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marcoas68
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8/18/2019 Sermão a Cruz de Cristo
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A Cruz de Cristo E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí,
lamá sabactâni? que, traduzido, é: eus meu, eus meu, !or que me
desam!araste? "#arcos $%:&'(
Um de meus maiores pesares é que raramente a cruz de Cristo é explicada. Não é suficiente dizer ―Ele morreu – já que todos os homens morrem. Não é suficiente dizer ―Ele morreu noremente – já que os mártiresfazem o mesmo. !emos que entender que não temos proclamado em sua
plenitude a morte de Cristo com poder sal"#fico até que tenhamos aclaradoa confusão que a rodeia e expor seu "erdadeiro si$nificado a nossoscora%&es.
Ele morreu le"ando as trans$ress&es do mundo'ofrendo o casti$o di"ino pelos seus pecados(
Ele foi aandonado por )eus
*o#do deaixo da ira )ele em seu lu$ar.
I. esam!arado !or eus. Uma das passa$ens mais inquietantes+ e atémesmo que dão calafrios+ é o relato nas Escrituras de *arcos sore aexclama%ão do *essias ao estar na Cruz romana. Ele exclamou( ― Eloí,
Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste? ,*arcos -(/01‖2 luz do que saemos sore a natureza impecá"el do 3ilho de )eus e sua
perfeita comunhão com o 4ai+ é dif#cil entender as pala"ras de Cristo+ porém ainda assim nelas encontramos o si$nificado da Cruz expostas+ eencontramos a razão pela qual Cristo morreu.
5 'almo 66. Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que tealongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido? Deus meu, eu
clamo de dia, e tu no me ouves! de noite, e no ten"o sossego# Porém tu
és santo, tu que "abitas entre os louvores de $srael# Em ti con%iaram nossos
pais! con%iaram, e tu os livraste# & ti clamaram e escaparam! em ti
con%iaram, e no %oram con%undidos# 'as eu sou verme, e no "omem,
opr(brio dos "omens e desprezado do povo ,'almo 66(-781
Nos primeiros dois "ers#culos+ escutamos a queixa do *essias( Ele seconsidera aandonado por )eus. 5 qual si$nifica desamparado,abandonado, ou desertado si$nifica deixar, perder ou desampara. Emamos os casos+ a inten%ão é clara. 5 pr9prio *essias é consciente de que)eus o há desamparado e se p:s de ou"idos surdos a 'eu pranto. Esse
desamparo não é sim9lico nem poético. ; real< 'e al$uma "ez al$uma
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criatura sentiu7se desamparada por )eus+ essa certamente foi o 3ilho de)eus na cruz do Cal"ário<
No quarto e quinto "ers#culo do 'almo+ a an$=stia sofrida pelo *essias se"olta mais a$uda ao recordar a fidelidade do pacto de )eus para com seu
po"o. Ele declara( ― Em ti con%iaram nossos pais! con%iaram, e tu oslivraste# & ti clamaram e escaparam! em ti con%iaram, e no %oram
con%undidos#) > aparente contradi%ão é clara. Nunca hou"e um s9momento na hist9ria em que o po"o pactual de )eus hou"esse "isto umhomem justo clamando a )eus sem ser res$atado. No entanto+ o *essiassem mancha dependura7se do madeiro completamente desamparado. ?ual
poderia ser a razão pelo desamparo de )eus( 4or que "irou as costas a 'eu3ilho uni$@nitoA
Ele admite a atrocidade – Ele tinha7se con"ertido em um "erme+ e já não
era homem. 4or que o *essias utilizaria tal lin$ua$em pejorati"a consi$omesmoA >caso se enxer$a"a a si mesmo como um "erme porque tinhacon"ertido7se o ―opr(brio dos "omens e desprezado do povo+ ou tinhauma razão mais espantosa para 'ua auto7deprecia%ãoA
> resposta pode ser encontrada em somente uma amar$a "erdade( o 'enhor tinha feito que toda nossa iniquidade ca#ra sore Ele+ e como um "erme+Ele foi desamparado e mo#do em nosso lu$ar.
Essa metáfora somria do *essias a$onizante não está somente nessas
Escrituras. Existem outras que nos le"am mais fundo ao cora%ão da Cruz eare7nos que ― Ele pade*a muito em ordem de oter a reden%ão de seu po"o. 'e tememos diante das pala"ras do 'almista+ seremos le"ados a ou"ir aos tr@s "ezes 'anto 3ilho de )eus con"erter7se na serpente le"antada dodeserto+ e depois+ no cordeiro expiat9rio que carre$a"a o pecado e que eradeixada a ir morrer sozinho no deserto.
A primeira metáfora se encontra em Números. 4ela constante reeliãode Bsrael para )eus e seu recha%o de 'ua pro"isão misericordiosa+ o 'enhor en"iou ― serpentes ardente entre o po"o e muitos morreram. No entanto+
como resultado do arrependimento do po"o e da intercessão de *oises+)eus mais uma "ez deu pro"isão para sua sal"a%ão. Ele ordenou a *oisés(― +azete uma serpente ardente, e p-ena sobre uma "aste! e será queviverá todo o que, tendo sido picado, ol"ar para ela# ,N=meros 6-(1
> princ#pio parece contradit9ria a l9$ica que ―a cura ti"esse a semelhan%adaquele que ha"ia ferido. No entanto+ dá uma poderosa ima$em da cruz. 5sisraelitas esta"am morrendo do "eneno das serpentes ardentes. 5 homemmorre do "eneno de seu pr9prio pecado. > *oisés lhe ha"ia sido ordenadocolocar a causa da morte no alto em uma haste. )eus colocou a causa de
nossa morte sore 'eu pr9prio 3ilho ao le"antá7lo alto sore a cruz. Eletinha "indo ― semel"an*a da carne do pecado ,Domanos (/1+ e foi feito
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para n"s. Essa "erdade não de"e causar que pensemos menos dadeclara%ão de 4aulo que Cristo se ― %ez pecado >inda que foi uma culpaimputada+ foi uma culpa real+ trazendo uma inquietante culpa para 'uaalma. Ele tomou nossas culpas como suas+ este"e em nosso lu$ar+ e morreu
desamparado de )eus. ?ue Cristo se fez pecado é uma "erdade terr#"elcomo incompreens#"el+ e ainda justamente quando pensamos que não se pode dizer pala"ras ais escuras contra Ele+ o ap9stolo 4aulo acende umalHmpada e nos le"a ao fundo da humilha%ão e desamparo de Cristo.Entramos na ca"erna mais profunda para encontrar ao 3ilho de )eus
pendurado na cruz e le"ando seu t#tulo mais infame – o maldito de (eus,
6risto nos resgatou da maldi*o da lei, %azendose maldi*o por n(s!
porque está escrito: 'aldito todo aquele que %or pendurado no madeiro
,Iálatas /(/J1 Cristo con"erteu7se no que n9s éramos em tempo afim de
nos redimir do que merec#amos.%le converteu-se em um verme e n)o omem$ a serpente al+ada nodeserto$ o cordeiro enviado fora do acampamento$ o carregador de
pecados$ e A&uele sore o &ual a maldi+)o de (eus caiu . ; por essarazão que o 4ai o rejeitou e todo o céu escondeu seu rosto.
; uma $rande "olta que o "erdadeiro si$nificado da N)o ' raro ouvir a umpregador declarar &ue o ai re*eitou ao /ilo por&ue n)o podia
suportar o sofrimento infligido.
5 4ai rejeitou a 'eu 3ilho não porque lhe tenha faltado for%a paratestemunhar seu sofrimento+ mas sim porque ― &quele que no con"eceu pecado, o %ez pecado por n(s! para que nele %4ssemos %eitos 5usti*a de
Deus. ,6 Cor#ntios (6-1 Ele colocou nossos pecados sore Ele e lherecha%ou porque 'eus olhos são demasiadamente puros para apro"ar amaldade e não pode "er a maldade com fa"or.
II. 0risto morre sob a ira de eus. ara oter a salva+)o das pessoas$Cristo n)o somente sofreu o terrível desamparo de (eus+ mas Ele tomouo amar$o cálice da ira de )eus e morreu uma morte san$renta em nosso
lu$ar. '9 então a justi%a di"ina podia ser satisfeita+ apazi$uar a ira de )eus+e fazer poss#"el a reconcilia%ão.
No jardim+ Cristo orou tr@s "ezes para que ―o cálice fora remo"ido )ele+mas cada "ez 'ua "ontade entre$a"a7se a "ontade do 4ai. )e"emos nos
per$untar( o &ue esse cálice contina &ue fizesse com &ue %le rogassefervorosamenteA 5 que continha que causara tal an$=stia que 'eu suor semesclasse com san$ueA
3requentemente é dito que o cálice representa"a a cruel Cruz romana e atortura f#sica que lhe espera"a+ ha"ia al$o muito mais sinistro que e"ocou oclamor de liera%ão do *essias.
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Nos primeiros séculos da i$reja primiti"a+ milhares de cristão morreram emcruzes.
!emos de crer que os se$uidores do *essias enfrentaram tal morte cruelcom $ozo indiz#"el+ enquanto que ao Capitão de sua 'al"a%ão se aco"ardou
no jardim+ diante da mesma torturaA4ara entender o conte=do sinistro desse cálice+ de"emos nos diri$ir ásEscriturasK Existem duas passa$ens em particular que de"emos considerar – uma no salmo ― Porque na mo do 7E89; "á um cálice cu5o vin"o étinto! está c"eio de mistura! e dá a beber dele! mas as esc(rias dele todos
os ímpios da terra as sorvero e bebero. ,'almos L(1 e a outra emMeremias( ― Porque assim me disse o 7E89; Deus de $srael: raão que le"asse a seu filho Bsaque ao monte *oriá e ali ooferecesse como sacrif#cio a )eus. ―
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