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5/12/2018 SermodeSantoAntnioaosPeixes-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/sermao-de-santo-antonio-aos-peixes-55a3692aab9fe Sermão de Santo António aos Peixes A oratória define-se como a arte do bem falar em público, teve o seu máximo cultor no Padre António Vieira, que transformou o púlpito em tribuna política para comentar os grandes problemas da época. No séc. XVII apregação era um espetáculo cuja principal função era deleitar (delectare) , para além de ensinar (docere) e influenciar comportamentos (movere)  e estava no espírito da contra-reforma e captação e evangelização das multidões não tanto pela razão, mas pela sensibilidade, prazer, para o gozo intelectual e também pelo terror e piedade. Sermão de Santo António aos Peixes é um dos mais célebres sermões de António Vieira e insere-se no contexto da sua luta empenhada contra os desmandos dos colonos portugueses do Brasil na exploração do trabalho servil dos índios, negros ou outros colonos menos afortunados. Este sermão procura denunciar a exploração e a escravidão vistas como uma espécie de universal antropologia em que os homens como os peixes se comem uns aos outros e em que os pequenos são o pão do quotidiano dos grandes. O sermão é uma peça alegórica, pois o pregador finge pregar não aos homens, mas sim aos peixes, louvando-lhes as virtudes e criticando-lhes os defeitos. Vieira não se afasta muito do método português de pregas, seguindo a estrutura retórica da época; primeiro surgia o tema ou a passagem evangélica, a partir da qual se construirá todo o texto (o conceito predicável ). Depois das ideias que seriam trabalhadas , vinha a invocação, o apelo à Virgem. Seguir-se-ia então a parte principal do sermão, a Proposição, em que desenvolveria as ideias a serem trabalhadas, apoiando-se sempre em casos bíblicos, sentenças de santos, exemplos da Sagrada Escritura ou não; coincidia com a Confirmação, em que o pregador se justificava, refutava, argumentava quase sempre com citações bíblicas. Finalmente, na Peroração proporá as lições de moral e apela ao público a segui-las, na vida, na prática. Exórdio: y O orador expõe o plano, o assunto, a matéria que vai defender e pede atenção e a benevolência do público. O conceito predicável vai tirá-lo da Sagrada Escritura, dando-lhe um sentido alegórico ou verdadeiro. Sobre os pregadores, ele dirá: Vos estis sal terrae. Invocação: y Invoca o pregador o auxílio divino para a exposição das suas ideias: Maria quer dizer, Domina maris: Senhora do Mar; e posto que o assunto seja tão desusado, espero que não me falte com a costumada graça. Avé Maria. Confirmação: y Era a exposição e desenvolvimento do tema indicado, filosofando, argumentando, de forma a provar a matéria que se propôs a trabalhar.

Sermão de Santo António aos Peixes

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Sermão de Santo António aos Peixes

A oratória define-se como a arte do bem falar em público, teve o seu máximocultor no Padre António Vieira, que transformou o púlpito em tribuna política para

comentar os grandes problemas da época.No séc. XVII apregação era um espetáculo cuja principal função era deleitar(delectare), para além de ensinar (docere) e influenciar comportamentos  (movere)  eestava no espírito da contra-reforma e captação e evangelização das multidões nãotanto pela razão, mas pela sensibilidade, prazer, para o gozo intelectual e também peloterror e piedade.

Sermão de Santo António aos Peixes é um dos mais célebres sermões deAntónio Vieira e insere-se no contexto da sua luta empenhada contra os desmandosdos colonos portugueses do Brasil na exploração do trabalho servil dos índios, negrosou outros colonos menos afortunados. Este sermão procura denunciar a exploração e

a escravidão vistas como uma espécie de universal antropologia em que os homenscomo os peixes se comem uns aos outros e em que os pequenos são o pão doquotidiano dos grandes. O sermão é uma peça alegórica, pois o pregador finge pregarnão aos homens, mas sim aos peixes, louvando-lhes as virtudes e criticando-lhes osdefeitos.

Vieira não se afasta muito do método português de pregas, seguindo aestrutura retórica da época; primeiro surgia o tema ou a passagem evangélica, a partirda qual se construirá todo o texto (o conceito predicável). Depois das ideias que seriamtrabalhadas, vinha a invocação, o apelo à Virgem. Seguir-se-ia então a parte principaldo sermão, a Proposição, em que desenvolveria as ideias a serem trabalhadas,

apoiando-se sempre em casos bíblicos, sentenças de santos, exemplos da SagradaEscritura ou não; coincidia com a Confirmação, em que o pregador se  justificava,refutava, argumentava quase sempre com citações bíblicas. Finalmente, na Peroração proporá as lições de moral e apela ao público a segui-las, na vida, na prática.

Exórdio:

y  O orador expõe o plano, o assunto, a matéria que vai defender e pede atenção ea benevolência do público. O conceito predicável vai tirá-lo da Sagrada Escritura,dando-lhe um sentido alegórico ou verdadeiro. Sobre os pregadores, ele dirá:Vos estis sal terrae. 

Invocação:

y  Invoca o pregador o auxílio divino para a exposição das suas ideias: Maria quer

dizer, Domina maris: Senhora do Mar; e posto que o assunto seja tão

desusado, espero que não me falte com a costumada graça. Avé Maria. 

Confirmação:

y  Era a exposição e desenvolvimento do tema indicado, filosofando,argumentando, de forma a provar a matéria que se propôs a trabalhar.

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Peroração:

y  A conclusão do discurso, em que o orador recapitulava tudo quanto dissera eterminava de uma forma brilhante para impressionar e convencer o público a pôrem prática os seus ensinamentos.

Resumo

Exórdio Capítulo I

O texto estrutura-se em torno da importância da palavra dos pregadores equivalente ao sal na preservação da moralidade e da integridade dos homens aTerra. Assim, tal como o sal impede a corrupção, também os pregadores devemimpedir a corrupção das almas.

O valor simbólico do sal aparece associado ao poder regenerador e purificadorda palavra de Deus. O verdadeiro sal é aquele que evita a corrupção e aquele que não

salga é inútil e deve ser desprezado.Vieira elogia aqueles que espalham a doutrina divina (pregadores que ensinam

e fazem o que devem) e acusa aqueles pregadores que não cumprem o seu dever (osque pregam o contrário).

Vieira diz também que a culpa pode ser dos ouvintes porque preferam imitar osactos dos pregadores ou porque se deixam levar pelos seus desejos.

Depois Vieira fala de Santo António e o milagre da pregação aos peixes, em queos habitantes da cidade não o quiseram ouvir e ele foi pregar aos peixes.

Sal = Pregadores Impedir a corrupção

(efeito)

Porém, a Terra se vê tão corrupta Seis razõesOs Pregadores: Os Ouvintes:

1 Não pregam a verdadeira doutrina 1 Não a querem ouvir

2 Dizem uma coisa e fazem outra 2 Imitam o que eles fazem e não o queeles dizem

3 Pregam-se a si e não a Cristo 3 Satisfazem os seus desejos e não aCristo

Soluções

Desprezar os pregadores que não dãoexemplo nem pregam a doutrina

Mudar de auditório

Conselho do Pregador Imitar Santo António e pregar aos peixes

Confirmação Capítulo II

O orador afirma que nunca teve pior auditório do que os peixes porque não sepodem converter, embora tivessem duas boas qualidades: ouvem e não falam.

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Vieira promete aos peixes que o sermão será mais agradável do que o quecostuma pregar aos homens, promessa irónica, visto que os peixes são uma alegoriados homens.

Refere, mais uma vez, as propriedades do sal, que deve conservar e preservar.Apoia-se nas palavras de S. Basílio que diz que os peixes não são só dignos derepreensão, mas também de louvor e exemplo a seguir.

O orador apresenta o exemplo de Cristo, que comparou a sua igreja a uma redede pesca, na qual os pescadores recolhiam os peixes bons e deitavam fora os maus (háque louvar bons e que repreender maus). Assim, a estrutura deste sermão, éinspirada na dupla função do sal, louvando-se as virtudes e as qualidades dos peixes eem seguida repreender os seus vícios.

Q ualidades dos peixes:

y  Foram os primeiros seres que Deus criou;

y  Ouvem e não falam;

y  São os maiores e os mais numerosos;

y  São obedientes;y  Prudentes;

y  Os peixes são quietos e devotos;

y  São livres e não se deixam dominar.

Defeitos dos Homens:

y  O deslumbramento face à adulação;y  A altivez e a presunção;

y  A violência e a obstinação;

y  A crueldade irracional;

y  O exibicionismo e a vaidade.

A glorificação aos peixes e a críticao ao homem é argumentada por argumentosbíblicos.

O capítulo termina com o apelo aos peixes para que sigam o exemplo de SantoAntónio que deixou tudo, a sua cidade e o deu país, alterando a sua própriaidentidade.

Esta atitude radical foi a forma que encontrou para se afastar das maldades doshomens e se encontrar com Deus, optando por uma vida solitária, afastado doconvívio com os homens.

Vos estis sal terrae

Propriedades do Sal: Propriedades das Pregações:1 Conservar o são (saudável) 1 Louvar o bem

2 Preservá-lo para que não secorrompa.

2 repreender o mal.

Divisão de Argumentos do sermão em 2 momentos:

y  1º momento louvor das atitudes 

y  2º momento repreensão dos vícios dos peixes 

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Confirmação Capítulo III

Padre António Vieira particulariza quatro peixes:

y  Peixe de Tobias  o fel serviria para curar a cegueira, enquanto que oseu coração seria usado para expulsar os demónios (vícios = perguiça,

vaidade, egoísmo...)y  Rémora   um peixe pequeno em tamanho, mas grande em força e

poder. Apesar do seu tamanho, conseguia mudar a direcção das naus: anau Soberba, a nau Vingança, a nau Cobiça e a nau Sensualidade.

y  Torpedo   faz tremer o braço dos pescadores que o tentam capturar,através de descargas eléctricas. As suas suas descargas fazem-nosperceber do pecado e mudam de rumo.

y  Q uatro-olhos  os seus 4 olhos simbolizam os deveres que os cristãostêm de cumprir, olhando para o céu, mas lembrando-se sempre doinferno. Ao olhar para cima, defende-se das aves e, ao olhar para baixo,defende-se dos peixes maiores que o comem.

O capítulo encerra-se com os louvores aos peixes:y  São eles que alimentam as Cartuxas e os Buçacos (ordens religiosas

contemplativas)

y  São eles que ajudam os cristãos a levar a penitênciay  São eles que foram escolhidos por Deus para festejar

y  São os companheiros do jejum e da abstinência dos justos

y  São o alimento que pode ser comido todos os dias da semana

y  São criaturas daquele elemento (água), cuja fecundidade entre todos éprópria do Espirito Santo.

Confirmação Capítulo IV 

A frase inicial deste capítulo funciona como uma chameira que estabelece aligação entre dois momentos diferentes do sermão: o anterior em que se louvaram asvirtudes dos peixes e o posterior, em que se apontarão os seus defeitos.

O principal defeito dos peixes é, segundo Vieira, o facto de se comerem uns aosoutros. Este escândalo é intensificado pela circunstância de serem os grandes quecomem os pequenos. Se a situação fosse inversa, ou seja, se os pequenos comessemos grandes, o mal não seria tão grande, pois muitos pequenos podem comer um

grande.O sermão é alegórico, daí que o tema trabalhado neste capítulo seja o daexploração dos pobres e indefesos pelos mais poderosos antropofagia social. Oorador recorre às palavras de Santo Angostinho para credibilizar a sua opinião.

Vieira continua a criticar os peixes, afirmando que não percebe como sendotodos irmãos e vivendo no mesmo elemento, se comam uns aos outros. Para lhesmostrar o quão feio é o seu pecado, vai recorrer ao exemplo dos homens. Os peixessão, então, convidados a olhar para a terra, não para os matos (o que seria prevísivel,visto que a antropofagia não deveria ser uma prática comum entre os homens), mas

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mais precisamente para a cidade. Assim, poderão constatar nos homens os seuspróprios defeitos, nomeadamente o modo como se comem, ou seja, se exploram unsaos outros. A repetição da forma verbal comer, associada à sua polissemia, sublinhaa vasta dimensão desta antropofagia social.

A partir desta generalização, Vieira centra-se num caso particular, o de alguémque acaba de morrer e cujos familiares e amigos querem logo comê-lo: os herdeiros,a mulher, o coveiro, os testamenteiros, o médico, etc.

Embora o exemplo apresentado mostre o quão mórbida e inaceitável é estasituação, Vieira desculpa aqueles que comeram, ou seja, tiraram dividendos domorto porque, para o orador, pior são aqueles que comem e exploram, semescrúpulos, os vivos. É o caso dos inúmeros job que povoam a terra. Geralmente sãohomens perseguidos pela justiça perversa e viciada, homens acusados de crimes,explorados pelo meirinho, pelo carcereiro, pelo escrivão, pelo solicitador, peloadvogado, pelo julgador, sendo sentenciados e executados, antes mesmo de julgados.O orador sublinha a crueldade dos homens, referindo que até mesmo os corvos sócomem o enforcado depois de executado.

Em seguida, Vieira assume um tom mais violento e interventivo, referindo-se à justiça e às maldades causadas por:

y  Serem os maiores que comem os pequenos;

y  Serem os pequenos comidos de qualquer modo;

y  Serem os grandes aqueles que têm mais poder;

y  Serem os pequenos comidos como se fossem pão (o pão é alimento que secome todos os dias indiscriminadamente);

y  Serem os pequenos comidos em qualquer momento;

y  Mostram ignorância e cegueira.

As críticas da crueldade dos peixes grandes perante os mais pequenoscontinuam e Vieira alerta os primeiros que ninguém está imune de ser apanhado porum ainda maior.

Vieira tenta, então, convencer os peices a não se comerem os aos outros,referindo-se ao dilúvio e à arca de Noé. Na arca, os animais da terra e do mar, que secostumavam comer uns aos outros, não o fizeram porque queriam sobreviver e todosviveram em paz. Logo os peixes devem seguir o seu exemplo.

Os peixes ainda são acusados de outros defeitos: a ignorância e a cegueira, queos faz serem pescados e perderem a vida.

Mais uma vez, o orador mostra que também os homens se deixam enganar porpouco, dando o exemplo dos homens do Maranhão que se endividam, perdendo tudoo que ganharam durante um ano por restos de lojas que já não se usam em Portugal.

O capítulo acaba com mais uma referência a Santo António. Vieira começa porreferir que os peixes não necessitam de se perder, como os homens, pelos panos, poisDeus vestiu-os com escamas brilhantes e vistosas. Melhor será seguir o exemplo dosanto que proferiu a sobriedade à ostentação, recusando galas e vaidades, tendoatingido, por isso, a santidade. Foi com esta postura simples que Santo Antónioconseguiu converter muitos homens desviados da fé.

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Confirmação Capítulo V 

Após ter apresentado uma crítica à generalidade dos peixes, neste capítulo, oorador enuncia os principais defeitos e vícios de alguns peixes, em particular:

Peixes Comportamentos eCaracterísticas

Traços humanosrepresentados

Personagens comesse comportamento

Contraste comSanto António

Roncadores Peixes pequenos, queemitem um som muito

forte

Arrogantes, orgulhosos,soberbos.

São Pedro, Pilatos eCaifás.

Não se vangloria,apesar do seu saber

e do seu poder

Pegadores Peixes que se fixam nosgrandes ou no leme dos

navios.

Oportunistas,interesseiros, parasitasda sociedade,subserviência.

São Mateus,seguidores de

Herodes

Também se pegoua Cristo para segui-

-lo.

Voador Peixes pequenos comgrandes barbatanas.

Ambiciosos e vaidosos. Colonos Desmarcou-se daambição

Polvo Parece um monge,simula brandura e

mansidão.

Falsos, hipócritas etraidores.

Judas Sempre foiverdadeiro e

sincero

O capítulo acaba com uma crítica aos portugueses. Partindo do exemplo deSanto António, Vieira refere a degenerescência dos valores nacionais, uma vez que, nopassado, as características exemplares de Santo António eram extensivas a todo opovo português, não sendo por isso atribuído aos santos.

Finalmente, de forma irónica, o pregador salienta que tudo o que pregou atéentão seria o ideal para a conduta dos homens, se ele não tivesse estado a pregar aospeixes, não tendo, por isso, o seu sermão qualquer efeito sobre os homens.

Peroração Capítulo VI

No 1º parágrafo, Vieira refere o facto de os peixes nunca serem animaisescolhidos para os sacríficios rituais, porque como não vivem fora de água, chegariammortos ao altar. Partindo deste facto, o orador afirma que, tal como os peices, hámuitos homens que chegam ao altar mortos, ou seja, em pecado mortal. Mais umavez, os peixes saem beneficiados em relação aos homens.

No 2º parágrafo, o orador manifesta a sua inveja de condição dos peixes,porque embora eles sejam irracionais, não ofendem Deus nem com as palavras, nem

com a memória, nem com o entendimento, nem com a vontade; apenasdesempenham a função que Deus lhes deu quando os criou., enquanto o orador foicriado para servir Deus, missão que não consegue realizar plenamente. Os peixes,porque não ofenderam a Deus, poderão encará-lo, enquanto que ele não.

O último parágrafo constitui uma exortação aos peixes para que louvem aDeus, porque Ele os fez numerosos, belos e diversos, porque lhes deu água para nelaviverem e se multiplicarem e porque escolheu pescadores (apóstolos) para com Elesprivarem.

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O sermão termina de um modo provocatório porque, como a pregação foidestinada aos peixes e estes, pela sua condição, não são capazes de glória nem degraça, o sermão não atinge o seu objetivo. O pregador remete, então para Deus abênção final.