SÃO MIGUEL ARCANJO

RESGATE

PARTE I – HistóricoPARTE II – Biografias

Autor: Ariosto Salvador Araújo

São Miguel Arcanjo“Capital da Uva Itália”

SÃO MIGUEL ARCANJO

RESGATE

PARTE I – HistóricoPARTE II – Biografias

Autor: Ariosto Salvador Araújo

TurismoSão Miguel Arcanjo - Adotando esta idéia

Resgate – HistóricoParte II – Biografias / Ariosto S. Araújo

São Miguel Arcanjo - Março de 2003

COMTURConselho Municipal de Turismo

Dedico este trabalho a todas as famílias deSão Miguel Arcanjo, aos meus pais: AmadorAraújo e Maria Aparecida Nascimento Araújo (inmemorian), que me trouxeram ao mundo, e aosmeus irmãos, Miguel (in memorian),Olga, Yolandae Djalma.

Dedico também a minha esposa Maria LúciaSales Araújo e meus filhos queridos, Leila SalesAraújo, Vinícius Sales Araújo à quem devo peloincentivo e apoio na realização desta obra.

Autor: Ariosto Salvador AraújoJulho de 2002

Parque Estadual

“CARLOS BOTELHO”

Biografia do Autor.

Nasceu no Bairro do Rio Acima, em São Miguel Arcanjo a 05/06/1954, filho deAmador Araújo (in memorian) e Maria Aparecida Nascimento Araújo (in memorian), sendo oúltimo dos cinco filhos do casal. Contraiu matrimônio na Igreja Matriz desta cidade comMaria Lúcia Sales, gerando 2 filhos (Leila Sales Araújo e Vinicius Sales Araújo).

Participação comunitária• 1984 – 1986 Presidente da APAE.• 1994 – 1996 Assessor do Deputado Estadual José Carlos Tardelli• 1996 – 1997 Vice– Presidente Creche Municipal• 1996 – 1999 Presidente do Fundo Solidário de Alimentação• 1997 – ( Jan/ Agosto) – Encarregado de transporte na Saúde.• 1997 – 1999 Diretor de Esporte Cultura e Lazer.

Atuação em Rádios Comunitárias de São Miguel Arcanjo

• 1996 – Rádio Cidade – Programa de Esporte.• 1998 – Rádio Comunidade – Programa Sertanejo e Esportes.• 1999 – Rádio Mensagem – Programa Esportes e Musica Raízes.• 1999 – Rádio Central – Programa Política Local.• 2001 – Rádio Excelência – Programa Esporte e Noticias.• 2001 – AJORI. (Associação Jornalistas Radialista Região, Itapetininga).

CERTIFICADOS RECEBIDOS E / OU HONRA AO MÉRITO

• 2000 – “Menção Honrosa” – Serviços Prestados na administração da APAE – SãoMiguel Arcanjo. Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo.

• 1999 – “Certificado de Participação” – Palestra sobre Processamento Industrial deAlimentos. Câmara do Município de São Miguel Arcanjo.

• 1996 – “Diploma” – Suplente de Vereador com 449 votos. Secretaria da JuntaEleitoral.

• 1993 – “Certificado” – Dia Nacional de Vacinação. Secretaria de Saúde, São Paulo.

• 1993 – “Diploma de Participação” – 1º Evento Cultural de São Miguel Arcanjo e 4ºAPRODOSER da R.C. de Itapetininga. Rádio Clube de Itapetininga.

• 1988 – “Honra ao Mérito” – Colaboração prestada na ampliação do acervo culturalda Biblioteca Municipal. Prefeitura Municipal de S. Miguel Arcanjo.

• 1987 – “Certificado de Participação” – 1º Congresso Estadual do PMDB. ComissãoExecutiva Estadual. São Paulo.

• 1987 – “Certificado de Participação” – Curso de Arbitragem de Futebol. Secretariade Esportes e Turismo. São Paulo.

• 1984 – “Certificado de Promoção e Organização” – Campeonato Municipal de Futebolde Campo “Urbano e Rural”. Dept° de Educ. Física e Esportes do Est São Paulo,Sorocaba.

• 1984 – “Titulo de Agradecimento” – 1ª Torneio Regional de Inverno de Futebol decampo. APAE”. São Miguel Arcanjo.

• 1984 – “Honra ao Mérito” – Participação na Realização do Pedágio em beneficio daAPAE”. São Miguel Arcanjo.

• 1983 – “Certificado” – Dia da Vacinação contra a Poliomielite. Secretaria de Saúdedo Est. de São Paulo. São Paulo.

• 1983 – “Titulo” – Amigo do Excepcional – Sócio Colaborador. APAE – São MiguelArcanjo.

• 2003 – “Certificado” – Curso de Primeiros Socorros (Bombeiros Voluntários deItapetininga).

• 2003 – “Funcionário Prefeitura Municipal de SMA” – (Concursado desde 1992 -Motorista de Ambulância).

LAGOA DO GUAPÉ“A Natureza perto de você”

PREFÁCIO

O Autor, em pesquisa laboriosa, reúne nesta admirável obra,riquíssimos dados biográficos que, coleciona de saudosospersonagens ilústres aqui retratados.Trata-se de coletânea biográfica dos vultos que dão nomeas placas de ruas, vielas, acessos, vicinais, escolas, praças,parques e monumentos de nossa querida cidade de SãoMiguel Arcanjo.Este belíssimo e importante trabalho, vai enriquecer aindamais os acervos das bibliotecas e, servir como fonte depesquisas para nossos estudantes e interessados emconhecer melhor nossa história. Os ilústres homens públicosque desfilam nas páginas deste livro, são de certa formaprezados com muito sentimento de amor à terra. Na qualinspirou o autor (nosso grado amigo) Ariosto Salvador Araújoneste inestimável, precioso e imprescindível trabalho.

Miguel França de MattosAdvogado – OAB/SP: 109.816

Março de 2003

Família Brisola

PREÂMBULO

Os artigos deste livro foram pesquisados desde maio de 1995.

Na primeira parte deste documentário, os artigos vêm paraenriquecer e complementar o material do livro RESGATE.

Na segunda parte, que apresenta as BIOGRAFIAS doscidadãos homenageados, são frutos de pesquisas em famíliae outros órgãos, no qual aqui deixo meus agradecimentos.

O Autor.

GRÁFICA ALTERNATIVAValdir, Geni e Família

Março de 2003

SUMÁRIO

PARTE I – HISTÓRICO.

1. OS FUNDADORES .......................................................................................... 142. O PATRIARCA ................................................................................................. 153. A INSPIRADORA ..............................................................................................164. A DOADORA .................................................................................................... 175. FAZENDA VELHA (CONSTRUÇÃO DO LATIFÚNDIO) ................................... 186. FAZENDA VELHA PASSA À FREGUESIA ....................................................... 237. NASCE UM MUNICÍPIO .................................................................................. 268. ATO DA FUNDAÇÃO DE SÃO MIGUEL ARCANJO ........................................ 319. O PADROEIRO ............................................................................................... 3210. FATO HISTÓRICO (PRIMEIRO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL) .... 3311. FATO HISTÓRICO (PRIMEIRO PRESIDENTE DA INTENDÊNCIA) ............... 3412. RELAÇÃO DOS PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL .......................... 3513. RELAÇÃO DOS PRESIDENTES DA INTENDÊNCIA E PREFEITOS DO

MUNICÍPIO.........................................................................................................3814. RELAÇÃO DOS VEREADORES QUE PASSARAM PELA CÂMARA MUNICIPAL

...........................................................................................................................4415. HOMENAGEM PÓSTUMAS AOS EX-VEREADORES .....................................4616. NOVENA DE SÃO MIGUEL ARCANJO ............................................................4817. RELAÇÃO DOS PÁROCOS .............................................................................4918. HINO DE SÃO MIGUEL ARCANJO ................................................................. 5019. BRASÃO ......................................................................................................... 5120. BANDEIRA ....................................................................................................... 5221. ASPECTOS GEOGRÁFICOS .......................................................................... 5322. ELOGIO DOS ANTEPASSADOS ..................................................................... 57

AUTO POSTOFUZIKAWA

PARTE II

23. BIOGRAFIAS ................................................................................................ 5829 de Setembro _________________________________________________ 59Abílio Ferreira Leme _______________________________________________ 61Adão Rodrigues de Paula ____________________________________________ 62Adelina Prandini Ribas (Dna. Nina – Cohab 4) ___________________________ 63Alcidino França (Paço Municipal) _____________________________________ 64Amélia Hakim ____________________________________________________ 65Anízio José Ferreira ________________________________________________ 66Antenor Moreira Silvério (Viela, estrada do Retiro) _______________________ 67Antônio Siqueira Campos ____________________________________________ 68Antonio Bittar _____________________________________________________ 69Antonio de Almeida (Cancha de Bocha e Malha) _________________________ 71Antonio Ferreira Leme (Praça) ________________________________________ 72Antonio Fogaça de Almeida __________________________________________ 73Antonio José da Silva (Avenida) _______________________________________ 74Antonio Primo Nalesso ______________________________________________ 75Antonio Terra (Capitão) _____________________________________________ 76Aparício Oliveira Terra (Estrada Vicinal) ________________________________ 77Arani José da Silva (Escola) __________________________________________ 78Arcyprestes Ruggeri (Escola) _________________________________________ 79Armando Sales de Oliveira ___________________________________________ 80Ary Monteiro Galvão (Pré-Primário) ___________________________________ 82Aristeu Válio ______________________________________________________ 84Arthur Costa e Silva (Marechal) _______________________________________ 85Ary Benedito de Camargo ____________________________________________ 86Auro Antônio dos Santos Terra (Lolo) __________________________________ 87Azarias Macário do Espírito Santo (Barracão Municipal) ____________________ 89Benedito Antonio de Souza ___________________________________________ 91Benedito Nunes Ratto ——____________________________________________ 92Benedito Seabra ___________________________________________________ 93Bento Rolim de França ______________________________________________ 94Cabreúva (Pica-Pau) ________________________________________________ 96Cambará (Pica-Pau) ________________________________________________ 97Camilo Moisés _____________________________________________________ 98Carlos José Botelho (Parque Florestal) _________________________________ 99Cassiano Vieira ___________________________________________________ 102Cedro (Pica-Pau) __________________________________________________ 103Claudio Renato de Almeida (Praça) ____________________________________ 104Comendador Dante Carraro __________________________________________ 105Comendador João Cereser ___________________________________________ 107Comendador José Giorgi ____________________________________________ 109Cônego Francisco Ribeiro ___________________________________________ 111Creso Fraga Moreira (Cohab I) _______________________________________ 113Demétrio Jacob __________________________________________________ 114Diva Galvão Nogueira França (Casa da Cultura) __________________________ 115

VIDRAÇARIA SANTOSNão destrua a Natureza !

Domingos dos Santos Terra __________________________________________ 117Dom José Carlos Aguirre ____________________________________________ 118Durval Gonçalves da Silva (Avenida) ___________________________________ 120Eduardo Elias ____________________________________________________ 121Eduardo José Ribeiro ______________________________________________ 122Edwirges Monteiro ________________________________________________ 123Ernestina dos Santos ______________________________________________ 124Euzébio Pereira de Assis ____________________________________________ 125Evangelino Rosa do Nascimento ______________________________________ 126Fadel Jabur _____________________________________________________ 127Fernando Costa (Dr.) ______________________________________________ 128Fernando Prestes de Albuquerque (Coronel) ____________________________ 129Flávio José Fogaça ________________________________________________ 131Francisco de Paula Bernardes Júnior (Clube) __________________________ 133Francisco José de Souza (Quitú) _____________________________________ 135Francisco Mariano Leite ____________________________________________ 137Francisco Roberto de Almeida Bueno (Pista de Laço – “Chiquinho Bueno”) ____ 139Fuad Abrão _____________________________________________________ 140Harif Miguel Daniel _______________________________________________ 142Herculano Bianchi ________________________________________________ 143Hidesato Ikeuchi _________________________________________________ 144Humberto de Alencar Castelo Branco (Marechal) _________________________ 145Apoios Culturais ____________________________________________ 147/148Idalina Vaz _____________________________________________________ 149Inês Maria de Campos Mattos (Escola) ________________________________ 150Ipê (Jardim Pica-Pau) _____________________________________________ 151Isaac Idálio _____________________________________________________ 152Jacarandá (Jardim Pica-Pau) ________________________________________ 154Jatobá (Jardim Pica-Pau) __________________________________________ 155João Colaço (João Antonio de Almeida) ________________________________ 156João Cavacini ____________________________________________________ 157João de Salles ___________________________________________________ 158João Ferraz de Moura (Ginásio de Esportes) ____________________________ 160João Paulino da Silva (Avenida) ______________________________________ 161João Santiago Terra França __________________________________________ 162João Teobaldo ____________________________________________________ 163Joaquim Inácio Rodrigues Jr. ________________________________________ 164Joaquim Nunes dos Passos __________________________________________ 166Joaquim Ortiz de Camargo __________________________________________ 167José Alexandre Lopes _____________________________________________ 168José Alves Machado (Acesso) _______________________________________ 169José Batista ____________________________________________________ 170José Borges Martins (Travessa) ______________________________________ 171José Caricatti ____________________________________________________ 173José dos Santos Terra ______________________________________________ 176José França _____________________________________________________ 178José Fujihara _____________________________________________________ 180José Galvão Nogueira ______________________________________________ 181

SILVA & PASSOSProdutos Agropecuários Ltda.

Rubens e Família

José Gomide de Castro (Escola) ______________________________________ 182José Honório de Souza _____________________________________________ 183José Manoel de Jesus ______________________________________________ 184José Marchesin —-________________________________________________ 185José Moisés ____________________________________________________ 186José Nogueira Machado ___________________________________________ 187Apoio Cultural ______________________________________________ 188/189José Pereira Sobrinho _____________________________________________ 190José Ramos (Casa de Leis) _________________________________________ 191José Rodrigues Ferreira (Juquinha) ____________________________________ 193José Rolim de Moura _______________________________________________ 194José Seabra _____________________________________________________ 195José Vieira ______________________________________________________ 196Júlio Prestes de Albuquerque (Dr.) ____________________________________197Juvenal dos Santos Terra (Major) _____________________________________ 199Lauzírio de Almeida Bueno __________________________________________ 200Lázaro Pereira ___________________________________________________ 201Leontino Arantes Galvão ___________________________________________ 202Lindolfo Marques Valadão __________________________________________ 203Luíz Fogaça Balboni (Parque do Zizo) _________________________________ 204Luíz Válio (Major) ________________________________________________ 205Luiza Como Terra _________________________________________________ 206Apoios Culturais _________________________________________________ 208Monsenhor Henrique Volta __________________________________________ 209Manoel Ferraz de Campos Sales _____________________________________ 210Manoel Fogaça de Almeida __________________________________________ 211Marcos Antonio Santos Costa (Campo de Futebol) _______________________ 212Maria Aparecida Nascimento Araújo ___________________________________ 213Maria das Dores Oliveira ___________________________________________ 214Maria Eliza de Oliveira (Escola) ______________________________________ 215Maria Francisca Deoclécio Arrivabene (Escola) __________________________ 217Mário Carraro ___________________________________________________ 218Mário Mucim (Praça) _____________________________________________ 219Masuto Fujihara (Recinto de Exposições) ______________________________ 220Miguel de Araújo (Gué Preto) _______________________________________ 222Miguel Gomes ____________________________________________________ 223Miguel Honório de Oliveira Cruz ______________________________________ 224Miguel Terra (Miguel dos Santos Terra) ________________________________ 225Minelvina Alves ___________________________________________________ 226Narlir Miguel ____________________________________________________ 227Nestor Fogaça ___________________________________________________ 228Nestor França ____________________________________________________ 230Nestor Guedes de Carvalho _________________________________________ 231Norihiro Murakami _______________________________________________ 232Olimpio França de Mattos __________________________________________ 234Olimpio Quirino de Abreu __________________________________________ 236Paulino Herminio Brisola ___________________________________________ 237Paulo Fogaça ____________________________________________________ 238

Borracharia, Alinhamento, Balanceamento

Paulo Roberto Ortiz de Camargo (Escola) ______________________________ 239Pedro Bento Machado _____________________________________________ 240Pedro de Oliveira Preto _____________________________________________ 241Pedro de Toledo (Governador) _______________________________________ 242Pedro Mariano Machado ____________________________________________ 243Policarpo Torrel Filho ______________________________________________ 244Roque Mariano Ribeiro _____________________________________________ 245Rua dos Expedicionários ___________________________________________ 246Rui Barbosa _____________________________________________________ 248Sadamita Ivassaky _______________________________________________ 250São João (Vida de João Batista) ______________________________________ 251Salvador Alves dos Santos (Acesso) __________________________________ 252Santiago França __________________________________________________ 253Sadaiuki II _____________________________________________________ 254Apoios Culturais _________________________________________________ 255Apoios Culturais ________________________________________________ 256Tapixi (Laurindo Nogueira) _________________________________________ 257Teófilo Moisés ___________________________________________________ 258Uilio Azanha _____________________________________________________ 259Urias Emygdio Nogueira de Barros (Tenente) ___________________________ 260Valdomiro Castilho de Lima _________________________________________ 262Vicente Galdinieri (1º Padre) _______________________________________ 264Vital Fogaça de Almeida (Biblioteca) __________________________________ 265Viticultores (Avenida) _____________________________________________ 267Zenith Galvão Terra _______________________________________________ 268Zacharias Elias __________________________________________________ 270Informativo _____________________________________________________ 271Apoios Culturais _____________________________________________ 272/273Agradecimentos e Bibliografias ______________________________________ 274Agradecimento __________________________________________________ 275Editora ________________________________________________________ 276

F. PEZZATOProdutos Agrícolas

Fábio Jacob Pezzato e Família

1 – Os Fundadores

O Tte. Urias, o iniciador, e suas duas filhas: D.Maximina e D. Tereza

Augusta, que completaram a obra de fundação de São Miguel Arcanjo/SP

FOTO BAZAR E PAPELARIAUEDA

2 – O Patriarca

O Tte. Urias Emygdio Nogueira de Barros foi quem, mudando-se parao Bairro da Fazenda Velha de Itapetininga, aglutinou em torno de si, de suapersonalidade, de sua família e de sua obra, o contingente populacional esocial necessário á formação de uma Vila. Plantou a semente e acompanhouo crescimento da planta até tornar-se árvore e em torno desta formar-seconsiderável bosque.

Deve ser considerado, indiscutivelmente, o fundador de São MiguelArcanjo/SP.

Vereador

HÉLIO MORI

3 – A Inspiradora

D. Maximina Ubaldina Nogueira Terra, viúva do Sr. Miguel dos SantosTerra, por tradição, foi inspiradora da obra religiosa que cercou a Capelaconsagrada á São Miguel Arcanjo, núcleo da atual cidade. Deixou uma enormedescendência que veio a contribuir para o progresso do local. Ela deve serconsiderada colaboradora na fundação de São Miguel Arcanjo/SP.

FALÔPA PRODUTOS DE MILHOAntonio Falôpa e Família

4 – A Doadora.

D.Tereza Augusta Nogueira Teixeira, viúva do Alferes Joaquim JoséTeixeira foi quem, em um gesto de despreendimento, doou oficialmente umaconsiderável gleba para o patrimônio da Capela de São Miguel Arcanjo .

A atual cidade repousa justamente sobre essa área deaproximadamente 25 alqueires. Não deixou descendente.

É por direito co-autora da fundação da cidade.

LABORDIESEL M.E.Peças e regulagem de bombas e bicos injetores

Fidel Cesar Ramos e Família

5 - FAZENDA VELHAA CONSTRUÇÃO DE UM LATIFÚNDIO

Embora a carta citada anteriormente do Barão de Antonina dá paradata do seu conhecimento o Tte. Urias o ano de 1841, já andara nossopersonagem central pelo sul da Província de São Paulo em épocas anteriores.

Assim, escrituras particulares datadas de 1836 e 1837, documentosdo arquivo particular do já aqui largamente citado Dr. Ricardo GumbletonDaunt, formalizam a compra, por parte do Tte. Urias, de terras situadas hojeno Município de São Miguel Arcanjo, mas então pertencentes ao distrito daVila de Itapetininga de Nossa Senhora dos Prazeres, comarca de Itu.

Era o sítio denominado São Miguel do Turvo compreendendo camposfaxinais, matas virgens e capoeiras. Entenda-se por “campos faxinais” camposde pastagem entremeados de arvoredos esguios; e por “capoeiras” matofino que cresceu no lugar da vegetação virgem, depois desta cortada.

Ficavam tais terras junto à barra (desembocadura) do Ribeirão daLaranja Azeda (hoje próxima à divisa oeste de São Miguel Arcanjo) e àFazenda Velha que então possuía outros proprietários.

Ao se dizer que o Tte. Urias Emygdio Nogueira de Barros foi o patriarcae fundador de São Miguel Arcanjo, não se entenda com isto que foi ele (coma sua família) o primeiro morador do local.

Ao chegar ali, primeiramente para visitar e depois para se estabelecerjá havia várias propriedades e proprietários no local. Ao seu profundo conhecerde lavrador e homem sábio aquelas terras se revelaram das melhores quetinha visto em sua longa vida.

O valor do Tte. Urias em todo este episódio que ora narramos foi o deter primeiramente visão quanto ao valor das terras em termos de produtividadee de clima propício à agricultura.

Em segundo lugar, de adquiri-las, juntando-as, formando um latifúndiosob um único proprietário. Em terceiro lugar, o de exercer atividades quepromoveram o bom nome da região, tais como a abertura da EstradaItapetininga- Litoral e o seu triunfo no plantio do trigo e na mineração do ouro.

Em quarto lugar, o seu rico manancial humano e o da sua família,como se fossem um pólo de atração que arrastou para cá uma série depessoas e de atividades que se congregaram com força para formar umapovoação.

Assim, quando o Tte. chegou àquelas paragens, hoje sobejamenteconhecidas pelos moradores de São Miguel Arcanjo, eram elas habitadaspor pessoas como Miguel de Araújo Leme, João de Oliveira Souto, José Nunes

Nogueira, Bento Vaz, Domingues Florão, Pedro Gomes, Manoel NunesNogueira, Joaquim pimenta e Ângela de Oliveira, nomes que aparecem nasescrituras de compra da Fazenda Velha.

È tradição que quem vendeu a Fazenda Velha para o Tte. Fora oCoronel Nogueirinha, talvez um dos irmãos José e Manuel Nunes Nogueiraque aprecem nas escrituras de aquisição. Mas, conforme já citamos, haviaoutros vendedores arrolados nestas transações. Quanto aos irmãos Nogueirasserem parentes do Tte., não há registro que venha comprovar tal suposição.

Além do mais, havia ainda outras propriedades na região, além daFazenda Velha que assim já era chamada quando o Tte, ali chegou, conformese vêem citadas nas mesmas escrituras, tais como as fazendas do Retiro, doPinhal, Rincão etc.

Ocupava a Fazenda Velha uma área que poderia ser descrita daseguinte maneira, sem querer ser minucioso, somente se querendo dar idéiada ordem de grandeza de seus 8 a 10.000 alqueires, sua situação geográficae localização relativa aos acidentes do terreno (anexo x) : Um imenso retângulode 12 quilômetros de largura, na direção leste- oeste e de 20 km, de norte aSul, nas nascentes do Rio Paranapanema, sul do Estado de são Paulo.

Sabe-se que o Rio Paranapanema nasce no planalto, junto à Serrado mar, que neste trecho chama-se Serra de Paranapiacaba (em linguagemnativa: lugar de onde se vê o mar); corre para o interior indo desaguar no RioParaná (que em linguagem de nossos índios quer dizer: parecido com o marou água-grande, pela sua considerável largura).

Nas proximidades de sua nascente recebe águas de vários afluentesque por assim dizer ajudam-no a se formar. Um destes é o Turvo que por suavez é formado por vários afluentes, inclusive o rio São Miguel Arcanjo ouFazenda Velha.

Nesta região de confluência do Rio São Miguel Arcanjo com o turvoestava instalada a Fazenda Velha. Conforme se pode ver em antigas escriturasde 1837, que foram registradas na Paróquia de Itapetininga, em 1856, a regiãoocupada por esta fazenda era em palavras gerais (nota 38): começando pelaregião hoje ainda conhecida por Rincão, junto à estrada Velha que vem deItapetininga, seguindo por esta até alcançar o Rio São Miguel Arcanjo ouFazenda Velha; descendo por este até a sua barra ou desembocadura noRio Turvo. Subindo por este Rio Turvo praticamente em todo o seu percurso,somente o abandonando algumas vezes devido a estas incríveis descriçõesque fazem as velhas escrituras, até a poucos quilômetros da queda d’águaonde hoje está a Usina Hidroelétrica Lavrinhas, rumando para o norte emdireção ao lugar chamado Retiro, continuando no rumo Norte, rumando ooeste para o lugar chamado Rincão, junto á estrada Velha de Itapetininga,onde começamos o citado perímetro.

AUTO ELÉTRICA CÉLIO

E, assim, em poucas palavras, está praticamente delimitada a áreada Fazenda Velha, latifúndio que pertenceu ao Tte Urias, no coração do qual,no lugar onde as estradas (antiga e nova) que vêm de Itapetininga se uneme cruzam o rio São Miguel, está alojada a cidade de São Miguel Arcanjo, decuja fundador tratamos nesta série de artigos.

Não contente, o Tte Urias, de possuir as terras já descritas, adquiriuainda várias outras próximas, a saber:

a) Terras junto aos Ribeiros Turvinho e Lageadinho, muitopróximas à Fazenda Velha (já descrita), visando ampliá-la ainda mais:

b) Sítio Ponte Alta, de descrição na escritura muito deficiente.Cremos, no entanto, que se trate da atual Fazenda Ponte Alta, localonde está situado o Grupo Escolar “Padre Anchieta” e a Capela PonteAlta, junto á Serra de Paranapiacaba e à fazenda do Banco doEstado de São Paulo, em Pilar do Sul, município vizinho de São MiguelArcanjo.Conhecendo, posteriormente, o Tte. Urias, em outros municípios,áreas de terra de qualidade convidativa, veio a compra-las, como sepode ver em escrituras de Iguape, no ano de 1855;c) Sítio Assungui, com registro de compra muito curto não deixandosentir a ordem de grandeza da área, mas que a vista do mapa daregião nos leva a crer que no mínimo teria uns cinco mil alqueires. Asituação desta área é totalmente dentro dos limites do atual municípiode Juquiá.

Sitio Boa Vista, situado nas cabeceiras do Ribeirão Fundo, noroestedo atual município de Juquiá; área que pela localização e descrição, emborarápida, pode ser comparada à anterior, em números de alqueires. É de senotar, também que, na escritura de tal sítio, estão citadas como vizinhas asterras de um irmão de Tte. Urias – João Carlos Nogueira, única informaçãoexistente que andara por ali tal personagem, vez que estava radicado emCasa Branca anteriormente e não haver notícia de sua mudança para estasparagens.

È bem verdade que uma determinada carta do Tte. Urias ao seufilho Antônio Albino, carta aliás já aqui citada (anexo IX), nosso focalizadoprincipal diz: “Minha mãe não pôde ir à confissão por estar quebrado o bangüê;diz isso mesmo ao seu tio João e entrega estes burros amanhã a seu tio eessas cartas ou manda levar ao próprio que venha amanhã sem falta queestou muito apertado com meus arranjos”. Esta carta é de 30 de julho de1849. Não cita de onde é enviada. Mas como é sabido que o filho do Tte.Estava estabelecido com casa de comércio em Itapetininga e nessa época oTenente abria uma estrada para o governo, entende-se que havia um tioJoão nas proximidades ajudando a Urias; este é bem provável que seja JoãoCarlos de Souza Nogueira.

FARMÁCIA MARANATADavi de Oliveira Pereira

Sobre o citado Sitio Boa Vista ocorreram vários fatos de interesseque ilustram costumes da época e facetas da personalidade do nossopersonagem principal.

Em carta já desde século (1939) de uma das descendentes (D.Augusta Galvão) do Tte. Urias a outro parente de Casa Branca aparecemcertas informações sobre o Sitio em foco. Esta carta aparece transcrita emanexo ao artigo já referido do Dr. Ricardo Gumbelton Daunt, na revista doInstituto Histórico e Geográfico de São Paulo, número LIV (nota 39). Ali amissivista narra que as terras do Sitio Boa vista (do Rio Pereira) estavam deposse do Tte desde 1835. Foi vendida em 1848 a um certo primo FranciscoRibeiro de Carvalho, mas este simplesmente devolveu-a por não quere-lamais. Antes tentou uma transação onde entrava uma fazenda no Rio do Turvo,um moinho e dois contos de réis, em quarenta prestações anuais (sic).

Mas se o Tte. Urias não aceitasse a barganha, que o deixasse ficarali mais seis “ em razão de não ter bestas que cheguem para sair”, e porcerto entrou novamente o Tte. Urias na posse de tal Fazenda. Vinte anosapós, em 1868, ali chegou um norte- americano (fato raro na época em quese considerando a região e a nacionalidade do forasteiro)que por suaaparência, trato em interesses, logo se tornou amigo da família do Tte... Peloque se depreende da leitura da citada carta de D. Augusta, o americano(chamava-se James Monroe Keith) andava também à procura se não deouro, de minérios dos quais tirasse proveito.

Explorando a região interessou-se por parte do referido Sitio BoaVista. Fechou negócio com o Tte., estabelecendo preço e as divisas que lhepareceram razoáveis. Era o ano de que a Fazenda Boa Vista fora toda vendidaao americano e não a arrolaram nos bens do falecido.

Sendo Assim, não foi inventariada e quase 60 anos após, porinstancias de parentes, voltou à baila esta herança sendo que até a data dehoje corre cartórios.

Nesta Fazenda Boa Vista, encontra-se um monte que foi batizadopelo Tte. Urias de Monte Alegre de São Galvão, homenagem feita aopersonagem venerado pela família desde muitos anos atrás, quando o Freiainda era vivo, como tão bem descreve D. Augusta Galvão, na carta em pauta.

È de se lembrar aqui outra homenagem feita a tal sacerdote peloTte.; a de dar ao seu filho José o aposto de Galvão, criando assim dentro dafamília um ramo que o adotou como sobrenome. Deste ramo veio a signatáriada carta referida.

Traçaremos breve biografia do Frei Galvão procurando determinaras razões e as identificações que levaram o Tte. a tal devoção acentuadaàquele santo sacerdote.

Outro detalhe constante da carta de D. Augusta e que nos chama aatenção é quando esta, ao se referir ao sitio Boa Vista, apõe a este nomeuma localização “do Rio Pereira”.

Vereador - Presidente da Câmara (2001)SEBASTIÃO RODRIGUES E FAMÍLIA

Ora, o Rio Pereira ou Ribeirão dos Pereiras, fica ao Norte dascabeceiras do Ribeirão Fundo, onde pela escritura deveria estar localizadatal área. Cremos, por isto, que o Sitio Boa Vista tenha sido maior, atingindohoje o Município de Tapiraí, onde fica situado reduzido ao lote situado nascabeceiras do Ribeirão Fundo, em Juquiá.

E assim procuramos expor a extensão do grande latifúndio construídopelo Tte. Urias Emygdio Nogueira de Barros que, começando em São MiguelArcanjo, despejou-se serra abaixo, passando por Tapiraí, indo até Juquiá.Nestes domínios, viveu o Tte. os últimos quarenta anos de sua existência.

JO ANAArmarinho e Papelaria

6 – FAZENDA VELHA À FREGUESIA.

Era comum naquele idos, apresentarem-se múltiplos projetos-de-leis,elevando povoações e freguesias e destas a vilas. Freguesias e Vilaspraticamente equivaliam ao que chamamos de município, porque englobavamdeterminada área com administração própria, geralmente governada por umaCâmara de Vereadores. As Vilas representavam um estágio mais avançadona organização administrativa da província e geralmente era sedes deComarcas. As Comarcas (sede de várias vilas e freguesias) delimitavamdeterminada área para fins juridiscionais e era a sede do Poder Judiciário deprimeira instância.

Cada aprovação de proposituras que tais, implicava em despesaspara a província, pois, no mínimo, exigia-se a construção de prédios para ainstalação da Câmara de Vereadores, da Cadeia e de Escolas, além danomeação de funcionários.

Nessas proposições, inseriam-se artigos criando novos Cartórios deRegistros Públicos, bem como se disciplinavam os desdobramentos, daquelesjá existentes envolvendo altos interesses, a ensejar legítimas reinvindicaçõese debates para provimento dos respectivos cargos. Assim, considerando-seque os recursos eram limitados e os interesses eram muitos, segue-se quedurante as discussões, tratavam-se violentos debates. E nessas horas, eraum salve-se quem puder ... Quem podia mais chorava menos.

O Deputado Venâncio Ayres não visava interesses outros que não opuro atendimento da causa pública, não raro se metia em discussões estéreis,porquanto apresentava sugestões e defesas de projetos que jaziam noparlamento, vindos de legislaturas passadas, cujos autores não mais exerciama deputação. Ao analisar tais proposições e nelas vendo utilidade, incontinenti,Venâncio assumia sua defensoria, o que muitas vezes lhe traziadesnecessários desgastes. Era o ônus do noviciado.

Exemplo típico dessa demonstração de civismo, foi a discussão deum projeto da legislatura passada, que elevava à freguesia o povoado daFazenda Velha. Já estava tudo preparado para enviarem o projeto para ofundo do arquivo, quando Venâncio pede a palavra:

SAMGASDistribuidora águas minerais

Fernando, Paula e Família

“Sr. Presidente, farei breves considerações para demonstrar avantagem do projeto em discussão. É verdade que não foi apresentado pornenhum dos membros da presente sessão; mas não é isto a razão para quedeva ser rejeitado, uma vez que é vantajoso.

A Fazenda Vellha, que o projeto trata de elevar à categoria defreguesia, é um bairro populoso que está nas condições de ser transformadono futuro em uma cidade importante, podendo, por isso, ser hoje umafreguesia. Além disso, é um bairro importante do município de Itapetininga;tendo terras ótimas para a cultura de algodão, de modo a esperar-se muitode sua prosperidade, porque a razão de sua grandeza está na fertilidadede seu solo, próprio para a cultura de algodão.

Ainda mais, o bairro da Fazenda Velha dista da cidade de Itapetiningade 7 para 8 léguas, distância que muito dificulta os recursos espirituais paraos habitantes daquele lugar.

Vê, pois, a casa que, por estes motivos, a criação da freguesia emquestão é utilidade; e sendo assim, eu voto por ela, porque, como membrodesta assembléia, sempre propugnarei pelos interesses gerais.

Não sei se o signatário do projeto teve a mesma idéia que tenhoneste momento, mas viso somente nele utilidade pública, não procuro saberquem o redigiu, e dou-lhe o meu voto. (Apoiados)”

O sr. Lopes Chaves: - Sr. Presidente, fiquei perplexo no meu modode proceder atualmente, depois que ouvi o ilustre deputado, que conheceperfeitamente o distrito de Itapetininga, onde suponho que reside. Suasinformações merecem muito respeito; porém, há de convir, o projeto vem deum período passado, porque então já se julgou indispensável ouvir acomissão, e, não conhecendo eu, assim como suponho que não conhecenenhum dos meus nobres colegas as bases, os documentos em que se firmoua comissão para emitir seu parecer, não posso, apesar da confiança ilimitadaque deposito nas palavras do nobre deputado, dar um voto conscienciososobre o projeto sem que ouçamos a comissão atual, na qual folgo dereconhecer caracteres muito nobres e ilustrados.

A nobre comissão examinando conscienciosamente a matéria,compulsando todos os documentos que devem existir na secretaria e queservirão de base ao parecer da comissão do ano passado, dará seu parecer,e então poderemos votar tranqüilos, porque não devemos recear que sejamosapanhados de surpresa por um projeto que talvez não deixe de conter algumespírito político.

Creio que devemos estar prevenidos desde que presenciamos aexaltação dos ânimos na sessão do ano passado! Vimos os excessos que sepraticaram, que todos os atos da assembléia não tinham senão fins políticos!Não sei se este se recente do mesmo vício ...

KALIL, KALIL CIA. LTDA.Distribuidora de gás - Instalações Industriais

O sr. Venâncio Ayres: _ Não.

O sr. Lopes Chaves: _ ... Creio nobre deputado, mas desejava quese ouvisse a comissão de estatística, a qual espero, dará seu parecer comtoda urgência.

O projeto vai à comissão de estatística e ao retornar, apesar dosobstáculos opostos, acaba sendo aprovado, graças à defesa apresentadapor Venâncio Ayres, trazendo assim incontáveis benefícios aos moradoresda Fazenda Velha, hoje São Miguel Arcanjo. E assim, desinteressadamente,Venâncio passava para a história, pelos seus feitos, sempre imbuídos de boafé.

BAR DO JANGO

7 - NASCE UM MUNICÍPIO

Em 12 de Maio de 1877, quando ainda o Tte. Urias estava vivo,justamente no ano da morte de D. Maria Bárbara de Jesus, a lei provincial den° 58 elevou a povoação de São Miguel Arcanjo à Freguesia. Diga-se depassagem que Freguesia era no tempo do Império o titulo oficial que se davaa uma povoação em reconhecimento a determinado grau de progresso, vistoainda muito sob o ponto de vista eclesiástico, isto é, uma povoação que porsua importância já podia ter um padre a assisti-la, permanentemente. Não sepode esquecer que antes da República a religião católica era a oficial noBrasil e somente com o advento deste regime político é que deixou de ser.Atos públicos, naquela época, eram feitos em harmonia com os da religião.Os registros da igreja valiam como oficiais. Certidões de batismo e de óbitoeram então os comprovantes oficiais de que se valiam os cidadãos em casode necessidade de resolverem pendências quando de heranças e outrosrelacionamentos com problemas de Justiça e Direito.

Necessita de um reparo a quase totalidade das publicações queexistem sobre a fundação de São Miguel Arcanjo, incluindo a própriaEnciclopédia dos Municípios Brasileiros, de cuja página 202 de seu volumen° 30, transcrevemos o seguinte: “ Sabe-se que uma filha do Tenente Urias,D. Maximina Nogueira Terra, em homenagem ao marido falecido, Miguel dosSantos Terra, doou à freguesia uma considerável área para a construção deuma capela sob a invocação de São Miguel Arcanjo, vindo daí a denominação“São Miguel Arcanjo”. Não queremos tirar o mérito histórico devido ao Sr.Miguel dos Santos Terra, de família originária de Minas, inclusive com outroirmão, que vindo à Fazenda Velha e casando-se com filhas do Tte. Urias,vieram a se constituir baluartes da cidade que focalizamos. Porem, cumpre-nos aclarar o que se segue: a) O nome São Miguel Arcanjo estava há muitoligado ao local, bem antes mesmo da vinda dos representantes da famíliaTerra para a região.

O Dr. Ricardo Gumbleton Daunt diz, em seu artigo da revista n° 54do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, página 13: “Temos em mãosuma escritura particular datada de 24 de outubro de 1836, referente à comprado sitio denominado São Miguel do Turvo , no Distrito de Itapetininga deNossa Senhora dos Prazeres, comarca de Itu, compreendendo camposfaxinais, matas virgens e capoeiras. As divisas mencionam a barra do LaranjaAzeda e as terras da Fazenda Velha. Assim, compreende-se que o nomeSão Miguel foi dado ao local antes mesmo do Tte. Urias ter chegado. Temosem nosso poder algumas cartas do próprio Urias, da década de 1840, que sereferem ao local de onde estava escrevendo com o São Miguel do Turvo, S.M. etc.

AUTO PEÇAS S. MIGUELNorimaça Tsutsui

E, nessa época, sua filha Maximina, que veio a se casar com o Sr.Miguel dos Santos Terra, era apenas uma criança. b) É bem verdade que naépoca em que se deu a doação de terras, d. Maximina já estava no estado deviúva, pois já o era quando do falecimento do seu pai, em 1881; cremos quesua devoção e reverência a São Miguel e o cuidado que tinha com a capelado mesmo santo, ponto de reunião da população nos domingos, tinha relaçãocom a coincidência dos nomes do Arcanjo e de seu finado esposo.

Mas, acontece que, no inventário de seu pai, o Tte. Urias, as terrasque circundavam a Capela referida couberam à sua irmã Tereza AugustaNogueira Teixeira, viúva há muito do Alferes Joaquim José Teixeira (anexoXV), falecido em Santana do Parnaíba, sem filhos. As “450 braças de campose faxinais no lugar denominado “Fazenda Velha”, por duzentos mil réis“herdados por Tereza Augusta já apareceram no inventário de d. Maria Bárbarade Jesus, quando foi dividido pela primeira vez o latifúndio do Tte. Urias.

Interessante este modo de se referir a uma área de terra só citandouma das dimensões (“400 braças”, aproximadamente, 1000 metros).

Como vemos a seguir, a outra dimensão oculta era maior que aprimeira, isto é 750 braças (aproximadamente, 1650 metros).

A área seria de 68 alqueires, valendo em moeda atual se camposfossem, sem benfeitorias, um milhão e meio de cruzeiros, dos novos (valorde 1974). C) Outro engano tão largamente veiculado é que a doação foi paraa construção da Capela de São Miguel Arcanjo. A verdade é que a ditaCapela já estava em funcionamento. Da transcrição que faremos a seguir, dotempo da doação, por D. Tereza Augusta e não d. Maximina, pode-sedepender, facilmente, nossas afirmações:

“Patrimônio da Paróquia de São Miguel Arcanjo. O Cônego JúlioMarcondes de Araújo e Silva, Escrivão da Câmara Eclesiástica e Secretáriodo Bispado de São Paulo. – Por sua Excia. Revma. – Monsenhor VigárioCapitular Sede Vacante. – Certifico que revendo os autos do Patrimônio daCapela de São Miguel Arcanjo, Comarca de Itapetininga neste Bispado deSão Paulo, às folhas 3 dos ditos Autos, encontrei o documento da forma eteor seguinte: Eu abaixo assinada D. Tereza Augusta Nogueira que desejandoprover canonicamente a Capela de são Miguel Arcanjo, desta Freguesia daFazenda Velha, dôo para patrimônio da mesma Capela uma parte de terrasde setecentos e cinqüenta braças de alto, com quatrocentos e cinqüenta defundo, que coube por herança do meu finado pai o Sr. Tenente Urias EmygdioNogueira de Barros, no valor de duzentos mil réis, na Fazenda Velha, cujasterras doou com divisas: Partindo da barra do Guapé e acima até o valo quedivide com a Fazenda do Moinho e por este até o banhado de Manoel Marianoe daí até onde fizerem quadra, e depois cortando num rumo até o ribeirão

LOJA BOM JESUSPedro José da Silva e Família

onde diz as quatrocentos e cinqüenta braças, ficando eu responsável dequalquer embaraço que apareça. – E por verdade mandei passar a presentee outra do mesmo teor as quais vêm por mim assinadas – São Miguel Arcanjoda Fazenda Velha, 2 de abril de 1884. – Tereza Augusta Nogueira.Testemunhas: Presentes Manoel Rufino de Medeiros, Antonio Alberto deSouza Nogueira: - em tempo declaro que faço esta doação com a condiçãode nunca ser vendida, e quando seja, o produto empregue-se na mesmaCapela. – e por verdade mandei a presente declaração e outra de igual teoras quais vão por mim assinadas. – São Miguel Arcanjo da Fazenda Velha, 2de abril de 1884. – Tereza Augusta Nogueira.

- Testemunhas: presentes Manoel Rufino de Medeiros, Antônio Afonsode Souza Nogueira”. D) talvez a doação tenha sido feita por intervenção ded. Maximina. Por não possuir a área em torno da Capela, solicitou à sua irmãque fizesse a doação. O artigo de Jornal já citado aqui, assinado pelo Sr.Narlir, antigo morador de São Miguel Arcanjo, diz que houvesse troca daárea doada com outra de igual valor, no sitio do Ribeirão Fundo, atual Municípiode Juquiá. No entanto, não tivemos oportunidade de ver tais provas, nemsaber se realmente houve a troca ou se ainda há comprovantes da possíveltransação. Nominalmente, quem doou as terras para a capela de São MiguelArcanjo foi mesmo d. Tereza Augusta Nogueira. E) Pela atual forma retangularque a cidade de São Miguel Arcanjo ocupa em planta foi que nos fez suspeitarque a mesma repousa aproximadamente sobre a gleba doada pela D. Terezaaugusta Nogueira à Capela.

Partindo desta suspeita, aliás bastante legítima, e por que não dizer,evidente, tratamos de pesquisar em mapas e desenhos da região e da cidadea ver se conseguíamos precisar de melhor forma esta informação. No InstitutoGeográfico e Geológico obtivemos duas plantas da Região ocupada peloMunicípio e cidade de São Miguel Arcanjo. Um dos desenhos, impresso sobos n.º Folhas SF-22-Z-D-IV-4 e SF-23-Y-C-IV-3, que faz parte da Carta doBrasil, escala 1:50.000, embora baseado em levantamento aerofontométricoe esmeradamente impresso, não traz detalhes e nomes de acidentes queuma escala menor poderia dar.

No mesmo Instituto, porém, conseguimos um croqui da áreaurbanizada, expressa em escala, não declarada mas que conseguimos pornomes de ribeiros e aguadas que complementam o outro mapa. Assim, peladescrição dada na doação feita D. Tereza Augusta, poderemos localizarperfeitamente a área em foco, como segue: principiando no ponto de Afluênciado Ribeirão ou Água do Guapé com o Rio S. Miguel Arcanjo e subindo peloGuapé 750 braças, isto é 1.650 metros – este é o todo o limite oeste da Área.Do mesmo ponto de inicio, subindo pelo rio S. Miguel Arcanjo 450 braças,isto é, 950 metros- este é todo o limite norte da Área. Os limites leste e sulsão, como diz a escritura, “fazendo quadra”, até fechar o retângulo que nestecaso deixa de ser uma figura regular para ser um paralelogramo

ARISTIDES AGORRETA EFAMÍLIA

acidentado. Basta citar que o ângulo que á Água do Guapé faz com o RioSão Miguel Arcanjo é de 60°, prejudicando, sobre maneira a geometria dafigura que deveria fazer quadra nos cantos como se um retângulo fosse.

As velhas escrituras deixam margens a muitas dúvidas, daí geraremmuitas controvérsias e brigas. Os mineiros, que mais que qualquer outropovo do Brasil tiverem experiências em disputas de terras na época das minasde ouro produtiva, têm um dito que sintetiza bem esta situação criada pelasescrituras de antanho. Assim diz a sabedoria mineira: “ Há três tipos de Barraque produzem desvario: a Barra de ouro, a barra de saia e a barra de rio”. Ade rio, refere-se à escritura antiga de terras que quase sempre começam emuma barra de rio ( desembocadura de um caudal em outro).

Com o tempo esta barra muda de lugar ou mesmo de forma, devidoàs enchentes quando da medida de terras. Sobre os outros dois tipos debarras, de ouro e de saia, não é preciso se tecer comentários, pois são dealta periculosidade no que tange a disputa de propriedade.

Pelo que foi dito, pode-se compreender porque no Inventário do Tte.Urias tal gleba aparece descrita somente por uma de suas dimensões - 450braças. É porque esta deveria ser medida pelo Rio ou Ribeirão de São MiguelArcanjo ou Fazenda Velha que era o curso principal da Região. As outras750 braças de fundo seriam medidas nas águas do Guapé, acidente quenem sequer aparece na referida planta oficial, escala 150.000, do InstitutoGeográfico e Geológico, certamente pelas suas dimensões bastanteinexpressivas no que tange ao mapa geral do País. Outro curso d´agua depequena expressão mas que fica bastante próximo da divisa leste da áreadoada por D. Tereza Augusta, é o Córrego Pacinho.

Para passar-se de freguesia a Município, com autonomia, Câmarade vereadores e prefeito, seria necessário um reconhecimento do governoda Província, começando pelos dirigentes do próprio Município onde se situao povoado pretendente à promoção. Logo após a elevação de São MiguelArcanjo à freguesia, pretenderam os seus habitantes tornarem-se autônomos.È tradição que requerem ao governo da Província tal oficialização.

E este oficio à Câmara Municipal de Itapetininga solicitando umatestado de suficiência de população, quantidade dos prédios, disponibilidadede território e interesse no desmembramento. Embora não tenhamos visto adocumentação correspondente, consta que a Câmara Municipal referida senegou a tal, dizendo que São Miguel Arcanjo não passava de um amontoadode vinte pequenas casas, sem alinhamento e que não possuía um edifícioapropriado para abrigar o paço municipal, com dignidade. Quem estavaliderando o movimento de emancipação era o Sr. José Leme Brizola, cujasfilhas eram casadas com netos do Tte. Urias, da descendência de ConstânciaNogueira de Oliveira.

Vereador

JOSÉ ALCIDES DO AMARAL

Este José Leme Brizola era republicano das primeiras horas; aparece,no entanto em varias publicações que ele e seu irmão foram participantes daConvenção Republicana de Itu, de 1873, mas o nome deles não apareceriana lista de participantes de tal reunião. Conta o cidadão Narlir, já aqui citado, em artigo de jornal publicadoem São Miguel Arcanjo, que o Capitão José Leme Brizola, indignado com aresposta da Câmara de Itapetininga, tomou em suas mãos tal documentaçãoe rasgou-a em pedacinhos, saindo da sala daquela edilidade, “riscando coma roseta chilena” o seu assoalho.

Desnecessário comentar o desânimo da população de são MiguelArcanjo quando soube do desfecho do caso.

Mas utilizando das relações dos Brizolas com os republicanos,conseguiram através do então deputado Manoel Ferraz de Campos Salles,posteriormente Presidente do País, que a Freguesia fosse elevada a Município,em 1º de abril de 1889, pela lei n.º 86 meses antes, portanto, da Proclamaçãoda República do Brasil.

Para tal reconhecimento como Município foi necessário ocompromisso formal das principais figuras da população no sentido de quedentro de pouco tempo construiriam uma sede condigna para o governoMunicipal. Este prédio foi construído do lado direito da Matriz, servindo desede por 30 anos, tendo sido demolido em 1920.

Nascia assim o novo Município, sob a proteção do Arcanjo São Miguel.

REPORTAGEM BIG-BENMarcos Profeta

VITAL FOGAÇA DE ALMEIDA(Biblioteca)

*28/04/1885+14/05/1966

Vital Fogaça de Almeida nasceu em Itapetininga no dia 28 de Abril de1885. Casou-se em São Paulo, no dia 11 de novembro de 1914 com MariaLaura Faria, nascida em Bananal. Tiveram nove filhos.

Começou os estudos em Itapetininga e aos 17 anos, já era professor.A sua primeira escola foi no Bairro Turvo da Lagoa, em São Miguel Arcanjo,onde seus pais, Manoel Fogaça de Almeida e Francisca Leonel Ferreira LemeBrisola, vieram morar, novamente. Transferido em 1910 para o Grupo daLiberdade, em São Paulo, fez alí uma carreira brilhante. Professor modernoe criativo foi escolhido pelo diretor do grupo orador da escola nas datascomemorativas específicas, sendo as festas comemoradas no Lago daliberdade, onde a escola toda se reunia.

Além de orador era escritor e poeta. Deixou publicado um livro depoesias: “O livro de minha mãe”, um livro de memórias inacabado e inúmerasconferências que lhe eram solicitadas.

Alguns anos depois prestou exames para a faculdade de direito doLargo de São Francisco e bacharelou-se em 1919. Então, abandonou omagistério e iniciou sua carreira de delegado de policia, tendo exercido aprofissão em inúmeras cidades e também na Capital. Foi sempre admiradocomo profissional competente, honesto, corajoso, justo e independente.Jamais se submeteu aos coronéis de então, que nunca conseguiram maneja-lo, o que rendeu sempre muitas contrariedades.

Aposentou-se por volta de 1940 e veio morar em São Miguel Arcanjo,a cidade do seu coração. Depois mudou-se para Itapetininga a fim de que osfilhos mais novos pudessem estudar. Mas, com a morte da esposa MariaLaura foi morar em São Paulo com 3 filhos solteiros.

Mário - Regina e Renato

Era homem de estatura mediana, claro, de sorriso largo e olharpenetrante. Quando jovem, chegou a praticar o hipnotismo.

Tinha personalidade forte e marcante e era decididamente otimista.Muito imaginativo, criava frases e modismos, que até hoje recordamos eusamos ainda.

Era assim como um aglutinador da família, procurava parentesdistantes, visitava todos e por todos era muito querido.

Homem de muita fé, sempre nos transmitiu seu profundo sentimentoreligioso: sua crença inabalável num Deus Pai e Criador; e um grande respeitopelas pessoas, principalmente as mais desvalidas.

Durante sua longa vida nunca ficou muito tempo longe de São Miguel,onde veio a falecer em 14/05/1966 aos 81 anos.

Praça Tenente Urias

VITICULTORES (Avenida)

O cultivo da uva, hoje símbolo de nosso município, foi iniciada em1957 pelo japonês “Masuto Fujihara” que passou seus conhecimentospossibilitando a expansão de sua cultura à seus descendentes e filhos daterra.

A colônia japonesa, inserida em nosso município, tem grandeinfluencia agrícola, além da parte integrante de nossa história e cultura,mantém até hoje intercâmbio entre os dois países, trazendo anualmente jovensdas escolas japonesas de pequenos fazendeiros para que haja a troca deconhecimentos agrícolas.

A colônia japonesa não foi a única a enraizar-se em nosso município,que é bastante miscigenado. Os italianos, sírios- libaneses e espanhóistambém se fizeram presentes na formação de nossa cidade.

Entre janeiro e fevereiro, São Miguel Arcanjo é tomada pelas cores earomas das videiras. E para coroar a época da colheita nasce a Festa da UvaItália que acontece há 16 anos, no período de fevereiro á março, ondeprodutores do fruto e de outras culturas expõe seus produtos.

O ciclo da uva de São Miguel Arcanjo completou no ano 2002, 45anos de produção. Com dedicação, competência e resultados, chegamos aoponto de sermos líderes absolutos na produção da Uva Itália, comreconhecimento internacional.

A AV. dos Viticultores é uma homenagem a todos os produtores deuva que levam o nome de São Miguel Arcanjo a outros Estados e países daEuropa.

Parabéns aos viticultores por contribuírem com a grandeza e belezade nosso município.

São Miguel Arcanjo “Capital da Uva Itália”.

CENTRO AGROPECUÁRIOCOMERCIAL LTDA.

João Luiz Lolo Brígida - Sócio Gerente

ZENITH GALVÃO TERRA

* 08/09/1920+ 14/07/1989

Foi no inicio da primavera que veio ao mundo uma menina tímidaque encantou os olhos de Antônio Arantes Galvão e Maria Elisa de Noronha.O calendário assinalava o dia 08 de setembro de 1920.

Foi em São Miguel Arcanjo, sua terra natal, o início de seuaprendizado, cursando até o 2º ano do primário, quando então pelatransferência de seus pais para a cidade de Itapetininga, deu continuidadeaos seus estudos. Diplomou-se professora de Filosofia ciência e Letras daAssociação de Ensino de Itapetininga.

Dedicada, não conheceu a reprovação em sua vida acadêmicasempre se colocando entre as melhores da turma.

Esta abnegada mulher dedicou os melhores anos de sua vida aoexercício da profissão, respeitando as crianças, dedicando atenção especialaos alunos da 1ª série pela facilidade que tinha em alfabetizar, fazendo-secompreender, apresentado um dos maiores índices em aprovações.

Pelo respeito e amor que tinha as crianças, era fácil entender asmanifestações de carinho que recebia de todas elas. Raros eram os dias quenão retorna ao lar com uma pequena lembrança como forma de afeto deseus alunos.

Num período de 26 anos, foi a educadora amorosa o Instituto deEducação Peixoto Gomide, hoje EEPSG.

Foi casada com o Sr. José de Moraes Terra (Dedé Terra) nascendodessa união os filhos: Ruy, Maria do Carmo, Vera Lúcia e Lúcia Maria.

Suas qualidades se estenderam também a musica, tocando piano,bandolim e violão.

Era nas horas de descanso que aquela alma sentimental, executavaas melodias suaves, que era verdadeiro bálsamo na alma de seus amigos efamiliares.

Em Itapetininga o Prefeito José Carlos Tardelli no uso se suasatribuições legais homenageou a Prof. Zenith Galvão Terra, denominando aCreche Municipal da Vila Arruda em seu nome, em11/04/1990.

GUARAPLAST - MEFábrica e Comércio de Grampos e Fitas p/ Uva em geral

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Em São Miguel Arcanjo no mandato do Prefeito José Antônio TerraFrança de 1988 a 1992, o vereador João de Sales apresentou indicação paraformalizar o nome da Prof. Zenith Galvão Terra, a rua principal do JardimFlorença (Vila Rica), no qual de pronto foi atendido e aprovado na Câmarapor unanimidade.

No dia 14 de julho de 1989, aos 69 anos de idade ela encerrou suamissão na terra, deixando uma imensa saudade no coração de todos.

Sistema de Ensinode Itapetininga

Coreto (Praça Tenente Urias)

ZACHARIAS ELIAS

* 12/01/1904+ 05/09/1983

Ele tinha orgulho de ter vivido sua infância, juventude, mocidade atéo final de sua existência em São Miguel Arcanjo.

Casou-se com Saadah Thomas, com quem teve cinco filhos: Elias,Lourice, Maria, Lúcia e Neuza.

Foi tropeiro, lavrador, mas foi na profissão de motorista profissional,que fez a vida. Foi um dos pioneiros no ano de 1939 no transporte de carvãopara a capital, quando um caminhão levava até 3 dias de viagem a São Paulo,não só pelo estado precário das estradas, mas também pela carência doscarros existentes.

Preocupado com a vida social da população, incentivou e participouda fundação do Clube Recreativo Bernardes Júnior, tornando-se sócio remidoem 1981.

Formação religiosa sólida, muito contribuiu para a construção da IgrejaMatriz de São Miguel Arcanjo.

Fez parte do primeiro time de futebol existente na época, ondecomparecia aos jogos com grande entusiasmo.

Zacharias Elias, mesmo sendo um homem sexagenário, faziatransporte diariamente de cargas para o CEASA - São Paulo, demonstrandoque a força de um país está no trabalho.

Sempre foi motivo de orgulho para seus familiares que conviveramcom um homem simples mas ao mesmo tempo sábio.

FAMÍLIA ZACHARIAS ELIAS

Infelizmente não foi possível colher dados biográficos dos cincocidadãos homenageados que trabalharam para o progresso de nossomunicípio. (Não existem arquivos da época que tenham esses registros).

Dr Fábio Cesar de Moraes (Posto de Saúde II)Médico – Década de 50

Antonio Alves Machado – (Rua)Natural – São Miguel ArcanjoComercianteVereadorPrefeito em 1913

Antonio Mariano Oliveira Froes – (Praça)VereadorPrefeito 18/07/1896 demite – se em 19/06/1897

João Borges Silva (Rua)Natural – São Miguel ArcanjoVereadorPresidente Câmara - 1917 e 1919Prefeito - 1908 e 1911

Renato Scoponi (Praça Cruzeiro)(nenhum dado)

JOSÉ ALVES FERREIRAAdvogado

O.A.B.S.P Nº 108.987

U.T.E.UNIDADE TERAPÊUTICA

FISIOTERAPIA

DE HORTIFRUTI

REDE

OZOTA AP. FELIPPE MORAESFisioterapeuta

VALDICLEY LOPES MACHADOFisioterapeuta

AGRADECIMENTOS E HOMENAGENS

Dr. Augusto Sérgio V. de Assumpção

CRO - SP 16.659 - CIRURGIÃO DENTISTA

Dra. Sandra Terra Souza Assumpção

CRO - SP 16.670 - CIRURGIÃ DENTISTA

Dr. Celso de Almeida Souza Filho

CRO - SP 33.783 - CIRURGIÃO DENTISTA

Dr. Edgard Sampaio Filho (Médico)

CRM 33100

Dr. Ricardo Donizetti Miguel (Médico)

CRM-SP 67.416

Agradeço ao autor desta obra Senhor ARIOSTO SALVADORARAÚJO, por reservar este espaço para que eu possa render minhashomenagens aos vultos históricos da nossa querida São Miguel Arcanjo.

Através da iniciativa do autor, que lhe valeram muitos anos deestudos e pesquisas, passando para a eternidade a biografia dos ilustrescidadãos que formam a história da Capital da Uva Itália, através dasVias de Acesso, estradas, vicinais, vielas, travessas, avenidas, praças,ruas e escolas.

Aproveito a oportunidade para destacar o trabalho de granderelevância desta obra para novas gerações, a fim de que tomemconhecimento através da biografia (com foto), quem foi o cidadão orahomenageado, bem como para agradecer a iniciativa do autor e rendernesta oportunidade impar minhas efusivas homenagens ao querido povoSão Miguelense.

Tatuí, Março de 2003Luiz Gonzaga VieiraDeputado Estadual

FAMÍLIA PEZZATO

Agradecimentos e Bibliografias.

• Câmara Municipal de São Miguel Arcanjo.• Famílias são-miguelenses.• Comércios locais.• Associação Casa do Sertanista – SMA.• Centro de Cultura e Promoção Humana – SMA.• Serviço de Registros Civil e Notarial – SMA.• Livro Tombo – Igreja Católica Matriz – SMA.• Casa da Cultura “Diva Galvão Nogueira França” – SMA.• Foto Ueda.

Capa e FotosAriosto Salvador AraújoFamílias dos HomenageadosAdhemir Nogueira Machado (Didi)

BiógrafosAriosto Salvador AraújoYolanda Garzon

Notas e Referências BibliográficasCap.12, Cap18 e 19 do livro “Da Fazenda Velha a São Miguel Arcanjo”. “Asaga do Tenente Urias” de Manoel Valente Barbas.Cap. 41 do livro “Cavaleiro do Ideal” – autor: Hiram Ayres Monteiro.

• Autor Ariosto Salvador Araújo

Distribuidora de Produtos Alimentícios

Edson Fábio

Agradecimento.

A edição e lançamento desta obra “RESGATE”, livro estedidático, cultural e que faz parte de nossa história esquecidano tempo, só foi possível graças às famílias sãomiguelenses,o bom senso e cidadania das ilustres personalidades,instituições públicas, privadas, além de comércio localrelacionados e lavrados em forma de apoio cultural. Estesque não mediram esforços no sentido de prestar sua valiosacontribuição, para que o trabalho apresentado viesse apúblico.

Sabemos que nestes últimos tempos, qualquer investimentode cunho cultural encerra evidente grau de sacrifício, quesó é suportado por espíritos éticamentes elevados e dotadosde acentuado apego às nossas tradições, uma vez que a obraé dirigida a formação moral e cultural das futurasgerações.

Para tão significativas personalidades que souberamcompreender e valorizar nosso trabalho, nos prestigiandocom seu apoio cultural, nossa eterna gratidão.

O Autor Ariosto Salvador Araújo

Início: Maio de 1995Final: Março de 2003Obrigado Senhor...