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Entrevista: Ministro da Agricultura Antônio Andrade Exposições: Nacional do Campolina e do Pampa, Expointer e Barretos Fertilização in vitro Setembro 2013 • n°8 Mangalarga Marchador Raça comemora bom momento e realiza excepcional Exposição Nacional.

Setembro 2013 • n°8 - revistamercadorural.com.br · o novo código florestal que comemorou recentemente um ano de aprovação, ... nos projetos do MAPA na mudança de gestão?

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Entrevista: Ministro da Agricultura Antônio Andrade

Exposições: Nacional do Campolina e do Pampa, Expointer e Barretos

Fertilização in vitro

Setembro 2013 • n°8

Mangalarga Marchador

Raça comemora bom momento e realiza excepcional Exposição Nacional.

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2 Setembro 2013

Ano II - nº VIII - Setembro - 2013

Editorial

A Revista não se responsabiliza por conceitos ou informações contidas em artigos assinados por terceiros.

RedaçãoUnique Comunicação e Eventos Av. Barão Homem de Melo - 4.500/324 - Estoril BH/MG - Tel.: (31) 3653-0633 [email protected]

Editora e jornalista responsávelAmanda Ribeiro - MT10662/[email protected]

Diretor ComercialMarcelo [email protected].: (31) 3063-0208 / 9198-4522

DiagramaçãoFábrika Comunicação Integrada

AssinaturasUnique Comunicação e Eventos

PeriodicidadeTrimestral

Tiragem 5.000 exemplares

ImpressãoGráfica Del Rey

C@rtasAcesse o Facebook e deixe sua crítica ou sugestão

RevistaMercadoRural

Como o tempo tem passado

cada vez mais rápido e já estamos

lançando a primeira edição do se-

gundo semestre de 2013. Edição

que consideramos uma das mais

importantes do ano, com a cober-

tura de importantes eventos que

movimentaram o agronegócio

brasileiro nesse último trimestre.

As exposições agropecuárias, as exposições especializadas das raças, como Mangalarga Marcha-

dor, Campolina e Pampa. A grande festa do peão de Barretos e a imponente feira Expointer, são

muitos os eventos que acompanhamos e trouxemos nesta edição a cobertura especial para nos-

sos leitores.

Na matéria de capa o destaque foi para a raça Mangalarga Marchador que realizou exímia

Exposição Nacional no mês de julho e ganhou enfoque nesta edição, onde enfatizamos seu ex-

pressivo crescimento, entrevistamos o presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo

Mangalarga Marchador, Magdi Shaat, que contou sobre os projetos para a raça e o fim de seu

elogiado mandato á frente do Mangalarga Marchador.

Na seção personagem contamos a trajetória de 111 anos da Linhagem 53, tradicional criató-

rio na raça Mangalarga Marchador. Nosso articulistas que sempre colaboram para enriquecer o

conteúdo editorial, abordaram importantes temas como o cultivo do cedro australiano no Brasil,

o novo código florestal que comemorou recentemente um ano de aprovação, os custos de pro-

dução da soja e do milho, a diferença entre o jumento e o bardoto, dentre outros assuntos de

interesse dos leitores.

Boa leitura!

Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

Uma revista com propaganda de grandes empresas como o Banco do Brasil e outras, é sinal de que é grande também. Parabéns pela qualidade e pelo conteúdo.

Antonio Michelini Silva - Belo Horizonte - MG

Parabéns pela revista, sempre muito bem escrita e conteúdo

interessantíssimo. Eu e meus colegas sempre lemos e

adoramos.Ana Luiza Teixeira -

Chapecó - SC

Parabéns pela revista, está simplesmente um show.

Teófilo Soares de Almeida - Belo Horizonte – MG

Quero parabenizar pela edição da revista! Ficamos todos

encantados pelo belo trabalho!Juliane Diniz - Belo

Horizonte – MG

Estou acompanhando todas as edições e sempre tem artigos

ótimos, o que mostra realmente a competência da equipe.

Linei Rocha - Belo Horizonte – MG

Matérias sensacionais! Parabéns!

Renia Coacci - Belo Horizonte - MG

Marcelo você merece todos os elogios, muita capacidade,

criatividade, competência, e seriedade á frente da revista

Mercado Rural.Sarah Rocha Santos - Belo

Horizonte - MG

Muito boa revista, parabéns pelo belo trabalho.

Carlos Lúcio Ribeiro - Itapecerica - MG

Gostaria ainda de parabenizar toda a equipe pelo trabalho com

a revista, da qual sou leitora assídua e que tem se aprimorado

a cada edição. Mariana Moreira - Belo

Horizonte - MG

A revista está amadurecendo e se tornando

um importante veículo de comunicação sobre as coisas

do campo, com crescente participação do nosso

marchador. Parabéns! Resultado do esforço e dedicação

de vocês.Carlos Augusto Reis

Oliveira do Haras Terra Natal - Belo Horizonte - MG

www.revistamercadorural.com.br

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Setembro 2013 3

4 Entrevista – Ministro da Agricultura Antônio Andrade

8 Personagem – Carlos Junqueira

10 Reflexões sobre o Novo Código Florestal

12 Trufas: uma iguaria da culinária

14 Os benefícios do termopotássio para a cultura do cafeeiro

16 Como fazer uma estufa

18 Carne de cavalo

20 Festas de carros de boi

22 Alta nos preços das terras

24 Milho, soja ou algodão? Quem dá mais!

26 A polêmica restrição para receptoras meio sangue

28 O Campeão Nacional Iate do Pedrosa

30 Brasil não ganha nada negociando em conjunto com Mercosul, dizem palestrantes do Fórum Nacional de Agronegócios

32 Alimentação de abelhas

34 Exposição Nacional do Cavalo Pampa

36 NR 36 – Empresas de abate e processamento de carnes e derivados têm até outubro para se adequarem à nova norma

Mangalarga Marchador – Magdi Shaat, presidente da ABCCMM comemora bom momento da raça

42 Expointer 2013

44 33a Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década

48 O mercado do cedro australiano

50 Jumentos x Bardotos

52 O crescimento do mercado de FIV em bovinos no Brasil e no mundo

54 Festa do Peão de Barretos registra crescimento

56 Suculentas – a moda entre as plantas

58 Camarão de água doce

60 Fórum Nacional de Agronegócios debate os “nós” do setor

62 Plantas medicinais

64 Bebidas – Saquê

65 Os riscos da presença de resíduos na carne

66 Automóveis RAM 2500: força, capacidade e conforto

67Copa Verde, destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento

68 TurismoViagens de mergulho

70 Mercado Pet O Diamante de Gould (Chloebia Goudiae)

72 Criações Exóticas - Jacarés

74 Receita – Tutu de Feijão

76Eventos/Exposição 32a Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador / 33a Exposição Nacional do Cavalo Campolina

79 Giro Rural

Destaque38

Foto: Roberto Pinheiro

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4 Setembro 2013

Entrevista

so objetivo é continuar estabelecendo políticas públicas capazes de dar suporte a essa resposta positiva do setor produ-tivo às diretrizes do governo e, com isso, garantir à população a oferta de alimen-to barato e de boa qualidade. Também temos preocupação em formar um esto-que regulador, que garanta o equilíbrio entre oferta e demanda de determinados produtos, conforme a necessidade do mercado e evitando pressões inflacioná-rias. Por isso, no Plano Agrícola e Pecuário foi lançado um plano de ação específico para ampliação da armazenagem. Serão destinados para o setor privado (produ-tores, cooperativa e cerealistas) R$ 25 bi-lhões, com juros de 3,5% ao ano e prazo de 15 anos para pagamento. Outros R$ 500 milhões foram autorizados para a

construção e modernização de armazéns públicos. Temos preocupação em manter nossa produção em patamares que per-mitam a exportação do excedente que gera divisas para o País. Outro foco impor-tante da minha gestão é o fortalecimento da Defesa Agropecuária do Brasil. Precisa-mos trabalhar para garantir qualidade e segurança aos alimentos que o brasileiro consome e também os que exportamos. Entre as ações estão a modernização dos Laboratórios Nacionais Agropecuários, a consolidação do Sistema Brasileiro de Ins-peção de Produtos de Origem Animal e a tipificação da carcaça bovina, que garan-tirá mais qualidade à nossa carne.

2. Houve mudanças significativas nos projetos do MAPA na mudança de gestão? Cite quais.

Antônio Andrade - Conforme citei anteriormente, nosso maior desafio é modernizar o Ministério da Agricultura, de forma que a gestão dos processos ocorra de maneira mais rápida e eficiente. É uma determinação da presidenta Dil-ma Rousseff e que foi repassada a todos os secretários que, por sua vez, devem cobrar de suas equipes. Essa eficiência se dá, por exemplo, na ponta, por meio do trabalho dos fiscais federais agrope-cuários. São eles que atuam em todos os elos da cadeia produtiva e têm a função de cumprir com os compromissos do comércio internacional, garantir a quali-dade dos produtos ofertados à mesa dos brasileiros e obter competitividade frente à concorrência de outros países expor-tadores de alimentos. Eles também têm como função assessorar tecnicamente o governo, quando requisitado, na elabo-ração de acordos, tratados e convenções

1. Quais as prioridades do MAPA na sua gestão?

Antônio Andrade - No comando do Ministério da Agricultura dialogo com os diversos segmentos produtivos para de-bater os principais problemas e propor as soluções possíveis. Sabemos que um dos maiores desafios para tornar nossa agri-cultura ainda mais eficiente e competitiva é melhorar a infraestrutura e a logística que elevam o custo dos nossos produ-tos. Além disso, a pedido da presidenta Dilma Rousseff, tenho ainda a missão de modernizar o Ministério da Agricultura e dar mais agilidade às suas ações, de forma que o órgão possa acompanhar a evolu-ção do agronegócio. O setor é responsá-vel por um quarto do PIB nacional e nos-

Ministro da Agricultura

Antônio Andrade

Ministro Antônio Andrade

A revista Mercado Rural conversou com o Ministro da agricultura, o mineiro Antônio Andrade que falou sobre sua gestão à frente do Ministério, planos e projeções.

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e logística. Com estradas, portos e ferro-vias deficientes, perdemos tanto em qua-lidade como em competitividade no que se refere à nossa produção agropecuária. Temos uma grande dificuldade de escoar e estocar nossa produção. Esses são pon-tos que o governo federal está atacando de frente. Um País que conseguiu fazer uma revolução na agricultura, com au-mento médio anual de 3,7% na produtivi-dade nos últimos 20 anos, é perfeitamen-te capaz de resolver esses gargalos de infraestrutura e logística. Segundo dados da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a nossa dificuldade em fazer o escoamento da safra, por exemplo, faz com que um container de grãos posto no porto custe US$ 1.790,00 zzmundiais. No caso da armazenagem, temos um déficit importante, já que nossa capacidade es-tática é de 145 milhões de toneladas de grãos para uma produção esperada de 190 milhões de toneladas para a próxima safra. Nesse sentido, ganha importância maior o incentivo à armazenagem. No caso das rodovias e ferrovias, o programa de concessões delineado pelo Governo Federal e que já começa e ser imple-mentado é fundamental. Serão mais de 5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil quilômetros de ferrovias para melhorar o escoamento da safra de grãos. Então, o Governo Federal está investindo pesado, em parceria com o setor privado, para dar condições para que a logística e a infraes-trutura acompanhem o crescimento do agronegócio.

4. O senhor é um grande defensor da MP dos Portos, comente.

Antônio Andrade - Atuei fortemen-te no Parlamento pela aprovação da MP

com governos estrangeiros e organis-mos internacionais, dos quais o País seja membro, além de negociações bilaterais. Recentemente, inclusive, obtivemos duas vitórias importantíssimas em que a atu-ação do nosso corpo técnico foi funda-mental. Após sete anos de negociações, o Japão autorizou, em maio, a exportação de carne suína proveniente do Estado de Santa Catarina para o seu mercado e, no início de junho, o governo da China aprovou três variedades de soja genetica-mente modificadas de interesse do Brasil. Trata-se da abertura do gigante mercado asiático para produtos brasileiro. Isso não é pouca coisa. No caso da carne suína, a expectativa da Associação Catarinense de Criadores de Suínos é de que as ex-portações para o Japão cheguem a 200 mil toneladas por ano em 2014. Já no que se refere à soja transgênica, o mercado estima que uma das empresas detentora da tecnologia autorizada tenha de dois a três milhões de sacas de sementes para vender ao mercado chinês, que responde por 70% da soja exportada pelo Brasil, na próxima safra. Então, são exemplos que confirmam a excelência do nosso corpo técnico que precisa, tão somente, ser re-forçado, por meio de novos concursos públicos, para conseguirmos ainda mais benefícios tanto para o consumidor quanto para o agronegócio como um todo.

3. Quais os maiores entraves para o crescimento do agronegócio nos próximos anos?

Antônio Andrade - Também como eu disse anteriormente, os principais gar-galos para o crescimento do agronegócio são as deficiências da nossa infraestrutura

dos Portos. Na véspera e no dia da vota-ção fiz questão de ir ao Congresso para manter contato com a base e garantir a aprovação. Juntamente com as conces-sões das rodovias e ferrovias, a MP dos Portos será fundamental para melhorar o escoamento das safras agrícolas e per-das da produção. O agronegócio brasi-leiro, maior cliente desse modal, será o setor mais beneficiado com portos efi-cientes e de baixo custo. Só no caso do milho teríamos condições de exportar 15 milhões de toneladas somente neste ano, que terá excedente do grão. A mu-dança no marco regulatório dos portos deve incentivar a participação da inicia-tiva privada e acelerar as transformações necessárias. Se todos os investimentos se concretizarem é possível que come-cemos a verificar os resultados práticos desses investimentos em todos os mo-dais dentro de dois ou três anos.

5. O senhor também é produtor ru-ral. Quais os maiores entraves vi-vidos pelos pequenos produtores brasileiros e como o MAPA pode contribuir para minimizar os pro-blemas e ajudar no crescimento dos mesmos?

Antônio Andrade - Uma das maio-

res dificuldades enfrentadas pelo peque-

no produtor é o acesso às tecnologias

desenvolvidas pela pesquisa agropecu-

ária e que podem melhorar a produtivi-

dade e a renda no campo. Neste sentido,

ganha extraordinária importância a cria-

ção da Agência Nacional de Assistência

Técnica e Extensão Rural, a Anater. De

acordo com a Confederação Nacional da

Agricultura (CNA) estudos apontam que

80% dos resultados da pesquisas agro-

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6 Setembro 2013

pecuárias foram utilizados pelos agri-

cultores das classes A, B e C , enquanto

as classes D e E acessaram apenas 11%.

Desta forma, a Anater será fundamental

para difundir junto aos produtores de

todo o País as tecnologias, processos e

produtos lançados pela Embrapa. Com

isso, o agricultor e o pecuarista poderão

ter acesso ao que há de melhor em ma-

téria de inovação e novas práticas. É im-

portante destacar também que o Gover-

no Federal tem uma política específica

voltada para o pequeno produtor, que

é desenvolvido pelo Ministério do De-

senvolvimento Agrário, do qual somos

parceiros em vários programas. No mês

de junho, inclusive, foi lançado o Plano

Safra 2013/2014 da Agricultura Familiar,

segmento responsável pela produção

de 70% dos alimentos consumidos no

mercado interno do Brasil. O valor total

para financiar a safra do pequeno produ-

tor ficou em R$ 39 bilhões, 77% a mais

do que o liberado no plano anterior. Para

o Programa Nacional de Fortalecimento

da Agricultura Familiar (Pronaf ) serão

destinados R$ 21 bilhões, R$ 3 bilhões

a mais do que o plano anterior. Os juros

variam de 0,5% a 3,5%. Cabe destacar,

como medida de apoio ao pequeno

produtor, a entrada em operação no

mês de março, da Rede Brasil Rural, que

tem como objetivo ofertar produtos da

agricultura familiar, ajudando a impulsio-

nar suas vendas no local da produção,

gerando renda para o próprio município.

Conforme anunciado pelo ministro Pepe

Vargas, do Desenvolvimento Agrário, es-

tão cadastradas 481 associações e coo-

perativas de agricultores familiares, que

representam quase 200 mil agricultores.

6. O que esperar dos próximos anos para o agronegócio brasileiro.

Antônio Andrade - O Ministério da Agricultura faz regularmente, em par-ceria com entidades representativas de vários segmentos do setor e suas em-presas vinculadas, projeções do agrone-gócio. Os últimos estudos indicam que o crescimento da produção agrícola no Brasil deve continuar acontecendo com base na produtividade. Os resultados revelam maior acréscimo da produção agropecuária que os acréscimos de área, tendência verificada em estudos ante-riores. Entre 2013 e 2023, a expectativa é de que a produção de grãos (15 pro-dutos pesquisados pela Conab) deve aumentar por volta de 34 %, enquanto a área deverá expandir-se em cerca de 10 %. Esse é um ganho excepcional para a agricultura brasileira. No que se refere às exportações, os produtos mais dinâ-

micos, conforme o estudo que projeta o comportamento do setor para os pró-ximos 10 anos, deverão ser o algodão, soja em grão, óleo de soja, carne de frango, açúcar, milho, maçã, leite, carne suína e celulose e papel. O agronegócio deve seguir gerando superávits recor-des e sustentando a balança comercial do País, assim como o PIB agropecuário, que cresceu 17% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2012 e 9,7% em comparação com o quarto tri-mestre no ano passado, conforme dados divulgados em maio pelo IBGE. O resul-tado do PIB agropecuário no primeiro trimestre deste ano, impulsionado prin-cipalmente pelo desempenho da soja e do milho, é reflexo da resposta ime-diata do setor às políticas implemen-tadas pelo Governo Federal, conforme já mencionei aqui. A cada ano safra, os produtores têm acesso facilitado ao crédito, com taxas de juros reduzidas e especial atenção para investimentos em novas tecnologias no campo. Gra-ças à elevação desses investimentos, o País tem conseguido alcançar ganhos de produtividade, sem ampliação da área plantada nos mesmos patamares, que permitem tanto abastecer o mer-cado interno quanto exportar o exce-dente, gerando recordes de superávit na balança comercial do setor.

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8 Setembro 2013

Personagem

Junqueira Netto, que em 1962, após seu falecimento, passou a continuidade da criação 53 para seus sucessores que con-tinuaram com muita maestria no aprimo-ramento da raça. São 111 anos de marca 53 de um criatório que fez história no Mangalarga Marchador e traz de gera-ções em gerações uma história de tradi-ção e desenvolvimento da raça no Brasil.

A criação que teve origem em 1902, com a família Junqueira Netto, fez e con-tinua fazendo história no Mangalarga Marchador com diversos consagrados animais e continua sendo genética reco-nhecida e muito procurada por criadores de todo o Brasil, também com as marcas JF e JB.

O criador Carlos Junqueira, mais co-nhecido como Lalo, contou á revista Mercado Rural essa trajetória de sucesso na raça e é hoje um dos herdeiros que dá continuidade ao trabalho da família e mantém o sufixo 53, em Jaborandi, inte-rior de São Paulo.

Lalo afirma que docilidade, marcha

e caracterização racial são as premissas de sua criação, priorizando sempre uma tropa pura. Ex participante ativo em ex-posições, o criador destaca que ver hoje animais campeões oriundos da linhagem 53 é um grande prazer, mas ressalta que novos criadores devem ter cuidado com as escolhas de compra. “Não compre qualquer coisa, pesquise, avalie a pureza racial, não compre por pista, pois ela não leva a nada. Tem animais bons que são maus avaliados e animais ruins que são bem avaliados em julgamentos. É muito difícil um animal campeão na pista ser um campeão na reprodução”, avalia o ex-periente criador.

Lalo afirma que comprar e vender são essenciais na vida de um criador. “Não pode deixar a tropa cair não, nem a con-sanguinidade tomar conta, para manter sempre o padrão”, disse.

Conservador, Lalo acredita que o uso de novas tecnologias nem sempre estão a favor do criador e muitas vezes cria-se expectativas que são frustradas facilmen-

Segundo registros da Associação Bra-sileira do Cavalo Mangalarga Mar-chador, a raça teve como berço a Fa-

zenda Campo Alegre, no Sul de Minas, que pertencia a Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, a quem é atribuída a res-ponsabilidade pela formação da raça. Seu sobrinho José Frausino Junqueira, criador de veados á época, aprendeu a valorizar os cavalos marchadores e começou ali sua importante trajetória na raça e na forma-ção da linhagem 53.

Formador e responsável pela origem do Mangalarga Marchador dos dias atu-ais, José Frausino teve uma trajetória de desafios, dedicação e empenho. O sufixo 53, vem de curiosa origem: ao nomear sua marca para registro de seus animais, não querendo usar o FM de seu sogro e JB de seu pai, José Frausino prestou ho-menagem a sua esposa, escolhendo 53 como sua marca, número de chamada no Internato onde estudava.

A continuidade do seu trabalho foi realizada com excelência por Renato

Linhagem 53-Um centenário no

Mangalarga Marchador

Carlos Junqueira

fotos: Marcha Brasil

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Setembro 2013 9

fotos: Marcha Brasil

Continuo seguindo os ensinamentos que aprendi, sem mestiçagens, fazendo o melhoramento dentro da raça. Nossos animais descendem de quatro éguas matrizes de uma tropa que tinha 500 exemplares em 1916, o que elitiza muito a raça. Não faço inseminação para não elitizar ainda mais, pois hoje tiro filho de qualquer uma das minhas éguas. Não vou deixar sair dessa linha de pureza ra-

cial, conservo minha criação”, disse.

Reconhecimento

Filho do fundador da Associação Bra-sileira do Mangalarga Paulista, em 1980 quando Lalo percebeu que a raça come-çava a mestiçar, aproveitou o livro aberto no Mangalarga Marchador e migrou. “Vi uma melhor possibilidade de fazer meu

te nessa arte de criar cavalos. “A insemina-ção artificial por exemplo, é uma técnica muito cara, que não utilizo em minha criação. Muitos criadores, principalmente os novos, acham que sairão campeões os animais frutos dessa técnica, o que não é verdade. Muitos desanimam com isso, quando as expectativas não são atendi-das. Criador precisa ter paciência senão será um usuário. Criar é um artesanato, quem tem muita pressa não será criador.

trabalho conforme meus critérios de cria-ção, mas fui muito criticado, ainda mais por ser filho do fundador da entidade. No Marchador diziam que eu era o criador de paulista. Minha maior satisfação hoje é ser reconhecido no Mangalarga Mar-chador, fato que demorou, foram mais de 30 anos, mas hoje acho que minha tropa é uma das mais puras do Brasil”, comemora.

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10 Setembro 2013

Mariana Gomes Welter,advogada especialista em Direito Ambiental

no escritório Rolim, Viotti & Leite Campos.

Há pouco mais de um ano a Lei fede-

ral nº 12.651, de 25 de maio de 2012, foi

aprovada. A lei, popularmente conhecida

como o Novo Código Florestal, revogou a

Lei federal nº 4.771, de 15 de setembro de

1965, trazendo inúmeras polêmicas e ge-

rando confrontos ideológicos entre os se-

tores produtivo e ambientalista; envolven-

do uma parcela da sociedade num debate

antes mais restrito aos setores técnicos.

O Novo Código Florestal estabelece

normas gerais sobre a proteção da vege-

tação, das Áreas de Preservação Perma-

nente – APPs e das áreas de Reserva Legal,

bem como trata da exploração florestal, do

controle da origem de produtos florestais,

entre outros temas correlatos.

São diversas as inovações trazidas pela

norma e a adaptação a essas novas regras

ainda gera polêmicas. Podemos destacar a

questão da regulamentação do regime de

proteção das Reservas Legais e a criação

do Cadastro Ambiental Rural – CAR.

As áreas de Reserva Legal, compreen-

didas como áreas localizadas no interior

de uma propriedade ou posse rural, têm

a função de assegurar o uso econômico

de modo sustentável dos recursos naturais

do imóvel rural, além de auxiliar na con-

servação e na reabilitação dos processos

ecológicos e promover a conservação da

biodiversidade.

Todo imóvel rural deve manter área

com cobertura de vegetação nativa a títu-

lo de Reserva Legal, de 20% da área total

do imóvel em quase todas as regiões do

país, exceto na Amazônia legal, onde o

percentual mínimo de proteção pode che-

gar a 80% da área total do imóvel.

Para que a obrigação da manutenção

da área de Reserva Legal seja cumprida, o

Novo Código Florestal inovou ao instituir o

mecanismo do CAR, uma espécie de regis-

tro público eletrônico de âmbito nacional.

Com isso, a área de Reserva Legal deverá

ser registrada no órgão ambiental compe-

tente por meio de inscrição no CAR, e não

haverá mais a obrigação de averbá-la no

Cartório de Registro de Imóveis.

A Lei federal nº 12.651/2012 ainda ad-

mitiu o cômputo das APPs no cálculo do

percentual da Reserva Legal do imóvel,

desde que o proprietário ou possuidor te-

nha requerido inclusão do imóvel no CAR.

Além disso, a referida norma estabeleceu

que após cinco anos da sua publicação, as

instituições financeiras somente poderão

conceder crédito agrícola para proprietá-

rios de imóveis rurais inscritos no CAR.

É possível perceber que a implan-

tação do CAR, como um dos desdo-

bramentos do Novo Código Florestal,

representará provavelmente uma oportu-

nidade para gerar alternativas de recupe-

ração ambiental no âmbito dos imóveis

rurais, entretanto, após mais de um ano

de publicação da Lei, ainda não há uma

previsão quanto à efetiva implantação

deste Cadastro.

A ausência de uma definição quanto

à implantação do CAR tem gerado in-

segurança jurídica, uma vez que alguns

benefícios previstos no Novo Código,

como o cômputo das APPs ao percentu-

al de Reserva Legal e a possibilidade de

concessão de crédito agrícola, depen-

derão da inscrição dos imóveis rurais no

referido Cadastro.

A expectativa é que esse mecanismo

seja instituído com a maior brevidade

possível e que seja um incentivo para que

os proprietários ou posseiros de áreas ru-

rais busquem a regularização ambiental

de suas propriedades.

Reflexões sobre o Novo Código FlorestalReflexões sobre o Novo Código Florestal

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12 Setembro 2013

A trufa é um fungo subterrâ-

neo muito apreciado pelo

sabor e aroma característi-

cos. São consideradas uma iguaria

desde a época romana e consumi-

das em várias partes do mundo. Assim

como os outros fungos, a trufa é rica

em água contendo cerca de 80% a

90% de sua composição. Possui tam-

bém proteínas, hidratos de carbono e

baixo teor calórico, o que faz da trufa,

um alimento nutritivo e saudável.

Desenvolvem-se a uma profundida-

de de 20 a 40 centímetros abaixo da ter-

ra e estabelecem uma relação de sim-

biose com as raízes de árvores como

o carvalho e a castanheira. A trufa,

por ser incapaz de realizar a fotossínte-

se, captura nutrientes das raízes de árvo-

re. Já ás árvores extraem os sais mine-

rais vindos das trufas. Por isso é uma re-

lação de simbiose, pois há benefí-

cios em ambas as espécies.

A trufa é formada por duas par-

tes sendo a primeira o fruto (comes-

tível) e a segunda formada pelas ra-

ízes do fungo chamadas Micelium,

responsável por sua produção. As

trufas adquirem tamanhos varia-

dos, podem ser pequenas, gran-

des, circulares ou irregulares. Fato-

res como temperatura, umidade, gran-

de quantidade de água e composição do

terreno são fundamentais para o de-

senvolvimento deste fungo. Cada va-

riedade demanda por um clima es-

pecífico. Possuem aspecto de már-

more negro e bege. A colheita é

feita recorrendo a porcos ou cães ades-

trados que as podem locali-

zar por meio do olfato. Depois de en-

contradas e com ferramentas apro-

priadas, cava-se o local para reco-

lher a trufa, tomando os devidos cuida-

dos para não danificar as raízes das ár-

vores. Só devem ser retiradas as trufas

em bom estado de maturação, e devem

ser armazenadas em baixas temperatu-

ras. Ela só terá valor se as suas caracte-

rísticas originais forem preservadas.

As melhores trufas bran-

cas vêm de Albacarece de fon-

tes, pequena cidade italiana entre Tu-

rim e Milão. Já as trufas negras tradi-

cionais são de origem francesa, da re-

gião de Périgord.

As trufas brancas são muito apre-

ciadas por chefs de cozinha devi-

do ao seu inigualável aroma. As trufas de

Alba, por serem as melhores, podem

custar até 15 mil dólares o quilo. As

que exibem uma sutil coloração rosa-

da são consideradas melhores, de aro-

ma mais marcante. As melhores safras

ocorrem em outonos chuvosos, pois as

trufas precisam de muita umida-

de para crescer. Em 2009 uma trufa bran-

ca de 750 gramas foi leiloada por 100 mil euros na Itália. E em 2010 um exemplar de 900 gramas foi arremata-do por 105 mil euros.

A trufa branca exige um corta-dor específico, com lâminas ultrafi-nas, pois quanto mais fina for cortada, o sabor é mais intenso. A espessura ide-al é a de uma folha de papel. Com-bina com massas, risotos e ovo frito. O prato predileto dos apreciado-res é o ovo “all’occhio di bue”, pois reú-ne a simplicidade do ovo e a exuberân-cia da trufa branca fresca. Pode ser co-mida também como um pão. Já as trufas negras exalam aroma menos acentua-do, superfície mais rugosa e são mais resistentes ao manuseio. O quilo cus-ta em média 700 dólares e pode che-gar a 2.000 dólares. Ao contrário das brancas, podem ser lavadas em água. A trufa negra já foi chamada de “Dia-mante Negro” ou “Pérola Negra” devi-do à sua raridade. A maior trufa já regis-trada no mundo foi encontrada na Cro-ácia e pesava 1,31kg e foi registrada no livro dos recordes maior trufa já regis-trada no mundo foi encontrada na Cro-ácia e pesava 1,31kg e foi registrada no livro dos recordes.

TRUFAS:Uma iguaria da culinária

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Setembro 2013 13

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14 Setembro 2013

A Empresa de Pesquisa Agrope-cuária de Minas Gerais (Epamig) anunciou que os testes realiza-

dos com TermoPotássio (TK), iniciados em 2010, provaram que este fertilizan-te foi eficiente como fonte de potássio para o cafeeiro, podendo substituir a fonte mais usual, ou seja, o Cloreto de Potássio, tradicionalmente usado pelo cafeicultores. Os testes de campo foram realizados na Fazenda Experimental da Epamig em Patrocíno-MG, sob a coor-denação dos pesquisadores Paulo Tácito Gontijo Guimarães e Kaio Gonçalves de Lima Dias.

Os resultados demonstraram que a produtividade de café beneficiado

das parcelas que receberam o Termo-Potássio, na dose de 80 g/cova de K2O no plantio, ou seja, 1,2 kg de TK/planta foram semelhantes e não diferiram es-tatisticamente daquelas que receberam o potássio proveniente do cloreto de potássio. O KCl foi aplicado na quanti-dade de 220 g de K2O, sendo que desse total, 40 g foram aplicados na cova e o restante em cobertura parcelado em 3 vezes iguais ao longo de 2 anos. Cabe ressaltar que nesse experimento, a dose de potássio (K2O) aplicada através do TermoPotássio foi 36% da dose de K2O aplicada como cloreto de potássio.

“Isso permitiu concluir que o Termo-Potássio apresentou-se como uma fonte

Os benefícios do termopotássio para a cultura do cafeeiroPesquisa comprova

que TermoPotássio é

eficiente como fonte

de potássio para o

cafeeiro.

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eficiente no fornecimento de potássio, além de contribuir com o fornecimento de cálcio, magnésio e silício, também presentes nesse fertilizante. A fertiliza-ção com TK conferiu os mesmos níveis de produtividade atingidos com o KCl na primeira produção aos 2,5 anos. Esses resultados foram obtidos com apenas uma única aplicação de TK, incorporada na cova de plantio, sem que houvesse a necessidade de parcelamentos em co-bertura, facilitando e promovendo eco-nomia para os produtores” concluíram os pesquisadores.

O TermoPotássio, desenvolvido e produzido pela Verde Fertilizantes, é um multifertilizante que possui potás-sio, cálcio (Ca=22%), silício (Si = 17%) e magnésio (Mg =1%) - nutrientes vitais e essenciais para o desenvolvimento das

plantas. Outro componente importante é a granulometria farelada fina, com bai-xa solubilidade em água, com liberação gradual (slow release) dos nutrientes no solo, permitindo atender as necessida-des nutricionais das plantas e também um efeito residual no solo.

O TermoPotássio, além de conferir aumento nos teores de K e Ca no solo, corrige a acidez do solo (EqCaCO3 = 50%), e ainda aumenta consideravel-mente a disponibilidade de fósforo no solo.

Outro ponto extremamente relevan-te é a influência do cloreto de potássio na qualidade do café, uma vez que 40% deste fertilizante é cloro. O TermoPotás-sio, por sua vez, é livre de cloro. Pesquisas comprovam que o cloro contribui para que a qualidade da bebida do café seja

prejudicada. O Brasil importa mais de 90% do Po-

tássio que consome sendo o 4º item da pauta de importações. Em Minas Gerais, cerca de um terço do consumo de po-tássio é destinado à cultura do cafeeiro. Anualmente, cerca de meio bilhão de reais é gasto por cafeicultores brasileiros na compra de fertilizantes potássicos.

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16 Setembro 2013

Fazer uma pequena estufa é quase apenas uma questão de

construir uma estrutura firme em metal, madeira, bambu ou

PVC. Depois basta colocar a cobertura de plástico de estufa e

está pronta a ser usada para cultivar hortaliças, morangos ou

outro fruto qualquer.

Qualquer pessoa pode construir uma mini-estufa caseira

barata num pequeno espaço e cultivar frutos e hortaliças que

de outro modo dificilmente sobreviveriam. O custo dos mate-

riais usados é baixo e basicamente metal, plástico, madeira ou

bambu. Uma estufa mais não é do que uma pequena tenda

com uma cobertura de filme plástico. O importante é garantir

que não há entradas de ar. Também é muito importante é a

localização da estufa, convém garantir que, em qualquer época

do ano, a estufa nunca estará na sombra. As imagens que se se-

guem mostram a construção passo por passo de uma pequena

estufa caseira com uma estrutura em PVC.

Como fazeruma estufa

2. Disponha as tábuas da base. 3. Encaixe os tubos de PVC nas tábuas da base.

4. Construa a estrutura da entrada da estufa. 5. Cubra a estrutura com plástico de estufa

Construção da estufa1. Escolha uma boa localização para a estufa. O local

deve ser plano e exposto ao sol. Oriente o comprimento

da estufa de Leste para Oeste.

Material:Plástico para estufa • Tábuas de madeira • Tubos de PVC

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Setembro 2013 17

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18 Setembro 2013

Por aqui o consumo de carne de equídeos é irrisório, devido á questões culturais e religiosas e falta de informação, mas o que

não se sabe é que o Brasil é um grande exportador dessa carne. Em 2012, o Bra-sil exportou 2,3 mil toneladas de carne de equídeo, resultando em US$ 6,7 mi-lhões em vendas para Bélgica (princi-pal comprador, com US$ 4,34 milhões), África do Sul, Espanha, Finlândia, Itália, Japão e Países Baixos.

O volume é 13% maior do que o apu-rado em 2011, mas esses números já fo-ram maiores. Em 2000, o Brasil embarcou 15,4 mil toneladas, em 2004 foram 20 mil. Mas esses números podem aumentar. Re-centemente o serviço sanitário russo au-torizou a exportação de carne equina de dois frigoríficos localizados no Rio Grande do Sul e Paraná. Trata-se de uma iniciativa promissora na medida em que se abre um novo mercado. Não há registro de exportações de carne equina para o mer-cado russo nos últimos 15 anos. Os fri-goríficos habilitados para exportar carne equina foram: Foresta, em São Gabriel (RS) e Oregon, em Apucarana (PR).Os serviços veterinários de Belarus e do Cazaquistão também tomaram a mesma decisão, autorizando-os a exportar seus produtos para o território da União Aduaneira.

A carne de equídeos possui menos colesterol e, além disso, tem preços mais competitivos frente às demais, por isso, é muito apreciada na Europa. O consumo da carne de cavalo é visto como natural em diversos países com maior tradição eqüestre que o Brasil: França e Itália são bons exemplos. Mas no Brasil o consumo

deste tipo de alimento não é expressivo e algumas vezes é visto com preconcei-to. Vale lembrar que a domesticação do cavalo se deu em função da alimentação e só depois o homem passou a utilizá-lo como animal de tração e sela. É que na Europa, nos períodos que precederam as duas grandes guerras, a carne de cavalo foi amplamente consumida.

No Brasil não há registros de eqüíde-os criados exclusivamente para o abate, como acontece com outros animais. O eqüideo que vai para o abate, em quase todo o mundo, é um animal que foi cria-do com outra função que não a de con-sumo. O aproveitamento desta carne não implica na mudança do objetivo de sua

criação, mas constitui aproveitamento complementar da espécie. Esta utilização resulta num valor adicional do animal, po-dendo incentivar sua criação e evitando desperdício. O animal comprado para o abate nos frigoríficos recebe um número de registro, é avaliado por um veterinário na hora da compra e posteriormente pelo veterinário do frigorífico que se encarre-ga de fazer outra bateria de exames. No ato da compra do animal, o proprietário recebe a garantia do abate e portanto saberá que seu animal não será revendi-do posteriormente com outro fim. Sob a tutela do frigorífico nenhum animal sofre maus tratos e abuso, sendo devidamente alimentados e tratados.

Carne de cavaloBrasil exportou em 2012 2,3 toneladas de carne de equídeos

Fonte: Jornal Estado de Minas

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Setembro 2013 19Fonte: Jornal Estado de Minas

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20 Setembro 2013

Festas de carros de boi Rogério Corrêa

Autor do livro “Festas de Carros de Boi”

O carro de boi foi nosso principal meio de transporte do período colonial, até a era republicana.

Com a popularização dos veículos au-tomotores, aos poucos, os carros de boi foram perdendo o seu espaço e sendo substituídos por caminhões, picapes, tratores ou outros meios de transportes modernos. Chegou-se ao ponto de mui-

tos pensarem que o carro de boi e a sua cantiga peculiar iriam desaparecer, e só os encontraríamos em museus, telas de pin-turas ou esquecidos em velhas fazendas.

Contudo, muitos fazendeiros e seus familiares sentiam saudades daquele tempo que tanto os marcou. Tinham que ir de encontro as suas verdadeiras origens. Não foi por acaso que de alguns anos para cá, fazendeiros estão voltando a usar seus carros de boi, adquirindo e encomendando carros novos, com o fim de utilizá-los em festas, mutirões, desfi-

les, carreteadas, romarias, exposições e encontros. Atualmente, são poucos os carreiros que os utilizam em suas fazen-das para o transporte de alguma mer-cadoria, ocorreu uma reinvenção para o seu uso, saiu do labutar para o festejar.

Quando se fala em festividades, prin-cipalmente aquelas que envolvem as tradições de um povo, não se deve es-quecer que elas são meios originários e permanentes do nosso progresso. Nes-sas festas os participantes se encontram e alcançam níveis surpreendentes de

Festas de carros de boi

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Setembro 2013 21

cooperação, socialização, solidariedade, amizade, respeito ao próximo, criação de vínculos permanentes e dedicação à causa maior, que é a preservação de uma cultura que quase foi extinta.

Sob esse ponto de vista, pode-se afirmar que essas festividades trazem à tona vários pontos positivos e propagam o ideal de seu povo. Nelas, tem-se boa comida, prazeres e diversões variadas; abolição temporária da hierarquia e do status social, ou seja, nelas se festeja o

coletivo, a tradição e não o individualis-mo e o artificialismo.

As festas de carros de boi são lúdicas e provocam várias reações singulares, tanto nos carreiros, candeeiros, comitivas, seguidores quanto nos espectadores, que comparecem ativamente, vindos de vários lugares do Brasil e do exterior, indepen-dente do sexo e idade. Consequentemen-te, muitos se perguntam, qual é o segredo para essas festas crescerem tanto, ano a ano, fazerem parte do calendário cívico

de várias cidades e arrastarem uma verda-deira legião de seguidores em dezenas de cidades e alguns estados pelo país afora.

São muitas as possíveis respostas: amizade, cooperação, comprometi-mento, cultura, diversão, hospitalida--de, humildade, originalidade, respeito, reinvenção, singularidade, socialização, tradição etc... Enfim, com a reali-zação de festejos com os carros de boi, man-tém-se as tradições e preserva-se a identidade de um povo.

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22 Setembro 2013

Alta nos preçosdas terras

REGFNP

Belo Horizonte

Uberlândia

Uberlândia

Araxá

Uberlândia

Pouso Alegre

Uberlândia

Uberlândia

Jequitinhonha

Juiz de Fora

Uberlândia

Unaí

Pouso Alegre

TipoTerra

Cerrado agrícola

Cerrado agrícola (Uberaba)

Pastagem formada de alto suporte (Ituiutaba)

Pastagem formada de alto suporte (Patos de Minas)

Terra agrícola (Uberlândia)

Terra agrícola com café (Alfenas/Guaxupé/Varginha)

Terra agrícola com café (Araguari)

Terra agrícola com cana-de-açúcar (Uberaba)

Terra agrícola de alta produtividade

Terra agrícola de alta produtividade

Terra agrícola de alta produtividade (Ituiutaba)

Terra agrícola de alta produtividade no cerrado em sequeiro

Terra agrícola de grãos (Pouso Alegre/Lavras)

2003

389

1124

4537

1752

4826

6731

6007

5014

566

1800

4881

2658

2295

2008

1085

4000

5950

4690

8517

14200

11698

8646

1396

3200

6250

5000

10037

2013

2500

7833

10000

8000

15000

18433

31333

18333

5133

7933

13333

12600

15267

De carona não só no boom dos preços dos alimentos, que atingiram em janei-ro as maiores cotações em 21 anos no mundo, o valor das terras no Brasil dis-parou. A valorização média do hectare nas propriedades rurais mineiras chega a 330% em uma década e no Brasil a valorização foi de 227,6% entre janeiro de 2003 a dezembro de 2012, passando de R$2.280 para R$7.470. Nas terras mi-neiras o valor passou de R$1983,00 para R$8.535,00, segundo dados de pesquisa feito pela Informa Economics FNP.

A valorização das terras mineiras representou quatro vezes e meia a

evolução do IPCA, amparada na capa-cidade de produção e na diversidade da atividade agropecuária do estado, fa-tores essenciais para a compreensão do resultado. Na década analisada, o ipca (Índice Nacional de Preços ao Consumi-dor), indicador oficial do custo de vida, sofreu variação de 72,7%, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A pesquisa tem como base a coleta periódica dos preços pedidos ou efetiva-mente cobrados em 133 regiões do Brasil para terras de uso agrícola, ocupadas por reflorestamento e pecuária.

Alta nos preçosdas terras

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Setembro 2013 23

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24 Setembro 2013

José Annes Marinho,

Engenheiro Agrônomo, Gerente de Educação da

Associação Nacional de Defesa Vegetal-ANDEF

Há alguns anos, os produtores

rurais vêm obtendo boas mar-

gens de lucro em suas ativi-

dades agrícolas. Por exemplo, na safra

2011/2012 os produtores tiveram lucros

médios na ordem de R$ 1.115,38 para

cada hectare plantado de milho. Este re-

sultado foi 168,1% maior que o apresen-

tado para soja que foi de R$ 415,98 (Fon-

te DERAL). Na safra 2012/2013 a soja no

estado do Paraná obteve lucros médios

na ordem de R$ 1.172,06 para cada hec-

tare plantado, com produtores que apre-

sentaram média de produtividade de 50

sacas por hectare e com venda média da

saca a R$ 58,00. Já o milho teve o lucro

de 2012/2013 em torno de R$ 2.334,20,

pensando em produtividades de milho

na ordem de 180 sacas por hectare com

preço médio de R$ 25,84 (Fonte DERAL).

Estes números comprovam que o

milho, em geral, tem uma lucratividade

maior que a soja. O balizador de preços

na safra 2012/2103 para demonstrar a

diferença entre preços entre soja e milho

foi a famosa proporção de compra (sacas

soja x sacas milho), ou seja, para venda

de 1,0 (saca soja) pode se comprava 2,5

(sacas de milho). Quanto maior a relação,

pior será para o milho. Como essa rela-

ção na safra passada foi menor, tivemos

um incentivo á produção de milho que

gerou uma super safra deixando, inclu-

sive, grãos expostos ao ar livre, como vi-

mos na região Centro-Oeste. Em tese, os

bons matemáticos analisam essa e ou-

tras regras antes de decidir qual cultura

escolher para plantar. A safra 2013/2014

já começou e muitos produtores estão

utilizando essa regra para a escolha da

cultura. Hoje essa regra dá maior poder

de compra de soja, pois de acordo com

preços práticos para cada 1,0 (saca de

soja) compramos até 4,0 a 5,0 (sacas de

milho), o que tende a direcionar o pro-

dutor a optar pelo plantio da soja, pois

está sendo mais rentável. Em uma safra

em que o Brasil novamente tende a ba-

ter novo recorde de produção, para essa

escolha cabem alguns cuidados, e o lo-

gístico estará balizando preços também.

Milho, soja ou algodão?Quem dá mais!

Milho, soja ou algodão?Quem dá mais!

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Setembro 2013 25

A escolha de qual cultura optar, nos

remete a alguns aspectos que necessi-

tam atenção. O mercado internacional e

a logística de transporte são balizadores

para baixo ou para cima. Os preços vol-

taram a subir com as recentes notícias

de pequenas secas nos Estados Unidos

e isso provoca instabilidade nas bolsas,

o que pressiona preços para cima. Bom

para o Brasil e ruim para os americanos.

No milho ainda não sentimos isso; mais

um fator para direcionar nossos produ-

tores para a soja.

Com atuais preços do milho e da

soja, a melhor opção hoje será plantar

soja. No entanto, novamente precisa-

mos pensar no sistema e não somente

na moeda. E é óbvio que precisamos

de lucratividade. Imaginem se 90% dos

produtores brasileiros plantassem so-

mente soja e com altas produtividades,

o que aconteceria com os preços? Cer-

tamente baixariam, a não ser que tivés-

semos um desastre. É a famosa regra:

quanto maior a oferta, menor o preço

– o curso natural de um mercado glo-

balizado. Os produtores que restaram,

optaram pelo milho (10%), e certamen-

te estariam mais felizes: menor oferta,

maior preço.

Essa é uma ginástica em que os

produtores brasileiros precisam convi-

ver e necessitam saber como obter os

melhores resultados. As vendas anteci-

padas podem ser um alento aos agri-

cultores. Muitos ainda dizem: vocês es-

tão “loucos”, vender antes de produzir?

Nunca! E se não produzir nada? E se o

preço estiver maior? Estas perguntas e

dúvidas irão acompanhar os produto-

res e caberá a eles analisar as melhores

opções. Obviamente, quanto maior a

lucratividade melhor para a sustenta-

bilidade e longevidade da atividade

agrícola.

Por fim, outro fator fundamental

nessa relação “de amor e ódio” refere-

-se ao clima: muito cuidado com a safra

2013/2014 que pode reservar surpresas

muito parecidas com as que estão acon-

tecendo nos EUA. Ter informações sobre

qual fenômeno estará influenciando o

Brasil na safra 2013/2014 será prevalente

para determinar qual época, qual cultivar

e qual manejo a ser adotado na cultura

escolhida. Certamente em 2013/2014 te-

remos menores áreas de milho, maiores

de soja e algodão, e isso poderá ser uma

boa oportunidade para produtores com

os olhos no mercado e com sistemas de

plantio muito bem definidos.

Caros leitores, não sabemos tudo e

não devemos acreditar que sabemos,

algumas dicas postas nessa conver-

sa serão importantes para definir qual

estratégia seguir. Essas foram algumas

análises que buscamos para ajudá-los a

escolher qual cultura é mais rentável. E o

passado nos mostra muita coisa. O fato é

que dependemos de muitos fatores para

ter sucesso e um deles começa antes do

plantio. Mãos a obra: a safra 2013/2014

já começou, espero que seja novamente

um ano de muitas vacas gordas. Sucesso

a todos, sempre!

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26 Setembro 2013

A polêmica restrição para receptoras meio sangueABCZ continuará incentivando uso de receptoras zebuínas

Apesar da recente mudança apro-

vada pelo Conselho Deliberativo

Técnico e homologada pelo

MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento) de não tornar obriga-

tório o uso de receptoras com genética

zebuína em processos de FIV e TE a partir

de 2014, a ABCZ divulgou que continua-

rá desenvolvendo ações para incentivar

o uso de receptoras zebuínas.

Mesmo não sendo o uso obrigatório,

a nova proposta aprovada pelo Conselho

Deliberativo Técnico recomenda o uso

de receptoras com genética zebuína

nos processos de TE e FIV para as raças

Brahman, Cangaian, Indubrasil, Nelore

e Sindi, devendo ser usadas uma das

seguintes categorias:

- Fêmeas PO, portadoras de RGN de

qualquer raça zebuína;

- Fêmeas LA, com RGD de fundação

ou RGN nesta categoria, de qualquer

raça zebuína;

- Fêmeas da categoria CCG, que tenham

100% (cem por cento) de genética zebuína;

- Fêmeas com 100% de genética

zebuína, de uma mesma raça ou de ra-

ças diferentes, presumida pelo fenótipo,

cadastradas até dezembro de 2015 no

sistema da ABCZ, e que poderão ser utili-

zadas até o final de sua vida útil.

A partir de 01 de janeiro de 2014 e

até 31 de dezembro de 2015, todas as

receptoras que não se enquadrarem nas

categorias citadas acima, independente-

mente de sua composição genética, de-

verão ser identificadas por um número

único no país, através de um sistema de-

senvolvido pelo Serviço de Registro Ge-

nealógico das Raças Zebuínas (SRGRZ).

A identificação física das receptoras

não zebuínas poderá ser realizada pelo

próprio criador, central de biotecnolo-

gia de embriões ou outros partícipes do

processo, desde que atendidas as condi-

ções determinadas pelo sistema desen-

volvido e disponibilizado pelo SRGRZ.

Fica estabelecido o valor equivalente aos

emolumentos de 1 (um) Registro Gene-

alógico Definitivo de matrizes LA – Livro

Aberto, para o cadastramento dessas

matrizes receptoras no SRGRZ.

A partir de 01 de janeiro de 2016:O valor do cadastro das matrizes não

zebuínas passará a ser o de 3 (três) vezes os

emolumentos correspondentes a 01 (um)

Registro Genealógico Definitivo de matri-

zes LA – Livro Aberto, para o cadastramen-

to dessas matrizes receptoras no SRGRZ.

Caso o criador opte, a partir de janei-

ro de 2014, por utilizar receptoras zebuí-

nas o cadastramento das receptoras será

feita pelo próprio técnico da ABCZ.

Procedimento de cadastramento de

receptoras não zebuínas:

Caso o criador, opte pelo uso de recep-

toras não zebuínas, haverá a necessidade

de seguir um procedimento de cadas-

tramento das receptoras no site da ABCZ

(através das Comunicações Eletrônicas ou

através do Sistema de Biotecnologia).

Veja a seguir como funcionará esse

cadastramento:

1) O criador acessa o site das Comuni-

cações Eletrônicas ou Sistema de Biotec-

nologias, através do site da ABCZ (www.

abcz.org.br) e solicita uma cota para ca-

dastro de receptoras. (Esta cota refere-se

a um número ilimitado de matrizes).

2) Ao solicitar a cota, o sistema gera

um boleto para pagamento do cadastra-

mento das receptoras.

3) Após o pagamento do boleto, a

cota solicitada estará automaticamente

disponível no site da ABCZ juntamente

com uma planilha de campo, que irá au-

xiliar o criador no momento de marcar os

animais. O número indicado no sistema

da ABCZ será o número que o criador irá

utilizar para marcar a receptora.

4) Em seguida, no site da ABCZ, o cria-

dor fará o cadastramento especificando

as características de cada receptora (com-

posição racial, idade aproximada, número

particular do animal).

5) Somente após este cadastro, é que

as receptoras poderão ser utilizadas na Co-

municação de Cobertura do Serviço de Re-

gistro Genealógico das Raças Zebuínas.

Foto: Jadir Bison

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Foto: Jadir Bison

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28 Setembro 2013

A conquista do pequeno criador Antônio Corrêa Pedrosa Júnior

O Campeão NacionalIate do Pedrosa

O sonho do pequeno criador

Antônio Pedrosa sempre foi

produzir um animal cam-

peão e subir a rampa do Parque da

Gameleira durante a Exposição Nacio-

nal da Raça Mangalarga Marchador.

Mas, este sonho não é apenas dele.

Fazer um animal campeão é o desejo

de todos os criadores, que criam com

entusiasmo e paixão, na busca do

mesmo objetivo.

Entretanto, fazer um animal cam-

peão não é tarefa fácil. Exige investi-

mentos, dedicação, assertividade nas

apostas e também um pouco de sor-

te. Para os grandes criadores a tarefa

pode ser facilitada por uma estrutura

completa, boa equipe e recursos para

investir no treinamento do animal, além

é claro, da possibilidade de investimen-

tos em genética de primeira linha. Mas,

para os pequenos criadores, esse sonho

torna-se cada vez mais distante, porém,

apenas distante; não impossível.

O criador Antônio Pedrosa, possui

uma pequena criação de cavalos da raça

Mangalarga Marchador no Haras Pedro-

sa, na cidade de São José da Lapa, região

Metropolitana de Belo Horizonte, MG.

Um pequeno haras até então sem mui-

ta expressão, em uma raça com mais de

8.000 associados. Mas foi na Exposição

Nacional do Cavalo Mangalarga Marcha-

dor de 2013 que esse pequeno criador

ganhou visibilidade, quando seu cava-

lo Iate do Pedrosa sagrou-se Campeão

Nacional Cavalo Junior, título dificílimo

de conquistar e muito reconhecido no

meio. “Conquistar esse título foi minha

maior satisfação até hoje como criador.

Produzi esse animal em minha proprie-

dade com todas as dificuldades de um

pequeno criador e depois de quatro

anos vê-lo subir a rampa da Gameleira

foi a realização de um sonho. Me sinto

satisfeito”, comemora.

Mesmo com todas as dificuldades

inerentes da criação, Pedrosa não pou-

pou esforços ao levar Iate do Pedrosa

para diversas competições. Em sua

primeira pista, na Exposição de Pedro

Leopoldo (MG), Iate levou o título de

campeão Potro Mirim e Grande Jovem

da Raça. Em uma parceria com o Haras

Yuri, em 14 exposições das quais Iate

participou, sagrou-se campeão em 10.

Na Exposição Nacional de 2012, con-

quistou o 1º lugar de andamento Potro

Graduado e ficando em 8º em morfo-

logia, levando assim o 3º prêmio. Já

montado, das seis exposições de que

participou, Iate sagrou-se Campeão

de Marcha em 5 e reservado em 1, um

aproveitamento excepcional. Era real-

mente uma promessa para a Nacional

2013 onde Iate conquistou o título de

Campeão Nacional Cavalo Junior.

“Persistam sempre buscando reali-

zar os seus sonhos”, finaliza Pedrosa.

Exposição de Pedro Leopoldo (Minas Gerais) Iate de Pedrosa durante Exposição Nacional da raça

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Haras pedrosa

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30 Setembro 2013

O Brasil não ganha nada espe-

rando os demais países do

Mercosul para negociações

internacionais. Pelo contrário, só tem a

perder, pelo menos no que diz respeito

ao agronegócio. Essa ideia foi defendida,

sob aplausos de mais de 300 lideranças

do agronegócio brasileiro, pelo diretor

de comércio exterior da FIESP, Roberto

Giannetti da Fonseca, e por Vera Thors-

tensen, da FGV e coordenadora do Cen-

tro do Comércio Global e do Investimen-

to de Algodão, durante debate no 2º

Fórum Nacional de Agronegócios, even-

to do LIDE – Grupo de Líderes Empresa-

riais que aconteceu em Campinas,SP, no

dia 21 de setembro.

“O Brasil ganha alguma coisa ne-

gociando em conjunto com o Merco-

sul? Não ganha nada”, apontou Vera

Thorstensen. Segundo ela, o maior

parceiro comercial do Brasil são os Es-

tados Unidos, e negociar em conjun-

to “atrasa” o País. “Precisamos negociar

sozinhos”, defendeu.

O economista Roberto Giannetti da

Fonseca completou: “O Mercosul virou

apenas ideologia. Não tem mais nada a

ver com o que o Brasil precisa na prática.”

Ele ressaltou ainda que o bloco “teve, cla-

ro, sua importância”, mas salientou que o

modelo atual de aliança regional “não

tem futuro para o Brasil”. Para ele, a ve-

locidade do Brasil é diferente dos outros

países do bloco e, por isso, “o país não

pode ficar esperando o Mercosul”.

Brasil não ganha nada negociando em conjunto com Mercosul, dizem palestrantes do Fórum Nacional de Agronegócios

MIRANTE DO GTR

Jogo JB x Baronesa do GTR

Haras GTRMateus Leme – MGGustavo Rosenburg 31 96184543Helvécio Rosenburg 31 [email protected]/harasgtr

RAINHA DO GTR por Espoleta da Lapinha

RELÍQUIA DO GTRpor Ilicínia Floresta

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Setembro 2013 31

MIRANTE DO GTR

Jogo JB x Baronesa do GTR

Haras GTRMateus Leme – MGGustavo Rosenburg 31 96184543Helvécio Rosenburg 31 [email protected]/harasgtr

RAINHA DO GTR por Espoleta da Lapinha

RELÍQUIA DO GTRpor Ilicínia Floresta

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32 Setembro 2013

Alimentação de abelhasIrone Martins Sampaio, Presidente da CONAP e FEMAP

As abelhas respondem por cer-

ca de 80% da polinização das

plantas ao colher na natureza

os elementos que vão compor sua ali-

mentação. Ao buscar seu alimento nas

flores, levam junto ao corpo o pólen

para outras plantas, promovendo as-

sim a polinização. As abelhas visitam

as flores da mesma espécie cuja flora-

da seja preponderante em seu raio de

visitação. O néctar coletado das flores

pelas abelhas operárias, na verdade

não é o mel.

O néctar coletado e transportado para

o enxame (frutose), com as enzimas

das abelhas é maturado e concentra-

do, transformado-se em mel verdadei-

ro. Acontece que não existe florada du-

rante todo o ano, principalmente nos

meses frios. Neste período a oferta de

ções, oscilando de acordo com locali-

dade e tradição apícola.

Sugestões para alimentação: 

1. Na hipótese da falta de alimento ener-

gético, não tendo o mel pode ser prepa-

rado com açúcar:

Preparação: Coloca-se numa panela 5

kg de açúcar cristal misturado com 2,5

litros de água e leva-se ao fogo. Quando

começar a liberar vapor, adiciona-se 5g

de ácido tartárico ou cítrico e mantenha

no fogo brando por mais ou menos 10

minutos. Após deixa esfriar fornece para

cada colméia com alimentadores inter-

nos ou semi-internos.

2. Na ausência de alimento protéico (pó-

len), pode ser preparado com farelo de

soja e milho.

alimento natural fica pequena nas ma-

tas. Então o apicultor tem que prover o

alimento para suas abelhas sob pena

de migrarem para outra localidade.

O apicultor tem duas alternativas: Pri-

meira: estocar o alimento natural, mel

e pólen ou artificial, tanto o energético

quanto o protéico. No caso do alimen-

to natural, o pólen representa 55%, e o

mel 45% das necessidades das abelhas.

Para esses momentos a suplementa-

ção alimentar deve-se ater às neces-

sidades reais decorrentes da ausência

de alimento energético (néctar ou

mel), protéico (pólen) ou de ambos.

Experiências em várias regiões do Bra-

sil provam que com 20 dias após o

início da alimentação, a área de pos-

tura da colmeia dobra. A alimentação

é de suma importância, também, para

fortalecer enxames capturados e col-

meias fracas. Existem várias formula-

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Setembro 2013 33

Preparação: 1kg de farelo de soja e 2,5

kg de fubá de milho finamente moídos.

Pode ser disponibilizado por colméia ou

coletivamente por apiário.

3. Na ausência de alimento energético e

protéico pode ser preparado uma pasta

de farelo de soja, fubá de milho e mel ou

açúcar invertido.

Preparação: 3 partes de farelo de soja,

2 partes de fubá de milho e 6 partes de

mel ou açúcar invertido. Misturar bem

os dois farelos e adicionar o mel deva-

gar até formar uma pasta mole. Fornecer

para cada colméia sobreposta à mel-

gueira com entrada para as abelhas e

protegida de chuva.

A alimentação artificial, sugerida, obje-

tiva subsistência da colméia no período

de escassez de pasto apícola, período

frio ou de muita chuva.

Hoje há um conceito mais avançado

entre os apicultores de que é importan-

te também a alimentação artificial es-

timulante. O alimento artificial estimu-

lante visa aumentar a postura de ovos

pela rainha. O alimento estimulante

deve ser fornecido cerca de 35 dias an-

tes da florada. A sugestão de alimento

estimulante é o açúcar invertido, por ser

mais palatável.

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34 Setembro 2013

Exposição Nacional do Cavalo PampaEvento comemora 20ª edição e reúne mais de 100 expositores de todo o Brasil

Crédito fotos: Aldo Azevedo

Cerca de R$ 12 milhões em negó-

cios, entre venda e leilão de ani-

mais foi a movimentação financei-

ra estimada da 20ª Exposição Nacional do

Cavalo Pampa - Enapampa, que aconteceu

entre os dias 11 e 18 de agosto, no Parque

da Gameleira, em Belo Horizonte - MG. O

evento, realizado anualmente, reúniu cria-

dores, fazendeiros e admiradores de uma

das raças mais valorizadas no mercado,

devido à comodidade do seu andamento

e sua riqueza morfológica. Foram mais de

100 expositores de todo o Brasil, e cerca de

800 animais em pista no evento promovi-

do pela Associação Brasileira dos Criadores

do Cavalo Pampa (ABCPampa).

O presidente da ABCPampa afirma

que “a exposição é uma ótima oportuni-

dade para negócio direto. Movimentamos

algo em torno de quatro milhões de reais

somente com estas vendas”, afirma Aroldo

Rodrigues.

Aroldo Rodrigues, o vice governador do Estado de Minas Gerais Alberto Pinto Coelho e esposa e o diretor do parque da gameleira Mendelson Vasconcellos

Paralelamente às disputas, entre os

dias 14 e 16 de agosto, foram realizados

três leilões: Leilão Nacional Futuro da Raça,

Leilão Nacional Pampa Adulto e Leilão Ha-

ras JP, Dois Irmãos e Canto da Siriema.

Exposição marca os 20 anos da ABCPampa

Fundada pelo selecionador e estudio-

so de cavalos, Márcio de Andrade, a Asso-

ciação Brasileira dos Criadores do Cavalo

Pampa (ABCPampa), completa em agosto,

20 anos de existência. Idealizada com a

finalidade principal de fomentar a criação

do cavalo pampa em todo o país, a AB-

CPampa conta hoje com cerca de cinco

mil associados, entre criadores, proprietá-

rios e usuários. A instituição realiza e super-

visiona o Serviço de Registro Genealógico

e promove exposições e leilões, apoiando

pesquisas, simpósios, congressos e semi-

nários sobre a raça em todo o Brasil.

Fotos: Aldo Azevedo

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Setembro 2013 35

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36 Setembro 2013

NR 36- Empresas de abate e processamento de carnes e derivados têm até outubro para se adequarem à nova norma

As empresas de abate e proces-

samento de carnes e derivados

devem se adequar à NR 36. A

Norma Regulamentadora implica na

segurança e saúde dos colaboradores

no ambiente de trabalho, e foi publica-

da no Diário Oficial da União no dia 19

de abril último, assinada pelo Ministé-

rio do Trabalho e Emprego. O prazo de

adequação é de seis meses, com exce-

ção para alguns itens que demandam

mais tempo, como intervenções estru-

turais e alterações nas instalações das

empresas.

Entre as exigências da NR 36 figu-

ram obrigatoriedades ligadas à ergono-

mia. As medidas visam melhorar a mo-

vimentação dos segmentos corporais

dos colaboradores, além de ajustes em

postos de trabalhos com relação à al-

tura e inclinação. “As empresas devem,

a partir de agora, realizar avaliações de

ergonomias no ambiente de trabalho.

O acompanhamento e as alterações

reduzirão de forma significativa os pro-

blemas de saúde do trabalhador e da-

rão maior segurança na execução das

tarefas”, explica Márcio Aldecoa, diretor

da LIFE PQV, empresa especializada na

avaliação ergonômica e tem estudo re-

alizado em grandes companhias.

Aldecoa ainda enfatiza que as mu-

danças implicam em benefícios como

a redução de acidentes, diminuição do

absenteísmo, aumento da qualidade na

prestação do serviço e aumento da pro-

dutividade do colaborador. Para se ob-

ter mais êxito, segundo o especialista,

também é válido implementar progra-

mas paralelos à saúde como ginástica

laboral e palestras educativas.

“Ações como estas são atuantes no

combate da LER, lesão por esforço re-

petitivo, que se trata do grande vilão

no ambiente de trabalho. A ginástica

laboral, por exemplo, propicia maior

flexibilidade, força, coordenação, rit-

mo, agilidade e resistência. Ou seja, já

compõe fatores que resultam na maior

mobilidade e melhora de postura. Na

questão psicológica, a ginástica labo-

ral melhora a autoestima, aumenta a

motivação para novas rotinas, combate

tensões, ajuda fortemente na atenção e

concentração para o desempenho das

atividades”, argumenta.

Outros itens presentes na NR 36

trazem obrigatoriedades de disponibi-

lização de equipamentos de proteção

individual (EPI), rodízio de atividades,

adoção de pausas e condições ambien-

tais de trabalho, entre outras.

“Obrigatoriedades impostas pelo Ministério do Trabalho

em Emprego forçam empresas do segmento a adequações

para melhorias das condições de trabalho e saúde dos

colaboradores.”

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Setembro 2013 37

CENTRO DE EXCELÊNCIA DO CAVALO MANGALARGA

MARCHADOR RESERVA REAL

Foi inaugurada no dia 28 de setembro de 2013 a pedra fundamental do novo Centro de Excelência, localizado no Centro Hípico Reserva Real. A so�sticação e ousadia da Design Resorts se uniram à tradição do Mangalarga para conquistar ainda mais admiradores para a raça, em uma estrutura que será referência em todo País.

31 3228-8000 | www.reservarealbh.com.br

Croqui do Centro Hípico

Sede o�cial do Centro de Excelência do

Mangalarga Machador

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38 Setembro 2013

Ele não é brasileiro, mas sua maior

paixão é sem dúvidas um produto

nacional: o cavalo Mangalarga Mar-

chador. O egípcio Magdi Shaat, presiden-

te da Associação Brasileira dos Criadores

do Cavalo Mangalarga Marchador (ABC-

CMM), neto de fazendeiros, sempre este-

ve habituado ao meio rural. Imigrante no

Brasil, com a vida aqui estabilizada iniciou

sua criação de Mangalarga Marchador na

década de 60 na cidade de Lavras, Minas

Gerais, dando origem ao Haras El Far.

Com uma criação de destaque e sempre

muito envolvido com o desenvolvimen-

to e difusão da raça, Magdi não esconde

que o Mangalarga Marchador é parte de

sua vida. No final de seu segundo man-

dato como presidente da ABCCMM, ele

pondera que acredita que cumpriu sua

missão junto aos associados. “Eu quis ser

presidente. Sei do excelente produto que

temos e precisávamos mostrá-lo. Conhe-

ci muitas raças, viajei muito e sei que o

Mangalarga Marchador é um produto

extraordinário e o mundo inteiro quer

um cavalo de lazer, principalmente na

Europa, onde as pessoas têm um cavalo

em casa. Nosso objetivo sempre foi divul-

gar a raça mundialmente. Aumentamos

consideravelmente os investimentos em

mídia, criamos um programa de televisão

exclusivo da Associação, viajamos para

feiras internacionais, aumentamos o mer-

cado e mudamos a gestão da Associação

em termos de foco, passando a priorizar o

cavalo em vez do criador”, disse.

Com a mudança de gestão os resultados

vieram, a rotatividade era grande, devido

à insatisfação com o atendimento, dificul-

dade com o manejo e de conhecimentos

da raça. A ABCCMM investiu no criador

e em cursos para suprir essa deficiência,

como o projeto Mangalarga Marchador

para Todos, e com isso a rotatividade re-

duziu-se consideravelmente. Outro pro-

blema crucial da raça é a carência de mão

de obra especializada. Foi criado o projeto

Formação por Competência em Equideo-

cultura, que já realizou cursos em Cruzília,

Barbacena e Itabira, através de parceria

com o SENAR/MG, e os resultados têm

sido animadores. A maior parte dos for-

mandos consegue entrar para o mercado

de trabalho tão logo termina o curso.

Magdi Shaat, presidente da ABCCMM comemora bom momento da raça

Mangalarga MarchadorFoto: Roberto Pinheiro

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Setembro 2013 39

Foto: Roberto Pinheiro

Com o trabalho de marketing e o fo-

mento da raça, o número de leilões chan-

celados também teve expressivo aumen-

to: de 39 leilões em 2009 para mais de 200

em 2012; nos últimos três anos e meio,

foram 520 leilões chancelados e cerca de

R$300 milhões em faturamento. “O mundo

do Mangalarga Marchador cresceu expres-

sivamente com esse plano de divulgação

da raça. A Fiat lançou recentemente um

carro com a marca Mangalarga Marcha-

dor; a raça foi tema da Beija Flor no Carna-

val passado, o que sem dúvida repercutiu

positivamente; e o Museu do Mangalarga

Marchador, inaugurado ano passado, tam-

bém é um grande sucesso. Na Nacional de

2012 do ano passado eram cerca de 6 mil

associados e nessa última Nacional foram

quase 8 mil, um aumento de quase 35%,

dado que impactou no número de usu-

ários, na diminuição da oferta e nos altos

preços que acompanham essa evolução”,

comentou o presidente.

Com preços em alta, Magdi acredita

que com a desaceleração da economia

o mercado se mantenha estável. “A crise

quando vem abrange todos os segmentos

do agronegócio, o cavalo não está imune,

a tendência é de queda no Brasil inteiro,

mas acredito em uma estabilização”, diz.

Em um mercado bastante aquecido,

com animais que chegam a custar mi-

lhões, Magdi afirma que há preço para

todos. “Hoje um excelente negócio para

começar um criatório novo é a compra

de embriões de grandes animais e manter

um criatório menor com maior qualidade.

A raça hoje está em um momento extra-

ordinário oferecendo muitas opções de

compra aos criadores”, diz.

Mercado externoCriado em 2009, o Programa Vitrine do

Mangalarga Marchador, uma parceria

entre cinco criadores, tem como objeti-

vo de difundir a raça no exterior e levar

alguns animais para a Europa. “A ABC-

CMM bancava os custos das feiras no ex-

terior e com esse trabalho conseguimos

exportar muitos animais. Agora com o

apoio da Agência Brasileira de Promoção

de Exportações e Investimentos (Apex-

Brasil) estamos alinhando as melhores

formas para que esse produto chegue e

atenda à expectativa do comprador e do

criador internacional”, explica Magdi.

Mas ainda existem barreiras sanitárias

que dificultam os trâmites internacio-

nais. “Por ser tratado como animal pet, o

cavalo não entra na lista de prioridades

do Governo. Além disso, o custo do frete

é alto e estamos tentando uma negocia-

ção que favoreça a transação”, completa.

Raça nacionalO Projeto de Lei nº 4.158/12, de autoria

do criador e deputado federal Arthur

Oliveira Maia, que declara o Mangalarga

Marchador como raça nacional, foi apro-

vado pelo Senado em 20 de agosto de

2013, e agora aguarda a aprovação da

presidente Dilma.

A notícia foi festejada pelo presidente da

ABCCMM, Magdi Shaat, que atribui essa

conquista a todos que acreditam no po-

tencial do Mangalarga Marchador.

MandatoO mandato de Magdi termina em abril

de 2014 e o Estatuto da Associação não

permite uma segunda reeleição, mas a

Diretoria da ABCCMM está estudando

a possibilidade de estender o mandato

atual até 2015. “A ideia da prorrogação

de mais um ano e meio do mandato

surgiu de uma preocupação de toda a

Diretoria em cumprir um compromisso

com o Ministério Público assumido por

nós, e principalmente por mim. Este

compromisso determina o fim do Ter-

mo de Ajustamento de Conduta em 31

dezembro de 2015. Convocaremos uma

Assembleia Geral Extraordinária em ou-

tubro para votar sobre essa extensão do

mandato. Nosso objetivo é apenas finali-

zar esse compromisso assumido por nós

e que já se estende há mais de oito anos.

Estamos envolvidos com isso e realmen-

te é um desgaste enorme para toda a

Associação”, diz.

Questionado sobre a intenção de per-

manecer no cargo em uma nova ree-

leição, o presidente afirma: “Estou com

meu dever cumprido e tenho outros

colegas que darão continuidade ao meu

trabalho e farão coisas melhores. Já dei o

melhor de mim para o Mangalarga Mar-

chador”, finaliza.

Presidente Magdi Shaat

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40 Setembro 2013

32ª EXPOSIÇÃO NACIONAL DO CAVALO MANGALARGA MARCHADOR

De 17 a 27 de julho, Belo Hori-

zonte sediou, no Parque da Ga-

meleira, a 32ª Exposição Nacio-

nal do Cavalo Mangalarga Marchador,

um dos maiores eventos equestres da

América Latina. Promovida pela Asso-

ciação Brasileira dos Criadores do Cava-

lo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a

exposição teve como tema “Nacional

Sertaneja” e promoveu a interação en-

tre os criadores e usuários dos quatro

cantos do país.

Durante onze dias, a Nacional do

Mangalarga Marchador recebeu a visita

de mais de 140 mil visitantes, entre eles,

uma comitiva de criadores americanos,

europeus e argentinos e movimentou

R$ 10 milhões em negócios ocorridos

nos leilões, shoppings de animais e

vendas diretas entre os criadores.

Estiveram reunidos no parque, 1.500

animais que participaram de concursos

de marcha, julgamentos, provas funcio-

nais e sociais oriundos de todo o país

.Um dos marcos desta edição foi a apre-

sentação do projeto setorial Brazilian

Saddle Horse, resultado de um convê-

nio firmado entre a Agência Brasileira

de Promoção de Exportações e Investi-

mentos – Apex-Brasil e a ABCCMM. Esse

convênio tem o objetivo de consolidar

o cavalo de sela brasileiro no mercado

internacional e incrementar as exporta-

ções de genética para países potenciais

na criação de animais da raça Mangalarga

Marchador, além de oportunidades de

negócios para os associados e empresas

interessadas. A ABCCMM foi a entidade

convidada para participar do projeto por

já possuir ações estruturadas de expansão

Crédito foto: Roberto Pinheiro

Foto: Roberto Pinheiro

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Setembro 2013 41

Foto: Roberto Pinheiro

Cavaleiros e amazonas participantes do Caminhos do Marchador na abertura da 32ª Nacional 2013

Foto: Roberto Pinheiro

do mercado da raça no exterior e por

representar o maior número de cria-

dores de animais de sela. Atualmente,

a entidade conta 600 mil animais re-

gistrados e com 8 mil associados no

Brasil e no Exterior, como a Associação

Americana (Arizona), Associação Euro-

peia (Alemanha), Associação Italiana

(Tagliacozzo / Região de Abruzzo) e

Associação Argentina (Buenos Aires).

As provas funcionais, realizadas na

pista de areia do parque, tiveram 471

conjuntos inscritos que disputaram as

modalidades Três Tambores, Seis Ba-

lizas, Cinco Tambores, Team Penning,

Prova de Maneabilidade, Apartação de

Curral e Marchador Ideal. Participaram

das competições criadores e seus fami-

liares, usuários e profissionais ligados ao

Mangalarga Marchador.

O Test Ride do Mangalarga Marcha-

dor, atividade oferecida pela ABCCMM

ao público visitante, propiciou a crian-

ças, jovens e adultos a oportunidade de

experimentar o cavalo Mangalarga Mar-

chador. Ao todo 1.050 pessoas pude-

ram comprovar as qualidades da raça.

De acordo com o presidente da

ABCCMM, Magdi Shaat, essa edição

teve como grande novidade a dimi-

nuição no tempo de julgamento, com

as seletivas, o que tornou o evento

menos exaustivo para os criadores

e principalmente para os animais. “A

mudança no julgamento foi a grande

novidade do evento que se consolida

a cada ano, com capacidade máxima

de animais e presença de criadores do

Brasil inteiro e várias comitivas inter-

nacionais. Sem contar na parte social,

um ambiente que reúne toda a famí-

lia e torna uma festa muito completa

tanto na parte técnica quanto social. É

a grande copa do mundo do Manga-

larga Marchador”, disse.

Foto: Fernando Ulhoa

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42 Setembro 2013

Nem a forte chuva que surpreen-

deu os gaúchos afastou o públi-

co da 36ª Expointer, que compa-

receu em peso nos nove dias de evento

cerca de 384 mil pessoas no Parque Assis

Brasil, em Esteio, no Rio Grande do Sul.

Em números gerais, mesmo com

um público inferior ao do ano anterior, o

evento apresentou crescimento de 62%

nas vendas e o o volume de negócios re-

gistrado com equipamentos de irrigação

foi ainda melhor, contabilizando, ao final

do evento, um crescimento de 460% em

relação ao ano anterior.

Segundo levantamento efetuado

pelo programa Mais Água, Mais Renda,

da secretaria da Agricultura, Pecuária e

Cooperativismo, foram encaminhados

468 contratos, representando uma mo-

vimentação financeira de R$ 314 milhões

contra os R$ 56milhões verificados no

ano passado.

Na opinião do secretário da Agricul-

tura, Luiz Fernando Mainardi, os núme-

ros confirmam o “despertar” do produtor

gaúcho para a importância da irrigação.

“Além de estabilizar a produção, os siste-

mas de irrigação proporcionam ganhos

de produtividade”, explicou Mainardi.

O secretário credita o bom momen-

to ao volume de crédito disponível, com

custo reduzido, e ao Programa Mais Água,

Mais Renda, que além de subsidiar de 12

a 30% os investimentos, também destra-

va os licenciamentos e outorgas ambien-

tais.

O comércio de animais aumentou

16,5% em relação à edição anterior da

maior feira de agronegócios da América

Latina, chegando aos R$ 16,063 milhões.

A área da agricultura familiar comerciali-

zou R$ 1,505 milhão, com um aumento

de 18,55% na comparação com o ano

passado. O setor de artesanato foi o único

que caiu 2,49% em relação a 2012.

Expointer 2013

Expositores dos pavilhões do comércio, artesanato e agricultura familiar ofedrecem preços mais baixos na reta final da Expointer

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Setembro 2013 43

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44 Setembro 2013

Criadores e usuários elegeram a 33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina, que ocorreu de 1 a

8 de setembro, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG), a melhor edição da última década. Nas pistas, cerca de 700 animais foram inscritos por 150 ex-positores do chamado “eixo da raça” (MG, SP, RJ, BA e PE), entre outros estados. A programação apresentou uma série de eventos que ajudou a resgatar o envolvi-mento social na principal mostra do Ca-valo Campolina. Cerca de 10 mil pessoas passaram pelo parque de exposições.

O ponto alto do evento foi a intera-ção do público, inclusive, de pessoas sem envolvimento direto com a raça. “Foi mui-to gratificante ver criadores e usuários do nosso cavalo confraternizando com ami-gos e familiares. Sem sombra de dúvidas, essa edição da Nacional ficará marcada na História como a exposição da Família Campolina”, disse o anfitrião Luiz Roberto Horst Silveira Pinto, presidente da Asso-ciação Brasileira dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCCampolina).

Objetivo esse traçado desde o mês de março, quando a diretoria da ABCC-Campolina e o comitê organizador da Nacional - formado pelos criadores Os-

valdo Diniz, Suzana Salum e Léo Maia - reuniram-se para incorporar a programa-ção da Semana Nacional do Campolina aos planos de fomento da raça. Desta forma, uma aposta certeira foi a criação do “Espaço do Criador”, que cumpriu perfeitamente o papel de aproximar os visitantes, ao sediar diversos encontros ao longo da semana.

Outra iniciativa interessante foi o re-conhecimento aos tratadores dos cava-los. Um dia antes da abertura, os mais de 300 profissionais foram homenageados com uma grande festa no Pavilhão Re-dondo do Espaço Expominas. “Vocês são mais importantes do que os próprios criadores. São vocês que cuidam, mon-tam e conhecem bem cada animal. Sa-bemos que apenas 30% dos fatores que fazem o campeão são genéticos. O res-tante vem da sanidade, manejo e nutri-ção, ou seja, da mãos de obra do haras”, disse a eles o presidente da ABCCCam-polina. Também foi neste local que a dupla sertaneja revelação Bruna e Keyla agitou a exposição.

Novidades na pista de julgamento - A 33ª Semana Nacional do Cavalo Campo-lina teve uma programação técnica das mais criteriosas. Neste ano, dez jurados

ficaram responsáveis pelo julgamento, cinco avaliando morfologia e os demais, andamento. Maior e menor notas eram desconsideradas e a classificação trans-mitida em tempo real em um grande telão montado na pista.

“Tivemos uma exposição bem dis-tribuída e com animais muito parelhos. Surpresa foi ver a quantidade de éguas com mais de 36 meses, que, pela primei-ra vez, bateu o número de potras”, avaliou o diretor da Escola Nacional do Cavalo Campolina (ENACAM), Reynaldo Zapalá, explicando que esse dado confirma o progresso experimentado pela raça, atu-almente. Outra inovação foi a atuação de Pedro Braga, Raíssa Martins e Paula Car-valho, os novos inspetores contratados pela ABCCCampolina, como jurados de chão. Eles ajudaram na inspeção de en-trada e também no concurso de marcha.

Para reservar parte do horário nobre aos eventos sociais, foi necessário redu-zir significativamente o cronograma de leilões. Ocorreram apenas dois remates, que juntos arrecadaram R$ 2.571,284,00. Animais também foram vendidos em

um shopping e houve negociações di-

retas entre os criadores, mas essas ainda

não foram computadas.

33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década

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Setembro 2013 45

33ª Semana Nacional do Cavalo Campolina é a melhor da última década

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46 Setembro 2013

O Deputado Estadual Fabiano Tolentino (PSD) foi o relator do projeto do queijo artesa-

nal de Minas, debatido em au-diência pública da Comissão de Política Agropecuária e Agroin-dustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que re-aliza uma pesquisa científica sem precedentes sobre a produção do queijo artesanal nos cinco polos mais tradicionais do Estado.

A expectativa é de que a pes-quisa possibilite a regulamenta-ção da Lei 20.549, aprovada pela ALMG no final do ano passado e que dispõe justamente sobre a produção e a comercialização desse produto. A nova lei, mais do que a simples valorização do

queijo artesanal mineiro, estabe-leceu um novo marco legal para a expansão da atividade, que faz parte do patrimônio histórico mi-neiro, mas vinha sofrendo com o rigor da fiscalização sanitária.

“O queijo minas artesanal é mais do que um produto. É um patrimônio histórico de Minas, porque guarda em si todo um processo centenário de como fa-zer esse item saboroso e que ago-ra poderá ser conhecido em todo país e futuramente, vamos traba-lhar para ele ser conhecido em todo o mundo”, disse Tolentino.

A pesquisa, cujo financiamen-to ainda está sendo viabilizado, vai abranger as regiões da Serra da Canastra, Serro, Araxá, Cerra-

do e Campo das Vertentes. Serão visitados 149 produtores já ca-dastrados, em dois períodos, na época das chuvas e na estiagem, coletando dados no leite e no produto acabado.

A mobilização pela realização da audiência pública, liderada pelos deputados, culminou na aprovação da nova lei e resultou na assinatura de uma nova ins-trução normativa pelo Ministé-rio da Agricultura que permitirá ao produtor mineiro de queijo artesanal, maturado em período inferior a 60 dias, comercializar seu produto em todo o País. Na prática, os serviços de inspeção sanitária de Minas ganham au-tonomia para expedir documento que legaliza a comercialização.

Vender o queijo artesanal mineiro em outros Estados era a mais antiga reivindicação dos produtores.

Deputado Fabiano Tolentino foi relator do projeto

“Queijo Minas Artesanal”

Will

ian

Dias

/ALM

G

Agora é lei: Queijo Minas Artesanal pode

ser vendido para todo o Brasil

Dep. Fabiano Tolentino foi Relator do Projeto do Queijo Minas (PL 1702/2011)

INFORME PUBLICITÁRIO

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Setembro 2013 47

O mineiro faz negócio com paciência. A mesma de que se vale para esperar

passar o café no coador de pano. O resultado é sempre bom, renovado.

Assim como o cafezinho traz com ele o pão de queijo e outras iguarias, os

negócios dos mineiros, seja em Minas Gerais ou no resto do país, trazem o

espírito de equipe, ética e honestidade.

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48 Setembro 2013

Ricardo VilelaDiretor da Bela Vista Florestal e MBA em Gestão Florestal

Ao falar em plantio florestal de

madeira “nobre”, facilmente iden-

tificamos duas maneiras de ver o

negócio; a cética e a otimista. Tentando

trabalhar dentro da linha que separa as

duas, a Bela Vista Florestal sempre foi cau-

telosa em suas projeções de produtivi-

dade da floresta e de preços de madeira,

mas sempre teve certeza da aceitação por

parte do mercado. Afinal, conhecemos a

qualidade do produto; no caso, a madeira

do cedro australiano (toona ciliata).

Nos 10 anos em que trabalha com o

cedro australiano, a preocupação da Bela

Vista nunca foi o mercado, e sim o domí-

nio da tecnologia de produção florestal. O

cultivo das madeiras alternativas (cedro;

mogno; guanandi; teca, etc) é relativa-

mente novo no Brasil e carente de infor-

mações sobre manejo, nutrição, pragas

e doenças. Além de trabalhar com uma

base genética sem diversidade e sem

melhoramento.

O custo de implantação de 1 hecta-

re de cedro australiano fica em torno de

R$13.000,00 até o fim do quarto ano. Os

plantios mais velhos da espécie, feitos

com a semente comumente encontrada

no mercado, apresentam produtividade

até 15m3 de madeira por hectare/ano.

Enquanto isso, os novos materiais genéti-

cos apresentam produtividade até 35m3

por hectare/ano. Com esse novo patamar

de produtividade, e o conhecimento téc-

nico de anos de prática e pesquisa, pode-

mos falar em 400 m3 por hectare aos 15

anos da floresta. Considerando as perdas

no processamento da madeira, podemos

falar em valores entre R$ 250.000,00 e

R$350.000,00 por hectare.

Como toda madeira “nobre” originá-

ria de floresta plantada é novidade no

país, o Cedro Australiano também está

buscando seu lugar no mercado. Nesse

processo, existem algumas característi-

cas a serem levadas em conta que são

óbvias, e outras nem tanto. O que todos

sabem é que a madeira é estável, tra-

balhável, bonita, e deve ser destinada

a produtos com maior valor agregado

(PMVA), como acabamentos finos em

construção civil; portas; janelas; molduras;

forros; movelaria; laminação e outros. O

que nem todo mundo sabe é como fazer

isso.

Muito se fala em exportação e cotação

de madeira no mercado internacional,

como se fosse uma transação fácil de

executar e que paga mais que o mercado

interno. Ao tentar exportar, o produtor irá

se deparar com vários problemas. Alguns

contornáveis, outros não. O resultado é a

inviabilidade econômica do processo na

maioria dos casos.

Ganso sinaleiroO mercado do cedro australianoO mercado do cedro australiano

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Setembro 2013 49

São problemas como a deficiência de

nossa infra estrutura (rodoviária, ferroviária,

alfandegária e portuária) que gera atrasos

e consequentemente aumento de custos.

Problemas como quantidade de produção

e escala, e a continuidade de fornecimen-

to. Custa caro prospectar clientes no ex-

terior e fechar um negócio, assim como

todo o trâmite e transporte do produto.

E a cotação internacional da qual se fala,

é referente ao preço CIF da madeira. Por-

tanto, antes de pensar nos milhares de

dólares de receita que gera um contêiner

de madeira, é preciso pensar no custo do

mesmo para o produtor. Como tudo em

agricultura, a madeira tem seu canal pró-

prio de exportação. E que isso não é uma

coincidência, mas uma imposição de lo-

gística, custos e escala.

Por outro lado, o mercado brasileiro é

enorme e é possível focar as vendas nele

com sucesso. As perspectivas são encora-

jadoras; crescimento contínuo do consu-

mo per capita de madeira sólida tropical,

e a improbabilidade de conseguirmos

suprir essa demanda com madeira de flo-

resta plantada.

A competição com a madeira nativa

não tira a viabilidade econômica do negó-

cio. O cedro australiano tem produtividade

e os plantios estão mais próximos dos cen-

tros consumidores. Com o tempo, devido

às pressões ambientais, apenas a madeira

nativa proveniente de manejo florestal le-

gal estará no mercado.

A madeira de floresta nativa também é

uma boa diretriz para procurar clientes. No

caso do cedro australiano, pode-se vender

a madeira para consumidores de cedro

rosa brasileiro (cedrela fissilis). O uso para

as duas espécies é muito parecido. Nor-

malmente, a empresa que usa uma pode

usar a outra, levando-se em conta que a

madeira de nativa normalmente vem de

plantas centenárias, o que não ocorre com

florestas plantadas.

Mas como colocar essa madeira no mercado?

O que a Bela Vista está descobrindo, é

que o mercado não quer matéria prima,

quer produtos. Em vez de vender toras de

cedro, vale a pena trabalhar a madeira, por

menos que seja.

O cliente faz compensado de cedro?

Produza a lâmina e então faça a venda.

Lojas de varejo de madeira vendem tábu-

as, mas preferem vender forros. Lojas de

material de construção vendem portas, ja-

nelas, molduras, etc. Produzir esses itens é

mais fácil do que se pensa, e agrega muito

valor à madeira.

Existe sim, uma resistência inicial a um

novo produto, mas é para isso que servem

as amostras. Estamos percebendo que

esse desconhecimento é uma barreira fácil

de ser rompida, que quem trabalha com

madeira manejada quer continuar traba-

lhando, e que a aceitação pelo mercado

da madeira do cedro australiano é tudo o

que foi previsto.

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50 Setembro 2013

Rivaldo Nunes da Costa,Médico Veterinário, Consultor em produção animal eMembro do Conselho Deliberativo Técnico da ABCJPÊ-GA.

José Maurílio de Oliveira,Zootecnista, Técnico de Registro e Superintendente do Registro Genealógico da ABCJPÊGA.

Os muares são eqüídeos híbridos oriundos do cruzamento de asi-ninos (jumentos) com eqüinos

(éguas) ou o contrário, equinos (cavalo) com asininos (jumentas) que são os bar-dotos. Apresentam características pró-prias, de comportamento e andamento, em geral são estéreis, devido a falhas no pareamento dos cromossomos durante a meiose. O Eqüino (Equus caballus) pos-sui 64 cromossomos e o asinino (Equus asinus) 62 e os muares (burros, mulas, bardotos e bardotas), apresentam 63 cromossomos.

Algumas mulas e bardotas podem ser férteis, mas os machos, burros ou bardotos, são sempre inférteis. Devido à heterose os muares são mais resistentes ao trabalho que as espécies que o deram origem. Os muares se recuperam mais rápido após uma jornada de trabalho do que os equinos, desde que condiciona-dos, e consomem menos água após o trabalho do que os equinos.

O andamento dos bardotos, como dos muares pode ser marcha picada, batida ou diagonalizada ou trote. Em ambas as modalidades de marcha en-contramos animais de excelente como-didade e resistência.

Tradicionalmente se utiliza produzir os muares a partir de bons jumentos e boas éguas de qualquer raça, conforme os objetivos do criador. O uso de cavalos com jumentas é pouco utilizado, pela di-ficuldade das jumentas ficarem prenhes de cavalos, e até pela dificuldade do ca-valo de aceitar cobrir as jumentas.

Os bardotos geralmente possuem as orelhas mais curtas do que os muares, a cabeça geralmente é mais curta, a crina e cauda em geral é mais longa do que o muar. Possui as castanhas nos quatro membros, os muares às vezes não as possuem nos membros posteriores.

A gestação dos bardotos em média é de 12 meses como das jumentas e a do muar é de 11,5 meses. O parto das jumentas, gestantes de bardotos pode ser dificultado devido às características

físicas das jumentas, que possuem a pelve mais estreita. Apesar de faltar uma estatística segura, as bardotas tendem a serem mais férteis do que as mulas.

Os bardotos são mais lentos do que os muares, com temperamento mais calmo.

O zurrar do muar assemelha-se mais ao jumento e o zurrar do bardoto se aproxima mais do relincho do cavalo.

Comercialmente os muares são pre-feridos aos bardotos. Em observações mais recentes de bardotos e muares em uma mesma propriedade, observamos que a morfologia dos bardotos está liga-da diretamente aos animais que lhe de-ram origem, se as jumentas e os cavalos possuírem boas características morfoló-gicas vão produzir animais de boa carac-terização. E inicialmente pode ser difícil separar o que é bardoto e o que é muar, nestas condições.

A raça de jumentos Pêga, é uma raça brasileira que reúne o maior número de exemplares selecionados para a produ-ção de jumentos e muares. O número de muares registrados no Controle de Genealogia de Muares da ABCJPÊGA até dezembro de 2012 foi de 5.599 animais. No Brasil existem cerca de 750 criadores de muares de qualidade.

Jumentos Bardotos

50 Setembro 2013

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Setembro 2013 51

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52 Setembro 2013

O crescimento domercado de FIVem bovinos no Brasil e no mundo

Osmir Wacanabe,Engenheiro Mecânico proprietário da WTA.

O Brasil é um país pioneiro e

inovador quando o assunto

é Fecundação in vitro (FIV)

aplicada à pecuária. A partir de 1998,

com a criação do primeiro laboratório

comercial da técnica em Cravinhos

(Vitrogen), no estado de São Paulo, a

técnica começou a ser aplicada co-

mercialmente no país, impulsionando

uma revolução na reprodução dos re-

banhos de diversas raças bovinas de

corte e leite.

Atualmente o Brasil ocupa a posição

de maior usuário da técnica no mundo

e, portanto, lidera a produção de gado

FIV. Em apenas 15 anos, a técnica foi to-

talmente democratizada e existem pelo

menos 50 laboratórios espalhados em

todas as regiões e em vários países, es-

pecialmente na América Latina.

O que mudou?No início a FIV era usada somente

para produção de gado de alto valor ge-

nético, pois os custos eram proibitivos

para a pecuária comercial. Contudo, em

pouco tempo, com a maior dissemina-

ção e menor custo envolvido nas dife-

rentes etapas que compõem o trabalho

de produção dos embriões no labora-

tório, a FIV passou a fazer parte do coti-

diano de qualquer pecuarista que busca

maior produtividade no seu rebanho.

Uma evolução que só foi possível ao

se considerar que o Brasil é um dos qua-

tro maiores exportadores mundiais de

carne bovina. É o único país em desen-

volvimento que tem previstas grandes

taxas de crescimento do agronegócio

e coloca-se em posição privilegiada em

função do tamanho do rebanho e áreas

disponíveis para o agronegócio.

No entanto, o baixo índice de desfru-

te (21,3%, SeCEx/MDIC e IBGE) e a capa-

cidade de ganho de peso vivo de nossos

rebanhos são obstáculos da pecuária

nacional. É neste momento que se des-

taca o papel das técnicas de reprodução

animal como ferramentas fundamentais

na mais rápida melhoria genética dos

animais.

Mais tecnologiaOutro ponto-chave para manter o

crescimento da utilização da biotecno-

logias de reprodução na pecuária é o

desenvolvimento de novas tecnologias.

Trabalho que empresas como a WTA,

Foto: WTA VITROGEN

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Setembro 2013 53

O crescimento domercado de FIVem bovinos no Brasil e no mundo

que desenvolve materiais e equipamen-

tos para FIV, ao mesmo tempo em que

incorporou em sua estrutura um labora-

tório para avaliar, a campo, a necessida-

de dos produtores e técnicos, melhoran-

do os resultados.

Já estão disponíveis para aplicação da

FIV e outras técnicas como a Aspiração

Folicular e a IATF – Inseminação Artificial

em Tempo Fixo – equipamentos como

descongeladores de sêmen e incubado-

ras de embriões que, em função de seus

atributos inovadores permitem que o pro-

dutor instale um laboratório de produção

de embriões em sua própria propriedade

rural, sem altos investimentos e com total

segurança. Ou ainda, que técnicos e vete-

rinários qualificados configurem unidades

móveis para atender um maior número de

propriedades.

Esta possibilidade permitirá que os

produtores aproveitem melhor suas esta-

ções de monta, reduzindo as dificuldades

logísticas do processo de FIV e consigam

reproduzir mais rapidamente para seu re-

banho as características de elite da raça

desejada. O conceito reside em criar insta-

lações físicas simples em uma ou mais pro-

priedades, onde a empresa fornece todo o

material e equipamentos.

Outra vantagem do momento atual

de desenvolvimento da FIV é o grande

número de veterinários de elevada ex-

periência em aspiração folicular (oócitos)

de doadoras, transferência de embriões

(TE) e técnicos de laboratório de FIV

(produção de embriões) que trabalham

contratados ou como prestadores de

serviços autônomos.

Para apoiar os produtores na ins-

talação de seus laboratórios também

é possível disponibilizar um programa

completo de treinamento que abrange

todo o processo de FIV, desde a aspira-

ção folicular, produção dos embriões e

transferência de embriões. Desta forma

o pecuarista pode planejar a melhor

maneira de alavancar a reprodução de

seu plantel, com equipe própria nas três

etapas (aspiração folicular, produção de

embriões e TE) ou mesmo terceirizando

todo o processo da FIV.

Pode-se dizer que o futuro da FIV

democrática chegou. O pecuarista no

curto prazo pode possuir toda a técnica

da FIV em sua fazenda, tornando sigilo-

sa todas as informações estratégicas de

seu rebanho, produção, acasalamento,

genética, etc. Tornando-se um produtor

verticalizado de seus próprios produtos,

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1) Produção de oócitos por doadora: 15 oócitos viáveis;

2) Taxa de produçãode embrião por oócito viável: 30 a 50%;

3) Taxa de prenhez: 30 a 50%;

4) Custo de aspiração por doadora: R$150,00/doadora;

5) Custo de transferência por cada embrião: R$50,00

6) Custo de produção de embriões FIV: R$20,00

Lucratividade

Foto: WTA VITROGEN

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54 Setembro 2013

Festa do Peão de Barretosregistra crescimentoFesta do Peão de Barretosregistra crescimento

Rodeio internacional, shows sertanejos e culturais foram alguns dos destaques do evento que aconteceu de 15 a 25 de agosto

Os onze dias da 58ª edição da Festa do Peão de Barretos

foram considerados um grande sucesso. A declaração

é do presidente de Os Independentes, Hugo Resende

Filho que comemorou o crescimento do evento em diversos se-

tores. Foram cerca de 930 mil visitas, mas de acordo com Hugo,

a evolução real do evento é muito maior. “Todos os setores apre-

sentaram crescimento, principalmente, de qualidade”, explica.

Um dos pontos altos foi o rodeio. Com uma premiação total

que atingiu cerca de R$ 500 mil as competições renderam gran-

des momentos de emoção. “Tivemos um rodeio de alto nível nos

11 dias de festa, com competidores e animais que mostraram

o diferencial do nosso evento”, conta Hugo. Entre os destaques,

o 21º Barretos International Rodeo recebeu competidores do

Brasil, México e Estados Unidos, revelando grandes talentos. O

rodeio em carneiros pela primeira vez também recebeu compe-

tidores mirins do México e dos Estados Unidos.

No tradicional Desafio do Bem, em prol do Hospital de Cân-

cer de Barretos, foram arrecadados R$ 4,5 milhões. Na ocasião,

o competidor de sela americana Leandro Baldissera montou

o touro Holyfield da Cia. Berro Grosso. Além disso, a renda dos

shows do primeiro domingo da festa também foi revertida para

a instituição. Outro hospital beneficiado durante o evento foi a

Santa Casa de Misericórdia de Barretos com o Desafio Solidário e

a renda de três dias de evento.

Já entre os shows, a grade contemplou com predominância

a música sertaneja. Todas as gerações do gênero tiveram espaço

nesta edição. Entre os grandes nomes estavam Chitãozinho &

Xororó, Bruno & Marrone, Jorge & Mateus, Fernando & Sorocaba,

Gusttavo Lima, Paula Fernandes, entre outros. No dia 17, o pro-

jeto Villa Mix com 9 apresentações em um único dia, garantiu o

recorde de público no primeiro sábado do evento. Fotos: André Monteiro

BRUNA MONTEIRO A GRIFE PARA O SEU JARDIM.

A Paisagista Ambiental Bruna Monteiro, de 25 anos, formada em paisagismo pelo Instituto Brasileiro de Paisagismo – IBRAP, sempre demonstrou interesse e afinidade pela beleza e forma, já formada em Gestão Empresarial, pelo ENIAC, largou o curso de Engenharia Civil, para cursar Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Belas Artes de São Paulo. Especializada em Solos Reforçados e Geossintéticos pela PECE-USP, e em FMEA na Universidade Presbiteriana Mackenzie, carrega um conhecimento maior com sua formação técnica em Design de Móveis e Interiores, pela Escola de Artes, além dos cursos pela ABCP de Tecnologia do Concreto, Pavimentos Intertravados, Tecnologia de Pavimentos de Concreto, Concreto Rolado para Pavimentação, Solo-Cimento para Pavimentação, Curso Avançado de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto, Alvenaria de Vedação com Blocos de Concreto. Em 2012 aperfeiçoo seu conhecimento em um estudo de campo em Paris – França. Ao retornar fundou a Arte Folha Paisagismo e Decoração, uma empresa prestadora de serviços na área de paisagismo e decoração. Oferecendo serviços para todos os tipos de clientes, entre eles residenciais, comerciais, condomínios, construtoras e governamentais. Com o objetivo de inovar e proporcionar um projeto de acordo com a necessidade de cada cliente, visando bom gosto, qualidade, requinte, e organização. Trabalhando com produtos de qualidade, árvores, arbustos e flores altamente selecionados, e tudo com garantia, para assim proporcionar aos clientes qualidade e tranquilidade. Além de atender em todo o Brasil, a empresa possui projetos de expansão internacional em 2014.

A proprietária da empresa afirma. “Acredito que sucesso é trabalhar em algo que faça bem pra si mesmo. O contato com a natureza me da animo de querer fazer sempre mais e melhor. Priorizando sempre novos aprendizados para implementar em meus projetos.” disse Bruna.

WWW.ARTEFOLHAPAISAGISMO.COM.BR

CONTATO: TELEFONE (011) 3938-1102 E-MAIL : [email protected]

Informe publicitário.

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Setembro 2013 55

BRUNA MONTEIRO A GRIFE PARA O SEU JARDIM.

A Paisagista Ambiental Bruna Monteiro, de 25 anos, formada em paisagismo pelo Instituto Brasileiro de Paisagismo – IBRAP, sempre demonstrou interesse e afinidade pela beleza e forma, já formada em Gestão Empresarial, pelo ENIAC, largou o curso de Engenharia Civil, para cursar Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Belas Artes de São Paulo. Especializada em Solos Reforçados e Geossintéticos pela PECE-USP, e em FMEA na Universidade Presbiteriana Mackenzie, carrega um conhecimento maior com sua formação técnica em Design de Móveis e Interiores, pela Escola de Artes, além dos cursos pela ABCP de Tecnologia do Concreto, Pavimentos Intertravados, Tecnologia de Pavimentos de Concreto, Concreto Rolado para Pavimentação, Solo-Cimento para Pavimentação, Curso Avançado de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto, Alvenaria de Vedação com Blocos de Concreto. Em 2012 aperfeiçoo seu conhecimento em um estudo de campo em Paris – França. Ao retornar fundou a Arte Folha Paisagismo e Decoração, uma empresa prestadora de serviços na área de paisagismo e decoração. Oferecendo serviços para todos os tipos de clientes, entre eles residenciais, comerciais, condomínios, construtoras e governamentais. Com o objetivo de inovar e proporcionar um projeto de acordo com a necessidade de cada cliente, visando bom gosto, qualidade, requinte, e organização. Trabalhando com produtos de qualidade, árvores, arbustos e flores altamente selecionados, e tudo com garantia, para assim proporcionar aos clientes qualidade e tranquilidade. Além de atender em todo o Brasil, a empresa possui projetos de expansão internacional em 2014.

A proprietária da empresa afirma. “Acredito que sucesso é trabalhar em algo que faça bem pra si mesmo. O contato com a natureza me da animo de querer fazer sempre mais e melhor. Priorizando sempre novos aprendizados para implementar em meus projetos.” disse Bruna.

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56 Setembro 2013

SUCULENTASBruna Monteiro,paisagista na Arte Folha Paisagismo e Decoração

Delicadas, ornamentais e de fácil manutenção, não é a toa que as suculentas ca-

íram na graça dos paisagistas. São vários os motivos desse sucesso repentino: apre-

sentam folhagem bem distintas umas das outras, o que permite várias combinações,

podem ser cultivadas no jardim ou em ambientes internos. São fáceis de cuidar, não

requerem podas e consomem pouca água.

VersáteisPodem enfeitar dos vasos no chão a guirlandas na parede, diversos objetos

podem ser adornados por essas plantas.

A moda entre as plantas

Vasos de todos os tamanhos e tiposCom e cores bem variados, as suculentas são tão

diferentes umas das outras que dá para montar um

jardim inteiro usando apenas estas plantas. Para não

ficar monótono, a dica é investir na variedade e na

assimetria, tanto no que se refere às plantas quanto

aos vasos. “ A regra é evitar repetições”. E mesclar as

alturas dos vasos, bem como as cores e formas das

espécies. Se o objetivo é usar um único tipo de su-

culenta como ponto de destaque no jardim, vale a

pena investir em vasos grandes e vistosos. O segredo

para criar um cantinho charmoso com suculentas em

vasos é evitar repetir plantas.

Em meio às pedrasSe o terreno é cheio de rochas em vez de tentar removê-las, aposte nas suculentas para

criar um jardim charmoso, basta colocar algumas mudas no vãos entre as pedras que o

ambiente árido ganha um toque de sofisticação.Cascata de suculentas

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Painel de suculentas, pode ser utilizado no jardim ou em ambientes internos.

Disfarçar muros que delimitam o jardim é sempre uma dificuldade. Se

o seu for de pedras, experimente cultivar nos vãos suculentas pendentes

como a planta fantasma ( Graptopetalum paraguayense). Com ramos

de até 30 cm de comprimento, ela forma uma linda cascata de rose-

tas azul-acinzentadas e, na primavera, ainda apresenta pequenas flores

brancas e estreladas.

Delicadas, e formosas assim podemos descrever as suculentas.

Apresentam diversos formados, tamanhos e cores.

Resistentes, podem ser cultivadas tanto internamente como em jardins

de fácil manutenção, não exigem podas, e são tolerantes ao frio e calor.

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58 Setembro 2013

Camarão de água doceO Brasil vem se destacando entre

os maiores produtores mundiais

de crustáceos de água doce.

Atualmente, sua tecnologia de criação já

é bem dominada e vem sendo adaptada

de acordo com as diferentes característi-

cas regionais, geo-climáticas e socioeco-

nômicas. Minas Gerais ganhou destaque

nesse cenário e é no município de Prata,

no sul do estado que se encontra a única

criação com selo do Serviço de Inspeção

Federal (SIF) para o abate de camarão

d’água doce, emitido pelo Ministério da

Agricultura.

O camarão-d’água doce é um crus-

táceo ainda muito desconhecido. Mui-

tas vezes confundido com a lagosta, por

causa do seu tamanho, ainda é pouco

consumido no mundo. Estima-se que a

produção global não ultrapasse 450 mil

toneladas por ano, volume equivalente a

20% da produção total de camarão mari-

nho. Entre os atuais produtores, há quem

acredite em um futuro promissor para a

carcinicultura de água-doce.

A criadora Maria Aldeide Borges, dona

do Entreposto de Pescados São Pedro,

em Prata, no sul de Minas Gerais, é a única

a ter o selo do SIF, condição fundamental

para vender o crustáceo para todo o País

e até exportar. Mas Maria Aldeide, que

abate o crustáceo com SIF desde 2002, vi-

nha tendo um sério problema na produ-

ção. Os camarões que ela engordava para

o abate eram comprados de terceiros, e aí

estava o seu drama: por não ter um labo-

ratório para produzi-los desde o início do

processo de criação, ela era passada para

trás por comerciantes desse setor. “Já che-

guei a comprar 200 mil crustáceos na fase

chamada de pós-larva e quando fui che-

car a carga havia 75 mil”, diz Maria Aldei-

de. “A quantidade combinada na compra

e a contagem que eu fazia depois, nunca

batiam.”

O que era um limão, a produtora

transformou numa limonada. Em vez de

jogar a toalha na queda de braço com

os produtores de pós-larva, Maria Aldei-

de resolveu disputar mercado com eles,

além de abastecer seu próprio criatório. A

criadora está investindo R$ 250 mil no

negócio, dos quais R$ 200 mil são para

a construção de um laboratório desti-

nado a criar o camarão desde o estágio

de larvas.

Do total do investimento necessário à

sua independência, Maria Aldeide finan-

ciou R$ 150 mil através de linhas de cré-

dito junto ao Banco de Desenvolvimento

de Minas Gerais (BDMG), com sede em

Belo Horizonte. A previsão é inaugurar o

laboratório no segundo semestre do ano.

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Setembro 2013 59

Camarão de água doce“Com a produção do camarão desde o es-

tágio de larva terei pleno domínio do pro-

cesso de criação em água-doce e posso

vender o excedente do laboratório”, diz. “É

uma vitória.” O laboratório do entreposto

de pescados terá capacidade para produ-

zir até um milhão de pós-larvas por ano.

“Hoje, compro 600 mil pós-larvas por ano”,

diz Maria Aldeide. “Aumentando a produ-

ção quero trabalhar para que o entrepos-

to cresça ainda mais.”

Além do laboratório, até o começo

de 2014 a criadora fará um rearranjo

nos 21 viveiros de engorda do crustá-

ceo para transformá-los em 27 viveiros.

Atualmente, com 5,6 hectares de lâmina

d’água, a produção anual do entrepos-

to é de quatro toneladas de crustáceos.

Com a reforma, a produção pode ir para

dez toneladas. “Eu acredito no negócio

porque o camarão-d’água-doce traz me-

nos degradação ao meio ambiente que

o camarão marinho, além de obter um

produto mais saboroso e saudável”, diz

Maria Aldeide. Segundo pesquisa reali-

zada pela Universidade Federal do Para-

ná, em Curitiba, o camarão-d’água-doce

tem 30% menos colesterol, se compara-

do ao camarão marinho. Sem contar que

para pescar um quilo desse tipo de ca-

marão, outros seis quilos de organismos

marinhos são mortos acidentalmente.

“O camarão-d’água-doce tem qualida-

des para conquistar o consumidor”, diz a

criadora. Nos supermercados e peixarias,

um quilo de camarão-d’água-doce pode custar até R$ 30.

Fonte: Jornal Estado de Minas

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60 Setembro 2013

Fórum Nacional de Agronegócios debate os ‘nós’ do setor

Entre os dias 20 e 21 de setembro, o

Hotel Royal Palm Plaza, em Campi-

nas (SP) sediou o Fórum Nacional

de Agronegócios que teve como objetivo

debater os ‘nós’ do setor em 5 painéis - O

nó do agro sustentável, O nó do comér-

cio mundial, O nó dos insumos, O nó da

agenda legislativa e O nó da comunicação,

discutidos por Maurício Lopes (presidente

da Embrapa), Clodoaldo Hugueney (ex-

-embaixador do Brasil na China), Alexandre

Mendonça de Barros (analista da MBAgro),

Waldemir Moka (Senador) e Humberto

Pereira (editos-chefe do Globo Rural), res-

pectivamente.

O Fórum deixou um legado para o seg-

mento, responsável por impulsionar o

crescimento de 1,5% do PIB nacional em

2013. Após um ciclo de debates, a Carta

de Campinas foi elaborada com sugestões

para que se desfaçam os nós discutidos

durante a estratégica reunião de líderes

empresariais e especialistas do setor. O

documento, que foi entregue aos parti-

cipantes do evento, será encaminhado a

ministros, senadores e demais autoridades

do Governo Federal.

No documento final, destaca-se a união de

esforços entre o setor privado e os poderes

Executivo e Legislativo para superação de

relevantes entraves para o desenvolvimen-

to do setor.

A conclusão, no que diz respeito à susten-

tabilidade, enfatiza a administração de ris-

cos de natureza diversa, o conhecimento

profundo dos biomas e a implantação do

monitoramento do Programa de Agricul-

tura de Baixo Carbono – ABC, assim como

o Pagamento por Serviços Ambientais

(PSA), garantindo renda para os produto-

res rurais em prol ao papel que exercem

pela preservação. No âmbito do comércio

internacional, é necessário repensar a es-

tratégia da política externa comercial bra-

sileira, a celebração de acordos bilaterais,

além da adoção de uma posição de defesa

política do MERCOSUL e fortalecimento

do papel de coordenação de organismos

como o G-20.

Já para o setor de insumos, é importante

rever o tempo de demora dos órgãos pú-

blicos para o registro de novas moléculas,

uma vez que a agricultura no Brasil é total-

mente tropical, com uso intensivo do solo.

O setor de sementes necessita de meca-

nismos mais adequados para a cobrança

de royalties por eventos biotecnológicos.

É preciso, ainda, uma revisão tributária

para a indústria de fertilizantes, para a re-

dução de custos e a criação de incentivos

positivos.

Ainda foram debatidos os entraves da

agenda legislativa, que devem resolver

a questão indígena, a terceirização de

mão de obra rural e do trabalho degra-

dante, a garantia de recursos não con-

tingenciáveis para a defesa agropecuá-

ria e regras que disciplinem e permitam

o investimento estrangeiro em terras

agrícolas. Para os debatedores, o “nó” da

comunicação do agronegócio só será

resolvido quando as cadeias produtivas

estiverem organizadas para fazer um

diálogo proativo, elevando os níveis de

informação para a população urbana.

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Plantas medicinaisO uso de plantas para tratar doenças é tão antigo quanto a história da humanidade, mas saber conservar e usar cada tipo é fundamental para garantir que o remédio funcione.

Selecionamos algumas plantas e suas indicações:

Agrião

Alecrim

Alho

Verdura de sabor ligeiramente amargo e bem popular na mesa brasileira. O agrião é um

excelente anti-inflamatório das vias respiratórias, muito indicado nas bronquites crônicas.

Ele também age contra um mal bem moderno: a nicotina - ainda que, claro, nenhuma

planta apague de vez os seus estragos.

Fins medicinais: Diurético, anti-inflamatório, pode ser usado para tratar aftas, gengivi-

tes, acne e eczemas, ajuda melhorar a digestão e tratar a tosse.

Como usar: A simples digestão do agrião libera substâncias expectorantes que ajudam a

limpar as vias respiratórias. Pode ser consumido em saladas, batido em sucos ou tomado

em chás ( 1 colher de sopa de folhas secas para uma xícara de chá de água fervente, três

vezes ao dia)

Atenção! Por ser abortiva, a infusão de agrião não deve ser consumida por grávidas. Além

disso, o excesso costuma irritar a mucosa do estômago e as vias urinárias. Não deve ser

ingerido por quem tem úlceras e doenças renais inflamatórias.

Na Grécia antiga, ele era erva para toda obra -- de cosméticos a incensos, passando por

enfeite de coroas. Rico em óleos essenciais como limoneno e cânfora, hoje seu uso medi-

cinal mais comum é em compressas para aliviar contusões e hematomas. Diminui as dores

provocadas por doenças reumáticas e articulares.

Fins medicinais: Há indícios de que seus princípios ativos combateriam enxaquecas, para

lapsos de memória e baixa de imunidade, diminui dores reumáticas e articulares.

Como usar: Dilua 1 colher de café de óleo essencial de alecrim em 1 xícara de azeite de

oliva. Esfregue, então, o óleo na região dolorida com massagens suaves.

Atenção! Em pessoas sensíveis, pode irritar a pele quando usado topicamente. Seu óleo

jamais deve ser engolido e, em altas dosagens, é abortivo. Quem é epilético não pode usar

a erva, principalmente no difusor.

O alho é tiro-e-queda contra o colesterol alto, atua como expectorante e antissép-

tico e, de quebra, é capaz de aumentar a imunidade e aliviar problemas circulató-

rios. Cheio de vitaminas como A, B1, B2 e C, além de minerais como enxofre e iodo.

Quando o bulbo é triturado, um de seus compostos, o aminoácido aliína, acaba

resultando na produção da alicina, substância que dá o cheiro característico e que,

acredita-se, seja uma das maiores responsáveis pelos seus propagados poderes.

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Setembro 2013 63

Camomila

Guaraná

Fins medicinais: Pesquisas recentes sugerem um pontencial anticancerígeno, desde que consumido sempre cru.

Como usar: Para controlar o colesterol e ajudar na expectoração, faça uma maceração com 1 colher de café (0,5 g) de alho em 30 ml de

água. Tome 1 cálice desse preparado duas vezes ao dia, antes das refeições.

Atenção! Há pessoas que podem ser alérgicas ao alho. Ele também não deve ser usado por quem sofre de gastrite, úlcera, pressão baixa

ou hipoglicemia. Se for fazer uma cirurgia, não use nos dez dias anteriores porque isso favoreceria hemorragias indesejáveis. Pelo mesmo

motivo, não serve para quem já faz uso de anticoagulantes.

Uma das plantas mais usadas popularmente, ela tem presença garantida na grande maioria das cha-

leiras. Tanto que é um dos chás considerados mais seguros. A erva é muito usada para acalmar cóli-

cas e como anti-inflamatória, graças ao camazuleno, óleo essencial com propriedades anti-inflama-

tórias. Suas flores são lotadas de substâncias emolientes, que ajudam a manter a hidratação da pele.

Por isso a camomila é muito usada na indústria de cosméticos em sabonetes, colônias e xampus.

Fins medicinais: É usada com tônico digestivo, facilita a eliminação de gases e estimula o apetite. A

infusão concentrada pode ser usada em bochechos para tratar inflamação das gengivas. Também

alivia dores musculares, na coluna e ciáticas.

Como usar: Para aliviar irritações de pele use 6 colheres de sopa de flores frescas de camomila para

preparar uma infusão com 1 litro de água. Aplique o líquido em compressas sobre a área afetada.

Atenção! Algumas pessoas têm alergia à erva. E o excesso sempre pode causar mal-estar, enjoo e

vômitos. Deve ser evitada por grávidas e por quem estiver tomando remédios anticoagulantes.

Os índios da Amazônia já conheciam as propriedades do guaraná. Hoje sabe-se que a ele é um poderoso tônico que age contra o estresse,

capaz de melhorar as condições gerais do organismo. É rico em cafeína e teobromina, substâncias estimulantes que atuam no sistema

nervoso central. As sementes também estão cheias de taninos, que, além de controlar a oleosidade da pele, conseguem neutralizar a ação

nociva dos radicais livres.

Fins medicinais: Atenua perturbações gastrointestinais e cólicas e é ainda usado contra perda de

memória e como analgésico.

Como usar: Para aumentar a disposição coloque 1 colher de chá de pó de guaraná em 1 copo de

água filtrada e acrescente 1 colher de sopa de mel. Misture bem. Tome logo de manhã, em jejum.

Atenção! Deve ser evitado por crianças, portadores de distúrbios cardíacos e psíquicos como sín-

drome do pânico ou hiperatividade. Nunca consuma junto com outras bebidas ricas em cafeína.

Fonte: M de Mulher- Abril

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64 Setembro 2013

Bebidas

O saquê é uma bebida tradicional

japonesa, fabricada pela fermen-

tação do arroz que tem ganhado

cada vez mais espaço no paladar do brasi-

leiro. É considerada do mesmo grupo do

vinho, produzida a partir da fermentação

natural do arroz japonês. Deste alimen-

to é extraída a substância com a qual se

fabrica o líquido consumido no Japão, o

koji, elemento restante após a eliminação

do amido e da sobra de óleo e proteínas,

ingredientes que também constituem

este cereal. Seu teor de álcool gira em tor-

no de 16%.

Depois que o arroz é alisado, amole-

cido, desprovido de qualquer umidade,

convertido em vapor e perde seu calor,

obtém-se o Koji, matéria-prima do saquê.

Logo após ele é mesclado a uma determi-

nada quantidade de água e de arroz sem

vapor, constituindo uma pasta de grãos

conhecida como shubo. Este, por sua vez,

é depositado em um tanque e aí fermen-

tado durante um mês, com o acréscimo

de koji e de mais arroz vaporizado.

Desta forma alcança-se o estado de-

nominado maromi, uma mescla de saquê

consistente e de outra porção em estágio

líquido. A bebida está apta a ser digerida

após uma etapa em que se filtra excessi-

vamente o líquido. Ele é preservado em

seu recipiente por pelo menos dois anos,

sempre com seu paladar característico.

A temperatura de consumo, por

exemplo, varia entre 5 a 50 graus C. Cada

estágio possui um sabor completamente

diferente. O saquê é idealmente ingerido

quando é mantido a 35º C, porque nestas

condições é mais fácil identificar as qua-

lidades apuradas deste produto. Isto não

significa, porém, que não se possa con-

sumi-lo em maiores ou menores tempe-

raturas, conforme o clima predominante

em cada ciclo do ano. Ao atingir o estágio

de 45º C, a bebida passa a ser intitulada

kan, convertendo-se em um líquido mais

denso com um gosto que lembra o do

melão. No estado de resfriamento ela se

transforma no higa, que apresenta um

paladar de frutas; na hora de ser consu-

mido, é adicionado um pouco de sal nas

extremidades do copo. O copo correto a

se usar é um pequeno, sem alça, chama-

do ochoko. Ele pode ser servido em um

sakazuki ou em um masu (uma caixinha

de madeira). Um modo menos tradicional

de servir é em um copo de vinho normal.

Existe gaseificado, sem gás, com acrés-

cimo de água, mais forte, mais suave e

envelhecido. Cada um deles depende do

tipo de arroz que origina a bebida e o grão

usado é diferente daquele que comemos.

É possível também misturá-lo com

frutas, desde kiwi até morango ou ou-

tras frutas vermelhas. Esta combinação

é muito comum na caipisaquê (espécie

de caipirinha feita com a bebida) e até

drinques podem ser feitos com o saquê.

A única impossibilidade é misturar com li-

mão, esta combinação faz com que ele se

torne amargo, o que leva muitas pessoas

a dizerem que não gostam da bebida.

Saquê

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Setembro 2013 65

Os riscos da presençade resíduos na carne

Fonte de proteína, a carne é impor-

tante para alimentação humana por

possuir um alto teor nutritivo, funda-

mental para manter o corpo funcionando.

Portanto, todo o cuidado é pouco na hora

de consumir. Se alguma parte do processo

de criação, abate ou venda não estiver de

acordo com as normas estabelecidas para

controle de resíduos na carne, pode acon-

tecer a ingestão de substâncias que preju-

dicam a saúde.

A carne, por exemplo, pode conter resídu-

os de medicamentos veterinários. O animal,

antes de ser abatido, precisa de um período

de carência para se desintoxicar da ação de

medicamentos administrados para o com-

bate de parasitas e outras doenças que po-

dem atacá-lo. Vale ressaltar que não existe

um período de carência único. O tempo é

estabelecido por tipo de medicamento e

por espécie de animal. São estudos com-

plexos que fazem parte do dossiê exigido

para liberação de registro do novo produto

ou de sua renovação.

Para garantir que a carne esteja própria para

consumo, os frigoríficos passam por análi-

ses rigorosas do Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento do Brasil (MAPA),

que estabeleceu o Serviço de Inspeção

Federal (S.I.F) para avaliar a qualidade na

produção de alimentos de origem animal.

A fiscalização verifica se o produto atende

aos requisitos mínimos de qualidade. Os

produtos atestados recebem um selo de

aprovação do S.I.F.

As análises são realizadas de acordo com as

normas do Plano Nacional de Controle de

Resíduos e Contaminantes (PNCRC). O pro-

cedimento ocorre através de equipamentos

ultrassensíveis que verificam se há presença

de substâncias químicas potencialmente

nocivas à saúde do consumidor. Estes resí-

duos podem ter origem de medicamentos

veterinários, de agrotóxicos, contaminantes

ambientais (aflatoxinas) ou de contaminan-

tes inorgânicos, como metais pesados por

exemplo. Os laboratórios responsáveis por

essas análises, chegam a examinar aproxi-

madamente 200 amostras por dia.

As análises também se aplicam às rações

que são oferecidas aos animais que quan-

do impróprias podem consequentemente

afetar a composição da carne. De acordo

com o laboratório Labtec, existe um pro-

cesso de detecção de resíduos antiparasi-

tários em carne e leite bovino, carne suína,

de aves e até equina. Outros resíduos que

podem ser encontrados são as Quinolo-

nas/ Fluroquinolonas que são antibióticos

utilizados em aves para o tratamento das

infecções bacterianas. Todos estes cuida-

dos são essenciais para conferir segurança

e qualidade alimentar da carne consumida.

É fundamental que o consumidor fique

atento à data de validade e ao aspec-

to físico do produto. A higienização no

momento de embalar, transportar e as

condições de armazenagem do estabele-

cimento devem ser observados para as-

segurar a integridade do alimento. Carne

exposta sem a refrigeração correta pode

ficar amolecida, umedecida ou com pe-

dras de gelo na parte de baixo. A tempera-

tura ideal para manter a carne refrigerada

é de 8ºC. Não há outra forma do consu-

midor avaliar outra irregularidade a não

ser por análises laboratoriais.

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66 Setembro 2013

Maior picape do Brasil e única

do segmento grande, a Ram

2500 vai muito além do seu

estilo imponente, de traços “musculo-

sos”. O conjunto mecânico, por exem-

plo, é poderoso, com o moderno motor

turbodiesel Cummins® de seis cilindros

em linha, de 310 cv de potência e 84,6

mkgf de torque, combinado a um câm-

bio automático de seis marchas. A tra-

ção tem caixa 4x4 com reduzida. Com

tanta força disponível, a Ram 2500 é ca-

paz de rebocar mais de 5.500 kg, quan-

do equipada com um kit de engate e

reboque da Mopar, específico para este

tipo de carga.

Outro destaque é o nível de equi-

pamentos e refinamento da nova Ram

2500. Oferecida em versão única, Lara-

mie, ela oferece itens como ar-condi-

cionado automático de dois quadran-

tes, bancos revestidos de couro, sistema

de áudio MyGIG com tela sensível ao to-

que de 6,5”, entre muitos outros. A cabi-

ne, para seis pessoas, é muito espaçosa,

inclusive no banco traseiro.

Não bastassem suas qualidades di-

nâmicas inerentes, como a direção e os

freios de ótimas respostas, a Ram 2500

conta com mais de 20 itens de seguran-

ça. O conjunto de air bags, por exemplo, é

formado por seis bolsas, abrangendo oito

pontos de proteção. Os air bags diantei-

ros são de múltiplos estágios, os bancos

dianteiros contam com air bags laterais

suplementares e ainda há os air bags do

tipo cortina, que protegem tanto os ocu-

pantes da frente como os de trás.

Também há controle eletrônico de

estabilidade (ESC), freios ABS nas qua-

tro rodas com distribuição da força de

frenagem e o sistema de freio motor

integrado “Diesel-exhaust-brake”. Exclu-

siva da Ram 2500, essa função reduz as

perdas na eficiência do freio, aumentan-

do a confiança e a segurança durante o

transporte de cargas pesadas em decli-

ves acentuados.

Automóveis

Ram 2500: força, capacidade e conforto

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Setembro 2013 67

Copa Verde, A agricultura mineira deve receber cerca de R$ 12

bilhões, por meio do Banco do Brasil (BB), para desenvolver ações integradas, que promovam o

fortalecimento das atividades agropecuárias. O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapa), e o Banco do Brasil assinaram o Termo de Cooperação Técnica e Financeira para aplicação de recursos do Plano Agrícola e Pecuário Safra 2013/2014. Os R$ 12 bilhões que serão disponibilizados representam 17% do total ofertado no país, cerca de R$ 70 bilhões.

A novidade deste ano dentro do ABC é o Copa Ver-de, que destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento (eucalipto,

pinus etc) para compensar as emissões de gases causa-dores do efeito estufa com as obras de infraestrutura e realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo, em Minas Gerais. O Estado possui a maior área de floresta plantada do país, com 1,5 milhão de hectares. “Mais uma vez, o Banco do Brasil se mostra inovador. Essa questão da Copa é interessante, porque vai permitir que o Esta-do, que já tem a maior floresta plantada do Brasil, possa colocar também recursos para permitir que as florestas de crescimento rápido possam compensar os impactos ambientais provocados pela realização dos eventos internacionais”, elogiou o Governador de Minas Gerais Antônio Anastasia

Copa Verde, destinará R$ 300 milhões para o apoio financeiro ao plantio de florestas de rápido crescimento

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68 Setembro 2013

Uma atividade que tem ganhado

cada vez mais adeptos, seja em

busca de adrenalina ou de be-

lezas naturais, é o mergulho. Em águas

doces ou salgadas, o mergulho é uma

atividade em crescimento, cerca de 20%

nos últimos cinco anos. A atividade hoje

é bastante familiar e um programa reco-

mendado para toda a família.

Especialistas orientam que o mer-

gulhador faça um curso apropriado

antes de se aventurar nas águas, mas

é possível haver mergulho sem curso,

conhecido como ‘bastismo’. De acordo

com Paula Loque, instrutora de mergu-

lho e proprietária da escola Mar a Mar,

em Belo Horizonte, não há restrições

para o mergulho, exceto entre cardíacos

ou pessoas com lesões neurológicas e

crianças abaixo de 10 anos. Entretanto, o

mergulho exige adaptações que são en-

sinadas no curso. “Sair de um ambiente

de ar e entrar no de água, requer uma

adaptação, seja ela física ou emocional.

Sair da posição vertical e se deslocar na

posição horizontal, o uso de equipamen-

tos, deixar de respirar pelo nariz e respirar

pela boca, usar uma máscara para respirar,

a comunicação deixa de ser verbal e pas-

sa a ser gestual, e a própria velocidade de-

baixo da água muda, é mais lenta. Mas a

principal adaptação é a emocional, fazer

tudo isso de forma confiante e segura,

pois nosso instinto de mamíferos ter-

restres é reter o ar no pulmão dentro da

água”, explica.

As opções de mergulho são muitas:

naufrágio, cavernas, mergulhos noturnos,

mergulhos profundos, dentre outros, mas

determinados mergulhos e profundidades

exigem certificações apropriadas, afinal,

com água não se brinca.

E para quem tem medo de mergulhar

com tubarões Paula avisa: as viagens

com maior procura são as que propi-

ciam o mergulho com tubarões. “As

pessoas buscam a adrenalina, o desafio

de enfrentar o desconhecido e ver que

não há perigo. Os ataques na superfície

são recorrentes, pois ao avistar nossa

silhueta, o tubarão com seu compor-

tamento investigativo, ataca para exa-

minar se somos seu alimento, mas a

carne humana é muito gordurosa para

ele e por isso ele morde e larga, o que

muitas vezes é fatal. Mas na profundi-

dade é diferente, pois o som emitido

pelo cilindro de oxigênio e as bolhas,

inibem a proximidade do animal e ele

tem a percepção de que não somos

seu alimento. O tubarão tem medo de

mergulhadores”, afirma.

O mergulho autônomo recreativo

tem limites bastante claros, como a

profundidade máxima de 40 metros e

para quem começa a mergulhar o limi-

te de profundidade recomendado é de

18 metros. Á medida que o mergulha-

dor ganha experiência ou busca treina-

mento adicional, ele pode estender seu

limite de profundidade para 30 metros.

Esses limites de profundidade foram

estabelecidos devido a certos riscos.

Um curso de mergulho é recomendado

pois ensina como prevenir problemas,

como reconhecê-los e como lidar com

essas situações. As regras são bastante

simples e fáceis de ser seguidas, igno-

rá-las ou negligenciá-las pode levar a

acidentes com consequências sérias que

podem incluir a paralisia ou a morte.

Turismo

Viagens de mergulho

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Setembro 2013 69

Santa Catarina

No litoral catarinense o destaque é o ponto de

mergulho do Arquipélago Arvoredo, conside-

rados um dos grandes patrimônios naturais e

arqueológicos do litoral brasileiro. O arquipélago

é protegido pelo Ibama e qualquer atividade

de visitação precisa de autorização.

Pontos de mergulho: Calhau São Pedro,

Garganta do Diabo, Pedra da Baleia, Pedras

Negras Ponta Sul e Portinho.

São Paulo

São Paulo oferece pontos de mergulho

para mergulhadores básicos e técnicos. É

um dos estados com um grande número

de acidentes de navios cargueiros, uma

excelente opção para o mergulho técnico.

Pontos de mergulho: Arquipélago de Alcatra-

zes, Ilha Anchieta, Ilha Bela e Laje de Santos são

os principais pontos com grande variação da

fauna marinha.

Rio de Janeiro

O Rio realmente é um dos melhores lugares

para a prática de mergulho. Apesar das tem-

peraturas mais baixas do mar, a transparência

da água e a riquíssima fauna marinha reservam

lindas surpresas aos mergulhadores. O período

que as águas estão mais transparentes é de

março a outubro, quando chove pouco e o mar

fica mais tranquilo.

Pontos de mergulho: Praia de Arraial do

Cabo, Ilha de Cabo Frio, Gruta Azul, praia ver-

melha, Ilha dos Franceses, Lajes do Foguete e

do Peró, Búzios e Paraty.

Bahia

Em Salvador há vários pontos de mergulho ma-

ravilhosos: Banco da Panela, Beirada do Badejo,

Ilha dos Frades, Caramuanas, Paredes e Mar

Azul, mas a grande atração para mergulhadores

é Abrolhos. Lá há corais de origem vulcânica e

que formam cadeias de montanhas submersas.

A melhor época para o mergulho vai de De-

zembro a Fevereiro. O local é um Parque Nacio-

nal, protegido por Decreto Federal.

Pernambuco

Recife é capital brasileira dos naufrágios. E o

arquipélogo de Fernando de Noronha é um

dos melhores pontos de mergulho do mundo.

É uma área de preservação ambiental, com

águas claras, de boa visibilidade a até 50 me-

tros de profundidade e vários pontos como:

Caverna da Sapata, Laje Dois Irmãos, Pedras

Secas, Buraco do Inferno, Buraco das Cabras e

Cabeço Submarino, entre outros. São mais de

230 espécies de peixes em profundidades que

variam de 1 a 70 metros. Para mergulhadores

avançados é possível apreciar a Corveta Ipi-

ranga - um navio naufragado a 64 metros de

profundidade, considerado um dos mais belos

e intactos do mundo.

Rio Grande do Norte

Já o Rio Grande do Norte possui uma fauna

diversificada e pontos para mergulhadores

iniciantes e avançados. Em Parrachos de

Maracajaú, há um banco de corais que fica a 7

km de distância da costa, em Natal.

Pontos de mergulho: Batente das Agulhas,

Cabeço do Félix, Cabeço dos Galos, Serigado

de Fora e Tartaruguinha.

Alagoas

Em Alagoas existem espaços ideais para

mergulhos livres e mais tranquilos, com uma

visibilidade excelente, entre 7 a 30 metros.

Devido às lagoas da região, as águas do lito-

ral alagoano sofrem grandes alterações de

visibilidade e deve-se tomar cuidado com as

marés.

Pontos de mergulho em Maceió: Cabeços,

Eufrásio, Maragogí, Paripueira, Praia do Francês

e Recanto.

ROTEIROS BRASILEIROS INDICADOS PARA O TURISMO DE MERGULHO:

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70 Setembro 2013

Origem: pássaro exótico, aqui se su-

bentende não pertencente à avefauna

brasileira, hoje considerado doméstico,

originário da Austrália e descrito pela

primeira vez por John Gould em 1844.

Chegou à Europa inicialmente na Ale-

manha em 1886 e o relato de sua pri-

meira reprodução em cativeiro data de

1891, quando procriaram no interior de

um viveiro do Senhor Reginald Phillips.

Características: dotado de um vi-

sual maravilhoso de cores, um verdadei-

ro arco-íris, é uma pequena ave medin-

do de 12 a 14 cm, que apresenta canto

melodioso suave e baixo. Pode perfeita-

mente ornar uma sala residencial dado à

sua beleza e docilidade. Os machos pos-

suem coloração mais intensa do que as

fêmeas e penas longas na cauda chama-

das de filete. Na natureza é encontrado

com três cores de cabeça: negra, verme-

lha e laranja. Atualmente, devido à cria-

ção intensiva em cativeiro existem várias

mutações: as principais são peito branco

(1967), pastel (anos 90), azul (anos 90) e

lutino (anos 90). Estas mutações podem

ser encontradas combinadas entre si o

que multiplica o número de cores que

pode ser encontrado.

Alojamento: uma gaiola de 40 x 40

x 30 cm, dotada de poleiros, comedou-

ros e bebedouros é suficiente para que

possa ser alojado e mesmo reprodu-

zir. É um pássaro muito calmo e que se

adapta facilmente em ambientes com

boa luminosidade e tranquilos. Pode ser

criado em viveiros e em gaiolas maiores

de acordo com a disponibilidade do pro-

prietário. Não é adequado para ambien-

tes escuros, mal ventilados e húmidos.

Não tolera vento e adora um banho de

sol de alguns minutos ou por varias ho-

ras seguidas quando pode alternar entre

sombra e sol. Em um pequeno cômodo

de 3 x 3 metros podem ser colocadas vá-

rias gaiolas de tamanho médio. Resiste

muito bem a altas temperaturas em am-

bientes secos.

Alimentação: não é exigente. Uma

mistura de sementes à base de alpiste

e painço é suficiente para sua sobrevi-

da embora não totalmente adequada.

Quem quiser se dedicar à sua reprodu-

ção deve prover uma farinhada (existem

várias marcas comerciais no mercado),

suplemento vitamínico, cálcio (cascas

de ovos torradas ao forno e moídas) e

areia (grit mineral). É necessário realizar

a troca de agua diariamente e ventilar

as sementes dia sim dia não para retirar

as cascas. Outros grãos além de alpiste e

painço podem ser dados: painço portu-

guês e senha são grãos que eles amam.

Reprodução: para que possam se

reproduzir é necessário além das condi-

ções acima descritas as seguintes:

1- Que o casal reprodutor es-teja em plenas condições de saúde e vigor;

2- Obedecer ao período de re-produção que em nosso meio vai de março até agosto;

3- Dotar a gaiola de uma caixa ninho (12 x 12 cm) de preferencia de madeira (pode ser de plástico), com orifício de entrada redondo e volta-do para dentro da gaiola e fornecer material para confecção do ninho propriamente dito;

4- Deixar os pássaros em am-biente tranquilo;

5- Contar com amas secas. As amas são pássaros (manons do Ja-pão) que realizam a choca dos ovos e cria dos filhotes. De uma forma geral os Goulds não criam seus próprios

O DIAMANTEDE GOULD

( Chloebia Goudiae)

Mercado Pet

Mauro de Queiroz Garcia,AMAE (Associação Mineira de Aves Exóticas)

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Setembro 2013 71

filhotes embora isto possa ocorrer com uma pequena parcela dos ca-sais. Geralmente quando ao iniciar a postura o macho e a fêmea fazem a incubação é sinal de que irão criar os filhotes. Caso contrário, quando permanecem fora do ninho logo no inicio é porque não irão criar. Com o tempo e com dedicação pose ser formado um plantel de Goulds cria-dores de seus próprios filhotes.

Após o acasalamento a postura ocor-

re entre uma e duas semanas. De três a

oito ovos podem ser depostos de cada

vez. Em geral a fêmea faz 4-5 posturas

por ano e não é aconselhável que se

permita mais do que isto. Se a intenção

for criar com amas os ovos podes ser re-

tirados diariamente e juntados para que

possam ser colocados para incubação

todos juntos no mesmo dia a fim de se

evitar o nascimento de filhotes em dias

diferentes. Os casais de, mas devem ser

formados 1 semana antes do casais de

goulds e deve-se ter pelo menos três

casais de mas para cada casal de Gould

para não correr o risco de não ter a quem

passar os ovos.

Os filhotes nascem após 13 a 15 dias

de incubação dependendo da qualida-

de do choco dos ovos. Aos oito dias já

podem ser anilhados caso o criador seja

filiado a algum clube e tenha interesse

de apresentá-los em concurso ou mesmo

de fazer um controle do plantel. Entre

20 e 25 dias os filhotes deixam o interior

do ninho e fazem as primeiras incursões

pela gaiola e aos 40-45 dias podem ser

separados dos pais.

No período de cria a farinhada deve ser

administrada diariamente aos manons

que devem receber a mesma alimenta-

ção que os goulds.

Muda: normalmente todos os pás-

saros fazem a muda de penas anualmen-

te, no período mais quente do ano, entre

outubro e janeiro. Os filhotes que nas-

cem com cor esverdeada trocam toda

a plumagem para as cores definitivas. É

um período delicado, pois exige muita

energia e quando as aves ficam muito

sensíveis. Alguns morrem neste período.

Higienização e profilaxia de pragas: todo o material utilizado deve ser regu-

larmente higienizado periodicamente.

Os bebedouros devem ser lavados dia-

riamente, as grades semanalmente, os

poleiros de quinze em quinze dias e as

caixas ninhos após o período de choca,

bem como a gaiola por inteiro. Pulveri-

zar o ambiente com inseticidas à base de

piretrinas elimina piolhinhos que podem

arrasar toda a criação. Recomenda-se

ainda colocar pó contra piolhos no fundo

dos ninhos antes de iniciar a choca.

Concursos e exposições: muitos

clubes no Brasil realizam exposições

anuais onde os pássaros são julgados,

classificados e premiados. Basta que o

criador seja filiado a algum deles e anele

seus pássaros com anéis invioláveis de

acordo com a bitola adequada a cada

tipo de ave. Para os goulds recomenda-

-se bitola de 2,7 mm . Os clubes em ge-

ral são por sua vez filiados a Federações

que promovem os Campeonatos brasi-

leiros. Esta modalidade de atividade de

criação esportiva é uma das mais indi-

cadas técnicas de relaxamento e terapia

antidepressiva conhecida. Difundida no

mundo todo atualmente encontra afi-

cionados de todas as camadas sociais e

de todas as idades. A maior exposição

conhecida, a de Reggio Emilia na Itália,

reúne cerca de 100.000 pássaros de to-

das as variedades, em três pavilhões de

exposição.

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72 Setembro 2013

Criações Exóticas

A criação de jacarés já proporcio-

nou milhões de peles de jacarés

para o mercado, mas atualmen-

te não tem uma participação ativa no

PIB do Brasil. As peles são realmente o

produto mais procurado na criação de

jacarés, que tem propriedades caracte-

rísticas principalmente para a indústria

decorativa. O mercado é avaliado por

200 milhões de dólares, valor que inclui

a exportação de peles, pois vários paí-

ses têm interesse na compra do mate-

rial. As diversas espécies de crocodilos

que existem no Brasil dão condições

ao empreendedor brasileiro em criar

jacarés e exportar suas peles. Entre as

principais espécies de jacarés, pode-se

destacar o jacaré-do-pantanal.

O jacaré do Pantanal foi, durante

décadas, alvo de caçadores ilegais. O

aproveitamento dos animais era feito

pela caça clandestina, criminosa e des-

controlada, que, associada à destruição

de hábitats, provocava a perda desses

recursos naturais. Para inibir esse crime,

o Instituto Brasileiro do Meio Ambien-

te e dos Recursos Naturais Renováveis

(Ibama) legalizou a criação e o abate

do animal, regulamentando a atividade

pela Portaria nº 126, de 13 de fevereiro

de 1990. Entre outras exigências, a legis-

lação obriga que 10% do total de ovos

coletados, após eclosão, sejam devolvi-

dos à natureza.

A iniciativa desses grupos favoreceu

a sustentabilidade ambiental e tornou-

-se opção de renda extra para os cria-

dores da região pantaneira, além de

favorecer a implantação de arranjos

produtivos locais, a geração de empre-

gos, a redução do preço final do pro-

duto, e a fixação da população local na

região.

A criação de jacarés passa por algu-

mas controvérsias, visto que os aspec-

tos ecológicos votam por preservar as

espécies, a partir da sustentabilidade.

Por outro lado, o mercado está cada vez

mais precisando dos jacarés e a solução

encontrada então é que os criadores

estejam dispostos em se preocuparem

com as causas ambientais fazendo

um planejamento. Sapatos e bolsas é

o principal foco da criação de jacarés,

pois a partir de suas peles obtêm-se um

couro muito valorizado e resistente.

A carne de jacaré pode ser aprovei-

tada e tem um baixo teor de gordura.

É rica em ácidos graxos e também se

aproveita o couro aproveitado para

utilidades diversas. O recinto de repro-

dução precisa ter um tanque central e

ainda uma área seca para construção

de ninhos.

Além disso, o recinto de crescimen-

to para a criação de jacarés deverá con-

ter uma estufa plástica (a estufa plástica

é uma solução de baixo custo). Esse

recinto é destinado para animais que

JacarésJacarés

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Setembro 2013 73

estão crescendo até atingirem o tama-

nho para abate ou ser transferido para

recinto de reprodução. Nessa fase, é me-

lhor ter cuidado na coleta e incubação.

Lembrando que as baixas temperaturas

causam a morte do embrião e altas tem-

peraturas causam doenças das espécies.

Esse manejo requer etapas como for-

mação de grupos reprodutores e cons-

trução dos ninhos (os ninhos devem

estar prontos para a etapa de coleta e in-

cubação de ovos). A incubadora é um re-

cipiente com tampa que acondiciona os

ovos aquecidos por luz elétrica de 25W.

Ela deve em isopor grosso com água no

fundo e sem unidade na tampa.

Utilização sustentadaO mercado de criação de jacarés

requer que o criador entre com uma

boa imagem para conseguir espaço e

sucesso. A produção de forma susten-

tada preservando a espécie é um fator

de continuação para a criação de jaca-

rés e muito necessária até mesmo para

o próprio empreendedor depois de al-

gum tempo. Embora haja todo este cui-

dado com a espécie, algumas ONGS de

preservação ecológica ainda resistem

à criação de jacarés atestando a explo-

ração da biodiversidade. Legalmente,

pode ser feito respeitando algumas

normas do IBAMA.

Para a criação ser eficiente, pode-

mos dispor de tecnologias que evitam

a mortalidade e outros problemas que

podem acontecer e prejudicar o negó-

cio. A EMBRAPA estabeleceu alguns as-

pectos como a caracterização dos habi-

tats, monitoramento e disponibilidade

de ambientes. Então, via satélite a mo-

nitorização dos jacarés é feita e os inte-

ressados ficam a par dos documentos

de registro biológico. Para monitorar

o tamanho da população dos jacarés,

faz-se uma contagem durante a noite

quando o nível da água está baixo. Tam-

bém pode-se utilizar a contagem com

os jacarés fora de cativeiro.

A inspeção sexual na criação de ja-

carés pode ser feita em espécimes com

até 40 cm de rostro cloacal. Para o mo-

nitoramento da criação de jacarés deve

ser feita a contagem de tamanho, sexo

e quantidade de espécimes. Além disso,

é necessário também estudar as taxas

de mortalidade. As fêmeas possuem

características de cuidado em relação

aos ninhos e o jacaré na idade jovem já

deve ser etiquetado.

Fonte: novonegocio.com

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74 Setembro 2013

Culinária

ruralReceita

Ingredientes:

½ kg de feijão tipo mulatinho

10 xícaras (de chá) de água

½ colher (de sopa) de sal

½ xícara (de chá) de óleo

2 cebolas médias picadas em pedaços

grandes

4 dentes de alho fatiados

6 gomos de lingüiça de porco

1 pimentão vermelho picado fino

pimenta-do-reino e pimenta ardida a gosto

2 a 3 copos de farinha de mandioca

1 xícara (de chá) de cheiro-verde picadinho

2 ovos cozidos, cortados em rodelas

Modo de preparar

Cozinhe o feijão com a água em panela

de pressão de 5 litros, por uns 50 minutos.

Separe os grãos do caldo que formar e

reserve ambos. Em uma panela de alumí-

nio grosso ou de ferro, coloque a lingüiça

em gomos e um pouco de água (150 ml).

Deixe cozinhar em panela destampada.

Quando a água secar, deixe corar um

pouco, retire e corte em rodelas. Coloque

de volta na panela, acrescente o óleo e

frite a cebola e o alho. Acrescente o feijão,

o pimentão e as pimentas. Refogue bem,

por uns 10 minutos.

Desligue se não for servir imediatamente.

Uns 15 minutos antes de levar à mesa, es-

quente novamente o refogado de feijão

e a lingüiça, acrescente a água reservada,

onde foi cozido o feijão. Prove o sal. Aos

poucos e sempre mexendo, acrescente

a farinha de mandioca até dar um ponto

úmido. Sirva em travessa enfeitada com

rodelas de ovos cozidos e por cima espa-

lhe cheiro-verde ou coentro picado fino.

Para 8 pessoas - Tempo de preparo: 1

hora e 30 minutos.

TUTU DE FEIJÃO

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Setembro 2013 75

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76 Setembro 2013

Eventos/ Exposição

Sergio, José Luiz, Karam, Vicente, Paulo, Mauricio, Magdi e Breno - Diretoria ABCCMM

Monty Roberts e Paulo Savassi

Breno Patrus, Vicente Araújo, Antônio Sergio e Antônio Michelini

Sávio Oliveira e Magdi Shaat com o troféu da Beija-Flor

José Luiz Simões, José Luiz de Almeida Cruz, Rina Gazzinelli e Claudio Filho

Mauricio Cabalzar, Paulo Cezar Faria e José Silvestre

32ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador

De 17 a 27 de julho, Belo Horizonte sediou, no

Parque da Gameleira, a 32ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, um dos maiores eventos equestres da América Latina.

Promovida pela Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), a exposição promoveu a interação entre os criadores e usuários dos quatro cantos do país.

Aladim Zenith

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ação

: A

BCCM

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Setembro 2013 77

Aladim Zenith

Foto

s di

vulg

ação

: A

BCCM

M

Monica Karam, Carlos Augusto Karam, Antonio Sergio e Daniel Borja

Mônica Magalhães, Adriano Magalhães, Breno Patrus e Luca Patrus

Sergio Grisi, Demétrio Almeida, Eros Biondini e Magdi Shaat

Vitor Marquito, Ana Cristina Marquito, Magdi Shaat, Antonio Sergio, Rita Barbosa

Patricia Rabello, Ana Cristina Marquito e Luiz Henrique Sampaio

Eros Biondini e Cristiana Gutierrez Sérgio Aguiar Teixeira, Tânia Meirelles e Eduardo Araújo

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78 Setembro 2013

Eventos/ Exposição

Entre os dias 1º e 08 de setembro o Parque da Gameleira foi palco da 33ª Exposição Nacional do Cavalo Campolina, em Belo Horizonte. O evento foi marcado pela presença de criadores de todo o Brasil, que acompanharam a evolução desta raça genuinamente mineira. Destaque para o Leilão Haras do Barulho que ofertou animais de eximia qualidade. A revista Mercado Rural deu total cobertura ao evento.

33ª Exposição Nacional do Cavalo Campolina

Ellen Valadares, Fabiano Tolentino, Cláudia e Paulo Seixas

José Henrique, Cristiano Azevedo, Jorge Salum e Marcos Amaral

Paulo Cesar Couto, Osmar Vaz, Osvaldo Diniz, Fabiano Tolentino e José Rodrigues

Roberto Bacelar, Paulo Mariote, Fabiano Tolentino e Tiago Barros

Luiz Roberto Horst e Fabiano Tolentino

Cláudio Cunha, Pedro Cunha e família

Marcelo Lamounier, Ronaldo Tolentino, Denis Fagundes e Fabiano Tolentino

Sarah, Sofia e Fabiano Tolentino

Jumentos e Muares Pêga | Campolina Marchador

DESDE 1970

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Revista Mercado Rural adquire 50% do potro Netuno do Barulho em condomínio com Haras Santa Rosa e Dênis Fagundes

Iniciando na criação da raça Campolina, a revista Mercado Rural adquiriu, em condomínio com o Haras Santa Rosa, reconhecido criatório da raça, e Dênis Fagundes o destacado potro Netuno do Barulho, durante leilão do Haras do Barulho na Exposição Nacional da Raça Campolina em Belo Horizonte. Filho de Gavião do Barulho com Companhia de Sans Souci, Netuno é uma grande promessa para as próximas pistas.

A Archer Consulting – empresa de assessoria especializada em Gestão de Risco para o agronegócio – promoverá o I Curso de Logística em Commodities Agrícolas, nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2013. Apresentado pelo consultor de Planejamento Estratégico em commodities agrícolas, Antonio Petzold, o programa do curso aborda temas como: Introdução da Logística no Brasil, Cálculo do Frete Técnico, Negociação de Frete (contratos), Frete Marítimo, Dispatch & Demurrage, Loading Rate, Sistema de Armazenagem e Movimentação, MP dos Portos e Métodos de Otimização.

Com essa extensão, o curso é destinado a profissionais, de todos os níveis, da área logística, infraestrutura, comercial, traders, auditores, bem como, para profissionais de corretoras, transportadoras, profissionais jurídicos de empresas de comercialização de commodities.

I Curso de Logística em Commodities Agrícolas

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) lançou a Campanha de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens. Com duração de um ano, a campanha tem o objetivo principal de conscientizar e engajar a sociedade como aliada no combate ao tráfico de animais. Isso, porque a participação da população para impedir o avanço desse crime é de extrema importância, não apenas por ser um agente fiscalizador, mas também potencial consumidor.

Os dados são alarmantes: 38 milhões de animais são retirados da natureza todos os anos, sendo que 90% deles morrem, antes mesmo de chegarem ao seu destino final, devido às formas precárias de captura, ao estresse a que são submetidos e às más condições de alimentação e transporte. Além de reduzir e eliminar a quantidade de espécies da nossa fauna, o tráfico compromete o equilíbrio do ecossistema e causa sofrimento para os animais. Outra preocupação é com a saúde do homem, já que 70% das doenças que acometem os seres humanos são de origem animal e o contato com os bichos pode ser contagioso.

Campanha nacional mobiliza população contra o tráfico de animais selvagens

Giro Rural

Sarah, Sofia e Fabiano TolentinoFabiano Tolentino, Ronaldo Tolentino, Amanda Ribeiro e Marcelo Lamounier

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80 Setembro 2013

Outubro

06 a 10Cursos de Ultrassonografia e Aspiração Folicular para FIV em Bovinos – Viçosa - MG

07 e 08 CURSO DE CASQUEAMENTO EM BOVINOS - Nova Araçá - RS

08 a 13 34º Potro do Futuro e 7ª Copa dos Campeões – Avaré - SP

21 a 25SBIAgro 2013 - Congresso Brasileiro de Agroinformática – Cuiabá- MT

22 a 24 II Simpósio Goiano de Pós-Colheita de Grãos - Rio Verde - GO

24 e 25III WORKSHOP SOBRE RESTAURAÇÃO FLORESTAL – Piracicaba - SP

24 a 26 5° Congresso leite e Queijo Minas – Muzambinho - MG

28 a 30Curso Melhoramento Genético Animal Paint- CRV Lagoa – Sertãozinho - SP

29 a 01/11 39º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras – Caldas - MG

29 a 31 Pet South America 2013 - São Paulo - SP

Novembro

05 a 07BioTech Fair 2013 - 6ª Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustíveis - São Paulo - SP

08 a 1734ª EXPOVEL - Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cascavel

10 a 13 8º Congresso Brasileiro de Turismo Rural – Rosana - SP

10 a 15 64º Congresso Nacional de Botânica - Belo Horizonte - MG

13 a 17 32ª Exposição Nacional do Cavalo Árabe – Indaiatuba - SP

19 a 22 XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia – Cuiabá - MT

26 a 28I Curso de Logística em Commodities Agrícolas São Paulo - SP

Dezembro 04 a 06Curso Técnico Intensivo para Produtor Iniciante (Básico) de Flores e Plantas Ornamentais - Holambra - SP

Giro Rural

Agenda RuralHaras GTR investe na raça O Haras GTR, de criação de Helvecio Rosenburg,

fez mais um grande investimento na raça Mangalarga Marchador, adquirindo 50% das cotas do extraordinário maranhão Estilo D2.

Filho de Xale D2 em Sina D2, Estilo carrega as melhores genéticas da região de Boa Esperança/MG. Garanhão comprovado na reprodução e excelente indivíduo.

Bruno Figueiredo, Carlos Fiqueiredo e Elder Grossi

Posse da nova diretoria

No dia 17 de agosto, durante o 1º Leilão do Haras TJ Bambuí, a nova diretoria do Núcleo do Mang-alarga Marchador do Alto São Francisco empos-sou seu presidente Bruno Figueiredo, anfitrião do leilão junto á Carlos Figueiredo. Na oportuni-dade estiveram reunidos criadores da região do Alto São Francisco e amigos.

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