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SHANTI /2009 - Previstashanti.com.br/revistas/Shanti_27.pdfSHANTI - OUTUBRO/2009 - PÁGINA 2 EXPEDIENTE EDITORIAL Direção/Edição: Laura Fahning [email protected] Editoração:

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SHANTI - OUTUBRO/2009 - PÁGINA 2

EXPEDIENTE

EDITORIAL

Direção/Edição: Laura [email protected]

Editoração: Iza Pyjak(46) 3524-3323

[email protected]: Yuri Pyjak Ricci

Parceiros:Revista CosmoSom, Cavalo Solidário,

Templo de Minerva e EvoluindoPesquisadora: Ana de Paula

Capa

“Criação de Brasília”Ricardo Movits

Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhadahumana seja a de ter um filho.

Ser pai ou ser mãe é provar os limites que constituem o sal e o meldo ato de amar alguém.

Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade, seusimensos olhos, sua inocência e graça.

Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional.Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos.

E retribuem com gestos que enternecem.Mas os anos passam e os filhos crescem.

Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões.Trilham novos rumos, afastam-se da matriz.

O tempo se encarrega da formação de novas famílias.Os netos nascem.ENVELHECEMOS!

E então algo começa a mudar.Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes. Parece que

agora só os ouvem para fazerem críticas, reclamarem eapontarem-lhe falhas.

Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância.E isso é uma dor imensa para os pais.

Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebem as mínimasfaíscas no olho de um filho.

Apenas passaram-se alguns anos e parece que foramesquecidos, os cuidados e a sabedoria que antes era

referência para tudo na vida.Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mais

impertinente. Praticamente não ouvem mais os conselhos.A cada dia demonstram mais impaciência.

Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas.Pior é quando implicam com as manias, os hábitos

antigos, as velhas músicas.E tentam fazer os velhos pais adaptarem-se aos novos tempos,aos novos costumes. Quanto mais envelhecem os pais, mais os

filhos assumem o controle.Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer

ou o que desejam comer e beber.Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente.

Passeios, comida, roupas, médicos, tudo, passa aser decidido pelos filhos.

E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam emplena posse da mente. Por que então desrespeitá-los?

Por que tratá-los como se fossem inúteis oucrianças sem discernimento?

E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercadosde rugas, há tanto amor.

Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gestoque abençoa e acaricia.

A cada dia que nasce, lembre-se, está maisperto o dia da separação.

Um dia, o velho pai já não estará aqui.O cheiro familiar da mãe estará ausente.

As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama, oschinelos em um canto qualquer da casa.

Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos.Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios,

quando falam interminavelmente sobre doenças,quando se queixam de tudo.

Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça ashistórias, mesmo que sejam repetidas, e dê-lhes atenção, afeto...

Acredite: dentro daquele velho coração brotarão todas asflores da esperança e da alegria.

Texto do Momento Espírita

DIA DO IDOSO: 1º de outubro

Homenagem da Revista Shanti a experiência nãovalorizada ou pouco reconhecida, pelos mais novos.

OS PAIS ENVELHECEM

Om Sai Ram!Esta edição está pra lá de especial

e, sabem por quê? Estamos on line.Acesse www.revistashanti.cms

group.com.br e, aprecie sua RevistaShanti em novo cenário, com áudio e po-dendo baixar o arquivo em PDF.

Esta inovação vem através da CMSGroup, que tem parceria com o Googlee,desta forma, obtemos um relatório esta-tístico sobre a visibilidade da revista emtodo o Brasil.

A partir desta edição, também apre-sentamos nosso novo parceiro “Evoluin-do”, que você poderá acessar por meiodo site www.evoluindo.org. Trata-se deuma equipe dedicada a esclarecer o pú-blico o que vem a ser o caminho da evo-lução, tanto planetária como humana-pessoal.

Além destas novidades, trazemosartigos sobre uma nova técnica curati-va, uma entrevista interessante comRobert Happé, um site de receitas vege-tarianas, a interação entre o homem e oanimal, que supera o medo e interage afim de obter água pra beber e, por fim, oque Alexandre O Grande pediu antes demorrer.

Tudo isso e muito mais você en-contrará na sua Revista Shanti.

Boa leitura!

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O Quinto Segredo

Sê paciente, Meu Filho, pois muito ainda te-nho a te dizer.

Os segredos que te revelo são, apenas, par-tes esquecidas da tua própria história.

Recorda que no teu empenho em estabele-cer limites e divisões, criastes um mundo profa-no, considerando áreas sagradas somente aque-las limitadas pelas paredes dos templos queerguestes. E ali, no seu interior, alojastes os teusdeuses, na simplória esperança de determinaresum local exclusivo para a presença de um Princí-pio que, tu mesmo sabes, é onipresente. Apreci-as criar ilusões e aprimora-te em tecer as malhasda rede que te envolve e impede os teus movi-mentos maiores.

A pesada porta quepusestes à entrada do teu Tem-plo, embora afirmes ser umobstáculo ao acesso dos nãopreparados e curiosos, é ape-nas a projeção do teu temorinconsciente de perderes, tam-bém, o último espaço sagradoda tua ilusão.

Tão orgulhoso ficastes datua criação, que cerrastes commil trancas a entrada do teuTemplo, deixando que as cha-ves dos seus segredos caíssemno esquecimento.

E, o que é pior, Meu Filho, ficastes do lado defora.

Por isso, EU, A PORTA DO TEMPLO, aqui es-tou, fechando o teu caminho de volta e exigindode t algumas credenciais.

Recolhe mais este segredo e prepara-te paraaqueles que ainda vou te revelar e que abalarãoas bases da tua Verdade:

“No caminho de volta, é impossível trans-por a Porta do Templo com as vestimentasdo mundo profano. Se não te despires de tuasroupas e do brilho dos teus anéis, jamais po-derás colocar sobre os ombros o mantosutilizado do verdadeiro Iniciado. Essas coi-sas farão volumes grotescos sob a tua novavestimenta e tu parecerás ridículo diante dosMestres que te esperam.”

O Sexto Segredo

Atenta para tudo aquilo que te digo.

EU SOU A PORTA DO TEMPLO. Sou a Sibilado teu caminho e sei de tudo o que te espera.

Sei das luzes e sei das sombras. Sei das pla-nícies e dos grotões. Sei das esperanças e dosdesencantos que te envolverão, agora quedecidistes arrombar as portas do teu castelo edespido das tuas pesadas vestimentas, seguir ocaminho daqueles que são livres. Mas, eu me ergodo fundo das idades e interrompo a seqüênciados teus passos. Preciso falar-te.

Tão grande foi o teu empenho em separar aDivindade de ti mesmo, tão forte foi a tua deter-minação em estabelecer limites entre os ilusóriosespaços sagrados e profanos que criastes queEU, A PORTA DO TEMPLO, tornei-me uma realida-de, que agora te desconcerta. Uma realidade que

tens de superar sem a ajuda deninguém, pois que, quando daminha criação, tu não tiveste co-laboradores.

Por isso, escuta com aten-ção o que te digo: baixa o teubraço e aborta o gesto mecâni-co de bater de acordo com a se-nha que te foi ensinada. Ela denada vale, Meu Filho, pois a ver-dadeira senha, aquela que farácom que eu desarme todas asminhas travas e faculte o teu in-gresso no Templo, não está emum simples toque, mas na pleni-tude do teu Ser.

Não tenhas pressa. Escutaprimeiro o muito que ainda tenho a revelar. Mas,não penses que as minhas palavras te trarão no-vidades ou coisas espetaculares. Tu já as conhe-ces e, muitas vezes, já as repetistes. Elas já esti-veram na boca e os escritos de muitos SagradosMensageiros. Contudo, chegou o momento detransformares em ação as palavras que te foramditas.

Agora, que desejas dar o salto do exteriorpara o interior do Templo, chegou a hora de tirá-las do vazio da tua mente e do teu coração ecolocá-las a arder no forno alquímico da tuatransmutação.

Assim, coloco nas tuas mãos mais um se-gredo:

“Para que a tua Iniciação seja coroadade êxito e transcenda o seu aspecto formal,terás de adotar três procedimentos. Primei-ro: transmuta-te. Segundo: transmuta-te.Terceiro: transmuta-te.”

Assim, coloco nas tuasmãos mais um segredo:

“Para que a tuaIniciação seja coroadade êxito e transcenda o

seu aspecto formal,terás de adotar três

procedimentos.Primeiro: transmuta-te.Segundo: transmuta-te.Terceiro: transmuta-te.”

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CANAL DO SERAFIM LUZ DOURADAMensagens canalizadas para a Nova Era

Tudo foi feito em prol dos filhos amados deDeus, quando assim seus filhos quiseram. A von-tade do Pai também é a nossa, por isso foiconstruído o universo, os astros e tudo o queexiste. Em cada partícula, em tudo existe, avontade da divindade que somos nós. Creiamnisso, para que um respeite o outro como a simesmo. Todos fazem parte do todo, damônada divina, quando se consegue entenderessa química cai o véu e a luz penetra nas men-tes humanas transbordando a sabedoria e averdade.

É muito difícil a transformação para a mentedas pessoas que anos e anos, encarnações eencarnações vem com as mesmas imposições.Para se compreender a verdade e a luz é preci-so despojar de todos os conceitos anteriores,se livrar da túnica como São Francisco de Assisfez com os conceitos de sua família. Vocês de-vem largar para trás todos os dogmas que lhes

Quando vocês dão um passo a frente, aliexiste Deus. A mesma corrente elétrica faz alâmpada brilhar, o ventilador girar e o microfo-ne funcionar. Quando vocês desligam o inter-ruptor central, todos os aparelhos elétricos pa-ram de funcionar. Deus é como o interruptorcentral. Quando vocês olham para algo, existeDeus ali. Deus é a Força Divina que faz tudofuncionar. Esquecer-se de Deus equivale a es-quecer-se de tudo. Assim, amem sempre aDeus. Matem os demônios das suas más quali-dades. Somente aqueles que possuem boas qua-lidades podem desenvolver a sociedade. Esfor-cem-se incansavelmente pelo progresso da so-ciedade.

-Divino Discurso, 6-07-2009

Vejam o seu reflexo emtodos os seres.

Queridos irmãos, a obra do pai é o reflexo de todos os filhos.

Por que devemos nos esforçarpelo progresso de todos?

foram impostos pelas famílias, o clero, o gover-no e todos aqueles que se dizem saber e im-põem a sua cultura.

Para saberem de tudo o que está aconte-cendo tentem ver não pelos olhos, mas peloseu interior, sintam primeiro se o que estão ou-vindo é verdadeiro ou falso. Fomos feitos a ima-gem e semelhança do nosso Pai, dentro de nóstemos os mesmos códigos divinos e sabemosbem no nosso interior a verdade. Questionem-se, pensem, reflitam e deixem de lado o queouviram durante a vida toda. Vamos reciclar parapoder melhorar o mundo, que está cheio de mal-dades, guerras, ambições sem limite, orgulho ementiras.

Temos que implantar o amor universal paratermos paz e harmonia entre os povos do mun-do inteiro.

Serafim Luz Dourada

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Dores no corpo e sofrimentos, especial-mente no pescoço, ombros e costas. Istoé o resultado de intensas mudanças no

seu nível de DNA, enquanto a “semente Crística”é despertada interiormente.

Sentimento de profunda tristeza internasem aparente razão. Você está soltandoseu passado (dessa vida e de outras) e

isto causa o sentimento de tristeza. Isto é seme-lhante a mudar-se de uma casa na qual você vi-veu por muitos,muitos anos para uma nova casa.Por muito que você queira mudar-se para umanova casa, existe uma tristeza por deixar as me-mórias para trás, energias e experiências davelha casa.

Chorar sem razão aparente. É bom e sau-dável deixar as lágrimas fluírem. Isto aju-da a soltar a velha energia interna.

Repentina mudança no trabalho ou jor-nada de vida. Um sintoma muito comum.Como você muda, coisas a sua volta

igualmente mudarão. Não se preocupe em achara atividade “perfeita” ou sua atuação agora. Vocêestá em transição e poderá fazer várias mudan-ças de atividade até se estabelecer em algumaque caiba sua paixão.

Afastar-se das conexões familiares. Vocêestá conectado com sua família biológicavia velho carma. Quando você sai do ci-

clo cármico, os vínculos das antigas conexões sãosoltos. Vai parecer que você está se afastandode sua família e amigos. Depois de um período detempo, você pode desenvolver uma nova cone-xão com eles, se isso for apropriado. Porém, aconexão será baseada na nova energia sem eloscármicos.

Padrões de sono pouco comuns. É pro-vável, que vocês acordem muitas noitesentre duas e quatro horas da manhã. “Há

muito trabalho sendo feito em você, e isso mui-tas vezes faz você acordar para dar uma respira-da”. Não se preocupe. Se você não puder voltar adormir, levante-se e faça alguma coisa. É melhordo que deitar na cama e preocupar-se com coi-sas humanas.

Sonhos intensos. Nestes podem ser in-cluídos sonhos de guerra e batalhas, so-nhos de caçadas e sonhos com mons-

tros. Você está literalmente soltando a velha ener-

gia interna, e estas energias do passado são mui-tas vezes simbolizadas como guerras, corridaspara escapar e o “bicho papão”.

Desorientação física. Em tempos vocêsentirá muito sem chão. Você estará“mudando espacialmente” com a sensa-

ção de que você não pode por os dois pés nochão, ou que você está andando entre dois�

OS DOZE SINAIS DE SEU DESPERTAR DIVINO“Shaumbra”: significa Família e Amizade Interior Profunda

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mundos. Conforme sua consciência muda para anova energia, seu corpo algumas vezes “atrasa-se” e “fica para trás”, isto é, ele não acompanha.Gaste mais tempo na natureza para ajudar a ater-rar a nova energia.

Aumento da “conversa consigo mesmo”.Você encontrar-se-á conversando comseu “eu” mais freqüentemente. Você de

repente perceberá que esteve batendo papo comvocê mesmo pelos últimos 30 minutos. Existeum novo nível de comunicação tomando lugardentro do seu ser, e você está experimentando a“ponta do iceberg” com a “conversa consigo mes-mo”. As conversas aumentarão, e se tornarãomais fluídas, mais coerentes e com mais visõesinteriores. Você não está ficando maluco. Você éapenas Shaumbra movendo-se para a nova ener-gia.

Sentimentos de solidão, mesmo quandoem companhia de outros. Você pode sen-tir-se sozinho e longe dos outros. Você

pode sentir desejo de evitar grupos e multidão.Como Shaumbra, você está percorrendo um ca-minho sagrado e solitário. Tanto quanto os senti-mentos de solidão causem ansiedade, é difícil, nes-te tempo, contar sobre isto a outros. Estes sen-timentos de solidão estão associados ao fato deseus Guias terem partido. Eles estiveram comvocê em todas as suas jornadas, em todos oscursos de suas vidas. Era tempo deles se afasta-rem, assim você ocuparia esse espaço com suaprópria divindade. Isto também passará. O vaziointerior será ocupado com amor e energia de suaprópria consciência Crística.

Perda da paixão. Você pode sentir-se to-talmente desapaixonado, com pouco ounenhum desejo de fazer qualquer coisa.

Isto está certo, e isto é apenas parte do proces-so. Pegue este tempo para fazer nada mesmo.Não lute com você mesmo por isso, porque istotambém passará. É semelhante a reprogramarum computador. Você precisa fechar por um bre-ve período de tempo para poder carregar com onovo e sofisticado software, ou neste caso, a nova

energia da semente Crística.

Um profundo desejo de ir para Casa. Estatalvez seja a mais difícil e desafiante de

qualquer uma das condições. Você pode experi-mentar um profundo e irresistível desejo de vol-tar para Casa. Isto não é um sentimento suicida.Não é baseado numa frustração ou raiva. Vocênão quer fazer um grande negócio disto ou cau-sar drama para você mesmo ou para outros. Temuma quieta parte de você que quer ir para Casa.A raiz que origina isto é bastante simples. Você

completou seus ciclos cármicos. Você completouseu contrato para esta duração de vida. Você estápronto para começar uma nova vida enquantoainda está neste corpo físico.

Durante este processo de transição você temlembranças interiores do que é estar do outrolado. Você está pronto para alistar-se para outraviagem de serviço aqui na Terra? Você está pron-to para um contrato de desafios de mudançasem direção à Nova Energia. Sim, na verdade vocêpode ir para Casa agora mesmo. Mas, você veioaté aqui, e depois de muitas, muitas vidas seriaum pouco frustrante ir embora antes de ver ofinal do filme.

Além disso, o espírito precisa de você aquipara ajudar outros na transição para a nova ener-gia. Eles precisarão de um guia humano, comovocê, que fez a jornada da velha energia para anova. O caminho que você está percorrendo ago-ra fornece as experiências que te habilita a vir aser um Professor para o Novo Humano Divino.Tão solitária e escura que sua jornada, possa seràs vezes. Lembre que você nunca está só.

Geoffrey Hoppe e Tobias

SenhorAjuda-me a dizer a

verdade diante dos fortese a não dizer mentiras

para ganhar o aplau-so dos fracos.

Se me dás fortuna,não me tires a razão. Seme dá o sucesso, não metires a humildade.

Se me dá humildade,não me tires a dignidade.

Ajuda-me a enxergaro outro lado da moeda,

não me deixes acusar o outro por traição aosdemais, apenas por não pensar igual a mim.

Ensina-me a amar aos outros como a mimmesmo.

Não deixes que me torne orgulhoso se tri-unfo, nem cair em desespero se fracasso.

Mas recorda-me que o fracasso é a experi-ência que precede ao triunfo.

Ensina-me que perdoar é um sinal de gran-deza e que a vingança é um sinal de baixeza.

Se não me deres o êxito, dá-me forças paraaprender com o fracasso. Se eu ofender ás pes-soas, dá-me coragem para desculpar-me e seas pessoas me ofenderem, dá-me grandezapara perdoá-las.

Senhor, se eu me esquecer de ti, nunca teesqueças de mim.

ASSIM ORAVA GHANDI

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SHANTI - JULHO/2009 - PÁGINA 7SHANTI - OUTUBRO/2009 - PÁGINA 7

1. Que seu caixão fosse transportado

pelas mãos dos médicos da época;

2. Que fosse espalhado no caminhoaté seu túmulo os seus tesouros

RECEITAS DO CENTRO

VEGETARIANO...

“700 Receitas Vegetarianas”.Para quem é vegetariano, ou gosta de

variar a alimentação de vez em quando,envio este site onde estão 700 receitas

vegetarianas, desde assopas, passando pelos pratos principais,

até às sobremesas!

http://www.centrovegetariano.org/receitas/

index.php?destin=article&op=show_allLousteau Mateus

ALEXANDRE O GRANDE

E seus três últimos desejosconquistados como prata, ouro, e

pedras preciosas;

3. Que suas duas mãos fossemdeixadas balançando no ar, fora do

caixão, à vista de todos.

Um dos seus generais, admirado comesses desejos insólitos, perguntou aALEXANDRE quais as razões desses

pedidos e ele explicou:

1. Quero que os mais iminentesmédicos carreguem meu caixão paramostrar que eles NÃO têm poder de

cura perante a morte;

2. Quero que o chão seja cobertopelos meus tesouros para que aspessoas possam ver que os bensmateriais aqui conquistados, aqui

permanecem;

3. Quero que minhas mãos balancemao vento para que as pessoas possamver que de mãos vazias viemos e de

mãos vazias partimos.

Pensem nisso...

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SHANTI - OUTUBRO/2009 - PÁGINA 8

Toda sexta-feira à noite começa o shabatpara a tradição judaica.

Shabat é o conceito que propõe descansoao final do ciclo semanal de produção, inspiradono descanso divino, no sétimo dia da Criação.

Muito além de uma proposta trabalhista, en-tendemos a pausa como fundamental para a saú-de de tudo o que é vivo.

A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmoa morte é pausa. Onde não há pausa, a vida len-tamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horaspor dia parece não ser suficiente, onde o meioambiente e a terra imploram por uma folga, ondenós mesmos não suportamos mais a falta de tem-po, descansar se torna uma necessidade do pla-neta.

Hoje, o tempo de ‘pausa’ épreenchido por diversão e aliena-ção.

Lazer não é feito de descan-so, mas de ocupações ‘para nãonos ocuparmos’.

A própria palavra entreteni-mento indica o desejo de não pa-rar.

E a incapacidade de parar éuma forma de depressão.

O mundo está deprimido e aindústria do entretenimento cres-ce nessas condições.

Nossas cidades se parecemcada vez mais com a Disneylândia.

Longas filas para aproveitarexperiências pouco interativas.

Fim de dia com gosto de va-zio. Um divertido que não é nembom nem ruim.

Dia pronto para ser esqueci-do, não fossem as fotos e a memória de umaexpectativa frustrada que ninguém revela paranão dar o gostinho ao próximo...

Entramos no milênio num mundo que é umgrande shopping.

A Internet e a televisão não dormem.Não há mais insônia solitária; solitário é quem

dorme.As bolsas do Ocidente e do Oriente se reve-

zam fazendo do ganhar e perder, das informa-ções e dos rumores, atividade incessante. A CNNinventou um tempo linear que só pode parar nofim.

Mas as paradas estão por toda a caminhadae por todo o processo.

Sem acostamento, a vida parece fluir maisrápida e eficiente, mas ao custo fóbico de umapaisagem que passa.

O futuro é tão rápido que se confunde como presente.

As montanhas estão com olheiras, os riosprecisam de um bom banho, as cidades de umacochilada, o mar de umas férias, o domingo deum feriado...

Nossos namorados querem ‘ficar’, trocandoo ‘ser’ pelo ‘estar’.

Saímos da escravidão do século XIX para oleasing do século XXI. Um dia seremos nossos?

Quem tem tempo não é sério, quem nãotem tempo é importante. Nunca fizemostanto e realizamos tão pouco.

Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos...Parar não é interromper. Mui-

tas vezes continuar é que é umainterrupção.

O dia de não trabalhar não éo dia de se distrair:

- literalmente, ficar de-satento;

- é um dia de atenção,- de ser atencioso con-

sigo e com sua vida.A pergunta que as pessoas

se fazem no descanso é: ‘o quevamos fazer hoje?’ Já marcadapela ansiedade.

E sonhamos com umalongevidade de 120 anos, quandonão sabemos o que fazer numatarde de Domingo.

Quem ganha tempo, por de-finição, perde. Quem mata tem-po, fere-se mortalmente.

É este o grande ‘radical livre’que envelhece nossa alegria o sonho de fazer dotempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resga-tar coisas que são milenares.

A pausa é que traz a surpresa e não o quevem depois.

A pausa é que dá sentido à caminhada.A prática espiritual deste milênio será viver a

pausa.Não haverá maior sábio do que aquele que

souber quando algo terminou e quando algo vaicomeçar.

Afinal, por que o Criador descansou? Talvezporque, mais difícil do que iniciar um processo donada, seja dá-lo como concluído.

OS DOMINGOS PRECISAM DE FERIADOS

Rabino Nilton Bonder

Feriados - dia de respeito e atenção a si e à vida...

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Quem é esta cearense, baixinha, magrinha,com uma disposição inigualável de praticar o ver-dadeiro amor ao próximo?

Por que ela está sendo citada na RevistaShanti, como um exemplo de superação às dife-renças entre os seres deste Planeta?

Para entender melhor este “ser”, busqueinas castas indianas, tão em moda hoje em dia,a definição de suas atitudes e aproveitando suasimpatia pelo hinduísmo, embora sejaUniversalista.

Acredita em Deus, tenha Ele o nome que tivero importante para ela é que pratiquemos o amore o serviço ao próximo.

O regime de castas se utiliza de critérios denatureza religiosa e hereditária para formar seusgrupos sociais. Nesta situação, Vânia pertence atodos os grupos sociais, pois para ela na há dis-tinção, todos são iguais aos olhos de Deus.

O regime de castas vigora a mais de 2600anos na Índia e tem origem no processo de ocu-pação dessa região. A primeira distinção dessesistema aconteceu por volta de 600 A.C. , quan-do os arianos foram diferenciados dos habitan-tes mais antigos e de pele mais escura pelo ter-mo “varna”, que significa “de cor”. A partir de taldiferenciação, os varna foram socialmente or-denados de acordo com cada uma das partesdo corpo de Brahma, o Deus Supremo da reli-gião hindu.

No topo dessa hierarquia, representando aboca de Brahma, estão os Brâmanes e exer-cem as funções de sacerdotes, professores efilósofos. Quantas vezes ouvimos a Vânia pre-gar, ensinar e meditar sobre as coisas de Deus?Por meio de uma simples palavra amiga nosmostra através de sua amizade, uma sabedoriabaseada e praticada nas Leis Divinas. Sem dúvi-da, Vânia é uma Brâmane.

Logo abaixo, vêm os Xátrias que, segun-do a tradição, seriam originários dos braços deBrahma. Estes exercem as funções de nature-za política e militar e estão diretamente subor-dinados pelas diretrizes repassadas pelosbrâmanes. Vânia é uma exímia política, sem hi-pocrisia e extremamente verdadeira, articulan-do situações e aproveitando ocasiões de formaestratégica, não perdendo uma oportunidade deajudar o próximo. Sua casa é um QG, de ondeela organiza tudo que for necessário. Quer sa-ber se ela está em casa, é só ligar pra ela; seu

telefone vive ocupado. E olha que por muitasvezes é mal compreendida pelo zeloso amordemonstrado.

Compondo a base do sistema de castas in-diano, ainda temos os Vaixias que representamas coxas do Deus Supremo e têm como funçãoprimordial realizar as atividades comerciais e aagricultura. Vânia sempre vai em busca de umbom negócio que possa favorecer aos necessi-tados e desvalidos. Organiza reuniões para pro-mover ajuda a quem precisa. Preocupa-se comnossos irmãos vegetais e, procura dar a eles osuprimento adequado de água e alimento e, seemociona quando um passarinho faz ninho numaárvore plantada em sua propriedade. Fica felizquando os frutos aparecem e lhe dão a oportu-nidade de dividir com as pessoas estes frutos;lembro-me de uma vez que ela falou: “... vai láatrás que o pé de goiaba está cheio e elas estãouma delícia”.

Os Shudras estabelecem uma ampla classecomposta por camponeses, operários e artesãosque simbolizam os pés de Brahma. Vânia inega-velmente é uma operária de Deus, muitas vezessem limite, é verdade, mas quando o assunto élimpar, arrumar, organizar algum lugar, lá estáela, com sua “vassoura” na mão, pronta paracooperar.

Paralelamente, existem outras duas classesque organizam a população indiana para fora daordem estabelecida pelas castas. Os Dalit reali-zam trabalhos como a limpeza de esgotos, orecolhimento do lixo e o manejo com os mor-tos. Os Jatis exercem uma profissão liberal her-dada de seus progenitores. Nunca presenciei aVânia em alguma atividade destas castas men-cionadas, mas não tenho dúvidas de que ela nãose refutaria a exercer qualquer uma delas e, fazisso pelo simples prazer de servir.

Seria a Vânia um “ser perfeito”? Não, claroque não, mas graças a Deus ainda existe no Pla-neta, gente como ela, que não mede esforçospara colocar em prática os ensinamentos de Deuse, se coloca sempre à disposição de quem preci-sar dela.

Vânia Giraldes é um exemplo a ser segui-do! A diversidade na unidade. A busca incessan-te de praticar o bem, sem olhar a quem.

Ainda há tempo de seguirmos este exemplo.

Laura Fahning

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Mônica Schwarzwaldwww.templodeminerva.com

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Recentemente, li no livro “Conhecimento da Astrolo-gia Médica e Psíquica” da astróloga Anna Maria CostaRibeiro: “o astrólogo é um condutor de almas.” Acheimuito apropriada e inspirada a expressão “condutor dealmas”, pois esta é exatamente a função do profissionalque estuda as leis herméticas, pesquisa a sincronicidadedos eventos macro e microcósmicos, faz analogias entreeventos terrenos e o movimento celeste e promove aconscientização, a realização da vontade e dos poten-ciais daqueles que o procuram. Portanto, ele conduzalmas com este conhecimento, pois na vida humana en-quanto encarnados, esquecemos parcial ou totalmente onosso propósito de vida. O propósito do astrólogo é lem-brar, traduzir os símbolos e aspectos planetários que re-velam o caminho e a melhor maneira quecada um tem à disposição para chegarao seu objetivo em harmonia e plenitude.

Somos como trens: quando estamosconscientes do nosso Eu Superior, ca-minhamos nos “trilhos”. Quando nos ali-enamos e vivemos em função apenas dasnecessidades materiais e rotinasescravizantes, “descarrilamos”, tornamo-nos depressivos, pessimistas, frustrados,infelizes e doentes.

A Astrologia é a melhor condutorade almas, mas não é a única. Existemhoje um vasto número de técnicas parao auto-conhecimento e o realinhamentode rota para o cumprimento e realizaçãovital. Entretanto, para quem já consul-tou um astrólogo são evidentes a precisão e odetalhamento não só do mapa natal - o nosso “script”de vida ou nosso perfil genético – descrevendo minúciasde todos os aspectos da nossa vida espiritual, mental,emocional e física, como também das previsões que, naverdade, são “prevenções”. Afinal, somos dotados deinteligência e livre arbítrio, ou seja, mesmo conscientesde um ciclo desafiador, que traz crises que podem levara perdas e outras dificuldades maiores ou menores atra-vés do conhecimento das progressões e trânsitos pla-netários, a reação aos acontecimentos é particular edepende do nível de consciência, discernimento e pata-mar evolutivo enquanto almas lidando com a vida mate-rial.

Alguns destes ciclos são especialmente importantese demarcam grandes mudanças e passagens para ou-tras fases de nossas vidas:

O famoso Retorno de Saturno: ocorre entre os 28 e30 anos de vida, quando Saturno em trânsito volta paraa mesma posição do momento do nascimento do indiví-duo. Representa um momento crucial de amadurecimen-to, geralmente nos cobramos quanto à carreira profissi-

onal próspera e definida, família, casamento, estabili-dade financeira. Também podem ocorrer divórcios, afas-tamentos, perdas quando o peso da responsabilidade éinsuportável e não se consegue divisar um horizontefavorável na situação vigente.

A quadratura de Plutão em trânsito com Plutão na-tal, que é o ângulo de 90º de distância entre um eoutro. Como a órbita de Plutão é elíptica, ou seja, emdeterminadas épocas e sob determinados signos eletransita mais rápido ou mais devagar. Por exemplo, aspessoas que nasceram nos anos 30, quando Plutão es-tava sofrendo as influências do signo de Câncer, pas-saram por este ciclo quando estavam com cinqüenta epoucos anos, em fase de aposentadoria, menopausa,

andropausa e todas estas mudanças quenos afligem e nos conscientizam que nãoestamos mais sob o controle de todosos processos de nossa vida e que aproximidade da morte é sentida atravésdas mudanças fisiológicas.

Com a aceleração de Plutão a partirdos anos 50, quando saia da influênciade Leão e encaminhava-se para Virgem,os “premiados” que nasceram nos anos60 tiveram que passar por aquelas mu-danças entre os 35 e 37 anos, ou seja,crises, perdas, demissões, divórcios eoutras crises psíquicas e existenciaisbem profundas. Resistir a estas mudan-ças, apegar-se a alguma espécie de es-tabilidade nesta época, seja material,

emocional, profissional é gerar sofrimento.Finalmente, para nos libertar de tudo, mudar radi-

calmente nossos valores ou nos levar à loucura, chegaos 40/42 anos com Urano, que leva 84 anos para com-pletar um ciclo ao redor do Sol e, na metade do cami-nho, opõe-se a sua localização natal. Daí os rompantesinfanto-juvenis, a vontade de fazer coisas totalmentediferentes, a liberdade a todo custo, tudo isto é co-nhecido também como a idade da(o) loba(o). Se a rela-ção não nos dá autonomia e liberdade de movimento,se o trabalho é rotineiro e também não concede auto-nomia de decisões, se estamos em alguma prisão, orompimento é instantâneo.

Estes são os mais relevantes ciclos, mas sãopinçados dentre vários outros cuja função é nos de-senvolver a fim de realizarmos nossa meta como almas.A Astrologia está aí para catalisar e harmonizar esteprocesso, fazendo com que fiquemos conscientes nonosso caminho. É a melhor condutora de almas.

Por Mônica C. Schwarzwald

“Condutor de almas”

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Robert Happé nasceu em Amsterdã,Holanda. Estudou religiões e filosofias na

Europa e dedicou-se desde então adescobrir o significado da vida. Estudou

também Vedanta, Budismo e Taoísmo noOriente durante 14 anos, tendo vivido etrabalhado com nativos de diferentesculturas de cada região onde esteve –

Índia, Tibet, Camboja e Taiwan.Em seu retorno à Europa, sentiu

necessidade de compartilhar oconhecimento adquirido e suas

experiências de consciência. A partir daí,trabalhou em várias universidades, e tem

trabalhado continuamente com gruposde pessoas interessadas em

autoconhecimento e desenvolvimento deseus próprios potenciais como seres

criadores.Concedeu esta entrevista a RevistaO Ponto em julho/2006 e, suas

informações se mantêm úteis até hoje.

O PONTO – Você nasce na guerra, perde seusirmãos e mais tarde sua mãe. Certamente essasexperiências marcaram sua infância e juventude.Foi nestas circunstâncias que você desperta paraa busca do conhecimento sobre o significado davida?

ROBERT – Eu sempre senti que não era des-se planeta, que todos eram muito diferentes de

mim e que precisava buscar a verdade sobre avida e sobre mim mesmo. Minha mãe apareciapara mim e eu me perguntava: “Sou louco? Ondeestá minha mãe? O que ela faz lá? Por que falacomigo?”. Queria entender por que todo mundomata todo mundo, por que há tanto sofrimentoe por que a vida é assim. Então, eu já caminhavapara a busca de respostas, mas a consciência dissoveio bem depois.

O PONTO – Na busca por essas respostas,você percorre vários países e se aprofunda nacultura oriental, mantendo contato com Vedanta,Budismo, Taoísmo… Como foi essa experiência eque lições você tirou disso?

ROBERT – Na Índia eu descobri que a vidacontinua depois da morte. Mas nestas viagens eutambém descobri que todas as religiões falam asmesmas coisas, mas de formas diferentes e umascontra as outras. Percebi que as pessoas não es-tudam para encontrar a verdade, mas para ado-rar suas religiões. Quando você adora sua reli-gião, você não questiona e acaba virando as cos-tas para a verdade. E eu sempre questiono.

O PONTO – Então você queria mais.ROBERT – Sentia que não era só aquilo e que

precisava de mais experiência de vida, por issocontinuei viajando, vivendo no Nepal, Tibet e noCamboja, e estudando com os gurus. Mas tam-bém não fiquei satisfeito.

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O PONTO – Mas foi no Camboja que vocêviveu sua maior experiência mística.

ROBERT – No Camboja, as pessoas são mui-to amáveis, mas, como no Nepal e no Tibet, hámuita ignorância. Eles não vivem a consciênciado coração, vivem através dos dogmas. Porexemplo, os monges cambojanos têm tudo nostemplos para plantar e comer, mas saem para asruas para pedir comida, esmolas. Eu pensava queaquilo estava errado, que eles deveriam fazer ocontrário, levar comida e ensinamentos do tem-plo para as pessoas que estavam do lado de fora.Então eu deixei a comunida-de com um sentimento deque era o fim da rua paramim. Estava muito triste,parei e fiquei meditando. En-tão decidi ir para a floresta.Na floresta, passei a me ali-mentar do que a naturezame oferecia. Com o tempo,comecei a perceber coisas,luzes que iam ganhando for-mas. Eu vi os espíritos daNatureza. Esses seres vi-nham me visitar e uma vezeles pediram para que eu osseguisse. Não sei quantotempo, mas depois de horas,dias, eu chego num lugar nomeio da floresta e eles afas-tam a vegetação e então euvejo uma grande rocha enela a figura do Buda escul-pida. Eu fiquei perplexo. Elesnão falavam comigo, mas faziam gestos para queeu tocasse na imagem. No momento exato emque coloco as mãos na pedra, foi como se abris-se uma tela na minha mente. Eu vi uma grandecidade e no centro dela um templo. Dentro dotemplo haviam três budas e um deles tinha o meurosto.

O PONTO – Foi neste momento que você en-contra as respostas que estava procurando?

ROBERT – Neste momento eu me conectocom a Akasha, que é a grande biblioteca do uni-verso, onde estão arquivados todos os conheci-mentos sobre a humanidade. A partir daí eu co-

mecei a aprender o que estamos fazendo aquineste planeta. Eu passei a fazer perguntas para aAkasha sobre meu passado, a nossa história,quem nós somos e por que estamos aqui.

O PONTO – Você já sabe quem você é?ROBERT – Não tudo. Todos nós somos muito

mais do que sabemos.O PONTO - Quanto tempo você ficou na flo-

resta e como voltou para a civilização?ROBERT – Eu vivi na floresta por três anos e

passava meus dias acessando a Akasha e estu-dando. Aquele passou a ser o meu mundo e eu

não queria sair de lá. Mas sol-dados norte-americanos meencontraram, me coloca-ram num helicóptero e melargaram em Bangkok(Tailândia). Era a guerra doVietnã. Eles estavam tiran-do as pessoas dos vilarejosporque não queriam que nin-guém soubesse o que esta-va acontecendo. Aldeõesfalaram que havia um es-trangeiro na floresta e ossoldados foram atrás demim.

O PONTO – De volta àcivilização, você começa adivulgar seus conhecimen-tos?

ROBERT – Eu estudeiTaoísmo, ensinei filosofia naInglaterra por quatro anose, finalmente, passei a via-

jar pela Europa, fazendo seminários para dividirmeus conhecimentos com outras pessoas.

O PONTO – A humanidade segue sua trajetó-ria evolutiva e agora, na Era de Aquário, você dizque as pessoas estão começando a valorizar oconhecimento da razão pela qual estamos nomundo. Você pode apontar sinais ou fatos quedemonstram que a “Era da busca da compreen-são do significado da vida” começou?

ROBERT – As energias de Peixes e Aquáriosão diferentes. Antes, na Era de Peixes, havia se-gredo. Agora, tudo está aberto. Todos que têmalgum conhecimento querem falar. Uma coisa que

“Na floresta, passei a mealimentar do que a naturezame oferecia. Com o tempo,comecei a perceber coisas,

luzes que iam ganhandoformas. Eu vi os espíritos da

Natureza. Esses seres vinhamme visitar e uma vez elespediram para que eu osseguisse. Não sei quanto

tempo, mas depois de horas,dias, eu chego num lugar no

meio da floresta e elesafastam a vegetação e entãoeu vejo uma grande rocha e

nela a figura do Budaesculpida.”

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é prova dessa mudança é que muita gente co-meça a ver como é desonesto e corrupto nossosistema. Quando as pessoas começam a ver quesão como ratos em caixas, elas começam a sairdas caixas. Com essa liberdade, as pessoas co-meçam a buscar uma forma diferente de viver.

O PONTO – A história da humanidade émarcada pela busca do poder. O poder do ho-mem sobre a natureza, do homem sobre o ho-mem, de uma ideologia sobre a outra, de umanação sobre as demais. Essa busca pelo podertem contribuído para a manutenção de um mun-do cheio de medos, conflitos e incertezas, fazen-do com que as pessoas passem suas vidas cor-rendo atrás de pequenos poderes que lhes per-mitam não sentir medo, nem viver conflitos e in-certezas. Essa corrida, no entanto, não premiouas pessoas com o que elas esperavam: a felici-dade. Gostaria que você comentasse sobre isso.

ROBERT – É preciso entender que todos nóssomos programados para pensar de uma deter-minada forma. O governo parece nosso amigo,os professores parecem nossos amigos, mas elesnão falam o que é bom para nós, eles não ensi-nam sobre nossos valores, nossas qualidades,eles não lembram que somos seres criadores. Elesensinam a copiar. Por esse motivo, poucas crian-ças gostam da escola, porque elas sentem quealguma coisa está errada. Os jovens não são con-vidados a questionar e a melhorar as coisas, ape-nas a repetir. Nesse modelo somos tratados comonúmeros, fazemos provas a todo o tempo e quan-do a criança faz, vêm a prova que ela é um bomrobô. Crianças criativas escrevem as coisas queelas pensam e, por isso, são maus robôs. Comessa manipulação, tira-se a identidade da pes-soa. Então, nós precisamos informar às pessoasque não somos robôs, somos seres criadores.Todos nós valorizamos os conhecimentos aca-dêmicos, mas nós precisamos lembrar quem nóssomos. Esse é o conhecimento que devemos le-var daqui.

O PONTO – Por que há tanta fome no mun-do, tantos conflitos entre nações, etnias e dogmasreligiosos?

ROBERT – Porque nós não aprendemos aamar os outros. Nós aprendemos a cuidar danossa família e a pensar que o resto do mundonão é importante. Você ama a sua cultura e aoutra cultura não presta. A pessoa não vê que oser humano é uma só família.

O PONTO – Qual a relação entre poder, di-nheiro e felicidade?

ROBERT – Poder, aqui no nosso planeta, évisto no dinheiro. Quanto mais dinheiro, mais po-der. Isso é ilusão. Porque um dia, quando todo osistema entrar em colapso, as pessoas que têmapenas dinheiro vão ficar sem nada, de uma horapara outra. O verdadeiro poder é o amor. O seupoder é o seu amor. Amor é espírito e espírito é

sabedoria. Nosso espírito nos guia através danossa intuição para fazermos a coisa certa. Nãoé importante o que você sabe na cabeça, mas oque você sabe no coração. O importante é quevocê tenha um canal aberto com a sua intuição,para que a intuição o leve às coisas certas. Quan-do você usa a intuição, você tem confiança em simesmo. Pouca gente tem! Quando você tem con-fiança no seu poder, no seu coração e na sualigação com o espírito, você tem a resposta paratudo e automaticamente conecta e expressa asua verdade. Essa conexão com o coração, como espírito, faz com que toda a prosperidade ve-nha ao seu encontro, porque você está sendocriador da sua vida. Se você é o criador, você nãovive na pobreza.

O PONTO – O que você recomendaria paraquem está interessado em buscar esse saber?

ROBERT – As pessoas precisam entender umpouquinho das leis do universo. Por exemplo, alei do carma. O que você atrai para sua vida éconseqüência da sua criação. Quando você en-contra uma pessoa que é má para você, não bri-gue mais. Pense: “O que eu preciso mudar naminha consciência para não atrair mais essa ex-periência?”. Quando a gente pensa desse jeito, agente começa a mudar para uma consciência maistolerante e amorosa.

O PONTO – No nosso dia-a-dia vivemos situ-ações que revelam nossa maneira “ultrapassa-

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da” de ser e lidar com a realidade e que são opor-tunidades de mudança, portanto, merecedoras denossa atenção. Qual o papel da intensificação dosnossos problemas e dos conflitos no mundo nodespertar da nossa consciência e no encontro como nosso poder interior?

ROBERT – A intensificação está acontecendoporque não fizemos nada no passado para me-lhorar. Quando você olha o mundo e todo essecaos, isso é o reflexo do nosso desinteresse nopassado da nossa vida, é o espelho da falta doamor. Esse espelho fica mais forte para estimularas pessoas a mudar. É um empurrão para a hu-manidade. Tudo que está acontecendo para vocêé o seu passado. O que é bom no passado é bomagora, o que é ruim no passado é ruim agora.Você deve mudar, e essas experiências são umanova chance para isso. Todo encontro é um en-contro com você. Quando você encontra algumacoisa que você não gosta, esse é o momento dese perguntar por que você não gosta. O que vocêvê de dificuldade em outras pessoas é o espelhodas suas inabilidades, da falta do conhecimentode si mesmo. Quando você entende isso, vocêresponde de uma forma diferente. Isso requeratenção e treino. Precisamos estimular as pesso-as a reconhecer o que é verdadeiro e o que nãoé. Precisamos viver com mais responsabilidade ehonestidade, para com o próximo e para comnós mesmos. Precisamos descobrir que somosdivinos.

O PONTO – É possível que, ao lerem seu livroou ao ouvirem você nos seus seminários, as pes-soas se sintam animadas diante da possibilidadede descobrir uma forma mais feliz de viver. Mas épossível, também, que se sintam angustiadas di-ante da dificuldade de colocar em prática essanova forma de viver.

ROBERT – O único obstáculo que impede queas pessoas consigam isso é o medo. Quando vocêé criança, você escuta a mesma coisa. Você temque fazer o que os outros dizem, mas você querfazer outra coisa, então é punido. Então, adquiretodos os medos, medo da morte, da solidão, dofuturo e não sabe mais como criar, ficando total-mente controlado por dogmas e pensamentosque não são verdadeiros. Quando você tem medo,você nunca expressa o seu verdadeiro ser, vocêexpressa o seu medo. Você deve se perguntarquais são seus medos. Depois, um por um, vocêdeve ir eliminando.

O PONTO – Você fala que estamos num mun-do tridimensional no qual nossa missão é recor-dar quem realmente somos e expressar nossasabedoria, através da compreensão e aceitaçãodas polaridades, do conhecimento sobre nós mes-mos, e da conquista da liberdade diante das pos-sibilidades. Para que outros mundos nos levaráeste conhecimento?

ROBERT - Nós estamos no mundo que nósmerecemos. Nossa consciência nos leva para ní-

veis onde nos sentimos confortáveis. Pessoasamorosas, com habilidade para reconhecer as ou-tras pessoas como parte da sua família, são dife-rentes de pessoas que olham as outras pessoaspara usar e ganhar mais dinheiro. Nosso mundovai se dividir em dois, ficando uma parte na tercei-ra dimensão e outra, espiritual, vai para níveis maiselevados de amor e luz.

O PONTO – “Os eventos do mundo externosão reflexo do mundo interno.” Como podemosmudar o mundo à nossa volta?

ROBERT – A única coisa que você pode mu-dar é a si mesmo. Quando você tem outra atitu-de, outro jeito, você é um exemplo para as ou-tras pessoas. Então, você muda o mundo atra-vés da sua atitude.

O PONTO – Fala-se que o Brasil é o “celeirodo mundo” e que também é a “Pátria do Evange-lho”. Como o senhor vê o Brasil?

ROBERT – O Brasil é a última esperança. Aqui,a maioria das pessoas tem muita conexão comos sentimentos. As pessoas são muito maisconectadas com o lado espiritual. Além disso, te-mos muito cristal no Brasil, que atrai luz. No futu-ro, muita gente vem para cá, porque teremosabundância em comida e abundância em amor.

O PONTO - O que não pode deixar de ser ditopara um grande empresário?

ROBERT – Sirva às pessoas. Nós precisamosfazer negócios para servir às pessoas e ajudá-lasa viver bem.

O PONTO – Para um operário que volta paracasa depois de um dia de trabalho?

ROBERT – Acredite em si mesmo. A pobrezaestá dentro da consciência. Quando ele encontrara riqueza interior, ele deixará de ser pobre. É pre-ciso aprender que todo trabalho é um servir. Quan-do todos entenderem isso, não teremos mais pro-blemas.

O PONTO – Para um governante?ROBERT – Se ele é um governante é porque

tem habilidades para liderar, portanto ele deve li-derar as pessoas para chegarem à paz, com elasmesmas e com os outros. Deve usar decriatividade e trabalhar não para ganhar, mas por-que adora trabalhar.

O PONTO – E para os jovens?ROBERT – Os jovens precisam entender que

são criadores e que chegam aqui para criar ummundo melhor. Se eles fazem a mesma coisa quefizeram no passado, eles não vão melhorar nada.Devem observar com novos olhos e perguntar:“Eu quero fazer isso?” Devem fazer suas esco-lhas, sentir mais confiança em si mesmos, expres-sando o que eles pensam para melhorar.

O PONTO – Como devemos olhar as crian-ças?

ROBERT – Todas são seres de luz muito avan-çados e que vieram aqui para nos ensinar.

Fonte: Centro de Educação EspiritualExtraído do site www.evoluindo.org

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Fêz calor no sul da Austrália durante mais deuma semana... + 44°C cada dia, muito seco. Umhomen que vive em Maude, recebeu estas fotos

da sua mulher.Um pequeno Koala veio até ao alpendre da

parte de trás da casa, para obter um pouco desombra e ficar um pouco ao abrigo do calor.

A mulher encheu um balde de água e olhemo que aconteceu...

SOLIDARIEDADE SEMPRE

Foto da frente de combate ao incêndio Florestalque devastou a Austrália.

Durante um grande incêndiona Austrália, os coalas perdem

o medo e pedem água... NÃOBASTA APAGAR O FOGO...

”Quem não entende um olhar,muito menos entenderá uma

longa explicação...”.

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Há dois anos, ouvi falar dum terapeuta,no Havaí, que curou um pavilhão inteiro depacientes criminais insanos sem sequer vernenhum deles. O psicólogo estudava a fichado preso e, em seguida, olhava para dentrode si mesmo a fim de ver como ele haviacriado a enfermidade dessa pessoa. À medi-da que ele melhorava, o paciente tambémmelhorava.

A primeira vez que ouvi essa historia, pen-sei tratar-se de alguma lenda urbana. Comopodia alguém curar a outro, somente atravésde curar-se a simesmo? Como po-dia, ainda quefosse o mestre demaior poder deautocura, curar aalguém criminal-mente insano?Não tinha nenhumsentido, não eralógico, de modoque descartei essahistoria. Entretan-to, escutei-a no-vamente, um anodepois. Soube queo terapeuta haviausado um proces-so de cura ha-vaiano chamado“oponopono”.

Nunca ouvirafalar dele, no en-tanto, não conse-guia tirá-lo de mi-nha mente. Se a história era realmente ver-dadeira, eu tinha que saber mais. Sempresoubera que total responsabilidade signifi-cava que eu sou responsável pelo que pensoe faço. O que estiver além está fora de mi-nhas mãos. Acho que a maior parte das pes-soas pensa o mesmo sobre a responsabilida-de. Somos responsáveis pelo que fazemos enão pelo que fazem os outros. Mas isso estáerrado.

O terapeuta havaiano que curou essas pes-soas mentalmente enfermas me ensinariauma nova perspectiva avançada sobre o que

é a total responsabilidade. Seu nome é Dr.Ihaleakala Hew Len. Passamos, provavelmen-te, uma hora falando em nossa primeira con-versa telefônica. Pedi-lhe que me contassetoda a história de seu trabalho comoterapeuta. Ele explicou-me que havia traba-lhado no Hospital Estatal do Havaí durantequatro anos. O pavilhão onde encerravam osloucos criminais era perigoso. Em regra ge-ral, os psicólogos se demitiam após um mêsde trabalho ali. A maior parte do pessoal dohospital ficava doente ou se demitia. As pes-

soas que passa-vam por aquelepavilhão sim-plesmente cami-nhavam com ascostas coladas àparede commedo de serematacadas pelospacientes. Nãoera um lugarbom para viver,nem para traba-lhar, nem paravisitar.

O Dr. Lendisse-me quenunca viu os pa-cientes. Assinouum acordo parater uma sala nohospital e revi-sar os seusprontuários mé-dicos. Enquanto

lia os prontuários médicos, ele trabalhavasobre si mesmo. Enquanto ele trabalhavasobre si mesmo, os pacientes começaram acurar-se.

- “Depois de poucos meses, os pacien-tes que estavam acorrentados receberam apermissão para caminharem livremente”, medisse.

- “Outros, que tinham que ficar fortemen-te medicados, começaram a ter sua medica-ção reduzida. E aqueles, que não tinham ja-mais qualquer possibilidade de serem libera-dos, receberam alta”

peacemonger.gaia.com/blog

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Eu estava assombrado.- “Não foi somente isso”, continuou, “até

o pessoal começou a gostar de ir trabalhar. Oabsenteísmo e as mudanças de pessoal de-sapareceram. Terminamos com mais pessoaldo que necessitávamos porque os pacienteseram liberados e todo o pessoal vinha traba-lhar. Hoje, aquele pavilhão do hospital estáfechado. ” Foi neste momento que eu tiveque fazer a pergunta de um milhão de dóla-res:

- “O que foi que o senhor fez a si mesmopara ocasionar tal mudança nessas pesso-as?”

- “Eu simplesmente estava curando aque-la parte em mim que os havia criado”, disseele.

Não entendi. O Dr. Len explicou-me, en-tão, que entendia que a total responsabili-dade por nossa vida implica em tudo o queestá na nossa vida, pelo simples fato de es-tar em nossa vida e ser, por esta razão, denossa responsabilidade. Num sentido literal,o mundo todo é criação nossa. Uau…! Masisso é duro de engolir. Ser responsável pelo oque digo e faço é uma coisa. Ser responsávelpelo que diz e faz outra pessoa que está naminha vida é muito diferente. Apesar disso,a verdade é essa: se você assume completaresponsabilidade por sua vida, então tudo oque você olha, escuta, saboreia, toca ou ex-perimenta de qualquer forma é a sua respon-sabilidade, porque está em sua vida. Istosignifica que a atividade terrorista, o presi-dente, a economia ou qualquer coisa que vocêexperimenta e não gosta, está ali para quevocê a cure. Tudo isto não existe, digamos,exceto como projeções que saem do seu in-terior. O problema não está neles, está emvocê, e, para mudá-lo, você é quem tem quemudar.

Sei que isto é difícil de entender, muitomenos de aceitar ou de realmente vivenciar.Colocar a culpa em outra pessoa é muito maisfácil que assumir a total responsabilidade mas,enquanto conversava com o Dr. Len, comeceia compreender essa cura dele e que oho’oponopono significa amar-se a si mesmo.Se você deseja melhorar sua vida, você devecurar sua vida. Se você deseja curar alguém,mesmo um criminoso mentalmente doente,você o faz curando a si mesmo.

Perguntei ao Dr. Len como ele curava asi mesmo. O que era, exatamente, que elefazia, quando olhava os prontuários daque-les pacientes.

- “Eu, simplesmente, permanecia di-zendo ‘Eu sinto muito’ e ‘Te amo’, uma vezapós outra” explicou-me.

- “Só isso?”- “Só isso! Acontece que amar-se a si

mesmo é a melhor forma de melhorar a simesmo e, à medida que você melhora a simesmo, melhora o seu mundo”

Permita-me, agora, dar um rápido exem-plo de como isto funciona. Um dia, alguémme enviou um e-mail que me desequilibrou.No passado, eu teria reagido trabalhandomeus aspectos emocionais tórridos ou ten-tado argumentar com a pessoa que me envi-ara aquela mensagem detestável. Mas, des-ta vez, eu decidi testar o método do Dr. Len.Comecei a pronunciar, em silêncio: “Sintomuito” e “Te amo”. Não dizia isto para al-guém, em particular. Ficava, simplesmente,invocando o espírito do amor, para que elecurasse dentro de mim o que estava criandoaquela circunstância externa. Depois de umahora, recebi um e-mail da mesma pessoa,desculpando-se pela mensagem que me en-viara antes. Observe que eu não realizei qual-quer ação externa para receber essa descul-pa. Eu nem sequer respondi aquela mensa-gem. Não obstante, somente repetindo “sin-to muito” e “te amo”, de alguma maneira cureidentro de mim aquilo que criara naquela pes-soa.

Posteriormente, participei de uma ofici-na sobre o ho’oponopono, ministrada pelo Dr.Len. Ele tem, agora, 70 anos de idade, é con-siderado um “xamã avô” e é um pouco solitá-rio. Elogiou meu livro “O Fator Atrativo”. Dis-se-me que, à medida que eu melhorar a mimmesmo, a vibração do meu livro aumentará etodos sentirão o mesmo quando o lerem.Resumindo, na medida em que eu melhoremeus leitores também melhorarão.

- “E o que acontecerá com os livros queeu já vendi e que saíram de mim?” perguntei.

- “Eles não saíram”, explicou ele, tocandominha mente, mais uma vez, com sua sabe-doria mística. “Eles ainda estão dentro devocê”.

Resumindo, nada está do lado de fora.Seria necessário um livro inteiro para expli-car essa técnica avançada com a profundida-de que ela merece.

“Basta, apenas, dizer que, quando vocêqueira ou deseje melhorar qualquer coisa nasua vida, existe somente um lugar onde pro-curar: dentro de você mesmo. E, quando olhar,faça-o com amor”.

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