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 SENTIDOS INCERTOS: A CONSTITUIÇÃO HETEROGÊNEA DO SUJEITO-PROFESSOR EM ANÁLISE Regina Maria Varini Mutti - UFRGS Dóris Maria Luzzardi Fiss – UFRGS Fernando Hartmann – UFRGS Marlene Matte – UFRGS Este trabalho deorre de uma !es"uisa -assessoria #$%%&'$ %%() desen *ol *id a om a !artii!a+,o de trinta e seis !roessores de uma esola da rede !.blia estadual de /orto 0leg re1 "ue te*e omo ob2eti* o anali sar os !roessos de onstru+ ,o da autoria1 suas im!lia+3es no engendramento das !ro!ostas de a+,o !edagógias e inter-rela+3es4 Das an5lises do dis urso !edagóg io real izadas deri* aram onlu s3es reer entes a sentidos instituintes e institu6dos de !erman7nia e de ru!tura do mal-estar1 !otenializando1 !ois1 a abertura de es!a+os de !rodu+,o de autoria4 Ho2e1 direi ono mi nha aten+,o !ara o trabal ho de e*iden ia+ ,o anal 6t ia da onstitui+,o heterog7nea dos su2eitos e dos sentidos1 a "ue est,o amarrados os ob2eti*os da an5lise8 !ereber "ue eeitos de sentido sobre a ondi+,o do ser !roessor ho2e e as dierentes rela+3es estabeleidas nas !r5tias de "ue ele !artii!a na esola e ora dela est,o  !resentes nas ormula+3e s dos su2eitos9 e*iden iar desloame ntos do su2eito artiulados :  !rodu+,o de eeitos de sentidos de autoria1 *in ulados : mara ling;6sti a destaada4 < am!o disursi*o de reer7nia om!reende o disurso !edagógio4 <s reortes sobre os "uais se entra a an5lise onsistem em alas esolhidas a !artir de rit=rios "ue re!resentam ob2eti*os do estudo4 Dentre o uni*erso de alas1 seleionei a"uelas u2a mara ling;6stia e*ideniada ser*isse de !ista !ara mostrar o unionamento do disurso em an5lise4 /ara a re le >,o em torno da mara li ng ;6 st i a1 rea li zo tr7s mo *i me nto s unda me nta is 8 ela = in*estigada a !artir do "ue diz dela o diion5rio1 agregando-se a isto o seu estudo do !onto de *ista sint5tio1 e retomando-a do !onto de *ista da an5lise de disurso de tereira =!oa4 Sobre a im!ort?nia da !assagem !ela l6ngua en"uanto momento inerente ao !roesso anal6 ti o-di su rsi *o1 /7 heu > le mb ra "ue o enun iado = !ro und am ent e o!a o8 @  sua mat erialidade léxico -sin tát ica [... ] imerge esse enunciado em uma re de de relaç ões associativas [...], isto é, uma série heterogênea de enunciados, funcionando sob diferentes registros, e com uma estabilidade lógica variável A#$%%B1 !4 C)4 /ortanto1 sendo todo enuniado l=>io-sintatiamente determinado1 = im!ortante obser*ar1 a !artir da an5lise da material idade li ng;6st ia e de suas rela+3es ! ro*5*eis om o interdis urso1 omo os sentidos trabalham sobre os sentidos4

SENTIDOS INCERTOS: A CONSTITUIÇÃO HETEROGÊNEA DO SUJEITO-PROFESSOR EM ANÁLISE

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Este trabalho decorre de uma pesquisa-assessoria (1996/1998) desenvolvida com a participação de trinta e seis professores de uma escola da rede pública estadual de Porto Alegre, que teve como objetivo analisar os processos de construção da autoria, suas implicações no engendramento das propostas de ação pedagógicas e inter-relações. Das análises do discurso pedagógico realizadas derivaram conclusões referentes a sentidos instituintes e instituídos de permanência e de ruptura do mal-estar, potencializando, pois, a abertura de espaços de produção de autoria.

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7/18/2019 SENTIDOS INCERTOS: A CONSTITUIÇÃO HETEROGÊNEA DO SUJEITO-PROFESSOR EM ANÁLISE

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SENTIDOS INCERTOS:A CONSTITUIÇÃO HETEROGÊNEA DO SUJEITO-PROFESSOR EM ANÁLISE

Regina Maria Varini Mutti - UFRGSDóris Maria Luzzardi Fiss – UFRGS

Fernando Hartmann – UFRGSMarlene Matte – UFRGS

Este trabalho deorre de uma !es"uisa-assessoria #$%%&'$%%() desen*ol*ida

om a !artii!a+,o de trinta e seis !roessores de uma esola da rede !.blia estadual de

/orto 0legre1 "ue te*e omo ob2eti*o analisar os !roessos de onstru+,o da autoria1 suas

im!lia+3es no engendramento das !ro!ostas de a+,o !edagógias e inter-rela+3es4 Das

an5lises do disurso !edagógio realizadas deri*aram onlus3es reerentes a sentidos

instituintes e institu6dos de !erman7nia e de ru!tura do mal-estar1 !otenializando1 !ois1 a

abertura de es!a+os de !rodu+,o de autoria4

Ho2e1 direiono minha aten+,o !ara o trabalho de e*idenia+,o anal6tia daonstitui+,o heterog7nea dos su2eitos e dos sentidos1 a "ue est,o amarrados os ob2eti*os da

an5lise8 !ereber "ue eeitos de sentido sobre a ondi+,o do ser !roessor ho2e e as

dierentes rela+3es estabeleidas nas !r5tias de "ue ele !artii!a na esola e ora dela est,o

 !resentes nas ormula+3es dos su2eitos9 e*ideniar desloamentos do su2eito artiulados :

 !rodu+,o de eeitos de sentidos de autoria1 *inulados : mara ling;6stia destaada4 <

am!o disursi*o de reer7nia om!reende o disurso !edagógio4 <s reortes sobre os

"uais se entra a an5lise onsistem em alas esolhidas a !artir de rit=rios "ue re!resentam

ob2eti*os do estudo4 Dentre o uni*erso de alas1 seleionei a"uelas u2a mara ling;6stia

e*ideniada ser*isse de !ista !ara mostrar o unionamento do disurso em an5lise4 /ara a

rele>,o em torno da mara ling;6stia1 realizo tr7s mo*imentos undamentais8 ela =

in*estigada a !artir do "ue diz dela o diion5rio1 agregando-se a isto o seu estudo do !onto

de *ista sint5tio1 e retomando-a do !onto de *ista da an5lise de disurso de tereira =!oa4

Sobre a im!ort?nia da !assagem !ela l6ngua en"uanto momento inerente ao !roesso

anal6tio-disursi*o1 /7heu> lembra "ue o enuniado = !roundamente o!ao8 @ sua

materialidade léxico-sintática [...] imerge esse enunciado em uma rede de relaçõesassociativas [...], isto é, uma série heterogênea de enunciados, funcionando sob diferentes

registros, e com uma estabilidade lógica variável A#$%%B1 !4 C)4 /ortanto1 sendo todo

enuniado l=>io-sintatiamente determinado1 = im!ortante obser*ar1 a !artir da an5lise da

materialidade ling;6stia e de suas rela+3es !ro*5*eis om o interdisurso1 omo os sentidos

trabalham sobre os sentidos4

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De erta maneira1 este on2unto de atores1 "ue az !arte da onstru+,o de uma

abordagem relaionada : no+,o de memória e aonteimento #Mihel /7heu>)1 hibridismo

ultural e entre-lugares #Homi 4 habha)1 heterogeneidade onstituti*a e mostrada

#a"ueline 0uthier-Re*uz)1 onstela+,o de !oderes soiais #oa*entura de Souza Santos) e

su2eito di*idido #a"ues Laan)1 onduz tamb=m a uma orma dierente de om!reender 

autoria e de onstituir os dis!ositi*os teório-anal6tios ondizentes a uma an5lise de

disurso insrita na a =!oa de Mihel /7heu>4

0ssim sendo1 h5 "ue se abrir m,o das ertezas relaionadas ao estabeleimento

de sentidos i>os1 busando ontem!lar1 em reer7nia ao !roessor1 o "ue Santos #C)

designa omo constelaço de !oderes  "ue onstituem esse su2eito – o "ue remete :

 !roblematiza+,o da dial=tia da estabiliza+,o'desestabiliza+,o simbólia dos !roessores nos

limites de dierentes !aradigmas e!istemológios e !ol6tio-!edagógios4 0 esse res!eito/7heu>#$%%B) lembra "ue mesmo sentidos su!ostamente i>os 2ogam nesse mo*imento "ue

inlui tanto a regulariza+,o do !r=-e>istente "uanto a desregula+,o !erturbadora da rede de

sentidos4 Iais !roessos remetem1 !or sua *ez1 ao real da l6ngua1 : al6ngua !reenhida !or 

 !roessos de e"ui*oa+,o ligados ao re*iramento dos sentidos1 ao disurso-outro4 Jnluir 

tais elementos : disuss,o !ossibilita o trabalho no interior'e>terior da constelaço de

 !oderes  #S0KI<S1 C) "ue irulam soialmente4 E tudo isto remete : resente

 !resen+a de !essoas1 oisas1 enmenos e lugares "ue !areem se situar em entre-lugares

ou1 omo !ontua habha #$%%(1 !4 C) – em @momentos e !rocessos "ue so !rodu#idos naarticulaço de diferenças culturaisA4 !reiso destaar "ue1 em se tratando de dieren+as

ulturais$1 tal ategoria des!erta meu interesse !ela sugest,o de outros modos de

inter!reta+,o do disurso !edagógio4 0o busar a identiia+,o de maras de

heterogeneidade nos dizeres das !roessoras de uma esola !.blia estadual1 busarei

tamb=m e*ideniar os rastros "ue as tentati*as #N) de a!agamento das dieren+as ulturais

dei>am na l6ngua e nos su2eitos – o "ue se artiula aos entre-lugares4 0ssim sendo1 busarei

situ5-los atra*=s da an5lise de algumas ormula+3es4 Kuma de nossas reuni3es1 determinada

 !roessora das s=ries inais do Ensino Fundamental delarou "ue8 #$) nós entramos em sala

de aula1 #C) damos a nossa aula1 #)  fa#emos tudo o "ue temos "ue fa#er numa boa,

relativamente boa. #O) $eixamos a coisa fluir.

$ /ara habha1 a dieren+a ultural se onstitui em @ !rocesso de identificaço através do "ual afirmações dacultura ou sobre a cultura diferenciam, discriminam e autori#am a !roduço de cam!os de força,referência, a!licabilidade e ca!acidadeA#$%%(1 !4 &)4

C

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0ntes de introduzir a an5lise1 de*o 2ustiiar o !or"u7 da esolha de trabalhar 

om itens le>iais4 0 esse res!eito1 o !ró!rio habha ala de um !erurso de an5lise "ue

enontrou no trabalho om itens le>iais a ha*e !ara a busa de om!reens,o dos

desloamentos ulturais !rotagonizados !elos su2eitos4 Segundo ele1 o entre-lugares  !ode

ser *isto omo um lugar em "ue o su2eito *isualiza dois lugares de dizer1 desnaturalizando o

sentido das !ala*ras4 H5 uma norma invis%vel   "ue se assoia :s ondi+3es de

estabeleimento dos signos e "ue abe ao analista mostrar1 se maniestando tamb=m a6 a

o!aiia+,o do dizer4 0ssim sendo1 = !oss6*el su!or "ue todas as airma+3es e sistemas

ulturais se2am onstru6dos no es!a+o ontraditório e ambi*alente da enunia+,o1 sendo

arater6stio do signo erto mo*imento lutuante de instabilidade8 os signiiados e

s6mbolos da ultura n,o t7m unidade ou i>idez !rimordial1 !odendo ser a!ro!riados1

traduzidos1 re-historiizados e lidos de outros modos4 /ortanto1 ao esolher o!era+3esanal6tio-disursi*as "ue t7m nos itens le>iais a sua mat=ria-!rima1 reairmo habha e

resgato da 0n5lise de Disurso a"uilo "ue !ode ser onsiderado omo um !rin6!io

e*ideniado !or /7heu>#$%%B1 !4 P) "uando airma "ue @todo enunciado, toda se"&ência

de enunciados é, !ois, ling&isticamente descrit%vel como uma série [...] de !ontos de deriva

 !oss%veis, oferecendo lugar a inter!retaçoA4

0 im de eetuar o trabalho anal6tio-disursi*o sobre um dos reortes

su!ramenionados -  fazemos tudo o que temos que fazer numa boa, relativamente boa1

desta"uei a mara ling;6stia relativamente4 Se busarmos no diion5rio#FERREJR01 $%(&1$%%%) elementos !ara o entendimento deste 6ndie le>ial1 seremos sur!reendidos !ela

aus7nia de "ual"uer reer7nia a ele4 51 na gram5tia1 alguns outros aminhos s,o

 !ro!ostos4 arros#$%(P)1 sobre os ad*=rbios em geral1 airma "ue s,o !ala*ras ad2untas1

modiiadoras1 !or"ue !odem ser determinantes do ad2eti*o1 do ad*=rbio1 do !ronome1 do

*erbo e mesmo de ora+3es e substanti*os4 Ko "ue onerne aos ad*=rbios em -mente1

sublinha "ue n,o a!enas omuniam id=ia de tem!o1 modo1 mas tamb=m de "ualidade4 @ '

ante!osiço comunica ao advérbio o valor ad(etival "ue atinge o su(eito e a oraço

inteiraA#ibid41 !4 CP)4 0ssim sendo1 no enuniado em "uest,o8 numa boa, relativamente

boa1 a ante!osi+,o do ad*=rbio az om "ue a 7nase deorra do su2eito e en*ol*a toda a

rase4 /ensar1 !ois1 no unionamento sint5tio de um tal ad*=rbio !aree im!resind6*el

agora4 Mateus el al#$%(%) obser*am "ue s,o elementos onstituintes de uma rase o

sintagma nominal e o sintagma *erbal4 51 o sintagma ad*erbial n,o se onstitui en"uanto

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argumento do !rediador1 sendo om!osto !or elementos ad*erbiais "ue modiiam toda a

 !ro!osi+,o e n,o azem !arte do sintagma *erbal4 Lut#C) onirma uma tal airma+,o

"uando lembra "ue esses elementos om *alor ad*erbial n,o s,o rigorosamente neess5rios

: om!reens,o b5sia do enuniado1 tendo a #sub)un+,o de determinar1 "ualiiar e

modiiar outros termos4

 Ka ormula+,o aima1 o sintagma nominal reerente ao su2eito da rase n,o est5

e>!liitamente re!resentado1 se onstituindo eli!tiamente4 Qonsiderando a transiti*idade do

*erbo  fazer 1 Lut aresentaria "ue os elementos "ue a ele se seguem !odem ser 

onsiderados om!lementos *erbais na medida em "ue integram a signiia+,o transiti*a do

*erbo - esse = o aso de tudo o que temos que fazer 4  Qom rela+,o1 es!eiiamente1 ao

relativamente1 ele se a!resenta omo ad2unto ad*erbial de modo e>!resso !or ad*=rbio de

modo "ue se ane>a1 no aso1 ao ad2eti*o boa1 modiiando tanto a este "uanto : lou+,oad*erbial om um elemento ad2eti*ador "ue o anteede - o numa boa4 Dessa orma1 ia

e*ideniada a"ui a un+,o de modiiador e intensiiador do ad2unto ad*erbial "ue

inluenia1 no aso da ormula+,o em estudo1 tanto os elementos "ue imediatamente o

anteedem "uanto :"uele "ue imediatamente o suede4

/ensando em termos de !roesso disursi*o e eeitos de sentidos !roduzidos1

hama a aten+,o o unionamento o!aiiante "ue se dei>a *er na ala da !roessora

"uando ela diz "ue8 @ )u acho "ue nós ainda somos hero%nas - com tudo isso a%, nós

entramos em sala de aula, fa#emos tudo o "ue temos "ue fa#er numa boa, relativamente

boa. $eixamos a coisa fluir.A 0 !art6ula relativamente !aree se onstituir em mara da

heterogeneidade mostrada "ue1 no aso em estudo1 res!onde : amea+a "ue re!resenta1 !ara

o dese2o de dom6nio'entro'origem do su2eito alante1 o ato de "ue n,o lhe = !oss6*el

esa!ar de uma ala undamentalmente heterog7nea1 habitada !or !roessos de e"ui*oa+,o4

0tra*=s da mara1 = !oss6*el !ereber "ue o su2eito realiza um signiiati*o esor+o *isando

ao ortaleimento do um - o "ue !aree se e*ideniar "uando1 atra*=s do relativamente1 a

enunia+,o desdobra-se omo um oment5rio de si mesma8 o su2eito n,o reere X  #nós

azemos tudo numa boa)1 mas um X  relati*izado !or uma es!=ie de oment5rio ou

desdobramento metaenuniati*o #nós azemos tudo numa relati*amente boa)4

<orre1 !ois1 onorme 0uthier-Re*uz#$%%(a1 $%%(b)1 a o!acificaço  ou

reflexividade o!acificante de um ragmento auto-re!resentado do dizer atra*=s do "ual =

 !oss6*el indiiar a n,o-oinid7nia entre as !ala*ras e as oisas4 Jsto =1 a relati*iza+,o

O

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onstru6da !elo su2eito-!roessor termina !or indiar o aionamento de uma o!era+,o de

 busa da !ala*ra mais ade"uada1 a"uela "ue tal*ez !udesse e>!ressar o sentido *erdadeiro

onorme as e>!etati*as ilusórias da !roessora de manuten+,o do um en"uanto ilus,o de

uni*oidade e de "ue se !ode ser autor'origem do "ue se diz4 0 autora agrega a essa

disuss,o elementos trazidos !or a"ues Laan "ue se osturam : o!era+,o de o!aiia+,o

rele>i*a4 0 esse res!eito1 on*=m reerir Laan#$%() "uando disute a @castraço

 simbólica*4 < su2eito = di*idido !ela !ró!ria ordem da linguagem8 Laan1 nesse sentido1

 !aree remeter a uma om!reens,o segundo a "ual a linguagem #da ordem do simbólio) =

entendida omo uma estrutura "ue !ree>iste a um su2eito "ue se torna su2eito e>atamente

 !or se assu2eitar a ela e1 tamb=m1 omo uma estrutura "ue1 !or inluir esse su2eito di*idido1

n,o só o onstitui sob ormas singulares omo !ode !or ele ser singularmente rom!ida4

Ial*ez se2a !oss6*el admitir "ue oorreu uma es!=ie de @rom!imentoA da linguagem !elosu2eito "uando se deu a o!era+,o de inser+,o de um la+o metaenuniati*o #relati*izando X)

no dizer - momento em "ue a !ala*ra !aree re!etir a !ala*ra na busa de um oneito e>ato

e sim!les4 Mas o sentido se derrama1 disseminado1 !or"ue a !ala*ra n,o essa de se esre*er 

e de onstituir1 !or assim dizer1 lugares de aloramento1 no disurso1 da n,o-oinid7nia

entre as !ala*ras e as oisas4 

/aree-me "ue a mara ling;6stia relativamente  termina !or !ro*oar uma

*olta om!leta #no sentido de "ue remete a um todo de dizeres e azeres "ue = im!oss6*el

 !reisar) e inom!leta #no sentido de "ue o !ró!rio su2eito = inonluso) do enuniado sobresi mesmo e do su2eito sobre si mesmo4 Mas1 de "ue modos e !or "uais aminhos se onstitui

essa hibridiza+,oN De erta orma1 25 iniiei a res!onder tais !erguntas ao araterizar a

o!era+,o de o!aiia+,o rele>i*a !resente no dizer da !roessora em dado momento - o

"ue remete a um su2eito heterog7neo1 a uma l6ngua habitada !elo e"u6*oo1 a um dizer 

erodido !or n,o-oinid7nias di*ersas4 Falar1 a"ui1 em su2eito heterog7neo le*a a !ensar no

"ue !ro!3e habha#$%%() "uando ala de um su2eito "ue habita as bordas inter*alares da

realidade1 "ue se orma nos entre-lugares1 ou se2a1 nos !roessos e instantes em "ue a

artiula+,o das dieren+as ulturais se az de maneira ina!el5*el4 /ortanto1 este autor 

on*ida a agregar aos dis!ositi*os de an5lise elementos "ue s,o da ordem das dierentes

inst?nias ulturais "ue a soiedade oidental abriga4

 Relativamente1 !or e>em!lo1 !aree e*ideniar um trabalho de dilui+,o dos

sentidos de mal-estar1 sugerindo sentidos *inulados a uma estabiliza+,o e desestabiliza+,o

P

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t,o simbólia "uanto imagin5ria do su2eito-!roessor nos e entre os limites de dierentes

 !aradigmas e!istemológios "ue n,o se !rendem somente : imagem do eduador e aos

onse";entes *6nulos !ol6tio-!edagógios "ue a6 ele onstitui1 mas dizem1 de uma orma

mais am!la1 do !oder ultural1 !ol6tio1 eonmio1 de lasse soial e g7nero "ue o

atra*essam e nos "uais se dis!ersam os su2eitos e os sentidos4 Sem d.*ida1 relativamente =

mara de dis!ers3es "ue unionam na ambi*alente onstitui+,o dos su2eitos en"uanto

su2eitos di*ididos 25 na un+,o nomeadora da !ala*ra "ue reere um todo signiiati*o

oerente e se deronta om a im!ossibilidade de dizer tudo1 ou melhor1 de dizer o todo4

Qomo lembra Laan#$%%1 !4 $$)1 @digo sem!re a verdade+ no toda, !or"ue

di#ê-la toda no se consegue. $i#ê-la toda é im!oss%vel, materialmente+ faltam as

 !alavras. (ustamente !or esse im!oss%vel "ue a verdade !rovém do real A1 isto =1 toa no

indiz6*el1 no ina!tur5*el e se onigura en"uanto um entre-lugar de su2eitos e sentidosdis!ersos4 Entre-lugar de mo*imentos soiais diereniados e su2eitos di*ididos "ue mostram

ormas ambi*alentes e di*ididas de identiia+,o4 Relativamente !aree !roduzir a diferença

do mesmo no disurso do mal-estar 2ustamente !or e>istir na realidade inter*alar entre duas

 !olaridades8 os sentidos de ru!tura e os sentidos de !erman7nia do mal-estar - o "ue

 !ermite su!or a liga+,o do disurso ao aonteimento e : onse";ente deri*a dos sentidos

 !ela !rodu+,o de m.lti!los gestos de inter!reta+,o1 omo !ontua /7heu>#$%%Bb)4

0demais1 se busarmos em /7heu>#$%%%) a !roblematiza+,o sobre o  !a!el da

memória1 ser5 !oss6*el su!or "ue e>istem situa+3es em "ue a di*ersidade de memóriasdisursi*as = o "ue !redomina no disurso4 0 heterogeneidade unionaria1 !ois1 na rela+,o

entre essas memórias1 a6 se onstituindo o su2eito - nos entre-lugares ulturais1 nas entre-

memórias disursi*as4 Em tais es!a+os torna-se di6il deinir uma domin?nia na dire+,o do

disurso1 isto =1 na memória disursi*a4 Qomo delara o !ró!rio autor1

uma memória no !oderia ser concebida como uma esfera !lena,cu(as bordas seriam transcendentais históricos e cu(o contedo seria um sentido homogêneo, acumulado ao modo de umreservatório+ é necessariamente um es!aço móvel de divisões, dedis(unções, de deslocamentos e de retomadas, de conflitos deregulari#aço... m es!aço de desdobramentos, ré!licas, !olêmicas e contra-discursos #/QHEU1 $%%%1 !4 P&)4

Jd=ia a "ue ele retorna1 em outro te>to1 "uando ad*erte "ue

 /o se trata de !retender a"ui "ue todo discurso seria como umaerólito miraculoso, inde!endente das redes de memória e dostra(etos sociais nos "uais ele irrom!e, mas de sublinhar "ue, só !or 

&

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 sua existência, todo o discurso marca a !ossibilidade de umadesestruturaço-reestruturaço dessas redes e tra(etos+ tododiscurso é o %ndice !otencial de uma agitaço nas filiações sócio-históricas de identificaço, na medida em "ue ele constitui aomesmo tem!o um efeito dessas filiações e um trabalho [...] dedeslocamentos no seu es!aço+ no há identificaço !lenamentebem-sucedida, isto é, ligaço sócio-histórica "ue no se(a afetada,de uma maneira ou de outra, !or uma 0infelicidade* no sentido !erformático do termo #/QHEU1 $%%B1 !4 P&)4

Em outras !ala*ras1 se o su2eito insiste !ara manter#-se) #em) um es!a+o de

regularidade dos sentidos1 da mesma orma esse ontrole se rom!e1 tornando !oss6*el "ue

esses es!a+os se mo*imentem sobre e entre si mesmos1 na rela+,o om os outros4 /or 

onseguinte1 = a !artir dos enontros e desenontros entre memórias disursi*as "ue os

sentidos se trabalham1 se mo*em1 desloam-se atra*=s dos seus onlitos de regulariza+,o4

/roesso "ue /7heu> termina 2ustiiando "uando situa a sua origem - o outro4 Diz-nos oautor "ue o ato de "ue e>ista 0[...] o outro interno em toda memória é, a meu ver, a marca

do real histórico como remisso necessária ao outro exterior, "uer di#er, ao real histórico

como causa do fato de "ue nenhuma memória !ode ser um frasco sem exterior*

#/QHEU1 $%%%1 !4 P&)4

 Relativamente1 dessa orma1 n,o nos interessa !elos sentidos "ue !aree

e*ideniar1 mas sobretudo !or"ue o trabalho de e*idenia+,o de tais sentidos remete aos

desloamentos dos su2eitos !or entre-lugares1 !ara al=m do a"ui e agora do sentido1 "ui+5

osturando o eeito da ideologia e o eeito do inonsiente na onstitui+,o mesma do su2eitoem alta-a-ser re!resentada em um disurso de algum modo ora de ontrole4 0ssim1 a

imagem do su2eito-!roessor = "ue se az re!resentar num relativamente  "ue reere

desontinuidades e desigualdades desse mesmo su2eito !elo estabeleimento de rela+3es

intra e interdisursi*as om outros elementos do dizer4 Em outras !ala*ras1 remete a

memórias disursi*as di*ersas1 omo a da !ol6tia1 do g7nero1 de lasse1 entre outras4

!reiso1 agora1 esmiu+ar um !ouo tais airma+3es4 Kas ormula+3es

reortadas !ara esta an5lise est5 !resente um sentido de magist=rio em rise4 Uma tal rise1

desde a d=ada de setenta atinge o magist=rio - ato omum a *5rias soiedades oidentais4

 Kas !ala*ras da !roessora !aree ser !oss6*el e*ideniar omo esta rise tem se

maniestado na otidianidade da institui+,o esolar4 Ka *erdade1 !enso "ue suas !ala*ras

 !odem au>iliar no tra+ado de uma linha de tem!o desta rise insrita nas memórias

disursi*as dos su2eitos4 Se !ensarmos sobre a !roessora e seus relativamente desdobrados

B

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 !or uma memória m.lti!la1 ind6ios de "ue sentidos enontraremosN Tue deslizamentos

e*ideniaremos no tr?nsito do su2eito-!roessor !or esse on2unto de !oderes e de lugares

de sentidos "ue om!3em a onstela+,oN <u melhor1 "ue ti!o de onstela+,o se onstituir5

se orem onsiderados os eeitos de sentidos !roduzidos !ela !roessoraN Tuais s,o os

sentidos "ue onernem a ada !oderN Iais !erguntas e>igem1 !ara a onstru+,o de

res!ostas !oss6*eis #e tal*ez !ro*isórias)1 desdobramentos da an5lise4

em no in6io de seu !ronuniamento1 a !roessora #dora*ante1 reerida omo

P) delara "ue  fazemos tudo o que temos que fazer numa boa, relativamente boa4

 !oss6*el ou*ir1 nas !ala*ras de P1 resson?nias de um sentido de bem-estar diante da

organiza+,o das !ro!ostas de a+,o !edagógias4 Ko entanto1 a!esar de !areer satiseita e

airmar sua om!et7nia1 ela !aree ter se arre!endido do "ue disse4 < 6ndie relativamente

termina !or se onstituir em 6ndie desse !ro*5*el arre!endimento4 < "ue se destaa1 noentanto1 s,o os eeitos !ro*oados !or uma tal relati*iza+,o8 "uando ela busa orrigir suas

 !ala*ras1 al=m de atenuar o bem-estar e*ideniado1 ela !ro*oa uma me>ida nas ilia+3es

anteriores "ue resumiam o ato !edagógio a !roedimentos me?nios4 Ela termina !or 

"uestionar a *alidade dessas atitudes1 tal*ez1 a *alidade de suas !ró!rias esolhas

e!istemológias1 did5tio-!edagógias et4 /ortanto1 P re*ela um sutil desloamento sem se

deinir !or uma dire+,o do disurso em es!e6io1 mas e*ideniando maras de uma história

"ue se insre*e em suas alas1 em seus gestos1 enim1 em suas !r5tias disursi*as4

/ara uma tal an5lise1 abe olhar mais de !erto !ara os *erbos entrar1 ar1 !a"ere e#$ar1 onsiderando "ue todos eles est,o relaionados ao oneito de P sobre a"uilo "ue

arateriza o trabalho doente #sem es"ueer "ue P  tamb=m denunia a rise do trabalho

doente)4 <s enuniados de onde oram e>tra6dos estes *erbos traduzem uma id=ia de tem!o

 !resente1 reerindo o !resente do indiati*o4 0 im de realizar a neess5ria !assagem !elo io

do disurso1 a!resentarei uma an5lise ling;6stia dos enuniados "ue1 !ara este im1 ser,o

assim menionados8 #$a)  Nós entramos em sala de aula, #$b) damos a nossa aula1 #$)

 fazemos tudo o que temos que fazer (...) e #$d) deixamos a coisa fluir 4 Segundo Mateus et

al#$%(%)1 tais *erbos !ertenem : lasse dos Pre#%a&re' e Pr&%e''&'  "ue remetem a

estados de oisas assoiados a um dado azer es!e6io realizado ou sorido !or uma

entidade e delimitado !or dois e*entos #o momento de tem!o imediatamente anterior e o

momento de tem!o imediatamente !osterior)4 <s enuniados se onstituem na desri+,o de

ati*idades nas "uais a entidade #nós( ) origem e ontroladora do azer e tem @o !oder de

(

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determinar 1intencionalmente2 a ocorrência ou no-ocorrência do estado de coisasA#ibid4)4

0l=m disso1 sobre os *erbos1 do !onto de *ista sem?ntio1 = im!ortante destaar "ue eles

 !odem ser entendidos omo P*r&% e$*er#en%#a#' "ue e>!rimem !ro!riedades ou rela+3es

din?mias #de natureza !sioisiológia1 !ere!ti*a ou ogniti*a) *i*idas !or uma entidade

E$* #e>!erienial)1 sem e>!rimir uma mudan+a de estado4 tamb=m !oss6*el airmar "ue o

 !resente sim!les1 em #$a)1 #$b)1 #$) e #$d)1 desre*e um !roesso "ue aonteeu1 est5

aonteendo a ainda aonteer5 outras tantas *ezes1 se araterizando !elo +a,&r a'*e%ta,

rat#+&  "ue est5 assoiado a enuniados "ue desre*em !roessos4 < *alor as!etual

re";entati*o1 !or sua *ez1 reere @um estado de coisas 1!2. locali#ado num dado 3t, "ue

ocorre um nmero significativo de ve#es em 3t em intervalos anteriores a 3t A #ibid41 !4 %B)4

< !resente sim!les !ode e>!rimir este *alor4 < *alor as!etual habitual re!resenta @um

estado de coisas 1!2, locali#ado num dado 3t, "ue ocorre um 3t em intervalos anterioresad(acentes a 3t e, !resumivelmente, em intervalos !osteriores ad(acentes a 3t A #ibid41 !4 %()1

sendo a!resentado omo um om!ortamento ou arater6stia habitual de um dos

 !artii!antes no estado de oisas desrito nos inter*alos em "uest,o4 0"ui o !resente

sim!les !ode igualmente e>!ressar o *alor4 0 an5lise de enuniados omo #$a)1 #$b)1 #$) e

#$d) !ode le*ar-nos a onsiderar "ue o *alor as!etual "ue = resultado de o!era+3es de

"uantiia+,o sobre inter*alos de tem!o oorre de maneira lutuante1 tendo omo *ariante o

*alor re";entati*o e o *alor habitual1 e desen*ol*endo os dois !ro!riedades de

maniesta+3es tem!oralmente limitadas4 /ermanee1 assim1 omo elemento omum aos autores reeridos a *inula+,o do

tem!o !resente a um as!eto "ue se traduz numa es!=ie de ongelamento deste mesmo

tem!o no !ró!rio !resente "ue se oloa omo en5rio de re!eti+,o de rituais - o "ue P

 !aree estar reerindo "uando ita os seus !roedimentos em sala de aula4 De erta orma1 a

relati*iza+,o e>!ressa !elo relativamente na sua rela+,o om outros elementos # fazemos

tudo que temos que fazer numa boa) !aree1 agora1 se transmudar em !roblematiza+,o da

rotineiriza+,o na "ual tem se transormado o trabalho doente omo um todo4 Irabalho "ue

P designa de dierentes maneiras1 indiiando erta lutua+,o no "ue diz res!eito aos seus

 !ró!rios reereniais em rela+,o a ele4 0l=m disso1 e resgatando elemento identiiado na

an5lise gramatial - a entidade ontroladora om un+,o sem?ntia agente re!resentada !or 

nós1 um tal argumento da !redia+,o !aree re!resentar um su2eito "ue domina a situa+,o1

sendo !oss6*el @ir le*andoA o estado de oisas desrito4

%

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Se onsiderados os *erbos em suas es!eiiidades1 enontraremos no diion5rio

#FERREJR01 $%%%) in.meras ae!+3es reerentes a ada um deles4 Ientando e*itar a

dis!ers,o "ue !oderia deorrer disto1 busarei eetuar o rastreamento1 do interior dos

sentidos diionarizados1 de sentidos dominantes a !artir dos "uais !rolongarei o estudo at= a

sua dimens,o disursi*a4 Salta aos olhos a orres!ond7nia entre os sinnimos a!resentados

e alguns sentidos mais es!e6ios8 entrar se e*idenia !elos sentidos de inlus,o9 dar se

destaa !elos sentidos de doa+,o e de e>!osi+,o !.blia9 azer reere sentidos tanto de

 !rodu+,o de a+3es *ariadas "uanto de doa+,o9 dei>ar !aree *eiular sentidos de

e>!ro!ria+,o e !ermiss,o4 Ko entanto1 n,o basta a!ontar tais !oss6*eis orres!ond7nias1 =

 !reiso !-las : !ro*a no onronto om os dizeres de P1 !rini!almente onsiderando "ue

ela artiula tais sentidos ao trabalho doente4 P delara "ue nós entramos na sala de aula1

damos a nossa aula1  fazemos tudo que temos que fazer 1 deixamos a coisa fluir 40nteriormente1 desta"uei "ue ela ala de maneira *ariada sobre o trabalho doente8 a nossa

aula1 tudo que temos que fazer 1 a coisa4 Se admitirmos "ue e>iste1 de ato1 esta rela+,o

entre os 6ndies le>iais1 agregando a tal hi!ótese o ato de "ue tais !ronuniamentos oram

 !roduzidos num tem!o !resente "ue remete a uma s=rie de rotinas e rituais ristalizados

 !er!assados !or sentidos de inlus,o1 doa+,o1 e>!osi+,o !.blia1 !rodu+,o de a+3es

*ariadas e e>!ro!ria+,o do !roessora1 seremos obrigados a onsiderar as memórias

disursi*as de P - sua memória !roissional1 de g7nero1 de lasse1 entre outras4

0o lassiiar o trabalho doente omo uma coisa a ser dada1 eita1 dei>ada1 dosdizeres de P !areem esoar sentidos "ue tamb=m !areem remeter :s entranhas da história

das eduadoras e dos eduadores1 ou se2a1 a elementos do !assado dessa ou!a+,o "ue se

insre*em na ala de P1 e*ideniando memórias disursi*as !edagógias4 Dessa orma1

torna-se *i5*el ligar os sentidos de busa de inlus,o1 doa+,o1 e>!osi+,o !.blia1

e>!ro!ria+,o e !rodu+,o de a+3es *ariadas :s origens do trabalho doente4 Kas soiedades

romanas e gregas1 os !roessores eram antigos esra*os1 soldados *elhos e !ro!riet5rios

arruinados "ue ha*iam !erdido seus *6nulos soiais !rim5rios e sua !ossibilidade de

subsist7nia4 Deorre disso a desarateriza+,o de sua un+,o soial e a busa de inlus,o

 !ela realiza+,o do o6io de mestre !elo "ual1 !or *ezes1 reebiam um sal5rio4 Ser 

assalariado1 no entanto1 transorma*a suas ati*idades em oisa inerior e des!rezada1 !ois o

sal5rio era s6mbolo de ser*id,o entre os romanos e os gregos4 Em tem!os mais modernos1 a

aus7nia de sal5rio legimitado oi substitu6da !elo sal5rio absolutamente residual e

$

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ine>!ressi*o1 o "ue obriga*a os !roessores a di*idirem o seu tem!o entre m.lti!las

ati*idades de outra natureza1 gerando dis!ers,o e a busa alita de onheimentos "ue

estariam sem!re em lugares su!ostamente inaess6*eis ao !roessor - o "ue se *inula :

onse";ente deteriora+,o da imagem !roissional do eduador4 Ko s=ulo VJ1 surge a

esola en"uanto institui+,o res!ons5*el !ela re!rodu+,o das normas e !ela transmiss,o

ultural4 Ko s=ulo VJJJ1 os !roessores !assam gradati*amente a leigos1 tornando-se

 funcionários burocráticos "ue t7m !or ob2eti*o a orma+,o e o disi!linamento de idad,os4

 Ko s=ulo J1 surgem as !rimeiras esolas normais !ara ormar !roessores !rim5rios e

"ue aziam orres!onder ao magist=rio sentidos de domestiidade e de doa+,o4

Fazer uma e>!osi+,o omo tal "uer signiiar os aminhos !ara os "uais os

dizeres de P a!ontam4 Maradas em seu or!o1 ingidas em sua ronte e atra*essadas em

suas !r5tias soiais est,o *est6gios de uma história "ue ala de todo um gru!o soial - os !roessores da rede !.blia estadual4 Jgualmente1 tais *est6gios dei>am esa!ar !or suas

restas sentidos "ue n,o est,o ligados a!enas ao ato !edagógio relati*izado !or P1  mas

tamb=m : ondi+,o do ser !roessor ho2e e : onstitui+,o de suas identidades a !artir de um

on2unto de !oderes e de lugares de sentidos nos "uais onstitui sua sub2eti*idade4 /or ser 

mulher1 o *&er e ./ner& - o "ue !aree estar e*ideniado !elos sentidos de doa+,o1 busa

de inlus,o e e>!ro!ria+,o de ondi+3es m6nimas !ara o e>er6io da idadania4 Ka *erdade1

ao azer orres!onder ao trabalho doente os dis!ositi*os !or ela elenados - entrar na sala

de aula1 dar aula1 azer tudo o "ue tem "ue azer e dei>ar a oisa luir1 esoam !elos dizeresmaniestados !or P  sentidos "ue remetem :s !ress3es sobre o magist=rio as "uais t7m

assumido a orma de aumento do ontrole e ragmenta+,o do trabalho4

Iais !ress3es1 !or sua *ez1 remontam a tem!os bem mais distantes e aos

 !rimeiros modos de entendimento do trabalho doente4 <s dis!ositi*os ou a+3es a "ue P az

reer7nia !areem se onstituir numa es!=ie de n.leo duro do disurso !edagógio1 ou

melhor1 num es!a+o de memória1 em ind6ios do re!et6*el e em elementos interdisursi*os

"ue t7m irulado1 ao longo dos tem!os1 !elo disurso sobre o magist=rio4 Falar nos modos

 !elos "uais as 0ar%a' & *&er e ./ner& habitam a !roessora1 alar sobre omo ela habita

tais maras1 e>ige "ue se !ontuem e,e0ent&' re!erente' 1 %&n#23& & 'er 0,4er-

*r&!e''&ra-03e-e'*&'a-*r&,et5r#a4 Elementos e*ideniados !ela !ers!eti*a enuniati*a

"ue assume4 De orma tal*ez inonsiente1 ela nos en*ia !ara tem!os em "ue o magist=rio

era tido omo o6io inerior a ser e>erido !or a"ueles !ara os "uais n,o e>istia outro

$$

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es!a+o na soiedade4 Da mesma orma1 nos oloa diante de um onte>to em "ue ensinar 

signiia*a re!roduzir normas1 disi!linar1 moldar4 <s sentidos de doa+,o e busa de

inlus,o !areem azer ou*ir *ozes do tem!o de surgimento das esolas normais "ue

 busaram im!rimir : !roiss,o um ar5ter eminino4 Resgata1 !ois1 dos es!a+os da memória

 !roissional1 !ol6tia1 eonmia1 registros tensionantes da história de onstitui+,o do

trabalho doente e de sua a!ro!ria+,o !elas soiedades4 De erta orma1 os sentidos "ue

maniesta remontam a sentidos de um tem!o #o s=ulo VJJJ) em "ue os !roessores se

tornaram union5rios do Estado1 !assaram a seguir os ditames de um Estado "ue !rometia

garantir a identidade do gru!o e relati*a autonomia na gest,o de sua arreira !roissional -

ato "ue ainda !aree aonteer nos tem!os atuais e "ue se relaiona1 de erta orma1 :

uni*ersaliza+,o da esola4

/arado>almente1 P1 ao reerir as rotinas realizadas na esola1 !aree tamb=mtangeniar a neessidade de mobiliza+,o das !essoas em torno de uma ausa1 de um

 !roblema1 de uma situa+,o-limite "ue1 de ato1 as re!resentasse em um onte>to de or+as

maior do a"uele !ossibilitado !elos !roblemas t6!ios da esola – o "ue !aree estar 

assoiado aos sentidos de inom!et7nia "ue1 em Santos #$%%Pa1 $%%Pb1 $%%&1 C)1

remetem a uma aus7nia de a+3es artiuladas a !ro2etos "ue se oniguram omo ontra-

res!osta : !er*ersidade im!osta !elas !ol6tias de desigualdade e e>lus,o "ue araterizam

nossa soiedade4 <s sentidos de rise da esola sur!reendem1 agora1 em un+,o da

identiia+,o de um sistema esolar "ue se onstitui a !artir da !erten+a !ela re2ei+,o4 Fato a"ue en*iam as ormula+3es de P as "uais1 misturando aomoda+,o e im!ai7nia diante das

rotinas seguidas1 n,o !ossibilitam e*ideniar sentidos de !ertenimento ao sistema esolar4

Qonsiderando os elementos e*ideniados e os aminhos !erorridos1 = hegado o

momento de sintetizar as rela+3es de!reendidas dos dizeres de P4 0o longo do trabalho

anal6tio onstru6do bus"uei e*ideniar sentidos ligados : onstitui+,o heterog7nea das

identidades do su2eito-!roessor e da autoria4 Foi !oss6*el !ereber "ue o su2eito-!roessor1

re!resentado !or P1 transita !or dierentes !ontos nas onstela+3es de sentidos e de !oderes

soiais4 0lguns sentidos oram e*ideniados !ara al=m da"ueles "ue estariam su!ostamente

ontidos nas !ala*ras1 abrindo aminho !ara uma !ers!eti*a de inter!reta+,o "ue onsidera

a heterogeneidade en"uanto onstituti*a dos sentidos e dos su2eitos#0UIHJER-REVU1

$%(C)4 Este trabalho anal6tio-disursi*o ez om "ue se !assasse a alar em memória soial1

 !roissional1 de g7nero em deorr7nia da artiula+,o entre !ontos de sentidos #a ondi+,o

$C

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de mulher m,e-es!osa-!roessora-!rolet5ria1 de union5ria !.blia1 o ato !edagógio

en"uanto trabalho inteletual e aminho in*estigati*o1 o su2eito-aluno) e !ontos de !oderes

#!oder de g7nero1 !roissional1 !ol6tio1 soial1 eonmio)4 0l=m disso1 ele onduziu ao

reonheimento de um modo de unionamento "ue !ermite ogitar sobre o "uanto tais

 !ontos de sentidos e de !oder habitam o su2eito-!roessor e s,o !or ele habitados1

onduzindo a desloamentos "ue azem su!or um su2eito "ue se onstitui nos e !elos

 !roessos "ue !rotagoniza ou1 omo diria habha#$%%()1 um su2eito "ue se orma nos

@entre-lugares*4

Falar em entre-lugares1 a"ui1 "uer remeter a !roessos "ue se onstituem a !artir 

de dieren+as ulturais as "uais1 embora muito es!e6ias do uni*erso !edagógio1 s,o

oriundas de dierentes inst?nias soiais4 < su2eito se orma nos !ontos de enontro entre

elementos "ue s,o da ordem do !ol6tio1 eonmio1 soial1 das rela+3es de g7nero1 do !roissional4 Iais elementos se onstituem numa es!=ie de ronteira "ue dissol*e a

 !olariza+,o8 ao mesmo tem!o em "ue ela estabelee um sentido em rela+,o a outro # em

o!osi+,o a 1 !or e>em!lo)1 d5 *isibilidade a uma es!=ie de !roesso de desasamento

dos sentidos !elo "ual a linguagem se hibridiza - o sentido !ode ser um1 !ode ser outro1

 !ode ser nenhum1 !ode ser todos ao mesmo tem!o4 habha desen*ol*e tal id=ia "uando nos

ala da linguagem "ue desestabiliza1 ura ronteiras diotmias !elo a!elo : multi!liidade

dos sentidos1 ao seu desasamento4

Iais onsidera+3es !ermitem a !ergunta sobre o "ue !roduziria a dieren+a domesmo num disurso !edagógio marado !or sentidos de rise do magist=rio4 Uma

 !oss6*el res!osta remete :"uilo "ue e>iste no inter*alo entre as !olaridades !rimordiais8 os

mo*imentos inter*alares maniestados !elos su2eitos "uando transitam !elos !ontos de

sentidos e de !oderes su!raitados4 0o transitar1 tais su2eitos e sentidos se #des)onstituem

de modo !ermanente4 Sendo esta a ondi+,o !rimeira !ara a onstitui+,o de suas

identidades e ilia+3es1 !or e>tens,o1 = tamb=m ondi+,o de !ossibilidade de autoria no

momento em "ue1 omo !ontua Santos#C)1 re*ela dierentes ombina+3es dos sentidos e

das ormas de !oder "ue irulam na soiedade4 Falar em tr?nsitos1 desloamentos ou

deri*as dos su2eitos e dos sentidos est5 relaionado1 !or sua *ez1 aos !roessos de

estabiliza+,o'desestabiliza+,o dos sentidos a "ue az reer7nia /7heu>#$%%B1 $%%%) - o "ue

se artiula1 !or e>tens,o1 :s o!era+3es de desdobramento metaenuniati*o ou rele>i*idade

o!aiiante do dizer #0UIHJER-REVU1 $%%(a1 $%%(b)4 Iamb=m se osturam tais

$

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onsidera+3es aos aenos de Laan !ara a !rodu+,o de desontinuidades !or um real

neessariamente altoso1 em un+,o de o real ser im!oss6*el de se esre*er en"uanto tal1

remetendo a uma dimens,o "ue !oderia ser araterizada omo inassimil5*el e "ue aionaria

o surgimento de !ossibilidades de re*iramento dos sentidos !ela *ia da e"ui*oidade e1 ao

mesmo tem!o1 de im!ossibilidades de e*oar o dizer em sua totalidade4

Est,o artiuladas a tais rela+3es e orrela+3es duas no+3es "ue a!ro>imam os

autores estudados a"ui8 a ala undamentalmente heterog7nea e o su2eito di*idido4 Uma ala

"ue1 !or ser heterog7nea1 se desdobra1 se redu!lia e se reobre : medida "ue o su2eito se

desloa !or entre !olaridades1 onstituindo outros !ontos de *is,o e outros modos de

unionamento4 Enim1 : medida "ue P1 !or e>em!lo1 habita e = habitada !or !ontos de

 !oderes m.lti!los "ue toam o eonmio1 o soial1 o !roissional1 as rela+3es de g7nero1 o

 !ol6tio1 e !ontos de sentidos tamb=m di*ersos e inertos a !artir dos "uais ela ala e =alada em suas rela+3es om o su2eito-aluno1 om a ondi+,o de ser mulher-m,e-es!osa-

 !roessora-!rolet5ria-union5ria !.blia1 om o ato !edagógio en"uanto trabalho

inteletual e aminho in*estigati*o4

P dei>a esa!ar sentidos "ue re*iram o !assado do magist=rio1 sua história1

onstitui+,o omo ategoria !roissional1 enra"ueimento4 /or *ezes1 os eeitos de sentidos

 !areem rom!er os sentidos de mal-estar identiiados antes na medida "ue lan+am a este

 !assado um olhar in"uieto1 busando1 do interior de sua !er!le>idade1 osturar !assado e

 !resente1 om!reender as maras da iniiati*a humana "ue est,o insritas nas o!+3estomadas e nas "ue !oderiam ter sido tomadas e n,o oram4 Iais !ala*ras indiiam1

sobretudo1 o onlito de P entre um modelo regulatório e lassiiatório de soiedade e um

modelo emani!atório1 *ulnerabilizando e desestabilizando sentidos ristalizados omo o de

inom!et7nia !edagógia e soial4

Qreio "ue os desloamentos de sentidos e de su2eitos e*ideniados = "ue

terminam !or onstituir ondi+3es de !ossibilidade de !rodu+,o de entre-lugares e1 !or 

e>tens,o1 de !roessos de autoria ins!irados em imagens desestabilizadoras do !assado e do

 !resente #"ue 25 n,o s,o om!reendidos de maneira linear e se";enial)1 !ortanto1 imagens

suset6*eis de desen*ol*er nos !roessores a a!aidade de es!anto e indigna+,o e a *ontade

de inonormismo4 Ial*ez !ossa deri*ar1 do mal-estar maniestado !or  P1 a!rendizagens de

no*os relaionamentos entre saberes e1 assim1 entre !essoas1 gru!os soiais e ulturas4

$O

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REFERÊNCIAS 6I6LIOGRÁFICAS

0UIHJER-REVU1 4  4eterogeneidade mostrada e heterogeneidade constitutiva+elementos !ara uma abordagem do 0outro* no discurso 14étérogénéité montreé et hétérogénéité constitutive+ elements !our une a!!roche de l5autre dans le discours2.Irad4 !or 0lda Sher W Elsa Maria Kitshe-<rtiz4 $%%(a4 Ie>to digitado4 BC !!4

 XXXX4  4étérogénéité montreé et hétérogénéité constitutive+ elements !our une a!!roche del5autre dans le discours. Doumentation et Reherhe en Linguisti"ue0llemande#D4R4L404V4)1 n4 C&1 !4 %$-$P$1 $%(C4

 XXXX4 Pa,a+ra' #n%erta': as n,o-oinid7nias do dizer4 Qam!inas1 S,o /aulo8 Editora daUKJQ0M/1 $%%(b4

0RR<S1 E4 M4 N&+a .ra05t#%a a ,7n.a *&rt.e'a4 S,o /aulo8 0tlas1 $%(P4H0H01 H4 4 O ,&%a, a %,tra8 Irad4 !or MYriam Z*ila1 Eliana Louren+o de Lima

Reis W Gl5uia Renate Gon+al*es4 elo Horizonte8 Ed4 UFMG1 $%%(4 Qole+,oHumanitas4

FERREJR01 0ur=lio uar"ue de Holanda4 N&+& #%#&n5r#& a ,7n.a *&rt.e'a4 Rio deaneiro8 Ko*a Fronteira1 $%(&4

 XXXX4 N&+& Ar),#& ')%,& XXI: o diion5rio da l6ngua !ortuguesa8 4 ed4 Rio de aneiro8 Ko*a Fronteira1 $%%%4L0Q0K1 4 ' tó!ica do imaginário. JK8 O' ,#+r&' t)%n#%&' e Fre - ,#+r& 98  Rio de

aneiro8 orge ahar1 $%(4 !4 %-$(&4 XXXX4 Te,e+#'3&8 Rio de aneiro8 orge ahar1 $%%4 Qole+,o < Qam!o Freudiano no rasil4LUFI1 Qelso /edro4 M&erna .ra05t#%a ra'#,e#ra8 $O4 ed4 S,o /aulo8 Globo1 C4M0IEUS1 M4 H4 M4 et al4 Gra05t#%a a L7n.a P&rt.e'a8 C4 ed4 Lisboa8 Editorial

Qaminho1 $%(%4 #S=rie Ling;6stia)/QHEU1 M4 O #'%r'&: e'trtra & a%&nte%#0ent&8 Irad4 De Eni4 /4 <rlandi4 C4 ed4

Qam!inas1 S,o /aulo8 /ontes1 $%%B4 XXXX4  6a!el da memória4 Jn8 0QH0RD1 /ierre et al4 Pa*e, a 0e0;r#a8 Irad4 !or os=

Horta Kunes4 Qam!inas1 S,o /aulo8 /ontes1 $%%%4 !4 O%-PB4

S0KI<S1 4 S4 ' construço multicultural da igualdade e da diferença. /alestra !roeridano VJJ Qongresso rasileiro de Soiologia da uni*ersidade Federal do Rio de aneiro1 O a& de setembro de $%%Pa4 Ie>to digitado4 P& !4

 XXXX4  6ara uma !edagogia do conflito. Jn8 SJLV01 L4 H4 Ree'trtra23& %rr#%,ar:n&+&' 0a*a' %,tra#'< n&+a' *er'*e%t#+a' e%a%#&na#'8 /orto 0legre8 Sulina1 $%%&4

 7777. Pe,a 03& e A,#%e: & '&%#a, e & *&,7t#%& na *;'-0&ern#ae8 B4 ed4 S,o /aulo8Qortez1 C4 !4 $P-O%4

 XXXX4 U0 #'%r'& '&re a' %#/n%#a'4 B4 ed4 /orto8 0rontamento1 $%%Pb4 Qole+,oHistórias e Jd=ias

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