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1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE RORAIMA SR 25 PROJETO BÁSICO ATES n° 01/2011 VISANDO A SELEÇÃO DE ENTIDADE(S) PRESTADORA(S) DE SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, SOCIAL E AMBIENTAL ATES PARA PROJETOS DE ASSENTAMENTO DA REFORMA AGRÁRIA DE RORAIMA Boa Vista Maio 2011

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO … · 14- COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS ... de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento. A sua execução ocorrerá através de Contrato, na

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA

SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DE RORAIMA – SR 25

PROJETO BÁSICO

ATES n° 01/2011

VISANDO A SELEÇÃO DE ENTIDADE(S) PRESTADORA(S) DE SERVIÇOS

DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, SOCIAL E AMBIENTAL – ATES PARA

PROJETOS DE ASSENTAMENTO DA REFORMA AGRÁRIA DE

RORAIMA

Boa Vista

Maio 2011

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................................3

2.PRINCÍPIOS..............................................................................................................................4

3.FUNDAMENTOS.....................................................................................................................5

4.JUSTIFICATIVA......................................................................................................................6

5 – OBJETIVO GERAL...............................................................................................................6

6 – OBJETIVO ESPECÍFICOS....................................................................................................7

7 – PÚBLICO BENEFICIÁRIO..................................................................................................9

8 – ÁREA GEOGRÁFICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS.............................................9

9 – METODOLOGIA E EXECUÇÃO E METAS.....................................................................10

10 – DETALHAMENTO DAS METAS POR PROJETO DE ASSENTAMENTO E NÚCLEO

OPERACIONAL........................................................................................................................21

11 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS...........................................................21

12 – COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS.......................................................22

12.1 – ESTRUTURA FÍSICA DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS...........................23

13 – VALOR DA CHAMADA PÚBLICA................................................................................25

14- COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS..........................................................................................25

14.1 – SÍNTESE DOS CUSTOS..................................................................................30

15 – MONITORAMENTO DO CONTRATO...........................................................................31

16 –FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO...................................................................................33

17 – DO INÍCIO DAS ATIVIDADES.......................................................................................34

18 – DO PRZO PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO...........................................................34

19 – DA PRORROGAÇÃO E REPACTUAÇÃO.....................................................................34

20 – DAS CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................34

21 – REFERÊNCIAS.................................................................................................................35

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento apresenta o Projeto Básico elaborado pelo Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária do Estado de Roraima, para a execução do Programa de

Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, previsto no PPA

2008/2011, através do Programa 1427 e Ação 4470, no contexto da implementação da Política

Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma

Agrária – PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na

Agricultura Familiar e na Reforma Agrária – PRONATER, instituídos pela Lei 12.188/2010 e

o Decreto 7.215/2010.

A ATES é uma ação desenvolvida sob a coordenação do INCRA, por meio da Diretoria

de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento. A sua execução ocorrerá através de

Contrato, na forma prevista na Lei 8.666/1993 e no Art. 27 da Lei 12.188/2010, visando

assegurar de forma continuada e integral os serviços de assessoria técnica, desde a implantação

dos Projetos de Assentamento, com o objetivo de torná-los unidades de produção estruturadas,

inseridas de forma competitiva no processo de produção, voltadas para o mercado e integradas

à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional.

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2. PRINCÍPIOS

Especificamente, o Programa de Assessoria Técnica Social e Ambiental tem os

seguintes princípios:

I . Assegurar às famílias assentadas em Projetos de Assentamento federais ou

reconhecidos pelo INCRA o acesso à Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma

Agrária – ATES, pública, gratuita, de qualidade e em quantidade suficiente, visando o

desenvolvimento dessas áreas e o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar;

II. Contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, com ênfase em

processos de desenvolvimento endógeno, apoiando as famílias assentadas na potencialização

do uso sustentável dos recursos naturais;

III. Adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, estimulando a adoção

de novos enfoques metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos

princípios da Agroecologia;

IV. Estabelecer um modo de gestão capaz de democratizar as decisões, contribuir

para a construção da cidadania e facilitar o processo de controle social no planejamento,

monitoramento e avaliação das atividades, de modo a permitir a análise e melhoria no

andamento das ações;

V. Desenvolver processos educativos permanentes e continuados, a partir de um

enfoque dialético, humanista e construtivista, visando à formação de competências, mudanças

de atitudes e procedimentos dos atores sociais, que potencializem os objetivos de melhoria da

qualidade de vida e de promoção do desenvolvimento rural sustentável;

VI. Promover a viabilidade econômica, a segurança alimentar e nutricional e a

sustentabilidade ambiental das áreas de assentamento, tendo em vista a efetivação dos direitos

fundamentais do trabalhador rural e considerando a perspectiva do desenvolvimento territorial;

VII. Promover a igualdade entre trabalhadoras e trabalhadores rurais assentados da

reforma agrária, favorecendo o protagonismo da mulher na construção e implementação dos

projetos; e

VIII. Contribuir no fortalecimento das organizações sociais dos assentados.

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3. DOS FUNDAMENTOS:

Os Projetos de Assentamentos são uma alternativa viável para a solução de graves

problemas que afetam a sociedade brasileira. É fundamental que as famílias recebam apoio

técnico qualificado, de forma que construam referenciais sociais, produtivos e tecnológicos

ajustados ao novo ambiente, que respeitem os recursos naturais locais, aperfeiçoem o trabalho

na atividade de produção e elevem o nível de conhecimento técnico através da apropriação

compartilhada com outros agricultores e entre os próprios beneficiados. Trata-se de

potencializar, com investimentos públicos, as iniciativas das famílias, dinamizando o tecido

social juntamente com as iniciativas produtivas. Contempla-se assim, a sustentabilidade

ambiental, os agroecossistemas locais, as potencialidades e oportunidades de comercialização,

dentro de um contexto de desenvolvimento local e regional.

Os investimentos no processo de formação permanente dos agricultores e dos

profissionais que com eles interagem, permitirão a construção de formatos produtivos e

tecnológicos adequados à realidade local, coerente com os princípios de uma comunidade

sustentável sob os pontos de vista social, ambiental e econômico.

As ações de ATES realizadas pelo INCRA desde 2003 construíram uma ação de

assistência técnica descentralizada de apoio às famílias dos assentados nos Projetos de

Reforma Agrária, com os seguintes instrumentos:

a) A presença dos técnicos nos assentamentos possibilita a leitura das diferentes

realidades e a interação com as famílias, estimulando a busca de soluções criativas aos

problemas que se apresentam;

b) A ATES demonstra ser uma ação estruturante dentro do desenvolvimento de

assentamentos de Reforma Agrária no Estado, pois atuará de forma transversal às demais

políticas públicas do INCRA para desenvolvimento de assentamentos, possibilitando uma real

articulação entre elas;

c) As alternativas de produção, que levam ao desenvolvimento econômico dos

assentamentos, são experimentadas a partir das especificidades de cada realidade.

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4. JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, o INCRA incorporou entre suas prioridades a implantação de um

modelo de assentamento com a concepção de desenvolvimento territorial. O objetivo é

implantar modelos compatíveis com as potencialidades e biomas de cada região do País e

fomentar a integração espacial dos projetos. Outra tarefa importante no trabalho da autarquia é

o equacionamento do passivo ambiental existente, a recuperação da infra-estrutura e o

desenvolvimento sustentável dos mais de cinco mil assentamentos existentes no País (INCRA,

2010).

A Superintendência Regional/SR-25 é um órgão descentralizado, responsável pela

coordenação e execução das ações do INCRA no Estado de Roraima. Cabe a essa unidade

coordenar e executar, na sua área de atuação, as atividades homólogas às dos órgãos seccionais

e específicos relacionadas a planejamento, programação, orçamento, informática e

modernização administrativa. Também deve garantir a manutenção, fidedignidade, atualização

e disseminação de dados do cadastro de imóveis rurais e sistemas de informações do INCRA

(INCRA, 2010).

5. OBJETIVO GERAL

O presente Projeto Básico busca respaldar a contratação de serviços de Assistência

Técnica, Social e Ambiental – ATES, elaboração de Plano de Desenvolvimento do

Assentamento – PDA e Plano de Recuperação do Assentamento – PRA, por meio de atividades

individuais, grupais e complementares, compreendendo o planejamento, a execução e

avaliação, no contexto da implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e

Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária – PNATER e o Programa

Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma

Agrária – PRONATER por meio de Chamada Pública para a seleção de entidade(s)

executora(s) de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Instituto Nacional de

Colonização e Reforma Agrária – Superintendência Regional de Roraima (SR-25).

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6. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Apontar estratégias iniciais para a construção da viabilidade econômica e da soberania

alimentar e nutricional das famílias assentadas;

Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s, de acordo com o anexo VIII e IX do manual operacional

de ATES/2008;

Aproximar a comunidade assentada à dinâmica do município, buscando a

complementariedade na execução das ações do Programa de ATES, pela agregação de

instituições privadas e públicas, de todas as esferas federativas, que atuam localmente;

Integrar o Programa aos planos de desenvolvimento regionais existentes ou que venham a

existir, como os Territórios da Cidadania. Para isso as prestadoras deverão promover ações

voltadas à execução e potencialização desses planos;

Realizar capacitações através de cursos, oficinas, dias de campo, intercâmbios e visitas as

instituições nas áreas de abrangência dos projetos contratados;

Potencializar processos de inclusão social e de fortalecimento da cidadania, por meio de

ações integradas, que tenham em conta as dimensões: ética, social, política, cultural,

econômica e ambiental;

Apoiar ações destinadas à qualificação e aumento da produção agropecuária, pesqueira,

extrativista e artesanal, com ênfase na produção de alimentos básicos e com a utilização de

práticas ecologicamente corretas e economicamente viáveis;

Promover a igualdade de gênero e o resgate dos saberes locais e do respeito à diversidade

étnica e cultural dos assentados;

Estimular a compreensão dos direitos especiais de crianças, jovens e idosos, com focos de

atenção à saúde, à segurança e ao lazer, buscando a consolidação da unidade familiar;

Promover a segurança alimentar, com a conscientização da importância de uma boa

alimentação para a manutenção da saúde, através do estímulo à instalação e ao consumo de

produtos da horta caseira agroecológica, formada por plantas medicinais, condimentares e

olerícolas;

Encorajar a proteção à saúde através de mudanças nos hábitos e da compreensão das

atitudes diárias como mecanismos de: promoção do saneamento básico a baixo custo,

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manutenção da segurança dos alimentos consumidos, provimento de água potável segura

através do acesso a fontes de água limpa, redução da incidência de doenças e infecções, em

especial as zoonoses, através de educação sobre os mecanismos de disseminação de

doenças e seu controle;

Estimular nas famílias, o correto gerenciamento dos resíduos gerados no cotidiano, pelo

correto encaminhamento dos resíduos orgânicos através da compostagem, e pelo destino

adequado dos materiais não degradáveis e cumulativos (plásticos, metais, entre outros);

Fortalecer a noção de Cidadania e suas implicações nos direitos e responsabilidades sociais,

incluindo ações de valorização da documentação do indivíduo, da família e da unidade

produtiva como instrumentos de inclusão social;

Incentivar a construção e consolidação de formas associativas geradoras de laços de

solidariedade e que fortaleçam a capacidade de intervenção dos atores sociais como

protagonistas dos processos de desenvolvimento rural sustentável;

Promover a valorização do conhecimento local e apoiar os agricultores familiares no

resgate de saberes capazes de servir como ponto de partida para ações transformadoras da

realidade;

Mobilizar as organizações locais dos agricultores familiares (Associações, cooperativas,

sindicatos e outros) para que contribuam no processo educativo de transferência de

tecnologia;

Desenvolver conhecimentos práticos a fim de melhorar a qualidade de vida dos agricultores

familiares;

Elaborar um diagnóstico dos assentamentos, detectando as demandas de crédito Instalação,

Apoio Mulher, aquisição e materiais de construção, crédito ambiental, fomento, adicional

fomento, Terra Sol, Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -

PRONAF, Programa de Aquisição de Alimentos - PAA e do Programa Nacional de

Alimentação escolar - PNAE ;

Garantir a efetiva participação dos assentados em todas as fases do processo de

planejamento e implementação das ações nos projetos de assentamento.

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7. PÚBLICO BENEFICIÁRIO

O público beneficiário serão as famílias regularmente assentadas em Projetos de

Assentamentos da reforma agrária inseridos no Arco Verde e Território da Cidadania Sul de

Roraima.

8. ÁREA GEOGRÁFICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços serão prestados no Estado de Roraima, para as famílias assentadas e

constantes na Relação de Beneficiários do SIPRA (Sistema de Informações dos Projetos de

Reforma Agrária) em Projetos de Assentamento localizados nos municípios de Rorainopólis

(Território Sul) e Mucajaí (Arco Verde), conforme quadro abaixo e detalhamento das metas

por projeto de assentamento e núcleo operacional (Anexo II).

Núcleos Operacionais no Estado de Roraima

Lote 1

UF

Município N° de

Assentamentos

Total de famílias

Rorainópolis RR Rorainópolis, 10 631

Lote 2

Município N° de

Assentamentos

Total de famílias

Alto Alegre RR Mucajaí 2 851

TOTAL 02 12 1.482

Quadro1: Síntese da área Geográfica para prestação dos serviços e público beneficiário da Chamada Pública

1 Entende-se por Lote, o conjunto de assentamentos dispostos em arranjo de maneira a facilitar a execução dos

serviços, considerando a otimização de deslocamento, proximidade entre assentamentos, número de famílias, entre outros. O nome do Lote geralmente coincide com o município no qual será exigida a instalação de uma base/núcleo operacional central, de onde será projetada toda a distribuição e o planejamento dos serviços a serem executados. Para cada lote é admitida uma concorrência.

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9. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO E METAS

A implementação de um trabalho de assistência técnica e extensão rural preconizado

pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural requer a adoção de uma

metodologia participativa por meio de um enfoque multidisciplinar, interdisciplinar e

intercultural, tendo como ponto referencial a realidade e o conhecimento local. Esta

metodologia deve consentir a avaliação participativa dos resultados e do potencial de

replicabilidade das experiências exitosas. Para tanto, recomenda-se uma ação planejada,

metódica e construtivista, a fim de alcançar a geração e apropriação coletiva de conhecimentos,

a construção de processos de desenvolvimento sustentável e a adaptação de tecnologias

voltadas para a construção de um modelo de produção mais justo e solidário.

Considerando o contexto da PNATER, do Programa de ATES do INCRA e da demanda

qualificada dos Projetos de Assentamento no Estado de Roraima, sob a custódia da

Superintendência Regional do INCRA de Roraima SR (25), foram definidas 11 metas

específicas, que envolvem atividades de caráter individual, coletivas e complementares e que

dialogam com a elaboração do Plano de Desenvolvimento/Recuperação do Assentamento –

PDA/PRA para os lotes que os demandarem. O detalhamento de metas e serviços por Núcleo

Operacional, encontra-se disposto no ANEXO II. As metas a serem compridas pela a(s)

empresa(s) contratadas são:

PLANEJAMENTO

Meta 01 – Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s dos assentamentos, conforme demanda especificada

no anexo II – DETALHAMENTO DE METAS E SERVIÇOS POR NÚCLEO

OPERACIONAL, no período máximo de 6 (seis) meses a contar do início da assinatura do

contrato.

Serviço contratado: Elaboração de PDA ou PRA.

O Manual Operacional de ATES 2008 estabelece critérios e procedimentos referentes à

elaboração de PDA e PRA em seus anexos VIII e IX. A elaboração de ambos os planos deverá

seguir rigorosamente os roteiros pré-estabelecidos.

A respeito da elaboração do Plano de Desenvolvimento ou Plano de Recuperação do

Assentamento – PDA/PRA, é importante compreender que o processo a ser estabelecido, deve

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ser efetivamente participativo. E isso não se resume apenas a fazer reuniões com os assentados

para coletar informações, sistematizá-las e assim obter um "diagnóstico", isso não basta. Neste

processo, a palavra "participativo" passa pela compreensão de que para mudar uma realidade é

preciso conhecê-a, entendendo que só assim é possível refletir sobre qual intervenção deva ser

realizada para que se possa alcançar um "futuro desejado" mais coerente com a realidade

estudada.

Neste sentido, a abordagem e postura adotadas pelos técnicos de ATES são

fundamentais para que esse processo possa se concretizar em uma proposta viável para o

desenvolvimento do (s) assentamento (s), visando garantir o acesso irrestrito às políticas

públicas do INCRA e demais instituições parceiras. Assim, para que esse processo possa

garantir a participação efetiva dos assentados, sugere-se uma referência metodológica descrita

abaixo.

Etapa I: A preparação da equipe técnica

Na fase de preparação da equipe técnica, antes da primeira abordagem no assentamento

relacionada à elaboração do PDA/PRA, dever ser feito um levantamento e análise de "dados

secundários "disponíveis do território ou microregião, do município e do Projeto de

Assentamento.

Esse momento é fundamental para a preparação da equipe técnica que irá realizar o trabalho

para elaboração de PDA ou PRA, e principalmente para orientar os serviços de ATES no

assentamento.

Momentos de preparação da equipe técnica:

I. Levantamento dos dados secundários: Para isso a equipe técnica de ATES deve estabelecer

contatos com instituições públicas, órgãos de classe, representações populares e técnicos que

atuam ou atuaram no município onde o assentamento está localizado. Essas informações são

extremamente importantes para o processo de elaboração do (s) Plano (s);

II. Estudo e organização das informações levantadas: após o levantamento dos dados

secundários a equipe técnica de ATES deverá organizar estas informações por temas

(ambiental, econômica e social,.), para que sejam socializadas com os assentados;

III. Construção da agenda de atividades a serem realizadas na elaboração do plano: a equipe

técnica de ATES deve organizar uma agenda de atividades para a elaboração do (s) plano (s),

isso facilitará a realização dos trabalhos.

Etapa II: A Sensibilização

O primeiro momento de trabalho no assentamento para elaboração de um PDA ou PRA

é a "sensibilização" das famílias assentadas. Isso pressupõe mobilizá-los para a questão da

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participação, no sentido de captar a percepção dos agricultores assentados sobre sua realidade,

bem como a sua visão de futuro sobre o desenvolvimento do PA. Um processo de

sensibilização bem trabalhado é fundamental para o sucesso, tanto na elaboração como na

implementação do PDA/PRA.

Momentos da Sensibilização

I. Mobilização: a equipe deve utilizar os meios disponíveis, como radiodifusão e outros. É

importante conversar com lideranças e organizações sociais do assentamento (associação,

grupos de mulheres, grupos de jovens) buscando envolver homens, mulheres, jovens e idosos.

Eventualmente poderá ser realizada visita domiciliar;

II.Sensibilização para o trabalho coletivo: a equipe deve realizar sensibilização das principais

lideranças, as organizações do assentamento e assentados, quanto a relevância da construção do

seu PDA ou PRA. Isso pressupõe uma reflexão sobre as principais ferramentas e estratégias

para construção de um processo de planejamento participativo. Para isso, é importante

promover encontros (reuniões) no assentamento.

Etapa III: O Autodiagnóstico

O segundo momento de trabalho no assentamento para elaboração de um Plano de

Desenvolvimento ou de Recuperação do Assentamento – PDA/PRA é o "Autodiagnóstico",

como já diz o próprio nome é diferente do diagnóstico tradicional.

Neste sentido, o autodiagnóstico deve ser realizado pelos próprios assentados tendo a

equipe técnica como orientadora. Isso os possibilita participar desde o início do processo de

conhecimento da realidade e a partir daí analisar seus problemas e suas possibilidades de ação

para o alcance das mudanças segundo os seus próprios interesses.

Os técnicos atuam como facilitadores, contribuindo com sua capacidade teórica, de

análise e sua metodologia. São também atores. De acordo com Marban e Sotelo (1981:5), três

aspectos são importantes no autodiagnóstico: a teoria, o método e a ação.

A teoria dá elementos para interpretar os problemas concretos que se busca conhecer na

realidade. Ajuda a interpretar a realidade, a modificá-la, mas também pode ser modificada por

esta mesma realidade. Ela entra de forma dinâmica e refletida para "explicar por que as coisas

acontecem da maneira como acontecem". (Furtado e Furtado de Souza, 1994).

O método é o caminho para se conseguir alcançar os objetivos de forma lógica e

simples. Identificam-se e organizam-se as informações tecnológicas, econômicas e financeiras,

socioculturais, ambientais e políticoinstitucionais. Planeja-se como trabalhar com elas,

"cotejando os interesses e os desejos da sociedade com os limites e possibilidades técnicas"

(Buarque, 1998).

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A ação é importante também para testar se o conhecimento obtido da realidade é ou não

adequado. Ela justifica o conhecimento que a comunidade precisa ter de sua realidade.

(Furtado e Furtado de Souza, 1994)

Momentos do Autodiagnóstico:

I. Sensibilizar as lideranças e a comunidade para a necessidade de conhecer a realidade do

assentamento.

Para isso é importante promover encontros (reuniões) de motivação, com os

agricultores, as mulheres, os jovens, os idosos. Planejar o trabalho de pesquisa, decidir os

temas e como coletar as informações. A partir daí, dividem-se os grupos por temas (social,

ambiental econômico, infra-estrutura, organização social) para o conhecimento da realidade.

Os técnicos devem acompanhar os grupos de pesquisa-ação de acordo com o seu plano de

trabalho;

II. Pesquisa-Ação: estudar a realidade por meio do levantamento de informações, tendo os

agricultores (as) e suas famílias como pesquisadores (grupos de pesquisa-ação).

III. Sistematizar as informações obtidas na pesquisa-ação, agrupando-as sobre um mesmo tema

e depois estabelecer relações entre elas. Para isso, realizar oficina (s) no assentamento com os

grupos de pesquisa-ação;

IV. Socializar o resultado da pesquisa-ação, utilizando técnicas, que garantam a participação de

homens e mulheres em igualdade de oportunidades, para prosseguir com a reflexão sobre a sua

realidade. Para isso, realizar reunião(ões) no assentamento com as famílias assentadas;

V. Problematizar, identificar e definir com clareza os problemas mais importantes. Para isso,

realizar oficina no assentamento com as famílias assentadas;

VI. Priorizar os problemas a partir da sua identificação. Para isso, realizar oficina (s) no

assentamento com as famílias assentadas;

VII. Identificar as possíveis soluções para os problemas priorizados. Para isso, realizar oficina

(s) no assentamento com as famílias assentadas.

Etapa IV: A Programação para o Desenvolvimento

O terceiro momento de trabalho no assentamento para elaboração de um PDA ou PRA

é a "Programação para o Desenvolvimento," que deve ter como base principal os problemas e

as potencialidades identificados no autodiagnóstico realizado pelos assentados, levando sempre

em consideração suas próprias análises com o apoio dos técnicos das equipes de ATES, numa

visão crítico-construtiva, onde serão identificadas as ações que devem estar contempladas

dentro dos "programas" definidos no item 6 dos anexos VIII e IX do manual de ATES/2008,

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que possam tornar possível o processo de transformação da realidade e o alcance do

desenvolvimento do (s) assentamento (s).

Momentos da Programação para o Desenvolvimento

I. Sensibilização para o trabalho de planejamento da "programação para o desenvolvimento": é

importante realizar um processo de sensibilização que envolva as lideranças e toda a

comunidade para a necessidade de trabalhar na forma coletiva o planejamento e para o

desenvolvimento. Para isso, as equipes técnicas de ATES devem promover encontros

(reuniões) de motivação no assentamento;

II. Construção e Sistematização das Agendas de Prioridades: a partir da priorização dos

problemas e potencialidades, deve ser realizado no mínimo um encontro (oficina) com os

grupos de pesquisa-ação para construção e sistematização de uma agenda de prioridades onde

serão identificadas ações a serem realizadas para solucionar os problemas e aproveitar as

potencialidades anteriormente identificadas;

III. Socialização da Agenda de Prioridades: deve ser realizado no mínimo um encontro

(oficina) com os assentados para socialização (apresentação) da construção e sistematização da

"agenda de prioridades".

Etapa V: A Redação do Plano

I. A redação do plano deve ocorrer ao final de cada etapa, pois, dessa forma a equipe ganhará

tempo para se necessário retornar a campo e tratar novamente sobre alguns aspectos que por

ventura não tenham ficado suficientemente claros.

Etapa VI: A Devolução para as Famílias e Aprovação do Plano

I. Deve ser realizado no mínimo um encontro (reunião) com os assentados para devolução e

aprovação do plano

Etapa VII: A Entrega do Plano

Após a validação do Plano pelos assentados, o documento deverá ser entregue em 3

vias impressas, devendo uma ficar de posse da Organização dos Assentados, outra na

Prefeitura Municipal onde o Assentamento está localizado e outra no INCRA. O documento

deve ser entregue também em uma via digital ao INCRA.

O pagamento dos valores referentes à execução das atividades de elaboração do PDA e

do PRA ocorrerá após a entrega bimestral dos serviços relacionados à execução das etapas,

conforme dispõe a cláusula décima quarta da minuta do contrato (Anexo V). A finalização do

Plano não pode ultrapassar o fim do primeiro semestre do Contrato.

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Caso o documento final do PDA/PRA não seja entregue ao INCRA, a entidade deverá

devolver os recursos recebidos referentes às primeiras etapas através de descontos a serem

realizados no pagamento das metas dos meses subseqüentes.

Meio de verificação:

Apresentação do PDA em 03 vias impressas e 02 em mídia digital. Também serão

considerados para comprovação da execução das etapas do PDA/PRA (serviços) as listas de

presença dos participantes (com ateste de no mínimo 40% dos assentados em RB), relatórios

fotográficos, atas e relatórios técnicos com a descrição resumida das atividades realizadas.

Meta 02: Realizar cursos de capacitação da principal atividade produtiva do assentamento.

Serviço contratado: Realização de 03(três) cursos durante a vigência do contrato, para grupos

de no máximo 100 (cem) famílias do núcleo operacional com duração mínima de 16 (dezesseis

horas), sendo cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a

participação de 10 (dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização

desta meta deve ser prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados,

ficando sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências

destes serviços.

Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de

presença dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório

fotográfico e técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no curso.

Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem

numeração em suas páginas.

Meta 03: Curso de capacitação em manejo integrado e controle alternativo de pragas.

Serviço contratado: Realização de 01(um) curso, para grupos de no máximo 100 (cem)

famílias do núcleo operacional com duração mínima de 16 (dezesseis horas), sendo cada curso

com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10 (dez)

beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve ser

prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados, ficando sob

responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços.

Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de

presença dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório

fotográfico e técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no curso.

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Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem

numeração em suas páginas.

Meta 04: Planejar e Avaliar junto com os beneficiários as ações do Programa ATES em cada

projeto de assentamento.

Serviço contratado: Realizar 02 (duas) Oficinas, uma de Planejamento Inicial e outra de

Avaliação Final, das ações de ATES em cada Projeto de Assentamento, com duração de 08

(oito) horas. A oficina de Planejamento deve ser realizada no início do contrato, a de Avaliação

ao fim do contrato e devem contar com a participação do INCRA e parceiros.

A Oficina de Planejamento deve ser a primeira atividade prevista para acontecer em

cada projeto de assentamento e deverá ser precedido por um momento inicial de apresentação,

“aproximação e reconhecimento da realidade”. Este momento busca garantir um contato

inicial positivo entre famílias assentadas, organização local (quando ela existir), coordenação

da ATES do INCRA e equipe de técnicos contratados.

Na Oficina de Planejamento o INCRA apresenta a entidade, os dados básicos do

contrato (duração, número de técnicos, etc.), buscando criar um clima de transparência e de

compromisso.

A Oficina de Avaliação Final deve ser planejada como a última atividade do contrato

anual na perspectiva de que ela não trate, apenas, se tal ou qual atividade foi realizada a

contento, mais importante seria indagar sobre os resultados que estas atividades alcançaram.

Para a realização das oficinas deve ser garantida a alimentação dos assentados, ficando

sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes

serviços.

O ideal é que participem todos os técnicos que trabalharão durante o ano com as

famílias daquele Projeto, ficando obrigatória a participação de no mínimo 02 (dois) técnicos da

equipe.

Meio de Verificação: Para comprovação desta meta será considerada a lista de presença dos

participantes (com ateste de no mínimo 40% dos assentados em RB), bem como relatório

fotográfico, atas e relatório técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no

evento, o planejamento e demais encaminhamentos definidos. Não serão aceitas listas de

presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem numeração em suas páginas.

A empresa contratada deverá construir e informar à coordenação de ATES do

INCRA SR-25 (RR) um calendário das oficinas, com antecedência mínima de 15 dias, visando

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proporcionar a integração com a Coordenação e equipe de ATES, possibilitando a tomada de

decisões de forma compartilhada para condução do programa.

Meta 05: Oficina de planejamento e avaliação do Núcleo Operacional

Serviço contratado: Realizar 02 (duas) oficinas, uma de planejamento e outra de avaliação do

núcleo operacional, que deverá ser realizada de forma coletiva pelos (as) integrantes da equipe

de ATES, com duração de 8 (oito) horas.

A oficina de planejamento visa sistematizar informações colhidas durante as oficinas de

planejamento nos Projetos de Assentamentos e construir um planejamento inicial do núcleo

operacional e das atividades de ATES. Na oficina de avaliação do núcleo operacional a equipe

deverá sistematizar os registros das informações, sugestões e críticas construtivas percebidas

durante as oficinas de avaliação nos assentamentos, sendo também necessário uma

autoavaliação pela equipe técnica sobre suas ações e resultados, sua convergência com o

desenvolvimento local/regional/territorial, permitindo visualizar possíveis adequações a serem

feitas para as futuras ações de ATES.

A empresa contratada deverá construir e informar à coordenação de ATES do INCRA

SR-25 (RR) um calendário das oficinas, com antecedência mínima de 15 dias, visando

proporcionar a integração com a Coordenação e equipe de ATES, possibilitando a tomada de

decisões de forma compartilhada para condução do programa.

Meio de Verificação: Para comprovação desta meta será considerada a lista de presença dos

participantes das oficinas, registro fotográfico, relatório técnico com a descrição resumida das

atividades realizadas no evento. Nas oficinas de planejamento acrescenta-se um planejamento

(trimestral) do núcleo operacional e um planejamento (trimestral) por técnico (a) de ATES, um

planejamento por assentamento e demais encaminhamentos definidos.

Meta 06: Realizar um diagnóstico das unidades e do assentamento com o zoneamento

produtivo da parcela e do assentamento, indicando, dentre outras coisas, as demandas de

crédito Instalação, apoio inicial, crédito ambiental, fomento, adicional de fomento, apoio

mulher, aquisição e materiais de construções e outros, Terra Sol, do Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, do Programa de Aquisição de Alimentos -

PAA e o Programa Nacional de Alimentação escolar - PNAE, identificando, em especial, os

produtores que desenvolvem atividades produtivas de base agroecológica. Para esta meta foi

considerado a participação de 80% das famílias assentadas do núcleo operacional.

18

Serviço contratado: Realizar 01 (uma) visita individual em cada unidade familiar beneficiária,

com duração média de 1 hora, para preenchimento de formulários cujo modelo será

disponibilizado pelo INCRA, com elaboração de relatório contendo diagnóstico de cada

parcela e do assentamento como um todo, independente da sua situação ocupacional.

Quando for verificada parcelas vagas ou ocupadas de forma irregular a entidade

prestadora de ATES deverá pegar ateste de pelo menos três beneficiários moradores do projeto de

assentamento que estejam regulares junto ao INCRA, incluindo, de preferência ateste dos

presidentes de associações, que comprovarão a veracidade das informações fornecidas pelas

prestadoras de ATES. A meta somente será considerada como cumprida caso a mesma seja

executada na sua totalidade, de acordo com os critérios aqui estabelecidos. O INCRA poderá

solicitar, a qualquer momento, documentos adicionais para comprovação da execução das ações

desta meta, bem como definir novos métodos para comprovação da execução dos serviços

executados para fins de liquidação, conforme lei a 12.188/2010 e posteriores alterações.

Meio de Verificação: Esta meta será comprovada através de ateste do beneficiário inserido em

sistema eletrônico próprio, será exigida a apresentação de relatório contendo diagnóstico das

parcelas e do assentamento sobre situação dos créditos PRONAF, Crédito Instalação, Apoio

Mulher, aquisição e materiais de construção, crédito ambiental, fomento, adicional fomento,

PNAE, PAA, Terra Sol etc., a situação do beneficiário no lote.

Meta 07: Curso sobre a importância do uso sustentável dos recursos naturais, da proteção e

preservação desses recursos.

Serviços contratados: Realizar 02 (dois) cursos durante a vigência do contrato sobre

legislação ambiental no âmbito da reforma agrária, para cada grupo de no máximo, 100 (cem)

famílias do núcleo operacional, com duração média de 16 (dezesseis) horas, pautadas na

educação e legislação ambiental, alternativas de recomposição florestal, de combate ao uso do

fogo, sendo cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a

participação de 10 (dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização

desta meta deve ser prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados,

ficando sob responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências

destes serviços.

A temática do curso deverá atender às necessidades detectadas durante as oficinas de

planejamento inicial e às demandas surgidas durante a elaboração do PDA/PRA.

19

Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença

dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, bem como relatório fotográfico e

técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no evento.

Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem

numeração em suas páginas.

Meta 08: Cursos de capacitação em associativismo e cooperativismo

Serviços contratados: Realizar de 01 (um) curso para cada grupo de no máximo 100 (cem)

famílias assentadas do núcleo operacional, com duração média de 16 (dezesseis) horas nas

temáticas do associativismo, cooperativismo e economia solidária de acordo com as demandas

apresentadas pelos assentamentos durante as oficinas de planejamento inicial e às demandas

surgidas durante a elaboração do PDA/PRA. Devem ser previstas ações de fomento a

implantação\criação de organizações sociais nos PA’s onde não existirem. Sendo cada curso

com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10 (dez)

beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve ser

prevista a alimentação, transporte e material didático aos assentados, ficando sob

responsabilidade da entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços

Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença

dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários.

Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem

numeração em suas páginas.

Meta 09: curso sobre as políticas públicas disponibilizadas aos agricultores familiares com

enfoque à assistência social.

Serviço contratado: Realizar 01(um) curso para cada grupo de, no máximo, 100 (cem)

famílias do núcleo operacional, com duração 16 (dezesseis) horas, para tratar sobre as ações de

políticas públicas voltadas aos assentamentos, possibilitando o acesso a essa políticas. Sendo

cada curso com participação de 25 (vinte e cinco) beneficiários, incluindo a participação de 10

(dez) beneficiários de outros PA’s do Núcleo Operacional. Para a realização desta meta deve

ser prevista a alimentação e material didático aos assentados, ficando sob responsabilidade da

entidade prestadora de ATES a contratação e providências destes serviços. A temática do curso

deverá atender às necessidades detectadas durante as oficinas de planejamento inicial e às

demandas surgidas durante a elaboração do PDA/PRA.

20

Meios de Verificação: Para comprovação deste serviço será considerada a lista de presença

dos participantes, com ateste mínimo de 25 beneficiários, relatório fotográfico e relatório

técnico com a descrição resumida das atividades realizadas no evento.

Não serão aceitas listas de presença com cabeçalhos preenchidos manualmente e sem

numeração em suas páginas.

Meta 10: Visitas técnicas às Unidades de Produção Familiar (UPF)

Serviço contratado: Realização de 02 (duas) visitas técnicas à UPF, com duração de 02 (duas)

horas. As visitas têm o objetivo de orientar o desenvolvimento dos sistemas produtivos, dos

processos de comercialização, a logística e o gerenciamento da UPF.

Esta atividade não se confunde com outras ações desenvolvidas pela assistência técnica,

como laudos, elaboração de projetos, avisos para reuniões, entre outras. As visitas estão

diretamente ligadas às ações de cunho produtivo, social ou ambiental e tem por finalidade o

fortalecimento da unidade familiar na sua relação com a unidade produtiva no espaço físico do

lote. Nesse sentido, as visitas técnicas serão um dos instrumentos mais importantes, pois

permitem o levantamento pormenorizado dos elementos psicossociais, ambientais, de produção

e de autoconsumo, formando o contexto de cada unidade do assentamento. Essa

contextualização resultará na busca das estratégias de ação coletiva, ao mesmo tempo em que

possibilita a construção da tomada de decisão para a superação dos problemas específicos de

cada família assentada.

Somente as famílias que constam na Relação de Beneficiários emitidas pelo SIPRA do

INCRA poderão ser atendidas com as visitas técnicas individuais. Caso a prestadora de ATES

verifique a ocorrência de lotes evadidos, vagos ou outras formas irregulares dentro dos

assentamentos beneficiados pelo contrato de ATES, caberá a mesma comunicar imediatamente ao

INCRA sobre esta situação para que o mesmo tome as devidas providências cabíveis, visando

solucionar estes problemas. Neste caso, para não prejudicar o cumprimento do número de visitas

técnicas em cada assentamento, as prestadoras de ATES ficam autorizadas a aumentar o número de

visitas técnicas individuais às propriedades regulares junto ao INCRA.

Meio de verificação: A comprovação deste serviço será feito através do relatório técnico

contendo a síntese das atividades diárias desenvolvidas pelo profissional do núcleo operacional

e o preenchimento do formulário com o ateste do beneficiário, inseridos em sistema eletrônico

próprio. O modelo de relatório e de formulário para as vistas técnicas individuais serão

entregues às prestadoras durante a realização das oficinas de capacitação que serão realizadas

pelo INCRA em cada Núcleo Operacional, conforme especificado no Artigo 23 da lei

21

12.188/2010 e posteriores alterações. O INCRA poderá solicitar, a qualquer momento, documentos

adicionais para comprovação da execução das ações desta meta, bem como definir novos métodos

para comprovação da execução dos serviços executados para fins de liquidação.

Meta 11: Realizar Atividades Complementares de acordo com demanda existente no Núcleo

Operacional. Esta meta contempla a realização de atividades complementares aqui definidas

como as demais atividades passíveis de serem contratadas para a prestação dos serviços de

ATES descritas no Anexo I da Portaria/Incra/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010 e não foram

contempladas nas metas anteriores. Estas atividades poderão ser coletivas ou individuais. Para

o cumprimento desta meta sugere-se realizar oficinas/seminário com duração de 08 (horas),

com temas relacionados ao PAA, PNAE, saneamento básico, jovens, mulheres, introdução aos

princípios agroecológicos, compostagem etc e dias de campo/intercâmbio/visitas às instituições

de pesquisa, extensão, grupos comunitários e organizações formais com duração de 06 (seis)

horas.

As atividades complementares serão pagas de acordo com o tempo (medido em horas)

gasto para o desenvolvimento de cada atividade e segundo os valores específicos definidos para

cada hora de cada unidade desta meta de cada núcleo operacional. O quantitativo desta meta para

cada núcleo operacional está descrito no Anexo II.

Meio de Verificação: A comprovação da realização deste serviço será realizada mediante

entrega de relatório contendo todos os documentos anexos gerados durante a realização das

atividades, como o ateste dos beneficiários, relatório fotográfico e técnico com a descrição

resumida das atividades realizadas. O INCRA poderá solicitar, a qualquer momento,

documentos adicionais para comprovação da execução das ações desta meta.

10. DETALHAMENTO DAS METAS POR PROJETO DE ASSENTAMENTO E

NÚCLEO OPERACIONAL

O detalhamento das metas por Projeto de Assentamento e por Núcleo Operacional

encontra-se disposto no Anexo II.

11. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS METAS

A seguir encontra-se a Tabela Resumo de Metas, onde podem ser visualizadas todas

as metas descritas acima e a sua distribuição no período do Contrato (12 meses).

22

METAS PERÍODO DE REALIZAÇÕES/MÊS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Meta 01: Elaborar 10 PDA’s e 02 PRA’s

dos assentamentos.

X X X X X X

Meta 02: Realizar cursos de capacitação da

principal atividade produtiva do

assentamento

X X X X X

Meta 03: Curso de capacitação em manejo

integrado e controle alternativo de pragas.

X X X X X

Meta 04: Planejar e Avaliar junto com os

beneficiários as ações do Programa ATES

em cada projeto de assentamento.

X X

Meta 05: Oficina de Planejamento e

avaliação do Núcleo Operacional

X X

Meta 06: Realizar um diagnóstico das

unidades e do assentamento com o

zoneamento produtivo da parcela e do

assentamento.

X X X X X X X X X X

Meta 07: Sensibilizar sobre a importância

do uso sustentável dos recursos naturais, da

proteção e preservação desses recursos nos

termos da legislação vigente.

X X X X X X

Meta 08: Cursos de capacitação em

associativismo e cooperativismo.

X X X X X X

Meta 09: Curso sobre as políticas públicas

disponibilizadas aos agricultores familiares

com enfoque à assistência social.

X X X X X X

Meta 10: Visitas técnicas às Unidades de

Produção Familiar (UPF)

X X X X X X X X X X X

Meta 11: Realizar Atividades

Complementares de acordo com demanda

existente no Núcleo Operacional.

X X X X X X X X X X

Quadro 2 – Resumo das metas

23

As metas não cumpridas deverão ser devidamente justificadas e poderão ser realizadas

no mês imediatamente subseqüente, desde que inserida no calendário do mês e com

autorização do INCRA. Caso não sejam realizadas, será efetivado o desconto do valor

correspondente no pagamento da Fatura/Nota Fiscal.

12. COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS:

Para a execução das atividades a equipe técnica deverá abranger características como:

facilidade de trabalho participativo em grupo, na perspectiva construtivista, apresentando

capacidade de síntese e sistematização dos processos de discussão; identificação, respeito e

desenvoltura para lidar com a diversidade cultural das comunidades de assentados, habilidade

para negociação, facilidade de integração com outros profissionais e com entidades públicas e

privadas, facilitando a formação de parcerias; interesse na organização e capacitação das

famílias assentadas, objetivando a auto-gestão destas; e disponibilidade para viagens.

A Equipe técnica deverá ser constituída por no mínimo 1/3 de seus profissionais

apresentando experiência comprovada de mais de 02 (dois) anos em trabalhos técnicos com

agricultura familiar e extensão rural.

A comprovação da qualificação e experiência serão através de documentos originais,

autenticados em cartório ou originais mais a cópia a fim de ser autenticado no momento da

entrega da proposta. Não serão aceitos documentos sem os critérios anteriores.

Como comprovantes serão aceitos os seguintes documentos: Diplomas registrados pelo

MEC, Carteira de Trabalho, ART´s, termos de contratos com o termo de conclusão e

Certificados. Outros documentos comprobatórios poderão ser apresentados, mas ficará a

critério da comissão, que avaliará a validade dos mesmos.

Toda equipe técnica deverá estar regularmente registrada em seus respectivos conselhos

de classe e com suas anuidades em dia, sob pena de desclassificação da entidade caso apresente

profissional não enquadrado neste perfil.

Composição Lote 1

NO Rorainopólis

Lote 2

NO Alto Alegre

Total

N° de Projetos de Assentamentos 10 2 12

Famílias 631 851 1.482

Técnicos de Nível Superior 3 3 6

24

Técnicos de Nível Médio 5 7 12

Especialistas (Específicos para as exigências dos itens 5.1 e 5.2 do PDA/PRA –Manual

ATES/2008)

Técnicos de Nível Superior 9 8 17

Técnicos de Nível Médio 3 2 5

Quadro 3 – composição da equipe técnica necessária para execução das atividades.

12.1 ESTRUTURA FÍSICA DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS:

Os Núcleos Operacionais foram constituídos em função das especificidades de cada

região, como as características de clima e relevo, o numero de famílias da região, o tamanho da

equipe técnica, e considerando que a base física do Núcleo respeitasse a infraestrutura

operacional mínima, bem como a distância máxima de 200 km até os projetos de reforma

agrária.

A Estrutura Administrativa da entidade vencedora deverá ser instalada no Núcleo

Operacional, a entidade deverá apresentar na proposta técnica declaração com o compromisso

de manter infraestrutura operacional mínima, a contar da assinatura do contrato, de acordo com

os parâmetros indicados abaixo, sob pena de suspensão do pagamento dos serviços, até

comprovação de atendimento dos itens exigidos.

Para execução dos serviços previstos neste Projeto Básico, será exigido o

estabelecimento de uma infraestrutura operacional mínima para cada Núcleo Operacional.

Da seguinte forma:

12.2) Sede

• Sala de trabalho para os técnicos;

• Sala de reunião;

• Sala para recepção dos agricultores assentados;

• 1 telefone/fax;

• Acesso à internet, disponível para todos os computadores;

• 1 computador fixo ou notebook para cada 2 técnicos, configuração mínima de 2GB de

memória RAM, HD 180, CD/DVD RW;

• 1 impressora, com copiadora e scanner.

12.3) Equipamentos

25

• 1 GPS;

• 1 Câmera fotográfica digital para cada 2 (dois) técnicos;

• Flip Chart

12.4) Veículos

• 1 Automóvel 4x4 ou 4x2 para cada 3 técnicos;

13. VALOR DA CHAMADA PÚBLICA

O valor da presente chamada pública é de R$ 4.161.273,46 (Quatro milhões, cento e

sessenta e um mil, duzentos setenta e três reais e quarenta e seis centavos). Os pagamentos

ocorrerão a cada trinta dias, respeitando a periodicidade de prestação de serviços apresentadas

no cronograma de execução das metas, com valor proporcional aos serviços executados no

referido período, mediante ateste dos beneficiários e relatório de execução inseridos em

sistema eletrônico, conforme Art. 23 da Lei n° 12.188/2010.

A composição dos custos de ATES foi realizada mediante o disposto na Portaria

INCRA Nº. 581/2010, Portaria MDA nº 51 de 9 de outubro de 2009, bem como cotação de

preços, através de orçamentos realizados para aquisição/depreciação de materiais,

equipamentos e serviços exigidos para a execução dos serviços contratados.

A composição dos valores de ATES a serem praticados nos Núcleos Operacionais, são

o resultado do somatório entre os valores de salário e encargos dos técnicos que compõem o

Núcleo, sendo eles de Nível Superior e de Nível Médio, mais o valor dos insumos variáveis,

materiais e serviços necessários para execução das metas.

14. COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS:

Horas Técnicas: Para o cálculo da HT, tomou como base o valor dos salários conforme a Lei

nº 4.950-A de 22 de Abril de 1966, onde a remuneração dos profissionais de Nível Superior é

de 8,5 salários mínimos e os profissionais de Nível Médio considerou-se 50% desse valor.

Acrescentou-se aos salários 72,51%, referente a todos os impostos e tributos trabalhista.

Quadro 4: composição salarial da equipe técnica

26

O percentual de encargos trabalhistas para um profissional registrado sob o regime da

CLT estão apresentadas abaixo conforme Nota Técnica da Diretoria de Desenvolvimento do

INCRA nº 1/2010.

27

Excluindo os feriados nacionais e regionais, calculou-se o total de horas técnicas

disponíveis, conforme quadro abaixo.

Quadro 5 – cálculo de horas técnicas disponível

FONTE: Adaptado da Nota Técnica DD: 01/2010 de 19 de novembro de 2010

Quadro 6 – composição do custo da hora técnica (ATES)

Quadro 7 – Cálculo das horas técnicas

Cálculo Valores

LOTE 01

Custo total Anual da equipe técnica do lote R$ 527.440,32

Horas disponíveis para o lote 13888

Valor da hora técnica R$ 37,97

LOTE 02

Custo total Anual da equipe técnica do lote R$ 623.338,56

Horas disponíveis para o lote 17360

Valor da hora técnica R$ 35,90

Quadro 8 – composição do custo da hora técnica de especialistas para atender os itens 5.1 e

5.2, anexos VIII e IX do manual operacional da ATES/2008.

28

Deslocamento e logística: Para o deslocamento os cálculos foram considerados para a

utilização de veículos 4x4 ou 4x2 em bom estado de conservação, na proporção de 3 técnicos

para 1 carro (3:1). A média da distância do núcleo operacional até aos projetos de

assentamento foi considerada, bem como o somatório do raio médio das áreas dos

assentamentos, neste caso considerou 50% do valor do raio, pois os assentamentos não estão

dispostos em áreas contínuas. Estes valores foram utilizados para o cálculo de despesas com

combustível para cada atividade a ser realizada.

Considerando o consumo de um carro utilitário de 8,5 km/l, desta forma o valor com

combustível por km/rodado é de R$ 0,28. Com base em pesquisa no mercado de locação de

veículos, foi considerado o valor da locação de um carro utilitário 4x4 a R$ 8.306,67,

considerando apenas os dias úteis no mês.

Foi considerado a locação de veículos durante o período de 12 (doze) meses para as

atividades da Assistência Técnica e 6 (seis) meses para as atividades específicas exigidas nos

itens 5.1 e 5.2, anexos VIII e IX do manual operacional da ATES/2008.

Despesa com participantes: Para as atividades coletivas que ultrapassam 4 horas, foram

previstas as seguintes despesas para os assentados: R$ 16,00/pessoa alimentação incluindo

lanche, R$ 50,00/pessoa para transporte, R$ 6,00/pessoa com material didático. Estes custos

estão em conformidade com a Portaria MDA n° 51/2009.

Insumos: Para atividades coletivas de natureza prática (curso da principal atividade produtiva

do assentamento e manejo integrado de pragas), foram previstas despesas com insumos

estimados em 10%.

Custos Administrativas: Para todas as despesas administrativas, foi realizado levantamento de

custos de todos os itens usado em escritório de ATES, chegando a um valor fixo mensal que

cobrirá gastos com aluguel de estrutura física, depreciação dos equipamentos de informática

(GPS, computadores, notebook, impressora, data show, telefone/fax e máquina fotográfica)

material didático (flip shart), materiais de papelaria, confecção de um banner por técnico do

núcleo operacional, impressão de panfleto e despesas mensais com telefone, internet, água e

luz, material de consumo, incluindo o custo de um auxiliar administrativo.

O auxiliar/apoio administrativo atuará com exclusividade no contrato com a atividade

principal de atender as demandas de solicitadas pelo INCRA e apoio a toda equipe técnica,

sendo que o custo deste está inserido nos custos administrativo e detalhado abaixo.

29

Quadro 9 – cálculo para um auxiliar administrativo

Escritório dos Núcleos Operacionais

Despesas fixas mensais Lote 1

Rorainopólis

Lote 2

Alto Alegre

Aluguel da sede do núcleo operacional R$ 640,00

R$ 640,00

Salário auxiliar administrativo (nível médio) R$ 1.880,36 R$ 1.880,36

Manutenção do NO (tel., água energia, internet) R$ 520,00 R$ 520,00

*Material de consumo (papel, tinta/tonner impressora, xérox, etc. R$ 564,87 R$ 725,96

Depreciação de equipamentos e flip chart (computadores,

impressora, GPS, câmera fotográfica) etc. R$ 296,17 R$ 355,74

Custo Mensal R$ 3.901,40 R$ 4.122,06

Custo Anual R$ 46.816,40 R$ 49.464,72

Quadro 10 – Custo total administrativo para o NO

*Quantitativo de material de consumo:

20 folhas A4 para cada família em RB

1 cartucho colorido para cada 100 família

1 cartucho preto para cada 100 família/ano

30 xerox/família para 80% das famílias em RB

1 banner por técnico do Núcleo Operacional

1000 panfleto para cada Núcleo Operacional

3 folhas/família de Papel flip chart para 80% das famílias

em RB.

1 cartolina/família para 80% das famílias em RB

2 cola por técnico/ano

1 rolo barbante por técnico

1 tesoura por técnico

2 caixa de pincel atômico por técnico

2 rolo de fita gomada por técnico

2 rolo de fita crepe por técnico

30

1 caixa de grampeador 26/6 para NO

1 caixa de grampo para grampeador por técnico

3 encadernação para cada PA do núcleo

1 caixa de caneta esferográfica por NO

Tributos: Foram previstos 8,65% do valor total da fatura a ser emitida, como despesas com

tributos, conforme legislação e Portaria/INCRA/P/N° 581, de 20 de setembro de 2010.

14.1 SÍNTESE DOS CUSTOS:

Lote 01 – Núcleo Operacional Rorainopólis

Metas Serviços Contratados Quant. Valor unitário

R$

Valor Total

R$

1 PDA+LIO- PA acima de 170 famílias 01 128.569,07 128.569,07

PDA+LIO- PA até 170 famílias 09 69.422,20 624.799,80

2 Curso da principal atividade produtiva do

assentamento

18 3.983,49 71.702,82

3 Curso manejo integrado e controle

alternativo de pragas

07 3.983,49 27.884,43

4 Planejamento e avaliação das ações do

programa ATES em cada projeto de

assentamento

20 1.917,59 38.351,80

5 Planejamento e avaliação do núcleo

operacional

02 4.860,16 9.720,32

6 Diagnóstico das unidades e do

assentamento com o zoneamento

produtivo da parcela e do assentamento

505 115,98 58.569,90

7 Curso importância do uso sustentável dos

recursos naturais, da proteção e

preservação desses recursos nos termos

da legislação vigente

12 3.013,83 36.165,96

8 Curso de capacitação em associativismo e

cooperativismo

07 3.013,83 21.096,81

9 Curso políticas públicas disponibilizadas

aos agricultores com enfoque na área

social

06 3.013,83 18.082,98

10 Visitas técnica às Unidades de Produção

Familiar (UPF)

1.010 163,61 165.246,10

11 Atividades complementares – oficinas 20 1.613,83 32.276,60

Atividades complementares – visitas as

instituições, dias de campo etc...

10 3.204,38 32.043,80

Total Geral 1.264.510,39

Lote 02 – Núcleo Operacional Alto Alegre

31

Metas Serviços Contratados Quant. Valor unitário

R$

Valor Total

R$

1 PDA+LIO- PA acima de 170 famílias 02 291.512,88 583.025,73

2 Curso da principal atividade produtiva do

assentamento

25 3.981,80 99.545,00

3 Curso manejo integrado e controle

alternativo de pragas

09 3.981,80 35.836,20

4 Planejamento e avaliação das ações do

programa ATES em cada projeto de

assentamento

04 5.409,82 21.639,28

5 Planejamento e avaliação do núcleo

operacional

02 7.180,00 14.360,00

6 Diagnóstico das unidades e do

assentamento com o zoneamento

produtivo da parcela e do assentamento

681 150,00 102.150,00

7 Curso importância do uso sustentável dos

recursos naturais, da proteção e

preservação desses recursos nos termos

da legislação vigente

17 3.619,82 61.536,94

8 Curso de capacitação em associativismo e

cooperativismo

09 3.619,82 32.578,38

9 Curso políticas públicas disponibilizadas

aos agricultores com enfoque na área

social

08 3.619,82 28.958,56

10 Visitas técnica às Unidades de Produção

Familiar (UPF)

1.362 206,66 281.470,92

11 Atividades complementares – oficinas 63 1.645,42 103.661,46

Atividades complementares – visitas as

instituições, dias de campo etc...

08 2.776,24 22.209,92

Total Geral 1.386.972,39 Quadro 11 – detalhamento dos custos por meta sem despesas administrativas, tributos e deslocamento

NO N°

PA’s

fam.

Assistência

Técnica

R$

PDA/PRA

LIO-R$

Deslocamento

R$

Despesas

Administrativas

Tributos

R$

Total

R$

Valor

Família

R$

*1 10 631 511.141,52 753.368,87 555.800,44 46.816,40 161.506,50 2.028.633,73 3.214,95

**2 02 851 803.946,66 583.025,73 526.415.84 49.464,72 169.786,78 2.132.639,73 2.506,03

Quadro 12 – síntese dos custos, incluindo despesas administrativas, tributos e deslocamentos.

* Lote 1 – Núcleo Operacional Rorainopólis

* Lote 2 – Núcleo Operacional Alto Alegre.

15. MONITORAMENTO DO CONTRATO

Será criado o Conselho Regional de ATES do Núcleo Operacional. Este Conselho será

composto pelo INCRA, através de supervisores de assentamento, de um membro da prestadora

e de um representante dos beneficiários por assentamento escolhido em assembléia. A

32

coordenação do Conselho ficará a cargo do INCRA e a representação deverá ser sempre de um

titular e um suplente, garantindo assim a participação do conjunto.

As reuniões do Conselho deverão ser quadrimestrais ou a critério do INCRA e terão

duas importantes funções: Discutir as ações de ATES desenvolvidas durante o período,

trazendo contribuições das famílias e nivelando informações. É neste espaço em que as

avaliações serão feitas e as correções de rumo deverão ser discutidas e implementadas quando

necessárias. A segunda é a de gerar um documento, que chamaremos de “ATA da Reunião do

Conselho Regional de ATES”, que ajudará a avaliar as atividades desenvolvidas pela

prestadora. Esta ATA será mais um instrumento a constar no Relatório de Execução de aceite

dos serviços.

A execução do contrato será objeto de controle e acompanhamento por sistema

eletrônico (SIATER), sem prejuízo do lançamento dos dados e informações relativos ao

Programa nos demais sistemas eletrônicos do Governo Federal, sendo plenamente acessíveis a

qualquer cidadão por meio da internet, conforme estabelecido na Lei n.º 12.188/2010.

O monitoramento do contrato será realizado por servidores do INCRA especialmente

designado para tal fim mediante Ordem de Serviço, conforme determina a

PORTARIA/INCRA/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010, Art. 4° e ANEXO II, NOTA

TÉCNICA CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de 2011 .

A Entidade vencedora lançará, periodicamente, em sistema eletrônico (SIATER), as

informações sobre as atividades executadas (Relatório de Execução), conforme dispuser

regulamento, devendo conter os seguintes elementos:

identificação de cada beneficiário assistido, contendo nome, qualificação e

endereço;

descrição das atividades realizadas;

horas trabalhadas para realização das atividades;

período dedicado à execução do serviço contratado;

dificuldades e obstáculos encontrados, se for o caso;

resultados obtidos com a execução do serviço;

o ateste do beneficiário assistido, preenchido por este, de próprio punho;

outros dados e informações exigidos em regulamento.

33

16. FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO

A execução do contrato será fiscalizada por servidores do INCRA especialmente

designado para tal fim, mediante ordem de serviço, conforme determina a

PORTARIA/INCRA/P/N° 581 de 20 de setembro de 2010, Art. 4° e NOTA TÉCNICA

CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de 2011 .

. Os servidores do INCRA anotarão em registro próprio todas as ocorrências

relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização

das faltas ou defeitos observados.

O fiscal do contrato irá seguir os procedimentos dispostos no Anexo II da Portaria

INCRA/P N° 581 para definição da amostragem a ser fiscalizada e organizar o cronograma de

fiscalização do contrato, cobrindo a amostra definida duas vezes durante a vigência do

contrato.

As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante serão

solicitadas ao chefe da Divisão de Desenvolvimento e Superintendência do INCRA em tempo

hábil para a adoção das medidas convenientes, conforme art. 67 da lei 8666, art. 8 do decreto

7215 e lei n.º 12.188

A Fiscalização da execução dos serviços constituirá na análise de documentação

apresentada nos relatórios e vistoria “in loco”. Esta última, se dará em função da necessidade

de aprofundamento da avaliação dos serviços executados e/ou em havendo indícios de não

atendimento às diretrizes básicas do Programa, podendo ocorrer por:

amostragem aleatória (parcial): procede-se a vistoria por parte do INCRA, aos

assistidos do Programa, selecionados aleatoriamente por sorteio, prevendo a aplicação

de questionário com base no Projeto Executivo em vigência, visando a qualificação e

quantificação dos serviços recebidos por estes;

vistoria integral: procede-se a vistoria por parte do INCRA a todos os assistidos do

Programa, prevendo aplicação de questionário com base no Projeto Executivo em

vigência, visando a qualificação e quantificação dos serviços recebidos por estes, bem

como, o detalhamento do grau de disponibilização dos mesmos [serviços] e correção de

eventuais discrepâncias.

34

17. DO INÍCIO DAS ATIVIDADES

Após assinatura e publicação do Contrato no D.O.U., a CONTRATADA terá até 30

dias corridos para planejamento, organização e outros ajustes da equipe técnica e Núcleo

Operacional. Esta deverá informar ao INCRA a data prevista para início das atividades,

apresentando toda a infraestrutura operacional, equipe técnica, equipamentos e veículos usados

na execução do contrato. Após análise (in loco ou documental), o INCRA emitirá Ordem de

Serviço para o início imediato das atividades.

18. DO PRAZO PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO

O prazo de Execução do Contrato será de 12 (doze) meses, contados da data de

publicação no D.O.U.

19. DA PRORROGAÇÃO E REPACTUAÇÃO

O contrato poderá ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60

(sessenta) meses, com fundamento no artigo 57, inciso II, da Lei 8.666/93, considerando os

limites orçamentários do PPA 2008-2011 e interesse da administração.

A Entidade Contratada fica obrigada a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os

acréscimos ou supressões que se fizerem até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial

atualizado do contrato.

A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio

contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições

de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares

até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser

registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

20. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este projeto tem a pretensão de apresentar a proposta de Assistência Técnica, Social e

Ambiental – ATES da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária do Estado de Roraima para suprir as demandas dos assentamentos criados e

reconhecidos pelo INCRA no Estado de Roraima. Desse modo, busca-se possibilitar aos

agricultores (as), o acesso ao conhecimento e às políticas públicas, gerando melhores

35

condições de permanência no meio rural, através da constante qualificação da atividade

produtiva, respeitando o meio ambiente e gerando o desenvolvimento social.

O presente Projeto Básico foi elaborado por técnicos da Superintendência Regional do

INCRA em Roraima (Equipe de ATES e Administração), conforme OS/INCRA/SR-

25/GAB/N° 03/2011.

21 REFERÊNCIAS

Portaria INCRA nº 581/2010 de 20 de Setembro de 2010;

Portaria INCRA DD nº 01 de 30 de julho 2010;

Portaria MDA nº 35/2010 de 16 de junho de 2010;

Portaria MDA n° 51/2009

Decreto nº 7.215, de 15 de julho de 2010;

Lei 12188 de 11 de janeiro de 2010;

Lei 8666 de 21 de Junho de 1993 e alterações;

Lei 4.950-A de 22 de abril de 1966;

Instrução Normativa SRF nº 162, de 31 de dezembro de 1998;

RESOLUÇÃO CONFEA nº 397 de 11 agosto 1995;

Nota técnica DD nº 01/2010 de 19 de novembro de 2010;

NOTA TÉCNICA CONJUNTA/DD e DA/INCRA n° 01/2011-Brasília, 06 de maio de

2011.

ANEXOS

ANEXO I – Identificação e qualificação da demanda

ANEXO II – Detalhamento das metas por projeto de assentamento e núcleo operacional

ANEXO III – Roteiro para elaboração do PDA/PRA.

Boa Vista (RR), maio de 2011.

36

ANEXO I – Identificação e Qualificação da Demanda

LOTE 1 – TERRITÓRIO SUL Núcleo

Operacional

Assentamentos Código

SIPRA

Municípios Território da

Cidadania

UF Área (ha) Distância do

PA à Sede

do NO (km)

Capacidade Famílias em

RB

ATER Demanda por

PDA ou PRA

PDA PRA

RO

RA

INO

LIS

Muriru RR0065000 Rorainópolis Sul RR 9.688,2589 38,72 193 77 X 1 0

Garapajá RR0061000 Rorainópolis Sul RR 9.951,9751 29,70 162 37 X 1 0

Tepurema RR0068000 Rorainópolis Sul RR 9.033,6026 50,13 150 41 X 1 0

Chidaua RR0059000 Rorainópolis Sul RR 9.994,5163 13,83 158 15 X 1 0

Caju RR0057000 Rorainópolis Sul RR 7.108,5190 20,97 118 23 X 1 0

Campina RR0058000 Rorainópolis Sul RR 12.113,5846 31,03 225 52 X 1 0

Curupira RR0060000 Rorainópolis Sul RR 9.815,2571 41,67 159 50 X 1 0

Pirandirá RR0066000 Rorainópolis Sul RR 9.693,6727 26,73 176 29 X 1 0

Sucuriju RR0067000 Rorainópolis Sul RR 16.013,6043 45,22 320 274 X 1 0

Jenipapo RR0062000 Rorainópolis Sul RR 4.412,6066 20,19 84 33 X 1 0

TOTAL 10 97.825,5972

31,82

1745

631 10 0

LOTE 2 – ALTO ALEGRE

Núcleo

Operacional

Assentamentos Código

SIPRA

Municípios Território da

Cidadania

UF Área (ha) Distância do

PA à Sede do

NO (km)

Capacidade Famílias em

RB

ATER Demanda por

PDA ou PRA

PDA PRA

AL

TO

AL

EG

RE

Samaúma RR0024000 Mucajaí RR 61.200,0000 36,28 1020 658 X 0 1

Vila Nova RR0020000 Mucajaí RR 15.000,0000 47,43 250 193 X 0 1

TOTAL 2 76.200,0000 41,85 1270 851

0 2

37

Anexo II – Detalhamento das metas por projeto de assentamento e núcleo operacional

Núcleo Operacionais -

NO

Total

Núcleos Operacionais Rorainopólis Alto

Alegre

02

Número de projetos de assentamentos 10 02 12

Número de famílias 631 851 1.482

Metas Serviços contratados Planejamento

1 Elaboração de PDA 10 0 10

Elaboração de PRA 0 02 02

2 Curso principal atividade produtiva 18 25 43

3 Curso manejo e controle de pragas 07 09 16

4 Planejamento e avaliação das ações do

programa ATES

20 04 24

5 Planejamento e avaliação do Núcleo

Operacional

02 02 04

6 Diagnóstico das unidades e do

assentamento

505 681 1.186

7 Curso importância do uso sustentável dos

recursos naturais

12 17 29

8 Curso associativismo e cooperativismo 07 09 16

9 Curso políticas públicas com enfoque na

área social

06 08 14

10 Visitas técnicas às UPFs 1.010 1.362 2.372

11 Metas complementares 30 71 101