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Universidade Federal de Pernambuco GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO CENTRO DE INFORMÁTICA HQ Social: O conceito de um aplicativo para facilitar o compartilhamento de conhecimento por meio de Histórias em Quadrinho Aluno: Sérgio René Pessoa Vila Nova Filho {[email protected]} Orientador: Alex Sandro Gomes {[email protected]} Julho, 2011

Sérgio René Pessoa Vila Nova Filho. HQ Social: O conceito de um aplicativo para facilitar o compartilhamento de conhecimento. 2011. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação

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Essa pesquisa tem como objetivo criar um conceito de aplicação para rede social que irá disponibilizar um ambiente para as pessoas criarem e desenvolverem conhecimento através da criação colaborativa e compartilhamento de histórias em quadrinhos. Hoje existem diversas aplicações para a criação de narrativas que possibilitam também a ramificação de uma história em diversas mini histórias para que mais situações sejam abordadas dentro de um mesmo contexto por pessoas diferentes, existem também aplicações de criação de histórias em quadrinhos com a possibilidade de compartilhamento e discussão através de comentários, porém neles não existe a possibilidade de criar colaborativamente nem de ramificar uma história.

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Universidade Federal de Pernambuco

GRADUAÇÃOEMCIÊNCIADACOMPUTAÇÃO

CENTRODEINFORMÁTICA

HQSocial:Oconceitodeumaplicativopara

facilitarocompartilhamentodeconhecimentopormeiodeHistóriasemQuadrinho

Aluno: Sérgio René Pessoa Vila Nova Filho {[email protected]} Orientador: Alex Sandro Gomes {[email protected]}

Julho,2011

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Universidade Federal de Pernambuco

CENTRODEINFORMÁTICA

SérgioRenéPessoaVilaNovaFilho

HQSocial:OconceitodeumaplicativoparafacilitarocompartilhamentodeconhecimentopormeiodeHistórias

emQuadrinho

TrabalhoapresentadoaoProgramadeGraduaçãoemCiência

da Computação do Centro de Informática da UniversidadeFederaldePernambucocomorequisitoparcialparaobtençãodograudeBacharelemCiênciadaComputação.

Orientador:Prof.Dr.AlexSandroGomes

Recife,julhode2011

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Dedico este trabalho aos meus pais, minha irmã, meus avós, minha namorada e meus amigos.

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Agradecimentos

Agradeço aos meus pais, minha irmã, meus avós e a minha namorada

pelo amor, carinho e colaboração durante esse trabalho e todo o período da

minha graduação. Agradeço também aos meus amigos pela amizade e

colaboração.

Agradeço a todos os professores do Centro de Informática (CIn) e

especialmente ao professor Alex Sandro Gomes pela orientação neste trabalho

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Resumo

Essa pesquisa tem como objetivo criar um conceito de aplicação para

rede social que irá disponibilizar um ambiente para as pessoas criarem e

desenvolverem conhecimento através da criação colaborativa e

compartilhamento de histórias em quadrinhos. Hoje existem diversas

aplicações para a criação de narrativas que possibilitam também a ramificação

de uma história em diversas mini histórias para que mais situações sejam

abordadas dentro de um mesmo contexto por pessoas diferentes, existem

também aplicações de criação de histórias em quadrinhos com a possibilidade

de compartilhamento e discussão através de comentários, porém neles não

existe a possibilidade de criar colaborativamente nem de ramificar uma história.

O conceito será construído com base em uma análise de competidores e

descrição de um cenário onde a aplicação irá ajudar as pessoas. O resultado é

um criador colaborativo de histórias em quadrinhos em tempo real e que

possibilita a ramificação da narrativa para que mais pontos de vistas sejam

abordados, com a possibilidade de discussão através de comentários.

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Sumário

1. Motivação............................................................................................................................ 10

2. Introdução ........................................................................................................................... 12

2.1. Históriasemquadrinhos .............................................................................................. 14

2.2. Históriadigital .............................................................................................................. 16

2.3. Criaçãodehistóriasnaweb2.0.................................................................................... 17

2.4. Técnicasparaacriaçãoedesenvolvimentodeidéiascomhistórias ........................... 19

2.4.1. Storyboarding............................................................................................................ 19

3. Método................................................................................................................................ 21

3.1. Análisedeconcorrentes ............................................................................................... 21

3.2. Cenários........................................................................................................................ 21

3.3. Prototipaçãodebaixafidelidade.................................................................................. 22

4. Análisedeconcorrentes ...................................................................................................... 23

4.1. Aspectosanalisados ..................................................................................................... 23

4.2. Storybird....................................................................................................................... 25

4.3. Novlet ........................................................................................................................... 27

4.4. Storymash..................................................................................................................... 30

4.5. Ficly............................................................................................................................... 32

4.6. Dabbleboard................................................................................................................. 34

4.7. ToonDoo....................................................................................................................... 37

4.8. Pixton ........................................................................................................................... 41

4.9. Conclusões.................................................................................................................... 46

5. Cenários............................................................................................................................... 49

5.1. Cenárioatual ................................................................................................................ 49

5.2. Cenáriofuturo .............................................................................................................. 52

5.3. Requisitosidentificados ............................................................................................... 55

6. Resultados ........................................................................................................................... 57

6.1. Características .............................................................................................................. 57

6.2. Páginainicialdaaplicação ............................................................................................ 58

6.3. Páginadeediçãodeumahistóriaemquadrinhos ....................................................... 59

6.4. Páginadevisualizaçãodeumahistóriaemquadrinhos............................................... 63

6.5. Páginabuscadehistórias ............................................................................................. 65

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6.6. Páginadevisualizaçãodoperfildeumusuário............................................................ 66

6.7. Páginadevisualizaçãodabibliotecadeobjetos .......................................................... 66

7. Conclusãoetrabalhosfuturos............................................................................................. 67

8. ReferênciasBibiliográficas................................................................................................... 68

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Listadefiguras

Figura1QuadrinhodoGoogleChrome...................................................................................... 11Figura2Árvoredeumahistórianãolinear. ............................................................................... 19Figura3Selecionandoaimagemdeumahistória ...................................................................... 25Figura4Escrevendoumtextoemumapáginadahistória......................................................... 26Figura5PáginainicialdoNovlet................................................................................................. 28Figura6Novletcomváriaspassagens ........................................................................................ 29Figura7ExibiçãodeumcapítulonoStorymash ......................................................................... 30Figura8ÁrvoredecapítulosdanarrativanoStorymash............................................................ 31Figura9MicrohistórianoFicly................................................................................................... 33Figura10CriaçãodehistórianoFicly ......................................................................................... 33Figura11DocumentonoDabbleboard ...................................................................................... 35Figura12Desenhodeumaformageométricaparecidacomumtriângulo ............................... 35Figura13Apóssoltarobotãodomouse,oDabbleboardidentificouqueeraumtriânguloe

ajustouaformadesenhada ........................................................................................................ 36Figura14CriaçãodeumatirinhanoToonDoo ........................................................................... 38Figura15EdiçãodeumpersonagemnoToonDoo..................................................................... 38Figura16QuadrinhosobreavitaminaB2 .................................................................................. 40Figura17EditandoovisualdeumpersonagemnoPixton......................................................... 42Figura18EditandoumpersonagemnoPixton........................................................................... 43Figura19EdiçãodeexpressãodopersonagemdoPixton ......................................................... 43Figura20PáginadeumquadrinhonoPixton............................................................................. 45Figura21Páginainicialdaaplicação........................................................................................... 58Figura22Páginadecriaçãodeumquadrinho ........................................................................... 59Figura23Modosdeediçãodepersonagem............................................................................... 60Figura24Visualizaçãodeumahistóriaemquadrinhosnaaplicação......................................... 63Figura25Visualizaçãodoscomentáriosdeumahistória ........................................................... 64Figura26Buscadehistóriasnoaplicativo.................................................................................. 65Figura27Páginadoperfildeumusuário ................................................................................... 66

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Listadetabelas

Tabela1Tabelacomparativadevaloresentreoscompetidoresanalisados. ............................ 47Tabela2Tabeladerequisitosidentificadosnoscenários .......................................................... 56

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1. Motivação

Há milhares de anos o ser humano compartilha seus conhecimentos e

experiências através de histórias. O homem está continuamente contando as

histórias que lê, ouve ou vivencia aos seus demais. Através delas eles

conseguem refletir sobre o que aconteceu, entender melhor o quê e porquê

está acontecendo, além de possuir melhor embasamento para tentar descobrir

o que poderá acontecer no futuro e o que fazer para melhorá-lo. De acordo

com PEREIRA et al (2009) praticamente tudo pode ser relatado em forma de

uma boa história, pois é assim que o ser humano entende o mundo, consegue

compartilhar suas observações e imaginações com os outros e refletir acerca

delas [2].

A forma como uma narrativa é relatada aos ouvintes ou leitores, pode

facilitar ou dificultar o entendimento do que é contado. O relator pode criar em

sua história personagens, diálogos, exibir imagens, usando sua imaginação

para facilitar o entendimento.

Segundo RHODES (2002), um ótimo meio de relatar histórias de uma

maneira fácil para entender é através de quadrinhos, pois eles fornecem ao

criador a possibilidade de exibir através de imagens e diálogos o que se deseja

que o leitor compreenda. Com esses recursos o leitor possui uma perspectiva

mais detalhada de como e onde ocorre a história e de quem participa dela e

suas ações. Além disso as histórias em quadrinhos possuem um teor informal e

divertido que prende a atenção de quem ler. Geralmente os criadores utilizam

ferramentas como objetos irreais e inanimados entre os personagens da

narrativa, dando a eles a possibilidade de estabelecer um diálogo e ter

sentimentos, facilitando dessa forma a compreensão do leitor e possibilitando

ao autor uma maior liberdade para usar sua imaginação e conseguir transmitir

seus pensamentos [9].

SOLE e WILSON (1999) afirmam que constantemente as pessoas

conversam e debatem sobre diversos assuntos, muitas vezes relacionados

com as suas tarefas, ora estão procurando possíveis soluções para os

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problemas, ora estão tentando explicar novos conceitos [8]. E essas

discussões também podem utilizar as histórias em quadrinhos como um meio

para tornar a explicação mais simples e clara, a fim de facilitar o entendimento

de todos.

Atualmente a maioria das pessoas fazem uso da internet e boa parte

está inserida nas redes sociais existentes. Uma forma de compartilhar o

conhecimento é utilizar as redes sociais como um meio de conectar as pessoas

e tornar possível a criação e o compartilhamento de histórias em quadrinhos de

maneira rápida e fácil, e dar também oportunidade para os leitores contribuírem

com suas reflexões sobre o assunto, obtendo dessa forma, um ambiente

propício a criação, reflexão e compartilhamento de conhecimento.

Um bom exemplo de que as histórias em quadrinhos podem comunicar

idéias complexas para milhões de pessoas que estão conectadas na web foi o

lançamento da história em quadrinhos do google em parceria com o desenhista

da Marvel, Scott McCloud, explicando os conceitos e funcionamento do

navegador da web da Google, o Google Chrome

(http://www.google.com/googlebooks/chrome/index.html). Ele foi visto por milhares

de pessoas e explica como o Chrome faz para ser rápido, robusto e também

algumas de suas funcionalidades para pessoas leigas no assunto.

Figura1QuadrinhodoGoogleChrome

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2. Introdução

Como citado anteriormente, as histórias são um ótimo meio de

compartilhar experiências e conhecimento, fazendo com que as pessoas

reflitam sobre elas, motivando os ouvintes ou leitores, podendo especificar

melhor o objetivo que espera ser alcançado com determinada ação ou produto,

podendo também alinhar o pensamento de vários grupos e serem utilizadas em

sala de aula.

SOLE e WILSON (1999) afirmam que as histórias podem ser uma forma

muito poderosa de representar e transmitir idéias complexas e multi-

dimensionais, e que histórias bem concebidas e bem contadas podem

transmitir informação e emoção, explícitas e tácitas, na idéia central da história

e em todo o contexto em que ela está inserida. Porém não são todas as

histórias que são boas em passar conhecimento, um exemplo disso são os

filmes criados com a finalidade de entreter as pessoas, dando assim menos

importância a transmitir conhecimentos. Uma história com o objetivo de

compartilhar idéias ou novos conceitos geralmente é uma narrativa simples,

curta, que não explicita informações irrelevantes para que o receptor da história

não se distraia da idéia principal. Ela é fácil de ser contada ou escrita e é fácil

de associá-la as atividades do dia a dia das pessoas [8].

Segundo DENNING as histórias afetam diretamente a maneira como as

pessoas que fazem parte de uma organização pensam, admiram e sonham

sobre si mesmas no processo de criação e recriação dessa organização. Ele

afirma também que contar histórias é natural, fácil, divertido e energizante e

que elas podem ajudar a entender a complexidade do assunto tratado, mudar a

nossa percepção, são facilmente lembradas, contornam nossos mecanismos

de defesa e envolvem nossos sentimentos. Porém elas não substituem o

pensamento analítico, elas suplementam-no fazendo com que imaginem novas

perspectivas e novos mundos, sendo assim o meio mais indicado para

estimular a inovação dentro de uma organização [14].

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De acordo com MITCHELL (2005) a troca de conhecimento é a chave

para a geração de novos conhecimentos e uma maneira de realizar essa troca

é através de histórias. Essa troca de experiências e conhecimento entre as

pessoas é vital para o funcionamento e expansão das organizações, pois assim

um maior número de pessoas dentro da organização irá ter acesso a essas

informações valiosas. Esse intercâmbio é valioso tanto para os funcionários

quanto para a organização pois refletindo e discutindo é possível expandir o

conhecimento de forma que essa prática deveria ser estimulada dentro das

organizações [13]. Porém em alguns casos onde as empresas estimulam a

competição entre os funcionários eles ficam receosos em trocar conhecimento

pois pensam que podem estar diminuindo suas chances de continuar no

emprego. Se dentro de uma empresa não existir a prática do

compartilhamento, elas ficam muito dependentes dos funcionários, porque

cada um poderá possuir informações que nenhum outro dentro dela possui,

assim se ele sai da empresa, ela irá enfrentar dificuldades em casos que seja

exigido tal conhecimento que foi levado com o funcionário.

As pessoas podem relatar histórias através da fala ou da escrita. Através

da fala o ouvinte necessita estar sempre atento ao que o autor relata, nessa

modalidade a forma como o locutor narra a história pode melhorar

significativamente a experiência dos ouvintes. Na modalidade escrita existem

diversos tipos de história como os livros, jornais, tirinhas, livros de histórias em

quadrinhos, blogs na internet, diário pessoal, entre outros. Cada uma dessas

tem suas características como:

• Os jornais contam os fatos que aconteceram através de textos e

fotos.

• As tirinhas relatam de uma forma engraçada fatos do cotidiano

das pessoas também utilizando imagens e texto

• O diário pessoal e os blogs narram o dia-a-dia e os pensamentos

do seu escritor, podendo também ter imagens.

Esse trabalho focará nas histórias em quadrinhos pois ela possui como

característica a exibição de imagens com um teor informal que facilita a

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compreensão e a memorização das idéias, podendo ser utilizada para

compartilhar conhecimento como veremos a seguir.

2.1. Históriasemquadrinhos

As histórias em quadrinhos são bastante utilizadas por crianças e

adolescentes, seja como forma de entretenimento ou como forma de

aprendizado nas escolas. Geralmente elas possuem um teor humorístico que

prende a atenção dos leitores e os diverte.

Segundo SUMI et al (2002), os quadrinhos são muito bons para representar

impressões pessoais e situações que ocorrem no dia-a-dia das pessoas porém,

não são apropriados para explicar detalhadamente e precisamente um assunto

ou evento [15]. RHODES (2002) afirma que essencialmente o quadrinho é um

desenho que exagera ou simplifica, sendo que essa simplificação não impede

que ele seja intrisicamente complexo. Ele sugere também que o potencial deles

para propósitos instrucionais é infinito, sendo utilizados para quebrar o teor

formal de algum assunto, tornando-o mais fácil de compreender, além de

possuir desenhos que explicitam melhor o que é relatado. Podem ser usados

em pontos estratégicos durante aulas, para estimular o interesse das pessoas

no assunto discutido e variando a forma de discussão [9].

De acordo com RHODES (2002) os quadrinhos possuem uma grande

capacidade cognitiva para:

• Comunicar informações,

• Simplificar instruções,

• Ilustrar um ponto de vista,

• Ser uma ferramenta para o ensino linguístico,

• Estimular discussões,

• Ser uma fonte de cultura visual,

• Ser um auxiliar na memorização do que é relatado [9].

Além dessas características, de acordo com RHODES (2002), o

quadrinho propicia ao autor a chance de escrever o que ele realmente pensa

mesmo que a opinião dele seja a da minoria, pois geralmente eles possuem um

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contexto subversivo. O autor pode usar objetos irreais para expressar seus

pensamentos tornando a história mais impessoal, e objetos também ajudam a

relatar informações mais complexas tornando mais fácil a compreensão. Como

os quadrinhos não são desenhados tentando relatar de forma exata o assunto,

o leitor é forçado a refletir acerca da narrativa, fazendo com que ele seja

inserido ainda mais na história [9].

Nas pesquisas realizadas por RHODES (2002) a maior dificuldade

encontrada pelas pessoas foi na hora de desenhar os quadrinhos, o que era o

esperado, visto que nem todos sabem desenhar e também é necessário

inspiração para criar uma história do nada. Já quando ele apresentou figuras

recortadas e prontas para serem utilizadas, as pessoas reagiram diferente e

conseguiram produzir histórias engraçadas e de boa qualidade. Isso ocorreu

porque houve uma redução na timidez do indivíduo já que seu desenho não foi

analisado, e as próprias imagens fizeram o autor refletir e ter idéias sobre o que

escrever, e como organizar as imagens em uma sequência. Dessa forma

conseguiram também produzir as histórias mais rapidamente.

SUMI et al (2002) questionaram o melhor formato para os participantes

compartilharem sua história, se era em hipertexto ou em quadrinhos, 62,5%

deles responderam que preferiam a exibição no formato de quadrinhos, 12,5%

não se decidiram, 25% não gostou de nenhum dos formatos e 0% preferiu o

formato de hipertexto. Também foi pesquisado se os usuários achavam que os

quadrinhos encorajavam a discussão e 87,5% responderam que sim. A

pesquisa demonstrou que as pessoas se sentem mais a vontade exibindo

histórias em quadrinhos do que em hipertexto, pela forma mais simplificada,

legível e que não revela informações irrelevantes ou superficiais ao leitor. Esse

estudo também afirmou que apesar do teor informal do quadrinho, esse leva as

pessoas a discutirem e refletir sobre o tema abordado com seriedade.

A história em quadrinhos pode ser considerada como uma história digital

quando utilizada em aparelhos digitais, pois ela conta uma história com

imagens e texto. Como vimos as pessoas possuem dificuldade em desenhar e

isso é um fator que inibe a criação de histórias em quadrinhos por elas, no

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entanto os aparelhos digitais com as ferramentas que propiciam a criação de

histórias digitais podem ajudá-las.

2.2. Históriadigital

A EDUCASE (2007) afirma que Digital storytelling é a prática conjunta de

narrativas com conteúdos multimídias (imagens, sons e vídeos) em aparelhos

digitais. Normalmente possuem um apelo emocional e podem ser altamente

sofisticadas e interativas com vários efeitos visuais, ou também podem ser

apenas um conjunto de slides com uma narrativa que constituem uma história.

Geralmente tem caráter instrucional, persuasivo, histórico ou reflexivo [10].

WILLIAMS et al (2006) afirmam que Digital storytelling junta o melhor do “novo

mundo” (vídeos, fotos e áudio digitalizados) com o melhor do velho mundo que

é o hábito de contar histórias [12].

Para criar uma história digital não é necessário ser um expert em

tecnologia, é preciso apenas alguns conhecimentos como colocar imagens,

áudio, ou outro conteúdo multimídia junto aos textos ou comentários e

disponibilizar a história para outras pessoas. Isso pode ser feitos através de

softwares com este propósito que já estão disponíveis sendo alguns deles

gratuitos.

De acordo com CAO et al (2008) a idéia que os consumidores de conteúdo

multimídia também podem ser os criadores desse conteúdo, já foi validada com

todos os prós e contras em sistemas como o Youtube e Flickr.com e o

Youtube em especial provou que os vídeos amadores podem fascinar os

espectadores [11].

A história digital tem como forte aspecto a riqueza das informações

contadas na história, já que ela sempre vem acompanhada de pelo menos um

objeto multimídia. Com esse objeto é possível definir melhor o que o autor está

desejando relatar do que com apenas o texto da história, e até mesmo expor

seus sentimentos de forma mais emotiva, sendo um grande potencial para

fazer com que o leitor se sinta mais inserido na história, fique mais interessado

e compreenda melhor a narrativa.

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O documento criado pela EDUCASE (2007) sobre histórias digitais alerta

sobre o lado negativo da digitalização das histórias. Ele afirma que pode ser

difícil coletar informações e objetos multimídias para expor na história e

organizá-las de uma forma coesa e coerente. Além disso o armazenamento de

informações multimídia pode ser custoso caso contenha vários vídeos de longa

duração ou de alta resolução, áudios de grande duração ou imagens de alta

resolução. Existe também um problema com os direitos autorais dos objetos

utilizados na história [10].

Para a criação de histórias digitais tornar-se uma prática mais utilizada

pelas pessoas é necessário oferecer mais ferramentas que facilitem a criação e

compartilhamento de tais narrativas e que os autores possam receber feedback

dos leitores sobre suas criações. Hoje com a Web 2.0 já é possível criar

histórias digitais e compartilhá-las com seus amigos, e eles podem comentá-

las, dando ao autor o feedback necessário.

2.3. Criaçãodehistóriasnaweb2.0

A web 2.0 propicia aos usuários da internet a possibilidade de criar e

compartilhar conteúdos através de sites e redes sociais, além de poder indicar

outros conteúdos, cujo o usuário não é o autor e tecer comentários acerca do

que é apresentado. Algumas aplicações permitem também que seus usuários

possam trabalhar colaborativamente na criação de artefatos, aumentando

assim a qualidade do produto, a rapidez no seu desenvolvimento e provendo

mais comodidade aos criadores, de forma que poderão criar sem precisar se

deslocar, aproveitando ainda mais o tempo.

Sendo assim, cada vez mais as pessoas utilizam a web que segundo CAO

et al (2008) elas estão buscando informações nas redes sociais para resolver

seus problemas, pois alguns tipos de conhecimento são aprendidos mais

facilmente quando ele é pessoal, ou seja, quando sentimentos podem estar

envolvidos e a motivação é mais clara, o que ocorre nessas redes [11].

O que faz com que as redes sociais sejam tão populares é que as pessoas

desejam compartilhar suas informações com as outras. SUMI et al (2002), que

em sua pesquisa desenvolveu uma aplicação que reunia informações da visita

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de uma pessoa a um museu e gerava automaticamente uma história em

quadrinhos, constatou que 2/3 dos usuários exibiram a história criada para

mais de 3 pessoas e desejavam mostrá-las a mais pessoas, a maioria também

afirmou que o quadrinho estimula a discussão. Sendo assim eles

desenvolveram uma segunda versão do aplicativo que criava uma página na

web com os quadrinhos dos participantes. Eles perceberam que os usuários do

aplicativo constantemente revisitavam as histórias e compartilhavam o link com

outras pessoas através de seus próprios sites e por e-mail [15].

Uma nova abordagem para o aplicativo desenvolvido na pesquisa do

parágrafo anterior seria utilizar a web 2.0 através das redes sociais para a

publicação das histórias. Elas dispõem de toda a infra-estrutura necessária

para o compartilhamento de conteúdos e interações entre os usuários da rede,

assim as pessoas poderiam exibir seus quadrinhos e dialogar sobre os

assuntos abordados neles sem precisar encontrar-se fisicamente.

Uma outra questão que pode ser melhorada com o uso da web 2.0 é o

compartilhamento de informações entre pessoas de uma mesma organização,

que como foi visto, é um fator muito importante para o crescimento dessas.

Com o ambiente colaborativo propiciado pela web 2.0 a criação de histórias

pode ser feita por diversas pessoas ao mesmo tempo e podem ter vários

caminhos, sendo eles lineares ou não lineares. Se for não linear, cada autor

pode dar o seu relato, contar a sua visão da história, sua idéia,

complementando a história original ou criando um caminho alternativo a partir

de certo ponto da narrativa original, criando assim uma espécie de árvore de

história como mostra a Figura 2. Com as histórias não lineares os leitores

poderão obter diversos pontos de vista sobre um mesmo assunto e

dependendo do caso, deixar seu comentário ou até incrementar o relato,

tornando as histórias criadas cada vez mais ricas e interessantes. A

mesclagem de diversos pontos de vistas pode propiciar reflexões bastante

valiosas para os leitores e autores.

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Figura2Árvoredeumahistórianãolinear.

2.4. Técnicasparaacriaçãoedesenvolvimentodeidéiascomhistórias

Existem diversas técnicas para o desenvolvimento de novas idéias onde

as histórias são utilizadas como um meio de difundir o conceito para outros

indivíduos. Tais técnicas quando utilizadas por um grupo de pessoas que criam

e desenvolvem uma idéia, em um ambiente onde elas possam expressar suas

opiniões e refletir acerca delas, faz com que a idéia original se desenvolva de

acordo com as reflexões. Uma técnica muito utilizada é a de Storyboarding que

veremos a seguir.

2.4.1. Storyboarding

De acordo com BRANHAM et al storyboarding é uma técnica de design

que apareceu primeiro na indústria do cinema e de publicidade para destacar

os apectos chaves do filme ou comercial, nas primeiras fases de

desenvolvimento. No âmbito da interação humano-máquina essa técnica é

aplicada para ilustrar as principais sequências de interação do usuário com o

sistema através de esboços [19]. BRANHAM et al (2007) afirma que

storyboarding geralmente consiste de alguns painéis que descrevem os atores

e ações dos mesmos na história, podendo conter textos e figuras além de uma

noção de sequência temporal, fazendo com que, quem observe o storyboarding

obtenha uma visão geral e bastante significativa do produto, de forma rápida e

fácil de entender [16].

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BRANHAM et al (2007) acreditam que a representação do produto em

forma de uma história com figuras causa um grande impacto no modo em que

os designers pensam sobre o sistema. A compreensão dos objetivos,

funcionalidades, fluxos de atividades e lógica do sistema, podem ajudar os

designers a formularem um entendimento crítico e simultaneamente essa

representação deve deixá-los explorarem soluções criativas para os problemas.

Ele afirma também que focar a representação em esboços dá ênfase a

conceitos como criatividade e inovação e que a criação de storyboards de

forma colaborativa permite aos participantes manterem o mesmo entendimento

do estado do sistema, rastrear as mudanças feitas, e apresentar o produto a

terceiros de uma forma que é fácil de ser entendida [16].

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3. Método

Para a criação de um conceito de aplicativo que ajude as pessoas a

comunicarem seus conhecimentos através de histórias em quadrinhos e

discussões sobre elas, utilizaremos uma metodologia de pesquisa para

validação que incluirá uma análise de competidores e a criação de possíveis

cenários de uso da aplicação para compreender melhor o problema e poder

criar uma lista de requisitos do sistema a fim de atender melhor as

necessidades dos usuários. Ao final será criado um protótipo de baixa

fidelidade que atenderá aos requisitos identificados nas etapas anteriores.

3.1. Análisedeconcorrentes

A análise de concorrentes consiste na avaliação da experiência do usuário

com os produtos que são considerados concorrentes a solução proposta de

acordo com alguns aspectos que foram definidos na revisão de literatura.

A avaliação é realizada simulando como um usuário utiliza os produtos

concorrentes para compartilhar e desenvolver o conhecimento através de

histórias digitais e com isso, são identificadas as deficiências do concorrente

assim como as funcionalidades que são essenciais ou ajudam o usuário

durante o uso.

Ao final da análise é elaborada uma tabela comparativa que lista os

concorrentes e suas respectivas notas em cada aspecto que foi analisado,

através da tabela é possível obter uma visão generalizada sobre o que está e o

que não está disponível hoje para os usuários.

3.2. Cenários

Os competidores analisados anteriormente serão utilizados novamente

durante os cenários para identificar mais problemas e necessidades do usuário

na situação específica descrita no cenário.

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De acordo com Carroll (2000), a criação de cenários ajuda na criação de

sistemas computacionais, pois através deles podemos identificar requisitos do

sistema e possíveis dificuldades. Os cenários consistem em histórias sobre

pessoas e suas atividades, que proporciona a visualização, entendimento e

raciocínio sobre como um artefato poderá ser utilizado mesmo antes dele

existir [29].

A partir dos estudos realizados na revisão de literatura foi possível definir

que o objetivo do cenário é demonstrar como um grupo de pessoas irá tentar

compartilhar o seu conhecimento com outras pessoas que ainda não dominam

o assunto do conhecimento em questão de uma forma fácil de ser entendida, e

sem muito esforço na fase de preparação para criar artefatos para expor seus

conhecimentos.

Com esse objetivo foi criado um cenário atual que simula como esse grupo

de pessoas tentaria solucionar o problema nos dias de hoje, demonstrando as

suas dificuldades e seus desejos. Após isso foi criado também um cenário

futuro, onde a solução começou a ser proposta tentando resolver os problemas

identificados no cenário atual.

3.3. Prototipaçãodebaixafidelidade

Com a lista de requisitos definida e um melhor entendimento do problema,

serão criados protótipos de baixa fidelidade que descreverão as telas do

sistema e suas possíveis ações sendo definido assim, um fluxo de execução do

software proposto. Esses protótipos serão avaliados e testados por possíveis

usuários e passarão por constantes modificações de acordo com esses testes,

por isso a necessidade deles serem de baixa fidelidade para diminuir o esforço

para realizar as modificações necessárias.

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4. Análisedeconcorrentes

Nessa seção iremos analisar aplicações concorrentes observando

alguns aspectos que foram definidos a partir da revisão de literatura que foi

apresentada nas seções anteriores. Esses aspectos foram considerados

importantes para os usuários, portanto iremos observar como cada aplicação

trata cada aspecto. Para cada critério será atribuída uma nota para cada

concorrente que irá variar entre 0 (não possui ou muito ruim) e 5 (possui todas

as possibilidades ou ótimo).

4.1. Aspectosanalisados

Nessa análise será feito um estudo sobre os concorrentes observando

os seguintes apectos:

• Intuitividade no uso da aplicação

Esse aspecto é importante para que os usuários consigam usar a

aplicação com qualidade e sem a necessidade de auxílio de terceiros fazendo

com que se sintam mais a vontade durante o uso do produto. Será avaliado o

esforço necessário para entender como criar uma história e para de fato criá-la

utilizando todos os recursos disponíveis.

• Facilidade de desenhar

Foi detectado em pesquisas anteriores que quando os participantes

tinham que desenhar, eles sentiam dificuldades e até ficavam envergonhados

tornando a experiência não tão agradável. Observaremos as ferramentas de

apoio que serão fornecidas pelas aplicações concorrentes a fim de diminuir o

esforço do autor na criação de seus desenhos.

• Reutilização de objetos

É um importante dado pois o autor não precisará repetir o esforço para

desenhar algo que ele ou outra pessoa já tinha desenhado e disponibilizado,

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também faz com que o quadrinho possa manter um padrão de desenho. Esse

aspecto é correlacionado com a facilidade de desenhar e rapidez na criação,

visto que em vários casos o autor só necessitará escolher os desenhos que

deseja e adicionar no quadrinho. Será observado funcionalidades como

bibliotecas de desenho, possibilidade de copiar, recortar e colar desenhos,

fazer upload de imagens, e outras semelhantes a essas que possuem a

finalidade de reaproveitar o que já existe.

• Compartilhamento de histórias

Os usuários desejam compartilhar o que criam com as outras pessoas e

o foco principal do produto é possibilitar a comunicação de novos

conhecimentos as pessoas, por isso esse aspecto é visto como um dos

principais para que o produto seja bem sucedido. Será avaliado as diversas

possibilidades que os usuários possuem para compartilhar as histórias que

gosta ou que cria com seus colegas podendo ser através de buscas no site,

compartilhamento de link em redes sociais, através da página do usuário na

aplicação ou através de atualizaçao de status no aplicativo e em redes sociais.

• Colaboratividade na criação das histórias

Aspecto importante que promove a discussão dos conceitos abordados.

Ele traz a possibilidade de uma mesma história possuir diversos pontos de

vista e a interação entre os autores pode levar a história a novos rumos. Será

observado como é feita a criação de histórias com múltiplos autores e a

possibilidade de outros usuários incrementarem a história colaborando com os

autores na definição do conceito e também a possibilidade de criação de novos

rumos para ela, tornando-a não linear.

• Feedback dos leitores

O aspecto visa entender como se dá o relacionamento entre os autores

e leitores das narrativas. Observaremos se é possível haver uma discussão

sobre o tema abordado e como ela ocorre.

• Objetos multimídias que a aplicação suporta

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Esses objetos podem ser áudio, vídeo ou imagens, eles facilitam o

entendimento do assunto abordado, pois transmitem aos leitores novas

informações podendo ser de um entendimento mais fácil. Serão analisados

quais os tipos de objetos multimídia que as aplicações suportam

4.2. Storybird

http://storybird.com/

O site Storybird foi desenvolvido com foco em crianças e professores

para que eles possam compartilhar histórias onde cada página da história

possui apenas uma imagem e um pequeno texto.

A criação das histórias é de forma simples e prática, o usuário escolhe

uma figura (que já foi criada por artistas e está disponível para os usuários

utilizarem em suas histórias) para a página arrastando-a com o mouse para o

local onde está a página. Após isso ele pode escrever um pequeno texto sobre

a página em questão. O autor da história pode criar quantas páginas desejar

clicando no botão de adicionar páginas.

Figura3Selecionandoaimagemdeumahistória

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Figura4Escrevendoumtextoemumapáginadahistória

O autor pode também convidar seus colegas para criarem as histórias

junto com ele, porém a colaboração na criação não é feita em tempo real.

Existe um conceito de turno onde o autor que possui o turno pode editar e

incrementar a história ou pode passar o turno para outra pessoa para que essa

possa alterar o rumo da história, na troca de turno um e-mail notificando o

usuário que recebeu o turno é enviado, podendo conter alguma mensagem do

autor que repassou.

Para os professores, o Storybird fornece um espaço para que eles

possam organizar aulas, onde ele cadastra seus alunos e passa atividades

para eles. Nessas atividades os alunos criam suas histórias sobre a atividade.

Uma outra funcionalidade é o fórum onde todos os participantes da classe

podem discutir sobre diversos assuntos. Existe também uma funcionalidade

para que a classe consiga gerar receitas para o professor através da venda das

histórias criadas.

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Para os artistas o Storybird propõe que eles criem desenhos para que a

comunidade possa utilizá-las em suas histórias e repassam uma parte do lucro

sobre as vendas das histórias que possuem suas imagens.

Os usuários do site podem ler as histórias que foram tornadas

publicadas pelo autor e deixar comentários sobre elas, além de poderem

marcar como favoritas. O Storybird oferece uma opção de compra das histórias

podendo o comprador escolher se quer recebê-la como um livro ou em formato

digital.

Como vimos a criação de histórias no Storybird se dá de forma rápida e

intuitiva, porém ele não cede um espaço para que o autor da história desenhe

dentro da aplicação, eles são obrigados a reusarem as imagens que são

disponibilizadas no site por artistas, o site não permite também a inserção de

áudio ou vídeo na história. Os autores decidem se vão ou não compartilhar a

história criada e a colaboração entre eles no desenvolvimento da mesma não

ocorre em tempo-real, não existe a possibilidade deles interagirem entre si

através da aplicação enquanto estão criando e eles também não podem criar

histórias não lineares. Os usuários do Storybird podem compartilhar histórias

que gostam utilizando uma funcionalidade que pode enviar o link a seus

amigos através do facebook.com, twitter.com, stumbleupon.com ou por e-mail,

além de que na página dos usuários, os visitantes podem saber de todas as

histórias que o mesmo criou e existe também uma busca por histórias. Os

autores podem obter feedback dos leitores através de comentários na narrativa

e os leitores também podem marcar as histórias como favoritas.

4.3. Novlet

http://www.novlet.com/

O Novlet é uma aplicação web que possui suporte a vários idiomas e

tem como objetivo a criação e compartilhamento de histórias de forma

colaborativa e possibilitando que elas sejam não lineares. Nele as histórias são

divididas em passagens, onde cada uma pode ser escrita por um autor

diferente ou pelo mesmo autor.

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Figura5PáginainicialdoNovlet

Os usuários do site podem ler as histórias criadas por outras pessoas e

se desejarem podem deixar comentários em uma determinada passagem,

podem criar uma nova usando sua criatividade ou há a possibilidade de corrigir

o texto do autor original.

Uma passagem pode ser criada a partir de qualquer outra, podendo

então a história se ramificar em várias passagens onde cada uma delas terá

sua continuação paralelamente e independente dos outros ramos da história e

o leitor que decidirá qual ou quais caminhos ele quer seguir. Assim como no

Storybird a colaboração não se dá em tempo real, porém no Novlet qualquer

usuário pode adicionar passagens em qualquer história.

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Figura6Novletcomváriaspassagens

O Novlet exibe aos usuários algumas informações interessantes sobre

as histórias como a quantidade de leitores, quantidade de autores, o número de

votos a favor ou contra a história, informa se você já leu a passagem e quantas

você não leu da história toda. Uma funcionalidade importante é a busca de

histórias que conta com filtros de gênero e idioma.

No Novlet a criação de histórias é de forma simples e intuitiva, ele não

permite ao autor inserir imagens, áudio, vídeo ou desenhar. A colaboração não

ocorre em tempo-real, há a possibilidade de criação de novos rumos para a

história tornando-a não linear e não existe uma funcionalidade para a interação

entre os autores enquanto estão redigindo. As histórias podem receber

comentários possibilitando aos autores obterem feedback dos leitores e eles

também podem avaliar a história como positiva ou negativa. O

compartilhamento do link das histórias pode ser feito através de redes sociais

de bookmarking como o delicious, existe uma busca no site por gênero e no

perfil do usuário o site escolhe uma passagem entre as que foram criadas pelo

usuário de forma randômica para exibir ao visitante, não exite uma formas de

saber todas as passagens escritas por um usuário.

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4.4. Storymash

http://storymash.com/

O Storymash é um site que assim como o Novlet objetiva a criação de

histórias não lineares por múltiplos autores. Nela as narrativas são divididas em

capítulos onde cada um possui um autor.

Da mesma forma que no Novlet é possível criar passagens a partir de

qualquer outra passagem, no Storymash a criação de novos capítulos também

pode ser feita a partir de qualquer outro. O Storymash apresenta uma

funcionalidade interessante que exibe ao usuário uma espécie de árvore da

história e localiza o capítulo que o ele está visualizando no momento na árvore.

Figura7ExibiçãodeumcapítulonoStorymash

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Figura8ÁrvoredecapítulosdanarrativanoStorymash

O Storymash possibilita ao usuário publicar comentários sobre os

capítulos e votar. Ele também promove competições com prêmios em dinheiro

para a as melhores histórias e também dá metade do lucro que obtém com os

anúncios no site para os escritores. Nele existe uma busca de histórias por

palavra-chave e um fórum onde os usuários podem tirar suas dúvidas e

aprender sobre como escrever melhor.

Em resumo, o Storymash possui uma interface simples e intuitiva. Ele

não permite a adição de objetos multimídia na história como imagens, áudio ou

vídeo, e também não permite que o autor desenhe. Existe uma funcionaliade

para compartilhar o link de um capítulo em outras redes sociais como facebook,

orkut e twitter, ele possui também uma busca de histórias por palavras e no

perfil de cada usuário é exibido ao visitante os capítulos que ele escreveu e os

comentários em seus capítulos. O feedback ao autor é feito através de

comentários dos leitores e uma votação que vai de 0.5 a 5 estrelas. A

colaboração entre os autores não se dá em tempo real, cada autor escreve um

capítulo individual, possibilita a criação de histórias não lineares, e não há a

possibilidade de interação entre eles pelo site enquanto estão redigindo.

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4.5. Ficly

http://www.ficly.com

O Ficly é um site inspirado nos microblogs, nele os usuários podem

escrever micro histórias com até 1024 caracteres. Sobre cada uma, qualquer

usuário pode adicionar a ela uma nova história que pode ser uma continuação

dela (o Ficly chama essa nova narrativa de sequel) ou fazer com que ela seja a

continuação da nova micro história (ele denomina essa nova micro história de

prequel). Assim uma história no Ficly pode ser não linear e criada por diversos

autores.

Os leitores podem realizar buscas de narrativas por palvras, fazer

comentários sobre cada micro história, avaliar a qualidade dela, podem “seguir”

(como no site twitter, quando um usuário segue outro ele passa a saber as

atualizações desse usuário) outros usuários do Ficly e enviar notas que

consiste em um pequeno texto para debater sobre assuntos diversos.

Existe a possibilidade de criar desafios aos outros usuários que tem

como objetivo reunir histórias sobre um mesmo tema e escolher a melhor

dentre elas. Cada desafio possui um fórum para discussão das idéias sobre o

desafio.

O Ficly pode utilizar os dados das contas do usuário do Facebook,

Google ou Yahoo não necessitando que o usuário preencha um formulário de

cadastro para poder utilizar o site, ainda assim existe uma opção de novo

cadastro, caso ele não queira utilizar as contas dos outros sites.

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Figura9MicrohistórianoFicly

Figura10CriaçãodehistórianoFicly

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Como vimos o Ficly é de fácil utilização, o compartilhamento das

histórias ocorre através da disponibilização do link da mesma manualmente

pelo usuário, pela funcionalidade de busca de histórias por palavras ou pelo

perfil do usuário que contém todas as histórias criadas por ele. O autor obtém o

feedback dos leitores através dos comentários na narrativa e através da

avaliação que varia de 1 a 5 lápis. A colaboração entre os autores não ocorre

em tempo real, cada autor cria sua micro história separadamente, e não possui

uma ferramenta para eles interagirem enquanto escrevem suas histórias. O

Ficly não permite a inserção de imagens, áudio, vídeo assim como não permite

que o usuário desenhe.

4.6. Dabbleboard

http://www.dabbleboard.com/

O Dabbleboard é uma aplicação web colaborativa que é centrada no uso

de um “whiteboard” como ferramenta de comunicação e criação de novas

idéias por grupos de usuários. Nele várias pessoas podem desenhar no quadro

ao mesmo tempo e todos irão perceber as alterações em tempo real. Ele não é

uma aplicação para a criação de narrativas, porém sua interface bastante

intuitiva e que estimula as pessoas a desenharem fez com que escolhessemos

como um concorrente a ser analisado, pois há muito o que aprender com sua

interface fácil, intuitiva, divertida e que deixa seus usuários satisfeitos com o

resultado.

Sua interface é muito fácil de usar, ela ajuda o usuário a desenhar e

inclusive advinha o que ele está pretendendo desenhar e deixa a forma

desenhada mais reta ou arredondada, tornando-a mais legível e limpa.

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Figura11DocumentonoDabbleboard

Figura12Desenhodeumaformageométricaparecidacomumtriângulo

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Figura 13 Após soltar o botão domouse, o Dabbleboard identificou que era um triângulo e ajustou a forma

desenhada

Para que várias pessoas possam desenhar ao mesmo tempo, basta que

os novos participantes acessem uma url que é informada ao usuário criador do

documento. O site disponibiliza um chat para os participantes dentro do quadro

com possibilidade de ter áudio e vídeo no chat e pessoas que não estão

participando do desenho, para isso os participantes podem divulgar o link para

o chat no twitter, facebook ou myspace clicando no botão de compartilhamento

de chat. Na versão Pro o criador pode definir um desenho como sendo privado

e assim só quem ele der permissão para visualizar o desenho conseguirá

visualizá-lo, e quem ele permitir editar o desenho poderá colaborar editando o

desenho também.

Existe a opção de salvar o quadro como uma imagem em formato PNG,

ou salvar no formato SVG para os usuários que pagam pelo serviço permitindo

assim uma maior integração com outros softwares como o Adobe Illustrator e

Microsoft Visio.

No Dabbleboard os usuários cadastrados possuem uma biblioteca de

imagens onde eles podem adicionar e reutilizar as imagens criadas por eles e

também podem procurar imagens que desejadam nas bibliotecas já existentes

e adicioná-las a sua biblioteca. Para utilizar as imagens da biblioteca basta

arrastá-la do painel dela para o quadro e para adicionar um desenho a ela é

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necessário apenas que ele seja arrastado até o painel da mesma. O site

permite também que o usuário faça upload de imagens e documentos para

serem utilizados no quadro.

Em resumo, o Dabbleboard possui uma interface muito fácil de utilizar,

que estimula e ajuda os usuários a desenharem, possui um conceito de

biblioteca de desenhos que promove a reutilização de objetos, disponibiliza

também uma funcionalidade para o usuário fazer o upload de imagens e

documentos, aumentando assim o reuso em seus desenhos. A colaboração

ocorre em tempo real e com uma ferramenta de chat, que pode conter áudio e

vídeo para os participantes poderem discutir enquanto estão desenhando, ela

também permite que pessoas que não estão participando do desenho entre no

chat através do compartilhamento do link do mesmo por twitter, facebook e

myspace. O compartilhamento do desenho ocorre apenas com o usuário

criador copiando o link para seus amigos colaboradores, pois quem tem acesso

ao link pode editar o desenho, apenas com a versão Pro que podem ser

setadas permissões de edição e visualização. Ele não suporta áudio ou vídeo

dentro dos desenhos. Não há a possibilidade dos autores obterem um

feedback de terceiros sobre seus desenhos

4.7. ToonDoo

http://www.toondoo.com

O site ToonDoo é uma aplicação web para a criação de histórias em

quadrinhos. Nele as imagens que compõem os quadrinhos podem ser criadas

ou reutilizadas de diversas formas, são elas:

• Biblioteca pública de imagens do ToonDoo

• Criação de personagens através da ferramenta de criação do

mesmo, que permite ao criador modificar todas as partes do

personagem, como a boca, nariz, olho, face, roupa, e outros.

• Desenho livre.

• Upload de imagens.

• Reutilização de imagem que está armazenada na web através da url.

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• Edição de imagens já existentes.

Além disso qualquer imagem nova criada pelo usuário, seja ela uma

alteração de uma já existente ou um desenho livre será salva na biblioteca

particular do mesmo para reutilização em outros quadrinhos.

Figura14CriaçãodeumatirinhanoToonDoo

Figura15EdiçãodeumpersonagemnoToonDoo

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Existe uma funcionalidade que copia um quadrinho para o quadrinho

posterior, isto é muito útil durante a autoria pois geralmente só são alterados,

incluídos ou excluídos alguns poucos objetos de um quadrinho para o posterior,

visto que a narrativa normalmente é uma sequência de ações. Outra

funcionalidade interessante é um botão que muda a expressão ou o movimento

de um objeto, o autor pode assim com alguns cliques alterar o personagem

para ter uma expressão alegre, assustada, sonolenta, entre outras e também

pode alterar a ação dele que pode estar andando, de braços cruzados,

apontando para algo, correndo. Essas ações e expressões estão disponíveis

apenas para alguns objetos e elas podem variar de objeto para objeto. Por

último, há a possibilidade de aumentar, diminuir ou rotacionar os objetos do

quadrinho clicando apenas em um botão com a ação escolhida.

Os usuários do ToonDoo podem escrever comentários sobre os

quadrinhos de outras pessoas e votar neles, o ToonDoo fornece ainda a

possibilidade do autor juntar os quadrinhos que ele criou em um livro que pode

ser comentado e votado do mesmo jeito que um quadrinho.

Existe também uma moeda no site que é o Tooken onde 100 Tookens

equivale a U$S 1,00. Os Tookens podem ser utilizados para comprar imagens

dos quadrinhos em alta resolução disponíveis nos tamanhos 2223x874 pixels e

5295x2084 pixels. Cada quadrinho custa 100 Tookens e em cada um que o

autor vende ele ganha 20 Tookens e se o quadrinho for avaliado como “Editor’s

Pick” ele recebe 100 Tookens no caso de um livro receber o prêmio o autor

recebe 200 Tookens.

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Figura16QuadrinhosobreavitaminaB2

Os usuários podem compartilhar os quadrinhos com seus colegas

através do compartilhamento via facebook que mostra uma imagem pequena

com o quadrinho e o link para o mesmo no ToonDoo e os seus amigos do

facebook podem comentar sobre o quadrinho no próprio facebook, porém

esses comentários não são capturado pelo ToonDoo. Os usuários podem

também utilizar o botão de compartilhamento pelo Twitter que faz com que o

usuário tweete o link para o quadrinho, existe ainda a opção compartilhar por e-

mail, que exibe o quadrinho e possui também o link e por último podem utilizar

um código html gerado pelo ToonDoo para colocar um de seus quadrinhos em

sua página pessoal ou até mesmo um gadget que fica exibindo os quadrinhos

do usuário para os visitantes.

A única forma de colaborar com as histórias de seus colegas no

ToonDoo é editando um quadrinho que já foi publicado, o que é chamado de

“Redoo” pelo ToonDoo. Quando um usuário faz um Redoo de um quadrinho o

autor original é informado sobre as mudanças e o novo quadrinho é publicado

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como um normal, porém para fazer um Redoo o autor do original tem que

escolher a opção de tornar o quadrinho editável para outros usuários.

O ToonDoo é um site completo para a criação de histórias em

quadrinhos, pois ele oferece diversos objetos que já foram criados para os

quadrinhos e funcionalidades para o autor desenhar, fazer upload de imagens,

utilizar as imagens da web e possui uma ferramenta de criação de personagem

onde o usuário pode personalizar todo o personagem e ele ficará salvo em sua

biblioteca, facilitando assim a criação e o reuso dos objetos. A funcionalidade

de desenho não é tão boa quanto a do Dabbleboard mas ajuda, pois tem a

opção de reduzir a sensibilidade do mouse, o que evita que o autor faça

movimentos bruscos e borre o desenho. O compartilhamento dos quadrinhos é

excelente pois como vimos pode ser realizado de diversas formas, através de

redes sociais, exportação de gadget para sites pessoais, busca no site e nos

perfis dos usuários. A colaboração não é feita em tempo real e um usuário só

pode ajudar o quadinho de um outro participante do site após o quadrinho já ter

sido publicado o que faz com que um novo quadrinho seja publicado após a

modificação. O ToonDoo não permite a inserção de vídeos ou áudio. O autor

pode obter feedback através dos comentários deixados na página da sua

criação e pela quantidade de pessoas que gostaram do quadrinho.

4.8. Pixton

http://www.pixton.com

O Pixton é um site voltado para a criação de histórias em quadrinhos

que é subdividido em 3 sites específicos de acordo com a finalidade dos

quadrinhos, são eles: Pixton para empresas, Pixton para escolas e Pixton para

diversão.

A criação de quadrinhos no Pixton é bastante dinâmica e intuitiva, ele

possui uma interface que mostra apenas os botões relacionados ao que o

usuário está editando no momento e segue o padrão de “clicar e arrastar” onde

o usuário pode alterar livremente a posição de cada articulação dos

personagens e alterar o visual deles clicando na parte que deseja alterar do

personagem e arrastando o mouse para cima da opção ou para a posição que

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é desejada. Para fazer essas alterações, existem 5 modos de edições de

personagem que o autor deverá escolher antes de clicar e arrastar, são eles:

• Mover

• Editar expressão

• Editar visual

• Editar proporção

• Editar cor

Figura17EditandoovisualdeumpersonagemnoPixton

O Pixton possui uma biblioteca de personagens, objetos e fundos de tela

que fica à disposição do autor para montar seus quadrinhos, a maioria desses

objetos são editáveis, alguns possuem mais modos de edição que outros. O

Pixton sempre salva os personagens editados na biblioteca do criador e caso

ele modifique um personagem já salvo ele pode escolher para que este seja

alterado em todos os quadrinhos em que é utilizado. O Pixton não oferece a

opção de desenhar, porém possibilita o upload de imagens e o uso de imagens

na web através da url. Existe também pacotes especiais de objetos que estão a

venda no site. Os balões que contém as falas dos personagens também podem

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ser personalizados e o autor pode alterar a formatação de cada letra dentro do

balão para o estilo desejado, podendo dar ênfase a algumas palavras para

causar um impacto diferente nos leitores.

Figura18EditandoumpersonagemnoPixton

Figura19EdiçãodeexpressãodopersonagemdoPixton

O compartilhamento dos quadrinhos é feito de forma diferenciada nas 3

versões do Pixton. Na versão para diversão todos os usuários podem visualizar

os quadrinhos dos outros e caso queira deixar um quadrinho como privado é

necessário pagar por isso. Os usuários nessa versão podem postar seus

quadrinhos no facebook, twitter, google buzz, digg e enviar por e-mail. No caso

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da versão para escolas os quadrinhos ficam disponíveis apenas para os alunos

da classe e o professor pode escolher para que os quadrinhos só estejam

disponíveis após a aprovação dele. A única forma de compartilhamento da

versão para empresas é através de um código gerado para colocar em páginas

da web que também está disponível nas outras versões.

Na versão para diversão os usuários podem “remixar” um quadrinho

caso o autor original permita, e assim ele pode alterar o quadrinho original. Os

usuários também podem deixar comentários sobre os quadrinhos, marcar

como favoritos, classificar o quadrinho como artístico, divertido, engraçado e

romântico. Os usuários podem também criar concursos e livros de quadrinhos

porém isso está disponível apenas na versão Pixton+. Essa versão possui

ainda um fórum para a comunidade debater e tirar dúvidas e os quadrinhos

podem virar presentes como camisas, canecas e outra coisas através do site

Zazzle.com.

Na versão para escolas o Pixton oferece ao professor a possibilidade de

fazer uma avaliação detalhada dos quadrinhos, criar quadrinhos para os alunos

alterarem depois como uma forma de passar exercícios, criar projetos com

soluções que são liberadas para os alunos após determinado tempo, revisar os

quadrinhos dos alunos e comentar para que o aluno aperfeiçoe a narrativa e

ele só aprove a publicação quando ele achar que está adequado. Os alunos

podem conversar entre si através do fórum e adicionar áudio aos quadrinhos.

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Figura20PáginadeumquadrinhonoPixton

Assim, o Pixton possui uma interface bastante intuitiva e divertida, que

permite personalizar os objetos de diversas maneiras de forma fácil. A

biblioteca do Pixton juntamente com a utilização de imagens do usuário permite

a reutilização dos objetos, porém ele não possibilita ao autor uma forma fácil de

desenhar, para ele desenhar tem que utilizar outro software e depois fazer o

upload do desenho. Os usuários do Pixton podem compartilhar suas narrativas

publicando-as no site, no facebook, twitter, digg, google buzz, divulgando por e-

mail e em seus próprios sites. Existe também uma opção de busca e o perfil do

usuário mostra seus quadrinhos. A colaboração se dá apenas através da

remixagem dos quadrinhos, não ocorre em tempo real, e ele permite a

utilização de áudio além de imagens nos quadrinhos. No Pixton os autores

podem obter feedback dos usuários através dos comentários dos leitores nos

quadrinhos, votos recebidos e mensagens privadas.

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4.9. Conclusões

Como foi visto nas análises dos concorrentes as suas interfaces são

intuitivas e práticas que estimulam os usuários a criarem cada vez mais. Porém

a possibilidade de fazer o próprio desenho na aplicação só existe em 2 delas, o

Dabbleboard, que possui uma interface que auxilia bastante o autor a desenhar

porque ela foi desenvolvida com foco em permitir os usuários desenharem

colaborativamente e não em criação de narrativas apesar de ser uma

possibilidade de utilização do Dabbleboard, e no ToonDoo que também auxilia,

porém nele a ajuda oferecida é pequena. Dentre os outros, alguns permitem a

adição de imagens nas histórias e outros só permitem textos, o Pixton é o único

que permite áudio em suas história, porém apenas na versão para escolas.

O compartilhamento das histórias com outras pessoas nos sites

analisados, com exceção do Dabbleboard, é realizado seguindo o modelo de

rede social, onde existe um perfil de usuário que possui as suas criações e

existe também integração com outras redes sociais como o facebook e o

twitter. Assim como no facebook os participantes dessas aplicações podem

tecer comentários sobre as narrativas, votar, classificar e adicioná-las as suas

favoritas e consiste em uma forma do autor obter um feedback sobre as suas

criações.

Nas aplicações destinadas a criação de histórias em quadrinhos e no

Dabbleboard um aspecto muito bem utilizado é a reutilização dos objetos

através de bibliotecas públicas com desenhos já prontos e bibliotecas privadas

onde é armazenado todos os objetos criados ou editados pelo usuário,

podendo inclusive ser feito o upload de imagens de seu computador ou

informar o endereço de uma imagem já armazenada na internet para posterior

uso nos desenhos. Esse aspecto é muito importante pois facilita e agiliza a

criação dos desenhos melhorando a experiência do usuário.

A colaboração apenas ocorre em tempo real no Dabbleboard, onde é

possível vários usuários desenharem e conversarem ao mesmo tempo,

inclusive com vídeo. No Storybird a história pode ter mais de um autor porém

cada autor modifica a narrativa apenas durante o seu turno e não há uma

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forma de comunicação entre os autores durante a atividade no site, já nos

outros sites, só é possível colaborar após a publicação de um capítulo de

história ou uma história em quadrinhos que é quando outros usuários podem

adicionar mais capítulos ou editar o quadrinho e criar uma cópia dele

modificada. A possibilidade de criar histórias não lineares é bem implementada

no StoryMash, Novlet e Ficly, onde cada usuário pode ramificar a história a

partir de qualquer capítulo e desenvolver a sua idéia a partir da idéia inicial de

outra pessoa, e em particular o StoryMash que mostra como a história se

ramifica e qual parte da narrativa o leitor está lendo no momento através de

uma árvore de capítulos.

Intuitividade Desenho Reutilização Compartilhamento Colaboração FeedbackObjetos

multimídia

Ficly 4 0 0 3 2 3 0

Novlet 4 0 0 3 2 4 0

Storymash 4 0 0 4 2 4 0

Storybird 5 0 2 4 2 4 3

Pixton 5 0 5 5 1 4 4

ToonDoo 5 2 5 5 1 4 3

Dabbleboard 5 5 5 2 5 0 3

Tabela1Tabelacomparativadevaloresentreoscompetidoresanalisados.

Na Tabela 1 podemos observar que o aspecto de colaboração entre os

usuários é pouco valorizado pelas aplicações existentes, porém ele é muito

importante para que as pessoas possam discutir sobre as informações e criar

conhecimento através dessas discussões.

Pode ser observado também que nas aplicações de criação de histórias

em quadrinhos a possibilidade do autor criar seus desenhos não existe ou é

disponibilizada de forma muito simples, que não auxilia o usuário na criação e

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oferece poucas ferramentas para o desenho. A autoria de desenhos pode ser

fundamental para a comunicação de informações técnicas, uma vez que o que

o usuário deseja exibir pode não existir nas bibliotecas, e é fundamental

também o auxílio ao desenhar, visto que os usuários podem ter dificuldades e

se sentir desestimulados.

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5. Cenários

Nessa seção iremos descrever um cenário que demonstrará uma

situação que poderá ser facilitada com a nova aplicação afim de obter uma

visão mais detalhada sobre o que os futuros usuários irão necessitar.

O cenário ocorrerá em uma universidade onde um grupo de 5 alunos do

curso de odontologia necessita criar uma apresentação para uma turma que

está no início do ciclo profissional do curso onde demonstrará como é o

processo de exodontia, quais as possíveis complicações que podem ocorrer

durante o processo, e como solucioná-las de uma forma que seja fácil de

entender e lembrar.

5.1. Cenárioatual

Atualmente, os alunos podem criar uma apresentação de slides

utilizando o Google Docs que permite que vários usuários criem a

apresentação colaborativamente. Para facilitar o entendimento por parte dos

alunos eles decidem que devem criar uma história que ilustre todos os passos

desse processo e também irão utilizar imagens, porém no Google Docs as

duas formas de inserir imagens é fazendo o upload dela, ou desenhando

livremente. Essas formas dificultam o trabalho dos futuros dentistas pois eles

necessitarão procurar imagens para adicionar a apresentação, gravá-las em

seu computador e depois realizar o upload para o Google Docs, ou então

desenhá-las na própria aplicação em uma ferramenta que não fornece muitas

opções [RF 1.1].

Uma outra opção para eles é utilizar os aplicativos que foram citados na

análise de concorrentes, onde ou eles escolhem por criar histórias não lineares,

onde poderão criar um novo ramo na história para cada complicação que possa

surgir durante a exodontia e isolar o problema no ramo descrevendo melhor a

solução sem precisar parar no meio a explicação do fluxo normal da atividade

para explicar a complicação [RF 1.2], ou então podem escolher por criar

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histórias em quadrinhos que ilustram a atividade o que facilita o entendimento e

faz com que a história seja mais fácil de ser lembrada.

Os alunos percebem que a melhor solução para a explicação seria a

criação de uma história em quadrinhos não linear. Um dos participantes do

grupo sabe manipular bem o PowerPoint e ele informa que é possível alterar o

fluxo da apresentação de slides, então eles resolvem criar os quadrinhos e

após isso criar uma apresentação onde eles podem escolher qual o fluxo que a

história irá seguir fazendo com que ela fique não linear, como por exemplo

existe um quadrinho onde o dentista inicia o processo de análise da posição do

dente através da radiografia, nesse caso existem várias possibilidades, o dente

pode estar em uma posição boa para ser extraído, ou pode está de uma forma

que dificulte a extração, o próximo slide da apresentação irá mostrar 2

quadrinhos com as 2 possibilidades e o apresentador poderá escolher qual

ramo da história ele irá querer seguir clicando no quadrinho que irá levá-lo ao

resto da história naquele ramo.

Nas aplicações atuais apenas uma pessoa pode criar o quadrinho, as

outras só podem alterar após ele já ter sido publicado. Com isso o grupo

inteiro, com exceção de um aluno que estava doente, se reúne na casa de um

integrante para criar a narrativa onde uma pessoa é escolhida para utilizar a

aplicação para criar a história [RF 1.3]. Eles começam a criar a história sobre

uma exodontia sem complicações e durante a criação eles tem dificuldade em

montar o ambiente de um consultório odontológico pois não existia cenários

sobre o tema [RF 1.4], assim eles necessitaram pesquisar na internet uma

imagem que se adequasse para poder informar a url da imagem ao aplicativo

[RF 1.5], após encontrar a imagem eles criaram o personagem do dentista e do

paciente [RF 1.6], posicionaram eles no cenário, modificaram o posicionamento

de seus membros [RF 1.7], adicionaram falas nos personagens [RF 1.8] e

foram criando os próximos quadrinhos sempre discutindo as fases do processo

e qual a melhor forma de exibir aos alunos [RF 1.9]. Após terem terminado a

narrativa que relata uma exodontia sem complicações, um integrante do grupo

é escolhido para capturar fotos dos quadrinhos para colocar na apresentação

de slides [RF 1.10], enquanto os outros começam a criar uma história que tem

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como ponto inicial um quadrinho da história principal [RF 1.11] e essa nova

narrativa vai relatar uma complicação que pode ocorrer durante o processo.

Quando o integrante que está capturando imagens dos quadrinhos

termina seu trabalho, percebe que há um erro em um deles, então ele edita,

corrige, publica uma nova versão da história [RF 1.12], captura uma nova

imagem e altera a apresentação para ter essa nova imagem. Após isso ele

volta a trabalhar junto a seus colegas na criação das outras narrativas.

O integrante que está doente acompanha as publicações dos quadrinhos

através de seu computador e expressa suas opiniões conversando com os

outros integrantes através do programa de chat, porém ele não participa muito

porque só consegue ver como está a história se enviarem uma foto dela pra

ele, o que não ocorre com frequência.

Ao término de todas as narrativas com as possíveis complicações e

após ter capturado todos os quadrinhos como imagens e colocado na

apresentação, eles precisam agora programar os slides especiais onde a

história se ramifica para possibilite a mudança no fluxo da história para um

novo ramo caso o apresentador queira [RF 1.13].

Com a apresentação pronta eles apresentam a história aos alunos e

explicam cada quadrinho para dar mais detalhes sobre o processo. Alguns

alunos fazem perguntas aos apresentadores sobre dúvidas que possuem

durante a apresentação. Ao final da aula um integrante do grupo faz o upload

da apresentação no site Slideshare e envia o link para o e-mail da turma [RF

1.14].

Após alguns dias alguns alunos decidem rever a história que foi

apresentada, e começam a surgir dúvidas, eles esquecem parte da explicação

que foi falada pelos apresentadores [RF 1.15], então um dos alunos com

dúvida decide comentar no Slideshare questionando os usuários com suas

dúvidas [RF 1.16]. Um usuário responde ao comentário, porém ele entendeu

errado o questionamento do aluno que comenta novamente em uma tentativa

de explicar melhor sua dúvida. Ele também decide enviar um e-mail para o e-

mail da turma e é iniciada uma discussão sobre a dúvida do aluno, um dos

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participantes tenta explicar porém o outro não entende tudo corretamente,

então o aluno tenta utilizar um dos quadrinhos da apresentação original para

ilustrar melhor a sua resposta, ele desenha sobre a foto do quadrinho [RF

1.17], captura uma imagem do quadrinho alterado e faz o upload para o e-mail,

desse modo o aluno com dúvida consegue entender o que o outro participante

quis explicar.

5.2. Cenáriofuturo

Os alunos se reúnem e decidem que irão criar uma história em

quadrinhos que será não linear e que mostrará o passo a passo do processo,

onde os ramos da história consistem nas possíveis complicações com as suas

respectivas soluções. Após terem decidido o que irão fazer eles decidem que a

melhor forma de criar a história é utilizando o novo aplicativo HQ Social onde

eles podem criar a história em conjunto cada um em seu computador na rede

social.

Um dos alunos começa a criação da história e compartilha a mesma

com os outros integrantes [RF 2.1] para que eles possam editá-la ao mesmo

tempo. Alguns integrantes entram no ambiente de criação da história através

do convite que receberam do outro integrante que foi exibido em sua página na

rede social. Dentro do ambiente eles conseguem visualizar como está a história

atualmente [RF 2.2], qual o último objeto inserido ou modificado por cada

usuário participante [RF 2.3] e existe também uma ferramenta de chat com

áudio e vídeo para eles conversarem durante a criação. Eles decidem utilizar o

chat com áudio para não precisarem digitar no chat enquanto estão criando [RF

2.4].

Um dos integrantes decide procurar o ambiente de consultório

odontológico onde irá acontecer a história, ele vai no botão de cenários e

escreve consultório na caixa de busca [RF 2.5], o aplicativo exibe alguns

consultórios, ele escolhe um e arrasta para o quadrinho. Os outros

participantes procuram objetos para colocar no consultório dentro do pacote de

objetos odontológicos que eles encontraram na biblioteca pública de objetos do

aplicativo, enquanto isso um outro integrante cria os personagens da história e

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adiciona-os no quadrinho. Um outro autor observa os novos personagens e

copia um deles para fazer uma mudança [RF 2.6]. Ele modifica a expressão do

paciente para uma mais alegre e pergunta aos participantes se eles concordam

com a alteração, que depois de comparar os dois personagens concordam com

a mudança, assim ele remove o personagem antigo e arrasta o personagem

criado para a sua biblioteca para poder reutilizá-lo em outras histórias [RF 2.7],

alguns integrantes que gostaram do personagem também arrastam-no para as

suas bibliotecas privadas. Um deles torna o personagem público para que

outras pessoas possam utilizar e atribui um nome e algumas palavras chaves

para facilitar a busca [RF 2.8].

Após a criação do primeiro quadrinho, um usuário solicita a criação do

próximo quadrinho copiando o quadrinho anterior [RF 2.9], os outros usuários

aceitam a solicitação e todos começam a modificar o 2º quadrinho e discutir

utilizando o chat. Eles modificam as falas dos personagens e colocam algumas

palavras em destaque no balão de fala [RF 2.10].

Após isso eles começam a criação do 3º quadrinho que irá exibir a boca

do paciente, eles procuram uma boca na biblioteca pública, a encontram e

aplicam um zoom no objeto para detalhar melhor. Um integrante decide

modificar alguns dentes e remover outros, ele clica então no botão de

desagrupamento do objeto que torna possível a edição de cada dente

separadamente [RF 2.11], assim ele remove os últimos dentes do paciente, em

seguida ele seleciona um outro dente e clica no botão de edição livre de objeto

[RF 2.12] e lhe é exibido a seção de desenho livre da aplicação com o dente

que foi escolhido o usuário pinta parte de um dente com o pincel de cor preta,

concluída as modificações o usuário salva a imagem e volta a edição do

quadrinho, onde reagrupa os objetos da boca e posteriormente adiciona o

objeto a sua biblioteca privada. Os outros usuários começam a apontar setas

nos dentes através da ferramenta de pincel com auxílio [RF 2.13], que deixa o

desenho mais legível suavizando o movimento e tornando as formas mais

retas, e também adicionam textos na seta comentando a disposição e o estado

deles [RF 2.14].

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Assim eles continuam a criação da narrativa, e ao término da história

principal com o fluxo normal, eles publicam-a. Com isso eles começam a

criação das ramificações na história. Ficou decidido que existirão 2 grupos

onde cada criará dois ramos com uma complicação e depois cada um grupo

revisa os ramos do outro grupo.

Cada grupo começa a discutir em qual quadrinho eles irão ramificar e

após uma decisão um integrante do grupo seleciona o quadrinho onde ele quer

criar o ramo e clica no botão de ramificar, assim o aplicativo abre a seção de

edição de quadrinho copiando o quadrinho selecionado, então o integrante

criador do ramo convida os outros integrantes do grupo para a edição.

Com os ramos devidamente criados e revisados, um dos integrantes

decide gravar uma narração para cada quadrinho para facilitar ainda mais a

compreensão de quem ler a história posteriormente ou sem ter assistido a

apresentação. Ele faz isso anexando o arquivo de áudio ao quadrinho através

de um botão no mesmo que anexa qualquer arquivo multimídia [RF 2.15], com

isso ao exibir o quadrinho o aplicativo tenta identificar o tipo de arquivo que foi

anexado e pode exibir uma pequena barra horizontal abaixo do quadrinho com

funcionalidades para o leitor escutar o áudio, ou ver um vídeo anexado [RF

2.16].

No dia da apresentação os alunos abrem o aplicativo e começam a

explicar o processo, durante a aula surgem algumas dúvidas que são

respondidas pelos apresentadores e ao término da apresentação eles enviam o

link da história para o e-mail da turma.

Alguns dias após a apresentação, alguns alunos resolvem rever a

história. Eles acessam o site, visualizam-a e escutam os áudios que estão

anexados aos quadrinhos. Um dos alunos percebeu que em um dos

quadrinhos existe a possibilidade de uma outra complicação, então ele resolve

criar um novo ramo para a história, além disso ele questiona os autores através

do perfil deles na rede social como que eles solucionariam o problema. Os

autores recebem a mensagem e observaram o novo ramo, após a análise do

problema complementam a história com a solução, com isso o autor do ramo é

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notificado pelo aplicativo [RF 2.17], ele analisa a solução e agradece as

pessoas que complementaram sua história.

Um outro aluno após a leitura do quadrinho fica com uma dúvida e

adiciona um comentário na história com a mesma. Um dos integrantes do

grupo que apresentou vê a pergunta e clica em adicionar um comentário, ele

escreve a resposta da dúvida do aluno e decide anexar um quadrinho na

resposta para melhorar o entendimento, então ele clica no botão de anexar,

seleciona a opção de “criar quadrinho”, o aplicativo então lhe pergunta se

deseja utilizar como base um quadrinho da história, ele então seleciona um dos

quadrinhos e o aplicativo exibe a seção de edição copiando o quadrinho

selecionado, em seguida o usuário circula alguns objetos e insere textos

comentando o que está circulado e termina a edição.

5.3. Requisitosidentificados

Código Descrição

RF 1.1 Disponibilizar imagens para os usuários da aplicação poderem utilizar

em seus quadrinhos

RF 1.2 Possibilitar a ramificação da história

RF 1.3 Possibilitar a criação da história de forma colaborativa, em tempo-real

RF 1.4 Possuir uma grande quantidade de imagens disponíveis para os

usuários

RF 1.5 Possuir uma forma de inserir uma imagem na história, com o usuário

informando apenas o caminho (url) da imagem

RF 1.6 Possibilitar a criação de personagens

RF 1.7 Possibilitar a modificação da posição dos membros dos personagens

RF 1.8 Adição de falas para os personagens

RF 1.9 Possibilidade de interação entre os usuários criadores

RF 1.10 Capturar fotos dos quadrinhos

RF 1.11 Ramificar a história a partir de um quadrinho

RF 1.12 Edição de uma história já publicada

RF 1.13 Durante a leitura da história, exibir a possibilidade ao leitor de

escolher que ramo ele deseja ler

RF 1.14 Integração com outros sites da internet e compartilhamento por e-mail

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RF 1.15 Ter uma forma de anexar documentos multimídia aos quadrinhos

RF 1.16 Possibilitar a adição de comentários na história

RF 1.17 Possibilitar o uso de um quadrinho da história no comentário

RF 2.1 Possibilitar o compartilhamento da história a outros usuários para criar

o quadrinho colaborativamente

RF 2.2 Visualização de como está a história durante a criação

RF 2.3 Visualizar o que cada usuário está modificando no momento

RF 2.4 Chat com áudio e vídeo para os participantes

RF 2.5 Possibilidade de buscar objetos nas bibliotecas

RF 2.6 Possibilidade de copiar e colar um objeto do quadrinho

RF 2.7 Cada usuário deve possuir uma biblioteca pessoal

RF 2.8 Possibilidade de disponibilizar um objeto da biblioteca pessoal para

outras pessoas através da biblioteca pública

RF 2.9 Criação de um novo quadrinho se baseando no quadrinho anterior

RF 2.10 Mudança da fonte do texto do balão de fala

RF 2.11 Possibilidade de agrupar e desagrupar objetos a fim de modularizar

um objeto facilitando a sua edição

RF 2.12 Possibilidade de desenhar sobre objetos, criando um novo objeto

composto pelo desenho e pelo objeto

RF 2.13 Auxiliar o desenho livre dos usuários, suavizando os traços, tornando

as linhas mais retas e identificando objetos geométricos

RF 2.14 Possibilidade de colocar textos sem precisar estar dentro de balões

de fala

RF 2.15 Possibilidade de anexar qualquer documento multimídia ao quadrinho

RF 2.16 Possibilidade de visualizar áudio e vídeo anexado abaixo do

quadrinho que está sendo visto

RF 2.17 Notificação para os autores de um ramo de uma história quando ela

for alterada por outro usuário Tabela2Tabeladerequisitosidentificadosnoscenários

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6. Resultados

A solução proposta será um aplicativo que possibilitará a criação de

histórias em quadrinhos em redes sociais de forma colaborativa para

compartilhar conhecimento técnico e novas idéias, promoverá a discussão dos

assuntos abordados e a colaboração entre os usuários para possibilitar a

criação de novos conhecimentos utilizando opiniões de diversas pessoas.

Essa abordagem irá promover a criação do conhecimento através da

discussão de idéias por diversas pessoas que podem ter perfis e áreas de

atuação diferentes sem que elas precisem se encontrar fisicamente nem se

esforçar tentando desenhar algo legível.

6.1. Características

Para isso, a aplicação deverá ser de fácil utilização, com uma interface

dinâmica possibilitando o reuso de objetos, edição de personagens, inserção

de outros objetos a partir de upload de imagens, áudio, vídeos ou ainda a

reutilização desses que já estão armazenados na web através de urls que

deverão ser informadas pelo autor. O aplicativo deverá também auxiliá-lo a

desenhar livremente o que deseja.

Ela deverá possibilitar a colaboração entre os usuários durante e após a

criação com a possibilidade de ramificar a história mostrando outros pontos de

vista, outros fatos, outras hipóteses. Deverá ser possível também a discussão

dos assuntos através de comentários na narrativa além de um sistema de

votação para que o autor consiga obter feedback dos leitores e possa

aprimorar suas idéias. O compartilhamento da história será feito reutilizando a

infra-estrutura fornecida pela rede social em que a aplicação estará inserida,

assim os usuários poderão reaproveitar seus perfis de usuário com seus

amigos que também utilizam o aplicativo, porém ainda existirá uma busca por

palavras e gênero de narrativas, e cada usuário possuirá uma página com suas

narrativas.

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Os detalhes de como será a aplicação será explicada nas próximas 6

seções que são: página inicial da aplicação, página de edição de uma história

em quadrinhos, página de visualização de uma história em quadrinhos, página

de busca de histórias, página de visualização do perfil de um usuário e página

de visualização da biblioteca de objetos.

6.2. Páginainicialdaaplicação

Na página inicial, o usuário irá visualizar as suas histórias que

receberam atualizações recentes, entende-se como uma atualização a própria

criação da história, um comentário, uma edição ou ramificação da história [RF

2.17], ele visualizará também as histórias em quadrinhos dos seus amigos da

rede social que foram atualizadas recentemente, poderá realizar uma busca de

histórias por palavras-chave e também poderá clicar no link para criar uma

nova história.

Figura21Páginainicialdaaplicação

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6.3. Páginadeediçãodeumahistóriaemquadrinhos

Nessa página o usuário conseguirá criar uma história em quadrinhos em

tempo real com seus colegas com a possibilidade de conversar com eles

através de um chat [RF 1.3][RF 1.9][RF 2.4]. Os autores poderão editar apenas

um quadrinho por vez porém poderão visualizar outros quadrinhos da história

que serão exibidos ao lado do quadrinho que está sendo editado. Poderão

também copiar objetos que estão nesses quadrinhos ou ainda copiar um

quadrinho completo para o quadrinho atual a partir de um botão que será

exibido em cada quadrinho da história [RF 2.9].

Figura22Páginadecriaçãodeumquadrinho

Para o usuário convidar outras pessoas para lhe ajudar com a autoria da

narrativa, ele poderá clicar no botão de compartilhamento da história, escolher

os colaboradores que poderão ser qualquer colega dentro da rede social, e

definir como ele irá colaborar, se será em tempo-real criando a história em

conjunto com ele, ou se poderão apenas incrementar e ramificar a história após

a publicação [RF 2.1]. O autor pode também deixar disponível para qualquer

usuário da aplicação a opção de ramificar e adicionar quadrinhos a história que

publicou.

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Na parte superior da edição do quadrinho existe uma barra com os

objetos da biblioteca pessoal e pública além de uma caixa de busca com

botões de busca normal e busca avançada [RF 1.1][RF 2.5][RF 2.7] . Para o

autor adicionar objetos a sua biblioteca pessoal, basta arrastar um objeto para

a sua biblioteca e ela será inserida. No momento da inserção será perguntado

ao usuário o nome do objeto e se ele deseja adicionar palavras-chaves ao

mesmo para facilitar a busca, e também se o objeto poderá ser visto por outros

usuários [RF 2.8].

Figura23Modosdeediçãodepersonagem

Há a possibilidade de um usuário travar um objeto, isto é, nenhum outro

usuário poderá selecionar o objeto para posterior edição, isso impede que

outros autores o atrapalhe, e quando um usuário inicia uma modificação em um

objeto, automaticamente ele será travado e destravado quando o usuário

acaba a ação de edição e quando um usuário seleciona um objeto todos os

outros conseguem visualizar, pois o objeto ficará marcado com a cor do nome

do usuário que aparece no chat [RF 2.3].

Existirá alguns modos de edição de personagem e balão de fala onde

cada modo mudará os botões da barra de ferramentas que estará acessível ao

usuário e também mudará a forma como o arrasto do mouse influencia o objeto

selecionado. Os modos são os seguintes:

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• Edição de tamanho e posição [RF 2.11]

Nesse modo existirá botões para o agrupamento e desagrupamento de

objetos, e neles estarão visíveis botões que promoverão o

reposicionamento e redimensionamento dos mesmos possiblitando

também a rotação deles.

• Edição de visual

A barra de ferramentas possuirá um botão que irá exibir as

possibilidades de visual de acordo com a parte do personagem

selecionada e dois botões para o usuário selecionar a cor da linha da

borda do objeto selecionado e do preenchimento do mesmo. No caso de

um balão estar selecionado, serão exibidos botões para formatar o texto

que está no balão ou uma parte do texto que deverá estar selecionado e

um outro botão para alterar o estilo do balão.

• Edição de gestos [RF 1.7]

Esse modo de edição tem como objetivo facilitar a movimentação dos

membros dos personagens e as caudas dos balões de fala que

identificam o personagem que está falando. O usuário poderá selecionar

a parte do personagem ou a cauda do balão a ser modificado e arrastá-

lo a posição desejada, assim a aplicação irá se encarregar de

redimensionar e rotacionar o objeto para que fique na posição desejada.

Os botões para selecionar o modo de edição de personagem só estarão

visíveis se algum personagem estiver selecionado, caso contrário a barra de

ferramentas apresentará as seguintes funcionalidades ao usuário:

• Inserção de personagem

Ao clicar nesse botão irá aparecer diversos personagens para o autor

escolher e adicionar ao quadrinho. Os personagens irão aparecer na

barra logo acima do quadrinho, nela existe a possibilidade do usuário

realizar uma busca por palavras.

• Inserção de plano de fundo de quadrinho

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É semelhante ao botão anterior porém ao invés de escolher

personagens, o usuário seleciona o plano de fundo desejado.

• Inserção de objeto

É semelhante ao botão anterior porém, o usuário seleciona um objeto.

• Inserção de balão de fala [RF 1.8]

Esse botão lista os diversos tipos de balões que podem ser inseridos.

• Upload de imagens

A partir desse botão o usuário poderá inserir imagens que estão

armazenados em seu computador no quadrinho.

• Informar url com imagem já existente [RF 1.5]

Ao clicar no botão o usuário informará a url onde o objeto multimídia

desejado está armazenada e ele será inserido no quadrinho.

• Desenho livre [RF 2.12][RF 2.13]

Esse botão altera a edição do quadrinho para o modo de desenho que

altera os botões da barra de ferramentas para possuir funcionalidades

relacionadas a atividade de desenhar.

• Texto livre no quadrinho [RF 2.14]

Essa opção faz com que apareça diversos estilos de textos diferentes na

barra superior para que o usuário possa inserir onomatopéias, que são

bastante comuns nos quadrinhos, facilmente.

• Anexar [RF 2.15][RF 1.15]

Utilizando esse botão o usuário poderá anexar arquivos de texto, áudio e

vídeo no quadrinho. A exibição dos arquivos durante a leitura do

quadrinho dependerá do tipo do arquivo anexado.

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6.4. Páginadevisualizaçãodeumahistóriaemquadrinhos

Essa página permite ao usuário visualizar uma história em quadrinhos

com suas possíveis ramificações e os comentários sobre a narrativa. Além

disso é possível adicionar novos comentários a narrativa e se o autor permitir,

editar a história, continuar a história adicionando quadrinhos no final dela e

ainda ramificá-la a partir de um determinado quadrinho [RF 1.2][RF1.11][RF

1.12].

Figura24Visualizaçãodeumahistóriaemquadrinhosnaaplicação

Os quadrinhos serão exibidos dividindo-se em várias linhas, sendo 1

quadrinhos por linha até que seja identificado que a partir de um quadrinho

existe mais de uma possibilidade para o próximo, nesse ponto o leitor terá que

escolher qual ramo ele quer seguir, e assim a história continua, se o leitor

desejar pode refazer a escolha do ramo da história [RF 1.13]. Se o quadrinho

possuir algum arquivo de áudio ou vídeo em anexo será exibida uma barra

abaixo do quadrinho para a reprodução do arquivo [RF 2.16].

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Figura25Visualizaçãodoscomentáriosdeumahistória

Será exibido também um mapa da narrativa para que o leitor possa se

localizar mais facilmente e mover para o ponto desejado mais rapidamente

também clicando no quadrinho desejado.

Caso o leitor possa adicionar quadrinhos na história, será exibido um

botão em cada quadrinho que ao ser clicado será criado um novo quadrinho

posterior ao quadrinho escolhido, este poderá resultar em um novo ramo da

narrativa ou na continuação do mesmo caso não exista nenhum quadrinho

após o escolhido.

Todos os comentários da história serão exibidos e não apenas os

comentários de um quadrinho específico, isso é feito para que o usuário que

esteja procurando um comentário ou querendo ler os comentários da narrativa

não necessite ler os comentários quadrinho a quadrinho, ou caso o leitor queira

comentar sobre a história em geral ele não necessite associá-lo a um

quadrinho qualquer, porém o usuário poderá associar seu comentário a um

quadrinho específico tanto da própria história comentada como criar um novo

quadrinho [RF 1.17][RF 1.16]. Essa opção de associar quadrinhos ao

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comentário servirá para melhor exemplificar possíveis comparações e

questionamentos ao autor por parte dos leitores, melhorando assim a

discussão e criação de conhecimento.

6.5. Páginabuscadehistórias

Na página de busca de histórias os usuários poderão procurar

quadrinhos através de palavras. O rankeamento dos quadrinhos será feito

através de métricas que incluem a quantidade de vezes que as palavras

aparecem na narrativa, a proximidade dos autores com o usuário, popularidade

da história e também as palavras que aparecem nos comentários das histórias.

Figura26Buscadehistóriasnoaplicativo

O resultado da busca exibirá algumas histórias por página e de cada

história estará visível o título, os autores e os primeiros 3 quadrinhos ou um

trecho com 3 quadrinhos onde a palavra pesquisada aparece. Ao clicar no título

da história ou no quadrinho o visitante será redirecionado à página da narrativa.

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6.6. Páginadevisualizaçãodoperfildeumusuário

A página do perfil do usuário listará todas as criações do mesmo dando

prioridade as que foram atualizadas mais recentemente. Ela listará também os

últimos comentários que ele fez e também mostrará seus colegas que utilizam

o aplicativo.

Figura27Páginadoperfildeumusuário

Não existe a necessidade de disponibilizar funcionalidades de trocas de

mensagens pessoais pois o usuário pode utilizar a própria rede social em que o

aplicativo está inserido para isso.

6.7. Páginadevisualizaçãodabibliotecadeobjetos

Nessa página será possível visualizar os objetos da biblioteca pessoal

do usuário além de poder editar as palavras chaves que estão associadas ao

objeto, definir um preço para que outros usuários utilizem-o, alterar a

disponibilidade do objeto e remover o objeto de sua biblioteca.

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7. Conclusãoetrabalhosfuturos

Essa pesquisa relatou como as histórias são utilizadas no dia-a-dia das

pessoas com diversas finalidades e como podem ser utilizadas como forma de

compartilhar conhecimento.

A solução proposta irá ajudar as pessoas a compartilharem e

desenvolverem suas idéias através das possibilidades de interação entre os

usuários do aplicativo, pois ela facilita a criação de histórias em quadrinhos e

torna possível a colaboração entre os usuários. Um outro destaque é a

possibilidade de ramificar uma história existente fazendo com que diversos

pontos de vista sejam discutidos em uma mesma história, num mesmo

ambiente e reutilizando parte dela. Os comentários também são um ponto

chave para o desenvolvimento e compartilhamento do conhecimento pois

através deles o autor pode receber o feedback dos leitores e discutir as

diversas situações abordadas na história com outros usuários podendo

inclusive ter comentários com quadrinhos em anexo para explicar melhor o que

deseja.

Como trabalho futuro irei aprimorar o protótipo através de testes de

usabilidade com possíveis usuários e após modificar o protótipo com melhorias

que poderão surgir durante os testes, a aplicação será implementada

integrando-se com o Redu, uma rede social para educação desenvolvida pelos

alunos do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco.

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8. ReferênciasBibiliográficas

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