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Sensaçao e Percepçao

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Page 1: Sensaçao e Percepçao

Instituto Estadual Coronel Genuíno SampaioNomes: Bruno Bloss (04), Eduardo Von Steeg (12), Maria Pinheiro Dias (22), Mateus Zambelli (23) e Mateus Molter (24.Turma: 2312; Disciplina: Filosofia; Professor: Daniel

Sensação e Percepção

A sensação e a percepção são etapas muito complexas da filosofia. Por ser um assunto muito amplo alcançam os mais diferentes tipos de opiniões e idéias. Por isso explicaremos separadamente cada uma (sensação e percepção) e depois explicaremos a opiniões divergentes, entre, empiristas, intelectualistas e algumas opiniões mais recentes.

Sensação: A sensação está ligada diretamente com situações externas e internas imediatas. Na sensação sentimos cheiros, sentimos diferentes toques e etc. Porém não dizemos que sentimos o quente, que vimos o azul e engolimos o amargo; usamos essas sensações para definirmos algo, como: “O café está quente”, “O céu é azul”, ou ainda “Esta comida está amarga”. E é por isso que se acredita que a sensação só é sentida através de percepções, ou seja, produções de sensações.

Percepção: A percepção não pode ser tida apenas como um conjunto de sensações, pois ela está relacionada com uma “visão ampla” a que se está direcionada. Uma situação que define bem a percepção é a visão do homem; não olhamos separadamente para cada parte do corpo do homem e descrevemos uma sensação, mas sim, olhamos para um todo onde o homem pode, ou não, ser agradável, pode ou não ser considerado belo, etc.

Contudo estas definições são apenas superficiais. Elas não exprimem um conceito exato, pois existem muitas opiniões diferentes e divergentes. As mais conhecidas são:

Empiristas: a sensação e a percepção são causadas por estímulos externos que agem sobre nossos sentidos e sobre o nosso sistema nervoso, recebendo uma resposta que parte de nosso cérebro, volta a percorrer nosso sistema nervoso e chega aos nossos sentidos sob a forma de uma sensação, ou de uma associação de sensações numa percepção A sensação seria onde um ponto do objeto externo toca um de meus órgãos dos sentidos e faz um percurso no interior do meu corpo, indo ao cérebro e voltando às extremidades sensoriais. Cada sensação é independente das outras e cabe à percepção unificá-las e organizá-las numa síntese. A causa do conhecimento sensível é a parte externa, de modo que a sensação e a percepção são efeitos passivos de uma atividade dos corpos exteriores sobre o nosso corpo. O conhecimento é obtido por soma e associação das sensações na percepção e tal soma e associação dependem da freqüência, da repetição e da sucessão dos estímulos externos e de nossos hábitos.

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Intelectualistas: para os intelectualistas a sensação e a percepção dependem da pessoa ou coisa em questão; e a coisa exterior é apenas a ocasião para que tenhamos a sensação ou a percepção. Nesse caso, o sujeito é ativo e a coisa externa é passiva, ou seja, sentir e perceber são fenômenos que dependem da capacidade do sujeito para decompor um objeto em suas qualidades simples (a sensação) e de recompor o objeto como um todo, dando-lhe organização e interpretação (a percepção). A passagem da sensação para a percepção é, neste caso, um ato realizado pelo intelecto do sujeito do conhecimento, que confere organização e sentido às sensações. Não haveria algo propriamente chamado percepção, mas sensações dispersas ou elementares; sua organização ou produção seria feita pela inteligência e receberia o nome de percepção. Assim, na sensação, "sentimos" qualidades pontuais, dispersas, elementares e, na percepção, "sabemos" que estamos tendo sensação de um objeto que possui as qualidades sentidas por nós. Como disse um filósofo, perceber é "saber que percebo"; ver é "pensamento de ver"; ouvir é "pensamento de ouvir", e assim por diante.

. Em nosso século, porém, a Filosofia alterou bastante essas duas tradições e as superou numa nova concepção do conhecimento sensível. As mudanças foram trazidas pela fenomenologia de Husserl e pela Psicologia da Forma ou teoria da Gestalt. Ambas mostraram:

*Contra o empirismo: que a sensação não é reflexo pontual ou uma resposta físico-fisiológica a um estímulo externo também pontual;

*Contra o intelectualismo: que a percepção não é uma atividade sintética feita pelo pensamento sobre as sensações;

*Contra o empirismo e o intelectualismo: que não há diferença entre sensação e percepção.

Enfim, a sensação e a percepção por serem tão complexas, intrigantes e inteiramente ligadas ao ser humano, causam polêmica no mundo filosófico.Por assim ser, não podemos criar uma definição padrão para elas, e sem dúvida devemos criticar e ampliar ainda mais esses conceitos já tão extensivamente apresentados.