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SESC BRASIL J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O M A R Ç O 2 0 0 9 - A N O 6 - N º 6 7 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3 Volta às aulas leitor premiado Destino Florianópolis nossa gente Elas também lideram no SESC – homenagem ao Dia Internacional da Mulher Educação Infantil DR/BA

sescb r A s I L - sesc.com.br · O resultado do Prêmio SESC de Literatura 2008, que recebeu 457 inscrições, será ... Desde a sua criação, em 2003, o concurso revelou dez novos

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SESC BRASIL n MARÇO 2009 1

sescbrAsIL

J O R N A L I N T E R N O M E N S A L D O S E R V I Ç O S O C I A L D O C O M É R C I O

M A R Ç O 2 0 0 9 - A N O 6 - N º 6 7 - D I S T R I B U I Ç Ã O N A C I O N A L - I S S N 1 9 8 3 - 7 6 2 3

Volta às aulas

leitor premiadoDestino Florianópolis

nossa genteElas também lideram no SESC – homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Educação Infantil DR/BA

SESC BRASIL n MARÇO 20092

PONTO De VIsTA

eXPeDIeNTe

Antonio Oliveira Santos

Presidente do

Conselho Nacional

Maron Emile Abi-Abib

Diretor Geral

Coordenação editorialSESC-DN/Assessoria de Divulgação e Promoção(Christiane Caetano, Marcella Marins, Denise Oliveira)Consultoria Editorial: Elysio Pires Jornal SESC Brasil é editado e produzido pela AG RioFotos - Banco de Imagem SESC NacionalJornalista responsável - Arlete Gadelha (MTb 13.875/RJ)Colaboraram para essa edição: Francisco Reis da Silva Leite (AC), Janayna Ávila e Danielle Cândido (AL),

Viviani C. de Freitas (AM), Juliana Coutinho (AP), Ivson Vivas (BA), Eugênia Cabral (CE), RS Comunicação (ES), Sandra Stefan (GO), Viviane Franco (MA), Miriam Braga (MG), Sueli Batista (MT), Virgínia Carromeu (MS), Lourdinha Bezerra (PA), Alex Marcio (PB), Ana C. Coelho (PI), Daniella Monteiro (PE), Karen Bortolini (PR), Keila Alves (RO), Catiúcia Ruas (RS), Roberta Sandreschi e Débora Murta Braga (SC), Aparecida Onias (SE) e Renato Pietro (TO). Impressão: Gráfica MinisterTiragem: 18 mil exemplares

AcONTece

educação. substantivo Feminino

n Grandes Festivais (AL/Pr) A música regional brasileira está em alta nos

Regionais Alagoas e Paraná. A Festa da Música do

DR/AL (11° FemuSESC) aconteceu nos dias 13 e

14 de março. Já a Mostra de Música Cidade Can-

ção (Femucic) do DR/PR comemora 31 anos com

mais uma edição, que será realizada de 20 a 23 de

maio, no Teatro Calil Haddad, em Maringá.

Os dois festivais são tradicionais em seus

estados e buscam a valorização da música re-

n Novo espaço (Pe)O SESC Petrolina ampliou suas instalações

com a inauguração, em 13 de fevereiro, da Gale-

ria de Artes Ana das Carrancas, que homenageia

a artesã famosa por fazer carrancas de olhos fu-

rados com barro do rio São Francisco, e do Com-

plexo Esportivo Jonas Amaro Ferreira, que leva o

nome do lojista já falecido, que teve atuação mar-

cante na sociedade petrolinense.

A única galeria da cidade estréia com a ex-

posição Espectador em Trânsito, que aproxima o

público da videoarte, e estará em cartaz até 17

de abril. O novo complexo oferece piscinas semi-

olímpica e infantil, salas de judô, ginástica, mus-

culação e dança.

Músicos selecionados para o 11° FemuSESC

Menino, sua mãe não lhe

deu educação?! Quan-

tas vezes, nas últimas

décadas, essa frase foi

ouvida, nas situações

mais inusitadas? E com variações em

função da maturidade do admoestado:

Rapaz, quando você era criança, sua mãe

não lhe deu educação?! ou Meu senhor, na sua infância, sua mãe não lhe

deu educação?!

Não é preciso ser um especialista para saber que a escola não é o único

lugar onde a educação acontece e que a família, antes, durante e depois

da escola exerce papel relevante. Napoleão Bonaparte, um dos maiores

mitos da história universal, além de estrategista e conquistador era um

grande fraseador. Duas de suas sentenças, produzidas há mais de 2 sécu-

los, exaltam a importância materna na formação do indivíduo: “O futuro

de um filho é sempre obra da sua mãe” e “Se tiver boas mães, a França

terá bons filhos” . Seu contemporâneo, o filósofo norte-americano Ralph

Emerson parecia concordar com o general ao afirmar: “Os homens são o

que suas mães fizeram deles.”

Outra presença inesquecível na vida de todos nós é a primeira professo-

ra. Até hoje me lembro dela.

Nesta edição, abrimos um espaço especial para um tema onipresente

em todas as nossas ações programáticas: a educação. Um tema contido no

artigo 1º de nossa “certidão de nascimento” – a Carta da Paz Social – ao es-

tabelecer que uma sólida paz social, fundada na ordem econômica, seria o

resultado de “uma obra educativa, através da qual se consiga fraternizar os

homens, fortalecendo neles os sentimentos de solidariedade e confiança”.

Por tudo isso, o espaço deste “Ponto de Vista” é integralmente dedicado

ao dia 8 de março e à importância das mulheres na vida de cada um de nós,

do nosso SESC e do nosso país. Na figura das diretoras regionais, na página

11, homenageamos todas as nossas colegas do DN e dos DDRR.

Maron Emile Abi-AbibDiretor Geral do Departamento Nacional

SESC BRASIL n MARÇO 2009 3

cUrTAs

n Galeria de ilustres (DF)

n botequinta (Ac)Os acreanos têm encontro marcado

com a cultura, todas as quintas-feiras, a

partir das 19h, no bar ao lado do Teatro

de Arena do SESC Centro. O espaço abri-

ga lançamentos de livros, shows e outras

atividades artísticas. O samba é o tema da

reestréia do projeto no primeiro trimestre

de 2009. Confira a programação no site

www.sescacre.com.br.

n conferências virtuais (sP)Quem perdeu as conferências do

sociólogo Edgar Morin, do pesquisador

Pierre Lévy e de outros pensadores, pro-

movidas no DR/SP, pode acessar os textos

no endereço eletrônico www.sescsp.org.

br/sesc/conferencias.

O estudo de Morin para a abertura do

Seminário Internacional de Educação e

Cultura, realizado no SESC Vila Mariana,

em 2002, por exemplo, pode ser baixado

no original, em francês, ou traduzido. Tra-

balhos apresentados em eventos recen-

tes também estão disponíveis no portal.

É o caso de texto a respeito da per-

cepção de pacientes surdos sobre a assis-

tência prestada por profissionais de saú-

de, um dos temas discutidos no Simpósio

SESC de Atividades Físicas Adaptadas.

Outra iniciativa do portal é a trans-

missão, ao vivo e gratuita, do Instrumental

SESC Brasil, que acontece às terças-feiras,

às 19h. Além de assistir ao show em tem-

po real, o internauta pode conversar com

os músicos convidados no vídeo chat que

acontece ao final do programa.

n O vencedor é...(DN) O resultado do Prêmio SESC de Literatura 2008, que recebeu 457 inscrições, será

anunciado em 20 de março. Desde a sua criação, em 2003, o concurso revelou dez novos

escritores.

A 21ª edição do SESC Triathlon Circui-

to Nacional, etapa Caiobá, realizada em

15 de fevereiro, teve 670 participantes,

24 deles na categoria masculino, seis na

categoria feminino/profissional e 640

na amadora e comerciária/dependen-

te. Entre os triatletas inscritos, estavam

competidores experientes como Juraci

Moreira Jr., vencedor da prova em 2008; e

Mariana Ohata, campeã do Pan, no Rio de

Janeiro, em 2007, entre outros. Mariana,

de São Carlos, mais uma vez se superou,

ao vencer a etapa Caiobá, na categoria

profissional feminina, dividindo o pódio

com Fábio Carvalho, de Santos (SP). Na

categoria amador, Edmilson Pereira, de

Blumenau (SC) e Priscila da Silva Rocha,

de Santos (SP), foram os vencedores.

n sesc Triathlon (Pr)

Personalidades que fizeram parte da His-

tória e contribuíram para a construção do Bra-

sil estarão em exposição no hall do SESC Cei-

lândia, em Brasília, de 6 de março a 17 de abril.

A mostra Construtores do Brasil, cedida pela

Câmara dos Deputados, reúne 25 imagens de

ilustres conhecidos, como o imperador Dom

Pedro I, os ex-presidentes da República De-

odoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Getúlio

Vargas e Juscelino Kubitscheck. Líderes como

Zumbi dos Palmares, Tiradentes e estadistas

como o Barão do Rio Branco, além de figuras

desconhecidas da população, como o índio

Ajuricaba, chefe indígena que lutou contra a

ocupação portuguesa, também fazem parte

da exposição.

gional brasileira e sua rica mistura de

gêneros e ritmos.

O FemuSESC incentiva a produção

musical dos gêneros popular e regional,

nas categorias vocal, instrumental ou

mista. No total, foram apresentadas 18

músicas nas duas noites. A trupe O Teatro

Mágico abriu a festa, no dia 13 de março.

No dia seguinte, foi a vez do cantor e com-

positor Jorge Vercillo se apresentar. O

festival aconteceu no estacionamento de

Jaraguá, às 20h30. No Femucic, os crité-

rios para seleção são a originalidade

das canções e a linguagem, que pode

ser o idioma português ou o indígena.

Feiras de instrumentos musicais, livros

e equipamentos também fazem parte

da Mostra de Música.

SESC BRASIL n MARÇO 20094

MATÉrIA De cAPA

Durante a segunda quinzena de fevereiro e a primeira quinzena de março, 73.929 alunos voltaram às aulas no

SESC em mais de 300 unidades de educação espalhadas por todo o país, que atendem desde

crianças de três anos até idosos.

O novo prédio da Escola Educar SESC em Fortaleza, inaugurado em 2007

sesc leva educação a todo país

SESC BRASIL n MARÇO 2009 5

É preciso reafirmar constantemente que a educação no SESC é proposi-tiva, multidisciplinar e permanente e está em todas as ações da entida-de. Mas também é encontrada de

forma específica em salas de aula, através de cursos regulares e disciplinados pelo Ministé-rio da Educação e Cultura (MEC), direcionados para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, como Educação Infantil, Ensino Funda-

mental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na entidade, a educação é missão prioritária desde 1951, recomendada pela I Convenção Na-cional dos Técnicos do SESC, realizada em Bertio-ga, São Paulo. Contudo, o primeiro ato registrado nessa direção aconteceu quatro anos antes, com a criação, em 1947, da Universidade do Ar em São Paulo, contribuição do SESC para as campa-nhas de alfabetização do governo federal.

“No SESC vivemos a educação por inteiro. Aqui,

tudo é educação.”Maria Alice Lopes de Souza

Gerente de Educação e Ação Social (SESC/DN)

sesc leva educação a todo país

SESC BRASIL n MARÇO 20096

Depois disso, um longo caminho

foi percorrido, o que possibilitou, por

exemplo, a 350 crianças do município

de Poconé, no Pantanal Mato-grossense,

terem acesso a um ensino de alta qua-

lidade. Inaugurada em 2002, a Escola

de Educação Infantil e Fundamental do

SESC Pantanal, localizada no Centro de

Atividades poconense, possui oito salas

e funciona em dois turnos. Tem seis tur-

mas de Educação Infantil (crianças de 3

a 5 anos) e 10 turmas do Ensino Funda-

mental (do 1º ao 5º ano).

Além do ensino, a escola oferece às

crianças parque infantil, piscina, sala

multiuso – com TV, equipamentos de

vídeo e DVD, computadores, livros, fil-

mes e CDs infanto-juvenis etc. – e res-

taurante, onde é servida diariamente

uma refeição balanceada, planejada

por nutricionistas. Para José Alberto

Guimarães, Chefe da Assessoria Técnica

de Planejamento do SESC Pantanal, a

escola tem um papel fundamental para

o município de 35 mil habitantes: “Ela

diminui a distância social que existe

entre a capital Cuiabá e Poconé.” Exem-

plos como este se repetem em várias

cidades do país.

Quanto mais cedo melhor

O Sistema de Avaliação da Educação

Básica (Saeb) demonstra que as crianças

que freqüentam a pré-escola aprendem

melhor do que as que não têm essa opor-

tunidade. Atualmente, a grande maioria

dos Departamentos Regionais do SESC

oferece à sua clientela Educação Infantil,

para crianças de 3 a 5 anos. Foi na década

de 50 que a entidade instituiu essa moda-

lidade de aprendizado, na época chama-

da de Recreação Infantil.

grande pela atividade e por esse motivo

está sendo construída mais uma unidade

de Educação Infantil em imóvel adquirido

em 2007, no bairro de Nazaré, em Salva-

dor. “Em nossas unidades de educação as

crianças encontram todas as condições

necessárias para o seu desenvolvimento

no pré-escolar”, enfatiza Maria José.

Já no Rio Grande do Sul são 14 cida-

des atendidas por Centros de Educação

Infantil, que este ano estão recebendo

1.231 alunos. Em 2010 serão mais, pois as

cidades de Alvorada e Cachoeirinha tam-

bém passarão a contar com seus Sesqui-

nhos – como são chamados os Centros.

O DR/RS oferece toda a infra-estrutura

para fazer da criança sujeito ativo de seu

processo de conhecimento: equipe qua-

lificada, atividades culturais, vivências de

cidadania, integração com as famílias,

educação corporal e educação para a saú-

Desde 1964, por exemplo, o DR/BA dis-

ponibiliza vagas para a Educação Infantil

em cinco municípios do estado: Salvador,

Feira de Santana, Jequié, Vitória da Con-

quista e Paulo Afon-

so. Por ano, cerca

de mil crianças são

matriculadas nas

unidades de educa-

ção deste Departa-

mento Regional.

Maria José Gon-

zaga Torres, Assesso-

ra de Planejamento

e Coordenação do

DR/BA, explica que

a demanda é muito

“Educação é um processo contínuo de construção do conhecimento.”

Maria José TorresAssessora de Planejamento e

Coordenação (DR/BA)

Um gol de placa comemorado em Poconé (SESC Pantanal) A dança das cadeiras em Vitória da Conquista (DR/BA)

Aula de nutrição em Cachoeira (DR/RS)

SESC BRASIL n MARÇO 2009 7

de. Os Sesquinhos de Ijuí e Porto Alegre

foram as primeiras escolas de Educação

Infantil do estado a obterem a Certifica-

ção de Qualidade ISO: 9001/2000 do Bu-

reau Veritas Quality International (BVQI).

Ampliação dos saberes

A proposta do SESC para o Ensino

Fundamental é ampliar os saberes dos

alunos, do público infanto-juvenil, entre 6

a 14 anos, aos jovens do 1° ao 9° ano, para

transformá-los em produtores de conhe-

cimento. Suportes diferenciados como

jogos, CDs, tintas, colagens e vídeos, em

sala ou em passeios, com dramatizações

ou atividades-surpresa complementam o

ensino de: Arte, Ciências Naturais, Ciên-

cias Sociais, Educação Física, Língua Por-

tuguesa, Matemática e Música, de forma

lúdica.

Em Manaus, no SESC Balneário, está

localizado o Centro de Educação José

Roberto Tadros, com 1.325 alunos matri-

culados em 2009. A escola foi a primeira

da entidade, em 1995, a oferecer o Ensino

Fundamental, além da Educação Infantil.

Atualmente são 16 salas de aula que abri-

gam 12 turmas de Educação Infantil, 20

turmas do Ensino Fundamental, do 1° ao

5° ano, e 12 turmas do Ensino Fundamen-

tal, do 6° ao 9° ano. A Biblioteca tem 3 mil

títulos e o Laboratório de Informática, 20

computadores.

Lélia Bulgarelli, Coordenadora do

Centro de Educação DR/AM desde 1990,

diz: “Acreditamos ser de suma importân-

cia cada passo que damos. Iniciamos nos-

sas atividades com apenas 100 alunos de

Educação Infantil em 1953. Atualmente,

atendemos até o 9° ano do Ensino Funda-

mental, oferecendo uma proposta dife-

renciada, que busca a melhoria contínua

os serviços destinados à clientela.

O reconhecimento, feito também em

forma de troféu, é concedido pelo Insti-

tuto Brasileiro de Pesquisa de Qualidade

Gomes Pimentel (IBPQGP), Instituto Na-

cional de Estudos e Pesquisas Educacio-

nais Anísio Teixeira (Inep) e o Sistema Na-

cional de Avaliação da Educação Básica

(Saeb), vinculados ao Ministério de Edu-

cação. O prêmio, outorgado desde 1994,

tem como intuito destacar para a socie-

dade as instituições de ensino de melhor

desempenho, em todo o território nacio-

nal, independente de porte e número de

alunos.

Neste ano, a Escola Cuiabá tem 641

alunos matriculados, nas turmas de Edu-

cação Infantil e do Ensino Fundamental

(do 1º ao 5º ano). Além de 12 salas de aula,

a unidade ainda possui: parque infantil,

brinquedoteca, biblioteca, quadra polies-

portiva, laboratórios de ciência e de infor-

mática e sala de artes. Para a Diretora de

Programas Sociais do DR/MT, Flávia Cha-

ves, uma escola de qualidade tem que ter:

“Proposta pedagógica que contemple a

arte no âmbito social e histórico, facilitan-

do ao aluno ampliar releituras, por meio

da interdisciplinaridade.”

Ensino em rede

Alguns Departamentos Regionais

têm uma rede de escolas. É o caso do

DR/CE e do DR/ES. No Ceará são cinco

“Educação é resgate e vivência dos

valores do ser humano.”Lélia Bulgarelli

Coordenadora do Centro de Educação José Roberto Tadros (DR/AM)

da qualidade de ensino.”

Lélia lembra que em 2008 a Banda

Marcial do Centro de Educação, forma-

da por alunos do 5° ao 9° ano do Ensino

Fundamental, ganhou o primeiro lugar

no Festival de Bandas Marciais do Estado:

“Este ano iremos desenvolver um projeto

de flautas com os alunos dos 4° e 5° anos”,

comenta animada.

Merece também destaque a SESC

Escola Cuiabá, fundada em 1998 e igual-

mente direcionada à Educação Infantil e

ao Ensino Fundamental. Em 2008 a Esco-

la Cuiabá ficou entre as 150 melhores do

país, ao receber o Prêmio Nacional de Ex-

celência em Qualidade no Ensino, em São

Paulo. A partir da premiação, a unidade

passou a utilizar a certificação em todos

A aventura do crescimento em Manaus (DR/AM) O desafio da ciência em Cuiabá (DR/MT)

SESC BRASIL n MARÇO 20098

escolas que atendem a 2.609 alunos

nas cidades de Fortaleza, Crato, Jua-

zeiro do Norte, Sobral e Iguatu. Todas

elas estão programadas para oferecer

Educação Infantil e Ensino Fundamen-

tal, Pré-vestibular, Cursos de Idiomas

e Informática, Educação de Jovens e

Adultos e, ainda, o Projeto Habilidades

de Estudo. A primeira Escola Educar

SESC inaugurada foi a de Fortaleza, em

1987, que 20 anos depois recebeu uma

nova e moderna sede.

Já o Departamento Regional no

Espírito Santo tem a rede Centro Edu-

cacional Para a Vida que até 2008 con-

tava com três escolas nas cidades de

A Gerente de Educação e Ação Social do De-

partamento Nacional, Maria Alice Lopes de Sou-

za, informa que hoje a entidade atende 36.506

jovens e adultos em todo o Brasil, que desejam

ampliar a escolaridade, da Alfabetização ao En-

sino Médio. Uma parte desses alunos (14 mil)

está nos 64 Centros Educacionais do SESC LER,

espalhados por 18 estados da Federação, e ou-

tra (22.506) em salas de aula nas Unidades Ope-

racionais dos Departamentos Regionais: “Nesse

nível de ensino – Educação de Jovens e Adultos

(EJA) – temos alunos de até 86 anos com gran-

de interesse em ler, escrever e fazer conta, o que

é de suma importância para as suas vidas.”

Em 2009, o SESC LER receberá mais três Cen-

tros Educacionais, dois que estão em final de

construção e um em processo de implantação. Em 30 de

janeiro último, foi inaugurado o quinto SESC LER do esta-

do do Piauí, localizado no município de Piripiri. O Centro

recebeu o nome de Diógenes Quaresma de Sousa, em ho-

menagem a um grande empreendedor local. Um dos mo-

mentos mais emocionantes da cerimônia foi o discurso da

aluna Arlete Pereira, elaborado por ela mesma:

“O SESC é muito bom, tem professores ótimos. Nin-

surge uma escola onde um dia só foi mato

guém imaginava que ia ter uma escola assim aqui onde

um dia só foi mato, cheio de buraco. Eu fui a primeira alu-

na. Já trabalhei aqui como faxineira, na construção, sem

saber que eu ia ser beneficiada. Eu moro em frente, se o

vigia, a zeladora, o diretor, os professores precisarem eu

estou ao alcance para ajudar. Meus filhos gostaram mui-

to daqui, foi uma mudança muito legal. Se não tivesse

este colégio, agora nossos filhos estariam na rua fazen-

do o que não é para fazer.”

“Educação é o único meio de conduzir os seres humanos

a compreender o significado da vida, da natureza e das

relações humanas.”Nurse Antonia de Freitas Vieira

Coordenadora de Atividades Sociais (DR/ES)

Grupos de estudos em Fortaleza (DR/CE) O novo Centro Educacional Para a Vida em São Mateus (DR/ES)

Arlete em seu discurso (DR/PI)

SESC BRASIL n MARÇO 2009 9

Aracruz, Vila Velha e Linhares. Atende

cerca de 400 alunos em Educação Infan-

til e Ensino Fundamental (1º ao 5º ano).

Em 2009, foram inauguradas mais três

escolas nas cidades de Cariacica, Colati-

na e São Mateus.

Formação para a vida

Quatro Departamentos Regionais –

Roraima, Goiás, Distrito Federal e Minas

Gerais – oferecem o Ensino Médio. Em

Goiânia, no bairro Jardim América, o Cen-

tro Educacional SESC Cidadania, inaugu-

rado em 2004, oferece Ensino Fundamen-

tal e Médio e Cursos de Idiomas. A escola

do DR/GO foi a primei-

ra do SESC a oferecer

Ensino Médio e é a

maior da entidade em

número de alunos. Em

2009, espalhados por

51 turmas, estão 1.535

estudantes.

Para a Diretora do

Centro Educacional

SESC Cidadania, Maria

Filomena Figueiredo

Seabra, manter uma escola de qualidade

significa resgatar os valores de costumes

e crenças regionalistas para as novas ge-

rações: “A arte de cada região é peculiar,

o Brasil é um país rico nesse sentido, va-

lorizar costumes e dar continuidade à

história faz parte da nossa tarefa como

educadores.”

A escola mantém o grupo de teatro

Bolhas de Sabão, a Banda Marcial SESC

Goiás, e mais três projetos de incentivo à

arte: o literário – Arte, Cultura e Convivên-

cia; o musical – Festa; e o Talentos Infantis,

apresentações de dança e teatro no fim

de cada ano letivo.

“Em nossa escola a arte faz parte

integrante do processo de ensino e de

aprendizagem. Sem ela não consegui-

mos transmitir a beleza do conhecimen-

to, incentivar a leitura e a escrita, a re-

presentação nas artes cênicas, a música,

o esporte. Enfim, todo o nosso processo

educacional está envolto em arte”, con-

clui Maria Filomena.

PCG reforça diretrizes

De acordo com o Diretor Geral, Maron

Emile Abi-Abib, em entrevista ao jornal

SESC Brasil, edição nº 65, de janeiro de

2009, o Plano de Comprometimento e

Gratuidade (PCG) “é uma excelente opor-

tunidade para, abordando pontos vitais

de nossa missão, aperfeiçoarmos nosso

trabalho”.

Para ele, o Decreto n° 6.632 que de-

termina que 1/3 da

receita deve ser apli-

cada em educação,

parece inspirar-se nas

Diretrizes Gerais do

SESC “que definem

nossa orientação bási-

ca como um trabalho

eminentemente edu-

cativo que permeie di-

reta e/ou indiretamen-

te todas as atividades

e serviços desenvolvidos. E o princípio

da gratuidade para os mais pobres, nada

mais é que a radicalização positiva do que

aprovamos em nossas Diretrizes para o

qüinqüênio: os preços dos serviços pagos

pela clientela devem ter, principalmente,

caráter educativo e formativo, sem pro-

pósito de remuneração de custos”.

“O Ensino Médio em tempo integral é essencial

na formação dos jovens, para que possam ser

capazes de escolher com segurança seu caminho.”

Claudia FadelDiretora da Escola SESC de Ensino

Médio (SESC/DN)

“O dom mais precioso que tenho é a arte

de amar a educação, pois amar é acreditar na vida presente e ter esperança no futuro.”

Maria Filomena Figueiredo Seabra

Diretora do Centro Educacional SESC Cidadania (DR/GO)

escola sesc de ensino Médio abre segunda

turmaEm seu segundo ano de atividades,

a Escola SESC de Ensino Médio está com

341 alunos: 165 no 1º ano e 176 no 2º.

Criada para se tornar modelo de ensino,

a Escola recebe jovens de todos os es-

tados do Brasil para estudar e morar no

mesmo local, num complexo construído

especialmente para esse fim na Barra da

Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. A for-

mação planejada para esses jovens, que

passam por um rigoroso processo de

seleção, inclui – além do ensino regula-

mentar – inglês, espanhol, artes plásticas

e cênicas, música e uma movimentada

agenda de oficinas, workshops e ativida-

des extracurriculares.

As aulas da Escola SESC de Ensino

Médio foram iniciadas no dia 9 de mar-

ço. Pelo segundo ano consecutivo, o

senador e professor Cristovam Buarque,

ex-reitor da Universidade Federal de Bra-

sília e ex-ministro da Educação, foi convi-

dado para ministrar uma palestra, dando

boas-vindas aos alunos, na cerimônia de

abertura, no dia 16 de março.

SESC BRASIL n MARÇO 200910

PreMIADOLeITOr

VeNceDOr DA eNQUeTe

O verde da Mata Atlântica, 42 praias, dunas, lagoas, restingas

e gastronomia rica em frutos do mar são atrações que o

vencedor da enquete vai desfrutar na viagem a Florianó-

polis, onde ficará hospedado no SESC Cacupé. Em tupi, o

vocábulo Cacupé, que dá nome ao bairro, significa verde

por trás do morro. Paisagem que é descortinada do mirante do hotel: 140

mil m² de área verde com vista para a baía norte da ilha.

A capital de Santa Catarina tem praias para todos os gostos. É possível

praticar esportes na pequena praia de Cacupé, bem em frente ao hotel, ba-

nhar-se nas águas calmas de Jurerê e Ponta das Canas, localizadas no lado

norte da ilha, ou seguir para Moçambique, Praia Mole e Joaquina, no leste,

mais procuradas por surfistas. Na Joaquina, a diversão é descer as dunas em

prancha adaptada para o esporte, conhecido popularmente como eskibun-

da, e apreciar a beleza natural dos bancos de areia.

A gastronomia da ilha é farta em Seqüências de Camarão – prato típico

da região Sul - mariscos, ostras e peixes, encontrados nos restaurantes e

bares, em Santo Antônio de Lisboa, em Jurerê ou no Centro, ao lado da

Lagoa da Conceição, ponto de agitação noturna.

Cansado de sol e mar? O hotel oferece várias opções de lazer, como as

quadras poliesportivas, parque infantil, salão de jogos de mesa, três pisci-

nas, trilha ecológica para caminhadas, além de restaurante com pensão

completa.

O conforto e as instalações modernas também merecem destaque.

As 13 casas e os 23 apartamentos são equipados com camas

box Spring, televisão a cabo, ar condicionado, telefone, secador de

cabelo e outras facilidades. Para saber mais sobre o hotel, acesse

http://www.sesc-sc.com.br/turismo/#cacupe.

Mar e montanha na paisagem de Florianópolis

O SESC Cacupé , cercado por 14 hectares de verde, tem vista para a baía norte da ilha

Um dos apartamentos é adaptado para pessoas portadoras de necessidades especiais

Para concorrer à viagem, responda à enquete encartada nesta edição e envie via Correios. O porte é gratuito. Se preferir, mande pelo fax (21) 2136-5470, para o e-mail

[email protected] ou para o endereço do CNRH.

Laudicéia Matos, Técnico de Atividades do SESC Água

Verde (DR/PR), foi a sorteada do Leitor Premiado, da edi-

ção 65. Ela vai curtir as águas termais do SESC Caldas No-

vas, em Goiás.

SESC BRASIL n MARÇO 2009 11

NOssA GeNTe

Elas estão na linha de frente - Dados do instituto internacional Great Place to Work (Melhor lugar para trabalhar) afirmam que o nú-mero de mulheres em cargos de chefia no Brasil, em 2008, chegou a 36%. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, mostramos que no SESC elas também têm seu lugar de destaque. Conheça as oito Diretoras Regionais à frente dos DRs Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí e Sergipe.

HELOÍVA AMORAS DA SILVEIRA TÁVORA

Diretora Regional do SESC Amapá desde 2001, a administradora está na entidade há 20 anos. Entrou na função de Assessora Técnica e de Pla-nejamento. Hoje, como gestora, acredita que a valorização das pessoas contribui para um tra-balho de equipe mais eficiente, o que mostra o diferencial do SESC.

CÉLIA BATISTA

Ela foi Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil, do Curso Supletivo e, entre outras áreas de atuação, dirigiu a Divisão de Orientação So-cial. Ao comemorar duas décadas de trabalho, em 1996, a pedagoga foi convidada para a Dire-ção Regional do SESC Bahia. A busca permanen-te pela inovação, de acordo com a Diretora, é um dos traços mais característicos de sua atuação. Por isso estimula a equipe para novos desafios e vibra a cada resultado positivo.

IRLANDA CAVALCANTE DE CASTRO

Após nove anos na casa, assumiu a Direção Geral do SESC Piauí em 2007. Graduada em Ciências Contábeis, especializada em Gestão Financeira e com MBA Executivo, ela acredita na importância da capacitação dos servidores, como incentivo ao crescimento profissional deles na entidade. Sua principal característica de gestão é o dinamismo.

REGINA LEITÃO

Diretora Regional do SESC Ceará desde 2006, a socióloga é pós-graduada em Gestão Estra-tégica pela Fundação Getulio Vargas. Cons-truiu toda sua carreira profissional na enti-dade, onde iniciou como estagiária, em 1979. Trabalhar no SESC significa, para ela, ampliar a visão e reforçar a crença nas mudanças so-ciais, tendo a oportunidade de participar des-tas. Convidada pela Ryerson University, no Canadá, e pela Câmara Municipal da Ilha do Sal, em Cabo Verde, apresentou a experiência do Mesa Brasil SESC em painéis sobre segu-rança alimentar.

MARIA DOS REMÉDIOS SERRA PEREIRA

Escutar, refletir e agir são atitudes comuns da Diretora Regional do SESC Maranhão. A peda-goga, que há 16 anos está na instituição, passou a dirigir essa grande família em janeiro de 2008. Antes, foi Técnico Especialista em Pedagogia, Supervisão e Administração Escolar e Coorde-nadora Pedagógica da Educação Infantil. Como Diretora, pauta seu trabalho na gestão compar-tilhada, ao priorizar o diálogo com interlocuto-res de equipes de diversas áreas.

IRENE MARIA BUAINAIN P. DE SOUZA

A Assistente Social percorreu vários caminhos no DR Mato Grosso do Sul até assumir, em 1989, a Diretoria Regional. Começou a trabalhar como Coordenadora de Centro de Atividades de Cam-po Grande, hoje Unidade SESC Camillo Boni, em 1979. No ano seguinte passou a Gerente de Pro-gramas e uma década depois estava à frente da instituição. Para ela, a programação sociocultu-ral oferecida nas unidades do SESC, estimula a reflexão sobre o cotidiano nos indivíduos e os desperta para o papel da cidadania.

EXCELSA MARIA MACHADO DE SOUZA

Sua história no SESC Sergipe divide-se em duas fases: a primeira que durou 27 anos, quando tra-balhou como auxiliar de biblioteca, deu aulas para o programa Habilidades de Estudo, coordenou o programa Cultura e Educação e dirigiu a Divisão de Programa Social. Em 1998, afastou-se da ins-tituição por 10 anos para atender crianças e ado-lescentes com dificuldades de aprendizagem, na Clínica Cardiodonto. Excelsa, que é graduada em Letras e especializada em Psicopedagogia Clínica e Institucional, retornou ao SESC para assumir a Direção Regional, em 2007. Sua gestão é conduzi-da de forma participativa, dialógica e interativa.

De estagiária à Diretora Regional, ela dedicou sua vida profissional ao SESC Paraíba. A administrado-ra de empresas, que entrou no Serviço Social do Comércio em 1988, foi Coordenadora de Cultura, Diretora de Planejamento e Orçamento e Diretora Administrativa e Financeira. O profissionalismo, a ética e a responsabilidade nas funções renderam-lhe o convite para a Direção Regional, cargo as-sumido em fevereiro de 2009.

MÔNICA ALVES BARROS RIBEIRO

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eNTreVIsTA

Em entrevista ao jornal SESC Brasil, o se-

nador fala sobre o que é educação de quali-

dade e como se pode chegar a ela. Para ele o

Brasil precisa despertar para a importância

da educação, um importante vetor da cons-

trução da utopia do bem-estar e da quali-

dade de vida. Cristovam Buarque vê com

alegria e satisfação o papel do SESC e das

outras entidades do Sistema S: “Se não fosse

esse trabalho o Brasil estaria muito pior.”

JSB – O que é educação de qualidade?Cristovam Buarque – Tem o ponto de

vista filosófico, o administrativo e o político.

Do ponto de vista filosófico a educação

de qualidade é aquela que permite que o

aluno saia da escola sendo capaz de: des-

lumbrar-se com as coisas bonitas que exis-

tem; entender a lógica do funcionamento

do mundo; sentir um profundo respeito

pela natureza; ser solidário com as pessoas;

ficar indignado com as injustiças; querer

corrigir os defeitos do mundo; e, finalmen-

te, ter um ofício que lhe permita conquistar

um emprego no qual ele produza o que o

país precisa e receba um salário justo.

Do ponto de vista da administração pe-

dagógica, a educação de qualidade se re-

cebe numa escola em tempo integral com

professores competentes e motivados e,

para tanto, bem remunerados.

Já do ponto de vista político, para

escola oferecer uma educação de qua-

lidade, ela tem que ser federal nos seus

princípios e nos seus recursos, ser uma

escola igual para todos, ricos e pobres.

JSB – O que é um professor de qualidade?

CB – É aquele que é capaz de ensinar aos

alunos a navegarem em busca do conheci-

mento. Só oferece educação de qualidade a

escola que dispõe dos equipamentos que a

deixam sintonizada com a realidade da dis-

tribuição de conhecimento no mundo. As-

sim nós conseguimos também uma escola

que agrada ao aluno, que ele não maltrata,

não despreza, não violenta. O aluno deve

todos os dias acordar contente porque vai

para a escola e isso depende do professor e

dos equipamentos que ela possui.

JSB – Como você vê o trabalho do SESC na área de educação?

CB: – Eu vejo com a maior alegria e

satisfação o papel do SESC e das outras

entidades do Sistema S. Se não fosse esse

trabalho o Brasil estaria muito pior. Tenho

visitado algumas iniciativas das entidades

e quero fazer uma referência muito espe-

cial à Escola SESC de Ensino Médio da Bar-

ra da Tijuca, Rio de Janeiro. Aquela escola é

um símbolo, um exemplo de que é possível

o Brasil ter educação da maior qualidade

para crianças de todas as classes sociais. Os

alunos estudam em horário integral. Como

em um campus universitário internacional,

as crianças que moram lá, estudam línguas,

artes, praticam atividades esportivas, têm

acesso a uma bela biblioteca e alimenta-

ção adequada. Lá sim está se formando

uma geração igual na oportunidade, não

vai haver diferenças entre o filho do rico

e o filho do pobre. Eu sei que é difícil ter

uma escola como essa para 600 milhões de

crianças. Mas a do SESC é um exemplo do

que é possível.

JSB – O que falta ao Brasil para ofe-recer a todos, igualmente, uma educação de qualidade?

CB – O Brasil precisa despertar para a

importância da educação. Nós continua-

mos pensando que o que faz um país ser

desenvolvido é o tamanho do seu Produto

Interno Bruto (PIB), que a maioria vê como

resultado da indústria e da agricultura e

de uns poucos serviços. Isso tem que ser

superado. Precisamos que, no nível dos

que tomam decisão, estejam pessoas com

sentimento de que o futuro está na educa-

ção, que o grande recurso que o país tem é

o cérebro das pessoas e não as máquinas.

Que o grande produto do país é o compor-

tamento das pessoas, é a cultura das pes-

soas, é a competência das pessoas e não o

PIB. Superando esse problema é fácil saber

o que falta. Falta uma escola igual para to-

dos nacionalmente.

A educação é um

vetor importante da

construção

da utopia do bem-

estar e da qualidade

de vida.

O professor pernambuca-

no Cristovam Buarque

já foi reitor da Universi-

dade Federal de Brasília,

ex-ministro da Educa-

ção e hoje é senador. No início de 2007,

ele lançou o movimento “Educação Já”,

nos moldes do “Anistia Já” e “Diretas Já”.

Para ele, foram esses movimentos que

fizeram o Brasil sair do regime militar

para o regime democrático. Assim, ele

acredita que só através de um grande

movimento social que a educação será

prioridade no país.

Participe desse movimento: educação Já

Foto: Pablo de Souza