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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS AJUDÂNCIA-GERAL SEPARATA DO BGPM Nº 47 BELO HORIZONTE, 28 DE JUNHO DE 2016. Para conhecimento da Polícia Militar de Minas Gerais e devida execução, publica-se o seguinte:

SEPARATA DO BGPM Nº 47...POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS AJUDÂNCIA-GERAL SEPARATA DO BGPM Nº 47 BELO HORIZONTE, 28 DE JUNHO DE 2016. Para conhecimento da Polícia Militar de MinasDireitos

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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS AJUDÂNCIA-GERAL

SEPARATADO

BGPM

Nº 47

BELO HORIZONTE, 28 DE JUNHO DE 2016.

Para conhecimento da Polícia Militar de Minas Gerais e devida execução, publica-se o seguinte:

Paulo J Praxedes
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Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação Restrita.

M663iMinas Gerais. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução n. 3.03.11/2016-CG: Regula a implantação da Rede deProteção Preventiva nas comunidades do Estado de Minas Gerais. 2.ed. rev.Belo Horizonte: Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3), 2016.

33 p.: il.

1. Rede de Proteção Preventiva. I. Barbosa, Eduardo Domingues(coord.). II. Rocha, Cláudio Vítor Rodrigues (rev.). III. Polícia Militar deMinas Gerais. Comando-Geral. IV. Título.

CDU - 351.746.7 CDD – 352.2

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da APM - PMMG

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº

4143 – 6º Andar – B. Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº

4143 – 6º Andar – B. Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7799.

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GOVERNADOR DO ESTADOFernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMGCoronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICATen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

1ª EDIÇÃO - 2011Ten Cel PM Idzel Mafra Fagundes

Maj PM Alexandre NocelliMaj PM Lupércio Peres Dalvas

Cap PM Edivaldo Onofre SalazarCap PM Nilton Roberto da Silva

Cap PM Paulo Márcio de Assis Jacinto1º Ten PM Carlos Magno de Sousa Vilaça

1º Ten PM Débora Santos Perpétuo Antunes1º Ten PM Walison dos Santos Alves

2º Sgt PM Luiz Henrique de Moraes Firmino

2ª EDIÇÃO REVISADA - 2016Ten Cel PM Eduardo Domingues Barbosa

Maj PM Paulo Márcio de Assis JacintoCap PM Jackson Carlos da Costa Ramos1º Ten PM Ricardo Pereira Araújo Gomes

1º Ten PM Gabriel Felipe Pereira1º Sgt PM Márcio Correa de Oliveira

3º Sgt PM Stella Maris Pereira

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

2º Sgt PM Claudiney Barroso2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. Neto

Cb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vítor R. Rocha

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CG - Comando Geral

EMPM - Estado Maior da Polícia Militar

KOBAN - Pequenos postos policiais comunitários avançados (Japão)

ONG - Organização Não Governamental

QCG - Quartel do Comando Geral

PM - Polícia Militar ou Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

SENASP - Secretaria Nacional de Segurança Pública

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................5

2 OBJETIVOS...............................................................................................................................7

2.1 GERAL ................................................................................................................................72.1 ESPECÍFICOS........................................................................................................................7

3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................................9

4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE ANÁLISE DO CRIME....12

5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ......14

5.1 SENSIBILIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES ....................................................................................145.2 A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO....................................................................145.3 O CONCEITO E A CRIAÇÃO DAS REDES DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ...........................................155.4 SUB-REDES DE VERIFICAÇÃO................................................................................................175.5 SUB-REDES DE VIGILÂNCIA MÚTUA ........................................................................................185.6 SUB-REDES DE IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................19

6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ..................................................20

6.1 ROTEIROS DE AÇÃO PARA A CRIAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA................................206.2 CADASTRO DOS PARTICIPANTES DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA..................226.3 PLACAS INDICATIVAS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA ......................................................236.4 SOLENIDADE DE IMPLANTAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA.........................................236.5 MANUTENÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA................................................................236.6 MUDANÇAS NO MODO DE AGIR DO POLICIAMENTO PREVENTIVO..................................................25

7 CONCLUSÃO ..........................................................................................................................26

REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................27

ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DA REDE DEPROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG. .......................................................29

ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DE PROTEÇÃOPREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11/16-CG. ............................................................................30

ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) ÀINSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG.......................................................................................................31

ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DE PROTEÇÃOPREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG. ...........................................................................32

ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOS SEGMENTOS DA REDEDE PROTEÇÃO PREVENTIVA) À INSTRUÇÃO N° 3.03.11 /16-CG...................................................34

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INSTRUÇÃO Nº 30.03.11/2016-CG

Regula a implantação da Rede de ProteçãoPreventiva nas comunidades do Estado de MinasGerais.

1 INTRODUÇÃO

A combinação dos impactos causados à sociedade em face do aumento

da criminalidade fez com que as organizações responsáveis pela segurança pública

de um modo geral iniciassem um novo processo e se redescobrissem, redefinindo

missão, visão e valores, prospectados nesse novo cenário, buscando soluções

inovadoras.

Dentro desse contexto, verifica-se que o sentimento de medo é mais forte

do que a própria realidade referente à incidência criminal em Minas Gerais, atingindo

diretamente uma grande parcela da sociedade pacífica e ordeira do Estado.

Assim, o grande desafio das organizações vai além da simples redução

dos índices de criminalidade, devendo abarcar ações efetivas de promoção da

sensação de segurança, mediante intervenções que resultem em aproximar a polícia

do cidadão, para a busca conjunta de soluções.

Diante desse quadro, a Polícia Militar de Minas Gerais desenvolveu uma

estratégia de intervenção preventiva focada na mobilização social, que visa à redução

dos índices de criminalidade e, principalmente, a potencialização da sensação de

segurança por parte da sociedade.

Tal estratégia, denominada “Rede de Proteção Preventiva”, tem por base a

filosofia de polícia comunitária e busca conquistar a confiança e o engajamento das

pessoas, baseando-se no fato de a natureza humana considerar que quando uma

ideia é defendida coletivamente, esta exerce maior influência do que quando é

exposta solitariamente.

Assim, alicerçado no conceito de mobilização social, como um processo

educativo que promove a participação de diferentes pessoas em torno de um

propósito comum, deve-se potencializar a participação das comunidades, empresas,

lideranças e organizações não govermentais (ONGs) na busca de soluções para a

erradicação ou redução de problemas de todas as naturezas que interferem na

qualidade de vida do cidadão, como a fome, a pobreza, o dano ao meio ambiente, o

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desperdício de energia, a criminalidade e o medo do crime, etc.

Portanto, esta intervenção tem que, obrigatoriamente, atender aos vários

segmentos, formando uma coalizão em torno de objetivos comuns, tais como:

proximidade do policial militar com a comunidade, passando este a ser uma

referência para o público em geral; maior integração com o Sistema de Defesa Social,

propiciando ações benéficas à sociedade; e sensibilização das pessoas para que

adotem mudanças de comportamentos, principalmente com medidas de autoproteção

e atuação em rede, contribuindo para a redução da criminalidade e aumento da

sensação de segurança.

A ideia essencial será “cidadão alerta, cidadão participativo”, oportunidade

em que cada pessoa, seja morador, comerciante ou funcionário de determinado

estabelecimento ou indústria, passará a ser uma “câmera viva”, atuando de forma

mútua e comprometida, alertando a todos os integrantes da rede sobre a presença de

pessoas e veículos suspeitos, por intermédio de sinais sonoros, gestuais, uso de

aplicativos para celulares e outras estratégias, impedindo que infratores se utilizem do

fator surpresa e dificultando, assim, sua atuação.

Nesse contexto, é importante que seja mantida uma conexão com a

polícia, garantindo o repasse de informações diretas aos agentes que compõem o

sistema de Defesa Social, os quais, por sua vez, direcionarão suas atuações

pontualmente, onde for necessário.

Desta forma, a presente Instrução apresenta a metodologia de implantação

da “Rede de Proteção Preventiva” em todo o Estado, passando a englobar as Redes

de Vizinhos Protegidos, Comerciantes, Condomínios Residenciais, Imóveis Rurais,

Escolas, Indústrias, Bancos, dentre outros segmentos lícitos e idôneos.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer critérios para a implantação e manutenção das Redes de

Proteção Preventivas nos municípios do Estado de Minas Gerais, visando contribuir

de forma efetiva para a prevenção e repressão criminal.

2.1 Específicos

a) Contribuir para a redução da criminalidade e o aumento da sensação de

segurança nos locais contemplados pelas redes de proteção, por meio do incremento

de ações preventivas e repressivas, alicerçadas na filosofia de polícia comunitária.

b) Promover a mobilização social e a aproximação entre Polícia Militar e

comunidade, desenvolvendo estratégias de atuação em rede, focadas na identificação,

análise e resolução de problemas locais.

c) Ampliar a comunicação direta entre a comunidade e a Polícia Militar,

possibilitando maior confiabilidade por parte do cidadão para transmitir denúncias e

informações de segurança pública que possibilitem o planejamento e o direcionamento

efetivo de ações policiais militares.

d) Despertar nas pessoas o sentimento de pertencimento e de preocupação

coletiva, fomentando a atuação comunitária em sua essência, tornando-as partícipes

do processo e interligadas umas às outras.

e) Reduzir os ambientes favoráveis aos delitos, por meio do incremento de

ações que estimulem o cidadão a utilizar coletivamente os espaços públicos, como

praças, quadras, calçadas e ruas, de forma a inibir a atuação de infratores.

f) Criar nos cidadãos o sentimento de participação solidária e voluntária, de

forma que cada pessoa envolvida na rede de proteção passe a agir como uma

“câmera viva”, compartilhando informações referentes à segurança pública com a

Polícia Militar e demais órgãos pertinentes.

g) Transmitir à população orientações e dicas básicas de segurança que

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contribuam para mudanças de comportamentos, no sentido de evitar a exposição e a

vulnerabilidade ao crime.

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3 JUSTIFICATIVA

As edificações nos grandes centros urbanos demonstram o medo

exteriorizado pelas pessoas em relação à escalada da violência, mormente casas são

transformadas em verdadeiras fortalezas, com muros altos, cercas eletrificadas, bem

como, dispositivos tecnológicos destinados à segurança das pessoas e a vigília

constante do dia a dia do ambiente familiar.

Esta prática vem se alastrando também para cidades interioranas,

interferindo diretamente no modo de vida das pessoas. Nesse sentido, vale indicar

fatores que impulsionam e justificam a criação da Rede de Proteção Preventiva:

a) Missão da Polícia Militar: considerando que a missão da Polícia Militar é

“promover segurança pública por intermédio da polícia ostensiva, com respeito aos

direitos humanos e participação social em Minas Gerais”, a Rede de Proteção

Preventiva é um instrumento que proporciona a efetiva participação da comunidade

na promoção de ambientes mais seguros.

b) Distanciamento da comunidade em geral: as pessoas tendem a se isolar

cada vez mais, e desta forma, perdem suas características essenciais. Afinal, se

agirem em conjunto, com todos os participantes, elas terão maiores possibilidades de

melhorar seu bairro e torná-lo mais seguro. Se estiverem sozinhas, suas chances de

alcançar as autoridades ou de sensibilizar outros parceiros para a conquista de

programas efetivos de segurança são menores.

c) Menos vigilância, mais crime: se as pessoas não estão mais nas praças

e nas ruas, tem-se menos vigilância natural naquela localidade. Ou seja, aqueles que

estiverem pré-dispostos ao crime, à violência e à desordem terão mais facilidade em

agir, porque não precisam mais se preocupar com eventuais testemunhas. Assim, se

as praças e ruas, antes frequentadas pelas famílias, namorados e crianças, estão

agora vazias, elas poderão ser um lugar ideal para o tráfico de drogas e ação de

infratores.

d) Existência de espaços ociosos e perda de oportunidades: imperando o

sentimento de intranquilidade pública em uma determinada comunidade, a

consequência lógica é o êxodo dos participantes daquela localidade para outra região

dentro do município ou mesmo para outras cidades, mesmo que seja apenas por

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medo do crime. Por decorrência, poderá haver uma grande oferta de imóveis no local,

que poderão servir de palco para prática de delitos.

Ressalta-se que uma localidade mal cuidada, com edificações depredadas,

locais públicos mal conservados, tende a criar um ambiente propício para o

vandalismo de maneira cíclica, podendo refletir, conforme já mencionado, também em

desvalorização imobiliária.

e) Vida em comunidade: vale ressaltar que a incidência da criminalidade

leva a uma redução na intensidade da relação entre as pessoas. Por serem vítimas

de delitos, ou conhecerem pessoas que foram vítimas, estas passam a se relacionar

menos umas com as outras, buscando reduzir o risco a que poderiam estar

submetidas, resultando em:

− redução na frequência com que os vizinhos se visitam, conversam ou

trocam gentilezas;

− redução da capacidade de formação de uma identidade de laço entre os

vizinhos;

− redução da vigilância informal dentro das comunidades;

− redução da sensação de segurança das pessoas em relação ao lugar

onde residem.

f) Queda na qualidade de vida: a redução na qualidade de vida das

pessoas também é um dos fenômenos resultantes do aumento da violência. As

pessoas mudam seus hábitos, na busca de reduzir o risco a que estariam

submetidas, neste contexto, verifica-se que estas:

− limitam os locais onde transitam;

− deixam de ir a locais que gostam;

− evitam usar transportes coletivos;

− evitam sair de casa em determinados horários;

− gastam altas somas de recursos na proteção individual e de suas

residências.

Percebe-se, em face deste círculo vicioso, que o avanço do crime e a

sensação de insegurança desestimulam oportunidades e empobrecem regiões.

Portanto, medidas específicas e políticas públicas eficazes são necessárias.

De nada adianta dizer às pessoas que elas estão se preocupando

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desnecessariamente e que o medo que sentem não corresponde com a realidade. É

preciso oferecer medidas que realmente lhes garantam a sensação de segurança.

Assim, diante da impossibilidade da Polícia Militar estar presente em todos

os lugares, ao mesmo tempo, torna-se fundamental que a Instituição busque

estratégias conjuntas e que propiciem um ambiente mais seguro.

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4 A REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA FRENTE AO TRIÂNGULO DE

ANÁLISE DO CRIME

A criminalidade origina-se por diversos fatores intervenientes. No entanto,

de acordo com uma das teorias predominantes, os requisitos para o sucesso de um

crime são basicamente os seguintes:

− criminoso motivado;

− local vulnerável, com ausência de polícia/vigilância no momento do

delito;

− oportunidade dada pela vítima.

Observa-se que estes requisitos são cumulativos, ou seja, o crime só

ocorre se existirem os três fatores simultaneamente. O primeiro é decorrente de

problemas cujas soluções estão em esferas diversas de atuação, bem como na

maioria das vezes são de médio e longo prazo. O segundo depende de fatores

externos e de normas específicas de criação de cargos públicos, com eficácia em

médio e longo prazo. No entanto, o terceiro requisito é afeto principalmente às

atitudes individuais do cidadão, cujas ações, além de serem de baixo custo, podem

ser implementadas em curtíssimo prazo, ou seja, em qualquer momento. Note a

ilustração:

Figura 1 - Triângulo de Análise do Crime (Teoria das Oportunidades)

Fonte: Portaria SENASP nº 002/2007 - Brasília – DF: Secretaria Nacional de Segurança Pública –SENASP, 2007.

Predisposiçãodo autor

Ausência daPolícia/Vigilância

Comportamentoda vítima

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Portanto, constitui-se proposta da Rede:

a) trocar a oportunidade dada pela vítima por cuidados e ações proativas,

com medidas de autoproteção, visando dificultar a atuação do criminoso;

b) estimular a participação vigilante das pessoas, incutindo o senso de

cooperação mútua, a prática de ações de alerta sonoro e identificação visual como

forma estratégia de comunicação. Por exemplo, pessoas suspeitas, veículos parados

com pessoas observando residências, barulhos em casas onde se sabe que os

integrantes estão ausentes, dentre e outros;

c) criar mecanismos para coibir a ação criminosa, tendo por objetivo

melhorar a proteção pessoal e patrimonial e consequentemente, o aumento da

segurança e garantia da paz social.

Para se chegar à implementação efetiva da rede, algumas medidas são

necessárias, sendo fundamental, antes de qualquer iniciativa, a sensibilização das

pessoas que as formarão e os objetivos que querem alcançar.

Por ocasião das reuniões, torna-se possível identificar os problemas que

afetam aquela comunidade específica, sejam referentes aos crimes, criminalidade,

medo do crime, violência e desordem. Dessa maneira, a população pode participar do

planejamento do emprego policial que será aliado às análises de geoprocessamento

e estatística, possibilitando ações para a diminuição da vulnerabilidade do ambiente e

das pessoas.

É necessário, ainda, que haja um policial militar como referência no

suporte de coordenação da Rede de Proteção Preventiva a fim de se estabelecer um

vínculo entre a comunidade e alcançar a confiabilidade, mediante a aproximação

necessária para um bom desenvolvimento dos trabalhos.

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5 PRESSUPOSTOS BÁSICOS PARA A CRIAÇÃO DE REDE DE

PROTEÇÃO PREVENTIVA

5.1 Sensibilização dos Participantes

O artigo 144 da Constituição Federal, conforme já referenciado, retrata que

“Segurança Pública é dever do Estado, Direito e Responsabilidade de todos”. Através

da união de todos é possível participar das cobranças, das ingerências, do

planejamento das ações relativas à Segurança Pública. É preciso organização,

interesse, engajamento e comprometimento das pessoas, sendo fundamental a

participação da comunidade nas ações que visam a sua segurança.

5.2 A importância do Processo de Mobilização

Segundo Toro (1997), “mobilizar é convocar vontades para atuar na busca

de um propósito comum, sob a interpretação e um sentido também compartilhados”.

Nesse sentido, quando as pessoas se sentem mobilizadas, ocorre um

compartilhamento de responsabilidades, principalmente porque uma segurança

melhor deverá contar com as convicções das pessoas e de seu compromisso com

essas convicções.

Um processo de mobilização requer uma dedicação contínua, para que

assim produza resultados no quotidiano das pessoas. Para se entender melhor a

mobilização é necessário entender e transmitir que “aquilo que for orientado a ser

feito, em cada campo de atuação, será também feito por outros, da mesma forma”.

Neste momento, é importante saber ouvir e saber o que falar. A ocasião em que a

comunicação é um importante instrumento visando essa coletivização.

Um processo de mobilização é caracterizado pelo despertar do desejo e da

consciência da necessidade de uma mudança de atitude. Neste contexto, a própria

realidade vivenciada pelo cidadão, com a exposição maciça dos assuntos referentes

à criminalidade colocadas pela mídia em geral, já faz com que exista dentro de cada

pessoa uma vontade subliminar de mudança.

A sociedade, porém, não sabe o que fazer e nem como fazer para

influenciar nas questões referentes à segurança pública. Desta forma deve explicar

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detalhadamente aos cidadãos o que se pretende, mostrando a necessidade,

importância e vantagens de naquela localidade criar a rede. É fundamental levar ao

conhecimento destas pessoas os resultados positivos de experiências similares,

provando a eficácia desta ação que já ultrapassa o caráter experimentalista.

Dessa forma, além de reduzir os índices de criminalidade, a rede

contribuirá para melhoria do ambiente, da qualidade de vida e do bem-estar de cada

integrante.

5.3 O Conceito e a criação das Redes de Proteção Preventiva

A Rede de Proteção Preventiva está diretamente inserta no conceito de

Redes Sociais.

Segundo Capra (2005), “redes sociais são redes de comunicação que

envolvem a linguagem simbólica, os limites e as relações de poder”. São também

consideradas como uma medida de política social que reconhece e incentiva a

atuação das redes de solidariedade local no combate a pobreza e a exclusão social e

na promoção da segurança e do desenvolvimento local.

Ou seja, as redes sociais podem ser definidas como as diversas formas de

representação dos relacionamentos pessoais ou profissionais dos seres entre si ou

entre seus agrupamentos de interesses mútuos.

As redes sociais, conforme explicitado, são aquelas capazes de expressar

ideias políticas e econômicas como surgimento de novos valores, pensamentos e

atitudes. Esse segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada

por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma cultura de

participação é possível, muitas vezes, graças ao desenvolvimento das tecnologias de

comunicação e da informação, à globalização, à evolução da cidadania, à evolução

do conhecimento científico sobre a vida etc. As redes unem os indivíduos,

organizando-os de forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos que

eles possuem em comum.

Basicamente, as redes sociais podem ser divididas em três vertentes:

a) Rede Social Primária ou Informal: são redes de relações entre

indivíduos, em decorrência de conexões preexistentes, relações semi-formalizadas,

que dão origem a quase todos os grupos (SCHERER-WARREN,2007). Ela é formada

por todas as relações que as pessoas estabelecem durante a vida cotidiana, que

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pode ser composta por familiares, vizinhos, amigos, colegas de trabalho,

organizações, etc. As redes de relacionamento começam na infância e contribuem

para a formação de identidades.

b) Rede Social Secundária ou Global: é formada por profissionais e

funcionários das instituições públicas ou privadas, por organizações não

governamentais, organizações sociais etc., e fornecem atenção, orientação e

informação.

c) Rede Social Intermediária ou Rede Associativa: é formada por pessoas

que receberam capacitação especializada, tendo como função a prevenção e apoio.

Podem vir do setor da saúde, igreja e até da própria comunidade.

As redes sociais secundárias e intermediárias são formadas pelo coletivo,

instituições e pessoas que possuem interesses comuns. Elas podem ter um grande

poder de mobilização e articulação para que seus objetivos sejam atingidos.

Dentro deste conceito, as Redes de Proteção Preventiva poderiam ser

definidas amplamente como sendo o compartilhamento de idéias entre pessoas que

possuem interesses e objetivos em comum e também valores a serem

compartilhados. Assim como um grupo de discussão é composto por indivíduos que

possuem identidades semelhantes, as redes surgem principalmente diante da

necessidade de proteção ou maior sensação de segurança ao cidadão e da

possibilidade de resolução de algum problema que, direta ou indiretamente, afete

parte de um grupo ou sua totalidade. Possibilita à discussão de ideias e a absorção

de novos elementos em busca de algo em comum.

Em face dos vários conceitos de redes, fica mais fácil entendê-las, bem

como facilita buscar a formação e o entendimento entre as pessoas e, em especial,

entre a comunidade.

As Redes de Proteção Preventiva são a melhor expressão da filosofia

básica de Polícia Comunitária, ou seja, de uma polícia de aproximação.

Conceitualmente falando são especificamente o conjunto de pessoas organizadas

para executarem ações sistematizadas. Seu objetivo é o de melhorar as relações

entre as pessoas, despertar a consciência solidária e incentivar a vigilância informal,

coibindo a ação de possíveis criminosos e garantindo a segurança pessoal e

patrimonial, por meio de pequenas mudanças de comportamento e compartilhamento

de informações de interesse para a segurança. Possibilita que o policial militar

conheça a comunidade e vice-versa. Ressalta-se que as redes reforçam a missão

primordial da Polícia Militar na contribuição para a paz social, assegurando a

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liberdade e os direitos fundamentais e tornando Minas o melhor estado para se viver.

Dessa forma, a fim de facilitar o funcionamento da rede, é necessária a

formação de um liame, com o objetivo de promover a integração de todos os

componentes, para atuação de forma mútua e comprometida. Esse agrupamento

seria definido, então, como o conjunto de pessoas da mesma localidade, organizadas

em quantidade conforme a natureza de cada segmento. Como a rede é entrelaçada,

poderão ser constituídos vários grupos.

Para tanto, é necessário que todos conheçam contatos e hábitos dos

integrantes. Para garantir maior eficiência da rede, é importante que os participantes

motivem aqueles que ainda não integraram a Rede de Proteção Preventiva.

É importante salientar que as Redes de Proteção Preventiva podem

abranger também os condomínios e outras modalidades de propriedades, até mesmo

no meio rural. Em locais mistos, onde há comércios e residências, por exemplo, todos

podem se integrar.

Em locais onde prevalecem estabelecimentos comerciais, estes deverão

criar estratégias específicas, pois os horários de funcionamento e os interesses

costumam ser semelhante, a motivação é geral e a parceria também é possível.

Uma rede bem estruturada proporciona condições mais adequadas para

discussão de problemas de maior complexidade, facilitando a tomada de decisões.

A formação de cada grupo dá condições para a criação e sistematização

das redes e desta forma serão criadas sub-redes de verificação e as sub-redes de

vigilância mútua.

5.4 Sub-redes de verificação

É a formação de uma cadeia de contatos de uma residência/comércio para

a outra. Os integrantes da rede estabelecem a forma de atuação, considerando como

será feito o contato entre os participantes, horários, frequência, e outros fatores

relevantes.

Geralmente, pode ser feita por meio de telefone ou outras formas de

comunicação, como a criação de grupos para troca de informações entre os

integrantes por meio de aplicativos de mensagens. Salienta-se a necessidade de se

alertar aos participantes da rede acerca da disciplina na postagem de mensagens,

cuidando para que somente assuntos referentes à segurança pública sejam tratados

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pelos integrantes.

Essa sub-rede possibilita que um integrante da rede contate outro

integrante, verificando se naquele momento ou se naquela residência existe algum

problema. Desta forma, são importantes a utilização de códigos, “senhas” ou

combinações entre os componentes da rede de forma a facilitar o apoio. A intenção é

saber se há problema ocorrendo com algum integrante da rede ou se tudo está

dentro da normalidade.

É importante ressaltar que a senha criada deve ser do conhecimento

apenas daqueles que estão envolvidos diretamente com a rede, ou seja, moradores,

comerciantes ou funcionários que a integram. Pode ser estendida também aos

empregados da residência, a critério do morador.

5.5 Sub-redes de vigilância mútua

É o processo de observação explícita à movimentação nas imediações da

residência/comércio vigiado, com a intenção de perceber a presença de pessoas ou

veículos estranhos ou em atitudes suspeitas. Verifica-se nesta sub-rede a

possibilidade de um componente do grupo observar pessoas ou situações que saem

da normalidade, informando no menor tempo possível à Polícia Militar, os problemas

ocorridos.

Esta sub-rede apresenta ainda as seguintes vantagens:

a) o cidadão funciona como uma “Câmera Viva’”;

b) observação é explícita e acontece em tempo real.

Intervenção imediata: em caso de perigo, deve ser dado um sinal por meio

de sons (apito, por exemplo), por meio de lâmpadas ou campainhas instaladas, com

seus interruptores ligados em locais próximos ou outras ações acertadas entre os

integrantes da rede por intermédio de códigos combinados nas reuniões. Pode ser

ainda convencionado o uso de aplicativo de mensagem ou equivalente, em que

conste o contato dos participantes da comunidade. O uso de aplicativos pode ser uma

ótima ferramenta para uma resposta rápida a uma intervenção. Assim, em caso de

problemas, um vizinho aciona o outro e, consequentemente, a PMMG, sempre por

meio do telefone 190 e, posteriormente, de outras formas a serem ajustadas.

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5.6 Sub-redes de identificação

É a identificação das casas, prédios e dos diversos estabelecimentos e

ruas que integram a rede com a utilização de placas personalizadas e já

padronizadas, que demonstrem a todos que aquele segmento faz parte da Rede de

Proteção Preventiva , em parceria com a Polícia Militar.

Não incluir propagandas nas placas, devendo seguir, obrigatoriamente, o

modelo já existente, conforme Anexo E.

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6 SISTEMATIZAÇÃO DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA

6.1 Roteiros de ação para a criação da Rede de Proteção Preventiva

6.1.1 Passos que antecedem a 1ª Reunião: ações para formação dos grupos

a) Identificando o interesse em implantar a Rede de Proteção Preventiva, o

cidadão deve ser instruído pelo Comandante de setor/subsetor, gestor e responsável

pela condução da Rede de Proteção Preventiva, acerca dos procedimentos para a

construção da rede, inclusive quanto à mobilização de outras pessoas na comunidade.

Nessa etapa, sugere-se que seja feito um pré-cadastro dos interessados que tiveram a

iniciativa em procurar a PMMG, uma vez que serão os corresponsáveis pela

implantação da rede e atuarão como mobilizadores (disseminadores) na comunidade.

b) Verificada a necessidade de implantação de uma rede, considerando a

análise criminal concomitante com os conhecimentos produzidos pela Inteligência de

Segurança Pública (ISP), realizada em determinada área ou localidade, a Polícia

Militar deve estimular a participação de moradores, comerciantes, industriário etc.,

conforme o caso, preferencialmente aqueles que tenham sido vítimas de crimes

violentos.

Esse processo é uma oportunidade de aproximar a comunidade local da

Polícia Militar, de forma que as pessoas sejam envolvidas na reunião de criação da

“Rede de Proteção Preventiva”. Sugere-se a distribuição de informativos para as

pessoas da localidade (moradores, comerciantes, etc.), com especificação de data,

hora e local da reunião.

c) Estabelecer qual pessoa será o representante da Rede de Proteção

Preventiva a participar junto com o gestor da Polícia Militar, podendo haver mais de

uma pessoa, a fim de atuar como facilitador da comunicação, promover a integração

entre os envolvidos, colocando em prática os pressupostos e princípios da atividade.

Torna-se importante verificar a idoneidade desse representante, a fim de estabelecer a

parceria com pessoas ordeiras.

d) Solicitar ao representante da Rede de Proteção Preventiva que viabilize,

no que couber, contato/visita de aproximação com:

- as lideranças religiosas da região – são importantes facilitadores para

implantação da Rede de Proteção Preventiva. Podem contribuir para a mobilização e

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divulgação do trabalho na comunidade através do envolvimento de pessoas nas

reuniões da rede;

- as lideranças possuidoras de mídias locais, que ajudarão na divulgação e

mobilização dos cidadãos para as reuniões da rede, através da divulgação de matérias

jornalísticas acerca da atividade a ser desenvolvido na comunidade;

- os representantes de associações, conselhos comunitários, funcionários

dentre outros;

- os líderes comunitários que não tenham vínculos políticos e que sejam

referência na comunidade.

e) Agendar com as lideranças a realização da primeira reunião para a

implantação da da rede, cuja data, horário e local devem ser definidos de modo que

proporcione a participação do maior número de pessoas interessadas.

f) Confeccionar um modelo padrão de convite para a reunião (vide Anexo

A). Sugere-se que seja apresentado nas reuniões da Rede de Proteção Preventiva,

podendo ser inserido como matéria em veículos de comunicação utilizados pelas

associações e conselhos comunitários, veiculado pelas redes sociais ou distribuído,

impresso, na comunidade.

6.1.2 Primeira reunião: implementação efetiva da Rede de Proteção Preventiva

O Comandante de setor/subsetor, gestor e responsável pela efetivação da

Rede de Proteção Preventiva deverá dentre outras ações:

a) Preparar a palestra para ser apresentada a rede.

b) Buscar informações de análise criminal e de Inteligência de Segurança

Pública do local onde será implantada a rede, a fim de delinear cenário.

c) Preparar o local onde ocorrerá a palestra, preferencialmente na própria

comunidade. Quanto aos recursos materiais para montagem do dispositivo local da

reunião, sugere-se 01(uma mesa), 01 (um) kit multimídia (computador, projetor de

mídia, etc.) e microfone. Deve-se evitar formação de mesa de honra para autoridades,

personalidades ou quaisquer representantes civis, militares e políticos.

d) Apresentar-se aos participantes, dando a oportunidade também, quando

possível, aos demais presentes. Conforme a rede a ser criada, solicitar que os

interessados exponham, de forma rápida e de acordo com as suas percepções, quais

os problemas recorrentes no ambiente a ser abrangida pela rede.

e) Informar aos participantes que as atividades discutidas na primeira

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reunião serão somente para implantação, oportunidade em que o gestor da Rede

deverá explicar de forma objetiva a metodologia de funcionamento da rede. Embora a

primeira reunião não seja a mais adequada para se tratar questões como o emprego

de policiamento, bem como questões atinentes ao efetivo policial e estatísticas de

crimes na região, o policial militar palestrante deve conhecer bem estes detalhes.

f) Ser claro e preciso durante a palestra, evitando uso de “jargões, gírias e

manifestações de posicionamentos pessoais”. O militar deve estar apto a ouvir críticas

e informar que outras instituições também estão inseridas no cenário da Defesa Social,

sem, contudo, criar polêmica ou atribuir responsabilidades a qualquer outro órgão ou

Instituição.

g) Sensibilizar as pessoas a adotarem um comportamento mais solidário de

forma a estarem dispostas a compartilharem rotina, buscando potencializar a rede de

vigilância mútua.

h) Solicitar aos participantes a mobilizarem o maior número de pessoas

para integrarem a Rede de Proteção Preventiva.

i) Criar as sub-redes de monitoramento, identificação e verificação.

j) Fomentar a constituição de mídia social, dentre as tecnologias

disponíveis, a fim de facilitar a comunicação entre os envolvidos. O administrador do

grupo deverá ser um dos integrantes, preferencialmente aquele estabelecido como elo,

a fim de se distribuir as responsabilidades entre os participantes e dinamizar a troca de

informações.

k) Recomenda-se que antes da entrega das placas seja realizada pelo

menos uma reunião, além da reunião de instalação, a fim de solidificar e obter o maior

número de adeptos para a rede, se possível, convidando novos participantes.

6.2 Cadastro dos participantes das reuniões da Rede de ProteçãoPreventiva

A Polícia Militar coordenará o cadastramento formal de todos os

participantes (Anexo B). Somente poderá encomendar e receber a placa da rede para

fixação no imóvel, o participante constante no cadastro.

O acesso ao cadastro geral de todos os participantes será de

responsabilidade do policial militar coordenador da atividade e da liderança

legitimamente reconhecida pela rede.

Este cadastro é de uso restrito no trabalho da rede, para controle da PMMG

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e dos participantes. Em hipótese alguma o cadastro poderá ter outra utilização, haja

vista que as informações ali contidas são sigilosas. Não será fornecida cópia do

cadastro aos participantes da rede.

6.3 Placas indicativas da Rede de Proteção Preventiva

Caberá à PMMG repassar o tamanho e o padrão das placas de

identificação, que serão confeccionadas nas medidas de 42 x 30 centímetros (largura x

altura), conforme Anexo E.

A PMMG não será responsável por fazer encomendas de placas e

indicações de locais para confecção de material destas, tampouco recolherá valores

para aquisição.

O orçamento das placas, bem como a encomenda da quantidade

necessária e o recolhimento do pagamento de cada participante, deverá ser feito pela

liderança da rede.

6.4 Solenidade de implantação da Rede de Proteção Preventiva

Ao final dos trabalhos alusivos à implantação da rede, sugere-se realizar

uma solenidade para a entrega das placas, como forma de demonstrar a importância

da atividade.

Caso haja outros interessados em participar da rede, os procedimentos

deverão ser idênticos aos já existentes e poderão ser inseridos em grupos

anteriormente estabelecidos.

6.5 Manutenção da Rede de Proteção Preventiva

Com a entrega das placas, encerra-se a primeira etapa de implantação do

da Rede de Proteção Preventiva. O Comandante de setor/subsetor, gestor e

responsável pela rede, deverá acompanhar o desenvolvimento das ações,

promovendo visitas frequentes aos líderes, zelando para que as atividades estejam em

consonância com os ditames dessa Instrução.

As reuniões devem ser dinâmicas, preferencialmente mensal, com o horário

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de início e término previamente definidos com pauta programada. É recomendável que

se façam atas das reuniões e listas de presença, de forma a documentar as

discussões a serem analisadas e medidas decorrentes, sendo obrigatório por parte do

policial militar envolvido o registro das reuniões Boletim de Ocorrência Simplicado

(BOS), conforme o tipo de reunião/visita realizada.

Para o sucesso da atividade, é importante a divulgação aos veículos de

comunicação sobre as ações desencadeadas naquele local, visando maior adesão,

aumento da credibilidade e da sensação da segurança subjetiva. Torna-se relevante

o treinamento dos policiais militares que realizam o atendimento às ocorrências, para

que esses conheçam a atividade e assim prestem apoio aos integrantes da Rede de

Proteção Preventiva.

Sugere-se que as reuniões, dentre outras questões, sejam tratados os

seguintes assuntos:

a) incentivar os cidadãos acionar a Polícia Militar no caso de qualquer

suspeição. É importante a agilidade e presteza quando dos acionamentos feitos pela

comunidade, sendo, ainda, fundamental, que seja dado retorno aos cidadãos da ação

desencadeada;

b) dar conhecimento à comunidade de como ocorrem às abordagens

típicas de polícia, orientando quanto à importância deste procedimento e que por

meio delas é que serão localizadas pessoas foragidas da justiça, apreensões de

armas de fogo e prevenção a outros crimes;

c) alertar e sensibilizar a comunidade quanto à necessidade de

aproximação e diálogo com os policiais de serviço, demonstrando claramente a

importância e o reconhecimento;

d) informar quanto à eficiência do trabalho desenvolvido por intermédio de

outras experiências de criação das redes, bem como buscar alternativas de

melhorias;

e) alertar sobre cuidados relativos a novas modalidades criminosas;

f) ministrar palestras com dicas de seguranças direcionadas à realidade de

cada rede;

g) promover visitas aos cadastrados, a fim de identificar as

vulnerabilidades e sugerir adoção de medidas preventivas, exemplificando nas

reuniões algumas sugestões;

h) divulgar boas atuações de interesse comum.

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Fica a critério do Comandante de setor, subdividir a Rede, considerando o

número de integrantes e da área de abrangência. É recomendável indicar o policial

militar agente de informações, a fim de ser o elemento de ligação com outros grupos

de difusão de informações gerais de interesse da Instituição, devendo estar lotado na

mesma Fração PM em que pertencer o Gestor da Rede.

A Rede de Proteção Preventiva deve ser alvo de avaliação permanente por

parte da UEOp, a fim de aferir seus resultados quanto redução dos índices de

criminalidade e, principalmente, a melhoria da sensação de segurança do cidadão.

6.6 Mudanças no modo de agir do policiamento preventivo

A fim de dar efetividade à Rede de Proteção Preventiva, torna-se

fundamental a UEOp:

a) efetivar a setorização do patrulhamento, atribuindo responsabilidade

territorial a todos os integrantes que atuam no rádio-patrulhamento;

b) implementar serviços preventivos de acordo com a demanda local;

c) orientar o efetivo a adotar um comportamento ostensivo junto à

comunidade, ou seja, real presença do policial próximo ao cidadão;

d) sensibilizar os policiais militares conhecerem o propósito da rede e qual

papel desempenhará junto àquela comunidade;

e) valorizar os policiais militares que atuam na mobilização da comunidade.

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7 CONCLUSÃO

O policiamento comunitário, na prática, é aquele que ultrapassa a visão do

atendimento de ocorrências ou da prisão de cidadãos em conflito com a lei, ou seja,

transcende a visão de policiamento tradicional, ampliando o leque de ações,

buscando atuar em todos os fatores que concorrem para a intranquilidade pública,

bem como minimizar a degradação das áreas urbanas que contribuíram diretamente

para o aumento da incidência criminal, impulsionando para que as instituições

envolvidas no combate ao crime se adaptem a uma nova filosofia.

A participação de cada cidadão é fundamental para a prevenção da

criminalidade. É fundamental importância antecipar-se ao problema, por meio de

atitudes e ações coordenadas e integradas com todos os agentes de forma objetiva.

Desta forma, aumenta-se a utilização de “atitudes não-tradicionais”,

aquelas ligadas a ações comunitárias do tipo: organização da comunidade, educação

da população, alteração do contexto físico, mudanças no contexto social e da

sequência de eventos, provocando a alteração no comportamento dos potenciais

agentes de delitos, fazendo com que o crime seja, senão totalmente erradicado

daquela localidade, pelo menos reduzido a índices aceitáveis.

A proximidade com a comunidade são demonstrações efetivas desta nova

forma de se fazer polícia, onde os cidadãos integrados com policiais militares

discutem a realidade da sua região.

Por intermédio de pequenas mudanças de comportamento, maior

solidariedade entre as pessoas e, consequentemente, a adoção da correta

metodologia aqui referenciada, Polícia Militar e comunidade reduzirão muito os

índices de crimes nas ruas, estabelecimentos e áreas comerciais onde as redes

forem implementadas, reduzindo também o medo do crime e aumentandoa sensação

de segurança.

Revoga-se a Instrução nº 3.03.11/2011-CG, de março de 2011, que tratava

da Rede de Vizinhos Protegidos na PMMG.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÕNIO BARARÓ BIANCHINI, CORONEL PM

Comandante-Geral

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REFERÊNCIAS

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BAYLEY, David. Padrões de policiamento. São Paulo: Universidade de São Paulo,2001. 269 p. ED USP Vol1 Coleção polícia e Sociedade.

BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: Uma Análise InternacionalComparativa.Tradução de Renê Alexandre Belmonte. –2.Ed.1.Reimp.– São Paulo:Editora da universidade de São Paulo, 2006. – (Polícia e Sociedade; n.1).

BRASIL.Constituição.Constituição da República Federativado Brasil. SenadoFederal, Brasília, DF,1988.

. Poder Executivo. Curso Internacional de Multiplicador dePolícia Comunitária – Sistema Koban – MJ/PROASCI. São Paulo, 2008.

. Poder Executivo. Programa Nacional de Segurança Pública comCidadania- PRONASCI. Brasília (DF),2007.

BRODEUR, Jean Paul. Como reconhecer um bom policiamento. São Paulo:Universidade de São Paulo,2001.

CAPRA, Fritjof. As conexões ocultas. São Paulo: Cultrix, 2005, 296p.

CARVALHO, Glauber da Silva. Policiamento Comunitário - Origens. SP: PolíciaMilitar do Estado de São Paulo, Apostila, 1.998.

CERQUEIRA, C. M. N. Do patrulhamento ao policiamento comunitário. 2. ed.Riode Janeiro: Frei Bastos,2001.

MINAS GERAIS, Polícia Militar. Diretriz para a Produção de Serviços deSegurança Pública nº 3.01.01/2010 – CG. Regula o Emprego Operacional da PolíciaMilitar de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3, 2010.

. Diretriz nº 3.02.01/2009. Regula procedimentos e orientações paraa execução com qualidade das operações na Polícia Militar de Minas Gerais. BeloHorizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2009.

. Diretriz nº 3.02.02/2009. Estabelece diretrizes gerais para asatividades de coordenação e controle a serem realizadas no âmbito da Polícia Militarde Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2009.

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. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº3.01.05/2011-CG. Regula a filosofia dos direitos humanos, na Polícia Militar deMinas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2011.

. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº3.01.06/2011-CG. Regula a filosofia do policiamento comunitário, na Polícia Militarde Minas Gerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2011.

. Diretriz para a produção de serviços de segurança pública nº3.02.05/2014-CG. Regula o apoio à criação e funcionamento de ConselhosComunitários de Segurança Pública, pela PMMG. Belo Horizonte: Comando-Geral,EMPM3,2014.

. Instrução nº 3.03.05/2010-CG. Regula a atuação operacional dospoliciais-militares lotados nos Destacamentos e subdestacamentos da PMMG.BeloHorizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2010.

. Instrução nº 3.03.07/2010-CG. Regula atuação da BaseComunitária (BC) e da Base Comunitária Móvel (BCM) na Polícia Militar de MinasGerais. Belo Horizonte, MG: Comando-Geral, EMPM3,2010.

ROLIM, Marcos. A síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurançapública no Século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.; Oxford, Inglaterra:Universityof Oxford, centre for Brazilian Studies,2006.

SKOGAN, W.G.Participação da comunidade e policiamento comunitário. SãoPaulo, Ed. USP,2002.

SKOLNICK, Jerome H. &Bayley, David H. Policiamento Comunitário. ColeçãoPolícia e Sociedade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2002, nºouvol6128p.

TORO, José Bernardo. Mobilização social.Brasília: Ministério de Meio Ambiente,1997.

TROJANOWICZ, Robert & BUCQUEROUX, Bonnie. Policiamento comunitário:como começar. Rio de Janeiro, Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,2003.

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ANEXO “A” (MODELO DE CONVITE PARA PARTICIPAÇÃO EM REUNIÕES DAREDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA

Prezado Cidadão ____________________________, você estáconvidado a participar de reunião comunitária para implantação da Redede Proteção Preventiva.

Trata-se de uma integração entre a Polícia Militar e os diversossegmentos para planejamento mais eficiente, através de discussões sobrea segurança pública, identificando, analisando e propondo soluções paraos problemas locais. Sua participação é muito importante.

Local: ________________________________________Data: _____/_____/_____ Horário: ______:______

Xº Batalhão de Polícia Militar – Xª Cia EspecialRua Tal, número Y, Bairro Z, BH/MG – Tel.: (31) 9999-9999

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “B” (FORMULÁRIO DE CADASTRO DE INTEGRANTES DA REDE DEPROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11/16-CG.

CADASTRO DE INTEGRANTECÓDIGO

Nome da rua: Nº:

Grupo:

Dados Pessoais:

Nome:

Filiação: Pai: Mãe:

Endereço:Rua/Av: Nº Compl.

Bairro:

Telefone residencial Telefone comercial Telefone celular

RG: CPF: e-mail:

Veiculo (s):Placa Modelo Cor Obs.

Contatos familiares:Nome Parentesco Telefone contato (1) Telefone contato (2)

Outros contatos:Nome Tipo relacionamento Telefone contato (1) Telefone contato (2)

(data/local): _________________, ______ de __________________ de ________.

(nome policial militar)Gestor da Rede

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

(LOCAL E DATA) __________ - ______

UEOp___________

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ANEXO “C” (MODELO DE ATA DAS REUNIÕES DA REDE DE PROTEÇÃOPREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

REGIÃOUNIDADE OPERACIONAL

Local:______________, ______de___________de_______.

1. Título da Reunião:

2. Cidade___________, ____ de ______________ de _____ das hh:min as hh:min:

3. Local:

4. Introdução: (descrição do título do evento e número de participantes)

5. Pauta: (assuntos a serem tratados e respectivos responsáveis)

6. Desenvolvimento: (descrição dos principais temas discutidos na reunião, comreferência às decisões e recomendações feitas aos participantes)

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “D” (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARA REDE DEPROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

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ANEXO “D” – VERSO (FOLDER CONTENDO DICAS DE SEGURANÇA PARAREDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “E” (MODELO DE PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DOS DIVERSOSSEGMENTOS DA REDE DE PROTEÇÃO PREVENTIVA) à Instrução n° 3.03.11 /16-CG.

TAMANHO DA PLACA: 42 cm x 30 cm (LxA)

Nota: a expressão “Local Monitorado” poderá ser adaptada conforme o tipo de localcontemplado pela Rede de Proteção Preventiva (exemplos: “Escola Monitorada”;“Residência Monitorada”; “Comércio Monitorado”; etc).

(a) MARCO ANTÔNIO BADARO BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROGEA

Regula o Programa de Educação Ambiental da PolíciaMilitar de Minas Gerais

2ª Edição revisada

Belo Horizonte – MG2016

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Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação restrita.

M663iMINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução nº3.03.12/2016-CG: Regula o Programa de Educação Ambiental – PROGEA– pela Polícia Militar de Minas Gerais. 2.ed. rev. Belo Horizonte: PMMG –Comando-Geral, 2016.

79 p.: il.

1. Programa de Educação Ambiental – PROGEA 2. Meio Ambiente –Educação. 3. Clubinho Ambiental. 4. Programas sociais de prevençãoInfanto / juvenis. 5. Mediador do PROGEA – Curso.I. Guedes, GibranCondé (coord.). II. Nocelli, Alexandre (rev.). III. Polícia Militar de MinasGerais. Comando-Geral. IV. Título.

CDU: 37.035 CDD: 370.193

Ficha catalográfica elaborada pela Secretaria de Pesquisa do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação/APM - PMMG

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro

Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro

Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7799.

Diretoria de Meio Ambiente (DMAT)

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143 – 6º andar - Bairro

Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil. CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7955.

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GOVERNADOR DO ESTADOFernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMGCoronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIORCel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIORCel PM Robson José de Queiroz

DIRETOR DE MEIO AMBIENTE E TRÂNSITOCoronel PM Idzel Mafra Fagundes

SUPERVISÃO TÉCNICATen Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Rocha

Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

1ª EDIÇÃO - 2013

Cel PM QOR Claudio Cesar TrevisaniTen Cel PM QOR Edivaldo Onofre Salazar

Ten Cel PM Winston Coelho CostaMaj PM Valmir José Fagundes

Maj PM Alexandre Magno de OliveiraMaj PM Hudson Matos Ferraz Júnior

Maj PM Gilson de Oliveira WenceslauCap PM José Procópio Correa JuniorMaj PM Rommel Trevenzoli de Abreu

Maj PM Ageu Evangelista FerreiraCap PM Fernando Costa da Silva

Cap PM Marco Aurélio Zancanela do CarmoCap PM Carlos Henrique Sousa da Silva

2º Ten PM Luiz Carlos de Siqueira1º Sgt PM Francisco de Paula Ferreira Neto2º Sgt PM Luiz Henrique de Moraes Firmino Cb PM Álvaro Bernardo Lauriano Flausino

Sd PM Luciano de Almeida LopesProfª. Mara Lúcia Rodrigues CostaPedagoga Gleisa Calixto Antunes

2ª EDIÇÃO REVISADA - 2016

Ten Cel PM Gibran Condé GuedesMaj PM Fernando Costa da Silva

Maj PM Carlos Henrique Sousa da SilvaMaj PM Jovanio Campos MirandaCb PM Daniel Alexandre Gomes

Pedagoga Gleisa Calixto AntunesPedagoga Mônica Viotti Campos Oliveira

COLABORADORES1º Ten PM Cristina Almeida Dani

1º Ten PM Nathalia Carriere Faria Paulino1º Sgt PM Francisco de Paula Ferreira Neto

Cb PM Wesley Toste FlischCb PM Álvaro Bernardo Lauriano Flausino

Cb PM Luciano de Almeida LopesCb PM André Francisco Guedes da Silva

Profª. Mara Lúcia Rodrigues Costa

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar2º Sgt PM Claudiney Barroso

2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. NetoCb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

APM _ Academia de Polícia Militar

ARPA _ Associação Regional de Proteção Ambiental

BI _ Boletim Interno

CBH _ Comitê de Bacias Hidrográficas

CEMIG _ Companhia Energética de Minas Gerais

CG _ Comando-Geral

CERH _ Conselho Estadual de Recursos Hídricos

Cia PM Ind MAT _ Companhia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente eTrânsito

Cia PM IndMAmb _ Companhia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente

CODEMA _ Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente

CF _ Constituição Federal

DAOp _ Diretoria de Apoio Operacional

DMAT _ Diretoria de Meio Ambiente e Trânsito

DPSSP _ Diretriz para a Produção de Serviço de Segurança Pública

EA _ Educação Ambiental

EMPM _ Estado-Maior da Polícia Militar

EMPM3 _ Seção Estratégica de Emprego Operacional

EMATER _ Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

FEAM _ Fundação Estadual de Meio Ambiente

GEPAR _ Grupo Especializado em Áreas de Risco

IEF _ Instituto Estadual de Florestas

IGAM _ Instituto Mineiro de Gestão das Águas

IMA _ Instituto Mineiro de Agropecuária

ONG _ Organização Não-Governamental

ONU _ Organização das Nações Unidas

PNUMA _ Programa das Nações Unidas de Meio Ambiente

PROERD _ Programa Educacional de Resistência às Drogas

PROGEA _ Programa de Educação Ambiental

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PMMG _ Polícia Militar de Minas Gerais

PPMAmb _ Patrulha de Prevenção à Degradação do Meio Ambiente

RPM _ Região da Polícia Militar

SEMAD _ Secretaria de Estado do Meio Ambiente e DesenvolvimentoSustentável

SISEMA _ Sistema Estadual de Meio Ambiente

SISNAMA _ Sistema Nacional de Meio Ambiente

TPB _ Treinamento Policial Básico

UEMG _ Universidade do Estado de Minas Gerais

UEOp _ Unidade de Execução Operacional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................9

2 OBJETIVOS ......................................................................................................................122.1 Geral..............................................................................................................................122.2 Específicos ...................................................................................................................12

3 FUNDAMENTAÇÃO..........................................................................................................133.1 Tratado de Tbilisi ..........................................................................................................133.2 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981).................................................133.3 Constituição Federal.....................................................................................................133.4 Agenda 21.....................................................................................................................143.5 Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999...............................................................143.6 Instrução nº 3.03.01/2009-CG......................................................................................15

4 DEFINIÇÃO DE TERMOS ................................................................................................16

5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO PROGEA..................................................................19

6 HABILITAÇÃO PARA A ATIVIDADE DE MEDIADOR...................................................206.1 Curso de Formação de Mediadores do PROGEA.......................................................206.2 Inscrição, seleção e designação de candidatos ..........................................................206.3 Requisitos para a participação em treinamentos.........................................................216.4 Critérios para desligamento do discente em cursos de formação do MediadorPROGEA.....................................................................................................................................216.5 Avaliação da aprendizagem .........................................................................................22

7 EXECUÇÃO DO PROGRAMA..........................................................................................237.1 Ações e Desdobramentos ............................................................................................237.2 A mediação...................................................................................................................247.3 Atividades na Escola ....................................................................................................25

8 ELEMENTOS ESSENCIAIS AO PLANEJAMENTO.......................................................268.1 Formalização do atendimento ......................................................................................268.2 Emprego do Mediador do PROGEA............................................................................268.3 Uniforme e armamento.................................................................................................278.4 Ocorrências policiais e disciplina escolar ....................................................................27

9 INDICADORES E METODOLOGIAS AUXILIARES DE AVALIAÇÃO ...........................289.1 Indicador de Efetivo Empregado/Turmas Atendidas ...................................................289.2 Avaliação da percepção do programa pela família......................................................299.3 Avaliação da Variação da Percepção Ambiental (Técnica por Desenhos).................31

10 AÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA – CLUBINHO AMBIENTAL......................................40

11 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS..................................................4111.1 Estado-Maior da Polícia Militar.....................................................................................4111.2 Diretoria de Meio e Ambiente e Trânsito......................................................................4111.3 Regiões de Polícia Militar .............................................................................................4111.4 Unidades de Execução Operacional............................................................................42

12 PRESCRIÇÕES DIVERSAS .............................................................................................44

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................45

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ANEXO “A” (MALHA CURRICULAR DO CURSO DE MEDIADORES PROGEA) ÀINSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG..............................................................................................48ANEXO “B” (PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DO PROGEA)A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG..........................................................................................49ANEXO “C” (MODELO DE AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO) A INSTRUÇÃO Nº3.03.12/2016-CG.........................................................................................................................53ANEXO “D” (FORMULÁRIO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG 55ANEXO “E” (TERMO DE COMPROMISSO ENTRE A UNIDADE EXECUTORA E ESCOLA) AINSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG..............................................................................................56ANEXO “F” (MODELO DE CRONOGRAMA DE EMPREGO SEMANAL/ QUINZENAL DOMEDIADOR PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG...................................................59ANEXO “G” (REGRAS DE ELEIÇÃO DO CONSELHO DIRETOR DO “CLUBINHOAMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG..................................................................60ANEXO “H” (NORMAS DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG64ANEXO “I” (AÇÕES DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG.....68ANEXO “J” (MODELO DE RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DO MEDIADORPROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG........................................................................80ANEXO “K” – (MODELO DE CADASTRO DE ALUNOS ATENDIDOS PELO PROGEA) ÀINSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG...........................................................................................83

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG

Regula os procedimentos para o desenvolvimentodo Programa de Educação Ambiental pela PolíciaMilitar de Minas Gerais.

1 INTRODUÇÃO

No conceito de sustentabilidade ambiental, duras são as palavras,contundentes são os exemplos de degradação do meio ambiente e do própriohomem; ações são imaginadas e não construídas e, por isso, já nascem mortas.

A natureza não segue o mesmo compasso da evolução humana. A reposiçãodos recursos naturais demanda tempo e, daí, o antagonismo: “homem ecológico ehomem econômico”. Isso determina a adoção de medidas que visem minimizar osimpactos degradantes sobre o meio ambiente e viabilizem o estabelecimento doprincípio de equilíbrio, pautado no conceito de desenvolvimento sustentável.

Os mecanismos de respeito ao meio ambiente não serão o altruísmo e oradicalismo, mas a mudança de hábitos e costumes via educação, conscientização e,por conseguinte, ações de respeito à natureza como fator de continuidade à vida.

A atividade de educação ambiental na PMMG deve ser orientada à públicosdistintos, tendo como objetivo prioritário a execução de ações direcionadas e focadasna prevenção às infrações penais e administrativas contra o meio ambiente.

A predominância de ações isoladas, pontuais, não mensuráveis e, portanto,inócuas, não somente suscitam a necessária visão crítica sobre educação ambiental,como também delimitam a construção do “horizonte ético” junto às diversascomunidades, visando à proposta de resolução ou minimização de problemas decunho ambiental e social.

Ao se estabelecer o horizonte ético na educação ambiental torna-seimprescindível considerar três questionamentos básicos: O QUE FAZER? COMOFAZER? E QUANDO FAZER?

Ao buscar respostas para esses questionamentos perceber-se-á que aparticipação da comunidade será fundamental para se chegar aos resultadospretendidos. Isso implica um intenso processo de mobilização social em que cadaintegrante dos diversos segmentos da sociedade se tornará um reeditor do imaginárioproposto, o mesmo ocorrendo com o público interno da PMMG.

A Polícia Militar vem investindo e ampliando os recursos e ações voltadas àprevenção por intermédio de processos educacionais, priorizando programas, projetose serviços que vêm obtendo excelentes resultados e grandes benefícios sociais, taiscomo: Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD), Grupo Especial

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de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR), Patrulha de Prevenção à Degradaçãodo Meio Ambiente (PPMAmb), Policiamento Escolar e Base Comunitária Móvel, todosfocados na resolução de problemas e, portanto, de caráter preventivo.

A PMMG investirá na educação ambiental sistematizada, com foco naprevenção, orientando-se pelo (a):

a) preservação e conservação do meio ambiente e promoção da qualidade devida;

b) desenvolvimento sustentável como política pública;

c) combate à exploração desordenada e irregular de recursos naturais;

d) socialização do conhecimento sobre as normas e legislação ambiental;

e) preservação do patrimônio histórico e cultural protegido pela legislaçãoambiental vigente;

f) legislação ambiental vigente, ainda pouco conhecida pela maioria dapopulação.

g) oportunidade oferecida pelo reconhecimento da sociedade mineira sobreas ações desenvolvidas pelo policiamento ambiental em nosso Estado.

O início de um trabalho sistematizado e continuado na área da educaçãoambiental exige a concepção de um “horizonte ético” proposto e que seja dirigido àescola (núcleo base), à comunidade e às instituições ambientais existentes nomunicípio (perspectivas de extensão).

A construção desse horizonte deverá contemplar a junção dos diversosconceitos em sua forma prática. Uma das ferramentas mais importantes nodesenvolvimento deste processo é a mobilização social, resultado da integração detodos os segmentos da sociedade na continuidade e reedição do Programa deEducação Ambiental (PROGEA).

As ações de educação ambiental, para efeito deste programa, deverão sebasear nos critérios de vulnerabilidade socioambiental, fragmentação do espaço eexequibilidade. Assim entendido, o programa será direcionado às escolas queapresentem maior vulnerabilidade socioambiental, respeitando-se o princípio de“pensar global e agir localmente” e, especialmente, observando-se as possibilidadesde solução ou minimização dos problemas ambientais locais.

A melhor forma de se trabalhar na prevenção das infrações ambientais é aadoção de um trabalho metodológico e científico que, depois de avaliado e ajustado,corresponda às expectativas de todos os reeditores (a coletividade), responsáveislocais pelo seu processo de construção e execução. Como se verá adiante, as

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metodologias pedagógicas consideradas na presente instrução respeitam e sãocoerentes com tais assertivas.

Assim sendo, torna-se importante ressaltar a abordagem crítica sobre aeducação ambiental, bem como conhecer e compreender os princípios e conceitospresentes nesta instrução, que remetam à PMMG a concepção de doutrinas,diretrizes e ações eficientes no campo da educação ambiental, digna do povo mineiroe da Polícia Militar de Minas Gerais.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estimular alunos do 4º ano do ensino fundamental das escolas das redespública e particular do estado de Minas Gerais a serem competentes e hábeis1 àadoção de comportamentos socioambientais, que visem contribuir para a prevençãoambiental, a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida2, conhecendo ereconhecendo o meio ambiente onde se encontram inseridos.

2.2 Específicos

a) Fomentar o processo de mobilização social visando o estabelecimento deuma rede social local para a minimização ou solução dos problemas ambientaisdetectados a partir do programa desenvolvido na escola.

b) Promover a compreensão entre os ambientes existentes nas diversascomunidades e suas inter-relações, focando a utilização responsável dos recursosnaturais e artificiais.

c) Estabelecer relações positivas entre alunos, comunidade escolar, PolíciaMilitar, poderes públicos e ONGs, dentre outros.

d) Estimular um diálogo contínuo entre “Escola, PMMG, comunidade/poderpúblico e família” nas questões afetas à educação ambiental.

1 Tratado de Tbilisi, Geórgia, ex-URSS, de 14 a 26 de outubro de 1977, e Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de1999.2 Artigo 225 CF/88; Teoria do Ecodesenvolvimento (SACHS, IGNACY – 2003), no que couber, a compatibilidadedo “homem ecológico e homem econômico”, buscando o ponto de equilíbrio do desenvolvimento sustentável,destacando a utilização dos recursos naturais de forma racional e buscando sempre novas alternativas de fontes deenergia.

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3 FUNDAMENTAÇÃO

3.1 Tratado de Tbilisi

A primeira conferência intergovernamental sobre Educação Ambiental foirealizada em Tbilisi, Capital da Geórgia, integrante da antiga União das RepúblicasSocialistas Soviéticas (URSS), no ano de 1977. Esta conferência foi organizada pelaUNESCO, sendo considerado um marco histórico para a evolução da EducaçãoAmbiental.

A Recomendação nº 1, alínea “c”, do Tratado de Tbilisi, estabelece que:

Um objetivo fundamental da educação ambiental é lograr que osindivíduos e a coletividade compreendam a natureza complexa domeio ambiente criado pelo homem, resultante da integração de seusaspectos biológicos, físicos, sociais, econômicos e culturais, eadquiram os conhecimentos, os valores, os comportamentos e ashabilidades práticas para participar de forma responsável e eficaz naprevenção e solução dos problemas ambientais, e na gestão daqualidade do meio ambiente.

3.2 Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938/1981)

A Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacionaldo Meio Ambiente foi a maior precursora do sistema brasileiro de gestão ambiental.Os princípios norteadores estão presentes no art. 2º, estabelecendo que a EducaçãoAmbiental deve ocorrer em todos os níveis de ensino da comunidade, visandocapacitá-la para a participação ativa na defesa do meio ambiente.

3.3 Constituição Federal

A Constituição Federal de 1988, conhecida como a Carta Cidadã, foi aprimeira a dedicar um capítulo exclusivo para o Meio Ambiente, definindo-o em seuart. 225 como um direito difuso, cuja responsabilidade de defendê-lo e preservá-lopara as presentes e futuras gerações incumbe à coletividade e ao Poder Público. Nomesmo artigo destaca que:

§ 1º - Para assegurar a efetividade deste direito, incumbe ao PoderPúblico:

[...]

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e aconscientização pública para a preservação do meio ambiente.

Verifica-se que nossa Constituição atribui a responsabilidade ao PoderPúblico pela promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino, e,ainda, o dever de promover a consciência da população, visando à preservação domeio ambiente.

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3.4 Agenda 21

A Agenda 21 foi aprovada pela Conferência da ONU sobre meio ambiente edesenvolvimento sustentável, no ano de 1992 no Rio de Janeiro. Este documentosolidifica a ideia do desenvolvimento econômico ocorrer com equidade social eequilíbrio ecológico. Fonseca (2007), destaca que:

A Carta da Terra, marco ético da Agenda 21 Brasileira e do programaAgenda 21 do Ministério do Meio Ambiente ressalta que a vida muitasvezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significarescolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos paraharmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade como bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo.Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital adesempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituiçõeseducativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizaçõesnão governamentais e os governos são todos chamados a oferecer umaliderança criativa (Fonseca 2007).

A Agenda 21 é a mola propulsora das grandes mudanças para o processodemocrático e participativo, reforçando as ideias de “pensar global e agir local”. Asdegradações ambientais e as diversas formas de agressões contra a natureza, namaioria das vezes, encontram-se estabelecidas no nível local, onde devem ocorrer asintervenções na busca das soluções.

Considerando a necessidade apontada neste programa de provocar o PoderPúblico concitando-o à participação, cita-se que após avaliação da Rio 92, o Conselhode Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas recomendou que aspropostas da Agenda 21 fossem levadas para o campo prático. Um dosdesdobramentos mais importantes desta recomendação está na necessidade deformulação da Agenda 21 Local: “as autoridades locais deverão estabelecer,juntamente com representantes dos vários segmentos da sociedade, mecanismospara garantir a efetiva participação da comunidade no processo”.

3.5 Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999

Segundo Dias (2004) o Brasil é o único país da América Latina que possuiuma política específica em nível nacional voltada para a Educação Ambiental. A Lei nº9.795/1999 foi uma grande conquista para a população brasileira, pois trata de uminstrumento de especialização sobre os processos de Educação Ambiental que visa adifundir os nossos direitos e deveres. O art. 3º, inciso I, destaca:

Art. 3º - Como parte do processo educativo mais amplo, todos têmdireito à educação ambiental, incumbindo:I – Ao Poder Público, nos termos dos artigos 205 e 225 daConstituição Federal, definir políticas que incorporem a dimensãoambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis deensino e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação emelhoria do meio ambiente. (Lei Federal nº. 9.795, de 27 de abril de1999 – Dispõe sobre a Educação Ambiental, Institui a Política Nacionalde Educação Ambiental e dá outras providências).

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A Polícia Militar de Minas Gerais, como parte integrante do Sistema Nacionalde Meio Ambiente (SISNAMA) e do Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA),tem o poder/dever, conforme o disposto nos incisos III, V e VI do art.3º da Lei9.795/99, de promover ações de educação ambiental, objetivando o trabalho deproteção das áreas de preservação, na conservação, recuperação e na qualidade devida, a partir da melhoria constante do meio ambiente.

Com base no art. 8º, §3º, I ao VI do Capítulo II da Política Nacional daEducação Ambiental, fica explícita a necessidade de se desenvolver instrumentos emetodologias para a promoção da educação ambiental com qualidade e de formacontinuada. Para tanto, a capacitação de recursos humanos, desenvolvimento deestudos, pesquisas e experimentações, produção e divulgação de material educativo,acompanhamento e avaliação, determinam a interação entre os diversos órgãos,governamentais ou não, voltados direta ou indiretamente às questões ambientais.

No desenvolvimento do programa, pretende-se orientar a formulação de umdiagnóstico, através de trabalho de campo, das localidades onde se concentremmaior vulnerabilidade socioambiental, inserida nos limites do município participante.Busca-se capacitar policiais (Mediadores) para conduzirem o processo pedagógico,além de produzir materiais didáticos adaptados à realidade da comunidade atendidae, finalmente, mensurar a efetividade do programa, conforme dispõem os artigos 10 e13 da norma em foco:

Art. 10 – A educação ambiental será desenvolvida como uma práticaeducativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis emodalidades do ensino formal.Art. 13 – Entende-se por educação ambiental não-formal as ações epráticas educativas voltadas à sensibilização da coletividade sobre asquestões ambientais e a sua organização e participação na defesa daqualidade do meio ambiente. (Lei Federal 9.795/99)

3.6 Instrução nº 3.03.01/2009-CG

A Instrução nº 3.03.01/2009-CG que regula a atuação da Patrulha dePrevenção à Degradação do Meio Ambiente (PPMamb) da Polícia Militar de MinasGerais, definiu como conceito de atuação a filosofia de promover a educação,esclarecendo e sensibilizando o cidadão como forma de evitar as ocorrências dosdelitos ambientais, visando, ainda, melhorar a imagem institucional da PMMG,garantindo os direitos e garantias individuais, em busca da paz social e dodesenvolvimento sustentável.

Conforme definido nessa Instrução, a PPMAmb atuará, prioritariamente, nasentidades de classe, associações, escolas, universidades e em reuniões comproprietários rurais e/ou empreendedores, com o intuito de orientar e esclarecer osprocessos de licenciamento, autorização e/ou outorga para as intervenções no meioambiente, a fim de evitar a eclosão do delito ambiental.

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4 DEFINIÇÃO DE TERMOS

Os termos abaixo facilitam a compreensão dos conceitos que norteiam oPrograma de Educação Ambiental:

a) Convergência de Vontades: união de esforços de vários segmentos dasociedade com um único foco, a sustentabilidade e à qualidade de vida, porintermédio da participação da comunidade escolar pela livre decisão e o reforço docaráter democrático do processo de mobilização social.

b) Ecodesenvolvimento: segundo Mazzine (2003):

É uma forma de desenvolvimento econômico e social, de formaplanejada, com o objetivo de potencializar o uso dos recursosdisponíveis, dentro de restrições ambientais locais. Oecodesenvolvimento prevê a organização e a educação daspopulações para que elas próprias repensem seus problemas,identifiquem as suas necessidades e os recursos disponíveis paraalcançá-los a partir de um modelo para o desenvolvimento de cadaecossistema. (MAZZINE, 2003).

c) Edáfico: macroelementos da natureza referentes ao solo presentes nosdesenhos confeccionados pelos alunos, entre eles: areia, pedra, grama, lago, mar eterra.

d) Editor: pessoa ou entidade responsável parcial ou totalmente peloplanejamento, coordenação e execução do programa e/ou projeto pedagógico.

e) Reeditores: o termo designa “uma pessoa que, por seu papel social,ocupação ou trabalho, tem a capacidade de readequar mensagens, segundocircunstâncias e propósitos com credibilidade e legitimidade”. (TORO, WERNECK,2005).

f) Educação para o pensar: proposta pedagógica que tem como objetivo“ajudar as crianças a se tornarem pessoas que pensam por si mesmas tendo boasrazões para pensarem assim” (LIPMAN, MARGARET, 1998).

g) Exequibilidade: significa a necessária e condicionante avaliação da relaçãocusto / benefício das ações que são propostas, baseada na oferta de recursos(financeiros, humanos e materiais) e no alcance da efetividade, traduzida nosobjetivos a serem atingidos na escola.

h) Fragmentação do espaço: revela-se como fator delimitador de atuação deum trabalho de educação e de prevenção ambiental, não somente no aspecto físicogeográfico, mas também no que tange a valores culturais, conflitos sociais,ambientais e, sobretudo, os diferentes papéis em relação ao envolvimento dessas

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comunidades no que se refere à mediação e resolução dos conflitos ambientais ondeestão inseridos.

i) Horizonte ético: segundo Toro e Werneck (2005), “é tudo aquilo que dásentido a um processo de mobilização social; é saber que o que eu faço e decido, emmeu campo de atuação cotidiano, está sendo feito e decidido por outros, em seupróprio campo de atuação, com os mesmos propósitos e sentidos”.

j) Horizonte imaginário: “o imaginário validamente proposto é, ao mesmotempo, uma fonte de hipóteses que provê as pessoas de critérios para orientar aatuação e para identificar alternativas de ações” (TORO, WERNECK, 2005).

k) Interdisciplinaridade: no contexto de meio ambiente, é a junção damatemática, história, ciências, português, geografia, filosofia, sociologia, dentre outrasdisciplinas, sempre que possível, objetivando a compreensão voltada para osconceitos que envolvem as questões ambientais.

l) Mediador: Policial Militar ambiental habilitado para a condução doprograma.

m) Mobilização Social: conforme descrevem Toro e Werneck (2005), trata-sede “convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob umainterpretação e um sentido também compartilhados”.

n) Multidisciplinaridade: no contexto ambiental, configura-se como a inter-relação dos diversos órgãos ambientais, das diversas áreas do conhecimento,sociedade e comunidade escolar, objetivando a propagação de uma educaçãoambiental crítica, a qual deverá ser convertida em ações práticas e de formacontinuada.

o) Produtor Social: “é a pessoa ou instituição capaz de criar condiçõeseconômicas, institucionais, técnicas e profissionais para que um processo demobilização ocorra. Cabe ao Produtor Social à viabilização do movimento, acondução das negociações que vão lhe dar legitimidade política e social” (TORO,WERNECK, 2005).

p) Sociointeracionismo: técnica pedagógica em que as relações sociais sefundamentam na linguagem que assume um papel constitutivo na elaboraçãoconceitual e não apenas uma dimensão comunicativa ou instrumental (SMOLKA,1997).

q) Sustentabilidade: “processo dinâmico destinado a satisfazer asnecessidades atuais sem comprometer a capacidade de gerações futuras desatisfazer suas próprias necessidades”3.

3 Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento in: Dicionário educativo de termos

ambientais. MAZZINI, Ana Luíza Dolabela de Amorim.2003.

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r) Vulnerabilidade Socioambiental: conjunto de causas e efeitos que,mensurados de forma qualitativa e quantitativa, revelam o nível socioambiental deuma determinada comunidade, implicando sua qualidade de vida.

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5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DO PROGEA

A perspectiva histórico-cultural de Vygostsky assume que os processospsicológicos emergem relacionados aos modos de vida dos indivíduos em interações,considerando que a linguagem e a cognição constituem-se mutuamente (SMOLKA,1997).

Dentro dessa perspectiva é possível perceber que há um movimentointerativo que envolve os sujeitos e o objeto de conhecimento, destacando assim aimportância na mediação do outro neste processo. O papel de Mediador é importantenão só na construção do conhecimento, mas, fundamentalmente, na constituição dosujeito (MACHADO, 2000).

As perspectivas pedagógicas adotadas no PROGEA são: sociointeracionistae histórico-cultural, tendo como referencial teórico Bakhtin e Vygostsky. Essespesquisadores consideram a dimensão constitutiva da linguagem, isto é, para eles éno discurso e pelo discurso que os conhecimentos são elaborados.

Assim, a linguagem assume, nessa perspectiva, um papel constitutivo naelaboração conceitual dos conhecimentos, não apenas como uma dimensãocomunicativa ou instrumental, mas orientando à prática de Educação Ambiental (EA)junto aos alunos do 4º ano 4 do Ensino Fundamental, valendo-se de suas experiênciasde vida dentro do cenário cultural, social e econômico em que estão inseridos,respeitando essa pluralidade e a diversidade, e deixando clara a necessidade de seconsiderar a fragmentação do espaço na condução do processo de educaçãoambiental.

4 A faixa etária estabelecida para o desenvolvimento do PROGEA compreende crianças com idade de 9 e

11 anos, período acadêmico com correlação ao 4º ano do Ensino Fundamental, vez que, de acordo com Teoria daInfluência na Aprendizagem de Shaftoe (2000), observa-se que nesta faixa etária a maior influência é da escola(professores ou outros profissionais).

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6 HABILITAÇÃO PARA A ATIVIDADE DE MEDIADOR

6.1 Curso de Formação de Mediadores do PROGEA

A participação de policiais militares no PROGEA está vinculada à habilitaçãoespecífica, conseguida em curso regular próprio, cujo currículo e formação serãodetalhados em norma específica. Caso necessário, a Diretoria de Meio Ambiente eTrânsito poderá ofertar vagas para o Curso de Formação de Mediadores aosprofessores dos Colégios Tiradentes da PMMG, os quais poderão aplicar o PROGEAnestes educandários.

Para a aplicação do PROGEA, os policiais militares e os professores doColégio Tiradentes da PMMG selecionados serão capacitados por meio de curso de97 horas/aulas, nas modalidades à distância e presencial, conforme previsto na MalhaCurricular do Curso de Mediador (Anexo “A”).

Uma vez capacitados, os policiais militares devem ser empenhados nasatividades junto às escolas que estão inseridas na área das Cias Ind MAT e CiaMAmb, com o intuito de colocar em prática os conhecimentos adquiridos, evitandoque o recurso com a capacitação seja subutilizado.

6.2 Inscrição, seleção e designação de candidatos

O processo de triagem e seleção para participação em cursos do PROGEAincluirá uma entrevista, realizada por comissão formada na respectiva Unidade,integrada pelo Subcomandante, P/3 da Unidade e 01 (um) Oficial Psicólogo. Acomposição da banca examinadora deverá ser publicada em Boletim Interno.

Tal procedimento visa selecionar, dentre os interessados, aqueles quereúnam as características mais adequadas para a atuação com os alunos do 4º anodo ensino fundamental. Deverão ser oportunizados dois momentos, um coletivo eoutro individual:

a) coletivo: os policiais serão informados sobre o programa e como será a suaatuação com as crianças nas escolas;

b) individual: cada candidato será entrevistado pela comissão de seleção,buscando-se o preenchimento dos itens da ficha do Processo de Triagem e Seleção(Anexo “B”), de forma que subsidiem o parecer da comissão.

Concluídos os trabalhos de triagem e seleção no nível operacional, a Unidadeindicará os candidatos à Academia de Polícia Militar (APM), Diretoria de MeioAmbiente e Trânsito (DMAT) e Diretoria de Educação Escolar e Assistência Social(DEEAS), esta último quando houver a participação de professores do ColégioTiradentes. Após análise própria e aceite das citadas Unidades Técnicas, a DMATpreparará ato de designação para a realização do treinamento.

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6.3 Requisitos para a participação em treinamentos

Serão observados os seguintes requisitos:

a) ser o policial militar ou professor do Colégio Tiradentes voluntário paraexercer o papel de Mediador do PROGEA;

b) possuir desenvoltura pessoal para atividades de cunho social e habilidadespara apresentações em público;

c) possuir habilidade em comunicação interpessoal e ter afinidade paratrabalhar com crianças e adolescentes;

d) possuir aptidão para a docência;

e) possuir boa fluência verbal e boa postura policial;

f) possuir iniciativa, entusiasmo e capacidade de realização;

g) se policial militar, estar no mínimo no conceito B, com até 24 (vinte equatro) pontos negativos;

h) não ter sido punido por falta grave nos últimos dois anos;

i) possuir no mínimo 02 (anos) de serviço na atividade ambiental e nomáximo 20 (vinte) anos de efetivo serviço. Excepcionalmente, Policial Militar que nãopreencha este requisito poderá participar do treinamento, após avaliação e decisão doDiretor de Meio Ambiente e Trânsito;

j) estar apto no Treinamento Policial Básico;

k) não estar respondendo a processo criminal, salvo quando houver adeclaração de ação policial legítima.

6.4 Critérios para desligamento do discente em cursos de formação doMediador PROGEA

Será desligado o discente que:

a) voluntariamente solicitar ao coordenador do curso desligamento porincompatibilidade com a metodologia do Programa;

b) não possuir os requisitos previstos nesta Instrução;

c) demonstrar inaptidão para o exercício da docência ou incompatibilidadecom a filosofia do PROGEA, mediante comprovação em conformidade com os

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critérios norteadores do Programa, atestados formalmente pelos docentes dorespectivo treinamento;

d) faltar a período superior a 10% (dez por cento) da carga horária previstapara o treinamento, mesmo que justificadamente;

e) não atingir ao percentual mínimo de 60% de aproveitamento nasavaliações.

6.5 Avaliação da aprendizagem

O aproveitamento em cursos de formação de Mediadores do PROGEA seráavaliado durante todo o processo, sob aspectos quantitativos e qualitativos. Seráconsiderado aprovado, o aluno que obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis),convertendo-se a nota final do curso em menção, conforme dispõe a tabela a seguir:

NOTAS CONCEITO0,0 a 5,9 Necessita melhorar6,0 a 9,5 Competente9,6 a 10,0 Forte

A avaliação de desempenho ocorrerá por intermédio de avaliações práticas,ministradas pelos discentes, segundo os aspectos formais e informais mensuradospelos docentes.

Na formação do policial militar Mediador do PROGEA, a avaliação final dedesempenho, detalhada no Anexo “C”, consiste na observação da prática dedocência, tendo como base a matéria, corroborada com os seguintes itens:

a) Habilidade de comunicação: oral e escrita.

b) Capacidade de organização: apresentação dos encontros; conhecimentodos materiais do programa; uso das metodologias de ensino; manejo de classe; usode meios auxiliares de instrução; compreensão dos conceitos; iniciativa; habilidadepara motivar e entusiasmar.

c) Relações interpessoais: capacidade de fazer amigos; espírito de equipe.

d) Pontualidade: nas aulas e nas tarefas.

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7 EXECUÇÃO DO PROGRAMA

7.1 Ações e Desdobramentos

A execução do PROGEA perpassará pelas seguintes ações edesdobramentos:

AÇÃO DESDOBRAMENTOS

Levantamento do cenário situacional (diagnóstico) considerando os aspectos físicos, sociais, estéticos eambientais, agregado ao processo de mobilização social, visando à escolha das escolas alvos para aimplementação do programa. Priorizar-se-á, assim, aquela escola que apresentar maior vulnerabilidadesocioambiental dentre as pesquisadas, devendo ainda ser consideradas as possibilidades de alcancedos objetivos do programa e sua capacidade de influência na comunidade.

2ªContempla o desenho inicial (sem estímulo) e o final (feito no final do processo), ambos elaboradospelos alunos. Tem como objetivo contribuir para a construção do conhecimento e apropriação dastemáticas trabalhadas durante os encontros (vide subseção 8.3).

Encontros realizados em sala de aula pelo Mediador objetivando a reflexão sobre os problemasambientais através da metodologia “Educação para o Pensar”, desenvolvendo o pensamento crítico einvestigativo, pautados nos textos inseridos no Caderno do Aluno, vinculando-os às realidadessocioambientais da sua escola/comunidade: identificação do problema; análise; tomada de decisão e asua avaliação.

4ªEscolha de um “problema ambiental” na escola que mereça a atenção dos alunos. A partir daí, as açõespromovidas pelos alunos, auxiliadas pelo Policial Militar Ambiental (Mediador) serão executadas,objetivando minimizar os efeitos daquele problema.

5ªRealização de atividade extraclasse (visita a lugares) previamente definida, que complemente os temastrabalhados, bem como atividades de campo que colaborem nas ações desenvolvidas pelos alunos parao cumprimento do disposto na terceira ação.

Criação do “Clubinho Ambiental” da Escola (Célula Mater), cujo objetivo será a manutenção de umgrupo permanente de alunos que buscarão estimular discussões acerca dos problemas ambientaisvivenciados dia a dia em sua escola. O Clubinho será o responsável pela implementação e execuçãodas ações propostas para minimização ou solução do problema escolhido na terceira ação.

Facultar a promoção de encontro dos alunos que vivenciem realidades socioambientais distintas. Nestemomento de intercâmbio entre as escolas da zona rural e urbana, que se dará através da realização deum seminário, os próprios alunos estarão expondo suas realidades e inter-relacionando os seus distintosproblemas ambientais.

O evento será denominado “Meio Ambiente: nossa realidade e a nossa responsabilidade”.

A formatura dos alunos é o momento de exaltar o tema meio ambiente tratado pelos alunos participantesdo programa. A formatura contará com a participação de todos aqueles envolvidos no processo(professores, mediadores, pais, membros da comunidade, voluntários e autoridades). Este será ummomento de afirmação da proposta e, sobretudo, de valorização dos alunos, bem como a confirmaçãodos valores e ética compreendidos e estimulados durante o projeto.

Avaliação e mensuração dos resultados possíveis e pertinentes ao programa. O indicador dedesempenho constitui-se na relação entre a quantidade de Mediadores e a quantidade de turmasatendidas anualmente. A mensuração da qualidade da aplicação metodologia estará associada àpercepção dos alunos antes e após a execução do programa (método de desenhos).

10ªCriação de arquivo com todos os dados pertinentes à escola e alunos do 4º ano atendidos peloprograma, incluindo os resultados mensuráveis. No arquivo deverão constar os períodos de visitaçãodaquela escola bem como os demais documentos normativos (vide Anexo “D”).

11ª

Durante todo o processo do programa, os policiais militares Mediadores serão acompanhados porEquipe Multidisciplinar (pedagogos, psicólogos e profissionais ambientais), que terá como objetivo aavaliação dos policiais militares Mediadores, visando à apresentação de propostas de melhoria noprocesso. Tal acompanhamento poderá ser feito de forma indireta, através da DMAT, caso não hajadisponibilidade de recursos locais.

12ª Viabilizar a realização de congressos a cada dois anos, objetivando avaliar, aprimorar e atualizar oprograma.

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7.2 A mediação

Como mencionado anteriormente, as questões ambientais sãoessencialmente de natureza complexa, em razão das variáveis que permeiam o tema:água, solo, fauna, flora, poluição e degradação ambiental, além dos aspectossocioculturais, políticos e econômicos, dentre outros. Desta forma, o grande desafiodo programa é conduzir o processo de forma a concentrar o foco naquilo que épertinente à realidade socioambiental das crianças, baseado na fragmentação doespaço.

Naturalmente, um processo educacional que tenha como tema a questãoambiental, considerada sua complexidade, deverá ser feito por meio de métodos etécnicas pedagógicas previamente estabelecidas, abordando as questões que surjamdurante os encontros e vinculando-as, sempre que possível, à realidade local. Daí anecessidade do Mediador ter competências e habilidades especiais para a conduçãodo processo. Assim, espera-se que o Mediador:

a) siga exatamente os pressupostos do programa, conhecendoprofundamente os seus conceitos, aquilo em que se baseia e, principalmente,compreenda a metodologia pedagógica a ser empregada: “Educação para o Pensar”;

b) evite dar respostas prontas, ser o detentor do saber, e sim, fomentar opensamento criativo e investigativo, a reflexão crítica e a análise. Essas devem serestimuladas para que os próprios alunos cheguem às conclusões (estimular aautonomia de pensamento e julgamento de valores);

c) estimule a participação ativa dos alunos/crianças nas atividades, gerandomotivação e envolvimento para discussões a partir das atividades propostas (cadernodo aluno, visitas, etc.);

d) não se vincule ou compreenda que o policial ambiental, na condição deMediador, deva ter expertise em meio ambiente, em razão da própria complexidadedo tema. Como a própria denominação já orienta, esse deverá atuar como ummediador de questões, registrando aquelas que surjam em decorrência dasdiscussões entre os alunos;

e) nos encontros, conduza os diálogos de forma que não influencie os alunossobre as conclusões que deverão chegar através dos temas abordados nas históriase nas outras ferramentas de estímulos. Desta forma, ele ouve as respostas e,novamente, devolve em forma de perguntas para que os próprios alunos cheguem auma conclusão;

f) preocupe-se em não direcionar o assunto abordado para somente um foco,ampliando os horizontes dos alunos e, ao mesmo tempo, ficando neutro nosapontamentos destes.

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7.3 Atividades na Escola

A mobilização social nas escolas selecionadas é condicionante para aexecução e permanência do programa em tais instituições. Nesse momento, buscar-se-á o envolvimento dos professores titulares do 4º ano, supervisoras, orientadoras,funcionários, diretoras, pais e/ou responsáveis, os quais fornecerão informaçõessobre os alunos (personalidade, relacionamento, comportamento, envolvimento eoutros).

O Mediador deverá considerar o ambiente, bem como os recursos logísticos ehumanos presentes na escola. Esta fase será de preparação e busca pelo perfeitoentendimento do processo, caracterizando-se como algo “em construção”, em queopiniões e críticas, devidamente fundamentadas, poderão enriquecer a propostainicial, viabilizando sempre um leque de possibilidades.

Outro aspecto importante refere-se à observação continuada do ambienteescolar nos aspectos físicos, sociais, interpessoais e valores, (análise do ambienteescolar), assim como da execução do programa e resultados obtidos. Taisobservações poderão fornecer aspectos relevantes para a avaliação do processo.

Dentro desse parâmetro, o Mediador deverá cumprir o cronograma deatividades, conforme programação a seguir:

ENCONTROS FASES DO PROGRAMA

Apresentação do Mediador e da Proposta de Trabalho1º Dia

Avaliação inicial, com aplicação de desenhos

Leitura da história "O despertar do pequeno Zeca"2º Dia

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"

Trabalhando a história "O despertar do pequeno Zeca"3º Dia

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"

Trabalhando as realidades socioambientais distintas4º Dia

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"

Leitura da história "Pescando com o Vovô Jeremias"5º Dia

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"

Leitura da história "A necessidade de Juca e o Meio Ambiente"6º Dia

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar"

Revisão e trabalhos extraclasses (conhecendo e reconhecendo o ambiente escolar)7º Dia

Escolha do "Problema Ambiental" na Escola

Apresentação das regras do "Clubinho Ambiental" e da campanha das chapas8º Dia

Escolha do local a ser visitado, vinculado ao "Problema Ambiental"

9º Dia Visita ao local sugerido

Aplicação da Metodologia "Educação para o Pensar" sobre a visita10º Dia

Lançamento das chapas e início da campanha

Avaliação Final, com aplicação de desenhos11º Dia

Eleição e Posse do "Clubinho Ambiental"

12º Dia Seminário Infantil (facultativo)

FORMATURA – PROGEA

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8 ELEMENTOS ESSENCIAIS AO PLANEJAMENTO

8.1 Formalização do atendimento

Para a implementação do PROGEA será necessária a formalização dointeresse do educandário ou rede escolar (pública ou particular) à Polícia Militar,através da assinatura do Protocolo de Intenções, conforme modelo constante noAnexo “E”. A escolha da escola deverá ser precedida de diagnóstico em que se revelea maior vulnerabilidade socioambiental, devendo ser consideradas as possibilidadesde alcance dos objetivos do programa e a capacidade de alcance do programa nacomunidade.

8.2 Emprego do Mediador do PROGEA

As Unidades que possuem policiais militares habilitados deverão:

a) Estabelecer um cronograma semanal em impresso próprio, conformemodelo constante do Anexo “F” (Cronograma de Emprego Semanal do MediadorPROGEA), seguindo o que prescrevem as normas de jornada de trabalho daInstituição, bem como a filosofia do programa. Considerar-se-á, na confecção dodocumento, as etapas necessárias à implementação do programa, notadamente asfases iniciais, momento em que é demandado um tempo maior de envolvimento dopolicial militar Mediador. Os encontros deverão contar com a participação de nomínimo 50% da turma. As atividades deverão se desenvolver em sala de aula oulocais pré-programados, com duração de 50 (cinquenta) minutos, com exceção àvisita prevista no local sugerido (9º encontro), o qual deverá ser ajustado com adireção do educandário.

b) Estabelecer um cronograma quinzenal para os encontros do “ClubinhoAmbiental” em impresso próprio, conforme modelo constante do Anexo “F”. Osencontros do “Clubinho Ambiental” deverão contar com a participação mínima de 50%da turma e ocorrerão em sala de aula ou locais pré-programados, com duração de 50(cinquenta) minutos.

c) Após a habilitação no PROGEA, certificado em curso específico, cuidarpara que o policial militar Mediador, obrigatoriamente, seja empregado na aplicaçãodo programa por um período mínimo de 02 (dois) anos letivos, exceção feita aoscasos excepcionais que demonstrem a necessidade de desabilitação do policial.

d) Sempre que possível, envidar esforços para que a concessão de férias aospoliciais militares do PROGEA coincidia com o período de férias escolares, evitando-se eventuais interrupções e, em consequência, perda de referência pelos alunos edemais integrantes das escolas.

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8.3 Uniforme e armamento

Os policiais militares do PROGEA deverão participar das reuniões e/ou outrasatividades previstas fardados (uniforme da sua atividade operacional de MeioAmbiente), sendo permitido, nas atividades de recreação, o uso do agasalho ouuniforme correspondente à atividade, observadas as prescrições contidas no RUIPM.

Em atividades que exijam trajes civis, deverão trajar-se com roupas nãoatentatórias ao pudor, vexatórias ou que causem conflito, como por exemplo, camisasde time de futebol.

Considerando as variáveis do local e questões de segurança, como também opúblico assistido, é altamente recomendável a reflexão do policial militar do PROGEAquanto à adoção de medidas profissionais pertinentes ao porte e/ou utilização dearmamento durante as atividades a serem desenvolvidas no ambiente escolar.

8.4 Ocorrências policiais e disciplina escolar

Cabe ao profissional de ensino, designado para cada classe a manutenção dadisciplina dos alunos, não cabendo ao policial militar do PROGEA interferir nosprocedimentos adotados pela administração afetos à disciplina escolar.

Emergências policiais no ambiente escolar que requeiram intervenção policialmilitar deverão ser adotadas de iniciativa e de forma proporcional ao casoapresentado, devendo ser repassadas ao policiamento ordinário, dentro do possível,para a conclusão dos trabalhos.

Todo e qualquer procedimento policial a ser adotado deve pautar-se pelaobservância da segurança dos alunos e demais presentes no educandário, atentandopara as orientações contidas na Instrução 3.03.09/2011-CG, que regula o empregooperacional da PMMG no ambiente escolar.

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9 INDICADORES E METODOLOGIAS AUXILIARES DE AVALIAÇÃO

O uso de indicadores no PROGEA é um importante mecanismo de avaliaçãodos objetivos do programa. Em um primeiro momento, considerando-se acomplexidade do tema, foi concebido apenas um indicador (EfetivoEmpregado/Turmas Atendidas).

As ações do “Clubinho Ambiental”, a Percepção do Programa pela Família e aVariação da Percepção Ambiental (metodologia de desenhos) são consideradasmetodologias auxiliares de avaliação e poderão fomentar a concepção de novosindicadores.

Por fim, a análise do programa educacional em torno do indicador e dasmetodologias auxiliares de avaliação não somente determinam a sua efetividade, doponto de vista pedagógico, social e ambiental, mas permitem “verificar se houvealgum elemento novo no ambiente interno e externo que provoque uma mudança doshábitos da organização”, conforme descreve a Diretriz que regula o emprego dosPoliciamentos de Meio Ambiente e de Trânsito na PMMG (Diretriz n º3.01.06/2011-CG).

9.1 Indicador de Efetivo Empregado/Turmas Atendidas

O indicador do PROGEA será operacionalizado conforme informaçõescontidas no quadro a seguir:

1. Título do indicador: Efetivo Empregado/Turmas Atendidas.

2. Descrição: o indicador é calculado pela razão entre a quantidade de Mediadores disponíveis por UEOp e aquantidade de turmas atendidas.

3. Setor responsável: Companhias de Meio Ambiente (Cias MAT e Cia MAmb).

4. Fonte: P3 das Companhias de Meio Ambiente (Cias MAT e Cia MAmb).

5. Periodicidade: anual

6. Fórmula de cálculo: IEE = TU/ME

Onde: IEE = Indicador de Emprego de Efetivo

TU = Quantidade de turmas atendidas pela UEOp

ME = Quantidade de Mediadores disponíveis na Unidade

7. Polaridade: maior, melhor.

8. Cálculo do Desempenho:

O IEE (Índice de Emprego de Efetivo) deve seguir o seguinte farol:

Real / Meta = 100% - VERDE

Real / Meta entre 70 e 99,99% - AMARELO

Real / Meta < 69,99% - VERMELHO

9. Premissas: controle pela P3 da UEOp sobre a quantidade de Mediadores existentes e a quantidade de turmasatendidas pelo programa. Para efeito de aplicação do indicador, considera-se que um Mediador seja responsávelpor 04 turmas anualmente.

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9.2 Avaliação da percepção do programa pela família

Após a execução do PROGEA, deverá ser aplicado um questionárioestruturado junto às famílias dos alunos, público-alvo do programa, com o objetivo deaferir se houve ou não mudança de comportamento pelas crianças no meio familiar,com foco na questão ambiental e nos valores sociais e éticos, assim como a visãodos pais/responsáveis acerca do programa, conforme aspectos contidos na figura aseguir:

Assim, os dados do questionário são agrupados em quatro grupos: Meio

Ambiente, Valores Sociais e Éticos, Participação dos Filhos e Visão dos Pais,

conforme demonstrado a seguir:

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MEIO AMBIENTE (GRUPO 1)

1) Temas ambientais mais comentados pelo filho (a).Marque três opções.

( ) Água ( ) Lixo ( ) Queimada

( ) Caça ( ) Pesca ( ) Desmatamento

( ) Esgoto a Céu Aberto ( ) Poluição/degradação

( ) nenhuma ( ) outros

Quais:___________________________________________

2) Quais os problemas ambientais vivenciados naescola e na comunidade que mais chamaram aatenção do seu filho (a) durante o programa? Marquetrês opções.

( ) água ( ) lixo ( ) desmatamento ( ) queimada

( ) consumismo ( ) caça ( ) pesca

( ) esgoto a céu aberto ( ) poluição/degradação

( ) desperdício de energia ( ) desperdício de alimento

( ) nenhuma ( ) outros

Quais:___________________________ ________________

VALORES SOCIAIS E ÉTICOS (GRUPO 2)

1) Você percebeu alguma mudança de atitude decomportamento em seu filho (a) durante execução doprograma? Qual ou quais?

( ) Mudança no tratamento com as pessoas

( ) Mais dedicação nas atividades escolares

( ) Mais interesse nos assuntos ambientais

( ) nenhuma ( ) outros

Quais:___________________________________________

2) O Programa contribuiu para uma aproximação daPolícia Militar com o seu filho?

( ) Sim

( ) Não

PARTICIPAÇÃO DOS FILHOS (GRUPO 3)

1) Seu filho manifestou interesse em participar das atividades do Programa?( ) Sim

( ) Não

2) Seu filho demonstra interesse em participar das ações do “Clubinho Ambiental”?( ) Sim

( ) Não

VISÃO DOS PAIS (GRUPO 4)

1) Percebe como importante/necessário a existência deste programa, bem como sua continuidade?( ) Sim

( ) Não

2) Seu filho apresentou alguma mudança de atitude em relação as questões ambientais, como porexemplo: separação de lixo, economia de água, redução de consumo ou outra atitude referente?

( ) Sim

( ) Não

Para avaliação da Percepção do Programa pela Família/PROGEA serãoconsiderados ainda os seguintes critérios:

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a) Total de alunos do 4º ano por escola;

b) Aplicação do questionário às famílias, por turma de alunos do 4º ano damesma escola atendida pelo programa (mínimo em 30%);

c) As variáveis nas distintas realidades socioambientais contabilizadas nosgrupos 1, 2 e 4 por escola;

d) Objetivo geral do programa.

A periodicidade de aplicação da metodologia deve ser anual.

9.3 Avaliação da Variação da Percepção Ambiental (Técnica por Desenhos)

A metodologia de análise se inspirou nos trabalhos de Boer (1994) e dePedrini e colaboradores (2010), que utilizam a identificação da presença e daausência de elementos socioambientais, verificando se o aluno (que é o sujeitoestudado) percebe o meio em que vive, conscientizando-se de sua responsabilidadesobre os prejuízos ou os benefícios causados ao meio ambiente por ele mesmo.

Qualitativamente, cada símbolo desenhado pelo aluno e que represente umitem socioambiental será identificado como uma parte de um macrocompartimento.Nesse macrocompartimento, cada símbolo será listado e analisado em termos devariabilidade (variação qualitativa entre eles).

Quantitativamente será analisada a riqueza (número de símbolos) e avariabilidade (variação quantitativa entre os macrocompartimentos).

Cada um dos macrocompartimentos será discriminado no nível maisespecífico possível para identificar com maior detalhamento os seus inter-relacionamentos.

Quanto maior o número de conexões entre os macrocompartimentos, maisevidente fica a noção de totalidade do conceito de meio ambiente. Esse procedimentodeverá ser feito nas escolas em que o projeto for aplicado.

Os elementos são divididos em “artificial” e “natural.” Os elementos artificiaissão, por exemplo, a casa, a escola ou objetos, com mobília ou não. Os elementosnaturais são a flora, a fauna, a atmosfera, o solo e os seres humanos.

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Basicamente, o processo pedagógico citado resume-se em propor àscrianças, no início do processo e, antes de qualquer estímulo, confeccionarem umdesenho que retrate o que pensam sobre meio ambiente.

No final do processo (encontros/ações), novamente as crianças deverão serestimuladas a produzirem um novo desenho com o mesmo tema. A comparação entreos dois desenhos, aplicada à metodologia descrita, permitirá aferir se houve ou nãomudança de visão por parte das crianças e, consequentemente, possibilidade demudança de comportamento ambiental. Essa metodologia denomina-se, para efeitodesse programa, “Variação da Percepção Ambiental”. Portanto, quanto maior avariação da percepção do grupo de alunos, mais efetivo é o programa.

9.3.1 Verificação por desenhos: passo a passo

No primeiro encontro, o Mediador deverá se apresentar para a turma e fazeruma breve apresentação sobre o projeto. Na sequência, o policial deve pedir aosalunos que fechem os olhos e visualizem/pensem algo sobre o meio ambiente, porcerca de dois minutos. Após esse intervalo, o Mediador convidará os alunos aproduzirem um desenho sobre o tema (meio ambiente) no espaço destinado aodesenho inicial (caderno do aluno). Os alunos terão um tempo de 30 minutos pararealizarem a tarefa. A folha contendo o desenho deverá ser recolhida pelo Mediador.

No 11o encontro, o Mediador solicita aos alunos que fechem os olhos evisualizem/pensem algo sobre meio ambiente. O Mediador deverá solicitar aos alunosa produzirem um novo desenho (tempo de 30 minutos para a tarefa), no espaçoapropriado do caderno do aluno, e, da mesma forma a folha de desenho deverá serrecolhida.

9.3.1.1Como avaliar os desenhos

9.3.1.1.1Identificar os compartimentos: natural ou artificial.

Cada compartimento tem os seus símbolos:

a) Naturais: ser humano (homem, mulher, criança), fauna, flora, atmosfera (ex:sol, nuvem, estrela, lua, arco-íris, chuva, vento), edáfico (ex: pedra, areia, grama,lago, mar, terra, montes).

b) Artificiais: veículos, objetos, estradas, lixeiras, poluição/degradação,cercados, construção (objetos construídos pelo homem, por exemplo: casa, igreja,indústria, ponte, escola, hospital, cabana).

9.3.1.1.2Fazendo a análise:

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Cada símbolo desenhado, que pode representar um item natural ou artificial, éidentificado como parte desses compartimentos.

Em duas tabelas, uma para o primeiro e outra para o segundo encontro,conforme exemplo a seguir, devem ser listados os nomes dos alunos queparticiparam do 1º e do último encontro. Os desenhos dos alunos que nãoparticiparam de todo processo pedagógico devem ser descartados.

1 - Análise Quantitativa dos Elementos Naturais

1º ENCONTRO

Nome dosAlunos ATMOSFERA FAUNA FLORA HOMEM EDÁFICO

Aluno 01

Aluno 02

Aluno 03

TOTAL

11º ENCONTRO

Nome dosAlunos ATMOSFERA FAUNA FLORA HOMEM EDÁFICO

Aluno 01

Aluno 02

Aluno 03

TOTAL

2 - Análise Quantitativa dos Elementos Artificiais

1º ENCONTRO

Nomedos

Alunos

VEÍCULOS OBJETOS ESTRADAS LIXEIRAS POLUIÇÃO DEGRADAÇÃO CERCADOS CONSTRUÇÃO

Aluno01

Aluno02

Aluno03

TOTAL

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Para cada desenho será feita a contagem dos elementos: naturais(atmosféricos, fauna, flora, homem e edáfico, dentre outros) e artificiais (veículos,objetos, estradas, lixeira poluição/degradação, cercados e construção, dentre outros).

Por exemplo, para os elementos atmosféricos, contar as nuvens, o vento, oarco-íris, o sol, a lua, as estrelas, a chuva. Se todos os elementos aparecerem, serão7 elementos atmosféricos.

Se num desenho ocorrer a presença de um mesmo elemento (artificial ounatural) repetidas vezes, deverá ser computado apenas uma única vez. Ex: o alunodesenhou 10 (dez) árvores, deverá ser computada apenas 01 (uma) árvore.

Se num desenho for apresentado um número excessivamente elevado desímbolos, este deverá ser desconsiderado, evitando, desta forma, a contaminação daamostra.

Os quadros a seguir apresentam exemplos de símbolos naturais e artificiaisque poderão ser encontrados:

Elemento Natural Atmosférico Imagem

Sol

Nuvem

Estrela

11º ENCONTRO

Nomedos

Alunos

VEÍCULOS OBJETOS ESTRADAS LIXEIRAS POLUIÇÃO DEGRADAÇÃO CERCADOS CONSTRUÇÃO

Aluno01

Aluno02

Aluno03

TOTAL

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Elemento Natural Atmosférico Imagem

Lua

Chuva

Vento

Arco Íris

Elementos Naturais Fauna Imagem

Borboleta

Pássaro

Macaco

Onça

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Elementos Naturais Fauna Imagem

Peixe

Animais de outros países

Leão Girafa

Veado

Elemento Natural Flora Imagem

Árvores com fruto

Árvores sem fruto

Flor

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Coqueiro

Elementos Naturais Humanos Imagem

Homem

Mulher

Criança

Família

Elementos Naturais Edáficos Imagem

Areia, solo.

Grama, mato.

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Elementos Naturais Edáficos Imagem

Lago, rio, curso d’água, cachoeira.

Mar

Terra

Montes, montanhas.

Elementos Artificiais Imagem

Veículos (qualquer meio de transporte)

Objetos

Estradas

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Elementos Artificiais Imagem

Lixeiras

Poluição/Degradação

Cercados

Construções

A referida verificação serve como parâmetro para o Mediador analisar se ocorreuou não a Variação da Percepção Ambiental do aluno em relação a sua realidadesocioambiental.

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10 AÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA – CLUBINHO AMBIENTAL

A criação do “Clubinho Ambiental” na escola tem por objetivo a manutençãode um grupo permanente de alunos com o objetivo de estimular discussões acercados problemas ambientais vivenciados no dia a dia escolar. O clubinho será oresponsável pelo planejamento e execução de ações visando minimizar ou solucionaro problema escolhido. Essa ferramenta representa também um mecanismo deavaliação constante do programa, quando os resultados que visem a aferir a mudançade comportamento dos alunos em relação às ações nocivas ao meio ambiente estãoinseridos, ainda que mínimas, são avaliados a médio e em longo prazo.

O clubinho representa o elo do programa para encontros futuros,principalmente possibilita o retorno do Mediador à escola atendida, seja no segundosemestre do mesmo ano ou primeiro semestre do ano subsequente. Outro objetivo éa formação de uma rede social local. Este mecanismo proporciona a integração dealunos, professores, comunidade e os demais segmentos da sociedade, públicas eprivadas.

A seriedade e o comprometimento dos alunos com a questão ambiental nãoestão relacionados somente com as ações e os efeitos resultantes, masprincipalmente com o acatamento e o respeito às decisões coletivas, emanadas peloespírito democrático e pela exaltação dos valores humanísticos. O exercício dacidadania e o culto a estes valores são salientados nas normas do processo eletivo doConselho Diretor e no próprio regulamento que norteia os trabalhos do “ClubinhoAmbiental” da escola, conforme o disposto nos Anexos “G” e “H”.

O sucesso do clubinho dependerá do nível de comprometimento de todos osintegrantes da escola. Assim, o Mediador deverá cumprir as ações do “ClubinhoAmbiental” previstas no Anexo “I” da presente instrução e estimular a instituição deensino a escolher um profissional para exercer o papel de orientador do clubinho,criando um vínculo escola-clubinho.

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11 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS

11.1 Estado-Maior da Polícia Militar

Estabelecer as diretivas estratégicas e desenvolver o monitoramento daaplicação do PROGEA, bem como fomentar os arranjos necessários para o seuaperfeiçoamento.

11.2 Diretoria de Meio e Ambiente e Trânsito

11.2.1 Planejar, coordenar, controlar e avaliar o desenvolvimento do PROGEA noestado de Minas Gerais.

11.2.2 Promover a revisão periódica das informações e de materiais didático-pedagógicos, com o objetivo de mantê-los atualizados nas temáticas a que sepropõem.

11.2.3 Gerir a equipe de docentes multiplicadores a ser empregada nos cursos eseminários.

11.2.4 Assessorar o EMPM na deliberação sobre a necessidade de capacitações,definição de vagas e locais que poderão sediar os treinamentos, de forma a cumprir oplanejamento estratégico da Instituição.

11.2.5 Avaliar e proceder ao descredenciamento de multiplicadores e Mediadores doPROGEA.

11.2.6 Assegurar recursos necessários ao desenvolvimento do PROGEA.

11.3 Regiões de Polícia Militar

11.3.1 Planejar, coordenar, controlar e avaliar o desenvolvimento do PROGEA pelasUEOp subordinadas, de forma alinhada às diretivas estabelecidas pela PMMG.

11.3.2 Diagnosticar e propor à DMAT a necessidade de treinamentos e reposição doefetivo habilitado à condução do programa.

11.3.3 Manter atualizadas as informações inerentes à aplicação do PROGEA porUnidades subordinadas.

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11.4 Unidades de Execução Operacional

11.4.1 Definir as escolas a serem assistidas e o cronograma de atendimento.

11.4.2 Manter o policial militar habilitado em aplicação permanente do programa,evitando-se a perda de proficiência do profissional treinado.

11.4.3 Sugerir à DMAT, por intermédio da UDI, o descredenciamento do policialmilitar PROGEA que:

a) for classificado no conceito “C”;

b) for punido por falta grave, nos últimos dois anos, pelo Código de Ética eDisciplina dos Militares do Estado de Minas Gerais;

c) responder a processo criminal, salvo situação em que se vislumbreexcludente de criminalidade, ou quando em apuração administrativa verificar-se aimprocedência das acusações;

d) for transferido para a reserva ou reforma da PMMG;

e) afastar-se da atividade de policiamento ambiental por qualquer motivo;

f) manifestar formalmente vontade de não mais desenvolver o PROGEA,após ter aplicado o programa por no mínimo 02 (dois) anos letivos;

g) for condenado por sentença judicial transitado em julgado, com penaaplicada superior a 02 (dois) anos;

h) deixar de aplicar o programa por um período superior a 2 (dois) anosconsecutivos;

i) obtiver nota final na Avaliação Escolar do Desempenho de MediadorPROGEA, prevista no Anexo “J”, menor que 60%. Nesse caso, o Comandante daUEOp determinará apuração acerca do baixo desempenho do policial militar e,independente de confirmação de prática de transgressão disciplinar ou crime militar,deverá convocar a comissão já designada para seleção de candidatos à Mediadores(subseção 5.2), visando avaliar a permanência do policial militar no programa;

j) por outros motivos, após apuração e decisão do Comandante da UEOp.

Até a conclusão das apurações dos atos praticados pelo policial militar, quepossam incompatibilizá-lo à continuidade do programa, o Comandante da UEOpdeverá providenciar o afastamento temporário, bem como a imediata substituição dopolicial militar, evitando a interrupção das atividades.

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11.4.4 Manter um banco de dados atualizado com informações pertinentes aoprograma, principalmente quanto aos dados dos alunos formados no PROGEA,conforme previsto no Anexo “K”.

11.4.5 Avaliar anualmente o desempenho dos policiais militares do PROGEA,aplicando o questionário de avaliação do Mediador, conforme previsto no Anexo “I” epremiar, dentre esses, os destaques.

11.4.6 Publicar em BI o certificado de conclusão de cursos do PROGEA pelospoliciais militares da UEOp, mantendo atualizado o sistema informatizado de controlede treinamento.

11.4.7 Sempre que possível, fazer coincidir as férias dos policiais militaresintegrantes do PROGEA com os períodos de férias escolares, evitando-se, portanto,interrupções do programa durante a sua aplicação no ambiente escolar.

11.4.8 Empregar na condição de Mediador PROGEA o efetivo mínimo de 02 (dois)policiais militares por Cia Ind Mat ou Cia Mamb.

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12 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

12.1 Os encargos inerentes à gestão do Programa de Educação Ambiental nosníveis tático e operacional recairão sobre as P/3 das Unidades.

12.2 O apoio a ser proporcionado pelos Comandantes, nos diversos níveis,constitui condição imprescindível para o sucesso do PROGEA. Deve-se considerarque o policial militar, quando atuando na aplicação do programa (exercendo adocência), não se encontra afastado da atividade de policiamento, mas, sim, realiza aatividade preventiva de forma diferenciada, com resultados a serem colhidos nofuturo. O policial interage e colhe informações de toda ordem, mostrando umaatividade até então pouco conhecida da fiscalização ambiental, que é a de orientaçãoe aconselhamento.

12.3 O policial militar do PROGEA, na situação de transferência para a reserva,poderá retornar à situação de credenciado, sem a necessidade de um novo curso deformação, desde que seja reconvocado para o serviço ativo, num prazo máximo deaté 02 (dois) anos. Esse procedimento deverá ser formalizado à DMAT parahomologação.

12.4 Para o efetivo controle do emprego do PROGEA, a PM3, por meio da CâmaraPermanente da DIAO, buscará a inserção de uma codificação específica da atividadena Diretriz Integrada de Ações e Operações (DIAO) do Sistema de Defesa Social.

12.5 Os programas e/ou projetos educacionais em desenvolvimento pelasUnidades que atuam no policiamento ambiental serão considerados comosuplementares ao PROGEA. Não poderão ser consideradas como suplementares asações que se caracterizem como isoladas e pontuais, sem supervisão pedagógicaprópria e aprovação técnica da DMAT, tais como: palestras, visitações, exposições,dentre outras similares.

12.6 As Unidades Executoras poderão dar continuidade às ações de EducaçãoAmbiental que já estejam consolidadas e avaliadas.

12.7 Os casos omissos a presente instrução serão solucionados pela DMAT.

Quartel do Comando-Geral em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

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ANEXO “A” (MALHA CURRICULAR DO CURSO DE MEDIADORES PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROPOSTACURSO DE CAPACITAÇÃO DE MEDIADORES DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PROGEA

CARGA-HORÁRIADISCIPLINAS

PRESENCIAL EADIdentidade Organizacional - 04Módulo

Básico Direitos Humanos - 06Caderno Doutrinário 1 - 10Caderno Doutrinário 2 - 10Pronto-socorrismo - 06

MóduloComplementar

Polícia Comunitária - 04Módulo Específico Caderno Doutrinário 8 e Instrução PROGEA - 10Avaliação EAD - 02Abertura 02 -Mobilização Social no PROGEA 04 -Desenvolvimento Interpessoal 04 -Educação Ambiental 02 -Metodologia de Ensino e Didática no PROGEA 13 -Prática do Ensino PROGEA 12 -Indicadores e Metodologias Auxiliares de Avaliação 02 -Avaliação Prática (Conceitual) 03 -Avaliação Final/Encerramento 03 -

45 52TOTAL

97OBSERVAÇÕESEmenta: Capacitar Policiais Militares e Professores do CTPM para a função de Mediadores de Educação AmbientalPré-requisito: Estar lotado na Cia PM MAmb ou Cias PM Ind MATMáximo de discentes por turma: 48 (quarenta e oito) PMConcentração: Nível de Cia PM MAmb ou Cia PM Ind MATCertificado: Sim

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “B” (PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DOPROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

(1ª PARTE – PREENCHIMENTO PELO CANDIDATO)

NOME

Nº POLÍCIA

P/G

UDI

UEOp

CIA PM

DATA NASC.:

FOTO 3X4

IDENTIDADE: ÓRGÃO EXPEDIDOR

ENDEREÇO: Nº:

BAIRRO: MUNICÍPIO/UF:

CEP: TEMPO SERVIÇO:

TELEFONE CELULAR

EMAIL:

1 Você é candidato a participar do curso e atuar no PROGEA? ( ) Sim ( ) NãoMotivos:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2 Conhece os objetivos do programa? ( ) Sim ( ) NãoEsclarecer:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 Qual a expectativa que possui diante dos objetivos acima citados?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 Quais cursos abaixo você possui? Citar quando e onde realizou cada curso:

( ) Multiplicador de Polícia Comunitária. ( ) Promotor de Polícia Comunitária.( ) Instrutor do PROERD. ( ) Orientador do Programa JCC.( ) Tecnólogo Ambiental( ) Outros na área ambiental (incluindo externos à Instituição - especificar):

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

5 Você cometeu alguma transgressão disciplinar de abuso de autoridade, emprego indevido dearma de fogo, uso de bebida alcoólica ou outra transgressão de natureza grave nos últimos 12meses?( ) Sim ( ) Não. Citar qual._________________________________________________________________________________

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50

_________________________________________________________________________________

6 Você está submetido a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou Processo AdministrativoDisciplinar Sumário (PADS)?( ) Sim ( ) Não. Citar qual._________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

7 Qual a sua opinião em relação à metodologia aplicada pelo PROGEA? Quais são, na suaopinião, os benefícios e desafios deste projeto?_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

8 Você possui algum problema de saúde ou toma algum medicamento controlado? Relate._________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

9 O que você pensa a respeito da educação ambiental? Possui alguma experiência nestaatividade?_________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

10 Em sua opinião, quais são as habilidades que um profissional deve possuir para trabalhar comalunos do Ensino Fundamental?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

11 Numere em ordem de importância, o que você considera mais adequado na questão doentretenimento para a juventude?( ) Leitura ( ) Música ( ) Teatro ( ) Internet ( ) Televisão

12 Você tem habilidades com a informática? Citar a sua experiência.__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13 Qual a sua opinião sobre a educação ambiental no meio escolar?__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ATESTO QUE AS INFORMAÇÕES ACIMA DECLARADAS SÃO VERDADEIRAS

________________________, _____/_____/20____. ______________________________________

Local Data Assinatura do Candidato PM

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PROCESSO DE TRIAGEM E DE SELEÇÃO DOS MEDIADORES DO PROGEA

(2ª PARTE – PREENCHIMENTO EXCLUSIVO PELA EQUIPE AVALIADORA)

14 HABILIDADES

Baseando-se nas atividades desenvolvidas, a Equipe Avaliadora deve atribuir uma nota (descritaentre os parênteses), observando a seguinte classificação:

FRACO (4 PONTOS), REGULAR (6 PONTOS), BOM (8 PONTOS) ou ÓTIMO (10 PONTOS).

QUESITOS PONTOS

1 Capacidade de tomada de decisão

2 Capacidade de administração de conflitos

3 Conhecimento do trabalho

4 Dinamismo

5 Relacionamento interpessoal

6 Capacidade de trabalhar em equipe

7 Habilidade de comunicação

SOMA TOTAL

MÉDIA (dividir a SOMA TOTAL por 7)

15 CONCEITO

Consultar a Seção de Recursos Humanos da UEOp:( ) A ( ) B ( ) C PONTUAÇÃO: _______

16 TREINAMENTO POLICIAL BÁSICO

TIROMÓDULO_____

ANO ________TAF

TCF ________

ANO________

PROVAESCRITA

NOTA _________

ANO __________

17 Selecionado? ( ) Sim ( ) Não. Citar a justificativa._____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

___________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

Membro da Comissão Membro da Comissão

Membro da Comissão Membro da Comissão

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

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Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “C” (MODELO DE AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO) AINSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

AVALIAÇÃO FINAL DE DESEMPENHO

Nome: ___________________________________________ Pontuação:_______

Local de curso: ______________________ Período do curso: _______________

O aluno foi avaliado em cada um dos itens abaixo, conforme o seguinte critério:

FORTE (F) COMPETENTE (C) NECESSITA MELHORAR (NM)

ITENS AVALIADOS:

1. HABILIDADE DE COMUNICAÇÃO:

Oral ..........................................................................................................

Escrita .....................................................................................................

2. CAPACIDADE DE ORGANIZAÇÃO:

Apresentação dos encontros Progea ......................................................

Conhecimento dos materiais do Programa .............................................

Uso da metodologias de ensino ..............................................................

Manejo de classe ....................................................................................

Uso de meios auxiliares de instrução .....................................................

Compreensão dos conceitos ..................................................................

Iniciativa .................................................................................................

Habilidade para motivar e entusiasmar .................................................

3. RELAÇÕES INTERPESSOAIS:

Capacidade de fazer amigos .................................................................

Espírito de equipe ..................................................................................

4. PONTUALIDADE:

Nas aulas ...............................................................................................

Nas tarefas ............................................................................................

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TEXTO DE AVALIAÇÃO

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

AVALIAÇÃO:

EFICIENTE NECESSITA MELHORAR

CERTIFICO COMO MEDIADOR PROGEA NÃO CERTIFICO

_______________________________, ____ de ___________________ de 20____.

____________________ _____________________ ______________________

Mediador Progea Equipe de Treinamento Facilitador do Curso

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

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Distribuição: a mesma da presente Instrução.ANEXO “D” (FORMULÁRIO DE AUTORIZAÇÃO DOS PAIS) A INSTRUÇÃO Nº3.03.12/2016-CG

AUTORIZAÇÃO DOS PAIS

Data ___/___/____

Eu, _______________________________________, responsável legal peloaluno ____________________________________, do ____ ano do ensinofundamental da Escola _____________________________________________autorizo sua participação no PROGEA (Programa de Educação Ambiental) e tenhociência que:

• O PROGEA será aplicado em 12 (doze) encontros na própria escola por umPolicial Militar Ambiental que atuará como Mediador estimulando os alunos adescobrir e redescobrir a realidade do meio ambiente onde estão inseridos,bem como estimulará o desejo deles em realizar ações praticáveis que visemà solução ou diminuição dos possíveis problemas ambientais na escola.

• Será trabalhada a relação entre homem e meio ambiente; os valores sociais eas práticas das ações socioambientais; direitos e deveres; individualismo ecoletividade; cidadania e democracia; desigualdade social e qualidade devida; os elementos da natureza e a sua interdependência na vida dosindivíduos.

• Serei comunicado, sempre que necessário, sobre os diversos assuntos quetenham ligação entre meu filho e o programa.

• De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, emseu artigo 5º, incisos X e XXVIII e da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990(Estatuto da Criança e do Adolescente), artigo 100, parágrafo único, inciso V,autorizo a utilização e reprodução da imagem e voz do menor acimanomeado para fins metodológicos, científicos e divulgação do Programa deEducação Ambiental - PROGEA objetivando o aperfeiçoamento de todo oprocesso.

___________________________________________Assinatura do pai, mãe ou responsável

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “E” (TERMO DE COMPROMISSO ENTRE A UNIDADE EXECUTORA EESCOLA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROTOCOLO DE INTENÇÕES

Protocolo de Intenções que entre si celebram a Polícia Militar de Minas Gerais

e a ESCOLA _______________________________________ para Cooperação

Técnica, visando à implantação do Programa de Educação Ambiental (PROGEA).

Considerando:

A responsabilidade da Polícia Militar de Minas Gerais de trabalhar a prevenção

ambiental, a sustentabilidade e a melhoria da qualidade de vida e, no segundo

momento, a resolução dos problemas ambientais, através do desenvolvimento de

programas de prevenção nas escolas, o PROGEA, que consiste em uma parceria

entre a ______________________ (Unidade Executora) e a ESCOLA

__________________________________ que pretendem unir esforços para tal fim.

Aos ___ dias do mês de _________ do ano de _______, nesta cidade

______________/MG, a ESCOLA __________________________________,

representada pelo (a) diretor (a) ________________________________________ e

o (a) __________________________________________________, Comandante

da ________________(Unidade Executora) resolvem celebrar o presente Protocolo

de Intenções, nos moldes das cláusulas seguintes:

Cláusula Primeira:

Do Objeto

O presente protocolo tem por objetivo a conjugação de esforços no sentido de

desenvolver um sistema de parcerias com vistas à aplicação do PROGEA na Escola

_____________________________________.

Cláusula Segunda:

Das áreas de Atuação

As áreas de atuação abrangidas por este protocolo são as seguintes:

Provimento de recursos humanos para:

a) aplicação efetiva do programa através de policial militar;

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b) apoio no que tange à presença dos alunos e responsáveis, bem como do

corpo docente.

Cláusula terceira:

Da Execução

1) Recursos Humanos

A Polícia Militar deverá fornecer o MEDIADOR, que desenvolverá as lições do

Programa, apresentando previamente o cronograma de aulas para análise da

direção da escola. Uma vez aprovado, o cronograma deverá ser respeitado por

ambas as partes.

A escola interessada deverá manter o (a) professor (a) em sala de aula para

auxiliar o MEDIADOR do PROGEA, uma vez que, após o término do programa, o (a)

professor (a) deverá dar continuidade ao assunto.

2) Material Didático

O fornecimento de material didático a ser utilizado em sala de aula pelo

MEDIADOR DO PROGEA não será de responsabilidade obrigatória da escola.

Para a realização da formatura, cabe à escola a preparação do local,

decoração e, se for o caso e interesse, preenchimento do certificado e organização

de apresentação cultural dos alunos, juntamente com MEDIADOR.

Cláusula Quarta:

Da Vigência

O presente protocolo terá a duração de 01 (um) ano, a partir da data de sua

assinatura, podendo ser prorrogado automaticamente, até limite de igual período, se

não houver manifestação em contrário por um dos dois partícipes.

Cláusula Quinta:

Da Alteração

O presente protocolo poderá ser alterado, mediante termos específicos, tendo

em vista a conveniência e interesse dos participantes.

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Eventuais modificações ou alterações relativas ao presente instrumento far-se-

ão mediante termos aditivos específicos, devidamente justificados e previamente

autorizados pelos convenentes, sendo vedada, porém, a alteração de seu objeto.

Cláusula Sexta:

Dos Casos Omissos

Os casos omissos que surgirem na vigência deste acordo serão solucionados

por consenso dos partícipes em termo aditivo.

E por estarem de acordo, firmam o presente Protocolo de Intenções em 02

(duas) vias de igual teor.

________________________/MG, _____ de __________________ de ________.

_________________________________________

DIRETOR (A)

_________________________________________

COMANDANTE DA UNIDADE EXECUTORA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “F” (MODELO DE CRONOGRAMA DE EMPREGO SEMANAL/QUINZENAL DO MEDIADOR PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

CRONOGRAMA DE EMPREGO DO MEDIADOR PROGEA

DADOS DA ESCOLA

Escola: Nº MEC

Endereço: Bairro:

Município: Estado:

Referência: Telefone:

Diretor (a):

Supervisor (a):

DADOS DO MEDIADOR

Nome: P/G

Nº Polícia Unidade

DATAS?

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(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “G” (REGRAS DE ELEIÇÃO DO CONSELHO DIRETOR DO “CLUBINHOAMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

PROCESSO ELETIVO DO “CLUBINHO AMBIENTAL”

Das Eleições

Art. 1º As eleições o Conselho Diretor do “Clubinho Ambiental” dar-se-ão,

anualmente, nas Escolas atendidas pelo Programa.

Art. 2º Será eleita a chapa que obtiver a maioria absoluta de votos

considerando os votos em branco e os votos nulos.

§ 1º Se, antes das eleições, ocorrer a desistência ou impedimento legal de

candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 2º Se ocorrer um empate nessa votação, será declarada eleita a chapa que

tiver a maior média aritmética das notas de seus membros nas disciplinas português

e matemática;

§ 4º Permanecendo o empate nessa votação será declarada eleita a chapa

cujo presidente for o mais velho.

§ 5º Persistindo o empate, a decisão caberá à equipe escolar: professor(a),

supervisor(a), orientador(a) e diretor(a), conjuntamente.

Das Chapas

Art. 3º As chapas que concorrerem a esse pleito deverão ser formadas por

representantes de todas as turmas participantes, sendo que poderão ser

acrescentados cargos de Assessores, somados ao Presidente, Vice-Presidente, 1º

Secretário e 2º Secretário, até completar igual número de concorrentes de todas as

turmas no pleito. As chapas não poderão ultrapassar a quantidade de dois alunos de

cada turma por chapa.

Art. 4º No caso de um membro da chapa eleita renunciar ou transferir-se de

escola após a apuração da eleição, o seu cargo poderá ser preenchido por outro

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estudante da segunda chapa mais votada com o mesmo cargo ou poderá ser feita

uma votação/eleição simples na(s) sala(s) de aula entre os membros da(s) outra(s)

chapa(s), sem necessidade de novo processo eleitoral na escola.

Art. 5º No caso de comprovação de irregularidades durante as campanhas

eleitorais (compra de votos, descumprimento do Estatuto do “Clubinho Ambiental”

e/ou das regras da campanha eleitoral etc) caberá ao Mediador e a Escola a decisão

sobre retirada do aluno do processo eleitoral ou de toda a chapa concorrente.

Parágrafo Único: No caso de exclusão de apenas um aluno do pleito,

proceder-se-á conforme o caput do artigo 5º. Já na hipótese de toda a chapa ser

excluída do processo, deverá ser feita nova campanha eleitoral e nova eleição, se

existirem outros alunos interessados em formar nova chapa concorrente. Caso

contrário será nomeada a chapa remanescente do primeiro pleito.

Da Propaganda Eleitoral

Art. 6º A realização de qualquer ato de propaganda da chapa, nas

dependências da escola, ficará condicionada à aquiescência da direção escolar, que

adotará as providências necessárias à garantia da realização deste ato.

§ 1º Para a confecção de cartazes, serão permitidos no máximo três unidades

por chapa concorrente, a fim de evitar a poluição visual;

§ 2º A campanha eleitoral abrangerá todos os funcionários da escola, bem

como os alunos do 4º e 5º anos da escola.

§ 3º A escola possuirá para consulta dos alunos, uma cópia das Regras da

Campanha eleitoral e do Estatuto do “Clubinho Ambiental”.

Art. 7º É vedado na propaganda o uso de símbolos, frases ou imagens

associadas ou semelhantes àquelas utilizadas por partidos políticos, órgãos de

governo ou empresas públicas.

Do Direito ao Voto

Art. 8º Terão direito ao exercício do voto os alunos dos 4º e 5º anos de ensino

fundamental, bem como todos os funcionários da escola.

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Art. 9 A votação deverá ocorrer no tempo estritamente suficiente para garantir

o pleno exercício desse direito, observado o que prescreve a lei quanto ao acesso

de pessoas portadoras de necessidades especiais, se houver.

Dos Mesários e dos Fiscais da Eleição

Art. 10 Durante o horário da votação, a Escola poderá designar um funcionário

que exercerá o cargo de mesário da eleição, sendo facultada a nomeação de fiscais,

conforme a necessidade.

Parágrafo Único: Serão atribuições dos mesários e fiscais o acompanhamento

da abertura da urna ou a apuração dos votos eletrônicos, a contagem das cédulas e

o preenchimento da ata de apuração dos votos.

Art. 11 Caberá ao Mediador realizar a apuração eletrônica dos votos na

presença dos membros das chapas e de um responsável pela Escola. No caso de

votação em cédulas de papel, caberá ao mesário a elaboração da ata contendo os

resultados obtidos em cada urna.

§ 1º Deverá conter nessa ata o total de votos, por candidato, total de alunos

votantes, o nº de votos válidos, votos em branco e os nulos, além de outras

observações pertinentes ao serviço.

§ 2º O funcionário da escola que exercer o cargo de mesário se incumbirá de

entregar uma via dessa ata à diretora da escola para fins de conhecimento e

medidas ulteriores, ao findar o horário da eleição.

Das Urnas e das Cédulas Eleitorais

Art. 12 Para fins de controle e coordenação da votação, somente haverá uma

urna em cada escola, incumbindo-se de providenciá-la o Mediador da Unidade

Executora.

Disposições Transitórias

Art. 13 São deveres dos Mediadores, dos fiscais e mesários:

I – Velar para que ocorra um processo democrático de direito;

II – Impedir que haja destruição, adulteração de dados capazes de

provocar resultado diverso do esperado com relação à lisura desse processo;

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III - Impedir que ocorra, propositadamente, dano físico aos

equipamentos/materiais usados na votação;

IV - Fazer a retirada do local de votação de quem não guardar a ordem e

a compostura devidas e estiver praticando qualquer ato atentatório da liberdade

eleitoral;

V - Velar para que não haja a concentração de alunos no local da

votação;

VI - Balizar a entrada e saída dos alunos/eleitores no recinto da votação.

Art. 14 Para dirimir quaisquer dúvidas oriundas desse pleito ou ocorrendo

fatos relacionados com o seu propósito, desde que não previstos neste documento,

o Comandante da Unidade Executora, em conjunto com a Direção da Escola,

deliberará sobre o assunto, oportunamente.

Parágrafo Único: Dessa decisão não caberá recurso.

______________, ___ de _________ de _____.(local ) ( data )

____________________________________________CMT DA UEOP EXECUTORA DO PROGRAMA

____________________________________________DIREÇÃO DA ESCOLA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução

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ANEXO “H” (NORMAS DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº3.03.12/2016-CG

ESTATUTO DO “CLUBINHO AMBIENTAL”

Da Denominação, Sede e Fins

Artigo 1º - O “Clubinho Ambiental” da Escola __________________________

é uma associação civil sem fins lucrativos e econômicos, com sede a

_____________________________________________, em _______________/MG.

Parágrafo Único – O “Clubinho Ambiental” terá duração por tempo

indeterminado e sua administração será eleita todo ano, sempre sob a

responsabilidade dos estudantes dos 4º e 5º ano do ensino fundamental.

Artigo 2º - O “Clubinho Ambiental” tem por princípios:

I- Ser amigo dos animais e plantas;

II- Promover a economia e respeitar o bem alheio;

III- Ser cortês com todos os membros da escola e da comunidade;

IV- Ser honesto e transparente sobre a eficácia das ações promovidas

pelo “Clubinho Ambiental” e abertos em nossos julgamentos e em nosso diálogo

com a comunidade;

V- Ser solidário com as pessoas carentes de informações de cunho ambiental. É

o que guia nossas ações e nosso compromisso de solucionar ou minimizar

problemas ambientais.

VI- Ser disciplinado e obedecer às orientações dos seus pais, professores

e do Mediador.

Artigo 3º - O “Clubinho Ambiental” tem por finalidades:

I- Promover o conhecimento e o reconhecimento, pelos membros do

clubinho, das condições socioambientais mínimas em sua escola e comunidade;

II- Solucionar ou minimizar problemas ambientais detectados na escola,

escolhidos pelos membros do Clubinho, que promoverão a intervenção na

manutenção das condições socioambientais mínimas em sua escola e comunidade;

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III- Promover a multiplicação dos conhecimentos cientes de que existem

caminhos legais para a resolução de problemas de cunho ambiental;

IV- Preservação ambiental da flora: florestas, rios, fontes e mananciais;

V- Preservação ambiental da fauna: animais típicos da região;

Artigo 4º - Para cumprir seu propósito o “Clubinho Ambiental” atuará por meio

de: execução direta de projetos, programas ou planos de ações; doação de recursos

físicos e humanos, ou prestação de serviços intermediários de apoio à comunidade

em que está inserido.

Dos Associados, seus Direitos e Deveres.

Artigo 5º – O “Clubinho Ambiental” é constituído por todos os estudantes dos 4º

e 5º anos do Ensino Fundamental, que compartilhem os objetivos e princípios do

Clubinho.

Artigo 6º – São direitos de todos os membros do “Clubinho Ambiental”:

I- Participar e tomar parte, com direito a voz, nas reuniões do Clubinho;

II- Votar e ser votado para os cargos eletivos da associação.

Artigo 7º – São deveres de todos os membros do “Clubinho Ambiental”:

III- Acatar as decisões das reuniões;

IV- Zelar pelo bom nome e pelo fiel cumprimento dos objetivos do Clubinho;

V- Cumprir fielmente os princípios constantes no Art. 2º, sendo permitida, ao

Mediador, à (ao) Professor (a) da classe e à Direção da Escola, a retirada do aluno

da sala de aula para a realização de trabalhos escolares durante o tempo do

encontro com o Mediador em caso de seu descumprimento ou inquietação do

ambiente escolar que possa causar alteração no desenvolvimento dos trabalhos

propostos ou da eficácia dos resultados esperados para o dia;

Artigo 8º - O “Clubinho Ambiental” se reunirá ordinariamente uma vez por

semana, e extraordinariamente sempre que necessário.

Artigo 9º - Todas as decisões das reuniões deverão ocorrer pela maioria

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simples dos votos dos membros presentes.

Conselho Diretor

Artigo 10 - O Conselho Diretor tem por função e competência:

I- Traçar as metas que se quer atingir referente às condições socioambientais

mínimas em sua escola e comunidade;

II- Resolver após discussão e exame sobre novos projetos e áreas de atuação;

III- Acompanhar o desempenho dos projetos em andamento.

Artigo 11 – O Conselho Diretor terá, no mínimo, a seguinte composição:

I. 01 (um) Presidente;

II. 01 (um) Vice-Presidente;

III. 01 (um) Primeiro Secretário;

IV. 01 (um) Segundo Secretário.

Parágrafo único – Na existência de muitas turmas é permitida a criação de

cargos de Assessores, que serão em número tal que a chapa concorrente possua

representantes de todas as turmas, não ultrapassando o número de dois alunos de

cada turma.

Artigo 12 – Compete ao Presidente do Conselho Diretor:

I) Representar o “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Convocar e presidir as reuniões;

III) Zelar pelo cumprimento do Pacto de Valores;

IV) Distribuir tarefas para a resolução ou minimização do problema eleito na

escola.

Artigo 13 – Compete ao Vice-Presidente do Conselho Diretor:

I) Substituir o Presidente do “Clubinho Ambiental” PROGEA em sua ausência;

II) Auxiliar o Presidente no cumprimento das tarefas do “Clubinho Ambiental”;

Artigo 14 – Compete ao Primeiro Secretário do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Registrar todas as ações do “Clubinho Ambiental” em livro ata.

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Artigo 15 – Compete ao Segundo Secretário do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Substituir o Primeiro Secretário do “Clubinho Ambiental” PROGEA em sua

ausência.

Artigo 16 – Compete aos assessores do Conselho Diretor:

I) Contribuir para o bom andamento do “Clubinho Ambiental” PROGEA;

II) Auxiliar o Presidente, o vice-presidente e os secretários do “Clubinho

Ambiental” PROGEA em suas atribuições.

Das Disposições Gerais

Artigo 17 – Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria da Escola, pelo

Mediador e pelo Conselho Diretor.

_______________________________/MG, ___ de ______________ de _______.

____________________________________________CMT DA UEOP EXECUTORA DO PROGRAMA

____________________________________________DIREÇÃO DA ESCOLA

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “I” (AÇÕES DO “CLUBINHO AMBIENTAL”) À INSTRUÇÃO Nº3.03.12/2016-CG

ATUAÇÃO DO MEDIADOR JUNTO AO “CLUBINHO AMBIENTAL”

O problema ambiental detectado na escola e escolhido pelos alunos no

primeiro semestre, durante o conhecimento e o reconhecimento do ambiente escolar

(7º encontro), constitui a essência das atividades do Mediador e dos membros do

“Clubinho Ambiental” no semestre subsequente. Portanto, cabe ao Mediador

retomar a discussão em torno do problema eleito, confirmando-o ou redefinindo-o,

segundo consenso do Clubinho.

A definição do problema se revela como uma importante ação, considerando

as peculiaridades abordadas pelo Mediador e, sobretudo, a lavratura da ATA pela

confirmação ou redefinição do problema pela maioria dos membros do Clubinho.

Esse será o primeiro encontro entre o Mediador e os alunos no semestre

subsequente. A cada encontro o Mediador analisará, quantitativamente e

qualitativamente, o nível do comprometimento dos membros do Clubinho com as

ações pertinentes às proposições, conforme planejamento prévio elaborado pelos

próprios alunos. Esta análise deverá ser progressiva e a sua efetividade se

reportará sempre ao grau de dificuldade, facilidade e complexidade durante o

cumprimento das ações de cada fase.

A avaliação do Mediador acontecerá mediante o preenchimento de um

formulário próprio, também de forma progressiva, respeitando as peculiaridades de

cada encontro. Esse documento será encerrado no sexto e último encontro.

O fato de não se resolver ou minimizar o problema socioambiental na escola

deverá ser definido como um resultado indireto e não como um aspecto negativo

do processo. É importante que o Mediador leve em consideração todo o dinamismo

do “Clubinho Ambiental” pela busca do resultado direto , baseando-se no

desenvolvimento dos trabalhos realizados no semestre anterior e observando-se os

pressupostos abaixo:

• Ainda que o resultado não seja direto, a simples movimentação dos membros

do clubinho na execução das ações planejadas demonstra o exercício da

proatividade em detrimento da circunstância reativa do problema;

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• A construção da rede social escolar através do processo de mobilização

social (competências, habilidades e estratégias na busca dos reeditores,

editores e da comunicação dos eventos em torno do problema a ser

trabalhado);

• A prática dos valores segundo os princípios contidos no Art. 2º do Estatuto do

“Clubinho Ambiental”;

• A Divisão das atividades e a ressonância das equipes em sua execução;

• A co-responsabilidade dos indivíduos no êxito das tarefas coletivas;

• O estabelecimento da relação do problema socioambiental na escola (“O

desafio está lançado.”) com as finalidades contidas no Art. 3º, em especial

aquelas descritas nas alíneas “a” e ”b” do artigo supracitado, contidas no

Estatuto do “Clubinho Ambiental”.

A presença do professor(a) e/ou representante legal do estabelecimento de

ensino é fundamental para o bom andamento de todo o processo. Outro aspecto

muito importante é a realização de uma reunião prévia com a direção, orientação e o

professor(a) sobre o presente plano de ação para o semestre seguinte. O objetivo é

a manutenção da ressonância dos trabalhos, bem como o fortalecimento da

mobilização existente na escola com o programa.

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MINIMIZAÇÃO/SOLUÇÃO DO PROBLEMA SOCIOAMBIENTAL NA ESCOLA

1ª FASE – CONFIRMAR OU REDEFINIR O PROBLEMA (PRIMEIRO PASSO DO PLANEJAMENTO).

Consiste em manter o problema eleito no 7º encontro do semestre anterior ou escolher um outro problema, incentivando os estudantes a“reconhecerem” o ambiente escolar. Todas as deliberações tomadas pelos membros do Clubinho deverão ser registradas em ata.

1. Exposição do problema eleito e definiçãoou redefinição do problema a sertrabalhado

I. Após a exposição do problema eleito pelos estudantes, deverá ser realizada uma discussão em tornodeste problema, onde serão observados os quesitos que o elegeram como problema principal daescola, bem como os outros problemas observados durante o 7º encontro do semestre anterior e,então, deverá ser definido ou redefinido o problema a ser trabalhado pelo Cubinho Ambiental. (ação)

2ª FASE – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES (SOLUÇÃO/MINIZAÇÃO DO PROBLEMA).

Nesta fase o “Clubinho Ambiental” trabalhará O QUE FAZER (Montagem do plano de ações - solucionar ou minimizar o problema), QUANDOFAZER (dentro do espaço de tempo estipulado e considerando a divisão de tarefas estabelecida pelo(a) professor(a) da turma) e COMO FAZER(detalhamento do plano de ações - a partir da elaboração do cronograma de atividades, da compreensão das particularidades do problema, dacomunicação, da mobilização social, da corresponsabilidade entre indivíduos e equipes).

1. Formação das equipes de trabalho einício da elaboração das alternativasvoltadas para a solução/minimização doproblema

“O QUE FAZER”

I. Após a exposição do problema pelo Conselho Diretor, os membros do “Clubinho Ambiental” serãoseparados em grupos (cinco equipes, quando possível) e anotarão as sugestões dos grupos para asolução ou minimização do problema eleito na escola, iniciando a confecção do plano de ações. Estaação deverá ser registrada em ata.

II. Ao término do encontro, o Mediador solicitará aos estudantes que pesquisem com alunos,professores, funcionários, parentes, amigos e fontes diversas, anotando novas sugestões de ações paraatuarem sobre o problema eleito na escola, trazendo para o próximo encontro as ações propostas poreles no presente encontro e a complementação do plano alcançada com a pesquisa proposta peloMediador. Os “documentos” produzidos ficarão arquivados e em poder do Conselho Diretor. Estaação deverá ser registrada em ata.

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I. Discussão e cruzamentos das informações pertinentes ao problema socioambiental eleito visandoalcançar um “horizonte Imaginário”, com o estabelecimento da rede social interna e externa que tenhauma relação direta com o problema em questão. Neste ponto, o Mediador deverá abordar asalternativas apresentadas pelos grupos e incentivar os estudantes a “conhecerem” um pouco maissobre o problema, abordando os itens abaixo descritos:

a. Problema identificadona escola e no seu emtorno (oficialização doproblema)

EX: lixo, água, poluição/degradação ambiental, desperdício de energia,desperdício de alimento, desperdício de materiais diversos, revitalização doambiente escolar, conservação/ manutenção do ambiente, espaço paradivulgação, discussões e palestras de assuntos de interesse daescola/comunidade. Outros (especificar).

b. Peculiaridade doproblema

EX: composição dos materiais, ausência de elementos/componentes, sólido,líquido, gasoso, incolor, inodoro, cor, odor, volume, localização (parte internaou externa da escola), outros (especificar).

c. Origem do problemaOrigem interna ou externa, falta de estrutura, falta de manutenção, força dohábito (civilidade), vandalismo, descaso, indisponibilidade de recursos,outros (especificar).

d. Período de intensidadeNo início, intervalo ou final das atividades escolares. O período de maiorvolume: início, meio ou final do mês.

2. Início da confecção do Plano de Ações eElaboração da lista de re-editores, comestabelecimento de uma ordem deprioridade das ações previstas no plano.

“O QUE FAZER”

e. Impacto do problema nacomunidade escolar e noseu em torno

Risco à saúde, à integridade física, no desenvolvimento da aprendizagem,na estética da escola, na qualidade do ambiente, na credibilidadeinstitucional, na crença e prática dos valores sociais e éticos, entre outros(especificar).

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f. Ações anterioresDuração do problema na escola e no seu em torno (parte externa), tentativasde solução do problema ou minimização. Comunicação do fato(compartilhamento e co-responsabilidade).

Esta ação deverá ser registrada em ata.

II. Montagem do plano de ações, considerando a complementação proposta pelas pesquisas. OMediador deverá, após leitura e discussão, reunir as propostas apresentadas pelos estudantes na lousae montar o Plano de Ações da turma.

a) Cada líder de grupo efetuará a entrega das anotações contendo as informações apresentadas;

b) O Mediador poderá solicitar aos estudantes, caso já não tenha sido apresentada esta opção, queacrescentem ao plano de ações uma pesquisa sobre os cinco temas alusivos ao problema eleitona escola como primeira ação a ser desenvolvida ( alíneas a. até f.).

Esta ação deverá ser registrada em ata.

III. Após a confecção do Plano de Ações no quadro da sala, o Mediador deverá estabelecer uma Ordemde Prioridade entre elas, enumerando cada item de acordo com a discussão em torno da ordem maiscoesa e necessária.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

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IV. Ao término o Mediador deverá estabelecer uma relação de possíveis Re-editores para auxiliarem naexecução do plano de ações, como por exemplo:

Reeditores internos: Secretaria Municipal de Educação, Diretora, Professores, Funcionários,estudantes e pais.

Reeditores externos: toda e qualquer iniciativa pública ou não que, por suas habilidades ecompetências, possam iniciar o processo de solução/minimização de forma multidisciplinar ou direta;

Registrar as alternativas (horizonte imaginário – papel dos editores).

Esta ação deverá ser registrada em ata.

3. Estruturação do Plano de Ações

“COMO FAZER”

I. Considerando o plano de ações elaborado e sua ordem de prioridades, o Mediador deverá detalhá-loe descrever no quadro cada passo a ser abordado pelos estudantes, bem como apresentar os modelosde ofícios e demais documentos necessários à execução das atividades.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

II. Estabelecer que a coordenação das ações previstas ficará a cargo da professora da turma/auxiliar eque datas a serem trabalhadas deverão ser discutidas e acertadas com ela e com a turma ou ConselhoDiretor do “Clubinho Ambiental”.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

III. Reativação das equipes:

a) Neste item pode-se realizar divisão de tarefas e distribuição de funções por grupos, de acordocom a necessidade e conveniência. Por exemplo: Grupo de Coordenação e Controle Estudante(Conselho Diretor); Grupos de Editores Estudantes (produção de material gráfico e comunicação) e

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Grupos de Produtores e Reeditores Sociais Estudantes (Mobilização Social). Cabe ressaltar que aresponsabilidade pela divisão e realização das atividades previstas no Plano de Ações é da professora,podendo o Mediador auxiliá-la.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

3ª FASE – EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES PLANEJADAS

Nesta fase é importante que o Mediador possua uma cópia do plano de ações elaborado, com o objetivo de viabilizar as atividades decoordenação, controle e avaliação das ações, bem como garantir a agilidade e a transparência das ações para que as crianças possam cumprir astarefas pré-estabelecidas.

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I) Apresentação do Plano deAções na Escola (início damobilização interna)

Por via de regra, a primeira instituição a ser mobilizada pelo “ClubinhoAmbiental” deve ser a própria Escola. A Diretora deverá ser a primeiraautoridade a ser mobilizada, seguida pela Supervisora/ OrientadoraPedagógica, Funcionários, Pais e Estudantes. Cada equipe de trabalho seresponsabilizará pelo contato com um re-editor interno.

A execução das atividades deverá ser realizada à medida que aconvergência de vontades for se concretizando.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

1. Execução das atividades constantes noPlano de Ações sob a coordenação daProfessora da(s) turma(s)

II) Início da mobilizaçãoexterna (se for o caso)

Caso a resolução/minimização do problema exija a intervenção de re-editores externos, o Mediador, após consenso do Clubinho e aprovação daescola, poderá realizar a interlocução junto ao(s) reeditor(es). Entretanto énecessário que a Escola oficialize, por escrito, a solicitação aoReeditor/Instituição em nome do “Clubinho Ambiental”.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

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III) Ação dos re-editoresna Escola

A atuação dos reeditores voltada para resultados, na escola, ocorrerá daseguinte forma:

• INICIAL (Nível I) – Ações e/ou intervenções que resultem naresolução ou minimização do problema (palestras, solidariedade, atitudes,serviços, debates e campanhas). Nessa fase, o resultado não é construído.Na verdade, é uma conseqüência da proatividade na escola. O resultado ,nesse caso, ocorre dentro da gestão do Clubinho correspondente ao ano naescola e deve ser registrado em ata.

• INTERMEDIÁRIO (Nível II) – Ações e/ou intervenções que resultemna necessidade de implantação ou elaboração de projetos voltados paraa solução ou minimização do problema. O resultado será construído,dependendo basicamente da escola . Nesse caso, o início do processoocorre na gestão do Clubinho correspondente ao ano na escola (Ex:reutilização e redução de recursos, doação para reciclagem, implantação dahorta escolar, revitalização da área verde da escola).

O resultado deverá ser registrado em ata.

• AVANÇADO (Nível III) - Ações e/ou intervenções que resultem nanecessidade de implantação ou elaboração de projetos voltados para asolução ou minimização do problema. O resultado será construído,dependendo de uma intervenção direta dos reeditores externos (EX:recuperação de área degradada no em torno escolar, aspecto físico eestético da escola, criação ou implantação de oficinas de reciclagem,cursos diversos). Nesse caso, o início do processo ocorre na gestão doClubinho correspondente ao ano na escola.

O resultado deverá ser registrado em ata.

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4ª FASE – AVALIAÇÃO DO CLUBINHO

Nessa fase, o Mediador agradece e cumprimenta todos os membros do Clubinho pelo empenho, envolvimento e pela corresponsabilidade decada um em prol do objetivo coletivo. Ainda que os esforços não tenham conduzido a nenhum dos níveis de resolução/minimização doproblema, o Clubinho registrará em ata o ponto e a fase de encerramento das atividades do segundo semestre. O mesmo deverá ocorrer para oscasos em que se atingir um dos níveis de resolução/minimização do problema socioambiental.

1. Compartilhamento de experiências

I. Discussão em torno do desenvolvimento das atividades: facilidades, dificuldades e complexidades.O objetivo é destacar e valorizar o trabalho coletivo. Ressaltar a importância da união de forças, dasreuniões e do tempo na realização de algo (histórias do Caderno do Aluno).

Esta ação deverá ser registrada em ata.

2. Retrospectiva e resultado alcançado

I. Ressaltar a evolução da turma relacionando os resultados de cada fase.

II. Destacar a perspectiva do resultado alcançado para os sucessores do Clubinho (a continuidade deum trabalho) e a solidariedade de quem passou pelo problema.

Esta ação deverá ser registrada em ata.

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3. Arquivos de imagens e documentos

I. A escola deverá dispor de um espaço para que o “Clubinho Ambiental” possa promover o arquivamentode todos os documentos: Livro Ata, documentos, cópias de documentos, anotações, fotos, entreoutros.

É importante que os futuros membros do Conselho Diretor conheçam o esforço e a dinâmica de trabalhode seus predecessores. Trata-se do registro histórico do “Clubinho Ambiental” no estabelecimento deensino e na vida dos estudantes que o vivenciaram.

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ATIVIDADES DO MEDIADOR

1ª FASE – CONFIRMAR OU REDEFINIR O PROBLEMAENCONTRO ASSUNTO AÇÃO ATIVIDADE EXTRA – CLASSE

- Confirmação/redefinição doproblema;- Formação das equipes detrabalho;- Sugestões de ações a seremadotas para solucionar ouminimizar o problema eleito naescola e início da elaboraçãodo Plano de Ações;

1ª, 2ª e3ª

Os grupos de trabalho deverão pesquisarjunto a alunos, professores, funcionários,parentes, amigos e fontes diversas sobrenovas sugestões para atuarem sobre oproblema eleito na escola para o próximoencontro, complementando o plano deações (sugestões e alternativas visando àsolução/minimização do problema).

2ª FASE – PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

-Abordagem àsparticularidades (item a. ao f.);- Exposição dos resultadospelas equipes e início daconfecção do plano de ações -Elaboração do Plano de Ações– O QUE FAZER;- Elaboração da ordem deprioridade das ações previstasno plano;- Estabelecimento da lista dere-editores.

4ª, 5ª, 6ªe 7ª

Os estudantes deverão pesquisar sobre odesdobramento das ações a seremdesenvolvidas em cada um dos itensprevistos no plano, trazendo as dúvidasque surgirem.

3º e 4º

- Estabelecer a coordenaçãodas atividades pela professorae/ou auxiliar;- Reativação das equipes;- Entrega das anotações aoConselho Diretor do Clubinho;- Início do detalhamento sobreo Plano de Ações, de acordocom as particularidades doproblema = COMO FAZER; - Finalização do Plano deAções, contendo todo odetalhamento dos itensprevistos.

6ª, 7ª e8ª

3ª FASE – EXECUÇÃO DO PLANO DE AÇÕES

5º- Estabelecer que acoordenação das açõesprevistas deverá ficar a cargo

***

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da professora da turma/auxiliare que datas a seremtrabalhadas deverão serdiscutidas e acertadas com aturma ou Conselho Diretor do“Clubinho Ambiental”;- Processo de MobilizaçãoSocial (envolvimento dosreeditores);- Distribuição dos materiaisproduzidos pelos membros doClubinho;- Orientações na abordagemdos reeditores; - O Mediadordeverá observar os níveis deatuação do reeditor.

4ª FASE – AVALIAÇÃO DO CLUBINHO

- Compartilhamento deexperiências;- Retrospectiva e resultadoalcançado;- Arquivos de imagens edocumentos.

9ª, 10ªArquivamento dos materiais produzidos.

OBS: Todas as ações e atividades desenvolvidas deverão ser registradas em ataconforme o disposto no planejamento. Cabe ressaltar que as demais atividadesexercidas pelo “Clubinho Ambiental”, fora desse planejamento, deverão ser tambémregistradas e contabilizadas como ações do “Clubinho Ambiental”.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

ANEXO “J” (MODELO DE RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DOMEDIADOR PROGEA) A INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016-CG

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RELATÓRIO ESCOLAR DE AVALIAÇÃO DO MEDIADOR PROGEA

Formulário de Avaliação Escolar do Desempenho de Mediador Progea

Nome doinstrutor LEGENDA

Nome da escola 0-3 = InsuficienteNome doprofessor 4-6 = Regular

7-8 = Bom

9-10= Ótimo

QUESITOS PARÂMETROSNota

(de 0 a 10pts)

Pesoda

NotaTotal

(nota x peso)

Início da aula (no horário previsto) 2 1PONTUALIDADE

Encerramento da aula (no horário previsto) 2 Valor: 40 pts(5,71%) Sub Total - Pontualidade:

Equilíbrio, ponderação, adaptabilidade a novas situações. 4

Respeito aos alunos e funcionários da escola 4

Isenção e imparcialidade 4

Vocabulário adequado (sem uso de gírias, termos inadequadosou vícios de linguagem)

4

Ética profissional (conjunto de ações condizentes com seucargo,

integridade, discrição, sigilo) 4

2POSTURA e

ÉTICA

Apresentação (fardamento) 4 Valor: 240 pts(34,29%) Sub Total - Postura Ética:

3DOMÍNIO DE

CLASSE Disciplina e organização da turma 2 Valor: 20 pts(2,86%) Sub Total - Domínio de Classe:

Eficiência dos recursos para atingir objetivos de aprendizagem. 3 4

RECURSOS Nível de motivação obtido 3

DIDÁTICOS Cuidado no manuseio dos equipamentos 3

Qualidade do material utilizado (transparências e slides entreoutros) 3

Valor: 120 pts(17,14%) Sub Total - Recursos Didáticos:

Desenvolvimento Introdução 3

da Aula Desenvolvimento 3

Conclusão 3

Ativ. De fixação 3 Habilidade para conduzir os alunos à participação nasatividades

4

Utilização de perguntas de facilitação 4 Habilidade em responder às perguntas formuladas pelosalunos Criatividade e dinamismo (estratégias motivacionais:capacidade

de enriquecimento do trabalho, resolução de problemas frente 4

5 HABILIDADESDE

FACILITAÇÃO

a situações inesperadas) Valor: 280 pts(40,00%) Sub Total - Habilidades de Facilitação:

Valor Total da Avaliação: 700 pts (100%) TOTAL (somatório dos sub-totais):

NOTA FINAL DO MEDIADOR (DE 0 A 100 PTS) - Fórmula: TOTAL dividido por 7

OBS: a NOTA FINAL é ponderada de 0 a 100 pontos por meio da fórmula (TOTAL dividido por 7)

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(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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ANEXO “K” – (MODELO DE CADASTRO DE ALUNOS ATENDIDOS PELO PROGEA) À INSTRUÇÃO Nº 3.03.12/2016 – CG

DADOS DA ESCOLA

Escola Nº MECEndereço BairroMunicípio EstadoReferência Telefone

DADOS DO MEDIADORNome P/G

Nº Polícia UnidadeFiliação

Ord. Nome AlunoData de

Nascimento Pai Mãe

DocumentoIdentidade

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

Distribuição: a mesma da presente Instrução.

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.17/2016-CG

TÁTICO MÓVEL

Regula o serviço Tático Móvel (TM) da Polícia Militar de MinasGerais e dá outras providências

Belo Horizonte2016

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Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação restrita.

M663i

Minas Gerais. Polícia Militar. Comando-Geral. Instrução nº 3.03.17/2016-CG: Regula o serviçoTático Móvel (TM) da Polícia Militar de Minas Gerais edá outras providências / Polícia Militar - Comando-Geral. Belo Horizonte: 3a Seção do Estado-Maior daPMMG, 2016. 49 p.: il. Contém anexos.

1. Policiamento preventivo. 2. Gestão doconhecimento. 3. Repressão qualificada. 4. ServiçoTático móvel. 5. Estrutura das Cias/Pel TM. 6.Treinamento. I. Rocha, Cláudio Vítor Rodrigues.(coord.). II. Polícia Militar. Comando-Geral. III. Título.

CDU: 351.745 CDD:352.2

FICHA CATALOGRÁFICA elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas,

Bairro Serra Verde - Belo Horizonte – MG.

CEP 31.630-900

Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas,

Bairro Serra Verde - Belo Horizonte – MG.

CEP 31.630-900

Telefone: (31) 3915-77996.

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GOVERNADOR DO ESTADO

FERNANDO DAMATA PIMENTEL

COMANDANTE-GERAL DA PMMG

CEL PM MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIACHINI

CHEFE DO ESTADO-MAIOR

CEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIOR

CEL PM ROBSON JOSÉ DE QUEIROZ

SUPERVISÃO TÉCNICA

Ten Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues RochaChefe da Seção de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃOMaj PM Ronan Muniz dos Santos

Maj PM Micael Henrique SilvaMaj PM Flávio Godinho Pereira

Cap PM João Luiz da Matta Felisberto1º Ten PM José Augusto Neves Vianna

1º Ten PM Eduardo Alves Lima2º Ten PM André Rezende MartinsSubten PM Anderson Clayton Silva

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar2º Sgt PM Claudiney Barroso

2º Sgt PM Renato Pires MoreiraCb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BOPE - Batalhão de Operações Policiais Especiais

BPChq - Batalhão de Polícia de Choque

BPE - Batalhão de Policiamento Especializado

BPM - Batalhão de Polícia Militar

Btl RPAer - Batalhão de Polícia de Radiopatrulhamento Aéreo

CEMG - Constituição do Estado de Minas Gerais

CG - Comando-Geral

Cia - Companhia

Cia PM Ind - Companhia de Polícia Militar Independente

Cia PM Ind P Cães - Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento com Cães

Cia PM Ind PE - Companhia de Polícia Militar Independente de Policiamento Especializado

CPC - Comando de Policiamento da Capital

CPE - Comando de Policiamento Especializado

CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade

CRFB - Constituição da República Federativa do Brasil

CT - Comando Tático

CVO - Cadastro de Vínculos de Ocorrências

DDU - Disque Denúncia Unificado

DGEOp - Diretriz Geral para Emprego Operacional

DPOC - Diretrizes de Policiamento Ostensivo da Capital

DETRAN/MG - Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais

EMPM - Estado-Maior da Polícia Militar

GDO - Gestão do Desempenho Operacional

GEPMOR - Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida

Gp PM - Grupo de Polícia Militar

GPS - Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)

GuTM - Guarnição Tático Móvel

HT - Hand-Talk (Rádio Móvel)

INFOPEN - Sistema Integrado de informações Penitenciárias

INFOSEG - Sistema Nacional de Integração de Informações em Justiça e SegurançaPública

ISP - Inteligência de Segurança Pública

OCD - Operações de Controle de Distúrbios

Pel - Pelotão

PM - Polícia Militar/ Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

PPH - Patrulha de Prevenção ao Homicídio

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QCG - Quartel do Comando Geral

RCAT - Regimento de Cavalaria Alferes Tiradentes

REDS - Registro de Eventos de Defesa Social

RMBH - Região Metropolitana de Belo Horizonte

ROTAM - Rondas Táticas Metropolitanas

RPM - Região de Polícia Militar

SECI - Socialização/Externalização/Combinação/Internalização

SIPOM - Sistema de Inteligência da Polícia Militar

TM - Tático Móvel

UDI - Unidade de Direção Intermediária

UEOp - Unidade de Execução Operacional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................9

2 OBJETIVOS .....................................................................................................................13

2.1 GERAL.........................................................................................................................132.2 ESPECÍFICOS...............................................................................................................13

3 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO APLICADAS AO SERVIÇOTÁTICO MÓVEL .....................................................................................................................14

3.1 DADO, INFORMAÇÃO, CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA.................................................153.2 INFORMAÇÃO APLICADA À GESTÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL ...................................16

4 MISSÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL.....................................................................17

4.1 GERAL.........................................................................................................................174.2 PARTICULAR ................................................................................................................17

5 EXECUÇÃO .....................................................................................................................18

5.1 PRINCÍPIOS..................................................................................................................185.2 CONCEITO DE ATUAÇÃO ...............................................................................................195.2.1 Planejamento.........................................................................................................195.2.2 Estratégias .............................................................................................................205.2.3 Emprego operacional............................................................................................215.3 FORMAS DE ATUAÇÃO..................................................................................................225.3.1 Atuação em recobrimento....................................................................................225.3.2 Atuação em Operação de Controle de Distúrbio Tático....................................255.3.3 Atuação em reintegração de posse.....................................................................265.3.4 Atuação em resposta a fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais........275.4 DESENVOLVIMENTO DO TURNO DE SERVIÇO.................................................................305.4.1 Conceitos básicos .................................................................................................305.4.2 Funções e atribuições do serviço Tático Móvel .................................................30

6 ESTRUTURA E VARIANTES OPERACIONAIS DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL...38

6.1 ESTRUTURA.................................................................................................................386.2 O SERVIÇO TÁTICO MÓVEL E SUAS VARIANTES OPERACIONAIS ....................................396.2.1 Guarnição Tático Móvel........................................................................................396.2.2 Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR)..406.2.3 Patrulha de Prevenção ao Homicídio (PPH) ......................................................40

7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS ....................................................................42

7.1 RECURSOS HUMANOS..................................................................................................427.2 RECURSOS LOGÍSTICOS...............................................................................................437.2.1 Equipamento e armamento ..............................................................................437.2.2 Viatura................................................................................................................44

8 COORDENAÇÃO E CONTROLE ..................................................................................45

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8.1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.......................................................................................468.1.1 Avaliação da produtividade do TM ......................................................................478.1.2 Reuniões de avaliação .........................................................................................478.2 SUPERVISÃO................................................................................................................48

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................50

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.17/2016-CG

Regula o serviço Tático Móvel da Polícia Militarde Minas Gerais e dá outras providências.

1 INTRODUÇÃO

No início da década de 80 o policiamento ostensivo geral na Região

Metropolitana de Belo Horizonte passou por profundo estágio de mudança. Naquela

época, Comando de Policiamento da Capital (CPC) publicou as Diretrizes de

Policiamento Ostensivo da Capital (DPOC) e as Instruções de Conduta Operacional,

o que promoveu alterações no modelo de polícia até então implementado pela

Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).

O signo maior das mudanças e principal instrumento de sedimentação

das condutas operacionais daquele momento se deu na DPOC-03B, de 05 de março

de 1982, a qual teve insculpida a "Teoria da Malha Protetora", concebida por

Almeida (1984).

Nesse contexto, Almeida (1984, p. 81) discorre acerca do termo “malha

protetora” no seguinte sentido: “o policiamento ostensivo, ação característica e

básica da manutenção da ordem pública, é como uma malha protetora distendida

por toda Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tendo por objetivo a

tranquilidade pública”.

A Teoria da Malha Protetora foi apresentada da seguinte forma:

a) divisão do território, sob responsabilidade das Unidades de Execução

Operacional (UEOp) da Capital, em subáreas atribuídas a Companhia PM (presença

efetiva da PMMG em toda RMBH);

b) o escalonamento de esforços se sobreporia à medida que ocorresse o

rompimento da malha.

Ao tratar dos objetivos da DPOC-03B, Souza (2003, p.204-205) afirmou

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que o fim delineado naquela diretriz era o de cumprir três objetivos básicos:

O primeiro, criar junto à população da grande Belo Horizonte um climapsicológico de segurança, pela presença próxima do policial militar, que éconhecido pela comunidade a que serve e identificado com esta. Osegundo, atuar preventivamente, buscando antecipar-se à eclosão do delito.E o terceiro, oferecer resposta veloz e eficaz aos problemas de segurançapública surgidos, configurando uma atuação repressiva imediata. (grifonosso)

No ano de 2005, a então 8ª Região da Polícia Militar (8ª RPM),

atualmente 1ª RPM e responsável territorial pelo serviço da PMMG em Belo

Horizonte, por meio da Instrução nº 05/2005-8ª RPM (MINAS GERAIS, 2005),

estabeleceu uma reformulação conceitual da Teoria da Malha Protetora, destacando

o recobrimento tático como metodologia básica para o escalonamento dos esforços

operacionais.

A mesma Instrução estabeleceu que o emprego do 1º nível de

recobrimento estaria voltado à repressão criminal, com base em informações

geoprocessadas do local de atuação, modus operandi de criminosos, informações

de denúncia, etc. A prioridade de atendimento se daria às ocorrências relacionadas

a crimes violentos.

A Diretriz para Produção de Serviços de Segurança Pública nº

3.01.01/2010 (MINAS GERAIS, 2010a) definiu as Companhias e Pelotões TM como

o primeiro esforço de recobrimento, contudo dando ênfase no caráter da abordagem

da divisão interna, sem se referir aos serviços prestados por estas subunidades. A

atribuição das tarefas deste nível de esforço foi direcionada às Companhias Tático

Móvel, nos Batalhões da Polícia Militar, e aos Pelotões Tático Móvel, nas

Companhias Independentes.

Salienta-se que a referida Diretriz apontou o modelo supraterritorial de

recobrimento direcionado a atuar em ocorrências complexas ou potencialmente

violentas, ou que, por sua dimensão ou repercussão, extrapolem a capacidade de

atuação do policiamento ordinário. Tais ocorrências constituem-se o cerne de

atuação do serviço TM.

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A sustentação e principal respaldo legal à atuação da Polícia Militar estão

na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) de 1988 na qual se

observa no § 5º, do Art. 144 o seguinte: “às polícias militares cabem a polícia

ostensiva e a preservação da ordem pública”. (BRASIL, 1988, grifo nosso).

A atribuição de competência da Polícia Militar é aprofundada no inciso I

do Art. 142 da Constituição do Estado de Minas Gerais (CEMG) de 1989 nos

seguintes termos:

Art. 142 – A Polícia Militar [...] competindo:

I – à Polícia Militar, a polícia ostensiva de prevenção criminal, de segurança,de trânsito urbano e rodoviário, de florestas e de mananciais e as atividadesrelacionadas com a preservação e restauração da ordem pública, além dagarantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicos,especialmente das áreas fazendária, sanitária, de proteção ambiental, deuso e ocupação do solo e de patrimônio cultural; (MINAS GERAIS, 1989,grifo nosso).

O foco principal do Tático Móvel se relaciona à repressão qualificada, de

preservação e restauração da ordem pública. Entretanto, é o Decreto-Lei Nº 667/69

que, ao reorganizar as Polícias Militares, traz mais incisivamente a delimitação das

finalidades e competências destas organizações, conforme se pode observar do art.

3º abaixo:

Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurançainterna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete àsPolícias Militares, no âmbito de suas respectivas jurisdições: a) executarcom exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das forças armadas,o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, afim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e oexercício dos poderes constituídos; b) atuar de maneira preventiva, comoforça de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma serpossível a perturbação da ordem; c) atuar de maneira repressiva, em casode perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das ForçasArmadas; (BRASIL, 1969, grifo nosso).

No Estado de Minas Gerais, a Lei 6.624 de 18 de julho de 1975 -

Organização Básica da PMMG tem no Art. 2º a delimitação da competência,

conforme se vê:

Art. 2º Compete à Polícia Militar:I – com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das ForçasArmadas, o policiamento ostensivo, fardado, a fim de assegurar o

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cumprimento da lei, a manutenção da ordem e o exercício dos poderesconstituídos;II – atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão em locais ouáreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem;III – atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem,precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; (MINAS GERAIS,1975, grifo nosso).

Descrito o arcabouço normativo de sustentação aos serviços da PM, bem

como as bases organizacionais internas à implementação do 1º esforço de

recobrimento, passa-se à regulação do serviço Tático Móvel, com vistas a amparar o

emprego nas Unidades de Execução Operacional (UEOp) da PMMG.

Essa regulação se dará nesta instrução estruturada em oito seções:

Introdução; Objetivos; Gestão da Informação e do Conhecimento Aplicadas ao

Serviço Tático Móvel; Missão do Serviço Tático Móvel; Execução; Estrutura e

Variantes Operacionais do Serviço Tático Móvel; Recursos Humanos e Logísticos; e

Coordenação e Controle.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Regular o serviço Tático Móvel, prestado pela Polícia Militar no estado de

Minas Gerais nas atribuições de polícia ostensiva de preservação e restauração da

ordem pública.

2.2 Específicos

a) Estabelecer parâmetros de emprego do serviço Tático Móvel, em

conformidade com o ordenamento jurídico, na preservação e restauração da ordem

pública no estado de Minas Gerais.

b) Padronizar o emprego do serviço Tático Móvel nas diversas frações da

PMMG.

c) Apontar critérios para a coordenação e o controle do serviço Tático

Móvel na PMMG.

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3 GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO APLICADAS AO

SERVIÇO TÁTICO MÓVEL

A gestão do conhecimento tem por base as informações produzidas pelas

Agências de Inteligência e Seções de Emprego Operacional. Tal modelo de gestão

serve de auxílio ao planejamento, ao treinamento, ao processo decisório e à

implementação de ações/operações de repressão qualificada e imediata, bem como

à execução das atividades pelo Tático Móvel.

A informação adequada, oportuna, com conteúdo confiável,

fundamentada em coleta e análise dos dados precisos, objetivos e disponíveis ao

destinatário, é insumo aos diagnósticos e à resolução de problemas organizacionais

e locais, e à aferição do progresso do planejamento de pessoal, dos recursos

materiais e da gestão para a operação policial.

Dessa forma, a gestão da informação e do conhecimento é essencial ao

desencadear do serviço TM e, em razão do interesse à prestação desta modalidade,

será tratada neste tópico inicialmente pela compreensão conceitual de base para

finalmente ser demonstrada na aplicabilidade.

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3.1 Dado, informação, conhecimento e inteligência

O processo de gestão da informação e do conhecimento é subsidiado

pelas classes dos dados, da informação, do conhecimento e inteligência os quais

são compreendidos conforme quadro a seguir:

Quadro 1 - Diferenças entre dado, informação, conhecimento e inteligência

Dado Informação Conhecimento Inteligência

Simples observaçõessobre o estado domundo.

Dados dotados derelevância e propósito.

Informação valiosa damente humana. Incluireflexão, síntese econtexto.

Derivada de julgamentoe intuição do decisor quevisualiza toda a situação.

Facilmente estruturado.Facilmente obtido pormáquinas.Frequentementequantificado.Facilmente transferível.

Requer unidade deanálise.Exige consenso emrelação ao significado.Exige necessariamente amediação humana.

De difícil estruturação.De difícil captura emmáquinas.Frequentemente tácito.De difícil transferência.

Requer síntese dosconhecimentos e éoportuna quandopossibilita utilizaçãocom vantagem.

Fonte: Adaptado de Davenport e Prusak (1998) e Moresi (2000).

Nesse contexto, conforme ensina Moresi (2000), a classe do dado

relaciona-se aos fatos; a classe da informação é desenvolvida a partir de dados

analisados que passam a ter significado; a classe do conhecimento decorre de

reflexão, síntese e contexto de informações, provenientes de diversas fontes; e a

classe da inteligência, completa o ciclo e é caracterizada por ser resultante da

síntese dos conhecimentos.

Assim a relação processual é explicada conforme se vê no dispositivo a

seguir:

Figura 1: Níveis hierárquicos da informação

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Fonte: MORESI, 2000.

Esses conceitos servem de base para a realização de tarefas, ações,

operações, elaborações de conceitos, delineamentos de projetos e estratégias de

atuação, e estabelecimento de planejamentos e processos no serviço Tático Móvel.

3.2 Informação aplicada à gestão do serviço Tático Móvel

O uso da informação pelos comandos, nos diversos níveis hierárquicos da

PMMG, tem por finalidade subsidiar a tomada de decisões e a gestão do serviço TM.

Assim, o sistema de informação aplicada à gestão do serviço TM se organiza

conforme o Quadro 2, no qual se observa que a gestão da informação auxilia:

- ao comando das UDI e UEOp para o monitoramento e avaliação do

desempenho, o planejamento e as decisões relativas ao serviço TM;

- aos comandos de Cia/Pel TM para o monitoramento e a avaliação dos

processos, do planejamento e auxílio à tomada de decisão em nível de subunidade;

- ao Comando Tático para o acompanhamento e a execução das

atividades e tarefas, monitoramento dos serviços desempenhados no espaço

geográfico de responsabilidade e à tomada de decisão em nível de comando de

turno de serviço TM.

Em todos os níveis acima citados, o processo gestor da informação deve

abranger ações sistêmicas de prospecção, seleção, filtragem, tratamento, e

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disseminação úteis aos responsáveis pela tomada de decisão para que eles possam

gerenciar e valer-se dos fluxos informacionais, quer sejam formais ou informais

(MORESI, 2000).

O fluxo da informação deve ser feito preferencialmente por meio dos

canais de comunicação organizacional, podendo, dada a especificidade e

necessidade, ser feito pessoalmente aos policiais militares envolvidos no processo.

Dentre as ferramentas/tecnologias de suporte à Inteligência de Segurança

Pública destacam-se o Cadastro de Vínculos de Ocorrências (CVO), o Sistema

Nacional de Integração de Informações em Justiça e Segurança Pública (INFOSEG),

o Sistema Integrado de Defesa Social / Informações de Segurança Pública

(SIDS/ISP), o Disque-Denúncia Unificado (DDU) e o Sistema Integrado de

informações Penitenciárias (INFOPEN).

No que se refere ao conjunto de ações que compõem a repressão

qualificada do serviço TM a gestão da informação perpassa pelo fluxo sistêmico

observado na figura 1.

4 MISSÃO DO SERVIÇO TÁTICO MÓVEL

4.1 Geral

Atuar de forma efetiva por meio de intervenções qualificadas no

enfrentamento à criminalidade violenta e ao tráfico de drogas, visando à manutenção

e preservação da ordem pública na área da respectiva UEOp, em recobrimento às

frações com responsabilidade territorial.

4.2 Particular

a) Exercer a repressão qualificada ao tráfico e ao comércio de drogas,

bem como a posse ou porte irregular ou ilegal de armas, com ênfase na ocupação

dos espaços urbanos e rurais mais propícios.

b) Promover ações de enfrentamento às organizações criminosas,

quadrilhas especializadas e gangues.

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c) Atuar em áreas de alta incidência de crimes violentos indicados pela

análise criminal e Inteligência de Segurança Pública.

d) Cumprir mandados de busca, apreensão e prisão.

e) Atuar no recobrimento ao policiamento ordinário.

f) Executar escoltas de presos, armas e outras de interesse do serviço

público.

g) Atuar em Operações de Controle de Distúrbios Tático.

h) Atuar secundariamente em ações e operações de caráter preventivo.

5 EXECUÇÃO

Compete ao serviço Tático Móvel realizar a repressão qualificada, atuar

nos incidentes críticos de natureza complexa, ou que, por sua dimensão ou

repercussão, extrapolem a capacidade de atuação do policiamento ordinário e,

ainda, nas atividades de recobrimento em locais estrategicamente definidos com

base na análise criminal e pela Inteligência de Segurança Pública (ISP), realizando

ações e operações em toda a área da UEOp a que se subordina.

5.1 Princípios

A execução do serviço Tático Móvel deve estar em consonância com os

princípios da administração pública, insertos no art. 37, caput, da Constituição

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Federal, assim como as atividades de coordenação e controle. Desta forma, o

emprego do serviço em modelo supraterritorial nas áreas das UEOp deve ser:

a) orientado por objetivos e cumprimento de metas;

b) procedido em patrulhamento dirigido;

c) direcionado para a rapidez e eficiência no atendimento;

d) gerenciado por ações de comando operacional;

e) coordenado em integração sistêmica com os demais serviços da

PMMG;

f) coordenado em integração sistêmica quando em atuação por força-

tarefa de interesse da Corporação;

g) coordenado em integração sistêmica quando em atuação conjunta

entre UEOp;

h) planejado tática e tecnicamente com o objetivo de atender com

qualidade e oportunidade;

i) direcionado ao treinamento do efetivo para utilizar adequadamente os

meios disponíveis, em especial no tocante a armamento e equipamento;

j) apoiado por policiamento velado;

k) fundamentado na análise criminal e na Inteligência de Segurança

Pública (ISP), visando a produção de conhecimentos necessários ao desencadear

de ações/operações de repressão qualificada.

5.2 Conceito de atuação

5.2.1 Planejamento

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As operações desencadeadas pelo Tático Móvel necessitam de

planejamentos adequados que favoreçam o emprego operacional e o

estabelecimento de estratégias que foquem a atuação na prevenção, predição

(detecção precoce dos possíveis comportamentos delituosos) e repressão à

criminalidade violenta e ao tráfico de drogas, nas operações de controle de

distúrbios e nas reintegrações/imissões de posse.

Os Comandantes de Cia/Pel TM, bem como o Comando Tático (CT)

deverão manter o acompanhamento continuado da situação de segurança pública

nas respectivas circunscrições, com vistas ao cumprimento de metas/objetivos, com

qualidade e oportunidade.

O planejamento para emprego do serviço TM deverá abordar as

temáticas contidas na doutrina operacional da PMMG e nas normas que regem o

emprego dos recursos logísticos e humanos, coordenação e controle e inteligência

de segurança pública (ISP).

O planejamento deverá ser percebido enquanto atividade útil ao processo

criativo, direcionado à solução de problemas e ao atingimento dos objetivos do

serviço por quaisquer que sejam os policiais militares integrantes do Tático Móvel.

5.2.2 Estratégias

As estratégias ora elaboradas alinham-se à visão e à missão da Polícia

Militar, notadamente na contribuição à construção de um ambiente seguro e na

promoção da segurança pública com respeito aos direitos humanos, orientando-se

por indicadores e metas de desempenho e, finalmente, direcionam-se à produção

dos resultados propriamente aplicados aos serviços TM.

Nesse sentido, o serviço TM possui por estratégias:

a) o incremento da Inteligência de Segurança Pública (ISP) para a

produção e salvaguarda de conhecimentos necessários a fim de subsidiar o

planejamento e execução de uma política de Segurança Pública, orientadas:

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− à redução dos crimes violentos;

− à redução da oferta de drogas;

− à repressão ao tráfico, comércio, posse ou porte irregular ou ilegal de

tráfico de armas;

− ao controle de distúrbios;

− ao cumprimento de mandados de busca, apreensão e prisão;

− à reintegração e à imissão de posse e garantia do poder de polícia de

outros órgãos;

− ao emprego em força-tarefa; e

− à atuação em ações de polícia preventiva.

b) o fomento do Disque-Denúncia Unificado (DDU) – 181 - com objetivo

de integrar e dar fluxo às informações oriundas de denúncias anônimas, de forma a

qualificá-las e validá-las às intervenções preventivas e repressivas qualificadas e/ou

imediatas (MINAS GERAIS, 2010b);

c) a intervenção pontual nas Operações de Controle de Distúrbios (OCD);

d) a gestão sistêmica do conhecimento técnico e tático em busca do

nivelamento das melhores práticas do serviço TM;

e) a orientação por indicadores e metas como delineadores do

atingimento dos resultados do serviço TM;

f) o emprego da guarnição Tático Móvel como célula básica do serviço.

5.2.3 Emprego operacional

O emprego do serviço Tático Móvel tem por base o conceito de malha

protetora previsto na DGEOp, consistindo, assim, no 1º esforço de recobrimento,

que tem por finalidade recobrir e intensificar o policiamento lançado (esforço

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ordinário), realizando ações e operações setorizadas.

Para tanto, as equipes deverão ser distribuídas por subárea ou setor, para

emprego durante os turnos de serviço, restringindo-se o espaço geográfico de

atuação dentro da área da Unidade, visando contribuir para a coordenação e

controle das atividades desenvolvidas.

5.3 Formas de atuação

5.3.1 Atuação em recobrimento

A atuação em recobrimento, missão principal do serviço Tático Móvel,

ocorre em complementação aos esforços ordinários lançados pelas Unidades que

detém responsabilidade territorial, por meio do desenvolvimento de ações e

operações de caráter preventivo e repressivo.

5.3.1.1 Recobrimento preventivo

A atuação preventiva do serviço Tático Móvel ocorrerá nos intervalos

entre os atendimentos de ocorrências e o desenvolvimento de ações/operações

repressivas.

Deve obedecer a um planejamento prévio, formalizado por meio de

cartão-programa, que contemple ações e operações preventivas de apoio ao

policiamento ordinário.

5.3.1.2 Recobrimento repressivo

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A atuação repressiva do serviço Tático Móvel dar-se-á como atividade

primária e ocorrerá em apoio ao policiamento ordinário da Unidade. Decorre da

necessidade de resposta rápida, sobretudo nas ocorrências com maior grau de

complexidade e de reação à criminalidade violenta, podendo ocorrer de duas

formas, conforme descrito a seguir:

5.3.1.2.1 Repressão imediata

Decorre da necessidade de coibir imediatamente delitos, atos ilegais e

casos de perturbação da ordem, em obediência ao estado de flagrância, sob o

enfoque da técnica policial.

Para tanto, sempre que possível, o lançamento do efetivo deve ser

precedido de policiamento velado, visando indicar com maior precisão as situações

de flagrante delito.

5.3.1.2.2 Repressão qualificada

Decorre da necessidade pontual de coibir delitos, casos de perturbação

da ordem, prestar apoio ou dar suporte que, pela gravidade ou complexidade,

necessitem de método, sob o enfoque da técnica e da estratégia.

Por ser eletiva, pode e deve ser empregada para coibir qualquer tipo de

delito, ato ilegal ou perturbação da ordem, inclusive no cumprimento de mandados

judiciais, ou ainda, para realizar operações de apoio e suporte a outros órgãos. A

característica principal é o método e tem por estratégias básicas para emprego do

serviço Tático Móvel:

a) valorização das técnicas de abordagens e de prisão dos infratores;

b) fundamentação ao emprego em análise criminal e de ISP;

c) ocupação orientada por análise geoprocessada do crime;

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d) intervenções responsivas às informações oriundas do DDU,

previamente selecionadas e submetidas à análise;

e) coordenação do empenho pelo comandante do turno de serviço.

A repressão qualificada tem por fomento a Inteligência de Segurança

Pública como fio condutor da produção de conhecimento em níveis estratégico,

tático e operacional. Tal conhecimento é destinado a prever, prevenir, neutralizar e

reprimir atos criminosos de qualquer natureza que atentem à ordem pública, à

incolumidade das pessoas e do patrimônio, permitindo à Polícia Militar planejar o

emprego e lançamento dos recursos humanos e materiais com cientificidade.

As ações desenvolvidas pelo serviço Tático Móvel devem ser precedidas

de conhecimentos oportunos, pertinentes às intervenções preventivas, preditivas e

repressivas à criminalidade violenta, ao tráfico de drogas, às manifestações

permeadas de ilegalidades, violentas ou cerceadoras de direitos coletivos, e outras

que exijam atividades específicas deste serviço.

Nesse contexto, a Inteligência de Segurança Pública (ISP), no que se

refere à repressão qualificada, potencializa a prospecção de cenários, além do

exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificação,

avaliação e acompanhamento de ameaças reais ou potenciais na esfera da

segurança pública, de modo a permitir o planejamento e emprego racional dos

meios a fim de adotar medidas pontuais de repressão ao problema identificado.

Assim, a repressão qualificada desencadeada pelo serviço Tático Móvel,

deve ser precedida de análise criminal e de informações de ISP, e terá por foco os

seguintes tópicos:

a) identificação dos principais “líderes” de organizações criminosas;

b) as estruturas secundárias de apoio à prática dos crimes;

c) modus operandi de atuação dos agentes criminosos;

d) a penetração e aceitação social das práticas/agentes criminosos;

e) levantamentos dos crimes conexos e formação/organização de redes

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criminosas;

f) armamento utilizado pelos criminosos;

g) ideologias intervenientes/determinantes nas ações criminosas;

h) perfil dos envolvidos nas atividades criminosas;

i) controle das ações e operações pretéritas, contrárias aos eventos

confrontados;

j) controle dos resultados alcançados nas intervenções anteriores;

k) possibilidade de resistência às ações desencadeadas;

l) possibilidade de geração de insegurança jurídica e desgaste

organizacional junto à sociedade e aos órgãos controladores da PMMG;

m) necessidade de interação/integração com outros órgãos, visando a

validação e à promoção da eficiência na intervenção estatal;

n) qualificação das informações originárias de colaboração voluntária

(Disque Denúncia Unificado - DDU);

o) outras de interesse.

5.3.2 Atuação em Operação de Controle de Distúrbio Tático

A atuação do Tático Móvel em OCD Tático dar-se-á como 1ª resposta,

nas UEOp, precedendo o emprego da tropa de Choque, observando-se o contido no

Manual Técnico-Profissional nº 3.04.10/2013-CG, que contém a doutrina que trata

das operações de controle de distúrbio na PMMG.

As equipes táticas por estarem dispostas em estrutura de setorização,

diuturnamente encontram-se distribuídas pelas áreas de atuação policial. Assim,

quando há necessidade de emprego tático de policiamento para intervenção em

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distúrbios, tais equipes têm maior capacidade de efetuarem a atuação pontualmente,

com rapidez e coordenadamente em vários pontos.

As intervenções policiais do serviço Tático Móvel serão coordenadas pelo

Comando Tático e deverão focar no rápido controle do distúrbio, podendo atuar na

prisão de agentes de crimes e/ou lideranças, na dispersão de perturbadores da

ordem, brigas de torcida, vândalos, etc. Caso supere a capacidade operativa, deve-

se isolar, estabilizar e conter, até que a tropa capaz de operacionalizar o controle de

distúrbio chegue ao local.

Para atuação do serviço Tático Móvel no OCD Tático, deverão ser

observados os seguintes pressupostos:

a) respeito ao princípio constitucional da Legalidade quer seja enquanto

direito/garantia fundamental, quer seja enquanto base da administração pública;

b) atuação amparada na legitimidade;

c) disciplina tática fundamentada em coordenação centralizada;

d) treinamento específico acerca dos procedimentos, técnicas e doutrina

de emprego;

e) uso de força em estrita necessidade ao cumprimento do dever, quando

esgotados todos os recursos de negociação, mediação, persuasão e resolução de

conflitos.

5.3.3 Atuação em reintegração de posse

Para atuação do Tático Móvel em ações/operações de reintegração de

posse, devem ser observados os mesmos pressupostos constantes quando da

atuação em OCD Tático.

A ação policial deve ser planejada em conjunto com os demais órgãos

envolvidos, devendo ser observados os princípios dos direitos humanos, buscando

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sempre por meio da negociação a saída pacífica dos ocupantes. Cessando as

negociações, serão desencadeadas as ações de restauração da ordem para

cumprimento da ordem judicial.

Para emprego operacional do serviço Tático Móvel nas operações de

reintegração de posse, torna-se imperioso observar os aspectos previstos na Diretriz

da PMMG que regula o Emprego da Polícia Militar de Minas Gerais nas Ocupações

de Imóveis Urbanos e Rurais, com destaque para:

a) medidas táticas pontuais (como lançar o efetivo) e técnicas (como agir)

para fazer face ao quadro situacional presente na ocupação;

b) organização, apresentação e ordenamento lógico das ações a serem

implementadas para cumprimento da requisição judicial;

c) fatores determinantes (gravidade e repercussão), fatores componentes

(espaço e mobilidade de atuação do policiamento, coordenação dos esforços e

proteção aos PM lançados na Operação) e fatores condicionantes (disponibilidade

de recursos, dia da semana e horário para início da Operação);

e) aparato humano do poder judiciário, em número suficiente para

proceder às citações necessárias, de forma a não atrasar a operação;

f) composição e instalação do Comitê Permanente de Crise, a critério do

Comando da UEOp responsável pelo planejamento das ações/operações.

A atuação do Tático Móvel nas ações de reintegração de posse dar-se-á

em observância à norma que regula o assunto na PMMG.

5.3.4 Atuação em resposta a fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais

Decorre do emprego sistêmico em vista da necessidade de resposta

rápida, a fim de assegurar uma solução aceitável para a crise. O emprego do serviço

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TM nas situações de fuga e rebelião em estabelecimentos prisionais precede a

atuação de tropa especializada.

As estratégias básicas para atuação das equipes Tático Móvel em local

de fuga e rebelião em estabelecimento prisional estão alicerçadas no apoio imediato

nas atividades de polícia ostensiva e preservação da ordem pública quando da

ocorrência de fuga e contenção de rebelião; atuação sistêmica, sob a coordenação

do Controlador do Incidente Crítico e adoção de respostas adequadas e eficientes

para conter a crise e/ou evitar novas fugas ou rebeliões.

A equipe Tático Móvel deve atuar conforme os seguintes pressupostos:

a) respeito ao princípio constitucional da legalidade quer seja enquanto

direito/garantia fundamental, quer seja enquanto base da administração pública;

b) atuação amparada na legitimidade;

c) disciplina tática fundamentada em coordenação centralizada;

d) treinamento específico sobre os procedimentos e técnicas a serem

adotadas.

O uso de força deve ser procedido em estrita necessidade ao

cumprimento do dever e esgotados todos os recursos de negociação, mediação,

persuasão e resolução de conflitos. Nesse sentido, vale considerar o seguinte

esquema:

Figura 3: Verbos basilares

Fonte: Santos (2008).

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Conforme ensina Santos (2008), conter a crise visa à centralização do

foco da ocorrência; o isolamento da área propicia evitar a presença de curiosos ou

terceiros que possam atrapalhar a montagem do teatro de operações ou que

possam se ferir durante a ação policial; e estabilizar o ambiente implica em acalmar

os ânimos proporcionando identificar o melhor momento para se iniciar o contato

com o causador da crise.

Deflagrada a tentativa de fuga ou a rebelião no estabelecimento prisional,

as guarnições TM deverão:

a) dirigir-se imediatamente ao local;

b) contatar o Controlador do Incidente Crítico1 (caso ele esteja presente) e

inteirar-se dos detalhes essenciais da ocorrência, tais como quantidade de detentos

no estabelecimento prisional ou foragidos, existência de armas, vias de acesso ao

local, permanecendo a ele subordinadas;

c) cercar o local para evitar fugas e o alastramento da crise (no caso de

rebelião);

d) auxiliar/prover o isolamento do estabelecimento prisional (no caso de

rebelião);

e) estabelecer e respeitar os perímetros táticos2 da cena de ação;

f) atuar em apoio à tropa de Operações de Controle de Distúrbios, como

força de reserva tática do comandante da cena de ação3, devendo estar dotado de

todos os materiais, equipamentos de OCD, dentre outros. Os materiais e

equipamentos deverão ficar em viatura de apoio próxima ao local do evento.

1 Policial militar que detém a coordenação e controle dos recursos materiais e dos policiais emdeterminada área e, portanto, pode realizar a realocação dos efetivos e dos recursos quando doprocesso de gestão de eventos de defesa social de alto risco. Coordena as ações de proteção dosperímetros táticos na cena de ação.

2 São também chamados perímetros de segurança da cena de ação. São em número de 03 (três):imediato (zona vermelha), mediato (zona amarela) e externo/apoio (verde).

3 Policial que organiza o lugar em que está ocorrendo uma crise policial.

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Consumada a fuga de detentos do estabelecimento prisional, proceder à

busca visando a recaptura. A atuação deve ser de forma sincrônica e em conjuntos

com os outros esforços operacionais disponíveis.

5.4 Desenvolvimento do turno de serviço

5.4.1 Conceitos básicos

a) Turno Tático Móvel: é o período em que o efetivo policial militar é

empregado na guarnição Tático Móvel (GuTM), sob a coordenação de Oficial,

Subtenente ou Sargento, em recobrimento ao policiamento ordinário dos

Batalhões/Companhias Independentes.

b) Comando Tático: é a denominação atribuída ao Oficial, Subtenente ou

Sargento que exerce a coordenação das guarnições Tático Móvel, em recobrimento

ao policiamento ordinário dos Batalhões/Companhias Independentes. A ativação do

Comando Tático ficará condicionada a existência de, no mínimo, 03 (três) equipes

TM no turno de serviço sob sua coordenação, incluindo as suas variantes

operacionais. Assim, na UEOp em que não houver o Comando Tático, as atribuições

de coordenação e controle ficarão a cargo do CPU.

5.4.2 Funções e atribuições do serviço Tático Móvel

No cotidiano da atividade operacional diária, há situações que exigem

resposta técnica/tática específica, em especial nas ocorrências de maior gravidade

ou complexidade, bem como em áreas de maior incidência criminal, nas quais o

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esforço ordinário não se mostra suficiente. Para tal, exigem-se guarnições policiais

militares reforçadas em efetivo e armamento, além de treinamento tático

diferenciado.

Vale destacar a atuação do Tático Móvel nos diversos eventos que

demandem intervenções pontuais, tais como manifestações sociais, grandes

eventos, operações de reintegração de posse, operações de controle de distúrbio,

etc.

5.4.2.1 Atribuições do Comando Tático

5.4.2.1.1 Antes do lançamento do Turno

a) inteirar-se das informações de interesse do serviço Tático Móvel;

b) conhecer as ocorrências de destaque na área da UEOp, registradas no

turno anterior;

c) buscar informações de Inteligência de Segurança Pública que possam

contribuir para as atividades de Tático Móvel (pontos de tráfico de drogas,

informações do Disque-Denúncia, infratores atuantes, etc.);

d) fiscalizar fardamento, armamento e equipamento dos militares

escalados;

e) realizar e coordenar treinamentos e instruções;

f) conhecer os indicadores e metas de desempenho operacional da

UEOp, a fim de empregar as guarnições Tático Móvel (GuTM) de forma eficiente e

eficaz;

g) orientar as equipes sobre o cumprimento dos respectivos cartões-

programas e setores de patrulhamento.

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5.4.2.1.2 Durante o turno de serviço

a) conhecer, cumprir e fazer cumprir os memorandos, ordens de serviços

e planejamentos expedidos pela UEOp;

b) acompanhar as ocorrências de destaque e informar imediatamente ao

comando de Cia/Pel TM e UEOp acerca do ocorrido;

c) coordenar o emprego das guarnições Tático Móvel, de forma a

harmonizar as atividades e conjugar os esforços em sincronia com o

CICOP/COPOM, visando atender o planejamento de emprego do serviço Tático

Móvel na UEOp;

d) fiscalizar o cumprimento dos cartões-programas pelas equipes.

5.4.2.1.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) confeccionar os relatórios alusivos do serviço ao comando de Cia/Pel

TM, constando as alterações observadas durante o turno Tático Móvel;

b) promover feedback junto a equipe Tático Móvel acerca da atividade

executada (verificar dificuldades e aspectos positivos), buscando aperfeiçoar

procedimentos.

5.4.2.2 Atribuições do comandante de GuTM no exercício da atividade

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5.4.2.2.1 Antes do lançamento do Turno

a) conhecer o planejamento do emprego operacional do Tático Móvel na

UEOp;

b) conhecer as ocorrências de destaque na área da UEOp, registradas no

turno anterior;

c) repassar aos componentes da guarnição Tático Móvel informações

e/ou conhecimentos de Inteligência de Segurança Pública atualizados, relativos ao

setor de emprego (ponto de tráfico de armas e drogas, autores de crimes

contumazes, informações do Disque-Denúncia etc.);

d) fiscalizar fardamento, armamento e equipamento dos militares da

guarnição TM;

e) conhecer os indicadores e metas de desempenho operacional da

UEOp, a fim de atuar de forma eficiente e eficaz;

f) tomar conhecimento do cartão-programa da equipe.

5.4.2.2.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,

bem como as ordens do comando;

b) gerenciar com eficiência os recursos humanos e logísticos sob

responsabilidade;

c) relatar, imediatamente, ao Comando Tático, as ocorrências que a

GuTM sob comando envolver-se;

d) estar atento às comunicações da rede rádio;

e) adotar atitude expectante com foco na atividade operacional durante o

patrulhamento e motivar tal comportamento nos outros componentes da guarnição;

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f) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo

doutrinário da PMMG e coordenar a ação dos demais componentes da equipe;

g) direcionar o itinerário do patrulhamento para os logradouros de maior

incidência de crimes violentos, bem como visando atender o planejamento do

emprego do serviço Tático Móvel na UEOp;

h) confeccionar o Registro de Evento de Defesa Social (REDS) ou

recomendar a outro militar a confecção deste, sem, contudo, deixar de ser o

responsável pelo registro imparcial, completo e legal da ocorrência.

i) cumprir o cartão-programa da equipe.

5.4.2.2.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) relatar ao Comando Tático as alterações observadas durante o turno

Tático Móvel;

b) verificar com a equipe as dificuldades, erros e acertos ocorridos

durante o turno Tático Móvel, buscando aperfeiçoar procedimentos;

c) elaborar relatórios constando dados relevantes observados no turno de

serviço como: modus operandi de infratores, fotos de suspeitos, e outras

informações pertinentes ao serviço policial militar.

5.4.2.3 Atribuições do motorista de GuTM no exercício das atividades

5.4.2.3.1 Antes do lançamento do Turno

a) realizar a manutenção de primeiro escalão da viatura e zelar para que

esteja em boas condições de emprego no serviço policial;

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b) cientificar imediatamente ao comandante da GuTM e garagista da

UEOp as alterações observadas na viatura;

c) participar do treinamento pré-turno;

d) estar fardado, equipado e armado conforme a norma vigente na

PMMG;

e) procurar sempre se atualizar quanto às informações do local de

atuação (vias principais, pontos de referência, rotas alternativas, etc.).

5.4.2.3.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,

bem como, as ordens do comandante de GuTM;

b) adotar atitude expectante com foco na atividade operacional durante o

patrulhamento e estar atento às comunicações da rede rádio;

c) respeitar a legislação de trânsito e as regras de direção defensiva,

cumprindo as normas da PMMG alusivas à manutenção e condução de viaturas;

d) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo

doutrinário da PMMG;

e) estar vigilante quanto ao armamento e equipamento que estão no

interior da viatura, durante o turno de serviço;

f) observar as recomendações do comandante da GuTM quanto ao

itinerário de patrulhamento.

5.4.2.3.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) proceder à manutenção de primeiro escalão da viatura, cientificando

imediatamente ao comandante da GuTM e garagista da UEOp as alterações

observadas;

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b) outras, determinadas pelo Comando Tático, Comandante da respectiva

GuTM e/ou normas em vigor.

5.4.2.4 Atribuições do patrulheiro de GuTM

5.4.2.4.1 Antes do lançamento do Turno

a) armar e equipar a viatura com armamento e equipamento necessário

ao serviço Tático Móvel, inspecionando-os minuciosamente e verificando

criteriosamente as condições de emprego;

b) participar do treinamento pré-turno;

c) estar fardado, equipado e armado conforme a norma vigente na

PMMG.

5.4.2.4.2 Durante o turno de serviço

a) cumprir e fazer cumprir o ordenamento jurídico, as normas da PMMG,

bem como as ordens do Comandante de GuTM;

b) posicionar-se atrás do banco do motorista, em atitude expectante com

foco na atividade operacional, estando atendo quanto aos estabelecimentos

comerciais, vias transversais, veículos e indivíduos em atitudes suspeitas, etc, e ao

fluxo contrário de trânsito, além de fazer a segurança do motorista durante o

patrulhamento;

c) estar vigilante quanto ao armamento e equipamento que estão no

interior da viatura durante o turno de serviço;

d) acompanhar atentamente às comunicações da rede rádio registrando

os dados de interesse da GuTM tais como: veículos roubados, dados de empenho

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em ocorrências, características de autores de tráfico de armas e drogas e crimes

violentos, rotas de fuga, etc;

e) acompanhar através do rádio móvel (HT) as comunicações

operacionais, principalmente quando a equipe estiver desembarcada. Caso as

comunicações estejam sendo feitas em canais diversos, a viatura deverá estar

sintonizada na rede de rádio do setor de patrulhamento;

f) registrar as informações relevantes via rádio móvel (HT) do canal que

estiver acompanhando, caso as comunicações de interesse da GuTM estejam sendo

realizadas em canais diversos;

g) empregar as técnicas e táticas operacionais previstas no acervo

doutrinário da PMMG;

h) assessorar o comandante da GuTM no registro de REDS.

5.4.2.4.3 Após o recolhimento do turno de serviço

a) desarmar e desequipar a viatura, cientificando imediatamente ao

comandante da GuTM as alterações observadas;

b) auxiliar ao comandante da GuTM na elaboração de relatórios

constando dados relevantes observados no turno de serviço como: modus operandi

de infratores, fotos de suspeitos, e outras informações pertinentes ao serviço policial

militar;

c) outras, determinadas pelo Comando Tático, comandante da respectiva

GuTM e/ou normas em vigor.

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6 ESTRUTURA E VARIANTES OPERACIONAIS DO SERVIÇO TÁTICO

MÓVEL

6.1 Estrutura

Conforme previsto na DGEOp, as Unidades com responsabilidade

territorial terão em sua estrutura básica um primeiro esforço de recobrimento,

composto, no caso dos Batalhões, por Companhia Tático Móvel, e nas Cia PM Ind,

por Pelotão Tático Móvel.

A Companhia Tático Móvel atuará nas atividades de recobrimento,

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através de setores distribuídos em toda a área do Batalhão ao qual estiver

subordinada e, da mesma forma, o Pelotão Tático Móvel executará o recobrimento

nas áreas das Companhias Independentes.

Assim, para a ativação do serviço Tático Móvel devem ser respeitados os

fundamentos condicionantes dispostos tanto na DGEOp quanto no Portfólio de

Serviços da Instituição.

6.2 O serviço Tático Móvel e suas variantes operacionais

O serviço Tático Móvel será desenvolvido essencialmente pelas

guarnições TM, podendo ter como variantes operacionais o Grupo Especial para

Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR) e a Patrulha de Prevenção ao

Homicídio (PPH), conforme detalhado a seguir.

6.2.1 Guarnição Tático Móvel

A guarnição Tático Móvel (GuTM) é destinada ao recobrimento

sistemático das atividades de policiamento nas áreas de Batalhões e Companhias

Independentes, visando a preservação da ordem pública.

É empregada em locais definidos estrategicamente pela análise criminal e

informações da inteligência de segurança pública, atuando em ocorrências com

maior grau de complexidade.

Desempenha primariamente atividade de repressão qualificada e

secundariamente ações preventivas, empregada e treinada conforme conceito

operacional e especificidades descritas no acervo doutrinário da PMMG.

A guarnição Tático Móvel será composta por 03 (três) policiais militares,

devendo ser comandada por Sub Ten/Sgt PM, podendo, excepcionalmente, Cb PM

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exercer o comando da equipe. As funções de patrulheiro e motorista de GuTM serão

desenvolvidas, prioritariamente, por Cb/Sd PM.

6.2.2 Grupo Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR)

Constatada a necessidade operacional, poderá ser efetivado o Grupo

Especial para Prevenção Motorizada Ostensiva Rápida (GEPMOR), com a missão

precípua de dar suporte ao policiamento ordinário (recobrimento), sobretudo nos

aspectos de agilidade nos deslocamentos, presença, visibilidade e apoio às

operações programadas. Caracteriza-se pelo lançamento de guarnições de moto

patrulhamento, compostas por 02 (dois) ou 03 (três) policiais militares, que atuam na

prevenção e repressão a crimes violentos, sobretudo nos casos em que há

necessidade de deslocamento rápido.

O GEPMOR atua dentro do mesmo conceito operacional da guarnição

Tático Móvel, resguardadas as proporções em virtude do emprego em veículo duas

rodas, tendo como característica peculiar a maior mobilidade urbana, o que lhe

permite o emprego com maior eficiência e eficácia nos centros comerciais e locais

com maior fluxo de veículos e transeuntes.

6.2.3 Patrulha de Prevenção ao Homicídio (PPH)

Como variante operacional do serviço Tático Móvel, poderá ser

constituída ainda a Patrulha de Prevenção ao Homicídio, voltada para a redução da

incidência do crime de homicídio. O foco da guarnição será a atuação nas causas

primárias do delito, por meio da análise qualitativa de cada ocorrência (diagnóstico

criminal) e levantamento da inteligência de segurança pública.

Conforme previsto em Instrução específica da PMMG que trata da

prevenção e repressão ao homicídio e, consequentemente, da forma de emprego da

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PPH, essa conduta proporciona atuação reativa qualificada no enfrentamento aos

conflitos interpessoais, e possibilita o envolvimento da comunidade na busca da

solução eficiente para os problemas aflorados e consequente redução da incidência

de tal modalidade criminal.

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42

7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS

O uso racional dos meios necessários é de suma importância à execução

do serviço TM. O emprego do efetivo policial, assim como dos recursos logísticos,

deve ser precedido de treinamento e de planejamento criterioso, como forma de se

evitar a sobreposição de esforços. O correto emprego dos recursos humanos e

materiais, baseado em informações gerenciais da segurança pública, proporciona

maior chance de alcance dos objetivos institucionais propostos.

7.1 Recursos humanos

O emprego do policial militar no serviço Tático Móvel deve obedecer aos

seguintes requisitos:

a) ter no mínimo 01 (um) ano de efetivo serviço na atividade operacional;

b) não ter sido punido por abuso de autoridade, emprego indevido de

arma de fogo, uso de bebida alcoólica, e/ou outras transgressões de natureza grave;

c) estar aprovado no Treinamento Policial Básico;

d) ter desprendimento e disponibilidade para ser empregado em horários

variados;

e) possuir higidez física e disponibilidade para frequentar cursos e

treinamentos de capacitação para o serviço Tático Móvel;

O treinamento do policial militar integrante da equipe TM deve ser

constante, de forma a potencializar as capacidades operativas, resultando em

desempenho operacional eficiente e eficaz.

Espera-se do treinamento alcançar vantagens organizacionais. Dentre

elas, destacam-se as que Carvalho (apud ARAÚJO, 2006, p. 106-108) discorre em

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43

trabalho sobre desenvolvimento gerencial e que podem ser aplicadas ao serviço

Tático Móvel. Segundo o autor, as vantagens organizacionais que o treinamento

proporciona são: ganho em qualidade; racionalização dos procedimentos e

desenvolvimento das pessoas; desenvolvimento da capacidade de identificar os

pontos fortes e fracos das pessoas e da organização como um todo; clima

organizacional saudável; redução de desperdícios e retrabalho, capacitação de

pessoas e aumento da produtividade.

O treinamento continuado permite sedimentar as boas práticas policiais,

levando-se em conta a segurança para atuação operacional, em consonância com

os fundamentos legais e éticos constantes no acervo doutrinário da PMMG e no

ordenamento pátrio vigente.

O treinamento de educação física do integrante da equipe Tático Móvel

deve possibilitar a higidez e o condicionamento físico, respeitada a individualidade

biológica do militar, bem como o treinamento de defesa pessoal policial deve

propiciar o domínio de técnicas de imobilização, condução de presos e defesa dos

golpes mais comuns na atividade operacional.

O serviço Tático Móvel deve ser integrado por policiais militares treinados

e capacitados para o cumprimento da missão, tendo por referência cursos

específicos devidamente reconhecidos pela PMMG.

7.2 Recursos logísticos

A gestão racional do emprego de recursos logísticos no serviço Tático

Móvel é fundamental para eficiência e eficácia da missão da PMMG, e importante ao

pleno rendimento operacional.

7.2.1 Equipamento e armamento

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44

O policial militar integrante da guarnição Tático Móvel deverá estar

fardado e equipado conforme o previsto nas normas da PMMG. Torna-se imperioso

que o militar esteja capacitado na execução correta e segura do manejo e emprego

do armamento utilizado na atividade.

Nesse entendimento, a Guarnição Tático Móvel (GuTM) deverá estar

armada e equipada, sempre que possível, com:

- armamento portátil calibre .40, 5,56mm ou 7,62mm;

- espingarda cal. 12 com munições reais e/ou de impacto controlado;

- munição química;

- bastões de madeira/tonfa;

- lanterna;

- rádio portátil (HT);

- escudo e capacete balístico ou anti-tumulto;

- pistola de emissão de impulso elétrico;

- binóculo e equipamento de visão noturna.

O emprego de pistola de emissão de impulso elétrico e armas portáteis

calibre 5,56 mm e/ou 7,62 mm será permitido ao militar credenciado, conforme

previsto na legislação da PMMG.

Em situações de emprego em ações/operações de controle de distúrbio,

pelo serviço Tático Móvel, os policiais militares deverão estar equipados, se

disponível, com: escudo, capacete, caneleiras, joelheiras, colete anti-trauma,

lançador de munição química e máscara de proteção respiratória.

7.2.2 Viatura

O veículo destinado ao serviço Tático Móvel deverá, preferencialmente,

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possuir as características e especificações a seguir: viatura leve tipo patrulheira

Station Wagon (SW)4, com teto inteiriço ligando o compartimento dos passageiros

com o de bagagens, quatro portas, compartimento para transporte de presos, rádio

transceptor móvel, sinalizador acústico visual e GPS localizador.

A identificação visual da viatura Tático Móvel (plotagem) deverá seguir as

normas de comunicação visual da Corporação, vedando-se a adoção de modelos,

cores, logomarcas ou palavras não previstas.

8 COORDENAÇÃO E CONTROLE

Os serviços TM serão coordenados pelo Comando Tático ou, não

havendo militar designado para função, pelo Coordenador de Policiamento da

Unidade (CPU). Em casos específicos de empenho em força-tarefa, a coordenação

dos serviços TM recairá a Oficial especificamente designado a este fim.

As atividades realizadas pelo Comando Tático na coordenação do efetivo

empregado na atividade deverão estar em consonância com o disposto nesta

instrução, e a atuação deve buscar a interação sistêmica com os coordenadores de

policiamento de área.

A coordenação e controle constante a fim de harmonizar as atividades e

conjugar os diversos esforços operacionais, permite o acompanhamento efetivo pelo

Comando Tático/CPU, de forma assegurar o recebimento, a compreensão e o

cumprimento das decisões do escalão superior e, ainda, identificar e corrigir desvios.

A coordenação e o controle do serviço TM pelas RPM ocorrerá por

intermédio de reuniões de avaliação, supervisões, fiscalização, visita e

acompanhamento das atividades do TM, assim como da análise do desempenho

oriunda dos dados lançados, observando-se as normas internas específicas.

4 Modelo de veículo com cabine estendida até o porta-malas, adequado ao transporte de passageiros

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46

8.1 Avaliação de desempenho

O serviço Tático Móvel se sujeita, como os demais serviços da PMMG, ao

controle da intervenção policial nos aspectos de desempenho e qualidade. Este

controle serve para avaliar, concernente às demandas por segurança do cidadão,

bem como mensurar o nível de resposta e alcance da atividade a partir dos

parâmetros de avaliação de qualidade e objetivos propostos pela PMMG, os quais

adstritos e adaptados à especificidade do serviço formam os parâmetros descritos a

seguir:

a) fortalecimento dos sistemas e dos processos: dá-se a avaliação do

planejamento das ações e operações acerca da situação diagnosticada, do local e

recursos disponíveis e resultados obtidos para melhor desempenho do serviço TM;

b) motivação e participação do pessoal e trabalho em equipe: dá-se a

avaliação ao mensurar a capacidade de Oficiais e Praças, em função de Comando,

de motivar os policiais militares subordinados, integrantes das equipes TM, para

resolução de problemas e proposição de melhorias do serviço TM;

c) tomada de decisões com base em informações confiáveis: dá-se a

avaliação ao se mensurar a confiabilidade e a validade das informações e dos dados

relacionados com a atividade de segurança pública, a fim de prover a formação de

diagnóstico, resolução de problemas e tomada de decisões relacionadas às

operações TM;

d) comunicação e coordenação: dá-se a avaliação ao se mensurar:

- comunicação: capacidade das Cia/Pel TM em compartilhar informações

úteis relacionadas às ações policiais militares em sincronia e sinergia com as Cia/Pel

da Unidade que detém responsabilidade territorial.

- coordenação: refere-se ao desempenho de coordenação e controle das

operações.

e carga.

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Notadamente, conforme a Diretriz que trata da Gestão do Desempenho

Operacional (GDO), para à aferição do desempenho dos serviços, o TM deve apoiar

as metas estabelecidas para a UEOp, utilizando-se prioritariamente os indicadores

de natureza preventiva ou repressiva que possam vir a interferir diretamente na

criminalidade violenta, como operações repressivas, prisões de agentes de crimes

violentos, apreensões de armas de fogo, dentre outros.

8.1.1 Avaliação da produtividade do TM

Todas as atividades preventivas e repressivas desenvolvidas pelo Tático

Móvel deverão ser registradas pelas equipes por meio do sistema de Registro de

Eventos de Defesa Social (REDS), de forma que seja possível tabular e avaliar as

ações e operações desenvolvidas nos locais de atuação.

Assim, ao término do cada mês, o Comandante da Cia/Pel Tático Móvel

deverá remeter à Seção de Planejamento e Emprego Operacional da Unidade,

relatório pormenorizado contendo a produtividade de cada equipe, as principais

ações/operações desenvolvidas no mês, bem como as observações e demandas

inerentes ao serviço apresentadas pelos militares.

Tal medida possibilitará a avaliação sistemática do serviço, de forma

quantitativa e qualitativa, contribuindo para a correção de inconformidades e a

constante melhoria dos serviços prestados.

8.1.2 Reuniões de ava liação

As reuniões de avaliação do serviço Tático Móvel deverão ocorrer

periodicamente com o objetivo de aferir desempenhos e resultados, difundir

orientações técnicas/procedimentos e buscar a correção de desvios.

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As UEOp deverão programar reuniões mensais, sob a coordenação do

Comandante ou Subcomandante, com participação dos Chefes das Seções de

Inteligência e de Emprego Operacional, Comandantes de Companhia/Pelotão PM

Tático Móvel e Companhias com responsabilidade territorial, com vistas a avaliar

processos, procedimentos operacionais e a produtividade do serviço Tático Móvel,

bem como promover a integração e sinergia dos esforços operacionais.

Os Comandos Regionais também deverão promover reuniões periódicas

com a participação dos Comandos das UEOp, com o objetivo de avaliar o serviço

Tático Móvel, bem como delinear estratégias a serem desenvolvidas.

8.2 Supervisão

A supervisão do serviço TM tem por objetivo acompanhar a execução das

atividades, orientar e colher informações para realimentação do planejamento e a

padronização dos processos e operações.

A atividade de supervisão será realizada por intermédio de contatos locais

e/ou, indiretamente, através de análises documentais e registros relativos ao serviço.

As supervisões deverão ser orientadas por diagnósticos, análises

criminais e de ISP, variáveis de interesse, objetivos e metas com vistas a

compreender as atividades, os processos, os procedimentos, os usos dos recursos e

compará-los ao planejamento e a produtividade alcançada.

Nas atividades planejadas, buscar-se-á a avaliação, a orientação, a

identificação, à correção de desvios, a verificação do desenvolvimento da atividade

operacional, o recebimento, a compreensão e o correto cumprimento das decisões

superiores, bem como o apoio ao policial militar em caso de necessidade.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

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(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM

COMANDANTE-GERAL

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.18/2016-CG

SETORIZAÇÃO E GESTÃOOPERACIONAL

Estabelece critérios para a setorização e gestão do policiamentono Estado de Minas Gerais

Belo Horizonte2016

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Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação restrita.

M663i MINAS GERAIS. Polícia Militar. Instrução nº 3.03.18/2016 – CG. Estabelececritérios para Setorização e Gestão do Policiamento no Estado de Minas Gerais –Belo Horizonte: Comando-Geral, 2016.

40 p.

1. Setorização. 2. Gestão - policiamento. 3. Malha protetora.I. Comando- Geral –PMMG. II. Título.

CDU: 351.745 CDD: 352.2

Ficha catalográfica elaborada pela Secretaria de Pesquisa do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação/APM – PMMG.

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas, Bairro Serra

Verde - Belo Horizonte – MG.

CEP 31.630-900

Telefone: (31) 3915-7806

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Rodovia João Paulo II, nº 4143, Edifício Minas, Bairro Serra

Verde - Belo Horizonte – MG.

CEP 31.630-900

Tel.: (31) 3915-7799

E-mail: [email protected]

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GOVERNADOR DO ESTADOFernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMGCoronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICATen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃOTen Cel PM Claúdio José Dias

Ten Cel PM Reinan Arlindo de A. OliveiraMaj PM Marcos Afonso Pereira

Cap PM Dioran de Oliveira Passos

1º Ten PM Robson de Souza Silva2º Sgt PM Moisés Gonçalves de Almeida

2º Sgt PM Adriano Felipe Malaquias

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

Cap PM Herbert Ferreira Lanza Avelar2º Sgt PM Claudiney Barroso

2º Sgt PM Eustáquio Murilo da Silva NetoCb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

BPM - Batalhão de Polícia Militar

CAD - Controle de Atendimento e Despacho

CG - Comando-Geral

Cia PM - Companhia de Polícia Militar

CONSEP - Conselho Comunitário de Segurança Pública

CPU - Coordenador de Policiamento da Unidade

DDQOD - Detalhamento e Desdobramento do Quadro de Organização e Distribuição

DIAO - Diretriz Integrada de Ações e Operações

GDO - Gestão do Desempenho Operacional

GEPAR - Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

ISP - Inteligência de Segurança Pública

MG - Minas Gerais

PIB - Produto Interno Bruto

PM - Polícia Militar / Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

REDS - Registro de Eventos de Defesa Social

RPM - Região de Polícia Militar

UEOp - Unidade de Execução Operacional

ZQC - Zona quente de Criminalidade

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................8

2 OBJETIVOS ..................................................................................................................10

2.1 Geral...............................................................................................................................10

2.2 Específicos.....................................................................................................................10

3 PRESSUPOSTOS PARA A SETORIZAÇÃO .........................................................12

3.1 Treinamento e participação da Tropa........................................................................12

3.2 Setorização de efetivo..................................................................................................12

3.3 Setorização de recursos logísticos ............................................................................12

3.4 Definição da sede física do setor...............................................................................13

3.5 Conhecimento e domínio do local de atuação.........................................................13

3.6 Participação da comunidade.......................................................................................14

3.7 Policiamento de proximidade e ênfase no policiamento a pé ...............................14

3.8 Fixação de metas por setor.........................................................................................15

3.9 Ênfase na prevenção ...................................................................................................15

3.10 Análise criminal setorizada..........................................................................................17

4 ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SETORIZAÇÃO......................18

4.1 Aspectos iniciais ...........................................................................................................18

4.2 Efetivação da setorização ...........................................................................................19

4.2.1 Critérios para definição dos setores..................................................................20

4.2.2 Nomenclatura dos setores ..................................................................................24

4.2.3 Adequação dos sistemas informatizados e de georreferenciamento ..........24

4.3 Relevância quanto à incidência criminal nos setores .............................................26

5 GESTÃO OPERACIONAL DO SETOR ...................................................................28

5.1 Etapas para a gestão operacional.............................................................................29

5.1.1 Sensibilização ........................................................................................................30

5.1.2 Mobilização.............................................................................................................30

5.1.3 Sedimentação ........................................................................................................31

5.2 Compreensão dos papéis ...........................................................................................32

5.3 Atribuições dos gestores operacionais......................................................................33

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5.3.1 Comandante Regional..........................................................................................33

5.3.2 Comandante de UEOp .........................................................................................33

5.3.3 Comandante de Companhia................................................................................33

5.3.4 Comandante de Setor...........................................................................................35

5.4 Atribuições do Policial Militar lotado no setor...........................................................36

5.5 Avaliação do desempenho operacional ....................................................................36

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................38

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................39

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8

INSTRUÇÃO Nº 3.03.18/16-CG

Estabelece critérios para a setorização e gestãodo policiamento no estado de Minas Gerais.

1 INTRODUÇÃO

Dentre os problemas enfrentados pela sociedade brasileira na atualidade,

destaca-se o aumento crescente da criminalidade violenta que vem trazendo

intranquilidade para o cotidiano das pessoas.

A desorganização da comunidade de modo geral, influenciada pela crescente

individualidade, contribui para a recusa de viver de forma coletiva, enfraquecendo

cada vez mais os princípios e valores que direcionam o bem comum.

As organizações policiais, por seu turno, vez que materializam a segurança

pública, são demandadas pelas expectativas sociais de um ambiente mais seguro e

pacífico.

As atividades exercidas por grande parte das Polícias Militares, quando do

cumprimento da missão constitucional, apresentam mudança progressiva do modelo

convencional de polícia para um modelo baseado na filosofia de polícia comunitária,

possibilitando cada vez mais uma maior proximidade com a comunidade.

Acompanhando a assertiva de Perrow (1976), que menciona que “as

organizações são criadas para produzir alguma coisa”, vê-se que a Polícia Militar,

como organização constituída, necessita acompanhar o processo rotineiro de

mudanças no cotidiano, na busca por uma prestação de serviço mais desejável e

aceito pela comunidade.

A Polícia Militar apresenta ainda particularidades que a distinguem de modo

definitivo e visível de todos os órgãos. A própria autoridade, manifestada pela farda

e pela ostensividade, destaca o fato de que seu universo é inerente a tudo e a todos.

À Polícia cabe cuidar da ordem estabelecida pelo Estado sobre todos os que estão

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9

submetidos à sua autoridade, com o papel explícito de refrear ações ilícitas e

egoísticas individuais em nome da produção da segurança coletiva.

Busca-se, por meio do profissionalismo, a eficácia no tratamento da

criminalidade e a eficiência na aplicação da lei, respeitando-se, sobretudo, a

dignidade da pessoa humana e os direitos individuais.

A atribuição de responsabilidade territorial não é algo novo para a Instituição

Policial Militar que, desde sua origem, atua com o formato de Batalhões,

Companhias, Pelotões, Destacamentos e Subdestacamentos, que respondem

perante a sociedade pelos eventos de defesa social que ocorrem na respectiva área

de atuação.

Destarte, a Polícia Militar identificou como estratégia mais adequada na

produção de melhores serviços de segurança preventiva, a subdivisão do espaço

territorial, alocando recursos em seus respectivos espaços físicos, com a devida

responsabilidade na gestão, bem como no monitoramento baseado na análise

criminal e na produção de conhecimento de inteligência, com ênfase na

aproximação da PMMG à comunidade, ao que se denomina setorização.

A presente norma estabelece, então, princípios metodológicos para a

setorização e gestão do policiamento . Determina, portanto, os parâmetros

estruturais para definição do setor como unidade de gestão dos serviços

operacionais, com o objetivo de aproximar os policiais militares, principalmente os

administradores de segurança pública, dos problemas e das especificidades locais,

utilizando a responsabilidade compartilhada. Tal responsabilidade deve ser

entendida como a capacidade de “responder por”, viabilizando o policial militar

resolver as questões que afetam a qualidade de vida da população.

Pretende-se, assim, definir os padrões de setorização e consequente gestão

do policiamento, visando otimizar a organização do espaço territorial sob

responsabilidade das Companhias, de forma a otimizar o policiamento ostensivo

desenvolvido pelas Unidades de Execução Operacional (UEOp) da PMMG.

Nessa perspectiva, o modelo de gestão da rotina operacional da PMMG deve

ser alicerçado na intervenção estratégica do policiamento comunitário, oferecendo

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ao policial um espaço territorial (setor) em que possa identificar demandas, planejar

ações adequadas ao tratamento do fenômeno criminal e contribuir para o

fortalecimento da sensação de segurança, em harmonia com os anseios da

comunidade.

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer critérios para a setorização do espaço geográfico nos municípios

do estado de Minas Gerais e para a gestão da rotina operacional baseada nas áreas

de responsabilidade das Unidades da PMMG.

2.2 Específicos

a) Estabelecer critérios técnicos e geográficos para definição dos setores.

b) Organizar, estruturar e operacionalizar a divisão territorial das Companhias

PM, além da gestão da malha protetora das UEOp da PMMG, principalmente no

primeiro esforço operacional, potencializando os resultados em conformidade com a

filosofia de polícia comunitária.

c) Personalizar as ações de prevenção criminal, conforme as demandas e

expectativas de segurança das populações assistidas.

d) Propiciar melhores condições de trabalho para que o policial militar se

aproxime ainda mais da população, de forma que as ações e operações a serem

desencadeadas estejam alinhadas com o anseio da comunidade.

e) Disponibilizar serviços específicos voltados à prevenção criminal,

orientados pelos anseios, necessidades, dinâmicas e particularidades que se

apresentam nos territórios.

f) Colaborar para a gestão eficiente dos recursos humanos e logísticos

disponíveis, visando fazer frente às demandas operacionais de cada localidade, de

forma a atender as expectativas de segurança das populações assistidas.

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g) Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, incumbindo

aos policiais militares uma atuação como agentes potencializadores do civismo, da

coesão social e de segurança pública.

h) Dinamizar a construção de um ambiente de confiança e cooperação,

estimulando a mobilização e participação comunitária na resolução de problemas,

fomentando nas pessoas o sentimento de interação junto ao poder público, como

força de reivindicação e fiscalização.

i) Fortalecer o policiamento ostensivo, desenvolvendo atitudes proativas e

positivas de prevenção e antecipação aos problemas, empregando racionalmente os

meios considerados com vistas à reciprocidade entre comunidade e Polícia Militar.

j) Atribuir ao comandante de setor, conforme o conceito de responsabilidade

territorial, aliado ao conceito de responsabilidade compartilhada, a missão de

fomentar e desenvolver estratégias para a melhoria da segurança e qualidade de

vida da comunidade local.

k) Realizar patrulhamento preventivo, com base em análise criminal

setorizada, direcionando o emprego dos policiais para as zonas quentes de

criminalidade, com vistas a prevenir e reprimir o crime.

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3 PRESSUPOSTOS PARA A SETORIZAÇÃO

Para que o processo de setorização ocorra de forma satisfatória, alguns

pressupostos básicos deverão ser observados, conforme detalhado a seguir.

3.1 Treinamento e participação da Tropa

Todo o efetivo das unidades operacionais deverá receber treinamento

específico sobre o contido nesta Instrução, de forma que o processo de setorização

seja desenvolvido de forma sólida e efetiva. Com o treinamento e a conscientização

de todos os envolvidos, nos diversos níveis, as medidas trarão maior legitimidade e

resultados positivos em termos de policiamento comunitário.

3.2 Setorização de efetivo

A permanência (fixação) do policial no respectivo setor de atuação deve ser

objeto de constante atenção por parte dos comandantes, uma vez que contribui

significativamente para a identificação dos policiais com a respectiva comunidade,

fazendo com que os problemas passem a ser conhecidos em profundidade e haja

maior continuidade nas ações desenvolvidas pela Policia Militar.

Consequentemente, haverá maior interação, confiança e accountability1 entre

as partes envolvidas, o que se traduzirá em maior agilidade no atendimento às

demandas de proteção e socorro a comunidade.

3.3 Setorização de recursos logísticos

A setorização de recursos deve ser almejada de forma a facilitar e tornar mais

1 Termo da língua inglesa, que pode ser traduzido para o português, como responsabilidade comética e que remete à obrigação de membros de um órgão administrativo ou representativo de prestarcontas a instâncias controladoras ou a seus representados. Outro termo usado numa possível versão

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eficientes as atividades do setor, cuidando para que não sejam criados obstáculos

ou demandas que redundem em sobrecarga para o sistema de atendimento. Por

isso, a setorização logística deve concentrar-se no que for possível fixar no setor de

policiamento.

Por outro lado, não é interessante proceder a setorização de determinados

serviços que, por sua natureza, ultrapassem o espaço territorial das Cias e Setores,

como no caso da Base Comunitária Móvel, Patrulha de Prevenção à Violência

Doméstica, dentre outros.

3.4 Definição da sede física do setor

Sempre que possível, os comandos devem envidar esforços no sentido de

estabelecer bases físicas para os setores, que servirão de referência da PMMG para

a população, facilitando o acesso ao gestor responsável pelo policiamento no setor.

A sede do Setor será uma instalação física, devidamente identificada, sempre

que possível localizada em área estratégica, assim considerado o local de maior

concentração de tráfego de veículos e pessoas.

Deverá funcionar também como ponto de registro de ocorrências,

contribuindo para agilizar o atendimento comunitário em situações de adversidade.

3.5 Conhecimento e domínio do local de atuação

A setorização pressupõe que cada guarnição conheça em profundidade os

problemas e peculiaridades de seu local de atuação. Assim, é de fundamental

importância que o comandante de setor realize um estudo minucioso do espaço

geográfico sob sua responsabilidade, permitindo o reconhecimento e a identificação

das características e rotinas locais. Devem ser elencados pontos sensíveis e

vulneráveis para vitimização; cidadãos infratores atuantes e residentes no setor;

portuguesa é responsabilização.

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vítimas potenciais e repetidas; vias de acesso; meios de transporte; stakeholders2;

presença ou ausência do Poder Público; dentre outros aspectos.

3.6 Participação da comunidade

A participação da comunidade na setorização é primordial de fundamental

importância para fortalecer e legitimar as ações da Policia Militar, por meio da

interação e busca conjunta para a solução dos diversos problemas que afetam a

qualidade de vida dos cidadãos.

Para tanto, a comunidade deve ser chamada a participar do processo de

melhoria local e de promoção da paz, expressando suas opiniões e sugestões,

permitindo um feedback3 constante das ações desenvolvidas pela PM.

A cada demanda gerada pela comunidade, a Policia Militar, por meio do

comandante do setor ou equipe de atendimento comunitário, deverá produzir uma

resposta específica e dirigida a quem tiver gerado a demanda.

3.7 Policiamento de proximidade e ênfase no policiamento a pé

Uma das condições precípuas de efetivação da filosofia de polícia comunitária

é o policiamento de proximidade. Deve-se buscar a confiança e o reconhecimento

do cidadão, tanto pelo convívio diário, quanto pela demonstração de profissionalismo

e transparência na atuação policial, de forma a fortalecer os mecanismos de

accountability.

Para obter esse resultado, o policial militar, sempre que possível, deve ser

fixado em um mesmo local de atuação, para que possa conhecer muito bem o seu

setor, participando efetivamente da formulação e execução das estratégias de

policiamento de proximidade, podendo assim ser chamado a prestar contas sobre o

2 É uma palavra em inglês cujo objetivo é designar as pessoas e grupos mais importantes para umplanejamento estratégico ou plano de negócios, ou seja, as partes interessadas.3 Palavra inglesa que significa realimentar ou dar resposta a um determinado pedido ouacontecimento.

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seu desempenho e os resultados do seu trabalho.

A realização de policiamento a pé, no respectivo setor/subsetor, pelo menos

três vezes por semana, permitirá que haja essa proximidade. O policial militar tornar-

se-á conhecido naquela comunidade e também conhecerá as pessoas e lideranças

locais, por nome e sobrenome. Esse reconhecimento cotidiano é que legitimará a

atuação da PMMG.

3.8 Fixação de metas por setor

A setorização do policiamento, nos moldes da presente Instrução, pressupõe

também a definição de metas setorizadas, visando estimular e solidificar a sensação

de empoderamento e a responsabilidade territorial, não somente por parte do

comandante de setor, mas também por todos os militares que nele atuam.

Para tanto, a referência principal será a Diretriz que regula a Gestão do

Desempenho Operacional na PMMG e os indicadores decorrentes do Plano

Estratégico em vigor, conforme abordado de forma mais detalhada na Seção 5 desta

Instrução.

3.9 Ênfase na prevenção

A PMMG em sua missão Constitucional de prevenção criminal e manutenção

da ordem deve propiciar o fortalecimento da segurança pública e consequente

melhoria da qualidade de vida do cidadão. A prevenção se consolida a partir de

ações desenvolvidas pela Polícia Militar e também pela sociedade com o intuito de

inibir o potencial infrator de cometer algum crime, evitando assim a ocorrência do

fenômeno criminal.

O desenvolvimento da prevenção está baseado na presença constante de

mecanismos de controle do ambiente e dos agentes pré-dispostos ao cometimento

do crime, com consequente redução das oportunidades de cometimento do crime.

Segundo Garcia-Pablos (2006, p.313), a prevenção pode ser classificada em três

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fases distintas: prevenção primária, secundária e terciária.

A prevenção primária está relacionada com as ações que serão tomadas

antes da eclosão do problema criminal, de forma a neutralizá-lo. A prevenção

secundária está focada na manifestação dos problemas criminais, cujas ações são

direcionadas ao local da incidência criminal ou para aqueles que são seus

protagonistas. A prevenção terciária é destinada ao cidadão encarcerado e tem

como objetivo reintegrá-lo a sociedade para que não venha cometer crime

novamente.

Em relação à prevenção terciária, deve-se ter um efetivo acompanhamento do

cidadão ressocializado ou em processo de ressocialização, de modo a não repetir a

prática delitiva. Assim, os responsáveis pelos setores devem receber informações

atualizadas rotineiramente dos cidadãos que já cumpriram penas ou estão em

regime semiaberto, em liberdade condicional ou cumprindo pena restritiva de

direitos.

Além das prevenções primária, secundária e terciária, segundo Rolim (2006,

p.113), as políticas de prevenção podem ser separadas com base na natureza das

estratégias empregadas, sendo classificadas como Prevenção no Desenvolvimento

Individual; Prevenção Comunitária; Prevenção do Sistema de Justiça Criminal e

Prevenção Situacional.

Consideradas as características de cada um dos termos apresentados por

Rolim (2006), é particularmente interessante a prevenção situacional, pois consiste

na redução das oportunidades para a prática delitiva e também uma maximização

dos riscos para sua execução. Neste tipo de prevenção, busca-se diminuir as

possibilidades de sucesso do infrator, deixando-o inseguro para o cometimento do

crime.

Segundo Ron Clarke (1992, apud ROLIM, 2006, p.136), o infrator vai levar em

consideração para o cometimento do crime, o esforço que lhe será exigido para a

sua prática, o risco que vai correr para praticá-lo e o tamanho da recompensa que

vai alcançar após o cometimento.

Com base nessas lições, o policiamento lançado nos setores deve obedecer

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às diretrizes da Polícia Militar com ênfase na prevenção à ocorrência do delito. Tal

estratégia visa o acompanhamento da mutabilidade e mobilidade do crime,

considerando a necessidade de mobilização da comunidade e demais órgãos

públicos nas questões problemáticas do setor, haja vista os variados desafios

envolvidos na promoção da segurança pública e da paz.

Os militares lançados no setor devem estar atentos a qualquer demanda

criminal, mesmo que seja uma demanda em potencial. A antecipação ao crime

torna-se a chave para o pleno funcionamento da atuação preventiva, vez que

contribui para a redução do medo e insegurança da comunidade presente em cada

setor, aumentando, por conseguinte, a confiança das pessoas nos serviços

prestados pelo policial militar.

O policiamento comunitário deve ser empregado com foco na interação com a

comunidade, visando a prevenção criminal. O comandante do setor deve conhecer e

se fazer conhecido, frequentar os diversos círculos da comunidade (empresariais,

religiosos ou estudantis), garantindo assim que todos possam fazer parte no

enfrentamento preventivo às ações delituosas. Para isto, é fundamental que os

parceiros se sintam confiantes e seguros para compartilharem ideias e informações

úteis.

3.10 Análise criminal setorizada

A análise criminal produzida no âmbito das Unidades e Companhias deverá

contemplar a setorização, de modo a se compreender o fenômeno criminal dentro da

realidade de cada setor.

Cada setor possui uma realidade e os padrões detectados ensejarão em

respostas específicas. Ou seja, é necessário conhecer os dados e adotar respostas

e estratégias pontuais, conforme a demanda.

Assim, cada comandante de setor deve avaliar constantemente a migração

criminal no tempo e no espaço por meio de acompanhamentos diários. Sugere-se o

monitoramento da criminalidade por bairro, levando em consideração a migração do

crime em face das intervenções preventivas e repressivas da Policia Militar.

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4 ORIENTAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO DA SETORIZAÇÃO

4.1 Aspectos iniciais

A setorização funciona como célula de referência na produção dos serviços

de segurança pública a fim de remodelar o policiamento ostensivo, com ênfase na

orientação territorial. O modelo tem como princípios inspiradores: maior proximidade

da população e a oportunidade de descentralização e modernização da prestação

dos serviços policiais oferecidos ao público.

Trata-se, portanto, de uma metodologia de segurança com foco preventivo,

cujo procedimento consiste em organizar o local de atuação, com o objetivo de atuar

especificamente junto à comunidade e em atenção aos problemas que afetam a

qualidade de vida.

Os setores serão delimitados com base nas características socioeconômicas,

demográficas e culturais, com observância aos problemas de segurança pública

locais, como concentração de crimes de homicídios e crimes contra o patrimônio, os

quais deverão ser alvo de constante análise criminal, visando à definição, dentro do

setor, das estratégias para a prevenção criminal.

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Havendo disponibilidade de recursos, é interessante que o setor possua uma

estrutura física administrativa, contudo, sem que isso caracterize compartilhamento

de comando, tampouco se confunda com um posto de policiamento.

O policiamento do setor constitui-se em primeiro esforço de policiamento e,

para tanto, deve ser desenvolvido com base nas orientações previstas nas diretrizes

da PMMG.

Embora tenha seu foco no policiamento preventivo, a repressão qualificada e

imediata nos casos de ilícitos penais é de responsabilidade dos policiais que atuam

no setor, acionando-se, caso necessário, os demais níveis de esforços.

4.2 Efetivação da setorização

No espaço territorial de responsabilidade de cada Companhia existem bairros

e comunidades com características socioeconômicas, demográficas e culturais

distintas, merecendo por parte do gestor de segurança pública, um tratamento

específico e diferenciado.

Como processo natural de aproximação da população e com vistas a atender

o espaço territorial de responsabilidade de cada Companhia, esta deve ser

subdividida em setores, sob responsabilidade de oficial subalterno, admitindo-se o

emprego de praça na função de oficial.

A subdivisão das Companhias em setores potencializa a aplicação dos

princípios de polícia comunitária, além de proporcionar a organização mais racional

para atendimentos específicos aos grupos sociais existentes em uma localidade. O

setor passa a ser referência para a resolução de problemas e para a produção de

serviços de segurança pública.

Essa subdivisão possibilita também uma visão mais detalhada e apropriada

às demandas no campo da segurança pública, facilitando o atendimento à

comunidade local. Ainda, proporciona ao policial militar responsável pelo setor o

exercício real do papel de gestor de segurança pública, com todas as implicações

decorrentes, transformando-o num “comandante de polícia local”.

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Para aproximar ainda mais o gestor de segurança pública de seu espaço

territorial de referência, define-se a função de Comandante de Setor de

Policiamento, cujo profissional é responsável pelo planejamento do emprego de

efetivo e recursos materiais em sincronia com a demanda local.

4.2.1 Critérios para definição dos setores

A formação dos setores deve respeitar uma área de abrangência específica,

baseada em critérios técnicos e objetivos, de forma a proporcionar condições aos

seus integrantes para atingir os resultados desejados, quais sejam: a aproximação

com a comunidade, redução da criminalidade e o aumento da segurança objetiva e

subjetiva.

Para que a setorização atinja o efeito desejado na gestão dos recursos

operacionais, com consequente melhoria da prestação de serviços de segurança

pública para a sociedade, alguns critérios técnicos devem ser observados por

ocasião da definição e delimitação espacial do setor.

Assim, para dimensionamento e setorização observar-se-ão os seguintes

parâmetros:

a) Limite territorial da Companhia: o setor constitui uma subdivisão do espaço da

Companhia, portanto a delimitação destes deve estar circunscrita ao limite máximo

da subárea.

b) Efetivo empregado e serviços a serem executados: a ativação de um serviço

no setor deve possibilitar sustentabilidade operacional em consonância com o

emprego dos recursos humanos disponíveis.

c) População: deve-se levar em consideração, fundamentada nas características

específicas dos bairros, dos fatores econômicos e indivíduos que,

independentemente de momento censitário ali habitam a maior parte do ano.

Atenção deve ser dada quanto ao movimento da população flutuante, representado

pelo conjunto de indivíduos presentes em determinado espaço territorial, em

períodos de curta duração, sejam por motivos recreativos, negócio, assistência à

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saúde, estudo, trabalho, feriados prolongados e dentre outros. Esta densidade

populacional canaliza diversos problemas que acabam impactando os órgãos de

Segurança Pública, especificamente a Polícia Militar, fator que influencia no

planejamento e consequente emprego dos recursos humanos e logísticos no setor.

d) Incidência criminal: para o estabelecimento dos setores deve ser considerado

o volume e natureza dos delitos praticados, pois essas circunstâncias exigirão da

Polícia Militar (ou dos órgãos integrados) a adoção de medidas quanto ao

enfrentamento da criminalidade e para mobilização comunitária, buscando sempre

uma avaliação técnica sobre os fenômenos criminais.

e) Atuação de organização criminosa: se há ramificação de organização

criminosa em vários bairros, deve-se observar tal aspecto no estabelecimento do

setor, analisando os infratores envolvidos e suas práticas delitivas, a fim de

proporcionar ações preventivas e de repressão qualificada que gerem benefícios e

segurança para a população local.

f) Características geográficas: devem ser levados em consideração aspectos

como vias de acesso aos bairros do setor, barreiras físicas, extensão territorial e

topografia. Em áreas menos densas, por exemplo, existe a tendência de se

estabelecerem setores de grandes dimensões, contudo, tal fato não pode ser um

fator dificultador para o desenvolvimento das atividades de polícia de proximidade,

principalmente quanto à mobilização social.

g) Existência de atividades comerciais:

- áreas de grande concentração comercial reforçam e até induzem a delimitação de

um setor em face dos vínculos que interferem no seu raio de influência;

- localização de distritos industriais que possuem características muito peculiares,

notadamente nas grandes cidades, e são detentores de interesses muito

específicos, por vezes convergentes ou divergentes da comunidade residente,

comerciantes, público flutuante, dentre outros;

- áreas hospitalares acabam estimulando o comércio local (farmácias, laboratórios,

restaurantes, hotéis, por exemplo), além da movimentação de pessoas da cidade e

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de municípios vizinhos, além da consequente ocupação dos estacionamentos em

vias públicas;

- instituições de ensino que, embora possuam trânsito de pessoas em horários

específicos, ocasionam um aumento do fluxo e da quantidade de veículos

estacionados em via pública, dentre outros fatores;

- estabelecimentos prisionais, em face da instalação residencial de pessoas,

normalmente familiares de detentos. Esse fator, em pouco tempo, leva à expansão

irregular da comunidade circunvizinha e, pelas circunstâncias envolvidas, pode

resultar em uma série de outros problemas;

- terminais rodoviários, ferroviários e aeroportuários que levam à exploração

comercial por diversos segmentos, caracterizando a região pela heterogeneidade,

bem como pela frequente incidência de solicitação de intervenções policiais, em

especial pelo fluxo diário da população.

h) Atributos socioeconômicos e culturais:

- padrão populacional, conforme as características de criação do bairro, analisando o

poder aquisitivo e questões financeiras;

- infraestrutura do bairro, existência de saneamento básico, posturas municipais de

construções e outras características específicas que diferenciem determinada

localidade;

- capital social que é constituído por redes, organizações civis e pela confiança

compartilhada entre as pessoas, fruto de sua própria interação social;

- mobilização social que ocorre quando um grupo de pessoas, uma comunidade ou

uma sociedade decide e age com um objetivo comum, buscando, diariamente,

resultados decididos e desejados por todos;

- coesão social, o que acaba caracterizando e remetendo à exata noção de

“comunidade”, seja no enfrentamento aos problemas locais, seja em virtude de uma

condição socioeconômica privilegiada;

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- similaridade de problemas, considerando que nem sempre a delimitação do setor

ocorrerá em face da observância de delimitação física, mas principalmente em face

da similaridade de problemas, podendo alcançar partes de bairros e, às vezes, não

alcançará nenhum bairro em sua totalidade.

i) Aglomerados urbanos: a influência dos aglomerados urbanos nos bairros que

os circundam deve ser objeto de análise. Deve-se avaliar, dentre outros aspectos,

indicadores de população residente, população flutuante, Produto Interno Bruto

(PIB), distribuição de renda, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), tipos e

intensidade de atividades econômicas ou comerciais desenvolvidas, informações

estas consideradas importantes à implantação da setorização.

j) Demanda por registro de ocorrências: deve-se levar em consideração a

quantidade e natureza dos fatos registrados que podem impactar na necessidade e

disponibilidade dos recursos humanos e logísticos a serem empregados.

k) Existência do Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR):

pela singularidade do serviço e local de atuação, apresenta-se como indicador na

definição do setor da Cia PM com responsabilidade territorial, uma vez que a ação

de repressão qualificada e as ações preventivas desenvolvidas possibilitam o

estabelecimento de um espaço geográfico definido.

l) Associações comunitárias e CONSEP: atuação destas entidades junto à

comunidade local possibilita um levantamento fiel das demandas sociais,

proporcionando legitimidade e eficiência das ações policiais militares. Deve-se

avaliar o projeto urbanístico da Prefeitura que delimita os bairros, visando, inclusive,

o estabelecimento harmônico de Conselhos Comunitários de Segurança Pública,

conciliados às associações de bairro existentes, pois já carregam o perfil e os

anseios da comunidade local.

m) Áreas urbano-rurais, parques ou regionalização do município pelo

agrupamento de bairros: as barreiras físicas (naturais ou artificiais) acabam se

transformando num delimitador de uma determinada comunidade e podem

influenciar nos hábitos e costumes, instalando-se a interdependência comunitária.

Deve-se considerar ainda que a acessibilidade facilita o intercâmbio entre

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comunidades, situação que se torna um meio de influência cultural, social e de

interdependência, o que pode interferir na delimitação do setor.

A quantidade de setores em uma Cia PM deverá ser proporcional à

quantidade de pelotões previstos no DDQOD para a subárea. Contudo, os setores

poderão ser divididos em subsetores, dependendo da conveniência e necessidade,

para atribuição de responsabilidades e melhoria da interação dos policiais militares

com a comunidade.

No caso em que um setor se achar contido por outro setor, não haverá

relação de subordinação entre eles. Como exemplo, cita-se o caso de um

aglomerado que se localiza dentro de um bairro: o aglomerado pode ser um setor e

o bairro pode ser outro setor independente do primeiro.

4.2.2 Nomenclatura dos setores

Para fins de articulação dos setores, estes serão projetados e identificados

por numeração sequencial por UEOp e por Cia PM, seguidos do sequencial do

setor.

A título de exemplo, o 2º setor da 20ª Companhia do 16º Batalhão seria

descrito da seguinte forma: Setor 16.20.2: “16” indica o 16º BPM, “20” indica a 20ª

Cia PM e “2” indica o 2º setor de policiamento da Companhia. A numeração é

sequencial de acordo com a quantidade de setores existentes em cada Cia.

4.2.3 Adequação dos sistemas informatizados e de georreferenciamento

Após a divisão dos setores em cada UEOp, com base nos critérios

estabelecidos nesta Instrução, estes deverão ser atualizados nos sistemas

informatizados, conforme norma específica, uma vez que a base cartográfica do

Sistema Geosite é atualmente a fonte oficial de dados de localização geográfica da

PMMG e do Sistema Integrado de Defesa Social.

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O Geosite fornece os endereços georreferenciados para o Registro de

Eventos de Defesa Social (REDS) em todo o estado de Minas Gerais e para o

Controle de Atendimento e Despacho (CAD), sendo relevante para construção da

estatística espacial (mapeamento criminal, responsabilidade territorial, ZQC etc.). O

sistema Geosite, no entanto, foi desenvolvido e concebido para permitir a definição

do SETOR.

Figura 01 – Exemplo da delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM

Para delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM foram criados quatro setores,

conforme a seguir:

Figura 02 – Exemplo da delimitação da 3ª Cia PM do 1º BPM por setores

Outro exemplo pode ser verificado no município de Muriaé. Na Figura 03 pode

ser visualizada a delimitação da 76ª Cia PM:

Figura 03 – Exemplo da delimitação da 76ª Cia PM do 47º BPM

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Na Figura 04 verifica-se os setores que compõem a 76ª Cia PM do 47º BPM.

Figura 04 – Exemplo da delimitação da 76ª Cia PM do 47º BPM em setores

A nomenclatura dos setores será definida no sistema, obedecendo-se a

numeração estabelecida para os setores, de forma a gerar um identificador único,

fundamental para os relacionamentos em sistema de banco de dados, facilitando a

coleta de dados e o planejamento.

4.3 Relevância quanto à incidência criminal nos setores

Considerando a incidência de crimes violentos, aferida através da estatística e

tendo por supedâneo as orientações contidas na Diretriz que trata da Gestão do

Desempenho Operacional (GDO), os setores terão maior significância quanto ao

emprego dos recursos humanos e logísticos no policiamento, conforme descrito a

seguir:

a) Relevância 1 – elevada incidência de crimes violentos:

Esse setor, devido às características e peculiaridades de alguns locais,

necessita de maior concentração de esforços operacionais suplementares, visando a

contenção da criminalidade.

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b) Relevância 2 – média incidência crimes violentos:

Os esforços operacionais de suplementação devem ser proporcionais à

especificidade da demanda e às características socioeconômicas e culturais locais.

c) Relevância 3 – baixa incidência de crimes violentos:

Setor que apresenta uma capacidade preventiva que proporciona elevada

sensação de segurança, dada a pouca incidência criminal.

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5 GESTÃO OPERACIONAL DO SETOR

A gestão do policiamento setorizado deve ter como foco principal o emprego

eficiente dos recursos disponíveis, visando atender as demandas sociais de forma

coordenada e harmônica, por meio da adoção de estratégias e ações que

contribuam efetivamente para a prevenção criminal.

As demandas verificadas englobam os espaços geográficos, a concentração

de incidência criminal, a reincidência sistêmica, além de altas taxas de vitimização

demonstradas por diagnósticos.

Abrangem de igual modo, o clamor social, as mobilizações comunitárias, as

denúncias e os pleitos de proteção apresentados pela população. Da mesma forma,

incluem-se as leituras de ambiente elaboradas pelos policiais militares que

desenvolvem o policiamento ostensivo na área de responsabilidade da Fração PM

considerada.

A modernização das práticas operacionais, focada na garantia da dignidade

da pessoa humana, a promoção dos direitos e liberdades fundamentais e a

prevenção criminal, reveste-se na quebra de paradigma, abrindo espaço para uma

gestão operacional que prima por uma atuação sistêmica em que todos

compartilhem a responsabilidade pela solução dos problemas, abandonando-se a

premissa de que exista um único órgão ou indivíduo responsável pelas respostas

frente ao fenômeno da criminalidade.

O estado de Minas Gerais apresenta realidades bastante heterogêneas

quanto ao desenvolvimento social, econômico e estrutural das regiões e municípios,

configurando-se em um desafio à prestação de serviços de polícia ostensiva de

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forma eficiente e que atenda às demandas e realidades locais.

Com a finalidade de configurar uma resposta especificamente adaptada ao

conteúdo das demandas, contemplam-se dois modelos operacionais diferenciados:

a) O territorial, com foco na prevenção criminal, baseado na proximidade e

interação comunitária, atendendo aos pressupostos e filosofia da Polícia

Comunitária;

b) O recobrimento, sustentado na especialização, nas respostas a fenômenos

criminais ou violentos ou potencialmente violentos que exijam respostas estratégicas

e altamente qualificadas, quer por sua dimensão, quer por sua repercussão, quer

por sua complexidade.

Para ambos os modelos, as ferramentas de análise criminal e de análise de

Inteligência de Segurança Pública (ISP) tem por objetivo identificar os fatores que

envolvem a criminalidade, em termos qualitativos e quantitativos, bem como,

identificar as variáveis que se relacionam com esses fatores, apresentando

correlações entre si, ou não, servindo de ponto de partida para o planejamento

operacional.

5.1 Etapas para a gestão operacional

A gestão operacional eficiente deve trilhar as etapas de sensibilização,

mobilização e sedimentação.

No processo de sensibilização todos os envolvidos, desde o nível estratégico

até o nível de execução devem ser informados dos procedimentos a serem

adotados, vantagens e desvantagens do modelo de policiamento.

Vencida a etapa, inicia-se a mobilização, momento em que serão definidos e

atribuídos os papéis além de organizar o ambiente de trabalho. A sedimentação

implica a fase permanente e contínua da operacionalização da gestão por demanda,

tornando-se parte integrante da rotina de serviço.

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5.1.1 Sensibilização

A difusão do preceito contido neste documento deverá ocorrer de forma

ampla e irrestrita, através de seminários e treinamentos técnicos, buscando atingir

todo o público interno que irá lidar com o assunto, buscando:

a) conscientizar os policiais sobre a importância e eficácia da setorização como

forma de distribuição de funções e responsabilidade, fazer com que o PM se sinta

parceiro do projeto;

b) despertar na população a importância da participação de cada um em prol da

segurança do setor, mas especificamente da localidade onde residem ou

frequentem, permitindo sua participação direta na elaboração das políticas públicas

de segurança.

5.1.2 Mobilização

Nesta etapa serão levadas a efeito as ações para funcionamento da gestão

operacional, cujos objetivos são:

a) propiciar melhores condições para que o policial militar se aproxime ainda

mais da população, de forma que as ações e operações a serem desencadeadas

guardem relação com o anseio da comunidade;

b) criar instrumentos que venham permitir o mapeamento dos locais de risco

existentes no setor, propiciando canalização racional e lógica de esforços

operacionais;

c) canalizar para cada setor recursos materiais e humanos suficientes para fazer

face à demanda operacional encontrada;

d) estabelecer acompanhamento sistemático da evolução criminal no setor, no

intuito de tratar mais racional e eficazmente o fenômeno.

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5.1.3 Sedimentação

O devido acompanhamento dos resultados alcançados funciona como um

processo de retroalimentação do sistema, possibilitando o seu aperfeiçoamento.

Nesta etapa é colhido o feedback dos militares que participaram do processo

de setorização e verificado o grau de satisfação da comunidade atendida,

promovendo a avaliação do policiamento realizado em determinado período de

tempo.

A realização de reuniões mensais entre o Comando da Unidade e os

Comandantes de Companhia e de setores, para avaliação do processo de

setorização, é fundamental para consolidação e aperfeiçoamento contínuo da gestão

operacional.

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5.2 Compreensão dos papéis

A responsabilidade dos gestores de segurança pública deve proporcionar:

a) personalização da prestação de serviço, uma vez que o policiamento será

lançado de acordo com a demanda específica de cada setor;

b) aproximação do policial militar com a comunidade, visando identificar e buscar

soluções conjuntas para os problemas locais;

c) maior conhecimento dos problemas em cada setor pelos policiais militares,

considerando que esses policiais podem ser escalados nos mesmos setores,

passando a conhecer o ambiente de atuação com detalhes, inclusive sobre os

infratores atuantes.

O Comando de um setor pressupõe a responsabilidade por gerir as

demandas locais, garantindo assim o funcionamento das atividades planejadas.

O Comandante do Setor de Policiamento deve manter o contato estreito com

os Comandantes de níveis superiores, de forma que apresente suas necessidades

de recobrimento, reforço e implementação de serviços com foco na prevenção e,

eventualmente, na retomada da tranquilidade no local de atuação. Ele deve,

inclusive, opinar sobre o emprego do efetivo e recursos logísticos no espaço

territorial, gerindo os recursos disponíveis de acordo com a real demanda, colocando

em prática a “Gestão por Demanda”.

Para o desenvolvimento adequado das ações e operações é fundamental a

participação do Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) ou função

equivalente. Esse profissional deve conhecer as estratégias em funcionamento nos

vários setores, de modo que mantenha a coordenação dos turnos de serviço com a

menor alteração do planejamento possível, contribuindo, assim, para atingir os

resultados pretendidos.

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5.3 Atribuições dos gestores operacionais

Para a gestão operacional das atividades é fundamental a definição dos

papéis de cada gestor envolvido, bem como o nível de responsabilidade de cada um

dentro dos limites de sua competência.

Entendendo que a gestão operacional abrange várias instâncias e,

consequentemente, várias funções (Comandante de RPM, de UEOp, de Companhia

e de Setor), é necessário considerar cada nível de decisão, conforme detalhado a

seguir.

5.3.1 Comandante Regional

Cada RPM deverá criar o respectivo plano de setorização, visando cumprir o

previsto na presente Instrução.

5.3.2 Comandante de UEOp

Ao Comandante de UEOp cabe a responsabilidade de implementar a

setorização na área da Unidade, seguindo as diretrizes do respectivo Comando

Regional e mantendo a devida coordenação e controle dos recursos empregados.

5.3.3 Comandante de Companhia

O Comandante de Cia é o responsável pelo desenvolvimento da setorização

na respectiva subárea, devendo:

a) Proceder a setorização, conforme orientações técnicas e reavaliar

periodicamente a formação dos setores, conforme incidência criminal ou demandas

reiteradas, propondo adaptações e ajustes na geografia e gestão dos setores.

b) Responsabilizar-se pela mobilização social e pelo gerenciamento de contatos

comunitários na subárea, procurando conhecer e se relacionar com as lideranças

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locais.

c) Participar de reuniões com lideranças comunitárias, comerciantes, diretores

de escolas, empresários, dentre outros, prestando o devido suporte aos

Comandantes de Setores e estimulando a busca conjunta para a solução de

problemas locais.

d) Convidar outros atores governamentais para participar da discussão dos

problemas da subárea, com ênfase na setorização, tais como o Ministério Público,

Ouvidorias de Polícia, Defensorias Públicas, prefeituras e suas secretarias,

subprefeituras e agências que prestam serviços básicos, como fornecimento de

energia elétrica, saneamento, água, etc.

e) Realizar análise criteriosa dos recursos disponíveis e, com base nas

ferramentas de diagnósticos, juntamente com o Comandante de Setor, alocar

recursos de maneira inteligente e efetiva, potencializando a presença policial, bem

como resposta rápida a demandas emergentes e previsíveis.

f) Efetivar ações e operações de intervenção na subárea, bairros, vilas e

aglomerados sob sua responsabilidade, conforme demandas recebidas do Comando

da Unidade ou identificadas localmente, mesmo que não sejam definidas como

crimes violentos, mas que possam causar instabilidade.

g) Acompanhar as atividades e empenhos operacionais dos setores, com a

finalidade de realizar ajustes e orientação à tropa quanto à importância do

cumprimento das estratégias delineadas pelo Comando da UEOp, bem como o

imprescindível envolvimento de cada policial no cumprimento da missão, investindo

em ações para o exato conhecimento e engajamento como parceiro no projeto.

h) Apoiar o Comandante de Setor, atuando como facilitador na solução da

demanda operacional, bem como alocando efetivo e viaturas de acordo com a

estratégia operacional previamente desenhada.

i) Oportunizar nos treinamentos a participação dos policiais militares na

discussão específica de cada setor.

j) Apresentar necessidades ao Comandante do Batalhão para suprir carências e

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possibilitar a solução dos problemas da subárea, sobretudo aos fatos que mais

causam inquietação popular e ruptura da harmonia social.

5.3.4 Comandante de Setor

Juntamente com o Comandante de Cia, o Comandante de Setor é

responsável pelo desenvolvimento da setorização no espaço geográfico sob sua

responsabilidade, acompanhando efetivamente todas as ações desenvolvidas. Deve

realizar as seguintes atividades:

a) Promover e participar de reuniões comunitárias, visando identificar e buscar

soluções para os problemas da comunidade, bem como manter os cidadãos

informados das ações desenvolvidas pela PM no setor.

b) Desenvolver ações conjuntas com a comunidade e demais atores do Sistema

de Defesa Social, com foco na resolução de problemas e demandas de segurança

pública que estejam interferindo na qualidade de vida dos cidadãos.

c) Estimular a criação de Redes de Proteção Preventiva no setor, visando

contribuir para o aumento da sensação de segurança e redução criminal.

d) Propor projetos de Polícia Comunitária específicos às necessidades das

comunidades do setor.

e) Incentivar os cidadãos a denunciarem a prática de crimes e outros atos

ilícitos, por meio do Disque-Denúncia Unificado (DDU).

f) Conhecer e manter contato frequente com stakeholders do setor (lideranças

comunitárias e religiosas, diretores de escolas, comerciantes, empresários, etc).

g) Elaborar os cartões-programas dos serviços específicos do setor, tendo por

base as demandas da comunidade e a incidência criminal local.

h) Oportunizar nos treinamentos a participação dos policiais militares nas

questões relativas ao setor.

i) Assessorar e apoiar o Comandante de Cia no processo de setorização e na

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gestão operacional da subárea, encaminhando-lhe as demandas que necessitam de

intervenção no setor.

5.4 Atribuições do Policial Militar lotado no setor

O PM empregado ordinariamente no setor também possui um importante

papel na concretização do processo de setorização e na consolidação da filosofia de

Polícia Comunitária. Suas atribuições estão descritas a seguir:

a) Interagir com a comunidade e suas lideranças, utilizando-se dos canais de

comunicação disponíveis e tornando-se conhecido do público.

b) Estar atento às demandas e necessidades demonstradas pela comunidade

atendida.

c) Sugerir o desenvolvimento de estratégias com a finalidade de auxiliar na

solução dos problemas identificados, auxiliando o comandante de setor.

d) Reportar ao respectivo comandante de setor a respeito das necessidades

verificadas.

Vale asseverar que todas as atividades realizadas devem ser registradas no

módulo REDS, por meio da codificação adequada prevista na DIAO, visando

contribuir para a avaliação contínua das ações desenvolvidas.

5.5 Avaliação do desempenho operacional

A aferição do desempenho operacional nos setores deverá estar alicerçada

na Diretriz que trata da GDO, norma que contém uma metodologia científica de

análise do fenômeno criminal, indicação de respostas/ações para contenção e

minoração da problemática de aumento criminal e do grau de insegurança da

população.

Os indicadores de gestão serão utilizados para diagnóstico das demandas e

posterior avaliação dos resultados, classificando os dados disponíveis.

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A avaliação representa um importante instrumento gerencial, na medida em

que deve ser utilizada durante todo o ciclo da gestão, subsidiando desde o

planejamento e formulação de uma intervenção, o acompanhamento de sua

implementação, além dos consequentes ajustes a serem adotados de acordo com

os resultados alcançados.

Para avaliação objetiva da criminalidade deverão ser utilizados os indicadores

estabelecidos na GDO, bem como os demais indicadores operacionais decorrentes

do Plano Estratégico, que constarão nos Planos Táticos e Operacionais.

Para tanto, os Comandantes de Cia estabelecerão as metas de cada setor,

tendo como referência as metas definidas para as respectivas Cias. Também

poderão ser criados indicadores específicos para determinados setores, frente aos

problemas identificados em reuniões comunitárias e por meio da análise criminal.

É importante que seja realizada a análise qualitativa das informações, de

forma a verificar a motivação dos crimes, perfil dos ofensores e modus operandi,

relação dos crimes com quadrilhas e gangues e perfil das vítimas.

Para a avaliação da sensação de segurança, as reuniões comunitárias e

visitas comunitárias se tornam importantes ferramentas de feedback. Além disto,

podem ser utilizadas pesquisas de satisfação, com apoio das Seções de

Comunicação Organizacional das Unidades.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta Instrução apresenta um conceito de se fazer policiamento baseado na

gestão setorizada, com ênfase na aplicação da filosofia de Polícia Comunitária.

O processo de setorização apresentado atribui responsabilidades a todos os

níveis de gestão, principalmente para o Comandante de Companhia e para o

Comandante de Setor, chegando até o operador do serviço que atende diretamente

a comunidade.

Conhecer a realidade local é imprescindível para que as ações adequadas

sejam realizadas de forma antecipada, coerente, lógica e, principalmente, acertada.

Espera-se que o sucesso seja alcançado nesse grande desafio social de mudanças

e quebras de paradigmas, para que a Polícia Militar tornar-se cada dia mais eficiente

na sua tarefa de proporcionar segurança e qualidade de vida.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PMComandante-Geral

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REFERÊNCIAS

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INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

PROCEDIMENTOS OPERACIONAISPADRÃO – POP

Regula a elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP)na Polícia Militar de Minas Gerais

Belo Horizonte

2016

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3

Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação Restrita.

Minas Gerais, Polícia Militar. Comando-GeralM663i Instrução n. 3.03.19/2016-CG. Procedimentos Operacionais

Padrão – POP. Regula a elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão (POP) na Polícia Militar de Minas Gerais/

Polícia Militar – Comando Geral.-- Belo Horizonte: PMMG, 2016. 36 p.: il. Contém anexos.

1. Padrão - atividades operacionais. 2. Qualidade das ações e operações. 3. Procedimentos Operacionais Padrão – POP.

I. Almeida, Wagner Eustáquio de. (coord.). II. Fernandes, Cássio Antônio.(coord.). III. Título.

CDU - 355.51 CDD - 355.31

FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II,

4143 – 6º Andar - Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7806.

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II,

4143 – 6º Andar - Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900.

Telefone: (31) 3915-7799.

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GOVERNADOR DO ESTADOFernando Damata Pimentel

COMANDANTE-GERAL DA PMMGCoronel PM Marco Antônio Badaró Bianchini

CHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM André Agostinho Leão de Oliveira

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIORCoronel PM Robson José de Queiroz

SUPERVISÃO TÉCNICATen Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Rocha

Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

REDAÇÃOCel Wagner Eustáquio de AlmeidaTen Cel Cássio Antônio Fernandes

Maj PM Hudson Matos Ferraz JuniorMaj PM Rommel Trevenzoli de Abreu

Maj PM Marcos Vander RamosMaj PM Carlos Henrique Sousa da Silva

Maj PM Israel Calixto JúniorCap PM Adeir José Moreira

Cap PM Rogério Sílvio dos SantosCap PM Mauro Lúcio Siqueira Junior

Cap PM Renato Quirino Machado JuniorCap PM Danúbia Souza Rosalino Lopes

2º Ten PM Soraia Ribeiro da Silva Moreira1º Sgt PM Hélio Carlos Alves Santana

2º Sgt PM César Augusto Vilaça Júnior3º Sgt PM Marcelo Fernandes Pinto

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

2º Sgt PM Eustáquio Murilo da Silva NetoCb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vitor Rodrigues Alves

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CG - Comando-Geral

EMPM - Estado Maior da Polícia Militar

EMPM/3 - Seção Estratégica de Emprego Operacional do Estado Maior

PM - Polícia Militar/Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

POP - Procedimento Operacional Padrão

UDI - Unidade de Direção Intermediária

UEOp - Unidade de Execução Operacional

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................8

2 OBJETIVOS........................................................................................................................ 10

2.1 GERAL............................................................................................................................ 102.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................. 10

3 TERMOS E DEFINIÇÕES................................................................................................ 11

4 METODOLOGIA................................................................................................................. 12

4.1 LINHAS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DE POP............................................................. 124.2 FORMATAÇÃO DE POP.................................................................................................. 134.2.1 Cabeçalho do documento ...................................................................................... 134.2.2 Corpo do documento .............................................................................................. 14

5 ATRIBUIÇÕES................................................................................................................... 16

5.1 SEÇÃO ESTRATÉGICA DE EMPREGO OPERACIONAL (EMPM/3).................................. 165.2 UNIDADES DE DIREÇÃO INTERMEDIÁRIA DA ATIVIDADE-FIM ......................................... 165.3 UNIDADES DE EXECUÇÃO OPERACIONAL ..................................................................... 16

6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS............................................................................................ 17

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 18

ANEXO “A” (MACROPROCESSOS OPERACIONAIS) À INSTRUÇÃO N.3.03.___/2016-CG..................................................................................................................... 22ANEXO “B” (FORMULÁRIO MODELO POP) À INSTRUÇÃO N. 3.03.___/2016-CG.... 23ANEXO “C” (POP LABORATÓRIO) À INSTRUÇÃO N. 3.03.___/2016-CG.................... 25

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INSTRUÇÃO N. 3.03.19/16-CG

Regula a elaboração de ProcedimentosOperacionais Padrão na Polícia Militar de MinasGerais.

1 INTRODUÇÃO

A qualidade de um serviço ou produto, segundo Campos (2004), está

intimamente ligada à satisfação de seu cliente, que é medida em várias etapas da

prestação do serviço: no atendimento, no processo intermediário e no produto final;

sendo que a qualidade do produto final é medida pela ausência de avarias e presença

de atributos que agradem o cliente.

Nessa linha de raciocínio, o gerenciamento dos processos garante a qualidade

final do serviço, uma vez que inibe desvios e processos não padronizados que

impeçam o fortalecimento da identidade organizacional.

Assim, é importante reconhecer que o foco de controle das organizações deve

estar no processo e no procedimento, em alinhamento com a visão estratégica de

gerenciamento, que define que o sistema de gestão deve ser mais preventivo e menos

reativo.

Esse tipo de visão oportuniza identificar e localizar o entrave, analisar seu

processo, estabelecer padrões e itens de controle de forma a se evitar a repetição do

problema.

Há duas maneiras de se gerenciar um processo: o gerenciamento pelas

diretrizes e o gerenciamento da rotina do dia a dia; e esses dois tipos de

gerenciamento se relacionam com a padronização.

Segundo Araújo (2009), “sem a padronização dos fluxos produtivos dos sistemas

abertos, a imprevisibilidade é maior, comprometendo a conquista das metas

planejadas”.

A palavra padronização significa ato ou efeito de padronizar; e por sua vez

padronizar é servir de padrão; de modelo; estandartizar; uniformizar; reduzir as

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diferenças entre comportamentos e manifestações sociais. Etimologicamente vem do

Latim Patronus, significando modelo a ser seguido, de “pater” (pai) (PADRONIZAÇÃO,

2013).

A padronização de processos permite a fidelidade do cliente à organização. Se a

organização não tiver um bom entendimento sobre padronização e não souber

transformá-la numa realidade no seu dia a dia, os avanços jamais serão obtidos e os

resultados (produtos ou serviços) serão eternamente imprevisíveis.

Para Moraes (2010), a padronização é o meio gerencial mais importante na

fixação de métodos e conhecimentos que garantirão a melhoria dos processos, sem a

qual não haverá uma gestão eficiente e eficaz. Essa compreensão é relevante para se

obter três resultados básicos: garantir a qualidade; aumentar a produtividade; e

assegurar a continuidade da tarefa quando, por qualquer motivo, alguém estiver

impedido de executá-la.

Assim, a Polícia Militar de Minas Gerais estabelece este referencial de

padronização de atividades operacionais como uma ferramenta “meio” para a melhoria

dos processos e consequente obtenção de resultados, a ser utilizada pelos

comandantes nos diferentes níveis da Instituição.

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2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Estabelecer os referenciais técnico-doutrinários para elaboração de

Procedimentos Operacionais Padrão (POP), visando padronizar e otimizar atividades

operacionais no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

2.2 Específicos

a) Definir a metodologia de elaboração e formatação de Procedimentos

Operacionais Padrão na PMMG.

b) Contribuir para a eficiência, eficácia e qualidade das ações e operações

policiais militares, por meio da padronização de procedimentos operacionais.

c) Estabelecer as atribuições do EMPM e das Unidades do nível tático e

operacional na elaboração dos POP.

d) Apresentar POP gerais de atuação finalística, que deverão ser utilizados em

todas as Unidades operacionais da Corporação.

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3 TERMOS E DEFINIÇÕES

Os termos e definições utilizados nesta Instrução observam conceitos firmados

em normas nacionais e internacionais, com caráter qualificativo (o que é) e/ou funcional

(para que serve). Assim, em decorrência da particularidade dos serviços policiais

militares, destacam-se as seguintes palavras:

a) Tarefa: ação realizada para atingir um objetivo pré-determinado.

b) Procedimento: utilizado para definir uma série ou conjunto de passos para

alcançar um resultado desejado, explicando como realizar uma tarefa.

c) Procedimento Operacional Padrão: é um documento de política ou

procedimento que descreve as atividades recorrentes e regulares, com atribuição de

responsabilidades, e adequados às operações de qualidade. Consistência é o objetivo

de um POP, de forma a realizar todas as operações corretamente e de igual maneira.

d) Processo: sequência contínua de fatos que apresentam certa unidade, ou que

se reproduzem com certa regularidade.

e) Mapeamento de processo: ferramenta que permite à gerência de uma

organização realizar análises e comunicações eficientes que promovam melhorias nos

processos existentes ou implantação de uma gestão eficiente em uma organização

(DATZ; MELO; FERNANDES, 2004). Para Slack et al. (2013) essa ferramenta, também

chamada de fotografia do processo, é usada para descrever como as etapas dentro do

processo relacionam entre si. Com o desenho de seus processos a organização tende

a identificar, analisar e programar ações que eliminem as atividades que não agregam

valor ao serviço, ou gerem prejuízos e desperdícios impactando em seu custo final,

possibilitando uma maior objetividade nos serviços prestados com os recursos

existentes.

f) Fluxograma: instrumento gráfico destinado a facilitar a visualização dos

passos de um procedimento técnico.

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4 METODOLOGIA

Procedimentos fornecem uma descrição de quem faz o quê e quando,

esclarecendo diferentes pontos de uma decisão e fornecendo as orientações

necessárias sobre os critérios para tomar uma decisão.

De maneira específica, um POP contribui ainda na caracterização das relações e

medidas de controle, definindo as funções e responsabilidades para ajudar os

colaboradores a se identificarem num processo.

Assim, ao elaborar um procedimento, os diferentes níveis da PMMG deverão se

certificar de que sejam respondidas algumas perguntas-chave:

− quem faz o que? (papel ou responsável);

− o que eles fazem? (tarefas, frequência, qual padrão ou critérios);

− qual é o resultado quando eles fazem isso? (entregas, medidas, resultados ou

objetivos);

− foi respondido o que precisa acontecer de forma clara?

4.1 Linhas gerais para a elaboração de POP

a) POP Estratégicos são coordenados pelo Estado-Maior da Polícia Militar e

descrevem os processos a serem aplicados pelo nível de execução operacional de

toda a PMMG.

b) POP Internos descrevem os processos aplicados a um ou mais setores

específicos da estrutura das Unidades de Execução Operacional, sendo sua

elaboração de responsabilidade do comando envolvido, seja em nível tático ou

operacional.

c) O POP deve ser elaborado com base em normas e doutrinas, visando

detalhar atividades específicas nelas previstas. Para tanto, deve descrever

objetivamente, passo-a-passo, os requisitos normativos e/ou doutrinários que estão

sendo abordados, com inserção das informações necessárias para garantir a fidelidade

do processo e dos resultados.

d) Uma vez pronto, o POP deve fluir pelo canal de comando para assegurar sua

distribuição, rastreamento e entendimento.

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e) Para a redação dos procedimentos deverão ser utilizadas frases curtas, claras

e objetivas, com verbos no presente do indicativo e preferencialmente na terceira

pessoa do singular.

f) A elaboração de POP deverá contar com a participação de profissionais

capacitados tecnicamente e que possuam experiência nas atividades a serem

padronizadas.

g) O documento elaborado seguirá um formato próprio e as informações serão

fornecidas sempre na ordem da sua execução, para que a ação correspondente seja

efetivada fácil e rapidamente.

h) O texto pode apresentar-se subdividido em tópicos para atender a

necessidade de compreensão e de sequência de execução, pode conter também

figuras, tabelas, fluxogramas, notas e anexos.

i) O POP é um instrumento destinado a quem executa a atividade ou tarefa,

contendo todas as informações relevantes a seu propósito.

j) Deve estar disponível para que o responsável pela tarefa a ser executada o

utilize.

k) O POP possui caráter permanente, contudo precisa ser revisto

periodicamente, para fins de atualização, adequação ou correção.

l) Recomenda-se evitar a compilação de livros ou doutrina de outras

organizações, devido as suas particularidades.

m) O executor da atividade ou tarefa deve ser treinado para a execução da

mesma.

4.2 Formatação de POP

4.2.1 Cabeçalho do documento

a) Macroprocesso: campos temáticos ou “gavetas” onde serão associados POP

relacionados a atividades operacionais. Ficam definidos os seguintes campos

temáticos operacionais, conforme previsto no anexo A desta Intrução:

− Estratégias Preventivas;

− Estratégias Repressivas;

− Técnica/Tática Policial Militar;

− Trânsito;

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− Meio Ambiente;

− Atividades Especializadas;

− Coordenação, Controle e Qualidade;

− Decorrentes do Tipo Penal;

− Outras.

b) Nome do procedimento : campo corresponde ao nome dado à atividade ou

tarefa. Ressalta-se a necessidade de compatibilização com a nomenclatura

preexistente nos documentos doutrinários em vigor na PMMG, de forma a evitar

duplicidade de termos.

c) Objetivo do procedimento: descrição da finalidade do POP.

d) Numeração do POP (3.X.XXX): para cada procedimento será atribuída

numeração, que deverá ser composta da seguinte forma:

− o primeiro dígito indica o nível: POP Estratégico = 1; POP Interno = 2;

− o segundo dígito indica o macroprocesso (conforme anexo A);

− o terceiro dígito indica a Unidade responsável pela elaboração do POP:

EMPM = 0; RPM (conforme a numeração da região – exemplo: 1ª RPM = 1);

− os três últimos dígitos indicam o número sequencial do POP, conforme

controle da Unidade elaboradora.

e) Estabelecido em: campo que identifica a data da “aprovação final” do POP.

f) Atualizado em: data de realização de eventuais alterações no conteúdo e na

forma do procedimento, o que deverá ocorrer com periodicidade de no máximo 02

(dois) anos ou no momento em que for verificada a necessidade de modificação.

g) Comissão/Unidade: identificação da sequência numérica e do ano da

comissão designada para “estabelecer” ou “revisar” determinado POP, bem como da

Unidade responsável pela elaboração.

h) Folhas: identifica a sequência de páginas de um POP.

4.2.2 Corpo do documento

a) Fundamentação legal ou doutrinária (tipificação sintética): são indicações da

legislação e doutrina pertinentes ao assunto de que trata o procedimento, que

embasam a conduta policial militar, devendo ser citadas na forma prevista para

referenciais bibliográficos, detalhando, se possível, a página da obra ou artigo da lei.

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b) Abreviaturas e siglas: caso sejam utilizadas abreviaturas e siglas no POP,

constar no documento o significado.

c) Resultados esperados: descrever objetivamente o que se espera com a

execução do referido procedimento, de modo a atender a finalidade e abrangência do

POP.

d) Recursos necessários: relacionar todos os materiais necessários para a

execução do procedimento.

e) Procedimentos básicos ou sequencias de ações: de forma clara e precisa,

relacionar todas as tarefas necessárias para que o procedimento seja realizado como

um todo, em ordem sequencial de ações, orientando o profissional sobre a maneira

mais adequada para proceder.

f) Atividades críticas: dentre os procedimentos e ações descritos, enfocar os

pontos/aspectos tidos como críticos e cuja inobservância pode apresentar potencial

para a não obtenção dos resultados esperados.

g) Ações corretivas: decorrentes da previsão de possíveis erros a serem

cometidos na execução do procedimento, as ações corretivas devem ser previstas no

instrumento de padronização.

h) Erros a serem evitados: por meio de dados estatísticos e/ou de levantamentos

com base na experiência dos profissionais que executam ou executaram tarefas

semelhantes, devem ser relacionadas as ações ou situações ensejadoras de erros na

execução do procedimento.

i) Fluxograma: relativo ao processo como um todo.

Nestes termos, o Procedimento Operacional Padrão da PMMG deverá seguir o

modelo previsto no anexo B desta Instrução.

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5 ATRIBUIÇÕES

5.1 Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

a) Coordenar a elaboração e a revisão periódica de POP Estratégicos, para

execução em toda a Instituição.

b) Controlar a correta aplicação dos POP na Corporação.

c) Manter em arquivo cópia de todos os POP internos elaborados pelos níveis

tático e operacional, disponibilizando acesso virtual a todas as RPM e UEOp, visando

facilitar o compartilhamento de experiências e práticas operacionais.

5.2 Unidades de Direção Intermediária da atividade-fim

a) Elaborar POP internos visando atender demandas específicas, encaminhando

ao EMPM/3, para fins de conhecimento e controle.

b) Analisar e validar os POP elaborados pelas Unidades subordinadas,

controlando a implementação e aplicação destes.

c) Manter em arquivo todos os POP internos elaborados pelas UEOp,

encaminhado cópia ao EMPM/3, para fins de conhecimento e controle.

5.3 Unidades de Execução Operacional

a) Implementar a metodologia POP na execução das atividades operacionais da

Unidade, com a utilização em caráter inicial dos “POP Laboratório” descritos no anexo

C desta Instrução.

b) Elaborar, por meio das respectivas Seções de Emprego Operacional,

propostas de POP internos destinados à otimização e padronização das atividades

operacionais a cargo da Unidade, encaminhando-as à respectiva UDI, para fins de

análise e validação.

c) Coordenar e controlar a aplicação dos POP pelas frações subordinadas,

observando os trâmites previstos nesta Instrução.

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6 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

6.1 Os usuários dos Procedimentos Operacionais Padrão poderão apresentar

sugestões com o objetivo aperfeiçoar o instrumento ou sanar eventuais incorreções, as

quais deverão ser encaminhadas à Unidade responsável pela sua elaboração, para

análise, observando-se o canal de comando. Para tanto, as sugestões deverão

mencionar a numeração do POP, a página, o parágrafo e a linha do texto a que se

referem, apresentando as justificativas e propostas pertinentes.

6.2 A partir da publicação de um POP, as ações nele previstas deverão ser fielmente

cumpridas, o que deverá ser objeto de fiscalização por parte das Unidades envolvidas.

Para tanto, deverá ser procedida ampla divulgação dos POP à tropa destinatária, tanto

em formato digital quanto impresso.

6.3 O EMPM poderá transformar POP Internos em POP Estratégicos, quando o

assunto tratado for de amplo interesse e aplicável em todo o Estado.

6.4 Não poderão ser elaborados POP Internos para assuntos já padronizados pelo

EMPM por meio de POP Estratégicos.

6.5 Os POP destinam-se unicamente à padronização de atividades e tarefas

específicas desenvolvidas pelos militares em decorrência da atividade operacional, não

cabendo a estes regular os serviços previstos no Portifólio da PMMG, os quais são

normatizados por meio de Diretrizes e Instruções do Comando Geral.

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PM

COMANDANTE-GERAL

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____________. Polícia Militar. Sistema de Gestão da Polícia Militar do Estado deSão Paulo. 2. ed. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010. 114 p.

SILVA, Washington Luis Vieira da; DUARTE, Felipe de Melo; OLIVEIRA, JucelândiaNascimento de. Padronização: um fator importante para a engenharia de métodos.Revista Eletrônica Qualitas, João Pessoa, v. 3, n. 1, 2004. Disponível em:<http://revista.uepb.edu.br/index.php/qualitas/article/view/35>. Acesso em: 1º jul. 2015.

SLACK, Nigel et al. Gerenciamento de operações e de processos: Princípios epráticas de impacto estratégico. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2013. 557 p. Tradução de:Sandra de Oliveira.

VIEIRA, Luiz Renato. Padronização, base da qualidade. Revista EngWhere, SãoTomás de Aquino, ano 3, n. 19, maio 2003. Disponível em:<http://www.engwhere.com.br/revista/indices_orcamento.htm>. Acesso em: 1º julho2015.

ZANELLA, Luiz Carlos. Programa de qualidade total para empresas de pequeno emédio porte: roteiro prático de implementação. Curitiba: Juruá, 2008. 162 p.

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ANEXO “A” (MACROPROCESSOS OPERACIONAIS) À INSTRUÇÃO N.

3.03.19/2016-CG

MACROPROCESSO

NR DESCRIÇÃO

1 ESTRATÉGIAS PREVENTIVAS

2 ESTRATÉGIAS REPRESSIVAS

3 TÉCNICA/TÁTICA POLICIAL MILITAR

4 TRÂNSITO

5 MEIO AMBIENTE

6 ATIVIDADES ESPECIALIZADAS

7 COORDENAÇÃO, CONTROLE E QUALIDADE

8 DECORRENTES DO TIPO PENAL

9 OUTRAS

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PMComandante-Geral

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ANEXO “B” (FORMULÁRIO MODELO POP) À INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: [Nome do macroprocesso pré-estabelecido pela PMMG]

Nome do procedimento: [Nome dado à atividade ou tarefa]

POP nº x.x.x.xxx

Estabelecido em:

xx/xx/xxxx

Atualizado em:

xx/xx/xxxx

Comissão / Unidade:

xxxxxFolha: __/__

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

[são indicações da legislação e doutrina pertinentes ao assunto de que trata o procedimento, que embasam

a conduta policial militar, devendo ser citadas na forma prevista para referenciais bibliográficos, detalhando,

se possível, a página da obra ou artigo da lei.]

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

[Caso sejam utilizadas abreviaturas e siglas no POP, constar no documento o significado.]

3. RESULTADOS ESPERADOS

[Descrever o que se espera com a execução do referido procedimento.]

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

[Relacionar todos os materiais necessários para a execução do procedimento.]

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS OU SEQUÊNCIAS DE AÇÕES

[De forma clara e precisa, relacionar todas as tarefas necessárias para que o procedimento seja realizado

como um todo, em ordem sequencial de ações, orientando o profissional sobre a maneira mais adequada

para proceder.]

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

[Dentre os procedimentos e ações descritos, enfocar os pontos/ aspectos tidos como críticos e cuja a

inobservância pode apresentar potencial para a não obtenção dos resultados esperados.]

7. AÇÕES CORRETIVAS

[Decorrente da previsão de possíveis erros a serem cometidos na execução do procedimento, ações de

correção devem ser previstas pelo instrumento de padronização.]

8. ERROS A SEREM EVITADOS

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[Por meio de dados estatísticos e/ ou de levantamentos com base na experiência dos profissionais que

executam ou executaram tarefas semelhantes, devem ser relacionadas as ações ou situações ensejadoras

de erros na execução do procedimento.]

9. FLUXOGRAMA

[Relativo ao processo como um todo.]

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PMComandante-Geral

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ANEXO “C” (POP LABORATÓRIO) À INSTRUÇÃO N. 3.03.19/2016-CG

POP NR 01PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Preparação para o turno de serviço

POP nº 1.7.0.001

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/02

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Resolução 4362 – RUIPM.

1.2 Caderno Doutrinário 12.

1.3 RESOLUÇÃO N° 4148, de 09 de junho de 2011 - Manual de Armamento Convencional.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

Não há.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Aumentar a segurança dos policiais militares.

3.2 Melhorar a prestação de serviços.

3.3 Padronizar condutas e comportamentos dos militares em sua preparação para o turno de serviço.

3.4 Profissionalização.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1 Fardamento operacional.

4.2 Cinto de guarnição.

4.3 Colete balístico.

4.4 Arma de porte.

4.5 02 recargas para o armamento.

4.6 Algemas com chave.

4.7 Bastão Tonfa.

4.8 Rádio Transceptor (HT) com bateria reserva.

4.9 Bloco para anotações.

4.10 Caneta.

4.11 Lanterna pequena.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 O policial militar deve apresentar-se para o serviço alimentado e hidratado.

5.2 O policial militar masculino deverá apresentar-se com barba feita, cabelos cortados, asseado.

5.3 A policial militar feminina deverá apresentar-se com os cabelos presos, penteados e alinhados de

acordo com as disposições Regulamento de Uniformes da PMMG.

5.4 A policial militar feminina deverá atentar para maquiagem discreta bem como assessórios compatíveis

conforme descrito no Regulamento de Uniformes da PMMG.

5.5 O policial militar deve estar com a farda limpa, ajustada a seu corpo, passada e em conformidade com

as normas institucionais.

5.6 O policial militar deve inspecionar e manutenir o armamento e equipamento observando seu perfeito

funcionamento.

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5.7 O policial militar deve ajustar seus equipamentos em seu cinto de guarnição e colete, se for o caso.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Preparação para o turno de serviço

POP nº 1.7.0.001

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/02

5.8 O policial militar deve portar um bloco de anotações e caneta. O material deve ser conduzido no bolso.

Em caso de chuva, deve estar impermeabilizado.

5.9 O policial militar deverá inteirar das ocorrências e pendências do turno anterior, seja através do

Treinamento Tático, seja através de consultas e pesquisas, ou ainda através do recebimento de

informações do policial militar de quem recebe o serviço.

5.10 O policial militar deve acessar a página da Intranet PM e o Painel Administrativo, para inteirar-se das

mensagens e orientações do Comando.

5.11 O policial militar deverá adotar o estado de prontidão “amarelo” para o início do seu turno de serviço.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

6.1 Tempo limitado para a preparação pré turno.

6.2 Dificuldades para se executar a passagem de serviço.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Evitar que o policial militar saia para o serviço sem que seu armamento ou equipamento estejam em

condições.

7.2 Evitar que o policial militar inicie o trabalho sem condições plenas para o serviço.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Falta de recursos logísticos.

8.2 Falta de fiscalização.

8.3 Preparação física e mental insuficiente.

8.4 Adoção do estado de prontidão inadequado.

9. FLUXOGRAMA OU ANEXO

Não há.

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POP NR 02PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Lançamento do turno de serviço

POP nº 1.7.0.002

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/02

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais (DIAO).

1.2 DPSSP N. 3.02.02/09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a

serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

1.3 DPSSP N. 3.02.01/09-CG - Regula procedimentos e orientações para a execução com qualidade das

operações na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

2.1 DIAO – Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais.

2.2 DISP – Diário de Informações de Segurança Pública.

2.3 PEIE – Pistola de Emissão de Impulsos Elétricos.

2.4 EPI – Equipamento de Proteção Individual.

2.5 TTa – Treinamento Tático.

2.6 COPOM – Centro de Operações Policiais Militares.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Padronizar o comportamento dos responsáveis pelo lançamento dos turnos de serviço.

3.2 Otimizar o lançamento do turno.

3.3 Melhorar a prestação de serviços.

3.4 Melhorar a atividade de coordenação e controle.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1 Uniforme para Policiamento Ostensivo Geral (art. 54 - RUIPM).

4.2 EPI.

4.3 Armamento de porte.

4.4 Transceptor portátil (HT).

4.5 Colete refletivo (para o serviço noturno ou em grandes eventos).

4.6 PEIE (qualificação obrigatória).

4.7 Algemas.

4.8 Bastão Tonfa.

4.9 Apito de trânsito.

4.10 Bloco de anotações e prancheta.

4.11 Ordens de Serviços e escalas.

4.12 Diário de Informações de Segurança Pública (DISP).

4.13 DIAO informatizada ou impresso.

4.14 Ordem de Serviço relativa ao Treinamento Tático (TTa).

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 Conferir a preparação dos policiais militares escalados para o serviço.

5.2 Conferir o cartão programa das guarnições do turno.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Lançamento do turno de serviço

POP nº 1.7.0.002

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/02

5.3 Providenciar os documentos necessários para o treinamento (escala, DISP, Ordens de Serviço e

documentação do TTa).

5.4 Conferir a presença dos policiais militares.

5.5 Ministrar o Treinamento Tático previsto pela Unidade.

5.6 Ler o DISP e orientar o turno quanto as ocorrências do turno anterior.

5.7 Abrir a palavra ao grupo de trabalho para manifestações diversas.

5.8 Inspecionar a frota a ser utilizada pelo turno (abastecimento, limpeza e funcionamento).

5.9 Realizar os ajustes necessários, lançar no CAD as alterações realizadas, se houver, no que tange a

mudança de viatura, efetivo respectivo e setor de patrulhamento.

5.10 Lançar o turno de serviço.

5.11 Comunicar o lançamento na Rede de Rádio.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

6.1 Avaliação da supremacia de força e da segurança para a execução do serviço, observando-se a

disponibilidade logística e de efetivo.

6.2 Fiscalização da condição dos policiais militares para o serviço.

6.3 Administração do tempo.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Para o caso de situações que impliquem em lentidão, adotar medidas para o efetivo aproveitamento do

tempo destinado a atividade.

7.2 Caso algum policial militar apresente desvio ou problemas, providenciar as medidas cabíveis, inclusive com

acionamento de superiores, se necessário.

7.3 Sendo constatados riscos para a segurança no serviço, adotar as medidas para eliminar ou reduzir esses

riscos.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Não portar a escala de serviço e/ou demais documentos do treinamento.

8.2 Deixar o Coordenador do Policiamento ou correspondente de realizar o lançamento.

8.3 Lançar o turno sem organizar os esforços ou sem repassar as informações necessárias ao bom andamento

do serviço.

8.4 Não realizar a manutenção e conferência das viaturas e armamento antes de assumir o turno de serviço

9. FLUXOGRAMA OU ANEXO

Não há.

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POP NR 03PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Recolhimento do turno de serviço

POP nº 1.7.0.003

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/02

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Diretriz Integrada de Ações e Operações do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais (DIAO).

1.2 DIRETRIZ N. 3.02.02/09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a

serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

1.3 DIRETRIZ N. 3.02.01/09-CG - Regula procedimentos e orientações para a execução com qualidade das

operações na Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

UEOp – Unidade de Execução Operacional.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Padronização de comportamentos dos policiais militares.

3.2 Melhor prestação de serviços.

3.3 Maior eficiência no encerramento do turno.

3.4 Maior coordenação e controle.

3.5 Maior zelo com material da carga da PMMG.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

Equipamento de comunicação.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 Controle das ocorrências em andamento ou sem atendimento durante o recolhimento

5.1.1 O coordenador do policiamento ou correspondente verificará a existência de operações ou de

ocorrências em andamento, em especial as de destaque ou sem atendimento, no território sob sua

responsabilidade antes de recolher o turno.

5.1.2 Empenhará viaturas de transição nos casos em que for possível, devendo avaliar se tal medida não

comprometerá nem a segurança, nem a eficácia das ações/ operações.

5.2 Deslocamento até a sede da Unidade ou Fração PM para viabilizar o recolhimento

O coordenador do policiamento ou correspondente deslocar-se-á até a sede Unidade ou da Fração PM para

antecipar a solução de pendências operacionais que possam existir.

5.3 Autorização para recolhimento do turno

5.3.1 O coordenador do policiamento ou correspondente fará contato com a maior autoridade policial militar

de serviço no turno (caso haja) anunciando o serviço e solicitando autorização para o recolhimento do

turno.

5.3.2 Não havendo pendências, anunciará via rede de rádio a autorização para o recolhimento.

5.4 Recolhimento do turno

5.4.1 O coordenador do policiamento ou correspondente, fará contato com os policiais militares na medida

que estes se recolhem a sede da Unidade ou Fração, verificando possíveis alterações.

5.4.2 Os garagistas, em conjunto com os motoristas que estiverem encerrando e assumindo o turno de

serviço, deverão verificar a limpeza das viaturas, suas condições de funcionamento e danos aparentes,

repassando qualquer alteração ao CPU e Cmt de Cia/Pel.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Recolhimento do turno de serviço

POP nº 1.7.0.003

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/02

5.4.3 Os intendentes deverão verificar se todo o armamento e equipamento foram devolvidos sem alterações

na intendência da Unidade ou da Fração. Caso haja alguma alteração, esta deverá ser transmitida ao

CPU, Cmt de Cia/Pel e P4 da UEOp.

5.5 Passagem de serviço de coordenação

O coordenador do policiamento ou correspondente passará o serviço para o coordenador subsequente.

5.6 Relatório de Encerramento

O coordenador do policiamento ou correspondente confeccionará relatório de serviço conforme padrão

estipulado pela Unidade ou Fração.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

6.1 Ocorrências de destaque e prioridades durante a troca de turno.

6.2 Atraso de lançamento do turno subsequente.

6.3 Guarnições que permanecerem empenhadas nas delegacias para encerramento de ocorrências.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Fiscalizar para que as guarnições não recolham antes do horário previsto.

7.2 Controlar efetivo que já se recolheu e o que permaneceu empenhado.

7.3 Administrar ocorrências pendentes de atendimento nas trocas de turno, estabelecendo critérios para o

atendimento imediato.

7.4 Repassar as informações do serviço ao próximo coordenador do turno em detalhes.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Efetivo recolher sem o conhecimento do coordenador do policiamento.

8.2 Efetivo recolher com registros de REDS a serem confeccionados ou não encerrados.

8.3 Deixar de empenhar efetivo policial em ocorrências de maior gravidade ou de crimes violentos durante as

trocas de turno.

8.4 Não controlar o destino de todo o efetivo.

9. FLUXOGRAMA OU ANEXO

Não há.

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31

POP NR 04PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Estratégias Preventivas

Nome do procedimento: Ponto-Base de Viaturas

POP nº 1.1.0.004

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/02

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Lei 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro.

1.2 Manual Técnico-Profissional n. 3.04.04/2013 - Caderno Doutrinário 4.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

2.1 EPI – Equipamento de Proteção Individual.

2.2 TTa – Treinamento Tático.

2.3 AIT – Auto de Infração de Trânsito.

2.4 Ponto-Base – PB.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Potencializar a ostensividade da Polícia Militar.

3.2 Estabelecer a segurança objetiva.

3.3 Prevenir de crimes.

3.4 Estreitar as relações comunitárias.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1 Uniforme para o Policiamento Ostensivo Geral.

4.2 EPI.

4.3 02 (dois) IMPO.

4.4 Viatura Policial.

4.5 Armamento convencional.

4.6 Rádio Transceptor (HT).

4.7 Prancheta.

4.8 Talão de AIT.

4.9 Equipamentos.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 Estacionar a viatura no local do ponto base previsto em Cartão-Programa, ou mediante ordem, ou por

iniciativa, com a frente do veículo voltada para a via pública, sem atrapalhar o fluxo de pedestres e de trânsito

(utilizar canteiro central da via, calçadas largas, local de estacionamento recuado).

5.2 Acionar os dispositivos luminosos da viatura.

5.3 Desembarcar da viatura e posicionar 03 (três) cones próximos à esta (conform e esquema de blitz).

5.4 Quando a guarnição for composta por dois ou mais policiais militares, um deles deverá permanecer ao lado

da viatura durante todo o tempo, enquanto os outros militares realizam abordagens, contatos comunitários e

visitas tranquilizadoras em comércios e residências nas proximidades.

5.5 Quando apenas um policial militar estiver de serviço, ele deverá patrulhar a pé as imediações, sem, contudo,

perder o contato visual com a viatura.

5.6 Atender as demandas de segurança pública que se apresentarem.

5.7 Permanecer na atividade pelo tempo determinado pelo cartão programa ou conforme determinação superior.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Estratégias Preventivas

Nome do procedimento: Ponto-Base de Viaturas

POP nº 1.1.0.004

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/02

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

6.1 Obedecer às normas gerais de circulação e conduta no trânsito.

6.2 Posicionamento dos policiais militares e viaturas no terreno.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Evitar utilizar aparelhos celulares, smartphone, tabletes, dentre outros, para assuntos diversos aos de

interesse do serviço.

7.2 Evitar o agrupamento de policiais militares em conversas alheias ao interesse imediato do serviço.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Desconhecimento da área de atuação.

8.2 Posicionamento inadequado.

8.3 Permanecerem os militares embarcados na viatura durante o PB.

8.4 Falta de treinamento.

8.5 Desatenção.

9. FLUXOGRAMA OU ANEXO

Não há.

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33

POP NR 05PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Técnica/Tática Policial Militar

Nome do procedimento: Uso do Cinto de Segurança em Viaturas

POP nº 1.3.0.005

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/02

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

1.1 Lei 9503/97 - Código de Trânsito Brasileiro.

1.2 Manual Técnico-Profissional n. 3.04.04/2013 - Caderno Doutrinário 4.

1.3 Memorando Circular N. 4027/93 – EMPM.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

2.1 RP – Radiopatrulhamento.

2.2 EPI – Equipamento de Proteção Individual.

2.3 TTa – Treinamento Tático.

2.4 AIT – Auto de Infração de Trânsito.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Cumprimento da rotina do patrulhamento e do Cartão Programa estabelecido.

3.2 Cumprimento da regulamentação de trânsito.

3.3 Segurança dos policiais durante os deslocamentos.

3.4 Prevenção de lesões em acidentes.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1 Uniforme para Policiamento Ostensivo Geral.

4.2 EPI.

4.3 02 (dois) IMPO.

4.4 Viatura Policial.

4.5 Armamento convencional.

4.6 Rádio Transceptor (HT).

4.7 Equipamentos.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 Realizar a inspeção da viatura, verificando o funcionamento do sistema de retração dos cintos de segurança

e mecanismos de abertura das portas (internos e externos).

5.2 Treinar a retirada do cinto de segurança por todos os integrantes da equipe, antes de deslocar para o serviço,

treinando inclusive as situações possíveis de ocorrer durante as diversas intervenções ou em ocasiões

especiais.

5.3 Manter acompanhamento das comunicações operacionais, visando antecipar-se a qualquer situação de risco.

5.3 Durante o patrulhamento ou intervenções, realizar criteriosa avaliação dos riscos, antecipando-se às

situações que exijam desembarque.

5.4 Inteirar-se das operações policiais a serem realizadas e suas particularidades.

5.5 Manter o giroflex ligado.

5.6 Em caso de deslocamento rápido (urgência/ emergência) acionar a sirene para solicitar preferência no

trânsito e não retirar o cinto de segurança.

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34

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Técnica/Tática Policial Militar

Nome do procedimento: Uso do Cinto de Segurança em Viaturas

POP nº 1.3.0.005

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/02

5.7 O desembarque com a retirada do cinto de segurança exige as duas mãos livres, portanto a arma terá que

estar coldreada.

5.8 Após a liberação do cinto de segurança é que se procederá o saque da arma, se necessário.

5.9 Manter as armas portáteis acondicionadas e fixadas no interior da viatura.

6 ATIVIDADES CRÍTICAS

Desobedecer às normas gerais de circulação e conduta no trânsito. Não utilizar o cinto de segurança.

7. AÇÕES CORRETIVAS

7.1 Caso algum policial militar não esteja utilizando o cinto de segurança, corrigir.

7.2 Caso a viatura apresente defeito nos cintos/sistema, corrigir antes do início das atividades.

7.3 Sempre observar a comunicação entre os policiais militares.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Não utilizar o cinto de segurança.

8.2 Desconhecimento da área de atuação.

8.3 Deixar de avaliar os riscos seja no patrulhamento ou nas intervenções.

8.4 Falta de treinamento.

8.5 Desatenção.

9. FLUXOGRAMA OU ANEXO

Não há.

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35

POP NR 06PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências

POP nº 1.7.0.006

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 01/04

1. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL OU DOUTRINÁRIA (tipificação sintética)

DIRETRIZ N. 3.02.02/ 09-CG - Estabelece diretrizes gerais para as atividades de coordenação e controle a

serem realizadas no âmbito da Polícia Militar de Minas Gerais.

2. ABREVIATURAS E SIGLAS

EPI – Equipamento de Proteção Individual.

3. RESULTADOS ESPERADOS

3.1 Certificar se a visão da PMMG está clara e comum a todos os policiais militares.

3.2 Saber se as demandas da sociedade estão sendo bem atendidas (atendimento das necessidades e

expectativas do cidadão e excelência na prestação dos serviços).

3.3 Mensurar a qualidade do serviço prestado pela PMMG.

3.4 Identificar e erradicar os prováveis motivos de insatisfação da sociedade com os serviços da PMMG.

3.5 Aprimorar, através da identificação das possíveis falhas, a qualidade do serviço prestado.

3.6 Minimizar a possibilidade de manifestações de descontentamento por parte dos cidadãos quanto ao serviço

prestado pela PMMG.

4. RECURSOS NECESSÁRIOS

4.1 Aparelho telefônico com linha disponível.

4.2 Viatura Policial.

4.3 EPI.

4.4 Rádio transceptor (HT).

4.5 Prancheta.

4.6 Formulários de REDS e BOS já encerrados, para a conferência do atendimento das ocorrências e execução

das operações.

4.7 Modelo de Pesquisa Pós-Atendimento para pessoas consultadas (Anexo E da Diretriz N. 3.02.02/ 09-CG).

4.8 Armamento convencional.

5. PROCEDIMENTOS BÁSICOS

5.1 Escolha dos locais a serem visitados para a pesquisa

5.1.1 Levantar dados sobre os locais onde serão feitas as pesquisas.

5.1.2 Definição da amostra, obtida dentre os REDS e/ou BOS registrados pela Fração PM nos locais

escolhidos. O tamanho da amostra deve permitir uma significância estatística.

5.1.3 Evitar que a definição dos locais ou da amostra se torne tendenciosa.

5.2 Contato prévio e agendamento da pesquisa pós-atendimento.

5.2.1 Identificar-se para a pessoa a ser entrevistada.

5.2.2 Explanar sobre o motivo e objetivos da pesquisa, visando reduzir o receio por parte dos entrevistados

em fornecer informações.

5.2.3 Agendar a entrevista, caso haja interesse do atendido (não havendo interesse, agradecer a atenção e

informar que se posteriormente houver o desejo de participar da pesquisa, basta entrar em contato com

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a fração local).

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências

POP nº 1.7.0.006

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 02/04

5.3 Comunicar ao Centro de Operações ou correspondente a previsão de início e o término da

atividade

5.4 Contato com a pessoa a ser entrevistada

5.4.1 Cumprimentar.

5.4.2 Estabelecer comunicação adequada, ouvindo e anotando os dados e fatos conforme formulário

constante do anexo.

5.4.3 Orientar ao pesquisado quanto aos cuidados necessários para evitar ou minimizar a ocorrência de

delitos.

5.4.4 Colocar-se a disposição para outros contatos mediante, se for o caso, da disponibilização de número

de telefone funcional.

5.5 Registrar a pesquisa em documento próprio (Anexo E da Diretriz N. 3.02.02/ 09-CG, REDS/ BOS/

Relatório Complementar, Anúncio, entre outros), descrevendo a qualidade do atendimento em análise,

vulnerabilidades do Sistema de Defesa Social, sugerindo, ao final, a adoção de procedimentos que

visem o aumento da segurança objetiva e subjetiva.

6. ATIVIDADES CRÍTICAS

Escolha dos locais para a realização da pesquisa ou da amostragem de forma tendenciosa.

7. AÇÕES CORRETIVAS

Cabe aos coordenadores do policiamento ou correspondentes e/ou comandantes de frações, acompanhar

e adotar as medidas de correção e realinhamento das falhas de atendimento constatadas.

8. ERROS A SEREM EVITADOS

8.1 Deixar de observar os preceitos de segurança nas pesquisas de pós-atendimento.

8.2 Atender ao cidadão com desinteresse, irreverência, ou desídia frente as suas demandas.

8.3 Escusar-se de dar informações, de ouvir dúvidas, queixas ou reclamações, de buscar a solução aos

problemas de sua alçada, face à natureza do serviço policial militar.

8.4 Criticar atitudes, comportamentos ou preferências dos cidadãos.

8.5 Exteriorizar tensões, nervosismos ou desarmonias.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências

POP nº 1.7.0.006

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 03/04

9. ANEXO (MODELO DE PESQUISA PÓS-ATENDIMENTO)

DADOS DA PESQUISA E DO RESPONSÁVEL

Data: Hora: Município:

Unidade: Responsável:

DADOS DA OCORRÊNCIA POLICIAL

Data: Hora: Município:

Unidade: Cia PM: Viatura: BO:

Natureza da ocorrência:

PESQUISA

1) Disponibilidade do cidadão em participar da pesquisa.

( ) Total atenção.

( ) Pouca atenção.

( ) Não quis participar da pesquisa.

( ) Não atendeu.

2) Sensação do cidadão em relação à atenção dispensada pelo tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF dasfrações destacadas?)

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

( ) Péssima.

3) Sensação do cidadão quanto à agilidade do tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF das fraçõesdestacadas?)

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

( ) Péssima.

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4) Confiança do cidadão em relação ao trabalho e orientações do tele atendente? (e no COPOM/SOU/SOF dasfrações destacadas?)

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

( ) Péssima.

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO

Macroprocesso: Coordenação, Controle e Qualidade

Nome do procedimento: Pós-atendimento de ocorrências

POP nº 1.7.0.006

Estabelecido em:

31/03/2016

Atualizado em: Comissão/Unidade:

N. 50/2015-EMPMFolha: 04/04

5) Sensação do cidadão quanto ao tempo de espera de viatura.

( ) Muito rápido.

( ) Chegou em tempo.

( ) Demorou.

( ) Perdeu oportunidade.

( ) Não compareceu.

6) Sensação do cidadão em relação ao respeito e atenção dispensados pelos policiais que compunham aviatura.

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

( ) Péssima.

7) Sensação do cidadão quanto à agilidade dos policiais na solução da ocorrência.

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

( ) Péssima.

8) Confiança do cidadão em relação ao trabalho e orientações dos policiais que compunham a viatura.

( ) Ótima.

( ) Boa.

( ) Regular.

( ) Ruim.

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39

( ) Péssima.

9) Os dados do boletim de ocorrência conferem com o que foi mensurado?

( ) Sim.

( ) Não.

Comentar.

(a) Marco Antônio Badaró Bianchini, Coronel PM

Comandante-Geral

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INSTRUÇÃO Nº 3.03.20/2016 - CG

GEPARGRUPO ESPECIAL DE POLICIAMENTO EM ÁREA DE RISCO

Regula o emprego do Grupo Especial de Policiamento em área deRisco (GEPAR)

2ª EDIÇÃO REVISADA

Belo Horizonte

2016

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Direitos exclusivos da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG).Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.Circulação restrita.

Minas Gerais, Polícia Militar. Comando-GeralM663i Instrução n. 3.03.20/2016-CG. . Regula o emprego do Grupo

Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR)/ Polícia Militar de Minas Gerais – Comando Geral. 2.ed. rev. Belo

Horizonte: Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3),2016.

51 p.:il. Contém anexos.

1. GEPAR – origem e evolução. 2. Programa de Controle de Homicídios – “FICA VIVO”. 3. Mobilização social. 4. Repressão qualificada. I. Almeida, Wagner Eustáquio de. (coord.). II. Fernandes, Cássio Antônio.(coord.) III. Título.

CDU - 351.746 CDD - 355.31

FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais

ADMINISTRAÇÃO

Estado-Maior da Polícia Militar

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143

– 6º Andar, Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900

SUPORTE METODOLÓGICO E TÉCNICO

Seção Estratégica de Emprego Operacional (EMPM/3)

Quartel do Comando-Geral da PMMG

Cidade Administrativa Tancredo Neves, Edifício Minas, Rodovia Papa João Paulo II, nº 4143

– 6º Andar, Bairro Serra Verde – Belo Horizonte – MG – Brasil - CEP 31.630-900

E-mail: [email protected]

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GOVERNADOR DO ESTADO FERNANDO DAMATA PIMENTEL

COMANDANTE-GERAL DA PMMGCEL PM MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI

CHEFE DO ESTADO-MAIORCEL PM ANDRÉ AGOSTINHO LEÃO DE OLIVEIRA

SUBCHEFE DO ESTADO-MAIORCEL PM ROBSON JOSÉ DE QUEIROZ

SUPERVISÃO TÉCNICATEN CEL PM CLÁUDIO VITOR RODRIGUES ROCHA

Chefe da Seção Estratégica de Emprego Operacional da PMMG

1ª EDIÇÃO – 2005Ten Cel PM Josué Soares da Silva Filho

Ten Cel PM Robson Alves Campos FerreiraTen Cel PM Cícero Nunes Moreira

Maj PM Armando Leonardo L. A. F. SilvaMaj PM Marcos Vinícius Veloso LimaCap PM Alexandre Magno de Oliveira

Cap PM Gilson Gonçalves Dos Santos1º Ten PM Claudio Alves e Silva

1º Ten PM Sandro Alex Canuto Gonçalves

2ª EDIÇÃO REVISADA – 2016Ten Cel PM Alexandre Magno de Oliveira

Maj PM Harley Wallace MoreiraMaj PM Cláudio Alves da Silva

Maj PM Sandro Alex Canuto GonçalvesCap PM Cláudio Henrique R. dos Santos

1º Ten PM Alexandre Garcia Teixeira

REVISÃO DOUTRINÁRIAMaj PM Ralfe Veiga de Oliveira

2º Sgt PM Eustáquio Murilo S. NetoCb PM Danielle Sueli Ventura

REVISÃO FINALTen Cel PM Cláudio Vítor Rodrigues Rocha

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

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AET - Adjuntoria de Ensino e Treinamento

APM - Academia de Polícia Militar

BPM - Batalhão de Polícia Militar

CG - Comando-Geral

Cia PM - Companhia de Polícia Militar

CONSEP - Conselho Comunitário de Segurança Pública

CPC - Centro de Prevenção à Criminalidade

CPU - Coordenador do Policiamento da Unidade

CRAS - Centro de Referência e Assistência Social

CRISP - Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública

CTP - Centro de Treinamento Policial

DAOp - Diretoria de Apoio Operacional

DDU - Disque-Denúncia Unificado

DEPM - Diretrizes da Educação da Polícia Militar

DGEOP - Diretriz Geral para Emprego Operacional

EMPM - Estado-Maior da polícia Militar

GEPAE - Grupo Especializado em Policiamento em Áreas Especiais

GEPAR - Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco

GIE - Grupo de Intervenção Estratégica

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICV - Índice de Crimes Violentos

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IMPO - Instrumento de Menor Potencial Ofensivo

MP - Ministério Público

NPA - Núcleo de Prevenção Ativa

ONG - Organização Não Governamental

PAD - Processo Administrativo-Disciplinar

PADS - Processo Administrativo-Disciplinar Sumário

PC - Polícia Civil

PCMG - Polícia Civil de Minas Gerais

PM - Polícia Militar ou Policial Militar

PMMG - Polícia Militar de Minas Gerais

REDS - Registro de Evento de Defesa Social

RPM - Região de Polícia Militar

SEDS - Secretaria de Estado de Defesa Social

SUAPI - Subsecretaria de Administração Prisional

SUASE - Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas

TPB - Treinamento Policial Básico

TT - Treinamento Técnico

UEOp - Unidade de Execução Operacional

UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais

VHF/FM - Very High Frequency/ Frequency Modulation

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................11

2 OBJETIVOS......................................................................................................................13

2.1 GERAL .........................................................................................................................132.2 ESPECÍFICOS...............................................................................................................13

3 O GEPAR E O PROGRAMA “FICA VIVO!”....................................................................14

3.1 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO GEPAR ...............................................................................153.2 PROGRAMA DE CONTROLE DE HOMICÍDIOS – “FICA VIVO!” .......................................173.2.1 Proteção Social ..................................................................................................183.2.2 Intervenção Estratégica .....................................................................................20

4 MISSÃO DO GEPAR ........................................................................................................22

4.1 GERAL .........................................................................................................................224.2 PARTICULAR ................................................................................................................22

5 EXECUÇÃO ......................................................................................................................23

5.1 CONCEITO DE ATUAÇÃO...............................................................................................235.2 PILARES DE ATUAÇÃO DO GEPAR ...............................................................................245.2.1 Prevenção ..........................................................................................................245.2.2 Mobilização Social..............................................................................................265.2.3 Repressão Qualificada .......................................................................................275.3 NÍVEIS DE PREVENÇÃO ................................................................................................295.4 ACOMPANHAMENTO E CONTROLE.................................................................................305.4.1 Avaliação Mensal ...............................................................................................315.4.2 Comissão de Acompanhamento do GEPAR.....................................................315.5 ATRIBUIÇÕES DOS ELEMENTOS SUBORDINADOS...........................................................325.5.1 Chefe da Seção de Inteligência – P2.................................................................325.5.2 Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional – P3.....................325.5.3 Comandante de Companhia PM........................................................................335.5.4 Comandante do GEPAR....................................................................................33

6 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO GEPAR ...................................................................36

7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS.......................................................................38

7.1 RECURSOS HUMANOS..................................................................................................387.1.1 Composição do GEPAR.....................................................................................387.1.2 Seleção...............................................................................................................397.1.3 Capacitação........................................................................................................417.2 RECURSOS LOGÍSTICOS...............................................................................................42

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7.2.1 Armamento e equipamento ................................................................................427.2.2 Viatura.................................................................................................................43

8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS.............................................................................................44

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................45

ANEXO “A” - FORMULÁRIO DE TRIAGEM............................................................................46

ANEXO “B” - MODELO DE RELATÓRIO SEMESTRAL DA COMISSÃO DEACOMPANHAMENTO DO GEPAR.........................................................................................51

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11

IINSTRUÇÃO Nº 3.03.20/2016 - CG

Regula o emprego do Grupo Especial dePoliciamento em área de Risco (GEPAR).

1 INTRODUÇÃO

Ao longo das últimas décadas, pôde-se observar que a desigualdade

social no país tem sido um dos fatores que favorecem um cenário propício à

criminalidade, sobretudo dos crimes violentos, tais como homicídios e roubos.

Como as demais Unidades Federativas, Minas Gerais também tem sido

afetada pelas altas taxas de homicídios, cujas ocorrências prevalecem,

principalmente, nos aglomerados mineiros.

Em Belo Horizonte, foi realizado um estudo que comparou a incidência

de homicídios de 1990 a 1997, onde se tinha uma média anual variando de 270 a

320 crimes. Já em 2001, esta modalidade criminal atingiu o patamar de 744 casos,

ocorridos em sua grande maioria nos aglomerados da capital e interior (MINAS

GERAIS, 2003, p.25).

Os aglomerados, favelas e vilas de Minas Gerais apresentam

características socioeconômicas semelhantes. Quanto à criminalidade violenta, na

maioria das vezes, verifica-se a associação ao tráfico de drogas ilícitas, ao porte

ilegal de arma de fogo e à delinquência infanto-juvenil, os quais desencadeiam

outros delitos. Por algumas vezes, as comunidades desses locais são obrigadas a

aceitar imposições de infratores, o que faz com que vivam sob constante medo do

crime.

Tais locais podem ser identificados como “áreas de risco social”. A

condição de risco social não é ditada apenas pelo crime, mas também por outros

indicadores sociais, tais como: analfabetismo, desemprego, inserção no mercado

informal de trabalho, mortalidade infantil, expectativa de vida, pobreza,

desigualdade de renda, dentre outros.

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12

Assim, entende-se por “área de risco social” a delimitação territorial

cujos fenômenos de natureza social, cultural e econômica interferem de forma

significativa na incidência da violência e da criminalidade.

Os homicídios de jovens, provocados principalmente por armas de fogo,

oriundos das disputas entre membros de organizações criminosas ou quadrilhas

envolvidas com o tráfico de drogas aumentam o clima de tensão para a

comunidade local.

Nesse contexto, a interação do policial militar com a comunidade pode

viabilizar uma melhor compreensão da origem da violência e da criminalidade, pois

permite compreender o contexto histórico das relações interpessoais, os conflitos

sociais e as inúmeras formas de exclusão social.

Assim, a Polícia Militar de Minas Gerais, em consonância com a

Constituição Federal de 1988 – que possui como um de seus objetivos

fundamentais, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária – e também,

trabalhando em conjunto com a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) e

outros órgãos do Sistema de Defesa Social, vem desenvolvendo ações e

estratégias policiais que tem como objetivo propiciar aos cidadãos um serviço

qualificado para atuar de maneira efetiva nas áreas de risco social e, por

conseguinte, reduzir os índices de crimes violentos no Estado.

Desta forma, a PMMG buscou desenvolver um policiamento

personalizado para atuar em aglomerados urbanos caracterizados como áreas de

risco, palco maior dos homicídios no Estado, criando o denominado Grupo Especial

de Policiamento em Área de Risco (GEPAR).

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13

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

Regular o serviço GEPAR, prestado pela Polícia Militar em áreas de

risco do Estado de Minas Gerais, visando à prevenção e repressão criminal de

forma qualificada.

2.2 Específicos

a) Estabelecer parâmetros para emprego do serviço GEPAR, na

preservação e restauração da ordem pública em áreas de risco do estado de Minas

Gerais.

b) Orientar as ações policiais militares alicerçadas na prevenção,

mobilização social e repressão qualificada.

c) Potencializar o policiamento comunitário nas áreas de risco,

envolvendo a comunidade na busca de soluções para os problemas locais.

d) Definir os requisitos para ativação do GEPAR e composição das

equipes.

e) Apontar critérios para a coordenação e controle do serviço GEPAR na

PMMG.

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14

3 O GEPAR E O PROGRAMA “FICA VIVO!”

Buscando uma estratégia diferenciada de atuação nas chamadas áreas

de risco social, a PMMG criou, no ano de 2002, o Grupo Especial de Policiamento

em Área de Risco (GEPAR). O principal diferencial deste serviço é a forma

permanente de atuação no território, com ênfase na prevenção criminal, respeito

aos direitos humanos e mobilização da comunidade.

O GEPAR está inserido no contexto de transição de policiamento nestas

áreas de risco social, em que a polícia deixa de ser um instrumento exclusivo de

controle e passa a atuar como uma “polícia cidadã”, preocupada com todos os

problemas de segurança pública de sua comunidade. Uma polícia orientada para o

problema, que busca soluções para crimes, sensação de insegurança e desordem

pública. Tal modelo supera a polícia tradicional, onde são atacadas apenas as

consequências, que trazem soluções paliativas e efêmeras.

A presença da polícia nas comunidades deixa de ser simplesmente um

sinal para dissuadir e evitar a ação criminosa, passando a representar o reforço

dos laços de confiança com a comunidade, propiciando maior fluxo de informações

por parte da população. Isso permite que os policiais conheçam melhor a região

policiada e desenvolvam estratégias condizentes com as especificidades de cada

localidade, envolvendo as lideranças comunitárias no processo decisório.

O GEPAR tem como missão precípua, conseguir aplicar táticas de

policiamento comunitário e repressão qualificada, em comunidades marcadas pela

atuação das organizações criminosas.

A inovação do GEPAR consiste, principalmente, em reunir atividades de

prevenção e mobilização social, dentro da filosofia de Polícia Comunitária, com as

atividades de repressão qualificada, pautadas sempre por uma atuação estratégica,

pontual e direta, para garantir e, se necessário, restabelecer a ordem pública. Esse

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15

policiamento, dentro dos moldes da Polícia Comunitária, é direcionado para a

identificação de criminosos contumazes, membros de quadrilhas de tráfico de

drogas, armas de fogo e outras atividades criminosas, com o objetivo de reduzir e

prevenir homicídios em áreas de risco.

3.1 Origem e evolução do GEPAR

Em 2002, o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da

Universidade Federal de Minas Gerais (CRISP/UFMG) identificou o aumento de

homicídios em Belo Horizonte, os quais se concentraram em sete aglomerados da

capital mineira. Concluiu-se que os diversos aglomerados urbanos de Belo

Horizonte, que apresentavam concentração de homicídios, possuíam

características semelhantes, tais como: índice de desenvolvimento humano baixo,

falta de aparelhos públicos, alto índice de tráfico de drogas e de porte ilegal de

arma de fogo, dentre outras.

Naquele mesmo ano, ocorreu uma chacina no Morro das Pedras que

chocou a comunidade belo-horizontina, pela crueldade das execuções com

decapitação das vítimas. A imprensa começou a pressionar o Governo e a PMMG,

exigindo atuação efetiva para que os aglomerados de Minas não se tornassem

violentos como outros da cidade do Rio de Janeiro.

Foi montada uma força tarefa pela recém-criada SEDS para discutir o

assunto com representantes da Polícia Civil, PMMG (representada pelo Comando

do Policiamento da Capital e 22º BPM), Ministério Público, Prefeitura Municipal de

Belo Horizonte, Polícia Federal e Poder Judiciário, que escolheram o aglomerado

Morro das Pedras para desenvolver um projeto piloto voltado para a redução de

homicídios.

As ações desenvolvidas no Morro das Pedras resumiram-se no início em

atividades repressivas, com grandes operações conjuntas entre PMMG e PCMG.

Cerca de 500 policiais subiram o morro, fincaram bandeira e demonstraram grande

aparato bélico de força. As operações duravam em média seis horas e os

resultados não eram significativos, gerando hostilidade por parte da população. O

grande descontentamento da comunidade era traduzido pelas diversas

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16

manifestações populares, fechando avenidas e queimando pneus em sinal de

protesto.

Para contornar esta situação, o 22º BPM implementou uma patrulha de

policiais comandado por um oficial subalterno, denominada "Patrulha Morro das

Pedras". Foi uma experiência pioneira, pois manteve diuturnamente os mesmos

policiais militares, por meio de turnos de serviço, no interior deste aglomerado.

Inicialmente a patrulha tinha um caráter essencialmente repressivo. A

partir de março de 2003, os policiais envolvidos com este policiamento foram

capacitados em cursos de Promotor de Polícia Comunitária e Promotor de Direitos

Humanos. A partir desta capacitação, as práticas de policiamento comunitário,

alinhadas com a repressão qualificada, começaram a cativar e resgatar a confiança

dos moradores daquela comunidade.

Assim, a Patrulha Morro das Pedras recebeu a denominação de Grupo

Especializado em Policiamento de Áreas de Risco (GEPAR), nome este que foi

inspirado na descrição do Grupo Especializado em Policiamento em Áreas

Especiais (GEPAE) que já existia nos Morros Pavão e Pavãozinho, na cidade do

Rio de Janeiro.

Assim que o GEPAR foi apresentado pela PMMG para a SEDS como

nova estratégia de atuação no aglomerado Morro das Pedras, e demonstrados os

primeiros resultados que o grupo vinha alcançando, tanto na repressão qualificada

como na interação com a comunidade, de imediato a SEDS e demais membros da

força tarefa decidiram incluí-lo no projeto “Fica Vivo!”.

Esse grupo de trabalho estabeleceu duas estratégias básicas de

atuação no aglomerado: um grupo de Intervenção Estratégica, formado pela

PMMG, PCMG, MP, CRISP/UFMG e Poder Judiciário, com o objetivo de identificar

e capturar os homicidas contumazes e chefes das quadrilhas do morro; e um outro

grupo, de Proteção Social, composto por órgãos públicos do Estado de Minas

Gerais, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e de Organizações Não

Governamentais (ONGs), para oferecer diversos serviços e oportunidades para

jovens entre 15 e 24 anos, com o intuito de diminuir a mão de obra utilizada pelo

tráfico de drogas. O objetivo era oferecer oportunidades de construção de uma

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cultura de paz para os jovens, para competir contra o chamamento deles para o

tráfico de drogas.

O GEPAR atuava nessas duas estratégias, sendo a base do projeto o

“Fica Vivo!”, que estava permanentemente no aglomerado, identificando as

principais demandas e levando para discussões nos grupos de Intervenção

Estratégica e de Proteção Social as melhores estratégias de atuação.

Em 2003, o GEPAR foi implantado pela PMMG em sete aglomerados

urbanos de Belo Horizonte que já tinham recebido aporte orçamentário do projeto

Centro de Referência da Criminalidade. São eles: Morro das Pedras, Pedreira

Prado Lopes, Alto Vera Cruz, Taquaril, Cabana de Pai Tomás, Ribeiro de Abreu e

Conjunto Felicidade.

Nos anos sucessivos, essa política foi institucionalizada pela SEDS e

eleita como estratégica básica de atuação da PMMG em aglomerados, com foco na

redução do crime de homicídio. De forma semelhante, o projeto “Fica Vivo!” foi

institucionalizado pela SEDS e expandido para outros aglomerados da capital e

interior, conforme demonstra a Figura 1.

Figura 01: Linha do tempo sobre a criação e evolução do Grupo Especial de

Policiamento em Área de Risco no estado de Minas Gerais (2002-2016)

Fonte: Dados da pesquisa.

3.2 Programa de Controle de Homicídios – “FICA VIVO!”

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No ano de 2003, através do Decreto 43.334/03, foi criado o Programa de

Controle de Homicídios, para que os órgãos do Sistema de Defesa Social,

atuassem de forma integrada, compartilhando informações e sobretudo, articulando

estratégias e ações de prevenção e repressão aos delitos com objetivo de:

[...] reduzir a incidência de homicídios dolosos, mediante ações deprevenção e repressão, nas áreas de risco da Região Metropolitana deBelo Horizonte e em outros municípios do Estado cujos indicadores decriminalidade violenta o justifiquem, contando, para sua execução, com aação integrada dos executivos federal, estadual e municipal, do PoderJudiciário, do Ministério Público Estadual, bem como das organizaçõesnão governamentais de atendimento ou assistência social e da sociedadeem geral (MINAS GERAIS, 2003, p2).

O Programa de Controle de Homicídios, conhecido e identificado como

“Fica Vivo!” cria e estabelece nas áreas de risco atendidas os denominados

Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC), que a partir de um trabalho de

articulação com outros órgãos e equipamentos públicos de base local contribuem

para a execução de dois eixos essenciais à manutenção e perenidade do

programa: a Proteção Social e a Intervenção Estratégica (MINAS GERAIS, 2009b).

3.2.1 Proteção Social

O eixo da proteção tem por objetivo diminuir a vulnerabilidade social dos

aglomerados e vilas com elevados índices criminais, através da interação e

fortalecimento dos equipamentos públicos, formando uma efetiva rede de proteção

social, de base local, além da mobilização de moradores e lideranças comunitárias.

O GEPAR está inserido nessa rede de proteção social e deve atuar

baseando-se no policiamento comunitário para buscar, em conjunto com os

Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC), nos locais onde estiverem

instalados, a mobilização social das lideranças comunitárias que atuam nos

equipamentos públicos, como por exemplo: escolas, postos de saúde, Centros de

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Referência e Assistência Social (CRAS), Organizações não Governamentais

(ONGs), oficinas de cultura, igrejas, etc.

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3.2.2 Intervenção Estratégica

O eixo da Intervenção Estratégica visa à integração dos órgãos do

Sistema de Defesa Social e Justiça Criminal com o objetivo de controlar e prevenir

os homicídios dolosos.

Subsidiariamente a esse eixo, criou-se o Grupo de Intervenção

Estratégica (GIE), que tem por objetivo promover ações de repressão qualificada,

por meio da Inteligência de Segurança Pública. O monitoramento de alvos

envolvidos com gangues e organizações criminosas possibilita a identificação de

demandas dos órgãos do Sistema de Defesa Social e, principalmente, fomenta a

corresponsabilidade na solução dos problemas locais.

O GIE reúne-se frequentemente, em reuniões ordinárias e

extraordinárias, para discutir a dinâmica criminal onde o “Fica Vivo!” está instalado,

possuindo a seguinte composição (MINAS GERAIS, 2009b):

a) Secretaria de Estado de Defesa Social:

− Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI);

− Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas (SUASE);

− Direção do Programa “Fica Vivo!”.

b) Polícia Militar de Minas Gerais:

− Comandantes de Unidades de Execução Operacional (UEOp) que

possuem GEPAR;

− Comandantes de Companhia que possuem GEPAR;

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− Comandantes de GEPAR.

c) Polícia Civil de Minas Gerais:

− Delegacia de Polícia onde o programa está instalado;

− Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa;

− Delegacia Antidrogas;

− Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente.

d) Ministério Público:

− Promotoria Criminal;

− Promotoria de Tóxico;

− Promotoria da Infância e Juventude;

− Promotoria de Combate ao Crime Organizado.

e) Poder Judiciário:

− Juízes da Vara Criminal;

− Juízes da Vara de Execução Criminal;

− Juízes da Vara da Infância e Juventude;

− Juízes da Vara de Tóxico.

O diagrama apresentado na Figura 2 apresenta a forma de participação

de cada órgão envolvido.

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Figura 2: Diagrama de relacionamento do GEPAR com os órgãos envolvidos com

a Intervenção Estratégica em Áreas de Risco de Minas Gerais

Fonte: Dados da pesquisa (MINAS GERAIS, 2009b).

4 MISSÃO DO GEPAR

4.1 Geral

Executar o policiamento ostensivo na área de risco onde a taxa de

homicídio, o tráfico de drogas, a circulação de armas de fogo e a delinquência

infanto-juvenil evoluam para um quadro de descontrole social, devidamente

constatado por meio de estudos técnicos, onde possa emergir foco de associação

delituosa (crime organizado) que desestabilize o ambiente seguro.

4.2 Particular

a) Executar o policiamento comunitário na área de risco, visando

prevenir e resolver, com a participação da comunidade, problemas locais

relacionados ao crime, medo do crime e desordem pública.

b) Fomentar a mobilização social para promover a cultura de paz e a

construção de um ambiente seguro na área de risco sob sua responsabilidade.

c) Combater o crime organizado por meio da repressão qualificada, em

conjunto com os demais órgãos do Sistema de Defesa Social, focalizando ações

estratégicas na área de atuação.

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5 EXECUÇÃO

O Grupo Especial de Policiamento em Área de Risco (GEPAR) é um

serviço de segurança pública personalizado, que visa priorizar a prevenção ao

delito, reduzir o medo do crime e melhorar a desordem pública. Sua atuação

consiste no emprego do policiamento em área de risco, visando contribuir para a

redução do crime violento e do medo do crime, com ênfase na filosofia de Polícia

Comunitária e respeito aos Direitos Humanos.

5.1 Conceito de atuação

Os problemas sociais são dinâmicos e complexos, dependendo da

intervenção dos diversos órgãos do Sistema de Defesa Social, para sua efetiva

solução, por intermédio da integração e interação. A PMMG, isoladamente, não

consegue solucionar todos os problemas. Desta forma, suas técnicas, táticas e

tecnologias estão limitadas.

Assim, os policiais que atuam no GEPAR devem ter conhecimento e

habilidades necessárias à realização do policiamento de modo integrado às ações

dos outros órgãos do Sistema de Defesa Social e entidades, caracterizadas pela

necessidade de sistematização na atuação da prevenção do crime e manutenção

da ordem.

O GEPAR atuará com base em cartão-programa que permita sua

presença constante nos locais de atuação, principalmente nos horários de maior

clamor público, bem como nos horários de maior incidência de crimes violentos, em

especial o homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.

O serviço GEPAR assegura aos policiais militares um conhecimento

factual detalhado do seu setor de atuação, proporcionando um conjunto de

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atividades amparadas por técnicas e métodos capazes de promover mudanças

sociais em suas diversas dimensões, que contribuam para os processos de

melhoria da qualidade de vida no ambiente, reorientando o foco de atenção da

polícia para a solução de problemas da comunidade e o desenvolvimento de ações

preventivas e proativas.

Para tanto, o GEPAR deve atuar com base em três pilares

fundamentais: prevenção, mobilização social e repressão qualificada.

5.2 Pilares de atuação do GEPAR

5.2.1 Prevenção

A prevenção é definida dentro do contexto policial como o “conjunto de

procedimentos operacionais voltados para a antecipação objetiva à ocorrência de

delitos, tendo em vista a manutenção da ordem pública e da paz social” (MINAS

GERAIS, 2016).

A prevenção possui uma dimensão imediata, que diz respeito ao

emprego do policiamento, e uma dimensão mediata, que se concretiza em ações

de atuação em rede. Portanto, o GEPAR deverá executar as seguintes ações:

a) conhecer a história de formação da comunidade de sua área de

atuação e suas características culturais, visando entender a dinâmica social;

b) atuar diretamente nas causas dos crimes violentos, em especial o

homicídio, bem como o tráfico de drogas ilícitas, porte de arma de fogo e a

delinquência infanto-juvenil;

c) conhecer e identificar os cidadãos infratores que atuam na área de

risco, mantendo banco de dados atualizado com fotos e endereços de todos que

forem presos, organograma e mapas dos locais de atuação de gangues e

quadrilhas para subsidiar a repressão qualificada;

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d) realizar contatos com os moradores da área de risco, através de

visitas residenciais, reuniões e fóruns comunitários, interagindo-se com estes, com

o propósito de estabelecer uma relação de confiança recíproca e distingui-los dos

cidadãos infratores;

e) buscar informações de forma antecipada (especialmente em mídias

sociais) sobre festas irregulares em clubes, bares ou mesmo em via púbica,

envolvendo os demais órgãos do Sistema de Defesa Social, adotando as medidas

necessárias para evitar a ocorrência de tais eventos, especialmente aqueles sem

alvará da prefeitura municipal e/ou contraindicados pelo Corpo de Bombeiros;

f) realizar ponto base e abordagens policiais sistemáticas nos pontos

suspeitos de venda de drogas, com o intuito de inibir a prática de comércio e uso

nestes locais;

g) manter diálogo com os Gestores, Técnicos e Oficineiros do Centro de

Prevenção à Criminalidade no intuito de fortalecer a rede de proteção local;

h) realizar visitas tranquilizadoras em comércios, casas, escolas e

postos de saúde, visando reestabelecer a sensação de segurança às vítimas de

crimes;

i) atuar no sentido de angariar a confiança da comunidade local, por

intermédio de ações de interação, mantendo contatos frequentes com os

moradores;

j) intensificar as abordagens à pessoas que apresentem fundada

suspeita de portar objetos ilícitos (especialmente armas de fogo e armas brancas);

k) atuar em conjunto com os órgãos que compõem o Sistema de Defesa

Social, ONGs e lideranças comunitárias, de forma a antecipar e identificar as

desordens sociais e fatores de risco, visando reduzir a violência e o crime.

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5.2.2 Mobilização Social

Conforme descrevem Toro e Werneck (2004), a mobilização social é o

“ato de convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum,

compartilhando interpretações e sentido”. Segundo eles, “é a partir deste sentido

compartilhado que diferentes indivíduos ou setores da sociedade se reúnem para

começar ou transformar determinados processos, cenários ou ações”.

A DGEOp acrescenta que a mobilização social “é a participação

conjunta da comunidade, empresas, governos e organizações sociais para a

erradicação ou redução de um problema social: a fome, a pobreza, o dano ao meio

ambiente, o desperdício de energia, a segurança pública etc.”

Nesse sentido, o GEPAR realizará a mobilização social, executando as

seguintes ações:

a) incentivar a comunidade a mobilizar-se socialmente, com o propósito

de estabelecer objetivos comuns a serem desenvolvidos em prol desta e, por

consequência, contribuir para construção de um ambiente seguro;

b) atuar como mediador entre a sociedade e os órgãos públicos

responsáveis pela infraestrutura urbana da área de risco, sempre que deparar com

demandas específicas deles, no intuito de solucionar os problemas locais;

c) fomentar em conjunto com o Centro de Prevenção à Criminalidade,

nos locais onde estiverem instalados, ações de entretenimento, práticas esportivas,

palestras, projetos preventivos, feiras culturais, campanhas educativas e outros,

dentro do enfoque de participação e interação com a comunidade;

d) realizar ações integradas com os postos de saúde, escolas, centros

de referência de apoio ao cidadão, entre outros, no sentido de contar com a

participação efetiva destes órgãos no atendimento aos anseios sociais;

e) estabelecer parceria entre a população local e a polícia, com o

propósito de trabalharem juntas para identificar, priorizar e solucionar problemas

daquela comunidade, bem como construírem uma identidade recíproca voltada

para a coparticipação na prevenção e produção de segurança;

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f) cadastrar líderes comunitários, associações, escolas, postos de

saúde, órgãos de assistência social, organizações não governamentais (ONGs),

rádios comunitárias e quaisquer outras organizações públicas ou privadas que

atuam na área de risco, com o objetivo de fomentar a interação social e a atuação

em rede;

g) promover reuniões comunitárias, incentivar as lideranças locais a

participar do Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP) e mobilizar a

comunidade visando à melhoria da qualidade de vida dos moradores, inclusive

propondo a criação de Redes de Proteção Preventiva;

h) fomentar e participar de projetos sociais que visem a interação da

comunidade com a PMMG e demais órgãos do Sistema de Defesa Social,

melhorando assim o relacionamento e a visão dos moradores locais em relação à

polícia e resgatando a dignidade dessas pessoas.

5.2.3 Repressão Qualificada

A repressão qualificada é definida da seguinte forma na Diretriz Geral

para Emprego Operacional (DGEOp) da PMMG:

Conjunto de medidas adotadas por órgãos policiais com o objetivo de [...]reprimir crimes de forma pontual, mediante utilização da análise criminal eda Inteligência de Segurança Pública na produção de conhecimentos,visando resultados pontuais de contenção e redução da criminalidade.

Já a Diretriz nº 3.02.01/2009-CG, que regula os procedimentos e

orientações para a execução com qualidade das operações na PMMG, conceitua a

repressão qualificada da seguinte forma:

Atuação precedida de conhecimentos de Inteligência de SegurançaPública, com vistas a identificação de criminosos contumazes, grupos deinfratores, atividades de gangues e quadrilhas, de modo a conhecer osrespectivos líderes e seus cooperadores, modus operandi, locais dehomizio, o grau de periculosidade e a forma de destinação dos dividendosda atividade criminosa, de modo a permitir a adoção de medidas pontuaisde repressão ao problema identificado.

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Nesse contexto, o GEPAR executará a repressão qualificada através

das seguintes ações:

a) executar ações policiais efetivas contra a criminalidade,

estabelecendo-se uma atuação integrada com demais órgãos do Sistema de

Defesa Social, com o objetivo de combater o crime violento na comunidade,

sobretudo o homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, roubo e

extorsão;

b) realizar operações policiais em bares e estabelecimentos congêneres,

casas de show e outros locais que pela sua natureza fomentem o homicídio, o

tráfico de drogas, o porte ilegal de arma de fogo e a delinquência infanto-juvenil,

preferencialmente, em conjunto com os demais órgãos do Sistema de Defesa

Social e outros que por sua natureza social possam contribuir para a solução do

problema;

c) buscar em conjunto com as Seções de Inteligência das Unidades de

Execução Operacional, informações úteis sobre locais onde estejam sendo

guardadas ou manuseadas armas e drogas, e/ou estejam homiziados infratores

procurados, solicitando ao Poder Judiciário, a expedição de mandados de busca e

apreensão para estes locais;

d) elaborar dossiês sobre infratores contumazes na prática de crimes

violentos, visando possibilitar a priorização e focalização de ações por parte do

Ministério Público e Polícia Civil;

e) acompanhar a evolução dos crimes violentos e homicídios e suas

correlações com integrantes de quadrilhas e gangues instaladas no território de

atuação;

f) manter o acompanhamento das denúncias anônimas, principalmente

as advindas do serviço Disque Denúncia Unificado (DDU), referente a área de

atuação;

g) monitorar as ações de infratores integrantes de quadrilhas instaladas

nos locais de atuação, subsidiando de informações as Unidades de Execução

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Operacional para o planejamento de ações e operações conjuntas, evitando assim

a ocorrência do crime;

h) intensificar operações integradas com as Delegacias de Área e

Especializada em Homicídios, visando capturar homicidas contumazes;

i) combater os eventos irregulares que possibilitem a prática de delitos,

a sensação de insegurança e a desordem pública;

j) participar do Grupo de Intervenção Estratégica (GIE) do Programa

“Fica Vivo!”, onde houver, em parceria com o Ministério Público, com vistas a

somar esforços no combate às organizações criminosas que atuam no aglomerado.

5.3 Níveis de Prevenção

O trabalho preventivo da PMMG é dividido em três níveis, conforme a

Diretriz nº 3.01.06/2011, que regula a aplicação da filosofia de Polícia Comunitária

pela Polícia Militar de Minas Gerais. São eles:

a) Prevenção Primária: consiste em ações dirigidas ao meio ambiente

físico e/ou social, com foco prioritário nos fatores de risco e de proteção. Inclui

ações de prevenção social e de prevenção situacional. A primeira implica em

mudanças mais abrangentes na estrutura da sociedade ou comunidade, que visam

reduzir a pré-disposição para a prática de crimes e violências na sociedade, como

por exemplo a ampliação dos serviços de saúde direcionados a famílias com filhos

recém-nascidos, ampliação das oportunidades de educação e trabalho na

comunidade. A prevenção situacional acarreta mudanças mais restritas e pontuais

em áreas ou situações em que ocorrem os crimes e violências, com o fito de

reduzir as oportunidades para a prática de crimes e violências na sociedade. Tem

como exemplos o controle e a limitação do uso de armas, a modificação de

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horários e locais de atividades econômicas, sociais e culturais e o aumento da

vigilância.

b) Prevenção Secundária: é definida como o conjunto de ações dirigidas

às pessoas e grupos mais suscetíveis de praticar ou sofrer crimes e violências,

bem como aos fatores que contribuem para sua vulnerabilidade e ou resiliência, a

fim de evitar o seu envolvimento com o crime e a violência, ou limitar os danos

causados por este envolvimento. As ações de prevenção secundária são

frequentemente dirigidas aos jovens, adolescentes e membros de grupos

vulneráveis em situação de risco, como crianças, mulheres e idosos, em casos de

violência doméstica ou intrafamiliar, e afrodescendentes, em casos de violência

discriminatória de caráter racial.

c) Prevenção Terciária: consiste em ações dirigidas às pessoas que já

praticaram crimes e violências, com o objetivo de evitar a reincidência e promover o

seu tratamento, a reabilitação e reintegração familiar, profissional e social,

conforme o caso. Inclui também ações voltadas para as pessoas que já foram

vítimas de crimes e violências, visando reduzir a sensação de insegurança e

prevenir a reincidência vitimaria. A prevenção do crime e da violência pode ser

realizada por distribuição de ações em algumas áreas temáticas específicas, como

comunidade, família, escola, trabalho e geração de renda, polícia, justiça criminal,

sistema prisional e saúde.

O GEPAR atuará nos três níveis de prevenção descritos, visando

contribuir de forma efetiva para a preservação da ordem pública e da paz social na

área de risco sob sua responsabilidade.

5.4 Acompanhamento e controle

O acompanhamento e o controle do GEPAR serão realizados por meio

de dois instrumentos gerenciais: avaliação mensal do serviço e Comissão de

Acompanhamento do GEPAR.

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5.4.1 Avaliação Mensal

Todas as atividades preventivas e repressivas desenvolvidas pelo

GEPAR deverão ser registradas pelas equipes por meio do sistema de Registro de

Eventos de Defesa Social (REDS), de forma que seja possível tabular e avaliar as

ações e operações desenvolvidas no local de atuação.

Assim, ao término do cada mês, o Comandante do GEPAR deverá

remeter ao Comandante de Cia e à Seção de Planejamento e Emprego

Operacional da Unidade, relatório pormenorizado contendo a produtividade de

cada equipe, as principais ações/operações desenvolvidas no mês, bem como as

observações e demandas inerentes ao serviço apresentadas pelos militares.

Tal medida possibilitará a avaliação sistemática do GEPAR, de forma

quantitativa e qualitativa, contribuindo para a correção de inconformidades e a

constante melhoria dos serviços prestados.

5.4.2 Comissão de Acompanhamento do GEPAR

A UEOp deverá compor uma Comissão de Acompanhamento do

GEPAR, chefiada pelo Subcomandante da Unidade e composta pelo chefe da

Seção de Inteligência, chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional,

Comandante do GEPAR, um Oficial QOS Psicólogo e Assessor Jurídico da

Unidade, que acompanharão sistematicamente o desempenho dos policiais

militares componentes dos GEPAR.

A comissão avaliará o grupo semestralmente, confeccionando relatório

específico, conforme modelo constante no Anexo “B”, no qual deverá expor as

observações gerais do grupo, abordando aspectos administrativos e operacionais,

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ficando arquivado no Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da UEOp, em pasta

própria.

A participação do Oficial QOS Psicólogo e Assessor Jurídico na referida

Comissão ficará sujeita à existência destes profissionais na Unidade.

5.5 Atribuições dos elementos subordinados

5.5.1 Chefe da Seção de Inteligência – P2

a) Repassar aos Comandantes de Cia e Comandantes dos GEPAR os

dados e informações referentes à segurança pública nas áreas de risco envolvidas

que forem pertinentes e relevantes para a atuação do GEPAR, principalmente no

que diz respeito aos infratores e quadrilhas atuantes nas localidades.

b) Atuar em apoio aos Comandantes dos GEPAR, disponibilizando os

recursos humanos e logísticos necessários para operações e levantamentos de

dados e informações específicas.

c) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as

informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres pertinentes.

d) Monitorar os casos de ameaças contra policiais militares do GEPAR e

suas famílias.

5.5.2 Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional – P3

a) Exercer a coordenação técnica do emprego do GEPAR, por meio do

Núcleo de Prevenção Ativa (NPA) da Unidade, apoiando o processo de avaliação

mensal das equipes.

b) Fornecer, sistematicamente e quando solicitado, à Companhia e ao

GEPAR, as informações de análise criminal referentes à evolução da criminalidade

nas respectivas áreas de atuação.

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c) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as

informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres cabíveis.

5.5.3 Comandante de Companhia PM

a) Apoiar o comandante do GEPAR, de acordo com a disponibilidade de

recursos humanos e logísticos, com adoção das medidas necessárias para a

efetiva atuação do grupo.

b) Supervisionar as atividades do GEPAR, procurando obter feedback da

comunidade em que o grupo atua, por meio de reuniões e contatos comunitários;

c) Exercer a coordenação e o controle da atuação operacional do

GEPAR, acompanhando as ações e operações desenvolvidas pelo grupo.

d) Acompanhar os integrantes do GEPAR em sua missão, propondo ao

Subcomandante do Batalhão a avaliação de policial militar pela Comissão de

Acompanhamento do GEPAR, nos casos que se fizerem necessários.

e) Participar de reuniões comunitárias, requeridas pelo GEPAR, quando

necessário.

f) Indicar a inclusão de policiais militares no GEPAR.

g) Propor ao Comando do UEOp a participação de policiais do GEPAR

em treinamentos e cursos específicos.

h) Repassar, sistematicamente, ao GEPAR, informações sobre a

evolução da criminalidade nos locais onde atuam, elaborando diretrizes de atuação

para o grupo.

5.5.4 Comandante do GEPAR

a) Coordenar as atividades do GEPAR, cumprindo as diretrizes do

Comando da Cia PM e da UEOp, e seguindo o previsto na presente instrução.

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b) Gerenciar para que todas as atividades desenvolvidas pelo grupo

sejam lançadas no sistema de Registro de Eventos de Defesa Social (REDS), via

Relatórios de Atividades (RAt) ou Boletim de Ocorrência Simplificado (BOS),

construindo mensalmente bancos de dados com informações quantitativas e

qualitativas.

c) Promover o Treinamento Técnico (TT), visando aprimorar a atuação

dos policiais no que tange a prevenção, mobilização social e repressão qualificada.

d) Manter rigoroso controle da atuação dos integrantes do grupo.

e) Conhecer as ocorrências registradas em seu território de

responsabilidade.

f) Elaborar os cartões-programas das equipes, fiscalizando quanto ao

seu cumprimento;

g) Solicitar intervenção dos órgãos que compõem o Sistema de Defesa

Social na área de risco, objetivando a atuação integrada na resolução de

problemas locais.

h) Repassar ao Comandante de Cia as necessidades de aprimoramento

e participação de policiais do grupo em cursos relacionados à atuação do GEPAR.

i) Propor ao Comandante de Cia a inclusão ou afastamento de policiais

no GEPAR.

j) Participar, junto ao Comando da Cia, do planejamento da atuação do

GEPAR.

k) Realizar reuniões e manter diálogo com os membros do Centro de

Prevenção Criminal (CPC), Oficineiros e Gestores do “Fica Vivo!”, conforme

previsto na Resolução Conjunta nº 160/20131, realizando o respectivo registro no

módulo REDS, através do Relatório de Atividade com a natureza A-19.005

(Reunião do GEPAR com o Centro de Prevenção a Criminalidade).

1 A Resolução Conjunta nº 160/2013-SEDS-PMMG, de 14 de janeiro de 2013, estabelece asdiretrizes de atuação conjunta entre os Grupos Especiais de Policiamento em Áreas de Risco(GEPAR) e os Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC).

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l) Participar das reuniões do GIE, levando as necessidades de

intervenção dos demais órgãos no setor de atuação.

m) Gerenciar junto ao Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) o

apoio de outra viatura para registrar as ocorrências de menor potencial ofensivo,

atendidas inicialmente pelo GEPAR, que careçam de condução, visando a

permanência do grupo na área de risco.

n) Fomentar a realização de eventos de integração entre os

componentes do GEPAR, integrantes dos órgãos do Sistema de Defesa Social,

lideranças comunitárias e demais parceiros da área de atuação.

o) Integrar a Comissão de Acompanhamento do GEPAR, fornecendo as

informações necessárias à Comissão e emitindo os pareceres pertinentes.

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6 CRITÉRIOS PARA ATIVAÇÃO DO GEPAR

A criação do GEPAR deverá ser precedida de estudo de situação

pormenorizado, elaborado pela Unidade de Execução Operacional (UEOp)

interessada, que deverá conter os seguintes dados e informações, dentre outros

úteis:

a) quantidade de aglomerados urbanos e/ou áreas de risco;

b) histórico de formação dos aglomerados;

c) população residente (conforme último censo do IBGE);

d) Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);

e) Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM);

f) Índice de Crimes Violentos (ICV);

g) taxa de homicídios;

h) taxa de crimes relacionados ao tráfico e consumo de drogas;

i) custos logísticos, administrativos e operacionais para implantação;

j) órgãos públicos e ONGs existentes;

k) relação das principais lideranças comunitárias;

l) projetos sociais existentes no território do aglomerado.

Sendo aprovado pela Região de Polícia Militar (RPM), o estudo de

situação deverá ser encaminhado por esta à Diretoria de Apoio Operacional

(DAOp), que efetuará a sua análise, emitindo parecer técnico sobre a viabilidade ou

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não da criação do GEPAR, encaminhando ao Chefe do Estado-Maior para decisão

final e publicação.

Caso os locais de atuação do GEPAR deixem de ser caracterizados

como “áreas de risco”, os integrantes do grupo poderão ser remanejados para

outras atividades do policiamento ostensivo geral ou realocados para outra área de

risco que já possua o serviço, de acordo com as necessidades da Unidade, desde

que seja procedido estudo de situação para desativação e haja autorização do

Comandante Regional, dando-se conhecimento à DAOp e Estado-Maior.

As Unidades que já possuem o serviço GEPAR ativo deverão elaborar

estudo de situação, caso ainda não tenham feito, para que o serviço prestado seja

validado pelo nível estratégico da PMMG.

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7 RECURSOS HUMANOS E LOGÍSTICOS

7.1 Recursos humanos

7.1.1 Composição do GEPAR

Cada guarnição do GEPAR deverá ser constituída por 03 (três) ou 04

(quatro) policiais militares, que permanecerão na área de risco, não podendo haver

remanejamento para outro setor, exceto em casos de prioridade e extrema

gravidade.

Na área de risco onde houver implantado o Programa “Fica Vivo!”, o

GEPAR deverá ser comandado por um oficial subalterno.

Os policiais militares incluídos no GEPAR deverão permanecer neste

serviço por no mínimo 02 (dois) anos, salvo se houver solicitação de afastamento,

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que deverá ser precedida de criteriosa avaliação da Comissão de

Acompanhamento do GEPAR. A solução e homologação será de competência do

comandante da UEOp.

7.1.2 Seleção

7.1.2.1 Requisitos

A seleção dos policiais militares para trabalhar no GEPAR tem por

objetivo identificar, entre os interessados, aqueles com características adequadas

para prestar o serviço às comunidades que moram em área de risco. Portanto, os

policiais militares a serem entrevistados deverão ser pré-selecionados por seu

comando, baseando-se nos seguintes requisitos:

a) ser voluntário;

b) ter no mínimo 01 (um) ano de efetivo serviço na atividade operacional;

c) não ter sido punido nos últimos 05 (cinco) anos por crimes de tortura,

abuso de autoridade, emprego indevido de arma de fogo, uso de bebida alcoólica

ou outras transgressões de natureza grave;

d) não estar submetido a PADS ou PAD;

e) não estar processado por crime contra pessoa ou contra o patrimônio

que atente contra a imagem da Instituição, sem a declaração de ação legítima;

f) ter condicionamento físico e disponibilidade para frequentar cursos e

treinamentos de capacitação para o serviço GEPAR;

g) estar aprovado no Treinamento Policial Básico (TPB).

7.1.2.1 Divulgação

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A necessidade de inclusão de policiais militares ao serviço GEPAR, bem

como as peculiaridades do trabalho a ser desenvolvido, deverão ser amplamente

divulgadas pela Seção de Comunicação Organizacional da UEOp.

7.1.2.2 Reunião coletiva

Os policiais militares pré-selecionados serão informados sobre o

processo ao qual serão submetidos e receberão informações detalhadas sobre o

serviço do GEPAR. Nesta ocasião, os candidatos preencherão a primeira parte do

Formulário de Triagem contido no Anexo “A”.

7.1.2.3 Entrevista individual

Cada candidato será entrevistado pela equipe avaliadora, de forma

semidiretiva, buscando-se dados que permitam o preenchimento dos demais itens

do Formulário de Triagem, conforme Anexo “A”.

O policial candidato será submetido a um exame de avaliação

psicológica, quando serão mensuradas as seguintes características:

a) capacidade de tomada de decisão;

b) capacidade de administração de conflitos;

c) conhecimento técnico do trabalho;

d) dinamismo;

e) relacionamento interpessoal;

f) capacidade de trabalhar em equipe;

g) habilidade de comunicação.

O Formulário de Triagem terá sua primeira parte avalizada pela Seção

de Recursos Humanos (P1) e pela Seção de Inteligência (P2) da Unidade do

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candidato. Após parecer do Psicólogo, na segunda parte, o formulário deverá ser

encaminhado ao NPA da Unidade, para arquivo.

7.1.3 Capacitação

Os policiais selecionados serão submetidos a um treinamento

complementar próprio, denominado Curso de Capacitação GEPAR, com disciplinas

voltadas para a filosofia de Polícia Comunitária, mobilização social, direitos

humanos e prevenção ao uso de drogas, além de técnicas e táticas policiais,

visando uma maior qualificação profissional e, por conseguinte, melhorar o

atendimento ao público alvo.

O curso de Capacitação GEPAR é destinado à capacitação básica dos

policiais militares selecionados para atuarem no serviço. Deverá ser desenvolvido

conforme a Diretrizes da Educação da Polícia Militar (DEPM), por meio de

planejamento específico a ser desenvolvido pela Academia da Polícia Militar

(APM), por intermédio do Centro de Treinamento Policial (CTP), podendo ser

executado até o nível de UEOp.

O curso de Multiplicador GEPAR destina-se à capacitação de Oficiais e

Praças para atuarem na docência dos cursos GEPAR, bem como em todas as

atividades referentes ao treinamento deste grupo. Serão formadas turmas de

acordo com a necessidade da corporação, atendendo a grade curricular da DEPM,

conforme planejamento específico a ser desenvolvido pela APM, por intermédio do

CTP, podendo ser executado até o nível de RPM.

Os comandantes de GEPAR, em conjunto com as Adjuntorias de Ensino

e Treinamento (AET) deverão manter relação atualizada de cursos/treinamentos

realizados pelos militares do GEPAR e indicá-los para realização de outros cursos

relacionados às atividades do grupo, tais como Promotor de Polícia Comunitária,

Promotor de Direitos Humanos, Operador de Instrumentos de Menor Potencial

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Ofensivo (IMPO) e outros que se fizerem necessários à qualificação profissional

dos militares do GEPAR.

7.2 Recursos logísticos

Tendo em vista as atividades de prevenção, mobilização social e

repressão qualificada, desenvolvidas pelo GEPAR nas áreas de riscos, é

necessária a utilização de recursos logísticos apropriados para o desenvolvimento

e cumprimento da missão.

7.2.1 Armamento e equipamento

Cada policial militar da guarnição GEPAR deverá, ao assumir o serviço,

equipar-se com colete balístico individual, cinto de guarnição e algema, e armar

com pistola calibre .40, com 3 (três) carregadores municiados, além de outros

equipamentos individuais que forem necessários para execução do serviço.

Dentro do possível, deverão ser disponibilizados para uso exclusivo do

GEPAR os seguintes armamentos e equipamentos, dentre outros:

− submetralhadora MT 40;

− fuzil calibre 5,56 e ou 7,62mm;

− espingarda/escopeta calibre 12;

− kit de IMPO, contendo espargidores, armas de impulso elétrico,

munições químicas e de impacto controlado;

− escudo e capacete balístico ou anti-tumulto;

− binóculos infravermelho;

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− bastões de madeira/tonfa;

− lanternas;

− cordas;

− fita de isolamento de local de crime;

− rádios portáteis (HT);

− alicate corta vergalhão “corta frio”;

− kit de biossegurança;

− kit de primeiros socorros;

− maquinas fotográficas/filmadoras digital;

− notebooks;

− tablets com acesso à internet.

7.2.2 Viatura

Serão destinadas ao GEPAR viaturas com potência e torque adequados

às características físicas dos locais de atuação, que em sua maioria possuem

ladeiras e vielas íngremes. Também deverão ter espaço adequado para

acondicionamento dos armamentos e equipamentos, compartimento para

transporte de presos, giroflex, sirene e rádio móvel (VHF/FM).

A identificação visual da viatura do GEPAR (plotagem) deverá seguir as

normas de comunicação visual da Corporação, vedando-se a adoção de modelos,

cores, logomarcas ou palavras não previstas.

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8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

8.1 A escala do comandante do GEPAR deverá ser adequada de modo que

possibilite: a participação em reuniões, encontros e despachos com autoridades

diversas; o contato com as equipes subordinadas; o planejamento eficiente das

ações; o mapeamento de grupos criminosos e o estudo da dinâmica criminal local.

8.2 Os Treinamentos Táticos do GEPAR deverão abordar assuntos técnicos

e operacionais relacionados ao serviço e outros de interesse da UEOp, registrados

em livro próprio.

8.3 O GEPAR não poderá ser empenhado em ocorrências fora de seu

território de atuação, exceto em caso de prioridade e extrema gravidade.

8.4 O Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) não poderá

remanejar os policiais militares empregados no GEPAR para outras atividades, ou

modalidades de policiamento, sem autorização do Comandante de Companhia.

8.5 A retirada do policiamento do GEPAR para execução de atividade

programada diversa, fora de sua área de atuação, deverá ser realizada mediante

planejamento prévio, devendo ser autorizada pelo Comandante de Cia e

comunicada previamente ao Comando da UEOp.

8.6 As viaturas utilizadas pelo GEPAR não poderão ser usadas por outros

policiais, exceto se devidamente autorizado pelo Comando da UEOp.

QCG em Belo Horizonte, 23 de junho de 2016.

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(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM

COMANDANTE-GERAL

REFERÊNCIAS

Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da Universidade Federalde Minas Gerais. Diagnóstico da Criminalidade Violenta na RegiãoMetropolitana de Belo Horizonte: Estudo Espaço Temporal do período 1986-2001. Disponível em: http://www.crisp.ufmg.br. Acesso em julho de 2006.

MINAS GERAIS. Diário do Executivo. Decreto n. 43.334, de 20 de maio de 2003.Cria o Programa Controle de Homicídios do Estado de Minas Gerais. BeloHorizonte, 2003.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz nº 03.01.01/2016-CG. DiretrizGeral para Emprego Operacional da Polícia Militar de Minas Gerais. 2ª Ediçãorevisada. Belo Horizonte, 2016.

______. Polícia Militar. Comando Geral. Diretriz nº 3.01.06/2011-CG. Regula aAplicação da Filosofia de Polícia Comunitária pela Polícia Militar de Minas Gerias.Belo Horizonte, 2011a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Diretriz nº 03.02.01/2009-CG. regulaprocedimentos e orientações para a execução com qualidade das operações naPolícia Militar de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009a.

______. Polícia Militar. Comando-Geral. Resolução nº 4.185, de 18 de dezembrode 2011. Dispõe sobre o Portfólio de Serviços das Unidades de ExecuçãoOperacional com responsabilidade territorial e da Corregedoria e dá outrasprovidências. Belo Horizonte, 2011b.

______. Secretaria de Estado de Defesa Social; Polícia Militar. ResoluçãoConjunta nº 160, de 14 de janeiro de 2013. Estabelece as diretrizes de atuaçãoconjunta entre os Grupos Especiais de Policiamento em Áreas de Risco (GEPAR) eos Centros de Prevenção à Criminalidade (CPC). Belo Horizonte, 2013.

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______. Secretaria de Estado de Defesa Social. Superintendência de Prevenção àCriminalidade. Prevenção Social à Criminalidade: a experiência de Minas Gerais.Belo Horizonte, 2009b.

TORO, Bernando; WERNECK, Nísia Maria Duarte. Mobilização social: um modo deconstruir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autentica, 2004.

ANEXO “A” - FORMULÁRIO DE TRIAGEM

1ª PARTE (PREENCHIMENTO PELO CANDIDATO)

Nome: ___________________________________________________________________

N° Pol:________ P/G:____________ Grau de instrução: ____________________

RPM: ________ UEOp: ________ Cia PM:___________

1 MOTIVAÇÃO

1.1 Voluntário para participar do curso e atuar no GEPAR: ( ) Sim ( ) Não

Motivos________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1.2 Conhece os objetivos do curso? ( ) Sim ( ) Não

Esclarecer

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

1.3 Como se sente diante dos objetivos do curso? Você já atuou no GEPAR? (descrevasobre sua prática)

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2 CONHECIMENTO DO TRABALHO E/OU EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

2.1 Qual dos cursos abaixo você possui? Citar quando e onde realizou cada curso.

( ) Promotor de Direitos Humanos. ( ) Promotor de Polícia Comunitária.

( ) Professor de Direitos Humanos. ( ) Multiplicador de Polícia Comunitária.

( ) Instrutor do PROERD.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2.2 Você cometeu transgressão disciplinar de abuso de autoridade, emprego indevido dearma de fogo, uso de bebida alcoólica ou outra transgressão de natureza grave, transitadaem julgado, nos últimos 05 anos? ( ) Sim ( ) Não. Citar qual?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2.3 Você está submetido a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou ProcessoAdministrativo Sumário (PADS) ( ) Sim ( ) Não. Citar qual?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3 PERCEPÇÃO DA FILOSOFIA E ATIVIDADES DO GEPAR

3.1 Possibilidades e Benefícios

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3.2 Desafios

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4 SOBRE SUA SAÚDE

4.1 Já sentiu necessidade de procurar ajuda de profissional de saúde mental?

( ) Sim ( ) Não Por qual motivo? Há quanto tempo?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.2 Já fez uso de remédio controlado (pressão, diabetes, entre outros...)?

( ) Sim ( ) Não Qual e por qual motivo?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.3 Quando você gosta de usar bebida alcoólica?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.4 Já foi punido em função do uso de bebidas?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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4.5 Relate sobre internações, tratamentos, acidentes sofridos (no trabalho e fora dele).

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4.6 Como está seu estado de saúde atual?

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ATESTO QUE AS INFORMAÇÕES ACIMA DECLARADAS SÃO VERDADEIRAS.

____________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

__________________________________________

Assinatura do Candidato

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2ª PARTE (PREENCHIMENTO PELA EQUIPE AVALIADORA)

5 HABILIDADESBaseando-se nas atividades desenvolvidas, a Equipe Avaliadora deve atribuir uma nota(descrita entre os parênteses), para facilitar o processo de seleção dos candidatos. Paraisso, deverá ser observada a seguinte classificação:

FRACO (1 PONTO), REGULAR (5 PONTOS), BOM (7 PONTOS) ou ÓTIMO (9 PONTOS).

QUESITOS PONTOS

1 Capacidade de tomada de decisão

2 Capacidade de administração de conflitos

3 Conhecimento do trabalho

4 Dinamismo

5 Relacionamento interpessoal6 Capacidade de trabalhar em equipe

7 Habilidade de comunicaçãoSOMA TOTAL

MÉDIA (dividir a SOMA TOTAL por 7)O candidato não poderá ser APROVADO se receber o conceitoFRACO (1-4) em um dos quesitos.

6 CONCEITO do PM (Regulamentado no Art. 5º do Código de Ética da PMMG)

Para preencher os itens 7 e 8, a Equipe Avaliadora deve consultar a Seção de Recursos Humanosda UEOp.

( ) A 50 pontos positivos ( ) B 49 positivos até 50 pontos negativos

( ) C mais de 50 pontos negativos

7 TREINAMENTO POLICIAL BÁSICO

TIROMÓDULO _____

ANO_________TAF

TCF ________

ANO_________

PROVAESCRITA

NOTA _________

ANO__________

8 SELECIONADO? ( ) Sim ( ) Não. Citar a justificativa.________________________________________________________________________________________________________________________________________________

____________________, _______ de ___________________ de 20 ____.

Oficial PM Oficial Psicólogo

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(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM

COMANDANTE-GERAL

ANEXO “B” - MODELO DE RELATÓRIO SEMESTRAL DA COMISSÃO DE

ACOMPANHAMENTO DO GEPAR

PARTE 1 - SEÇÃO DE INTELIGÊNCIA (P2)

___RPM - ____BPM - ____Cia: Vigência: ___/___/_____ à ___/___/_____

Data: __/__/_____ Aglomerado: ____________________________

1 GESTÃO DE INTELIGÊNCIA

1.1 Aspectos Positivos:

1.2 Aspectos Negativos:

1.3 Sugestões:

___________________________________Chefe da Seção de Inteligência (P/2)

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PARTE 2 - SEÇÃO DE EMPREGO OPERACIONAL (P3)

2 INDICADORES CRIMINAIS

2.1 Inserir gráfico (linhas) com Índice de Criminalidade Violenta dos últimos 12 meses no

AGLOMERADO.

Fonte: Armazém de dados.

2.2 Inserir gráfico (linhas) com a Taxa de Homicídio dos últimos 12 meses noAGLOMERADO.

Fonte: Armazém de dados

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2.3 Indicador de interação comunitária

2.3.1 Número de Reuniões do GEPAR com o Centro de Prevenção à Criminalidade.

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL

Qtd

2.3.2Houve participação de outros membros do GEPAR? Se sim, quais as consideraçõesmais importantes?

2.4 Sugestões:

____________________________________________________Chefe da Seção de Planejamento e Emprego Operacional (P/3)

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PARTE 3 - JURÍDICO E PSICOLÓGICO

3 GESTÃO DE PESSOAS

3.1 Capacitação pessoal. Houve pessoas treinadas no curso GEPAR, seminário, Estudos

Técnicos, etc.?

Detalhar:

3.2 Acompanhamento Psicológico. Houve militares atendidos e/ou encaminhados? Houve

algum trabalho realizado com o grupo GEPAR?

3.3 Assistência Jurídica. Houve necessidade de assistência jurídica a algum militar

GEPAR? Houve palestras, roda de conversa ou outro tipo de aproximação com a

Assessoria Jurídica da UEOp?

3.4 Proposições / encaminhamentos:

______________________________________________Assessor Jurídico da UEOp

______________________________________________Oficial Psicólogo

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PARTE 4 - COMANDANTE DO GEPAR

4 GESTÃO OPERACIONAL

4.1 Fortalezas

4.1.1 Aspectos positivos, dentro da PMMG, que facilitaram a realização do serviço:

4.1.2 Proposições / encaminhamentos:

4.2 Oportunidades

4.2.1 Aspectos positivos, fora da PMMG, que ajudaram o GEPAR:

4.2.2 Proposições / encaminhamentos:

4.3 Deficiências

4.3.1 Aspectos negativos, dentro da PMMG, que atrapalharam a realização do serviço:

4.3.2 Proposições / encaminhamentos:

4.4 Ameaças

4.4.1 Aspectos negativos, fora da PMMG, que prejudicaram o GEPAR:

4.4.2 Proposições / encaminhamentos

5 ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

5.1 Principais temas / assuntos discutidos em reuniões mensais entre Membros GEPAR edo Programa “Fica Vivo!”/Mediação de Conflitos nas reuniões mensais.

5.2 Aspectos importantes pactuados para intervenção na dinâmica da violência no territóriode atuação

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6 FICHA PESSOAL DO GEPAR (POR GRUPO GEPAR)

CAPACITAÇÃO EM CURSOSNº

OrdemP/G Nome Completo Tempo de

serviço(em anos)

BI dePublicação

CGEPAR CMPC CPPC CPPC(via web)

CProf DH CPDHCPDH

(via web)

Legenda:

CGEPAR: Curso de Capacitação GEPAR 44h/a;CMPC: Curso Multiplicador de Polícia Comunitária;CPPC: Curso Promotor de Polícia Comunitária;CPPC: Curso Promotor de Polícia Comunitária (via Web);CprofDH: Curso Professor de Direitos Humanos;CPDH: Curso Promotor de Direitos Humanos;CPDH: Curso Promotor de Direitos Humanos (via Web).

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7 FICHA DE RECURSOS MATERIAIS RECEBIDOS EXCLUSIVAMENTE PARA O

GEPAR

8 SUGESTÕES

______________________________________________COMANDANTE DO GEPAR

_________________________________________COMANDANTE DA UEOp

(a) MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CEL PM

COMANDANTE-GERAL

MATERIAIS QUANTIDADE Nº. PATRIMÔNIO

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( - Separata do BGPM Nº 47, de 28 de Junho de 2016 - )

Página: ( - 311 - )

MARCO ANTÔNIO BADARÓ BIANCHINI, CORONEL PMCOMANDANTE-GERAL

CONFERE COM O ORIGINAL:

GILBERTO PROTÁSIO DOS REIS, TEN CEL PM AJUDANTE-GERAL