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SÃO PAULO, 05 DE AGOSTO DE 2014

SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 - Prefeitura de São Paulo · que o traçado do Rodoanel não deveria ser onde está e, na atual situação, há necessidade agora de mitigar esse

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SÃO PAULO, 05 DE AGOSTO DE 2014

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O secretário do Verde abre diálogo no Jaçanã/Tremembé,

na ZN/Nordeste

O INÍCIO DE AÇÕES

PARTICIPATIVAS ==

Surpreendente, um homem que

trouxe cidadania, democracia e

humildade na última 4ª feira

(30/07), durante a visita oficial

do titular da Secretaria do

Verde e Meio Ambiente

(SVMA), Wanderley Meira do

Nascimento, à Subprefeitura

Jaçanã/Tucuruvi. Em dois

anos, é a primeira visita de um

secretário ao local. E chegou

com o seu modo simples ouvindo sempre, falando ou explicando com calma

nas mais de quatro horas que passou na subprefeitura – o secretário chegou

por volta das 8hs30 e encerrou o debate às 13 horas, indo ainda a uma visita

ambiental no Tremembé. E em alguns casos dando soluções de imediato, sem

deixar para discutir para depois. Muita sabedoria não só ao que se referia

diretamente à sua pasta. Não deixou de dar explicações a tudo e a todos.

Anotando reivindicações de outras secretarias para encaminhar aos secretários

de cada pasta. UM CAFÉ NOS PREPARATIVOS == Ele chegou logo cedo ao

Jaçanã, bem antes do horário definido pela sua assessoria. Meira do

Nascimento, equipe de técnicos e a Assessora de Imprensa, Renata Moraes --

incluindo os diretores de Políticas Públicas, Luis Eduardo Peres Damasceno, e

o de Gestão Descentralizada, Edmundo Garcia --, que foram recebidos pelo

subprefeito interino José Carlos Miranda, inicialmente com um café da manhã

conduzido por um bate-papo preparatório ao encontro com representantes da

sociedade civil, associações e gestores ambientais. Os vereadores Vavá dos

Transportes e o Cel. Conte Lopes estiveram presentes durante o café oferecido

na sala do subprefeito -- mas não ficaram até o final da visita. Neste primeiro

momento, junto à mesa do café, falou-se de pancadões às áreas de

preservação com os problemas ambientais da região. No caso do Rodoanel, o

secretário recentemente sobrevoou a Serra da Cantareira de helicóptero: “ é

muito triste de se ver, pois parece uma Palestina. Dá a impressão que passou

uma guerra por lá”, comentou. E ainda disse que o Rodoanel é sem paralelo e

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“vai ser o caos”. Disse que há necessidade de uma ação conjunta e que o

DERSA precisa dar as compensações com a obra. “E precisa ser por etapas

progressivamente, a cada 2 ou 3 quilômetros. Se não for assim, não resolve, já

que o DERSA nem cumpriu com o trecho Sul!”, arrematou.

AS DEMANDAS AMBIENTAIS == Ainda no bate-papo do café, a bióloga e

Assessora Ambiental Silmara Ribeiro Marques, da Subprefeitura

Jaçanã/Tremembé, que também comanda os encontros semanais da “Quinta

Ambiental” e mensais do CADES (Conselho Regional do Meio Ambiente)

locais, aproveitou o momento para antecipar ao secretário o que classifica “de

demandas específicas do meio ambiente para a região”. E falou da participação

e integração com a população, junto com o poder público. Especificamente

reivindicou que as áreas verdes não devam ficar classificadas em limpeza

urbana, pois nada tem a ver com essa área. Mostrou a preocupação de

recuperar 25 áreas na região. Na sequência falou da recuperação da Operação

Defesa das Águas, que precisa ser um trabalho coletivo, com o reforço nas

rondas da Guarda Civil Metropolitana através da GCM Ambiental. O secretário

acordou que fará entendimentos com a Secretaria de Segurança, e outros

envolvidos, poderá tornar a região Jaçanã/Tremembé região piloto para novas

ações e modelo para outras regiões. E acrescentou que “em políticas públicas

ou você trabalha no coletivo, ou então não se chega a lugar algum”. EM

BUSCA DE SOLUÇÕES == Durante a explanação da representante da “Quinta

Ambiental”, o secretário lembrou que sua formação é de arquiteto e urbanista,

lembrando que escalas no mapa, dependendo da ponta da lapiseira, às vezes

um pequeno traço representa três ou quatro quilômetros de extensão, no papel.

Ele mostrou com isso que as áreas de preservação estão no papel e que ao se

perguntar a um técnico, na prática, onde começa e termina a área não saberá

responder. E ele disse que isto demonstra que há facilidades nas ocupações

pelas áreas. Admitiu ainda a necessidade de definições visuais e que se

estabeleça as faixas divisórias com cerca viva, que pode ser de agricultura

urbana. O governo municipal já está indo atrás de recursos, através da

Secretaria do Trabalho, e já há levantamentos de agricultores urbanos – que no

passado foram esquecidos e agora o atual Plano Diretor está avançando e

protegendo essas áreas. Segundo ele, tem todo um trabalho para ser feito e

implantar o novo método, de forma organizada. Cita inclusive o exemplo de

Paris, que tem os arredores nestes moldes, e São Paulo pode até ter uma

parceria de modelo com o governo francês -- uma missão esteve recentemente

em visita ao governo municipal. O FIM DO CAFÉ == Foi reivindicada pela

representante da “Quinta Ambiental”, a implantação de um DGD (Diretoria de

Gestão Descentralizada), órgão que coordena e integra articulações da SVMA,

subprefeituras e outros órgãos) já que a região Jaçanã/Tremembé é diferente

das demais regiões da cidade. “Nossa região é diferenciada e necessidade de

um olhar especial e exclusivo”, acrescentou. O que já foi aceito pelo Secretário

do Verde e Meio Ambiente e será implementado na região. Depois, a conversa

foi direcionada a vários assuntos, como a colocada pelo Vereador Conte Lopes

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sobre a Guarda Civil Metropolitana que estava há 10 anos sem contratar novos

policiais – o secretário não sabia deste detalhe. Ele concordou com a

especialização de novos contratados para a área da GCM Ambiental, pois a

fiscalização é muito importante nesta área. O subprefeito Miranda elogiou o

efetivo da GCM que está locada no Jaçanã/Tremembé. A questão dos bailes

funk voltou no bate-papo e a utilização dos parques públicos. O CONTATO

COM O POVO == Na sequência, o Secretário foi convidado para se dirigir à

apertada Sala de Reuniões, onde cerca de 60 pessoas (40 sentadas)

aguardavam no pequeno espaço. O subprefeito fez a apresentação inicial,

elogiou a atuação do Secretário e deu as boas vindas. Meira do Nascimento

iniciou mostrando a importância do diálogo com a população, agradecendo a

presença dos vários representantes da comunidade do Jaçanã/Tremembé, e

acrescentou que o governo busca uma maior aproximação com todos.

Informou ainda que, além das visitas dos secretários junto à população, a vice-

prefeita Nadia Campeão será uma interlocutora especial das demandas de

todas as regiões, em contato direto com todos os subprefeitos, em missões

especiais nas subprefeituras fazendo uma ponte com as várias secretarias.

“Isso é muito importante e muda a maneira de entender a cidade. Sair dos

gabinetes e a autoridade local é quem sabe muito bem o que está

acontecendo. ”, complementou. BOAS NOVIDADES PARA A ZONA NORTE

== O secretário disse ainda que o governo municipal não tem recursos e citou

a questão do IPTU. E vislumbrou que em 2015 tudo deve ser melhor, “ainda

que agora saiu o Barbosa e entrou Lewandovski.” (referindo ao Supremo

Tribunal Federal) e ainda melhora a performance da Prefeitura de São Paulo.

Segundo o secretário, desta forma haverá condições de buscar mais recursos,

“é uma vergonha uma cidade do porte de São Paulo ficar na situação que se

encontra”. E falou da proposta de abrir um núcleo Diretoria de Gestão

Descentralizada (DGD) na região da Subprefeitura Jaçanã/Tremembé, que

será no Viveiro (que fica ao lado do Horto Florestal) e já está autorizado pela

SVMA. E falou da importância deste DGD na região da Serra da Cantareira

para que haja ações combinadas entre secretarias e subprefeitura, com o

objetivo de melhorar a fiscalização ambiental e, em paralelo, realizar atividades

de educação e sensibilização ambiental. Segundo ele, "não adianta fazer

projetos mirabolantes se não tiver educação ambiental. A capacitação dos

professores, Centrais de Triagem de resíduos sólidos e o plantio de árvores

são ações que promovem diretamente a melhoria da nossa cidade". A

QUESTÃO DO RODOANEL == Era o assunto previsível para o lugar. O

secretário aproveitou para falar do Rodoanel e sugeriu que se tome mais

decisões coletivas. “O desenvolvimento é importante e fundamental, mas o

meio ambiente é entra no mesmo nível. E não podemos ficar desequilibrados e

aqui temos um patrimônio que precisa ser preservado.”, acrescentou. E afirmou

que o traçado do Rodoanel não deveria ser onde está e, na atual situação, há

necessidade agora de mitigar esse forte impacto ambiental. E ele convocou a

“pressão da população” para vigiar os Termos de Compensação Ambiental

(TCA) junto ao Desenvolvimento Rodoviário S/A (DERSA), responsável pelo

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Rodoanel. E falou do problema das ocupações lamentando o desastre na

região provocado pela obra. E pediu ajuda da população para que o governo

possa tomar decisões na prática. Meira do Nascimento lembrou que até hoje os

TCAs do Rodoanel-Sul não tiveram andamento. Ele lembrou também do

Estatuto da Cidade, no âmbito federal, que prevê outros impactos, além do

ambiental – que precisam ser creditados na conta da DERSA – quando foi

Secretário em Angra dos Reis, Meira do Nascimento acompanhou todo o

impacto da Usina Nuclear. MAIS EDUCAÇÃO AMBIENTAL == O secretário do

Verde ainda fez comentários sobre o 3º Setor sustentando que as ONGs são

de vital importância. E disse que há muitos planos e que agora esse 3º Setor

precisa ajudar a implantar os projetos e a fiscalizar. E falou da educação

ambiental e disse que será o carro-chefe da SVMA, sem prejuízo de outros

projetos. “"Não adianta fazer projetos mirabolantes se não tiver educação

ambiental. Tem que investir nas crianças”, disse. E acrescentou que a SVMA

fará a coleta seletiva em toda a rede de ensino, além da capacitação dos

professores. Esse projeto será criado ao lado das Centrais de Triagem de

resíduos sólidos, em torno de cinco quilômetros. Onde não houver as Centrais

de Triagem, os catadores das cooperativas serão envolvidos no projeto. E

haverá ações com plantio de árvores promovendo diretamente a melhora da

cidade, sempre com o envolvimento das crianças. Tudo isto dentro do contexto

de mudança de hábito. O secretário comunicou também o investimento na

compostagem de resíduos orgânicos, que representa 70 por cento do volume

diário. E o governo vai incentivar a compostagem de resíduos orgânicos no

parques. E falou sobre as composteiras domiciliares, que terão mais incentivo

porque é um sucesso junto à população, com várias vantagens e que não tem

cheiro se forem usadas as técnicas adequadas. E O POVO FALA == Houve

uma pequena fala do vereador Vavá dos Transportes, que em seguida se

retirou. E 15 pessoas da plateia inscreveram-se para as perguntas (estipuladas

em dois minutos, no máximo) ao secretário, que deu as respostas em grupos

de três pessoas. A primeira a falar foi Silmara Ribeiro Marques, Assessora

Ambiental da Subprefeitura e representante da “Quinta Ambiental” – que existe

há 7 anos -- e do CADES. Excepcionalmente com tempo além do combinado,

até por ser um documento e informes, ela fez um histórico das entidades e um

importante balanço das ações do meio ambiente na região, as demandas e as

reivindicações. (Ver o documento resumido do que foi encaminhado ao

Secretário. O secretário respondeu as três primeiras perguntas, destacando

que a da Silmara “ ficaria três horas respondendo pela quantidade de informes

importantes”. Ficou combinado pelo secretário que os assuntos serão

encaminhados e discutidos em reuniões de trabalho com os técnicos da SVMA.

Ele informou que no máximo em 30 dias a SVMA - junto com a Cordenadoria

da Subprefeituras e a Secretaria do Trabalho -- voltará com as zeladorias das

praças AS DEMANDAS == Outros assuntos foram encaminhados nas

perguntas ao secretário – que o “BlogZonaNorte” prepará matérias em

separado com os temas -- , destacando-se áreas desapropriadas em Furnas; o

Parque Linear do Cabuçu; Cooperativas de Reciclagem; administrador do

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Parque V.Guilherme-Trote; Parque do Jardim Flor de Maio; compensações da

duplicação da Rodovia Fernão Dias; Córrego dos Franceses; Corredor de

Lauzane Paulista; os parques de borda da Cantareira; o parque da Fonte

Gioconda; problemas de descartes de lixo nas Estradas da Roseira e Santa

Inês. E VOLTA O RODOANEL == Atendendo até pelo posicionamento

colocado pelo Chicão do PT, Chefe de gabinete do Vereador Vará dos

Transportes, o Secretário Meira do Nascimento comprometeu-se em articular

Audiências Públicas em profundidade sobre o Caso Rodoanel-Norte. Essa

articulação conduzida junto à Subprefeitura Jaçanã/Tremembé e com a

comunidade, com o principal ator da questão, o DERSA e outros envolvidos.

Nestas reuniões serão levantados as consequências do impacto do Rodoanel

na Serra da Cantareira. ( Chicão em sua fala foi mais longe e sugeriu que se

não tiver soluções, o povo precisa unir forças e sair até passeata no canteiro de

obras do Rodoanel ). O ENCERRAMENTO == Em todos os assuntos, o próprio

secretário fez anotações para encaminhamentos até mesmo fora da Secretaria.

Os assessores do secretário montaram também anotações. Todos os pontos

foram respondidos e anotados. Foi uma visita muito produtiva e que certamente

trará resultados positivos na área ambiental. E a população deve acompanhar

e cobrar. No final da visita à Subprefeitura, a comitiva do Secretário foi em

visita ao Sitio dos Coqueiros, que é uma grande área verde de

aproximadamente 400 mil metros quadrados, que existe há mais de 80 anos

nas proximidades da Avenida Sezefredo Fagundes, no Tremembé. O projeto é

transformar aquela área de preservação e de atividades sócio-cultural. E ali foi

encerrada a primeira visita do Secretário do Verde e do Meio Ambiente. O

saldo é de ações positivas.

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SECRETÁRIO DO VERDE OUVE DEMANDAS

O secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Wanderley Meira,

participou de uma reunião com a comunidade de Jaçanã/ Tremembé que durou

mais de três horas. Com bastante ponderação e atenção a detalhes, o

secretário respondeu às perguntas das lideranças comunitárias e moradores da

região. Educação ambiental, invasões e o impacto do Rodoanel Norte foram

alguns dos principais temas abordados.

Secretário Wanderley Meira conversa com a comunidade.

AÇÃO LOCAL – José Carlos Miranda, subprefeito de Jaçanã/ Tremembé,

abriu e acompanhou o encontro. Wanderley Meira, arquiteto urbanista, relatou

que o prefeito Haddad acaba de pedir que todo o secretariado tenha um plano

de ação local, para atuar perto da população, e a SVMA estuda criar uma

frente de DGD – Diretoria de Gestão Descentralizada nessa região, para fazer

desde fiscalização de poda até monitoramento de poluição industrial. “Essa

subprefeitura tem poucos parques, mas tem a Cantareira, que é um patrimônio

que tem que ser preservado”, disse Meira.

COMPENSAÇÕES – Sobre o Rodoanel Norte, o secretário afirmou que como

urbanista sempre considerou que o traçado deveria passar por Mairiporã, do

outro lado da serra da Cantareira. “Mas agora que ele está aí, temos o trabalho

de mitigar os danos”, considerou Meira, para quem as compensações da Dersa

devem ser feitas no local e concomitantemente à obra, e não esperar que fique

pronta para serem feitas. “Tem compensações no trecho Sul que ainda não

foram feitas”, relatou o secretário. Para ele a compensação deve ter um “plantio

mais rápido e agressivo”, não apenas com mudinhas. “A malha urbana não

aguenta mudinhas”, afirmou.

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3º SETOR – Wanderley Meira afirmou que a SVMA á tem muitos planos. “Não

precisamos de mais planos, precisamos que o 3º setor nos ajude a implantar e

fiscalizar. A população tem que tomar conta, porque nós estamos, não somos,

mas a população é”, afirmou o secretário. Ele sugeriu uma mobilização para

acompanhar junto à Dersa a compensação ambiental, o que ensejou, ao final

da reunião, o início da organização de uma audiência pública específica para

tratar dessas compensações.

EDUCAÇÃO – A SVMA pretende atuar forte em Educação Ambiental. “Temos

que dar ênfase às crianças”, disse o secretário, que propõe um trabalho de

mudança de hábitos. “A reciclagem não é a panacéia, pois temos também o

resíduo orgânico, em que há desperdício e também perdas, por isso tem que

haver uma mudança de hábitos”.

Público participante do encontro.

DEMANDAS – Cerca de 50 pessoas participaram do encontro, o que gerou

demandas de informações sobre os seguintes pontos: área desapropriada em

Furnas; implantação do parque linear do córrego Cabuçu; implantação de um

parque linear no Jardim Flor de Maio; verificação das compensações em aberto

da duplicação da rodovia Fernão Dias; problemas no córrego dos Franceses;

proposta de corredor verde no Lauzane Paulista; situação dos 12 parques de

borda de proteção à serra da Cantareira; criação de um parque voltado para

Educação Ambiental na área da antiga Fonte Gioconda; e problemas de

descarte de lixo nas estradas Santa Inês e da Roseira. Silmara Marques,

assessora de meio ambiente da subprefeitura, entregou ao secretário uma lista

de questões levantadas pelo coletivo Quintas Ambientais, que se reúne

semanalmente para discutir o meio ambiente local.

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AUDIÊNCIA – A assessoria da SVMA anotou as demandas para dar

encaminhamentos. Ao final Wanderley Meira se comprometeu a organizar,

junto com a comunidade e a subprefeitura, uma audiência pública para se

discutir com profundidade as compensações devidas e as necessárias ao

impacto do Rodoanel Norte na serra da Cantareira. Em seguida, acompanhado

do subprefeito José Carlos Miranda, Meira e equipe se dirigiram ao Sítio dos

Coqueiros, para conhecer essa grande área verde ainda preservada na região.

Minudências:

@ O secretário sobrevoou de helicóptero toda a extensão da obra do Rodoanel

Norte, e disse ter ficado muito preocupado com a “Palestina”, ou seja, com a

área que fica a montante da obra, separada da cidade pela passagem do

Rodoanel.

@ Essa obra está cortando vários dos 12 parques de borda projetados para

proteger a serra da Cantareira. Os terrenos ficam assim vulneráveis a

invasões, se o poder público não agir com celeridade, transformando-os em

parques. “A contrapartida não poderia ser o pagamento dessas

desapropriações?”, indagou o secretário.

@ O secretário se fez acompanhar de técnicos e dos diretores de SVMA Luis

Eduardo Damasceno (Participação e Fomento a Políticas Públicas) e Edmundo

Garcia (Gestão Descentralizada).

@ Vários conselheiros participativos acompanharam e participaram da reunião.

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H A D D A D , O O U V I D O R E O A N O D O C AV A L O

FERNANDO HADDAD CONVIDOU ARTISTAS QUE OCUPARAM PRÉDIO

ABANDONADO PARA DIVIDIR UMA IDEIA: TRANSFORMAR COCHEIRAS

DO JÓQUEI EM UM CENTRO DE ARTES. FLUXO ACOMPANHOU.

Fernando Haddad, Andy Marshall, Talita Bewlay e um dos peculiares

residentes da ocupação Ouvidor 63.

Durante a semana passada, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, leu uma

matéria na internet. O texto falava sobre o Ouvidor 63, um edifício ocupado

desde o dia 1 de maio no endereço homônimo. 13 andares de propriedade da

CDHU, do Governo do Estado, abandonados há mais de 10 anos desde que

outra ocupação fora desalojada. Mas, dessa vez, não foi um movimento de luta

por moradia que quebrou o cadeado e tomou o imóvel como residência. Mas

algumas poucas dezenas de artistas a fim de construir um lar e um centro de

experimentações por ali.

"Quando li a notícia", disse o prefeito abrindo sua fala, "fiquei com vontade de

conhecer. Primeiro porque são meus vizinhos aqui." De fato, a Ouvidor 63 fica

a poucas quadras do gabinete do prefeito, próxima ao Viaduto do Chá.

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Haddad segue: "Depois, porque me interessei pelo que vocês fazem. Sempre

achei que precisamos de vanguardas artísticas para inspirar, dar um norte ao

pensamento dos que precisam de utopias políticas".

Haddad perguntou a Juca Ferreira, seu Secretário de Cultura, se era possível

visitar a ocupação. Queria não apenas conhecê-los, mas dividir com eles uma

ideia que teve poucos dias antes. A visita foi marcada para o fim da tarde de

sexta-feira passada, dia 1 de agosto. Mas acabou o encontro acontecendo no

prédio da prefeitura. A razão é que os próprios artistas da Ouvidor, um tanto

preocupados com as condições da ocupação, preferiram ter com o prefeito em

um ambiente mais, digamos, salubre.

Artistas da Ouvidor 63 e, ao centro, Gabriel Portela, Juca Ferreira, Fernando

Haddad e um dos responsáveis pela medição entre a ocupação e a secretaria,

Baixo Ribeiro

Participaram mais de 20 habitantes e representantes de coletivos que apóiam

ou ajudam a manter a Ouvidor funcionando. Nas cadeiras do poder público,

além do prefeito, Juca Ferreira e um de seus assessores na Secretaria, Gabriel

Portela.

O prefeito abriu a conversa com uma pergunta. Queria saber, afinal, quem

eram, como chegaram no prédio e o que pretendem por lá. Alguns pediram a

palavra. Um dos principais articuladores do grupo, o gaúcho Andy Marshall,

contou que muitos deles vieram de Porto Alegre especialmente para a ação.

Que se conectavam com uma clara retomada do centro de São Paulo como

pólo de atração de artistas e coletivos culturais. E que ocupar um imóvel ocioso

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era, para eles, tanto uma forma de garantir um ambiente para criação quanto

conectá-la com um sentido público, político.

Quando a palavra retornou ao prefeito, ele disse porque, além da curiosidade,

os chamou ali.

Por 10 anos, desde que Haddad era sub-secretário de finanças da cidade, na

gestão de Marta Suplicy, um processo corria entre a prefeitura e o Jóquei

Clube de São Paulo. Uma dívida enorme de IPTU referente à Chácara do

Jóquei e a vontade da prefeitura de desapropriá-la e transformá-la em parque.

Valor da dívida quase igual ao da propriedade, ano vai, ano vem... São Paulo é

agora dona do terreno a custo próximo de zero.

Não apenas do terreno, mas de todas as construções dentro dos muros que

logo cairão. Incluindo 400 cocheiras tombadas pelo Patrimônio Histórico. E

foram essas cocheiras que deram uma ideia ao prefeito:

"Vamos transformar a Chácara em um parque. Isso está certo. Mas eu queria

usar aquelas cocheiras em algo para as artes", explicou Haddad.

As cocheiras não foram apenas casas para cavalos. Mas para seus tratadores.

Acima delas há quartos, pequenas residências. Haddad imaginou que

poderiam se tornar estúdios, habitação temporária, laboratórios de criação para

artistas e coletivos de dentro ou fora de São Paulo.

Mas, pessoalmente, não sabe a melhor forma de levar o projeto a cabo. Depois

de Juca Ferreira, aquele grupo de artistas eram os primeiros a escutar a ideia

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do prefeito. E os primeiros convidados a dar palpites sobre o que deveria ser

feito. "E como vocês são bons em ocupar. E em fazer arte... queria ouvir a

opinião de vocês", disse antes de devolver a palavra aos presentes.

"SEMPRE ACHEI QUE PRECISAMOS DE VANGUARDAS ARTÍSTICAS

PARA INSPIRAR, DAR UM NORTE AO PENSAMENTO DOS QUE PRECISAM

DE UTOPIAS POLÍTICAS"

A reunião transcorreu entre muitas falas - e um mal entendido que demorou a

ser desfeito, e que, por quase uma hora, causou certo desconforto. A falta de

entusiasmo de alguns dos artistas em comentar e contribuir com a proposta do

prefeito era por conta de um problema real que eles estão vivendo na Ouvidor

63. E que Haddad simplesmente desconhecia. Na mesma semana em que ele

descobriu que era vizinho de uma ocupação artística, a mesmo ocupação

recebeu o pedido de reintegração de posse feito pelo governo do estado.

Por quase uma hora alguns estavam suspeitando que Haddad estava meio que

oferecendo cocheiras como abrigo após do despejo. E ele achando que estava

apenas abrindo um canal de diálogo com artistas "estabilizados" em um prédio

próximo ao seu.

Juca Ferreira: "Não queremos tirar ninguém do centro. Mas São Paulo é muito

mais do que só o centro"

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Resultado: Haddad explicou que o pedido é do governo do estado e corre na

justiça. Não pode fazer muito. Mas se ofereceu para fazer consultas e ver se é

possível ganhar tempo para a turma se planejar e enfrentar a ação de despejo.

Os artistas, enfim, se prontificaram a ajudar a prefeitura em pensar o que pode

ser feito com as 400 cocheiras.

E um consenso entre poder e coletivos: o desafio do espaço não será tanto

artístico quanto de gestão. Como transformar cocheiras tombadas em celeiros

de arte livres e abertos. Sem o dedo pesado da curadoria estatal, e sem a

ineficácia típica de horizontalidades principistas e sem poder de gerenciamento

real.

Ao Fluxo, o Secretário Juca Ferreira disse acreditar que é possível. E citou

experiências de gestão compartilhada entre o público e poder público que viu

de perto na Espanha e na Alemanha, depois de deixar o Ministério da Cultura

na saída de Lula da presidência, e antes de assumir a pasta na prefeitura de

São Paulo em 2012. Disse acreditar no potencial do projeto de transformar um

parque no distrito do Butantã em um polo cultural internacional.

Novos encontros serão marcados. Não apenas com a turma da Ouvidor 63.

Juca Ferreira e sua equipe vão convidar muitos outros artistas e coletivos a

pensar no que fazer com a construção. O fato é que em dois meses, ou pouco

mais, esse projeto deverá ser encaminhado. E na opinião desse jornalista que

vos posta, São Paulo terá a chance não apenas de ganhar um grande e inédito

centro de produção e residência artística, mas a de criar em torno de um

projeto uma inédita coalizão criativa e política entre coletivos e artistas de

diferentes linguagens e áreas de cidade.

Tudo ainda em 2014... o Ano do Cavalo.

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Central de mobilidade - Licitação da nova inspeção veicular deve ser

aprovada ainda este ano

Prefeito Fernando Haddad ainda não deu prazo para começar as avaliações da

inspeção veicular, novas regras estão sendo avaliadas pelo Tribunal de Contas

do Município e Justiça.

http://www2.boxnet.com.br/pmsp/Visualizacao/RadioTv.aspx?IdClipping=31402040&Id

EmpresaMesa=&TipoClipping=A&Commodities=0

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Destaques de O Diário de São Paulo - Haddad

pedala mas inspeção não anda

http://www2.boxnet.com.br/pmsp/Visualizacao/RadioTv.aspx?IdClipping=31399719&Id

EmpresaMesa=&TipoClipping=A&Commodities=0