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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA
SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE RORAIMA – SR 25
PROJETO BÁSICO
ATES n° 01/2011
VISANDO A SELEÇÃO DE ENTIDADE(S) PRESTADORA(S) DE SERVIÇOS
DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, SOCIAL E AMBIENTAL – ATES PARA
PROJETOS DE ASSENTAMENTO DA REFORMA AGRÁRIA DE
RORAIMA
Boa Vista
Maio 2011
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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3
2.PRINCÍPIOS..............................................................................................................................4
3.FUNDAMENTOS.....................................................................................................................5
4.JUSTIFICATIVA......................................................................................................................6
5 – OBJETIVO GERAL...............................................................................................................6
6 – OBJETIVO ESPECÍFICOS....................................................................................................7
7 – PÚBLICO BENEFICIÁRIO..................................................................................................9
8 – ÁREA GEOGRÁFICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.............................................9
9 – METODOLOGIA E EXECUÇÃO E METAS.....................................................................10
10 – DETALHAMENTO DAS METAS POR PROJETO DE ASSENTAMENTO E NÚCLEO
OPERACIONAL........................................................................................................................21
11 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS...........................................................21
12 – COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS.......................................................22
12.1 – ESTRUTURA FÍSICA DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS...........................23
13 – VALOR DA CHAMADA PÚBLICA................................................................................25
14- COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS..........................................................................................25
14.1 – SÍNTESE DOS CUSTOS..................................................................................30
15 – MONITORAMENTO DO CONTRATO...........................................................................31
16 –FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO...................................................................................33
17 – DO INÍCIO DAS ATIVIDADES.......................................................................................34
18 – DO PRZO PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO...........................................................34
19 – DA PRORROGAÇÃO E REPACTUAÇÃO.....................................................................34
20 – DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................34
21 – REFERÊNCIAS.................................................................................................................35
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1. INTRODUÇÃO
O presente documento apresenta o Projeto Básico elaborado pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária do Estado de Roraima, para a execução do Programa de
Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, previsto no PPA
2008/2011, através do Programa 1427 e Ação 4470, no contexto da implementação da Política
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma
Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na
Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER, instituídos pela Lei 12.188/2010 e
o Decreto 7.215/2010.
A ATES é uma ação desenvolvida sob a coordenação do INCRA, por meio da Diretoria
de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento. A sua execução ocorrerá através de
Contrato, na forma prevista na Lei 8.666/1993 e no Art. 27 da Lei 12.188/2010, visando
assegurar de forma continuada e integral os serviços de assessoria técnica, desde a implantação
dos Projetos de Assentamento, com o objetivo de torná-los unidades de produção estruturadas,
inseridas de forma competitiva no processo de produção, voltadas para o mercado e integradas
à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional.
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2. PRINCÍPIOS
Especificamente, o Programa de Assessoria Técnica Social e Ambiental tem os
seguintes princípios:
I . Assegurar às famílias assentadas em Projetos de Assentamento federais ou
reconhecidos pelo INCRA o acesso à Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma
Agrária – ATES, pública, gratuita, de qualidade e em quantidade suficiente, visando o
desenvolvimento dessas áreas e o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar;
II. Contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, com ênfase em
processos de desenvolvimento endógeno, apoiando as famílias assentadas na potencialização
do uso sustentável dos recursos naturais;
III. Adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, estimulando a adoção
de novos enfoques metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos
princípios da Agroecologia;
IV. Estabelecer um modo de gestão capaz de democratizar as decisões, contribuir
para a construção da cidadania e facilitar o processo de controle social no planejamento,
monitoramento e avaliação das atividades, de modo a permitir a análise e melhoria no
andamento das ações;
V. Desenvolver processos educativos permanentes e continuados, a partir de um
enfoque dialético, humanista e construtivista, visando à formação de competências, mudanças
de atitudes e procedimentos dos atores sociais, que potencializem os objetivos de melhoria da
qualidade de vida e de promoção do desenvolvimento rural sustentável;
VI. Promover a viabilidade econômica, a segurança alimentar e nutricional e a
sustentabilidade ambiental das áreas de assentamento, tendo em vista a efetivação dos direitos
fundamentais do trabalhador rural e considerando a perspectiva do desenvolvimento territorial;
VII. Promover a igualdade entre trabalhadoras e trabalhadores rurais assentados da
reforma agrária, favorecendo o protagonismo da mulher na construção e implementação dos
projetos; e
VIII. Contribuir no fortalecimento das organizações sociais dos assentados.
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3. DOS FUNDAMENTOS:
Os Projetos de Assentamentos são uma alternativa viável para a solução de graves
problemas que afetam a sociedade brasileira. É fundamental que as famílias recebam apoio
técnico qualificado, de forma que construam referenciais sociais, produtivos e tecnológicos
ajustados ao novo ambiente, que respeitem os recursos naturais locais, aperfeiçoem o trabalho
na atividade de produção e elevem o nível de conhecimento técnico através da apropriação
compartilhada com outros agricultores e entre os próprios beneficiados. Trata-se de
potencializar, com investimentos públicos, as iniciativas das famílias, dinamizando o tecido
social juntamente com as iniciativas produtivas. Contempla-se assim, a sustentabilidade
ambiental, os agroecossistemas locais, as potencialidades e oportunidades de comercialização,
dentro de um contexto de desenvolvimento local e regional.
Os investimentos no processo de formação permanente dos agricultores e dos
profissionais que com eles interagem, permitirão a construção de formatos produtivos e
tecnológicos adequados à realidade local, coerente com os princípios de uma comunidade
sustentável sob os pontos de vista social, ambiental e econômico.
As ações de ATES realizadas pelo INCRA desde 2003 construíram uma ação de
assistência técnica descentralizada de apoio às famílias dos assentados nos Projetos de
Reforma Agrária, com os seguintes instrumentos:
a) A presença dos técnicos nos assentamentos possibilita a leitura das diferentes
realidades e a interação com as famílias, estimulando a busca de soluções criativas aos
problemas que se apresentam;
b) A ATES demonstra ser uma ação estruturante dentro do desenvolvimento de
assentamentos de Reforma Agrária no Estado, pois atuará de forma transversal às demais
políticas públicas do INCRA para desenvolvimento de assentamentos, possibilitando uma real
articulação entre elas;
c) As alternativas de produção, que levam ao desenvolvimento econômico dos
assentamentos, são experimentadas a partir das especificidades de cada realidade.
6
4. JUSTIFICATIVA
Nos últimos anos, o INCRA incorporou entre suas prioridades a implantação de um
modelo de assentamento com a concepção de desenvolvimento territorial. O objetivo é
implantar modelos compatíveis com as potencialidades e biomas de cada região do País e
fomentar a integração espacial dos projetos. Outra tarefa importante no trabalho da autarquia é
o equacionamento do passivo ambiental existente, a recuperação da infra-estrutura e o
desenvolvimento sustentável dos mais de cinco mil assentamentos existentes no País (INCRA,
2010).
A Superintendência Regional/SR-25 é um órgão descentralizado, responsável pela
coordenação e execução das ações do INCRA no Estado de Roraima. Cabe a essa unidade
coordenar e executar, na sua área de atuação, as atividades homólogas às dos órgãos seccionais
e específicos relacionadas a planejamento, programação, orçamento, informática e
modernização administrativa. Também deve garantir a manutenção, fidedignidade, atualização
e disseminação de dados do cadastro de imóveis rurais e sistemas de informações do INCRA
(INCRA, 2010).
5. OBJETIVO GERAL
O presente Projeto Básico busca respaldar a contratação de serviços de Assistência
Técnica, Social e Ambiental – ATES, elaboração de Plano de Desenvolvimento do
Assentamento – PDA e Plano de Recuperação do Assentamento – PRA, por meio de atividades
individuais, grupais e complementares, compreendendo o planejamento, a execução e
avaliação, no contexto da implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e
Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa
Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma
Agrária – PRONATER por meio de Chamada Pública para a seleção de entidade(s)
executora(s) de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – Superintendência Regional de Roraima (SR-25).
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6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Apontar estratégias iniciais para a construção da viabilidade econômica e da soberania
alimentar e nutricional das famílias assentadas;
Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s, de acordo com o anexo VIII e IX do manual operacional
de ATES/2008;
Aproximar a comunidade assentada à dinâmica do município, buscando a
complementariedade na execução das ações do Programa de ATES, pela agregação de
instituições privadas e públicas, de todas as esferas federativas, que atuam localmente;
Integrar o Programa aos planos de desenvolvimento regionais existentes ou que venham a
existir, como os Territórios da Cidadania. Para isso as prestadoras deverão promover ações
voltadas à execução e potencialização desses planos;
Realizar capacitações através de cursos, oficinas, dias de campo, intercâmbios e visitas as
instituições nas áreas de abrangência dos projetos contratados;
Potencializar processos de inclusão social e de fortalecimento da cidadania, por meio de
ações integradas, que tenham em conta as dimensões: ética, social, política, cultural,
econômica e ambiental;
Apoiar ações destinadas à qualificação e aumento da produção agropecuária, pesqueira,
extrativista e artesanal, com ênfase na produção de alimentos básicos e com a utilização de
práticas ecologicamente corretas e economicamente viáveis;
Promover a igualdade de gênero e o resgate dos saberes locais e do respeito à diversidade
étnica e cultural dos assentados;
Estimular a compreensão dos direitos especiais de crianças, jovens e idosos, com focos de
atenção à saúde, à segurança e ao lazer, buscando a consolidação da unidade familiar;
Promover a segurança alimentar, com a conscientização da importância de uma boa
alimentação para a manutenção da saúde, através do estímulo à instalação e ao consumo de
produtos da horta caseira agroecológica, formada por plantas medicinais, condimentares e
olerícolas;
Encorajar a proteção à saúde através de mudanças nos hábitos e da compreensão das
atitudes diárias como mecanismos de: promoção do saneamento básico a baixo custo,
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manutenção da segurança dos alimentos consumidos, provimento de água potável segura
através do acesso a fontes de água limpa, redução da incidência de doenças e infecções, em
especial as zoonoses, através de educação sobre os mecanismos de disseminação de
doenças e seu controle;
Estimular nas famílias, o correto gerenciamento dos resíduos gerados no cotidiano, pelo
correto encaminhamento dos resíduos orgânicos através da compostagem, e pelo destino
adequado dos materiais não degradáveis e cumulativos (plásticos, metais, entre outros);
Fortalecer a noção de Cidadania e suas implicações nos direitos e responsabilidades sociais,
incluindo ações de valorização da documentação do indivíduo, da família e da unidade
produtiva como instrumentos de inclusão social;
Incentivar a construção e consolidação de formas associativas geradoras de laços de
solidariedade e que fortaleçam a capacidade de intervenção dos atores sociais como
protagonistas dos processos de desenvolvimento rural sustentável;
Promover a valorização do conhecimento local e apoiar os agricultores familiares no
resgate de saberes capazes de servir como ponto de partida para ações transformadoras da
realidade;
Mobilizar as organizações locais dos agricultores familiares (Associações, cooperativas,
sindicatos e outros) para que contribuam no processo educativo de transferência de
tecnologia;
Desenvolver conhecimentos práticos a fim de melhorar a qualidade de vida dos agricultores
familiares;
Elaborar um diagnóstico dos assentamentos, detectando as demandas de crédito Instalação,
Apoio Mulher, aquisição e materiais de construção, crédito ambiental, fomento, adicional
fomento, Terra Sol, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -
PRONAF, Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e do Programa Nacional de
Alimentação escolar - PNAE ;
Garantir a efetiva participação dos assentados em todas as fases do processo de
planejamento e implementação das ações nos projetos de assentamento.
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7. PÚBLICO BENEFICIÁRIO
O público beneficiário serão as famílias regularmente assentadas em Projetos de
Assentamentos da reforma agrária inseridos no Arco Verde e Território da Cidadania Sul de
Roraima.
8. ÁREA GEOGRÁFICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
Os serviços serão prestados no Estado de Roraima, para as famílias assentadas e
constantes na Relação de Beneficiários do SIPRA (Sistema de Informações dos Projetos de
Reforma Agrária) em Projetos de Assentamento localizados nos municípios de Rorainopólis
(Território Sul) e Mucajaí (Arco Verde), conforme quadro abaixo e detalhamento das metas
por projeto de assentamento e núcleo operacional (Anexo II).
Núcleos Operacionais no Estado de Roraima
Lote 1
UF
Município N° de
Assentamentos
Total de famílias
Rorainópolis RR Rorainópolis, 10 631
Lote 2
Município N° de
Assentamentos
Total de famílias
Alto Alegre RR Mucajaí 2 851
TOTAL 02 12 1.482
Quadro1: Síntese da área Geográfica para prestação dos serviços e público beneficiário da Chamada Pública
1 Entende-se por Lote, o conjunto de assentamentos dispostos em arranjo de maneira a facilitar a execução dos
serviços, considerando a otimização de deslocamento, proximidade entre assentamentos, número de famílias, entre outros. O nome do Lote geralmente coincide com o município no qual será exigida a instalação de uma base/núcleo operacional central, de onde será projetada toda a distribuição e o planejamento dos serviços a serem executados. Para cada lote é admitida uma concorrência.
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9. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO E METAS
A implementação de um trabalho de assistência técnica e extensão rural preconizado
pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural requer a adoção de uma
metodologia participativa por meio de um enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e
intercultural, tendo como ponto referencial a realidade e o conhecimento local. Esta
metodologia deve consentir a avaliação participativa dos resultados e do potencial de
replicabilidade das experiências exitosas. Para tanto, recomenda-se uma ação planejada,
metódica e construtivista, a fim de alcançar a geração e apropriação coletiva de conhecimentos,
a construção de processos de desenvolvimento sustentável e a adaptação de tecnologias
voltadas para a construção de um modelo de produção mais justo e solidário.
Considerando o contexto da PNATER, do Programa de ATES do INCRA e da demanda
qualificada dos Projetos de Assentamento no Estado de Roraima, sob a custódia da
Superintendência Regional do INCRA de Roraima SR (25), foram definidas 11 metas
específicas, que envolvem atividades de caráter individual, coletivas e complementares e que
dialogam com a elaboração do Plano de Desenvolvimento/Recuperação do Assentamento –
PDA/PRA para os lotes que os demandarem. O detalhamento de metas e serviços por Núcleo
Operacional, encontra-se disposto no ANEXO II. As metas a serem compridas pela a(s)
empresa(s) contratadas são:
PLANEJAMENTO
Meta 01 – Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s dos assentamentos, conforme demanda especificada
no anexo II – DETALHAMENTO DE METAS E SERVIÇOS POR NÚCLEO
OPERACIONAL, no período máximo de 6 (seis) meses a contar do início da assinatura do
contrato.
Serviço contratado: Elaboração de PDA ou PRA.
O Manual Operacional de ATES 2008 estabelece critérios e procedimentos referentes à
elaboração de PDA e PRA em seus anexos VIII e IX. A elaboração de ambos os planos deverá
seguir rigorosamente os roteiros pré-estabelecidos.
A respeito da elaboração do Plano de Desenvolvimento ou Plano de Recuperação do
Assentamento – PDA/PRA, é importante compreender que o processo a ser estabelecido, deve
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ser efetivamente participativo. E isso não se resume apenas a fazer reuniões com os assentados
para coletar informações, sistematizá-las e assim obter um "diagnóstico", isso não basta. Neste
processo, a palavra "participativo" passa pela compreensão de que para mudar uma realidade é
preciso conhecê-a, entendendo que só assim é possível refletir sobre qual intervenção deva ser
realizada para que se possa alcançar um "futuro desejado" mais coerente com a realidade
estudada.
Neste sentido, a abordagem e postura adotadas pelos técnicos de ATES são
fundamentais para que esse processo possa se concretizar em uma proposta viável para o
desenvolvimento do (s) assentamento (s), visando garantir o acesso irrestrito às políticas
públicas do INCRA e demais instituições parceiras. Assim, para que esse processo possa
garantir a participação efetiva dos assentados, sugere-se uma referência metodológica descrita
abaixo.
Etapa I: A preparação da equipe técnica
Na fase de preparação da equipe técnica, antes da primeira abordagem no assentamento
relacionada à elaboração do PDA/PRA, dever ser feito um levantamento e análise de "dados
secundários "disponíveis do território ou microregião, do município e do Projeto de
Assentamento.
Esse momento é fundamental para a preparação da equipe técnica que irá realizar o trabalho
para elaboração de PDA ou PRA, e principalmente para orientar os serviços de ATES no
assentamento.
Momentos de preparação da equipe técnica:
I. Levantamento dos dados secundários: Para isso a equipe técnica de ATES deve estabelecer
contatos com instituições públicas, órgãos de classe, representações populares e técnicos que
atuam ou atuaram no município onde o assentamento está localizado. Essas informações são
extremamente importantes para o processo de elaboração do (s) Plano (s);
II. Estudo e organização das informações levantadas: após o levantamento dos dados
secundários a equipe técnica de ATES deverá organizar estas informações por temas
(ambiental, econômica e social,.), para que sejam socializadas com os assentados;
III. Construção da agenda de atividades a serem realizadas na elaboração do plano: a equipe
técnica de ATES deve organizar uma agenda de atividades para a elaboração do (s) plano (s),
isso facilitará a realização dos trabalhos.
Etapa II: A Sensibilização
O primeiro momento de trabalho no assentamento para elaboração de um PDA ou PRA
é a "sensibilização" das famílias assentadas. Isso pressupõe mobilizá-los para a questão da
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participação, no sentido de captar a percepção dos agricultores assentados sobre sua realidade,
bem como a sua visão de futuro sobre o desenvolvimento do PA. Um processo de
sensibilização bem trabalhado é fundamental para o sucesso, tanto na elaboração como na
implementação do PDA/PRA.
Momentos da Sensibilização
I. Mobilização: a equipe deve utilizar os meios disponíveis, como radiodifusão e outros. É
importante conversar com lideranças e organizações sociais do assentamento (associação,
grupos de mulheres, grupos de jovens) buscando envolver homens, mulheres, jovens e idosos.
Eventualmente poderá ser realizada visita domiciliar;
II.Sensibilização para o trabalho coletivo: a equipe deve realizar sensibilização das principais
lideranças, as organizações do assentamento e assentados, quanto a relevância da construção do
seu PDA ou PRA. Isso pressupõe uma reflexão sobre as principais ferramentas e estratégias
para construção de um processo de planejamento participativo. Para isso, é importante
promover encontros (reuniões) no assentamento.
Etapa III: O Autodiagnóstico
O segundo momento de trabalho no assentamento para elaboração de um Plano de
Desenvolvimento ou de Recuperação do Assentamento – PDA/PRA é o "Autodiagnóstico",
como já diz o próprio nome é diferente do diagnóstico tradicional.
Neste sentido, o autodiagnóstico deve ser realizado pelos próprios assentados tendo a
equipe técnica como orientadora. Isso os possibilita participar desde o início do processo de
conhecimento da realidade e a partir daí analisar seus problemas e suas possibilidades de ação
para o alcance das mudanças segundo os seus próprios interesses.
Os técnicos atuam como facilitadores, contribuindo com sua capacidade teórica, de
análise e sua metodologia. São também atores. De acordo com Marban e Sotelo (1981:5), três
aspectos são importantes no autodiagnóstico: a teoria, o método e a ação.
A teoria dá elementos para interpretar os problemas concretos que se busca conhecer na
realidade. Ajuda a interpretar a realidade, a modificá-la, mas também pode ser modificada por
esta mesma realidade. Ela entra de forma dinâmica e refletida para "explicar por que as coisas
acontecem da maneira como acontecem". (Furtado e Furtado de Souza, 1994).
O método é o caminho para se conseguir alcançar os objetivos de forma lógica e
simples. Identificam-se e organizam-se as informações tecnológicas, econômicas e financeiras,
socioculturais, ambientais e políticoinstitucionais. Planeja-se como trabalhar com elas,
"cotejando os interesses e os desejos da sociedade com os limites e possibilidades técnicas"
(Buarque, 1998).
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A ação é importante também para testar se o conhecimento obtido da realidade é ou não
adequado. Ela justifica o conhecimento que a comunidade precisa ter de sua realidade.
(Furtado e Furtado de Souza, 1994)
Momentos do Autodiagnóstico:
I. Sensibilizar as lideranças e a comunidade para a necessidade de conhecer a realidade do
assentamento.
Para isso é importante promover encontros (reuniões) de motivação, com os
agricultores, as mulheres, os jovens, os idosos. Planejar o trabalho de pesquisa, decidir os
temas e como coletar as informações. A partir daí, dividem-se os grupos por temas (social,
ambiental econômico, infra-estrutura, organização social) para o conhecimento da realidade.
Os técnicos devem acompanhar os grupos de pesquisa-ação de acordo com o seu plano de
trabalho;
II. Pesquisa-Ação: estudar a realidade por meio do levantamento de informações, tendo os
agricultores (as) e suas famílias como pesquisadores (grupos de pesquisa-ação).
III. Sistematizar as informações obtidas na pesquisa-ação, agrupando-as sobre um mesmo tema
e depois estabelecer relações entre elas. Para isso, realizar oficina (s) no assentamento com os
grupos de pesquisa-ação;
IV. Socializar o resultado da pesquisa-ação, utilizando técnicas, que garantam a participação de
homens e mulheres em igualdade de oportunidades, para prosseguir com a reflexão sobre a sua
realidade. Para isso, realizar reunião(ões) no assentamento com as famílias assentadas;
V. Problematizar, identificar e definir com clareza os problemas mais importantes. Para isso,
realizar oficina no assentamento com as famílias assentadas;
VI. Priorizar os problemas a partir da sua identificação. Para isso, realizar oficina (s) no
assentamento com as famílias assentadas;
VII. Identificar as possíveis soluções para os problemas priorizados. Para isso, realizar oficina
(s) no assentamento com as famílias assentadas.
Etapa IV: A Programação para o Desenvolvimento
O terceiro momento de trabalho no assentamento para elaboração de um PDA ou PRA
é a "Programação para o Desenvolvimento," que deve ter como base principal os problemas e
as potencialidades identificados no autodiagnóstico realizado pelos assentados, levando sempre
em consideração suas próprias análises com o apoio dos técnicos das equipes de ATES, numa
visão crítico-construtiva, onde serão identificadas as ações que devem estar contempladas
dentro dos "programas" definidos no item 6 dos anexos VIII e IX do manual de ATES/2008,
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que possam tornar possível o processo de transformação da realidade e o alcance do
desenvolvimento do (s) assentamento (s).
Momentos da Programação para o Desenvolvimento
I. Sensibilização para o trabalho de planejamento da "programação para o desenvolvimento": é
importante realizar um processo de sensibilização que envolva as lideranças e toda a
comunidade para a necessidade de trabalhar na forma coletiva o planejamento e para o
desenvolvimento. Para isso, as equipes técnicas de ATES devem promover encontros
(reuniões) de motivação no assentamento;
II. Construção e Sistematização das Agendas de Prioridades: a partir da priorização dos
problemas e potencialidades, deve ser realizado no mínimo um encontro (oficina) com os
grupos de pesquisa-ação para construção e sistematização de uma agenda de prioridades onde
serão identificadas ações a serem realizadas para solucionar os problemas e aproveitar as
potencialidades anteriormente identificadas;
III. Socialização da Agenda de Prioridades: deve ser realizado no mínimo um encontro
(oficina) com os assentados para socialização (apresentação) da construção e sistematização da
"agenda de prioridades".
Etapa V: A Redação do Plano
I. A redação do plano deve ocorrer ao final de cada etapa, pois, dessa forma a equipe ganhará
tempo para se necessário retornar a campo e tratar novamente sobre alguns aspectos que por
ventura não tenham ficado suficientemente claros.
Etapa VI: A Devolução para as Famílias e Aprovação do Plano
I. Deve ser realizado no mínimo um encontro (reunião) com os assentados para devolução e
aprovação do plano
Etapa VII: A Entrega do Plano
Após a validação do Plano pelos assentados, o documento deverá ser entregue em 3
vias impressas, devendo uma ficar de posse da Organização dos Assentados, outra na
Prefeitura Municipal onde o Assentamento está localizado e outra no INCRA. O documento
deve ser entregue também em uma via digital ao INCRA.
O pagamento dos valores referentes à execução das atividades de elaboração do PDA e
do PRA ocorrerá após a entrega bimestral dos serviços relacionados à execução das etapas,
conforme dispõe a cláusula décima quarta da minuta do contrato (Anexo V). A finalização do
Plano não pode ultrapassar o fim do primeiro semestre do Contrato.
15
Caso o documento final do PDA/PRA não seja entregue ao INCRA, a entidade deverá
devolver os recursos recebidos referentes às primeiras etapas através de descontos a serem
realizados no pagamento das metas dos meses subseqüentes.
Meio de verificação:
Apresentação do PDA em 03 vias impressas e 02 em mídia digital. Também serão
considerados para comprovação da execução das etapas do PDA/PRA (serviços) as listas de
presença dos participantes (com ateste de no mínimo 40% dos assentados em RB), relatórios
fotográficos, atas e relatórios técnicos com a descrição resumida das atividades realizadas.
Meta 02: Realizar cursos de capacitação da principal atividade produtiva do assentamento.
Serviço contratado: Realização de 03(três) cursos durante a vigência do contrato, para grupos
de no máximo 100 (cem) famílias do núcleo operacional com duração mínima de 16 (dezesseis
horas), sendo cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a
participação de 10 (dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização
desta meta deve ser prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados,
ficando sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências
destes serviços.
Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de
presença dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório
fotográfico e técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no curso.
Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem
numeração em suas páginas.
Meta 03: Curso de capacitação em manejo integrado e controle alternativo de pragas.
Serviço contratado: Realização de 01(um) curso, para grupos de no máximo 100 (cem)
famílias do núcleo operacional com duração mínima de 16 (dezesseis horas), sendo cada curso
com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10 (dez)
beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve ser
prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados, ficando sob
responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços.
Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de
presença dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório
fotográfico e técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no curso.
16
Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem
numeração em suas páginas.
Meta 04: Planejar e Avaliar junto com os beneficiários as ações do Programa ATES em cada
projeto de assentamento.
Serviço contratado: Realizar 02 (duas) Oficinas, uma de Planejamento Inicial e outra de
Avaliação Final, das ações de ATES em cada Projeto de Assentamento, com duração de 08
(oito) horas. A oficina de Planejamento deve ser realizada no início do contrato, a de Avaliação
ao fim do contrato e devem contar com a participação do INCRA e parceiros.
A Oficina de Planejamento deve ser a primeira atividade prevista para acontecer em
cada projeto de assentamento e deverá ser precedido por um momento inicial de apresentação,
“aproximação e reconhecimento da realidade”. Este momento busca garantir um contato
inicial positivo entre famílias assentadas, organização local (quando ela existir), coordenação
da ATES do INCRA e equipe de técnicos contratados.
Na Oficina de Planejamento o INCRA apresenta a entidade, os dados básicos do
contrato (duração, número de técnicos, etc.), buscando criar um clima de transparência e de
compromisso.
A Oficina de Avaliação Final deve ser planejada como a última atividade do contrato
anual na perspectiva de que ela não trate, apenas, se tal ou qual atividade foi realizada a
contento, mais importante seria indagar sobre os resultados que estas atividades alcançaram.
Para a realização das oficinas deve ser garantida a alimentação dos assentados, ficando
sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes
serviços.
O ideal é que participem todos os técnicos que trabalharão durante o ano com as
famílias daquele Projeto, ficando obrigatória a participação de no mínimo 02 (dois) técnicos da
equipe.
Meio de Verificação: Para comprovação desta meta será considerada a lista de presença dos
participantes (com ateste de no mínimo 40% dos assentados em RB), bem como relatório
fotográfico, atas e relatório técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no
evento, o planejamento e demais encaminhamentos definidos. Não serão aceitas listas de
presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem numeração em suas páginas.
A empresa contratada deverá construir e informar à coordenação de ATES do
INCRA SR-25 (RR) um calendário das oficinas, com antecedência mínima de 15 dias, visando
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proporcionar a integração com a Coordenação e equipe de ATES, possibilitando a tomada de
decisões de forma compartilhada para condução do programa.
Meta 05: Oficina de planejamento e avaliação do Núcleo Operacional
Serviço contratado: Realizar 02 (duas) oficinas, uma de planejamento e outra de avaliação do
núcleo operacional, que deverá ser realizada de forma coletiva pelos (as) integrantes da equipe
de ATES, com duração de 8 (oito) horas.
A oficina de planejamento visa sistematizar informações colhidas durante as oficinas de
planejamento nos Projetos de Assentamentos e construir um planejamento inicial do núcleo
operacional e das atividades de ATES. Na oficina de avaliação do núcleo operacional a equipe
deverá sistematizar os registros das informações, sugestões e críticas construtivas percebidas
durante as oficinas de avaliação nos assentamentos, sendo também necessário uma
autoavaliação pela equipe técnica sobre suas ações e resultados, sua convergência com o
desenvolvimento local/regional/territorial, permitindo visualizar possíveis adequações a serem
feitas para as futuras ações de ATES.
A empresa contratada deverá construir e informar à coordenação de ATES do INCRA
SR-25 (RR) um calendário das oficinas, com antecedência mínima de 15 dias, visando
proporcionar a integração com a Coordenação e equipe de ATES, possibilitando a tomada de
decisões de forma compartilhada para condução do programa.
Meio de Verificação: Para comprovação desta meta será considerada a lista de presença dos
participantes das oficinas, registro fotográfico, relatório técnico com a descrição resumida das
atividades realizadas no evento. Nas oficinas de planejamento acrescenta-se um planejamento
(trimestral) do núcleo operacional e um planejamento (trimestral) por técnico (a) de ATES, um
planejamento por assentamento e demais encaminhamentos definidos.
Meta 06: Realizar um diagnóstico das unidades e do assentamento com o zoneamento
produtivo da parcela e do assentamento, indicando, dentre outras coisas, as demandas de
crédito Instalação, apoio inicial, crédito ambiental, fomento, adicional de fomento, apoio
mulher, aquisição e materiais de construções e outros, Terra Sol, do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, do Programa de Aquisição de Alimentos -
PAA e o Programa Nacional de Alimentação escolar - PNAE, identificando, em especial, os
produtores que desenvolvem atividades produtivas de base agroecológica. Para esta meta foi
considerado a participação de 80% das famílias assentadas do núcleo operacional.
18
Serviço contratado: Realizar 01 (uma) visita individual em cada unidade familiar beneficiária,
com duração média de 1 hora, para preenchimento de formulários cujo modelo será
disponibilizado pelo INCRA, com elaboração de relatório contendo diagnóstico de cada
parcela e do assentamento como um todo, independente da sua situação ocupacional.
Quando for verificada parcelas vagas ou ocupadas de forma irregular a entidade
prestadora de ATES deverá pegar ateste de pelo menos três beneficiários moradores do projeto de
assentamento que estejam regulares junto ao INCRA, incluindo, de preferência ateste dos
presidentes de associações, que comprovarão a veracidade das informações fornecidas pelas
prestadoras de ATES. A meta somente será considerada como cumprida caso a mesma seja
executada na sua totalidade, de acordo com os critérios aqui estabelecidos. O INCRA poderá
solicitar, a qualquer momento, documentos adicionais para comprovação da execução das ações
desta meta, bem como definir novos métodos para comprovação da execução dos serviços
executados para fins de liquidação, conforme lei a 12.188/2010 e posteriores alterações.
Meio de Verificação: Esta meta será comprovada através de ateste do beneficiário inserido em
sistema eletrônico próprio, será exigida a apresentação de relatório contendo diagnóstico das
parcelas e do assentamento sobre situação dos créditos PRONAF, Crédito Instalação, Apoio
Mulher, aquisição e materiais de construção, crédito ambiental, fomento, adicional fomento,
PNAE, PAA, Terra Sol etc., a situação do beneficiário no lote.
Meta 07: Curso sobre a importância do uso sustentável dos recursos naturais, da proteção e
preservação desses recursos.
Serviços contratados: Realizar 02 (dois) cursos durante a vigência do contrato sobre
legislação ambiental no âmbito da reforma agrária, para cada grupo de no máximo, 100 (cem)
famílias do núcleo operacional, com duração média de 16 (dezesseis) horas, pautadas na
educação e legislação ambiental, alternativas de recomposição florestal, de combate ao uso do
fogo, sendo cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a
participação de 10 (dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização
desta meta deve ser prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados,
ficando sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências
destes serviços.
A temática do curso deverá atender às necessidades detectadas durante as oficinas de
planejamento inicial e às demandas surgidas durante a elaboração do PDA/PRA.
19
Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença
dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório fotográfico e
técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no evento.
Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem
numeração em suas páginas.
Meta 08: Cursos de capacitação em associativismo e cooperativismo
Serviços contratados: Realizar de 01 (um) curso para cada grupo de no máximo 100 (cem)
famílias assentadas do núcleo operacional, com duração média de 16 (dezesseis) horas nas
temáticas do associativismo, cooperativismo e economia solidária de acordo com as demandas
apresentadas pelos assentamentos durante as oficinas de planejamento inicial e às demandas
surgidas durante a elaboração do PDA/PRA. Devem ser previstas ações de fomento a
implantação\criação de organizações sociais nos PA’s onde não existirem. Sendo cada curso
com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10 (dez)
beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve ser
prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados, ficando sob
responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços
Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença
dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários.
Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem
numeração em suas páginas.
Meta 09: curso sobre as políticas públicas disponibilizadas aos agricultores familiares com
enfoque à assistência social.
Serviço contratado: Realizar 01(um) curso para cada grupo de, no máximo, 100 (cem)
famílias do núcleo operacional, com duração 16 (dezesseis) horas, para tratar sobre as ações de
políticas públicas voltadas aos assentamentos, possibilitando o acesso a essa políticas. Sendo
cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10
(dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve
ser prevista a alimentação e material didático aos assentados, ficando sob responsabilidade da
entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços. A temática do curso
deverá atender às necessidades detectadas durante as oficinas de planejamento inicial e às
demandas surgidas durante a elaboração do PDA/PRA.
20
Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença
dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, relatório fotográfico e relatório
técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no evento.
Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem
numeração em suas páginas.
Meta 10: Visitas técnicas às Unidades de Produção Familiar (UPF)
Serviço contratado: Realização de 02 (duas) visitas técnicas à UPF, com duração de 02 (duas)
horas. As visitas têm o objetivo de orientar o desenvolvimento dos sistemas produtivos, dos
processos de comercialização, a logística e o gerenciamento da UPF.
Esta atividade não se confunde com outras ações desenvolvidas pela assistência técnica,
como laudos, elaboração de projetos, avisos para reuniões, entre outras. As visitas estão
diretamente ligadas às ações de cunho produtivo, social ou ambiental e tem por finalidade o
fortalecimento da unidade familiar na sua relação com a unidade produtiva no espaço físico do
lote. Nesse sentido, as visitas técnicas serão um dos instrumentos mais importantes, pois
permitem o levantamento pormenorizado dos elementos psicossociais, ambientais, de produção
e de autoconsumo, formando o contexto de cada unidade do assentamento. Essa
contextualização resultará na busca das estratégias de ação coletiva, ao mesmo tempo em que
possibilita a construção da tomada de decisão para a superação dos problemas específicos de
cada família assentada.
Somente as famílias que constam na Relação de Beneficiários emitidas pelo SIPRA do
INCRA poderão ser atendidas com as visitas técnicas individuais. Caso a prestadora de ATES
verifique a ocorrência de lotes evadidos, vagos ou outras formas irregulares dentro dos
assentamentos beneficiados pelo contrato de ATES, caberá a mesma comunicar imediatamente ao
INCRA sobre esta situação para que o mesmo tome as devidas providências cabíveis, visando
solucionar estes problemas. Neste caso, para não prejudicar o cumprimento do número de visitas
técnicas em cada assentamento, as prestadoras de ATES ficam autorizadas a aumentar o número de
visitas técnicas individuais às propriedades regulares junto ao INCRA.
Meio de verificação: A comprovação deste serviço será feito através do relatório técnico
contendo a síntese das atividades diárias desenvolvidas pelo profissional do núcleo operacional
e o preenchimento do formulário com o ateste do beneficiário, inseridos em sistema eletrônico
próprio. O modelo de relatório e de formulário para as vistas técnicas individuais serão
entregues às prestadoras durante a realização das oficinas de capacitação que serão realizadas
pelo INCRA em cada Núcleo Operacional, conforme especificado no Artigo 23 da lei
21
12.188/2010 e posteriores alterações. O INCRA poderá solicitar, a qualquer momento, documentos
adicionais para comprovação da execução das ações desta meta, bem como definir novos métodos
para comprovação da execução dos serviços executados para fins de liquidação.
Meta 11: Realizar Atividades Complementares de acordo com demanda existente no Núcleo
Operacional. Esta meta contempla a realização de atividades complementares aqui definidas
como as demais atividades passíveis de serem contratadas para a prestação dos serviços de
ATES descritas no Anexo I da Portaria/Incra/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010 e não foram
contempladas nas metas anteriores. Estas atividades poderão ser coletivas ou individuais. Para
o cumprimento desta meta sugere-se realizar oficinas/seminário com duração de 08 (horas),
com temas relacionados ao PAA, PNAE, saneamento básico, jovens, mulheres, introdução aos
princípios agroecológicos, compostagem etc e dias de campo/intercâmbio/visitas às instituições
de pesquisa, extensão, grupos comunitários e organizações formais com duração de 06 (seis)
horas.
As atividades complementares serão pagas de acordo com o tempo (medido em horas)
gasto para o desenvolvimento de cada atividade e segundo os valores específicos definidos para
cada hora de cada unidade desta meta de cada núcleo operacional. O quantitativo desta meta para
cada núcleo operacional está descrito no Anexo II.
Meio de Verificação: A comprovação da realização deste serviço será realizada mediante
entrega de relatório contendo todos os documentos anexos gerados durante a realização das
atividades, como o ateste dos beneficiários, relatório fotográfico e técnico com a descrição
resumida das atividades realizadas. O INCRA poderá solicitar, a qualquer momento,
documentos adicionais para comprovação da execução das ações desta meta.
10. DETALHAMENTO DAS METAS POR PROJETO DE ASSENTAMENTO E
NÚCLEO OPERACIONAL
O detalhamento das metas por Projeto de Assentamento e por Núcleo Operacional
encontra-se disposto no Anexo II.
11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS
A seguir encontra-se a Tabela Resumo de Metas, onde podem ser visualizadas todas
as metas descritas acima e a sua distribuição no período do Contrato (12 meses).
22
METAS PERÍODO DE REALIZAÇÕES/MÊS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meta 01: Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s
dos assentamentos.
X X X X X X
Meta 02: Realizar cursos de capacitação da
principal atividade produtiva do
assentamento
X X X X X
Meta 03: Curso de capacitação em manejo
integrado e controle alternativo de pragas.
X X X X X
Meta 04: Planejar e Avaliar junto com os
beneficiários as ações do Programa ATES
em cada projeto de assentamento.
X X
Meta 05: Oficina de Planejamento e
avaliação do Núcleo Operacional
X X
Meta 06: Realizar um diagnóstico das
unidades e do assentamento com o
zoneamento produtivo da parcela e do
assentamento.
X X X X X X X X X X
Meta 07: Sensibilizar sobre a importância
do uso sustentável dos recursos naturais, da
proteção e preservação desses recursos nos
termos da legislação vigente.
X X X X X X
Meta 08: Cursos de capacitação em
associativismo e cooperativismo.
X X X X X X
Meta 09: Curso sobre as políticas públicas
disponibilizadas aos agricultores familiares
com enfoque à assistência social.
X X X X X X
Meta 10: Visitas técnicas às Unidades de
Produção Familiar (UPF)
X X X X X X X X X X X
Meta 11: Realizar Atividades
Complementares de acordo com demanda
existente no Núcleo Operacional.
X X X X X X X X X X
Quadro 2 – Resumo das metas
23
As metas não cumpridas deverão ser devidamente justificadas e poderão ser realizadas
no mês imediatamente subseqüente, desde que inserida no calendário do mês e com
autorização do INCRA. Caso não sejam realizadas, será efetivado o desconto do valor
correspondente no pagamento da Fatura/Nota Fiscal.
12. COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS:
Para a execução das atividades a equipe técnica deverá abranger características como:
facilidade de trabalho participativo em grupo, na perspectiva construtivista, apresentando
capacidade de síntese e sistematização dos processos de discussão; identificação, respeito e
desenvoltura para lidar com a diversidade cultural das comunidades de assentados, habilidade
para negociação, facilidade de integração com outros profissionais e com entidades públicas e
privadas, facilitando a formação de parcerias; interesse na organização e capacitação das
famílias assentadas, objetivando a auto-gestão destas; e disponibilidade para viagens.
A Equipe técnica deverá ser constituída por no mínimo 1/3 de seus profissionais
apresentando experiência comprovada de mais de 02 (dois) anos em trabalhos técnicos com
agricultura familiar e extensão rural.
A comprovação da qualificação e experiência serão através de documentos originais,
autenticados em cartório ou originais mais a cópia a fim de ser autenticado no momento da
entrega da proposta. Não serão aceitos documentos sem os critérios anteriores.
Como comprovantes serão aceitos os seguintes documentos: Diplomas registrados pelo
MEC, Carteira de Trabalho, ART´s, termos de contratos com o termo de conclusão e
Certificados. Outros documentos comprobatórios poderão ser apresentados, mas ficará a
critério da comissão, que avaliará a validade dos mesmos.
Toda equipe técnica deverá estar regularmente registrada em seus respectivos conselhos
de classe e com suas anuidades em dia, sob pena de desclassificação da entidade caso apresente
profissional não enquadrado neste perfil.
Composição Lote 1
NO Rorainopólis
Lote 2
NO Alto Alegre
Total
N° de Projetos de Assentamentos 10 2 12
Famílias 631 851 1.482
Técnicos de Nível Superior 3 3 6
24
Técnicos de Nível Médio 5 7 12
Especialistas (Específicos para as exigências dos itens 5.1 e 5.2 do PDA/PRA –Manual
ATES/2008)
Técnicos de Nível Superior 9 8 17
Técnicos de Nível Médio 3 2 5
Quadro 3 – composição da equipe técnica necessária para execução das atividades.
12.1 ESTRUTURA FÍSICA DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS:
Os Núcleos Operacionais foram constituídos em função das especificidades de cada
região, como as características de clima e relevo, o numero de famílias da região, o tamanho da
equipe técnica, e considerando que a base física do Núcleo respeitasse a infraestrutura
operacional mínima, bem como a distância máxima de 200 km até os projetos de reforma
agrária.
A Estrutura Administrativa da entidade vencedora deverá ser instalada no Núcleo
Operacional, a entidade deverá apresentar na proposta técnica declaração com o compromisso
de manter infraestrutura operacional mínima, a contar da assinatura do contrato, de acordo com
os parâmetros indicados abaixo, sob pena de suspensão do pagamento dos serviços, até
comprovação de atendimento dos itens exigidos.
Para execução dos serviços previstos neste Projeto Básico, será exigido o
estabelecimento de uma infraestrutura operacional mínima para cada Núcleo Operacional.
Da seguinte forma:
12.2) Sede
• Sala de trabalho para os técnicos;
• Sala de reunião;
• Sala para recepção dos agricultores assentados;
• 1 telefone/fax;
• Acesso à internet, disponível para todos os computadores;
• 1 computador fixo ou notebook para cada 2 técnicos, configuração mínima de 2GB de
memória RAM, HD 180, CD/DVD RW;
• 1 impressora, com copiadora e scanner.
12.3) Equipamentos
25
• 1 GPS;
• 1 Câmera fotográfica digital para cada 2 (dois) técnicos;
• Flip Chart
12.4) Veículos
• 1 Automóvel 4x4 ou 4x2 para cada 3 técnicos;
13. VALOR DA CHAMADA PÚBLICA
O valor da presente chamada pública é de R$ 4.161.273,46 (Quatro milhões, cento e
sessenta e um mil, duzentos setenta e três reais e quarenta e seis centavos). Os pagamentos
ocorrerão a cada trinta dias, respeitando a periodicidade de prestação de serviços apresentadas
no cronograma de execução das metas, com valor proporcional aos serviços executados no
referido período, mediante ateste dos beneficiários e relatório de execução inseridos em
sistema eletrônico, conforme Art. 23 da Lei n° 12.188/2010.
A composição dos custos de ATES foi realizada mediante o disposto na Portaria
INCRA Nº. 581/2010, Portaria MDA nº 51 de 9 de outubro de 2009, bem como cotação de
preços, através de orçamentos realizados para aquisição/depreciação de materiais,
equipamentos e serviços exigidos para a execução dos serviços contratados.
A composição dos valores de ATES a serem praticados nos Núcleos Operacionais, são
o resultado do somatório entre os valores de salário e encargos dos técnicos que compõem o
Núcleo, sendo eles de Nível Superior e de Nível Médio, mais o valor dos insumos variáveis,
materiais e serviços necessários para execução das metas.
14. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS:
Horas Técnicas: Para o cálculo da HT, tomou como base o valor dos salários conforme a Lei
nº 4.950-A de 22 de Abril de 1966, onde a remuneração dos profissionais de Nível Superior é
de 8,5 salários mínimos e os profissionais de Nível Médio considerou-se 50% desse valor.
Acrescentou-se aos salários 72,51%, referente a todos os impostos e tributos trabalhista.
Quadro 4: composição salarial da equipe técnica
26
O percentual de encargos trabalhistas para um profissional registrado sob o regime da
CLT estão apresentadas abaixo conforme Nota Técnica da Diretoria de Desenvolvimento do
INCRA nº 1/2010.
27
Excluindo os feriados nacionais e regionais, calculou-se o total de horas técnicas
disponíveis, conforme quadro abaixo.
Quadro 5 – cálculo de horas técnicas disponível
FONTE: Adaptado da Nota Técnica DD: 01/2010 de 19 de novembro de 2010
Quadro 6 – composição do custo da hora técnica (ATES)
Quadro 7 – Cálculo das horas técnicas
Cálculo Valores
LOTE 01
Custo total Anual da equipe técnica do lote R$ 527.440,32
Horas disponíveis para o lote 13888
Valor da hora técnica R$ 37,97
LOTE 02
Custo total Anual da equipe técnica do lote R$ 623.338,56
Horas disponíveis para o lote 17360
Valor da hora técnica R$ 35,90
Quadro 8 – composição do custo da hora técnica de especialistas para atender os itens 5.1 e
5.2, anexos VIII e IX do manual operacional da ATES/2008.
28
Deslocamento e logística: Para o deslocamento os cálculos foram considerados para a
utilização de veículos 4x4 ou 4x2 em bom estado de conservação, na proporção de 3 técnicos
para 1 carro (3:1). A média da distância do núcleo operacional até aos projetos de
assentamento foi considerada, bem como o somatório do raio médio das áreas dos
assentamentos, neste caso considerou 50% do valor do raio, pois os assentamentos não estão
dispostos em áreas contínuas. Estes valores foram utilizados para o cálculo de despesas com
combustível para cada atividade a ser realizada.
Considerando o consumo de um carro utilitário de 8,5 km/l, desta forma o valor com
combustível por km/rodado é de R$ 0,28. Com base em pesquisa no mercado de locação de
veículos, foi considerado o valor da locação de um carro utilitário 4x4 a R$ 8.306,67,
considerando apenas os dias úteis no mês.
Foi considerado a locação de veículos durante o período de 12 (doze) meses para as
atividades da Assistência Técnica e 6 (seis) meses para as atividades específicas exigidas nos
itens 5.1 e 5.2, anexos VIII e IX do manual operacional da ATES/2008.
Despesa com participantes: Para as atividades coletivas que ultrapassam 4 horas, foram
previstas as seguintes despesas para os assentados: R$ 16,00/pessoa alimentação incluindo
lanche, R$ 50,00/pessoa para transporte, R$ 6,00/pessoa com material didático. Estes custos
estão em conformidade com a Portaria MDA n° 51/2009.
Insumos: Para atividades coletivas de natureza prática (curso da principal atividade produtiva
do assentamento e manejo integrado de pragas), foram previstas despesas com insumos
estimados em 10%.
Custos Administrativas: Para todas as despesas administrativas, foi realizado levantamento de
custos de todos os itens usado em escritório de ATES, chegando a um valor fixo mensal que
cobrirá gastos com aluguel de estrutura física, depreciação dos equipamentos de informática
(GPS, computadores, notebook, impressora, data show, telefone/fax e máquina fotográfica)
material didático (flip shart), materiais de papelaria, confecção de um banner por técnico do
núcleo operacional, impressão de panfleto e despesas mensais com telefone, internet, água e
luz, material de consumo, incluindo o custo de um auxiliar administrativo.
O auxiliar/apoio administrativo atuará com exclusividade no contrato com a atividade
principal de atender as demandas de solicitadas pelo INCRA e apoio a toda equipe técnica,
sendo que o custo deste está inserido nos custos administrativo e detalhado abaixo.
29
Quadro 9 – cálculo para um auxiliar administrativo
Escritório dos Núcleos Operacionais
Despesas fixas mensais Lote 1
Rorainopólis
Lote 2
Alto Alegre
Aluguel da sede do núcleo operacional R$ 640,00
R$ 640,00
Salário auxiliar administrativo (nível médio) R$ 1.880,36 R$ 1.880,36
Manutenção do NO (tel., água energia, internet) R$ 520,00 R$ 520,00
*Material de consumo (papel, tinta/tonner impressora, xérox, etc. R$ 564,87 R$ 725,96
Depreciação de equipamentos e flip chart (computadores,
impressora, GPS, câmera fotográfica) etc. R$ 296,17 R$ 355,74
Custo Mensal R$ 3.901,40 R$ 4.122,06
Custo Anual R$ 46.816,40 R$ 49.464,72
Quadro 10 – Custo total administrativo para o NO
*Quantitativo de material de consumo:
20 folhas A4 para cada família em RB
1 cartucho colorido para cada 100 família
1 cartucho preto para cada 100 família/ano
30 xerox/família para 80% das famílias em RB
1 banner por técnico do Núcleo Operacional
1000 panfleto para cada Núcleo Operacional
3 folhas/família de Papel flip chart para 80% das famílias
em RB.
1 cartolina/família para 80% das famílias em RB
2 cola por técnico/ano
1 rolo barbante por técnico
1 tesoura por técnico
2 caixa de pincel atômico por técnico
2 rolo de fita gomada por técnico
2 rolo de fita crepe por técnico
30
1 caixa de grampeador 26/6 para NO
1 caixa de grampo para grampeador por técnico
3 encadernação para cada PA do núcleo
1 caixa de caneta esferográfica por NO
Tributos: Foram previstos 8,65% do valor total da fatura a ser emitida, como despesas com
tributos, conforme legislação e Portaria/INCRA/P/N° 581, de 20 de setembro de 2010.
14.1 SÍNTESE DOS CUSTOS:
Lote 01 – Núcleo Operacional Rorainopólis
Metas Serviços Contratados Quant. Valor unitário
R$
Valor Total
R$
1 PDA+LIO- PA acima de 170 famílias 01 128.569,07 128.569,07
PDA+LIO- PA até 170 famílias 09 69.422,20 624.799,80
2 Curso da principal atividade produtiva do
assentamento
18 3.983,49 71.702,82
3 Curso manejo integrado e controle
alternativo de pragas
07 3.983,49 27.884,43
4 Planejamento e avaliação das ações do
programa ATES em cada projeto de
assentamento
20 1.917,59 38.351,80
5 Planejamento e avaliação do núcleo
operacional
02 4.860,16 9.720,32
6 Diagnóstico das unidades e do
assentamento com o zoneamento
produtivo da parcela e do assentamento
505 115,98 58.569,90
7 Curso importância do uso sustentável dos
recursos naturais, da proteção e
preservação desses recursos nos termos
da legislação vigente
12 3.013,83 36.165,96
8 Curso de capacitação em associativismo e
cooperativismo
07 3.013,83 21.096,81
9 Curso políticas públicas disponibilizadas
aos agricultores com enfoque na área
social
06 3.013,83 18.082,98
10 Visitas técnica às Unidades de Produção
Familiar (UPF)
1.010 163,61 165.246,10
11 Atividades complementares – oficinas 20 1.613,83 32.276,60
Atividades complementares – visitas as
instituições, dias de campo etc...
10 3.204,38 32.043,80
Total Geral 1.264.510,39
Lote 02 – Núcleo Operacional Alto Alegre
31
Metas Serviços Contratados Quant. Valor unitário
R$
Valor Total
R$
1 PDA+LIO- PA acima de 170 famílias 02 291.512,88 583.025,73
2 Curso da principal atividade produtiva do
assentamento
25 3.981,80 99.545,00
3 Curso manejo integrado e controle
alternativo de pragas
09 3.981,80 35.836,20
4 Planejamento e avaliação das ações do
programa ATES em cada projeto de
assentamento
04 5.409,82 21.639,28
5 Planejamento e avaliação do núcleo
operacional
02 7.180,00 14.360,00
6 Diagnóstico das unidades e do
assentamento com o zoneamento
produtivo da parcela e do assentamento
681 150,00 102.150,00
7 Curso importância do uso sustentável dos
recursos naturais, da proteção e
preservação desses recursos nos termos
da legislação vigente
17 3.619,82 61.536,94
8 Curso de capacitação em associativismo e
cooperativismo
09 3.619,82 32.578,38
9 Curso políticas públicas disponibilizadas
aos agricultores com enfoque na área
social
08 3.619,82 28.958,56
10 Visitas técnica às Unidades de Produção
Familiar (UPF)
1.362 206,66 281.470,92
11 Atividades complementares – oficinas 63 1.645,42 103.661,46
Atividades complementares – visitas as
instituições, dias de campo etc...
08 2.776,24 22.209,92
Total Geral 1.386.972,39 Quadro 11 – detalhamento dos custos por meta sem despesas administrativas, tributos e deslocamento
NO N°
PA’s
N°
fam.
Assistência
Técnica
R$
PDA/PRA
LIO-R$
Deslocamento
R$
Despesas
Administrativas
Tributos
R$
Total
R$
Valor
Família
R$
*1 10 631 511.141,52 753.368,87 555.800,44 46.816,40 161.506,50 2.028.633,73 3.214,95
**2 02 851 803.946,66 583.025,73 526.415.84 49.464,72 169.786,78 2.132.639,73 2.506,03
Quadro 12 – síntese dos custos, incluindo despesas administrativas, tributos e deslocamentos.
* Lote 1 – Núcleo Operacional Rorainopólis
* Lote 2 – Núcleo Operacional Alto Alegre.
15. MONITORAMENTO DO CONTRATO
Será criado o Conselho Regional de ATES do Núcleo Operacional. Este Conselho será
composto pelo INCRA, através de supervisores de assentamento, de um membro da prestadora
e de um representante dos beneficiários por assentamento escolhido em assembléia. A
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coordenação do Conselho ficará a cargo do INCRA e a representação deverá ser sempre de um
titular e um suplente, garantindo assim a participação do conjunto.
As reuniões do Conselho deverão ser quadrimestrais ou a critério do INCRA e terão
duas importantes funções: Discutir as ações de ATES desenvolvidas durante o período,
trazendo contribuições das famílias e nivelando informações. É neste espaço em que as
avaliações serão feitas e as correções de rumo deverão ser discutidas e implementadas quando
necessárias. A segunda é a de gerar um documento, que chamaremos de “ATA da Reunião do
Conselho Regional de ATES”, que ajudará a avaliar as atividades desenvolvidas pela
prestadora. Esta ATA será mais um instrumento a constar no Relatório de Execução de aceite
dos serviços.
A execução do contrato será objeto de controle e acompanhamento por sistema
eletrônico (SIATER), sem prejuízo do lançamento dos dados e informações relativos ao
Programa nos demais sistemas eletrônicos do Governo Federal, sendo plenamente acessíveis a
qualquer cidadão por meio da internet, conforme estabelecido na Lei n.º 12.188/2010.
O monitoramento do contrato será realizado por servidores do INCRA especialmente
designado para tal fim mediante Ordem de Serviço, conforme determina a
PORTARIA/INCRA/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010, Art. 4° e ANEXO II, NOTA
TÉCNICA CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de 2011 .
A Entidade vencedora lançará, periodicamente, em sistema eletrônico (SIATER), as
informações sobre as atividades executadas (Relatório de Execução), conforme dispuser
regulamento, devendo conter os seguintes elementos:
identificação de cada beneficiário assistido, contendo nome, qualificação e
endereço;
descrição das atividades realizadas;
horas trabalhadas para realização das atividades;
período dedicado à execução do serviço contratado;
dificuldades e obstáculos encontrados, se for o caso;
resultados obtidos com a execução do serviço;
o ateste do beneficiário assistido, preenchido por este, de próprio punho;
outros dados e informações exigidos em regulamento.
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16. FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO
A execução do contrato será fiscalizada por servidores do INCRA especialmente
designado para tal fim, mediante ordem de serviço, conforme determina a
PORTARIA/INCRA/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010, Art. 4° e NOTA TÉCNICA
CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de 2011 .
. Os servidores do INCRA anotarão em registro próprio todas as ocorrências
relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização
das faltas ou defeitos observados.
O fiscal do contrato irá seguir os procedimentos dispostos no Anexo II da Portaria
INCRA/P N° 581 para definição da amostragem a ser fiscalizada e organizar o cronograma de
fiscalização do contrato, cobrindo a amostra definida duas vezes durante a vigência do
contrato.
As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante serão
solicitadas ao chefe da Divisão de Desenvolvimento e Superintendência do INCRA em tempo
hábil para a adoção das medidas convenientes, conforme art. 67 da lei 8666, art. 8 do decreto
7215 e lei n.º 12.188
A Fiscalização da execução dos serviços constituirá na análise de documentação
apresentada nos relatórios e vistoria “in loco”. Esta última, se dará em função da necessidade
de aprofundamento da avaliação dos serviços executados e/ou em havendo indícios de não
atendimento às diretrizes básicas do Programa, podendo ocorrer por:
amostragem aleatória (parcial): procede-se a vistoria por parte do INCRA, aos
assistidos do Programa, selecionados aleatoriamente por sorteio, prevendo a aplicação
de questionário com base no Projeto Executivo em vigência, visando a qualificação e
quantificação dos serviços recebidos por estes;
vistoria integral: procede-se a vistoria por parte do INCRA a todos os assistidos do
Programa, prevendo aplicação de questionário com base no Projeto Executivo em
vigência, visando a qualificação e quantificação dos serviços recebidos por estes, bem
como, o detalhamento do grau de disponibilização dos mesmos [serviços] e correção de
eventuais discrepâncias.
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17. DO INÍCIO DAS ATIVIDADES
Após assinatura e publicação do Contrato no D.O.U., a CONTRATADA terá até 30
dias corridos para planejamento, organização e outros ajustes da equipe técnica e Núcleo
Operacional. Esta deverá informar ao INCRA a data prevista para início das atividades,
apresentando toda a infraestrutura operacional, equipe técnica, equipamentos e veículos usados
na execução do contrato. Após análise (in loco ou documental), o INCRA emitirá Ordem de
Serviço para o início imediato das atividades.
18. DO PRAZO PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
O prazo de Execução do Contrato será de 12 (doze) meses, contados da data de
publicação no D.O.U.
19. DA PRORROGAÇÃO E REPACTUAÇÃO
O contrato poderá ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60
(sessenta) meses, com fundamento no artigo 57, inciso II, da Lei 8.666/93, considerando os
limites orçamentários do PPA 2008-2011 e interesse da administração.
A Entidade Contratada fica obrigada a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.
A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio
contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições
de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares
até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser
registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este projeto tem a pretensão de apresentar a proposta de Assistência Técnica, Social e
Ambiental – ATES da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária do Estado de Roraima para suprir as demandas dos assentamentos criados e
reconhecidos pelo INCRA no Estado de Roraima. Desse modo, busca-se possibilitar aos
agricultores (as), o acesso ao conhecimento e às políticas públicas, gerando melhores
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condições de permanência no meio rural, através da constante qualificação da atividade
produtiva, respeitando o meio ambiente e gerando o desenvolvimento social.
O presente Projeto Básico foi elaborado por técnicos da Superintendência Regional do
INCRA em Roraima (Equipe de ATES e Administração), conforme OS/INCRA/SR-
25/GAB/N° 03/2011.
21 REFERÊNCIAS
Portaria INCRA nº 581/2010 de 20 de Setembro de 2010;
Portaria INCRA DD nº 01 de 30 de julho 2010;
Portaria MDA nº 35/2010 de 16 de junho de 2010;
Portaria MDA n° 51/2009
Decreto nº 7.215, de 15 de julho de 2010;
Lei 12188 de 11 de janeiro de 2010;
Lei 8666 de 21 de Junho de 1993 e alterações;
Lei 4.950-A de 22 de abril de 1966;
Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998;
RESOLUÇÃO CONFEA nº 397 de 11 agosto 1995;
Nota técnica DD nº 01/2010 de 19 de novembro de 2010;
NOTA TÉCNICA CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de
2011.
ANEXOS
ANEXO I – Identificação e qualificação da demanda
ANEXO II – Detalhamento das metas por projeto de assentamento e núcleo operacional
ANEXO III – Roteiro para elaboração do PDA/PRA.
Boa Vista (RR), maio de 2011.
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ANEXO I – Identificação e Qualificação da Demanda
LOTE 1 – TERRITÓRIO SUL Núcleo
Operacional
Assentamentos Código
SIPRA
Municípios Território da
Cidadania
UF Área (ha) Distância do
PA à Sede
do NO (km)
Capacidade Famílias em
RB
ATER Demanda por
PDA ou PRA
PDA PRA
RO
RA
INO
PÓ
LIS
Muriru RR0065000 Rorainópolis Sul RR 9.688,2589 38,72 193 77 X 1 0
Garapajá RR0061000 Rorainópolis Sul RR 9.951,9751 29,70 162 37 X 1 0
Tepurema RR0068000 Rorainópolis Sul RR 9.033,6026 50,13 150 41 X 1 0
Chidaua RR0059000 Rorainópolis Sul RR 9.994,5163 13,83 158 15 X 1 0
Caju RR0057000 Rorainópolis Sul RR 7.108,5190 20,97 118 23 X 1 0
Campina RR0058000 Rorainópolis Sul RR 12.113,5846 31,03 225 52 X 1 0
Curupira RR0060000 Rorainópolis Sul RR 9.815,2571 41,67 159 50 X 1 0
Pirandirá RR0066000 Rorainópolis Sul RR 9.693,6727 26,73 176 29 X 1 0
Sucuriju RR0067000 Rorainópolis Sul RR 16.013,6043 45,22 320 274 X 1 0
Jenipapo RR0062000 Rorainópolis Sul RR 4.412,6066 20,19 84 33 X 1 0
TOTAL 10 97.825,5972
31,82
1745
631 10 0
LOTE 2 – ALTO ALEGRE
Núcleo
Operacional
Assentamentos Código
SIPRA
Municípios Território da
Cidadania
UF Área (ha) Distância do
PA à Sede do
NO (km)
Capacidade Famílias em
RB
ATER Demanda por
PDA ou PRA
PDA PRA
AL
TO
AL
EG
RE
Samaúma RR0024000 Mucajaí RR 61.200,0000 36,28 1020 658 X 0 1
Vila Nova RR0020000 Mucajaí RR 15.000,0000 47,43 250 193 X 0 1
TOTAL 2 76.200,0000 41,85 1270 851
0 2
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Anexo II – Detalhamento das metas por projeto de assentamento e núcleo operacional
Núcleo Operacionais -
NO
Total
Núcleos Operacionais Rorainopólis Alto
Alegre
02
Número de projetos de assentamentos 10 02 12
Número de famílias 631 851 1.482
Metas Serviços contratados Planejamento
1 Elaboração de PDA 10 0 10
Elaboração de PRA 0 02 02
2 Curso principal atividade produtiva 18 25 43
3 Curso manejo e controle de pragas 07 09 16
4 Planejamento e avaliação das ações do
programa ATES
20 04 24
5 Planejamento e avaliação do Núcleo
Operacional
02 02 04
6 Diagnóstico das unidades e do
assentamento
505 681 1.186
7 Curso importância do uso sustentável dos
recursos naturais
12 17 29
8 Curso associativismo e cooperativismo 07 09 16
9 Curso políticas públicas com enfoque na
área social
06 08 14
10 Visitas técnicas às UPFs 1.010 1.362 2.372
11 Metas complementares 30 71 101