais de cujo capital social a União participe de forma direta ou indireta, bem assim a aplicação de quais-quer recursos repassados mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, Ao Distrito Federal ou a Município; (resolução nº 1/2005)

g) promover a interação do Senado Federal com os órgãos do Poder Executivo que, pela natureza de suas atividades, possam dispor ou gerar dados de que ne-cessite para o exercício de fiscalização e controle; (resolução nº 1/2005)

h) promover a interação do Senado Federal com os órgaos do Poder Judiciário e do Ministério Público que, pela natureza de suas atividades, possam propiciar ou gerar dados de que necessite para o exercício de fiscalização e controle; (re-solução nº 1/2005)

i) propor ao Plenário do Senado as providências cabíveis em relação aos resul-tados da avaliação, inclusive quanto ao resultado das diligências realizadas pelo Tribunal de Contas da União; (resolução nº 1/2005)

II – opinar sobre assuntos atinentes à defesa do meio ambiente, especialmente:a) proteção do meio ambiente e controle da poluição, conservação da natureza,

defesa do solo e dos recursos naturais e genéticos, florestas, caça, pesca, fauna, flora e recursos hídricos; (resolução nº 1/2005)

b) política e sistema nacional de meio ambiente; (resolução nº 1/2005)c) preservação, conservação, exploração e manejo de florestas e da biodiver-

sidade;d) conservação e gerenciamento do uso do solo e dos recursos hídricos, no

tocante ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável; (resolução nº 1/2005)e) fiscalização dos alimentos e dos produtos e insumos agrícolas e pecuários, no

tocante ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável; (resolução nº 1/2005)f) direito ambiental; (resolução nº 1/2005)g) agências reguladoras na área de meio ambiente, inclusive a Agência Nacional

de Águas – ANA; (resolução nº 1/2005)h) outros assuntos correlatos; (resolução nº 1/2005)III – opinar sobre assuntos atinentes à defesa do consumidor, especialmente:a) estudar, elaborar e propor normas e medidas voltadas à melhoria contínua

das relações de mercado, em especial as que envolvem fornecedores e consumi-dores; (resolução nº 1/2005)

b) aperfeiçoar os instrumentos legislativos reguladores, contratuais e penais, referentes aos direitos dos consumidores e fornecedores, com especial ênfase às condições, limites e uso de informações, responsabilidade civil, respeito à privaci-dade, direitos autorais, patentes e similares; (resolução nº 1/2005)

c) acompanhar as políticas e ações desenvolvidas pelo poder público relativas à defesa dos direitos do consumidor, defesa da concorrência e repressão da formação e atuação ilícita de monopólios; (resolução nº 1/2005)

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d) receber denuncias e denunciar práticas referentes ao abuso do poder econô-mico, qualidade de produtos, apresentação, técnicas de propaganda e publicidade nocivas ou enganosas; (resolução nº 1/2005)

e) avaliar as relações custo e preço de produtos, bens e serviços, com vistas a estabelecer normas de repressão à usura, Aos lucros excessivos, Ao aumento indiscriminado de preços e à cartelização de segmentos do mercado; (resolução nº 1/2005)

f) analisar as condições de concorrência com espe cial enfoque para a defesa dos produtores e fornecedores nacionais, considerados os interesses dos consu-midores e da soberania nacional; (resolução nº 1/2005)

g) gerar e disponibilizar estudos, dados estatísticos e informações, no âmbito de suas competências. (resolução nº 1/2005)

Parágrafo único. No exercício da competência de fiscalização e controle prevista no inciso I deste artigo, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle: (resolução nº 1/2005)

I – remeterá cópia da documentação pertinente ao Ministério Público, a fim de que este promova a ação cabível, de natureza cível ou penal, se for constatada a existência de irregularidade; (resolução nº 1/2005)

II – poderá atuar, mediante solicitação, em colaboração com as comissões permanentes e temporárias, incluí das as comissões parlamentares de inquérito, com vistas ao adequado exercício de suas atividades. (Nr) (resolução nº 1/2005)

Art.102-B. A fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, obedecerão às seguintes regras: (resolução nº 1/2005)

I – a proposta de fiscalização e controle poderá ser apresentada por qualquer membro ou Senador à Comissão, com específica indicação do ato e fundamentação da providência objetivada; (Resolução nº 46/1993)

II – a proposta será relatada previamente, quanto à oportunidade e conveniên-cia da medida e ao alcance jurídico, administrativo, político, econômico, social ou orçamentário do ato impugnado, definindo-se o plano de execução e a metodologia de avaliação; (Resolução nº 46/1993)

III – aprovado o relatório prévio pela Comissão, o relator poderá solicitar os recursos e o assessoramento necessários ao bom desempenho da Comissão, incumbindo à Mesa e à Administração da Casa o atendimento preferencial das providências requeridas. Rejeitado o relatório, a matéria será encaminhada ao Arquivo; (Resolução nº 46/1993)

IV – o relatório final da fiscalização e controle, em termos de comprovação da legalidade do ato, avaliação política, administrativa, social e econômica de sua edição, e quanto à eficácia dos resultados sobre a gestão orçamentária, financeira e patrimonial, obedecerá, no que concerne à tramitação, as normas do artigo 102-C. (Resolução nº 46/1993)

Parágrafo único. A Comissão, para a execução das atividades de que trata este artigo, poderá solicitar ao Tribunal de Contas da União as providências ou informações previstas no art. 71, IV e VII, da Constituição Fe deral. (Nr) (resolução nº 46/1993)

Art.102-C. Ao termo dos trabalhos, a Comissão apresentará relatório circuns-tanciado, com suas conclusões, que será publicado no diário do senado Federal e encaminhado: (Resolução nº 46/1993)

I – à Mesa, para as providências de alçada desta, ou ao Plenário, oferecendo, conforme o caso, projeto de lei, de decreto legislativo, de resolução ou indicação; (Resolução nº 46/1993)

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II – ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, com cópia da do-cumentação, para que promova a responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adote outras medidas decorrentes de suas funções institucionais; (Resolução nº 46/1993)

III – ao Poder Executivo, para adotar as providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo decorrentes do disposto no art. 37, §§ 2º a 6º, da Constituição Federal, e demais disposições constitucionais e legais aplicáveis; (Resolução nº 46/1993)

IV – à comissão permanente que tenha maior perti nência com a matéria, a qual incumbirá o atendimento do prescrito no inciso III; (Resolução nº 46/1993)

V – à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização e ao Tri-bunal de Contas da União, para as providências previstas no art. 71 da Constituição Federal. (Resolução nº 46/1993)

Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, III e V a remessa será feita pelo Presidente do Senado. (Resolução nº 46/1993)

Art.102-D. Aplicam-se à Comissão de Meio Am biente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle as normas regimentais pertinentes às demais comissões permanentes, no que não conflitarem com os termos das disposições constantes dos arts. 102-A a 102-C. (resolução nº 1/2005)

§ 1º Ocorrendo a hipótese de exercício concorrente de competência fiscalizadora por duas ou mais comissões sobre os mesmos fatos, os trabalhos se desdobrarão em reuniões conjuntas, por iniciativa do Presidente de um dos órgãos ou de um ou mais de seus membros. (Resolução nº 46/1993)

§ 2º A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle poderá, se houver motivo suficiente, comunicar fatos investigados à comis-são correspondente da Câmara dos Deputados, para que esta adote providência que lhe afigurar cabível. (Nr) (resolução nº 1/2005)

Art.102-E. À Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, compete opinar sobre: (resolução nº 1/2005)

I – sugestões legislativas apresentadas por associações e órgãos de classe, sindicatos e entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos com representação política no Congresso Nacional; (Resolução nº 64/2002)

II – pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científi-cas e culturais e de qualquer das entidades mencionadas no inciso I. (resolução nº 64/2002)

III – garantia e promoção dos direitos humanos; (resolução nº 1/2005)IV – direitos da mulher; (resolução nº 1/2005)V – proteção à família; (resolução nº 1/2005)VI – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiências e de

proteção à infância, à juventude e aos idosos; (resolução nº 1/2005)VII – fiscalização, acompanhamento, avaliação e controle das políticas gover-

namentais relativas aos direitos humanos, Aos direitos da mulher, Aos direitos das minorias sociais ou étnicas, Aos direitos dos estrangeiros, à proteção e integração das pessoas portadoras de deficiên cia e à proteção à infância, à juventude e aos idosos. (resolução nº 1/2005)

Parágrafo único. No exercício da competência prevista nos incisos I e II do caput deste artigo, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa observará: (resolução nº 1/2005)

I – as sugestões legislativas que receberem parecer favorável da Comissão serão transformadas em proposição legislativa de sua autoria e encaminhadas à Mesa, para tramitação, ouvidas as comissões competentes para o exame do mérito; (resolução nº 1/2005)

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II – as sugestões que receberem parecer contrário serão encaminhadas ao Arquivo; (resolução nº 1/2005)

III – aplicam-se às proposições decorrentes de sugestões legislativas, no que couber, as disposições regimentais relativas ao trâmite dos projetos de lei nas comissões, ressalvado o disposto no inciso I, in fine, deste parágrafo único. (re-solução nº 1/2005) (Nr)

Art.103. À Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional compete emitir parecer sobre:

I – proposições referentes aos atos e relações internacionais (Const., art. 49, I) e ao Ministério das Relações Exteriores;

II – comércio exterior;III – indicação de nome para chefe de missão diplomática de caráter permanente

junto a governos estrangeiros e das organizações internacionais de que o Brasil faça parte (Const., art. 52, IV);

IV – requerimentos de votos de censura, de aplauso ou semelhante, quando se refiram a acontecimentos ou atos públicos internacionais;

V – Forças Armadas de terra, mar e ar, requisições militares, passagem de forças estrangeiras e sua permanência no território nacional, questões de fronteiras e limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo, declaração de guerra e celebração de paz (Const., art. 49, II); (Ver Lei Complementar nº 90, de 1997, e Leis nºs 2.953, de 1956, e 10.937, de 2004)

VI – assuntos referentes à Organização das Nações Unidas e entidades inter-nacionais de qualquer natureza;

VII – autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se au-sentarem do território nacional (Const., art. 49, III);

VIII – outros assuntos correlatos.Parágrafo único. A Comissão integrará, por um de seus membros, as comis-

sões enviadas pelo Senado ao exterior, em assuntos pertinentes à política externa do País.

Art.104. À Comissão de Serviços de InfraEstrutura compete opinar sobre matérias pertinentes a:

I – transportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas, recursos geológicos, serviços de telecomunicações, parcerias público-privadas e agências reguladoras pertinentes; (resolução nº 1/2005)

II – outros assuntos correlatos. (Nr)Art.104-A. À Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo compete opinar

sobre matérias pertinentes a: (resolução nº 1/2005)I – proposições que tratem de assuntos referentes às desigualdades regionais

e às políticas de desenvolvimento regional, dos Estados e dos Municípios;II – planos regionais de desenvolvimento econômico e social; (resolução

nº 1/2005)III – programas, projetos, investimentos e incentivos voltados para o desenvol-

vimento regional; (resolução nº 1/2005)IV – integração regional; (resolução nº 1/2005)V – agências e organismos de desenvolvimento re gional; (resolução nº 1/2005)VI – proposições que tratem de assuntos referentes ao turismo; (resolução

nº 1/2005)VII – políticas relativas ao turismo; (resolução nº 1/2005)VIII – outros assuntos correlatos. (Nr) (resolução nº 1/2005)Art.104-B.À Comissão de Agricultura e Reforma Agrária compete opinar sobre

proposições pertinentes aos seguintes temas: (resolução nº 1/2005)

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I – direito agrário; (resolução nº 1/2005)II – planejamento, acompanhamento e execução da política agrícola e fundiária;

(resolução nº 1/2005)III – agricultura, pecuária e abastecimento; (resolução nº 1/2005)IV – agricultura familiar e segurança alimentar; (resolução nº 1/2005)V – silvicultura, aquicultura e pesca; (resolução nº 1/2005)VI – comercialização e fiscalização de produtos e insumos, inspeção e fisca-

lização de alimentos, vigilância e defesa sanitária animal e vegetal; (resolução nº 1/2005)

VII – irrigação e drenagem; (resolução nº 1/2005)VIII – uso e conservação do solo na agricultura; (resolução nº 1/2005)IX – utilização e conservação, na agricultura, dos recursos hídricos e genéticos;

(resolução nº 1/2005)X – política de investimentos e financiamentos agropecuários, seguro rural e

endividamento rural; (resolução nº 1/2005)XI – tributação da atividade rural; (resolução nº 1/2005)XII – alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e

quinhentos hectares, aquisição ou arrendamento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira, definição da pequena e da média propriedade rural; (resolução nº 1/2005)

XIII – uso ou posse temporária da terra e regularização dominial de terras rurais e de sua ocupação; (resolução nº 1/2005)

XIV – colonização e reforma agrária; (resolução nº 1/2005)XV – cooperativismo e associativismo rurais; (resolução nº 1/2005)XVI – emprego, previdência e renda rurais; (resolução nº 1/2005)XVII – políticas de apoio às pequenas e médias propriedades rurais; (resolução

nº 1/2005)XVIII – política de desenvolvimento tecnológico da agropecuária, mediante

estímulos fiscais, financeiros e creditícios à pesquisa e experimentação agrícola, pesquisa, plantio e comercialização de organismos geneticamente modificados; (resolução nº 1/2005)

XIX – extensão rural; (resolução nº 1/2005)XX – organização do ensino rural; (resolução nº 1/2005)XXI – outros assuntos correlatos. (resolução nº 1/2005)Art.104-C.À Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e

Informática compete opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes temas: (redação do art. 104-C dada pela resolução nº 1/2007)

I – desenvolvimento científico, tecnológico e inovação tecnológica;II – política nacional de ciência, tecnologia, inovação, comunicação e informática;III – organização institucional do setor;IV – acordos de cooperação e inovação com outros países e organismos inter-

nacionais na área;V – propriedade intelectual;VI – criações científicas e tecnológicas, informática, atividades nucleares de

qualquer natureza, transporte e utilização de materiais radioativos, apoio e estímulo à pesquisa e criação de tecnologia;

VII – comunicação, imprensa, radiodifusão, televisão, outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

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VIII – regulamentação, controle e questões éticas referentes a pesquisa e desen-volvimento científico e tecnológico, inovação tecnológica, comunicação e informática;

IX – outros assuntos correlatos.Art.105. Às comissões temporárias compete o desempenho das atribuições

que lhes forem expressamente deferidas.

CAPÍTULOVIIDasReuniões

Art.106. As comissões reunir-se-ão nas dependências do edifício do Senado Federal.

Art.107. As reuniões das comissões permanentes realizar-se-ão:I – se ordinárias, semanalmente, durante a sessão legislativa ordinária, nos

seguintes dias e horários: (Resolução nº 26/1992)a) Comissão de Assuntos Econômicos: às terças-feiras, dez horas; (resolução

nº 26/1992)b) Comissão de Serviços de Infraestrutura: às terças-feiras, quatorze horas;

(Resolução nº 26/1992)c) Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania: às quartas-feiras, dez horas;

(Resolução nº 26/1992)d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-feiras, onze horas e trinta minutos;

(resolução nº 1/2005)e) Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional: às quintas-feiras, dez

horas; (Resolução nº 26/1992)f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-feiras, onze horas;

(resolução nº 1/2005) (redação dada pela resolução nº 31/2007)g) Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Con-

trole: às terças-feiras, onze horas e trinta minutos; (resolução nº 1/2005)h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: às terças-feiras,

doze horas; (resolução nº 1/2005)i) Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo: às quartas-feiras, quatorze

horas; (resolução nº 1/2005)j) Comissão de Agricultura e Reforma Agrária: às quintas-feiras, doze horas;

(resolução nº 1/2005)l) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática: às

quartas-feiras, dezoito horas. (redação dada pela resolução nº 1/2007)II – se extraordinárias, mediante convocação espe cial para dia, horário e fim

indicados, observando-se, no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões extraordinárias do Senado;

III – as comissões parlamentares de inquérito reu nir-se-ão em horário diverso do estabelecido para o funcionamento das Comissões Permanentes. (resolução nº 26/1992)

Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a reunião de comissão permanente ou temporária não poderá coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões deliberativas ordinárias do Senado. (Nr)

Art.108. As comissões reunir-se-ão com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros.

Parágrafo único. A pauta dos trabalhos das comissões, salvo em caso de urgên-cia, será distribuída, com antecedência mínima de dois dias úteis, Aos titulares e suplentes da respectiva comissão mediante protocolo. (Nr) (resolução nº 13/1991)

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Art.109. As deliberações terminativas nas comissões serão tomadas pelo pro-cesso nominal e maioria de votos, presente a maioria de seus membros.

Art.110. As reuniões serão públicas, salvo os casos expressos neste Regimento ou quando o deliberar a comissão.

Art.111. Os trabalhos das comissões iniciar-se-ão, salvo deliberação em con-trário, pela leitura e discussão da ata da reunião anterior que, se aprovada, será assinada pelo Presidente.

Art.112. É facultado a qualquer Senador assistir às reuniões das comissões, discutir o assunto em debate, pelo prazo por elas prefixado, e enviar-lhes, por escrito, informações ou esclarecimentos.

Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos apresentados serão im-pressos com os pareceres, se o autor o requerer e a comissão o deferir.

Art.113. O estudo de qualquer matéria poderá ser feito em reunião conjunta de duas ou mais comissões, por iniciativa de qualquer delas, aceita pelas demais, sob a direção do Presidente mais idoso, ou ainda, nos termos do art. 49, II.

Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão as seguintes normas:I – cada comissão deverá estar presente pela maioria absoluta de seus membros;II – o estudo da matéria será em conjunto, mas a votação far-se-á separada-

mente, na ordem constante do despacho da Mesa;III – cada comissão poderá ter o seu relator se não preferir relator único;IV – o parecer das comissões poderá ser em conjunto, desde que consigne a

manifestação de cada uma delas, ou em separado, se essa for a orientação preferi-da, mencionando, em qualquer caso, os votos vencidos, os em separado, os pelas conclusões e os com restrições.

Art.114. As comissões permanentes e temporárias serão secretariadas por servidores da Secretaria do Senado e terão assessoramento próprio, constituído de até três assessores, designados pelo respectivo Presidente, ouvida a Consultoria Legislativa ou a de Orçamentos, conforme o caso. (resolução nº 9/1997)

Parágrafo único. Ao secretário da comissão compete: (resolução nº 13/1992)I – redigir as atas; (resolução nº 13/1992)II – organizar a pauta do dia e do protocolo dos trabalhos com o seu andamento;

(resolução nº 13/1992)III – manter atualizados os registros necessários ao controle de designação de

relatores. (Nr) (resolução nº 13/1992)Art.115. Das reuniões das comissões lavrar-se-ão atas em folhas avulsas

rubricadas pelo Presidente. (adequação de redação)§ 1º Quando, pela importância do assunto em estudo, convier o registro taqui-

gráfico dos debates, o Presidente solicitará ao Primeiro-Secretário as providências necessárias.

§ 2º Das atas constarão:I – o dia, a hora e o local da reunião;II – os nomes dos membros presentes e os dos ausentes com causa justificada

ou sem ela;III – a distribuição das matérias por assuntos e relatores;IV – as conclusões dos pareceres lidos;V – referências sucintas aos debates;VI – os pedidos de vista, adiamento, diligências e outras providências, salvo

quando não se considere conveniente a divulgação da matéria.§ 3º As atas serão publicadas no diário do senado Federal, dentro dos dois

dias úteis que se seguirem à reunião, podendo, em casos excepcionais, a juízo do Presidente da comissão, ser essa publicação adiada por igual prazo. (Nr)

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Art.116. Serão secretas as reuniões para deliberar sobre:I – declaração de guerra ou celebração de paz (Const., art. 49, II);II – trânsito ou permanência temporária de forças estrangeiras no território

nacional (Const., art. 49, II);III – escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente (Const.,

art. 52, IV);§ 1º Nas reuniões secretas, quando houver parecer a proferir, lido o relatório, que

não será conclusivo, a comissão deliberará em escrutínio secreto, completando-se o parecer com o resultado da votação, não sendo consignadas restrições, declara-ções de voto ou votos em separado.

§ 2º Nas reuniões secretas, servirá como secretário um dos membros da co-missão, designado pelo Presi dente.

§ 3º A ata deverá ser aprovada ao fim da reunião, assinada por todos os membros presentes, encerrada em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelo Presidente e pelo Secretário e recolhida ao Arquivo do Senado.

Art.117. Nas reuniões secretas, além dos membros da comissão, só será ad-mitida a presença de Senadores e das pessoas a serem ouvidas sobre a matéria em debate.

Parágrafo único. Os Deputados Federais poderão assistir às reuniões secretas que não tratarem de matéria da competência privativa do Senado Federal.

CAPÍTULOVIIIDosPrazos

Art.118. O exame das comissões sobre as proposições, excetuadas as emen-das e os casos em que este Regimento determine em contrário, obedecerá aos seguintes prazos:

I – vinte dias úteis para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania;II – quinze dias úteis para as demais comissões.§ 1º Sobre as emendas, o prazo é de quinze dias úteis, correndo em conjunto

se tiver que ser ouvida mais de uma comissão.§ 2º Se a comissão não puder proferir o parecer no prazo, tê-lo-á prorrogado,

por igual período, desde que o seu Presidente envie à Mesa, antes de seu término, comunicação escrita, que será lida na Hora do Expediente e publicada no diário do senado Federal. Posterior prorrogação só poderá ser concedida por prazo de-terminado e mediante deliberação do Senado.

§ 3º O prazo da comissão ficará suspenso pelo encerramento da sessão legis-lativa, continuando a correr na sessão imediata, salvo quanto aos projetos a que se refere o art. 375, e renovar-se-á pelo início de nova legislatura ou por designação de novo relator.

§ 4º Será suspenso o prazo da comissão durante o período necessário ao cumprimento das disposições previstas no art. 90, II, III, V e XIII.

§ 5º O prazo da comissão não se suspenderá nos projetos sujeitos a prazos de tramitação. (Nr)

Art.119. Quando a matéria for despachada a mais de uma comissão e a primeira esgotar o prazo sem sobre ela se manifestar, poderá ser dispensado o seu parecer, por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador.

Parágrafo único. Se uma das comissões considerar indispensável, antes de proferir o seu parecer, o exame da que houver excedido o prazo, proposta neste sentido será submetida à deliberação do Plenário.

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Art.120. O relator tem, para apresentar o relatório, a metade do prazo atribuído à comissão.

Art.121. O Presidente da comissão, ex officio ou a requerimento de Senador, poderá mandar incluir, na pauta dos trabalhos, matéria que, distribuída, não tenha sido relatada no prazo regimental, devendo dar conhecimento da decisão ao relator.

CAPÍTULOIXDasEmendasApresentadas

PeranteasComissões

Art.122. Perante as comissões, poderão apresentar emendas:I – qualquer de seus membros, em todos os casos;II – qualquer Senador:a) aos projetos de código;b) aos projetos de iniciativa do Presidente da República com tramitação urgente

(Const., art. 64, § 1º);c) aos projetos referidos no art. 91.§ 1º No caso do inciso II, o prazo para a apresentação de emenda contar-se-á

a partir da publicação da matéria no diário do senado Federal, sendo de vinte dias úteis para os projetos de Código e de cinco dias úteis para os demais projetos.

§ 2º Nos avulsos da Ordem do Dia consignar-se-á a existência de projetos em fase de recebimento de emendas, com a indicação da comissão que deverá recebê-las, do prazo e do número de dias transcorridos.(Nr)

Art.123. Considera-se emenda de comissão a proposta por qualquer de seus membros e por ela adotada.

Art.124. Terá o seguinte tratamento a emenda apresentada na forma do art. 122:I – no caso do inciso I, será considerada inexistente quando não adotada pela

comissão;II – no caso do inciso II, alínea a, será encaminhada à deliberação do Plenário

do Senado, com parecer favorável ou contrário;III – no caso do inciso II, alínea b, será final o pronunciamento, salvo recurso

interposto por um décimo dos membros do Senado no sentido de ser a emenda submetida ao Plenário, sem discussão;

IV – no caso do inciso II, alínea c, será final o pronunciamento da comissão, salvo recurso interposto para discussão e votação da proposição principal.

Art.125. Quando a proposição estiver sujeita, na forma deste Regimento, a pa-recer em Plenário, o relator, Ao proferi-lo, poderá oferecer emenda ou subemenda.

CAPÍTULOXDosRelatores

Art.126. A designação de relator, independente da matéria e de reunião da comissão, obedecerá à proporção das representações partidárias ou dos blocos parlamentares nela existentes, será alternada entre os seus membros e far-se-á em dois dias úteis após o recebimento do projeto, salvo nos casos em que este Regimento fixe outro prazo. (resolução nº 13/1992)

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§ 1º O relator do projeto será o das emendas a este oferecidas em plenário, salvo ausência ou recusa.

§ 2º Quando se tratar de emenda oferecida pelo relator, em plenário, o Presiden-te da comissão designará outro Senador para relatá-la, sendo essa circunstância consignada no parecer. (Nr)

Art.127. Não poderá funcionar como relator o autor da proposição.Art.128. Vencido o relator, o Presidente da comissão designará um dos

membros, em maioria, para suceder-lhe, exceto se o fato ocorrer apenas em re-lação a parte da proposição ou emenda, quando permanecerá o mesmo relator, consignando-se o vencido, pormenoriza damente, no parecer.

Art.129. O Presidente poderá, excepcionalmente, funcionar como relator.

CAPÍTULOXIDosRelatóriosePareceres

SeçãoIDosRelatórios

Art.130. As matérias que, em cada reunião, devam ser objeto de estudo, cons-tarão de pauta previamente organizada, sendo relatadas na ordem em que nela figurarem, salvo preferência concedida para qualquer delas.

Art.131. O relatório deverá ser oferecido por es crito.Art.132. Lido o relatório, desde que a maioria se manifeste de acordo com o

relator, passará ele a constituir parecer.§ 1º O pedido de vista do processo somente poderá ser aceito por uma única

vez e pelo prazo máximo e improrrogável de cinco dias, devendo ser formulado na oportunidade em que for conhecido o voto proferido pelo relator, obedecido o disposto no § 4º.

§ 2º Estando a matéria em regime de urgência, a vista somente poderá ser concedida:

I – por meia hora, no caso do art. 336, inciso I; (resolução nº 150/1993)II – por vinte e quatro horas, nos casos do art. 336, incisos II e III. (resolução

nº 150/1993)§ 3º Quando se tratar de proposição com prazo determinado, a vista, desde

que não ultrapasse os últimos dez dias de sua tramitação, poderá ser concedida por vinte e quatro horas.

§ 4º Os prazos a que se referem os §§ 1º a 3º correrão em conjunto se a vista for requerida por mais de um Senador.

§ 5º Verificando-se a hipótese prevista no art. 128, o parecer vencedor deverá ser apresentado na reunião ordinária imediata, salvo deliberação em contrário.

§ 6º Os membros da comissão que não concordarem com o relatório poderão:I – dar voto em separado;II – assiná-lo, uma vez constituído parecer, com restrições, pelas conclusões,

ou declarando-se vencidos.§ 7º Contam-se como favoráveis os votos pelas conclusões ou com restrições.§ 8º O voto do autor da proposição não será computado, consignando-se sua

presença para efeito de quorum.§ 9º Em caso de empate na votação, o Presidente a desempatará. (Nr)

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SeçãoIIDosPareceres

Art.133. Todo parecer deve ser conclusivo em relação à matéria a que se referir, podendo a conclusão ser:

I – pela aprovação, total ou parcial;II – pela rejeição;III – pelo arquivamento;IV – pelo destaque, para proposição em separado, de parte da proposição

principal, quando originária do Senado, ou de emenda;V – pela apresentação de:a) projeto;b) requerimento;c) emenda ou subemenda;d) orientação a seguir em relação à matéria.§ 1º Considera-se pela rejeição o parecer pelo arquivamento quando se referir

a proposição legislativa.§ 2º Nas hipóteses do inciso V, alíneas a, b e c, o parecer é considerado justi-

ficação da proposição apresentada.§ 3º Sendo favorável o parecer apresentado sobre indicação, ofício, memorial

ou outro documento contendo sugestão ou solicitação que dependa de proposição legislativa, esta deverá ser formalizada em conclusão.

§ 4º Quando se tratar de parecer sobre matéria que deva ser apreciada em sessão secreta (art. 197), proceder-se-á de acordo com o disposto no art. 116, § 1º.

§ 5º Quando o parecer se referir a emendas ou subemen das, deverá oferecer conclusão relativamente a cada uma.

§ 6º A comissão, Ao se manifestar sobre emendas, poderá reunir a matéria da proposição principal e das emendas com parecer favorável num único texto, com os acréscimos e alterações que visem ao seu aperfeiçoa mento.

§ 7º As emendas com parecer contrário das comissões serão submetidas ao Plenário, desde que a decisão do órgão técnico não alcance unanimidade de votos, deven do esta circunstância constar expressamente do parecer.

§ 8º Toda vez que a comissão concluir o seu parecer com sugestão ou pro-posta que envolva matéria de requerimento ou emenda, formalizará a proposição correspondente.

Art.134. O parecer conterá ementa indicativa da matéria a que se referir.Art.135. As comissões poderão, em seus pareceres, propor seja o assunto

apreciado pelo Senado em sessão secreta, caso em que o respectivo processo será entregue ao Presidente da Mesa com o devido sigilo.

Art.136. Uma vez assinados pelo Presidente, pelo relator e pelos demais mem-bros da comissão que participaram da deliberação, os pareceres serão enviados à Mesa, juntamente com as emendas relatadas, declarações de votos e votos em separado.

Art.137. Os pareceres serão lidos em plenário, publicados no diário do senado Federal e distribuídos em avulsos, após manifestação das comissões a que tenha sido despachada a matéria.

Parágrafo único. As comissões poderão promover, para estudos, a publicação de seus pareceres ao pé da ata da reunião ou em avulsos especiais.

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Art.138. Se o parecer concluir por pedido de providências:I – será despachado pelo Presidente da comissão quando solicitar audiência

de outra comissão, reunião conjunta com outra comissão ou diligência interna de qualquer natureza;

II – será encaminhado à Mesa para despacho da Presidência ou deliberação do Plenário, nos demais casos.

§ 1º No caso de convocação de Ministro de Estado, será feita comunicação ao Presidente do Senado, que dela dará conhecimento ao Plenário.

§ 2º Se a providência pedida não depender de deliberação do Plenário, será tomada independentemente da publicação do parecer.

Art.139. No caso do art. 133, IV, a proposta será submetida ao Plenário antes do prosseguimento do estudo da matéria.

Art.140. Os pareceres poderão ser proferidos oralmente, em plenário, por relator designado pelo Presidente da Mesa:

I – nas matérias em regime de urgência;II – nas matérias incluídas em Ordem do Dia, nos termos do art. 172;III – nas demais matérias em que este Regimento expressamente o permita.§ 1º Se, Ao ser chamado a emitir parecer, nos casos do art. 172, I e II, alíneas

b, c e d, o relator requerer diligência, sendo esta deferida, o seu pronunciamento dar-se-á, em plenário, após o cumprimento do requerido.

§ 2º Para emitir parecer oral em plenário, o relator terá o prazo de trinta minutos.Art.141. Se o parecer oral concluir pela apresentação de requerimento, projeto

ou emenda, o texto respectivo deverá ser remetido à Mesa, por escrito, assinado pelo relator.

CAPÍTULOXIIDasDiligências

Art.142. Quando as comissões se ocuparem de assuntos de interesse particular, procederem a inquérito, tomarem depoimentos e informações, ou praticarem outras diligências semelhantes, poderão solicitar, das autoridades legislativas, judiciárias ou administrativas, das entidades autárquicas, sociedades de economia mista e empresas concessionárias de serviços públicos, quaisquer documentos ou infor-mações e permitir às pessoas diretamente interessadas a defesa dos seus direitos, por escrito ou oralmente.

CAPÍTULOXIIIDaApreciaçãodosDocumentos

EnviadosàsComissões

Art.143. Quando a comissão julgar que a petição, memorial, representação ou outro documento não deva ter andamento, manda-lo-á arquivar, por proposta de qualquer de seus membros, comunicando o fato à Mesa.

§ 1º A comunicação será lida no período do Expe diente, publicada no diário do senado Federal e encaminhada ao arquivo com o documento que lhe deu origem. (Resolução nº 35/2006)

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§ 2º O exame do documento poderá ser reaberto se o Plenário o deliberar, a requerimento de qualquer Senador.

§ 3º A comissão não poderá encaminhar à Câmara dos Deputados ou a outro órgão do Poder Público qualquer documento que lhe tenha sido enviado. (Nr)

Art.144. Quanto aos documentos de natureza sigilosa, observar-se-ão, no trabalho das comissões, as seguintes normas:

I – não será lícito transcrevê-lo, no todo ou em parte, nos pareceres e expediente de curso ostensivo;

II – se houver sido encaminhado ao Senado em virtude de requerimento formu-lado perante a comissão, o seu Presidente dele dará conhecimento ao requerente, em particular;

III – se a matéria interessar à comissão, ser-lhe-á dada a conhecer em reunião secreta;

IV – se destinado a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, será en-cerrado em sobrecarta, rubricada pelo Presidente da comissão, que acompanhará o processo em toda a sua tramitação;

V – quando o parecer contiver matéria de natureza sigilosa, será objeto das cautelas descritas no inciso IV.

Parágrafo único. A inobservância do caráter secreto, confidencial ou reservado, de documentos de interesse de qualquer comissão sujeitará o infrator à pena de responsabilidade, apurada na forma da lei.

CAPÍTULOXIVDasComissõesParlamentaresdeInquérito

(Const.,art.58,§3º)(Ver Lei nº 1.579, de 1952, que “dispõe sobreas Comissões parlamentares de inquérito”, e

Lei nº 10.001, de 2000)

Art.145. A criação de comissão parlamentar de inquérito será feita mediante requerimento de um terço dos membros do Senado Federal.

§ 1º O requerimento de criação da comissão parlamentar de inquérito determi-nará o fato a ser apurado, o número de membros, o prazo de duração da comissão e o limite das despesas a serem realizadas. (Ver Parecer nº 131, de 1996)

§ 2º Recebido o requerimento, o Presidente ordenará que seja numerado e publicado.

§ 3º O Senador só poderá integrar duas comissões parlamentares de inquérito, uma como titular, outra como suplente.

§ 4º A comissão terá suplentes, em número igual à metade do número dos titulares mais um, escolhidos no ato da designação destes, observadas as normas constantes do art. 78.

Art.146. Não se admitirá comissão parlamentar de inquérito sobre matérias pertinentes:

I – à Câmara dos Deputados;II – às atribuições do Poder Judiciário;III – aos Estados.

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Art.147. Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito, poderá o Presidente da comissão designar-lhe substituto para a ocasião, mantida a escolha na mesma representação partidária ou bloco parlamentar.

Art.148. No exercício das suas atribuições, a comissão parlamentar de in-quérito terá poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, facultada a realização de diligências que julgar necessárias, podendo convocar Ministros de Estado, tomar o depoimento de qualquer autoridade, inquirir testemunhas, sob compromisso, ouvir indiciados, requisitar de órgão público informações ou documentos de qualquer natureza, bem como requerer ao Tribunal de Contas da União a realização de inspeções e auditorias que entender necessárias. (Ver Lei Complementar nº 105, de 2001)

§ 1º No dia previamente designado, se não houver número para deliberar, a comissão parlamentar de inquérito poderá tomar depoimento das testemunhas ou autoridades convocadas, desde que estejam presentes o Presidente e o relator.

§ 2º Os indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescri-ções estabelecidas na legislação processual penal, aplicando-se, no que couber, a mesma legislação, na inquirição de testemunhas e autoridades.

Art.149. O Presidente da comissão parlamentar de inquérito, por deliberação desta, poderá incumbir um dos seus membros ou funcionários da Secretaria do Senado da realização de qualquer sindicância ou diligência necessária aos seus trabalhos.

Art.150. Ao término de seus trabalhos, a comissão parlamentar de inquérito enviará à Mesa, para conhecimento do Plenário, seu relatório e conclusões.

§ 1º A comissão poderá concluir seu relatório por projeto de resolução se o Senado for competente para deliberar a respeito.

§ 2º Sendo diversos os fatos objeto de inquérito, a comissão dirá, em separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmo de finda a investigação dos demais.

Art.151. A comissão parlamentar de inquérito encaminhará suas conclusões, se for o caso, Ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

Art.152. O prazo da comissão parlamentar de inquérito poderá ser prorrogado, automaticamente, a requerimento de um terço dos membros do Senado, comuni-cado por escrito à Mesa, lido em plenário e publicado no diário do senado Federal, observado o disposto no art. 76, § 4º.

Art.153. Nos atos processuais, aplicar-se-ão, subsidia riamente, as disposições do Código de Processo Penal.

TÍTULOVIIDASSESSÕES

CAPÍTULOIDaNaturezadasSessões

Art.154. As sessões do Senado podem ser: (resolução nº 37/1995)I – deliberativas: (resolução nº 37/1995)a) ordinárias; (resolução nº 37/1995)b) extraordinárias; (resolução nº 37/1995)II – não deliberativas; e (resolução nº 37/1995)III – especiais. (resolução nº 37/1995)

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§ 1º Considera-se sessão deliberativa ordinária, para os efeitos do art. 55, III, da Constituição Federal, aquela realizada de segunda a quinta-feira às quatorze horas e às sextas-feiras às nove horas, quando houver Ordem do Dia previamente designada. (resolução nº 2/2005)

§ 2º As sessões deliberativas extraordinárias, com Ordem do Dia própria, realizar-se-ão em horário diverso do fixado para sessão ordinária, ressalvado o disposto no § 3º. (resolução nº 37/1995)

§ 3º O Presidente poderá convocar, para qualquer tempo, sessão extraordinária quando, a seu juízo e ouvidas as lideranças partidárias, as circunstâncias o reco-mendarem ou haja necessidade de deliberação urgente. (resolução nº 37/1995)

§ 4º As sessões não deliberativas destinam-se a discursos, comunicações, leitura de proposições e outros assuntos de interesse político e parlamentar, e realizar-se-ão sem Ordem do Dia. (resolução nº 37/1995)

§ 5º A sessão especial realizar-se-á exclusivamente para comemoração ou homenagem. (resolução nº 37/1995)

§ 6º A sessão não se realizará: (resolução nº 37/1995)I – por falta de número; (resolução nº 37/1995)II – por deliberação do Senado; (resolução nº 37/1995)III – quando o seu período de duração coincidir, embora parcialmente, com o

de sessão conjunta do Congresso Nacional; (resolução nº 37/1995)IV – por motivo de força maior, assim considerado pela Presidência. (Nr) (re-

solução nº 37/1995)

CAPÍTULOIIDaSessãoPública

SeçãoIDaAberturaeDuração

Art.155. A sessão terá início de segunda a quinta-feira, às quatorze horas, e, às sextas-feiras, às nove horas, pelo relógio do plenário, presentes no recinto pelo menos um vigésimo da composição do Senado, e terá a duração máxima de quatro horas e trinta minutos, salvo prorrogação, ou no caso do disposto nos arts. 178 e 179. (resolução nº 2/2005)

§ 1º Ao declarar aberta a sessão, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “Sob a proteção de Deus ini ciamos nossos trabalhos”.

§ 2º Nos casos dos incisos I e IV do § 6º do art. 154, o Presidente declarará que não pode ser realizada a sessão, designando a Ordem do Dia para a seguinte, e despachando, independentemente de leitura, o expediente que irá integrar a ata da reunião a ser publicada no Diário do Senado Federal. (Resolução nº 37/2006)

§ 3º Havendo na Ordem do Dia matéria relevante que o justifique, a Presidência poderá adiar por até trinta minutos a abertura da sessão.

§ 4º Em qualquer fase da sessão, estando em plenário menos de um vigésimo da composição da Casa, o Presidente a suspenderá, fazendo acionar as campai-nhas durante dez minutos, e se, Ao fim desse prazo, permanecer a inexistência de número, a sessão será encerrada.

§ 5º Do período do tempo da sessão descontar-se-ão as suspensões ocorri-das. (Nr)

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SeçãoIIDoPeríododoExpediente

(Resolução nº 35/2006)

Art.156. A primeira parte da sessão, que terá a duração de cento e vinte mi-nutos, será destinada à leitura do expediente e aos oradores inscritos na forma do disposto no art. 17. (Resolução nº 35/2006)

§ 1º Constituem matéria do Período do Expe diente: (Resolução nº 35/2006)I – a apresentação de projeto, indicação, parecer ou requerimento não relacio-

nado com as proposições constantes da Ordem do Dia;II – as comunicações enviadas à Mesa pelos Sena dores;III – os pedidos de licença dos Senadores;IV – os ofícios, moções, mensagens, telegramas, cartas, memoriais e outros

documentos recebidos.§ 2º O expediente será lido pelo Primeiro-Secretário, na íntegra ou em resumo,

a juízo do Presidente, ressalvado a qualquer Senador o direito de requerer sua leitura integral. (Nr)

Art.157. Não será lido, nem constituirá objeto de comunicação em sessão pú-blica, documento de caráter sigiloso, observando-se, quanto ao expediente dessa natureza, as seguintes normas:

I – se houver sido remetido ao Senado a requerimento de Senador, ainda que em cumprimento à manifestação do Plenário, o Presidente da Mesa dele dará conhecimento, em particular, Ao requerente;

II – se a solicitação houver sido formulada por comissão, Ao Presidente desta será encaminhado em sobrecarta fechada e rubricada pelo Presidente da Mesa;

III – se o documento se destinar a instruir o estudo de matéria em curso no Senado, tramitará em sobrecarta fechada, rubricada pelo Presidente da Mesa e pelos presidentes das comissões que dele tomarem conhecimento, feita na capa do processo a devida anotação.

Art.158. O tempo que se seguir à leitura do expedien te será destinado aos oradores do Período do Expediente, podendo cada um dos inscritos usar da palavra pelo prazo máximo de dez minutos nas sessões deliberativas e por vinte minutos nas sessões não deliberativas, sendo cabível a intercalação com as comunicações inadiáveis, o uso da palavra pelas lideranças ou as delegações delas. (resolução nº 35/2006)

§ 1º O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma só vez, para que o orador conclua o seu discurso caso não tenha esgotado o tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início imprete rivelmente. (re-solução nº 35/2006)

§ 2º Se algum Senador, antes do término do Período do Expediente, solicitar à Mesa inscrição para manifestação de pesar, comemoração, comunicação inadiável ou explicação pessoal, o Presidente lhe assegurará o uso da palavra durante o Período do Expediente, sendo cabível a intercalação com oradores inscritos, o uso da palavra pelas lideranças ou as delegações destas. (Resolução nº 35/2006)

§ 3º No caso do § 2º, somente poderão usar da palavra três Senadores, por cinco minutos cada um, durante o Período do Expediente. (Resolução nº 35/2006)

§ 4º As inscrições que não puderem ser atendidas em virtude do levantamento ou da não realização da sessão, comemoração especial, ou em virtude do disposto no § 5º, transferir-se-ão para a sessão do dia seguinte e as desta para a subsequente.

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§ 5º Havendo, na Ordem do Dia, matéria urgente compreendida no art. 336, I, não serão permitidos oradores no Período do Expediente. (Resolução nº 35/2006)

§ 6º Ressalvado o disposto no § 1º deste artigo e no art. 160, II, não haverá prorrogação do Período do Expediente. (NR) (Resolução nº 35/2006)

Art.159. No Período do Expediente, só poderão ser objeto de deliberação re-querimentos que não dependam de parecer das comissões, que não digam respeito a proposições constantes da Ordem do Dia ou os que o Regimento não determine sejam submetidos em outra fase da sessão. (NR) (Resolução nº 35/2006)

Art.160. O tempo destinado aos oradores do Período do Expediente poderá ser dedicado a comemoração especial, em virtude de deliberação do Senado, obe-decido, no que couber, o disposto no art. 199, e observadas as seguintes normas: (Resolução nº 35/2006) (regulamentado pelo ato da mesa nº 1/1997)

I – haverá inscrições especiais para a comemoração; (regulamentado pelo ato da mesa nº 1/1997)

II – o tempo do Período do Expediente será automaticamente prorrogado, se ainda houver oradores para a comemoração; (Resolução nº 35/2006) (Regulamen-tado pelo ato da mesa nº 1/1997)

III – se o tempo normal do Período do Expediente não for consumido pela comemoração, serão atendidos os inscritos na forma do disposto no art. 17 (Nr). (Resolução nº 35/2006) (Regulamentado pelo Ato da Mesa nº 1/1997)

Art.161. Terminados os discursos do Período do Expediente, serão lidos os documentos que ainda existirem sobre a mesa. (regulamentado pelo ato da mesa nº 1/1997)

Parágrafo único. Quando houver, entre os documentos a serem lidos, reque-rimentos a votar, e se mais de um Senador pedir a palavra para encaminhar a votação, esta ficará adiada para o fim da Ordem do Dia. (Nr)

SeçãoIIIDaOrdemdoDia

Art.162. A Ordem do Dia terá início, impreterivel mente, às dezesseis horas, salvo prorrogação nos termos do art. 158, § 6º. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.163. As matérias serão incluídas em Ordem do Dia, a juízo do Presidente, segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:

I – medida provisória, a partir do 46º (quadragésimo sexto) dia de sua vigência (Const., art. 62, § 6º); (emenda à Constituição nº 32, de 2001, regulamentada pela resolução nº 1, de 2002-CN)

II – matéria urgente de iniciativa do Presidente da República, com prazo de tramitação esgotado (Const., art. 64, § 2º);

III – matéria em regime de urgência do art. 336, I;IV – matéria preferencial constante do art. 172, II, segundo os prazos ali previstos;V – matéria em regime de urgência do art. 336, II;VI – matéria em regime de urgência do art. 336, III;VII – matéria em tramitação normal. (resolução nº 150/1993)§ 1º Nos grupos constantes dos incisos I a VII do caput, terão precedência:I – as matérias de votação em curso sobre as de votação não iniciada;II – as de votação sobre as de discussão em curso;III – as de discussão em curso sobre as de discussão não iniciada.

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§ 2º Nos grupos das matérias em regime de urgência, obedecido o disposto no § 1º, a precedência será definida pela maior antiguidade da urgência.

§ 3º Nos grupos dos incisos IV e VII do caput, obedecido o disposto no § 1º, observar-se-á a seguinte sequência:

I – as redações finais:a) de proposições da Câmara;b) de proposições do Senado;II – as proposições da Câmara:a) as em turno suplementar;b) as em turno único;c) as em segundo turno;d) as em primeiro turno;III – as proposições do Senado:a) as em turno suplementar;b) as em turno único;c) as em segundo turno;d) as em primeiro turno.§ 4º Na sequência constante do § 3º, serão observadas as seguintes normas:I – nas proposições da Câmara, os projetos de lei precederão os de decreto

legislativo;II – nas proposições do Senado, a ordem de classificação será:a) projetos de lei;b) projetos de decreto legislativo;c) projetos de resolução;d) pareceres;e) requerimentos.§ 5º Obedecido o disposto nos §§ 1º, 3º e 4º, a precedência será definida pela

maior antiguidade no Senado.§ 6º Os projetos de código serão incluídos com exclusividade em Ordem do

Dia. (Nr)Art.164. Os projetos regulando a mesma matéria (art. 258), figurarão na Ordem

do Dia em série, iniciada pela proposição preferida pela comissão competente, de maneira que a decisão do Plenário sobre esta prejulgue as demais.

Art.165. Os pareceres sobre escolha de autoridades (art. 383) serão incluídos, em série, no final da Ordem do Dia.

Art.166. Constarão da Ordem do Dia as matérias não apreciadas da pauta da sessão deliberativa ordinária anterior, com precedência sobre outras dos grupos a que pertençam. (Nr)

Art.167. Ao ser designada a Ordem do Dia, qualquer Senador poderá sugerir ao Presidente a inclusão de matérias em condições de nela figurar (art. 171).

Parágrafo único. Nenhuma matéria poderá ser incluí da em Ordem do Dia sem que tenha sido efetivamente publicada no diário do senado Federal e em avulsos, no mínimo, com dez dias de antecedência.

Art.168. Salvo em casos especiais, assim considerados pela Presidência, não constarão, das Ordens do Dia das sessões das segundas e sextas-feiras, matérias em votação.

Parágrafo único. O princípio estabelecido neste artigo aplica-se ainda às ma-térias que tenham sua discussão encerrada nas sessões ordinárias das segundas e sextas-feiras.

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Art.169. Somente poderão ser incluídas na Ordem do Dia, para deliberação do Plenário, em cada sessão legislativa, as proposições protocoladas junto à Secretaria-Geral da Mesa até a data de 30 de novembro.

Parágrafo único. Ficam ressalvadas do disposto neste artigo as matérias da competência privativa do Senado Federal relacionadas no art. 52 da Constituição e, em casos excepcionais, até três matérias, por decisão da Presidência e consenso das lideranças.

Art.170. A Ordem do Dia será anunciada ao término da sessão anterior, pu-blicada no diário do senado Fe deral e distribuída em avulsos antes de iniciar-se a sessão respectiva.

§ 1º Não será designada Ordem do Dia para a primeira sessão de cada sessão legislativa.

§ 2º Nos avulsos da Ordem do Dia deverão constar:I – os projetos em fase de recebimento de emendas perante a Mesa ou comissão;II – os projetos em fase de apresentação do recurso a que se refere o art. 91, § 4º;III – as proposições que deverão figurar em Ordem do Dia nas três sessões

deliberativas ordinárias se guintes.§ 3º Nos dados referidos no § 2º, haverá indicação expressa dos prazos, número

de dias transcorridos e, no caso do inciso I, da comissão que deverá receber as emendas. (Nr)

Art.171. A matéria dependente de exame das comissões só será incluída em Ordem do Dia depois de emitidos os pareceres, lidos no Período do Expediente, publicados no diário do senado Federal e distribuídos em avulsos, observado o interstício regimental (arts. 280 e 281). (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.172. A inclusão em Ordem do Dia de proposição em rito normal, sem que esteja instruída com pareceres das comissões a que houver sido distribuída, só é admissível nas seguintes hipóteses:

I – por deliberação do Plenário, se a única ou a última comissão a que estiver distribuída não proferir o seu parecer no prazo regimental;

II – por ato do Presidente, quando se tratar:a) (revogado) (resolução nº 2/1995 – CN)b) de projeto de lei ânua ou que tenha por fim prorrogar prazo de lei, se faltarem

dez dias, ou menos, para o término de sua vigência ou da sessão legislativa, quando o fato deva ocorrer em período de recesso do Congresso, ou nos dez dias que se seguirem à instalação da sessão legislativa subsequente;

c) de projeto de decreto legislativo referente a tratado, convênio ou acordo internacional, se faltarem dez dias, ou menos, para o término do prazo no qual o Brasil deva manifestar-se sobre o ato em apreço;

d) de projetos com prazo, se faltarem vinte dias para o seu término.Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso II, c e d, o projeto emendado voltará

à Ordem do Dia na segunda sessão deliberativa ordinária subsequente, salvo se o encerramento da discussão se der no penúltimo dia do prazo ou da sessão le-gislativa, hipótese em que a matéria terá a mesma tramitação prevista para o caso do art. 336, II. (Nr)

Art.173. Nenhum projeto poderá ficar sobre a mesa por mais de um mês sem figurar em Ordem do Dia, salvo para diligência aprovada pelo Plenário.

Art.174. Em casos excepcionais, assim considerados pela Mesa, e nos sessenta dias que precederem as eleições gerais, poderão ser dispensadas, ouvidas as lide-ranças partidárias, as fases da sessão correspondentes ao Período do Expediente ou à Ordem do Dia. (Nr) (Resolução nº 35/2006, com adequação redacional)

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Art.175. A sequência dos trabalhos da Ordem do Dia não poderá ser alterada senão:

I – para posse de Senador;II – para leitura de mensagem, ofício ou documento sobre matéria urgente;III – para pedido de urgência nos casos do art. 336, I;IV – em virtude de deliberação do Senado, no sentido de adiamento ou inversão

da Ordem do Dia;V – pela retirada de qualquer matéria, para cumprimento de despacho, correção

de erro ou omissão nos avulsos e para sanar falhas de instrução;VI – para constituição de série, em caso de votação secreta;VII – nos casos previstos no art. 304.Art.176. Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão

será destinado, preferencialmente, Ao uso da palavra pelas lideranças e, havendo tempo, pelos oradores inscritos na forma do disposto no art. 17.

SeçãoIVDoTérminodoTempodaSessão

Art.177. Esgotado o tempo da sessão ou ultimados a Ordem do Dia e os dis-cursos posteriores a esta, o Presidente a encerrará.

Art.178. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada uma votação, esta será ultimada independentemente de pedido de prorrogação.

Art.179. Estando em apreciação matéria constante do art. 336, I e II, a sessão só poderá ser encerrada quando ultimada a deliberação.

SeçãoVDaProrrogaçãodaSessão

Art.180. A prorrogação da sessão poderá ser concedida pelo Plenário, em votação simbólica, antes do término do tempo regimental:

I – por proposta do Presidente;II – a requerimento de qualquer Senador.§ 1º A prorrogação será sempre por prazo fixo, que não poderá ser restringido,

salvo por falta de matéria a tratar ou de número para o prosseguimento da sessão.§ 2º Se houver orador na tribuna, o Presidente o interromperá para consulta ao

Plenário sobre a prorro gação.§ 3º Não será permitido encaminhamento da votação do requerimento.§ 4º Antes de terminada uma prorrogação, poderá ser requerida outra.Art.181. O tempo que restar para o término da prorrogação será destinado à

votação de matérias cuja discussão esteja encerrada.

SeçãoVIDaAssistênciaàSessão

Art.182. Em sessões públicas, além dos Senadores, só serão admitidos no plenário os Suplentes de Senadores, os Deputados Federais, os ex-Senadores, entre estes incluídos os Suplentes de Senador que tenham exercido o mandato, os Ministros de Estado, quando comparecerem para os fins previstos neste Re-gimento, e os funcionários do Senado em objeto de serviço. (Ver ato Conjunto nº 1/1998, ato da Comissão diretora nº 9/1999, e ato do presidente nº 98/1997)

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Art.183. Durante as sessões públicas, não é permitida a presença, na bancada da imprensa, de pessoa a ela estranha.

Art.184. É permitido a qualquer pessoa assistir às sessões públicas, do lugar que lhe for reservado, desde que se encontre desarmada e se conserve em silên-cio, sem dar qualquer sinal de aplauso ou de reprovação ao que nelas se passar.

Parágrafo único. A qualquer pessoa é vedado fumar no recinto do plenário. (Nr) (resolução nº 94/1992)

Art.185. Em sessão secreta, somente os Senadores terão ingresso no plenário e dependências anexas, ressalvados o disposto no parágrafo único do art. 192 e os casos em que o Senado conceda autorização a outras pes soas para a ela as-sistirem, mediante proposta da Presidência ou de líder.

SeçãoVIIDaDivulgaçãodasSessões

(Ver resoluções nos 24/1995 e60/1996 (TV e Rádio Senado)

Art.186. A reportagem fotográfica no recinto, a irradiação sonora, a filmagem e a transmissão em televisão das sessões dependem de autorização do Presidente do Senado.

SeçãoVIIIDaSessãoDeliberativaExtraordinária

(resolução nº 37/1995)

Art.187. A sessão deliberativa extraordinária, convo cada de ofício pelo Presi-dente ou por decisão do Senado, terá o mesmo rito e duração da ordinária.

Parágrafo único. O Período do Expediente de sessão deliberativa extraordinária não excederá a trinta minutos. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.188. Em sessão deliberativa extraordinária, só haverá oradores, antes da Ordem do Dia, caso não haja número para as deliberações. (Nr)

Art.189. O Presidente prefixará dia, horário e Ordem do Dia para a sessão deliberativa extraordinária, dando-os a conhecer, previamente, Ao Senado, em sessão ou através de qualquer meio de comunicação.

Parágrafo único. Não é obrigatória a inclusão, na Ordem do Dia de sessão deliberativa extraordinária, de matéria não ultimada na sessão anterior, ainda que em regime de urgência ou em curso de votação. (Nr)

CAPÍTULOIIIDaSessãoSecreta

Art.190. A sessão secreta será convocada pelo Presidente, de ofício ou me-diante requerimento.

Parágrafo único. A finalidade da sessão secreta deverá figurar expressamente no requerimento, mas não será divulgada, assim como o nome do requerente.

Art.191. Recebido o requerimento a que se refere o art. 190, o Senado passará a funcionar secretamente para a sua votação; se aprovado, e desde que não haja data prefixada, a sessão secreta será convocada para o mesmo dia ou para o dia seguinte.

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Art.192. Na sessão secreta, antes de se iniciarem os trabalhos, o Presidente determinará a saída do plenário, tribunas, galerias e respectivas dependências, de todas as pessoas estranhas, inclusive funcionários da Casa.

Parágrafo único. O Presidente poderá admitir na sessão, a seu juízo, a presença dos servidores que julgar necessários.

Art.193. No início dos trabalhos de sessão secreta, deliberar-se-á se o as-sunto que motivou a convocação deverá ser tratado secreta ou publicamente, não podendo esse debate exceder a quinze minutos, sendo permitido a cada orador usar da palavra por três minutos, de uma só vez. No primeiro caso, prosseguirão os trabalhos secre tamente; no segundo, serão levantados para que o assunto seja, oportunamente, apreciado em sessão pública.

Art.194. Antes de encerrar-se uma sessão secreta, o Plenário resolverá, por simples votação e sem debate, se deverão ser conservados em sigilo ou publicados o resultado, o nome dos que requereram a convocação e, nos casos do art. 135, os pareceres e demais documentos constantes do processo.

Art.195. Ao Senador que houver participado dos debates em sessão secreta é permitido reduzir por escrito o seu discurso, no prazo de vinte e quatro horas, para ser arquivado com a ata.

Art.196. A sessão secreta terá a duração de quatro horas e trinta minutos, salvo prorrogação. (Nr) (resolução nº 2/2005)

Art.197. Transformar-se-á em secreta a sessão:I – obrigatoriamente, quando o Senado tiver de se manifestar sobre:a) declaração de guerra (Const., art. 49, II);b) acordo sobre a paz (Const., art. 49, II);c) perda de mandato (Const., art. 55) ou suspensão de imunidade de Senador du-

rante o estado de sítio (Const., art. 53, § 8º); (revogada pela resolução nº 18/2007)d) escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente (Const.,

art. 52, IV);e) requerimento para realização de sessão secreta (art. 191).II – por deliberação do Plenário, mediante proposta da Presidência ou a reque-

rimento de qualquer Senador.§ 1º Esgotado o tempo da sessão ou cessado o motivo de sua transformação

em secreta, voltará a mesma a ser pública, para prosseguimento dos trabalhos ou para designação da Ordem do Dia da sessão seguinte.

§ 2º O período em que o Senado funcionar secreta mente não será descontado da duração total da sessão.

Art.198. Somente em sessão secreta poderá ser dado a conhecer, Ao Plenário, documento de natureza sigilosa.

CAPÍTULOIVDaSessãoEspecial

(regulamentado pelo ato da mesa nº 1/1997)

Art.199. O Senado poderá interromper sessão ou realizar sessão especial para comemoração ou recepção de altas personalidades, a juízo do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento de seis Senadores. (resolução nº 37/1995)

§ 1º Em sessão especial, poderão ser admitidos convidados à mesa e no plenário.

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§ 2º O parlamentar estrangeiro só será recebido em plenário se o Parlamento do seu país der tratamento igual aos Congressistas brasileiros que o visitem. (Nr)

Art.200. A sessão especial, que independe de número, será convocada em sessão ou através do diário do senado Federal, e nela somente usarão da palavra os oradores previamente designados pelo Presidente.

CAPÍTULOVDasAtasedosAnaisdasSessões

SeçãoIDasAtas

Art.201. Será elaborada ata circunstanciada de cada sessão, contendo, entre outros, os incidentes, debates, declarações da Presidência, listas de presença e chamada, texto das matérias lidas ou votadas e os discursos, a qual constará, salvo se secreta, do diário do senado Federal, que será publicado diariamente, durante as sessões legislativas ordinárias e extraordinárias, e, eventualmente, nos períodos de recesso, sempre que houver matéria para publicação.

§ 1º Não havendo sessão, nos casos do art. 154, § 6º, I e IV, será publicada ata da reunião, que conterá os nomes do Presidente, dos Secretários e dos Senadores presentes, e o expediente despachado.

§ 2º Quando o discurso, requisitado para revisão, não for restituído à Taquigra-fia até às dezoito horas do dia seguinte, deixará de ser incluído na ata da sessão respectiva, onde figurará nota explicativa a respeito, no lugar a ele correspondente.

§ 3º Se, Ao fim de trinta dias, o discurso não houver sido restituído, a publicação se fará pela cópia arquivada nos serviços taquigráficos, com nota de que não foi revisto pelo orador.

Art.202. Constarão, também, da ata:I – por extenso:a) as mensagens ou ofícios do Governo ou da Câmara dos Deputados, salvo

quando relativos à sanção de projetos, devolução de autógrafos ou agradecimento de comunicação;

b) as proposições legislativas e declarações de voto;II – em súmula, todos os demais documentos lidos no Período do Expediente, sal-

vo deliberação do Senado ou determinação da Presidência. (Resolução nº 35/2006)Parágrafo único. As informações e documentos de caráter sigiloso não terão

publicidade. (Nr)Art.203. É permitido ao Senador enviar à Mesa, para publicação no diário do

senado Federal e inclusão nos Anais, o discurso que deseje proferir na sessão, dispensada a sua leitura.

Art.204. Quando o esclarecimento da Presidência sobre questão regimental ou discurso de algum Senador forem lidos, constará da ata a indicação de o terem sido.

Art.205. A ata registrará, em cada momento, a substituição ocorrida em relação à Presidência da sessão.

Parágrafo único. Quando a substituição na Presi dência se der durante discurso, far-se-á o registro no fim deste.

Art.206. Na ata, o nome do Presidente será registrado, entre parênteses, em seguida às palavras: “O Sr. Presidente”.

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Art.207. Os pedidos de retificação e as questões de ordem sobre a ata serão decididos pela Presidência.

Art.208. A ata de sessão secreta será redigida pelo Segundo-Secretário, aprovada com qualquer número, antes de levantada a sessão, assinada pelo Pre-sidente, Primeiro e Segundo-Secretários, encerrada em sobrecarta lacrada, datada e rubricada pelos Secretários, e recolhida ao arquivo.

§ 1º O discurso a que se refere o art. 195 será arquivado com a ata e os docu-mentos referentes à sessão, em segunda sobrecarta, igualmente lacrada.

§ 2º O desarquivamento dos documentos referidos no § 1º só poderá ser feito mediante requisição da Presidência.

SeçãoIIDosAnais

Art.209. Os trabalhos das sessões serão organizados em anais, por ordem cronológica, para distribuição aos Senadores.

Art.210. A transcrição de documento no diário do senado Federal, para que conste dos Anais, é permitida:

I – quando constituir parte integrante de discurso de Senador;II – quando aprovada pelo Presidente do Senado, a requerimento de qualquer

Senador. (Resolução nº 35/2006)§ 1º (Revogado) (Resolução nº 35/2006)§ 2º Se o documento corresponder a mais de cinco páginas do diário do senado

Federal, o espaço excedente desse limite será custeado pelo orador ou requerente, cabendo à Comissão Diretora orçar o custo da publicação. (Nr)

TÍTULOVIIIDASPROPOSIÇÕES

CAPÍTULOIDasEspécies

Art.211. Consistem as proposições em: (Ver parecer nº 252, de 1990)I – propostas de emenda à Constituição;II – projetos;III – requerimentos;IV – indicações;V – pareceres;VI – emendas.

SeçãoIDasPropostasdeEmendaàConstituição

Art.212. Poderão ter tramitação iniciada no Senado propostas de emenda à Constituição de iniciativa: (Ver Parecer nº 692, de 1995)

I – de um terço, no mínimo, de seus membros (Const., art. 60, I);II – de mais da metade das Assembleias Legislativas das Unidades da Fede-

ração, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros (Const., art. 60, III).

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SeçãoIIDosProjetos

Art.213. Os projetos compreendem:I – projeto de lei, referente a matéria da competência do Congresso Nacional, com

sanção do Presidente da República (Const., art. 48); (Ver parecer nº 527, de 1998)II – projeto de decreto legislativo, referente a matéria da competência exclusiva

do Congresso Nacional (Const., art. 49);III – projeto de resolução sobre matéria da competência privativa do Senado

(Const., art. 52).

SubseçãoIIDosProjetosdeLeideConsolidação(redação dos arts. 213-a a 213-e dada

pela resolução nº 23/2007)

Art.213-A.É facultado a qualquer Senador ou comissão oferecer projeto de lei de consolidação, atendidos os princípios de que tratam os arts. 13, 14 e 15 da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, vedada a alteração no mérito das normas que serviram de base para a consolidação.

Art. 213-B. O projeto recebido será lido, numerado, publicado e distribuído à comissão que guardar maior pertinência quanto à matéria, que se pronunciará sobre o atendimento ao princípio de preservação do conteúdo original das normas consolidadas.

§ 1º Qualquer Senador ou comissão poderá, no prazo de trinta dias após a publicação do projeto de lei de consolidação, oferecer à comissão encarregada de seu exame:

I – sugestões de redação, vedadas alterações que envolvam o mérito da ma-téria original;

II – sugestões de incorporação de normas que não foram objeto de consolidação;III – sugestões de retirada de normas que foram objeto de consolidação.§ 2º As sugestões que envolverem alteração no mérito da proposição que serviu

de base à formulação do projeto de lei de consolidação serão dadas como rejeitadas.§ 3º As disposições referentes à tramitação dos projetos de lei aplicam-se à

tramitação e à aprovação do projeto de lei de consolidação, nos termos do que preceitua o Regimento Interno do Senado Federal, ressalvados os procedimentos exclusivos aplicáveis à subespécie, constantes deste Regimento.

Art.213-C.Aprovado o projeto de lei de consolidação na comissão, será ele encaminhado ao Plenário.

§ 1º Poderão ser oferecidas, em plenário, emendas destinadas à correção de redação que afronte o mérito da matéria, que serão submetidas à deliberação da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

§ 2º As emendas de correção de erro de redação julgadas impro cedentes pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania serão dadas como rejeitadas.

Art.213-D.Após a entrada em vigor da lei de consolidação, deverão fazer-lhe expressa remissão todos os projetos vinculados à matéria.

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Art.213-E. Aplicam-se os mesmos procedimentos previstos nos arts. 213- B, 213-C e 213-D aos projetos de lei de consolidação originários da Câmara dos De-putados em revisão no Senado Federal e às emendas da Câmara dos Deputados a projeto de lei de consolidação originário do Senado.

SeçãoIIIDosRequerimentos

SubseçãoIDisposiçõesGerais

Art.214. O requerimento poderá ser oral ou escrito.Parágrafo único. É oral e despachado pelo Presidente o requerimento:I – de leitura de qualquer matéria sujeita ao conhecimento do Plenário;II – de retificação da ata;III – de inclusão em Ordem do Dia de matéria em condições regimentais de

nela figurar;IV – de permissão para falar sentado.Art.215. São escritos os requerimentos não referidos no art. 214 e dependem

de votação por maioria simples, presente a maioria da composição do Senado, salvo os abaixo especificados:

I – dependentes de decisão da Mesa:a) de informação a Ministro de Estado ou a qualquer titular de órgão diretamente

subordinado à Presidência da República (Const., art. 50, § 2º); (emenda Constitu-cional de revisão nº 2, de 1994)

b) de licença (arts. 13 e 43); (resolução nº 37/1995)c) de tramitação em conjunto de proposição regulan do a mesma matéria, exceto

se a proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de parecer aprovado em comissão. (Resolução nº 35/2006)

II – dependentes de despacho do Presidente:a) de publicação de informações oficiais no Diário do Senado Federal;b) de esclarecimentos sobre atos da administração interna do Senado;c) de retirada de indicação ou requerimento;d) de reconstituição de proposição;e) de retirada de proposição, desde que não tenha recebido parecer de comissão

e não conste de Ordem do Dia (art. 256, § 2º); (Resolução nº 35/2006)f) de publicação de documentos no diário do senado Federal para transcrição

nos Anais (art. 210, II); (Resolução nº 35/2006)III – dependentes de votação com a presença, no mínimo, de um décimo da

composição do Senado:a) (revogado) (resolução nº 37/1995)b) de prorrogação do tempo da sessão;c) de homenagem de pesar, inclusive levantamento da sessão;IV – (revogado) (NR) (Resolução nº 35/2006)

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SubseçãoIIDosRequerimentosdeInformações

(Const.,art.50,§2º)(regulamentado pelo ato da mesa nº 1, de 2001)

(Ver Lei Complementar nº 105, de 2001)

Art.216. Os requerimentos de informações estão sujeitos às seguintes normas:I – serão admissíveis para esclarecimento de qualquer assunto submetido à

apreciação do Senado ou atinente a sua competência fiscalizadora;II – não poderão conter pedido de providência, consulta, sugestão, conselho ou

interrogação sobre propósito da autoridade a quem se dirija;III – lidos no Período do Expediente, serão despachados à Mesa para decisão;

(Resolução nº 35/2006)IV – se deferidos, serão solicitadas, à autoridade competente, as informações

requeridas, ficando interrompida a tramitação da matéria que se pretende esclarecer. Se indeferido, irá ao Arquivo, feita comunicação ao Ple nário;

V – as informações recebidas, quando se destinarem à elucidação de matéria pertinente a proposição em curso no Senado, serão incorporadas ao respectivo processo.

§ 1º Ao fim de trinta dias, quando não hajam sido prestadas as informações, o Senado reunir-se-á, dentro de três dias úteis, para declarar a ocorrência do fato e adotar as providências decorrentes do disposto no art. 50, § 2º, da Constituição.

§ 2º Aplicam-se, no que couber, as disposições do § 1º ao caso de fornecimento de informações falsas. (Nr)

Art.217. O requerimento de remessa de documentos equipara-se ao de pedido de informações.

SubseçãoIIIDosRequerimentosdeHomenagemdePesar

Art.218. O requerimento de inserção em ata de voto de pesar só é admissível por motivo de luto nacional decretado pelo Poder Executivo, ou por falecimento de:

I – pessoa que tenha exercido o cargo de Presidente ou Vice-Presidente da República;

II – ex-membro do Congresso Nacional;III – pessoa que exerça ou tenha exercido o cargo de:a) Ministro do Supremo Tribunal Federal;b) Presidente de Tribunal Superior da União;c) Presidente do Tribunal de Contas da União;d) Ministro de Estado;e) Governador, Presidente de Assembleia Legislativa ou de Tribunal de Justiça

estadual;f) Governador de Território ou do Distrito Federal;IV – Chefe de Estado ou de governo estrangeiro;V – Chefe de Missão Diplomática de país estrangeiro acreditada junto ao Go-

verno Brasileiro;

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VI – Chefe de Missão Diplomática do Brasil junto a governo estrangeiro, falecido no posto;

VII – personalidade de relevo na vida político-administrativa internacional.Art.219. Ao serem prestadas homenagens de pesar, poderá ser observado

um minuto de silêncio, em memória do extinto, após usarem da palavra todos os oradores.

Art.220. O requerimento de levantamento da sessão, por motivo de pesar, só é permitido em caso de falecimento do Presidente da República, do Vice-Presidente da República ou de membro do Congresso Nacional.

Art.221. Além das homenagens previstas nos arts. 218 a 220, o Plenário poderá autorizar:

I – a apresentação de condolências à família do falecido, Ao Estado do seu nascimento ou ao em que tenha exercido a sua atividade, Ao partido político e a altas entidades culturais a que haja pertencido;

II – a representação nos funerais e cerimônias levadas a efeito em homenagem à memória do extinto.

SubseçãoIVDosRequerimentosdeVotode

AplausoouSemelhante

Art.222. O requerimento de voto de aplauso, regozijo, louvor, solidariedade, congratulações ou semelhante só será admitido quando diga respeito a ato público ou acontecimento de alta significação nacional ou interna cional.

§ 1º Lido no Período do Expediente, o requerimento será remetido à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania ou à de Relações Exteriores e Defesa Nacional, conforme o caso. (Resolução nº 35/2006)

§ 2º O requerimento será incluído na Ordem do Dia da sessão deliberativa imediata àquela em que for lido o respectivo parecer.

§ 3º A Mesa só se associará a manifestações de regozijo ou pesar quando votadas pelo Plenário. (Nr)

Art.223. Ao requerimento de voto de censura, aplicam-se, no que couber, as disposições do art. 222.

SeçãoIVDasIndicações

Art.224. Indicação corresponde a sugestão de Senador ou comissão para que o assunto, nela focalizado, seja objeto de providência ou estudo pelo órgão competente da Casa, com a finalidade do seu esclarecimento ou formulação de proposição legislativa.

Art.225. A indicação não poderá conter:I – consulta a qualquer comissão sobre:a) interpretação ou aplicação de lei;b) ato de outro Poder;II – sugestão ou conselho a qualquer Poder.

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Art.226. Lida no Período do Expediente, a indicação será encaminhada à comissão competente. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.227. A indicação não será discutida nem votada pelo Senado. A deliberação tomará por base a conclusão do parecer da comissão.

Parágrafo único. Se a indicação for encaminhada a mais de uma comissão e os pareceres forem discordantes nas suas conclusões, será votado, preferencialmente, o da que tiver mais pertinência regimental para se manifestar sobre a matéria. Em caso de competência concorrente, votar-se-á, preferencialmente, o último, salvo se o Plenário decidir o contrário, a requerimento de qualquer Senador ou comissão.

SeçãoVDosPareceres

Art.228. Constitui proposição o parecer que deva ser discutido e votado pelo Ple-nário, quando não concluir pela apresentação de projeto, requerimento ou emenda.

Parágrafo único. Para discussão e votação, o parecer será incluído em Ordem do Dia.

Art.229. Se houver mais de um parecer, de conclusões discordantes, sobre a mesma matéria, a ser submetida ao Plenário, proceder-se-á de acordo com a norma estabelecida no art. 227, parágrafo único.

SeçãoVIDasEmendas

Art.230. Não se admitirá emenda:I – sem relação com a matéria da disposição que se pretenda emendar;II – em sentido contrário à proposição quando se trate de proposta de emenda

à Constituição, projeto de lei ou de resolução;III – que diga respeito a mais de um dispositivo, a não ser que se trate de mo-

dificações correlatas, de sorte que a aprovação, relativamente a um dispositivo, envolva a necessidade de se alterarem outros;

IV – que importe aumento da despesa prevista (Const., art. 63):a) nos projetos de iniciativa do Presidente da República, ressalvado o disposto

no art. 166, §§ 3º e 4º, da Constituição (Const., art. 63, I);b) nos projetos sobre organização dos serviços administrativos do Senado

Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público (Const., art. 63, II).Art.231. Às comissões é admitido oferecer subemen das, as quais não poderão

conter matéria estranha à das respectivas emendas.Art.232. A emenda não adotada pela comissão (art. 124, I) poderá ser renovada

em plenário, salvo sendo unânime o parecer pela rejeição.Art.233. Nenhuma emenda será aceita sem que o autor a tenha justificado por

escrito ou oralmente.Parágrafo único. A justificação oral de emenda em plenário deverá ser feita no

prazo que seu autor dispuser para falar no Período do Expediente da sessão. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.234. A emenda que altere apenas a redação da proposição será submetida às mesmas formalidades regimentais de que dependerem as pertinentes ao mérito.

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Parágrafo único. Quando houver dúvidas sobre se a emenda apresentada como de redação atinge a substância da proposição, ouvir-se-á a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

CAPÍTULOIIDaApresentaçãodasProposições

Art.235. A apresentação de proposição será feita:I – perante comissão, quando se tratar de emenda apresentada de acordo com

o disposto no art. 122;II – perante a Mesa, no prazo de cinco dias úteis, quando se tratar de emenda a:a) projeto de alteração ou reforma do Regimento Interno;b) projeto de decreto legislativo referente a prestação de contas do Presidente

da República;c) projetos apreciados pelas comissões com poder terminativo, quando houver

interposição de recurso;d) projeto, em turno único, que obtiver parecer favorável, quanto ao mérito, das

comissões;e) projeto, em turno único, que obtiver parecer contrário, quanto ao mérito, das

comissões, desde que admitido recurso para sua tramitação;f) projetos de autoria de comissão;III – em plenário, nos seguintes casos:a) no Período do Expediente: (Resolução nº 35/2006)1 – emenda a matéria a ser votada nessa fase da sessão;2 – indicação;3 – projeto;4 – requerimento que, regimentalmente, não deva ser apresentado em outra

fase da sessão;b) na Ordem do Dia:1 – requerimento que diga respeito a ordenação das matérias da Ordem do Dia

ou a proposição dela cons tante;2 – emenda a projeto em turno suplementar, Ao anunciar-se sua discussão;c) após a Ordem do Dia – requerimento de:1 – inclusão, em Ordem do Dia, de matéria em condições de nela figurar;2 – dispensa de publicação de redação final para imediata deliberação do

Plenário;d) na fase da sessão em que a matéria respectiva foi anunciada – requerimen-

to de:1 – adiamento de discussão ou votação;2 – encerramento de discussão;3 – dispensa de discussão;4 – votação por determinado processo;5 – votação em globo ou parcelada;6 – destaque de dispositivo ou emenda para aprovação, rejeição, votação em

separado ou constituição de proposição autônoma;7 – retirada de proposição constante da Ordem do Dia;e) em qualquer fase da sessão – requerimento de:1 – leitura de qualquer matéria sujeita ao conhecimento do Senado;2 – permissão para falar sentado;f) antes do término da sessão, requerimento de prorrogação desta. (Nr)

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Art.236. As proposições devem ser escritas em termos concisos e claros e divididas, sempre que possível, em artigos, parágrafos, incisos e alíneas. (Ver Lei Complementar nº 95, de 1998)

Art.237. Os projetos, pareceres e indicações devem ser encimados por ementa. (Ver Lei Complementar nº 95, de 1998)

Art.238. As proposições, salvo os requerimentos, devem ser acompanhadas de justificação oral ou escrita, observado o disposto no parágrafo único do art. 233.

Parágrafo único. Havendo várias emendas do mesmo autor, dependentes de justificação oral, é lícito justificá-las em conjunto.

Art.239. Qualquer proposição autônoma será sempre acompanhada de trans-crição, na íntegra ou em resumo, das disposições de lei invocadas em seu texto.

Art.240. As matérias constantes de projeto de lei rejeitado somente poderão ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros do Senado (Const., art. 67).

CAPÍTULOIIIDaLeituradasProposições

Art.241. As proposições que devam ser objeto de imediata deliberação do Plenário serão lidas integralmente, sendo as demais anunciadas em súmula.

Art.242. O projeto ou requerimento de autoria individual de Senador, salvo requerimento de licença e de autorização para o desempenho de missão, só será lido quando presente seu autor.

CAPÍTULOIVDaAutoria

Art.243. Considera-se autor da proposição o seu primeiro signatário quando a Constituição ou este Regimento não exija, para a sua apresentação, número determinado de subscritores, não se considerando, neste último caso, assinaturas de apoiamento.

Art.244. Ao signatário de proposição só é lícito dela retirar sua assinatura antes da publicação.

Parágrafo único. Nos casos de proposição dependente de número mínimo de subscritores, se, com a retirada de assinatura, esse limite não for alcançado, o Pre-sidente a devolverá ao primeiro signatário, dando conhecimento do fato ao Plenário.

Art.245. Considera-se de comissão a proposição que, com esse caráter, for por ela apresentada.

Parágrafo único. A proposição de comissão deve ser assinada pelo seu Presi-dente e membros, totalizando, pelo menos, a maioria da sua composição.

CAPÍTULOVDaNumeraçãodasProposições

Art.246. As proposições serão numeradas de acordo com as seguintes normas:I – terão numeração anual, em séries específicas:a) as propostas de emenda à Constituição;

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b) os projetos de lei da Câmara;c) os projetos de lei do Senado;d) os projetos de decreto legislativo, com especi ficação da Casa de origem;e) os projetos de resolução;f) os requerimentos;g) as indicações;h) os pareceres;II – as emendas serão numeradas, em cada turno, pela ordem dos artigos da

proposição emendada, guardada a sequência determinada pela sua natureza, a saber: supres sivas, substitutivas, modificativas e aditivas;

III – as subemendas de comissão figurarão ao fim da série das emendas de sua iniciativa, subordinadas ao título “subemendas”, com a indicação das emendas a que correspondam. Quando à mesma emenda forem apresentadas várias subemendas, estas terão numeração ordinal em relação à emenda respectiva;

IV – as emendas da Câmara serão anexadas ao processo do projeto primitivo e tramitarão com o número deste.

§ 1º Os projetos de lei complementar tramitarão com essa denominação.§ 2º Nas publicações referentes aos projetos em revisão, mencionar-se-á, entre

parênteses, o número na Casa de origem, em seguida ao que lhe couber no Senado.§ 3º Ao número correspondente a cada emenda de comissão acrescentar-se-ão

as iniciais desta.§ 4º A emenda que substituir integralmente o projeto terá, em seguida ao número,

entre parênteses, a indicação “substitutivo”.

CAPÍTULOVIDoApoiamentodasProposições

Art.247. A proposição apresentada em plenário só será submetida a apoiamento por solicitação de qualquer Senador.

Art.248. A votação de apoiamento não será encaminhada, salvo se algum Senador pedir a palavra para combatê-lo, caso em que o encaminhamento ficará adstrito a um Senador de cada partido ou bloco parlamentar.

Parágrafo único. O quorum para aprovação do apoiamento é de um décimo da composição do Senado.

CAPÍTULOVIIDaPublicaçãodasProposições

Art.249. Toda proposição apresentada ao Senado será publicada no diário do senado Federal, na íntegra, acompanhada, quando for o caso, da justificação e da legislação citada.

Art.250. Será publicado em avulsos, para distribuição aos Senadores e comis-sões, o texto de toda proposição apresentada ao Senado.

Parágrafo único. Ao fim da fase de instrução da matéria serão publicados em avulsos os pareceres proferidos, neles se incluindo:

I – o texto das emendas, caso não tenham sido publicadas em avulso especial;II – os votos em separado;III – as informações prestadas sobre a matéria pelos órgãos consultados;IV – os relatórios e demais documentos referidos no art. 261, § 1º.

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CAPÍTULOVIIIDaTramitaçãodasProposições

Art.251. Cada proposição, salvo emenda, terá curso próprio.Art.252. Lida perante o Plenário, a proposição será objeto:I – de decisão da Mesa, no caso do art. 215, I;II – de decisão do Presidente, nos casos do art. 214, parágrafo único, e art. 215, II;III – de deliberação de comissão, na forma do art. 91;IV – de deliberação do Plenário, nos demais casos.Art.253. Antes da deliberação do Plenário, haverá manifestação das comissões

competentes para estudo da matéria.Parágrafo único. Quando se tratar de requerimento, só serão submetidos à

apreciação das comissões os seguintes:I – de voto de censura, de aplauso ou semelhante (arts. 222 e 223);II – de sobrestamento do estudo de proposição (art. 335, parágrafo único).Art.254. Quando os projetos receberem pareceres contrários, quanto ao méri-

to, serão tidos como rejeitados e arquivados definitivamente, salvo recurso de um décimo dos membros do Senado no sentido de sua tramitação.

Parágrafo único. A comunicação do arquivamento será feita pelo Presidente, em plenário, podendo o recurso ser apresentado no prazo de dois dias úteis contado da comunicação. (Nr)

Art.255. A deliberação do Senado será:I – na mesma sessão, após a matéria constante da Ordem do Dia, nos reque-

rimentos que solicitem:a) urgência no caso do art. 336, II; (resolução nº 150/1993)b) realização de sessão deliberativa extraordinária, especial ou secreta;c) (revogado) (resolução nº 37/1992)II – mediante inclusão em Ordem do Dia, quando se tratar de:a) projeto;b) parecer;c) requerimento de:1 – urgência do art. 336, III; (resolução nº 150/1993)2 – (Revogado) (Resolução nº 35/2006)3 – inclusão em Ordem do Dia de matéria que não tenha recebido parecer no

prazo regimental (art. 172, I);4 – audiência de comissão que não tenha oferecido parecer no prazo regimental

(art. 119, parágrafo único);5 – dispensa de parecer da comissão que haja esgotado o prazo a ela destinado

(art. 119, caput);6 – constituição de comissão temporária;7 – voto de censura, de aplauso ou semelhante (arts. 222 e 223);8 – tramitação em conjunto, de projetos regulando a mesma matéria, quando

houver parecer aprovado em comissão (art. 258, parágrafo único, in fine); (reso-lução nº 37/1992)

9 – comparecimento, Ao plenário, de Ministro de Estado e titular de órgão diretamente subordinado ao Presidente da República (Const., art. 50); (emenda Constitucional de revisão nº 2, de 1994)

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10 – retirada de proposição com parecer de comissão; (Resolução nº 35/2006)11 – sobrestamento do estudo de proposição;12 – remessa a determinada comissão de matéria despachada a outra. (re-

solução nº 37/1992)III – imediata, nos requerimentos não constantes dos incisos I e II.Parágrafo único. Ao ser anunciado o requerimento constante do inciso II, c, 3,

será dada a palavra ao Presidente da Comissão em que se ache o projeto para se manifestar sobre a providência requerida. (Nr)

CAPÍTULOIXDaRetiradadasProposições

Art.256. A retirada de proposições em curso no Senado é permitida:I – a de autoria de um ou mais Senadores, mediante requerimento do único

signatário ou do primeiro deles;II – a de autoria de comissão, mediante requerimento de seu Presidente ou do

Relator da matéria, com a declaração expressa de que assim procede devidamente autorizado.

§ 1º O requerimento de retirada de proposição que constar da Ordem do Dia só poderá ser recebido antes de iniciada a votação e, quando se tratar de emenda, antes de iniciada a votação da proposição principal. (Resolução nº 35/2006)

§ 2º Lido, o requerimento será:I – despachado pelo Presidente, quando se tratar de proposição sem parecer

de comissão ou que não conste da Ordem do Dia; (Resolução nº 35/2006)II – submetido à deliberação do Plenário, imediatamente, se a matéria constar

da Ordem do Dia; (Resolução nº 35/2006)III – incluído em Ordem do Dia, se a matéria já estiver instruída com parecer de

comissão. (NR) (Resolução nº 35/2006)Art.257. Quando, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o relator

se pronunciar pela inconstitu cionalidade ou injuridicidade da proposição, é permi-tida sua retirada, antes de proferido o parecer definitivo, mediante requerimento ao Presidente da Comissão, que, o deferindo, encaminhará a matéria à Mesa, através de ofício, a fim de ser arquivada.

CAPÍTULOXDaTramitaçãoemConjuntodasProposições

Art.258. Havendo em curso no Senado duas ou mais proposições regulando a mesma matéria, é lícito promover sua tramitação em conjunto a partir de reque-rimento de comissão ou de Senador, mediante deliberação da Mesa, salvo as que já foram objeto de parecer aprovado em comissão ou que constem da Ordem do Dia. (Resolução nº 35/2006)

Parágrafo único. Os requerimentos de tramitação conjunta de matérias que já constem da Ordem do Dia ou que tenham parecer aprovado em comissão serão submetidos à deliberação do Plenário. (NR) (Resolução nº 35/2006)

Art.259. Aprovado o requerimento de tramitação conjunta, os projetos serão remetidos à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, se sobre algum deles for necessária a apreciação dos aspectos constitucional e jurídico, ou à comissão a que tenham sido distribuídos, para apreciação do mérito.

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Art.260. Na tramitação em conjunto, serão obedecidas as seguintes normas:I – ao processo do projeto que deva ter precedência serão apensos, sem incor-

porações, os dos demais;II – terá precedência:a) o projeto da Câmara sobre o do Senado;b) o mais antigo sobre o mais recente, quando originários da mesma Casa;

(Resolução nº 35/2006)III – em qualquer caso, a proposição será incluída, em série, com as demais, na

Ordem do Dia, obedecido, no processamento dos pareceres, o disposto no art. 268. (Resolução nº 35/2006)

§ 1º O regime especial de tramitação de uma proposi ção estende-se às demais que lhe estejam apensadas. (Resolução nº 35/2006)

§ 2º Em todos os casos as proposições objeto deste artigo serão incluídas con-juntamente na Ordem do Dia da mesma sessão. (Resolução nº 35/2006)

§ 3º As proposições apensadas terão um único relatório, nos termos do disposto no art. 268. (NR) (Resolução nº 35/2006)

CAPÍTULOXIDosProcessosReferentesàsProposições

Art.261. O processo referente a cada proposição, salvo emenda, será organi-zado de acordo com as seguintes normas:

I – será autuada a proposição principal, consignando-se na respectiva capa, no ato da organização do processo:

a) a natureza da proposição;b) a Casa de origem;c) o número;d) o ano de apresentação;e) a ementa completa;f) o autor, quando do Senado;II – em seguida à capa figurarão folhas avulsas, de impresso especial, con-

forme modelo aprovado pela Comissão Diretora, em duas vias, para original e cópia, constituindo estas últimas os boletins de ação legislativa que irão fornecer informações ao Centro de Processamento de Dados, para registro das matérias em tramitação; e ainda:

a) nos projetos da Câmara:1 – o ofício de encaminhamento;2 – o autógrafo recebido e os documentos que o tiverem acompanhado;3 – o resumo da tramitação na Casa de origem;4 – um exemplar de cada avulso;5 – as demais vias dos avulsos e de outros documentos, em sobrecarta anexada

ao processo;b) nos projetos do Senado:1 – o texto, a justificação e a legislação citada, quando houver;2 – o recorte do diário do senado Federal, com a justificação oral, quando houver;3 – os documentos que o acompanhem;4 – as duplicatas do projeto e dos demais documentos, em sobrecarta anexada

ao processo;

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III – as peças do processo serão numeradas e rubri cadas no Serviço de Proto-colo Legislativo antes de seu encaminhamento à Secretaria-Geral da Mesa, para leitura da matéria em plenário;

IV – serão ainda registradas, no impresso especial, pelo funcionário do órgão por onde passar o processo, todas as ações legislativas e administrativas que ocorrerem durante sua tramitação:

a) as ocorrências da tramitação em cada comissão, o encaminhamento à se-guinte e, finalmente, à Mesa;

b) a inclusão em Ordem do Dia;c) a tramitação em plenário;d) a manifestação do Senado sobre a matéria;e) a remessa à sanção, à promulgação ou à Câmara;f) a transformação em lei, decreto legislativo ou resolução, com o número e

data respectivos;g) se houver veto, todas as ocorrências a ele relacionadas;h) o despacho do arquivamento;i) posteriores desarquivamentos e novos incidentes;V – o Serviço de Protocolo Legislativo, Ao receber o processo, em qualquer

oportunidade, atualizará a numeração das páginas que deverão ser rubricadas pelo fun cionário responsável.

§ 1º Serão mantidos, nos processos, os relatórios que não chegarem a se transformar em pareceres nem em votos em separado, bem como os estudos e documentos sobre a matéria, apresentados nas comissões.

§ 2º A anexação de documentos ao processo poderá ser feita:I – pelo Serviço de Protocolo Legislativo;II – pela Secretaria de Comissões, por ordem do Presidente da respectiva co-

missão ou do relator da matéria; (Ato da Comissão Diretora nº 16, de 2004)III – pela Secretaria-Geral da Mesa.§ 3º Quando forem solicitadas informações a autoridades estranhas ao Senado,

sobre proposições em curso, Ao processo anexar-se-ão o texto dos requerimentos respectivos e as informações prestadas. (Nr)

Art.262. Relativamente aos documentos de natureza sigilosa, observar-se-ão as normas constantes dos arts. 144 e 157, II e III, e, terminado o curso da matéria, serão recolhidos ao arquivo especial dos documentos com esse caráter, em so-brecarta fechada, rubricada pelo Presidente da Mesa, feita na capa do processo a devida anotação.

Art.263. As representações dirigidas à Mesa, contendo observações, sugestões ou solicitações sobre proposições em curso no Senado, serão lidas no Período do Expediente, publicadas, em súmula ou na íntegra, no diário do senado Federal, reunidas em processo espe cial e encaminhadas às respectivas comissões para conhecimento dos relatores e consulta dos demais membros, acompanhando a proposição em todas as suas fases. (Resolução nº 35/2006)

Parágrafo único. É facultado aos Senadores encaminhar ao órgão competente as representações que receberem, para anexação ao processo. (Nr)

Art.264. Ao ser arquivada a proposição, ser-lhe-á anexada uma coleção dos avulsos publicados para sua instrução no Senado e na Câmara, quando for o caso.

Art.265. A decisão do Plenário, apoiando, aprovando, rejeitando proposição ou destacando emenda para constituir projeto em separado, será anotada, com a data respectiva, no texto votado, e assinada pela Presidência.

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Art.266. O processo da proposição ficará sobre a mesa durante sua tramitação em plenário.

Art.267. Ocorrendo extravio de qualquer proposição, a Presidência determinará providências objetivando sua reconstituição, de ofício ou mediante requerimento de qualquer Senador ou comissão, independentemente de deliberação do Plenário.

§ 1º Quando se tratar de projeto da Câmara, a Mesa solicitará, da Casa de ori-gem, a remessa de cópias autenticadas dos respectivos autógrafos e documentos que o tenham acompanhado.

§ 2º Os pareceres já proferidos no Senado serão anexados ao novo processo em cópias autenticadas pelos Presidentes das respectivas comissões.

§ 3º A reconstituição do processo deverá ser feita pelo órgão onde este se encontrava por ocasião de seu ex travio.

Art.268. Quando a comissão, no mesmo parecer, se referir a várias proposições autônomas, o original dele instruirá o processo da proposição preferencial, sendo aos demais anexadas cópias autenticadas pelo respectivo Presidente.

CAPÍTULOXIIDasSinopseseResenhasdasProposições

Art.269. A Presidência fará publicar:I – no princípio de cada sessão legislativa, a sinopse de todas as proposições

em curso ou resolvidas pelo Senado na sessão anterior;II – mensalmente, a resenha das matérias rejeitadas e as enviadas, no mês

anterior, à sanção, à promulgação e à Câmara.

CAPÍTULOXIIIDaApreciaçãodasProposições

SeçãoIDosTurnos

Art.270. As proposições em curso no Senado são subordinadas, em sua apreciação, a um único turno de discussão e votação, salvo proposta de emenda à Constituição.

Parágrafo único. Havendo substitutivo integral, aprovado pelo Plenário no turno único, o projeto será submetido a turno suplementar.

Art.271. Cada turno é constituído de discussão e votação.

SeçãoIIDaDiscussão

SubseçãoIDisposiçõesGerais

Art.272. A discussão da proposição principal e das emendas será em conjunto.Art.273. Anunciada a matéria, será dada a palavra aos oradores para a dis-

cussão.

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Art.274. A discussão não será interrompida, salvo para:I – formulação de questão de ordem;II – adiamento para os fins previstos no art. 279;III – tratar de proposição compreendida no art. 336, I;IV – os casos previstos no art. 305;V – comunicação importante ao Senado;VI – recepção de visitante;VII – votação de requerimento de prorrogação da sessão;VIII – ser suspensa a sessão (art. 18, I, f).

SubseçãoIIDoEncerramentodaDiscussão

Art.275. Encerra-se a discussão:I – pela ausência de oradores;II – por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, quando

já houverem falado, pelo menos, três Senadores a favor e três contra.

SubseçãoIIIDaDispensadaDiscussão

Art.276. As proposições com pareceres favoráveis poderão ter a discussão dispensada por deliberação do Plenário, mediante requerimento de líder.

Parágrafo único. A dispensa da discussão deverá ser requerida ao ser anun-ciada a matéria.

SubseçãoIVDaProposiçãoEmendada

Art.277. Lidos os pareceres das comissões sobre as proposições, em turno único, e distribuídos em avulsos, abrir-se-á o prazo de cinco dias úteis para apre-sentação de emendas, findo o qual a matéria, se emendada, voltará às comissões para exame.

Parágrafo único. Não sendo emendada, a proposição estará em condições de figurar em Ordem do Dia, obedecido o interstício regimental. (Nr)

Art.278. Lidos os pareceres sobre as emendas, publicados no diário do senado Federal e distribuídos em avulsos, estará a matéria em condições de figurar em Ordem do Dia, obedecido o interstício regimental.

SubseçãoVDoAdiamentodaDiscussão

Art.279. A discussão, salvo nos projetos em regime de urgência e o disposto no art. 349, poderá ser adiada, mediante deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador ou comissão, para os seguintes fins:

I – audiência de comissão que sobre ela não se tenha manifestado;II – reexame por uma ou mais comissões por motivo justificado;III – ser realizada em dia determinado;

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IV – preenchimento de formalidade essencial;V – diligência considerada imprescindível ao seu esclarecimento.§ 1º O adiamento previsto no inciso III do caput não poderá ser superior a trinta

dias úteis, só podendo ser renovado uma vez, por prazo não superior ao primeiro, não podendo ultrapassar o período da sessão legislativa.

§ 2º Não se admitirá requerimento de audiência de comissão ou de outro órgão que não tenha competência regimental ou legal para se manifestar sobre a matéria.

§ 3º O requerimento previsto no inciso II do caput somente poderá ser recebido quando:

I – a superveniência de fato novo possa justificar a alteração do parecer proferido;II – houver omissão ou engano manifesto no pa recer;III – a própria comissão, pela maioria de seus membros, julgue necessário o

reexame.§ 4º O requerimento previsto nos incisos I, II e III do caput será apresentado

e votado ao se anunciar a matéria e o dos incisos IV e V, em qualquer fase da discussão.

§ 5º Quando, para a mesma proposição, forem apresentados dois ou mais re-querimentos previstos no inciso III do caput, será votado, em primeiro lugar, o de prazo mais longo.

§ 6º Não havendo número para votação do requerimento, ficará este prejudi-cado. (Nr)

SeçãoIIIDoInterstício

Art.280. É de três dias úteis o interstício entre a distribuição de avulsos dos pareceres das comissões e o início da discussão ou votação correspondente. (Nr)

Art.281. A dispensa de interstício e prévia distribuição de avulsos, para inclusão de matéria em Ordem do Dia, poderá ser concedida por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, desde que a propo sição esteja há mais de cinco dias em tramitação no Se nado.

SeçãoIVDoTurnoSuplementar

Art.282. Sempre que for aprovado substitutivo integral a projeto de lei, de decreto legislativo ou de resolução em turno único, será ele submetido a turno suplementar.

§ 1º Nos projetos sujeitos a prazo de tramitação, o turno suplementar reali-zar-se-á dois dias úteis após a aprovação do substitutivo, se faltarem oito dias, ou menos, para o término do referido prazo.

§ 2º Poderão ser oferecidas emendas no turno suplementar, por ocasião da discussão da matéria, vedada a apresentação de novo substitutivo integral. (Nr)

Art.283. Se forem oferecidas emendas, na discussão suplementar, a matéria irá às comissões competentes, que não poderão concluir seu parecer por novo substi tutivo.

Parágrafo único. Nos projetos sujeitos a prazo de tramitação, a matéria será incluída em Ordem do Dia na sessão deliberativa ordinária seguinte se faltarem cinco dias, ou menos, para o término do referido prazo, podendo o parecer ser proferido em plenário. (Nr)

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Art.284. Não sendo oferecidas emendas na discussão suplementar, o substi-tutivo será dado como definitivamente adotado sem votação.

SeçãoVDasEmendasdaCâmaraaProjetodoSenado

Art.285. A emenda da Câmara a projeto do Senado não é suscetível de modi-ficação por meio de subemenda.

Art.286. A discussão e a votação das emendas da Câmara a projeto do Senado far-se-ão em globo, exceto:

I – se qualquer comissão manifestar-se favoravelmente a umas e contrariamente a outras, caso em que a votação se fará em grupos, segundo os pareceres;

II – se for aprovado destaque para a votação de qualquer emenda.Parágrafo único. A emenda da Câmara só poderá ser votada em parte se o seu

texto for suscetível de divisão.Art.287. O substitutivo da Câmara a projeto do Senado será considerado série

de emendas e votado, separadamente, por artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens, em correspondência aos do projeto emendado, salvo aprovação de requeri-mento para votação em globo ou por grupos de dispositivos, obedecido o disposto no parágrafo único do art. 286.

SeçãoVIDaVotação

SubseçãoIDoQuorum

Art.288. As deliberações do Senado serão tomadas por maioria de votos, pre-sente a maioria absoluta dos seus membros (Const., art. 47), salvo nos seguintes casos, em que serão:

I – por voto favorável de dois terços da composição da Casa:a) sentença condenatória nos casos previstos no art. 52, I e II, da Constituição;b) fixação de alíquotas máximas nas operações internas, para resolver conflito

específico que envolva interesse de Estados e do Distrito Federal (Const., art. 155, § 2º, V, b);

c) suspensão de imunidade de Senadores, durante o estado de sítio (Const., art. 53, § 7º);

II – por voto favorável de três quintos da composição da Casa, proposta de emenda à Constituição (Const., art. 60, § 2º);

III – por voto favorável da maioria absoluta da composição da Casa:a) projeto de lei complementar (Const., art. 69);b) exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República (Const., art. 52, XI);

(Ver Lei Complementar nº 75, de 1993)c) perda de mandato de Senador, nos casos previstos no art. 55, § 2º, da

Constituição;d) aprovação de nome indicado para Ministro do Supremo Tribunal Federal

(Const., art. 101, parágrafo único) e para Procurador-Geral da República (Const., art. 128, § 1º); (Ver Lei Complementar nº 75, de 1993)

e) aprovação de ato do Presidente da República que decretar o estado de defesa (Const., art. 136, § 4º);

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f) autorização para o Presidente da República decretar o estado de sítio (Const., art. 137, parágrafo único);

g) estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações interes-taduais e de exportação (Const., art. 155, § 2º, IV);

h) estabelecimento de alíquotas mínimas nas operações internas (Const., art. 155, § 2º, V, a);

i) autorização de operações de crédito que excedam o montante das despe-sas de capital, mediante créditos suplementares ou especiais específicos (Const. art. 167, III);

j) aprovação de nome indicado para Defensor Público Geral; (Lei Complementar nº 80, de 1994, art. 6º) (Ver Constituição, arts. 47 e 52, III, f)

k) (revogado); (Resolução nº 35/2006)l) aprovação de nome indicado para o Conselho Nacional de Justiça (Const.,

art. 103-B, caput e § 2º); (emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Ver resolução nº 7, de 2005)

m) aprovação de nome indicado para o Conselho Nacional do Ministério Público (Const., art. 130-A, caput); (emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Ver resolução nº 7, de 2005)

IV – por voto favorável de dois quintos da composição da Casa, aprovação da não renovação da concessão ou permissão para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (Const., art. 223, § 2º); (Ver pareceres nºs 252, de 1993, e 34, de 2003) (Ver resolução nº 39/1992)

V – por maioria de votos, presentes um décimo dos Senadores, nos requeri-mentos compreendidos no art. 215, III.

§ 1º A votação da redação final, em qualquer hipótese, não está sujeita a qu-orum qualificado.

§ 2º Serão computados, para efeito de quorum, os votos em branco e as abs-tenções verificadas nas votações. (Nr)

SubseçãoIIDasmodalidadesdeVotação

a) DisposiçõesGerais

Art.289. A votação poderá ser ostensiva ou secreta.Art.290. Será ostensiva a votação das proposições em geral.Art.291. Será secreta a votação:I – quando o Senado tiver que deliberar sobre:a) exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República (Const., art. 52,

XI); (Ver Lei Complementar nº 75, de 1993)b) perda de mandato de Senador, nos casos previstos no art. 55, § 2º, da

Constituição;c) prisão de Senador e autorização da formação de culpa, no caso de flagrante

de crime inafiançável (Const., art. 53, § 2º);d) suspensão das imunidades de Senador durante o estado de sítio (Const.,

art. 53, § 8º);e) escolha de autoridades (Const., art. 52, III);II – nas eleições;III – por determinação do Plenário.

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Art.292. Na votação, serão adotados os seguintes processos:I – ostensiva:a) simbólico;b) nominal;II – secreta:a) eletrônico;b) por meio de cédulas;c) por meio de esfera.

b) DaVotaçãoOstensiva

Art.293. No processo simbólico observar-se-ão as seguintes normas:I – os Senadores que aprovarem a matéria deverão permanecer sentados,

levantando-se os que votarem pela rejeição;II – o voto dos líderes representará o de seus liderados presentes, permitida

a declaração de voto em do cumento escrito a ser encaminhado à Mesa para publicação;

III – se for requerida verificação da votação, será ela repetida pelo processo nominal;

IV – o requerimento de verificação de votação só será admissível se apoiado por três Senadores;

V – procedida a verificação de votação e constatada a existência de número, não será permitida nova verificação antes do decurso de uma hora;

VI – não será admitido requerimento de verificação se a Presidência já houver anunciado a matéria seguinte;

VII – antes de anunciado o resultado, será lícito tomar o voto do Senador que penetrar no recinto após a votação;

VIII – verificada a falta de quorum, o Presidente suspenderá a sessão, fazen-do acionar as campainhas durante dez minutos, após o que esta será reaberta, procedendo-se a nova votação;

IX – confirmada a falta de número, ficará adiada a votação, que será reiniciada ao voltar a matéria à deliberação do Plenário;

X – se, Ao processar-se a verificação, os requerentes não estiverem presentes ou deixarem de votar, considerar-se-á como tendo dela desistido.

Art.294. O processo nominal, que se utilizará nos casos em que seja exigido quorum especial de votação ou por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, ou ainda, quando houver pedido de verificação, far-se-á pelo registro eletrônico dos votos, obedecidas as seguintes normas:

I – os nomes dos Senadores constarão de apregoa dores instalados, lateral-mente, no plenário, onde serão registrados individualmente:

a) em sinal verde, os votos favoráveis;b) em sinal amarelo, as abstenções;c) em sinal vermelho, os votos contrários;II – cada Senador terá lugar fixo, numerado, que ocupará ao ser anunciada

a votação, devendo acionar dispositivo próprio de uso individual, localizado na respectiva bancada;

III – os líderes votarão em primeiro lugar;IV – conhecido o voto das lideranças, votarão os demais Senadores;

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V – verificado, pelo registro no painel de controle localizado na mesa, que houve empate na votação, o Presidente comunicará o fato ao Plenário e a desempatará, transferindo, em seguida, o resultado aos apregoadores;

VI – concluída a votação, o Presidente desligará o quadro, liberando o sistema para o processamento de nova votação;

VII – o resultado da votação será encaminhado à Mesa em listagem especial, onde estarão registrados:

a) a matéria objeto da deliberação;b) a data em que se procedeu a votação;c) o voto individual de cada Senador;d) o resultado da votação;e) o total dos votantes;VIII – o Primeiro-Secretário rubricará a listagem especial, determinando sua

anexação ao processo da matéria respectiva.Parágrafo único. Quando o sistema de votação eletrônico não estiver em con-

dições de funcionar, a votação nominal será feita pela chamada dos Senadores, que responderão sim ou não, conforme aprovem ou rejeitem a proposição, sendo os votos anotados pelos Secretários.

c) DaVotaçãoSecreta

Art.295. A votação secreta realizar-se-á pelo sistema eletrônico, salvo nas eleições.

§ 1º Anunciada a votação, o Presidente convidará os Senadores a acionarem o dispositivo próprio, dando, em seguida, início à fase de apuração.

§ 2º Verificada a falta de quorum, proceder-se-á na forma do art. 293, VIII, ficando adiada a votação se ocorrer, novamente, falta de número.

Art.296. A votação por meio de cédulas far-se-á nas eleições.Art.297. A votação por meio de esferas realizar-se-á quando o equipamento

de votação eletrônico não estiver em condições de funcionar, obedecidas as se-guintes normas:

I – utilizar-se-ão esferas brancas, representando votos favoráveis, e pretas, representando votos contrários;

II – a esfera que for utilizada para exprimir voto será lançada em uma urna e a que não for usada, em outra que servirá para conferir o resultado da votação.

SubseçãoIIIDaProclamaçãodoResultadodaVotação

Art.298. Terminada a apuração, o Presidente proclamará o resultado da votação, especificando os votos favoráveis, contrários, em branco, nulos e as abstenções.

SubseçãoIVDoProcessamentodaVotação

Art.299. A votação realizar-se-á imediatamente após a discussão, se este Regimento não dispuser noutro sentido.

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Art.300. Na votação, serão obedecidas as seguintes normas:I – votar-se-á em primeiro lugar o projeto, ressalvados os destaques dele re-

queridos e as emendas;II – a votação do projeto, salvo deliberação do Plenário, será em globo, podendo

a Presidência dividir a proposição, quando conveniente;III – a votação das emendas que tenham pareceres concordantes de todas as

comissões será feita em grupos, segundo o sentido dos pareceres, ressalvados os destaques; as demais e as destacadas serão votadas uma a uma, classificadas segundo a ordem estabelecida no art. 246, II;

IV – no grupo das emendas de parecer favorável incluem-se as de comissão, quando sobre elas não haja manifestação em contrário de outra;

V – serão incluídas no grupo das emendas de parecer contrário aquelas sobre as quais se tenham manifestado pela rejeição as comissões competentes para o exame do mérito, embora consideradas constitucionais;

VI – as emendas com subemendas serão votadas uma a uma, salvo delibera-ção do Plenário, mediante proposta de qualquer Senador ou comissão; aprovado o grupo, serão consideradas aprovadas as emendas com modificações constantes das respectivas subemendas;

VII – a emenda com subemenda, quando votada sepa radamente, sê-lo-á an-tes e com ressalva desta, exceto nos seguintes casos, em que a subemenda terá precedência:

a) se for supressiva;b) se for substitutiva de todo o texto da emenda;c) se for substitutiva de artigo da emenda e a votação desta se fizer por artigo;VIII – o Plenário poderá conceder, a requerimento de qualquer Senador, que a

votação das emendas se faça destacadamente, ou uma a uma;IX – serão votadas, destacadamente, as emendas com parecer no sentido de

constituírem projeto em separado;X – quando, Ao mesmo dispositivo, forem apresentadas várias emendas da

mesma natureza, terão prefe rência:a) as de comissões sobre as de Plenário;b) dentre as de comissões, a da que tiver maior competência para se manifestar

sobre a matéria;XI – o dispositivo, destacado do projeto para votação em separado, precederá,

na votação, as emendas e independerá de parecer;XII – se a votação do projeto se fizer separadamente em relação a cada artigo,

o texto deste será votado antes das emendas a ele correspondentes, salvo se forem supressivas ou substitutivas;

XIII – terá preferência para votação o substitutivo que tiver pareceres favoráveis de todas as comissões, salvo se o Plenário deliberar noutro sentido;

XIV – havendo mais de um substitutivo, a precedência será regulada pela ordem inversa de sua apresentação, ressalvado o disposto no inciso X, em relação aos das comissões;

XV – o substitutivo integral, salvo deliberação em contrário, será votado em globo;XVI – aprovado o substitutivo integral, ficam prejudicados o projeto e as emen-

das a ele oferecidas;XVII – anunciada a votação de dispositivo ou emenda destacada, se o autor do

requerimento de destaque não pedir a palavra para encaminhá-la, considerar-se-á como tendo o Plenário concordado com o parecer da comissão, tomando a matéria destacada a sorte das demais constantes do grupo a que pertencer;

115

XVIII – não será submetida a votos emenda declarada inconstitucional ou in-jurídica pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, salvo se, não sendo unânime o parecer, o requererem líderes que representem, no mínimo, a maioria da composição do Senado.

Art.301. A rejeição do projeto prejudica as emendas a ele oferecidas.Art.302. A rejeição do art. 1º do projeto, votado artigo por artigo, prejudica os

demais quando eles forem uma consequência daquele.Art.303. A votação não se interrompe senão por falta de quorum e, observado

o disposto nos arts. 178 e 179, pelo término da sessão.Art.304. Ocorrendo falta de número para as deliberações, passar-se-á à ma-

téria em discussão.Parágrafo único. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de

número, a Presidência poderá, no caso de figurar na Ordem do Dia matéria que pela sua relevância o justifique, suspender a sessão por prazo não superior a uma hora, ou conceder a palavra a Senador que dela queira fazer uso.

Art.305. Sobrevindo, posteriormente, a existência de número, voltar-se-á à matéria em votação, interrompendo-se o orador que estiver na tribuna, salvo se estiver discutindo proposição em regime de urgência e a matéria a votar estiver em tramitação normal.

Art.306. Nenhum Senador presente à sessão poderá escusar-se de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha interesse pessoal, devendo declarar o impedimento antes da votação e sendo a sua presença compu tada para efeito de quorum.

Art.307. Em caso de votação secreta, havendo empate, proceder-se-á a nova votação; persistindo o empate, a votação será renovada na sessão seguinte ou nas subsequentes, até que se dê o desempate.

SubseçãoVDoEncaminhamentodaVotação

Art.308. Anunciada a votação de qualquer matéria, é lícito ao Senador usar da palavra por cinco minutos para encaminhá-la.

Art.309. O encaminhamento é medida preparatória da votação; a votação só se considera iniciada após o término do encaminhamento.

Art.310. Não terão encaminhamento de votação as eleições e os seguintes requerimentos:

I – de permissão para falar sentado;II – de prorrogação do tempo da sessão;III – de prorrogação de prazo para apresentação de parecer;IV – de dispensa de interstício e prévia distribuição de avulsos para inclusão de

determinada matéria em Ordem do Dia;V – de dispensa de publicação de redação final para sua imediata apreciação;VI – de Senador, solicitando de órgão estranho ao Senado a remessa de do-

cumentos;VII – de comissão ou Senador, solicitando informações oficiais;VIII – de comissão ou Senador, solicitando a publi cação, no diário do senado

Federal, de informações oficiais;IX – de licença de Senador;

116

X – de remessa a determinada comissão de matéria despachada a outra;XI – de destaque de disposição ou emenda.Parágrafo único. O encaminhamento de votação de requerimento é limitado ao

signatário e a um representante de cada partido ou bloco parlamentar, salvo nas homenagens de pesar.

SubseçãoVIDaPreferência

Art.311. Conceder-se-á preferência, mediante deliberação do Plenário:I – de proposição sobre outra ou sobre as demais da Ordem do Dia;II – de emenda ou grupo de emendas sobre as demais oferecidas à mesma

proposição ou sobre outras referentes ao mesmo assunto;III – de projeto sobre o substitutivo (art. 300, XIII);IV – de substitutivo sobre o projeto (art. 300, XIII).Parágrafo único. A preferência deverá ser requerida:I – antes de anunciada a proposição sobre a qual deva ser concedida, na hi-

pótese do inciso I;II – até ser anunciada a votação, nas hipóteses dos incisos II, III e IV.

SubseçãoVIIDoDestaque

Art.312. O destaque de partes de qualquer proposição, bem como de emenda do grupo a que pertencer, pode ser concedido, mediante deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador, para:

I – constituir projeto autônomo, salvo quando a disposição a destacar seja de projeto da Câmara;

II – votação em separado;III – aprovação ou rejeição.Art.313. Permite-se destacar para votação, como emenda autônoma:I – parte de substitutivo, quando a votação se faça preferencialmente sobre o

projeto;II – parte de emenda;III – subemenda;IV – parte de projeto, quando a votação se fizer preferencialmente sobre o

substitutivo.Parágrafo único. O destaque só será possível quando o texto destacado possa

ajustar-se à proposição em que deva ser integrado e forme sentido completo.Art.314. Em relação aos destaques, obedecer-se-ão as seguintes normas:I – o requerimento deve ser formulado:a) até ser anunciada a proposição, se o destaque atingir algumas de suas partes;b) até ser anunciado o grupo das emendas, quando o destaque se referir a

qualquer delas;c) até ser anunciada a emenda, se o destaque tiver por fim separar algumas

de suas partes;II – não será permitido destaque de expressão cuja retirada inverta o sentido

da proposição ou a modifique substancialmente;III – concedido o destaque para votação em separado, submeter-se-á a votos,

primeiramente, a matéria principal e, em seguida, a destacada;

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IV – a votação de requerimento de destaque só envolve decisão sobre a parte a destacar se a finalidade do destaque for expressamente mencionada;

V – havendo retirada do requerimento de destaque, a matéria destacada voltará ao grupo a que pertencer;

VI – não se admitirá requerimento de destaque:a) para aprovação ou rejeição:1 – de dispositivo a que houver sido apresentada emenda;2 – de emendas que, regimentalmente, devam ser votadas separadamente;b) de emendas para constituição de grupos diferentes daqueles a que, regi-

mentalmente, pertençam;VII – destacada uma emenda, sê-lo-ão, automaticamente, as que com ela

tenham relação;VIII – o destaque para projeto em separado de dispositivo ou emenda pode,

também, ser proposto por comissão, em seu parecer;IX – a votação do requerimento de destaque para projeto em separado precederá

a deliberação sobre a matéria principal;X – o destaque para projeto em separado só pode ser submetido a votos se

a matéria a destacar for suscetível de constituir proposição de curso autônomo;XI – concedido o destaque para projeto em separado, o autor do requerimento

terá o prazo de dois dias úteis para oferecer o texto com que deverá tramitar o novo projeto;

XII – o projeto resultante de destaque terá a tramitação de proposição inicial. (Nr)

SubseçãoVIIIDoAdiamentodaVotação

Art.315. O adiamento da votação obedecerá aos mesmos princípios estabele-cidos para o adiamento da discussão (art. 279).

§ 1º O requerimento deverá ser apresentado e votado como preliminar ao ser anunciada a matéria.

§ 2º Não havendo número para a votação, o requerimento ficará sobrestado.

SubseçãoIXDaDeclaraçãodeVoto

Art.316. Proclamado o resultado da votação, é lícito ao Senador encaminhar à Mesa, para publicação, declaração de voto.

Parágrafo único. Não haverá declaração de voto se a deliberação for secreta, não se completar por falta de número ou não for suscetível de encaminhamento.

CAPÍTULOXIVDaRedaçãodoVencidoedaRedaçãofinal

Art.317. Terminada a votação, com a aprovação de substitutivo, o projeto irá à comissão competente a fim de redigir o vencido para o turno suplementar.

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Parágrafo único. A redação final dos projetos de lei da Câmara, destinados à sanção, será dispensada, salvo se houver vício de linguagem, defeito ou erro manifesto a corrigir.

Art.318. É privativo da comissão específica para o estudo da matéria, redigir o vencido e elaborar a redação final nos casos de:

I – reforma do Regimento Interno;II – proposta de emenda à Constituição;III – projeto de código ou sua reforma.Art.319. Nos projetos da Câmara emendados pelo Senado, a redação final limi-

tar-se-á às emendas destaca damente, não as incorporando ao texto da proposição.Art.320. Lida no Período do Expediente, a redação final ficará sobre a mesa

para oportuna inclusão em Ordem do Dia, após publicação no diário do senado Fe deral, distribuição em avulso e interstício regimental. (Resolução nº 35/2006)

Parágrafo único. Quando, no decorrer da sessão em que for aprovada a maté-ria, chegar à mesa a redação final respectiva, poderá o Plenário, por proposta do Presidente, permitir se proceda à sua leitura após o final da Ordem do Dia. (Nr)

Art.321. A discussão e a votação da redação final poderão ser feitas imedia-tamente após a leitura, desde que assim o delibere o Senado.

Art.322. Quando a redação final for de emendas do Senado a projeto da Câ-mara, não se admitirão emendas a dispositivo não emendado, salvo as de redação e as que decorram de emendas aprovadas.

Art.323. As emendas de redação dependem de parecer da comissão que houver elaborado a redação final, sem prejuízo do disposto no art. 234, pará-grafo único.

Art.324. Figurando a redação final na Ordem do Dia, se sua discussão for encerrada sem emendas ou retificações, será considerada definitivamente aprovada, sem votação, a não ser que algum Senador requeira seja submetida a votos.

CAPÍTULOXVDaCorreçãodeErro

Art.325. Verificada a existência de erro em texto aprovado e com redação definitiva, proceder-se-á da seguinte maneira:

I – tratando-se de contradição, incoerência, prejudicia lidade ou equívoco que importe em alteração do sentido do projeto, ainda não remetido à sanção ou à Câmara, o Presidente encaminhará a matéria à comissão competente para que proponha o modo de corrigir o erro, sendo a proposta examinada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania antes de submetida ao Plenário;

II – nas hipóteses do inciso I, quando a matéria tenha sido encaminhada à sanção ou à Câmara, o Presidente, após manifestação do Plenário, comunicará o fato ao Presidente da República ou à Câmara, remetendo novos autógrafos, se for o caso, ou solicitando a retificação do texto, mediante republicação da lei;

III – tratando-se de inexatidão material, devida a lapso manifesto ou erro grá-fico, cuja correção não importe em alteração do sentido da matéria, o Presidente adotará as medidas especificadas no inciso II, mediante ofício à Presidência da República ou à Câmara, dando ciência do fato, posteriormente, ao Plenário.

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Art.326. Quando, em autógrafo recebido da Câmara, for verificada a exis-tência de inexatidão material, lapso ou erro manifesto, não estando ainda a proposição aprovada pelo Senado, será sustada a sua apreciação para consulta à Casa de origem, cujos esclarecimentos serão dados a conhecer ao Senado, antes da votação, voltando a matéria às comissões para novo exame se do vício houver resultado alteração de sentido do texto.

Parágrafo único. Quando a comunicação for feita pela Câmara, proceder-se-á da seguinte maneira:

I – lida no Período do Expediente, será a comunicação encaminhada à co-missão em que estiver a matéria; (Resolução nº 35/2006)

II – se a matéria já houver sido examinada por outra comissão, a Presidência providenciará a fim de que a ela volte, para novo exame, antes do parecer do órgão em cujo poder se encontre;

III – ao ser a matéria submetida ao Plenário, o Presidente o advertirá do ocorrido;

IV – se a matéria já houver sido votada pelo Senado, a Presidência provi-denciará para que seja objeto de nova discussão, promovendo, quando neces-sário, a substituição dos autógrafos remetidos à Presidência da República ou à Câmara. (Nr)

Art.327. Quando, após a aprovação definitiva de projeto de lei originário do Senado, for nele verificada a existência de matéria que deva ser objeto de projeto de decreto legislativo ou de resolução, a Presidência providenciará, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, o desdobramento da proposição.

Parágrafo único. Seguir-se-á igual orientação quando se trate de projeto de decreto legislativo ou de resolução que contenha matéria de lei.

CAPÍTULOXVIDosAutógrafos

Art.328. A proposição, aprovada em definitivo pelo Senado, será encaminhada, em autógrafos, à sanção, à promulgação ou à Câmara, conforme o caso.

Art.329. Os autógrafos reproduzirão a redação final, aprovada pelo Plenário, ou o texto da Câmara, não emendado.

Art.330. O autógrafo procedente da Câmara ficará arquivado no Senado.Art.331. Quando a proposição originária da Câmara for emendada, será reme-

tida à Casa de origem, juntamente com os autógrafos referidos no art. 329, cópia autenticada do autógrafo procedente daquela Casa, salvo se houver segunda via, caso em que será devolvida.

CAPÍTULOXVIIDasProposiçõesdeLegislaturasAnteriores

Art.332. Ao final da legislatura serão arquivadas todas as proposições em tramitação no Senado, exceto: (resolução nº 17/2002) (Ver ato do presidente nº 97, de 2002)

I – as originárias da Câmara ou por ela revisadas; (resolução nº 17/2002)II – as de autoria de Senadores que permaneçam no exercício de mandato ou

que tenham sido reeleitos; (resolução nº 17/2002)

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III – as apresentadas por Senadores no último ano de mandato; (resolução nº 17/2002)

IV – as com parecer favorável das comissões; (resolução nº 17/2002)V – as que tratem de matéria de competência exclusiva do Congresso Nacional

(Const., art. 49); (resolução nº 17/2002)VI – as que tratem de matéria de competência privativa do Senado Federal

(Const., art. 52); (resolução nº 17/2002)VII – pedido de sustação de processo contra Senador em andamento no Supremo

Tribunal Federal (Const., art. 53, §§ 3º e 4º, EC nº 35/2001). (resolução nº 17/2002)§ 1º Em qualquer das hipóteses dos incisos do caput, será automaticamente

arquivada a proposição que se encontre em tramitação há duas legislaturas, salvo se requerida a continuidade de sua tramitação por 1/3 (um terço) dos Senadores, até 60 (sessenta) dias após o início da primeira sessão legislativa da legislatura seguinte ao arquivamento, e aprovado o seu desarquivamento pelo Plenário do Senado. (resolução nº 17/2002)

§ 2º Na hipótese do § 1º, se a proposição desarquivada não tiver a sua trami-tação concluída, nessa legislatura, será, Ao final dela, arquivada definitivamente. (Nr) (resolução nº 17/2002)

Art.333. (revogado) (resolução nº 17/2002)

CAPÍTULOXVIIIDaPrejudicialidade

Art.334. O Presidente, de ofício ou mediante consulta de qualquer Senador, declarará prejudicada matéria dependente de deliberação do Senado:

I – por haver perdido a oportunidade;II – em virtude de seu prejulgamento pelo Plenário em outra deliberação.§ 1º Em qualquer caso, a declaração de prejudicia lidade será feita em plenário,

incluída a matéria em Ordem do Dia, se nela não figurar quando se der o fato que a prejudique.

§ 2º Da declaração de prejudicialidade poderá ser interposto recurso ao Ple-nário, que deliberará ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

§ 3º Se a prejudicialidade, declarada no curso da votação, disser respeito a emenda ou dispositivo de matéria em apreciação, o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania será proferido oralmente.

§ 4º A proposição prejudicada será definitivamente arquivada.

CAPÍTULOXIXDoSobrestamentodoEstudodasProposições

Art.335. O estudo de qualquer proposição poderá ser sobrestado, tempora-riamente, a requerimento de comissão ou de Senador, para aguardar:

I – a decisão do Senado ou o estudo de comissão sobre outra proposição com ela conexa;

II – o resultado de diligência;III – o recebimento de outra proposição sobre a mesma matéria.Parágrafo único. A votação do requerimento, quando de autoria de Senador,

será precedida de parecer da comissão competente para o estudo da matéria.

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CAPÍTULOXXDaUrgência

(resolução nº 58/1989)

SeçãoIDisposiçõesGerais

Art.336. A urgência poderá ser requerida:I – quando se trate de matéria que envolva perigo para a segurança nacional

ou de providência para atender a calamidade pública;II – quando se pretenda a apreciação da matéria na segunda sessão delibera-

tiva ordinária subsequente à aprovação do requerimento; (resolução nº 150/1993)III – quando se pretenda incluir em Ordem do Dia matéria pendente de parecer.

(resolução nº 150/1993)Parágrafo único. As proposições referidas no art. 91, I e II, reservadas à com-

petência terminativa das comissões, não poderão ser apreciadas em regime de urgência, salvo se da decisão proferida houver recurso interposto por um décimo dos membros do Senado para discussão e votação da matéria pelo Plenário. (Nr) (resolução nº 13/1991)

Art.337. A urgência dispensa, durante toda a tra mi tação da matéria, interstí-cios, prazos e formalidades regimentais, salvo pareceres, quorum para deliberação e distribuição de cópias da proposição principal.

Art.338. A urgência pode ser proposta:I – no caso do art. 336, I, pela Mesa, pela maioria dos membros do Senado

ou líderes que representem esse número;II – no caso do art. 336, II, por dois terços da composição do Senado ou líderes

que representem esse número; (resolução nº 150/1993)III – no caso do art. 336, III, por um quarto da composição do Senado ou

líderes que representem esse número; (resolução nº 150/1993)IV – por comissão, nos casos do art. 336, II e III; (resolução nº 150/1993)V – pela Comissão de Assuntos Econômicos, quando se tratar de pedido de

autorização para realizar operações de crédito previstas nos arts. 28 e 33 da Resolução nº 43, de 2001. (Nr) (resolução nº 43/2001)

SeçãoIIDoRequerimentodeUrgência

Art.339. O requerimento de urgência será lido:I – no caso do art. 336, I, imediatamente, em qualquer fase da sessão, ainda

que com interrupção de discurso, discussão ou votação;II – nos demais casos, no Período do Expediente. (Resolução nº 35/2006)Art.340. O requerimento de urgência será submetido à deliberação do Ple-

nário:I – imediatamente, no caso do art. 336, I;II – após a Ordem do Dia, no caso do art. 336, II; (resolução nº 150/1993)III – na sessão deliberativa seguinte, incluído em Ordem do Dia, no caso do

art. 336, III. (Nr) (resolução nº 150/1993)

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Art.341. Não serão submetidos à deliberação do Plenário requerimentos de urgência: (resolução nº 150/1993)

I – nos casos do art. 336, II e III, antes da publicação dos avulsos da proposição respectiva; (resolução nº 150/1993)

II – em número superior a dois, na mesma sessão, não computados os casos do art. 336, I. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.342. No caso do art. 336, II, o requerimento de urgência será considerado prejudicado se não houver número para a votação. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.343. No encaminhamento da votação de requerimento de urgência, poderão usar da palavra, pelo prazo de cinco minutos, um dos signatários e um representante de cada partido ou de bloco parlamentar e, quando se tratar de requerimento de autoria de comissão, o seu Presidente e o relator da matéria para a qual foi a urgência requerida.

Art.344. A retirada de requerimento de urgência, obedecido, no que couber, o disposto no art. 256, é admissível mediante solicitação escrita:

I – do primeiro signatário, quando não se trate de requerimento de líderes;II – do Presidente da comissão, quando de autoria desta;III – das lideranças que o houverem subscrito.

SeçãoIIIDaApreciaçãodematériaUrgente

Art.345. A matéria para a qual o Senado conceda urgência será submetida ao Plenário: (resolução nº 150/1993)

I – imediatamente após a concessão da urgência, no caso do art. 336, I; (resolução nº 150/1993)

II – na segunda sessão deliberativa ordinária que se seguir à concessão da urgência, incluída a matéria na Ordem do Dia, no caso do art. 336, II; (resolução nº 150/1993)

III – na quarta sessão deliberativa ordinária que se seguir à concessão da ur-gência, na hipótese do art. 336, III. (resolução nº 150/1993)

Parágrafo único. Quando, nos casos do art. 336, II e III, encerrada a discussão, se tornar impossível o imediato início das deliberações, em virtude da complexi-dade da matéria, à Mesa será assegurado, para preparo da votação, prazo não superior a vinte e quatro horas. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.346. Os pareceres sobre as proposições em regime de urgência devem ser apresentados: (resolução nº 150/1993)

I – imediatamente, nas hipóteses do art. 336, I, podendo o relator solicitar prazo não excedente a duas horas; (resolução nº 150/1993)

II – quando a matéria for anunciada na Ordem do Dia, no caso do art. 336, II; (resolução nº 150/1993)

III – no prazo compreendido entre a concessão da urgência e o dia anterior ao da sessão em cuja Ordem do Dia deva a matéria figurar, quando se tratar de caso previsto no art. 336, III. (resolução nº 150/1993)

§ 1º O prazo a que se refere o inciso I será concedido sem prejuízo do pros-seguimento da Ordem do Dia.

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§ 2º O parecer será oral nos casos do art. 336, I, e, por motivo justificado, nas hipóteses do art. 336, II e III. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.347. Na discussão e no encaminhamento de votação das proposições em regime de urgência no caso do art. 336, I, só poderão usar da palavra, e por metade do prazo previsto para as matérias em tramitação normal, o autor da proposição e os relatores, além de um orador de cada partido. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.348. Encerrada a discussão de matéria em regime de urgência, com a apre-sentação de emendas, proceder-se-á da seguinte forma: (resolução nº 150/1993)

I – no caso do art. 336, I, os pareceres serão proferidos imediatamente, por relator designado pelo Presidente, que poderá pedir o prazo previsto no art. 346, I; (resolução nº 150/1993)

II – no caso do art. 336, II, os pareceres poderão ser proferidos imediatamente, ou, se a complexidade da matéria o indicar, no prazo de vinte e quatro horas, saindo, nesta hipótese, a matéria da Ordem do Dia, para nela figurar na sessão deliberativa ordinária subsequente; (resolução nº 150/1993)

III – no caso do art. 336, III, o projeto sairá da Ordem do Dia, para nela ser novamente incluído na quarta sessão deliberativa ordinária subsequente, devendo ser proferidos os pareceres sobre as emendas até o dia anterior ao da sessão em que a matéria será apreciada. (Nr) (resolução nº 150/1993)

Art.349. A realização de diligência, nos projetos em regime de urgência, só é permitida no caso do art. 336, III, e pelo prazo máximo de quatro sessões.

Parágrafo único. O requerimento pode ser apresentado até ser anunciada a votação. (Nr)

Art.350. O turno suplementar de matéria em regime de urgência será realizado imediatamente após a aprovação, em turno único, do substitutivo, podendo ser concedido o prazo de vinte e quatro horas para a redação do vencido, quando houver.

Art.351. A redação final de matéria em regime de urgência não depende de publicação e será submetida à deliberação do Senado:

I – no caso do art. 336, I, imediatamente após a apresentação, ainda que com interrupção de discussão ou votação;

II – nos demais casos, a juízo da Presidência, em qualquer fase da sessão.

SeçãoIVDaExtinçãodaUrgência

Art.352. Extingue-se a urgência:I – pelo término da sessão legislativa;II – nos casos do art. 336, II e III, até ser iniciada a votação da matéria, mediante

deliberação do Plenário. (resolução nº 150/1993)Parágrafo único. O requerimento de extinção de urgência pode ser formulado:

(resolução nº 150/1993)I – no caso do art. 336, II, pela maioria dos membros do Senado ou líderes que

representem esse número; (resolução nº 150/1993)II – no caso do art. 336, III, por um quarto da composição do Senado ou líderes

que representem esse número; (resolução nº 150/1993)III – nos casos do art. 336, II e III, pela comissão requerente. (Nr) (resolução

nº 150/1993)

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SeçãoVDaUrgênciaqueIndependedeRequerimento

Art.353. São consideradas em regime de urgência, independentemente de requerimento:

I – com a tramitação prevista para o caso do art. 336, I, matéria que tenha por fim:a) autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a per-

mitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente (Const., art. 49, II); (Ver Lei Complementar nº 90, de 1997)

b) aprovar o estado de defesa e a intervenção federal; autorizar o estado de sítio ou suspender qualquer dessas medidas (Const., art. 49, IV);

II – com a tramitação prevista para o caso do art. 336, II, a matéria que objetive autorização para o Presidente e o Vice-Presidente da República se ausentarem do País (Const., art. 49, III).

Parágrafo único. Terão, ainda, a tramitação prevista para o caso do art. 336, II, independentemente de requerimento, as proposições sujeitas a prazo, quando faltarem dez dias para o término desse prazo.

TÍTULOIXDASPROPOSIÇÕESSUjEITASADISPOSIÇÕESESPECIAIS

CAPÍTULOIDaPropostadeEmendaàConstituição

Art.354. A proposta de emenda à Constituição apresentada ao Senado será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros da Casa (Const., art. 60, § 2º);

§ 1º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir (Const., art. 60, § 4º):

I – a forma federativa de Estado;II – o voto direto, secreto, universal e periódico;III – a separação dos Poderes;IV – os direitos e garantias individuais.§ 2º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal,

de estado de defesa ou de estado de sítio (Const., art. 60, § 1º).Art.355. A proposta será lida no Período do Expe diente e publicada no diário

do senado Federal e em avulsos, para distribuição aos Senadores. (Nr) (reso-lução nº 35/2006)

Art.356. A proposta será despachada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que terá prazo de até trinta dias, contado da data do despacho da Presidência, para emitir parecer. (resolução nº 89/1992)

Parágrafo único. O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania que concluir pela apresentação de emenda deverá conter assinaturas de Senadores que, complementando as dos membros da Comissão, compreen dam, no mínimo, um terço dos membros do Senado. (Nr) (resolução nº 89/1992)

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Art.357. Cinco dias após a publicação do parecer no diário do senado Federal e sua distribuição em avulsos, a matéria poderá ser incluída em Ordem do Dia.

Art.358. Decorrido o prazo de que trata o art. 356 sem que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania haja proferido parecer, a proposta de emenda à Constituição será incluída em Ordem do Dia, para discussão, em primeiro turno, durante cinco sessões deliberativas ordinárias consecutivas. (resolução nº 89/1992) (Ver pareceres nºs 296, de 1991, e 525, de 2002)

§ 1º O parecer será proferido oralmente, em plenário, por relator designado pelo Presidente. (resolução nº 89/1992)

§ 2º Durante a discussão poderão ser oferecidas emendas assinadas por, no mínimo, um terço dos membros do Senado, desde que guardem relação direta e imediata com a matéria tratada na proposta. (Nr) (resolução nº 89/1992)

Art.359. Para exame e parecer das emendas, é assegurado à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania o mesmo prazo estabelecido no art. 356. (Nr) (resolução nº 89/1992)

Art.360. Lido o parecer no Período do Expediente, publicado no diário do senado Federal e distribuído em avulsos com a proposta e as emendas, a matéria poderá ser incluída em Ordem do Dia. (Nr) (Resolução nº 35/2006)

Art.361. Esgotado o prazo da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, proceder-se-á na forma do disposto no caput do art. 358 e em seu § 1º. (reso-lução nº 89/1992)

§ 1º Na sessão deliberativa ordinária que se seguir à emissão do parecer, a proposta será incluída em Ordem do Dia para votação em primeiro turno.

§ 2º Somente serão admitidos requerimentos que objetivem a votação em separado de partes da proposta ou de emendas. (resolução nº 89/1992)

§ 3º A deliberação sobre a proposta, as emendas e as disposições destacadas para votação em separado será feita pelo processo nominal. (Nr) (resolução nº 89/1992)

Art.362. O interstício entre o primeiro e o segundo turno será de, no mínimo, cinco dias úteis. (Nr)

Art.363. Incluída a proposta em Ordem do Dia, para o segundo turno, será aberto o prazo de três sessões deliberativas ordinárias para discussão, quando poderão ser oferecidas emendas que não envolvam o mérito. (Nr)

Art.364. Encerrada a discussão, em segundo turno, com apresentação de emendas, a matéria voltará à Comissão, para parecer em cinco dias improrrogá-veis, após o que será incluída em Ordem do Dia, em fase de votação.

Art.365. Aprovada, sem emendas, a proposta será remetida à Câmara dos Deputados; emendada, será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que terá o prazo de três dias para oferecer a redação final.

Art.366. A redação final, apresentada à Mesa, será votada, com qualquer número, independentemente de publicação.

Art.367. Considera-se proposta nova o substitutivo da Câmara a proposta de iniciativa do Senado.

Art.368. Na revisão do Senado à proposta da Câmara aplicar-se-ão as normas estabelecidas neste Título.

Art.369. Quando a aprovação da proposta for ultimada no Senado, será o fato comunicado à Câmara dos Deputados e convocada sessão para promul-gação da emenda (Const., art. 60, § 3º).

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Art.370. (revogado) (resolução nº 52/1990)Art.371. É vedada a apresentação de proposta que objetive alterar dispo-

sitivos sem correlação direta entre si.Art.372. Aplicam-se à tramitação da proposta, no que couber, as normas

estabelecidas neste Regimento para as demais proposições.Art.373. A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeita-

da ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (Const., art. 60, § 5º).

CAPÍTULOIIDosProjetosdeCódigo

Art.374. Na sessão em que for lido o projeto de código, a Presidência desig-nará uma comissão temporária para seu estudo, composta de onze membros, e fixará o calendário de sua tramitação, obedecidos os seguintes prazos e normas:

I – a comissão se reunirá até o dia útil seguinte à sua constituição, para eleger o Presidente e o Vice-Presidente, sendo, em seguida, designados um relator-geral e tantos relatores parciais quantos necessários;

II – ao projeto serão anexadas as proposições em curso ou as sobrestadas, que envolvam matéria com ele rela cionada;

III – perante a comissão, poderão ser oferecidas emendas, no prazo de vinte dias úteis, a contar da publicação do projeto no Diário do Senado Federal;

IV – encerrado o prazo para a apresentação de emendas, os relatores parciais encaminharão, dentro de dez dias úteis, Ao relator-geral, as conclusões de seus trabalhos;

V – o relator-geral terá o prazo de cinco dias úteis para apresentar, à comis-são, o parecer que será distribuído em avulsos, juntamente com o estudo dos relatores parciais e as emendas;

VI – a comissão terá cinco dias úteis para concluir o seu estudo e encaminhar à Mesa o parecer final sobre o projeto e as emendas;

VII – na comissão, a discussão da matéria obedecerá à divisão adotada para a designação dos relatores par ciais, podendo cada membro usar da palavra uma vez, por dez minutos, o relator parcial, duas vezes, por igual prazo, e o relator-geral, duas vezes, pelo prazo de quinze minutos;

VIII – as emendas e subemendas serão votadas, sem encaminhamento, em grupos, segundo o sentido dos pareceres, ressalvados os destaques requeridos pelo autor, com apoiamento de, pelo menos, cinco membros da comissão ou por líder;

IX – publicado o parecer da comissão e distribuídos os avulsos, será o projeto incluído, com exclusividade, em Ordem do Dia, obedecido o interstício regimental;

X – a discussão, em plenário, far-se-á sobre o projeto e as emendas, em um único turno, podendo o relator-geral usar da palavra sempre que for necessário, ou delegá-la ao relator parcial;

XI – a discussão poderá ser encerrada mediante autorização do Plenário, a requerimento de líder, depois de debatida a matéria em três sessões delibera-tivas conse cutivas;

XII – encerrada a discussão, passar-se-á à votação, sendo que os destaques só poderão ser requeridos por líder, pelo relator-geral ou por vinte Senadores;

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XIII – aprovado com ou sem emendas, o projeto voltará à comissão para a redação final, que deverá ser apresentada no prazo de cinco dias úteis;

XIV – publicada e distribuída em avulsos, a redação final será incluída em Ordem do Dia, obedecido o in ters tício regimental;

XV – não se fará tramitação simultânea de projetos de código;XVI – os prazos previstos neste artigo poderão ser aumentados até o quádruplo,

por deliberação do Plenário, a requerimento da comissão.Parágrafo único. As disposições deste artigo serão aplicáveis exclusivamente

aos projetos de código elaborados por juristas, comissão de juristas, comissão ou subcomissão especialmente criada com essa finalidade, e que tenham sido antes amplamente divulgados. (Nr)

CAPÍTULOIIIDosProjetoscomTramitação

UrgenteEstabelecidaPelaConstituição

Art.375. Nos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, quando sujeitos à tramitação urgente (Const., art. 64, § 1º) e nos casos de apreciação de atos de outorga ou renovação de concessão, permissão ou autorização para serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens (Const., art. 223, § 2º) (Ver resolução nº 39, de 1992, e pareceres nºs 252, de 1993, e 34, de 2003), proceder-se-á da seguinte forma: (resolução nº 1/1990)

I – o projeto será lido no Período do Expediente e distribuído às comissões competentes, somente podendo receber emendas na primeira comissão constante do despacho, pelo prazo de cinco dias; (Resolução nº 35/2006)

II – o projeto será apreciado, simultaneamente, pelas comissões, sendo feitas tantas autuações quantas forem necessárias;

III – as comissões deverão apresentar os pareceres até o vigésimo quinto dia contado do recebimento do projeto no Senado;

IV – publicado o parecer e distribuído em avulsos, decorrido o interstício regi-mental, o projeto será incluído em Ordem do Dia;

V – não sendo emitidos os pareceres no prazo fixado no inciso III, aplicar-se-á o disposto no art. 172, II, d;

VI – o adiamento de discussão ou de votação não poderá ser aceito por prazo superior a vinte e quatro horas;

VII – a redação final das emendas deverá ser apresentada em plenário no prazo máximo de quarenta e oito horas após a votação da matéria;

VIII – esgotado o prazo de quarenta e cinco dias contado do recebimento do projeto sem que se tenha concluída a votação, deverá ele ser incluído em Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação sobre as demais matérias, até que se ultime a sua votação (Const., art. 64, § 2º). (Nr)

CAPÍTULOIVDosProjetosReferentesaAtosInternacionais(Const.,art.49,I)

Art.376. O projeto de decreto legislativo referente a atos internacionais terá a seguinte tramitação:

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I – só terá iniciado o seu curso se estiver acompanhado de cópia autenticada do texto, em português, do ato internacional respectivo, bem como da mensagem de encaminhamento e da exposição de motivos;

II – lido no Período do Expediente, será o projeto publicado e distribuído em avulsos, acompanhado dos textos referidos no inciso I e despachado à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional; (Resolução nº 35/2006)

III – perante a Comissão, nos cinco dias úteis subsequentes à distribuição de avulsos, poderão ser oferecidas emendas; a Comissão terá, para opinar sobre o projeto, e emendas, o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período;

IV – publicados o parecer e as emendas e distribuídos os avulsos, decorrido o interstício regimental, a matéria será incluída em Ordem do Dia;

V – não sendo emitido o parecer, conforme estabelece o inciso III, aplicar-se-á o disposto no art. 172, II, c. (Nr)

TÍTULOXDASATRIBUIÇÕESPRIVATIVAS

CAPÍTULOIDofuncionamentocomoórgãojudiciário

(Ver Lei nº 1.079, de 1950)

Art.377. Compete privativamente ao Senado Fe deral (Const., art. 52, I e II);I – processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República, nos cri-

mes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (emenda Constitucional nº 23, de 1999)

II – processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União, nos crimes de responsabilidade. (emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o Senado funcionará sob a presidência do Presidente do Supremo Tribunal Federal (Const., art. 52, parágrafo único). (Nr)

Art.378. Em qualquer hipótese, a sentença condena tória só poderá ser proferida pelo voto de dois terços dos membros do Senado, e a condenação limitar-se-á à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das sanções judiciais cabíveis (Const., art. 52, parágrafo único).

Art.379. Em todos os trâmites do processo e julgamento serão observadas as normas prescritas na lei reguladora da espécie.

Art.380. Para julgamento dos crimes de responsabilidade das autoridades indicadas no art. 377, obedecer-se-ão as seguintes normas:

I – recebida pela Mesa do Senado a autorização da Câmara para instauração do processo, nos casos previstos no art. 377, I, ou a denúncia do crime, nos de-mais casos, será o documento lido no Período do Expediente da sessão seguinte; (Resolução nº 35/2006)

II – na mesma sessão em que se fizer a leitura, será eleita comissão, constitu-ída por um quarto da composição do Senado, obedecida a proporcionalidade das

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representações partidárias ou dos blocos parlamentares, e que ficará responsável pelo processo;

III – a comissão encerrará seu trabalho com o fornecimento do libelo acusatório, que será anexado ao processo e entregue ao Presidente do Senado Federal, para remessa, em original, Ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, com a comuni-cação do dia designado para o julgamento;

IV – o Primeiro-Secretário enviará ao acusado cópia autenticada de todas as peças do processo, inclusive do libelo, intimando-o do dia e hora em que deverá comparecer ao Senado para o julgamento;

V – estando o acusado ausente do Distrito Federal, a sua intimação será soli-citada pelo Presidente do Senado ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado em que ele se encontre;

VI – servirá de escrivão um funcionário da Secretaria do Senado designado pelo Presidente do Senado. (Nr)

Art.381. Instaurado o processo, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções (Const., art. 86, § 1º, II).

Parágrafo único. Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente da República, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo (Const., art. 86, § 2º).

Art.382. No processo e julgamento a que se referem os arts. 377 a 381 aplicar-se-á, no que couber, o disposto na Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950.

CAPÍTULOIIDaEscolhadeAutoridades(Const.,Art.52,IIIeIV)

(Ver Leis Complementares nos 75, de 1993, e 80, de 1994; Leis nos 6.385, de 1976, 8.443, de 1992, 8.884, de 1994, 9.427, 9.472 e 9.478, de 1997, 9.615, de 1998, 9.782 e 9.883, de 1999, 9.961, 9.984 e 9.986, de 2000, 10.233, de 2001, e 11.182, de 2005; Medida Provisória nos 2.228‑1, de 2001; Decretos Legislati-vos nos 6, de 1993, 18, de 1994, e 7, de 1995; e Decretos nos 91.961, de 1985,

e 2.338, de 1997)

Art.383. Na apreciação do Senado sobre escolha de autoridades, obser-var-se-ão as seguintes normas:

I – a mensagem, que deverá ser acompanhada de amplos esclarecimentos sobre o candidato e de seu curriculum vitae, será lida em plenário e encaminhada à comissão competente;

II – a comissão convocará o candidato para, em prazo estipulado, não inferior a três dias, ouvi-lo, em arguição pública, sobre assuntos pertinentes ao desempenho do cargo a ser ocupado (Const., art. 52, III);

III – a arguição de candidato a chefe de missão diplomática de caráter perma-nente será feita em reunião secreta (Const., art. 52, IV);

IV – além da arguição do candidato e do disposto no art. 93, a comissão po-derá realizar investigações e requisitar, da autoridade competente, informações complementares;

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V – o relatório deverá conter dados sobre o candidato, passando a constituir parecer com o resultado da votação, aprovando ou rejeitando o nome indicado; (resolução nº 13/1991)

VI – a reunião será pública, sendo a votação procedida por escrutínio secreto, vedadas declaração ou justificação de voto, exceto com referência ao aspecto legal; (resolução nº 13/1991)

VII – o parecer será apreciado pelo Plenário em sessão pública, sendo a votação procedida por escrutínio secreto;

VIII – a manifestação do Senado será comunicada ao Presidente da República, consignando-se o resultado da votação.

Parágrafo único. A manifestação do Senado e das comissões sobre escolha de chefe de missão diplomática de caráter permanente será procedida em sessão e reunião secretas (Const. art. 52, IV). (Nr)

Art.384. A eleição dos membros do Conselho da República será feita mediante lista sêxtupla elaborada pela Mesa, ouvidas as lideranças com atuação no Senado. (Ver Lei nº 8.041, de 1990)

§ 1º Proceder-se-á à eleição por meio de cédulas uninominais, considerando-se eleito o indicado que obtiver a maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membros do Senado.

§ 2º Eleito o primeiro representante do Senado, proceder-se-á à eleição do segundo, dentre os cinco indicados restantes, obedecido o mesmo critério previsto no § 1º.

§ 3º Se, na primeira apuração, nenhum dos indicados alcançar maioria de votos, proceder-se-á a nova votação, e, se mesmo nesta, aquele quorum não for alcan-çado, a eleição ficará adiada para outra sessão, a ser convocada pela Presidência e, assim, sucessivamente.

§ 4º No processamento da eleição, aplicar-se-ão, no que couber, as normas regimentais que dispuserem sobre escolha de autoridades.

§ 5º À eleição dos suplentes, previstos na Lei nº 8.041, de 5 de junho de 1990, aplica-se o disposto neste artigo.

Art.385. A mensagem do Presidente da República solicitando autorização para destituir o Procurador-Geral da República, uma vez lida em plenário, será distribuída, para apresentação de parecer, à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. (Ver Lei Complementar nº 75, de 1993)

Parágrafo único. Aplicar-se-á na tramitação da mensagem, no que couber, o dis-posto para escolha de autoridades, sendo que a destituição somente se efetivará se aprovada pela maioria absoluta de votos.

CAPÍTULOIIIDaSuspensãodaExecuçãode

LeiInconstitucional (Const.,Art.52,X)

Art.386. O Senado conhecerá da declaração, proferida em decisão definitiva pelo Supremo Tribunal Fe deral, de inconstitucionalidade total ou parcial de lei mediante:

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I – comunicação do Presidente do Tribunal;II – representação do Procurador-Geral da Repú blica;III – projeto de resolução de iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça

e Cidadania.Art.387. A comunicação, a representação e o projeto a que se refere o art. 386

deverão ser instruídos com o texto da lei cuja execução se deva suspender, do acórdão do Supremo Tribunal Federal, do parecer do Procurador-Geral da Re-pública e da versão do registro taquigráfico do julgamento.

Art.388. Lida em plenário, a comunicação ou representação será encaminha-da à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, que formulará projeto de resolução suspendendo a execução da lei, no todo ou em parte.

CAPÍTULOIVDasAtribuiçõesPrevistasnosArts.52e155daConstituição

SeçãoIDaAutorizaçãoparaOperaçõesExternasdeNaturezafinanceira

(Ver resoluções nos 50, 1993, e 23, de 1996)

Art.389. O Senado apreciará pedido de autorização para operações ex-ternas, de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (Const., art. 52, V), instruído com:

I – documentos que o habilitem a conhecer, perfeitamente, a operação, os recursos para satisfazer os compromissos e a sua finalidade;

II – publicação oficial com o texto da autorização do Legislativo competente;III – parecer do órgão competente do Poder Exe cutivo.Parágrafo único. É lícito a qualquer Senador encaminhar à Mesa documento

destinado a complementar a instrução ou o esclarecimento da matéria.Art.390. Na tramitação da matéria de que trata o art. 389, obedecer-se-ão

as seguintes normas:I – lida no Período do Expediente, a matéria será encaminhada à Comissão

de Assuntos Econômicos, a fim de ser formulado o respectivo projeto de reso-lução, concedendo ou negando a medida pleiteada; (Resolução nº 35/2006)

II – a resolução, uma vez promulgada, será enviada, em todo o seu teor, à entidade interessada e ao órgão a que se refere o art. 389, III, devendo constar do instrumento da operação. (Nr)

Art.391. Qualquer modificação nos compromissos originariamente assu-midos dependerá de nova autorização do Senado.

Art.392. O disposto nos arts. 389 a 391 aplicar-se-á, também, Aos casos de aval da União, Estado, Distrito Federal ou Município, para a contratação de empréstimo externo por entidade autárquica subordinada ao Governo Federal, Estadual ou Municipal.

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SeçãoIIDasAtribuiçõesEstabelecidasnoart.52,VI,

VII,VIIIeIX,daConstituição(Ver Lei Complementar nº 101, de 2000; Resoluções nos 96, de 1989, 17, de

1992, 50, de 1993, 41, de 1999, e 40 e 43, de 2001)

Art.393. Compete ao Senado:I – fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Const., art. 52, VI);II – dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito

externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal (Const., art. 52, VII);

III – dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno (Const., art. 52, VIII);

IV – estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mo-biliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Const., art. 52, IX).

Parágrafo único. As decisões do Senado quanto ao disposto neste artigo terão forma de resolução tomada por iniciativa:

I – da Comissão de Assuntos Econômicos, nos casos dos incisos II, III e IV do caput;

II – da Comissão de Assuntos Econômicos, por proposta do Presidente da República, no caso do inciso I do caput.

SeçãoIIIDasAtribuiçõesRelativasàCompetência

TributáriaDosEstadosedoDistritofederal(Ver resoluções nos 22, de 1989, 9,

de 1992, e 95, de 1996)

Art.394. Ao Senado Federal, no que se refere à competência tributária dos Estados e do Distrito Federal, compete:

I – fixar alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (Const., art. 155, § 1º, IV);

II – estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação (Const., art. 155, § 2º, IV);

III – estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas (Const., art. 155, § 2º, V, a);

IV – fixar alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito es-pecífico que envolva interesse de Estados e do Distrito Federal (Const., art. 155, § 2º, V, b).

Parágrafo único. As decisões do Senado Federal, quanto ao disposto neste artigo, terão forma de resolução tomada por iniciativa:

I – da Comissão de Assuntos Econômicos, no caso do inciso I do caput;II – do Presidente da República ou de um terço dos membros do Senado, no

caso do inciso II do caput, e aprovação por maioria absoluta de votos;

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III – de um terço dos membros do Senado Federal, no caso do inciso III do caput, e aprovação por maioria absoluta de votos;

IV – da maioria absoluta dos membros do Senado Federal, no caso do inciso IV do caput, e aprovação por dois terços da composição da Casa.

SeçãoIVDisposiçõesGerais

Art.395. As matérias a que se referem os arts. 393 e 394 terão a tramitação regimental prevista para os demais projetos de resolução.

Art.396. O Senado Federal remeterá o texto da resolução a que se referem os arts. 389 a 394 ao Presidente da República, Aos Governadores, às Assembleias Legis lativas, à Câmara Legislativa do Distrito Federal e aos Prefeitos e Câmaras de Vereadores dos Municípios interessados, com a indicação da sua publicação no diário do senado Federal e no Diário Oficial da União.

TÍTULOXIDACONVOCAÇÃOEDOCOmPARECImENTO

DEmINISTRODEESTADO

Art.397. O Ministro de Estado comparecerá perante o Senado:I – quando convocado, por deliberação do Plenário, mediante requerimento de

qualquer Senador ou comissão, para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado (Const., art. 50, caput);

II – quando o solicitar, mediante entendimento com a Mesa, para expor assunto de relevância de seu Ministério (Const., art. 50, § 1º).

§ 1º O Ministro de Estado comparecerá, ainda, perante comissão, quando por ela convocado ou espontaneamente, para expor assunto de relevância de seu Ministério (Const., art. 50, caput e § 1º, e art. 58, § 2º, III).

§ 2º Sempre que o Ministro de Estado preparar exposição, por escrito, deverá encaminhar o seu texto ao Presidente do Senado, com antecedência mínima de três dias, para prévio conhecimento dos Senadores.

Art.398. Quando houver comparecimento de Ministro de Estado perante o Senado, adotar-se-ão as seguintes normas:

I – nos casos do inciso I do art. 397, a Presidência oficiará ao Ministro de Esta-do, dando-lhe conhecimento da convocação e da lista das informações desejadas, a fim de que declare quando comparecerá ao Senado, no prazo que lhe estipular, não superior a trinta dias;

II – nos casos do inciso II do art. 397, a Presidência comunicará ao Plenário o dia e a hora que marcar para o comparecimento;

III – no plenário, o Ministro de Estado ocupará o lugar que a Presidência lhe indicar;

IV – será assegurado o uso da palavra ao Ministro de Estado na oportunidade combinada, sem embargo das inscrições existentes;

V – a sessão em que comparecer o Ministro de Estado será destinada exclusi-vamente ao cumprimento dessa finalidade;

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VI – se, entretanto, o Ministro desejar falar ao Senado no mesmo dia em que o solicitar, ser-lhe-á assegurada a oportunidade após as deliberações da Ordem do Dia;

VII – se o tempo normal da sessão não permitir que se conclua a exposição do Ministro de Estado, com a correspondente fase de interpelações, será ela prorrogada ou se designará outra sessão para esse fim;

VIII – o Ministro de Estado ficará subordinado às normas estabelecidas para o uso da palavra pelos Senadores;

IX – o Ministro de Estado só poderá ser aparteado na fase das interpelações desde que o permita;

X – terminada a exposição do Ministro de Estado, que terá a duração de meia hora, abrir-se-á a fase de interpelação, pelos Senadores inscritos, dentro do as-sunto tratado, dispondo o interpelante de cinco minutos, assegurado igual prazo para a resposta do interpelado, após o que poderá este ser contraditado pelo prazo máximo de dois minutos, concedendo-se ao Ministro de Estado o mesmo tempo para a tréplica;

XI – a palavra aos Senadores será concedida na ordem de inscrição, interca-lando-se oradores de cada par tido;

XII – ao Ministro de Estado é lícito fazer-se acompanhar de assessores, Aos quais a Presidência designará lugares próximos ao que ele deva ocupar, não lhes sendo permitido interferir nos debates.

Art.399. Na hipótese de não ser atendida convocação feita de acordo com o disposto no art. 397, I, o Presidente do Senado promoverá a instauração do pro-cedimento legal cabível ao caso.

Art.400. O disposto nos arts. 397 a 399 aplica-se, quando possível, Aos casos de comparecimento de Ministro a reunião de comissão.

Art.400-A. Aplica-se o disposto neste Título, no que couber, Ao compareci-mento ao Senado de titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República (Const., art. 50). (decorrente da emenda Constitucional de revisão nº 2, de 1994)

TÍTULOXIIDAALTERAÇÃOOUREfORmA

DOREGImENTOINTERNO

Art.401. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por projeto de resolução de iniciativa de qualquer Senador, da Comissão Diretora ou de comissão temporária para esse fim criada, em virtude de deliberação do Senado, e da qual deverá fazer parte um membro da Comissão Diretora.

§ 1º Em qualquer caso, o projeto, após publicado e distribuído em avulsos, ficará sobre a mesa durante cinco dias úteis a fim de receber emendas.

§ 2º Decorrido o prazo previsto no § 1º, o projeto será enviado:I – à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em qualquer caso;II – à comissão que o houver elaborado, para exame das emendas, se as

houver recebido;

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III – à Comissão Diretora, se de autoria individual de Senador.§ 3º Os pareceres das comissões serão emitidos no prazo de dez dias úteis,

quando o projeto for de simples modificação, e no de vinte dias úteis, quando se tratar de reforma.

§ 4º Aplicam-se à tramitação do projeto de alteração ou reforma do Regimento as normas estabelecidas para os demais projetos de resolução.

§ 5º A redação final do projeto de reforma do Regimento Interno compete à comissão que o houver elaborado e o de autoria individual de Senador, à Comissão Diretora. (Nr)

Art.402. A Mesa fará, Ao fim de cada legislatura, consolidação das modificações feitas no Regimento.

Parágrafo único. Na consolidação, a Mesa poderá, sem modificação de mérito, alterar a ordenação das matérias e fazer as correções de redação que se tornarem necessárias.

TÍTULOXIIIDAqUESTÃODEORDEm

Art.403. Constituirá questão de ordem, suscitável em qualquer fase da sessão, pelo prazo de cinco minutos, qualquer dúvida sobre interpretação ou aplicação deste Regimento.

Parágrafo único. Para contraditar questão de ordem é permitido o uso da palavra a um só Senador, por prazo não excedente ao fixado neste artigo.

Art.404. A questão de ordem deve ser objetiva, indicar o dispositivo regimental em que se baseia, referir-se a caso concreto relacionado com a matéria tratada na ocasião, não podendo versar sobre tese de natureza doutrinária ou especulativa.

Art.405. A questão de ordem será decidida pelo Presidente, com recurso para o Plenário, de ofício ou me diante requerimento, que só será aceito se formulado ou apoiado por líder.

Art.406. Considera-se simples precedente a decisão sobre questão de ordem, só adquirindo força obrigatória quando incorporada ao Regimento.

Art.407. Nenhum Senador poderá falar, na mesma sessão, sobre questão de ordem já resolvida pela Presidência.

Art.408. Havendo recurso para o Plenário, sobre decisão da Presidência em questão de ordem, é lícito a esta solicitar a audiência da Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania sobre a matéria, quando se tratar de interpretação de texto constitucional.

§ 1º Solicitada a audiência, fica sobrestada a decisão.§ 2º O parecer da Comissão deverá ser proferido no prazo de dois dias úteis,

após o que, com ou sem parecer, será o recurso incluído em Ordem do Dia para deliberação do Plenário.

§ 3º Quando se tratar de questão de ordem sobre matéria em regime de ur-gência nos termos do art. 336, I, ou com prazo de tramitação, o parecer deverá ser proferido imediatamente, podendo o Presidente da comissão ou o relator solicitar prazo não excedente a duas horas. (Nr) (resolução nº 150/1993)

136

TÍTULOXIVDOSDOCUmENTOSRECEBIDOS

Art.409. As petições, memoriais, representações ou outros documentos enviados ao Senado serão recebidos pelo Serviço de Protocolo e, segundo a sua natureza, despachados às comissões competentes ou arquivados, depois de lidos em plenário, quando o merecerem, a juízo da Presidência.

Art.410. Não serão recebidas petições e representações sem data e as-sinaturas ou em termos desrespeitosos, podendo as assinaturas, a juízo da Presidência, ser reconhecidas.

Art.411. O Senado não encaminhará à Câmara ou a outro órgão do poder público documento compreendido no art. 409.

TÍTULOXVDOSPRINCÍPIOSGERAISDOPROCESSOLEGISLATIVO

(Resolução nº 6/1992)

Art.412. A legitimidade na elaboração de norma legal é assegurada pela observância rigorosa das disposições regimentais, mediante os seguintes prin-cípios básicos: (Resolução nº 6/1992)

I – a participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades legislativas, respeitados os limites regimentais; (Resolução nº 6/1992)

II – modificação da norma regimental apenas por norma legislativa com-petente, cumpridos rigorosamente os procedimentos regimentais; (resolução nº 6/1992)

III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão de Plenário, exceto quando tomada por unanimidade mediante voto nominal, resguardado o quorum mínimo de três quintos dos votos dos membros da Casa; (Resolução nº 35/2006)

IV – nulidade de qualquer decisão que contrarie norma regimental; (re-solução nº 6/1992)

V – prevalência de norma especial sobre a geral; (Resolução nº 6/1992)VI – decisão dos casos omissos de acordo com a analogia e os princípios

gerais de Direito; (Resolução nº 6/1992)VII – preservação dos direitos das minorias; (Resolução nº 6/1992)VIII – definição normativa, a ser observada pela Mesa em questão de ordem

decidida pela Presidência; (Resolução nº 6/1992)IX – decisão colegiada, ressalvadas as competências específicas estabele-

cidas neste Regimento; (Resolução nº 6/1992)X – impossibilidade de tomada de decisões sem a observância do quorum

regimental estabelecido; (Resolução nº 6/1992)XI – pauta de decisões feita com antecedência tal que possibilite a todos os

Senadores seu devido conhecimento; (Resolução nº 6/1992)XII – publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos específicos

previstos neste Regimento; (Resolução nº 6/1992)XIII – possibilidade de ampla negociação política somente por meio de pro-

cedimentos regimentais previstos. (NR) (Resolução nº 6/1992)Art.413. A transgressão a qualquer desses princí pios poderá ser denunciada,

mediante questão de ordem, nos termos do disposto no art. 404. (resolução nº 6/1992)

137

Parágrafo único. Levantada a questão de ordem referida neste artigo, a Pre-sidência determinará a apuração imediata da denúncia, verificando os fatos pertinentes, mediante consulta aos registros da Casa, notas taquigrá ficas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis. (resolução nº 6/1992)

qUADROCOmPARATIVODASALTERAÇÕESINTRODUzIDASNOREGImENTOINTERNODOSENADOfEDERAL,EmRAzÃODACONSOLIDAÇÃOEfETUADAAOfINALDA52ªLEGISLATURA(jANEIRO/2007)

TEXTOCONSOLIDADOEmjANEIRODE2003

TEXTOCONSOLIDA-DOEmjANEIRODE2007

OBSERVAÇÕES

Art.2º, I – anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro, durante as sessões legislativas ordinárias, observado o dispos-to no art.57, § 1º, da Consti-tuição (Const., art.57, caput);

I – anualmente, de 2defevereiro a 17de julhoede1ºdeagostoa 22de dezembro, durante as sessões legislativas ordinárias, observado o disposto no art.57, § 1º, da Constituição

Emenda Constitu-cionalnº 50/2006Res. 42/2006

Art.7ºPor ocasião da posse, o Senador ou Suplente convo-cado comunicará à Mesa, por escrito, o nome parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa e a sua filiação partidária.

Art.7º... e a sua filiação partidária, observandoo disposto no art. 78,parágrafoúnico.

Res. 35/2006

Art.9º, IV – frequentar o edifício do Senado e as respectivas de-pendências, só ou acompanha-do de outras pessoas, vedado a estas ingresso ao plenário durante as sessões e aos locais privativos dos Senadores;

IV – frequentar o edifício do Senado e as respecti-vas dependências, só ou acompanhado, vedadoao acompanhanteo in-gresso no plenário, duran-te as sessões, e nos locais privativos dos Senadores;

Art.402 (redação)

Art.14, I – nos sessenta mi-nutos que antecedem a Ordem do Dia, por vinte minutos;II – se líder:

I – nos cento e vinteminutos que antece-dem a Ordem do Dia, por dezminutos, nassessõesdeliberativas,e por vinteminutos,nassessõesnãodeli-berativas;II – se líder, umavezporsessão:

Res. 35/2006

Res. 35/2006

138

a) por cinco minutos, em qualquer fase da sessão, ex-cepcionalmente, para comu-nicação urgente de interesse partidário;

IVV

VIVII – para comunicação inadiá-vel, manifes-tação de aplauso ou semelhante, justificaçãodeproposição, uma só vez, por cinco minutos;VIIIIX – após a Ordem do Dia, pelo prazo de cinquenta mi-nutos, para as considerações que entender (art.176);X, b

XI

a) por cinco minutos, em qualquer fase da sessão, excetoduranteaOrdemdoDia, para comunicação urgente de interesse partidário; ouIV – (acréscimo) – nadiscussão da propo-sição em regime deurgência(art.336),umasóvez,pordezminu-tos, limitadaapalavraa cinco Senadores ecincocontra;VVIVII – (acréscimo) – noencaminha-mento devotaçãodeproposiçãoem regime de urgên-cia (art. 336), uma sóvez,porcincominutos,o relatordacomissãodeméritoeos líderesde partido ou blocoparlamentar ouSena-dores por eles desig-nados;VIIIIX– para comunicação inadiável, manifestação de aplauso ou seme-lhante, homenagem de pesar, uma só vez, por cinco minutos;XXI – após a Ordem do Dia, pelo prazo de vinteminutos, para as consi-derações que entender (art.176);XII, b, 7 – (acréscimo) – a uso da palavra porcincominutos;XIIIXIV – (acréscimo) – pordelegaçãodesualide-rança partidária, por

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art.402 (redação)Art.402 (redação)Res. 35/2006

Art.402 (redação)Res. 35/2006, com adequação reda-cional

Art.402 (redação)Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006Res. 35/2006

139

§ 1º ... em que se basear a concessão da palavra.

cincominutos,obser-vado o disposto naalíneaa doincisoIIdocaput edo§ 3º desteartigo.§ 1º ... em que se baseiapara a concessão da palavra.§§ 3º a 8º – (acrescidos pela Res. 35/2006)

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art. 15.Os prazos previstos no art.14 são improrrogáveis, não sendo lícito ao Senador utilizar-se do tempo destinado a outro, em acréscimo ao de que disponha.

Art.15.Os prazos pre-vistos no art.14 sópo-derãoserprorrogados,pelo Presidente, porum ou doisminutos,parapermitir o encer-ramento do pronun-ciamento, apósoqueosomdooradorserácortado, não sendo lícito ao Senador utilizar-se do tempo destinado a outro, em acréscimo ao de que disponha.

Res. 35/2006

Art.29. ... na Hora do Expe-diente...

... noPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.35.... na Hora do Expedien-te... sendo submetido...

... noPeríododo Expe-diente... esubmetido...

Res. 35/2006Art.402 (Redação)

Art.40.§ 3º ... na Hora do Ex-pediente...

... noPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.43. Acrescidos os §§ 4º a 7º, pela Res. 30/2006, que disciplinam a licença à gestante, a licença ao adotante e a licença-pa-ternidade.

Res. 30/2006

Art.48.(§§ 1º a 3º inexistentes) § 1º (acréscimo) Apósaleituradaproposição,oPresidenteverificaráaexistênciadematériaanálogaouconexaemtramitação na Casa,hipótese em que de-terminaráa tramitaçãoconjunta dessasma-térias.

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 42/2006

140

§ 2º (acréscimo) Odis-posto no § 1º não seaplicaàproposiçãoso-breaqualjáexistapare-ceraprovadoemcomis-sãoouqueconstedaOrdemdoDia(art.258).§ 3º (acréscimo) Dade-cisão do Presidente,previstano§1º,caberárecurso para amesa,noprazodecincoses-sões, contadoda suapublicação.

Art. 54.VI – ... votação feita através...

... votação realizadaatra-vés...

Art.402 (redação)

Art.59.

Atual § 1ºAtual § 2º

§ 1º (acréscimo) Nacons-tituiçãodamesaéas-segurada,tantoquantopossível,a representa-çãoproporcional dospartidoseblocospar-la-mentaresquepartici-pamdoSenado(Const.,art.58,§1º).§ 2º (acréscimo) Paraosfinsdocálculodepro-porcionalidade,asban-cadaspartidárias sãoconsideradas pelosseus quantitativos àdatadadiplomação.Novo § 3ºNovo § 4º

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006Res. 35/2006

Art. 72. IV-A – Comissão de Fiscalização e Controle – CFCIV-B – Comissão de Legisla-ção Participativa – CLPV – VI –

V – Comissão de meioAmbiente, Defesa doConsumidore Fiscali-zação e Controle – CMA;VI – Comissão deDireitosHumanoseLegislação Participativa – CDH;VI I – Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional – CRE;VIII – Comissão de Servi-ços de Infraestrutura – CI;IX – (Acréscimo) Comis-sãodeDesenvolvimen-toRegionaleTurismo–CDR;

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Resoluções 22/2004 e 1/2005

Res. 1/2005

141

X – (Acréscimo) Comis-são deAgricultura eReformaAgrária–CRA.

Art.77.II – Comissão de Assun-tos Sociais, 29;IV-A – Comissão de Fiscaliza-ção e Controle, 17;

II – Comissão de Assuntos Sociais, 21;V – Comissão de meioAmbiente, Defesa doConsumidoreFiscaliza-ção e Controle 17;

Res. 1/2005

Res. 1/2005

IV-B – Comissão de Legisla-ção Participativa, 19;V – VI –

VI – Comissão de Direi-tosHumanoseLegisla-ção Participativa, 19;VII – VIII – IX – (Acrésci-mo) ComissãodeDe-senvolvimentoRegio-naleTurismo,17;X – (Acréscimo) Comis-são deAgricultura eReformaAgrária,17.

Res. 1/2005

Res. 1/2005Res. 1/2005Resoluções 22/2004 e 1/2005

Res. 1/2005

Art. 77.§ 2º Ressalvada aparticipaçãonaComissãodefiscalizaçãoeControleenaComissãodeLegislaçãoParticipativa, cada Senador somente poderá integrar duas comissões como titular e duas como suplente.

§ 2º Cada Senador po-derá integrar até trêscomissões como titular e trêscomo suplente.

Res. 1/2005

Art.78.Parágrafo único (ine-xistente).

Parágrafo único. (acrésci-mo) Parafinsdepropor-cionalidade, as repre-sentações partidáriassãofixadaspelosseusquantitativosàdatadadiplomação,salvonoscasosdeposteriorcria-ção,fusãoouincorpora-çãodepartidos.

Res. 35/2006

Art.81.§ 1º A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao qual per-tence o lugar na comissão não alterará, até o encerramento da sessão legislativa respectiva, a proporcionalidade anterior-mente estabelecida.

§ 1º A substituição de membro da comissão que se desligar do partido ao qual pertence o lugar na comissão não alterará aproporcionalidade es-tabelecidanos termosdoparágrafoúnicodoart.78edoart.79.

Res. 35/2006

Art.83.Parágrafo único. ACo-missão de fiscalização eControleteránovesuplentes.

(revogado) Res. 1/2005

142

Art.98.inciso VI (inexistente) VI – (acréscimo) Apreciarrequerimentode trami-taçãoemconjuntodeproposição regulandoamesmamatéria e orecursodeque trataoart.48,§3º,excetosea proposição constarda Ordem do Dia oufor objeto de pareceraprovadoemcomissão(art.258).

Res. 35/2006

Art. 99. II – direito agrário,planejamentoeexecuçãodapolíticaagrícola,agricultura,pecuária, organização doensinoagrário,investimentosefinanciamentosagropecuá-rios,alienaçãoouconcessãodeterraspúblicascomáreasuperioradoismilequinhen-toshectares, aquisiçãoouarrendamentodeproprieda-deruralporpessoafísicaoujurídicaestrangeira,definiçãodapequenaedamédiapro-priedaderural;

(revogado) Res. 1/2005

Art.100. I – relações de traba-lho, organização do sistema na-cional de emprego e condição para o exercício de profissões, seguridade social, previdência social, população indígena, as-sistência social, normasgeraisdeproteçãoeintegraçãoso-cialdaspessoasportadorasdedeficiênciaseproteçãoàinfância, à juventudeeaosidosos;

I – relações de trabalho, organização do sistema nacional de emprego e condição para o exercício de profissões, seguridade social, previdência social, população indígena e assistência social;

Res. 1/2005

Art.100. III – normasgeraissobreproteçãodomeioam-bienteecontroledapoluição,conservação da natureza,defesadosoloedosrecur-sosnaturais,floresta,caça,pesca,fauna,floraecursosd’água;

(revogado) Res. 1/2005

143

Art.102-A. Conforme a Res. 1/2005, a Comissão de Fiscaliza-ção e Controle ganhou novas atribuições e pas-sou a ser denominada Co-missão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle.

Res. 1/2005

Art.102-B.A fiscalização e o controle dos atos do Poder Exe-cutivo, incluídos os da adminis-tração indireta, pela Comissão de Fiscalização e Controle, obe-decerão às seguintes regras:

Art.102-B.A fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluí-dos os da administração indireta, pela Comissão de MeioAmbiente,De-fesadoConsumidorefiscalizaçãoeControle, obedecerão às seguintes regras:

Res. 1/2005

Art.102-D.Aplicam-se à Co-missão de Fiscalização e Con-trole as normas regimentais pertinentes às demais comis-sões permanentes, no que não conflitarem com os termos das disposições constantes dos arts. 102-A a 102-C, salvoquantoàsdosarts.91e92.§ 2º A Comissão de Fisca-lização e Controle poderá, se houver motivo suficiente, comunicar fatos investigados à comissão correspondente da Câmara dos Deputados, para que esta adote providência que lhe afigurar cabível.

Art.102-D. Aplicam-se à Comissão de meioAm-biente,DefesadoCon-sumidore Fiscalização e Controle as normas regimentais pertinentes às demais comissões permanentes, no que não conflitarem com os termos das disposições cons-tantes dos arts. 102-A a 102-C.

Res. 1/2005

Res. 1/2005

§ 2º A Comissão de meioAmbiente, Defesa doConsumidore Fiscaliza-ção e Controle poderá, se houver motivo suficiente, comunicar fatos investi-gados à comissão corres-pondente da Câmara dos Deputados, para que esta adote providência que lhe afigurar cabível.

144

Art.102-E.À Comissão de Le-gislação Participativa compete opinar sobre:

Art.102-E.À Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa compete opinar sobre:Acréscimo, no caput, dos incisos III a VII, e substi-tuição dos três parágra-fos por parágrafo único, a fim de descrever as novas competências da Comissão.

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Art. 104. I – transportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas, recursos geo-lógicos e hídricose serviços de telecomunicações;

I – transportes de terra, mar e ar, obras públicas em geral, minas, recursos geológicos, serviços de telecomunicações, par-ceriaspúblico-privadaseagênciasreguladoraspertinentes;

Res. 1/2005

Art.104-A.inexistente As Resoluções 22/2004 e 1/2005 definem as atri-buições da Comissão de Desenvolvimento Regio-nal e Turismo

Res. 22/2004 e 1/2005

Art.104-B.inexistente A Res. 1/2005 criou a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária e definiu suas atribuições.

Res. 1/2005

Art.107.I, d) Comissão de As-suntos Sociais: às quartas-fei-ras, quatorze horas;Art.107.f) Comissão de Educa-ção: às quintas-feiras, quatorze horas.

d) Comissão de Assuntos Sociais: às quintas-fei-ras,onzehorasetrintaminutos;f) Comissão de Educação: às quartas-feiras,onzehorasetrintaminutos.g) Comissão de Meio Am-biente, Defesa do Con-sumidor e Fiscalização e Controle: às terças-feiras, onze horas e trinta mi-nutos;h) Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa: às terças-fei-ras, doze horas;

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

Res. 1/2005

145

i) Comissão de Desenvol-vimento Regional e Tu-rismo: às quartas-feiras, quatorze horas;j) Comissão de Agricul-tura e Reforma Agrária: às quintas-feiras, doze horas.

Art.115. ... atas datilografa-das...

Art.115.Das reuniões das comissões lavrar-se-ão atas em folhas avulsas ru-bricadas pelo Presidente.

Art.402 (redação)

Art. 143.§ 1º ... na Hora do Expediente...

... noPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

TítuloVIISeção II – ... Da Hora do Expediente...

... doPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art. 154.§ 1º Considera-se sessão deliberativa ordiná-ria, para os efeitos do art.55, III, da Constituição Federal, aquela realizada de segunda a quinta-feira às 14 horas e 30 minutos e às sextas-feiras às 9 horas, quando houver Ordem do Dia previamente designada.

§ 1º Considera-se ses-são deliberativa ordinária, para os efeitos do art.55, III, da Constituição Fede-ral, aquela realizada de segunda a quinta-feira às quatorzehorase às sextas-feiras às nove ho-ras, quando houver Or-dem do Dia previamente designada.

Res. 2/2005

Art.155.A sessão terá início de segunda a quinta-feira, às 14 horas e 30 minutos, e, às sextas-feiras, às 9 horas, pelo relógio do plenário, pre-sentes no recinto pelo menos um vigésimo da composição do Senado, e terá a duração máxima de quatro horas, salvo prorrogação, ou no caso do disposto nos arts. 178 e 179.

Art. 155.A sessão terá início de segunda a quin-ta-feira, às quatorzeho-ras, e, às sextas-feiras, às nove horas, pelo reló-gio do plenário, presentes no recinto pelo menos um vigésimo da composição do Senado, e terá a du-ração máxima de quatrohorase trintaminutos, salvo prorrogação, ou no caso do disposto nos arts. 178 e 179.

Res. 2/2005

Seção IIDa Hora do Expe-diente

... doPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.156.A primeira parte da sessão, que terá a duração de uma hora, será destinada à leitura do expediente e aos oradores inscritos na forma do disposto no art.17.

Art.156.A primeira parte da sessão, que terá a duração de centoevinteminutos, será destinada à leitura do expediente e aos oradores inscritos na forma do disposto no art.17.

Res. 35/2006

146

§ 1º ... na Hora do Expediente. ... doPeríododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.158.O tempo que se seguir à leitura do expediente será destinado aos oradores da Hora do Expediente, podendo cada um dos inscritos usar da palavra pelo prazo máximo de vinte minutos.

Art. 158.O tempo que se seguir à leitura do ex-pediente será destinado aos oradores do Períododo Expediente, podendo cada um dos inscritos usar da palavra pelo prazo máximo de dezminutosnassessõesdeliberati-vaseporvinteminutosnassessõesnãodelibe-rativas, sendocabívela intercalaçãocomascomunicações inadiá-veis,ousodapalavrapelas liderançasouasdelegaçõesdestas.

Res. 35/2006

§ 1º A Hora do Expediente poderá ser prorrogada pelo Presidente, uma única vez, peloprazomáximodequinzeminutos, para que o orador conclua seu discurso, caso não tenha esgotado o tempo de que disponha, ouparaatendimen-tododispostono§2º, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente.

§ 1º OPeríododo Expe-diente poderá ser pror-rogado pelo Presidente, umasóvez, paraqueooradorconcluaoseudiscurso,casonão te-nhaesgotadoo tempodequedisponha,apósoqueaOrdemdoDiaterá início impreterivel-mente.

Res. 35/2006

§ 2º Se algum Senador, an-tes do término da Hora do Expediente, solicitar à Mesa inscrição para manifestação de pesar, comemoração ou comunicação inadiável, explica-ção pessoal ou parajustificarproposição a apresentar, o Presidente lhe assegurará o uso da palavra na prorrogação.

§ 3º No caso do § 2º, somente poderão usar da palavra três Senadores, dividindo a Mesa, igualmente, entre os inscritos, o tempo da prorrogação.

§ 2º Se algum Senador, antes do término do Pe-ríodo do Expediente, solicitar à Mesa inscrição para manifestação de pesar, comemoração, comunicação inadiável ou explicação pessoal, o Presidente lhe asse-gurará o uso da palavra durante oPeríododoExpediente,sendoca-bível a intercalaçãocom oradores inscri-toseousodapalavrapelasliderançasouasdelegaçõesdestas.

Res. 35/2006

Res. 35/2006

147

§ 3º No caso do § 2º, so-mente po-derão usar da palavra três Senadores, porcincominutoscadaum,duranteoPeríododoExpediente....noPeríododo Expe-diente...

§ 5º ... na Hora do Expediente.§ 6º Ressalvado o disposto no art.160, II, não haverá prorro-gação da Hora do Expediente, nemaplicaçãododispostono§2º, sehouvernúmeroparavotaçãoouse,nases-são,sedevaverificarapre-sençadeministrodeEstado.

§ 6º Ressalvado o dis-posto no § 1º deste artigo e art.160, II, não haverá prorrogação do Período do Expediente.

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art.159.... na Hora do Expe-diente...

... do Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.160.... da Hora do Expe-diente...II – o período da Hora do Ex-pediente...III – se o tempo normal da Hora do Expediente...

... do Períododo Expe-diente...otempodoPeríododo Expediente...se o tempo normal do Períododo Expediente...

Res. 35/2006Res. 35/2006Res. 35/2006

Art.161.... da Hora do Expe-diente...

... do Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art. 162.A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente, ao término do tempo destinado à Hora do Expediente, salvo prorrogação.

Art. 162.A Ordem do Dia terá início, impreteri-velmente, àsdezesseishoras, salvo prorro-gação no termos doart.158,§6º.

Res. 35/2006

Art.171.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art. 174. ... os períodos cor-respondentes à Hora do Ex-pediente...

... as fasesdasessãocorrespondentes ao Perí-ododo Expediente...

Res. 35/2006

Art. 187, parágrafo único. A Hora do Expediente...

O Períododo Expedien-te...

Res. 35/2006

Art.196.A sessão secreta terá duração de quatro horas, salvo prorrogação.

Art. 196.A sessão se-creta terá a duração de quatro horas e trintaminutos, salvo prorro-gação.

Res. 2/2005

Art. 202. II – ... na Hora do Expediente...

... no Períodode Expe-diente...

Res. 35/2006

148

Art.210.II – ... aprovada pelo Plenário...

... Aprovada pelo Presi-dentedoSenado...

Res. 35/2006

Art.210.§ 1º O requerimento será submetido ao exame da Comissão Diretora antes de sua inclusão em Ordem do Dia.

(revogado) Res. 35/2006

Art.215.I, c) inexistente

II, e) inexistente

II, f) inexistente

IV – dependente de aprova-ção pela maioria absoluta do Senado, requerimento de in-formação sigilosa (LC nº 105, de 2001). (Nr)

I, c) (acréscimo) de tra-mitaçãoemconjuntodeproposiçãoregulandoamesmamatéria,excetoseaproposiçãoconstarda Ordem do Dia oufor objeto de pareceraprovadoemcomissão.II, e) (acréscimo) de re-tirada de proposição,desde que não tenharecebidoparecerdeco-missãoenãoconstedeOrdemdoDia(art.256,§2º);II, f) (acréscimo) depublicação de docu-mentos noDiário do Senado Federal paratranscriçãonosAnais(art.210,II);(revogado)

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art. 216. III – ... na Hora do Expediente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art. 222.§ 1º ... na Hora do Expediente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.226.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.233.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art. 235. III, a) na Hora do Expediente:

no Período do Expe-diente:

Res. 35/2006

Art.255.II, c), 2 – publicação de documento no diário do se-nado Federal para transcrição nos Anais;

(revogado) Res. 35/2006

Art. 255. II, c), 8 – tramita-ção em conjunto, de projeto regulando a mesma matéria (art.258);

c), 8 – tramitação em con-junto, de projetos regu-lando a mesma matéria,

Res. 35/2006

Res. 35/2006

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Art.255.II, c), 10 – retirada de proposição não constante da Ordem do Dia (art. 256,§ 2º, II, b);

quandohouverpareceraprovadoemcomissão(art.258,parágrafoúni-co,in fine);c), 10 – retirada de pro-posição comparecerdecomissão;

Art.256.§ 1º O requerimento de retirada de proposição só poderá ser recebido antes de iniciada a votação e, quando se tratar de emenda, antes de iniciada a votação da proposi-ção principal.

§ 2º Lido, o requerimen-to será:I – despachado pelo Presi-dente, quando se tratar da retirada de requerimento ou indicação;II – submetido à deliberação do Plenário:a) imediatamente, se a maté-ria constar da Ordem do Dia;b) mediante inclusão em Ordem do Dia, se a matéria não constar da pauta dos trabalhos da sessão, com distribuição prévia dos avul-sos do requerimento e da proposição.

§ 1º O requerimento de retirada de proposição que constardaOrdemdoDiasó poderá ser re-cebido antes de iniciada a votação e, quando se tratar de emenda, antes de iniciada a votação da proposição principal.§ 2º Lido, o requerimen-to será:I – despachado pelo Presidente, quando se tratar de proposiçãosemparecerdecomis-sãoouquenãoconstedaOrdemdoDia;II – submetido à deli-beração do Plenário, imediatamente, se a matéria constar da Or-dem do Dia;III – incluído em Ordem do Dia, seamatériajáestiver instruída comparecerdecomissão.

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art.258.Havendo, em curso no Senado, dois ou mais projetos regulando a mesma matéria, é lícito promover sua tramitação em conjunto, mediante delibe-ração do Plenário, a requeri-mento de qualquer comissão ou Senador.Parágrafo único. inexistente

Art. 258.Havendo em curso no Senado duasoumais proposiçõesregulando a mesma ma-téria, é lícito promover sua tramitação em conjunto a partirde requerimentodecomissãooudeSe-nador,mediantedelibe-raçãodamesa,salvoasque já foramobjetodeparecer aprovado emcomissãoouquecons-temdaOrdemdoDia.Parágrafo único. (Acrés-cimo)

Res. 35/2006

Res. 35/2006

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Os requerimentos detramitaçãoconjuntadematériasquejáconstemdaOrdemdoDiaouquetenhampareceraprova-doemcomissãoserãosubmetidosàdelibera-çãodoPlenário.

Art. 260. II, b) o mais anti-go sobre os mais recentes, quando originários todos da mesma Casa, salvo se en-tre eleshouver algumquereguleamatériacommaioramplitude;§ 1º inexistente

§ 2º inexistente

§ 3º inexistente

II, b) o mais antigo sobre o mais recente, quando originários todos da mes-ma Casa;

§ 1º (acréscimo) Oregi-meespecialdetramita-çãodeumaproposiçãoestende-se àsdemaisque lheestejamapen-sadas.§ 2º (acréscimo) Emtodososcasosaspro-posiçõesobjetodesteartigo serão incluídasconjuntamentenaOr-demdoDiadamesmasessão.§ 3º (acréscimo) Aspro-posiçõesapensadaste-rãoumúnicorelatório,nostermosdodispostonoArt.268.

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Res. 35/2006

Res. 35/2006

Res. 35/2006

Art.261.§ 2º,II – pela Subse-cretaria de Comissões...

§ 2º,II – pela Secretariade Comissões...

Ato CD nº 16/2004

Art.263.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.288. III, k) requerimentode informação sigilosa (LC nº 105, de 2001);

(revogado) Res. 35/2006

Art.320.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.326.Parágrafo único, I – lida na Hora do Expediente...

lida no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.338.V – pela Comissão de Assuntos Econômicos, quando se tratar de pedido de autoriza-ção para realizar operações de crédito.

V – pela Comissão de Assuntos Econômicos, quando se tratar de pe-dido de autorização para realizar operações de cré-dito previstas nos arts. 28 e 33 da Resolução nº 43, de 2001.

Res. 43/2001, com adequação reda-cional

151

Art.339. II ... na Hora do Ex-pediente.

... no Períododo Expe-diente.

Res. 35/2006

Art.355.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.360.... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.375.I ... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.376. II ... na Hora do Ex-pediente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.377.I ... Comodantes... ... Comandantes... CorreçãoArt.380.I ... na Hora do Expe-diente...

... no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.390.I lida na Hora do Ex-pediente...

lida no Períododo Expe-diente...

Res. 35/2006

Art.412.III – impossibilidade de prevalência sobre norma regi-mental de acordo de lideranças ou decisão de Plenário, ainda que unânime, tomados ou não mediante voto;

III – impossibilidade de prevalência sobre norma regimental de acordo de lideranças ou decisão de Plenário,

Res. 35/2006

excetoquandotomadapor unanimidademe-diante voto nominal,resguardadooquorum mínimodetrêsquintosdosvotosdosmembrosdaCasa;

SENADOfEDERALSECRETARIAESPECIALDEEDITORAÇÃOEPUBLICAÇÕES

PraçadosTrêsPoderess/nº–CEP70165-900Brasília–Df

OSnº05026/2006

RESOLUÇÃONº1,DE2007

Cria no senado Federal a Comissão de Ciência, tecno-lo gia, inovação, Comunicação e informática – CCt.

O SENADO FEDERAL resolve:Art.1ºOs arts. 72, 77 e 107 do Regimento Interno do Senado Federal passam

a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 72 ............................................................................................................ ......................................................................................................................

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XI – Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informá-tica – CCT. (Nr) ......................................................................................................................

Art. 77. ...........................................................................................................XI – Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informá-tica – CCT, 17. ..............................................................................................................(Nr)Art. 107.I – .................................................................................................................l) Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática: às quartas-feiras, dezoito horas. ......................................................................................................................

Art.2ºO Regimento Interno do Senado Federal passa a vigorar acrescido do art. 104-C:

Art. 104-C. À Comissão de Ciência, Tecno lo gia, Inovação, Comunicação e Informática compete opinar sobre proposições pertinentes aos seguintes temas:I – desenvolvimento científico, tecnológico e inovação tecnológica;II – política nacional de ciência, tecnologia, inovação, comunicação e in-formática;III – organização institucional do setor;IV – acordos de cooperação e inovação com outros países e organismos internacionais na área;V – propriedade intelectual;VI – criações científicas e tecnológicas, informá tica, atividades nucleares de qualquer natureza, transporte e utilização de materiais radioativos, apoio e estímulo à pesquisa e criação de tecnologia;VII – comunicação, imprensa, radiodifusão, televisão, outorga e renovação de concessão, permissão e autorização para serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;VIII – regulamentação, controle e questões éticas referentes a pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, inovação tecnológica, comunicação e informática;IX – outros assuntos correlatos.

Art.3ºFica convalidada a decisão da Comissão Diretora do Senado Federal datada de 31 de janeiro de 2007, que referenda atos e decisões da Presidência, da Primeira Secretaria e do órgão Central de Coordenação e Execução praticados no período compreendido entre o início da Terceira Sessão Legislativa Ordinária da 52ª Legislatura e o final da Quarta Sessão Legislativa Ordinária da mesma Legislatura.

Art.4ºRevogam-se os incisos IV e V do art. 102 do Regimento Interno do Senado Federal.

Art.5ºEsta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 8 de fevereiro de 2007.

seNador reNaN CaLHeirospresidente do senado Federal

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RESOLUÇÃONº3,DE2007

altera o § 1º do art. 77 do regimento interno do sena-do Federal, para permitir que os membros da Comissão diretora, à exceção do presidente, possam integrar outras comissões permanentes.

O SENADO FEDERAL resolve:Art. 1º O § 1º do art. 77 do Regimento Interno do Senado Federal passa a

vigorar com a seguinte redação:

Art. 77. ...........................................................................................................§ 1º Os membros da Comissão Diretora, exceto o Presidente da Casa, poderão integrar outras comissões permanentes. ..............................................................................................................(Nr)

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 1º de março de 2007.

seNador reNaN CaLHeirospresidente do senado Federal

RESOLUÇÃONº18,DE2007

altera o art. 25 e revoga a alínea c do inciso i do art. 197, ambos do regimento interno do senado Federal.

O SENADO FEDERAL resolve:

Art.1º O Art. 25 do Regimento Interno do Senado Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 25. Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato incom-patível com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que sobre ele deliberará, no prazo improrrogável de dez dias úteis. (Nr)

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Art.3º É revogada a alínea c do inciso I do art. 197 do Regimento Interno do

Senado Federal.

Senado Federal, em 4 de outubro de 2007.

seNador reNaN CaLHeirospresidente do senado Federal

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RESOLUÇÃONº23,DE2007altera o regimento interno do senado Federal, para

dispor sobre o processo de apresentação, de tramitação e de aprovação dos projetos de lei de consolidação.

O SENADO FEDERAL resolve:

Art.1º Esta Resolução trata do processo de apresentação, de tramitação e de aprovação dos projetos de lei de consolidação no Senado Federal, nos termos do que dispõe o inciso I do art. 14 da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998.

Art.2º A Seção II do Capítulo I do Título VIII do Regimento Interno do Senado Federal passa a viger acrescida da seguinte Subseção II, passando o art. 213. A integrar a Subseção I, denominada “Dos Projetos em Geral”.

SubseçãoIIDosProjetosdeLeideConsolidação

Art. 213-A. É facultado a qualquer Senador ou comissão oferecer projeto de lei de consolidação, atendidos os princípios de que tratam os arts. 13, 14 e 15 da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, vedada a alteração no mérito das normas que serviram de base para a consolidação.Art. 213-B. O projeto recebido será lido, numerado, publicado e distribuído à comissão que guardar maior pertinência quanto à matéria, que se pronunciará sobre o atendimento ao princípio de preservação do conteúdo original das normas consolidadas.§ 1º Qualquer Senador ou comissão poderá, no prazo de trinta dias após a publicação do projeto de lei de consolidação, oferecer à comissão encarre-gada de seu exame:I – sugestões de redação, vedadas alterações que envolvam o mérito da matéria original;II – sugestões de incorporação de normas que não foram objeto de conso-lidação;III – sugestões de retirada de normas que foram objeto de consolidação.§ 2º As sugestões que envolverem alteração no mérito da proposição que serviu de base à formulação do projeto de lei de consolidação serão dadas como rejeitadas.§ 3º As disposições referentes à tramitação dos projetos de lei aplicam-se à tramitação e à aprovação do projeto de lei de consolidação, nos termos do que preceitua o Regimento Interno do Senado Federal, ressalvados os pro-cedimentos exclusivos aplicáveis à subespécie, constantes deste Regimento.Art. 213-C. Aprovado o projeto de lei de consolidação na comissão, será ele encaminhado ao Plenário.§ 1º Poderão ser oferecidas, em plenário, emendas destinadas à correção de redação que afronte o mérito da matéria, que serão submetidas à deli-beração da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.§ 2º As emendas de correção de erro de redação julgadas improcedentes pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania serão dadas como rejeitadas.Art. 213-D. Após a entrada em vigor da lei de consolidação, deverão fazer-lhe expressa remissão todos os projetos vinculados à matéria.

155

Art. 213-E. Aplicam-se os mesmos procedimentos previstos nos arts. 213-B, 213-C e 213-D aos projetos de lei de consolidação originários da Câmara dos Deputados em revisão no Senado Federal e às emendas da Câmara dos Deputados a projeto de lei de consolidação originário do Senado.

Art.3ºEsta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 26 de outubro de 2007.

seNador tiÃo ViaNapresidente do senado Federal interino

RESOLUÇÃONº31,DE2007altera a designação da Comissão de educação para

Comissão de educação, Cultura e esporte.

O SENADO FEDERAL resolve:Art.1º A Comissão de Educação passa a ser designada como Comissão de

Educação, Cultura e Esporte, mantidas a sigla, a composição e as competências de que tratam os arts. 72, IV, 77, IV, e 102, respectivamente, do Regimento Interno do Senado Federal.

Art.2º A alínea f do inciso I do art. 107 do Regimento Interno do Senado Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 107º .......................................................................................................

I – ................................................................................................................. ......................................................................................................................f) Comissão de Educação, Cultura e Esporte: às terças-feiras, onze horas; ............................................................................................................. (Nr)

Art.3º Proceda-se à alteração da designação nos arts. 72, IV, 77, IV, e 102, do Regimento Interno do Senado Federal.

Art.4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 11 de dezembro de 2007.

seNador tiÃo ViaNapresidente do senado Federal interino

RESOLUÇÃONº32,DE2007altera a resolução nº 93, de 1970, do senado Fede-

ral – regimento interno do senado Federal, acrescentando parágrafos ao art. 99, estabelecendo que o presidente do banco Central do brasil compareça trimestralmente à Comissão de assuntos econômicos, em audiência pública, para expor os fundamentos e a forma de exe cução da política monetária.

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O SENADO FEDERAL resolve:

Art.1º O art. 99 da Resolução nº 93, de 1970, do Senado Federal, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º e 2º:

Art.99. ......................................................................................................... ......................................................................................................................§ 1º A Comissão promoverá audiências públicas regulares com o Presiden-te do Banco Central do Brasil para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária.§ 2º As audiências de que trata o § 1º deste artigo ocorrerão na primeira quinzena de fevereiro, abril, julho e outubro, podendo haver alterações de datas decorrentes de entendimento entre a Comissão e a Presidência do Banco Central do Brasil. (Nr).

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 11 de dezembro de 2007.

seNador tiÃo ViaNapresidente do senado Federal interino

RESOLUÇÃONº1,DE2008dispõe sobre o afastamento preventivo do senador

ocupan te do cargo de Corregedor do senado, membro da mesa diretora, do Conselho de Ética e decoro parlamen-tar e presidente de Comissão em caso de oferecimento de representação contra senador por fato sujeito à pena de perda do mandato ou à pena de perda temporária do exercício do mandato.

O SENADO FEDERAL resolve:

Art.1º O art. 14 da Resolução do Senado Federal nº 20, de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art.14. Oferecida representação contra Senador por fato sujeito à pena de perda do mandato ou à pena de perda temporária do exercício do mandato, aplicáveis pelo Plenário do Senado, será ela inicialmente encaminhada, pela Mesa, após verificação do atendimento aos requisitos formais de admissibili-dade, ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, ressalvadas as hipóteses do art. 17, quando o processo tem origem no Conselho.§ 1º No exame do atendimento aos requisitos formais de admissibilidade, a Mesa verificará apenas se o representante possui legitimidade, nos termos do § 2º do art. 55 da Constituição Federal, e se a representação identifica o Senador, os fatos que lhe são imputados e o dispositivo deste Código no qual ele estaria incurso.§ 2º A decisão da Mesa que determine o arquivamento da representação será comunicada na sessão ordinária seguinte, contra ela cabendo recur-so ao Plenário, no prazo de dois dias úteis, subscrito por um décimo dos membros do Senado.

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§ 3º O recurso será submetido ao Plenário, no prazo de três dias úteis a contar de sua interposição, e decidido por maioria simples, presente a maioria da composição do Senado, devendo o parecer sobre ele ser proferido por membro da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, designado pelo seu Presidente. (Nr)

Art.2º O art. 15 da Resolução nº 20, de 1993, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 15. Recebida a representação de que trata o art. 14, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar observará os seguintes procedimentos:I – o representado será notificado para, no prazo de cinco dias úteis, oferecer impugnação prévia à representação;II – recebida a impugnação, o Presidente designará Relator, por sorteio entre os membros do Conselho não filiados ao partido político representante ou ao partido político do representado, para emitir, no prazo de cinco dias úteis, relatório sobre a admissibilidade da proposta;III – o relatório preliminar de que trata o inciso II deste artigo, que será submetido à deliberação do Conselho, concluirá pelo arquivamento da re-presentação ou pela instauração do processo, devendo, neste último caso, manifestar-se sobre a necessidade ou não de afastamento do representado do cargo dirigente em Comissão ou na Mesa, que eventualmente exerça;IV – se o Conselho decidir pela instauração do processo, abrirá prazo de cinco dias úteis para que o representado apresente defesa;V – esgotado o prazo sem apresentação de defesa, o Presidente do Con-selho nomeará defensor dativo para oferecê-la, reabrindo-lhe igual prazo;VI – apresentada a defesa, o Conselho procederá as diligências e a instru-ção probatória que entender necessárias, findas as quais proferirá parecer, concluindo pela procedência da representação ou pelo arquivamento da mesma, oferecendo-se, na primeira hipótese, o Projeto de Resolução apro-priado para a declaração da perda do mandato ou da suspensão temporária do exercício do mandato;VII – em caso de pena de perda do mandato, o parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para exame dos aspectos constitucional, legal e jurídico, o que deverá ser feito no prazo de cinco sessões ordinárias;VIII – concluída a tramitação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, será o processo enca-minhado à Mesa do Senado e, uma vez lido no Expediente, será publicado no Diário do Senado Federal e distribuído em avulsos para inclusão em Ordem do Dia.§ 1º O afastamento referido no inciso III deste artigo dar-se-á pelo prazo solicitado pelo Relator, que será coincidente com sua previsão de conclusão do relatório, admitindo-se uma prorrogação, por igual período.§ 2º Quando o representado for o Corregedor do Senado ou membro, titular ou suplente, do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, será ele afastado automaticamente do cargo, até o fim do processo de que trata este artigo.§ 3º O Conselho somente admitirá representação que diga respeito a fatos ocorridos durante o exercício do mandato do representado.§ 4º O membro que já tenha funcionado como relator somente poderá re-latar novo processo quando os demais membros do Conselho também o houverem feito.

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§ 5º Para fins do disposto no art. 20, considera-se instaurado o processo a partir da decisão de que trata o inciso IV do caput deste artigo. (Nr)

Art.3º O art. 23 da Resolução nº 20, de 1993, do Senado Federal, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 23. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar será constituído por quinze membros titulares e igual número de suplentes, eleitos para mandato de dois anos, observado, quanto possível, o princípio da proporcionalidade partidária e o rodízio entre Partidos Políticos ou Blocos Parlamentares não representados, devendo suas decisões ser tomadas ostensivamente. ............................................................................................................. (Nr)

Art.4º Esta Resolução entra em vigor em 1º de março de 2008.

Senado Federal, em 19 de fevereiro de 2008.

seNador GaribaLdi aLVes FiLHopresidente do senado Federal

EXERCÍCIOSPROPOSTOSJulgue falso (F) ou verdadeiro (V).

1. O Senado Federal tem sede no Palácio do Congresso Nacional, no Distrito Federal, a capital do Brasil.

2. Em caso de guerra, de perturbação da ordem econômica, de calamidade pública ou de ocorrência que impossibilite o seu funcionamento na sede, o Senado poderá reunir-se, eventualmente, em qualquer outro local do mundo, por de-liberação do Plenário.

3. Cabe à CCJ resolver, a requerimento da maio ria de seus membros, o funcio-namento temporário do Senado Federal em outro local.

4. O funcionamento dos trabalhos do Senado Federal é no Palácio do Congresso Nacional, podendo haver transferência da sede por decisão da Mesa Diretora, desde que solicitada por 41 dos Senadores, pelo menos.

5. A expressão “comoção intestina”, utilizada no Regimento do Senado para explicar os motivos da mudança eventual da sede do próprio Senado, significa guerra civil ou perturbação da ordem nacional.

6. O Senado Federal reunir-se-á, anualmente, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro, durante as sessões legislativas ordinárias, mesmo recaindo em sábados, domingos e feriados.

7. Se convocado extraordinariamente o Congresso Nacional pelo Presidente da República, o Senado poderá reunir-se em qualquer período anual.

8. 298 parlamentares, entre Senadores e Deputados, são legitimados para con-vocar extraordinariamente o Congresso Nacional.

9. As sessões legislativas ordinárias funcionam a partir de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, ocorrendo nos dias úteis sessões ordinárias com duração de 4 horas, prorrogáveis por tempo fixado pelo Presi-dente ou por consulta ao Plenário.

10. Nos períodos correspondentes ao recesso, havendo convocação extraordi-nária do Congresso Nacional, há sessões legislativas extraordinárias com a realização de sessões ordinárias e extraordinárias, se for o caso.

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11. A primeira e a terceira sessões legislativas serão precedidas de reuniões preparatórias para posse de Deputados e eleição da Mesa.

12. As reuniões preparatórias têm a sua abertura se houver, em Plenário, pelo menos 14 Senadores.

13. Para as deliberações, há a exigência do quorum de presença de, pelo menos, a maioria absoluta em Plenário, ou seja, 41 Senadores para se começar uma votação.

14. A Mesa – com todos os seus membros – que já se encontra em funcionamento dirigirá os trabalhos da 1ª reunião preparatória.

15. Permanece à frente dos trabalho o Senador que já vinha exercendo o cargo de presidente e que reste ainda 16 anos de mandato. Essa mesma situação é atribuída aos demais integrantes da Mesa Diretora, que é composta de presidente, 2 vice-presidentes e 4 secretários.

16. A posse, ato público por meio do qual o Senador se investe no mandato, realizar-se-á perante o Congresso Nacional, durante a reunião preparatória, sessão deliberativa ou não deliberativa, precedida de apresentação à Mesa do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, o qual será publicado no diário do senado Federal.

17. Nos recessos, a posse será tomada perante o presidente do Senado em seu gabinete.

18. Presente o diplomado, o presidente designará 3 Senadores para recebê-lo, introduzi-lo no Plenário e conduzi-lo até a Mesa onde, estando todos de pé, prestará o compromisso de posse.

19. Durante o recesso, a posse realizar-se-á perante o presidente, em solenidade pública em seu gabinete, observada a exigência da apresentação do diploma e da prestação do compromisso, devendo o fato ser noticiado no diário do senado Federal.

20. O Senador deverá tomar posse dentro de noventa dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se eleito durante esta, contados da diplomação, não admitindo prorrogação.

21. Pode ser que haja a vaga de Senador faltando mais de 15 meses para o término do mandato e, não havendo suplente a convocar, haverá a convocação de eleições para suprir a vaga de Senador durante a legislatura que corresponde a 4 sessões legislativas.

22. O primeiro suplente, convocado para assumir a vaga de Senador, terá o prazo de 30 dias improrrogáveis para prestar o compromisso.

23. Toda vez que o Senador suplente for convocado, deverá prestar o compro-misso, cabendo ao presidente comunicar à Casa o seu retorno.

24. Por ocasião da posse, o Senador ou suplente convocado comunicará à Mesa, por escrito, o nome parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa e a sua filiação partidária.

25. Do nome parlamentar não constarão mais de 2 palavras, não computadas nesse número as preposições; havendo alteração do nome parlamentar ou da filiação partidária, deverá ser comunicada, por escrito, à Mesa, vigorando a partir da publicação no diário do senado Federal.

26. O Senador deve apresentar-se no edifício do Senado à hora regimental, para tomar posse nas sessões plenárias que são realizadas, sendo ordinárias, às 14h30min, e nas reuniões das Comissões que, normalmente, são realizadas às terças, quartas e quintas-feiras no período matutino.

160

27. A participação legislativa do Senador pode ser pela apresentação individual ou coletiva de projetos de lei, proposta de emenda à Constituição, projetos de decreto legislativo, projetos de resolução, requerimentos, pareceres, emendas e indicações.

28. Considera-se prerrogativa parlamentar por sua livre iniciativa ou por meio da Mesa Diretora a requisição de quaisquer documentos que possam fazer prova, em juízo ou fora dele.

29. O acesso a qualquer dependência do Senado é livre ao parlamentar, mas não ao convidado do Senador. A possibilidade de permanência em Plenário para outras pessoas é no caso de sessão solene ou fora e sessões normais.

30. O Senador, atuando no cenário político, deve ter acesso às informações ofi-ciais, cabendo à administração disponibilizar os meios necessários para dar cumprimento a esse dispositivo.

31. Caso o titular esteja em licença de seu cargo, ainda assim continua com as mesmas prerrogativas como se estivesse em plena atividade parlamentar, visto que o cargo é dele pelos votos obtidos nas eleições.

32. A qualificação do parlamentar é prescindível para o registro em seu histórico parlamentar e funciona para todos os efeitos. A inscrição é pessoal e intrans-ferível.

33. É fixada a competência do 1º secretário da Mesa Diretora que, com a qualifi-cação dos dados do Senado, expede o registro de identidade parlamentar.

34. O Senador investido em cargo de Ministro de Estado, Governador de Ter-ritório, Secretário de Governo Estadual, Distrital ou de Território, Secretário de Prefeitura de Capital ou Chefe de Missão Diplomática Temporária poderá acumular as remunerações (subsídio).

35. Garante-se ao Senador a inclusão para a percepção de subsídios a partir de 1º de fevereiro, quando tomar posse, mesmo sendo a sessão legislativa ordinária iniciada a partir de 2 de fevereiro.

36. Os subsídios dos Senadores não poderão exceder ao teto remuneratório do Presidente da República.

37. A remuneração do Senador é devida a partir da diplomação, antes da instalação da primeira sessão deliberativa ordinária.

38. Sendo líder, o uso da palavra será de 5 minutos, em qualquer fase da sessão, excepcionalmente, para comunicação urgente de interesse partidário.

39. Sendo líder ou não, o Senador poderá fazer uso da palavra por 20 minutos, após a Ordem do Dia, com preferência sobre os oradores inscritos.

40. O Senador poderá fazer uso da palavra, na discussão de qualquer proposição, uma só vez por 10 minutos.

41. Anunciada a votação de qualquer matéria, o Senador poderá fazer uso da palavra no encaminhamento de votação, uma só vez, por 5 minutos.

42. Permite-se ao Senador usar a palavra para comunicação inadiável, manifesta-ção de aplauso ou semelhante, homenagem de pesar, exceto para justificação de proposição, uma só vez, por 5 minutos.

43. Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será destinado, preferencialmente, ao Senador inscrito que fará uso da palavra, pelo prazo de 50 minutos, para as considerações que entender.

44. O aparte, de apenas 2 minutos, dependerá de permissão do orador, subordi-nando-se, em tudo que lhe for aplicável, às disposições referentes aos debates.

45. Não serão permitidos apartes ao presidente, a parecer oral, a encaminhamento de votação de requerimento de homenagem de pesar ou de voto de aplauso ou semelhante.

161

46. A recusa de permissão para apartear será sempre compreendida em caráter geral, ainda que proferida em relação a um só Senador.

47. Ocorrendo falta de número para as deliberações, será discutida a matéria, cabendo ao Senador usar da palavra, não podendo ser interrompido pelo presidente.

48. Ao Senador é vedado falar sobre resultado de deliberação definitiva do Plenário, ainda que para explicação pessoal.

49. Não será lícito ler da Tribuna ou incluir em discurso, aparte, declaração de voto ou em qualquer outra manifestação pública, documento de natureza sigilosa.

50. O Senador, ao fazer uso da palavra, manter-se-á de pé, salvo licença para se conservar sentado, por motivo de saúde, e dirigir-se-á ao presidente ou a este e aos Senadores, não lhe sendo lícito permanecer de costas para a Mesa.

51. Em caso de infração no uso de expressões descorteses ou insultuosas, o pre-sidente advertirá o Senador, usando da expressão “Atenção!”.

52. Em caso de infração no uso de expressões descorteses ou insultuosas se essa observação não for suficiente, o presidente dirá “Senador F..., atenção!”.

53. Será advertido o Senador em caso de infração no uso de expressões descor-teses ou insultuosas, não bastando o aviso nominal, podendo o presidente retirar-lhe a palavra.

54. Em caso de infração no uso de expressões descorteses ou insultuosas, in-sistindo o Senador em desatender às advertências, o presidente determinará sua saída do recinto, o que deverá ser feito imediatamente.

55. Caso o Senador dirija expressões descorteses ou insultuosas, recusando-se a sair do recinto, o presidente encerrará a sessão.

56. Constituirá desacato ao Senado agressão, por atos ou palavras, praticados por Senador contra a Mesa ou contra outro Senador da Casa.

57. Em caso de desacato ao Senador, o segundo-secretário, por determinação da Presidência, lavrará relatório pormenorizado do ocorrido.

58. Em caso de desacato ao Senador, cópias auten ticadas do relatório serão encaminhadas aos demais membros da Mesa e aos líderes que, em reunião convocada pelo Presidente, deliberarão pelo arquivamento do relatório ou pela Constituição de Comissão para, sobre o fato, se manifestar.

59. Se algum Senador praticar, dentro do edifício do Senado, ato incompatível com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal, a Mesa dele conhecerá e abrirá inquérito, submetendo o caso ao Plenário, que deliberará em sessão secreta, no prazo improrrogável de 5 dias úteis.

60. Falecendo algum Senador em período de funcionamento do Senado, o presi-dente comunicará o fato à Casa e proporá que seja a sessão do dia dedicada a reverenciar a memória do extinto, deliberando o Plenário com qualquer número.

61. O Senado far-se-á representar, nas cerimônias fúnebres que se realizarem pelo falecimento de qualquer dos seus membros, por uma Comissão constituída, no mínimo, de 3 Senadores, designados pelo presidente, de ofício ou mediante deliberação do Plenário, sem embargo de outras homenagens aprovadas.

62. Na hipótese de ser a Comissão designada de ofício, o fato será comunicado ao Plenário, pelo presidente.

63. As vagas, no Senado, verificar-se-ão em virtude de falecimento, renúncia, perda de mandato e assunção de outro cargo público, demissível ad nuntum.

64. A comunicação de renúncia à senatória ou à suplência deve ser dirigida por escrito à Mesa, com firma reconhecida e independe de aprovação do Senado,

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mas somente tornar-se-á efetiva e irretratável depois de lida no Período do Expediente e publicada no diário do senado Federal.

65. É lícito ao Senador, ou ao suplente em exercício, fazer em Plenário, oralmente, a renúncia ao mandato, a qual se tornará efetiva e irretratável depois da sua publicação no diário do senado Federal.

66. Considerar-se-á como tendo renunciado o Senador que não prestar o com-promisso no prazo estabelecido no Regimento.

67. Nos casos de renúncia, até o dia útil que se seguir à publicação da comunicação de vacância, qualquer Senador dela poderá interpor recurso para o Plenário, que deliberará, ouvida a Comissão de Constituição Justiça e Cidadania.

68. A Mesa Diretora é composta de presidente, 1º vice-presidente, 2º vice-presi-dente, 1º, 2º, 3º e 4º secretários e os suplentes de secretários, cabendo ao presidente, quando necessário, o voto de desempate.

69. Se não se acharem presentes os substitutos legais do presidente, na ordem da Mesa Diretora, inclusive os suplentes de secretários, assumirá a Presidência, na ocasião, o Senador mais antigo.

70. Na eleição para a Mesa Diretora do Senado Federal, deverá observar-se a impossibilidade do Senador, membro da Mesa, de ser reeleito para o mesmo cargo na Mesa imediatamente subsequente, não importando se a reeleição se der dentro da mesma legislatura, ou de uma legislatura para a outra.

71. Em conformidade com o Regimento, é competência do presidente do Senado dar posse aos Senadores, bem como promulgar resoluções e decretos legis-lativos.

72. O presidente do Senado tem como incumbência comunicar ao Tribunal Supe-rior Eleitoral a ocorrência de vaga de Senador, quando não houver suplente, independentemente do tempo que falta para a conclusão do mandato.

73. Compete ao presidente do Senado dar posse aos Senadores, bem como, na condição de presidente do Congresso Nacional, é sua competência exercer a Presidência da República, em substituição ao Presidente, caso o Vice-Pre-sidente da República não possa fazê-lo, nos termos em que dispõe a Carta Magna.

74. Ao 1º vice-presidente do Senado incumbe substituir o presidente nas suas faltas e impedimentos, bem como é sua competência sucedê-lo, em caso de vacância, até o término do mandato, além de promulgar leis, nos casos previstos na Constituição Federal/1988.

75. Os secretários substituir-se-ão, conforme a sua numeração ordinal, e substi-tuirão o presidente em suas ausências e impedimentos dos vice-presidentes.

76. Quanto às sessões do Senado, é competência do presidente propor a pror-rogação da sessão, decidir sobre as questões de ordem e, ainda, impugnar de forma definitiva e irrecorrível as proposições que lhe pareçam contrárias à Constituição, às leis ou ao RISF.

77. Enquanto não eleito o novo presidente, os trabalhos do Senado serão dirigidos pela Mesa representativa.

78. Os membros da Mesa serão eleitos para mandato de 8 anos, vedada a recon-dução imediatamente subsequente.

79. A eleição far-se-á em quatro escrutínios, um para o presidente, um para os demais membros da Mesa, um para os suplentes de secretários, e outro para os suplentes dos vice-presidentes.

80. Quanto à eleição dos membros da Mesa Diretora, deve realizar-se em quatro escrutínios, sendo um para o presidente, um para os vices, um para os se-cretários e, finalmente, um último para os suplentes de secretário. Entretanto,

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por proposta de um terço dos Senadores, ou de líder que represente esse número, poderá haver somente dois escrutínios: um para presidente e outro para todos os demais membros e suplentes.

81. A eleição para a Mesa Diretora deverá se dar em votação ostensiva, exigindo-se a maioria dos votos, presente a maioria absoluta dos membros da Casa; para ocupação dos cargos, observar-se-á tanto quanto o possível a participação proporcional das representações partidárias.

82. O Regimento do Senado faculta a duas ou mais agremiações partidárias a possibilidade de formar um bloco parlamentar; todavia, para que seja admitida a formação desse bloco, deve respeitar-se a existência de um número cuja soma seja, no mínimo, igual a metade dos membros das representações partidárias.

83. Formado o bloco parlamentar, terá essa bancada uma liderança comum, liderança essa, necessariamente a ser exercida por aquele Senador que é líder do maior partido que vier a compor o bloco, sendo que os demais líderes assumirão preferencialmente a função de vice-líderes.

84. A indicação dos líderes partidários será feita no início da primeira sessão legis-lativa e, posteriormente, deve ser comunicada à Mesa Diretora. Essa mesma liderança será exercida por toda a legislatura, salvo deliberação da maioria absoluta da bancada.

85. Além das lideranças, as bancadas possuirão os vice-líderes, na razão de um vice-líder para cada grupo de três Senadores que integrem a agremiação, sendo que independentemente do número de integrantes da bancada, haverá pelo menos um vice-líder.

86. O Regimento do Senado prevê a possibilidade da existência do denominado “Líder do Governo”, que deverá ser indicado pelo Presidente da República.

87. Cada Comissão, seja ela Permanente ou Temporária, deverá possuir presi-dente, vice-presidente, além de três secretários, eleitos consoantes as normas da eleição da Mesa Diretora.

88. No início da legislatura, observada a reunião de líderes, com a finalidade de verificar representação de cada partido ou bloco na composição das Comis-sões, sera entregues à Mesa Diretora as indicações dos titulares, bem como a indicação dos suplentes em ordem numérica, cabendo ao presidente, a partir das indicações, fazer as correspondentes designações.

89. As Comissões Temporárias no Senado Fe deral, segundo o seu Regimento, podem ser de três espécies: internas (previstas no Regimento Interno para finalidade específica); externas (destinadas a representar o Senado em evento externo); e, a critério do presidente do Senado, poderão surgir as parlamentares de inquérito.

90. Dentre as onze Comissões Permanentes existentes no Senado Federal, há apenas duas Comissões com competência para exararem o denominado “pa-recer terminativo”, aquele que obsta o trâmite da proposição, só podendo ser contestado perante o Plenário, por recurso assinado por 1/1910 dos Senadores. São elas: Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania e a Comissão de Assuntos Econômicos.

91. A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) é uma Comissão Permanente, com muitas atribuições, dentre as quais se exempli fica: examinar e opinar sobre a admissibilidade das proposições em geral quanto à constitucio-nalidade, juridicidade, regimentalidade das matérias que lhe forem submetidas pelo Plenário.

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92. Compete à Comissão de Assuntos Econômicos opinar sobre aspectos econô-mico e financeiro de qualquer matéria que lhe seja submetida por despacho do Presidente ou por deliberação do Plenário, ainda por consulta de Comissão e, por fim, quando houver sobre esses aspectos recurso de decisão terminativa de Comissão para o Plenário.

93. A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional tem competência para opinar acerca de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da Repú-blica se ausentar do território nacional por período superior a quinze dias, bem como opinar sobre a passagem de forças estrangeiras ou sua permanência em território nacional, ainda assuntos de comércio exterior, entre outros.

94. À Comissão de Educação compete opinar sobre proposições que versem sobre cooperativismo e outras formas de associativismo em todas as atividades.

95. É lícito a todas as Comissões Permanentes criarem subComissões temporárias ou permanentes.

96. A extinção das Comissões Temporárias só se perfaz com a conclusão dos trabalhos.

97. As subComissões poderão aprovar relatórios definitivos em seu nome.98. O lugar na Comissão pertence ao partido ou ao bloco parlamentar.99. O exame das Comissões sobre as proposições obedecerá ao prazo de 20 dias

úteis para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.100. O relator tem metade do prazo atribuído à Comissão para apresentar o relatório.101. Quando a matéria for despachada a mais de uma Comissão, o prazo será de

30 dias.102. Vencido o relator, o presidente da Comissão designará um dos membros,

em maioria, para suceder-lhe, exceto se o fato ocorrer apenas em relação à parte da proposição ou emenda, quando permanecerá o mesmo relator, consignando-se o vencido, pormenorizadamente, no parecer.

103. O presidente não poderá funcionar como relator, salvo se for matéria urgente e o relator designado não comparecer à sessão.

104. O pedido de vista do processo poderá ser aceito toda vez que o Senador necessitar examinar os documentos, devendo ser formulado na oportunidade em que for conhecido o voto proferido pelo relator.

105. Sendo favorável o parecer apresentado sobre indicação, ofício, memorial ou outro documento contendo sugestão ou solicitação que depende de proposição legislativa, esta deverá ser formalizada em conclusão.

106. A Comissão, ao se manifestar sobre emendas, poderá reunir a matéria da proposição principal e das emendas com parecer favorável num único texto, com os acréscimos e alterações que visem ao seu aperfeiçoamento.

107. Uma vez assinados pelo presidente, pelo relator e pelos demais membros da Comissão que participaram da deliberação, os pareceres serão enviados à Mesa, juntamente com as emendas relatadas, declarações de votos, votos em separado e colocados na Ordem do Dia, sobrestando os demais projetos.

108. A criação de CPI será feita mediante requeri mento de 1/3 dos membros do Senado Federal.

109. O Senador só poderá integrar duas CPIs, seja como titular ou como suplente nas duas.

110. A CPI terá número de suplentes equivalente ao número de seus membros.111. O requerimento da criação da CPI determinará o fato a ser apurado, o número

de membros, limitado a 1/3, e o prazo de duração da CPI.112. Em qualquer hipótese, o prazo da CPI não poderá ultrapassar o período da

sessão em que foi criada.

165

113. A CPI é uma Comissão Temporária, cujo prazo é contado a partir da sua criação.

114. No caso da CPI, o seu prazo será suspenso no período de recesso parlamentar, em função de sua natureza especial.

115. Durante a CPI, os indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas no regulamento da CPI.

116. É lícito ao presidente da CPI, a seu juízo, incumbir funcionários da secretaria do Senado da realização de qualquer sindicância.

117. O prazo da CPI poderá ser prorrogado, automaticamente, a requerimento de qualquer Senador membro da Comissão.

118. As sessões deliberativas serão realizadas de segunda a quinta-feira, às 14h, e às sextas-feiras, às 9h, quando houver Ordem do Dia previamente designada.

119. As sessões especiais destinam-se a discursos, comunicações, leitura de pro-posições e outros assuntos de interesse político e parlamentar, e realizar-se-ão sem Ordem do Dia.

120. As sessões não deliberativas serão realizadas com a utilização do painel eletrônico.

121. Para a abertura das sessões públicas, é necessária a presença de, no mínimo, um vigésimo de Senadores em Plenário.

122. É de competência do primeiro-secretário da Mesa Diretora a leitura do expe-diente.

123. A Ordem do Dia terá início, impreterivelmente as 16h, salvo prorrogação.124. As matérias incluídas na Ordem do Dia terão por critério a sua antiguidade ou

importância.125. A Medida Provisória, depois de publicada, se não votada em 45 dias, entrará

em regime de urgência.126. A Casa iniciadora da Medida Provisória é a Câmara dos Deputados.127. Durante o recesso parlamentar, não há hipótese de que uma Medida Provisória

seja aprovada.128. Os pareceres regulando a mesma matéria figurarão na Ordem do Dia em série

iniciada pela proposição preferida pela Comissão competente.129. A sequência dos trabalhos da Ordem do Dia não poderá ser alterada para

posse de Senador.130. Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será

destinado aos oradores inscritos.131. A apresentação de proposição será feita somente perante Comissão, quando

se tratar de emenda.132. A apresentação de proposição será feita em Plenário antes do término da

sessão a requerimento de prorrogação desta.133. Os projetos, pareceres e indicações devem ser encimados por ementa.134. As proposições, inclusive os requerimentos, devem ser acompanhadas de

justificação oral ou escrita.135. Qualquer proposição autônoma ou acessória deverá ser sempre acompanhada

de transcrição, na íntegra ou em resumo, das disposições de lei invocadas em seu texto.

136. Os votos ostensivos ocorrem somente em sessões públicas.137. Os votos secretos podem ocorrer em sessões públicas ou secretas.138. Os votos secretos poderão ocorrer pelo processo simbólico de votação.139. Os votos ostensivos poderão ocorrer tanto pelo processo simbólico como pelo

processo nominal de votação.

166

140. Em caso de empate na modalidade de votação ostensiva, o desempate caberá ao presidente do Senado Federal.

141. A emenda não adotada pela Comissão poderá ser renovada em Plenário.142. A emenda que altere apenas a redação da proposição será submetida à for-

malidade sumaríssima.143. A apresentação de proposição será feita por qualquer Senador perante a

Comissão, aos projetos de códigos e aos projetos de iniciativa do Presidente da República com tramitação urgente.

144. A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

145. A PEC será despachada à CCJC, que terá prazo de até 30 dias, contado da data do despacho da Presidência, para emitir seu relatório.

146. Lido o parecer da PEC na Ordem do Dia, publicado no diário do senado Fe-deral e distribuído em avulsos com a proposta e as emendas, a matéria será votada.

147. O parecer da PEC será proferido oralmente, em Plenário, por relator designado pelo presidente, caso haja expirado o prazo de 30 dias, sem que a CCJC tenha proferido o parecer competente.

148. Somente serão admitidos requerimentos que objetivem a votação em separado de partes da PEC ou de emendas.

149. Encerrada a discussão da PEC, em segundo turno, com a apresentação de emendas, a matéria voltará à CCJC, para parecer em 5 dias prorrogáveis, após o que será incluída em Ordem do Dia, em fase de votação.

150. A redação final da PEC, apresentada à Mesa, será votada, com qualquer número, independentemente de publicação.

151. Considera-se PEC nova o substitutivo da Câmara dos Deputados à proposta de iniciativa da Câmara dos Deputados.

152. Na sessão em que for lido o projeto de código, a Presidência designará uma Comissão Temporária (especial) para seu estudo, composta de 11 membros, e fixará o calendário de sua tramitação.

153. A Comissão Temporária constituída para apreciar o Projeto de Código se reunirá até o dia útil seguinte, a partir de sua constituição, para eleger o pre-sidente, o vice-presidente, o relator-geral e tantos relatores parciais quanto necessários.

154. Expirando o prazo para a apresentação de emendas sobre o Projeto de Código, os relato res parciais encaminharão, dentro de 10 dias úteis, ao relator-geral, as conclusões de seus trabalhos, cabendo ao relator-geral o prazo de 5 dias úteis para apresentar à Comissão o seu relatório.

155. A Comissão Temporária terá 5 dias úteis para concluir o seu estudo e enca-minhar à Mesa o parecer final sobre o Projeto de Código e as emendas.

156. Na Comissão Temporária, a discussão da matéria obedecerá à divisão ado-tada para a designação dos relatores parciais, podendo cada membro usar da palavra uma vez, por 10 minutos, o relator parcial, duas vezes, por igual prazo, e o relator-geral, três vezes, pelo prazo de 30 minutos.

157. Os prazos previstos para o Projeto de Código poderão ser aumentados até o quádruplo, por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Senador.

158. O projeto de lei de iniciativa do Poder Executivo, com solicitação de urgência, será lido no Período do Expediente e distribuído às Comissões competentes, somente podendo receber emendas na primeira Comissão constante do des-pacho pelo prazo de 5 dias.

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159. As Comissões deverão apresentar os pareceres até o 25º dia contado do recebimento do projeto de lei com solicitação de urgência do Presidente da República no Senado.

160. Não sendo emitidos os pareceres no prazo de 5 dias, haverá a inclusão em Ordem do Dia, por ato do presidente do Senado, com rito normal.

161. O adiamento de discussão ou de votação não poderá ser aceito por prazo superior a 24 horas.

162. A redação final das emendas deverá ser apresentada em Plenário no prazo máximo de 48 horas após a discussão da matéria.

163. O projeto de decreto legislativo referente a atos internacionais só terá iniciado o seu curso se estiver acompanhado de cópia autenticada do texto, ainda que em língua estrangeira, do ato internacional respectivo, bem como a mensagem de encaminhamento e da exposição de motivos.

164. O projeto de decreto legislativo, que trate de atos internacionais, será lido no Período do Expediente, publicado e distribuído em avulsos, acompanhado dos textos correspondentes, e despachado à CRA.

165. Publicados o parecer e as emendas e distribuídos os avulsos, decorrido o interstício regimental, a matéria será incluída em Ordem do Dia.

Cabe privativamente ao Senado Federal:166. Processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República, nos crimes

de responsabilidade, bem como Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos crimes de mesma natureza conexos com aqueles.

167. Proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apre-sentada ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa.

168. Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Ge-ral da República e o Advogado-Geral da União, nos crimes de responsabilidade.

169. Fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estados.

170. Fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

171. Aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

172. Dispor sobre limites globais e condições para as operações de créditos externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público Federal.

173. Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromisso ao Patrimônio Nacional.

174. O Ministro de Estado comparecerá perante o Senado somente quando for para expor assunto de relevância de seu Ministério.

175. Sempre que o Ministro de Estado preparar exposição, por escrito, deverá encaminhar o seu texto ao presidente do Senado Federal com antecedência mínima de 6 dias, para prévio conhecimento dos Senadores.

176. O lugar onde o Ministro de Estado irá sentar não importa para o RISF.177. O Ministro de Estado não poderá falar ao Senado no mesmo dia em que for

solicitado.178. O Ministro de Estado terá 30 minutos para exposição, 5 minutos para responder

as interpelações dos Senadores e 2 minutos para a réplica.

168

179. Os projetos das Comissões serão emitidos no prazo de 10 dias úteis, quando o projeto for de simples modificação, e no de 30 dias, quando se tratar de reforma.

180. A Mesa fará, ao fim de cada sessão legislativa ordinária, consolidação das modificações feitas no Regimento.

181. O projeto de resolução que venha a modificar o Regimento Interno, em qual-quer caso, depois de publicado e distribuído em avulsos, ficará sobre a mesa durante 5 dias úteis a fim de receber emendas.

182. A Mesa fará, ao fim de cada mandato de Senador, consolidação das modifi-cações feitas no Regimento, podendo, sem modificação de mérito, alterar a ordenação das matérias e fazer as correções de redação que se tornarem necessárias.

183. Aplicam-se à tramitação do projeto de alteração ou reforma do Regimento as normas estabelecidas para os demais projetos de resolução.

184. A Questão de Ordem será decidida pela Mesa, com recurso para o Plenário, mediante requerimento de qualquer Senador.

185. O Senador poderá questionar, em Plenário, na mesma sessão, a Questão de Ordem já resolvida pelo presidente da Mesa.

186. É permitido o uso da palavra a todos os Senadores, por prazo de 5 minutos, para as contradições das Questões de Ordem já resolvidas.

187. Levantada a Questão de Ordem, a Presidência determinará a apuração da denúncia, ouvida a CCJ, verificando os fatos pertinentes, median te consulta aos registros da Casa, notas taqui grafadas, fitas magnéticas ou outros meios cabíveis.

188. Quando se tratar de Questão de Ordem sobre matéria em regime de urgência nos termos do art. 336, I, ou com prazo de tramitação, o parecer deverá ser proferido imediatamente, podendo o presidente da Comissão ou o relator solicitar prazo não excedente a duas horas.

189. Uma vez resolvido pelo Colégio de Líderes, por consenso, pode haver a pre-valência de um acordo de liderança sobre norma regimental.

190. Nas decisões plenárias, torna-se impossível a tomada de decisões sem a observância do quorum regimental estabelecido.

191. As pautas de decisões plenárias são divulgadas com antecedência mensal, para que possibilite a todos os Senadores conhecê-las.

192. Há o princípio no processo legislativo para a publicidade das decisões tomadas, exceção feita aos casos em que deva ter sigilo.

193. A transgressão a qualquer dos princípios do processo legislativo poderá ser denunciada mediante Questão de Ordem, que deve ser objetiva, indicando o dispositivo regimental em que esteja baseada.

194. A participação plena e igualitária dos Senadores em todas as atividades le-gislativas, podendo os líderes partidários acordar sobre tudo, é um princípio básico contido no RISF.

195. O RISF garante modificação da norma regimental apenas por norma da legis-lativa competente, cumprido, rigorosamente, o procedimento regimental.

196. O RISF garante possibilidade de prevalência de acordo de lideranças ou de-cisão de Plenário sobre normas regimentais.

197. Segundo o RISF, há prevalência de norma especial sobre a geral.198. Decisão dos casos omissos de acordo com a consulta prévia ao Supremo

Tribunal Federal.

169

EXERCÍCIOSINTERDISCIPLINARESJulgue falso (F) ou verdadeiro (V).

1. O Poder Legislativo Federal é exercido pelo Congresso Nacional, composto de Câmara dos Deputados, hoje com 513 (quinhentos e treze) membros, e de Senado Federal, hoje com 81 (oitenta e um) membros, ambos eleitos para um mandato de quatro anos.

2. O Poder Legislativo Federal pode ser considerado bicameral, integrado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. A Câmara é composta de representantes do povo, eleitos pelo princípio proporcional. Já o Senado é composto de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos pelo princípio majoritário, na forma da legislação federal.

3. O Senado Federal distingue-se da Câmara dos Deputados em alguns aspectos. Um dos exemplos se dá quanto à forma de renovação; enquanto esta última se renova 100% (cem por cento) a cada legislatura, a primeira Casa renova-se alternadamente em 1/3 (um terço) e dois (dois terços) a cada legislatura.

4. O Senado Federal é sediado em Brasília. Entretanto, poderá o Senado reunir-se temporariamente fora de sua sede, desde que em qualquer local do Distrito Federal, sendo necessária para a hipótese a determinação da Mesa Diretora, provocada por deliberação da maioria absoluta de seus membros. Os eventos que poderão motivar essa excepcionalidade são: caso de guerra, comoção intestina (grave subversão da ordem pública) de calamidade pública, ou de acontecimento que impossibilite o seu funcionamento na sede.

5. Em regra, as deliberações do Senado e das suas Comissões serão tomadas pela maioria de votos, devendo estar presente a maioria absoluta dos seus membros, de onde se conclui que, para o quorum de presença: maioria abso-luta; para o quorum de votação: maioria simples ou relativa.

6. Poderá o Senado se reunir fora do período estabelecido para as Sessões Legislativas Ordinárias, ou seja, há previsão na Constituição da República e no Regimento Interno do Senado para a realização de Sessões Legislativas Extraordinárias.

7. Em cada legislatura haverá sessões preparatórias, cuja finalidade é dar posse aos Senadores da República, além de eleger e dar posse aos membros da Mesa Diretora (1º biênio) e eleger e dar posse à Mesa Diretora (2º biênio).

8. Na primeira sessão legislativa, as sessões preparatórias do Senado acontecem em de 1º fevereiro, e na terceira sessão legislativa, as sessões preparatórias acontecem no mês de fevereiro, em data a ser fixada pela Presidência da Casa.

9. A Mesa Diretora do Senado é o órgão colegiado da Casa Legislativa, eleita pelos próprios Senadores, para um mandato de dois anos. Os cargos dessa Mesa são: Presidente, Primeiro Vice-Presidente, Segundo Vice-Presidente, Primeiro, Terceiro e Quarto-Secretários, além de suplentes para todos esses cargos.

10. Na composição da Mesa Diretora, tanto quanto possível assegurar-se-á a proporcionalidade das bancadas (representação partidária ou de blocos parla-mentares) com assento no Senado, devendo sempre que possível, o suplente ser do mesmo partido ou bloco parlamentar do secretário.

11. As legislaturas, designadas em sequência ordinal, possuem uma duração de 4 anos, se iniciam com a diplomação do Senador da República, pela Justiça Eleitoral, sendo que o mandato desse parlamentar alcança duas legislaturas de uma só vez.

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12. É vedada a reeleição para o mesmo cargo dos membros da Mesa Diretora, entretanto é permitida a eleição para um novo cargo. Exemplifi cando-se: um Senador que ocupa o cargo de primeiro-secretário pode, na eleição imediata-mente subsequente, ser eleito Presidente da Mesa.

13. De acordo com critérios regimentais, caberá à Mesa, oriunda da legislatura anterior, excluídos os Senadores que encerraram os mandatos, mesmo que reeleitos, conduzir os trabalhos de eleição da Mesa Diretora. Na falta dos membros da Mesa anterior, assumirá a Presidência o mais idoso dentre os Senadores presentes.

14. Na hipótese de flagrante delito de crime inafiançável, poderá o Senador ser preso. Nesse caso, todavia, os autos do flagrante deverão, no prazo de vinte e quatro horas, seguir para o Senado onde, por voto da maioria relativa dos Senadores, haverá deliberação acerca da prisão do Senador.

15. Considerar-se-á investido no mandato de Senador o candidato da chapa vi-toriosa nas eleições para o Senado, a partir do momento do recebimento do diploma conferido pela Justiça Eleitoral.

16. Integrar o Plenário e as Comissões, votar e ser votado, oferecer proposições, tomar parte nas sessões, fazer uso da palavra nos termos do Regimento In-terno; eis aqui algumas das atribuições do Senador da República, no exercício do seu mandato.

17. Na qualidade de representantes dos Estados e do Distrito Federal, o Senador poderá solicitar, de acordo com o RISF, informações às autoridades sobre fatos relativos ao serviço, atinentes à função fiscalizadora do Senado ou, ainda, de utilidade à elaboração legislativa.

18. É permitido aos Senadores, diante de finalidades relacionadas ao exercício do mandato ou não, utilizarem-se dos serviços administrativos do Senado.

19. O servidor público, de um modo geral, deve apresentar ao órgão ao qual se vincula sua declaração de bens e de imposto de renda. Os Senadores, dada suas prerrogativas e imunidades, se excluem dessa obrigatoriedade.

20. Se o parlamentar ocupar cargo nas Comissões do Senado, o que se dá em razão da bancada (partido ou bloco) da qual faça parte, e vier posteriormente a se desvincular dessa bancada, ainda assim permanecerá a ocupar o cargo até o fim do mandato de Senador, havendo exceção para os cargos da Mesa Diretora.

21. O Regimento Interno do Senado Federal, escoimado na norma constitucional, veda a possibilidade de que seja concedida licença ao Senador para ocupar cargos no Poder Exe cutivo. Depreende-se, portanto, que, se um Senador, por exemplo, tomar posse como Governador de Território Federal, será declarado vago o seu cargo no Senado.

22. Se investido na condição de Ministro de Estado, Secretário de Governo do Distrito Fe deral, de prefeitura de capital ou de Território, bem como de Go-vernador de Território ou chefe de missão diplomática temporária, o Senador poderá se licenciar da Casa sem, entretanto, perder o mandato, nem o cargo que detiver na Mesa Diretora.

23. Acometido de doença que o impossibilite de comparecer à Casa Legislativa, desde que comprovada por laudo de inspeção de saúde, o Senador poderá se licenciar sem prejuízo da sua remuneração.

24. O estado de sítio é a situação emergencial onde, para a defesa e segurança da sociedade, suspendem-se temporariamente algumas das garantias consti-tucionais. Os Senadores, em regra, na decretação do estado de sítio, mantêm suas imunidades.

171

25. A autorização para a propositura de processo penal, ou mesmo instauração de inquérito policial contra Senador, deverá ser concedida pelo Senado Federal, por solicitação do Presidente do STF.

26. Na hipótese de ser preso em flagrante delito pela prática de crime inafiançá-vel, o Senador somente poderá ter relaxada a sua prisão por ordem judicial emanada de Ministro ou órgão do STF, Tribunal com competência originária para julgar parlamentar federal.

27. Por votação secreta da maioria absoluta dos membros, o Senado decidirá sobre a prisão e autorização da formação de culpa de Senador, devendo necessariamente o STF aguardar essa autorização para iniciar o processo penal.

28. As vacâncias de membros do Senado serão verificadas em virtude de fale-cimento, renúncia, perda do mandato e exoneração, inabilitação no estágio probatório.

29. Ocorrendo vacância no Senado Federal e não havendo o suplente para o preenchimento da vaga, o Senado prosseguirá impreterivelmente os seus trabalhos até o término da legislatura com um Senador a menos.

30. Os partidos ou blocos parlamentares que se constituírem ao longo da legislatura deverão escolher um Senador para ser o líder que, dentre outras competências, indicará os representantes das respectivas agremiações nas Comissões.

qUESTÕESDEPROVASDECONCURSOS1. (Cespe/1996) Ao Senado Federal compete julgar, como órgão judiciário,

o Presidente e Vice-Presidente da República, os Ministros do STF, o Pro-curador-Geral da República e o Advogado-Geral da União, nos crimes de responsabilidade. Julgue os itens seguintes relativos a esses casos.a) A eventual condenação limitar-se-á a perda do cargo, com inabilitação,

por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo, porém, de outras sanções judicialmente imponíveis.

b) Quando acusado, o Presidente da República será suspenso de suas funções, logo que instaurado o processo, até o máximo de 180 dias. Uma vez implementado este prazo e não encerrado o julgamento, cessará a suspensão sem embargo de continuar o processo.

c) Presidirá a sessão de julgamento o Presidente do STF.d) A instrução do processo e o oferecimento de libelo acusatório competirão

à Comissão formada com este fim específico.e) O Senado julgará também os crimes de responsabilidade perpetrados por

Ministro de Estado, quando conexos com crimes de responsabilidade de autoria do Presidente ou do Vice-Presidente da República.

2. (Cespe/1996) A fim de apurar os aspectos jurídicos e políticos da liberação, pelo Conselho Monetário Nacional, da cobrança de tarifas decorrentes de serviços prestados por bancos comerciais, a CAE do Senado Federal, acolhendo pro-posta de um de seus integrantes, cria uma subComissão temporária. A respeito da situação apresentada e das atribuições da CAE, em face do RISF, julgue os seguintes itens.a) É possível a criação de subComissões, desde que permanentes.b) Às Comissões compete escolher os respectivos Presidente e Vice-Presi-

dente, mediante eleição.

172

c) A Comissão pode, na investigação do tema, realizar audiências públicas, solicitar o depoimento de qualquer cidadão ou autoridade, inclusive de Ministro de Estado, e realizar diligências externas.

d) A Comissão deve receber e processar petições, reclamações, representa-ções ou queixas de qualquer cidadão, contra ato ou omissão de entidade ou autoridade pública em assunto de sua competência.

3. (Cespe/1996) Um membro do Senado Fe deral apresenta PEC, instituindo a pena de prisão perpétua para certos crimes hediondos, mediante instrução e julgamento sumários, em instância única e sem interrogatório do réu. A matéria é incluída na Ordem do Dia, recebendo emenda com o escopo de extinguir a estabilidade dos servidores públicos. À luz do RISF e em face da situação apresentada, julgue os itens.a) A proposta não pode ser objeto de deliberação.b) A emenda deve ser submetida à Comissão criada para emitir parecer sobre

a matéria, a fim de ser votada juntamente com a proposta inicial.c) Se a matéria da proposta for rejeitada ou havida por prejudicada, só na

legislatura subsequente poderá gerar nova proposta.d) A PEC será considerada aprovada após discussão e votação em dois turnos,

se obtiver, em cada Casa do Congresso Nacional e em ambos os turnos, maioria absoluta dos respectivos membros.

e) A Constituição não pode ser emendada durante intervenção federal, estado de defesa ou estado de sítio.

4. (Cespe/2002) Julgue os itens a seguir.a) A convocação de CPI no Senado Federal exige requerimento do mesmo

número de Senadores necessário para propor emenda constitucional.b) Enquanto na Câmara dos Deputados, a legislatura é de 4 anos, no Senado

Federal, a legislatura é de 8 anos.c) As sessões no Senado Federal podem ser: ordinárias, extraordinárias,

especiais e solenes.d) A falta de número não impede a realização das sessões ordinárias.e) A sequência dos trabalhos na Ordem do Dia não poderá ser alterada em

nenhuma hipótese.

5. (Cespe/2002) Considerando os direitos e as garantias fundamentais dispostos na Constituição de 1988, julgue os itens subsequentes.a) A expressão de atividade científica pode ser controlada pelo Estado brasilei-

ro, devendo o cientista pedir licença estatal para divulgar suas descobertas.b) A criação de associações não depende de autorização estatal.c) O Estado não pode usar a propriedade parti cular nem mesmo em caso de

iminente perigo pú blico.d) A obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos

e esclarecimento de situações de interesse pessoal, não depende do pa-gamento de taxas.

e) O partido político com representação nacional pode impetrar Mandado de Segurança coletivo contra ilegalidade ou abuso de poder.

6. (Cespe/2002) No tocante à compreensão da Organização do Estado Brasileiro e dos seus poderes, julgue os itens a seguir.a) A teoria do poder constituinte é fruto do contra tualismo e do racionalismo do

final do século XVIII e confere expressão jurídica aos conceitos de soberania nacional e popular, traduzidos na Constituição da República de 1988.

173

b) Segundo a Constituição brasileira, o poder constituinte derivado ou consti-tuído tem legitimidade para revisar, mas não para reformar a Constituição.

c) O poder constituinte derivado é ilimitado e não está preso às regras juridi-camente estabelecidas.

d) A Constituição brasileira de 1988 não permite alteração do texto constitu-cional diante do estado de sítio.

e) A forma republicana de governo não é fundamento imutável da Constituição de 1988.

7. (TRT/9ª Região /Analista Judiciário) Na hipótese de o Presidente da República não efetuar, junto ao Congresso Nacional, dentro de 60 (sessenta) dias após a abertura da sessão legislativa anual, a apresentação de contas referentes ao exercício anterior, deve-se proceder à tomada de contas pelo(a):a) congresso Nacional.b) câmara dos Deputados.c) senado Federal.d) tribunal de Contas da União.e) ministério Público Federal.

8. (Cespe/INSS/Fiscal/1998) Julgue os seguintes itens.a) Pela sistemática instituída na Constituição de 1988, a seguridade social é

totalmente financiada por recursos provenientes de contribuições sociais dos empregadores e dos trabalhadores, não sendo possível que o Congresso Nacional crie outras contribuições para esse fim.

b) Os membros do Congresso Nacional e das assembleias legislativas somente podem responder a processo judicial ou administrativo, mesmo que de ca-ráter fiscal, em seguida à autorização da Casa legislativa a que pertençam.

c) Mesmo que o Presidente da República vete projeto de lei por entendê-lo inconstitucional, o veto pode ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto.

d) Não se admite emenda parlamentar em projeto de lei da iniciativa exclusiva do Presidente da República.

e) As leis complementares não têm a mesma posição hierárquica das normas constitucionais que regulam.

9. (Esaf/Assistente Jurídico/AGU/1999) Assinale a opção correta.a) Segundo entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal, qualquer

alteração que afete os direitos fundamentais configura lesão expressa à cláusula pétrea.

b) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, não só as normas constantes do catálogo de direitos fundamentais, mas também outras nor-mas consagradoras de direitos fundamentais constantes do Texto Consti-tucional podem estar gravadas com a cláusula de imutabilidade.

c) Os direitos previstos em tratados internacionais firmados pelo Brasil somente poderão ser alterados mediante emenda constitucional.

d) É vedada a alteração de disposições transitórias constantes do texto cons-titucional original.

e) Segundo a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, é admissível a arguição de inconstitucionalidade de norma constitucional originária.

174

10. (Cespe/Del. Polícia Federal/1997) Com relação aos direitos políticos, julgue os itens abaixo.a) Os direitos políticos compreendem as faculdades de votar e de ser votado

e nelas esgotam-se.b) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros alfabetizados

e maiores de dezoito anos.c) O sufrágio no Brasil possui índole capacitária e censitária.d) No Brasil, quem tem capacidade eleitoral passiva tem, necessariamente,

a ativa; todavia, nem todo eleitor é elegível.e) Inelegibilidade é diferente de inalistabilidade, que, por sua vez, é diferente

de incompatibilidade.

11. (Esaf/Fortaleza – CE/ Auditor/1998) Assinale a opção correta.a) Os Ministros de Estado somente poderão ser processados e julgados nos

processos por crime comum após a autorização da Câmara dos Deputados.b) A imunidade a atos estranhos ao exercício das funções, prevista na Consti-

tuição Federal em relação ao Presidente da República, pode ser estendida aos Governadores de Estado.

c) A Constituição estadual não pode condicionar a instauração de proces-so-crime contra o Governador do Estado à prévia aprovação da Assembleia Legislativa.

d) A definição de crime de responsabilidade e a fixação das regras do processo de impeachment no âmbito estadual são da competência privativa da União.

e) Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a prerrogativa de foro das pessoas investidas em cargos públicos, em relação aos processos penais pendentes, não cessa com o término do mandato, quer o crime tenha ocorrido antes ou durante o exercício da função pública.

12. Julgue os itens.a) A posse dos membros do Congresso Nacional ocorre ao início da sessão

legislativa, ou seja, a quinze de fevereiro, a partir do que se inicia a contagem do período legislativo respectivo, da sessão legislativa e da legislatura, não havendo espaço, no caso de posse dos membros da Câmara dos Deputa-dos, para se falar em sessão preparatória.

b) Todos os Deputados federais, dos Estados, Distrito Federal e Territórios Federais são eleitos pelo sistema proporcional, somente sendo aplicável, contudo, a regra que impõe a composição numérica proporcional ao eleito-rado, às bancadas dos Estados e do Distrito Federal, já que os Territórios Federais elegem, sempre, quatro Deputados.

c) A regra geral de votações nas Comissões da Câmara dos Deputados é maioria absoluta.

d) A organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defen-soria Pública da União, dos Territórios e do Distrito Federal é matéria sobre a qual o Congresso Nacional pode dispor, que tomará a forma de projeto de lei para tanto e que deverá ser submetido à sanção do Presidente da República.

e) Transferência temporária das sedes do Governo Federal e do Congresso Nacional são matérias de lei que dependem, assim, de sanção do Presidente da República.

175

13. Assinale as questões como certas (C) ou erradas (E).a) A lei que vai fixar os subsídios dos Ministros do Supremo Tribunal Federal

deve ter seu projeto iniciado, conjuntamente, pelos Presidentes da Repú-blica, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do próprio STF.

b) O Congresso Nacional tem competência para firmar tratados e acordos internacionais em nome do Brasil, quando acarretarem compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

c) O Congresso tem competência para julgar as contas do Presidente da República e dos demais ordenadores de despesa da Administração direta federal.

d) O Congresso tem competência para apreciar os atos de concessão ou renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão, mas o ato de concessão, de competência privativa do Presidente da República, somente será aprovado por maioria de dois quintos, em votação necessariamente nominal.

e) A alienação de terras públicas com área superior a 2.500 hectares depende, em qualquer caso, de aprovação do Congresso Nacional.

14. Julgue os itens.a) Comissão do Senado Federal tem poder para convocar Ministro de Estado

para comparecer, pessoalmente, para prestar informações, importando a ausência do convocado crime de responsabilidade.

b) A transformação e extinção de cargos da Câmara dos Deputados não de-pende de lei, podendo ser veiculadas por resolução dessa Casa Legisla tiva, o mesmo não acontecendo com a fixação da remuneração respectiva.

c) Os Ministros dos Tribunais Superiores têm a sua posse condicionada à aprovação do Senado Fe deral, por votação secreta de maioria relativa e após arguição em sessão pública, o mesmo acontecendo com os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em relação aos quais o quorum de aprovação, todavia, passa a ser de maioria absoluta.

d) O montante da dívida mobiliária dos Municípios depende de limites e con-dições impostas, pelo Senado Federal, por resolução.

e) O julgamento, pelo Senado, por crime de responsabilidade, tem a conde-nação dependente de quorum de maioria absoluta.

15. Julgue os itens.a) Senador pode ser preso.b) A proteção da imunidade parlamentar começa com a posse.c) As imunidades parlamentares podem ser suspen sas em caso de estado de

sítio.d) Deputados Federais estão proibidos, desde a diplo mação, de ser titular de

mais de um cargo ou mandato público eletivo.e) A condenação criminal transitada em julgado leva à perda do mandato do

parlamentar federal condenado.

16. Assinale as questões como certas (C) ou erradas (E).a) A inviolabilidade, ou imunidade material, que protege o parlamentar contra

demandas judiciais a partir de suas opiniões, palavras e votos configura caso de excludente de ilicitude.

176

b) Senador submetido à investigação parlamentar que possa, eventualmente, levar ao início do processo de cassação de mandato pode renunciar e, assim, evitar este processo.

c) A cassação de mandato eletivo é, a partir da proibição de cassação de direitos políticos, inconsti tucio nal.

d) Maioria relativa dos membros da Câmara dos Deputados pode convocar extraordinariamente o Congresso Nacional.

e) Comissões permanentes de ambas as Casas do Congresso têm compe-tência para votar projetos de lei.

17. Julgue os itens.a) Comissões Parlamentares têm competência constitucional para convocar

o depoimento de qualquer autoridade ou cidadão.b) Qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que arrecade ou

gerencie dinheiros públicos tem a obrigação constitucional de prestar contas ao Congresso Nacional.

c) A competência constitucional de fiscalização e controle externo é atribuição constitucional do Tribunal de Contas da União.

d) Atos de aposentadoria, atos de admissão de pessoal, exceto para cargos em Comissão, e atos posteriores àqueles, no âmbito da Administração direta, têm sua validade condicionada ao registro do TCU, após avaliação de sua legalidade.

18. Julgue os itens.a) As decisões do TCU de que resulte imputação de multa são auto-executáveis

e permitem a persecução do patrimônio do devedor.b) A emenda à Constituição, após sanção do Presidente da República, será

promulgada com o respectivo número de ordem pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, sendo incorreto afirmar-se que a promulgação é competência da Mesa do Congresso.

c) A exemplo de projeto de lei, um Senador ou um Deputado federal, isolada-mente, pode oferecer proposta de emenda à Constituição.

d) Matéria constante de PEC ou de PL rejeitados não poderá ser novamente votada na mesma sessão legislativa, exceto no caso de iniciativa de maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

19. Julgue os itens.a) Parlamentares não podem, por emenda, alterar projeto de lei de iniciativa

privativa do Presidente da República.b) O Presidente da República e os membros do Congresso Nacional podem

oferecer projeto de lei sobre qualquer matéria.c) A sanção tácita obriga a promulgação e publicação da lei pelo Presidente

do Senado Federal.d) O Presidente do Senado pode sancionar projetos de lei, no caso de o Pre-

sidente da República não se manifestar no prazo constitucional.

20. Assinale as questões como certas (C) ou erradas (E).a) O Presidente da República dispõe do prazo de 15 dias úteis para o veto ao

PL, e de mais 15 dias para a sanção.b) Projeto de lei delegada é emendável por Depu tados ou Senadores.

177

c) A lei delegada pode não ser submetida à apreciação pelo Congresso Na-cional.

d) Projeto de lei em regime de urgência, sendo esta solicitada pelo Presidente da República para qualquer projeto de lei em tramitação no Congresso, obriga a aprovação, nas duas Casas, em 45 dias.

SImULADO1. Julgue os itens.

a) A estipulação de imunidade material representa uma violação ao princípio da isonomia, constitucionalmente previsto.

b) O sistema de pesos e contrapesos, corolário da separação dos Poderes, determina a presença de mecanismos recíprocos de controle entre os Po-deres da República.

c) Caso a Constituição previsse a possibilidade de o Poder Legislativo sustar atos do Poder Exe cutivo que exorbitassem seu poder de regula mentação, isto constituiria uma violação ao princípio da separação dos Poderes, pre-visto no art. 2º da Carta Maior, e elevado à condição de cláusula pétrea.

d) O Congresso Nacional se reúne, anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, sendo que cada sessão legislativa terá a duração de quatro anos, compreendendo quatro legislaturas ou oito períodos legislativos.

2. Assinale o item correto.a) A ideia de separar as funções do Estado de forma harmônica e independente

foi levantada pela primeira vez por Montesquieu, em sua obra “O espírito das leis”.

b) A convocação extraordinária do Congresso Nacional pode ser feita pelos presidentes das Casas, pelo Presidente da República ou pela maioria relativa dos membros de ambas as Casas.

c) A Mesa do Congresso Nacional será composta pelo Presidente do Senado, 1º Vice-Presidente da Câmara, 2º Vice-Presidente do Senado, 1º Secre-tário da Câmara, 2º Secretário do Senado, 3º Secretário da Câmara e 4º Secretário do Senado.

d) A proibição de, numa mesma legislatura, haver a recondução para o mes-mo cargo de integrantes das Mesas da Câmara e do Senado não pode ser eliminada pela edição de uma emenda constitucional, já que se trata de uma cláusula pétrea.

3. As competências das Casas Legislativas estão expressamente indicadas na Constituição Federal. Dentre elas, podemos citar:

I – estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

II – proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;

III – suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitu-cional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;

IV – concessão de anistia; V – apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras

de rádio e televisão;

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VI – aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração de ofício do Procurador-Geral da República antes do término do seu mandato.

Assinale o item que indica apenas competências do Senado Federal.a) I, III, V e VI.b) III, IV, V e VI.c) I, II, IV, VI.d) II, III, V.e) I, III, e VI.

4. Julgue os itens.a) A representação dos Estados, do Distrito Fe deral e dos Territórios na Câ-

mara dos Deputados será estabelecida por lei ordinária, proporcionalmente à respectiva população.

b) Podemos afirmar que o sistema proporcional, adotado nas eleições para a Câmara dos Deputados, é aplicado de forma irrestrita.

c) As eleições para o Senado Federal seguem o princípio majoritário, sendo que cada Estado e o Distrito Federal contarão com três Senadores, com mandato de oito anos.

d) Apesar de o mandato dos Senadores ter a duração de oito anos, a reno-vação dos cargos é feita a cada legislatura, sendo, necessariamente, na proporção de 1/3 e 2/3 dos membros da Casa, alternadamente.

5. A respeito das Comissões Parlamentares de Inquérito, julgue os itens.a) Podemos afirmar que uma CPI possui somente poderes de investigação

próprios das autoridades judiciais.b) O fato de uma CPI possuir prazo certo para o término de seus trabalhos não

impede que haja sucessivas prorrogações, caso seu fim não seja alcançado no prazo inicialmente previsto.

c) A CPI, por possuir poderes de investigação próprios das autoridades judi-ciais, pode determinar a interceptação telefônica de seus investigados.

d) A Comissão Parlamentar de Inquérito não possui capacidade jurisdicional, limitando-se, caso constate a existência de crime, a enviar suas conclusões ao Ministério Público, titular da ação penal.

GABARITO

EXERCÍCIOSPROPOSTOS

1. Falso. A capital federal é Brasília, e não Distrito Federal.2. Falso. O Senado não poderá se reunir em qualquer outro lugar do mundo por

motivo de perturbação da ordem econômica, e sim, por motivo de perturbação da ordem social (guerra civil), e não é necessária deliberação do Plenário.

3. Falso.4. Verdadeiro. Maioria dos Senadores é maioria absoluta, que equivale a 41

Senadores.5. Verdadeiro. A expressão “comoção intestina” foi utilizada pelo Senador Ruy

Barbosa, em 1891.6. Falso. 2 de fevereiro, 17 de julho, 1º agosto e 22 de dezembro, quando caí-

rem em sábado, domingo ou feriados, poderão ser transferidos para o dia útil subsequente.

179

7. Falso. A convocação extraordinária do Congresso Nacional poderá ocorrer somente nos períodos de recesso das Casas (Senado e Câmara).

8. Falso. Maioria absoluta da Câmara e Senado.9. Falso. A duração é de 4 horas e trinta minutos, salvo prorrogação.10. Verdadeiro.11. Falso. O correto é SLO e a posse é para Senadores, e não Deputados.12. Verdadeiro.13. Verdadeiro. Ainda que a matéria exija maioria simples, é necessário, no Ple-

nário, maioria absoluta.14. Falso.15. Falso.16. Falso. Perante o Senado Federal17. Verdadeiro.18. Verdadeiro.19. Verdadeiro.20. Falso. O Regimento dispõe de 30 dias de prorrogação, que deverão ser re-

queridos e deliberados pelo Plenário.21. Falso. É para terminar o mandato do Senador, e não a legislatura.22. Falso. O primeiro suplente poderá ter 60 dias ou 30, depende do motivo.23. Falso.24. Verdadeiro.25. Verdadeiro.26. Falso. De segunda à sexta, às 14h, e sexta, às 9h.27. Falso. O texto leva a entender que uma PEC pode ser proposta por um Se-

nador, o que não é verdade.28. Verdadeiro.29. Falso. Não existe sessão solene no Senado Federal.30. Verdadeiro.31. Falso. Nem todas as prerrogativas, como, por exemplo, imunidade no que fala

e opina.32. Falso. O correto é afirmar que é indispensável, e não, dispensável.33. Verdadeiro.34. Falso. O Senador investido em cargos cons titucio nais poderá optar pela re-

muneração do mandato.35. Verdadeiro.36. Falso. O teto é o do Ministro do STF.37. Falso.38. Falso. Exceto durante a Ordem do Dia.39. Falso. Deve o Senador ser líder para ter preferência sobre os oradores inscritos.40. Verdadeiro.41. Verdadeiro.42. Falso. Inclusive para justificação de proposição.43. Falso.44. Verdadeiro.45. Falso. O encaminhamento de votação de requerimento de homenagem de

pesar ou de voto de aplauso ou semelhante é uma exceção.46. Verdadeiro.47. Falso. Pode ser interrompido pelo presidente.48. Falso. Salvo para explicação pessoal.49. Verdadeiro.50. Verdadeiro.

180

51. Verdadeiro.52. Verdadeiro.53. Verdadeiro.54. Verdadeiro.55. Falso. O presidente suspenderá a sessão, e não encerrará, como afirma o item.56. Verdadeiro.57. Verdadeiro58. Verdadeiro59. Falso. Preste atenção no prazo: são 10 dias, e não 5 dias.60. Verdadeiro.61. Verdadeiro.62. Verdadeiro.63. Falso. Não é vacância definitiva assunção em outro cargo público, pois não

definiu qual é o cargo.64. Verdadeiro. Perceba que o próprio Regimento, nos arts. 29 e 30, deixa o tema

confuso.65. Verdadeiro.66. Verdadeiro.67. Verdadeiro.68. Falso. A Mesa só possui sete membros segundo o art. 46, não incluindo os

suplentes de secretários. O presidente votará em caso de desempate de vo-tação ostensiva.

69. Falso. Não é o mais antigo, e sim, o mais idoso.70. Falso. Consulte o Parecer nº 555/1998 da CCJ.71. Verdadeiro.72. Falso. Só se faltar mais de quinze meses para o término do mandato.73. Falso. O art. 80 da Constituição Federal coloca o presidente do Senado depois

do presidente da Câmara quando se fala em substituição do Presidente da República.

74. Falso.75. Verdadeiro.76. Falso. Não é de forma irrecorrível.77. Falso.78. Falso. O mandato deles é de dois anos.79. Falso.80. Falso. Poderá haver apenas três escrutínios: um para o presidente, outro

para os vice-presidentes junto com os secretários e outro para os suplentes de secretários.

81. Falso. A votação é secreta.82. Falso.83. Falso.84. Falso. Será nas primeira e terceira sessões legislativas ordinárias.85. Falso.86. Falso. Não deverá, e sim, poderá ser indicado.87. Falso.88. Verdadeiro.89. Falso. A criação de CPI não precisa de aval do presidente do Senado.90. Muito falso. Vamos estudar esse tema no art. 91.91. Verdadeiro.92. Verdadeiro.

181

93. Verdadeiro.94. Falso.95. Falso.96. Falso.97. Falso.98. Verdadeiro.99. Verdadeiro.100. Verdadeiro.101. Falso.102. Verdadeiro.103. Falso. Só em caso de excepcionalidade não definida pelo Regimento.104. Falso. É uma única vez por 5 dias úteis, im pror rogáveis.105. Verdadeiro.106. Verdadeiro.107. Falso.108. Verdadeiro.109. Falso. O correto é 1 CPI como titular e 1 como suplente.110. Falso. O número de suplentes de uma CPI é a metade dos titulares mais um.111. Falso.112. Falso.113. Verdadeiro.114. Verdadeiro.115. Falso. É de acordo com o Código de Processo Penal.116. Verdadeiro.117. Falso. O prazo de uma CPI só poderá ser prorrogado por 1/3 do Senado Fe-

deral.118. Verdadeiro.119. Falso.120. Falso.121. Verdadeiro.122. Verdadeiro.123. Verdadeiro.124. Verdadeiro.125. Verdadeiro.126. Verdadeiro.127. Falso. Segundo a Constituição Federal de 1988, as Medidas Provisórias são

matérias incluídas automaticamente na pauta das Sessões Legis lativas ex-traordinárias.

128. Falso.129. Falso. Não há Ordem do Dia para posse dos Senadores.130. Verdadeiro.131. Falso.132. Falso.133. Falso. Indicações não possuem ementa.134. Falso. Exceto os requerimentos.135. Verdadeiro.136. Falso.137. Verdadeiro.138. Falso. O processo simbólico de votação é, necessariamente, votação ostensiva.139. Verdadeiro.140. Verdadeiro.

182

141. Falso.142. Falso.143. Falso.144. Verdadeiro.145. Falso. A CCJC emitirá no prazo definido um parecer, e não um relatório.146. Verdadeiro.147. Verdadeiro.148. Falso.149. Falso. São 5 dias improrrogáveis.150. Verdadeiro.151. Falso.152. Verdadeiro.153. Falso. Relator-geral e relatores parciais são designados, e não eleitos.154. Verdadeiro.155. Verdadeiro.156. Falso.157. Verdadeiro.158. Verdadeiro.159. Verdadeiro.160. Falso. Não é rito normal.161. Verdadeiro.162. Falso. É após a votação da matéria.163. Falso. A língua deve ser a portuguesa.164. Falso. Despachado à CRE.165. Verdadeiro.166. Verdadeiro.167. Falso. Essa competência é privativa da Câmara dos Deputados.168. Verdadeiro.169. Falso.170. Verdadeiro.171. Falso.172. Verdadeiro.173. Falso.174. Falso. Existem outras possibilidades.175. Falso. O prazo é de 3 dias.176. Falso. O lugar é decidido pela Presidência.177. Falso.178. Verdadeiro.179. Falso. 10 dias simples, modificação, e 20 dias, reforma.180. Falso. O correto é ao fim de cada legislatura.181. Verdadeiro.182. Falso.183. Verdadeiro.184. Falso. A Questão de Ordem é decidida pelo presidente com recurso para o

Plenário, de ofício ou mediante requerimento, que só será aceito se formulado ou apoiado por líder.

185. Falso.186. Falso. Um só Senador.187. Falso. Só ouve a CCJ se o recurso for de texto constitucional.188. Verdadeiro.189. Falso

183

190. Verdadeiro.191. Falso.192. Verdadeiro.193. Verdadeiro.194. Falso. Sobre tudo, não. Somente o que o Regimento permitir, pois devem ser

respeitadas as limitações.195. Verdadeiro.196. Falso. É a impossibilidade.197. Verdadeiro.198. Falso. Em caso de omissão, o Regimento será preenchido pela analogia e

princípios gerais do direito.

EXERCÍCIOSINTERDISCIPLINARES1. F2. V3. V4. F5. V6. V7. F8. F9. F

10. F11. F12. F13. V14. F15. F16. V17. V18. F19. F20. F21. F22. F23. V24. F25. F26. F27. F28. F29. F30. V

qUESTÕESDEPROVASDECONCURSOS1. a) Certa. b) Certa. c) Certa. d) Certa. e) Certa.

184

2. a) Errada. Às Comissões é permitida a criação de até quatro subComissões entre permanentes e temporárias.

b) Certa. c) Certa. d) Certa.

3. a) Certa. b) Errada. A Comissão responsável pela PEC é a CCJ. c) Certa. d) Errada. e) Certa.

4. a) Certa. b) Errada. c) Errada. As sessões no Senado Federal podem ser Deliberativas (ordinárias

ou extraordinárias), não Deliberativas ou Especiais. d) Errada. O quorum para abertura da sessão é de um vigésimo de Senador.

Na falta desta quantidade o regimento não permite a abertura da sessão. e) Errada. Há possibilidade de inversão de pauta.

5. a) Errada. Essa disposição vai de encontro com o disposto no art. 5º, IX, da Constituição Federal, que dispõe ser livre a expressão da atividade intelec-tual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

b) Errada. Dispõe o art. 5º, XVIII, da Carta Maior, que a criação de associações independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

c) Errada. O art. 5º, em seu inciso XV, dispõe que a autoridade competente pode usar a propriedade particular no caso de iminente perigo público, sendo assegurada ao proprietário indenização se houver dano nessa utilização.

d) Certa. e) Certa.

6. a) Certa. b) Errada. c) Errada. d) Certa. e) Certa.

7. b) Segundo o art. 51 da Constituição Federal, é competência privativa da Câmara dos Deputados proceder à Tomada de Contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro 60 dias após a abertura da sessão legislativa.

8. a) Errada. O art. 195 prevê uma série de outras contribuições que podem ser criadas para o custeio do sistema de seguridade social.

b) Errada. Em primeiro lugar, a questão é falsa, pois a imunidade formal dos parlamentares não alcança processos administrativos e ficais. Além disso, é falsa também, pois pela nova sistemática constitucional, não é mais preciso pedir autorização da Casa para processar o parlamentar, cabendo à Casa tão somente o pedido de sustação do processo, se for o caso.

c) Certa.

185

d) Errada. É possível emendar projeto do Presidente, só não se pode aumentar a despesa prevista nesses projetos.

e) Certa.

9. a) Errada. Nem toda alteração a direitos fundamentais configura lesão à cláu-sula pétrea. No julgamento das ADINs nos 3.105 e 3.128, o STF consolidou o entendimento de que as emendas constitucionais podem aumentar ou até diminuir os direitos fundamentais, desde que não extingam seu núcleo básico.

b) Certa. c) Errada. A alteração de direitos fundamentais constantes de tratados interna-

cionais não precisa de emendas constitucionais, bastando mera alteração por legislação ordinária.

d) Errada. O ADCT também é passível de emendas constitucionais. e) Errada. As normas constitucionais originárias (derivadas do poder consti-

tuinte originário) não são passíveis de controle de constitucionalidade.

10. a) Errada. Os direitos políticos vão muito além de votar e ser votado, incluindo todas as formas de atuação do cidadão na política estatal.

b) Errada. Nem todos alfabetizados e maiores de 18 anos são obrigados a se alistar, visto que se esta pessoa tiver mais de 70 anos o alistamento será facultativo.

c) Errada. O sufrágio é universal. d) Certa. e) Certa.

11. a) Errada. Não é necessária tal autorização. b) Errada. O STF já decidiu, diversas vezes, que a imunidade citada não pode

ser estendida aos Governadores. c) Errada. A Constituição Estadual pode instituir tal limitação (HC 80.511

do STF) d) Certa. e) Errada. Esta questão sofreu modificações legais que foram julgadas incons-

titucionais pelo Plenário do STF.

12. a) Errada. A cada nova legislatura existirão as sessões preparatórias. Além disso, a Emenda Constitucional nº 50 alterou a data de início da sessão legislativa para 2 de fevereiro.

b) Certa. c) Errada. A regra geral é a maioria simples. d) Certa. e) Errada. A transferência temporária da sede do Congresso Nacional não

depende de sanção presidencial.

13. a) Errada. A recente alteração constitucional (Emenda Constitucional nº 41/2003) tornou este item falso, pois não há mais a necessidade de lei de iniciativa conjunta.

b) Errada. Em verdade, o Congresso não firma tratados, ele apenas resolve definitivamente (ratifica mediante decreto legislativo) sobre estes tratados.

186

c) Errada. A competência para julgar as contas dos demais ordenadores de despesa é do TCU (art. 71, II, da CF).

d) Errada. O ato de não concessão é que está sujeito a esse rito. e) Certa.

14. a) Certa. b) Certa. c) Errada. Esta questão se tornou falsa com a aprovação da Emenda Cons-

titucional nº 45/2004, que elevou o quorum de aprovação dos candidatos a membro do STJ e TST também para maioria absoluta, tal como ocorre no STF.

d) Certa. e) Errada. A maioria para a condenação é de 2/3. (art. 52, parágrafo único

da CF)

15. a) Certa. b) Errada. A imunidade começa com a expedição do diploma c) Certa. d) Errada. Essa proibição só começa com a posse. e) Certa.

16. a) Certa. b) Certa. c) Errada. A cassação do mandato eletivo não significa cassação de direitos

políticos. d) Errada. Para a convocação extraordinária é necessária a maioria absoluta

da Casa. (art. 57, § 6º da CF) Obs.:alguns julgados do STF dizem que a inviolabilidade (alternativa a)

seria uma exclu dente de criminalidade. e) Certa.

17. a) Certa. b) Errada. Essa competência é exercida perante o TCU. c) Errada. Tal competência é do Congresso Nacional, o qual será auxiliado

pelo TCU. d) Certa.

18. a) Certa. b) Errada. O Presidente não sanciona projeto de emenda constitucional e a

promulgação é pelas mesas do Congresso Nacional. c) Errada. A abertura de projeto de emenda constitucional é condicionado ao

requerimento de, pelo menos, 1/3 dos Deputados ou dos Senadores. d) Errada. Em nenhuma hipótese o projeto de PEC rejeitado pode ser votado

novamente na mesma sessão legislativa.

19. a) Errada. É possível a alteração, via emenda parlamentar, de projeto de lei de iniciativa privativa do Presidente da República, só não é possível o aumento de despesa.

187

b) Errada. Existem matérias que só podem ser iniciadas por projetos de lei do Judiciário e do Ministério Público.

c) Errada. Quem deve promulgar e fazer publicar, no caso, é o próprio Presi-dente da República.

d) Errada. No caso de o Presidente da República não se pronunciar no prazo previsto, já há a sanção automática.

20. a) Errada. O prazo para sanção ou veto é um só. b) Errada. O projeto de lei delegada, se retornar ao Congresso Nacional, não

pode ser emendado. c) Certa. d) Errada. O prazo de 45 dias não é comum, mas sim de cada uma das Casas.

SImULADO

1. a) Errada. A isonomia material consiste em tratar os iguais de forma igual, e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades. Tal diferenciação, aliás, encontra amparo lógico, racional e fático.

b) Certa. c) Errada. O sistema de pesos e contrapesos prevê a harmonia entre os Pode-

res. Essa harmonia é garantida pela presença de mecanismos como esses, descritos na questão, que permitem que um Poder fiscalize a atuação do outro, de forma a coibir eventuais abusos.

d) Errada. A legislatura tem a duração de quatro anos, enquanto as sessões legislativas, no total de quatro, compõem uma legislatura. (art. 44 da Cons-tituição Federal).

2. a) Errada, pois essa ideia vem desde Aristóteles em “Política”, vindo a ser desenvolvida também por John Locke em seu “Segundo tratado de governo civil”.

b) Errada, pois, tratando-se de requerimento, não há que se falar em maioria relativa.

c) Certa. d) Errada. Não é cláusula pétrea, tanto que foi tentada a sua eliminação.

3. e

4. a) Errada, por dois pontos: primeiro que Território tem número certo: 4 Depu-tados; segundo, que não é lei ordinária, mas sim complementar.

b) Errada. Há restrição de 8 a 70 Deputados. c) Certa. d) Certa.

5. a) Errada. Os regimentos internos das respectivas Casas podem definir outros poderes.

b) Certa. c) Errada. A escuta telefônica se inclui na cláusula de reserva jurisdicional, já

que o § 5º, XII, expressamente se refere a ordem judicial. d) Certa.

188

dackson soares

DO PODERLEGISLATIVO

A CF/1988 consagrou a forma bicameral do Poder legislativo, dispondo, no art. 44, que o Poder Legislativo será exercido pelo Congresso Nacional, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, não havendo predominância ou hierarquia de uma Casa sobre a outra.

O sistema bicameral brasileiro é federal, ou seja, decorre da forma de Estado. Cabe ao Senado Federal a representação dos Estados e do Distrito Federal na formação das leis, cumprindo-se, assim, o princípio da participação, imprescindível à configuração do federalismo. Já a Câmara dos Deputados compõe-se de repre-sentantes do povo.

Importante requisito de autonomia do Poder Legislativo é a garantia constitu-cional de sua auto-organização, sendo cada Casa competente para elaboração de seu próprio regimento interno.

E assim sendo, as duas Casas reunidas são competentes para a elaboração do Regimento Interno Comum do Congresso Nacional (CF, artigo 57, § 3º, II)

DASSESSÕESCONjUNTASDOCONGRESSONACIONAL

A regra do bicameralismo é o funcionamento separado de cada Casa Legislativa. Entretanto, a Constituição Federal de 1988 estabelece casos de reunião conjunta, como os que se seguem:

CF, artigo 48: Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:I – sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;II – plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;III – fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;IV – planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;V – limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;VI – incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;VII – transferência temporária da sede do Governo Federal;VIII – concessão de anistia;IX – organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defen-soria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal;X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (redação dada pela emenda Constitucional nº 32, de 2001)

189

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (redação dada pela emenda Constitucional nº 32, de 2001)XII – telecomunicações e radiodifusão;XIII – matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;XIV – moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.XV – fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, obser-vado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (redação dada pela emenda Constitucional nº 41, 19/12/2003)

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;II – autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;III – autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;IV – aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;VI – mudar temporariamente sua sede;VII – fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (redação dada pela emenda Constitucional nº 19, de 1998)VIII – fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (redação dada pela emenda Constitucional nº 19, de 1998)IX – julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;X – fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;XII – apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;XIII – escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;XIV – aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucle-ares;XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;XVI – autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;XVII – aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.

190

Além das situações acima citadas, haverá ainda reunião conjunta para discutir e votar orçamento (CF, art. 166), e delegar ao Presidente da República poderes para legislar (CF, art. 68).

As sessões conjuntas somente serão abertas com a presença mínima de 1/6 dos membros de cada Casa do Congresso Nacional (art. 28 do regimento comum).

DALEGISLATURAEDASESSÃOLEGISLATIVAQue não se confunda legislatura com sessão legislativa. Legislatura é o período

equivalente à duração do mandato de um Deputado Federal, ou seja, quatro anos, conforme se verifica do parágrafo único do art. 44 da Constituição Federal. Assim um Senador exerce seu mandato por duas legislaturas.

a) A sessão legislativa ordinde 02 de fevereiro a 17 de julho; eb) de 1º de agosto a 22 de dezembro.

Encontramos também na Constituição Federal o recesso parlamentar, que compreende os períodos de 18 a 31 de julho e 23 de dezembro a 1º de fevereiro (art. 57 da CF – recesso reduzido pela EC nº 50/2006 de 90 para 55 dias).

Ainda dispõe a Constituição que as reuniões marcadas para as datas men-cionadas (sessão legislativa ordinária) serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente, quando recaírem em sábados, domingos ou feriados, bem como a sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Além de outros casos previstos na Constituição – alguns citados anteriormente –, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para:

I – inaugurar a sessão legislativa;II – elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas;III – receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;IV – conhecer do veto e sobre ele deliberar.

A Mesa do Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

O Congresso Nacional poderá reunir-se em sessões ordinárias ou sessões extraordinárias.

Sessão ordinária consiste na reunião diária das Casas Legislativas: é o dia a dia do Congresso Nacional.

Sessão extraordinária é a reunião realizada além do horário preestabelecido ou em dias não úteis, para apreciar matéria determinada ou concluir a apreciação de matéria que já tenha a discussão iniciada.

Conforme encontra-se da Constituição Federal, artigo 57, § 6º a convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á: (redação dada pela emenda Cons-titucional nº 50, de 2006)

I – pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a de-cretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente – Presidente da República;

191

II – pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Depu-tados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (redação dada pela emenda Constitucional nº 50, de 2006)§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extra-ordinária do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da convocação.(incluído pela emenda Constitucional nº 32, de 2001)

RESOLUÇÃODOCONGRESSONACIONALNº1,DE1970

RegimentoComum3

TÍTULOIDIREÇÃO,OBjETOECONVOCAÇÃODASSESSÕESCONjUNTAS

Art.1º A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em sessão conjunta para:4

I – inaugurar a sessão legislativa (art. 57, § 3º, I, da Constituição);II – dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República eleitos (arts. 57,

§ 3º, III, e 78 da Constituição); III – [discutir, votar e] promulgar emendas à Constituição (art. 60, § 3º, da

Constituição);5

IV – (revogado pela Constituição de 1988);V – discutir e votar o Orçamento (arts. 48, II, e 166 da Constituição);6

VI – conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar (arts. 57, § 3º, IV, e 66, § 4º, da Constituição);7

VII – (revogado pela Constituição de 1988);VIII – (revogado pela Constituição de 1988);IX – delegar ao Presidente da República poderes para legislar (art. 68 da

Constituição);X – (revogado pela Constituição de 1988);XI – elaborar ou reformar o Regimento Comum (art. 57, § 3º, II, da Constituição); eXII – atender aos demais casos previstos na Constituição e neste Regimento.

3 As referências à Constituição Federal, constantes do Regimento Comum, são pertinentes ao texto vigente (5 de outubro de 1998 e Emendas posteriores).

4 A direção dos trabalhos do Congresso Nacional compete à Mesa do Congresso Nacional, nos termos do art. 57, § 5º, da Constituição; esse entendimento ficou consagrado na sessão de 22/9/1993, cuja ata foi publicada no DCN de 23/9/1993. O Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária realizada em 29/8/2001, ratificou este entendimento e pronunciou-se sobre a composição da Mesa do Congresso Nacional (MS nº 24.041)

5 [discutir, votar e] – expressões revogadas pela Constituição de 1988.6 Ver Resolução nº 1, de 2006-CN.7 Nos termos da Constituição de 1988, a apreciação incide sobre o Veto.

192

§ 1º Por proposta das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, poderão ser realizadas sessões destinadas a homenagear Chefes de Estados estrangeiros e comemorativas de datas nacionais.

§ 2º Terão caráter solene as sessões referidas nos itens I, II, III e § 1º.Art.2º Assessões que não tiverem data legalmente fixada serão convocadas

pelo Presidente do Senado ou seu Substituto, compré via audiência da Mesa da Câmara dos Deputados.

Art.3º Assessões realizar-se-ão no Plenário da Câmarados Deputados, salvo escolha prévia de outro local devidamente anunciado.

TÍTULOIIDOSLÍDERES

Art.4º São reconhecidas as lideranças das representações partidárias em cada Casa, constituídas na forma dos respectivos regimentos.8

§ 1º O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a função de líder do governo, com as prerrogativas constantes deste Regimento.

§ 2º O líder do governo poderá indicar três vice-líderes dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo.

§ 3º A estrutura de apoio para funcionamento da liderança ficará a cargo da Casa a que pertencer o parlamentar. (Nr)

Art.5º Aos Líderes, além de outras atribuições regimentais, compete a indicação dos representantes de seu Partido nas Comissões.

Art.6º Ao Líder é lícito usar da palavra, uma única vez, em qualquer fase da sessão, pelo prazo máximo de 5 (cinco) minutos, para comunicação urgente. (Nr)

Art.7º Em caráter preferencial e independentemente de inscrição, poderá o Líder discutir matéria e encaminhar votação.

Art.8º Ausente ou impedido o Líder,as suas atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder.

TÍTULOIIIDASCOmISSÕESmISTAS

Art.9º Os membros das Comissões Mistas do Congresso Nacional serão de-signados pelo Presidente do Senado9 mediante indicação das lideranças.

§ 1º Se os Líderes não fizerem a indicação, a escolha caberá ao Presidente.§ 2º O calendário para a tramitação de matéria sujeita ao exame das Comissões

Mistas deverá constardas Ordens do Diado Senado e da Câmara dos Deputados.§ 3º (revogado pela Constituição de 1988).Art.10. As Comissões Mistas, ressalvado o disposto no parágrafo único do

art. 21, no art. 9010 e no § 2º do art. 10411, compor-se-ão de 11 (onze) Senado-res e 11 (onze) Deputados, obedecido o critério da proporcionalidade partidária, incluindo-se sempre um representante da Minoria, se a proporcionalidade não lhe der representação.

8 Resolução nº 1/95-CN.9 De acordo com o art. 57, § 5º, da Constituição, a Mesa do Congresso Nacional é presidida pelo Pre

sidente do Senado Federal.10 Ver Resolução nº 1, de 2006-CN.11 Ver Resoluções nos 1, de 1996-CN, e 1, de 2002-CN.

193

§ 1º Os Líderes poderão indicar substitutos nas Comissões Mistas, mediante ofício ao Presidente do Senado7, que fará a respectiva designação.

§ 2º As Comissões Mistas reunir-se-ão dentro de 48 (quarenta e oito) horas de sua constituição, sob a presidência do mais idoso de seus componentes, para a eleição do Presidente e do Vice-Presidente, sendo, em seguida, designado, pelo Presidente eleito, um funcionário do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados para secretariá-la.

§ 3º Ao Presidente da Comissão Mista compete designar o Relator da matéria sujeita ao seu exame.

Art.10-A. O número de membros das comissões mistas estabelecido neste Re-gimento, nas resoluções que o integram e no respectivo ato de criação é acrescido de mais uma vaga na composição destinada a cada umadas Casas do Congresso Nacional, que será preenchida em rodízio, exclusivamente, pelas bancadas mi-noritárias que não alcancem, no cálculo da proporcionalidade partidária, número suficiente para participarem das referidas comissões.12

Art.10-B. As Comissões Mistas Especiais, criadas por determinação constitu-cional, poderão ter membros suplentes, Deputados e Senadores, por designação do Presidente do Senado Federal, em número não superior à metade de sua composição.13

Art.11. Perante a Comissão, no prazo de 8 (oito) dias a partir de sua instala-ção, o Congressista poderá apresentar emendas que deverão, em seguida, ser despachadas pelo Presidente.

§ 1º Não serão aceitas emendas que contrariem o disposto no art. 63 da Cons-tituição.

§ 2º Nas 24 (vinte e quatro) horas seguintes a partir do despacho do Presidente, o autor de emenda não aceita poderá, com apoiamento de 6 (seis) membros da Comissão, no mínimo, recorrer da decisão da Presidência para a Comissão.

§ 3º A Comissão decidirá por maioria simples em reunião que se realizará, por convocação do Presidente, imediatamente após o decurso do prazo fixado para interposição do recurso.

Art.12. Os trabalhos da Comissão Mista somente serão iniciados com a pre-sença mínima do terço de sua composição.

Art.13. Apresentado o parecer, qualquer membro da Comissão Mista poderá discuti-lo pelo prazo máximo de 15 (quinze) minutos, uma única vez, permitido ao Relator usar da palavra, em último lugar, pelo prazo de 30 (trinta) minutos.

Parágrafo único. O parecer do Relator será conclusivo e conterá, obrigatoria-mente, a sua fundamentação.

Art.14. A Comissão Mista deliberará por maioria de votos, presente a maioria de seus membros, tendo o Presidente somente voto de desempate.

Parágrafo único. Nas deliberações da Comissão Mista, tomar-se-ão, em separado, os votos dos membros do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, sempre que não haja paridade númerica em sua composição.14

Art.15. O parecer da Comissão, sempre que possível, consignará o voto dos seus membros, em separado, vencido, com restrições ou pelas conclusões.

12 Resolução nº 2, de 2000-CN.13 Resolução nº 3, de 1989-CN.14 Ver art. 44 da Constituição Federal.

194

Parágrafo único. Serão considerados favoráveis os votos pelas conclusões e os com restrições.

Art.16. O parecer da Comissão poderá concluir pela aprovação total ou parcial, ou rejeição da matéria, bem como pela apresentação de substitutivo, emendas e subemendas.

Parágrafo único. O parecer no sentido do arquivamento da proposição será considerado pela rejeição.

Art.17. A Comissão deverá sempre se pronunciar sobre o mérito da proposição principal e das emendas, ainda quando decidir pela inconstitucionalidade daquela.

Art.19. Das reuniões das Comissões Mistas lavrar-se-ão atas, que serão sub-metidas à sua apreciação.

Art.20. Esgotado o prazo destinado aos trabalhos da Comissão, sem a apre-sentação do parecer, este deverá ser proferido oralmente, em plenário, por ocasião da discussão da matéria.

Art.21. As Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito serão criadas em sessão conjunta, sendo automática a sua instituição se requerida por 1/3 (um ter-ço) dos membros da Câmara dos Deputados mais 1/3 (um terço) dos membros do Senado Federal [dependendo de deliberação quando requerida por congressista].15

Parágrafo único. As Comissões Parlamentares Mistas de Inquérito terão o número de membros fixado no ato da sua criação, devendo ser igual a participação de Deputados e Senadores, obedecido o princípio da proporcionalidade partidária.

TÍTULOIVDAORDEmDOSTRABALHOS

CAPÍTULOIDasSessõesemGeral

SeçãoIDisposiçõesPreliminares

Art.22. A sessão conjunta terá a duração de 4 (quatro) horas.Parágrafo único. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada

uma votação, esta será ultimada independentemente de pedido de prorrogação.Art.23. Ouvido o Plenário, o prazo de duração da sessão poderá ser prorrogado:a) por proposta do Presidente;b) a requerimento de qualquer Congressista.§ 1º Se houver orador na tribuna, o Presidente o interromperá para consulta ao

Plenário sobre a prorrogação.§ 2º A prorrogação será sempre por prazo fixo que não poderá ser restringido,

salvo por falta de matéria a tratar ou de número para o prosseguimento da sessão.§ 3º Antes de terminada uma prorrogação poderá ser requerida outra.§ 4º O requerimento ou proposta de prorrogação não será discutido e nem terá

encaminhada a sua votação.Art.24. A sessão poderá ser suspensa por conveniência da ordem.Art.25. A sessão poderá ser levantada, a qualquer momento, por motivo de

falecimento de Congressista ou de Chefe de um dos Poderes da República.

15 [dependendo de deliberação quando requerida por congressista] – expressões revogadas pela Consti-tuição de 1988.

195

Art.26. No recinto das sessões, somente serão admitidos os Congressistas, funcionários em serviço no plenário e, na bancada respectiva, os representantes da imprensa credenciados junto ao Poder Legislativo.

Art.27. As sessões serão públicas, podendo ser secretas se assim o deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de Líder, prefixando-se-lhes a data.

§ 1º A finalidade da sessão secreta deverá figurar expressamente na proposta, mas não será divulgada.

§ 2º Para a apreciação da proposta, o Congresso funcionará secretamente.§ 3º Na discussão da proposta e no encaminhamento da votação, poderão

usar da palavra 4 (quatro) oradores, em grupo de 2 (dois) membros de cada Casa, preferentemente de partidos diversos, pelo prazo de 10 (dez) minutos na discussão, reduzido para 5 (cinco) minutos no encaminhamento da votação.

§ 4º Na sessão secreta, antes de se iniciarem os trabalhos, o Presidente deter-minará a saída, do plenário, tribunas, galerias e demais dependências, de todas as pessoas estranhas, inclusive funcionários.

§ 5º A ata da sessão secreta será redigida pelo 2º Secretário, submetida ao Plenário, com qualquer número, antes de levantada a sessão, assinada pelos membros da Mesa e encerrada em invólucro lacrado, datado e rubricado pelos 1º e 2º Secretários e recolhida ao arquivo.

Art.28. As sessões somente serão abertas com a presença mínima de 1/6 (um sexto) da composição de cada Casa do Congresso.

Art.29. À hora do início da sessão, o Presidente e os demais membros da Mesa ocuparão os respectivos lugares; havendo número regimental, será anunciada a abertura dos trabalhos.

§ 1º Não havendo número, o Presidente aguardará, pelo prazo máximo de 30 (trinta) minutos, a complementação do quorum; decorrido o prazo e persistindo a falta de número, a sessão não se realizará.

§ 2º No curso da sessão, verificada a presença de Senadores e de Deputados em número inferior ao mínimo fixado no art. 28, o Presidente encerrará os trabalhos, ex‑officio ou por provocação de qualquer Congressista.

Art.30. Uma vez aberta a sessão, o 1º Secretário procederá à leitura do ex-pediente.

§ 1º A ata da sessão, salvo o disposto no § 5º do art. 27, será a constante do diário do Congresso Nacional, na qual serão consignados, com fidelidade, pelo apa-nhamento taquigráfico, os debates, as deliberações tomadas e demais ocorrências.

§ 2º As questões de ordem e pedidos de retificação sobre a ata serão decididos pelo Presidente.

Art.31. A primeira meia hora da sessão será destinada aos oradores inscritos que poderão usar da palavra pelo prazo de 5 (cinco) minutos improrrogáveis.

SEÇÃOIIDAORDEmDODIA

ART.32.TERmINADOOEXPEDIENTE,PASSAR-SE-áàORDEmDODIA

Art.33. Os avulsos das matérias constantes da Ordem do Dia serão distribu-ídos aos Congressistas com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.

Art.34. Na organização da Ordem do Dia, as proposições em votação prece-derão as em discussão.

196

Parágrafo único. A inversão da Ordem do Dia poderá ser autorizada pelo Ple-nário, por proposta da Presidência ou a requerimento de Líder.

Art.35. Na Ordem do Dia, estando o projeto em fase de votação, e não havendo número para as deliberações, passar-se-á à matéria seguinte em discussão.

§ 1º Esgotada a matéria em discussão, e persistindo a falta de quorum para as deliberações, a Presidência poderá suspender a sessão, por prazo não superior a 30 (trinta) minutos, ou conceder a palavra a Congressista que dela queira fazer uso, salvo o disposto no § 2º do art. 29.

§ 2º Sobrevindo a existência de número para as deliberações, voltar-se-á à matéria em votação, interrompendo-se o orador que estiver na tribuna.

SEÇÃOIIIDAAPRECIAÇÃODASmATéRIAS

Art.36. A apreciação das matérias será feita em um só turno de discussão e votação [salvo quando se tratar de proposta de emenda à Constituição].16

Art.37. A discussão da proposição principal, das emendas e subemendas será feita em conjunto.

Parágrafo único. Arguida, pela Comissão Mista, a inconstitucionalidade da propo-sição, a discussão e votação dessa preliminar antecederão a apreciação da matéria.

Art.38. Na discussão, os oradores falarão na ordem de inscrição, pelo prazo máximo de 20 (vinte) minutos, concedendo-se a palavra, de preferência, alterna-damente, a Congressistas favoráveis e contrários à matéria.

Art.39. A discussão se encerrará após falar o último orador inscrito. Se, após o término do tempo da sessão, ainda houver inscrições a atender, será convocada outra, ao fim da qual estará a discussão automaticamente encerrada.

§ 1º A discussão poderá ser encerrada a requerimento escrito de Líder ou de 10 (dez) membros de cada Casa, após falarem, no mínimo, 4 (quatro) Senadores e 6 (seis) Deputados.

§ 2º Após falar o último orador inscrito, ou antes da votação do requerimento mencionado no § 1º, ao Relator é lícito usar da palavra pelo prazo máximo de 20 (vinte) minutos.

Art.40.Não será admitido requerimento de adiamento de discussão, podendo, entretanto, seradia da avotação, no máximo por 48 (quarenta e oito) horas, a re-querimento de Líder, desde que não seja prejudica da a apreciação da matéria no prazo constitucional.

Art.41. O requerimento apresentado em sessão conjunta não admitirá discussão, podendo ter sua votação encaminhada por 2 (dois) membros de cada Casa, de preferência um favorável e um contrário, pelo prazo máximo de 5 (cinco) minutos cada um.

Parágrafo único. O requerimento sobre proposição constante da Ordem do Dia deverá ser apresentado logo após ser anunciada a matéria a que se referir.

Art.42. A retirada de qualquer proposição só poderá ser requerida por seu autor e dependerá de despacho da Presidência.

Parágrafo único. Competirá ao Plenário decidir sobre a retirada de proposição com a votação iniciada.

16 [salvo quando se tratar de proposta de emenda à Constituição] – expressões revogadas pela Constituição de 1988.

197

Art.43. Nas deliberações, os votos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal serão sempre computados separadamente.

§ 1º O voto contrário de uma das Casas importará na rejeição da matéria.§ 2º A votação começará pela Câmara dos Deputados. Tratando-se, porém,

[de proposta de emenda à Constituição e]17 de projeto de lei vetado, de iniciativa de Senadores, a votação começará pelo Senado.

SeçãoIVDasmodalidadesdeVotação

Art.44. As votações poderão ser realizadas pelos processos simbólico, nominal e secreto.

Parágrafo único. As votações serão feitas pelo processo simbólico, salvo nos casos em que seja exigido quorum especial ou deliberação do Plenário, mediante requerimento de Líder ou de 1/6 (um sexto) de Senadores ou de Deputados.

Art.45. Na votação pelo processo simbólico, os Congressistas que aprovarem a matéria deverão permanecer sentados, levantando-se os que votarem pela rejeição. O pronunciamento dos Líderes representará o voto de seus liderados presentes, permitida a declaração de voto.

§ 1º Proclamado o resultado da votação de cada Casa, poderá ser feita sua veri-ficação a requerimento de Líder, de 5 (cinco) Senadores ou de 20 (vinte) Deputados.

§ 2º Na verificação, proceder-se-á à contagem, por bancada, dos votos favorá-veis e contrários, anotando os Secretários o resultado de cada fila, a não ser que o requerimento consigne o pedido de imediata votação nominal.

§ 3º Procedida a verificação de votação, e havendo número legal, não será permitida nova verificação antes do decurso de 1 (uma) hora.18

Art.46.As chamadas para votações nominais começarão, numa sessão, pelos representantes do extremo Norte, e, na outra votação, pelos do extremo Sul, e, assim, sempre alternadamente, na mesma ou na sessão seguinte.Os Líderes serão chamados em primeiro lugar.

§ 1º A chamada dos Senadores e Deputados será feita, preferencialmente, por membros das Mesas19 das respectivas Casas.

§ 2º À medida que se sucederem os votos, o resultado parcial da votação irá sendo anunciado, vedada a modificação do voto depois de colhido o de outro Congressista.

Art. 47.Na votação secreta, o Congressista chamado receberá uma sobre carta opaca, de cor e tamanho uniformes, e se dirigirá a uma cabina indevassável, colocadano recinto, na qual devem encontrar-se cédulas para a votação. Após colocar na sobre carta a cédula escolhida, lançá-la-á na urna, que se encontrará no recinto, sobaguarda de funcionários previamente designados.

§ 1º Conduzida a urna à Mesa, somente votarão os componentes desta.§ 2º A apuração será feita pela Mesa, cujo Presidente convidará, para

escrutinadores, um Senador e um Deputado, de preferência filiados a partidos políticos diversos.

17 [de proposta de emenda à Constituição e] – expressões revogadas pela Constituição de 1988.18 O Parecer no 134, de 1994, da CCJ-Senado, não apreciado pelo Plenário do Congresso Nacional, define

a aplicação deste dispositivo.19 Ver nota de rodapé nº 2.

198

§ 3º Os escrutinadores abrirão as sobrecartas e entregarão as cédulas aos Secretários, que contarão os votos apurados, sendo o resultado da votação anun-ciado pelo Presidente.

Art.48. Presente à sessão, o Congressista somente poderá deixar de votar em assunto de interesse pessoal, devendo comunicar à Mesa seu impedimento, computado seu comparecimento para efeito de quorum.

SeçãoVDoProcessamentodaVotação

Art. 49. Encerrada a discussão, passar-se-á, imediatamente, à votação da matéria, podendo encaminhá-la 4 (quatro) Senadores e 4 (quatro) 17 Ver nota de rodapé nº 2.28 Deputados, de preferência de partidos diferentes, pelo prazo de 5 (cinco) minutos cada um.

§ 1º Votar-se-á, em primeiro lugar, o projeto, ressalvados os destaques dele requeridos e as emendas.

§ 2º As emendas serão votadas em grupos, conforme tenham parecer favorável ou contrário, ressalvados os destaques e incluídas, entre as de parecer favorável, as da Comissão. Das destacadas, serão votadas inicialmente as supressivas, seguindo-se-lhes as substitutivas, as modificativas e as aditivas.

§ 3º As emendas com subemendas serão votadas uma a uma, salvo deliberação em contrário, sendo que as subemendas substitutivas ou supressivas serão votadas antes das respectivas emendas.

§ 4º Havendo substitutivo, terá preferência sobre o projeto se de autoria da Comissão, ou se dela houver recebido parecer favorável, salvo deliberação em contrário.

§ 5º Quando o projeto tiver preferência de votação sobre o substitutivo, é lícito destacar parte deste para incluir naquele; recaindo a preferência sobre o substitutivo, poderão ser destacadas partes do projeto ou emendas.

§ 6º Aprovado o substitutivo, ficam prejudicados o projeto e as emendas, salvo o disposto no § 5º.

Art.50. Os requerimentos de preferência e de destaque, que deverão ser apre-sentados até ser anunciada a votação da matéria, só poderão ser formulados por Líder, não serão discutidos e não terão encaminhada sua votação.

SeçãoVIDaRedaçãofinaledosAutógrafos

Art.51.Concluída a votação, a matéria voltará à Comissão Mista para a redação final, ficando interrompida a sessão pelo tempo necessário à sua lavratura, podendo, entretanto, ser concedido à Comissão prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas para sua elaboração.

§ 1º Apresentada à Mesa, a redação final será lida e imediatamente submetida à discussão e votação.

§ 2º Será dispensada a redação final se o projeto for aprovado sem emendas ou em substitutivo integral, e o texto considerado em condições de ser definitiva-mente aceito.

Art.52. Aprovado em definitivo, o texto do projeto será encaminhado, em au-tógrafos, ao Presidente da República para sanção.

199

Parágrafo único. Tratando-se, porém, de matéria da competência exclusiva do Congresso Nacional, [salvo proposta de emenda à Constituição,]20 será promulgada pelo Presidente do Senado.

CAPÍTULOIIDasSessõesSolenes

SeçãoINormasGerais

Art.53.Nas sessões solenes, integrarão a Mesa o Presidente da Câmara e, mediante convite, o Presidentedo Supremo Tribunal Federal. No recinto serão re-servados lugares à saltas autoridades civis, militares, eclesiásticase diplomáticas, especialmente convidadas.

Parágrafo único. As sessões solenes realizar-se-ão com qualquer número.Art.54. Composta a Mesa, o Presidente declarará aberta a sessão e o fim para

que foi convocada.Parágrafo único. Nas sessões solenes não haverá expediente.Art.55. Nas sessões solenes, somente poderão usar da palavra um Senador

e um Deputado, de preferência de partidos diferentes, e previamente designados pelas respectivas Câmaras.

Parágrafo único. Na inauguração de sessão legislativa e na posse do Presidente e do Vice-Presidenteda República, não haverá oradores.

Art.56. Nas sessões solenes, não serão admitidas auestões de ordem.

SeçãoIIDaInauguraçãodeSessãoLegislativa

Art.57. Uma vez composta a Mesa e declarada aberta a sessão, o Presidente proclamará inaugurados os trabalhos do Congresso Nacional e anunciará a pre-sença, na Casa, do enviado do Presidente da República, portador da Mensagem, determinando seja ele conduzido até a Mesa, pelos Diretores das Secretarias do Senado e da Câmara dos Deputados, sem atravessar o plenário.

Parágrafo único. Entregue a Mensagem, o enviado do Presidente da República se retirará, devendo ser acompanhado até a porta, pelos referidos Diretores, e, no caso de pretender assistir à sessão, conduzido a lugar previamente reservado.

Art.58. De posse da Mensagem, o Presidente mandará proceder a sua leitura pelo 1º Secretário, fazendo distribuir exemplares impressos, se houver, aos Con-gressistas.

Art.59. Finda a leitura da Mensagem, será encerrada a sessão.

SeçãoIIIDaPossedoPresidenteedoVice-PresidentedaRepública

Art.60. Aberta a sessão, o Presidente designará 5 (cinco) Senadores e 5 (cinco) Deputados para comporem a comissão incumbida de receber os empossandos à entrada principal e conduzi-los ao Salão de Honra, suspendendo-a em seguida.

20 [salvo proposta de emenda à Constituição,] – expressões revogadas pela Constituição de 1988.

200

Art. 61. Reaberta a sessão, o Presidente e o Vice-Presidente eleitos serão introduzidos no plenário, pela mesma comissão anteriormente designada, indo ocupar os lugares, respectivamente, à direita e à esquerda do Presidente da Mesa.

Parágrafo único. Os espectadores, inclusive os membros da Mesa, conser-var-se-ão de pé.

Art.62. O Presidente da Mesa anunciará, em seguida, que o Presidente da República eleito irá prestar o compromisso determinado no art. 78 da Constituição, solicitando aos presentes que permaneçam de pé, durante o ato.

Art.63. Cumprido o disposto no artigo anterior, o Presidente da Mesa proclamará empossado o Presidente da República.

Art.64. Observadas as mesmas formalidades dos artigos anteriores, será, em seguida, empossado o Vice-Presidente da República.

Art.65. Após a prestação dos compromissos, o 1º Secretário procederá à leitura do termo de posse, que será assinado pelos empossados e pelos membros da Mesa.

Art.66. Ao Presidente da República poderá ser concedida a palavra para se dirigir ao Congresso Nacional e à Nação.

Art.67. Finda a solenidade, a comissão de recepção conduzirá o Presidente e o Vice-Presidente da República a local previamente designado, encerrando-se a sessão.

SeçãoIVDaRecepçãoaChefedeEstadoEstrangeiro

Art.68. Aberta a sessão, o Presidente designará 3 (três) Senadores e 3 (três) Deputados para comporem a comissão incumbida de receber o visitante à entrada principal e conduzi-lo ao Salão de Honra, suspendendo, em seguida, a sessão.

Art.69. Reaberta a sessão, o Chefe de Estado será introduzido no plenário pela comissão anteriormente designada, indo ocupar na Mesa o lugar à direita do Presidente.

§ 1º Os espectadores, inclusive os membros da Mesa, com exceção do Presi-dente, conservar-se-ão de pé.

§ 2º Em seguida, será dada a palavra aos oradores.Art.70. Se o visitante quiser usar da palavra, deverá fazê-lo após os orado-

res da sessão.Art. 71.Finda a solenidade, a Comissão de Recepçãoconduzirá o visitante

alugar previamente designado, encerrando-se a sessão.

CAPÍTULOIIIDasmatériasLegislativas

SeçãoIDaPropostadeEmendaàConstituição

Arts.72a84. (revogados pela Constituição de 1988).Art.85. Aprovada a proposta em segundo turno, as Mesas da Câmara dos Depu-

tados e do Senado Federal, em sessão conjunta, solene, promulgarão a emenda à Constituição com o respectivo número de ordem.21

Parágrafo Único. (revogado pela Constituição de 1988).

21 Ver art. 60, § 3o, da Constituição Federal.

201

SeçãoIIDoProjetodeLeideIniciativadoPresidente

daRepúblicaArts.86a88(revogados pela Constituição de 1988)

SeçãoIIIDoProjetodeLeiOrçamentária22

Art.89. A Mensagem do Presidente da República encaminhando projeto de lei orçamentária será recebida e lida em sessão conjunta, especialmente convocada para esse fim, a realizar-se dentro de 48 (quarenta e oito) horas de sua entrega ao Presidente do Senado.

Art.90. O projeto de lei orçamentária será apreciado por uma Comissão Mista que contará com a colaboração das Comissões Permanentes da Câmara dos De-putados e do Senado Federal.

§ 1º (revogado pela resolução nº 1, de 1991-CN, com a redação dada pela resolução nº 1, de 1993-CN).23

§ 2º O Suplente só participará dos trabalhos da Comissão Mista na ausência ou impedimento de membro titular.

§ 3º A participação das Comissões Permanentes, no estudo da matéria orça-mentária, obedecerá às seguintes normas:

a) as Comissões Permanentes interessadas, uma vez constituída a Comissão Mista, deverão solicitar ao Presidente desta, lhe seja remetido o texto do projeto de lei orçamentária;

b) a Comissão Mista, ao encaminhar o projeto à solicitante, estabelecerá prazos e normas a serem obedecidos na elaboração de seu parecer, o qual deverá abran-ger, exclusivamente, as partes que versarem sobre a matéria de sua competência específica;

c) a Comissão Permanente emitirá parecer circunstanciado sobre o anexo que lhe for distribuído e elaborará estudo comparativo dos programas e dotações pro-postas com a prestação de contas do exercício anterior e, sempre que possível, com a execução da lei orçamentária em vigor;

d) o parecer da Comissão Permanente será encaminhado, pelo Presidente da Comissão Mista, ao relator respectivo para que sirva como subsídio ao estudo da matéria;

e) o parecer do relator da Comissão Mista deverá fazer referência expressa ao ponto de vista expendido pela Comissão Permanente;

f) por deliberação da maioria de seus membros, as Comissões Permanentes do Senado e da Câmara dos Deputados, que tiverem competência coincidente, poderão realizar reuniões conjuntas sob a direção alternada dos respectivos Presidentes, podendo concluir pela apresentação de parecer único; e

g) os pareceres das Comissões Permanentes, que concluírem pela apresen-tação de emendas, deverão ser encaminhados à Comissão Mista dentro do prazo estabelecido na Resolução nº 1, de 2001-CN.

22 Ver art. 166 da Constituição Federal e Resolução no 1, de 2006-CN.23 As Resoluções nos 1, de 1991-CN, e 1, de 1993-CN, foram revogadas pela de no 2, de 1995-CN, que

por sua vez foi revogada pela Resolução no 1, de 2001-CN.

202

§ 4º As deliberações da Comissão Mista iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara dos Deputados, sendo que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas importará na rejeição da matéria.

§ 5º Na eleição do Presidente e do Vice-Presidente da Comissão, não se aplicam as disposições do § 4º.

Arts. 91 e 92. (revogados pela resolução nº 1, de 1991-CN).Art.93. O projeto será distribuído em avulsos nos 5 (cinco) dias seguintes à

sua leitura.Arts.94a98.(revogados pela resolução nº 1,de1991-CN).Art. 99. As emendas pendentes de decisão do Plenário serão discutidas e

votadas em grupos, conforme tenham parecer favorável ou contrário, ressalvados os destaques.

Art.100. Se a Comissão, no prazo fixado, não apresentar o seu parecer, o Pre-sidente do Senado, feita a publicação das emendas, convocará sessão conjunta para a apreciação da matéria, quando designará Relator que proferirá parecer oral.

Art.101.(revogado pela resolução nº 1, de 1991-CN).24

Art.102. Na tramitação do projeto de lei orçamentária anual, além das disposi-ções desta Seção, serão aplicadas, no que couber, as normas estabelecidas neste Regimento para os demais projetos de lei.

Art.103. À tramitação de projetos de orçamento plurianual de investimentos aplicar-se-ão, no que couber, as normas previstas nesta Seção.

SeçãoIVDoVeto25

Art.104. Comunicado o veto ao Presidente do Senado, este convocará sessão conjunta, a realizar-se dentro de 72 (setenta e duas) horas, para dar conhecimento da matéria ao Congresso Nacional, designação da Comissão Mista que deverá relatá-lo e estabelecimento do calendário de sua tramitação.

§ 1º O prazo de que trata o § 4º do art. 66 da Constituição será contado a partir da sessão convocada para conhecimento da matéria.

§ 2º A Comissão será composta de 3 (três) Senadores e 3 (três) Deputados, indicados pelos Presidentes das respectivas Câmaras, integrando-a, se possível, os Relatores da matéria na fase de elaboração do projeto.

Art.105. A Comissão Mista terá o prazo de 20 (vinte) dias, contado da data de sua constituição, para apresentar seu relatório.

Art.106. Distribuídos os avulsos com o texto do projeto, das partes vetadas e sancionadas e dos pareceres das Comissões que apreciaram a matéria, com o relatório ou sem ele, será realizada, no dia fixado no calendário, a sessão conjunta para deliberar sobre o veto.

Art.107. (revogado pela Constituição de 1988).26

Art.108.(revogado pela Constituição de 1988).

24 As Resoluções nos 1, de 1991-CN, e 1, de 1993-CN, foram revogadas pela de nº 2, de 1995-CN, que por sua vez foi revogada pela Resolução nº 1, de 2001-CN.

25 Ver alterações decorrentes do art. 66, § 4º, da Constituição Federal.26 Ver art. 68 da Constiuição Federal.

203

SeçãoVDosDecretos-leis

Arts.109 a 112. (revogados pela Constituição de 1988).

SeçãoVIDasImpugnaçõesdoTribunaldeContas

Arts.113 a 115. (revogados pela Constituição de 1988).

SeçãoVIIDaDelegaçãoLegislativa24

Art. 116. O Congresso Nacional poderá delegar poderes para elaboração legislativa ao Presidente da República [ou à Comissão mista especial para esse fim constituída].27

Art.117. Não poderão ser objeto de delegação o satos da competência exclusiva do Congresso Nacionale os da competência privativada Câmara dos Deputados ou do Senado Federal nem a legislação sobre:28

I – organização dos juízos e tribunais e as garantias da magistratura;29

II – a nacionalidade, a cidadania, os direitos públicos e o direito eleitoral;26 e III – o sistema monetário.30

24 Ver art. 68 da Constiuição Federal. 25 [ou à Comissão mista especial para esse fim constituída] – expressões revogadas pela Constituição de 1988. 26 Ver alterações decorrentes do art. 68, § 1º, da Constituição Federal.

Art.118. A delegação poderá ser solicitada pelo Presidente da República [ou proposta por Líder de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara dos deputados ou do senado Federal].27

Art.119. A proposta será remetida ou apresentada ao Presidente do Senado Federal, que convocará sessão conjunta, a ser realizada dentro de 72 (setenta e duas) horas, para que o Congresso Nacional dela tome conhecimento.

§ 1º Na sessão de que trata este artigo, distribuída a matéria em avulsos, será constituída a Comissão Mista para emitir parecer sobre a proposta.

§ 2º A Comissão deverá concluir seu parecer pela apresentação de projeto de resolução que especificará o conteúdo da delegação, os termos para o seu exercício e fixará, também, prazo não superior a 45 (quarenta e cinco) dias para promulgação, publicação ou remessa do projeto elaborado, para apreciação pelo Congresso Nacional.

Art.120. Publicado o parecer e distribuídos os avulsos, será convocada sessão conjunta para dentro de 5 (cinco) dias, destinada à discussão da matéria.

Art.121. Encerrada a discussão, com emendas, a matéria voltará à Comissão, que terá o prazo de 8 (oito) dias para sobre elas emitir parecer.

Parágrafo único. Publicado o parecer e distribuídos os avulsos, será convocada sessão conjunta para votação da matéria.

27 [ou à Comissão Mista Especial para esse fim constituída] – expressões revogadas pela Constituição de 1988.

28 Ver alterações decorrentes do art. 68, § 1o, da Constituição Federal.29 [ou proposta por Líder ou 1/3 (um terço) dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal]

– expressões revogadas pela Constituição de 1988.30 Resolução nº 1, de 2000-CN.

204

Art.122. O projeto de resolução, uma vez aprovado, será promulgado dentro de 24 (vinte e quatro) horas, feita a comunicação ao Presidente da República, quando for o caso.

Art.123. As leis delegadas, elaboradas pelo Presidente da República, irão à promulgação, salvo se a resolução do Congresso Nacional houver determinado a votação do projeto pelo Plenário.

Art.124.Dentro de 48 (quarenta e oito) horas do recebimento do projeto elabo-rado pelo Presidente da República, a Presidência do Senador e meterá a matéria à Comissão que tiver examinado a solicitação para, no prazo de 5 (cinco) dias, emitir seu parecer sobre a conformidade ou não do projeto como conteúdo da delegação.

Art.125. O projeto elaborado pelo Presidente da República será votado em globo, admitindo-se a votação destacada de partes consideradas, pela Comissão, em desacordo com o ato da delegação.

Art.126. (revogado pela Constituição de 1988).Art.127. Não realizado, no prazo estipulado, qualquer dos atos referidos no

art. 119, § 2º, in fine, considerar‑se‑á insubsistente a delegação.

SeçãoVIIIDaReformadoRegimentoComum

Art.128. O Regimento Comum poderá ser modificado por projeto de resolução de iniciativa:

a) das Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados; eb) de, no mínimo, 100 (cem) subscritores, sendo 20 (vinte) Senadores e 80

(oitenta) Deputados.§ 1º O projeto será apresentado em sessão conjunta.§ 2º No caso da alínea a, distribuído o projeto em avulsos, será convocada

sessão conjunta para dentro de 5 (cinco) dias, destinada a sua discussão.§ 3º No caso da alínea b, recebido o projeto, será encaminhado às Mesas do

Senado Federal e da Câmara dos Deputados, para emitirem parecer no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 4º Esgotado o prazo previsto no § 3º, com ou sem parecer, será convocada sessão conjunta, a realizar-se dentro de 5 (cinco) dias, destinada à discussão do projeto.

Art.129. Encerrada a discussão, com emendas de iniciativa de qualquer Con-gressista, o projeto voltará às Mesas do Senado e da Câmara para sobre elas se pronunciarem no prazo de 10 (dez) dias, findo o qual, com ou sem parecer, será convocada sessão conjunta para votação da matéria.

Art.130. As Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, se assim acordarem, poderão oferecer parecer único, tanto sobre o projeto quanto sobre as emendas.

TÍTULOVDASqUESTÕESDEORDEm

Art.131. Constituirá questão de ordem, suscitável em qualquer fase da sessão, pelo prazo de 5 (cinco) minutos, toda dúvida sobre a interpretação deste Regimento, na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição.

§ 1º A questão de ordem deve ser objetiva, indicar o dispositivo regimentalem-quesebaseia, referir-se acasoconcreto relacionado com a matéria tratada na ocasião, não podendo versar tese de natureza doutrinária ou especulativa.

205

§ 2º Para contraditar a questão de ordem, será permitido, a um Congressista, falar por prazo não excedente ao fixado neste artigo.

Art.132. É irrecorrível a decisão da Presidência em questão de ordem, salvo se estiver relacionada com dispositivo constitucional.

§ 1º Apresentado o recurso, que não terá efeito suspensivo, o Presidente, ex‑officio ou por proposta do recorrente, deferida pelo Plenário, remeterá a matéria à Comissão de Constituição e Justiça da Casa a que pertencer o recorrente.

§ 2º O parecer da Comissão, aprovado pelo Plenário, fixará norma a ser obser-vada pela Mesa nas hipóteses idênticas.

Art.133. Nenhum Congressista poderá renovar, na mesma sessão, questão de ordem resolvida pela Presidência.

TÍTULOVIDASDISPOSIÇÕESCOmUNS

SOBREOPROCESSOLEGISLATIVO

CAPÍTULOIDasDisposiçõesGerais

Art.134. O projeto de lei, aprovado em uma das Casas do Congresso Nacional, será enviado à outra Casa, em autógrafos assinados pelo respectivo Presidente.

Parágrafo único. O projeto terá uma ementa e será acompanha-do de cópia ou publicação de todos os documentos, votos e discursos que o instruíram em sua tramitação.

Art.135. A retificação de incorreções de linguagem, feita pela Câmara revisora, desde que não altere o sentido da proposição, não constitui emenda que exija sua volta à Câmara iniciadora.

Art.136. Emendado o projeto pela Câmara revisora, esta o devolverá à Câmara iniciadora, acompanhado das emendas, com cópia ou publicação dos documentos, votos e discursos que instruíram a sua tramitação.

Art.137. Ao votar as emendas oferecidas pela Câmara revisora, só é lícito à Câmara iniciadora cindilas quando se tratar de artigos, parágrafos e alíneas, desde que não modifique ou prejudique o sentido da emenda.

Art.138. A qualquer Senador ou Deputado, interessado na discussão e votação de emenda na Câmara revisora, é permitido participar dos trabalhos das Comissões que sobre ela devam opinar, podendo discutir a matéria sem direito a voto.

Art.139. Os projetos aprovados definitivamente serão enviados à sanção no prazo improrrogável de 10 (dez) dias.

Art.139-A. O projeto de código em tramitação no Congresso Nacional há mais de três legislaturas será, antes de sua discussão final na Casa que o encaminhará à sanção, submetido a uma revisão para sua adequação às alterações constitucionais e legais promulgadas desde sua apresentação.31

§ 1º O relator do projeto na Casa em que se finalizar sua tramitação no Con-gresso Nacional, antes de apresentar perante a Comissão respectiva seu parecer, encaminhará ao Presidente da Casa relatório apontando as alterações necessárias para atualizar o texto do projeto em face das alterações legais aprovadas durante o curso de sua tramitação.28

31 Ver alterações decorrentes do art. 65 da Constituição Federal.

206

§ 2º O relatório mencionado no § 1º será encaminhado pelo Presidente à outra Casa do Congresso Nacional, que o submeterá à respectiva Comissão de Cons-tituição e Justiça.28

§ 3º A Comissão, no prazo de 5 (cinco) dias, oferecerá parecer sobre a matéria, que se limitará a verificar se as alterações propostas restringem-se a promover a necessária atualização, na forma do § 1º.28

§ 4º O parecer da Comissão será apreciado em plenário no prazo de 5 (cinco) dias, com preferência sobre as demais proposições, vedadas emendas ou modi-ficações.28

§ 5º Votado o parecer, será feita a devida comunicação à Casa em que se encontra o projeto de código para o prosseguimento de sua tramitação regimental, incorporadas as alterações aprovadas.28

Art.140. Quando sobre a mesma matéria houver projeto em ambas as Câma-ras, terá prioridade, para a discussão e votação, o que primeiro chegar à revisão.

CAPÍTULOIIDasDisposiçõesSobrematériascomTramitaçãoemPrazoDeterminado

Art.141.(revogado pela Constituição de 1988).

CAPÍTULOIIIDosProjetosElaboradosporComissãomista

Art.142. Os projetos elaborados por Comissão Mista serão encaminhados, alternadamente, ao Senado e à Câmara dos Deputados.

Art.143. O projeto da Comissão Mista terá a seguinte tramitação na Câmara que dele conhecer inicialmente:

a) recebido no expediente, será lido e publicado, devendo ser submetido à discussão, em primeiro turno,31 5 (cinco) dias depois;

b) a discussão, em primeiro turno,31 far-se-á, pelo menos, em 2 (duas) sessões consecutivas;

c) encerrada a discussão, proceder-se-á à votação, salvo se houver emendas, caso em que serão encaminhadas à Comissão Mista para, sobre elas, opinar;

d) publicado o parecer sobre as emendas será a matéria incluída em fase de vo-tação, na Ordem do Dia da sessão que se realizar 48 (quarenta e oito) horas depois;

e) aprovado com emendas, voltará o projeto à Comissão Mista para elaborar a redação do vencido; e

f) o projeto será incluído em Ordem do Dia, para discussão, em segundo tur-no, obedecido o interstício de 48 (quarenta e oito) horas de sua aprovação, sem emendas, em primeiro turno, ou da publicação do parecer da Comissão Mista, com redação do vencido.

§ 1º A tramitação na Casa revisora obedecerá ao disposto nas alíneas a a e deste artigo.

§ 2º Voltando o projeto à Câmara iniciadora, com emendas, será ele instruído com o parecer sobre elas proferido em sua tramitação naquela Casa.

TÍTULOVIIDASDISPOSIÇÕESGERAISETRANSITóRIAS

Art.144.Toda publicação relativa às sessões conjuntase aos trabalhos das Comissões Mistas será feita no diário do Congresso Nacional ou em suas seções.

207

Art.145. Mediante solicitação da Presidência, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados designarão funcionários de suas Secretarias para atender às Comissões Mistas e aos serviços auxiliares da Mesa nas sessões conjuntas.

Art. 146. Durante as sessões conjuntas, as galerias serão franqueadas ao público, não se admitindo dos espectadores qualquer manifestação de apoio ou reprovação ao que ocorrer em plenário ou a prática de atos que possam perturbar os trabalhos.

Art.147. O arquivo das sessões conjuntas ficará sob a guarda da Secretaria do Senado Federal.

Parágrafo único. Os anais das sessões conjuntas serão publicados pela Mesa do Senado Federal.

Art.148. (vigência expirada).Art.149. (vigência expirada).Art.150. As despesas com o funcionamento das sessões conjuntas, bem como

das Comissões Mistas, serão atendidas pela dotação própria do Senado Federal, exceto no que se refere às despesas com pessoal, que serão custeadas pela Casa respectiva.

Art.151. Nos casos omissos neste Regimento aplicar-se-ão as disposições do Regimento do Senado e, se este ainda for omisso, as do da Câmara dos Deputados.

Art.152. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, em 11 de agosto de 1970

Senador João Cleofaspresidente do senado Federal

qUADROCOmPARATIVODASALTERAÇÕESINTRODUzIDASNOREGImENTOCOmUmDOCONGRESSONACIONAL,EmRAzÃODACONSOLIDAÇÃOEfETUADAAOfINALDA50ALEGISLATURA(jANEIRO/2003)

TEXTOCONSOLIDADOEm1994

TEXTOCONSOLIDADOEmjANEIRODE2003 OBSERVAÇÕES

Art.1º, § 2º –...e parágra-fo anterior.

...e § 1º . LC 107/01

Art.4º, caput –...lideran-ças de cada Casa... §§ 1º, 2º e 3º – inexistentes

...lideranças das representa-ções partidárias em cada Casa... Acréscimo de parágrafos: § 1º O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a função de líder do governo, com as prerrogativas constantes deste Regimento. § 2º O líder do governo poderá indicar três vice-líderes dentre os integrantes das repre-sentações partidárias que apoiem o governo. § 3º A estrutura de apoio para funcionamento da liderança ficará a cargo da Casa a que per-tencer o parlamentar.

Res. 1/1995-CN Res. 1/1995-CN

208

Art. 6º –...da palavra, em qualquer......prazo máximo de vinte (20) mi-nutos,...

...da palavra, uma única vez, em qualquer......prazo máximo de cinco (5) minutos,...

Res. 1/1995-CN Res. 1/1995-CN

Art.10-A – inexistente Acréscimo de artigo: Art. 10-A. O número de membros das comis-sões mistas estabelecido neste Regimento, nas resoluções que o integram e no respectivo ato de criação é

Res. 2/2000-CN

TEXTOCONSOLIDADOEm1994

TEXTOCONSOLIDADOEmjANEIRODE2003 OBSERVAÇÕES

acrescido de mais uma vaga na composição destinada a cada uma das Casas do Congresso Nacional, que será preenchida em rodízio, exclusivamente, pelas bancadas minoritárias que não alcancem, no cálculo da proporcionalidade parti-dária, número suficiente para parti-ciparem das referidas comissões.

Art. 10-B – inexistente Acréscimo de artigo: Art. 10-B. As Comissões Mistas Especiais, criadas por determinação cons-titucional, poderão ter membros suplentes, Deputados e Senado-res, por designação do Presidente do Senado Federal, em número não superior à metade de sua composição.

Res. 3/1989-CN

Art. 39, § 2º –...mencio-nado no parágrafo an-terior,...

...mencionado no § 1º,... LC 107/01

Art. 49, § 6º –...disposto no parágrafo anterior.

...disposto no § 5º. LC 107/01

Art. 90, § 3º, g –...no caput do art. 94 deste Regimen-to. § 5º –...disposições do parágrafo anterior.

...na Resolução nº 1, de 2001-CN....disposições do § 4º.

Res. 1/2001-CN LC 107/01

Art. 128, § 4º –...previsto no parágrafo anterior,...

...previsto no § 3º ,... LC 107/01

Art. 139-A – inexistente Acréscimo de artigo: Art. 139-A. O projeto de código em tramitação no Congresso Nacional há mais de três legislaturas.

Res. 1/2000-CN

209

TEXTOCONSOLIDADO

Em1994

TEXTOCONSOLIDADOEmjANEIRODE2003 OBSERVAÇÕES

será, antes de sua discussão final na Casa que o encaminhará à sanção, submetido a uma revisão para sua ade-quação às alterações constitucionais e legais promulgadas desde sua apresen-tação.§ 1º O relator do projeto na Casa em que se finalizar sua tramitação no Congresso Nacional, antes de apresentar perante a Comissão respectiva seu parecer, enca-minhará ao Presidente da Casa relatório apontando as alterações necessárias para atualizar o texto do projeto em face das alterações legais aprovadas durante o curso de sua tramitação.§ 2º O relatório mencionado no § 1º será encaminhado pelo Presidente à outra Casa do Congresso Nacional, que o sub-meterá à respectiva Comissão de Cons-tituição e Justiça.§ 3º A Comissão, no prazo de 5 (cinco) dias, oferecerá parecer sobre a matéria, que se limitará a verificar se as altera-ções propostas restringem-se a promo-ver a necessária atualização, na forma do § 1º.

TEXTOCONSOLIDADO

Em1994

TEXTOCONSOLIDADOEmjANEIRODE2003 OBSERVAÇÕES

§ 4º O parecer da Comissão será aprecia-do em plenário no prazo de 5 (cinco) dias, com preferência sobre as demais proposi-ções, vedadas emendas ou modificações.§ 5º Votado o parecer, será feita a devida comunicação à Casa em que se encontra o projeto de código para o prosseguimento de sua tramitação regimental, incorporadas as alterações aprovadas.

210

PARTEII

ResoluçõesConexasResoluçãonº1,de1989-CN32 e 33

dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, das Medidas Provisórias a que se refere o art. 62 da Cons-tituição Federal.

Art.1º O exame e a votação, pelo Congresso Nacional, de Medidas Provisórias adotadas pelo Presidente da República, com força de lei, nos termos do art. 62 da Constituição Federal, será feita com a observância das normas contidas na presente Resolução.

Art.2º Nas quarenta e oito horas que se seguirem à publicação, no Diário Oficial da união, de Medida Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidên-cia do Congresso Nacional fará publicar e distribuir avulsos da matéria,e designará comissão mista, para seu estudo e parecer.

§ 1º A comissão mista será integrada por sete34 Senadores e sete Deputados e igual número de suplentes, indicados pelos respectivos líderes, obedecida, tanto quanto possível, a proporcionalidade partidária ou de blocos parlamentares.

§ 2º Ao aplicar-se o critério da proporcionalidade partidária prevista no pará-grafo anterior, observar-se-á a sistemática de rodízio para as representações não contempladas, de tal forma que todos os partidos políticos ou blocos parlamentares possam se fazer representar nas comissões mistas previstas nesta Resolução.

§ 3º A indicação pelos líderes deverá ser encaminhada à Presidênciado Con-gresso Nacional até às doze horas do dia seguinte ao da publicação da Medida Provisória.

§ 4º Esgotado o prazo estabelecido no parágrafo anterior, sem a indicação, o Presidente do Congresso Nacional fará a designação dos integrantes do res-pectivo partido.

§ 5º A constituição da comissão mista e afixação do calendário de tramitação da matéria poderão ser comunicadas em sessão do Senado ou conjunta do Congresso Nacional, sendo, no primeiro caso, dado conhecimento à Câmara dos Deputados, por ofício, ao seu Presidente.

§ 6º O Congresso Nacional estará automaticamente convocado se estiver em recesso quando da edição de Medida Provisória, cabendo ao seu Presidente marcar sessão a realizar-se no prazo de cinco dias, contado da publicação da mesma no Diário Oficial da União.

Art.3º Uma vez designada, a comissão terá o prazo de 12 (doze) horas para sua instalação, quando serão eleitos o seu Presidente e o Vice-Presidente e designado relator para a matéria.

Art.4º Nos cinco dias que se seguirem à publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União, poderão a ela ser oferecidas emendas que deverão ser entregues à Secretaria da Comissão.

32 Revogada pela Resolução nº 1, de 2002-CN, que, entretanto, apenas para os efeitos de seu art. 20 (medidas provisórias anteriores à EC 32/2001), prorrogou a vigência da Resolução nº 1, de 1989-CN.

33 Publicada com texto consolidado em razão das alterações promovidas pela Resolução nº 2, de 1989-CN.34 Alterado pela Resolução nº 2, de 1989-CN, publicada no DCN de 5/5/1989.

211

§ 1º É vedada a apresentação de emendas que versem matéria estranha àquela tratada na Medida Provisória, cabendo ao Presidente da comissão o seu indeferimento liminar.

§ 2º O autor de emenda não aceita poderá recorrer, com apoio de três membros da comissão, da decisão do Presidente para o Plenário desta, que decidirá, defi-nitivamente, por maioria simples, sem discussão ou encaminhamento de votação.

§ 3º A emenda deverá ser acompanhada de texto regulando as relações jurídicas decorrentes do dispositivo da Medida Provisória objeto da mesma.

§ 4º Os trabalhos da comissão mista serão iniciados com a presença mínima de um terço de seus membros.

Art.5º A comissão terá o prazo de cinco dias, contado da publicação da Me-dida Provisória no Diário Oficial da União, para emitir parecer que diga respeito à sua admissibilidade total ou parcial, tendo em vista os pressupostos de urgência e relevância a que se refere o art. 62 da Constituição.

§ 1º O parecer, em qualquer hipótese, e sem prejuízo do normal funcionamento da comissão, será encaminhado à Presidência do Congresso Nacional, para as seguintes providências:

I – no caso de o parecer da comissão concluir pelo atendimento dos pressupostos constitucionais, abertura de prazo máximo de vinte e quatro horas para apresentação de recursos no sentido de ser a Medida Provisória submetida ao Plenário, a fim de que este decida sobre sua admissibilidade;

II – no caso de o parecer da comissão concluir pelo não atendimento daqueles pressupostos, convocação de sessão conjunta para deliberar sobre a admissibili-dade da Medida Provisória.

§ 2º O recurso a que se refere o inciso I do parágrafo anterior deverá ser interposto por um décimo dos membros do Congresso Nacional, ou líderes que representem este número.

§ 3º Havendo recurso, a Presidência convocará sessão conjunta, a realizar-se no prazo máximo de vinte e quatro horas do seu recebimento, paraque o Plenário deliberesobre a admissibilidade da Medida Provisória.

§ 4º No caso do inciso II do § 1º, a sessão conjunta deverá ser realizada no prazo máximo de vinte e quatro horas, contado do recebimento, pelo Presidente do Congresso Nacional, do parecer da comissão.

§ 5º Se em duas sessões conjuntas, realizadas em até dois dias imediatamen-te subsequentes, o Plenário não decidir sobre a matéria, considerar-se-ão como atendidos pela Medida Provisória os pressupostos de admissibilidade do art. 62 da Constituição Federal.

Art.6º Verificado que a Medida Provisória atende aos pressupostos de urgência e relevância, a matéria seguirá a tramitação prevista nos artigos posteriores. Tida como rejeitada, será arquivada, baixando o Presidente do Congresso Nacional ato declarando insubsistente a Medida Provisória, feita a devida comunicação ao Presidente da República.

Parágrafo único. No caso deste artigo in fine, a comissão mista elaborará projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações jurídicas decorrentes da vigência da Medida, o qual terá sua tramitação iniciada na Câmara dos Deputados.

Art.7º Admitida a Medida Provisória, o parecer da comissão, a ser encaminhado à Presidência do Congresso Nacional no prazo máximo de quinze dias, contado de sua publicação no Diário Oficial da União, deverá examinar a matéria quanto aos aspectos constitucional e demérito.

212

§ 1º A comissão poderá emitir parecer pela aprovação total ou parcial ou altera-ção da Medida Provisória ou pela sua rejeição; e, ainda, pela aprovação ou rejeição de emenda a ela apresentada, devendo concluir quando resolver por qualquer alteração de seu texto:

I – pela apresentação de projeto de lei de conversão relativo à matéria; eII – pela apresentação de projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações

jurídicas decorrentes da vigência dos textos suprimidos ou alterados, o qual terá sua tramitação iniciada na Câmara dos Deputados.

§ 2º Aprovado o projeto de lei de conversão será ele enviado à sanção do Presidente da República.

Art.8º Esgotado o prazo da comissão sem a apresentação do parecer, tanto com referência à admissibilidade da Medida, quanto à sua constitucionalidade e mérito, será designado, pelo Presidente do Congresso Nacional, relator que proferirá parecer em plenário, no prazo máximo de vinte e quatro horas.

Art.9º Em plenário, a matéria será submetida a um único turno de discussão e votação.

Art.10. Se o parecer da comissão concluir pela inconstitucionalidade total ou parcial da Medida Provisória ou pela apresentação de emenda saneadora do vício, haverá apreciação preliminar da constitucionalidade antes da deliberação sobre o mérito.

Parágrafo único. Na apreciação preliminar, quando não houver discussão, pode-rão encaminhar a votação quatro Congressistas, sendo dois contra e dois a favor.

Art.11. Decidida a preliminar pela constitucionalidade da Medida Provisória ou pela aprovação de emenda saneadora do vício, iniciar-se-á, imediatamente, a apreciação da matéria quanto ao mérito.

Art.12. A discussão da proposição principal, das emendas e subemendas será feita em conjunto.

Art.13. Na discussão, os oradores falarão na ordem de inscrição, pelo prazo máximo de dez minutos, concedendo-se a palavra, de preferência,alternadamente,a Congressistas favoráveis e contrários à matéria.

§ 1º A discussão se encerrará após falar o último orador inscrito. Se, após o término do tempo da sessão, ainda houver inscrições a atender, será ela prorrogada por duas horas, findas as quais será, automaticamente, encerrada a discussão.

§ 2º A discussão poderá ser encerrada por deliberação do Plenário a requeri-mento escrito de dez membros de cada Casa ou de líderes que representem esse número, após falarem dois Senadores e seis Deputados.

§ 3º Não se admitirá requerimento de adiamento da discussão ou da votação da matéria.

Art.14. Encerrada a discussão, passar-se-á à votação da matéria, podendo encaminhá-la seis Congressistas, sendo três a favor e três contra, por cinco mi-nutos cada um.

Art.15. Admitir-se-á requerimento de destaque, para votação em separado, a ser apresentado até o encerramento da discussão da matéria.

Art.16. Faltando cinco dias para o término do prazo do parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, a matéria será apreciada em regime de urgência, sendo a sessão prorrogada, automaticamente, até decisão final.

Art. 17. Esgotado o prazo a que se refere o parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, sem deliberação final do Congresso Nacional, a comissão mista elaborará projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações jurídicas decorrentes e que terá tramitação iniciada na Câmara dos Deputados.

213

Art.18. Sendo a Medida Provisória aprovada, sem alteração de mérito, será o seu texto encaminhado em autógrafos ao Presidente da República para publicação como lei.

Art.19. Em caso de notória e excepcional urgência, o Presidente do Congresso Nacional, não havendo objeção do Plenário, poderá reduzir os prazos estabelecidos nesta Resolução.

Art.20. Aplicar-se-ão, ainda, subsidiariamente, na tramitação da matéria, no que couber, as normas gerais estabelecidas no Regimento Comum.

Art.21. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Art.22. Revogam-se as disposições em contrário.

Senado Federal, em 2 de maio de 1989Senador Nelson Carneiro

presidente do senado Federal.

RESOLUÇÃONº3,DE1989-CNdispõe sobre a designação de suplentes para as Co-

missões mistas especiais.

Art.1º As Comissões Mistas Especiais, criadas por determinação constitucional, poderão ter membros suplentes, Deputados e Senadores, por designação do Presi-dente do Senado Federal, em número não superior à metade de sua composição.

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Art.3º Revogam-se as disposições em contrário.Senado Federal, em 4 de maio de 1989. – Senador Nelson Carneiro – presidente

do senado Federal.

RESOLUÇÃONº3,DE1990-CNdispõe sobre a Comissão representativa do Con-

gresso Nacional, a que se refereo § 4º do art. 58 da Constituição Federal.

Art.1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe sobre a Comissão Representativa do Congresso Nacional, a que se refere o § 4º do art. 58 da Constituição Federal.

Art.2º A Comissão Representativa do Congresso Nacional será integrada por sete Senadores e dezesseis Deputados, e igual número de suplentes, eleitos pelas respectivas Casas na última sessão ordinária de cada período legislativo, e cujo mandato coincidirá com o período de recesso do Congresso Nacional, que se seguir à sua constituição, excluindo-se os dias destinados às sessões preparatórias para a posse dos parlamentares eleitos e a eleição das Mesas.

Art.3º Consideram-se período legislativo as divisões da sessão legislativa anual compreendidas entre 2 de fevereiro a 17 de julho e 1º de agosto a 22 de dezembro, incluídas as prorrogações decorrentes das hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 57 da Constituição Federal.35

35 Datas fixadas pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006.

214

Art.4º O mandato da Comissão não será suspenso quando o Congresso Na-cional for convocado extraordinariamente.

Art.5º A eleição dos membros da Comissão será procedida em cada Casa aplicando-se, no que couber, as normas estabelecidas nos respectivos Regimentos Internos para a escolha dos membros de suas Mesas.

Art.6º Exercerão a Presidência e a Vice-Presidência da Comissão, os membros das Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, respectivamente.

Art.7º À Comissão compete:I – zelar pelas prerrogativas do Congresso Nacional, de suas Casas e de seus

membros;II – zelar pela preservação da competência legislativa do Congresso Nacional

em face da atribuição normativa dos outros Poderes (Const., art. 49, inciso XI);III – autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem

do País (Const., art. 49, inciso III);IV – deliberar sobre:a) a sustação de atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder

regulamentar ou dos limites de delegação legislativa, desde que se caracterize a necessidade da medida cautelar em caráter urgente (Const., art. 49, inciso V);

b) projeto de lei relativo a créditos adicionais solicitados pelo Presidente da República, desde que sobre o mesmo já haja manifestação da Comissão Mista Permanente a que se refereo § 1º do art. 166 da Constituição Federal;

c) projeto de lei que tenha por fim prorrogar prazo de lei, se o término de sua vigência ocorrer durante o período de recesso ou nos dez dias úteis subsequentes ao seu término;

d) tratado, convênio ou acordo internacional, quando o término do prazo, no qual o Brasil deva sobre ele se manifestar, ocorrer durante o período de recesso ou nos dez dias úteis subsequentes a seu término;

V – ressalvada a competência das Mesas das duas Casaseade seus membros:a) conceder licença a Senador e Deputado;b) autorizar Senador ou Deputado a aceitar missão do Poder Executivo;VI – exercer a competência administrativa das Mesas do Senado Federal e da

Câmara dos Deputados, em caso de urgência, quando ausentes ou impedidos os respectivos membros;

VII – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da admi-nistração indireta;

VIII – receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

IX – convocar Ministros de Estado e enviar-lhes pedidos escritos deinformação,quandohouverimpedimentodasMesasdequalquerdas Casas interessadas;

X – representar, por qualquer de seus membros, o Congresso Nacional em eventos de interesse nacional e internacional;

XI – exercer outras atribuições de caráter urgente, que não possam aguardar o início do período legislativo seguinte sem prejuízo para o País ou suas instituições.

Art.8º As reuniões da Comissão serão convocadas pelo seu Presidente para dia, hora, local e pauta determinados, mediante comunicação a seus membros com antecedência de, pelo menos, doze horas.

Parágrafo único. A Comissão será secretariada por servidor da Secretaria do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados, designado pelo seu Presidente.

Art.9º A Comissão se reunirá com a presença mínima do terço de sua compo-sição em cada Casa do Congresso Nacional.

215

Art.10. As deliberações serão tomadas por maioria simples, presente a maioria absoluta dos Senadores e Deputados que integrarem a Comissão.

§ 1º Nas deliberações, os votos dos Senadores e dos Deputados serão com-putados separadamente, iniciando-se a votação pelos Membros da Câmara dos Deputados e representando o resultado a decisão da respectiva Casa.

§ 2º Considera-se aprovada a matéria que obtiver decisão favorável de ambas as Casas.

Art.11. Aos casos omissos nesta Resolução aplicam-se, no que couber, os prin-cípios estabelecidos no Regimento Comum. Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Art.13. Revogam-se as disposições em contrário. Senado Federal, em 21 de novembro de 1990. – Senador Iram Saraiva – 1º Vice-presidente do senado Federal, no exercício da presidência.

Publicada no dCN de 22-11-90

RESOLUÇÃONº1,DE1995-CNaltera a redação dos arts. 4º e 6º da Resolução nº 1, de

1970-CN – regimento Comum.

Art.1º Os arts. 4º e6º da Resolução nº 1, de 1970-CN – Regimento Comum, passam a vigorar com a seguinte redação:

Art. 4º São reconhecidas as lideranças das representações partidárias em cada Casa, constituídas na forma dos respectivos regimentos.§ 1º O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a função de líder do governo, com as prerrogativas constantes deste Re-gimento.§ 2º O líder do governo poderá indicar três vice-líderes dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo.§ 3º A estrutura de apoio para funcionamento da liderança ficará a cargo da Casa a que pertencer o parlamentarArt. 6º Ao líder é lícito usar da palavra, uma única vez, em qualquer fase da sessão, pelo prazo máximo de cinco minutos, para comunicação urgente.

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 26 de abril de 1995. –Senador José Sarney

presidente do senado Federal.Publicada no dCN de 27/4/1995

RESOLUÇÃONº1,DE1996-CNdispõe sobre a representação brasileira na Comissão

parlamentar Conjunta do mercosul.

Art.1º A Representação Brasileira na Comissão Parlamentar do Mercosul é integrada por dezesseis titulares e dezesseis suplentes, com representação paritária da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, sendo os seus integrantes, com

216

mandato de dois anos, designados, na forma estabelecida nos respectivos Regi-mentos Internos, ao início da primeira e da terceira Sessões Legislativas Ordinárias de cada Legislatura.

Parágrafo único. Os Presidentes das Comissões de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e do Senado Federal são membros natos da Representa-çãoBrasileira na Comissão Parlamentar do Mercosul.

Art.2º Caberá à Representação:I – apresentar relatório sobre todas as matérias de interesse do Mercosul que

venham a ser submetidas ao Congresso Nacional;II – emitir relatório circunstanciado sobre as informações encaminhadas ao Con-

gresso Nacional pelo Poder Executivo retratando a evolução do Mercado Comum, conforme o disposto no artigo 24 do Tratado de Assunção;

III – apresentar, à deliberação da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul, proposições que devam, nos termos do disposto no artigo 26 do Protocolo de Ouro Preto, constituir recomendações ao Conselho do Mercado Comum.

§ 1º Para os fins do disposto nos incisosIeIIas matérias serão encaminhadas, preliminarmente, à Representação, sem prejuízo de sua apreciação pelas comissões competentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, conforme o disposto nos respectivos Regimentos Internos.

§ 2º A Representação terá quinze dias, contados do recebimento da matéria, para emitir o seu relatório, o qual servirá de subsídio para o estudo das demais comissões incumbidas de seu exame e parecer.

Art.3º Além do disposto nos artigos anteriores, e para as providências que se fizerem necessárias junto à autoridade competente, a Representa-ção Brasileira na Comissão Parlamentar do Mercosul deverá acompanhar, junto aos órgãos do Poder Executivo, todas as providências por eles adotadas e que possam, direta ou indiretamente, ser de interesse do Mercosul.

Art.4º Os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal insti-tuirão, nos moldes dos órgãos de apoio às comissões técnicas, uma Secretaria de apoio à Representação, a ser instalada em dependência do Edifício do Congresso Nacional, fornecendo, para tanto, pessoal recrutado entre os servidores das duas Casas e material necessário ao desenvolvimento de suas atividades.

Art.5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Art.6º Revogam-se a Resolução nº 2, de 1992-CN, e demais disposições em

contrário.

Senado Federal, em 21 de novembro de 1996. – Senador José Sarneypresidente do senado Federal.

Publicada no dsF de 21/11/1996

RESOLUÇÃONº2,DE1999-CNinstitui o diploma do mérito educativo darcy ribeiro e

dá outras providências.

Art.1º É instituído o Diploma do Mérito Educativo Darcy Ribeiro, destinado a agraciar pessoa, natural ou jurídica, que tenha oferecido contribuição relevante para a causa da educação brasileira.

Art.2º O Diploma será conferido, anualmente, em sessão do Congresso Nacional especialmente convocada para este fim, a se realizar no primeiro dia útil após o dia 26 de outubro, data natalícia de Darcy Ribeiro.

217

Art.3º Para proceder à apreciação e à escolha do agraciado será constituído um Conselho a ser integrado por cinco membros do Congresso Nacional e pelo seu Presidente que, por sua vez, fará a indicação desses parlamentares por ocasião do início de cada sessão legislativa.

Parágrafo único. A prerrogativa da escolha do Presidente do Conselho caberá aos seus próprios membros que o elegerão entre seus integrantes.

Art.4º Os nomes dos candidatos serão enviados à Mesa do Congresso Nacional até o último dia do mês de agosto, acompanhados de justificativa, para posterior deliberação, em conformidade com o que dispõe o artigo anterior.

Parágrafo único. É vedado o patrocínio direto de pessoa jurídica a qualquer can-didato, assim como a indicação de integrantes dos Poderes Legislativo e Judiciário Federais, do Presidente da República e de Ministro de Estado.

Art.5º O nome do agraciado será enviado à Mesa do Congresso Nacional e publicamente divulgado conforme o disposto no art. 2º.

Art.6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 12 de agosto de 1999.Senador Antonio Carlos Magalhães

presidente do senado Federal.Publicado no dsF de 13/8/1999.

RESOLUÇÃONº1,DE2000-CN

altera a resolução nº 1, de 1970-CN, que dispõe sobre o regimento Comum do Congresso Nacional.

Art.1º A Resolução nº 1, de 1970-CN, passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo:

Art. 139-A. O projeto de código em tramitação no Congresso Nacional há mais de três legislaturas será, antes de sua discussão final na Casa que o encaminhará à sanção, submetido a uma revisão para sua adequação às alterações constitucionais e legais promulgadas desde sua apresentação.§ 1º O relator do projeto na Casa em que se finalizar sua tramitação no Congresso Nacional, antes de apresentar perante a Comissão respectiva seu parecer, encaminhará ao Presidente da Casa relatório apontando as alterações necessárias para atualizar o texto do projeto em face das altera-ções legais aprovadas durante o curso de sua tramitação.§ 2º O relatório mencionado no § 1º será encaminhado pelo Presidente à outra Casa do Congresso Nacional, que o submeterá à respectiva Comis-sãode Constituição e Justiça.§ 3º A Comissão, no prazo de 5 (cinco) dias, oferecerá parecer sobre a ma-téria, que se limitará a verificar se as alterações propostas restringem-se a promover a necessária atualização, na forma do § 1º.§ 4º O parecer da Comissão será apreciado em plená rio no prazo de 5 (cin-co) dias, com preferência sobre as demais proposições, vedadas emendas ou modificações.

218

§ 5º Votado o parecer, será feita a devida comunicação à Casa em que se encontra o projeto de código para o prosseguimento de sua tramitação regimental, incorporadas as alterações aprovadas.

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 28 de janeiro de 2000. – Deputado Heráclito Fortesprimeiro Vice-presidente da mesa do Congresso

Nacional, no exercício da presidência.Publicado no dsF de 29/1/00.

RESOLUÇÃONº2,DE2000-CNdispõe sobre a participação das bancadas minoritárias

na com posição das comissões mistas.

Art.1º A fim de atender ao disposto no § 1º do art. 58 da Constituição Federal, é acrescentado à Resolução nº 1, de 1970-CN – Regimento Comum, o seguinte artigo:

Art. 10-A. O número de membros das comissões mistas estabelecido neste Regimento, nas resoluções que o integram e no respectivo ato de criação é acrescido de mais uma vaga na composição destinada a cada uma das Casas do Congresso Nacional, que será preenchida em rodízio, exclusivamente, pelas bancadas minoritárias que não alcancem, no cálculo da proporcionali-dade partidária, número suficiente para participarem das referidas comissões.

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Senado Federal, em 16 de junho de 2000. – Senador Antonio Carlos Maga-

lhães – presidente do senado Federal.

Publicado no dsF de 17/6/2000.

RESOLUÇÃONº1,DE2002-CNdispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional,

das Medidas Provisórias a que se refere o art. 62 da Cons-tituição Federal, e dá outras providências.

Art.1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe sobre a apreciação, pelo Congresso Nacional, de Medidas Provisórias adotadas pelo Presidente da República, com força de lei, nos termos do art. 62 da Constituição Federal.

Art.2º Nas 48 (quarenta e oito) horas que se seguirem à publicação, no diário Oficial da União, de Medida Provisória adotada pelo Presidente da República, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional fará publicar e distribuir avulsos da matéria e designará Comissão Mista para emitir parecer sobre ela.

§ 1º No dia da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União, o seu texto será enviado ao Congresso Nacional, acompanhado da respectiva Mensagem e de documento expondo a motivação do ato.

219

§ 2º A Comissão Mista será integrada por 12 (doze) Senadores e 12 (doze) Deputados e igual número de suplentes, indicados pelos respectivos Líderes, obedecida, tanto quanto possível, a proporcionalidade dos partidos ou blocos par-lamentares em cada Casa.

§ 3º O número de membros da Comissão Mista estabelecido no § 2º é acrescido de mais uma vaga na composição destinada a cada uma das Casas do Congresso Nacional, que será preenchida em rodízio, exclusivamente, pelas bancadas mi-noritárias que não alcancem, no cálculo da proporcionalidade partidária, número suficiente para participar da Comissão (Res. nº 2, de 2000-CN).

§ 4º A indicação pelos Líderes deverá ser encaminhada à Presidência da Mesa do Congresso Nacional até as 12 (doze) horas do dia seguinte ao da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União.

§ 5º Esgotado o prazo estabelecido no § 4º, sem a indicação, o Presidente da Mesa do Congresso Nacional fará a designação dos integrantes do respectivo partido ou bloco, recaindo essa sobre o Líder e, se for o caso, os Vice Líderes.

§ 6º Quando se tratar de Medida Provisória que abra crédito extraordinário à lei orçamentária anual, conforme os arts. 62 e 167, § 3º,da Constituição Federal, o exame e o parecer serão realizados pela Comissão Mista prevista no art. 166, § 1º, da Constituição, observando-se os prazos e o rito estabelecidos nesta Resolução.

§ 7º A constituição da Comissão Mista e a fixação do calendário de tramitação da matéria poderão ser comunicadas em sessão do Senado Federal ou conjunta do Congresso Nacional, sendo, no primeiro caso, dado conhecimento à Câmara dos Deputados, por ofício, ao seu Presidente.

Art.3º Uma vez designada, a Comissão terá o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para sua instalação, quando serão eleitos o seu Presidente e o Vice-Presidente, bem como designados os Relatores para a matéria.

§ 1º Observarse-á o critério de alternância entre as Casas para a Presidência das Comissões Mistas constituídas para apreciar Medidas Provisórias, devendo, em cada caso, o Relator ser designado pelo Presidente dentre os membros da Comissão pertencentes à Casa diversa da sua.

§ 2º O Presidente e o Vice-Presidente deverão pertencer a Casas diferentes.§ 3º O Presidente designará também um Relator Revisor, pertencente à Casa

diversada do Relator e integrante, preferencialmente, do mesmo Partido deste.§ 4º Compete ao Relator Revisor exercer as funções de relatoria na Casa diversa

da do Relator da Medida Provisória.§ 5º O Presidente designará outro membro da Comissão Mista para exercer a

relatoria na hipótese de o Relator não oferecer o relatório no prazo estabelecido ou se ele não estiver presente à reunião programada para a discussão e votação do parecer, devendo a escolha recair sobre Parlamentar pertencente à mesma Casa do Relator e também ao mesmo Partido deste, se houver presente na reunião da Comissão outro integrante da mesma bancada partidária.

§ 6º Quando a Medida Provisória estiver tramitando na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal, a substituição de Relator ou Relator Revisor, na hipótese de ausência, ou a designação desses, no caso de a Comissão Mista não haver exercido a prerrogativa de fazê-lo, será efetuada de acordo com as normas regi-mentais de cada Casa.

Art.4º Nos 6 (seis) primeiros dias que se seguirem à publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União, poderão a ela ser oferecidas emendas, que deverão ser protocolizadas na Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal.

220

§ 1º Somente poderão ser oferecidas emendas às Medidas Provisórias perante a Comissão Mista, na forma deste artigo.

§ 2º No prazo de oferecimento de emendas, o autor de projeto sob exame de qualquer das Casas do Congresso Nacional poderá solicitar à Comissão que ele tramite, sob a forma de emenda, em conjunto com a Medida Provisória.

§ 3º O projeto que, nos termos do § 2º, tramitar na forma de emenda à Medida Provisória, ao final da apreciaçãodesta, será declarado prejudicado e arquivado, exceto se a Medida Provisória for rejeitada por ser inconstitucional, hipótese em que o projeto retornará ao seu curso normal.

§ 4º É vedada a apresentação de emendas que versem sobre matéria estranha àquela tratada na Medida Provisória, cabendo ao Presidente da Comissão o seu indeferimento liminar.

§ 5º O autor da emenda não aceita poderá recorrer, com o apoio de 3 (três) membros da Comissão, da decisão da Presidência para o Plenário desta, que decidirá, definitivamente, por maioria simples, sem discussão ou encaminhamento de votação.

§ 6º Os trabalhos da Comissão Mista serão iniciados com a presença, no mí-nimo, de 1/3 (um terço) dos membros de cada uma das Casas, aferida mediante assinatura no livro de presenças, e as deliberações serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta dos membros de cada uma das Casas.

Art.5º A Comissão terá o prazo improrrogável de 14 (quatorze) dias, contado da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial da União para emitir parecer único, manifestando-se sobre a matéria, em itens separados, quanto aos aspectos constitucional, inclusive sobre os pressupostos de relevância e urgência, de méri-to, de adequação financeira e orçamentária e sobre o cumprimento da exigência prevista no § 1º do art. 2º.

§ 1º O exame de compatibilidade e adequação orçamentária e financeira das Medidas Provisórias abrange a análise da repercussão sobre a receita ou a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes, em especial a conformidade com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentá-riasealei orçamentária da União.

§ 2º Ainda que se manifeste pelo não atendimento dos requisitos constitucionais ou pela inadequação financeira ou orçamentária, a Comissão deverá pronunciar-se sobre o mérito da Medida Provisória.

§ 3º Havendo emenda saneadora da inconstitucionalidade ou injuridicidade e da inadequação ou incompatibilidade orçamentária ou financeira, a votação far-se-á primeiro sobre ela.

§ 4º Quanto ao mérito, a Comissão poderá emitir parecer pela aprovação total ou parcial ou alteração da Medida Provisória ou pela sua rejeição; e, ainda, pela aprovação ou rejeição de emenda a ela apresentada, devendo concluir, quando resolver por qualquer alteração de seu texto:

I – pela apresentação de projeto de lei de conversão relativo à matéria; eII – pela apresentação de projeto de decreto legislativo, disciplinando as relações

jurídicas decorrentes da vigência dos textos suprimidos ou alterados, o qual terá sua tramitação iniciada pela Câmara dos Deputados.

§ 5º Aprovado o parecer, será este encaminhado à Câmara dos Deputados, acompanhado do processo e, se for o caso, do projeto de lei de conversão e do projeto de decreto legislativo mencionados no § 4º.

221

Art.6º A Câmara dos Deputados fará publicar em avulsos e no diário da Câmara dos deputados o parecer da Comissão Mista e, a seguir, dispensado o interstício de publicação, a Medida Provisória será examinada por aquela Casa, que, para concluir os seus trabalhos, terá até o 28º (vigésimo oitavo) dia de vigência da Medida Provisória, contado da sua publicação no Diário Oficial da União.

§ 1º Esgotado o prazo previsto no caput do art. 5º, o processo será encaminhado à Câmara dos Deputados, que passará a examinar a Medida Provisória.

§ 2º Na hipótese do § 1º, a Comissão Mista, se for o caso, proferirá, pelo Relator ou Relator Revisor designados, o parecer no Plenário da Câmara dos Deputados, po-dendo estes, se necessário, solicitar para isso prazo até a sessão ordinária seguinte.

§ 3º Na hipótese do § 2º, se o parecer de Plenário concluir pela apresentação de Projeto de Lei de Conversão, poderá, mediante requerimento de Líder e indepen-dentemente de deliberação do Plenário, ser concedido prazo até a sessão ordinária seguinte para a votação da matéria.

Art.7º Aprovada na Câmara dos Deputados, a matéria será encaminhada ao Senado Federal, que, para apreciá-la, terá até o 42º (quadragésimo segundo) dia de vigência da Medida Provisória, contado da sua publicação no Diário Oficial da União.

§ 1º O texto aprovado pela Câmara dos Deputados será encaminhado ao Senado Federal em autógrafos, acompanhado do respectivo processo, que incluirá matéria eventualmente rejeitada naquela Casa.

§ 2º Esgotado o prazo previsto no caput do art. 6º, sem que a Câmara dos Deputados haja concluído a votação da matéria, o Senado Federal poderá iniciar a discussão dessa, devendo votá-la somente após finalizada a sua deliberação naquela Casa (CF, art. 62, § 8º).

§ 3º Havendo modificação no Senado Federal, ainda que decorrente de res-tabelecimento de matéria ou emenda rejeitada na Câmara dos Deputados, ou de destaque supressivo, será esta encaminhada para exame na Casa iniciadora, sob a forma de emenda, a ser apreciada em turno único, vedadas quaisquer novas alterações.

§ 4º O prazo para que a Câmara dos Deputados aprecie as modificações do Senado Federal é de 3 (três) dias.

§ 5º Aprovada pelo Senado Federal Medida Provisória, em decorrência de pre-ferência sobre projeto de lei de conversão aprovado pela Câmara dos Deputados, o processo retornará à esta Casa, que delibera-rá, exclusivamente, sobre a Medida Provisória ou o projeto de lei de conversão oferecido a esta pelo Senado Federal.

§ 6º Aprovado pelo Senado Federal, com emendas, projeto de lei de conversão oferecido pela Câmara dos Deputados, o processo retornará à Câmara dos De-putados, que deliberará sobre as emendas, vedada, neste caso, a apresentação, pelo Senado Federal, de projeto de lei de conversão.

§ 7º Aplicam-se, no que couber, os demais procedimentos de votação previstos nos Regimentos Internos de cada Casa.

Art.8º O Plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional decidirá, em apreciação preliminar, o atendimento ou não dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência de Medida Provisória ou de sua inadequação financeira ou orçamentária, antes do exame de mérito, sem a necessidade de interposição de recurso, para, ato contínuo, se for o caso, deliberar sobre o mérito.

Parágrafo único. Se o Plenário da Câmara dos Deputados ou do Senado Fede-ral decidir no sentido do não atendimento dos pressupostos constitucionais ou da inadequação financeira ou orçamentária da Medida Provisória, esta será arquivada.

222

Art.9º Se a Medida Provisória não for apreciada em até 45 (quarenta e cinco) dias contados de sua publicação no Diário Oficial da União,entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas do Plenário da Casa em que estiver tramitando.

Art.10. Se a Medida Provisória não tiver sua votação encerrada nas 2 (duas) Casas do Congresso Nacional, no prazo de 60 (sessenta) dias de sua publicação no Diário Oficial da União, estará automaticamente prorrogada uma única vez a sua vigência por igual período.

§ 1º A prorrogação do prazo de vigência de Medida Provisória será comunicada em Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional publicado no Diário Oficial da união.

§ 2º A prorrogação do prazo de vigência de Medida Provisória não restaura os prazos da Casa do Congresso Nacional que estiver em atraso, prevalecendo a sequência e os prazos estabelecidos nos arts. 5º, 6º e 7º.

Art.11. Finalizado o prazo de vigência da Medida Provisória, inclusive o seu prazo de prorrogação, sem a conclusão da votação pelas 2 (duas) Casas do Con-gresso Nacional, ou aprovado projeto de lei de conversão com redação diferente da proposta pela Comissão Mista em seu parecer, ou ainda se a Medida Provisória for rejeitada, a Comissão Mista reunirseá para elaborar projeto de decreto legislativo que discipline as relações jurídicas decorrentes da vigência de Medida Provisória.

§ 1º Caso a Comissão Mista ou o relator designado não apresente projeto de decreto legislativo regulando as relações jurídicas decorrentes de Medida Provisória não apreciada, modificada ou rejeitada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da decisão ou perda de sua vigência, poderá qualquer Deputado ou Senador oferecêlo perante sua Casa respectiva, que o submeterá à Comissão Mista, para que esta apresente o parecer correspondente.

§ 2º Não editado o decreto legislativo até 60 (sessenta) dias após a rejeição ou a perda de eficácia de Medida Provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservarseão por ela regidas.

§ 3º A Comissão Mista somente será extinta após a publicação do decreto legislativo ou o transcurso do prazo de que trata o § 2º.

Art.12. Aprovada Medida Provisória, sem alteração de mérito, será o seu texto promulgado pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como lei, no Diário Oficial da União.

Art.13. Aprovado projeto de lei de conversão será ele enviado, pela Casa onde houver sido concluída a votação, à sanção do Presidente da República.

Art.14. Rejeitada Medida Provisória por qualquer das Casas, o Presidente da Casa que assim se pronunciar comunicará o fato imediatamente ao Presidente da República, fazendo publicar no Diário Oficial da União ato declaratório de rejeição de Medida Provisória.

Parágrafo único. Quando expirar o prazo integral de vigência de Medida Provi-sória, incluída a prorrogação de que tratam os §§ 3º e7º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001, o Presi-dente da Mesa do Congresso Nacional comunicará o fato ao Presidente da Repú-blica, fazendo publicar no Diário Oficial da União ato declaratório de encerramento do prazo de vigência de Medida Provisória.

Art.15. A alternância prevista no § 1º do art. 3º terá início, na primeira Comis-são a ser constituída, após a publicação desta Resolução, com a Presidência de Senador e Relatoria de Deputado.

223

Art.16. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal adaptarão os seus Regi-mentos Internos com vistas à apreciação de Medidas Provisórias pelos respectivos Plenários de acordo com as disposições e os prazos previstos nesta Resolução.

Art.17. Norma específica disporá sobre o funcionamento das Comissões Mistas de que tratam os arts. 2º a 5º desta Resolução.

Art.18. Os prazos previstos nesta Resolução serão suspensos duranteo recesso do Congresso Nacional, sem prejuízo da plena eficácia de Medida

Provisória.Parágrafo único. Se for editada Medida Provisória durante o período de reces-

so do Congresso Nacional, a contagem dos prazos ficará suspensa, iniciando-se no primeiro dia da sessão legislativa ordinária ou extraordinária que se seguir à publicação de Medida Provisória.

Art.19. O órgão de consultoria e assessoramento orçamentário da Casa a que pertencer o Relator de Medida Provisória encaminhará aos Relatores e à Comissão, no prazo de 5 (cinco) dias de sua publicação, nota técnica com subsídios acerca da adequação financeira e orçamentária de Medida Provisória.

Art.20. Às Medidas Provisórias em vigor na data da publicação da Emenda Constitucional nº 32, de 2001, aplicar-se-ão os procedimentos previstos na Reso-lução nº 1, de 1989-CN.

§ 1º São mantidas em pleno funcionamento as Comissões Mistas já constituí-das, preservados os seus respectivos Presidentes, Vice-Presidentes e Relatores, e designados Relatores Revisores, resguardada aos Líderes a prerrogativa prevista no art. 5º do Regimento Comum.

§ 2º São convalidadas todas as emendas apresentadas às edições anteriores de Medida Provisória.

§ 3º São convalidados os pareceres já aprovados por Comissão Mista.Art.21. Ao disposto nesta Resolução não se aplica o art. 142 do Regimento

Comum.Art.22. Revoga-se a Resolução nº 1, de 1989 – CN, prorrogando-se a sua

vigência apenas para os efeitos de que trata o art. 20.Art.23. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 8 de maio de 2002.

Senador Ramez Tebetpresidente do senado Federal.Publicado no dsF de 9/5/2002.

RESOLUÇÃONº1,DE2006-CNdispõe sobre a Comissão mista permanente a que

se refere o § 1º do art. 166 da Constituição, bem como a tramitação das matérias a que se refere o mesmo artigo.

CAPÍTULOIDisposiçõesPreliminares

Art.1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe so-bre a tramitação das matérias a que se refere o art. 166 da Constituição e sobre a Comissão Mista Permanente prevista no § 1º do mesmo artigo, que passa a se denominar Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização – CMO.

224

CAPÍTULOIIDaCompetênciaeComposição

SeçãoIDaCompetência

Art.2º ACMO tem por competência emitir parecer edeliberar sobre:I – projetos de lei relativos ao plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orça-

mento anual e créditos adicionais, assim como sobre as contas apresentadas nos termos do art. 56, caput e § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000;

II – planos e programas nacionais, regionais e setoriais, nos termos do art. 166, § 1º, II, da Constituição;

III – documentos pertinentes ao acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária e financeira e da gestão fiscal, nos termos dos arts. 70 a 72 e art. 166, § 1º, II, da Constituição, e da Lei Complementar nº 101, de 2000, especialmente sobre:

a) os relatórios de gestão fiscal, previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

b) as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União relativas à fiscalização de obras e serviços em que foram identificados indícios de irregu-laridades graves e relacionados em anexo à lei orçamentária anual, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias;

c) as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União ou por órgãos e entidades da administração federal, por intermédio do Congresso Nacional;

d) os relatórios referentes aos atos de limitação de empenho e movimentação financeira, nos termos do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000, e demais relatórios de avaliação e de acompanhamento da execução orçamentária e finan-ceira, nos termos da lei de diretrizes orçamentárias; e

e) as informações prestadas pelo Poder Executivo, ao Congresso Nacional, nos termos dos §§ 4º e 5º do art. 9º da Lei Complementar nº 101, de 2000;

IV – demais atribuições constitucionais e legais.§ 1º A CMO organizará a reunião conjunta de que trata o art. 9º, § 5º, da Lei

Complementar nº 101, de 2000, em articulação com as demais Comissões Per-manentes das Casas do Congresso Nacional.

§ 2º A CMO poderá, para fins de observância do disposto no art. 17 da Lei Complementar nº 101, de 2000, observados os Regimentos Internos de cada Casa, antes da votação nos respectivos plenários, ser ouvida acerca da estima-tiva do custo e do impacto fiscal e orçamentário da aprovação de projetos de lei e medidas provisórias em tramitação.

SeçãoIIDoExercíciodaCompetência

Art.3º Para o exercício da sua competência, a CMO poderá:I – determinar ao Tribunal de Contas da União a realização de fiscalizações,

inspeções e auditorias, bem como requisitar informações sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de fiscalizações, auditorias e inspeções realizadas;

225

II – requerer informações e documentos aos órgãos e entidades federais;III – realizar audiências públicas com representantes de órgãos e entidades

públicas e da sociedade civil;IV – realizar inspeções e diligências em órgãos da administração pública

federal, das administrações estadual e municipal e em entidades privadas que recebam recursos ou administrem bens da União.

Parágrafo único. ACMOdeverámanteratualizadasasinformações relativas aos subtítulos correspondentes a obras e serviços em que foram identificados indícios de irregularidades graves e relacionados em anexo à lei orçamentária anual.

Art.4º A CMO realizará audiências públicas para o debate e o aprimoramento dos projetos de lei orçamentária anual, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do plano purianual e para o acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária e financeira.

SeçãoIIIDaComposiçãoeInstalação

Art.5º A CMO compõe-se de 40 (quarenta) membros titulares, sendo 30 (trinta)Deputados e 10(dez) Senadores, com igual número de suplentes.

Art.6º Na segunda quinzena do mês de fevereiro de cada sessão legislativa, a Mesa do Congresso Nacional fixará as representações dos partidos e blocos parlamentares na CMO, observado o critério da proporcionalidade partidária.

§ 1º Aplicado o critério do caput e verificada a existência de vagas, essas serão destinadas aos partidos ou blocos parlamentares, levando-se em conta as frações do quociente partidário, da maior para a menor.

§ 2º Aplicado o critério do § 1º, as vagas que eventualmente sobrarem serão distribuídas, preferencialmente, às bancadas ainda não representadas na CMO, segundo a precedência no cálculo da proporcionalidade partidária.

§ 3º A proporcionalidade partidária estabelecida na forma deste artigo prevale-cerá por toda a sessão legislativa.

Art.7º Até o quinto dia útil do mês de março, os Líderes indicarão ao Presiden-te da Mesa do Congresso Nacional os membros titulares e suplentes em número equivalente à proporcionalidade de suas bancadas na CMO.

§ 1º É vedada a designação, para membros titulares ou suplentes, de parlamen-tares membros titulares ou suplentes que integraram a Comissão anterior.

§ 2º Esgotado o prazo referido no caput, e não havendo indicação pelos Líderes, as vagas não preenchidas por partido ou bloco parlamentar serão ocupadas pelos parlamentares mais idosos, dentre os de maior número de legislaturas, mediante publicação da secretaria da CMO, observado o disposto no § 1º.

Art.8º A representação na CMO é do partido ou bloco parlamentar, competin-do ao respectivo Líder solicitar, por escrito, ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional, em qualquer oportunidade, a substituição de titular ou suplente.

Art.9º O membro titular que não comparecer, durante a sessão legislativa, a 3 (três) reuniões consecutivas ou 6 (seis) alternadas, convocadas nos termos do art. 130, será desligado da CMO, exceto no caso de afastamento por missão oficial ou justificado por atestado médico.

§ 1º Para efeito do disposto no caput, o Presidente comunicará imediatamente-ofatoaorespectivoLíderdopartidooublocoparlamentar para que seja providenciada a substituição nos termos do art. 8º.

226

§ 2º O membro desligado não poderá retornar a CMO na mesma sessão le-gislativa.

Art.10. A instalação da CMO e a eleição da respectiva Mesa ocorrerão até a última terça-feira do mês de março de cada ano, data em que se encerra o mandato dos membros da comissão anterior.

Art.11. Nenhuma matéria poderá ser apreciada no período compreendido entre a data de encerramento do mandato dos membros da CMO e a data da instalação da comissão seguinte.

CAPÍTULOIIIDaDireção

SeçãoIDaDireçãodaComissão

Art.12. A CMO terá 1 (um) Presidente e 3 (três) Vice-Presidentes, eleitos por seus pares, com mandato anual, encerrando-se na última terça-feira do mês de março do ano seguinte, vedada a reeleição, observado o disposto no § 1º do art. 13.

Art.13. As funções de Presidente e Vice-Presidente serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por representantes do Senado Federal e da Câmarados Deputados, observado o disposto no § 1º deste artigo.

§ 1º A primeira eleição, no início de cada legislatura, para Presidente e 2º Vice-Presidente, recairá em representantes do Senado Federal e a de 1º e 3º Vice-Presidentes em representantes da Câmara dos Deputados.

§ 2º O suplente da CMO não poderá ser eleito para as funções previstas neste artigo.

Art.14. O Presidente, nos seus impedimentos ou ausências, será substituído por Vice-Presidente, na sequência ordinal e, na ausência deles, pelo membro titular mais idoso da CMO, dentre os de maior número de legislaturas.

Parágrafo único. Se vagar o cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, reali-zar-se-á nova eleição para escolha do sucessor, que deverá recair em representante da mesma Casa, salvo se faltarem menos de 3 (três) meses para o término do mandato, caso em que será provido na forma indicada no caput.

SeçãoIIDaCompetênciadaPresidência

Art.15. Ao Presidente compete:I – convocar e presidir as reuniões;II – convocar reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento aprovado

de qualquer de seus membros;III – ordenar e dirigir os trabalhos;IV – dar à CMO conhecimento das matérias recebidas;V – designar os Relatores;VI – designar os membros e coordenadores dos comitês;VII – resolver as questões de ordem ou reclamações suscitadas;VIII – decidir, preliminarmente, sobre contestação orçamentária, nos termos

do art. 148, § 4º;IX – assinar os pareceres juntamente com o Relator da matéria;X – desempatar as votações, quando ostensivas;

227

XI – declarar a inadmissibilidade das emendas, ressalvadas as emendas aos projetos de que trata o art. 25;

XII – responder pela indicação ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional das matérias que devem, nos termos da legislação em vigor, ser autuadas na forma de Aviso do Tribunal de Contas da União.

Parágrafo único. Das decisões do Presidente caberá recurso ao Plenário da CMO.

SeçãoIIIDaIndicaçãodosRelatores

Art.16. A indicação e a designação dos Relatores observarão as seguintes disposições:

I – as lideranças partidárias indicarão o Relator-Geral e o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual, o Relator do projeto de lei de diretrizes orça-mentárias e o Relator do projeto de lei do plano plurianual;

II – o Relator do projeto de lei do plano plurianual será designado, alternada-mente, dentre representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, não podendo pertencer ao mesmo partido ou bloco parlamentar do Presidente;

III – o Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e o Relator Geral do projeto de lei orçamentária anual não poderão pertencer à mesma Casa, partido ou bloco parlamentar do Presidente;

IV – as funções de Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual e Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias serão exercidas, a cada ano, alter-nadamente, por representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;

V – o Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual não poderá per-tencer à mesma Casa, partido ou bloco parlamentar do Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual;

VI – as lideranças partidárias indicarão os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual segundo os critérios da proporcionalidade partidária e da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO;

VII – os Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual serão indica-dos dentre os membros das Comissões Permanentes afetas às respectivas áreas temáticas ou dentre os que tenham notória atuação parlamentar nas respectivas políticas públicas;

VIII – o critério de rodízio será adotado na designação dos Relatores Setoriais do projeto de lei orçamentária anual, de forma que não seja designado, no ano subsequente, membro de mesmo partido para relator da mesma área temática;

IX – o Relator das informações de que trata o art. 2º, III, b, não poderá pertencer à bancada do Estado onde se situa a obra ou serviço;

X – cada parlamentar somente poderá, em cada legislatura, exercer uma vez, uma das seguintes funções:

a) Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual; b) Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual;

c) Relator Setorial do projeto de lei orçamentária anual;d) Relator do projeto de lei de diretrizes orçamentárias;e) Relator do projeto de lei do plano plurianual.§ 1º Na ausência de dispositivo específico, a designação dos Relatores, para

cada tipo de proposição, observará os critérios da proporcionalidade partidária, o da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO e o de rodízio entre os membros da CMO.

228

§ 2º O suplente da CMO poderá ser designado Relator.§ 3º Ouvido o Plenário da CMO, o Presidente poderá dispensar a designação

de Relatores das matérias de que tratamos incisos III, a, c, d e e, e IV do art. 2º.Art.17. O Relator-Geral, o Relator da Receita e os Relatores Setoriais do projeto

de lei orçamentária anual, os Relatores dos projetos de lei do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias e o Relator das contas de que trata o art. 56, caput, da Lei Complementar nº 101, de 2000, serão indicados no prazo de até 5 (cinco) dias após a instalação da CMO.

§ 1º Dentre as relatorias setoriais do projeto de lei orçamentária anual, caberá ao Senado Federal 4 (quatro) relatorias, observando-se o seguinte:

I – quando o Relator-Geral pertencer à Câmara dos Deputados, caberá ao Senado Federal a primeira, terceira, quinta e sétima escolhas e à Câmara dos Deputados as demais;

II – quando o Relator-Geral pertencer ao Senado Federal, caberá ao Senado Federal a segunda, quarta, sexta e oitava escolhas e à Câmara dos Deputados as demais;

§ 2º Não havendo indicação de relator no prazo definido no caput, o Presidente designará como relator o membro do partido na CMO, obedecida:

I – a proporcionalidade partidária e a proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO;

II – a escolha, dentre os membros dos partidos na CMO, daquele com maior número de legislaturas e mais idoso;

III – a ordem numérica das áreas temáticas definidas no art. 26, observado o disposto no § 1º.

CAPÍTULOIVDosComitêsPermanentes

SeçãoIDaConstituiçãoefuncionamento

Art.18. Serão constituídos os seguintes comitês permanentes:I – Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orçamentária;II – Comitê de Avaliação da Receita;III – Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios

de Irregularidades Graves;IV – Comitê de Exame da Admissibilidade de Emendas.

§ 1º Os comitês serão constituídos por no mínimo 5 (cinco) e no máximo 10 (dez) membros, indicados pelos Líderes, não computados os relatores de que trata o § 4º.

§ 2º O número de membros de cada comitê será definido pelo Presidente, ouvidos os Líderes.

§ 3º Cada comitê contará com um coordenador, escolhido obrigatoriamente dentre seus membros.

§ 4º Integrarão o Comitê de Avaliação, Controle e Fiscalização da Execução Orçamentária, além dos membros efetivos designados, os Relatores Setoriais e o Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual.

§ 5º O Relator da Receita do projeto de lei orçamentária anual integrará e co-ordenará o comitê previsto no inciso II do caput.

Art.19. A designação do conjunto dos membros e coordenadores dos comitês permanentes obedecerá ao critério da proporcionalidade partidária e ao da propor-cionalidade dos membros de cada Casa na CMO.

229

§ 1º Os membros e coordenadores dos comitês serão designados no prazo de até 5 (cinco) dias após a instalação da CMO.

§ 2º O suplente na CMO poderá ser designado membro ou coordenador de comitê.

Art.20. Os relatórios elaborados pelos comitês permanentes serão aprovados pela maioria absoluta dos seus membros, cabendo aos coordenadores o voto de desempate.

Parágrafo único. Os relatórios mencionados no caput serão encaminhados para conhecimento e deliberação da CMO.

Art.21. Os comitês permanentes darão à CMO e às Comissões Permanentes de ambas as Casas conhecimento das informações que obtiverem e das análises que procederem, por meio de relatórios de atividades.

SeçãoIIDoComitêdeAvaliação,fiscalizaçãoeControledaExecuçãoOrçamentária

Art.22. Ao Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Execução Orça-mentária cabe:

I – acompanhar, avaliar e fiscalizar a execução orçamentária e financeira, inclusive os decretos de limitação de empenho e pagamento, o cumprimento das metas fixadas na lei de diretrizes orçamentárias e o desempenho dos programas governamentais;

II – analisar a consistência fiscal dos projetos de lei do plano plurianual e da lei orçamentária anual;

III – apreciar, após o recebimento das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União para o período respectivo, e em relatório único, os Relatórios de Gestão Fiscal previstos no art. 54 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

IV – analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União acerca da execução orçamentária e financeira, bem como do acompanhamento decorrente do disposto no inciso I do art. 59 da Lei Complementar nº 101, de 2000;

V – analisar as demais informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, exceto as relativas a obras e serviços com indícios de irregularidades e as relativas à receita.

§ 1º A análise da consistência fiscal de que trata o inciso II será feita em conjunto com o Comitê de Avaliação da Receita.

§ 2º A metodologia a ser utilizada na análise das despesas obrigatórias deverá ser a estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º O Comitê realizará bimestralmente:I – reuniões de avaliação de seus relatórios com representantes dos Ministérios

do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Fazenda para discutir a evolução e as projeções das metas fiscais, dos grandes itens de despesa, em especial as projeções das despesas obrigatórias e de funcionamento dos órgãos e entidades para o exercício corrente e os 2 (dois) seguintes, bem como outras matérias de competência do Comitê;

II – encontros técnicos com representantes de outros Ministérios para discutir a avaliação dos programas de sua responsabilidade, os critérios de aplicação de recursos, os critérios e efeitos da limitação de empenho, a respectiva execução orçamentária, inclusive das ações que foram objeto de emendas parlamentares, as projeções de necessidades de recursos para os exercícios seguintes, bem como outras matérias de competência do Comitê.

230

SeçãoIIIDoComitêdeAvaliaçãodaReceita

Art.23. Ao Comitê de Avaliação da Receita cabe:I – acompanhar a evolução da arrecadação das receitas;II – analisar a estimativa das receitas constantes dos projetos de lei do plano

plurianual e da lei orçamentária anual;III – analisar as informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União

concernentes à arrecadação e à renúncia de receitas.Parágrafo único. O Comitê realizará bimestralmente reuniões de avaliação de

seus relatórios com os representantes dos órgãos do Poder Executivo responsáveis pela previsão e acompanhamento da estimativa das receitas.

SeçãoIVDoComitêdeAvaliaçãodasInformaçõessobreObraseServiçoscomIndícios

deIrregularidadesGraves

Art.24. Ao Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves cabe:

I – propor a atualização das informações relativas a obras e serviços em que foram identificados indícios de irregularidades graves e relacionados em anexo à lei orçamentária anual;

II – apresentar propostas para o aperfeiçoamento dos procedimentos e siste-máticas relacionadas com o controle externo das obras e serviços;

III – apresentar relatório quadrimestral sobre as atividades realizadas pela CMO no período, referentes à fiscalização de obras e serviços suspensos e autorizados por determinação do Congresso Nacional, assim como das razões das medidas;

IV – exercer as demais atribuições de competência da CMO, no âmbito da fiscalização e controle da execução de obras e serviços;

V – subsidiar os Relatores no aperfeiçoamento da sistemática de alocação de recursos, por ocasião da apreciação de projetos de lei de natureza orçamentária e suas alterações.

SeçãoVDoComitêdeAdmissibilidadedeEmendas

Art.25. Ao Comitê de Admissibilidade de Emendas compete propor a inadmis-sibilidade das emendas apresentadas, inclusive as de Relator, aos projetos de lei orçamentária anual, de diretrizes orçamentárias e do plano plurianual.

Parágrafo único. Os relatórios das matérias de que trata o caput não poderão ser votados pela CMO sem votação prévia do relatório do Comitê, salvo deliberação em contrário do Plenário da CMO.

CAPÍTULOVDoProjetodeLeiOrçamentáriaAnual

SeçãoIDasáreasTemáticas

Art.26. O projeto será dividido nas seguintes áreas temáticas, cujos relatórios ficarão a cargo dos respectivos Relatores Setoriais:

231

I – Infraestrutura;II – Saúde;III – Integração Nacional e Meio Ambiente;IV – Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Esporte;V – Planejamento e Desenvolvimento Urbano;VI – Fazenda, Desenvolvimento e Turismo;VII – Justiça e Defesa;VIII – Poderes do Estado e Representação;IX – Agricultura e Desenvolvimento Agrário;X – Trabalho, Previdência e Assistência Social.§ 1º As áreas e subáreas temáticas, bem como as Comissões Permanentes

do Senado Federal e da Câmara dos Deputados correspondentes, estão definidas em Anexo a esta Resolução.§ 2º O Parecer Preliminar poderá atualizar o Anexo de que trata o § 1º com o objetivo de adequá-lo a alterações que ocorrerem na estrutura de órgãos do Poder Executivo.

SeçãoIIDosComitêsdeAssessoramento

Art.27. Poderão ser constituídos até 2 (dois) comitês para apoio ao Relator-Geral, ao seu critério, com o mínimo de 3 (três) e o máximo de 10 (dez) integrantes, por ele indicados.

Parágrafo único. A designação dos membros e dos coordenadores dos comitês a que se refere o caput obedecerá ao critério da proporcionalidade partidária e ao da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO.

SeçãoIIIDamodificaçãodoProjetode

LeiOrçamentáriaAnual

Art.28. A proposta de modificação do projeto de lei orçamentária anual enviada pelo Presidente da República ao Congresso Nacional, nos termos do art. 166, § 5º, da Constituição, somente será apreciada se recebida até o início da votação do Relatório Preliminar na CMO.

Parágrafo único. Os pedidos para correção da programação orçamentária cons-tante do projeto, originários de órgãos do Poder Executivo, somente serão examina-dos pelos Relatores se solicitados pelo Ministro de Estado da área correspondente, com a comprovação da ocorrência de erro ou omissão de ordem técnica ou legal, e encaminhados pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão ao Presidente.

SeçãoIVDasAudiênciasPúblicas

Art.29. A CMO realizará audiências públicas para o debate e o aprimoramento do projeto, para as quais convidará Ministros ou representantes dos órgãos de Planejamento, Orçamento e Fazenda do Poder Executivo e representantes dos órgãos e entidades integrantes das áreas temáticas.

§ 1º As audiências públicas que tiverem como objeto o debate de assuntos relacionados aos campos temáticos regimentais das Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados serão realizadas sob a coordenação da CMO, na forma de reuniões conjuntas.

232

§ 2º A CMO poderá realizar audiências públicas regionais para debater o projeto, quando de interesse de Estado ou Região Geográfica.

SeçãoVDaAvaliaçãodaReceita

SubseçãoIDiretrizesGerais

Art.30. A análise da estimativa da Receita e das respectivas emendas é de competência do Relator da Receita.

§ 1º O Relatório da Receita será votado previamente à apresentação do Relatório Preliminar, observados os prazos estabelecidos no art. 82.

§ 2º No prazo de até 10 (dez) dias após a votação do último Relatório Setorial, o Relator da Receita poderá propor a atualização da receita aprovada, tendo em vista eventual revisão de parâmetros e da legislação tributária, com base em ava-liação do Comitê de Avaliação da Receita.

§ 3º Os recursos oriundos da reestimativa prevista no § 2º serão alocados nas emendas coletivas de apropriação proporcionalmente aos atendimentos efetuados nos relatórios setoriais.

SubseçãoIIDasEmendasàReceita

Art.31. São emendas à receita as que têm por finalidade alteração da estimativa da receita, inclusive as que propõem redução dessa estimativa em decorrência de aprovação de projeto de lei, nos termos do art. 32.

Parágrafo único. As compensações na despesa decorrentes da aprovação de emenda que acarrete redução de receita ficarão a cargo do Relator-Geral.

Art.32. Poderá ser apresentada emenda de renúncia de receita, decorrente de projeto de lei de iniciativa do Congresso Nacional, em tramitação em qualquer das suas Casas, que satisfaça as seguintes condições:

I – tenha recebido, previamente ao exame da compatibilidade e da adequação orçamentária e financeira, parecer favorável de mérito, na Casa de origem, pelas Comissões Permanentes;

II – esteja, até o prazo final para a apresentação de emendas, instruído com a estimativa da renúncia de receita dele decorrente, oriunda do Poder Executivo ou de órgão técnico especializado em matéria orçamentária do Poder Legislativo.

Parágrafo único. A emenda de que trata o caput somente será aprovada caso indique os recursos compensatórios necessários, provenientes de anulação de despesas ou de acréscimo de outra receita, observado o disposto no art. 41.

SubseçãoIIIDoRelatóriodaReceita

Art.33. O Relatório da Receita será elaborado com o auxílio do Comitê de Avaliação da Receita.

Parágrafo único. A metodologia a ser utilizada na análise da estimativa da Re-ceita deverá ser a estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias.

Art.34. O Relatório da Receita deverá conter:I – exame da conjuntura macroeconômica e do endividamento e seu impacto

sobre as finanças públicas;

233

II – análise da evolução da arrecadação das receitas e da sua estimativa no projeto, com ênfase na metodologia e nos parâmetros utilizados;

III – avaliação,emseparado,das receitas própriasdas entidades da administração indireta, em especial as pertencentes às agências reguladoras;

IV – demonstrativo das receitas reestimadas, comparando-as com as do projeto, classificadas por natureza e fonte;

V – demonstrativo das propostas de pareceres às emendas à receita e de renúncia de receitas;

VI – omontante de eventuais recursos adicionais decorrentes da reestimativa das receitas, discriminando as variações positivas e negativas por natureza e fonte de recursos;

VII – indicação dos montantes de despesa a serem reduzidos no Parecer Pre-liminar, quando necessário;

VIII – averificação do atendimento às normas constitucionais e legais pertinentes à Receita, especialmente quanto à compatibilidade do projeto com a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a Lei Complementar nº 101, de 2000.

Parágrafo único. O Relatório da Receita não poderá propor o cancelamento, parcial ou total, de dotações constantes do projeto.

SeçãoVIDaAvaliaçãodaDespesa

SubseçãoIDaParticipaçãodasComissões

Art.35. A participação das Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados no processo de apreciação do projeto dar-se-á na forma do disposto no art. 90 do Regimento Comum e das disposições desta Resolução.

Art.36. AsComissõesPermanentesdoSenadoFederaledaCâmarados Deputa-dos cujas competências materiais sejam correlatas poderão, em conjunto, sugerir ao Relator-Geral a inclusão, no Relatório Preliminar, de até 3 (três) programas ou ações, por subárea temática, para integrar a programação prioritária passível de ser objeto de emendas, de que trata o art. 53, III.

Parágrafo único. As sugestões deverão observar as prioridades e metas estabe-lecidas na lei de diretrizes orçamentárias e ser encaminhadas ao Relator-Geral por intermédio da Secretaria da CMO, acompanhadas de cópia da ata de deliberação, no prazo de até 5 (cinco) dias antes da data de apresentação do Relatório Preliminar.

SubseçãoIIDaClassificaçãoeDiretrizes

GeraissobreasEmendasàDespesa

Art.37. As emendas à despesa são classificadas como de remanejamento, de apropriação ou de cancelamento.

Art.38. Emenda de remanejamento é a que propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte exclusiva de recursos, a anulação equi-valente de dotações constantes do projeto, exceto as da Reserva de Contingência.

§ 1º A emenda de remanejamento somente poderá ser aprovada com a anula-ção das dotações indicadas na própria emenda, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

234

§ 2º Será inadmitida a emenda de remanejamento que não atenda ao disposto neste artigo e nos arts. 47 e 48.

Art. 39. Emenda de apropriação é a que propõe acréscimo ou inclusão de dotações e, simultaneamente, como fonte de recursos, a anulação equivalente de:

I – recursos integrantes da Reserva de Recursos a que se refere o art. 56;II – outras dotações, definidas no Parecer Preliminar.Art.40. Emenda de cancelamento é a que propõe, exclusivamente, a redução

de dotações constantes do projeto.Art.41. A emenda ao projeto que propõe acréscimo ou inclusão de dotações,

somente será aprovada caso:I – seja compatível com a lei do plano plurianual e com a lei de diretrizes or-

çamentárias;II – indique os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de

anulação de despesas, excluídas as que incidam sobre:a) dotações para pessoal e seus encargos;b) serviço da dívida;c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito

Federal;III – não seja constituída de várias ações que devam ser objeto de emendas

distintas; eIV – não contrarie as normas desta Resolução, bem como as previamente

aprovadas pela CMO.Parágrafo único. Somente será aprovada emenda que proponha anulação de

despesa mencionada nas alíneas do inciso II quando se referir à correção de erros ou omissões.

Art.42. A emenda ao projeto não será aprovada em valor superior ao solicitado, ressalvados os casos de remanejamento entre emendas individuais de mesmo autor, observado o limite global previsto no art. 52, II, i.

SubseçãoIIIDasEmendasdeComissão

Art.43. As Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos De-putados, relacionadas em Anexo a esta Resolução, cujas competências estejam direta e materialmente relacionadas à área de atuação pertinente à estrutura da administração pública federal, poderão apresentar emendas ao projeto.

Art.44. As emendas de Comissão deverão:I – ser apresentadas juntamente com a ata da reunião que decidiu por sua

apresentação;II – ter caráter institucional e representar interesse nacional, observado o dis-

posto no art. 47, incisos II a V, vedada a destinação a entidades privadas, salvo se contemplarem programação constante do projeto;

III – conter, na sua justificação, elementos, critérios e fórmulas que determinem a aplicação dos recursos, em função da população beneficiada pela respectiva po-lítica pública, quando se tratar de transferências voluntárias de interesse nacional.

§ 1º Poderão ser apresentadas:I – até 4 (quatro) emendas, sendo 2 (duas) de apropriação e 2 (duas) de rema-

nejamento, para as comissões cuja competência esteja restrita a uma única subárea temática, conforme definido no § 1º do art. 26 desta Resolução, e observados os quantitativos constantes do Anexo a esta Resolução;

235

II – até 8 (oito) emendas, sendo 4 (quatro) de apropriação e 4 (quatro) de rema-nejamento, para aquelas cuja competência abranja mais de uma subárea temática, observados os quantitativos constantes do Anexo a esta Resolução.

§ 2º As Mesas Diretoras do Senado Federal e da Câmara dos Deputados po-derão apresentar emendas, sendo até 4 (quatro) de apropriação e até 4 (quatro) de remanejamento.

Art.45. As emendas de remanejamento somente poderão propor acréscimos e cancelamentos em dotações de caráter institucional e de interesse nacional, no âmbito da mesma subárea temática e mesmo grupo de natureza de despesa, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

SubseçãoIVDasEmendasdeBancadaEstadual

Art.46. As Bancadas Estaduais no Congresso Nacional poderão apresentar emendas ao projeto, relativas a matérias de interesse de cada Estado ou Distrito Federal.

Art.47. As emendas de Bancada Estadual deverão:I – ser apresentadas juntamente com a ata da reunião que decidiu por sua

apresentação, aprovada por 3/4 (três quartos) dos Deputados e 2/3 (dois terços) dos Senadores da respectiva Unidade da Federação;

II – identificar de forma precisa o seu objeto, vedada a designação genérica de programação que possa contemplar obras distintas ou possam resultar, na execu-ção, em transferências voluntárias, convênios ou similares para mais de um ente federativo ou entidade privada;

III – no caso de projetos, contemplar, alternativamente a:a) projeto de grande vulto, conforme definido na lei do plano plurianual;b) projeto estruturante, nos termos do Parecer Preliminar, especificando-se o

seu objeto e a sua localização;IV – no caso de atividades ou operações especiais, restringir-se às modalidades

de aplicação 30 (trinta – governo estadual) e 90(noventa – aplicação direta);V – em sua justificação, conter, no mínimo:a) os elementos necessários para avaliar a relação custo-benefício da ação

pretendida e seus aspectos econômico-sociais;b) o valor total estimado, a execução orçamentária e física acumulada e o cro-

nograma da execução a realizar, em caso de projeto;c) as demais fontes de financiamento da ação e as eventuais contrapartidas.§ 1º Poderão ser apresentadas no mínimo 15 (quinze) e no máximo 20 (vinte)

emendas de apropriação, além de 3 (três) emendas de remanejamento, sendo que:I – as Bancadas Estaduais com mais de 11 (onze) parlamentares poderão

apresentar, além do mínimo de 15 (quinze) emendas, uma emenda de apropriação para cada grupo completo de 10 (dez) parlamentares da bancada que exceder a 11 (onze) parlamentares;

II – nas Bancadas Estaduais integradas por mais de 18 (dezoito) parlamentares, caberá à representação do Senado Federal a iniciativada apresentação de 3 (três) emendas de apropriação dentre aquelas de que trata o caput.

§ 2º Os projetos constantes de lei orçamentária anual, oriundos de aprovação de emendas de Bancada Estadual, uma vez iniciados, deverão ser, anualmente, objeto de emendas apresentadas pela mesma Bancada Estadual até a sua con-clusão, salvo se:

236

I – constem do projeto de lei orçamentária; ou II-aexecuçãofísicanãotiveralcançado20%(vinteporcento)do total da obra; ou III – houver comprovado impedimento legal à continuidade da obra; ou IV – houver decisão em contrário da unanimidade da bancada.

§ 3º Na hipótese do descumprimento do disposto no § 2º:I – o Comitê de Admissibilidade de Emendas proporá a inadmissibilidade de

emendas de Bancada Estadual, em número equivalente àquelas que deixaram de ser apresentadas, a partir daquela com o menor valor proposto;

II – o Relator-Geral substituirá a emenda de que trata o inciso I por emenda necessária à continuidade do projeto.

Art.48. As emendas de remanejamento somente poderão propor acréscimos e cancelamentos em dotações no âmbito da respectiva Unidade da Federação, mesmo órgão e mesmo grupo de natureza de despesa, observada a compatibilidade das fontes de recursos.

SubseçãoVDasEmendasIndividuais

Art.49. Cada parlamentar poderá apresentar até 25 (vinte e cinco) emendas ao projeto, cabendo ao Parecer Preliminar fixar o valor total do conjunto das emendas a serem apresentadas, por mandato parlamentar, nos termos do art. 52, II, i.

Art.50. As emendas individuais:I – que destinarem recursos a entidades de direito público, deverão observar a

programação passível de ser objeto de emendas, definida pelo Parecer Preliminar;II – que destinarem recursos a entidades privadas, deverão observar a pro-

gramação passível de ser objeto de emendas, definida no Parecer Preliminar e, cumulativamente:

a) atender às disposições contidas na lei de diretrizes orçamentárias;b) estipular as metas que a entidade beneficiária deverá cumprir, demonstrando

a sua compatibilidade com o valor da emenda;c) identificar a entidade beneficiada, seu endereço e o nome dos responsáveis

pela direção;III – deverão, no caso de projetos, resultar, em seu conjunto, em dotação suficien-

te para conclusão da obra ou da etapa do cronograma de execução a que se refere.Parágrafo único. O Parecer Preliminar especificará os elementos que deverão

constar da justificativa das emendas individuais.

SubseçãoVIDoParecerPreliminar

Art.51. O Relator-Geral apresentará Relatório Preliminar que, aprovado pelo Plenário da CMO, estabelecerá os parâmetros e critérios que deverão ser obede-cidos na apresentação de emendas e na elaboração do relatório do projeto pelo Relator-Geral e pelos Relatores Setoriais.

Art.52. O Relatório Preliminar será composto de duas partes:I – Parte Geral, que conterá, no mínimo, análise:a) das metas fiscais em função dos resultados primário e nominal implícitos no

projeto, comparando-as com as dos 2 (dois) últimos exercícios;b) do atendimento ao disposto na lei do plano plurianual e na lei de diretrizes

orçamentárias;c) da observância dos limites previstos na Lei Complementar nº 101, de 2000;d) das despesas, divididas por área temática, incluindo a execução recente;

237

e) da programação orçamentária, comparada com a execução doexercício anterior e o autorizado pela lei orçamentária em vigor;f) de outros temas relevantes;II – Parte Especial, que conterá, no mínimo:a) as condições, restrições e limites que deverão ser obedecidos, pelos Relatores

Setoriais e pelo Relator-Geral, no remanejamento e no cancelamento de dotações constantes do projeto;

b) os eventuais cancelamentos prévios, efetuados nas dotações constantes do projeto, antecedentes à atuação dos Relatores Setoriais;

c) as propostas de ajustes na despesa decorrentes da aprovação do Relatório da Receita e da reavaliação das despesas obrigatórias e da Reserva de Contingência;

d) os critérios que serão adotados na distribuição da Reserva de Recursos;e) as competências temáticas dos Relatores Setoriais e do Relator-Geral e a

estrutura básica de seus relatórios;f) os critérios a serem observados para a redução das desigualdades interre-

gionais, em conformidade com o art. 165, § 7º, da Constituição;g) as orientações específicas referentes à apresentação e apreciação de emen-

das, inclusive as de Relator;h) a classificação das emendas de Relator quanto à finalidade;i) o limite global de valor para apresentação e aprovação de emendas individu-

ais por mandato parlamentar, bem como a origem dos recursos destinados a seu atendimento;

j) o valor mínimo por Bancada Estadual para atendimento das emendas de apropriação, nos termos do art. 57;

k) a programação passível de ser objeto de emendas individuais de que trata o art. 50, I e II, que deverá estar relacionada com o desenvolvimento econômico-social e com a implantação de políticas públicas;

l) as medidas saneadoras necessárias para a correção de eventuais erros, omissões ou inconsistências detectadas no projeto;

m) as sugestões apresentadas pelas Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal sobre a programação passível de emendas, nos termos do art. 36.

Art.53. O Parecer Preliminar poderá:I – determinar o remanejamento de dotações em nível de função, subfunção,

programa, ação, órgão ou área temática;II – definir outras alterações e limites que contribuam para adequaraestrutura,ac

omposiçãoeadistribuiçãoderecursosàsnecessidades da programação orçamentária;III – estabelecer a programação prioritária passível de ser objeto de emendas

coletivas.Art.54. O Relatório do Comitê de Avaliação, Fiscalização e Controle da Exe-

cução Orçamentária que analisar a consistência fiscal do projeto, nos termos do disposto no art. 22, II, será parte integrante do Parecer Preliminar.

Art.55. Ao Relatório Preliminar poderão ser apresentadas emendas, por parla-mentares e pelas Comissões Permanentes das duas Casas do Congresso Nacional.

SubseçãoVIIDaDistribuiçãodeRecursos

Art.56. A Reserva de Recursos será composta dos eventuais recursos prove-nientes da reestimativa das receitas, da Reserva de Contingência e outros definidos no Parecer Preliminar, deduzidos os recursos para atendimento de emendas indivi-duais, de despesas obrigatórias e de outras despesas definidas naquele Parecer.

238

Parágrafo único. Não integram a base de cálculo do caput os recursos prove-nientes de autorizações de cancelamentos seletivos contidas no Parecer Preliminar que dependam de avaliação posterior dos Relatores.

Art.57. Os recursos líquidos destinados ao atendimento de emendas coletivas de apropriação, calculados de acordo com o art. 56, caput,terão o seguinte destino, observada a vinculação de fontes:

I – 25 % (vinte e cinco por cento) para as emendas de Bancada Estadual, dis-tribuídos na forma do § 1º deste artigo;

II – 55 % (cinquenta e cinco por cento) aos Relatores Setoriais, para as emendas de Bancada Estadual e as de Comissão;

III – 20 % (vinte por cento) ao Relator-Geral, para alocação, entre as emendasde Bancada Estadual e de Comissão, observado o disposto no § 2º.

§ 1º Os recursos de que trata o inciso I do caput serão distribuídos na seguinte proporção:

I – 50% (cinquenta por cento) com base nos critérios estabelecidos para o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE;

II – 40% (quarenta por cento) com base na média histórica de atendimento das respectivas Bancadas Estaduais nos últimos 3 (três) anos;

III – 10% (dez por cento) com base na população residente estimada pelo IBGE.§ 2º O Relator-Geral, na distribuição dos recursos de que trata o inciso III do

caput, assegurará que o montante de recursos destinado ao atendimento de emen-das de Comissão não seja inferior a 15 % (quinze por cento) do total dos recursos líquidos de que trata o caput deste artigo.

SubseçãoVIIIDasDisposiçõesGeraissobreas

CompetênciaseAtribuiçõesdosRelatores

Art.58. O Relator-Geral e os Relatores Setoriais observarão, na elaboração de seus relatórios, os limites e critérios fixados no Parecer Preliminar, vedada a utilização, na aprovação de emendas, de quaisquer fontes que não tenham sido autorizadas naquele Parecer.

Art.59. As propostas de parecer às emendas de Relator de verão ter o mesmo valor da emenda apresentada.

Art.60. As modificações introduzidas à programação orçamentária pelos Rela-tores dependerão da apresentação e publicação da respectiva emenda.

SubseçãoIXDosRelatoresSetoriais

Art.61. Os Relatores Setoriais utilizarão, para atendimento de emendas coletivas de apropriação, as fontes de recursos definidas no Parecer Preliminar.

Art.62. Os Relatores Setoriais debaterão o projeto nas Comissões Permanentes, antes da apresentação de seus relatórios, observadas as áreas temáticas corres-pondentes, podendo ser convidados representantes da sociedade civil.

Art.63. Os membros das Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados serão convidados para participar da discussão dos relató-rios setoriais pertinentes.

Art.64. O Relator Setorial que, no prazo regimental, não apresentar o seu relató-rio, será destituído. parágrafo único. Ocorrendo o previsto no caput, a programação orçamentária da respectiva área temática e as emendas a ela apresentadas serão apreciadas exclusivamente pelo Relator-Geral.

239

SubseçãoXDoRelator-Geral

Art.65. A apreciação da Reserva de Contingência e do texto da lei será de responsabilidade do Relator-Geral.

Art.66. O Relator-Geral poderá propor, em seu relatório, acréscimos e cance-lamentos aos valores aprovados para as emendas coletivas de apropriação nos pareceres setoriais, utilizando as fontes de recursos definidas no Parecer Preliminar.

Parágrafo único. O cancelamento de que trata o caput não poderá ser superior a 10 % (dez por cento) do valor aprovado para cada emenda no Parecer Setorial.

Art.67. É vedado ao Relator-Geral propor a aprovação de emendas com Pa-recer Setorial pela rejeição.

Art.68. O Relator-Geral poderá propor, em seu relatório, alterações no aten-dimento das emendas de Bancadas Estaduais, por solicitação de 2/3 (dois terços) dos Deputados e 2/3 (dois terços) dos Senadores da respectiva bancada.

Art.69. As propostas de parecer do Relator-Geral às emendas somente poderão ser incorporadas aos sistemas informatizados após a apreciação conclusiva de todos os relatórios setoriais pela CMO, ressalvado o disposto no art. 64.

SubseçãoXIDosRelatórios

Art.70. Os Relatores do projeto deverão, em seus relatórios:I – analisar:a) o atendimento das normas constitucionais e legais, especialmente quanto

à compatibilidade do projeto com a lei do plano plurianual, a lei de diretrizes orça-mentárias e a Lei Complementar nº 101, de 2000;

b) a execução orçamentária recente, comparando-a com os valores constantes do projeto;

c) os efeitos da aprovação dos créditos especiais e extraordinários aprovados ou em apreciação pelo Congresso nos últimos 4 (quatro) meses do exercício;

d) os critérios utilizados nos cancelamentos e acréscimos efetuados na progra-mação orçamentária e seus efeitos sobre a distribuição regional;

e) as medidas adotadas em relação às informações enviadas pelo Tribunal de Contas da União quanto às obras e serviços com indícios de irregularidades graves, justificando sua inclusão ou manutenção;

II – indicar, para votação em separado, os subtítulos que contenham contrato, convênio, parcela, trecho ou subtrecho em que foram identificados, de acordo com informações do Tribunal de Contas da União, indícios de irregularidades graves;

III – apresentar demonstrativos:a) do voto do Relator às emendas individuais à despesa, por tipo de proposta de

parecer e por autor, contendo, para cada um, o número da emenda, a classificação institucional, funcional e programática, a denominação do subtítulo, a decisão e o valor concedido;

b) do voto do Relator às emendas coletivas à despesa, por tipo de proposta de parecer, unidade da Federação e autor, contendo, para cada um, o número da emenda, a classificação institucional, funcional e programática, a denominação do subtítulo, a decisão e o valor concedido;

c) das emendas com proposta de parecer pela inadmissibilidade;IV – anexar os espelhos das emendas de Relator, acompanhados dos res-

pectivos fundamentos técnicos e legais e do demonstrativo dessas emendas por modalidade.

240

Art.71. Se o Relator concluir por substitutivo, deverá apresentar a programação de trabalho na forma de autógrafo.

Art.72. O relatório do Relator-Geral deverá apresentar demonstrativo das pro-postas de pareceres às emendas ao texto e de cancelamento.

Art.73. Os seguintes demonstrativos deverão estar disponíveis na CMO, até a apresentação dos relatórios correspondentes:

I – dos acréscimos e cancelamentos das dotações por unidade orçamentária e por subtítulo, com a especificação das metas correspondentes, indicando expressa-mente aqueles constantes das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, nos termos do art. 2º, III, b;

II – dos acréscimos e cancelamentos das dotações por Unidade da Federação.Art.74. Os relatórios dos comitês previstos no art. 18, III e IV, e no art. 27 inte-

grarão o relatório do Relator-Geral.

SeçãoVIIDaApreciaçãoedaVotação

SubseçãoIDasDiretrizesGeraisparaApreciaçãoeVotação

Art.75. Os relatórios setoriais serão apreciados pela CMO individualmente.Art.76. A apreciação do Relatório Geral somente terá início após a aprovação,

pelo Congresso Nacional, do projeto de lei do plano plurianual ou de projeto de lei que o revise.

Art.77. Na apreciação do relatório do Relator-Geral serão votadas, inicialmente, as emendas que proponham cancelamento parcial ou total de dotações constan-tes do projeto e, em seguida, as emendas destinadas a alterar o texto do projeto, ressalvados os destaques.

Art.78. O remanejamento de valores entre emendas de um mesmo autor so-mente será acatado se solicitado ao Presidente, até a apresentação do Relatório Setorial respectivo, pelo:

I – autor da emenda, no caso de emenda individual;II – coordenadordeBancadaEstadualoumembrodaCMOporele autorizado, ob-

servado o art. 47, I;III – Presidente de Comissão Permanente da Câmara dos Deputados ou do

Senado Federal ou membro da Comissão autorizado pelo respectivo Presidente, observado o art. 44, I.

SubseçãoIIDosDestaques

Art.79. Os destaques observarão o disposto nesta Subseção e nos arts. 138 e 139.

Art.80. Somente será admitido destaque:I – ao projeto:a) para recompor dotação cancelada, até o limite de 3 (três) destaques por

membro da CMO, inadmitidos os que tenham como objetivo recompor dotação reduzida por cancelamento linear;

b) para restabelecimento de dispositivo ou parte de dispositivo suprimido do texto da lei;

241

II – ao substitutivo:a) para suprimir dotação;b) para supressão de dispositivo ou parte de dispositivo constante do texto da lei;III – à emenda:a) à despesa, para aumentar ou incluir dotação, por meio de aprovação de

emenda com voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial;b) à despesa, para reduzir dotação, por meio de rejeição de emenda com voto

do Relator pela aprovação ou aprovação parcial;c) de cancelamento, para aumentar ou incluir dotação, por meio de rejeição de

emenda com voto do Relator pela aprovação ou aprovação parcial;d) de cancelamento, para reduzir dotação, por meio de aprovação de emenda

com voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial;e) à receita, para aumentar receita, por meio de aprovação de emenda com

voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial;f) à receita, para reduzir receita, por meio de rejeição de emenda com voto do

Relator pela aprovação ou aprovação parcial;g) de renúncia de receita, para reduzir receita, por meio de aprovação de emenda

com voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial;h) de renúncia de receita, para aumentar receita, por meio de rejeição de emenda

com voto do Relator pela aprovação ou aprovação parcial;i) de texto, para inclusão de dispositivo do texto da lei, por meio de aprovação

de emenda com voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial.Parágrafo único. Solicitada a votação em separado de destaque, a sua rejeição

implica a rejeição dos valores propostos pelo relator em seu voto.Art.81. O destaque com a finalidade de incluir, aumentar ou recompor dotação,

ou reduzir receita, somente poderá ser aprovado pela CMO caso tenha sido:I – identificada a origem dos recursos necessários ao seu atendimento, admitidos

somente os provenientes de:a) cancelamento de dotação proposto em emenda do autor do destaque;b) remanejamento de dotação entre emendas do autor do destaque;c) cancelamento de dotação decorrente da aprovação de destaque de que trata

o art. 80, III, b e d;d) cancelamento de dotação indicado pelos respectivos relatores;II – comprovada a existência de recursos em montante suficiente para o aten-

dimento do destaque.

SubseçãoIIIDosPrazos

Art.82. Na tramitação do projeto serão observados os seguintes prazos:I – até 5 (cinco) dias para publicação e distribuição em avulsos, a partir do

recebimento do projeto;II – até 30 (trinta) dias para a realização de audiências públicas, a partir do

término do prazo definido no inciso I;III – até 15 (quinze) dias para apresentação de emendas à receita e de renúncia

de receitas ao projeto, a partir do prazo definido no inciso I;IV – até 3 (três) dias para publicação e distribuição de avulsos das emendas à

receita e de renúncia de receitas, a partir do prazo definido no inciso III;V – até 20 (vinte) dias para apresentação, publicação e distribuição do Relatório

da Receita, a partir do prazo definido no inciso III;VI – até 3 (três) dias para votação do Relatório da Receita e suas emendas,

a partir do prazo definido no inciso V;

242

VII – até 5 (cinco) dias para apresentação, publicação e distribuição do Relatório Preliminar, a partir do término do prazo definido no inciso VI;

VIII – até 3 (três) dias para a apresentação de emendas ao Relatório Preliminar, a partir do término do prazo definido no inciso VII;

IX – até 3 (três) dias para votação do Relatório Preliminar e suas emendas, a partir do término do prazo definido no inciso VIII;

X – até 10 (dez) dias para a apresentação de emendas ao projeto, a partir do término do prazo definido no inciso IX;

XI – até 5 (cinco) dias para publicação e distribuição de avulsos das emendas, a partir do término do prazo definido no inciso X;

XII – até 24 (vinte e quatro) dias para a apresentação, publicação, distribuição e votação dos relatórios setoriais, a partir do término do prazo definido no inciso X;

XIII – até 17 (dezessete) para a apresentação, publicação, distribuição e votação do relatório do Relator-Geral, a partir do término do prazo definido no inciso XII;

XIV – até 5 (cinco) dias para o encaminhamento do Parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo definido no inciso XIII;

XV – até 3 (três) dias para a implantação das decisões do Plenário do Con-gresso Nacional e geração dos autógrafos, a partir da aprovação do parecer pelo Congresso Nacional.

CAPÍTULOVIDoProjetodeLeideDiretrizesOrçamentárias

SeçãoIDasDiretrizesGerais

Art.83. A proposta de modificação do projeto de lei de diretrizes orçamentá-rias enviada pelo Presidente da República ao Congresso Nacional nos termos do art. 166, § 5º, da Constituição, somente será apreciada se recebida até o início da votação do Relatório Preliminar na CMO.

SeçãoIIDasAudiênciasPúblicas

Art.84. Antes da apresentação do Relatório Preliminar, será realizada audiência pública com o Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão para discussão do projeto.

§ 1º O Presidente poderá solicitar ao Ministro que encaminhe à CMO, no prazo de até 5 (cinco) dias antes da audiência, textos explicativos sobre:

I – as prioridades e metas para o exercício seguinte, nos termos do art. 165, § 2º, da Constituição;

II – as metas para receita, despesa, resultado primário e nominal, e montante da dívida pública, nos termos do art. 4º da Lei Complementar nº 101, de 2000;

III – os critérios para distribuição de recursos entreprojetos novos, projetos em andamento e conservação do patrimônio público;

IV – o relatório que contém as informações necessárias à avaliação da distri-buição de que trata o inciso III, conforme determina o art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 2000.

§ 2º O Presidente poderá solicitar ao Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, o encaminhamento de textos explicativos sobre as demais matérias perti-nentes ao conteúdo do projeto e seus anexos, a pedido do Relator.

243

SeçãoIIIDoParecerPreliminar

Art.85. O Relatório Preliminar conterá a avaliação do cenário econômico-fiscal e social do projeto, dos parâmetros que foram utilizados para a sua elaboração e das informações constantes de seus anexos.

Parágrafo único. O Relatório Preliminar conterá, quanto ao Anexo de Metas e Prioridades:

I – as condições, restrições e limites que deverão ser obedecidos, pelo Relator, no cancelamento das metas constantes do anexo;

II – os critérios que serão utilizados pelo Relator para o acolhimento das emen-das;

III – demonstrativo contendo os custos unitários estimados das ações nele constantes;

IV – disposições sobre apresentação e apreciação de emendas individuais e coletivas.

Art.86. Ao Relatório Preliminar poderão ser apresentadas emendas, por parla-mentares e pelas Comissões Permanentes das duas Casas do Congresso Nacional.

SeçãoIVDasEmendasaoAnexodemetasePrioridades

Art.87. Ao Anexo de Metas e Prioridades do projeto poderão ser apresentadas emendas de Comissão e de Bancada Estadual, observado, no que couber, o dis-posto nos arts. 44 e 47 e os seguintes limites:

I – até 5 (cinco) emendas, para as Comissões Permanentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados;

II – até 5 (cinco) emendas, para as Bancadas Estaduais do Congresso Nacional.Art.88. Cada parlamentar poderá apresentar até 5(cinco) emendas.Art.89. A aprovação de emenda ao Anexo de Metas e Prioridades da LDO não

dispensa a exigência de apresentação da emenda correspondente ao projeto de lei orçamentária.

Art.90. Serão inadmitidas as emendas que proponham a inclusão de ações não constantes da lei do plano plurianual.

Art.91. Aplicam-se, no que couber, às emendas do Anexo de Metas e Priorida-des, as disposições relativas às emendas à despesa do projeto de lei orçamentária anual.

SeçãoVDosPrazos

Art.92. Na tramitação do projeto serão observados os seguintes prazos:I – até 5 (cinco) dias para publicação e distribuição em avulsos, a partir do

recebimento do projeto;II – até 7(sete) dias para a realização de audiências públicas, apartir do término

do prazo definido no inciso I;III – até 17 (dezessete) dias para apresentação, publicação e distribuição do

Relatório Preliminar, apartir do términodo prazo definidono inciso I;

244

IV – até 3 (três) dias para a apresentação de emendas ao Relatório Preliminar, a partir do término do prazo definido no inciso III;

V – até 6 (seis) dias para votação do Relatório Preliminar e suas emendas, a partir do término do prazo definido no inciso IV;

VI – até 10 (dez) dias para a apresentação de emendas, a partir do término do prazo definido no inciso V;

VII – até 5 (cinco) dias para a publicação e distribuição de avulsos das emendas, a partir do término do prazo definido no inciso VI;

VIII – até 35 (trinta e cinco) dias para apresentação, publicação, distribuição e votação do relatório, a partir do término do prazo definido no inciso VI;

IX – até 5(cinco) dias para o encaminhamento do parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo definido no inciso VIII.

CAPÍTULOVIIDoProjetodeLeidoPlanoPlurianual

SeçãoIDiretrizesGerais

Art.94. O relatório do projeto será elaborado por um único Relator.Art.95. Apropostademodificaçãodoprojetodeleidoplano plurianual enviada pelo

Presidente da República ao Congresso Nacional nos termos do art. 166, § 5º, da Constituição, somente será apreciada se recebida até o início da votação do Re-latório Preliminar na CMO.

Art.96. A CMO poderá realizar audiências públicas regionais, para debater o projeto, quando de interessede Estado ou Região Geográfica.

SeçãoIIDasEmendas

Art.97. Ao projeto de lei do plano plurianual, ou ao projeto que o revise, poderão ser apresentadas emendas de Comissão e de Bancada Estadual, observado, no que couber, o disposto nos arts. 44 e 47 e os seguintes limites:

I – até 5 (cinco) emendas, para as Comissões Permanentes do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados;

II – até 5 (cinco) emendas, para as Bancadas Estaduais do Congresso Nacional.Art.98. Cada parlamentar poderá apresentar até 10 (dez) emendas ao projeto

de lei do plano plurianual ou ao projeto que o revise.Art. 99. O Parecer Preliminar disporá sobre apresentação e apreciação de

emendas individuais e coletivas ao projeto.Parágrafo único. As disposições do Parecer Preliminar sobre emendas ao projeto

aplicam-se-às emendas ao projeto de lei que o revise.Art.100. Aplicam-se, no que couber, às emendas às ações orçamentárias do

plano plurianual, as disposições relativas às emendas à despesa do projeto de lei orçamentária anual.

SeçãoIIIDosComitêsdeAssessoramento

Art.101. Poderá ser constituído um comitê para apoio ao Relator, ao seu critério, com o mínimo de 3 (três) e o máximo de 10 (dez) integrantes, por ele indicados.

245

Parágrafo único. A designação dos membros e do coordenador do comitê a que se refere o caput obedecerá ao critério da proporcionalidade partidária e ao da proporcionalidade dos membros de cada Casa na CMO.

SeçãoIVDoParecerPreliminar

Art.102. O Relatório Preliminar conterá, no mínimo:I – as condições, restrições e limites que deverão ser obedecidos pelo Relator,

no remanejamento e no cancelamento de valores financeiros constantes do projeto;II – os critérios que serão adotados na distribuição, entre os programas ou ór-

gãos responsáveis por programas, dos eventuais recursos adicionais decorrentes da reestimativa das receitas;

III – as orientações específicas referentes à apresentação e apreciação de emendas, inclusive as de Relator;

IV – asorientações específicas referentes à estruturae ao conteúdo do relatório do Relator.

Parágrafo único. Ao Relatório Preliminar poderão ser apresentadas emendas, por parlamentares e pelas Comissões Permanentes das duas Casas do Congresso Nacional.

SeçãoVDoRelatório

Art.103. O relatório do projeto conterá:I – análise do atendimento das normas constitucionais e legais;II – exame crítico e prospectivo da conjuntura econômica e da consistência fiscal

do período de aplicação do plano;III – avaliação das fontes de financiamento, com ênfase nas estimativas de

receita dos Orçamentos da União;IV – avaliação das diretrizes e dos objetivos do plano;V – demonstrativos dos pareceres às emendas, por autor e número de emenda;VI – análise da programação;VII – critérios e parâmetros utilizados para o acolhimento de emendas;VIII – demonstrativos dos acréscimos e cancelamentos efetuados na progra-

mação.Art.104. Os relatórios dos comitês previstos no art. 18, II e IV, e no art.101

integrarão o relatório do Relator.

SeçãoVIDosPrazos

Art.105. Na tramitação do projeto serão observados os seguintes prazos:I – até 5 (cinco) dias para a publicação e distribuição em avulsos, a partir do

recebimento do projeto;II – até 14 (quatorze) dias para a realização de audiências públicas, a partir do

término do prazo definido no inciso I;

246

III – até 10 (dez) dias para apresentação, publicação e distribuição do Relatório Preliminar, a partir do término do prazo definido no inciso I;

IV – até 3 (três) dias para a apresentação de emendas ao Relatório Preliminar, a partir do término do prazo definido no inciso III;

V – até 6 (seis) dias para votação do Relatório Preliminar e suas emendas, a partir do término do prazo definido no inciso IV;

VI – até 10 (dez) dias para a apresentação de emendas ao projeto, a partir da aprovação do Relatório Preliminar;

VII – até 5 (cinco) dias para publicação e distribuição de avulsos das emendas, a partir do término do prazo definido no inciso VI;

VIII – até 21 (vinte e um) dias para a apresentação, publicação, distribuição e votação do relatório, a partir do término do prazo definido no inciso VI;

IX – até 7 (sete) dias para encaminhamento do parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo definido no inciso VIII.

CAPÍTULOVIIIDaApreciaçãodosProjetosdeLeideCréditosAdicionais

SeçãoIDiretrizesGerais

Art.106. Os projetos somente serão apreciados pela CMO até o dia 20 de novembro de cada ano.

Art.107. Os projetos sobre os quais a CMO não emitir parecer no prazo de que trata o art. 106 serão apreciados pelo Plenário do Congresso Nacional.

SeçãoIIDasEmendas

Art.108. Cada parlamentar poderá apresentar até 10 (dez) emendas a crédito adicional.

Art.109. As emendas não serão admitidas quando:I – contemplarem programação em unidade orçamentária não beneficiária do

crédito;II – oferecerem como fonte de cancelamento compensatório, previsto no art. 166, § 3º, II, da Constituição, programação que:

a) não conste do projeto de lei ou conste somente como cancelamento pro-posto; ou

b) integre dotação à conta de recursos oriundos de operações de crédito internas ou externas e as respectivas contrapartidas, ressalvados os casos decorrentes de correção de erro ou de omissão de ordem técnica ou legal, devidamente compro-vados;

III – propuserem:a) em projetos de lei de crédito suplementar, programação nova;b) em projetos de lei de crédito especial, a suplementação de dotações já exis-

tentes na lei orçamentária;

247

c) em projetos de lei de crédito adicional, a anulação de dotações orçamentárias constantes do anexo de cancelamento sem indicar, como compensação, a progra-mação a ser cancelada no correspondente anexo de suplementação;

IV – ocasionarem aumento no valor original do projeto, ressalvado o disposto no art. 144, I.

§ 1º O Relator indicará, em seu relatório, as emendas que, no seu entender, deverão ser declaradas inadmitidas.

§ 2º O Relator apresentará, em seu relatório, os critérios utilizados nos cance-lamentos e acréscimos efetuados à programação constante do projeto.

SeçãoIIIDosCréditosExtraordináriosAbertos

pormedidaProvisória

Art.110. A CMO, no exame e emissão de parecer à medida provisória que abra crédito extraordinário, conforme arts. 62 e 167, § 3º,da Constituição, observará, no que couber, o rito estabelecido em resolução específica do Congresso Nacional.

Parágrafo único. A inclusão de relatório de medida provisória na ordem do dia da CMO será automática e sua apreciação terá precedência sobre as demais matérias em tramitação.

Art. 111. Somente serão admitidas emendas que tenham como finalidade modificar o texto da medida provisória ou suprimir dotação, total ou parcialmente.

SeçãoIVDosPrazos

Art.112. Na tramitação dos projetos serão observados os seguintes prazos:I – até 5 (cinco) dias para a publicação e distribuição em avulsos, a partir do

recebimento do projeto;II – até 8 (oito) dias para a apresentação de emendas, a partir do término do

prazo previsto no inciso I;III – até 5 (cinco) dias para a publicação e distribuição de avulsos das emendas,

a partir do término do prazo previsto no inciso II;IV – até 15 (quinze) dias para a apresentação, publicação, distribuição e votação

do relatório e encaminhamento do parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo definido no inciso III.

CAPÍTULOIXDaApreciaçãodosProjetosdeLeideplanoseProgramasNacionais,RegionaiseSetoriais

SeçãoIDasDiretrizesGerais

Art.113. A CMO emitirá parecer quanto à adequação e compatibilidade dos projetos de lei de planos e programas nacionais, regionais e setoriais, previstos na Constituição, ao plano plurianual, após aqueles terem sido apreciados pelas comissões de mérito de cada uma das Casas do Congresso Nacional.

248

Parágrafo único. O parecer de que trata o caput será apreciado pela Câmarados Deputados e pelo Senado Federal, em sessão conjunta.

SeçãoIIDosPrazos

Art.114. Na tramitação dos projetos serão observados os seguintes prazos:I – até 40 (quarenta) dias para apresentação, publicação e distribuição do rela-

tório, a partir do recebimento do projeto;II – até 15 (quinze) dias para a apresentação de emendas saneadoras da in-

compatibilidade ou inadequação orçamentária ou financeira, a partir do término do prazo previsto no inciso I;

III – até 15 (quinze) dias para a apresentação do relatório às emendas apresen-tadas, a partir do término do prazo previsto no inciso II;

IV – até 7 (sete) dias para discussão e votação do relatório, a partir do término do prazo previsto no inciso III;

V – até 5 (cinco) dias para encaminhamento do parecer da Comissão à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo previsto no inciso IV;

VI – até 3 (três) dias para a sistematização das decisões do Plenário do Con-gresso Nacional e geração dos autógrafos, a partir da aprovação do parecer pelo Congresso Nacional.

CAPÍTULOXDaApreciaçãodasContas

SeçãoIDasDiretrizesGerais

Art.115. O Relator das contas apresentadas nos termos do art. 56, caput e § 2º, da Lei Complementar nº 101, de 2000, apresentará relatório, que contemplará todas as contas, e concluirá pela apresentação de projeto de decreto legislativo, ao qual poderão ser apresentadas emendas na CMO.

Parágrafo único. No início dos trabalhos do segundo período de cada sessão legislativa, a Comissão realizará audiência pública com o Ministro Relator do Tribunal de Contas da União, que fará exposição do parecer prévio das contas referidas no caput.

SeçãoIIDosPrazos

Art.116. Na apreciação das prestações de contas serão observados os se-guintes prazos:

I – até 40 (quarenta) dias para a apresentação, publicação e distribuição do re-latório e do projeto de decreto legislativo, a partir do recebimento do parecer prévio;

II – até 15 (quinze) dias para apresentação de emendas ao relatório e ao projeto de decreto legislativo, a partir do término do prazo previsto no inciso I;

III – até 15 (quinze) dias para a apresentação do relatório às emendas apresen-tadas, a partir do término do prazo previsto no inciso II;

249

IV – até 7 (sete) dias para a discussão e votação do relatório e do projeto de decreto legislativo, a partir do término do prazo previsto no inciso III;

V – até 5 (cinco) dias para o encaminhamento do parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, a partir do término do prazo previsto no inciso IV;

VI – até 3 (três) dias para a sistematização das decisões do Plenário do Con-gresso Nacional e geração dos autógrafos, a partir da aprovação do parecer pelo Congresso Nacional.

CAPÍTULOXIDoAcompanhamentoefiscalizaçãoda

ExecuçãoorçamentáriaefinanceiraedaGestãofiscal

SeçãoIDiretrizesGerais

Art.117. No exercício da competência de que tratam os arts. 70 e 71 da Consti-tuição aplica-se, no que couber, o disposto na Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992.

Art.118. A CMO, na apreciação das matérias mencionadas no art. 2º, III, a, c, d e e, poderá decidir pela apresentação de projeto de decreto legislativo, com base no art. 49, V, da Constituição, determinando ainda, a órgãos ou entidades, a adoção das medidas cabíveis.

Art. 119. O projeto de decreto legislativo referente ao acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária e financeira poderá ser objeto de emendas na CMO.

SeçãoIIDosPrazos

Art.120. Na tramitação das proposições serão observados os seguintes prazos:I – até 5 (cinco) dias para a publicação e distribuição dos relatórios e informações

previstos nas alíneas do art. 2º, III, a partir do recebimento;II – até 15 (quinze) dias para a apresentação de relatório e, conforme o caso,

projeto de decreto legislativo, a partir do término do prazo previsto no inciso I;III – até 5 (cinco) dias úteis para apresentação de emendas ao projeto de decreto

legislativo, a partir do término do prazo previsto no inciso II;IV – até 7 (sete) dias para a apresentação, publicação, distribuição e votação do

relatório e encaminhamento do parecer da CMO à Mesa do Congresso Nacional, apartirdo término do prazo previsto no inciso III.

CAPÍTULOXIIDasobraseserviçoscomindíciosde

irregularidadesgraves

SeçãoIDasDiretrizesGerais

Art. 121. As considerações do órgão ou entidade auditados e a respectiva avaliação preliminar constarão das informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, de que trata o art. 2º, III, b.

250

Art.122. As informações encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União, de que trata o art. 2º, III, b, que, no último dia útil do mês de novembro, estiverem pendentes de deliberação no âmbito da CMO, bem como outras informações en-viadas posteriormente, serão remetidas ao Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves que, sobre elas, se manifestará em relatório único.

Parágrafo único. A deliberação da CMO sobre o relatório de que trata o caput precederá a do relatório do Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual.

Art.123. O parecer da CMO sobre relatório que tratar de informaçõesencami-nhadaspeloTribunal de Contas da União, de que trata o art. 2º, III, b, terá caráter terminativo, salvo recurso ao Plenário do Congresso Nacional.

§ 1º O relatório será votado pelo processo simbólico.§ 2º O relatório deverá estar disponível aos membros da CMO com pelo menos

48 (quarenta e oito) horas de antecedência, sem o que não poderá ser incluído na pauta da reunião subsequente.

§ 3º O recurso para apreciação da matéria pelo Plenário do Congresso Nacional deverá ser assinado por 1/1910 (um décimo) dos membros de cada Casa na CMO, e interposto no prazo de 5 (cinco) dias úteis a partir da publicação do avulso do parecer da CMO.

SeçãoIIDoRelatório

Art.124. O relatório que tratar de informações relativas à fiscalização de obras e serviços concluirá por:

I – apresentar projeto de decreto legislativo dispondo sobre:a) a suspensão da execução orçamentária, física e financeira da obra ou serviço

com indícios de irregularidades graves; oub) a autorização da continuidade da execução orçamentária, física e financeira

da obra ou serviço, caso as irregularidades apontadas tenham sido satisfatoriamen-te sanadas ou não tenha sido possível comprovar a existência da irregularidade;

II – dar ciência da matéria a CMO e propor o envio do processado ao arquivo;III – requerer novas informações, sobrestando a apreciação da matéria até o

atendimento da solicitação;IV – propor a adoção de providências complementares pelo Tribunal de Contas

relativamente à matéria examinada, com vistas a afastar quaisquer riscos de prejuízo ao erário ou evitar a impunidade dos agentes responsáveis por aqueles já apurados.

SeçãoIIIDoProjetodeDecretoLegislativo

Art.125. O projeto de decreto legislativo de que trata o art. 124, I, deve con-templar os subtítulos relativos a obras e serviços com indícios de irregularidades graves, com a indicação, sempre que possível, dos contratos, convênios, parcelas ou subtrechos em que foram identificados indícios de irregularidades graves.

Parágrafo único. A ausência de indicação de que trata o caput resultará na aplicação da decisão em relação ao subtítulo correspondente em sua totalidade.

251

CAPÍTULOXIIIDasDiretrizesGeraisdeApreciação

dasmatériasOrçamentárias

SeçãoIDasDiretrizesGerais

Art.126. Na falta de disposições específicas, aplicamse, no que couber, às de-mais proposições mencionadas nesta Resolução, as disposições relativas ao projeto de lei orçamentária anual.

Art.127. O Relator que, no prazo regimental, não apresentar o seu relatório, será substituído, não podendo mais ser designado Relator na mesma sessão legislativa.

Parágrafo único. Ocorrendo o previsto no caput, o Presidente designará novo Relator,ressalva do o disposto no parágrafo único do art. 64.

Art.128. A apreciação dos relatórios somente poderá ocorrer 3 (três) dias úteis após a sua distribuição, nos casos do relatório do Relator-Geral do projeto de lei orçamentária anual, do relatório do projeto de lei de diretrizes orçamentárias e do relatório do projeto de lei do plano plurianual, e 2 (dois) dias úteis nos casos das demais proposições, salvo se a CMO dispensar esse último prazo por deliberação da maioria absoluta de seus membros.

Art.129. A CMO somente poderá se reunir para votação após convocação escrita aos seus membros com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.

Art.130. Na discussão da matéria serão observadas as seguintes normas:I – cada parlamentar inscrito somente poderá usar a palavra por 5 (cinco)

minutos;II – nenhum membro da CMO poderá falar mais de 5 (cinco) minutos sobre

emenda, salvo o Relator, que poderá falar por último, por 10 (dez) minutos;III – no esclarecimento à CMO, de emenda de sua autoria, o parlamentar poderá

falar por, no máximo, 3 (três) minutos;IV – não será concedida vista de relatório, parecer, projeto ou emenda.Art.131. As deliberações da CMO iniciar-se-ão pelos representantes da Câmara

dos Deputados, sendo que o voto contrário da maioria dos representantes de uma das Casas importará em rejeição da matéria.

Art.132. O parecer da CMO sobre emenda será conclusivo e final, salvo requeri-mento para que a emenda seja submetida a votos, assinado por 1/1910 (um décimo) dos congressistas, apresentado à Mesa do Congresso Nacional até o dia anterior ao estabelecido para a discussão da matéria no Plenário do Congresso Nacional.

Art. 133. O relatório aprovado em definitivo pela CMO constitui o Parecer da CMO.

SeçãoIIDaVerificaçãodePresençaedeVotação

Art.134. Os trabalhos da CMO somente serão iniciados com a presença mínima de 1/6 (um sexto) de sua composição em cada Casa.

Parágrafo único. No curso da reunião, verificada a presença de Senadores ou Deputados em número inferior ao estabelecido no caput, o Presidente suspenderá ou encerrará a reunião, ex‑officio, ou por provocação de qualquer parlamentar.

252

Art.135. Se durante sessão do Congresso Nacional que estiver apreciando matéria orçamentária, verificar-se a presença de Senadores e Deputados em nú-mero inferior ao mínimo fixado no art. 28 do Regimento Comum, o Presidente da Mesa encerrará os trabalhos ex‑officio, ou por provocação de qualquer parlamentar, apoiado por no mínimo 1/1920 (um vinte avos) dos membros da respectiva Casa, ou por Líderes que os representem.

Art.136. No plenário da CMO, proclamado o resultado da votação em cada Casa, poderá ser solicitada a sua verificação, a pedido de qualquer parlamentar, apoiado por no mínimo 1/1910 (um décimo) dos membros da respectiva Casa na CMO ou por Líderes que os representem.

Parágrafo único. Procedida a verificação de votação, e havendo número legal, não será permitido novo pedido por parte de membros da mesma Casa, antes do decurso de 1 (uma) hora.

Art.137. No plenário do Congresso Nacional, quando em apreciação matéria orçamentária, proclamado o resultado da votação em cada Casa, poderá ser soli-citada a sua verificação, a pedido de qualquer parlamentar, apoiado por no mínimo 1/1920 (um vinte avos) dos membros da respectiva Casa ou por Líderes que os representem.

SeçãoIIIDosDestaques

Art.138. No âmbito da CMO poderão ser apresentados destaques a requeri-mento de:

I – membro da CMO;II – coordenador de Bancada Estadual ou membro da CMO por ele autorizado;III – presidente de Comissão Permanente da Câmarados Deputados ou do

Senado Federal ou membro de Comissão autorizado pelo respectivo presidente.§ 1º A ausência do autor, no caso dos incisos II e III, não prejudicará a votação

do destaque apresentado.§ 2º Os destaques a emendas de Comissão Permanente ou de Bancada Esta-

dual somente poderão ser apresentados pelos autores previstos nos incisos II e III.Art.139. Ressalvados os casos específicos previstos nesta Resolução, somente

será admitido destaque:I – ao projeto de lei, para restabelecimento de dispositivo ou parte de dispositivo

suprimido;II – ao substitutivo, para supressão de dispositivo ou parte de dispositivo;III – à emenda ao projeto de lei, para incluir dispositivo, por meio de aprovação

de emenda com voto do Relator pela rejeição ou aprovação parcial;IV – à emenda ao projeto de lei, para excluir dispositivo, por meio de rejeição

de emenda com voto do Relator pela aprovação ou aprovação parcial.§ 1º Não será admitido o destaque de parte de emenda apresentada.§ 2º Não será aceita solicitação para votação em separado de destaque, após

a aprovação de requerimento para a votação em globo dos destaques.

CAPÍTULOXIVDasDisposiçõesGeraisSobreEmendas

Art.140. As emendas aos projetos de lei orçamentária anual e seus créditos adicionais, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do plano plurianual e suas revisões serão apresentadas, sempre que possível, em meio magnético, e terão a

253

assinatura do autor substituída por autenticação eletrônica, segundo as normas e procedimentos fixados pela CMO.

Art.141. Somente serão consideradas as emendas propostas por parlamentar que estiver no exercício do mandato no dia do encerramento do prazo de apresen-tação de emendas.Art.142. Ficam excluídas dos limites de que tratam os arts. 44, § 1º, 47, § 1º e 49, caput, as emendas exclusivamente destinadas à receita, ao texto da lei, ao can-celamento parcial ou total de dotação, à renúncia de receitas e aos relatórios preliminares .

Art.143. As modificações introduzidas pelos Relatores aos projetos de lei em tra-mitação na CMO dependerão da apresentação e publicação da respectiva emenda.

Art.144. Os Relatores somente poderão apresentar emendas à programação da despesa com a finalidade de:

I – corrigir erros e omissões de ordem técnica ou legal;II – recompor, total ou parcialmente, dotações canceladas, limitada a recompo-

sição ao montante originalmente proposto no projeto;III – atender às especificações dos Pareceres Preliminares.Parágrafo único. É vedada a apresentação de emendas que tenham por objetivo

a inclusão de programação nova, bem como o acréscimo de valores a programa-ções constantes dos projetos, ressalvado o disposto no inciso I do caput e nos Pareceres Preliminares.

Art.145. As emendas de Relator serão classificadas de acordo com a finalidade, nos termos dos Pareceres Preliminares.

Art.146. A emenda à proposição em tramitação na CMO, que contrariar norma constitucional, legal ou regimental, será inadmitida, observados os arts. 15, XI, e 25.

§ 1º Ressalvadas as emendas aos projetos de que trata o art. 25, o Relator indicará em seu relatório, em demonstrativo específico, as emendas que, em seu entendimento, devem ser declaradas inadmitidas, pelo Presidente.

§ 2º No caso do § 1º, o Presidente declarará a inadmissibilidade das emendas no Plenário da CMO, imediatamente antes do início da discussão do correspon-dente relatório.

Art.147. As emendas conterão os elementos necessários à identificação das programações incluídas ou alteradas, com a devida justificação.

Parágrafo único. No caso de emendas coletivas de remanejamento a justificação conterá, também, a avaliação dos cortes propostos.

CAPÍTULOXVDoCumprimentodasNormasOrçamentárias

Art.148. O membro da CMO poderá apresentar ao Presidente, com o apoiamen-to de 10% (dez por cento) dos membros da respectiva Casa na CMO, contestação relativa à estimativa de receita, à fixação da despesa, à admissibilidade de emenda ou à dispositivo do texto relativo aos projetos de lei orçamentária anual e seus créditos adicionais, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei do plano plurianual e suas revisões.

§ 1º A contestação deverá ser apresentada por escrito, até o final da discussão, e será apreciada preliminarmente à votação da matéria à qual se refere.

§ 2º A contestação versará exclusivamente sobre o descumprimento de normas constitucionais, legais ou regimentais pertinentes à matéria questionada, devendo ser indicados os dispositivos infringidos, apresentada fundamentação circunstan-ciada e sugeridas medidas saneadoras.

254

§ 3º Na hipótese de a contestação implicar redução de estimativa de receita ou aumento de despesa, deverão ser indicadas as medidas de compensação neces-sárias para restabelecer o equilíbrio orçamentário.

§ 4º O Presidente indeferirá liminarmente a contestação que não atender ao disposto neste artigo ou que tenha por objeto matéria já apreciada pela CMO.

CAPÍTULOXVIDasDisposiçõesfinaiseTransitórias

Art.149.As Mensagens do Presidente da República Encaminhandoos Projetos de Lei Orçamentária Anual e Seus Créditos Adicionais, de Lei de diretrizes orçamen-tárias, de lei do plano plurianual e suas revisões serão recebidas pelo Presidente do Senado Federal e encaminhadas à CMO até 48 (quarenta e oito) horas após a comunicação de seu recebimento às Casas do Congresso Nacional.

Art.150.Não serão recebidos pelo Congresso Nacional os projetos de lei previs-tos nesta Resolução que não estiverem acompanhados da correspondente base de dados relacional, em meio magnético, na forma acordada entre os órgãos técnicos responsáveis pelo processamento de dados dos Poderes Legislativo e Executivo.

Art.151. À redação final aplicar-se-á o disposto no art. 51 do Regimento Comum, concedendo-se, entretanto, à CMO, o prazo de 3 (três) dias para sua elaboração.

Art.152. O projeto de lei aprovado e enviado em autógrafo para sanção do Pre-sidente da República não poderá ser motivo de alteração, ressalvado o caso de cor-reção de erro material, verificado exclusivamente no processamento das proposições apresentadas, formalmente autorizado pela CMO, porproposta de seu Presidente, justificando-se cada caso.

Parágrafo único. A alteração de que trata o caput observará o disposto na lei de diretrizes orçamentárias.

Art. 153. Decreto Legislativo disporá sobre normas que permitam o desen-volvimento satisfatório da fiscalização de obras e serviços pelo Poder Legislativo.

§ 1º O Decreto Legislativo será editado no prazo de até 60 (sessenta) dias após a data de publicação desta Resolução.

§ 2º Enquanto o Decreto Legislativo não for publicado, deverão ser observadas as normas constantes da lei de diretrizes orçamentárias.

Art.154. A CMO contará, para o exercício de suas atribuições, com assesso-ramento institucional permanente, prestado por órgãos técnicos especializados em matéria orçamentária da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

§ 1º A coordenação do trabalho de assessoramento caberá ao órgão técnico especializado em matéria orçamentária da Casa a que pertencer o relator da matéria, com a constituição de equipes mistas das duas Casas, quando se fizer necessário.

§ 2º Serão elaboradas, pelos órgãos técnicos especializados em matéria orça-mentária das duas Casas, em conjunto, notas técnicas que servirão de subsídio à análise do projeto de lei orçamentária anual, de lei de diretrizes orçamentárias, de lei do plano plurianual e dos decretos de contingenciamento.

Art.155. No exercício de suas atribuições de fiscalização e acompanhamento, a CMO poderá requerer o auxílio do Tribunal de Contas da União.

Art.156. O desenvolvimento e o aprimoramento de sistemas informatizados destinados ao processamento magnético dos dados referentes às matérias regula-das nesta Resolução serão de responsabilidade dos órgãos técnicos especializados em processamento de dados de ambas as Casas.

255

Art.157.A realização de serviços extraordinários por órgãos técnicos especia-lizados e por órgãos auxiliares, será solicitada pelo Presidente aos Presidentes de ambas as Casas, sempre que necessário.

Art.158. A CMO fará, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, as adequações necessárias em seu regulamento interno.

Art.159. O presidente da CMO e os Líderes, em até 10 (dez) dias contados a partir da entrada em vigor desta Resolução, tomarão as providências necessárias para adequar o funcionamento da CMO às normas desta Resolução.

Art.160. Ficam revogadas as Resoluções nº 1, de 2001-CN, nº 1, de 2003-CN, nº 2, de 2003-CN e nº 3, de 2003-CN.

Art.161. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.Parágrafo único. O disposto no Capítulo VI – Do Projeto de Lei de Diretrizes

Orçamentárias será aplicável a partir da sessão legislativa ordinária de 2007, aplicando-se ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias para 2007 o disposto na Resolução nº 1, de 2001-CN, nº 1, de 2003-CN, nº 2, de 2003-CN e nº 3, de 2003-CN.

Congresso Nacional, em 22 de dezembro de 2006.

Senador Renan Calheiros presidente do senado Federal.

ParteIIIAtosConjuntosdosPresidentesdo

SenadofederaledaCâmaradosDeputadosCongressoNacional

AtodosPresidentesdasmesasdasduasCasasdoCongressoNacionalOs Presidentes das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, no

uso de suas atribuições, resolvem alterar a denominação do diário do Congresso Nacional, SeçõesIeII,eo lay out a elas correspondente e, ainda, aquele do exem-plar específico em que são publicadas as atas das sessões conjuntas, conforme modelos em anexo.

Congresso Nacional, 2 de outubro de 1995. Deputado Luís Eduardo – presiden-teda Câmarados deputados.Senador José Sarney – presidente do senado Federal.

EDITORIALA presente edição do diário do Congresso Nacional – Sessão Conjunta, que

substitui ao atual Diário do Congresso Nacional,éoresultado de uma iniciativa de aperfeiçoamento editorial desse órgão oficial informativo diário do Parlamento brasileiro, com o objetivo de melhorar o ordenamento das matérias, facilitando o acesso às informações pela melhor disposição dos índices, diagramação e progra-mação visual, no conjunto das alterações que também estão ocorrendo no diário da Câmara e no diário do senado.

Aos 17 de abril de 1823, às 9 horas da manhã, sob a presidência de D. José Caetano da Silva Coutinho, ocorreu a primeira Sessão Preparatória da “Assembleia Geral e Constituinte, do Império do Brasil”, cuja coleção de diários, reunidos em anais, 3 volumes, foi publicada em 1973 pelo Senado, por ocasião das comemora-ções do sesquicentenário da instituição parlamentar em nosso País.

256

A título de memória, é importante lembrar ainda a edição de 1877, que publicou os Anais da Primeira Sessão da Primeira Legislatura, a partir das sessões prepara-tórias iniciais para a instalação dos trabalhos do Senado, em 29 de abril de 1826, em cumprimento a dispositivo da Constituição de 1824, que criou a nossa instituição parlamentar, fundamentada nos princípios do bicameralismo. Ali, nos Anais daquela sessão histórica, sob a Presidência do Visconde Santo Amaro, se dava início aos trabalhos desta Casa, para sua instalação e para a abertura da Assembleia Geral e Legislativa, com posse dos primeiros Senadores.

No dia 3 de maio desse mesmo ano, ocorreu a abertura da Assembleia Geral e Legislativa, composta das duas Câmaras, no Paço do Senado, com a presença do Imperador, segundo as formalidades do Regimento Interno do Senado, que no seu art. 77 já dispunha sobre “copiar no Livro de Registros e imprimir no diário”.

Assim, o que hoje é o nosso diário do Congresso Nacional, ora reformulado, já passou por várias transformações visando ao seu aperfeiçoamento, objeto desta nova primeira edição, datada de 3/10/1995.

No período de 1879 a 1889 circulou o diário do parlamento brasileiro que, após a proclamação da República, passou a denominar-se diário do Congresso Nacional até 1930.

Em 1934, o diário passou a circular com a denominação de diário do poder Legislativo, estados unidos do brasil, conforme se vê de sua edição “Ano I, nº 1”, de 14 de agosto, relativo à Sessão da Câmara de 13 do mesmo mês, presidida pelo Deputado Antonio Carlos, denominação esta também constante do art. 82, do projeto de Regimento do Senado, conforme Parecer nº 8, de 1935, que a ele se refere.

A partir de 24/9/1947, nova alteração veio a denominar esse órgão noticioso da vida do Parlamento de diário do Congresso Nacional, conforme se vê da edição “Ano I, nº 1”, em que os anais das duas Casas poderiam constar da mesma edição do diário.

Já em 1953, o diário do Congresso Nacional era editado em dois tomos, Seção I, correspondente à Câmara dos Deputados, e a Seção II, referente às Sessões Conjuntas do Congresso Nacional e ao Senado Federal.

A partir de hoje o diário do Congresso Nacional passa a circular em três partes distintas:

diário do senado Federal,diário da Câmara dos deputados,diário do Congresso Nacional – sessão Conjunta.Esta nova edição vem aperfeiçoar o sistema de publicação dos Anais do Parla-

mento, imprimindo-lhe nova programação visual, aperfeiçoando a classificação de matérias legislativas e facilitando a recuperação das informações nele publicadas, com vistas, ainda, à informatização dos dados.

A nova versão do diário do Congresso – Sessão Conjunta, que se inaugura com este número, vem, também, contribuir para o aperfeiçoamento e operacionalidade de nosso sistema parlamentar, baseado no bicameralismo, em que o Senado re-presenta a Federação e funciona sob a égide do interesse do Estado, enquanto a Câmara dos Deputados exerce o seu papel legislativo sob o espírito das aspirações populares, e do equilíbrio destas duas entidades, consolidadas pelo Congresso Nacional, representado na reunião conjunta das duas Casas, se consubstancia a vida do Poder Legislativo, em harmonia com os outros Poderes da República.

Brasília, 2 de outubro de 1995.

Senador José Sarneypresidente do senado Federal.

Senador Odacir Soaresprimeiro-secretário do senado Federal.

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ATOCONjUNTODOSPRESIDENTESDOSENADOFEDERALEDACÂmARADOSDEPUTADOSNº1,DE2001

Os Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, no uso de suas competências, resolvem:

Art.1º É vedada a edificação de construções móveis, colocação de tapumes, arquibancadas, palanques, tendas ou similares na área compreendida entre o gramado e o meiofio anterior da via de ligação das pistas Sul e Norte do Eixo Monumental, do lote da União Federal destinado ao Congresso Nacional, sito à Praça dos Três Poderes, área A, nos lados Norte e Sul, de utilização específicado no Congresso Nacional. (Anexo I)

Art.2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 7 de agosto de 2001.

Senador EdisonLobãopresidentedosenadoFederal,interino.

Deputado Aécio Nevespresidente da Câmara dos deputados.

ATOCONjUNTODOSPRESIDENTESDOSENADOfEDERALEDACÂmARADOSDEPUTADOSNº2,DE2001

Os Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições regimentais e regulamentares, e visando regulamentar o disposto na Resolução nº 2, de 1999-CN, que institui o Diploma do Mérito Educativo Darcy Ribeiro, Resolvem:

Art.1º O Diploma do Mérito Educativo Darcy Ribeiro, instituído pela Resolução nº 2, de 1999, destinado a agraciar pessoa, natural ou jurídica, que tenha ofereci-do contribuição relevante para a causa da educação brasileira, será anualmente concedido pelo Congresso Nacional.

Art.2º A indicação dos concorrentes poderá ser feita por qualquer membro do Congresso Nacional ou por entidades da sociedade civil, cujas atividades estejam diretamente vinculadas à área da educação ou desenvolvam trabalhos ou ações que mereçam especial destaque na defesa e promoção da Educação no Brasil.

§ 1º A indicação de que trata o caput deste artigo deverá ser feita até o último dia do mês de agosto, mediante inscrição efetuada junto à Comissão de Educaçãodo Senado Federal ou à Comissãode Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados.

§ 2º A indicação será apresentada em forma de relato sintetizado da ação educativa desenvolvida, devidamente fundamentado, com dados qualificativos e informações comprobatórias de adequação do indicado à respectiva diplomação.

§ 3º O relato poderá ser acompanhado de material iconográfico e audiovisual que possibilite uma melhor caracterização da ação educativa.

258

Art.3º Constituir Comissão de Avaliação, composta por três membros titulares da Comissão de Educação do Senado Federal, três membros titulares da Comissão de Educação e Desporto da Câmara dos Deputados, além dos seus respectivos Presidentes.

§ 1º Os Presidentes das Comissões de Educação do Senado Federal e da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados indicarão os integrantes referidos no caput deste artigo até o último dia útil do mês de maio.

§ 2º Caberá à Câmara dos Deputados, nos anos pares, e ao Senado Federal, nos anos ímpares, por intermédio dos seus respectivos primeiros secretários, no âmbito de suas instituições, providenciar dotação orçamentária para cobrir custos de divulgação e demais despesas decorrentes da aplicação deste ato e nomear comissão de servidores destinada a coordenar e executar os procedimentos ad-ministrativos necessários à realização dos trabalhos da Comissão de que tratao caput deste artigo.

§ 3º O Conselho Deliberativo do Diploma elaborará proposta de regulamento que definirá as regras que subsidiarão o processo de avaliação, submetendo-a à apreciação do Conselho Deliberativo.

§ 4º Da proposta de regulamento, referida no parágrafo anterior, constarão os procedimentos a serem efetuadosvisando a outorgado Diploma do ano de 2001.

Art.4º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 16 de outubro de 2001.Senador Ramez Tebet

presidente do senado Federal.Deputado Aécio Neves

presidente da Câmara dos deputados.

PARTEIV

AtodamesadoSenadofederalAtodamesanº1,DE2004

Aprova o Regimento Interno Definitivo do Conse-lho de Comunicação social, de acordo com o previsto no ato da mesa nº 2, de 2002.

A Mesa do Senado Federal, no uso da competência que lhe confere o art. 3º da Lei nº 8.389, de 1991, em conformidade com o art. 224 da Constituição Federal, resolve:

Art.1º Fica aprovado o Regimento Interno Definitivo do Conselho de Comuni-cação Social, na forma do anexo a este Ato.

Art.2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.Art.3º Revoga-se o Ato nº 2, de 2002.

Senado Federal, 8 de julho de 2004. Senador José Sarney, Presidente Senador Heráclito Fortes, 3º Secretário e Relator Senador Paulo Paim,1º Vice-Presidente Senador Sérgio Zambiasi, 4º Secretário Senador João Alberto Souza, 1º Suplente de Secretário Senador Romeu Tuma, 1º Secretário aNeXo ao ato da mesa do seNado FederaL Nº 1, de 2004

259

CONGRESSONACIONALCONSELHODECOmUNICAÇÃOSOCIALREGImENTOINTERNODENIfITIVO

TÍTULOIDASDISPOSIÇÕESPRELImINARES

CAPÍTULOIDaSede

Art.1º O Conselho de Comunicação Social, órgão auxiliar do Congresso Na-cional, tem sede no Palácio do Congresso Nacional, em Brasília.

CAPÍTULOIIDoPeríodoedoLocaldeReuniões

Art.2º O Conselho de Comunicação Social reunir-se-á nas dependências do Palácio do Congresso Nacional, em local previamente indicado pela Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal, de 2 fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.

Parágrafo único. O Conselho poderá reunir-se em período diverso do estabeleci-do neste artigo, mediante prévia comunicação ao Presidente do Congresso Nacional.

TÍTULOIIDASATRIBUIÇÕESDOCONSELHO

DECOmUNICAÇÃOSOCIAL

Art.3º O Conselho de Comunicação Social terá como atribuição a realização de estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações que lhe forem enca-minhadas pelo Congresso Nacional, ou por solicitação de qualquer dos membros do Conselho, do Poder Executivo ou de entidades da sociedade civil, a respeito do Título VIII, Capítulo V (Da Comunicação Social), da Constituição Federal, em especial sobre:

I – liberdade de manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação;

II – propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medica-mentos e terapias nos meios de comunicação social;

III – diversões e espetáculos públicos;IV – produção e programação das emissoras de rádio e televisão;V – monopólio ou oligopólio dos meios de comunição social;VI – finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas da programação

das emissoras de rádio e televisão;VII – promoção da cultura nacional e regional, e estímulo à produção indepen-

dente e à regionalização da produção cultural, artística e jornalística;VIII – complementaridade dos sistemas privado, público e estatal de radiodifusão;

260

IX – defesa da pessoa e da família de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto na Constituição Federal;

X – propriedade de empresa jornalística e der a diodifusão sonora e de sons e imagens;

XI – outorga e renovação de concessão, permissão e autorização de serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

XII – matérias relacionadas à Lei nº 8.977, de 1995;XIII – acordos internacionais relativos à comunicação;XIV – legislação complementar quanto aos dispositivos constitucionais que se

referem à comunicação social.XV – todos os demais meios de comunicação social, especialmente aqueles

surgidos posteriormente à Constituição Federal de 1988.§ 1º O Conselho de Comunicação Social poderá desempenhar outras atribuições

que lhe sejam conferidas com amparo no art. 224 da Constituição Federal ou em leis que disciplinem matérias de comunicação social

§ 2º Quando em atendimento a solicitações do Poder Executivo ou de entidades da sociedade civil, a manifestação do Conselho terá sempre como referência seu papel de órgão auxiliar do Congresso Nacional e será encaminhada pelo Presidente do Senado Federal.

§ 3º Para encaminhamento de solicitação ao Conselho, a entidade da sociedade civil terá que apresentar prova de sua situação jurídica.

Art. 4º O Conselho poderá realizar audiências públicas mediante convite a autoridades, personalidades e entidades da sociedade civil.

Art.5º É vedado aos Conselheiros participar, como representantes do Conselho de Comunicação Social, em outros conselhos ou similares, salvo se constituídos por Ministérios.

Art.6º A indicação dos Conselheiros para participar de outros conselhos ou similares será sempre efetuada em reunião pelo próprio Conselho;

TÍTULOIIIDOSmEmBROSDOCONSELHODECOmUNICAÇÃOSOCIAL

CAPÍTULOIDaComposiçãodoConselho

Art.7º O Conselho de Comunicação Social compõe-se de:I – um representante das empresas de rádio;II – um representante das empresas de televisão;III – um representante de empresas da imprensa escrita;IV – um engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social;V – um representante da categoria profissional dos jornalistas;VI – um representante da categoria profissional dos radialistas;VII – um representante da categoria profissional dos artistas;VIII – um representante das categorias profissionais de cinema e vídeo;IX – cinco membros representantes da sociedade civil.§ 1º Os membros do Conselho deverão ser brasileiros, maiores de idade e de

reputação ilibada.§ 2º Os membros do Conselho terão estabilidade no emprego durante seus

mandatos.

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CAPÍTULOIIDaPosse

Art.8º A posse, ato público pelo qual os membros do Conselho de Comunicação Social investem-se no mandato, realizar-se-à perante o Presidente do Congresso Nacional, no prazo de até trinta dias após a sua eleição.

§ 1º Quando não tenha tomado posse nos termos do caput, poderá o membro do Conselho de Comunicação Social fazê-lo, pessoalmente ou por procurador, no prazo de até sessenta dias, contado da posse pública realizada segundo o caput, contado da posse pública realizada segundo o caput deste artigo.

§ 2º O termo de posse será assinado pessoalmente ou por procurador, e pelo Presidente do Congresso Nacional.

Art.9º A duração do mandato dos membros do Conselho será de dois anos, permitida uma recondução.

Parágrafo único. Enquanto não for dada posse à maioria absoluta dos novos Conselheiros, o Conselho funcionará com a composição anterior, sem nenhuma limitação e sem prejuízo de estudos e deliberações em andamento.

CAPÍTULOIIIDasVagas,LicençaseSuplência

Art. 10. As vagas, no Conselho de Comunicação Social, verificar-se-ão em virtude de:

I – falecimento;II – renúncia;III – decisão judicial;IV – perda do mandato.Art.11. A comunicação de renúncia ao mandato de membro do Conselho de

Comunicação Social deve ser dirigida, por escrito, com firma reconhecida, à Presi-dência do Conselho de Comunicação Social, que, em seguida, dará disso ciência ao Presidente do Congresso Nacional.

Art.12. O Conselheiro poderá requerer, sem prejuízo do mandato, licença para:I – exercício de cargo público;II – tratamento de saúde;III – interesse particular;Parágrafo único. O suplente será convocado para substituir o titular durante o

prazo da licença, na forma do § 1º do art.15.Art.13. Dar-se-á a convocação do suplente nos casos de vaga, licença, ausência

ou impedimento eventual do correspondente membro titular.Art.14. Perderá o mandato o membro do Conselho de Comunicação Social

que, salvo o disposto no art. 12, deixar de comparecer, sem prévia comunicação de ausência, a três reuniões, consecutivas ou não, ou que faltar, ainda que justificada-mente, a mais de seis reuniões em cada período de doze meses, a contar da posse.

Parágrafo único. O processo de perda de mandatoserá instruído pelo Conselho, assegurada ampla defesa, e encaminhado à decisão do Presidente do Congresso Nacional.

Art.15. Sempre que um membro do Conselho de Comunicação Social não puder comparecer às reuniões, deverá comunicar o fato diretamente ao Presidente do Conselho ou à Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal, com pelo menos três

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dias úteis de antecedência, a fim de poder ser convocado, em substituição eventual, o seu respectivo suplente, sob pena de ser sua ausência computada como falta.

§ 1º A convocação do suplente será feita pelo Presidente do Conselho de Co-municação Social, ou à sua ordem.

§ 2º Ao suplente poderá ser distribuída matéria para relatar quando se tratar de vaga ou substituição decorrente de impedimento temporário do respectivo titular.

§ 3º Serão devolvidas ao Presidente do Conselho de Comunicação Social, para redistribuição, as matérias em poder dos conselheiros que, por razão justificada, não tiverem sido relatadas.

Art.16. O membro suplente do Conselho de Comunicação Social poderá com-parecer às suas reuniões, podendo participar dos debates e apresentar sugestões.

Parágrafo único. Em caso de presença do membro titular à reunião, não serão custeadas as despesas do seu respectivo suplente para comparecer à reunião, salvo quando, a juízo do Presidente, for imprescindível para o Conselho a presença do suplente.

TÍTULOIVDAPRESIDÊNCIADOCONSELHO

CAPÍTULOIDaComposiçãodaPresidência

Art.17. O Conselho de Comunicação Social terá um Presidente e um Vice-Pre-sidente.

Art.18. Em caso de vaga dos cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, far-se-ào preenchimento pormeio de eleição realizada na primeira reunião que se seguir à vacância, podendo o Conselho deixar de efetuar essa eleição caso faltem ao menos dois meses para o término dos respectivos mandatos.

Parágrafo único. Realizada a eleição, o Conselho comunicará o resultado às Mesas do Congressso Nacional e das Casas que o compõem.

Art.19. Na ausência do Presidente e do Vice-Presidente do Conselho de Co-municação Social, as reuniões serão dirigidas pelo membro titular mais idoso entre os representantes da sociedade civil que estiverem presentes.

CAPÍTULOIIDasAtribuiçõesdaPresidência

Art.20. Ao Presidente do Conselho de ComunicaçãoSocial compete:I – ordenar e dirigir os trabalhos do Conselho;II – convocar e presidir suas reuniões;III – designar a Ordem do Dia das reuniões, com antecedência,sempre que possível, de pelo menos oito dias;IV – fazer observar, nas reuniões, a Constituição, as leis e este Regimento;V – dar conhecimento ao Conselho de toda a matéria recebida e distribuí-la à

Comissão pertinente, quando for o caso;VI – propor a designação de relatores ou comissão de relatoria para as matérias

que lhe forem encaminhadas nos termos do art. 3º deste Regimento;VII – convocar os suplentes nos casos de vagas, licenças, ausências ou imple-

mentos do titular;

263

VIII – comunicar ao Presidente do Congresso Nacional a ocorrência de vaga definitiva, quando não haja suplente a convocar e faltarem

mais de quatro meses para o término do mandato;IX – determinar o destino do expediente lido;X – decidir as questões de ordem;XI – desempatar as votações;XII – orientar as discussões e fixar os pontos sobreque devam versar;XIII – promulgar Resoluções;XIV – promover, por intermédio da Secretaria-Geral da Mesa doSenado Federal, a publicação das atas das reuniões no Diário do Senado

Federal.XV – assinar o expediente do Conselho;XVI – assinar a correspondência dirigida pelo Conselho a autoridades.Parágrafo único. Ao se encerrar o mandato dos Conselheiros, o Presidente

diligenciará para que seus membros devolvam à Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal os processos que lhes tenham sido distribuídos.

Art.21. Ao Vice-Presidente compete substituir o Presidente nos casos de im-pedimentos e ausências.

CAPÍTULOIIIDaEleiçãodaPresidência

Art.22. O PresidenteeoVice-Presidente serão eleitos dentre os membros titulares representantes da sociedade civil.

Art.23. O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Comunicação Social serão eleitos por seus pares para mandato cuja duração coincidirá com o mandato dos membros do Conselho.

Parágrafo único. O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Comuni-cação Social poderão ser novamente eleitos, para esses cargos, quando sejam reconduzidos, como conselheiros, pelo Congresso Nacional.

Art.24. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente será feita em escrutínio aberto e por maioria de votos, presente a maioria absoluta dos conselheiros titula-res, podendo também esta eleição, se não houver oposição de nenhum membro do Conselho, se fazer por aclamação.

Parágrafo único. A reunião para eleição será presidida pelo Presidente do Congresso Nacional.

CAPÍTULOIVDaSubstituiçãodoPresidenteeVice-Presidente

Art.25. Poderá o Conselho de Comunicação Social, a qualquer tempo, substituir seu Presidente ou seu Vice-Presidente, em reunião especialmente convocada para esse fim, mediante requerimento subscrito por, no mínimo, um terço da composição titular do Conselho, e endereçado à Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal.

§ 1º Recebido o requerimento de que trata o caput, o Secretário-Geral da Mesa do Senado Federal convocaráareuniãodoConselho, a ocorrer no prazo máximo de dez dias úteis, para deliberar sobre a substituição.

§ 2º A substituição do Presidente ou do Vice-Presidente dependerá do voto de pelo menos oito Conselheiros.

264

§ 3º Decidindo o Conselho pela substituição, deverá ser imediatamente eleito o substituto, na forma do art. 24.

TÍTULOVDOfUNCIONAmENTO

CAPÍTULOIDasComissõesTemáticas

Art.26. Por proposta de qualquer de seus membros, o Conselho de Comunica-ção Social poderá criar até cinco comissões temáticas, com objeto e composição definidosna reunião do Conselho que as constituir.

§ 1º A comissão temática terá prazo definido pelo Presidente do Conselho, ouvido o Plenário, para apresentar o seu relatório.

§ 2º O relatório de cada comissão temática será submetido à deliberação do Conselho.

CAPÍTULOIIDosEstudos,ParecereseRecomendações

Art.27. As matérias que, em cada reunião do Conselho de Comunicação So-cial, devam ser objeto de estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações previstas no art. 3º deste Regimento constarão de pauta previamente organizada, devendo ser relatadas na ordem em que nela figurarem, salvo preferência do Ple-nário do Conselho.

Art. 28. As manifestações do Conselho de Comunicação Social devem ser conclusivas em relação à matéria a que se refiram.

Art.29. O Conselho de Comunicação Social não se pronunciará sobre situações que estejam sob apresentação do Poder Judiciário.

Art. 30. O prazo para exame e emissão de parecer do Conselho sobre as proposições que lhe sejam enviadas nos termos do art. 3º deste Regimento é de duas reuniões ordinárias.Parágrafo único. O prazo a que se refereo § 2º do art. 4º da Lei nº 8.977, de 1995 (serviço de TV a cabo), para emissão dos pareceres do Conselho, será contado da leitura do expediente na primeira reunião do Conselho que se seguir ao recebimento da consulta e findará na reunião ordinária seguinte.

CAPÍTULOIIIDaRelatoria

Art.31. Para cada matéria que lhe for distribuída nos termos do art. 3º deste Regimento, o Conselho decidirá se deve ser eleito relator ou constituída comissão de relatoria, com três membros titulares, sendo um de cada segmento representado no Conselho (patronal, empregados e sociedade civil).

§ 1º O Conselho elegerá o relator individual ou os conselheiros que integram a comissão de relatoria.

§ 2º Em casos excepcionais, poderão ser indicados dois relatores que, em conjunto, deverão firmar o relatório.

265

§ 3º Poderá o Presidente do Conselho de Comunicação Social designar relator ou comissão de relatoria, respeitada decisão posterior do Plenário, para matérias em regime de urgência.

§ 4º Em casos excepcionais, a critério do Conselho, a comissão de relatoria poderá ser constituída de até seis membros, garantida a participação igualitária dos segmentos representados no Conselho (patronal, empregados e sociedade civil).

§ 5º Quando for constituída comissão, será ela coordenada por um de seus integrantes, membro titular do Conselho, escolhido pelos membros da comissão, com as seguintes atribuições:

I – organizar a agenda de trabalho da comissão;II – convocar as reuniões da comissão;III – distribuir os estudos entre os integrantes;IV – dar cumprimento às providências definidas pela comissão;V – zelar pelo cumprimento dos prazos da comissão;VI – coordenar os trabalhos e deliberações da comissão e, ao final, encaminhar

o relatório final ao Presidente do Conselho.§ 6º O membro suplente do Conselho participará da comissão em substituição

ao titular, quando não esteja esse membro titular presente à reunião da comissão.Art.32. O relatório final da comissão deverá ser feito por escrito e aprovado

pela maioria absoluta dos membros da comissão.Parágrafo único. O integrante da comissão que não concordar com o relatório

final poderá dar voto em separado por escrito.Art.33. O relatório final e os votos em separado serão encaminhados ao Presi-

dente do Conselho a tempo de serem distribuídos aos demais Conselheiros, antes da data da reunião do Conselho, em original assinado e, sempre que possível, por meio eletrônico.

Parágrafo único. O Presidente dará imediato conhecimento do relatório final e dos votos em separado aos membros do Conselho, podendo utilizar-se de qualquer meio hábil para essa comunicação, inclusive eletrônico.

Art.34. Serão submetidas à deliberação do Pleno do Conselho, sucessivamente, o relatório final e os votos em separado, passando a posição vitoriosa a constituir parecer do Conselho.

§ 1º Havendo acréscimos ou alterações em pontos específicos, o Conselho designará um dos seus membros, dentre os que sustentaram a posição vitoriosa, para redigir o parecer.

§ 2º Uma vez assinado pelo Presidente, pelo relator ou relatores e demais membros do Conselho que participaram da deliberação, o parecer será enviado ao Presidente do Congresso Nacional, juntamente com as declarações de voto e votos em separado.

§ 3º Independentemente dessas declarações e votos, serão encaminhados ao Presidente do Congresso Nacional todos os documentos apresentados pelos Conselheiros que tenham relação com a matéria votada, sendo esses documentos considerados contribuição ao debate democrático que se deverá ter no Congresso Nacional.

Art.35. Qualquer Conselheiro poderá requerer a inclusão em pauta de matéria com prazo vencido no Conselho.

CAPÍTULOIIIDoUsodaPalavra

Art.36. Os membros do Conselho poderão fazer uso da palavra:I – na discussão de qualquer matéria, uma só vez, por até cinco minutos;

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II – no encaminhamento de votação de qualquer matéria, por até três minutos;III – em qualquer outro momento da reunião, por até três minutos:a) pela ordem, para indagação sobre o andamento dos trabalhos, reclamação

quanto à observância das normas regimentais, indicação de falha ou equívoco em relação a matéria da Ordem do Dia, vedado, porém, abordar assunto já decidido pela Presidência;

b) para suscitar questão de ordem;c) para contraditar questão de ordem;IV – excepcionalmente, para comunicação urgente de interesse do Conselho,

em qualquer fase da reunião, por até cinco minutos;V – para apartear, por até dois minutos, obedecidas as seguintes normas:a) o aparte dependerá de permissão do orador;b) não serão permitidos apartes:1 – a encaminhamento de votação;2 – a questão de ordem;3 – a contradita a questão de ordem;c) a recusa de permissão para apartear será sempre compreendida em caráter

geral, ainda que proferida emrelação a um só Conselheiro.§ 1º É vedado ao orador tratar de assunto estranho à finalidade do dispositivo

em que se basear a concessão da palavra.§ 2º Os prazos previstos neste artigo poderão ser prorrogados ou diminuídos,

excepcionalmente, pelo Presidente do Conselho.Art.37. O Presidente somente se dirigirá ao Plenário do Conselho da cadeira

presidencial, podendo apartear os membros e convidados, ou interrompê-los nos seguintes casos:

I – para dar início a votação não realizada no momento oportuno, por falta de número;

II – para comunicação urgente ao Conselho;III – para propor a prorrogação da reunião;IV – para suspender a reunião, em caso de tumulto no recinto ou grave ocor-

rência no edifício do Senado Federal;V-para adverti-lo quanto à observância das normasregimentais;VI – para prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos trabalhos.Art.38. A palavra será dada na ordem que for pedida, sendo concedida por

uma segunda vez, ao Conselheiro, somente quando não houver outro Conselheiro que ainda não tenha se pronunciado sobre o tema.

TÍTULOVIDASREUNIÕES

CAPÍTULOIDaNaturezadasReuniões

Art.39. As reuniões do Conselho de Comunicação Social serão ordinárias ou extraordinárias.

§ 1º As reuniões ordinárias realizar-se-ão na primeira segunda-feira de cada mês, às quatorze horas.

§ 2º Não sendo dia útil a primeira segunda-feira do mês, a reunião ordinária realizar-se-à na segunda-feira subsequente.

§ 3º O Presidente do Conselho, quando houver grande número de temas a serem discutidos, poderá antecipar o início da reunião para as onze horas e trinta minutos.

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§ 4º Em situações específicas, o Conselho poderá marcar reunião ordinária em datas e horários diferentes dos estabelecidos no caput.

§ 5º As reuniões do Conselho terão, em princípio, duração de três horas, podendo ser prorrogadas, por decisão do Presidente, inclusive mediante reque-rimento oral de qualquer de seus membros.

§ 6º As reuniões do Conselho serão divididas em cinco fases, sendo elas:I – Leitura do Expediente;II – Ordem do Dia;III – Relatório de andamento dos trabalhos das comissões, a serem proferidos

pelos coordenadores;IV – Comunicações dos conselheiros;V – Participação da sociedade civil, a critério do Conselho.Art.40. As reuniões extraordinárias do Conselho poderão ser convocadas:I – pelo Presidente do Senado Federal;II – pelo Presidente do Conselho, ex officio; ouIII – a requerimento de sete dos membros do Conselho.Art.41. Todas as reuniões do Conselho de Comunicação Social serão públicas.

CAPÍTULOIIDasAtasdasReuniões

Art.42. Será elaborada ata circunstanciada de cada reunião pelo apanha-mento taquigráfico.

Art.43. Qualquer membro do Conselho de Comunicação Social terá direito a fazer constar, em ata, sua posição sobre qualquer tema, para o que poderá apresentar texto escrito durante a reunião, ou deixar consignada sua posição, com posterior envio do texto.

Art.44. Os documentos devem ser encaminhados ao Conselho em original e por meio eletrônico.

Art.45. O conselheiro poderá fazer constar da ata qualquer documento, desde que apresentado em meio eletrônico e com tamanho não superior a cinco páginas do Diário do Senado Federal.

Parágrafo único. Caso o tamanho supere o disposto no caput,o inteiro teor do documento deverá estar disponível na página do Conselho na internet.

Art.46. É facultado ao Presidente do Conselho fazer suprimir da ata referências conjunturais, destituídas de interesse histórico.

CAPÍTULOIIIDoQuorumdeVotação

Art.47. As deliberações do Conselho de Comunicação Social serão tomadas por maioria de votos dos membros presentes do Conselho, com a presença da maioria absoluta de seus membros, não sendo consideradas, como voto, as abs-tenções.

Parágrafo único. As votações, em qualquer caso, serão sempre ostensivas.Art.48. O Presidente do Conselho de Comunicação Social terá apenas voto

de desempate.

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TÍTULOVIIDAALTERAÇÃOOUREfORmA

DOREGImENTOINTERNO

Art.49. O Regimento Interno do Conselho de Comunicação Social poderá ser modificado ou reformado, a qualquer tempo, por deliberação do Conselho.

Parágrafo único. Qualquer modificação neste Regimento Interno somente vigorará após ser aprovado pela Mesa do Senado Federal.

Art.50. O Conselho poderá adotar resoluções complementares ao presente Regimento, mediante proposta de qualquer de seus membros, atendido o disposto no art. 49 e seu parágrafo único.

TÍTULOVIIIDISPOSIÇÕESfINAIS

Art.51. A Secretaria-Geral da Mesa do Senado Federal, por intermédio de suas unidades,é o órgão de ligação do Conselho com os demais órgãos de apoio técnico e administrativo do Senado Federal.

Art.52. Os casos não previstos neste Regimento Interno serão decididos pelo Conselho, exceto em casos de urgência, quando o Presidente decidirá ad referen-dum do Conselho.

Art.53. Este Regimento Interno vigorará a partir de sua aprovação pela Mesa do Senado Federal.

Senado Federal, 8 de julho de 2004Senador José Sarney, Presidente

ParteVDecisõesdaPresidência

ComissõesmistasEspeciais

Normas estabelecidas pela presidência na ses-são Conjunta de 11/11/1991, publicadas no dCN de 12/11/1991, pág. 4505.

O pedido deverá ser feito através de requerimento de iniciativa de qualquer Parlamentar.

A matéria deverá ser votada em sessão conjunta, aplicadas as normas do Regimento Comum relativas à votação.

Aprovada a proposição, as Lideranças deverão indicar os integrantes do respectivo partido, respeitada a proporcionalidade partidária; não sendo feitas as indicações em quarenta e oito horas, a Presidência as fará.

A Comissão deverá ser instalada dentro de, no máximo, três sessões contadas a partir da designação dos membros, considerandose extinta se não se instalar nesse prazo.

No requerimento deverá estar expressamente indicada a finalidade da Comis-são, o número de membros e o prazo dentro do qual deverá realizar seu trabalho.

269

Qualquer membro da Comissão poderá, a qualquer tempo, ser substituído, mediante solicitação do Líder respectivo, despachada pela Presidência.

O prazo estabelecido no requerimento de criação da Comissão poderá ser prorrogado uma única vez, pela metade; em qualquer hipótese o prazo não poderá ultrapassar o período de duas sessões legislativas de uma mesma legislatura.

O período de duração dos trabalhos da Comissão é contado a partir da desig-nação de seus membros pela Presidência.

Aplicam-se, no que couber, subsidiariamente, desde que não conflitem com estas normas, as disposições do Regimento Interno do Senado Federal.

mESADOCONGRESSONACIONAL

Comunicação da presidência do senado Federal na sessão Conjunta de 22/9/1993, publicada no dCN de 23/9/1993, p. 2650.

O Sr. Presidente (Humberto Lucena) – Na qualidade de Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional, comunico ao Plenário que as Mesas da Câmara dos Deputadosedo Senado Federal, em reunião realizada no dia 31 de agosto pró-ximo passado, tendo em vista o disposto no § 5º do art. 57 da Constituição Federal, resolveram que os demais cargos da Mesa do Congresso Nacional, presidida pelo Presidente do Senado, serão exercidos na seguinte ordem: 1º Vice-Presidente: pelo Vice-Presidente da Mesa da Câmara dos Deputados; 2º Vice-Presidente: pelo 2º Vice-Presidente da Mesa do Senado Federal; 1º Secretário: pelo 1º Secretário da Mesa da Câmara dos Deputados; 2º Secretário: pelo 2º Secretário da Mesa do Senado Federal; 3º Secretário: pelo 3º Secretário da Mesa da Câmara dos Depu-tados; 4º Secretário: pelo 4º Secretário da Mesa do Senado Federal.

Ofício nº 813/P Brasília, 29 de agosto de 2001 MANDATO DE SEGURANçA Nº 24041 IMPETRANTE: Almir Morais IMPETRADO: Primeiro Vice-Presidente, no exercício da Presidência do Senado Federal

ORIGEM: Convocação da Sessão Conjunta das Casas do Congresso Nacional, conforme os Ofícios nº 403/2001-CN, de 17 de agosto de 2001, e nº 406/2001-CN, de 28 de agosto de 2001 Senhor Presidente,

Comunico a Vossa Excelência que o Supremo Tribunal Federal, na sessão plenária realizada em 29 de agosto de 2001, por maioria, conheceu do mandato de segurança mencionado e, no mérito, por unanimidade, o deferiu para cassar a convocação da sessão conjunta das Casas do Congresso Nacional promovida pelo 1º Vice-Presidente do Senado Federal, no exercício da Presidência, aprazada para o dia de hoje, às 19 horas.

Atenciosamente,

MINISTROILMAR GALVãO

Vice-Presidente, no Exercício da Presidência(Artigo 37, I, Ri-Stf)

A Sua Excelência o Senhor Senador EDISON LOBãO Primeiro Vice-Presidente, no exercício da Presidência do Senado Federal Nesta

270

DECISÃODOSUPREmOTRIBUNALfEDERAL

O Tribunal, por maioria, vencidos os Senhores Ministros Sepúlveda Pertence e Ilmar Galvão, conheceu do mandado de segurança e, no mérito, por unanimidade, o deferiu. Votou o Presidente. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Ilmar Galvão, Vice-Presidente. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Marco Aurélio, Presidente, e Néri da Silveira. Falaram, pelo impetrante, o Dr. Rafael Thomaz Favetti, pelo impetrado, o professor Josaphat Marinho, e, pelo Ministério Público Federal, o professor Geraldo Brindeiro, Procurador-Geral da República. Plenário, 29-8-2001.

ParteVIParecer

ComissãodeConstituiçãoejustiçaedeRedaçãodaCâmaradosDeputados

ParecerdaComissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, em reunião ordinária plenária realizada hoje, ao apreciar a Consulta s/nº/90 – do Presidente do Senado Federal – que “submete à consideração da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação sugestão feita pelo Deputado Gerson Peres, na Sessão do Congresso Nacional de 23 de maio p.p., sobre votação dos vetos presidenciais”, opinou, contra o voto do Deputado Horácio Ferraz, “pela possibilidade regimental da votação global de vetos presidenciais a um mesmo projeto, facultado o pedido de destaque, com o apoio previsto no Regimento Comum”, nos termos do parecer do relator.

Sala da Comissão, em 27 de junho de 1990. Deputado Theodoro Mendes – presidente.Deputado Nelson Jobim – relator.

CONSULTAS/Nº,DE1990

submete à consideração da Comissão de Cons-tituição e Justiça e de redação sugestão feita pelo deputado Gerson peres, na sessão de 23 de maio do corrente (1990), sobre votação de Vetos presi-denciais.

Autor: Presidente do Senado FederalRelator: Deputado Nelson Jobim RelatórioO Sr. Presidente do Senado Federal consulta esta Comissão a respeito da

constitucionalidade e juridicidade do procedimento sugerido pelo nobre Deputado Gerson Peres relativamente à votação de vetos presidenciais apostos a um só projeto: a apreciação poderia ser feita em globo e não, como tem sido até agora, a cada dispositivo, separadamente.

Em sua questão de ordem, o parlamentar paraense sugere que a Presidência coloque em votação, de forma global, todos os dispositivos vetados de uma mesma proposição. Quem não concordasse com essa votação,pediria à Mesa destaque para a discussão e votação em separado.

É o relatório.

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VotodoRelator

O Regimento Interno da Câmara dos Deputados, em seu art. 32, inciso III, alínea c, confere respaldo legal à presente consulta.

O tema em discussão é tratado, na Carta Política, pelo art. 66 que, contudo, não desce às particularidades de como se dará a apreciação do veto, matéria à evidência conferida às normas regimentais. Disciplinando a hipótese, o art. 107 do Regimento Comum do Congresso Nacional estabelece:

Art. 107. Na deliberação do Congresso sobre o veto, será objeto de votação a matéria vetada, considerando-se aprovado o projeto ou dispositivo que obtiver o voto de 2/3 (dois terços) dos membros de cada uma das Casas, em votação pública.36

Dispositivo alterado pelo art. 66 da Constituição de 1988.Percebe-se que este artigo cuida de duas hipóteses: veto total e veto parcial,

abrangendo apenas dispositivo do projeto. Mas silencia quanto à maneira de se proceder à votação quando o Presidente da República vetar mais de um dispositivo do mesmo projeto. A tradição parlamentar tem consagrado que se efetue, isolada-mente, cada veto. Contudo, dentro de uma interpretação teleológica do Regimento, pode-se perfeitamente realizar a votação global dos vetos apostos a diversos dis-positivos de uma proposição. É decorrência, até mesmo, do princípio da economia processual. Ainda mais que, caso ocorra qualquer reclamação de Deputado ou de Senador, pretendendo a votação de item por item, tal será possível de ser atendido, desde que haja o apoio regimentalmente previsto para hipóteses assemelhadas, quando da tramitação de outras proposições submetidas ao voto dos parlamentares.

Publicado no dCN de 29/6/1990

ParteVIILegislaçãoConexa:

Leis,DecretosLegislativoseDecretos

LEICOmPLEmENTARNº75,DE20DEmAIODE1993

dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do ministério público da união.

.....................................................................................................

Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:XVIII – representar:b) ao Congresso Nacional, visando ao exercício das competências deste ou de

qualquer de suas Casas ou comissões; .....................................................................................................

36 Dispositivo alterado pelo art. 66 da Constituição de 1988.

272

LEICOmPLEmENTARNº90,DE1ºDEOUTUBRODE1997

determina os casos em que forças estrangeiras possam transitar pelo território Nacional ou nele permanecer temporariamente.

Art.1º Poderá o Presidente da República permitir que forças estrangeiras tran-sitem pelo Território Nacional ou nele permaneçam temporariamente, independente da autorização do Congresso Nacional, nos seguintes casos:

I – para a execução de programas de adestramento ou aperfeiçoamento ou de missão militar de transporte, de pessoal, carga ou de apoio logístico do interesse e sob a coordenação de instituição pública nacional;

II – em visita oficial ou não oficial programada pelos órgãos governamentais, inclusive as de finalidade científica e tecnológica;

III – para atendimento técnico, nas situações de abastecimento, reparo ou manutenção de navios ou aeronaves estrangeiras;

IV – emissão de busca e salvamento.Parágrafo único. À exceção dos casos previstos neste artigo, o Presidente da

República dependerá da autorização do Congresso Nacional para permitir que forças estrangeiras transitem ou permaneçam no Território Nacional, quando será ouvido, sempre, o Conselho de Defesa Nacional.

Art.2º Em qualquer caso, dependendo ou não da manifestação do Congresso Nacional, a permanência ou trânsito de forças estrangeiras no Território Nacional só poderá ocorrer observados os seguintes requisitos, à exceção dos casos previstos nos incisos III e IV do artigo anterior, quando caracterizada situação de emergência:

I – que o tempo de permanência ou o trecho a ser transitado tenha sido pre-viamente estabelecido;

II – que o Brasil mantenha relações diplomáticas com o país a que pertençam as forças estrangeiras;

III – que a finalidade do trânsito ou da permanência no Território Nacional haja sido plenamente declarada;

IV – que o quantitativo do contingente ou grupamento, bem como os veículos e equipamentos bélicos integrantes da força hajam sido previamente especificados;

V – que as forças estrangeiras não provenham de países beligerantes, circuns-tância a ser prevista em lei especial.

Parágrafo único. Implicará em crime de responsabilidade o ato de autorização do Presidente da República sem que tenham sido preenchidos os requisitos previstos nos incisos deste artigo, bem como quando a permissão não seja precedida da autorização do Congresso Nacional, nos casos em que se fizer necessária.

Art.3º Verificada hipótese e que seja necessária a autorização do Congresso Nacional para o trânsito ou permanência de forças estrangeiras no Território Na-cional, observar-se-ão os seguintes procedimentos:

I – o Presidente da República encaminhará mensagem ao Congresso Nacional, que tramitará na forma deprojeto de decreto legislativo, instruída como conteúdo das informações de que tratam os incisos I a V do artigo anterior;

II – a matéria tramitará em regime de urgência, com precedência sobre qualquer outra na Ordem do Dia que não tenha preferência constitucional.

273

Art.4º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideramse forças estrangei-ras o grupamento ou contingente de força armada, bem como o navio, a aeronave e a viatura que pertençam ou estejam a serviço dessas forças.

Art.5º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.Art.6º Revogam-se as disposições em contrário.

LEICOmPLEmENTARNº101,DE4DEmAIODE2000

Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.

CAPÍTULOIDISPOSIÇÕESPRELImINARES

Art.1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.

§ 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transpa-rente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre recei-tas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada emobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

§ 2º As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

§ 3º Nas referências:I – à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compre-

endidos:a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de

Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e em-

presas estatais dependentes;II – a Estados entende-se considerado o Distrito Federal;III – aTribunais de Contas estão incluídos: Tribunal de Contas da União, Tribu-

nal de Contas do Estado e, quando houver, Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Município.

Art.2º Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:I – ente da Federação: a União, cada Estado, o Distrito Federal e cada Município;II – empresa controlada: sociedade cuja maioria do capital social com direito a

voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação;III – empresa estatal dependente: empresa controlada que receba do ente

controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária;

IV – receita corrente líquida: somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos:

274

a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do incisoIeno inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;

b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação cons-titucional;

c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do Art. 201 da Constituição.

§ 1º Serão computados no cálculo da receita corrente líquida os valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e do fundo previsto pelo art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

§ 2º Não serão considerados na receita corrente líquida do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e de Roraima os recursos recebidos da União para atendimento das despesas de que trata o inciso V do § 1º do art. 19.

§ 3º A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

CAPÍTULOIIDOPLANEjAmENTO

SeçãoIDoPlanoPlurianual

Art.3º(Vetado)

SeçãoIIDaLeideDiretrizesOrçamentárias

Art.4ºA lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Constituição e:

I – disporá também sobre:a) equilíbrio entre receitas e despesas;b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses pre-

vistas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9º eno inciso II do § 1º do art. 31;c) (Vetado)d) (Vetado)e) normas relativas ao controle de custoseàavaliação dos resultados dos pro-

gramas financiados com recursos dos orçamentos;f) demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades

públicas e privadas;II – (Vetado)III – (Vetado)§ 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fis-

cais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

§ 2º O Anexo conterá, ainda:I – avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

275

II – demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e me todologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

III – evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, des-tacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

IV – avaliação da situação financeira e atuarial:a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e

do Fundo de Amparo ao Trabalhador;b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;V – demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da

margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde

serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as con-tas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

§ 4º A mensagem que encaminhar o projeto da União apresenta-rá, em anexo específico, os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os parâmetros e as projeções para seus principais agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, para o exercício subsequente.

SeçãoIIIDaLeiOrçamentáriaAnual

Art.5º O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:

I – conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da programação dos orçamentos com os objetivos emetas constantes do documento de que trata o § 1º do art. 4º;

II – será acompanhado do documento a que se refere o § 6º do art. 165 da Constituição, bem como das medidas de compensação a renúncias de receita e ao aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado;

III – conterá reserva de contingência, cuja forma de utilização e montante, defi-nido com base na receita corrente líquida, serão estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, destinada ao:

a) (Vetado)b) atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais

imprevistos.§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as

receitas que as atenderão, constarão da lei orçamentária anual.§ 2º O refinanciamento da dívida pública constará separadamente na lei orça-

mentária e nas de crédito adicional.§ 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não

poderá superar a variação do índice de preços previsto na lei de diretrizes orça-mentárias, ou em legislação específica.

§ 4º É vedado consignar na lei orçamentária crédito com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada.

§ 5º A lei orçamentária não consignará dotação para investimento com duração superior a um exercício financeiro que não esteja previsto no plano plurianual ou em lei que autorize a sua inclusão, conforme disposto no § 1º do art. 167 da Constituição.

276

§ 6º Integrarão as despesas da União, e serão incluídas na lei orçamentária, as do Banco Central do Brasil relativas a pessoal e encargos sociais, custeio ad-ministrativo, inclusive os destinados a benefícios e assistência aos servidores, e a investimentos.

§ 7º (Vetado)Art.6º (Vetado)Art.7º O resultado do Banco Central do Brasil, apurado após a constituição ou

reversão de reservas, constitui receita do Tesouro Nacional, e será transferido até o décimo dia útil subsequente à aprovação dos balanços semestrais.

§ 1º O resultado negativo constituirá obrigação do Tesouro para como Banco Central do Brasil e será consignado em dotação específica no orçamento.

§ 2º O impacto e o custo fiscal das operações realizadas pelo Banco Central do Brasil serão demonstrados trimestralmente, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias da União.

§ 3º Os balanços trimestrais do Banco Central do Brasil conterão notas explica-tivas sobre os custos da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos, destacando os de emissão da União.

SeçãoIVDaExecuçãoOrçamentáriaedoCumprimentodasmetas

Art.8º Até trinta dias após a publicação dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4º, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso.

Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.

Art.9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabe-lecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1º No caso de restabelecimento da receita prevista, ainda que parcial, a re-composição das dotações cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções efetivadas.

§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3º No caso de os Poderes Legislativo e Judiciário e o Ministério Público não promoverem a limitação no prazo estabelecido no caput, é o Poder Executivo autorizado a limitar os valores financeiros segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º Até o final dos meses de maio, setembro e fevereiro, o Poder Executivo demonstrará e avaliará o cumprimento das metas fiscais de cada quadrimestre, em audiência pública na comissão referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente nas Casas Legislativas estaduais e municipais.

277

§ 5º No prazo de noventa dias após o encerramento de cada semestre, o Banco Central do Brasil apresentará, em reunião conjunta das comissões temáticas per-tinentes do Congresso Nacional, avaliação do cumprimento dos objetivos e metas das políticas monetária, creditícia e cambial, evidenciando o impacto e o custo fiscal de suas operações e os resultados demonstrados nos balanços.

Art.10. A execução orçamentária e financeira identificará os beneficiários de pagamento de sentenças judiciais, por meio de sistema de contabilidade e admi-nistração financeira, para fins de observância da ordem cronológica determinada no art. 100 da Constituição.

CAPÍTULOIIIDaReceitaPública

SeçãoIDaPrevisãoedaArrecadação

Art.11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.

Parágrafo único. É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos.

Art.12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, con-siderarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acom-panhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

§ 1º Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitidas e comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.

§ 3º O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminha-mento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas me-mórias de cálculo.

Art.13. No prazo previsto no art. 8º, as receitas previstas serão desdobradas, pelo Poder Executivo, em metas bimestrais de arrecadação, com a especificação, em separado, quando cabível, das medidas de combate à evasão e à sonegação, da quantidade e valores de ações ajuizadas para cobrança da dívida ativa, bem como da evolução do montante dos créditos tributários passíveis de cobrança administrativa.

SeçãoIIDaRenúnciadeReceita

Art.14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tribu-tária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atenderao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:

278

I – demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimati-va de receita da lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;

II – estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

§ 1º A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.

§ 2º Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica:I – às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V

do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1º;II – ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos

custos de cobrança.

CAPÍTULOIVDaDespesaPública

SeçãoIDaGeraçãodaDespesa

Art.15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimô-nio público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17.

Art.16. A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

I – estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes;

II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se:I – adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação es-

pecífica e suficiente, ou que esteja abrangida por crédito genérico, de forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício;

II – compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a des-pesa que se conforme com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas previstos nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas disposições.

§ 2º A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada das pre-missas e metodologia de cálculo utilizadas.

§ 3º Ressalva-se do disposto neste artigo a despesa considerada irrelevante, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º As normas do caput constituem condição prévia para:

279

I – empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de obras;II – desapropriação de imóveis urbanos a que se refereo § 3º do art. 182 da

Constituição.

SubseçãoIDaDespesaObrigatóriadeCaráterContinuado

Art. 17. Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período superior a dois exercícios.

§ 1º Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do art. 16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.

§ 2º Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado de compro-vação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1º do art. 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução permanente de despesa.

§ 3º Para efeito do § 2º, considera-se aumento permanente de receita o pro-veniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.

§ 4º A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente, conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

§ 5º A despesa de que trata este artigo não será executada antes da imple-mentação das medidas referidas no § 2º, as quais integrarão o instrumento que a criar ou aumentar.

§ 6º O disposto no § 1º não se aplica às despesas destinadas ao serviço da dívida nem ao reajustamento de remuneração de pessoal de que trata o inciso X do art. 37 da Constituição.

§ 7º Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado.

SeçãoIIDasDespesascomPessoal

SubseçãoIDefiniçõeseLimites

Art.18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remune-ratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência.

§ 1º Os valores dos contratos de terceirização de mão de obra que se referem à substituição de servidores e empregados públicos serão contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal”.

280

§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência.

Art.19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:

I – União: 50% (cinquenta por cento);II – Estados: 60% (sessenta por cento);III – Municípios: 60% (sessenta por cento).§ 1º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão

computadas as despesas:I – de indenização por demissão de servidores ou empregados;II – relativas a incentivos à demissão voluntária;III – derivadas da aplicação do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Cons-

tituição;IV – decorrentes de decisão judicial e da competência de período anterior ao

da apuração a que se refere o § 2º do art. 18;V – com pessoal, do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e Roraima,

custeadas com recursos transferidos pela União na forma dos incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e do art. 31 da Emenda Constitucional nº 19;

VI – com inativos, ainda que por intermédio de fundo específico, custeadas por recursos provenientes:

a) da arrecadação de contribuições dos segurados;b) da compensação financeira de que tratao § 9º do art. 201 da Constituição;c) das demais receitas diretamente arrecadadas por fundo vinculado a tal fina-

lidade, inclusive o produto da alienação de bens, direitos e ativos, bem como seu superávit financeiro.

§ 2º Observado o disposto no inciso IV do § 1º, as despesas com pessoal de-correntes de sentenças judiciais serão incluídas no limite do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art.20. A repartição dos limites globais do art. 19 não poderá exceder os se-guintes percentuais:

I – na esfera federal:a) 2,5%(dois inteiros e cinco décimos por cento) para o Legislativo, incluído o

Tribunal de Contas da União;b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;c) 40,9% (quarenta inteiros e nove décimos por cento) para o Executivo,

destacando-se3% (trêsporcento) para as despesas com pessoal decorrentes do que dispõem os incisos XIII e XIV do art. 21 da Constituição e o art.31da Emenda Constitucional nº 19, repartidos de forma proporcional à médiadas despesas relativas a cada um destes dispositivos, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar;

d) 0,6% (seis décimos por cento) para o Ministério Público da União;II – na esfera estadual:a) 3% (três por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;b) 6% (seis por cento) para o Judiciário;c) 49% (quarenta e nove por cento) para o Executivo;d) 2% (dois por cento) para o Ministério Público dos Estados;III – na esfera municipal:a) 6% (seis por cento) para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do

Município, quando houver;

281

b) 54% (cinquenta e quatro por cento) para o Executivo.§ 1º Nos Poderes Legislativo e Judiciário de cada esfera, os limites serão repar-

tidos entre seus órgãos de forma proporcional à média das despesas com pessoal, em percentual da receita corrente líquida, verificadas nos três exercícios financeiros imediatamente anteriores ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 2º Para efeito deste artigo entende-se como órgão:I – o Ministério Público;II – no Poder Legislativo:a) Federal, as respectivas Casas eo Tribunal de Contas da União;b) Estadual, a Assembleia Legislativa e os Tribunais de Contas;c) do Distrito Federal, a Câmara Legislativa e oTribunal de Contas do Distrito

Federal;d) Municipal, a Câmara de Vereadores e o Tribunal de Contas do Município,

quando houver;III – no Poder Judiciário:a) Federal, os tribunais referidos no art. 92 da Constituição;b) Estadual, o Tribunal de Justiça e outros, quando houver.§ 3º Os limites para as despesas com pessoal do Poder Judiciário, a cargo

da União por força do inciso XIII do art. 21 da Constituição, serão estabelecidos mediante aplicação da regra do § 1º.

§ 4º Nos Estados em que houver Tribunal de Contas dos Municípios, os per-centuais definidos nas alíneas a ec doincisoIIdo caput serão, respectivamente, acrescidos e reduzidos em 0,4% (quatro décimos por cento).

§ 5º Para os fins previstos no art. 168 da Constituição, a entrega dos recursos financeiros correspondentes à despesa total com pessoal por Poder e órgão será a resultante da aplicação dos percentuais definidos neste artigo, ou aqueles fixados na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 6º (Vetado)

SubseçãoIIDoControledaDespesaTotalcomPessoal

Art.21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa com pessoal e não atenda:

I – às exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1º do art. 169 da Constituição;

II – o limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento

da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.

Art.22. A verificação do cumprimento dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 será realizada ao final de cada quadrimestre.

Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso:

I – concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição;

II – criação de cargo, emprego ou função;III – alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;

282

IV – provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qual-quer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança;

V – contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentárias.

Art.23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas nos §§ 3º e 4º do art. 169 da Constituição.

§ 1º No caso do inciso I do § 3º do art. 169 da Constituição, o objetivo poderá ser alcançado tanto pela extinção de cargos e funções quanto pela redução dos valores a eles atribuídos.

§ 2º É facultada a redução temporária da jornada de trabalho com adequação dos vencimentos à nova carga horária.

§ 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:

I – receber transferências voluntárias;II – obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;III – contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinancia-

mento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal.§ 4º As restrições do § 3º aplicam-se imediatamente se a despesa total com

pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.

SeçãoIIIDasDespesascomaSeguridadeSocial

Art.24. Nenhum benefício ou serviço relativo à seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a indicação da fonte de custeio total, nos ter-mos do § 5º do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as exigências do art. 17.

§ 1º É dispensada da compensação referida no art. 17 o aumento de despesa decorrente de:

I – concessão de benefício a quem satisfaça as condições de habilitação prevista na legislação pertinente;

II – expansão quantitativa do atendimento e dos serviços prestados;III – reajustamento de valor do benefício ou serviço, a fim de preservar o seu

valor real.§ 2º O disposto neste artigo aplica-se a benefício ou serviço de saúde, previdên-

cia e assistência social, inclusive os destinados aos servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos pensionistas.

CAPÍTULOVDasTransferênciasVoluntárias

Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federa-ção, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema único de Saúde.

283

§ 1º São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias:

I – existência de dotação específica;II – (Vetado)III – observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição;IV – comprovação, por parte do beneficiário, de:a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e finan-

ciamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos;

b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde;c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações

de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;

d) previsão orçamentária de contrapartida.§ 2º É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da

pactuada.§ 3º Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências volun-

tárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social.

CAPÍTULOVIDaDestinaçãodeRecursosPúblicos

ParaosetorPrivado

Art.26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessi-dades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais.

§ 1º O disposto no caput aplica-se a toda a administração indireta, inclusive fundações públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil.

§ 2º Compreende-se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de dívidas, a concessão de subvenções e a participação em constituição ou aumento de capital.

Art.27. Na concessão de crédito por enteda Federação a pessoa física, ou jurídica que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação.

Parágrafo único. Dependem de autorização em lei específica as prorrogações e composições de dívidas decorrentes de operações de crédito, bem como a con-cessão de empréstimos ou financiamentos em desacordo com o caput, sendo o subsídio correspondente consignado na lei orçamentária.

Art. 28. Salvo mediante lei específica, não poderão ser utilizados recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda que mediante a concessão de empréstimos de recupe-ração ou financiamentos para mudança de controle acionário.

§ 1º A prevenção de insolvência e outros riscos ficará a cargo de fundos, e ou-tros mecanismos, constituídos pelas instituições do Sistema Financeiro Nacional, na forma da lei.

284

§ 2º O disposto no caput não proíbe o Banco Central do Brasil de conceder às instituições financeiras operações de redesconto e de empréstimos de prazo inferior a trezentos e sessenta dias.

CAPÍTULOVIIDaDívidaedoEndividamento

SeçãoIDefiniçõesBásicas

Art.29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes definições:

I – dívida pública consolidada ou fundada: montante total, apurado sem dupli-cidade, das obrigações financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze meses;

II – dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios;

III – operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, rece-bimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros;

IV – concessão de garantia: compromisso de adimplência de obrigação finan-ceira ou contratual assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada;

V – refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da atualização monetária.

§ 1º Equipara-se a operação de crédito a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo ente da Federação, sem prejuízo do cumprimento das exigências dos arts. 15 e 16.

§ 2º Será incluída na dívida pública consolidada da União a relativa à emissão de títulos de responsabilidade do Banco Central do Brasil.

§ 3º Também integram a dívida pública consolidada as operações de crédito de prazo inferior a doze meses cujas receitas tenham constado do orçamento.

§ 4º O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, somado ao das operações de crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização monetária.

SeçãoIIDosLimitesdaDívidaPúblicae

dasOperaçõesdeCrédito

Art.30. No prazo de noventa dias após a publicação desta Lei Complementar, o Presidente da República submeterá ao:

I – Senado Federal: proposta de limites globais para o montante da dívida con-solidada da União, Estados e Municípios, cumprindo o que estabelece o inciso VI do art. 52 da Constituição, bem como delimite-se condições relativos aos incisos VII, VIII e IX do mesmo artigo;

285

II – Congresso Nacional: projeto de lei que estabeleça limites para o montante da dívida mobiliária federal a que se refere o inciso XIV do art. 48 da Constituição, acompanhado da demonstração de sua adequação aos limites fixados para a dívida consolidada da União, atendido o disposto no inciso I do § 1º deste artigo.

§ 1º As propostas referidas nos incisos I e II do caput e suas alterações conterão:I – demonstração de que os limites e condições guardam coerência com as

normas estabelecidas nesta Lei Complementar e com os objetivos da política fiscal;II – estimativas do impacto da aplicação dos limites a cada uma das três esferas

de governo;III – razões de eventual proposição de limites diferenciados por esfera de go-

verno;IV – metodologia de apuração dos resultados primárioenominal.§ 2º As propostas mencionadas nos incisosIeIIdo caput também poderão ser

apresentadas em termos de dívida líquida, evidenciando a forma e a metodologia de sua apuração.

§ 3º Os limites de que tratam os incisosIeIIdo caput serãofixados em percentual da receita corrente líquida para cada esfera de governo e aplicados igualmente a todos os entes da Federação que a integrem, constituindo, para cada um deles, limites máximos.

§ 4º Para fins de verificação do atendimento do limite, a apuração do montante da dívida consolidada será efetuada ao final de cada quadrimestre.

§ 5º No prazo previsto no art. 5º, o Presidente da República enviará ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional, conforme o caso, proposta de manutenção ou alteração dos limites e condições previstos nos incisos I e II do caput.

§ 6º Sempre que alterados os fundamentos das propostas de que trata este artigo, em razão de instabilidade econômica ou alterações nas políticas monetária ou cambial, o Presidente da República poderá encaminhar ao Senado Federal ou ao Congresso Nacional solicitação de revisão dos limites.

§ 7º Os precatórios judiciais não pagos durante a execução do orçamento em que houverem sido incluídos integram a dívida consolidada, para fins de aplicação dos limites.

SeçãoIIIDaReconduçãodaDívidaaosLimites

Art.31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respec-tivo limite ao final de um quadrimestre, deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subsequentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) no primeiro.

§ 1º Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:I – estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive

por antecipação de receita, ressalvado o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;

II – obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho, na forma do art. 9º.

§ 2º Vencido o prazo para retorno da dívida ao limite, e enquanto perdurar o excesso, o ente ficará também impedido de receber transferências voluntárias da União ou do Estado.

286

§ 3º As restrições do § 1º aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.

§ 4º O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limitesdas dívidas consolidada emobiliária.

§ 5º As normas deste artigo serão observadas nos casos de descumprimento dos limites da dívida mobiliária e das operações de crédito internas e externas.

SeçãoIVDasOperaçõesdeCrédito

SubseçãoIDaContratação

Art.32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condi-ções relativos à realização de operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles controladas, direta ou indiretamente.

§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o inte-resse econômico e social da operação e o atendimento das seguintes condições:

I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou lei específica;

II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exceto no caso de operações por antecipação de receita;

III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal;IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação

de crédito externo;V – atendimento do disposto no inciso III do art.167 da Constituição;VI – observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar.§ 2º As operações relativas à dívida mobiliária federal autorizadas, no texto da

lei orçamentária ou de créditos adicionais, serão objeto de processo simplificado que atenda às suas especificidades.

§ 3º Para fins do disposto no inciso V do § 1º, considerar-se-á, em cada exercício financeiro, o total dos recursos de operações de crédito nele ingressados e o das despesas de capital executadas, observado o seguinte:

I – não serão computadas nas despesas de capital as realizadas sob a forma de empréstimo ou financiamento a contribuinte, com o intuito de promover incentivo fiscal, tendo por base tributo de competência do ente da Federação, se resultar a diminuição, direta ou indireta, do ônus deste;

II – se o empréstimo ou financiamento a que se refere o inciso I for concedido por instituição financeira controlada pelo ente da Federação, o valor da operação será deduzido das despesas de capital;

III – (Vetado)§ 4º Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Cen-

tral do Brasil, o Ministério da Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido o acesso público às informações, que incluirão:

287

I – encargos e condições de contratação;II – saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária,

operações de crédito e concessão de garantias.§ 5º Os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que

importe na compensação automática de débitos e créditos.Art.33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da

Federação, exceto quando relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação atende às condições e limites estabelecidos.

§ 1º A operação realizada com infração do disposto nesta Lei Complementar será considerada nula, procedendo-se ao seu cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos financeiros.

§ 2º Se a devolução não for efetuada no exercício de ingresso dos recursos, será consignada reserva específica na lei orçamentária para o exercício seguinte.

§ 3º Enquanto não efetuado o cancelamento, a amortização, ou constituída a reserva, aplicam-se as sanções previstas nos incisos do § 3º do art. 23.

§ 4º Também se constituirá reserva, no montante equivalente ao excesso, se não atendido o disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, consideradas as disposições do § 3º do art. 32.

SubseçãoIIDasVedações

Art.34. O Banco Central do Brasil não emitirá títulos da dívida pública a partir de dois anos após a publicação desta Lei Complementar.

Art.35. É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Fede-ração, diretamente ou por intermédio de fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente.

§ 1º Excetuam-se da vedação a que se refere o caput as operações entre ins-tituição financeira estatal e outro ente da Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a:

I – financiar, direta ou indiretamente, despesas correntes;II – refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente.§ 2º O disposto no caput não impede Estados e Municípios de comprar títulos

da dívida da União como aplicação de suas disponibilidades.Art.36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal

e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo.Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeira controlada

de adquirir, no mercado, títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para aplicação de recursos próprios.

Art.37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados:I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou con-

tribuição cujo fato gerador ainda não tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição;

II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou indiretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação;

III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação asse-melhada, com fornecedor de bens, mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a empresas estatais dependentes;

IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de bens e serviços.

288

SubseçãoIIIDasOperaçõesdeCréditopor

AntecipaçãodeReceitaOrçamentária

Art.38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o exercício financeiro e cumprirá as exigências men-cionadas no art. 32 e mais as seguintes:

I – realizar-se-á somente apartir do décimo dia do início do exercício;II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez

de dezembro de cada ano;III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de

juros da operação, obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir;

IV – estará proibida:a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente

resgatada;b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.§ 1º As operações de que trata este artigo não serão computadas para efeito do

que dispõe o inciso III do art. 167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput.

§ 2º As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo competitivo eletrônico promovido pelo Banco Central do Brasil.

§ 3º O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e contro-le do saldo do crédito aberto e, no caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora.

SubseçãoIVDasOperaçõescomoBancoCentraldoBrasil

Art.39. Nas suas relações com ente da Federação, o Banco Central do Brasil está sujeito às vedações constantes do art. 35 e mais às seguintes:

I – compra de título da dívida, na data de sua colocação no mercado, ressalvado o disposto no § 2º deste artigo;

II – permuta, ainda que temporária, por intermédio de instituição financeira ou não, de título da dívida de ente da Federação por título da dívida pública federal, bem como a operação de compra e venda, a termo, daquele título, cujo efeito final seja semelhante à permuta;

III – concessão de garantia.§ 1º O disposto no inciso II, in fine, não se aplica ao estoque de Letras do Banco

Central do Brasil, Série Especial, existente na carteira das instituições financeiras, que pode ser refinanciado mediante novas operações de venda a termo.

§ 2º O Banco Central do Brasil só poderá comprar diretamente títulos emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estiver vencendo na sua carteira.

§ 3º A operação mencionada no § 2º deverá ser realizada à taxa média e con-dições alcançadas no dia, em leilão público.

§ 4º É vedado ao Tesouro Nacional adquirir títulos da dívida pública federal exis-tentes na carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir a dívida mobiliária.

289

SeçãoVDaGarantiaedaContragarantia

Art.40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições estabelecidos pelo Senado Federal.

§ 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de contra garantia, em valor igual ou superior ao da garantia a ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obrigações junto ao garantidor e às entidades por este controladas, observado o seguinte:

I – não será exigida contra garantia de órgão se entidades do próprio ente;II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados

aos Municípios, poderá consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na liquidação da dívida vencida.

§ 2º No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição federal de crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do disposto no § 1º, as exi-gências legais para o recebimento de transferências voluntárias.

§ 3º (Vetado)§ 4º (Vetado)§ 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal.§ 6º É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas

controladas e subsidiárias, conceder garantia, ainda que com recursos de fundos.§ 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia por:I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de

contragarantia nas mesmas condições;II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei.§ 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada:I – por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis

às instituições financeiras privadas, de acordo com a legislação pertinente;II – pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por

ela controladas, direta e indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação.

§ 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento.

§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Es-tado, em decorrência de garantia prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a total liquidação da mencionada dívida.

SeçãoVIDosRestosaPagar

Art.41. (Vetado)Art.42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos

dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.

290

Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão conside-rados os encargos e despesas compromissadas a pagar até o final do exercício.

CAPÍTULOVIIIDaGestãoPatrimonial

SeçãoIDasDisponibilidadesdeCaixa

Art.43. As disponibilidades de caixa dos entes da Federação serão depositadas conforme estabelece o § 3º do art. 164 da Constituição.

§ 1º As disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos a que se referem os arts. 249 e 250 da Constituição, ficarão depositadas em conta separada das demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos limites e condições de proteção e prudência financeira.

§ 2º É vedada a aplicação das disponibilidades de que trata o § 1º em:I – títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros

papéis relativos às empresas controladas pelo respectivo ente da Federação;II – empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público,

inclusive a suas empresas controladas.

SeçãoIIDaPreservaçãodoPatrimônioPúblico

Art.44. É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despe-sa corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos.

Art.45. Observado o disposto no § 5º do art. 5º, a lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente atendidos os emandamento e contempladas as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias.

Parágrafo único. O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, relatório com as informações necessárias ao cumprimento do disposto neste artigo, ao qual será dada ampla divulgação.

Art.46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expe-dido sem o atendimento do disposto no § 3º do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização.

SeçãoIIIDasEmpresasControladaspeloSetorPúblico

Art.47. A empresa controlada que firmar contrato de gestão em que se esta-beleçam objetivos e metas de desempenho, na forma da lei, disporá de autonomia gerencial, orçamentária e financeira, sem prejuízo do disposto no inciso II do § 5º do art. 165 da Constituição.

Parágrafo único. A empresa controlada incluirá em seus balanços trimestrais nota explicativa em que informará:

291

I – fornecimento de bens e serviços ao controlador, com respectivos preços e condições, comparando-os com os praticados no mercado;

II – recursos recebidos do controlador, a qualquer título, especificando valor, fonte e destinação;

III – venda de bens, prestação de serviços ou concessão de empréstimos e financiamentos com preços, taxas, prazos ou condições diferentes dos vigentes no mercado.

CAPÍTULOIXDaTransparência,Controleefiscalização

SeçãoIDaTransparênciadaGestãofiscal

Art.48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, or-çamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos.

Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os processos de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos.

Art.49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão dispo-níveis, durante todo o exercício, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade.

Parágrafo único. A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agências financeiras oficiais de fomento, incluído o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, especificando os empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orçamentos fiscal e da seguridade social e, no caso das agências financeiras, avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no exercício.

SeçãoIIDaEscrituraçãoeConsolidaçãodasContas

Art.50. Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escri-turação das contas públicas observará as seguintes:

I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada;

II – a despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regime de caixa;

III – as demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, inclusive empresa estatal dependente;

IV – as receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demons-trativos financeiros e orçamentários específicos;

V – as operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de financiamento ou assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor;

292

VI – a demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos provenientes da alienação de ativos.

§ 1º No caso das demonstrações conjuntas, excluir-se-ão as operações intra-governamentais.

§ 2º A edição de normas gerais para consolidação das contas públicas caberá ao órgão central de contabilidade da União, enquanto não implantado o conselho de que trata o art. 67.

§ 3º A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.

Art.51. O Poder Executivo da União promoverá, até o dia trinta de junho, a con-solidação, nacional e por esfera de governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive por meio eletrônico de acesso público.

§ 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União nos seguintes prazos:

I – Municípios, com cópia para o Poder Executivo do respectivo Estado, até trinta de abril;

II – Estados, até trinta e um de maio.§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a

situação seja regularizada, que o ente da Federação receba transferências volun-tárias e contrate operações de crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária.

SeçãoIIIDoRelatórioResumidodaExecuçãoOrçamentária

Art.52. O relatório a que se refereo § 3º do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público, será publicado até trinta dias após o en-cerramento de cada bimestre e composto de:

I – balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:a) receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a pre-

visão atualizada;b) despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício,

a despesa liquidada e o saldo;II – demonstrativos da execução das:a) receitas, por categoria econômica e fonte, especificando a previsão inicial,

a previsão atualizada para o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no exercício e a previsão a realizar;

b) despesas, por categoria econômica e grupo de natureza da despesa, discrimi-nando dotação inicial, dotação para o exercício, despesas empenhada e liquidada, no bimestre e no exercício;

c) despesas, por função e subfunção.§ 1º Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária constarão

destacadamente nas receitas de operações de crédito e nas despesas com amor-tização da dívida.

§ 2º O descumprimento do prazo previsto neste artigo sujeita o ente às sanções previstas no § 2º do art. 51.

Art.53. Acompanharão o Relatório Resumido demonstrativos relativos a:I – apuração da receita corrente líquida, na forma definida no inciso IV do art. 2º,

sua evolução, assim como a previsão de seu desempenho até o final do exercício;

293

II – receitas e despesas previdenciárias a que se refere o inciso IV do art. 50;III – resultados nominal e primário;IV – despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4º;V – Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido no art. 20, os valores

inscritos, os pagamentos realizados e o montante a pagar.§ 1º O relatório referente ao último bimestre do exercício será acompanhado

também de demonstrativos:I – do atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição, conforme

o § 3º do art. 32;II – das projeções atuariais dos regimes de previdência social, geral e próprio

dos servidores públicos;III – da variação patrimonial, evidenciando a alienação de ativos e a aplicação

dos recursos dela decorrentes.§ 2º Quando for o caso, serão apresentadas justificativas:I – da limitação de empenho;II – da frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonega-

ção e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

SeçãoIVDoRelatóriodeGestãofiscal

Art.54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:

I – Chefe do Poder Executivo;II – Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório equiva-

lente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;III – Presidente de Tribunal e demais membros de Conselho de Administração

ou órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário;

IV – Chefe do Ministério Público, da União e dos Estados.Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades respon-

sáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.

Art.55. O relatório conterá:I – comparativo com os limites de que trata esta Lei Complementar, dos se-

guintes montantes:a) despesa total com pessoal, distinguindo-a com inativos e pensionistas;b) dívidas consolidada e mobiliária;c) concessão de garantias;d) operações de crédito, inclusive por antecipação de receita;e) despesas de que trata o inciso II do art. 4º;II – indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado

qualquer dos limites;III – demonstrativos, no último quadrimestre:a) do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro;b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas:1) liquidadas;2) empenhadas e não liquidadas, inscritas por atenderem a uma das condições

do inciso II do art. 41;3) empenhadas e não liquidadas, inscritas até o limite do saldo da disponibili-

dade de caixa;

294

4) não inscritas por falta de disponibilidade de caixa e cujos empenhos foram cancelados;

c) do cumprimento do disposto no inciso II e na alínea b do inciso IV do art. 38.§ 1º O relatório dos titulares dos órgãos mencionados nos incisos II, III e IV do

art. 54 conterá apenas as informações relativas à alínea a do inciso I, e os docu-mentos referidos nos incisos II e III.

§ 2º O relatório será publicado até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, com amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico.

§ 3º O descumprimento do prazo a que se refereo § 2º sujeita o ente à sanção prevista no § 2º do art. 51.

§ 4º Os relatórios referidos nos arts. 52 e 54 deverão ser elaborados de forma padronizada, segundo modelos que poderão ser atualizados pelo conselho de que trata o art. 67.

SeçãoVDasPrestaçõesdeContas

Art.56. As contas prestadas pelos Chefes do Poder Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Chefe do Ministério Público, referidos no art. 20, as quais receberão parecer prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas.

§ 1º As contas do Poder Judiciário serão apresentadas no âmbito:I – da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais

Superiores, consolidando as dos respectivos tribunais;II – dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, consolidando as

dos demais tribunais.§ 2º O parecer sobre as contas dos Tribunais de Contas será proferido no prazo

previsto no art. 57 pela comissão mista permanente referida no § 1º do art. 166 da Constituição ou equivalente das Casas Legislativas estaduais e municipais.

§ 3º Será dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas.

Art.57. Os Tribunais de Contas emitirão parecer prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais.

§ 1º No caso de Municípios que não sejam capitais e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será de cento e oitenta dias.

§ 2º Os Tribunais de Contas não entrarão em recesso enquanto existirem contas de Poder, ou órgão referido no art. 20, pendentes de parecer prévio.

Art.58. A prestação de contas evidenciará o desempenho da arrecadação em relação à previsão, destacando as providências adotadas no âmbito da fiscalização das receitas e combate à sonegação, às ações de recuperação de créditos nas instâncias administrativa e judicial, bem como às demais medidas para incremento das receitas tributárias e de contribuições.

SeçãoVIDafiscalizaçãodaGestãofiscal

Art.59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta Lei Complementar, com ênfase no que se refere a:

295

I – atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias;II – limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em

Restos a Pagar;III – medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo

limite, nos termos dos arts. 22 e 23;IV – providências tomadas, conforme o disposto no art. 31, para recondução dos

montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos respectivos limites;V – destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista

as restrições constitucionais e as desta Lei Complementar;VI – cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando

houver.§ 1º Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou órgãos referidos no art. 20

quando constatarem:I – a possibilidade de ocorrência das situações previstas no inciso II do art. 4º

e no art. 9º;II – que o montante da despesa total com pessoal ultrapassou 90% (noventa

por cento) do limite;III – que os montantes das dívidas consolidada e mobiliária, das operações

de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% (noventa por cento) dos respectivos limites;

IV – que os gastos cominativos e pensionistas se encontram acima do limite definido em lei;

V – fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de irregularidades na gestão orçamentária.

§ 2º Compete ainda aos Tribunais de Contas verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada Poder e órgão referido no art. 20.

§ 3º O Tribunal de Contas da União acompanhará o cumprimento do disposto nos §§ 2º, 3º e 4º do art. 39.

CAPÍTULOXDisposiçõesfinaiseTransitórias

Art.60. Lei estadual ou municipal poderá fixar limites inferiores àqueles previstos nesta Lei Complementar para as dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão de garantias.

Art.61. Os títulos da dívida pública, desde que devidamente escriturados em sistema centralizado de liquidação e custódia, poderão ser oferecidos em caução para garantia de empréstimos, ou em outras transações previstas em lei, pelo seu valor econômico, conforme definido pelo Ministério da Fazenda.

Art.62. Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de compe-tência de outros entes da Federação se houver:

I – autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;II – convênio, acordo, ajuste ou congênere, conformesua legislação.Art. 63. É facultado aos Municípios com população inferior a cinquenta mil

habitantes optar por:I – aplicar o disposto no art. 22 e no § 4º do art. 30 ao final do semestre;II – divulgar semestralmente:a) (Vetado)b) o Relatório de Gestão Fiscal;c) os demonstrativos de que trata o art. 53;

296

III – elaborar o Anexo de Política Fiscal do plano plurianual, o Anexo de Metas Fiscais e o Anexo de Riscos Fiscais da lei de diretrizes orçamentárias e o anexo de que trata o inciso I do art. 5º a partir do quinto exercício seguinte ao da publicação desta Lei Complementar.

§ 1º A divulgação dos relatórios e demonstrativos deverá ser realizada em até trinta dias após o encerramento do semestre.

§ 2º Se ultrapassados os limites relativos à despesa total com pessoal ou à dívida consolidada, enquanto perdurar esta situação, o Município ficará sujeito aos mesmos prazos de verificação e de retorno ao limite definidos para os demais entes.

Art.64. A União prestará assistência técnica e cooperação financeira aos Mu-nicípios para a modernização das respectivas administrações tributária, financeira, patrimonial e previdenciária, com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Complementar.

§ 1º A assistência técnica consistirá no treinamento e desenvolvimento de re-cursos humanos e na transferência de tecnologia, bem como no apoio à divulgação dos instrumentos de que trata o art. 48 em meio eletrônico de amplo acesso público.

§ 2º A cooperação financeira compreenderá a doação de bens e valores, o fi-nanciamento por intermédio das instituições financeiras federais e o repasse de recursos oriundos de operações externas.

Art. 65. Na ocorrência de calamidade pública reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, ou pelas Assembleias Legislativas, na hipótese dos Estados e Municípios, enquanto perdurar a situação:

I – serão suspensas a contagem dos prazos e as disposições estabelecidas nos arts. 23, 31 e 70;

II – serão dispensados o atingimento dos resultados fiscaisealimitação de em-penho prevista no art. 9º.

Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput no caso de estado de defesa ou de sítio, decretado na forma da Constituição.

Art.66. Os prazos estabelecidos nos arts. 23, 31 e 70 serão duplicados no caso de crescimento real baixo ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, regional ou estadual por período igual ou superior a quatro trimestres.

§ 1º Entende-se por baixo crescimento a taxa de variação real acumulada do Produto Interno Bruto inferior a 1% (um por cento), no período correspondente aos quatro últimos trimestres.

§ 2º A taxa de variação será aquela apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ou outro órgão que vier a substituí-la, adotada a mesma metodologia para apuração dos PIB nacional, estadual e regional.

§ 3º Na hipótese do caput, continuarão a ser adotadas as medidas previstas no art. 22.

§ 4º Na hipótese de se verificarem mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal, o prazo referido no caput do art. 31 poderá ser ampliado em até quatro quadrimestres.

Art.67. O acompanhamento e a avaliação, de forma permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal serão realizados por conselho de gestão fiscal, constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando a:

I – harmonização e coordenação entre os entes da Federação;II – disseminação de práticas que resultem em maior eficiência na alocação e

execução do gasto público, na arrecadação de receitas, no controle do endivida-mento e na transparência da gestão fiscal;

297

III – adoção de normas de consolidação das contas públicas, padronização das prestações de contas e dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de que trata esta Lei Complementar, normas e padrões mais simples para os pequenos Municípios, bem como outros, necessários ao controle social;

IV – divulgação de análises, estudos e diagnósticos.§ 1º O conselho a que se refere o caput instituirá formas de premiação e reco-

nhecimento público aos titulares de Poder que alcançarem resultados meritórios em suas políticas de desenvolvimento social, conjugados com a prática de uma gestão fiscal pautada pelas normas desta Lei Complementar.

§ 2º Lei disporá sobre a composição e a forma de funcionamento do conselho.Art.68. Na forma do art. 250 da Constituição, é criado o Fundo do Regime Geral

de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do regime geral da previdência social.

§ 1º O Fundo será constituído de:I – bens móveis e imóveis, valores e rendas do Instituto Nacional do Seguro

Social não utilizados na operacionalização deste;II – bens e direitos que, a qualquer título, lhe sejam adjudicados ou que lhe

vierem a ser vinculados por força de lei;III – receita das contribuições sociais para a seguridade social, previstas na

alínea a do inciso I e no inciso II do art.195 da Constituição;IV – produto da liquidação de bens e ativos de pessoa física ou jurídica em

débito com a Previdência Social;V – resultado da aplicação financeira de seus ativos;VI – recursos provenientes do orçamento da União.§ 2º O Fundo será gerido pelo Instituto Nacional do Seguro Social, na forma da lei.Art.69. O ente da Federação que mantiver ou vier a instituir regime próprio

de previdência social para seus servidores conferir-lhe-á caráter contributivo e o organizará com base em normas de contabilidade e atuária que preservem seu equilíbrio financeiro e atuarial.

Art.70. O Poder ou órgão referido no art. 20 cuja despesa total compessoal no exercício anterior ao da publicação desta Lei Complementar estiver acima dos limites estabelecidos nos arts. 19 e 20 deverá enquadrar-se no respectivo limite em até dois exercícios, eliminando o excesso, gradualmente, à razão de, pelo me-nos, 50% a.a. (cinquenta por cento ao ano), mediante a adoção, entre outras, das medidas previstas nos arts. 22 e 23.

Parágrafo único. A inobservância do disposto no caput, no prazo fixado, sujeita o ente às sanções previstas no § 3º do art. 23.

Art.71. Ressalvada a hipótese do inciso X do art. 37 da Constituição, até o término do terceiro exercício financeiro seguinte à entrada em vigor desta Lei Com-plementar, a despesa total com pessoal dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não ultrapassará, em percentual da receita corrente líquida, a despesa verificada no exercício imediatamente anterior, acrescida de até 10% (dez por cento), se esta for inferior ao limite definido na forma do art. 20.

Art.72. A despesa com serviços de terceiros dos Poderes e órgãos referidos no art. 20 não poderá exceder, em percentual da receita corrente líquida, a do exercício anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar, até o término do terceiro exercício seguinte.

Art.73. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a Lei

298

nº 1.079, de 10 de abril de 1950; o Decreto-Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967; a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e demais normas da legislação pertinente.

Art.74. Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.Art.75. Revoga-se a Lei Complementar nº 96, de 31 de maio de 1999.

LEINº1.579,DE18DEmARÇODE1952

dispõe sobre as Comissões parlamentares de inquérito.

Art.1º As Comissões Parlamentares de Inquérito, criadas na forma do art. 53 da Constituição Federal, terão ampla ação nas pesquisas destinadas a apurar os fatos determinados que deram origem à sua formação.

Parágrafo único. A criação de Comissão Parlamentar de Inquérito dependerá de de liberação plenária, se não for determinada pelo terço da totalidade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado.

Art.2º No exercício de suas atribuições, poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reputarem necessárias e requerer a convocação de Ministros de Estado, tomar o depoimento de quaisquer autorida-des federais, estaduais ou municipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença.

Art.3º Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal.

Parágrafo único. Em caso de não comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juiz criminal da localidade em que resida ou se encontre, na forma do art. 218 do Código do Processo Penal.

Art.4º Constitui crime:I – impedir, ou tentar impedir, mediante violência, ameaça ou assuadas, o regu-

lar funcionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuições de qualquer de seus membros:

Pena – a do art. 329 do Código Penal;II – fazer afirmações falsas, ou negar ou calar a verdade como testemunha,

perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito:Pena – a do art. 342 do Código Penal.Art.5º As Comissões Parlamentares de Inquérito apresentarão relatório de seus

trabalhos à respectiva Câmara, concluindo por projeto de resolução.§ 1º Se forem diversos os fatos objetos de inquérito, a comissão dirá, em

separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmo de finda a investigação dos demais.

§ 2º A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com a sessão legislativa em que tiver sido outorgada, salvo deliberação da respectiva Câmara, prorrogando a dentro da legislatura em curso.

Art.6º O processo e a instrução dos inquéritos obedecerão ao que prescreve esta Lei, no que lhes for aplicável, às normas do processo penal.

Art. 7º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

299

LEINº4.117,DE27DEAGOSTODE1962(*)

institui o Código brasileiro de telecomunicações.

Art.38. Nas concessões, permissões ou autorizações para explorar serviços de radiodifusão, serão observados, além de outros requisitos, os seguintes preceitos e cláusulas: (**)

....................................................................................a) os administradores ou gerentes que detenham poder de gestão e de repre-

sentação civil e judicial serão brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. Os técnicos encarregados da operação dos equipamentos transmissores serão brasileiros ou estrangeiros com residência exclusiva no País, permitida, po-rém, em caráter excepcional e com autorização expressa do órgão competente do Poder Executivo, a admissão de especialistas estrangeiros, mediante contrato; (**)

b) as alterações contratuais ou estatutárias que não impliquem alteração dos objetivos sociais ou modificação do quadro diretivo e as cessões de cotas ou ações ou aumento de capital social que não resultem em alteração de controle societário deverão ser informadas ao órgão do Poder Executivo expressamente definido pelo Presidente da República, no prazo de sessenta dias a contar da realização do ato; (**)

Parágrafo único. Não poderá exercer a função de diretor ou gerente de conces-sionária, permissionária ou autorizada de serviço de radiodifusão quem esteja no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial.(**)

LEINº8.389,DE30DEDEzEmBRODE1991institui o Conselho de Comunicação social, na

forma do art. 224 da Constituição Federal, e dá outras providências.

Art.1º É instituído o Conselho de Comunicação Social, como órgão auxiliar do Congresso Nacional, na forma do art. 224 da Constituição Federal.

Art.2º O Conselho de Comunicação Social terá como atribuição a realização de estudos, pareceres, recomendações e outras solicitações que lhe forem encaminha-das pelo Congresso Nacional a respeito do Título VIII, Capítulo V, da Constituição Federal, em especial sobre:

a) liberdade de manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação;

b) propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos, medica-mentos e terapias nos meios de comunicação social;

c) diversões e espetáculos públicos;d) produção e programação das emissoras de rádio e televisão;e) monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação social;f) finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas da programação das

emissoras de rádio e televisão;g) promoção da cultura nacional e regional, e estímulo à produção independen-

teeàregionalização da produção cultural, artística e jornalística;

(*) Publicada com texto consolidado em razão das alterações promovidas pela Lei nº 10.610, de 2002(**) Lei nº 10.610, de 2002

300

h) complementariedade dos sistemas privado, público e estatal de radiodifusão;i) defesa da pessoa e da família de programas ou programações de rádio e

televisão que contrariem o disposto na Constituição Federal;j) propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e

imagens;l) outorga e renovação de concessão, permissão e autorização de serviços de

radiodifusão sonora e de sons e imagens;m) legislação complementar quanto aos dispositivos constitucionais que se

referem à comunicação social.Art.3º Compete ao Conselho de Comunicação Social elaborar seu regimento

interno que, para entrar em vigor, deverá ser aprovado pela Mesa do Senado Federal.Art.4º O Conselho de Comunicação Social compõe-se de:I – um representante das empresas de rádio;II – um representante das empresas de televisão;III – um representante de empresas da imprensa escrita;IV – um engenheiro com notórios conhecimentos na área de comunicação social;V – um representante da categoria profissional dos jornalistas;VI – um representante da categoria profissional dos radialistas;VII – um representante da categoria profissional dos artistas;VIII – umrepresentantedascategoriasprofissionaisdecinemaevídeo;IX – cinco membros representantes da sociedade civil.§ 1º Cada membro do Conselho terá um suplente exclusivo.§ 2º Os membros do Conselho e seus respectivos suplentes serão eleitos em

sessão conjunta do Congresso Nacional, podendo as entidades representativas dos setores mencionados nos incisosIaIX deste artigo sugerir nomes à Mesa do Congresso Nacional.

§ 3º Os membros do Conselho deverão ser brasileiros, maiores de idade e de reputação ilibada.

§ 4º A duração do mandato dos membros do Conselho será de dois anos, permitida uma recondução.

§ 5º Os membros do Conselho terão estabilidade no emprego durante o período de seus mandatos.

Art.5º O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos pelo Conselho dentre os cinco membros a que se refere o inciso IX do artigo anterior.

Parágrafo único. O Presidente será substituído, em seus impedimentos, pelo Vice-Presidente.

Art. 6º O Conselho, presente a maioria absoluta dos seus membros, reu-nir-se-á,ordinariamente, na periodicidade prevista em seu Regimento Interno, na sede do Congresso Nacional.

Parágrafo único. A convocação extraordinária do Conselho far-se-á:I – pelo Presidente do Senado Federal; ouII – pelo seu Presidente, ex officio, ou a requerimento de cinco de seus membros.Art.7º As despesas com a instalação e funcionamento do Conselho de Comu-

nicação Social correrão à conta do Orçamento do Senado Federal.Art.8º O Conselho de Comunicação Social será eleito em até sessenta dias

após a publicação da presente Lei e instalado em até trinta após sua eleição.Art.9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art.10. Revogam-se as disposições em contrário.

301

LEINº8.443,DE16DEjULHODE1992dispõe sobre a Lei orgânica do tribunal de Con-

tas da união e dá outras providências.

Art.1º Ao Tribunal de Contas da União, órgão de controle externo, compete, nos termos da Constituição Federal e na forma estabelecida nesta Lei:

I – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos das unidades dos poderes da União e das entidades da administração indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daque-les que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao Erário;

II – proceder, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional, de suas Casas ou das respectivas Comissões, à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades dos poderes da União e das demais entidades referidas no inciso anterior;

III – apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, nos termos do artigo 36 desta Lei;.................................................................................................................................

XIII – propor ao Congresso Nacional a fixação de vencimentos dos ministros auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal;

XV – propor ao Congresso Nacional a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções do Quadro de Pessoal de sua Secretaria, bem como a fixação da respectiva remuneração;.................................................................................................................................

Art.36. Ao Tribunal de Contas da União compete, na forma estabelecida no Regimento Interno, apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio a ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento.

Parágrafo único. As contas constituirão nos balanços gerais da União e no re-latório do órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execução dos orçamentos de que tratao § 5º do artigo 165 da Constituição Federal..................................................................................................................................

Art.38. Compete, ainda, ao Tribunal:I – realizar por iniciativa da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de

comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e nas entidades da administração indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal;

II – prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, porqualquerdesuasCasas,ouporsuasComissões,sobreafiscalização contábil, financeira, orçamentá-ria, operacional e patrimonial e sobre resultados de inspeções e auditorias realizadas;

III – emitir, no prazo de trinta dias contados do recebimento da solicitação, pro-nunciamento conclusivo sobre matéria que seja submetida a sua apreciação pela Comissão mista permanente de Senadores e Deputados, nos termos dos §§ 1º e 2º do artigo 72 da Constituição Federal;

IV – auditar, por solicitação da Comissão a que se refere o artigo 166, § 1º, da Constituição Federal, ou comissão técnica de qualquer das Casas do Congresso Nacional, projetos e programas autorizados na lei orçamentária anual, avaliando os seus resultados quanto à eficácia, eficiência e economicidade..................................................................................................................................

302

Art.45. Verificada a ilegalidade de ato ou contrato, o Tribunal, na forma esta-belecida no Regimento Interno, assinará prazo para que o responsável adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, fazendo indicação expressa dos dispositivos a serem observados.

§ 1º No caso de ato administrativo, o Tribunal, se não atendido:I – sustará a execução do ato impugnado;II – comunicará a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;III – aplicará ao responsável a multa prevista no inciso II do artigo 58 desta Lei.§ 2º No caso de contrato, o Tribunal, se não atendido, comunicará o fato ao

Congresso Nacional, a quem compete adotar o ato de sustação e solicitar, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.

§ 3º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito da sustação do contrato.................................................................................................................................

Art.72. Os ministros do Tribunal de Contas da Uniãoserão escolhidos:I – um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Fede-

ral, sendo dois alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo Plenário, segundo os critérios de antiguidade e merecimento;

II – dois terços pelo Congresso Nacional..................................................................................................................................

Art.90. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patri-monial do Tribunal de Contas da União será exercida pelo Congresso Nacional, na forma definida no seu Regimento Comum.

§ 1º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e anualmente, relatório de suas atividades.

§ 2º No relatório anual, o Tribunal apresentará análise da evolução dos custos de controle e de sua eficiência, eficácia e economicidade.

Art.105. O processo de escolha de ministro do Tribunal de Contas da União, em caso de vaga ocorrida ou que venha a ocorrer após a promulgação da Constituição de 1988, obedecerá ao seguinte critério:

I – na primeira, quarta e sétima vagas, a escolha caberá ao Presidente da Re-pública, devendo recair as duas últimas, respectivamente, em auditor e membro do Ministério Público junto ao Tribunal;

II – na segunda, terceira, quinta, sexta, oitava e nona vagas, a escolha será da competência do Congresso Nacional;

III – a partir da décima vaga, reinicia-se o processo previsto nos incisos anterio-res, observada a alternância quanto à escolha de auditor e membro do Ministério Público junto ao Tribunal, nos termos do inciso I do § 2º do artigo 73 da Constituição Federal..................................................................................................................................

LEINº8.884,DE11DEjUNHODE1994(*)transforma o Conselho administrativo de defesa

econômica (Cade) em autarquia, dispõe sobre a prevençãoearepressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências.

.................................................................................................................................

303

Art. 30. A SDE (Secretaria de Direito Econômico) promoverá averiguações preliminares, de ofício ou à vista de representação escrita e fundamentada de qualquer interessado, quando os indícios de infração à ordem econômica não forem suficientes para instauração de processo administrativo.(**)

§ 1º Nas averiguações preliminares, o Secretário da SDE poderá adotar quaisquer das providências previstas nos arts. 35, 35-A e 35-B, inclusive requerer esclarecimentos do representado ou de terceiros, por escrito ou pessoalmente.(**)

§ 2º A representação de Comissão do Congresso Nacional, ou de qualquer de suas Casas, independe de averiguações preliminares, instaurando-se desde logo o processo administrativo.

(**) Publicada com texto consolidado em razão das alterações promovidas pela Lei nº 10.149, de 2000§ 3º As averiguações preliminares poderão correr sob sigilo, no interesse das

investigações, a critério do Secretário da SDE.(**)

LEINº9.069,DE29DEjUNHODE1995

dispõe sobre o plano real, o sistema monetá-rio Nacional, estabelece as regras e condições de emissão do real e os critérios para conversão das obrigações para o real, e dá outras providências.

.................................................................................................................................

CAPÍTULOIIDaAutoridademonetária

Art.6º O Presidente do Banco Central do Brasil submeterá ao Conselho Mone-tário Nacional, no início de cada trimestre, programação monetária para o trimestre, da qual constarão, no mínimo:

I – estimativas das faixas de variação dos principais agregados monetários compatíveis com o objetivo de assegurar a estabilidade da moeda; e

II – análise da evolução da economia nacional prevista para o trimestre, e jus-tificativa da programação monetária.

§ 1º Após aprovação do Conselho Monetário Nacional, a programação mone-tária será encaminhada à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.

§ 2º O Congresso Nacional poderá, com base em parecer da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, rejeitar a programação monetária a que se refere o caput deste artigo, mediante decreto legislativo, no prazo de dez dias a contar do seu recebimento.

§ 3º O decreto legislativo referido no parágrafo anterior limitar-se-á à aprovação ou rejeição in totum da programação monetária, vedada a introdução de qualquer alteração.§ 4º Decorrido o prazo a que se refereo § 2º deste artigo, sem apreciação da matéria pelo Plenário do Congresso Nacional, a programação monetária será considerada aprovada.

§ 5º Rejeitada a programação monetária, nova programação deverá ser encami-nhada nos termos deste artigo, no prazo de dez dias, a contar da data de rejeição.

§ 6º Caso o Congresso Nacional não aprove a programação monetária até o final do primeiro mês do trimestre a que se destina, fica o Banco Central do Brasil autorizado a executá-la até sua aprovação.

304

Art.7º O Presidente do Banco Central do Brasil enviará, através do Ministro da Fazenda, ao Presidente da República, e aos Presidentes das duas Casas do Congresso Nacional:

I – relatório trimestral sobre a execução da programação monetária; eII – demonstrativo mensal das emissões de Real, as razões delas determinantes

e a posição das reservas internacionais a elas vinculadas.

.................................................................................................................................

LEINº9.709,DE18DENOVEmBRODE1998

regulamenta a execução do disposto nos incisos i, ii e iii do artigo 14 da Constituição Federal.

Art.1º A soberania popular é exercida por sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, nos termos desta Lei e das normas consti-tucionais pertinentes, mediante:

I – plebiscito;II – referendo;II – iniciativa popular.Art.2º Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que deli-

bere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa.

§ 1º O plebiscito é convocado com anterioridade a ato legislativo ou administrati-vo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido.

§ 2º O referendo é convocado com posterioridade a ato legislativo ou adminis-trativo, cumprindo ao povo a respectiva ratificação ou rejeição.

Art.3º Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Le-gislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3º do artigo 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.

Art.4º A incorporação de Estados entre si, subdivisão ou desmembramento para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, dependem da aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebis-cito realizado na mesma data e horário em cada um dos Estados, e do Congresso Nacional, por lei complementar, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas.

§ 1º Proclamado o resultado da consulta plebiscitária, sendo favorável à alteração territorial prevista no caput, o projeto de lei complementar respectivo será proposto perante qualquer das Casas do Congresso Nacional.

§ 2º À Casa perante a qual tenha sido apresentado o projeto de lei complemen-tar referido no parágrafo anterior compete proceder à audiência das respectivas Assembleias Legislativas.

§ 3º Na oportunidade prevista no parágrafo anterior, as respectivas Assembleias Legislativas opinarão, sem caráter vinculativo, sobre a matéria, e fornecerão ao Congresso Nacional os detalhamentos técnicos concernentes aos aspectos admi-nistrativos, financeiros, sociais e econômicos da área geopolítica afetada.

§ 4º O Congresso Nacional, ao aprovar a Lei Complementar, tomará em conta as informações técnicas aque se refere o parágrafo anterior.

Art.5º O plebiscito destinado à criação, à incorporação, à fusão e ao desmembra-mento de Município, será convocado pela Assembleia Legislativa, de conformidade com a legislação federal e estadual.

305

Art.6º Nas demais questões, de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o plebiscito e o referendo serão convocados de conformidade, respectivamente, com a Constituição Estadual e com a Lei Orgânica.

Art.7º Nas consultas pebliscitárias previstas nos artigos 4º e 5º entende-se por-população diretamente interessada tanto a do território que se pretende desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação, tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá acréscimo; e a vontade popular se aferirá pelo percentual que se manifestarem relação ao total da população consultada.

Art.8º Aprovado o ato convocatório, o Presidente do Congresso Nacional dará ciência à Justiça Eleitoral, a quem incumbirá, no limite de sua circunscrição:

I – fixar a data da consulta popular;II – tornar pública a cédula respectiva;III – expedir instruções para a realização do plebiscito ou referendo;IV – assegurar a gratuidade nos meios de comunicação da massa concessio-

nários de serviço público, aos partidos políticos e às frentes suprapartidárias orga-nizadas pela sociedade civil em torno da matéria em questão, para a divulgação de seus postulados referentes ao tema sob consulta.

Art.9º Convocado o plebiscito, o projeto legislativo ou medida administrativa não efetivada, cujas matérias constituam objeto da consulta popular, terá sustada sua tramitação, até que o resultado das urnas seja proclamado.

Art.10. O plebiscito ou referendo, convocado nos termos da presente Lei, será considerado aprovado ou rejeitado por maioria simples, de acordo com o resultado homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Art.11. O referendo pode ser convocado no prazo de trinta de dias, a contar da promulgação de lei ou adoção de medida administrativa, que se relacione de maneira direta com a consulta popular.

Art.12. A tramitação dos projetos de plebiscito e referendo obedecerá às normas do Regimento Comum do Congresso Nacional.

Art.13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

§ 1º O projeto de lei de iniciativa popular deverá circunscre-ver-se a um só assunto.

§ 2º O projeto de lei de iniciativa popular não poderá ser rejeita-do por vício de forma, cabendo à Câmara dos Deputados, por seu órgão competente, providenciar a correção de eventuais impropriedades de técnica legislativa ou de redação.

Art.14. A Câmara dos Deputados, verificando o cumprimento das exigências estabelecidas no artigo 13 e respectivos parágrafos, dará seguimento à iniciativa popular, consoante as normas do Regimento Interno.

Art.15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

LEINº9.883,DE7DEDEzEmBRODE1999

institui o sistema brasileiro de inteligência, cria a agência brasileira de inteligência – abiN, e dá outras providências.

Art.1º Fica instituído o Sistema Brasileiro de Inteligência, que integra as ações de planejamento e execução das atividades de inteligência do País, com a finalidade de fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de interesse nacional.

306

§ 1º O Sistema Brasileiro de Inteligência tem como fundamentos a preservação da soberania nacional, defesa do Estado Democrático de Direito e a dignidade da pessoa humana, devendo ainda cumprir e preservar os direitos e garantias indi-viduais e demais dispositivos da Constituição Federal, os tratados, convenções, acordos e ajustes internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte ou signatário, e a legislação ordinária.

§ 2º Para os efeitos de aplicação desta Lei, entende-se como inteligência a ati-vidade que objetiva a obtenção, análise e disseminação de conhecimentos dentro e fora do território nacional sobre fatos e situações de imediata ou potencial influ-ência sobre o processo decisório e a ação governamental e sobre a salvaguarda e a segurança da sociedade e do Estado.

§ 3º Entende-se como contra-inteligência a atividade que objetiva neutralizar a inteligência adversa.................................................................................................................................

Art.6º O controle e fiscalização externos da atividade de inteligência serão exercidos pelo Poder Legislativo na forma a ser estabelecida em ato do Congresso Nacional.

§ 1º Integrarão o órgão de controle externo da atividade de inteligência os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, assim como os Presidentes das Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

§ 2º O ato a que se refere o caput deste artigo definirá o funcionamento do órgão de controle e a forma de desenvolvimento dos seus trabalhos com vistas ao controle e fiscalização dos atos decorrentes da execução da Política Nacional de Inteligência..................................................................................................................................

LEINº10.001,DE4DESETEmBRODE2000

dispõe sobre a prioridade nos procedimentos a serem adotados pelo ministério público e por outros órgãos a respeito das conclusões das comissões parlamentares de inquérito.

Art.1º Os presidentes da Câmara dos Deputados do Senado Federal ou do Congresso Nacional encaminharão o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito respectiva e a resolução que o aprovar aos chefes do Ministério Público a União ou dos Estados ou ainda às autoridades administrativas ou judiciais com poder de decisão conforme o caso, para a prática de atos de sua competência.

Art.2º A autoridade a quem for encaminhada a resolução informará ao remetente no prazo de trinta dias, as providências adotadas ou a justificativa pela omissão.

Parágrafo único. A autoridade que presidir processo ou procedimento ad-ministrativo ou judicial instaurado em decorrência de conclusões de Comissão Parlamentar de Inquérito comunicará semestralmente a fase em que se encontra até sua conclusão.

Art.3º O processo ou procedimento referido no art. 2º terá prioridade sobre qualquer outro exceto sobre aquele relativo a pedido de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança.

307

Art.4º O descumprimento das normas desta Lei sujeita a autoridade a sanções administrativas, civis e penais.

Art.5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

LEINº10.937,DE12DEAGOSTODE2004dispõe sobre a remuneração dos militares, a serviço

da união, integrantes de contingente armado de força multinacional empregada em operações de paz, em cumprimento de obrigações assumidas pelo brasil em entendimentos diplomáticos ou militares, autorizados pelo Congresso Nacional e sobre envio de militares das Forças armadas para o exercício de cargos de natureza militar junto o organismo internacional.

CAPÍTULOIDasDisposiçõesPreliminares

Art.1º Esta Lei dispõe sobre a remuneração e a indenização de militares de tropa brasileira no exterior integrante de força multinacional empregada em operações de paz, sob a égide de organismo internacional.

Art.2º O empregado de tropa no exterior, em missão de paz, em cumprimento de compromissos assumidos pelo Brasil como membro de organizações internacionais ou em virtude de tratados, convenções, acordos, resoluções de consulta, planos de defesa, ou quaisquer outros entendimentos diplomáticos ou militares, autorizados pelo Congresso Nacional, é de responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministro de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais..................................................................................................................................

DECRETOLEGISLATIVONº70,DE1972

Cria a ordem do Congresso Nacional.

CAPÍTULOIDosGraus

Art.1º Fica criada a Ordem do Congresso Nacional, destinada a galardoar as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que se tenham tornado dignas do especial reconhecimento do Poder Legislativo do Brasil.

Art.2º A Ordem constará de seis classes:a) Grande Colar;b) Grã-Cruz;c) Grande Oficial;d) Comendador;e) Oficial;f) Cavaleiro.

308

CAPÍTULOIIDaCondecoração

Art.3º A insígnia da Ordem é constituída por uma cruz, cujos braços evocam as colunas características da arquitetura de Brasília, esmaltada em verde e amarelo, orlada em ouro polido, circundada por uma coroa deram os de café,em ouro; o centro da cruz contém três círculos concêntricos, orla dos em ouro polido,tendo o círculo menor campo em azul celeste, esmaltado, com a constelação do Cruzeiro do Sul, em esmalte branco, e na circunferência, em círculo esmaltado em branco, a legenda “Ordem do Congresso Nacional”, em ouro polido, e a última circunferên-cia, um círculo também branco, em esmalte, interrompido pelos braços da cruz; entre os braços da cruz constam quatro triângulos vazados, com os lados em arco, esmaltados em azul-celeste e orlados em ouro polido, cujos vértices tocam os bra-ços da cruz e a coroa de ramos de café, assentando a base dos triângulos sobre a circunferência maior. No reverso, a mesma representação, sendo que, no círculo central, em campo azul-celeste, esmaltado, incrusta-se, em esmalte branco,o mapa do Brasil, e sobre este, em ouro polido, a silhueta do conjunto arquitetônico principal do Congresso Nacional, e, na circunferência, em círculo esmaltado em branco, a legenda “República Federativa do Brasil”, em ouro polido, a última circunferência, em círculo também branco, em esmalte, interrompido pelos braços da cruz, tudo na conformidade dos desenhos anexos.

Art.4º O Grande Colar consta da insígnia pendente de um colar constituído das figuras intermitentes de ramos de café, em forma de lira, em ouro, e a insígnia, esta simplificada, sem campo estrelado, sem legenda e sem a coroa de ramos de café, apenas com duas circunferências e a base dos triângulos faceando o círculo esmaltado em branco. A Grã-Cruz consta da insígnia pendente de uma faixa de cor verde e amarelo, passada a tiracolo, da direita para esquerda, e de uma placa com a mesma insígnia, porém sem a terceira circunferência, sem os triângulos e sem a coroa de ramos de café, sendo os braços da cruz intercalados com folhas de café, com grãos na borda, em altorelevo, em ouro, a qual deve ser usada do lado esquerdo do peito. O Grande Oficial consta da insígnia pendente de uma fita, em verde e amarelo, colocada em volta do pescoço, presa por um trançado em ouro, e da placa. A Comenda consta da insígnia pendente de uma fita, em verde e amarelo, colocada em volta do pescoço, presa por um trançado, em ouro.O Oficial e o Cavaleiro, da insígnia pendente de uma fita, em verde e amarelo, sendo a do primeiro com uma roseta, colocada ao lado esquerdo do peito.

Parágrafo único. No traje diário, os agraciados com a Grã-Cruz, Grande Oficialato e Comenda podem usar, na lapela, uma roseta com as cores da Ordem sobre fita de metal dourado, prateadodourado e prateado, respectivamente; os agraciados com Oficial podem usar, na lapela, uma roseta e os com Cavaleiro, uma fita estreita.

CAPÍTULOIIIDoConselho

Art.5º O Conselho da Ordem é integrado pelos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, pelos 1º e 2º Vice-Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, pelos 1º, 2º, 3º e 4º Secretários do Senado Federal e

309

da Câmara dos Deputados, pelos Líderes da Maioria e Minoria do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, pelos Presidentes das Comissões de Constituição e Justiça e de Relações Exteriores do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

§ 1º O Presidente do Senado Federal e o Presidente da Câmara dos Deputados são, respectivamente, o Grão-Mestre e o Chanceler da Ordem.

§ 2º O Secretário da Ordem será designado dentre os membros do Conselho.§ 3º Os integrantes do Conselho são considerados membros natos da Ordem,

cabendo-lhes o grau correspondente à categoria de sua função oficial.Art.6º Compete ao Conselho aprovar ou rejeitar as propostas que lhes forem

encaminhadas, velar pelo prestígio da Ordem e pela fiel execução deste decreto legislativo, propor as medidas que se tornarem indispensáveis ao bom desempe-nho de suas funções, redigir seu regulamento interno, aprovar as alterações deste decreto legislativo, suspender ou cancelar o direito de usar a insígnia por qualquer ato incompatível com a dignidade da Ordem.

Parágrafo único. As deliberações do Conselho serão sempre sigilosas.Art.7º Conselho da Ordem, que tem sede no Edifício do Congresso Nacional,

em Brasília, se reúne anualmente entre os dias 1º e 15 denovembro, podendo, em casos excepcionais, ser convocado para reuniões extraordinárias.

CAPÍTULOIVDaAdmissãoedaPromoçãonaOrdem

Art.8ºA admissão e a promoção na Ordem obedecem ao seguinte critério:

GrandeColarDestinado a Soberanos, Chefes de Estado, altas personalidades estrangeiras,

em circunstâncias que justifiquem esse especial agraciamento, e ao Presidente do Senado Federal e ao Presidente da Câmara dos Deputados;

Grã-CruzChefe de Estado, Chefe de Governo, Vice-Presidente da República, Presidente

do Supremo Tribunal Federal, e outras personalidades de hierarquia equivalente;

GrandeOficialSenadores e Deputados Federais, Ministros de Estado, Ministros do Supre-

mo Tribunal Federal, Governadores, Almirantes, Marechais, Marechais-do-Ar, Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército, Tenentes-Brigadeiros, Presidentes dos Tribunais Superiores da União, Embaixadores, e outras personalidades de hierarquia equivalente;

Comendador

Reitores de universidades, Membros dos Tribunais Superiores da União, Presidentes de Assembleias Legislativas, Vice-Almirantes, Generais-de-Divisão, Majores-Brigadeiros, Presidentes de Tribunais de Justiça dos Estados e do Dis-trito Federal, Cientistas, Enviados Extraor-dinários e Ministros Plenipotenciários, Secretários dos Governos dos Estados e do Distrito Federal, Secretários-Gerais e Diretores-Gerais de ambas as Casas do Congresso Nacional3, e outras perso-nalidades de hierarquia equivalente;

310

OficialCônsules-Gerais, Contra-Almirantes, Generais-de-Brigada, Brigadeiros-do-Ar,

Professores de universidades, Membros dos Tribunais de Justiça e de Contas dos Estados e do Distrito Federal, Deputados Estaduais, Primeiros Secretários de Embaixada ou Legação, e outras personalidades de hierarquia equivalente;

CavaleiroSegundos e Terceiros Secretários de Embaixada ou Legação, Oficiais das

Forças Armadas, Escritores, Professores, Magistrados e Membros do Ministério Público, Membros de Associações Científicas, Culturais ou Comerciais, Funcio-nários do Serviço Público, Artistas, Desportistas, Adidos Civis, e outras persona-lidades de hierarquia equivalente.

Parágrafo único. Não há limitação de vagas na Ordem.

Art.9º Os membros da Ordem só podem ser promovidos ao grau imediato quando tiverem prestado novos e relevantes serviços à Nação, e, em especial, ao Poder Legislativo do Brasil, após o interstício de 4 (quatro) anos.

CAPÍTULOVDasPropostas

Art.10. São privativas dos membros do Conselho as propostas de admissão e promoção na Ordem.

Art.11. Todas as propostas para admissão e promoção na Ordem devem con-ter o nome completo do candidato, sua nacionalidade, profissão, dados biográficos, indicação dos serviços prestados, grau proposto erelação das condecorações que possuir, além do nome do proponente.

Art.12. As propostas de admissão e promoção na Ordem devem dar entrada na Secretaria do Conselho até 15 de outubro,com vistas aos trabalhos preliminares e ao julgamento do Conselho.

CAPÍTULOVIDasNomeações

Art.13. As nomeações são feitas por ato do Grão-Mestre e do Chanceler da Ordem, depois de as respectivas propostas serem aprovadas pelo Conselho.

Art.14. Lavrado o ato de nomeação ou promoção, mandar-se-á expedir o competente diploma, que é assinado pelo Grão-Mestre e pelo Chanceler da Ordem.

CAPÍTULOVIIDaEntregadasCondecorações

Art.15. Os agraciados recebem as insígnias das mãos do Grão-Mestre ou do Chanceler, de acordo com o cerimonial estabelecido no Regimento Interno da Ordem.

CAPÍTULOVIIIDoLivrodeRegistro

Art.16. O Conselho da Ordem terá um livro de registro rubricado pelo Se-cretário, no qual são inscritos, por ordem cronológica, o nome de cada um dos membros da Ordem, a indicação do grau e os respectivos dados biográficos.

311

Art.17. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Senado Federal, 23 de novembro de 1972. – Senador Petrônio Portella – pre-sidente do senado Federal.

Publicado no DCN (Seção II) de 24/11/1972.

DECRETOLEGISLATIVONº79,DE1979dispõe sobre a designação do número de ordem

das legislaturas.

Art.1º Passa a ser designada 46a (quadragésima sexta) a legislatura iniciada em 1º de fevereiro de 1979.

Art.2º As legislaturas anteriores à prevista no artigo 1º deste Decreto Legislativo, além da designação normal, passam a ser contadas conforme a ordem numérica estabelecida na Tabela anexa.

Art.3º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.Senador Luiz Viana

presidente do senado Federal.

TABELAAqUESEREfEREOARTIGO2ºCONSTITUIÇÃODE1824ImPéRIO

1ª Legislatura: de 1826 a 18292ª Legislatura: de 1830 a 18333ª Legislatura: de 1834 a 18374ª Legislatura: de 1838 a 18415ª Legislatura: de 1842 a 18446ª Legislatura: de 1845 a 18477ª Legislatura: 18488ª Legislatura: de 1849 (15 de dezembro) a 18529ª Legislatura: de 1853 a 185610A Legislatura: de 1857 a 186011A Legislatura: de 1861 a 1863

Constituição de 1824IMPÉRIO

12ª Legislatura: de 1864 a 1866

13ª Legislatura: de 1867 a 186814ª Legislatura: de 1869 a 1872 (22 de maio)15ª Legislatura: de 1872 (21 de dezembro) a 187516ª Legislatura: de 1876 (13 de dezembro) a 1877

312

17ª Legislatura: de 1878 a 1881 (10 de janeiro)18ª Legislatura: de 1881 (13 de dezembro) a 188419ª Legislatura: 188520ª Legislatura: de 1886 a 1889

Constituição de 1891 REPúBLICA21ª Legislatura: 1889 (de março a novembro).22ª Legislatura: de 1891 a 1893.............................23ª Legislatura: de 1894 a 1896.............................24ª Legislatura: de 1897 a 1899.............................25ª Legislatura: de 1900 a 1902.............................26ª Legislatura: de 1903 a 1905.............................27ª Legislatura: de 1906 a 1908.............................28ª Legislatura: de 1909 a 1911.............................29ª Legislatura: de 1912 a 1914.............................30ª Legislatura: de 1915 a 1917.............................31ª Legislatura: de 1918 a 1920.............................32ª Legislatura: de 1921 a 1923.............................33ª Legislatura: de 1924 a 1926.............................34ª Legislatura: de 1927 a 1929.............................35ª Legislatura: 1930..............................................

NUmERAÇÃOANTIGA

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª

CONSTITUIÇÃODE1934

36ª Legislatura: da promulgação da Constituição de 1934 a 1935 37ª Legislatura: de 1935 à outorga da Constituição de 1937

NUmERAÇÃOANTIGA–1ªEúNICACONSTITUIÇÃODE1946

38ª Legislatura: de 1946 a 1950.............................39ª Legislatura: de 1951 a 1954.............................40ª Legislatura: de 1955 a 1958.............................41ª Legislatura: de 1959 a 1962.............................42ª Legislatura: de 1963 a 1966.............................

313

43ª Legislatura: de 1967 a 1970.............................44ª Legislatura: de 1971 a 1974.............................45ª Legislatura: de 1975 a 1978.............................46ª Legislatura: a partir de 1979............................

NUmERAÇÃOANTIGA

1ª2ª3ª4ª5ª6ª–DECRETOLEGISLATIVONº77,DE2002-CN

dispõe sobre o mandato dos membros do Conse-lho de Comunicação social e dá outras providências.

Art.1º O mandato dos membros do Conselho de Comunicação Social, eleitos pelo Congresso Nacional no dia 5 de junho de 2002, estender-se-á a 5 de junho do ano de 2004, permitida uma única reeleição.

Art.2º As eleições posteriores para escolha dos membros do Conselho de Co-municação Social serão relizadas, mediante votação secreta, em sessão conjunta das duas Casas do Congresso Nacional, convocada pelo seu Presidente, ouvido previamente o Presidente da Câmara dos Deputados.

Parágrafo único. No ato do convocatório da sessão a que se refere este artigo, será fixado o período do mandato dos membros do Conselho a serem eleitos, em obediência ao disposto no § 4º do art. 4º da Lei nº 8.389, de 30 de dezembro de 1991.

Art.3º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 28 de novembro de 2002.

Senador Ramez Tebetpresidente do senado Federal.

DECRETOLEGISLATIVONº1,DE2006

altera o caput e revoga o § 1º do art. 3º do decreto Legislativo nº 7, de 19 de janeiro de 1995, para ve-dar o pagamento de ajuda de custo ao parlamentar durante a sessão legislativa extraordinária.

Art.1º O caput do art. 3º do Decreto Legislativo nº 7, de 19 de janeiro de 1995, passa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 3º É devida ao parlamentar, no início e no final previstos para a sessão legislativa ordinária, ajuda de custo equivalente ao valor da remuneração, ficando vedado o seu pagamento na sessão legislativa extraordinária.§ 1º (revogado) ................................................................................... (Nr)

314

Art. 2º blicação. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Art.3ºFica revogado o § 1º do art. 3º do Decreto Legislativo nº 7, de 19 de janeiro de 1995.

Senado Federal, em 18 de janeiro de 2006.

Senador Renan Calheirospresidente do senado Federal.

DECRETONº70.274,DE9DEmARÇODE1972aprova as normas do cerimonial público e a or-

dem geral de precedência.

Art.1º São aprovadas as normas do cerimonial público e a ordem geral de predência, anexas ao presente Decreto, que se deverão observar nas solenidades oficiais realizadas na Capital da República, nos Estados, nos Territórios Federais e nas Missões diplomáticas do Brasil...........................................................................................................

DASNORmASDOCERImONIALPúBLICO..........................................................................................................

Art.25. Hasteia-se diariamente a Bandeira Nacional:..........................................................................................................

III – nas Casas do Congresso Nacional;Art.30. Hasteia-se a Bandeira Nacional em funeral nas seguintes situações:I – em todo o País, quando o Presidente da República decretar luto oficial;II – nos edifícios-sede dos Poderes Legislativos federais, estaduais ou munici-

pais, quando determinado pelos respectivos presidentes, por motivo de falecimento de um de seus membros;

Art.31. A Bandeira Nacional, em todas as apresentações no território nacional, ocupa lugar de honra, compreendido como uma posição:

I – central ou a mais próxima do centro e à direita deste, quando com outras bandeiras pavilhões ou estandartes, em linha de mastro, panóplias, escudos ou peças semelhantes;

II – destacada à frente de outras bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles;

III – à direita de tribunas, púlpitos, mesas de reunião ou de trabalho..........................................................................

CAPÍTULOIIDAPOSSEDOPRESIDENTEDAREPúBLICA

Art.37. O Presidente da República eleito, tendo a sua esquerda o Vice-Pre-sidente e, na frente, o Chefe do Gabinete Militar e o Chefe do Gabinete Civil, dirigir-se-á em carro do Estado, ao Palácio do Congresso Nacional, a fim de prestar o compromisso constitucional.

315

Art.38. Compete ao Congresso Nacional organizar e executar a cerimônia do compromisso constitucional. O Chefe do Cerimonial receberá do Presidente do Congresso esclarecimentos sobre a cerimônia, bem como a participação na mesma das Missões Especiais e do Corpo Diplomático.

DECRETONº2.243,DE3DEjUNHODE1997

dispõe sobre o regulamento de Continências, Honras, sinais de respeito e Cerimonial militar das Forças armadas.

Art.1º Fica aprovado o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Res-peito e Cerimonial Militar das Forças Armadas, que a este acompanha...........................................................................................................

REGULAmENTO..........................................................................................................

Art.109.Honras de Gala são homenagens, prestadas diretamente pela tropa, a uma alta autoridade civil ou militar, de acordo com a sua hierarquia. Consistem de:

I – Guarda de Honra;II – Escolta de Honra;III – Salvas de Gala

Art.110. Têm direito à Guarda e à Escolta de Honra: I – o Presidente da República;II – o Vice-Presidente da República;III – o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal nas sessões de aber-

tura e encerramento de seus trabalhos;..........................................................................................................

ParteVIIIRegimentoComum:DispositivosRevogados

RegimentoComumRedaçãodasDisposiçõesRevogadas

TÍTULOIDIREÇÃO,OBjETOECONVOCAÇÃO

DASSESSÕESCONjUNTAS

Art.1º ................................................................................................................IV – deliberar sobre projetos de lei de iniciativado Presidente da República, no

caso do art. 51, § 2º, da Constituição;VII – deliberar sobre decretos-leis expedidos pelo Presidente da República

(art. 55, § 1º, da Constituição);VIII – deliberar sobre impugnações do Tribunal de Contas (art. 72, § 6º, da

Constituição);

316

X – delegar à Comissão poderes para legislar em seu nome (art. 53 da Cons-tituição);

TÍTULOIIIDASCOmISSÕESmISTAS

Art.9º[...]§ 3º A fixação do calendário será feita de maneira que a discussão e votação

da matéria não atinjam os últimos 10 (dez) dias do prazo fatal de sua tramitação no Congresso Nacional.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

TÍTULOIVDAORDEmDOSTRABALHOS

CAPÍTULOIIIDASmATéRIASLEGISLATIVAS

SeçãoIDaPropostadeEmendaàConstituição

............................................................................................................................Art.72. Encaminhada ao Presidente do Senado Federal proposta de emenda

à Constituição, este convocará sessão conjunta para seu recebimento, leitura, publicação, distribuição de avulsos, designação da Comissão Mista e organização do calendário.

§ 1º Terão preferência para recebimento as propostas:a) de iniciativa do Presidente da República, quando expresso na mensagem

presidencial; eb) de iniciativa de parlamentar, quando subscritas por dois terços dos membros

de cada uma das Casas do Congresso Nacional ou a requerimento de todas as lideranças partidárias de ambas as Casas do Congresso Nacional.

§ 2º O prazo de que trata o art. 48 da Constituição começará a correr da data da sessão de recebimento da proposta.

Art. 73. Na sessão a que se refere o artigo anterior, o Presidente poderá rejeitar, liminarmente, a proposta que não atenda ao disposto no art. 47, §§ 1º a3º, da Constituição.

Art.74. A partir de sua constituição, a Comissão terá o prazo de 30 (trinta) dias para emitir parecer sobre a proposta.

Art.75. Perante a Comissão, poderão ser apresentadas emendas, com a as-sinatura, no mínimo, de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

Art.76. O parecer da Comissão restringir-se-á, exclusivamente, ao exame da proposta e das emendas apresentadas na forma do artigo anterior.

317

Art.77. A proposta será submetida a dois turnos de discussão e votação, com interstício máximo de 10 (dez) dias entre um turno e outro, iniciando-se o primeiro até 35 (trinta e cinco) dias após sua leitura.

Art.78. Encerrada a discussão, passar-se-á à votação da proposta, conce-dendo-se a palavra aos inscritos para o seu encaminhamento.

Art.79. A proposta terá preferência para votação, salvo deliberação do Ple-nário, mediante requerimento de Líder.

Art.80. Os votos serão tomados pelo processo nominal.Art.81. Aprovada em primeiro turno, a proposta voltará à Comissão Mista,

que terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para elaborar a redação para o segundo turno.

Parágrafo único. Será dispensada a redação se a proposta for aprovada sem emendas.

Art.82. Na discussão, em segundo turno, a palavra será concedida, prefe-rencialmente, aos congressistas que não tiverem discutido a proposta no turno inicial, vedada a apresentação de novas emendas.

Art. 83. Será aprovada a proposta que obtiver, nos dois turnos, 2/3 (dois terços) dos votos dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Art. 84. Considerar-se-á prejudicada a proposta senão se completara sua apreciação no prazo de 60 (sessenta) dias fixado no art. 48 da Constituição.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

Art.85[...]Parágrafo único. A sessão para a promulgação será convocada para data que

não exceda o prazo fixado para a tramitação da proposta.

SeçãoIIDoProjetodeLeideIniciativado

PresidentedaRepública

Art.86. A mensagem do Presidente da República encaminhando projeto de lei para tramitação nos termos do art. 51, § 2º, da Constituição será recebida em sessão conjunta convocada especialmente para esse fim e a realizar-se no prazo de 72 (setenta e duas) horas a partir de sua entrega ao Presidente do Senado.

§ 1º Na sessão de que trata este artigo, o projeto será lido, publicado e distri-buído em avulsos, sendo designada a respectiva Comissão Mista e organizado o calendário para a sua tramitação.

§ 2º Não havendo deliberação do Congresso Nacional, no prazo estipulado no § 2º do art. 51 da Constituição, será considerado aprovado o projeto.

Art.87. Tratando-se de projeto de lei complementar, estará ele prejudicado se esgotado o prazo do § 2º do artigo anterior, sem deliberação.

Art.88. O prazo destinado aos trabalhos da Comissão Mista será de até 20 (vinte) dias, a partir da designação de seus membros.

Parágrafo único. Em se tratando de projetos de lei mencionados no art. 65 da Constituição Federal, será final o pronunciamento da Comissão, salvo se 1/3 (um terço) dos membros da Câmara respectiva pedir ao Presidente a votação em Ple-nário, que se fará sem discussão, de emenda aprovada ou rejeitada na Comissão.

318

DISPOSITIVOSREVOGADOS

SeçãoIIIDoProjetodeLeiOrçamentária

Art.90. [...]§ 1º A Comissão Mista será constituída até a primeira quinzena do mês de

junho, integrada por 45 (quarenta e cinco) Deputados e 15 (quinze) Senadores, e Suplentes, em número de um terço de sua composição, indicados pelas respec-tivas lideranças, obedecida a proporcionalidade partidária.

Art. 91. Além do Presidente e do Vice-Presidente, a Comissão terá tantos Relatores e Relatores-Substitutos quantos o seu Presidente entender necessários para as partes e anexos do projeto.

§ 1º A critério da Presidência, poderá ser designado um Relator-Geral, que coordenará o trabalho dos demais Relatores.

§ 2º Na escolha do Presidente, do Vice-Presidente e dos Relatores será obe-decido um sistema de rodízio entre os representantes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Art.92. Cada anexo ou subanexo será tratado como projeto autônomo, man-tendo-se, entretanto, em cada caso, o número do projeto integral, acrescido do número de ordem do anexo respectivo.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à redação final.Art.94. Perante a Comissão, poderão ser oferecidas emendas ao projeto no

prazo de 20 (vinte) dias a contar da distribuição dos avulsos.§ 1º O pronunciamento da Comissão sobre as emendas será conclusivo e final,

salvo se 1/3 (um terço) dos membros da Câmara dos Deputados mais 1/3 (um terço) dos membros do Senado Federal requererem a votação, em Plenário, de emenda por ela aprovada ou rejeitada (Constituição, art. 66, § 3º).

§ 2º Não será aceita emenda da qual decorra aumento de despesa.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

§ 3º Na votação das emendas obedecer-se-á ao disposto no § 1º do art. 65 da Constituição.

§ 4º Nos 20 (vinte) dias seguintes ao encerramento do prazo para apresentação de emendas, a Comissão deverá apresentar o seu parecer.

Art.95. Dentro em 3 (três) dias de sua instalação, a Comissão elaborará e fará publicaras normas para o oferecimento de emendas e disciplina de seus trabalhos, obedecidas as disposições anteriores e ainda:

I – nenhum dos membros da Comissão poderá falar mais de 5 (cinco) minutos, prorrogáveis por mais 5 (cinco), sobre emenda, salvo o Relator, que falará por último, podendo fazê-lo pelo dobro do prazo;

II – se algum Congressista pretender esclarecer a Comissão sobre qualquer emenda de sua autoria, poderá falar pelo prazo improrrogável de 5 (cinco) minutos;

III – acritériodo Presidente, faltando 3 (três)dias ou menos, parao término do prazo para apresentação do parecer, o projeto e as emendas poderão ser aprecia-das, na Comissão, sem discussão ou encaminhamento;

IV – não se concederá vista de parecer, projeto ou emenda;V – as emendas inadmitidas, com a respectiva decisão, serão publicadas sepa-

radamente das aceitas; da decisão caberá recurso de seu autor para a Comissão;

319

VI – serão publicadas, em avulsos, as emendas aprovadas ou rejeitadas com os respectivos pareceres; e

VII – na Comissão, serão votadas, em grupos, as emendas, conforme tenham parecer favorável ou contrário do Relator, ressalvados os destaques.

Art.96. As publicações de que trata o artigo anterior serão feitas nos 5 (cinco) dias seguintes à apresentação do parecer pela Comissão.

Art.97. Distribuídos os avulsos do parecer e das emendas, abrir-se-á o prazo de 5 (cinco) dias para apresentação ao Presidente do Senado do requerimento previsto no § 3º do art. 66 da Constituição.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

Parágrafo único. Será feita a publicação, em avulsos, das emendas pendentes de votação em Plenário.

Art.98. Findo o prazo estabelecido no artigo anterior, será convocada sessão conjunta, a realizar-se, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas depois, destinada à apreciação da matéria.

Art.101. Encerrada a votação do projeto, a Comissão terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar a sua redação final.

Parágrafo único. A redação final, que independe de discussão, será votada em sessão conjunta, convocada para 48 (quarenta e oito) horas depois de publicada em avulsos.

SeçãoIVDoVeto

Art.107. Na deliberação do Congresso sobre o veto, será objeto de votação a matéria vetada, considerando-se aprovado o projeto ou dispositivo que obtiver o voto de 2/3 (dois terços) dos membros de cada uma das Casas, em votação pública.

Art.108. Não serão objeto de deliberação do Congresso os vetos referentes aos projetos de lei mencionados no art. 42, V, da Constituição, quando a apreciação será privativa do Senado.

SeçãoVDosDecretos-Leis

Art.109. Dentro em 5 (cinco) dias da publicação do texto de Decreto-Lei ex-pedido pelo Presidente da República, na forma do art. 55 da Constituição Federal, o Congresso Nacional deverá realizar sessão conjunta destinada à leitura da matéria e constituição da Comissão Mista para emitir parecer sobre a mesma.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

Art.110. O parecer deverá ser proferido no prazo de 20 (vinte) dias, a contar da designação dos membros da Comissão, e concluirá pela apresentação de projeto de decreto legislativo aprovando ou rejeitando o Decreto-Lei.

Art.111. Com o parecer da Comissão, ou sem ele, o Decreto-Lei será submetido à deliberação do Plenário em sessão conjunta, convocada até 40 (quarenta) dias após a sessão destinada à leitura da matéria.

Art.112.O decreto legislativo será promulgado pelo Presidente do Senado.

320

SeçãoVI DasImpugnaçõesdoTribunaldeContas

Art.113. No caso previsto no art. 72, § 6º, da Constituição, recebida a solici-tação do Tribunal de Contas, o Presidente do Senado convocará sessãoconjunta, a realizar-se dentro de 72 (setenta e duas) horas, na qual será designada a Co-missão Mista para emitir parecer sobre a matéria e fixado o calendário para sua tramitação.

Parágrafo único. A Comissão terá o prazo de 10 (dez) dias para emitir parecer, que deverá concluir pela apresentação de projeto de resolução, sustando a exe-cução do contrato, considerando insub-sistente a impugnação, ou determinando providências necessárias ao resguardo dos objetivos legais, o qual será apreciado em sessão conjunta.

Art.114. Encerrada a discussão com emendas, a matéria voltará à Comissão Mista que terá o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para examiná-la.

DISPOSITIVOSREVOGADOS

Art.115. Publicado o parecer sobre as emendas e distribuídos os avulsos, será convocada sessão conjunta destinada à votação da matéria.

SeçãoVIIIDaDelegaçãoLegislativa

Art. 126. No caso de delegação à Comissão Mista Especial, não estando determinada, na resolução, a votação do projeto pelo Plenário, ou se, no prazo de 10 (dez) dias de sua publicação, a maioria da Comissão ou 1/5 (um quinto) da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal não requerer a votação, o projeto será enviado ao Presidente da República, para sanção.

TÍTULOVIDASDISPOSIÇÕESCOmUNSSOBREO

PROCESSOLEGISLATIVO

CAPÍTULOIIDasDisposiçõesSobrematérias

ComTramitaçãoemPrazoDeterminado

Art.141. Recebido o projeto de lei, de iniciativa do Presidente da República, com tramitação em prazo determinado, a Câmara dos Deputados terá 45 (quarenta e cinco) dias para apreciá-lo, findos os quais, sem deliberação, será o texto tido como aprovado naquela Casa.

Parágrafo único. O Senado terá o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para revisão da matéria, que será feita:

DISPOSITIVOSREVOGADOS

a) no texto aprovado pela Câmara dos Deputados se os autógra-fos respectivos chegarem ao Senado até 46 (quarenta e seis) dias contados do recebimento da mensagem presidencial, encaminhando o projeto; e

321

b) no texto originário do Executivo, se esgotado, sem deliberação da Câma-ra, o prazo previsto no caput deste artigo, sendo, neste caso, o fato comunicado àquela Casa.

RESOLUÇÃONº2,DE2008-CNModifica o art. 4º da Resolução nº 1, de 1970‑

CN – regimento Comum do Congresso Nacional.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Regi-mento Comum, promulgo a seguinte.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º O art. 4º da Resolução nº 1, de 1970-CN – Regimento Comum do Congresso Nacional, passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 3º e 4º, 5º e 6º, renumerando-se o atual § 3º como § 7º:

Art. 4º [...]§ 3º Os líderes dos partidos que elegerem as duas maiores bancadas no Senado Federal e na Câmara dos Deputados e que expressarem, em rela-ção ao governo, posição diversa da maioria, indicarão Congressistas para exercer a função de Líder da Minoria no Congresso Nacional.§ 4º A escolha do Líder da Minoria no Congresso Nacional será anual e se fará de forma alternada entre Senadores e Deputados Federais, de acordo com o § 3º.§ 5º O Líder da Minoria poderá indicar cinco vice-líderes dentre os integrantes das representações partidárias que integrem a Minoria no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.§ 6º Para efeito desta Resolução, entende-se por Maioria e Minoria o disposto nos arts. 65, §§ 1º e 2º, do Regimento Interno do Senado Federal, e 13 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.§ 7º (Atual parágrafo 3º)

Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Senado Federal, em 18 de abril de 2008.

SENADOR GARIBALDI ALVES FILHOPresidente do Senado Federal

RESOLUÇÃONº1,DE2008-CNaltera a redação do § 2º do art. 4º da resolução

nº 1, de 1970-CN (regimento Comum), para ampliar o numero de vice-líderes do governo no Congresso Nacional .

O Congresso Nacional resolve:Art.1º O § 2º do art. 4º do Regimento comum passa a vigorar com a seguinte

redação;Art.4º ...............................................................................................................

322

§ 2º O líder do governo poderá indicar até 5 (cinco) vice lideres, dentre os inte-grantes das representações partidárias que apóiem o governo.

.................................................................................................................... (Nr)Art.2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 28 de fevereiro de 2008.

SENADOR GARIBALDI ALVES FILHOpresidente do senado Federal

RESOLUÇÃONº4,DE2008-CNCria, no âmbito do Congresso Nacional, Co-

missão mista permanente sobre mudanças Climá-ticas – CmmC.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Re-gimento Comum, promulgo a seguinte

O Congresso Nacional resolve:

CAPÍTULOIDisposiçõesPreliminares

Art.1º Esta Resolução é parte integrante do Regimento Comum e dispõe sobre a criação, no âmbito do Congresso Nacional, da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas – CMMC, destinada a acompanhar, monitorar e fiscalizar, de modo contínuo, as ações referentes às mudanças climáticas no Brasil.

CAPÍTULOIIComposiçãoeInstalação

Art.2º A CMMC será composta por onze Deputados e onze Senadores, e igual número de Suplentes.

Art.3º Na primeira quinzena do mês de fevereiro de cada sessão legislativa, a Mesa do Congresso Nacional fixará as representações dos partidos e blocos parlamentares na CMMC, observado o critério da proporcionalidade partidária em ambas as Casas Legislativas.

§ 1º Aplicado o critério do caput e verificada a existência de vagas, essas serão destinadas aos partidos ou blocos parlamentares, levando-se em conta as frações do quociente partidário, da maior para a menor.

§ 2º Aplicado o critério do § 1º, as vagas que eventualmente sobrarem serão distribuídas, preferencialmente, às bancadas ainda não representadas na CMMC, segundo a precedência no cálculo da proporcionalidade partidária.

§ 3º Os Parlamentares serão indicados pelos partidos políticos aos quais couber a vaga, para um período de dois anos, com direito a uma única recondução, caso a vaga permaneça com o partido político para o próximo período de dois anos.

§ 4º A proporcionalidade partidária estabelecida na forma deste artigo preva-lecerá por toda a sessão legislativa.

323

Art.4ºFixada a representação prevista no art. 3º, os Líderes entregarão à Mesa, nos dois dias úteis subsequentes, as indicações dos titulares da CMMC e, em ordem numérica, as dos respectivos suplentes.

§ 1º Recebidas as indicações, o Presidente fará a designação dos membros da comissão.

§ 2º Esgotado o prazo referido no caput e não havendo indicação pelos Líderes, as vagas não preenchidas por partido ou bloco parlamentar serão ocupadas pelos Parlamentares mais idosos, dentre os de maior número de legislaturas, mediante publicação da secretaria da CMMC.

Art.5º A instalação da CMMC e a eleição da respectiva Mesa ocorrerão até a última quinta-feira do mês de fevereiro de cada ano, data em que se encerra o mandato dos membros da Mesa anterior.

CAPÍTULOIIIDireçãodosTrabalhos

SeçãoIPresidência,Vice-PresidênciaeRelatoria

Art.6º A CMMC terá um Presidente, um Vice-Presidente e um Relator, eleitos por seus pares, com mandato anual, encerrando-se na última quinta-feira do mês de fevereiro do ano seguinte, vedada a reeleição.

Art.7º As funções de Presidente e Vice-Presidente serão exercidas, a cada ano, alternadamente, por representantes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados.

§ 1º A primeira eleição, no início de cada legislatura, para Presidente recairá em representantes do Senado Federal e, para Vice-Presidente, em representante da Câmara dos Deputados.

§ 2º O Suplente da CMMC não poderá ser eleito para as funções previstas neste artigo.

Art.8º O Presidente, nos seus impedimentos ou ausências, será substituído pelo Vice-Presidente e, na ausência deste, pelo membro titular mais idoso da CMMC, dentre os de maior número de legislaturas.

Parágrafo único. Se vagar o cargo de Presidente ou de Vice-Presidente, reali-zar-se-á nova eleição para escolha do sucessor, que deverá recair em representante da mesma Casa, salvo se faltarem menos de 3 (três) meses para o término do mandato, caso em que será provido na forma indicada no caput.

Art.9º O Relator será escolhido entre os representantes da Casa Legislativa a que pertencer o Vice-Presidente.

Parágrafo único. O Relator apresentará, até o fim da sessão legislativa em que for eleito, relatório anual das atividades desenvolvidas.

SeçãoIICompetênciasdaPresidência

Art.10. Ao Presidente de CMMC compete:I – ordenar e dirigir os trabalhos da comissão;II – designar, dentre os componentes da comissão, os membros das subcomis-

sões e fixar a sua composição;III – resolver as questões de ordem;

324

IV – ser o elemento de comunicação da Comissão com a Mesa do Congresso Nacional, com as outras Comissões e suas respectivas Subcomissões e com os Líderes;

V – convocar reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento de qualquer de seus membros, aprovado pela comissão;

VI – promover a publicação das atas das reuniões no Diário do Congresso Nacional;

VII – solicitar, em virtude de deliberação da comissão, os serviços de funcionários técnicos para estudo de determinado trabalho, sem prejuízo das suas atividades nas repartições a que pertençam;

VIII – convidar, para o mesmo fim e na forma do inciso VII, técnicos ou espe-cialistas particulares e representantes de entidades ou associações científicas;

IX – desempatar as votações quando ostensivas;X – distribuir matérias às subcomissões;XI – assinar o expediente da comissão.

CAPÍTULOIVCompetênciasdaCmmC

Art.11. À CMMC compete acompanhar, monitorar e fiscalizar, de modo con-tínuo, as ações referentes às mudanças climáticas no Brasil, em especial sobre:

I – política e plano nacional de mudanças climáticas;II – mitigação das mudanças do clima;III – adaptação aos efeitos das mudanças climáticas;IV – sustentabilidade da matriz elétrica, geração de eletricidade por fontes

renováveis e cogeração;V – consumo de combustíveis fósseis e renováveis;VI – análise de serviços ambientais;VII – ocupação ordenada do solo;VIII – gerenciamento adequado de resíduos sólidos;IX – emissões de gases de efeito estufa por atividades industriais, agropecuárias

e do setor de serviços;X – políticas nacionais e regionais de desenvolvimento sustentável;XI – outros assuntos correlatos.Parágrafo único. No exercício de suas competências, a CMMC desempenhará

apenas funções fiscalizatórias.

CAPÍTULOVRegrasSubsidiárias

Art.12. Aplicam-se aos trabalhos da CMMC, subsidiariamente, no que couber, as regras previstas no Regimento Comum do Congresso Nacional, relativas ao funcionamento das Comissões Mistas Permanentes do Congresso Nacional.

§ 1º No caso de ser suscitado conflito entre as regras gerais, previstas no Regimento Comum, e norma específica da CMMC, prevista nesta Resolução, de-cidirá o conflito suscitado o Presidente da CMMC, dando prevalência, na decisão, à interpretação que assegure máxima efetividade à norma específica.

§ 2º Da decisão do Presidente caberá recurso ao Plenário do Congresso Nacio-nal, por qualquer dos membros da CMMC, no prazo de cinco sessões ordinárias.

325

§ 3º Interposto o recurso a que se refere o § 2º, antes dele ser incluído na Pau-ta da Ordem do Dia do Congresso Nacional, deverá o Presidente do Congresso Nacional encaminhar consulta à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal, para que esta se manifeste previamente sobre a matéria.

§ 4º Incluído na pauta, o recurso será discutido e votado em turno único.

CAPÍTULOVIDisposiçõesfinais

Art.13. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal adaptarão seus regi-mentos internos às disposições desta Resolução, promovendo as adequações necessárias no campo temático de suas Comissões Permanentes, em função das competências atribuídas à CMMC.

Art.14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, em 30 de dezembro de 2008.

SENADOR GARIBALDI ALVES FILHOpresidente do senado Federal

EXERCÍCIOSjulgue os itens seguintes.1. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa pela

Câmara dos Deputados, reunir-se-ão em sessão conjunta para inaugurar a sessão legislativa.

2. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em sessão conjunta para dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República.

3. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, reunir-se-ão, ainda, em sessão conjunta para promulgar emendas à Constituição.

4. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para discutir e votar o orçamento, bem como para conhecer de matéria vetada e sobre ela deliberar.

5. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para delegar ao Presidente da República poderes para legislar

6. ( ) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, sob a direção da Mesa deste, reunir-se-ão em sessão conjunta para elaborar ou reformar o Regimento Interno de cada uma das Casas.

7. ( ) Por proposta das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Fede-ral, poderão ser realizadas sessões destinadas a homenagear Chefes de Estados estrangeiros e comemorativas de datas nacionais.

8. ( ) As sessões conjuntas das Casas realizar-se-ão no Plenário da Câmara dos Deputados, salvo escolha prévia de outro local devidamente anunciado.

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9. ( ) São reconhecidas as lideranças das representações partidárias em cada Casa, constituídas na forma dos respectivos regimentos.

10. ( ) O Presidente da República poderá indicar Congressista para exercer a função de líder do governo, com as prerrogativas constantes no Regimento Comum do Congresso Nacional.

11. ( ) O líder do governo poderá indicar o vice-lider dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo.

12. ( ) Aos Líderes, além de outras atribuições regimentais, compete a indicação dos representantes de seu Partido nas Comissões.

13. ( ) Ao Líder é lícito usar da palavra, uma única vez, em qualquer fase da sessão, pelo prazo máximo de 15 (quinze) minutos, para comunicação urgente.

14. ( ) Ausente ou impedido o Líder, as suas atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder.

15. ( ) Os membros das Comissões Mistas do Congresso Nacional serão desig-nados pelos líderes.

16. ( ) As Comissões Mistas compor-se-ão de 11 (onze) Senadores e 11 (onze) De-putados, obedecido o critério da proporcionalidade partidária, incluindo-se sempre um representante da Minoria, se a proporcionalidade não lhe der representação.

17. ( ) As Comissões Mistas reunir-se-ão dentro de 48 (quarenta e oito) horas de sua constituição, sob a presidência do mais idoso de seus componentes, para a eleição do Presidente e do Vice-Presidente, sendo, em seguida, designado, pelo Presidente eleito, um funcionário do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados para secretariá-la.

18. ( ) Ao Presidente da Comissão Mista compete designar o Relator da matéria sujeita ao seu exame.

19. ( ) O número de membros das comissões mistas estabelecido no Regimento Comum do Congresso Nacional, nas resoluções que o integram e no respectivo ato de criação é acrescido de mais uma vaga na composição destinada a cada uma das Casas do Congresso Nacional, que será pre-enchida em rodízio, exclusivamente, pelas bancadas minoritárias que não alcancem, no cálculo da proporcionalidade partidária, número suficiente para participarem das referidas comissões.

20. ( ) As Comissões Mistas Especiais, criadas por determinação constitucional, poderão ter membros suplentes, Deputados e Senadores, por designação do Presidente do Senado Federal, em qualquer número.

21. ( ) Perante a Comissão, no prazo de 8 (oito) dias a partir de sua instalação, o Congressista poderá apresentar emendas que deverão, em seguida, ser despachadas pelo Presidente.

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22. ( ) Apresentado o parecer, qualquer membro da Comissão Mista poderá discuti-lo pelo prazo máximo de 15 (quinze) minutos, uma única vez, per-mitido ao Relator usar da palavra, em último lugar, pelo prazo de 30 (trinta) minutos.

23. ( ) A Comissão Mista deliberará por maioria absoluta de votos, presente a maioria de seus membros, tendo o Presidente somente voto de desempate.

24. ( ) O parecer da Comissão deverá ser publicado no Diário Oficial da União e em avulsos destinados à distribuição aos Congressistas.

25. ( ) A sessão conjunta terá a duração de 4 (quatro) horas. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada uma votação, esta será ultimada independentemente de pedido de prorrogação.

26. ( ) Ouvido o Plenário, o prazo de duração da sessão poderá ser prorrogado: a) por proposta do Presidente; b) a requerimento de qualquer Congressista.

27. ( ) A sessão poderá ser levantada, a qualquer momento, por motivo de fale-cimento de Congressista ou de Chefe de um dos Poderes da República.

28. ( ) No recinto das sessões, somente serão admitidos os Congressistas, funcio-nários em serviço no plenário e, na bancada respectiva, os representantes da imprensa credenciados junto ao Poder Legislativo.

29. ( ) À hora do início da sessão, o Presidente e os demais membros da Mesa ocuparão os respectivos lugares; havendo número regimental, será anunciada a abertura dos trabalhos. Não havendo número, o Presidente aguardará, pelo prazo máximo de 30 (trinta) minutos, a complementação do quorum; decorrido o prazo e persistindo a falta de número, a sessão não se realizará.

30. ( ) A apreciação das matérias será feita em dois turnos de discussão e votação.

31. ( ) A discussão da proposição principal, das emendas e subemendas será feita separadamente.

32. ( ) Na votação pelo processo simbólico, os Congressistas que aprovarem a matéria deverão permanecer sentados, levantando-se os que votarem pela rejeição. O pronunciamento dos Líderes representará o voto de seus liderados presentes, permitida a declaração de voto.

33. ( ) Presente à sessão, o Congressista somente poderá deixar de votar em assunto de interesse pessoal, devendo comunicar à Mesa seu impedimento, computado seu comparecimento para efeito de quorum.

34. ( ) Nas sessões solenes, integrarão a Mesa o Presidente da Câmara e, mediante convite, o Presidente do Supremo Tribunal Federal. No recinto serão reservados lugares às altas autoridades civis, militares, eclesiásticas e diplomáticas, especialmente convidadas.

328

35. ( ) Nas sessões solenes, somente poderão usar da palavra um Senador e um Deputado, obrigatoriamente de partidos diferentes, e previamente designados pelas respectivas Câmaras.

36. ( ) Na inauguração de sessão legislativa e na posse do Presidente e do Vice-Presidente da República, não haverá oradores.

37. ( ) Na inauguração de sessão legislativa, uma vez composta a Mesa e decla-rada aberta a sessão, o Presidente proclamará inaugurados os trabalhos do Congresso Nacional e anunciará a presença, na Casa, do enviado do Presidente da República, portador da Mensagem, determinando seja ele conduzido até a Mesa, pelos Diretores das Secretarias do Senado e da Câmara dos Deputados, sem atravessar o plenário.

38. ( ) Na posse do Presidente e do Vice-Presidente da República, aberta a sessão, o Presidente designará 5 (cinco) Senadores e 5 (cinco) Deputados para comporem a comissão incumbida de receber os empossandos à entrada principal e conduzi-los ao Salão de Honra, suspendendo-a em seguida. Reaberta a sessão, o Presidente e o Vice-Presidente eleitos serão intro-duzidos no plenário, pela mesma comissão anteriormente designada, indo ocupar os lugares, respectivamente, à direita e à esquerda do Presidente da Mesa.

39. ( ) Na sessão de recepção a Chefe de Estado Estrangeiro, aberta a sessão, o Presidente designará 3 (três) Senadores e 3 (três) Deputados para comporem a comissão incumbida de receber o visitante à entrada princi-pal e conduzi-lo ao Salão de Honra, suspendendo, em seguida, a sessão. Reaberta a sessão, o Chefe de Estado será introduzido no plenário pela comissão anteriormente designada, indo ocupar na Mesa o lugar à direita do Presidente.

40 ( ) A Mensagem do Presidente da República encaminhando projeto de lei orçamentária será recebida e lida em sessão conjunta, especialmente convocada para esse fim, a realizar-se dentro de 48 (quarenta e oito) horas de sua entrega ao Presidente do Senado.

41. ( ) O projeto de lei orçamentária será apreciado por uma Comissão Mista que contará com a colaboração das Comissões Permanentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

42. ( ) Comunicado o veto ao Presidente do Senado, este convocará sessão conjunta, a realizar-se dentro de 72 (setenta e duas) horas, para dar conhe-cimento da matéria ao Congresso Nacional, designação da Comissão Mista que deverá relatá-lo e estabelecimento do calendário de sua tramitação.

43. ( ) O Congresso Nacional não poderá delegar poderes para elaboração legis-lativa ao Presidente da República.

329

44. ( ) Não poderão ser objeto de delegação os atos da competência exclusiva do Congresso Nacional e os da competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal nem a legislação sobre organização dos juízos e tribunais e as garantias da magistratura, dentre outras.

45. ( ) Não poderão ser objeto de delegação os atos da competência exclusiva do Congresso Nacional e os da competência privativa da Câmara dos Depu-tados ou do Senado Federal nem a nacionalidade, a cidadania, os direitos públicos e o direito eleitoral, dentre outros.

46. ( ) Não poderão ser objeto de delegação os atos da competência exclusiva do Congresso Nacional e os da competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal nem o sistema monetário, dentre outros.

47. ( ) A delegação não poderá ser solicitada pelo Presidente da República.

48. ( ) As leis delegadas, elaboradas pelo Presidente da República, irão à promul-gação, salvo se a resolução do Congresso Nacional houver determinado a votação do projeto pelo Plenário.

49. ( ) O Regimento Comum poderá ser modificado por projeto de resolução de iniciativa: a) das Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados; e b) de, no mínimo, 100 (cem) subscritores, sendo 20 (vinte) Senadores e 80 (oitenta) Deputados.

50. ( ) Constituirá questão de ordem, suscitável em qualquer fase da sessão, pelo prazo de 5 (cinco) minutos, toda dúvida sobre a interpretação deste Regimento, na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição.

51. ( ) A questão de ordem deve ser objetiva, indicar o dispositivo regimental em que se baseia, referir-se a caso concreto relacionado com a matéria tratada na ocasião, não podendo versar tese de natureza doutrinária ou especulativa.

52. ( ) É irrecorrível a decisão da Presidência em questão de ordem, salvo se estiver relacionada com dispositivo constitucional.

53. ( ) Nenhum Congressista poderá renovar, na mesma sessão, questão de ordem resolvida pela Presidência.

54. ( ) Durante as sessões conjuntas, as galerias serão franqueadas ao público, não se admitindo dos espectadores qualquer manifestação de apoio ou reprovação ao que ocorrer em plenário ou a prática de atos que possam perturbar os trabalhos.

55. ( ) As despesas com o funcionamento das sessões conjuntas, bem como das Comissões Mistas, serão atendidas pela dotação própria do Senado Federal, exceto no que se refere às despesas com pessoal, que serão custeadas pela Casa respectiva.

330

GABARITO

1. E2. C3. C4. C5. C6. E7. C8. C9. C

10. C11. E12. C

13. E14. C15. E16. C17. C18. C19. C20. E21. C22. C23. E24. E

25. C26. C27. C28. C29. C30. E31. E32. C33. C34. C35. E36. C

37. C38. C39. C40. C41. C42. C43. E44. C45. C46. C47. E48. C

49. C50. C51. C52. C53. C54. C55. C

ANOTAÇÕES: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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