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Comentário da lição!
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SENHOR DO SÁBADO Comentário da lição da Escola Sabatina
Verso: “O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por
causa do sábado; de sorte que o Filho do homem é senhor do sábado” (Mc.
2:28).
Há uma promessa especial que é trazida na guarda do sábado, que encontramos
em Isaías 58:13 e 14. Lá é nos dito que Deus nos fará “cavalgar sobre as alturas
da terra” e nos sustentará com a herança de Jacó.
Note que a expressão “cavalgar sobre as alturas da terra” só aparece duas
vezes na Bíblia; uma é aqui e a outra é em Deuteronômio 32:13. Perguntei ao
pastor Jefferson Castilho (departamental da Associação Paulista do Vale) o que
significa tal expressão, tão incomum, de uma certa curiosidade, já que aparece
somente duas vezes na Bíblia. A resposta é a seguinte: “Em relação às
passagens, tanto uma quanto a outra são promessas de Deus ao Seu povo. De
acordo com o Dr. S. J. Schwantes (O Profeta do Evangelho, pág.155),
contextualmente, é um recado de Deus dizendo que a religião, bem
compreendida, será uma experiência exaltante. Levará a uma comunhão
prazenteira com Deus. Nesta comunhão o crente se sentirá tão feliz como se
estivesse cavalgando sobre os altos da terra, muito acima das mesquinharias e
perplexidades desta existência.
De acordo com o Dicionário Bíblico da Bíblia de Estudo Palavras Chave, na pág.
1558, a palavra "altos" é "bamah" (hebraico). Ela vem de uma raiz em desusada,
significando elevação: altura, lugar alto. Ela pode se referir às montanhas”.
Em Gênesis 2:1-3 encontramos que, na criação, Deus declarou que tudo que Ele
tinha feito era bom, muito bom ou excelente, mas somente o sábado foi
descrito como “santo”. Assim, essa “é uma mudança radical em relação ao
pensamento religioso habitual. A mente voltada aos mitos esperaria que, depois
do estabelecimento dos céus e da Terra, Deus criasse um lugar sagrado – um
monte sagrado ou um manancial santo – sobre o qual um santuário fosse
estabelecido. No entanto, para a Bíblia, parece que o sábado e a santidade no
tempo vieram em primeiro lugar” (Abraham Joshua Heschel, O Sábado, 2005, p.
9).
Entre os Dez Mandamentos, o quarto é o único em vários aspectos (Ex. 20:8-11).
É o mais longo e mais detalhado dos mandamentos. Como muitos têm
comentado, é o mandamento que de maneira mais evidente faz a ligação entre
nosso relacionamento com Deus e nosso relacionamento com os outros. Como
naquele pronunciamento na criação, Deus deu atenção especial e específica ao
sábado, até mesmo acima de Suas outras criaturas e de Suas outras leis.
Ao examinar os Dez Mandamentos, a natureza única do quarto mandamento às
vezes tem sido razão para sugerir que ele realmente não pertence à lista, que é
uma peculiaridade que realmente não faz parte da essência do código moral e
por isso não é aplicável, senão para o povo a quem essa lei foi apresentada. Por
outro lado, outros olham para os Dez Mandamentos e veem o mandamento do
sábado como o mais pessoal e profundo dos mandamentos, um convite para
que Seu povo tenha um tempo de “deleite” (Is. 58:13) com Deus. Mais do que
qualquer outro, o quarto mandamento diz: “Esta não é uma lista de regras – por
mais importantes que elas sejam – mas um CONVITE para um
RELACIONAMENTO, uma aliança com Deus, seu criador e redentor”.
Jesus viveu como judeu fiel. Ele frequentou o templo nas ocasiões de festas e
tinha o hábito de ir regularmente à sinagoga (Mc. 1:21; Lc. 4:16). Mas, por Suas
ações, Ele desafiou a tradição que acreditava que o sábado fosse simplesmente
uma questão de obedecer às leis. Ele disse que o sábado não era apenas mais
uma regra; ao contrário, era um presente para a humanidade (Mc. 2:27, 28). Por
ter escolhido curar pessoas nesse dia, Ele demonstrou que o sábado não é um
dia apenas para nós, mas um dia para estender a mão e ajudar a levantar os
outros, a fim de que eles também se beneficiem da divina dádiva do sábado.
Fiquemos com um pensamento da lição de sexta-feira: “Deveria Deus impedir o
Sol de cumprir sua missão no sábado, deter seus fecundos raios de aquecer a
Terra e nutrir a vegetação? Deveriam os sistemas planetários ficar imóveis
durante aquele santo dia? Ordenaria às fontes que se abstivessem de regar os
campos e as florestas, mandaria às ondas do mar que detivessem seu
incessante fluir e refluir? Deveriam o trigo e o milho deixar de crescer, e o cacho
adiar seu belo colorido ao maturar? Não hão de as árvores florescer, nem
desabrochar as flores no sábado? (...) Deve-se atender às necessidades da vida,
cuidar dos doentes, suprir as faltas dos necessitados. Não será tido por inocente
o que negligenciar aliviar o sofrimento no sábado. ... Deus não deseja que Suas
criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro
dia qualquer” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 206/207).