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Ano Ano Ano Ano Ano XXIV XXIV XXIV XXIV XXIV 1040 1040 1040 1040 1040 16 a 22 de fevereiro 16 a 22 de fevereiro 16 a 22 de fevereiro 16 a 22 de fevereiro 16 a 22 de fevereiro de 2009 de 2009 de 2009 de 2009 de 2009 Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O 9912152808/2006-DR/PR SENAR Mala Direta Postal SHOW RURAL Cinco mil produtores rurais visitam estande do Sistema FAEP Página 2 Estados Unidos estimam uma menor produção mundial de soja Pág. 6 O estande do Sistema FAEP no Show Rural Coopavel em Cascavel, foi ponto de encontro dos cinco mil produtores que integraram as ca- ravanas organizadas por sindicatos Renda agrícola cai 8,4% e deve chegar a R$ 149,6 bilhões em 2009 rurais. Em cinco dias de evento, os visitantes receberam informações sobre as realizações do Sistema, complementadas com a distribui- ção de material institucional. Curitiba ganha mercado de orgânicos Pág. 4 Pág. 9 Técnicos do Ministério da Agricultura asseguram que esse resultado reflete dois aspectos: a baixa produ- ção de grãos, devido especialmente aos problemas climáticos na região Sul e em outros estados, e aos preços mais baixos dos produtos agrícolas.

SHOW RURAL Cinco mil produtores rurais visitam estande ... · Para ele, o fato de ter feito a visita acompanhado de outros produtores foi uma experiência positiva: “A gen-te está

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1Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

A n oA n oA n oA n oA n oXXIVXXIVXXIVXXIVXXIV

n ºn ºn ºn ºn º10401040104010401040

16 a 22 de fevereiro16 a 22 de fevereiro16 a 22 de fevereiro16 a 22 de fevereiro16 a 22 de fevereirode 2009de 2009de 2009de 2009de 2009

Tiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplares

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9912152808/2006-DR/PR

SENAR

Mala DiretaPostal

SHOW RURAL

Cinco mil produtoresrurais visitam estandedo Sistema FAEP Página 2

Estados Unidos estimamuma menor produçãomundial de soja Pág. 6

O estande do Sistema FAEP no ShowRural Coopavel em Cascavel, foiponto de encontro dos cinco milprodutores que integraram as ca-ravanas organizadas por sindicatos

Renda agrícola cai 8,4%e deve chegar a R$ 149,6bilhões em 2009 rurais. Em cinco dias de evento, os

visitantes receberam informaçõessobre as realizações do Sistema,complementadas com a distribui-ção de material institucional.

Curitiba ganha mercado de orgânicos Pág. 4

Pág. 9

Técnicos do Ministério da Agricultura asseguram queesse resultado reflete dois aspectos: a baixa produ-ção de grãos, devido especialmente aos problemasclimáticos na região Sul e em outros estados, e aospreços mais baixos dos produtos agrícolas.

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2 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

“Tudo que tem de bom a“Tudo que tem de bom a“Tudo que tem de bom a“Tudo que tem de bom a“Tudo que tem de bom a

gente tem aqui.gente tem aqui.gente tem aqui.gente tem aqui.gente tem aqui.

É nota 10!” -É nota 10!” -É nota 10!” -É nota 10!” -É nota 10!” -

Luis Antonio MariottoLuis Antonio MariottoLuis Antonio MariottoLuis Antonio MariottoLuis Antonio Mariotto

SHOW RURAL 2009

Sistema FAEP leva cinco milprodutores rurais a Cascavel

O estande do Sistema FAEP,instalado no Show Rural Co-opavel, foi ponto de encon-tro dos cinco mil produtoresque integraram as caravanas

112 caravanas foram organizadas por 96 sindicatos rurais de todas as regiões do estado112 caravanas foram organizadas por 96 sindicatos rurais de todas as regiões do estado112 caravanas foram organizadas por 96 sindicatos rurais de todas as regiões do estado112 caravanas foram organizadas por 96 sindicatos rurais de todas as regiões do estado112 caravanas foram organizadas por 96 sindicatos rurais de todas as regiões do estado

organizadas por sindicatosrurais de todo o estado.

Durante os cinco dias de evento,os visitantes foram recepcionadosno local, onde receberam informa-

ções sobre as realizações do Siste-ma, complementadas com a distri-buição de materiais institucionais.

Por meio de parceria com a Ema-ter-PR, também foram divulgados osprogramas de capacitação rural de-senvolvidos no estado. Cada grupofoi acompanhado por um técnico daFAEP. Após as boas-vindas, os pro-dutores eram liberados para visitaros estandes de maior interesse emsua área de atuação.

Luis Antonio Mariotto é produtorde grãos e suínos em Céu Azul. Acom-panha o Show Rural há vários anosmas, pela primeira vez, participoude uma caravana de produtores.Para ele, o fato de ter feito a visitaacompanhado de outros produtoresfoi uma experiência positiva: “A gen-te está ao lado do pessoal que con-vive com a gente. Então, tem umavisão mais apurada das coisas”.

Mariotto avalia o evento comoum espelho para o produtor em ter-mos de desenvolvimento e tecno-logia. Sobre a edição deste ano, eledestacou a organização e o maiornúmero de empresas participantes.“Tudo que tem de bom a gente temaqui. É nota 10!”

O produtor Antonio Nelson Fer-nandes saiu de Londrina para con-ferir as novidades da edição da feiradeste ano. É a segunda vez que inte-gra uma caravana organizada peloSindicato Rural de Londrina. “A idéia

Estande do SistemaFAEP recebeu cincomil produtores ruraisde todo o estado

Show Rural Coopavelé vitrine tecnológicapara o setoragropecuário

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é excelente. O ônibus é confortável,o motorista é bem preparado, a via-gem é bem organizada. Além da óti-ma recepção no estande da FAEP,conseguimos nos organizar melhore ficamos livres para visitar o queachamos mais interessante”, co-mentou.

Fernandes, que é produtor degrãos e criador de gado em Kaloré,diz que a visita à feira oferece a ba-gagem necessária para o produtorfazer inovações. “Muitas opções demáquinas, oportunidade de conhe-cer novas variedades de milho, sojae pastagens”, exemplificou. “É impor-tante vir. Tem muita tecnologia novainteressante para qualquer perfil deprodutor e qualquer tamanho de ter-ra. Eu uso o lema: ver, julgar e agir”.

Luis Antonio Mariotto

Antonio Nelson Fernandes

“Além da ótima“Além da ótima“Além da ótima“Além da ótima“Além da ótima

recepção no estande darecepção no estande darecepção no estande darecepção no estande darecepção no estande da

FAEP, conseguimos nosFAEP, conseguimos nosFAEP, conseguimos nosFAEP, conseguimos nosFAEP, conseguimos nos

organizar melhor eorganizar melhor eorganizar melhor eorganizar melhor eorganizar melhor e

ficamos livres paraficamos livres paraficamos livres paraficamos livres paraficamos livres para

visitar o que achamosvisitar o que achamosvisitar o que achamosvisitar o que achamosvisitar o que achamos

mais interessante”-mais interessante”-mais interessante”-mais interessante”-mais interessante”-

Antonio Nelson FernandesAntonio Nelson FernandesAntonio Nelson FernandesAntonio Nelson FernandesAntonio Nelson Fernandes

O eventoO eventoO eventoO eventoO eventoCerca de 150 mil produtores rurais visitaram a

21ª edição do Show Rural Coopavel, realizada entreos dias 9 e 13 de fevereiro, em Cascavel. O evento éuma vitrine tecnológica que facilita o acesso de pro-dutores rurais a equipamentos e técnicas que visammelhorar a produtividade e a qualidade da produ-ção. Além disso, o evento apresenta alternativas paradiversificação de renda da família rural.

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A inauguração do primeiro mer-cado público de produtos orgânicosdo País, na semana passada (12/02),em Curitiba, abre uma nova fase nacomercialização de produtos agrí-colas e agroindustriais diversifica-dos. Certificação é a palavra-chavedeste processo. “O consumidor quersaber de onde vem o produto queele está consumindo. No setor dehortaliças e frutas, já existe ofertaem escala; mas há muito espaço paraampliar a variedade de produtoscom certificação de origem – comolácteos e cárneos, embutidos, geléi-as e conservas”, avalia Luiz DâmasoGusi, diretor-geral da Secretaria deAbastecimento de Curitiba.

Outro papel importante do Mer-cado Municipal de Orgânicos deCuritiba será o de orientar os con-sumidores sobre como diferenciarum produto orgânico dos demais. Oespaço oferece mais de mil tipos deprodutos, certificados, sem agrotó-xicos e sem aditivos químicos. São3.700 metros quadrados, no centrode Curitiba (Rua da Paz, 608), ao ladodo Mercado Municipal, por onde cir-culam mais de 50 mil pessoas porsemana. O investimento foi de R$3,1 milhões. Há estacionamento edois pisos com 22 espaços comerci-ais, ocupados por duas lanchonetes,um restaurante, três mercearias,um açougue, uma loja de artesana-to, uma loja de cosméticos, uma lojade confecção e oito bancas de vege-tais e produtos processados.

Na inauguração, o Sistema FAEPfoi representado pelo diretor-finan-ceiro, João Luiz Rodrigues Biscaia. “Ébom para o consumidor que sabe oque está comprando, tem certifica-do de origem e garantia do poderpúblico. Para os produtores, abre-se um novo mercado, profissional ealtamente qualificado, livre de aven-tureiros”, avalia Biscaia.

O SENAR-PR é parceiro da iniciati-va e, junto com a prefeitura, o SENAC

“Outras linhas de produtos certificados devem crescer, como a“Outras linhas de produtos certificados devem crescer, como a“Outras linhas de produtos certificados devem crescer, como a“Outras linhas de produtos certificados devem crescer, como a“Outras linhas de produtos certificados devem crescer, como aprodução integrada, os produtos ecossociais e mesmoprodução integrada, os produtos ecossociais e mesmoprodução integrada, os produtos ecossociais e mesmoprodução integrada, os produtos ecossociais e mesmoprodução integrada, os produtos ecossociais e mesmoconvencionais que estão partindo para a segmentação”,convencionais que estão partindo para a segmentação”,convencionais que estão partindo para a segmentação”,convencionais que estão partindo para a segmentação”,convencionais que estão partindo para a segmentação”,avalia o diretor Luiz Gusiavalia o diretor Luiz Gusiavalia o diretor Luiz Gusiavalia o diretor Luiz Gusiavalia o diretor Luiz Gusi

COMERCIALIZAÇÃO

Mercado de orgânicos de Curitibaabre espaço para produtos certificados

Autoridades presentes na solenidade de inauguração do mercado de orgânicos

O diretor-financeiro da FAEP, João Luiz Rodrigues Biscaia, assina o termo de cooperação entre SENAR-PR, SENAC, SEBRAE ePrefeitura de Curitiba para formação profissional integrada

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e o SEBRAE, irá oferecer cursos paraos produtores e comerciantes em umanfiteatro no segundo piso do novoprédio. O andar conta também comuma cozinha, especialmente monta-da para cursos de culinária.

Participaram da inauguração, oprefeito Beto Richa, o ministro doDesenvolvimento Agrário, GuilhermeCassel, e o secretário estadual daAgricultura, Valter Bianchini, que tra-balharam em parceria para construiro local. "O Mercado de Orgânicosmarca em Curitiba uma nova época,com a oferta à população de ummodelo de consumo saudável, e quecria oportunidades para o desenvol-vimento da agricultura familiar regi-onal", disse o prefeito Beto Richa.

“O governo federal está investi-mento muito em créditos subsidia-dos para a produção de orgânicos, emassistência técnica que ajuda a abai-xar os custos de produção. Tudo isso,junto com espaços como este, irá fa-zer com que a gente consiga, aos pou-cos, baixar os preços desses produtosde qualidade”, afirmou Cassel.

“A partir de fevereiro, o progra-ma de apoio à comercialização deorgânicos vai se estender por todo oestado. Queremos ter canais de co-

mercialização em outras cidades-pólo”, disse Bianchini.

Os empreendedores foram sele-cionados por meio de pregão eletrô-nico. Duas cooperativas paranaen-ses de agricultores orgânicos ocu-pam as bancas de hortifrutigranjei-ros. Todo o circuito de comérciodentro do mercado conta com cer-tificação orgânica. São dois tipos decertificação, para os produtos e paraas lojas. Esse controle reforça e ga-rante aos consumidores a procedên-cia de produtos industrializados enaturais e também certifica o espa-ço onde eles são comercializados.SEGURANÇA - O prédio do Mercadode Orgânicos conta com segurançamonitorada por 12 câmeras instala-das em pontos estratégicos. As câ-meras serão controladas pela Guar-da Municipal, que já tem um espaçoreservado dentro do novo Mercado.Há uma conexão com o MercadoMunicipal, para que o público possacircular nos dois ambientes. A inte-gração é pela praça de alimentação,ao lado do Box Curitiba.

O prédio conta com sistema decaptação de água de chuva. Umacalha especial no telhado transpor-ta a água a um reservatório para ser

usada em ambientes e serviços quenão necessitam de água potável,como limpeza de piso e sanitários.A arquitetura do ambiente internodo Mercado de Orgânicos favorecea luminosidade natural e ajuda naeconomia de energia elétrica.

Em Curitiba, existem hoje feirasorgânicas em 9 pontos da cidade, queserão expandidas para 13 pontos.Atualmente, são 48 famílias de agri-cultores de 11 municípios da regiãometropolitana beneficiadas com avenda direta nestes espaços, que co-mercializam 470 toneladas/ano. Em19 municípios da região metropoli-tana, são cultivados 553 hectares deárea de lavoura orgânica, envolven-do 430 famílias de agricultores. Sãocultivadas, basicamente, hortaliças,com uma produção anual de 3,8 miltoneladas, que corresponde a cercade 40% da produção de hortaliçasorgânicas cultivadas no estado.

E mE mE mE mE m

Curitiba,Curitiba,Curitiba,Curitiba,Curitiba,

existemexistemexistemexistemexistem

hoje feirashoje feirashoje feirashoje feirashoje feiras

orgânicasorgânicasorgânicasorgânicasorgânicas

em 9em 9em 9em 9em 9

pontos dapontos dapontos dapontos dapontos da

cidade,cidade,cidade,cidade,cidade,

que serãoque serãoque serãoque serãoque serão

expandidasexpandidasexpandidasexpandidasexpandidas

para 13para 13para 13para 13para 13

pontospontospontospontospontos

Mercado Municipal deOrgânicos de Curitiba

Horário de FuncionamentoTerça-feira a sábado,

das 7h às 18hSegunda-feira, das 7h às 14h

Domingo, das 7h às 13h

Duas cooperativas paranaenses de agricultores orgânicos ocupam as bancas de hortifrutigranjeiros

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6 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

A produção mundial de soja foi revista para 224,15 milhões de toneladas.A produção mundial de soja foi revista para 224,15 milhões de toneladas.A produção mundial de soja foi revista para 224,15 milhões de toneladas.A produção mundial de soja foi revista para 224,15 milhões de toneladas.A produção mundial de soja foi revista para 224,15 milhões de toneladas.

Na avaliação do mês passado, os números indicavam uma produção de 233,20 milhõesNa avaliação do mês passado, os números indicavam uma produção de 233,20 milhõesNa avaliação do mês passado, os números indicavam uma produção de 233,20 milhõesNa avaliação do mês passado, os números indicavam uma produção de 233,20 milhõesNa avaliação do mês passado, os números indicavam uma produção de 233,20 milhões

de toneladas, uma queda de 9,05 milhõesde toneladas, uma queda de 9,05 milhõesde toneladas, uma queda de 9,05 milhõesde toneladas, uma queda de 9,05 milhõesde toneladas, uma queda de 9,05 milhões

MERCADO / CONJUNTURA AGROPECUÁRIA

Gilda BozzaGilda Bozza é economista do DTE/FAEP

Estados Unidos estimam umamenor produção mundial de soja

O relatório de fevereiro doDepartamento de Agricultu-ra dos Estados Unidos(USDA) com a oferta e de-manda mundial de soja paraa safra 2008/09 traz novosnúmeros, já incorporando asperdas decorrentes da estia-gem na América do Sul.

Segundo o relatório, a produçãomundial de soja foi revista para224,15 milhões de toneladas. Na ava-liação do mês passado, os númerosindicavam uma produção de 233,20milhões de toneladas, uma quedade 9,05 milhões.

As maiores alterações ocorremnas estimativas das produções daArgentina e do Brasil. Isso devido àsperdas decorrentes da estiagem queafetou regiões produtoras dos doispaíses. Os estoques finais ficarammenores. Caíram de 53,94 para49,87 milhões de toneladas. A rela-ção estoque final/consumo é de 22%.

Num primeiro momento, o mer-cado aguardava uma reação positivanos preços futuros na Bolsa de Chi-cago como reflexo do relatório. As ex-pectativas não se confirmaram. Em-bora os fatores fundamentais (ofertae demanda) sejam positivos, a situa-ção da economia global exerce umpeso maior no mercado financeiro.

Os contratos futuros para o se-gundo vencimento, maio/09, fecha-ram na quata-feira (12), dia da di-vulgação do relatório, cotados emUS$ 21,56/saca.

Itens 2003/04 2004/05 2005/06 2006/072007/08

(*)

Estoque Inicial

Produção

Importação

Esmagamento

Consumo Total

Exportação

Estoque Final

Estoque/Consumo

40,50

186,75

54,25

163,84

189,96

55,86

38,80

20,4

SOJA - OFERTA E DEMANDA MUNDIAL(milhões de toneladas)

2009/09(**)

Fonte: USDA –Wasde –fevereiro de 2009(*) estimativa(**) previsão

38,80

215,74

63,71

175,68

205,16

64,64

48,49

23,6

48,49

220,94

64,18

185,03

215,21

63,92

53,09

24,7

53,09

237,54

69,16

195,90

225,60

71,50

62,69

27,7

62,69

220,88

78,89

201,68

229,78

79,48

53,21

21,3

53,21

224,15

73,99

196,22

226,62

74,85

49,87

22,0

Em relação ao Brasil, a produçãofoi revista para 57 milhões de tone-ladas, ou seja, menos 2 milhões. Emjaneiro, o USDA estimava uma safrade 59 milhões de toneladas.

Na Argentina, os números foramreavaliados em função da maior secados últimos 50 anos. A produção foireduzida de 49,50 para 43,80 milhõesde toneladas. Uma quebra de 5,70milhões de toneladas. Apesar da cri-se mundial, o Departamento prevêpreços entre US$ 19,29 a US$ 21,49por saca de soja.

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7Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

MERCADO / CONJUNTURA AGROPECUÁRIA

Gilda Bozza

A produção mundial de milho de-verá ser de 786,47 milhões de to-neladas. E não mais de 791,04 mi-lhões, como apontou o relatório dejaneiro.

Os cortes foram feitos devido àsperdas da Argentina e do Brasil.Quanto aos estoques finais, as esti-mativas foram revistas para 136,66milhões de toneladas. No relatóriopassado, elas indicavam 136,03 mi-lhões de toneladas. Já o estoque fi-nal/consumo mundial é de 17,5%.

Na Argentina, o corte foi de 3milhões de toneladas. A produçãopassou de 16,50 milhões para 13,50milhões de toneladas. Consequen-temente, as exportações argentinas

Itens 2003/04 2004/05 2005/06 2006/072007/08

(*)

Estoque InicialProduçãoImportaçãoUso domésticoExportaçãoEstoque FinalEstoque/Consumo

124,93623,04 76,55644,90 77,34102,98 15,9

MILHO - OFERTA E DEMANDA MUNDIAL(milhões de toneladas)

2009/09(**)

Fonte: USDA –Wasde –fevereiro de 2009(*) estimativa(**) previsão

103,42712,78 77,10684,97 78,18130,68 19,1

130,68696,37 79,47704,03 80,93124,62 17,7

124,67712,28 91,01728,13 93,90108,81 14,9

108,81791,42 96,68772,57 96,02127,66 16,5

127,66786,47 74,99777,47 75,08136,66 17,5

Safra de milho também é reavaliada para baixoSafra de milho também é reavaliada para baixoSafra de milho também é reavaliada para baixoSafra de milho também é reavaliada para baixoSafra de milho também é reavaliada para baixo

Produção mundial de trigo deve ser reduzidaProdução mundial de trigo deve ser reduzidaProdução mundial de trigo deve ser reduzidaProdução mundial de trigo deve ser reduzidaProdução mundial de trigo deve ser reduzida

também foram reajustadas. Elaspassaram de 9 milhões para 7 mi-lhões de toneladas. O estoque finalprevisto é de 360 mil toneladas.

Para o Brasil, o USDA estima umaprodução de 49,50 milhões contra51,50 milhões de toneladas do rela-tório de janeiro. As exportações bra-sileiras foram mantidas em 9,50milhões de toneladas.

Os fatores fundamentais de mer-

cado (oferta e demanda) não deramsuporte aos preços futuros na Bolsade Chicago. Apesar do Departamen-to de Agricultura dos EUA ter com-putado as perdas na América do Sul,não foram reajustados os estoquesmundiais. O quadro econômicomundial pesou mais. Com isso, ospreços para maio/09 foram negoci-ados, no dia de divulgação do rela-tório, em US$ 8,94/saca.

A produção brasileira foi revista para 57 milhões de toneladas,A produção brasileira foi revista para 57 milhões de toneladas,A produção brasileira foi revista para 57 milhões de toneladas,A produção brasileira foi revista para 57 milhões de toneladas,A produção brasileira foi revista para 57 milhões de toneladas,

ou seja, menos 2 milhões. Em janeiro, o USDA estimava umaou seja, menos 2 milhões. Em janeiro, o USDA estimava umaou seja, menos 2 milhões. Em janeiro, o USDA estimava umaou seja, menos 2 milhões. Em janeiro, o USDA estimava umaou seja, menos 2 milhões. Em janeiro, o USDA estimava uma

safra de 59 milhões de toneladas.safra de 59 milhões de toneladas.safra de 59 milhões de toneladas.safra de 59 milhões de toneladas.safra de 59 milhões de toneladas.

A produção mundial de trigodeve ser de 682,78 milhões de tone-ladas. No relatório de janeiro, esta-va estimada em 682,66 milhões detoneladas. O consumo mundial foireavaliado para baixo. Com isso, pas-sou de 653,87 milhões para 652,41

milhões de toneladas. Já os estoquesfinais passaram de 148,36 milhõesde toneladas para 149,96 milhões.

Na Argentina, a produção foi re-avaliada de 9,50 milhões para 8,40milhões de toneladas. As exporta-ções também foram reduzidas. Ca-

íram de 4,30 milhões para 3,50 mi-lhões de toneladas.

Quanto ao Brasil, a produção foimantida em 5,80 milhões de tonela-das. As importações brasileiras docereal estão estimadas em 10,75milhões de toneladas.

Itens 2003/04 2004/05 2005/06 2006/072007/08

(*)

Estoque InicialProduçãoImportaçãoCons.Indl/sementesConsumo p/raçãoConsumo TotalExportaçãoEstoque FinalEstoque/Consumo

166,11554,19102,25491,92 96,71588,63109,38132,68 22,5

TRIGO - OFERTA E DEMANDA MUNDIAL

2009/09(**)

Fonte: USDA –Wasde –fevereiro de 2009(*) estimativa(**) previsão

132,68610,12109,87503,55106,57610,12111,21151,41 24,8

151,41628,96110,38512,15111,11623,26115,48147,36 23,6

147,46596,10114,02510,42106,16616,58111,58126,98 20,5

126,98610,99113,20523,97 94,41618,38113,96119,59 18,5

119,59682,78123,00529,48122,93652,41123,48149,96 22,9

(milhões de toneladas)

4 A - 02/12/2009 14:58:17 - 196x276

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8 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

CRISE

Produto Interno Bruto (PIB) doagronegócio recua pelo segundo mêsO Produto Interno Bruto (PIB)do agronegócio brasileirocaiu 0,42% em novembro de2008, seguindo tendência ve-rificada em outubro, quan-do registrou recuo de 0,88%.

Foi o segundo mês consecutivo dequeda no crescimento do setor, em-bora o agronegócio ainda acumule6,15% de expansão no ano. Segundoanálise da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil (CNA), osdados da estimativa CNA/Cepea/USPrevelam que a capacidade de reaçãodo setor para o segundo semestre de-penderá da manutenção do câmbiodesvalorizado, rolagem satisfatóriadas dívidas e recuperação do capitalde giro próprio dos produtores. Paratanto, os preços internacionais decommodities agropecuárias preci-sam ficar em torno do nível atual,sem maior aprofundamento da re-cessão no resto do mundo. Nova-mente, em novembro, a queda naslavouras e a retração no segmentoprimário da agricultura contribuí-ram fortemente para o recuo de0,75% dentro da porteira do agrone-gócio, embora no acumulado do anoo setor agrícola ainda registre cresci-mento de 5,01%.

No segmento de insumos, os vo-lumes comercializados de adubos efertilizantes seguiram em queda,mas foram mantidos os altos níveisde preços alcançados em 2008. Oagronegócio da pecuária também re-gistrou queda. Apesar de manter ta-xas positivas, cresceu apenas 0,38%em novembro. Quanto aos insumosda pecuária, as rações registraramperda no ritmo de expansão dos pre-ços, acompanhada por retraçõestambém nas vendas.

O menor crescimento do volu-me médio anual das lavouras, de5,24% ao ano em novembro, contra6,46% ao ano em outubro, combi-

nado com a desaceleração nos pre-ços (9,25% ao ano em novembro,contra 10,99% ao ano em outubro)resultou em perda de ritmo na ex-pansão no faturamento médio daslavouras. As lavouras de arroz, ca-cau, cebola, feijão e soja continua-ram com os preços em aceleração,enquanto trigo e tomate se desta-caram pela expressiva expansãoquantitativa. Para a CNA, a desva-lorização elevada do real já se re-flete na recuperação de preços paraos segmentos de soja e milho. Aexpectativa é de que, a partir doplantio da safrinha, os sinais dequeda de atividade possam come-çar a reverter.

Após desacelerar em outubro, osegmento primário da pecuária vol-tou a expandir, melhorando sua per-formance para 2008. No acumula-do de janeiro a novembro, o seg-mento registra aumento de 11,33%.Este bom desempenho em 2008 re-sulta da expansão de preços e volu-me de produção, especialmente

dos bovinos, suínos e leite. Emborao preço do frango apresente cres-cimento em 2008, a média de pre-ços reais continua inferior ao ob-servado em 2007.

A agroindústria do agronegóciosegue em dificuldades, registran-do desempenho negativo de 0,48%,em novembro. Este recuo reflete asquedas das indústrias de base agrí-cola e pecuária, acumulando cres-cimento de apenas 0,69% no ano. Osegmento de distribuição do agro-negócio registrou queda de 0,46%em novembro, acumulando expan-são de 3,65% no ano. A maioria dossetores industriais/agropecuários járevelava perda no ritmo de ativida-de desde novembro de 2007. Para aCNA, o fato das maiores perdas ocor-rerem nos segmentos de açúcar,calçados, beneficiamento de pro-dutos vegetais, têxtil, vestuário, ma-deira e mobiliário reflete o efeitoda perda de competitividade devi-do ao real muito valorizado até se-tembro.

Quanto aosQuanto aosQuanto aosQuanto aosQuanto aosinsumos dainsumos dainsumos dainsumos dainsumos dapecuária,pecuária,pecuária,pecuária,pecuária,as raçõesas raçõesas raçõesas raçõesas raçõesregistraramregistraramregistraramregistraramregistraramperda noperda noperda noperda noperda noritmo deritmo deritmo deritmo deritmo deexpansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansãod o sd o sd o sd o sd o spreços,preços,preços,preços,preços,acompanhadaacompanhadaacompanhadaacompanhadaacompanhadap o rp o rp o rp o rp o rretraçõesretraçõesretraçõesretraçõesretraçõestambémtambémtambémtambémtambémnas vendasnas vendasnas vendasnas vendasnas vendas

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9Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

CRISE

Renda agrícola cai 8,4% e devechegar a R$ 149,6 bilhões em 2009

A redução de renda em 2009 acontece principalmenteA redução de renda em 2009 acontece principalmenteA redução de renda em 2009 acontece principalmenteA redução de renda em 2009 acontece principalmenteA redução de renda em 2009 acontece principalmente

pelo baixo desempenho de importantes lavouras napelo baixo desempenho de importantes lavouras napelo baixo desempenho de importantes lavouras napelo baixo desempenho de importantes lavouras napelo baixo desempenho de importantes lavouras na

formação da renda da agriculturaformação da renda da agriculturaformação da renda da agriculturaformação da renda da agriculturaformação da renda da agricultura

A estimativa da renda agrí-cola para este ano apontaqueda de 8,4% comparadaaos resultados de 2008, sen-do que os maiores prejuízossão para o milho, soja e café.Em valores absolutos, a ren-da deverá ser de R$ 149,6 bi-lhões, R$ 13,7 bilhões menorque no período anterior (R$163,4 bilhões).

O coordenador-geral de Planeja-mento Estratégico, do Ministério daAgricultura, José Garcia Gasques,assegura que esse resultado refletedois aspectos: a baixa produção degrãos, devido especialmente aosproblemas climáticos na região Sule em outros estados, e aos preçosmais baixos dos produtos agrícolas.Ainda de acordo com Gasques, aestimativa para 2009 está muito pró-xima ao da renda de 2003, que foide R$ 148,5 bilhões.

Entre os vinte produtos já anali-sados, cinco apresentaram aumen-to de renda em relação ao ano pas-sado. Os maiores incrementos fo-ram no amendoim (31,3%), laranja(13,6%) e arroz (12,7%). Para Gas-ques, estes resultados se devem àmaior produção ou pelo melhor pre-ço, ou, ainda, a combinação dos doisfatores.

PrejuízosPrejuízosPrejuízosPrejuízosPrejuízosA redução de renda em 2009

acontece principalmente pelo bai-xo desempenho de importantes la-vouras na formação da renda daagricultura. O coordenador do Mi-nistério da Agricultura explica queas baixas ocorridas no café, milhoe soja se manifestam com elevadaintensidade no resultado total, poisessas três lavouras representam45,6% do valor da produção agrí-cola. Milho e soja, isoladamente,respondem por 38,6%. Deste

modo, o desempenho dessas lavou-ras tem efeito insatisfatório na for-mação da renda. Gasques destacaque a menor renda de milho e sojase deve a problemas climáticos edo café ocorre pelo que se chamade bienalidade - um ano de boaprodução vem acompanhado deoutro de menor produção -, comoé o caso da safra atual.

Os preços foram outro fator res-

ponsável pela queda de renda. Osvalores vigentes no período de cál-culo da renda são menores do quea média dos utilizados para se ob-ter a renda do ano anterior. “Combase nesses dados, a produção me-nor e os preços mais baixos direci-onam a agropecuária brasileira auma perspectiva, até o momento,não muito animadora”, ponderaGasques.

Entre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaramEntre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaramEntre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaramEntre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaramEntre os vinte produtos já analisados, cinco apresentaram

aumento de renda em relação ao ano passado.aumento de renda em relação ao ano passado.aumento de renda em relação ao ano passado.aumento de renda em relação ao ano passado.aumento de renda em relação ao ano passado.

Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%),Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%),Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%),Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%),Os maiores incrementos foram no amendoim (31,3%),

laranja (13,6%) e arroz (12,7%).laranja (13,6%) e arroz (12,7%).laranja (13,6%) e arroz (12,7%).laranja (13,6%) e arroz (12,7%).laranja (13,6%) e arroz (12,7%).

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10 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

CRISE

Custos, retração no crédito e baixospreços provocaram queda da renda

Estes fatores foramEstes fatores foramEstes fatores foramEstes fatores foramEstes fatores foramdeterminantes para adeterminantes para adeterminantes para adeterminantes para adeterminantes para aestimativa de queda deestimativa de queda deestimativa de queda deestimativa de queda deestimativa de queda de8,4% da renda agrícola8,4% da renda agrícola8,4% da renda agrícola8,4% da renda agrícola8,4% da renda agrícolapara 2009, divulgadapara 2009, divulgadapara 2009, divulgadapara 2009, divulgadapara 2009, divulgadasegunda-feira (9) pelosegunda-feira (9) pelosegunda-feira (9) pelosegunda-feira (9) pelosegunda-feira (9) peloMinistério daMinistério daMinistério daMinistério daMinistério daAgricultura, segundoAgricultura, segundoAgricultura, segundoAgricultura, segundoAgricultura, segundoavaliação da Comissãoavaliação da Comissãoavaliação da Comissãoavaliação da Comissãoavaliação da ComissãoNacional de Cereais,Nacional de Cereais,Nacional de Cereais,Nacional de Cereais,Nacional de Cereais,Fibras e Oleaginosas daFibras e Oleaginosas daFibras e Oleaginosas daFibras e Oleaginosas daFibras e Oleaginosas daC N AC N AC N AC N AC N A

Aumento dos custos de pro-dução de 30% a 50% da sa-fra anterior (2007/2008) paraa atual (2008/2009), retraçãona oferta de crédito para fi-nanciar a atividade agrícoladiante da crise financeiramundial.

Estes fatores foram determinan-tes para a estimativa de queda de8,4% da renda agrícola para 2009,divulgada segunda-feira (9) pelo Mi-nistério da Agricultura, segundo ava-liação do presidente da ComissãoNacional de Cereais, Fibras e Oleagi-nosas da CNA, José Mário Schreiner.“Com estes dois fatores, o produtorcomprou menos insumos e plantoumenos. Consequentemente, terámenos renda”, justifica.

Ele afirma também que os pro-blemas climáticos enfrentados pelosprodutores de Mato Grosso do Sul eda região Sul do País e menores pre-ços pagos aos agricultores pela pro-dução ajudaram a agravar o quadro.“Os níveis de renda do produtor po-

derão voltar aos níveis de seis anosatrás, quando estavam críticos. A di-ferença é que os custos de produçãosão superiores àquela época”, diz.

Na sua avaliação, faltaram açõesmais fortes por parte do governopara minimizar a falta de renda doprodutor e a renda dos produtoresde 20 culturas, que deverá cair deR$ 163,4 bilhões para R$ 149,6 bi-lhões, poderá ter declínio ainda maisacentuado diante do cenário de in-certezas em relação à safrinha dealgumas culturas.

Uma das rendas mais afetadasserá a do milho, com projeção dequeda de 28,8%, o que representaR$ 7 bilhões a menos em relação a2008. “A safrinha é extremamenteimportante para a produção e o pro-dutor ainda não sabe se planta ounão”, diz Schreiner. Outras culturasque também sofrerão queda signi-ficativa são a soja e o café. Segundoo Ministério da Agricultura, milho,soja e café respondem por 45,6% dovalor da produção agrícola.

BURAKO

DESENVOLVIMENTO SINDICAL

Abertas inscrições paraAbertas inscrições paraAbertas inscrições paraAbertas inscrições paraAbertas inscrições paraFase I do ProgramaFase I do ProgramaFase I do ProgramaFase I do ProgramaFase I do Programa

Os interessados em participar do Programa deDesenvolvimento Sindical deverão se inscrever até odia 20 de fevereiro. As inscrições deverão ser envia-das ao Departamento Sindical da FAEP.

Neste ano, será reeditada a Fase I do Programa.Isto tornou-se possível devido aos resultados obtidosem 2008, bem como, os depoimentos daqueles quejá participaram do Programa. No ano passado, elecontou com a participação de 133 sindicatos ruraisdo estado.

Para a Fase I do Programa, podem se inscreverdirigentes de sindicatos que não tiveram a oportuni-dade de participar do evento no ano passado, mem-bros da diretoria executiva dos sindicatos e demaisintegrantes da chapa diretiva.

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11Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

CRISE

Balança comercial brasileiramantém superávit

ConsiderandoConsiderandoConsiderandoConsiderandoConsiderandoos valoresos valoresos valoresos valoresos valoresem dólar, aem dólar, aem dólar, aem dólar, aem dólar, aqueda dosqueda dosqueda dosqueda dosqueda dospreçospreçospreçospreçospreçosm é d i o sm é d i o sm é d i o sm é d i o sm é d i o sinternacionaisinternacionaisinternacionaisinternacionaisinternacionaisdasdasdasdasdasprincipaisprincipaisprincipaisprincipaisprincipaiscommoditiescommoditiescommoditiescommoditiescommoditiesexportadasexportadasexportadasexportadasexportadaspelo Brasilpelo Brasilpelo Brasilpelo Brasilpelo Brasilfoi sentidafoi sentidafoi sentidafoi sentidafoi sentidap e l o sp e l o sp e l o sp e l o sp e l o ssetoressetoressetoressetoressetoresexportadoresexportadoresexportadoresexportadoresexportadores

As exportações do agronegóciode janeiro, em moeda brasileira, to-talizaram R$ 9,6 bilhões, valor 16,4%superior ao mesmo período do anoanterior, quando foram exportadoso equivalente a R$ 8,2 bilhões. O su-perávit da balança comercial doagronegócio, em janeiro, registroucrescimento de 22%, alcançando ovalor de R$ 7,8 bilhões. No mesmoperíodo de 2008, o saldo positivohavia alcançado a cifra de R$ 6,4 bi-lhões. A valorização do dólar frenteà moeda brasileira beneficiou o re-sultado da balança comercial doagronegócio no primeiro mês de2009. De janeiro de 2008 a janeirodeste ano, a valorização da moedaamericana em relação ao Real foicerca de 30%.

Considerando os valores em dó-lar, a queda dos preços médios in-ternacionais das principais commo-dities exportadas pelo Brasil foi sen-tida pelos setores exportadores. Asexportações de janeiro registraramqueda de 10,4%, diminuindo de US$4,63 bilhões para US$ 4,15 bilhões.Apesar disso, o complexo sucroal-cooleiro apresentou excelente de-sempenho. O valor das exportaçõesdo setor registrou crescimento de64%, passando de US$ 402 milhões,em janeiro de 2008, para US$ 659milhões no mês passado. As vendasexternas de cereais, farinhas e pre-parações também apresentaramforte incremento, impulsionadaspelas exportações de milho. A quan-tidade embarcada desse produtoaumentou 242% em relação a janei-ro de 2008. Com isso, a receita comas exportações de milho foram166,5% superior, passando de US$86 milhões para US$ 228,4 milhões,apesar da média dos preços esta-rem 22% inferiores.

As exportações do complexo sojaapresentaram redução de 9,1%, to-

talizando US$ 640 milhões. Na moe-da brasileira, no entanto, houve au-mento de 18,3% do valor exportadoem janeiro, que chegou a R$ 1,5 bi-lhão. Entre os produtos que com-põem o setor, a soja em grãos apre-sentou ligeiro crescimento das ven-das, de US$ 251 milhões para US$253 milhões, sempre na compara-ção com janeiro de 2008. A receitacom a exportação de farelo de sojaaumentou 36%, totalizando US$299,5 milhões. O óleo de soja foi oproduto que influenciou negativa-mente nas exportações do comple-xo, registrando US$ 87 milhões, va-lor 62,6% inferior ao mesmo perío-do do ano passado, resultado dacombinação de redução de 50,5% dovolume vendido com o recuo médiode 24,5% dos preços.

As vendas externas de carnesregistraram retração de 26%, dimi-nuindo de US$ 1 bilhão, em janeirode 2008, para US$ 784 milhões nomês passado. A carne bovina in na-tura foi o produto que mais contri-buiu para a queda do setor, regis-

trando diminuição de 54% da recei-ta que correspondeu ao valor de US$168 milhões. Esse valor é fruto daqueda de 25% do preço médio e daredução de 38,4% do volume em-barcado. A receita com as exporta-ções de carne de frango in naturatambém registrou redução de11,4%. Vale destacar que o valor ex-portado de carne suína in natura,por sua vez, aumentou em 9%, ape-sar da queda de 14,2%, em média,dos preços. O resultado foi conse-quência do incremento de 27% daquantidade vendida.Destinos – As exportações do agro-negócio apresentaram taxas negati-vas de crescimento para pratica-mente todos os principais blocoseconômicos e continentes, com ex-ceção apenas da Ásia (+28%), Aladi(+19%) e Oceania (+103,7%). Em re-lação aos países, destaca-se o incre-mento das exportações para os se-guintes destinos: Venezuela (+36%),China (10%), Bélgica (9%), Hong Kong(16%), Arábia Saudita (+30%), Coréiado Sul (+62%) e Índia (+145%).

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12 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

ANÁLISE CONJUNTURAL

Consumo e exportações nãocontribuíram para melhorarpreços dos lácteos

A R T I G O

Maria Silvia DigiovaniMaria Silvia Digiovani - DTE/FAEP

O volume de leite captado pe las indústrias em 2008, acu- mulado até setembro, último

dado divulgado pelo IBGE, foi de 14,35 bi-lhões de litros. Representa um acréscimode 11% em relação a igual período anteri-or. Esse aumento de produção ocorreu emfunção do estímulo vindo dos preços re-cordes verificados em 2007.

Porém, o consumo interno, somado àsexportações, não absorveu o aumento deprodução e os preços dos produtos lácte-os entraram numa curva descendentea partir do segundo semestre de 2008,baixando o preço da matéria-prima.

Essa situação diminuiu o ritmo de cres-cimento mensal da produção. Se em maiode 2008 foi registrado índice de crescimen-to de 17,6% acima de maio de 2007, emsetembro foi computado decréscimo de0,8% em relação a setembro de 2007. Essaredução na oferta, efeito dos prejuízos queos produtores vinham acumulando, evitouque os preços caíssem ainda mais.

Sob os efeitos de preços baixos e pressi-onados por alto custo de produção, em se-tembro os produtores tiveram que recor-rer ao Governo buscando medidas parasustentação da comercialização. Mesmoenfrentando essa situação, o preço médiodo litro de leite em 2008 ficou acima damédia verificada nos últimos 6 anos, con-forme valores deflacionados do gráfico aseguir, mas abaixo de 2007.

As exportações brasileiras de lácteos de2008 foram recordes em volume e movimen-tação financeira, mesmo com a queda mun-dial dos preços dos produtos. Mas mesmocrescendo ano após ano, as exportações ain-da não chegam a movimentar anualmentenem 1% da produção nacional.

A crise financeira deflagrada nos Esta-

dos Unidos em outubro, e que contami-nou a economia mundial, já mostra efeitosnegativos no setor leiteiro. Em novembro,as exportações brasileiras mostraramacentuada queda.

Nesse cenário, o setor começa 2009com cautela e administrando a produção.A definição de alguns fatores, como o com-portamento da demanda, é essencial paraque o setor possa se planejar. É difícil, senão impossível, prever se a desaceleraçãodo crescimento das economias mundiaisserá mesmo na intensidade prevista ou sesurpreenderá, apresentando índices me-nos danosos. Disso depende a recupera-ção da demanda e também dos preços dascommodities.

Diante da incerteza, influenciado porsecas em algumas regiões e inundaçõesem outras, a oferta brasileira de leite estáapertada neste início de ano. Isso mantémos preços em movimento de alta desdenovembro, o que não é comum ocorrernesses meses, mas também não significauma boa remuneração aos produtoresfrente aos custos de produção.

Os preços não animam os produtores eestão abaixo dos custos de produção, con-forme estudo recentemente divulgado pelaCONAB. O custo de produção operacional(desembolso + depreciações) varia de R$0,64 / litro, no Rio Grande do Sul a R$0,83em São Paulo.

A média de preço nacional foi R$ 0,5883/litro em novembro, R$ 0,5908 em dezem-bro e R$ 0,5960 em janeiro 2009, conformedados do CEPEA.

No Paraná, os números são diferentes:segundo levantamento da SEAB/DERAL.Em novembro e dezembro, os produtoresreceberam R$0,50 pelo litro de leite e emjaneiro R$0,54.

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13Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

Já tratamos da lei nº 11.718, de 20 de

junho de 2008, que alterou o concei

to do segurado da previdência social,

produtor rural, pessoa física, empre-

gador, denominado contribuinte indi-

vidual.

Entretanto voltamos ao assunto, para

comentar aquilo que chamamos de equí-

vocos da lei.

Ela define como empregador o pro-

dutor rural, proprietário ou não, que ex-

plore a agropecuária em área de terra

“superior a quatro módulos fiscais”. Em

área inferior com o auxilio de emprega-

dos ou por intermédio de prepostos. Isto

significa que, embora trabalhando ape-

nas com a participação de membros da

família, sem a utilização de emprega-

dos, radicalmente é considerado empre-

gador é obrigado, se desejar usufruir de

uma aposentadoria a contribuir na con-

dição de contribuinte individual. A mes-

ma obrigação para a mulher e filhos.

Esta contribuição individual mínima

será de R$ 51,15(cinqüenta e um reais e

quinze centavos). Isso se optar por uma

aposentadoria por idade no valor de um

salário mínimo. Caso deseje obter um

valor maior a contribuição mínima men-

sal será de R$ 93,00 (noventa e três real).

Consequentemente o produtor em área

de até quatro módulos fiscais, continua

ou não, é considerado Segurado Especi-

al, podendo o grupo familiar utilizar em-

pregados por prazo determinado, em

épocas de safra, à razão de no máximo

120 (cento e vinte) pessoas/dia, dentro

do ano civil, em períodos corridos ou in-

tercalados.

Poderá ainda outorgar, por meio de

contrato, até 50% (cinqüenta por cento)

do imóvel rural e a exploração da ativi-

dade turística da propriedade rural, in-

clusive com hospedagem, por não mais

de 120 (cento e vinte) dias ano, sem per-

der a condição de Segurado Especial,

PREVIDÊNCIA

João Cândido de Oliveira NetoConsultor de Previdência Social da FAEP

Equívocos da Lei 11.718/08bem como todos os membros da unida-

de familiar.

O limite de utilização de mão de obra

temporária sem perder a qualidade de

segurado especial a nosso ver é temerá-

rio. Como procederá o INSS para identi-

ficar aquele produtor que utilizou um

número maior do permitido. Se através

de provas subjetivas (declarações), per-

mitirá a continuidade de um sistema de

previdência vulnerável à prática da frau-

de e incentivo a informalidade no uso

de mão obra rural

A utilização do módulo fiscal para de-

finir conceito de segurado da previdên-

cia social, é repetir o mesmo equivoco

da Lei nº 6.260, de 6 de novembro de

1975, que instituiu benefícios de previ-

dência e assistência social em favor dos

empregadores rurais e seus dependen-

tes. O Decreto nº 77.514, de 29 de abril

de 1976, que a regulamentou definiu

como empregador rural a pessoa física

que, tendo empregado empreendia ati-

vidade econômica rural ou ainda, em

área igual ou superior à dimensão do

módulo rural da região e se proprietário

de mais de um imóvel, a soma das áreas

fossem igual ou superior à dimensão do

módulo rural. Este conceito vigorou até

24 de julho de 1991, quando a Lei nº

8.213 estabeleceu o novo Plano de Bene-

fícios da Previdência Social, agora alte-

rado pela Lei nº 11.718/2008.

Esta conceituação implicou em inú-

meras contestações, que deram ori-

gem a recursos administrativos e judi-

ciais.

Em caso concreto, um segurado ajui-

zou ação com o objetivo de obter apo-

sentadoria por idade em razão do exer-

cício da atividade rural em regime de

economia familiar. O autor cultivava

uma área pouco maior de 70 hectares,

explorando-a em conjunto com seus fa-

miliares, sem o auxilio de empregados.

A primeira instância reconheceu o di-

reito do autor e concedeu o benefício de

aposentadoria por idade. O INSS recor-

reu más foi mantida a decisão afirman-

do que o fato de a propriedade ser de

grande extensão (superior a três módu-

los rurais) não descaracterizava o regi-

me de economia familiar.

Inconformado, o INSS entrou com

um pedido de uniformização na Turma

Nacional, alegando que a decisão da Tur-

ma Recursal do Rio Grande do Sul diver-

gia do entendimento do colegiado de

Goiás, segundo qual somente a explora-

ção de imóveis de extensão inferior a

dois módulos rurais poderia se enqua-

drar no regime de economia familiar.

Entretanto a Turma Nacional manteve a

decisão de instância.

Esta decisão originou a SUMULA nº

30 do Conselho de Justiça Federal, com

o seguinte teor:

Tratando-se de demanda previdenciá-ria, o fato de o imóvel rural ser superiorao módulo rural não afasta, por si só, aqualificação de seu proprietário como se-gurado especial, desde que comprovada,nos autos, a sua exploração em regime deeconomia familiar.

Portanto, embora agora se utilize em

substituição ao módulo rural o módulo

fiscal, para conceituar o empregador ru-

ral e definir direitos e obrigações peran-

te a previdência social, fica evidenciado

o equivoco da Lei ao utilizar novamente

dimensão de imóvel rural para o reco-

nhecimento do direito aos beneficios da

previdência social do produtor rural pes-

soa física.

Assim, certamente as contestações se

repetirão como no passado, e os gabine-

tes do INSS e dos Tribunais Especiais Fe-

derais se encherão de processos, au-

mentando os problemas e dificultando

o acesso do produtor rural aos benefíci-

os e serviços da previdência social.

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14 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

SINDICATO RURAL - POSSE

Secretário do Trabalhovai à posse em Icaraíma

PrestigiaramPrestigiaramPrestigiaramPrestigiaramPrestigiarama posse oa posse oa posse oa posse oa posse oprefeito deprefeito deprefeito deprefeito deprefeito deIcaraíma,Icaraíma,Icaraíma,Icaraíma,Icaraíma,Paulo dePaulo dePaulo dePaulo dePaulo deQueirozQueirozQueirozQueirozQueirozSouza e oSouza e oSouza e oSouza e oSouza e ov i c e -v i c e -v i c e -v i c e -v i c e -prefeito,prefeito,prefeito,prefeito,prefeito,NelsonNelsonNelsonNelsonNelsonMoro,Moro,Moro,Moro,Moro,além dealém dealém dealém dealém devereadoresvereadoresvereadoresvereadoresvereadoreseeeeeliderançasliderançasliderançasliderançasliderançaslocaislocaislocaislocaislocais

O secretário do Trabalho,Emprego e Promoção Social,Nelson Garcia, participou dacerimônia de posse da novadiretoria do Sindicato Ruralde Icaraíma, no dia 07 de fe-vereiro. O presidente Juraci deSouza Ferreira foi reconduzi-do para um terceiro manda-to à frente do Sindicato.

Aproveitando a presença do se-cretário do Trabalho, o presidentedo Sistema FAEP, Ágide Meneguet-te, convidou Nelson Garcia para darposse à diretoria. Na ocasião, Mene-guette recebeu uma carteirinha deassociado do sindicato, por ser pro-prietário no município.

Também prestigiaram a posse oprefeito de Icaraíma, Paulo de Quei-roz Souza e o vice-prefeito, NelsonMoro, além de vereadores e lideran-ças locais, representantes e associa-dos dos Sindicais do Núcleo Entre Rios.

Além de Juraci Souza Ferreira,completam a nova diretoria Paulode Queiroz Souza, como vice-presidente;a Izabel Aparecida GilLemos, primeira-secretária; MárcioJosé Ferreira, segundo-secretário;Junior Wilson Vedovoto, primeiro-tesoureiro; Adriano Fernandes Pires,segundo-tesoureiro. Conselho Fiscal:Lino Manuel Marques Meirinho, Nil-son Luiz Matchil Maran, Sidney JoseFerreira Junior, Suplente ConselhoFiscal Anésio Borba, Onofre Fernan-des e Ezequiel Amoroso da Cruz.Delegado representante: Juraci deSouza Ferreira. Suplente de delega-do representante: Paulo de QueirozSouza.

Ao tomar posse, Juraci de Sou-za Ferreira agradeceu às autorida-des e aos colaboradores da Ema-ter, SEAB, Secretária Municipal daAgricultura e o SENAR/PR, dizen-do esperar contar com esses par-

O presidente do Sistema FAEP, ÁgideMeneguette, convidou Nelson Garcia para darposse à diretoria

Juraci de Souza Ferreira entrega a Ágide Meneguettea carteira de associado do Sindicato

ceiros para novo mandato. Antesdo almoço de confraternização, foihomenageado um companheiro dediretoria que faleceu recentemen-te, José Antonio Pimenta Lemos,

com um minuto de silêncio. Nofim do seu discurso, Juraci usou afrase do presidente dos EstadosUnidos, Barack Obama, “Sim, nóspodemos”.

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15Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

CURSO

Cultivo de plantas medicinaisdisponível a partir de março

O curso de cultivo de plantas me-dicinais oferecido pelo SENAR-PRestará disponível ao público a par-tir do mês de março. O conteúdotambém aborda espécies aromáti-cas e condimentares. O foco é ocultivo, mas o treinamento incluiinformações sobre identificação deplantas, definição de áreas para oplantio, colheita e secagem, combase nas 38 espécies de maior im-portância no estado. Já há quatroeventos programados para março:dois em Campo Largo, um em Pira-quara e outro em Assis Chateau-briand.

POSSE

Goioerê tem nova diretoriaGoioerê tem nova diretoriaGoioerê tem nova diretoriaGoioerê tem nova diretoriaGoioerê tem nova diretoria

No dia 10 de fevereiro, tomouposse a nova diretoria do SindicatoRural de Goioerê. O diretor-financei-ro da FAEP, João Luiz Rodrigues Bis-caia, participou da cerimônia de pos-se. O presidente é Pedro Antônio deOliveira Coelho. Para a vice-presi-dência, foram eleitos Antônio Fer-nando Nunes Júnior, Sérgio Fortis,Mauro Euclides Carlucci, EduardoTakumi Miyata, Ademir Antônio Ol-doni, José Eduardo da Fonseca Sis-meiro e Joaquim Pedro Moura. Coe-

lho e Nunes também assumiram,respectivamente, os cargos de dele-gado-representante e suplente.

A secretaria é formada por JoãoRoberto de Oliveira Coelho e VilsonKoiti Shono. Os tesoureiros são An-tônio Carlos Sestak , Hissachi Shonoe Moacir Fortis. O Conselho Fiscal éformado por Analdo Francisco Cobo,Airton Gonçalves e Martinho ArroyoLopes. Os suplentes do Conselho sãoJoão Marcos de Souza, Luciano Ri-cardo Sandri e André Sestak.

IPVA

Deputada defendeDeputada defendeDeputada defendeDeputada defendeDeputada defendealíquota de 1% doalíquota de 1% doalíquota de 1% doalíquota de 1% doalíquota de 1% doImposto paraImposto paraImposto paraImposto paraImposto paracaminhonetescaminhonetescaminhonetescaminhonetescaminhonetes

Na Assembleia Legislativa, a deputada estadualCida Borghetti sugeriu ao secretário da Fazenda,Heron Arzua, que seja observada a alíquota de 1%do IPVA para caminhonetes de carga. A iniciativa dadeputada atende a reivindicação da FAEP para queseja revertida a alíquota do IPVA 2009 das caminho-netes de 2,5% para 1%. Segundo Borghetti, a utiliza-ção das caminhonetes por produtores rurais é umanecessidade inerente à atividade econômica quedesenvolvem. “Neste momento difícil da economia,é inviável para os produtores absorverem mais esseaumento”, defendeu.

Confira esta edição também na Internetacessando o site:

www.faep.com.br/boletim

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16 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

BANDEIRANTES

Jovens aprendem sobre gestão ruralEstudantes do Paraná, SãoPaulo e Mato Grosso do Sulreuniram-se na sede do Sin-dicato Rural de Bandeirantespara participar do Curso deAdministração de EmpresasAgrossilvipastoris – GestãoRural. O evento foi realizadoentre os dias 26 e 30 de ja-neiro.

Promovido pelo Sindicato e SE-NAR-PR, o curso teve, como objeti-vos, formar mão-de-obra qualifica-da e aperfeiçoar técnicos, comotambém, trabalhadores de empre-sas e propriedades rurais em admi-nistração rural. Com a iniciativa, es-pera-se motivar os jovens para quetenham maior interesse por ativida-des desenvolvidas na zona rural.

Para instrutor do SENAR-PR, Gu-mercindo Fernandes, os estudantesdemonstraram bastante interessepelo curso. “É uma nova geração. Sãofilhos de produtores e proprietáriosrurais. Jovens que estão valorizandoas atividades no campo”, disse.

Os participantes afirmaram quea iniciativa possibilitou aprofundaro conhecimento deles sobre as ati-

vidades agrícolas. Segundo os jo-vens, o curso ensina e prepara oprodutor para pensar e atuar comer-cialmente.

PlasticulturaPlasticulturaPlasticulturaPlasticulturaPlasticulturaNos dias 19 e 20 de fevereiro, o

Sindicato Rural de Bandeirantespromoverá o Curso de Plasticultu-

ra, voltado para trabalhadores queatuam na olericultura orgânica. Ainiciativa é uma parceria entre oSindicato e o Sítio Vera Cruz

Entre os dias 10 e 12 de feverei-ro, o Sindicato, em parceria com oSítio Serrinha, realizou o Curso dePlasticultura, voltado para trabalha-dores na olericultura convencional.

Promovido peloPromovido peloPromovido peloPromovido peloPromovido pelo

Sindicato e SENAR-PR, oSindicato e SENAR-PR, oSindicato e SENAR-PR, oSindicato e SENAR-PR, oSindicato e SENAR-PR, o

curso teve, comocurso teve, comocurso teve, comocurso teve, comocurso teve, como

objetivos, formar mão-objetivos, formar mão-objetivos, formar mão-objetivos, formar mão-objetivos, formar mão-

de-obra qualificada ede-obra qualificada ede-obra qualificada ede-obra qualificada ede-obra qualificada e

aperfeiçoar técnicos,aperfeiçoar técnicos,aperfeiçoar técnicos,aperfeiçoar técnicos,aperfeiçoar técnicos,

como também,como também,como também,como também,como também,

trabalhadores detrabalhadores detrabalhadores detrabalhadores detrabalhadores de

empresas eempresas eempresas eempresas eempresas e

propriedades rurais empropriedades rurais empropriedades rurais empropriedades rurais empropriedades rurais em

administração ruraladministração ruraladministração ruraladministração ruraladministração rural

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17Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

Guaíra promove primeiro curso de 2009Guaíra promove primeiro curso de 2009Guaíra promove primeiro curso de 2009Guaíra promove primeiro curso de 2009Guaíra promove primeiro curso de 2009

Curso de Ovinocultura em PalmeiraCurso de Ovinocultura em PalmeiraCurso de Ovinocultura em PalmeiraCurso de Ovinocultura em PalmeiraCurso de Ovinocultura em Palmeira

Pérola promove curso deInformática e Escrita Rural

Entre os dias 2 e 6 de fevereiro, o Sindicato Rural dePérola promoveu, em parceria com o SENAR-PR, o cur-so de Informática e Escrita Rural. Dentre os 13 partici-pantes, estavam filhos e esposas de produtores rurais.O curso foi ministrado pelo instrutor do SENAR-PR, Cló-vis Aparecido Alves Palozi, nas dependências de umaescola municipal da cidade.

A mobilizadora do Sindicato, Simone do Couto,pafirmou que o resultado do curso fez com que a maio-ria dos alunos se inscrevesse no curso de Informática II,que acontece dos dias 9 a 13 de fevereiro.

Entre os dias 22 a 24 de janeiro, o Sindicato Rural deGuaíra promoveu o primeiro curso deste ano. Em par-ceria com o SENAR-PR e a Cooperativa Copagril, foi ofe-recido o curso de Aplicação de Agrotóxicos – costalmanual e tratorizado de barras – NR31 na propriedadede um dos 13 participantes.

O curso foi um pedido da Copagril a partir de umdiagnóstico que concluiu sobre a necessidade desse tipode qualificação. O principal objetivo do curso é ensinaros participantes sobre a maneira precisa e conscienteda aplicação de agrotóxicos.

Entre os assuntos abordados, estão os danos à saúdecausados pelos agrotóxicos e a importância do uso dosEquipamentos de Proteção Individual (EPIs). Como de-monstração, alguns participantes vestiram equipamen-tos e outros tiveram que apontar falhas na colocação.

O Sindicato Rural de Palmeira promoveu, em parce-ria com o SENAR-PR, o curso de Ovinocultura – manejode ovino de corte. O evento ocorreu nos dias 2 e 3 defevereiro e teve 13 participantes. As aulas práticas fo-ram ministradas na propriedade de um dos participan-tes. O curso foi ministrado pelo instrutor do SENAR-PR,Gastão Pereira Cordeiro Neto.

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18 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

JURÍDICO

Trabalho domésticoou rural

Marcia RodacoskiMarcia Rodacoski é advogada e consultora da Federação da Agricultura do Paraná[email protected]

O elemento diferencial do trabalho doméstico e rural é apresença do lucro como

requisito essencial para a configu-ração da relação de emprego ru-ral. Para o rurícola, não é a funçãoexercida pelo trabalhador que de-fine seu enquadramento legal, masa atividade preponderante do em-pregador.

Por sua vez, o elemento fático-jurídico específico da relação de em-prego doméstico é, como se depre-ende do artigo 1º da Lei 5.859/72, afinalidade não lucrativa dos servi-ços prestados, ou seja, a ausênciade resultados de empreendimento,sob a ótica do empregador.

Portanto, se a atividade do em-pregador for lucrativa o empregadoserá urbano ou rural, dependendoda área de atuação do empregador- na cidade ou no campo. Exerce ati-vidade como empregado rural, nostermos do artigo 2º da Lei nº 5. 889/73, toda a pessoa física que, em pro-priedade rural ou prédio rústico,presta serviços de natureza nãoeventual a empregador rural, sob adependência deste e mediante sa-lário. Em contrapartida, em confor-midade com o art. 3° da mesma lei,considera-se empregador rural apessoa física ou jurídica, proprietá-rio ou não, que explore atividadeagroeconômica, em caráter perma-nente ou temporário, diretamenteou por meio de prepostos e comauxílio de empregados.

Desses conceitos é que resulta ofato de que, mediante preenchimen-to de outros requisitos, o emprega-do rural é aquele que trabalha paraempregador rural. E a referida nor-ma, ao definir este, vincula a suacaracterização à exploração econô-mica que exerça sobre a proprieda-de. Assim, necessária a exploraçãoeconômica, ou seja, a exploração daatividade agropastoril com o fim deobtenção de lucro, ressaltando-se

que a função do trabalhador devecontribuir para essa atividade. Porsua vez, tão só a existência de pro-dução não autoriza o enquadramen-to da hipótese ao emprego rural pre-visto na Lei nº 5.889/73. A tanto, ne-cessária a demonstração de que es-tas atividades tenham finalidadecomercial.

A jurisprudência definiu de hámuito os conceitos: “TRABALHADORRURAL X EMPREGADO DOMÉSTICO.O critério decisivo à caracterizaçãodo empregador rural é a exploraçãode atividade agroeconômica, sejaagrícola ou pecuária, ou a execuçãohabitual de serviços de naturezaagrária, a teor dos arts. 3.º e 4.º daLei n.º 5.889-73. Demonstrado nosautos o desenvolvimento de ativida-de agroeconômica, que refoge à sim-ples manutenção e limpeza da pro-priedade, enquadra-se o Reclaman-te como trabalhador rural, ante afinalidade lucrativa da atividadedesenvolvida.” (TRT-PR-08956-2004-011-09-00-6, Relator Des. UbirajaraCarlos Mendes).

Assim, a caracterização da ativi-dade rural pressupõe a comerciali-zação de animais ou produtos agrí-colas com objetivos empresariais,visando lucro, enquanto que, de-sempenho de atividade voltada àmanutenção de propriedade rural,sem cunho lucrativo, permite o en-quadramento na categoria de em-pregado doméstico, nos termos daLei nº 5.859/72.

Na existência, pois, de atividadelucrativa, surge o caráter de empre-endimento, razão pela qual, even-tual trabalho prestado destina-se aopropósito econômico, concorrendopara o resultado a ser obtido. Poroutro lado, não se descaracteriza ovínculo de emprego doméstico,quando se verifica que o emprega-dor não explora propriedade agrí-cola nos moldes de um empreendi-mento rural.

Jornalista responsável:Paulo R. Domingues (DRT-PR 1512)

André Franco (coordenador)Marcos Tosi (redator)

[email protected]

Publicação semanal editada pelasAssessorias de Comunicação Social (ACS) da FAEP e SENAR-PRPermitida a reprodução total ou parcial. Pede-se citar a fonte.

PresidenteÁgide Meneguette

Vice-PresidentesMoacir Micheletto,Guerino Guandalini,Nelson Teodoro de Oliveira,Sebastião Olimpio Santaroza,Ivo Polo,Ivo Pierin Júnior

Diretores SecretáriosLivaldo Gemin,Pedro Paulo de Mello

Diretores FinanceirosJoão Luiz Rodrigues Biscaia,Paulo José Buso Júnior

Conselho FiscalFrancisco Carlos do Nascimento,Luiz de Oliveira Netto,Lauro Lopes

Delegados RepresentantesÁgide Meneguette, João Luiz R. Biscaia, Francisco Carlosdo Nascimento e Renato A. Fontana

Conselho AdministrativoPresidenteÁgide Meneguette - FAEP

Membros EfetivosAdemir Mueller - FETAEPRosanne Curi Zarattini - SENAR ACDarci Piana - FECOMÉRCIOWilson Thiesen - OCEPAR

Conselho Fiscal - Membros EfetivosFrancisco Carlos do Nascimento - FAEPJairo Correa de Almeida - FETAEPLuiz de Oliveira Netto - SENAR AC

SuperintendênciaRonei Volpi

SENAR - Administração Regional do Estado do ParanáAv. Marechal Deodoro, 450 - 16o andarCep 80010-010 - Curitiba - ParanáFone: 41 2106-0401 - Fax: 41 3323-1779e-mail: [email protected]: www.senarpr.org.br

Av. Marechal Deodoro, 450 - 14o andarCep 80010-010 - Curitiba - ParanáFone: 41 2169-7988 Fax: 41 3323-2124email: [email protected] - site: www.faep.com.br

BOLETIMBOLETIMBOLETIMBOLETIMBOLETIMI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v oI n f o r m a t i v o

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19Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

EMENTA

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL - INEXIGÊNCIA

DE EMISSÃO DA CERTIDÃO EXPEDIDA PELO MI-

NISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. A Confede-

ração Nacional da Agricultura é a detentora da capa-

cidade tributária ativa da cobrança da contribuição

sindical rural, sendo a credora do tributo compulsó-

rio para fins de custeio da atividade sindical. Assim,

descabe exigência de emissão de certidão expedida

pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para legiti-

mar ação de cobrança, exigindo-se, apenas, a publi-

cação prévia à ação ordinária de cobrança dos res-

pectivos editais em jornal de grande circulação na

cidade e a solenidade formal por meio de veiculação

em Diário Oficial, na forma do art. 605 da CLT.

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECUR-

SO EM COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL, provenien-

tes da MM. 01ª VARA DO TRABALHO DE GUARAPUAVA - PR,

em que é recorrente M. J. e recorridos CONFEDERAÇÃO DA

AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA, FEDERAÇÃO

DA AGRICULTURA DO ESTADO DO PARANÁ - FAEP e SINDI-

CATO RURAL DE GUARAPUAVA.

I. RELATÓRIO

Inconformado com a r. sentença de fIs. 226/237,

proferida pelo Juiz do Trabalho Mauro Cesar Soares Pacheco,

que acolheu parcialmente os pedidos elencados na inicial,

recorre o réu.

O réu, M. J., em razões de fls. 238/251, pretende a

reforma do julgado no que se refere às seguintes matérias: a)

violação a disposição de lei federal - divergência jurispruden-

cial; e b) pedido sucessivo - multa e juros moratórias.

Custas à fl. 252.

Depósito recursal à fl. 253.

Contra-razões apresentadas pelos autores, Federa-

ção da Agricultura do Estado do Paraná - Faep, Sindicato Rural

de Guarapuava e Confederação da Agricultura e Pecuária do

Brasil- CNA às fls. 257/263.

A d. Procuradoria Regional do Trabalho não opinou

em virtude do Provimento 01/2005 da CGJT.

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO PARANÁ

RECURSO EM COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - TRT-PR-02759-2007-096-09-00-6 (RCCS)RECORRENTE: M. J.RECORRIDOS: CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA, FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO

PARANÁ - FAEP e SINDICATO RURAL DE GUARAPUAVARELATOR: CÉLIO HORST WALDRAFF

II. FUNDAMENTAÇÃO

1. ADMISSIBILIDADE

Presentes os pressupostos objetivos e subjetivos de

admissibilidade, CONHEÇO do recurso em cobrança de contri-

buição sindical e das contra-razões apresentadas.

2. MÉRITO

1. VIOLAÇÃO A DISPOSIÇÃO DE LEI FEDERAL - DIVERGÊN-

CIA JURISPRUDENCIAL E PEDIDO SUCESSIVO - MULTA E JU-

ROS MORATÓRIOS

O Juízo a quo deferiu parcialmente a pretensão

inicial, condenando o réu ao pagamento da contribuição sindi-

cal rural relativa a 2002, acrescidas da multa de 10% com adici-

onal de 2% por mês de atraso, até o limite de 100% do valor

principal, juros de mora de 1% ao mês e correção monetária.

Estes os fundamentos da r. sentença:

"... constatamos que há ausência da certidão expedi-

da pela autoridades regionais do Ministério do Traba-

lho como prova de título de dívida, nos termos do art.

606 da CLT.

(...)

Ocorre que diversas decisões foram publicadas por

nosso Egrégio Tribunal, reconhecendo ser dispensá-

vel a certidão expedida pelo Ministério do Trabalho,

quando se pretende constituir um título executivo..."

Portanto, reformulamos nosso entendimento ante-

riormente adotado, reconhecendo que a ação de co-

brança sindical rural não exige os requisitos previs-

tos no art. 606 da CLT, no tocante à inscrição do débi-

to em certidão de dívida ativa, em razão de que a

presente medida consiste em processo de conheci-

mento que visa à constituição do título executivo ju-

dicial.

(... )

Finalmente, quanto aos encargos moratórios, não

obstante a natureza de tributo que a contribuição

sindical rural detém, dada a especialidade do artigo

600 da CLT em relação a outros dispositivos legais

que tratam do assunto (lei 8.022/90, art. 2° e Lei 8.383/

91, art. 59), devem prevalecer aqueles encargos

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moratórios, já que o artigo 600 da CLT se encontra em

vigor, não tendo sido revogado por nenhuma lei." (fls.

231/234)

Insurge-se o réu contra o decisum, aduzindo ser “...

imprescindível à cobrança da contribuição sindical a juntada aos autos

da respectiva certidão da dívida emitida após regular procedimento de

lançamento realizado por autoridade pública competente. Todavia, no

caso em análise, verifica-se a omissão dos recorridos na juntada deste

documento. " (fl. 244)

Pretende seja julgada improcedente a contribuição

em apreço, “... uma vez que não está presente prova do pertinente

lançamento do tributo e nem da respectiva certidão emitida por autori-

dade pública competente. “

Sucessivamente,

“... requer a exclusão da cobrança em questão a mul-

ta e os juros moratórias no percentual requerido pe-

las Requerentes, a saber: multa de 10% (dez por cen-

to) nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicional de

2% (dois por cento) por mês subseqüente de atraso e

juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês, con-

forme preceitua o artigo 600 da CLT, uma vez que tal

artigo foi revogado pelas leis posteriores que tratam

da matéria e, assim, não existe regramento específi-

co para a cobrança da multa e dos juros moratórias

conforme consta no pedido inicial. Diante disso, re-

quer seja acrescentado ao valor principal do débito

somente correção monetária, através de índice a ser

eleito por Vossas Excelências."

III. caso esse não seja o entendimento de Vossas Exce-

lências requer que o percentual da multa e dos juros

moratórias seja aplicado conforme dispõe o artigo 2°

da Lei nº 8.022/90, último normativo legal a disciplinar

expressamente a matéria, a saber: juros de mora de

1% (um por cento) ao mês partir da citação do Recor-

rente e multa de 20% (vinte por cento), os quais, inclu-

sive, estão de acordo como disposto no artigo 59 da Lei

8383/91, que trata dos tributos federais.“ (fIs. 250/251)

Analisa-se.

Perfilho entendimento que a contribuição sindical ru-

ral tem natureza tributária parafiscal; que a Confederação Na-

cional da Agricultura é a detentora da capacidade tributária

ativa sua cobrança, sendo a credora do tributo compulsório

para fins de custeio da atividade sindical; que descabe exigên-

cia de emissão de certidão expedida pelo Ministério do Trabalho

e Emprego, para legitimar ação de cobrança; que, para eficácia

da cobrança, exige-se a publicação prévia à ação ordinária de

cobrança dos respectivos editais em jornal de grande circula-

ção na cidade e a solenidade formal por meio de veiculação em

Diário Oficial, na forma do art. 605 da CLT; que a exigência da

contribuição sindical independe da associação do empregador

à entidade representativa da categoria econômica, conforme

art. 591 da CLT; e, por fim, que é exigível a multa do art. 600,

também da CLT.

Nesse sentido, já me manifestei nos autos de nº TRT-PR-

79057-2006-654-09-00-7 (RCCS), publicado em 14-03-2008, quando

em atuação na C. Terceira Turma deste E. Tribunal, verbis:

"Desde logo, assente-se que esta C. Turma já firmou

posicionamento jurisprudencial sobre a questão, que

segue:

RECURSO EM COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO SIN-

DICAL. CNA e Federação da Agricultura do Estado do

Paraná.

I - a contribuição sindical rural tem natureza tributá-

ria parafiscal, instituída em decorrência da compe-

tência tributária exclusiva da União, cujo lançamento

por declaração observa a modalidade do art. 174 do

CTN, originário de convênio entre Secretaria da Recei-

ta Federal (Leis nº 8.022/1990 e nº 9.393/1996) ao iden-

tificar os contribuintes obrigados a recolher o imposto

territorial rural, que repassa as informações à Confe-

deração Nacional da Agricultura, detentora da capa-

cidade tributária ativa para cobrança da exação;

II - o art. 606 da CLT que vinculava a promoção da

ação executiva de cobrança judicial à emissão de cer-

tidão expedida pelo Ministério do Trabalho e Empre-

go não foi recepcionado pelo art. 8º da Constituição

Federal, que restringe amplamente a ingerência es-

tatal na organização sindical;

III - a capacidade tributária ativa da Confederação

Nacional da Agricultura envolve seja a credora do

tributo compulsório para fins de custeio da atividade

sindical, receba por força de convênio firmado com

a Receita Federal informações que lhe possibilitem

verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação,

proceder o cálculo do montante do tributo devido

nos prazos e alíquotas (art. 580 da CLT), identificação

do sujeito passivo (administração das receitas altera-

da pela Lei 8.022/1990 e convênio previsto pela Lei

9.396/1996, art. 17);

IV - não se trata de delegação de competência para

tributar, porém a atribuição de capacidade tributá-

ria à CNA lhe obriga observar o princípio da publici-

dade dos atos próprios à Administração, para eficá-

cia da cobrança da contribuição sindical, o que exige

a publicação prévia à ação ordinária de cobrança dos

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respectivos editais em jornal de grande circulação

na cidade (forma do art. 605 da CLT), porém não su-

prida a solenidade formal por meio de veiculação em

Diário Oficial;

V - a contribuição sindical independe da associação

do empregador à entidade representativa da catego-

ria econômica, em conformidade ao art. 591 da CLT,

porque de natureza tributária e compulsório (art. 149

da Constituição Federal), sem que se cogite ofensa ao

princípio da liberdade sindical;

VI - a multa do art. 600 da CLT não foi revogada, mas

não deve ultrapassar o valor do prejuízo, em aplica-

ção analógica ao art. 412 do Código Civil (o que se

coaduna ao entendimento da OJ 54 da SBDI-1 do

C.TST), enquanto são inaplicáveis as sanções do art.

2° da Lei 8.022/1990, cujo destinatário é o Estado;

VII - não há ‘bis in idem’ no pagamento pelos proprie-

tários rurais do ITR - imposto sobre propriedade ter-

ritorial rural e da contribuição sindical rural - CSR,

apenas porque ambos os tributos apresentam idên-

tica base de cálculo - o valor equivalente da terra nua

(VTN), não se falando em mesmo fato gerador ou

destinação, já que uma condição origina-se da pro-

priedade de imóvel rural e outra, da condição de

empregador rural e se insere na espécie contribui-

ção social prevista pelo art. 149 da Constituição Fede-

ral de 1988, com regime jurídico diferenciado, ca-

bendo a distribuição da arrecadação na proporção

fixada pelo art. 589 da CLT, mediante comprovação

nos autos, sob pena de remessa de ofícios às autori-

dades competentes e demais interessados.

Pelo exposto, conclui-se que a contribuição sindical

rural tem natureza tributária parafiscal; que a Con-

federação Nacional da Agricultura é a detentora da

capacidade tributária ativa sua cobrança, sendo a

credora do tributo compulsório para fins de custeio

da atividade sindical; que descabe exigência de emis-

são de certidão expedida pelo Ministério do Trabalho

e Emprego, para legitimar ação de cobrança; que,

para eficácia da cobrança, exigese a publicação pré-

via à ação ordinária de cobrança dos respectivos edi-

tais em jornal de grande circulação na cidade e a

solenidade formal por meio de veiculação em Diário

Oficial, na forma do art. 605 da CLT; que a exigência

da contribuição sindical independe da associação do

empregador à entidade representativa da categoria

econômica, conforme art. 591 da CLT; que é exigível

a multa do art. 600 da CLT.

In casu, considerando o cumprimento pelos autores

das exigências legais, prévias à ação ordinária de co-

brança, conforme se extrai dos documentos junta-

dos com a peça de ingresso (ocorrência do fato gera-

dor da obrigação, cálculo do montante do tributo

devido e identificação do sujeito passivo - fIs. 38/52 ;

bem assim a publicação dos editais em jornal de gran-

de circulação na cidade e veiculação em Diário Ofici-

al - fIs. 53/110), e ainda, considerando a falta de con-

testação da parte requerida, reforma-se a r. senten-

ça, para condenar o réu ao pagamento das contribui-

ções sindicais rurais relativas aos exercícios 2002, 2003,

2004 e 2005, mais correção monetária, juros de mora

e multa, na forma prevista no art. 600 da CLT.

In casu, considerando que sequer é questionado pelo

requerente o cumprimento das exigências legais pe-

las recorrentes, prévias à ação ordinária de cobran-

ça, constituindo a presente ação mera declaração

quanto ao direito de cobrança da Contribuição Sindi-

cal Rural e abstenção de emitir novas guias de co-

brança, entendo que a reforma da r. sentença é me-

dida que se impõe, para reconhecer e declarar a legi-

timidade de cobrança da citada Contribuição pelas

recorrentes. "

Aliás, é nesse sentido que a C. Primeira Turma vem

decidindo, conforme decisão dos autos sob nº 00198-2007-672-

09-00-0 (RCCS 461/2007), publicado em 28/03/2008, da lavra do

Exmo. Desembargador Relator EDMILSON ANTONIO DE LIMA,

de mesmo tema e envolvendo a CNA e FAEP, ao qual peço vênia

para transcrever o seguinte:

"(...)

Como se sabe, a partir da promulgação da Emenda Consti-

tucional nº 45/2004, passou a ser de competência da Justiça do Traba-

lho os processos relativos à cobrança de contribuição sindical (art. 114,

III, da CRFB/1988).

Dispõe o art. 1º do Decreto-Lei n° 1.166/71, que trata

do enquadramento e contribuição sindical rural:

"Art. 1° Para efeito da cobrança da contribuição sin-

dical rural prevista nos artigos 149 da Constituição

Federal e 578 a 591 da Consolidação das Leis do Tra-

balho, considera-se:

I - trabalhador rural:

a) a pessoa física que presta serviço a empregador

rural mediante remuneração de qualquer espécie;

b) quem, proprietário ou não, trabalhe individual-

mente ou em regime de economia familiar, assim

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22 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

entendido o trabalho dos membros da mesma famí-

lia, indispensável à própria subsistência e exercido

em condições de mútua dependência e colaboração,

ainda que com ajuda eventual de terceiros;

II - empresário ou empregador rural:

a) a pessoa física ou jurídica que, tendo empregado, em-

preende, a qualquer título, atividade econômica rural;

b) quem, proprietário ou não, e mesmo sem empre-

gado, em regime de economia familiar, explore imó-

vel rural que lhe absorva toda a força de trabalho e

lhe garanta a subsistência e progresso social e econô-

mico em área superior a dois módulos rurais da res-

pectiva região;

c) os proprietários de mais de um imóvel rural, desde

que a soma de suas áreas seja superior a dois módu-

los rurais da respectiva região. (Redação dada ao arti-

go pela Lei nº 9.701 de 17.11.1998, DOU 18.11.1998)".

Portanto, uma vez enquadrado nas hipóteses legais acima,

o empresário ou empregador rural torna-se sujeito passivo da exação,

cuja cobrança efetuada pelas entidades sindicais é absolutamente le-

gítima, posto que os arts. 579 e 589 da CLT os indicam expressamente

como credores da contribuição sindical. Diante da expressa disposição

legal, não se cogita de ilegitimidade das entidades sindicais para efe-

tuar a cobrança, independentemente da certidão a que alude o art. 606

celetário, sob pena de ofensa à nova ordem constitucional.

Além da previsão legal, repita-se que, em face do convênio

firmado entre a CNA e a Secretaria da Receita Federal, a cobrança é

feita pela entidade sindical (CNA), que lança a cobrança da dívida a

partir dos dados repassados pela Receita Federal, e que permitem

enquadrar o devedor na condição de integrante da categoria sobre a

qual incide a contribuição obrigatória.

Considerando que a obrigatoriedade do pagamento decorre

de lei, para aqueles que se enquadrem nas hipóteses legais, basta que

a entidade sindical emita a guia de recolhimento acompanhada do

demonstrativo da constituição do crédito. Como já dito, em face do art.

8° da Constituição Federal, não se pode exigir que apenas a certidão

expedida pelo órgão estatal se preste a constituir título de dívida apto

a ensejar a cobrança judicial, sob pena de evidente afronta ao texto

constitucional.

Além disso, importante frisar que é o próprio contribuinte,

por ocasião da declaração anual do ITR - Imposto Territorial Rural - à

Secretaria da Receita Federal, que informa a base de cálculo (VTNT)

sobre a qual incidirá a alíquota para cálculo da contribuição sindical,

na forma do art. 580 da CLT. E é a partir dessas informações, que são

repassadas para a entidade sindical, que a CNA efetua a cobrança.

Portanto, considerando que a cobrança está sendo feita

pelos credores legitimados pela lei, considerando que a obrigação de-

corre da lei, bem como que é o próprio contribuinte que informa o valor

que servirá de base de cálculo para a exação, é plenamente legítima a

cobrança efetuada pelas entidades sindicais ora autores, apresentan-

do-se suficientes para embasá-la as guias de recolhimento e os de-

monstrativos de constituição do crédito acostados com a inicial. "

Ademais, quanto à multa do art. 600 da CLT, este

colegiado entende que a mesma não foi revogada, mas não deve

ultrapassar o valor do prejuízo, em aplicação analógica ao art.

412 do Código Civil (o que se coaduna ao entendimento da OJ 54

da SBDI-1 do C.TST), enquanto são inaplicáveis as sanções do

art. 2° da Lei 8.022/1990, cujo destinatário é o Estado.

O artigo 600 da CLT impõe penalidade, devendo ser

interpretado restritivamente, não sendo possível a sua aplica-

ção analógica.

Logo, com relação à regra contida no art. 600 da CLT,

aplicável a multa de 10% (dez por cento), com adicional de 2%

(dois por cento) por mês de atraso, contida no caput. Todavia,

conforme já decidiu esta E. 1ª Turma nos autos de RCCS 79035-

2006-659-09-00-9 (julgamento em 14.08.07), por ser a multa pro-

gressiva uma penalidade manifestamente excessiva, ela deve

ser limitada ao valor de 100% do principal, ante a vedação, con-

siderada por analogia, do art. 412, do CCB:

''Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula pe-

nal não pode exceder o da obrigação principal".

Por fim, mantém-se a determinação da incidência de

juros de mora simples de 1% ao mês e correção monetária con-

forme os índices fixados pela assessoria econômica do E. TRT da

9ª Região, a ser aplicada a partir da propositura da ação.

Ante o exposto, nada a reformar.

NEGO PROVIMENTO.

III. CONCLUSÃO

Pelo que,

ACORDAM os Juízes da 1ª Turma do Tribunal Regio-

nal do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade de votos, CO-

NHECER DO RECURSO EM COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO

SINDICAL DO RÉU, assim como das respectivas contra-razões.

No mérito, por igual votação, NEGARLHE PROVIMENTO, nos

termos da fundamentação.

Custas inalteradas.

Intimem-se.

Curitiba, 25 de novembro de 2008.

CÉLIO HORST WALDRAFF

RELATOR

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23Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

Quem chega à propriedade dos Roe-cker em Nova Aurora, não imagina o queexiste além da casa e dos 18 alqueiresonde são cultivados milho, trigo e soja.

No sítio da família, situado na Comu-nidade Alto Alegre, a dedicação e a criati-vidade contribuem para que o local sejareferência em turismo rural na região.

Basta uma pequena caminhada parao visitante se deparar com três caminhosque levam a manifestações diferentes daNatureza. São as trilhas ecológicas “Ca-minho das Pedras”, “Salto da Serraria” e“Caminho das Águas”. Durante o passeio,placas instaladas nas trilhas dão recadossobre a importância de preservar o meioambiente. “Quem tem coração, não jogalixo no chão” é um dos avisos.

“Para a gente, qualidade de vida é tudo.Eu já me intoxiquei três vezes com agro-tóxicos. Neste ano, não queremos maisusar agrotóxicos. De jeito nenhum! Quemtem saúde, tem tudo!”, afirma o produtor,Ildo Roecker.

No sítio, ele é responsável pelo orqui-dário. “Quando fico tempo fora, como naregião de Guarapuava, onde presto servi-ço na colheita de grãos, as orquídeas sen-tem minha falta. Parecem até que mur-cham. Quando estou por aqui, começo odia com um “bom dia” para elas. E as flo-res gostam disso”, diz.

Os cuidados com os recursos natu-rais são de toda a família. Para a produ-tora Márcia Aparecida Depieri Roecker,cuidar da Natureza é melhorar a quali-dade de vida da família. “Pensamos so-bre o que vamos deixar para nossos fi-lhos”, comenta.

Após ter cursado o “De Olho na Quali-dade Rural” duas vezes, oferecido pelo SE-NAR-PR, Márcia decidiu dar uma maioratenção à água que consomem no sítio,proveniente de uma mina da proprieda-de vizinha. Segundo ela, os testes mostra-ram que a água estava bastante contami-nada.

“Então, trocamos de nascente e passa-mos a utilizar uma água que pudesse serconsumida. Hoje, nossa água é muito boa.Só por isso, já valeu ter feito o curso. Ascrianças viviam doentes e nem sabíamoso que era”, lembra.

RESPEITO À NATUREZA

Com criatividade e qualidade, sítiotorna-se referência em turismo rural

“Quando fico tempo fora, as orquídeas sentem minha falta.“Quando fico tempo fora, as orquídeas sentem minha falta.“Quando fico tempo fora, as orquídeas sentem minha falta.“Quando fico tempo fora, as orquídeas sentem minha falta.“Quando fico tempo fora, as orquídeas sentem minha falta.

Parecem até que murcham. Quando estou por aqui, começo oParecem até que murcham. Quando estou por aqui, começo oParecem até que murcham. Quando estou por aqui, começo oParecem até que murcham. Quando estou por aqui, começo oParecem até que murcham. Quando estou por aqui, começo o

dia com um “bom dia” para elas. E as flores gostam disso” –dia com um “bom dia” para elas. E as flores gostam disso” –dia com um “bom dia” para elas. E as flores gostam disso” –dia com um “bom dia” para elas. E as flores gostam disso” –dia com um “bom dia” para elas. E as flores gostam disso” –

Ildo RoeckerIldo RoeckerIldo RoeckerIldo RoeckerIldo Roecker

Nas trilhas ecológicas, mensagens que conscientizam os visitantes sobre os cuidados com a Natureza

No sítio de 18 alqueires, cuidados e caprichos transformam simples recantos em cartões-postais

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24 Boletim Informativo FAEP n° 1040 - semana de 16 a 22 de fevereiro de 2009

Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não exite o nº indicado

Informação dada peloporteiro ou síndico

Falecido Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTALEm ___/___/___

Em ___/___/___ Responsável

EMPRESA BRASILEIRA DECORREIOS E TELÉGRAFOS

Endereço para devolução:Federação da Agricultura do Estado do Paraná

Av. Marechal Deodoro, 450 - 14o andarCep 80010-010 - Curitiba - Paraná

Já Ildo faz questão de mostrar o sanea-mento básico rural instalado na proprie-dade. “É o que faltava’”, diz. Ele explicaque os dejetos humanos vêm para umadas três caixas. Após passar por todas elas,os dejetos saem como adubo orgânico.“Está pronto para ser usado”, afirma.

A fossa séptica biodigestora é um pro-jeto da Cooperativa Coopacol, da qual afamília é associada. A propriedade dosRoecker foi escolhida para sediar a tec-nologia como forma de divulgação na re-gião. “Escolheram nossa propriedadeporque respeitamos o meio ambiente”,conclui.Qualidade Total - Atualmente, Márciaparticipa do Qualidade Total (QT). É a opor-tunidade que tem para enriquecer seusconhecimentos e ter iniciativas que trans-formam a realidade em que vive. “A gen-te está aprendendo a se valorizar mais, adar importância ao que fazemos. Quali-dade é tudo! Conversamos mais, troca-

mos ideias. Quando temos problemas, to-dos discutem e buscam, juntos, soluções.Ouvimos os outros. Estamos aprendendoa pôr tudo na ponta da caneta: o que segasta, o que é viável. Enfim, aprendi apriorizar”, diz.

Entre as lições que aprendeu, estão asque destacam a importância da honesti-dade. “Quando não quero um produtopara minha família, não quero para osoutros. Temos que ter responsabilidadepelo que estamos produzindo. Procura-mos trabalhar em família. Assim, nos sen-timos bem onde moramos e temos retor-no. Ou seja, agregamos valor ao que pro-duzimos”, afirma.Profissionalização - Como Márcia, Ildotambém cursou o “De Olho na QualidadeRural”. Ele também conclui o QT. Para aprodutora, é importante que o casal façaos mesmos cursos. “Assim, podemos tro-car ideias, apoio e compromissos. Temosmuita satisfação! As pessoas chegam e

veem a diferença. Elas elogiam. Essa é nos-sa recompensa. Temos o prazer de viveraqui”, diz.

O casal também fez o curso de Turis-mo Rural do SENAR-PR. “Com os cursos,adquirimos conhecimento. A gente apren-de muitas coisas e passa a ver de outraforma. Passamos a valorizar coisas, àsquais nem dávamos atenção. Uma áreaperdida passa a ser usada de outra for-ma, que não imaginávamos”, explica. Ildoainda fez os cursos de colheitadeira e deplantadeira.

Em outubro de 2007, Márcia fez o cur-so de Jardinagem do SENAR-PR. “A genteacaba comprando certas ideias. Podemosmelhorar sempre. Principalmente, se es-tamos com um grupo participativo, quebusca cada vez mais”, comenta.

Depois de fazer o Jovem AgricultorAprendiz (JAA) por duas vezes, o filho dosRoecker, Jonas Rodrigo, fez o Empreende-dor Rural. Como estudante de agronomia,ele traz para a propriedade tudo o queaprende. “Nosso filho quer fazer o sítioproduzir mais para poder ficar na propri-edade. Ele quer continuar vivendo aqui”,acrescenta Márcia. A filha Dhieyne Alinetambém já fez o JAA.Desafios - Quanto ao futuro, Márcia espe-ra envolver mais a família nas atividadesda propriedade. “Isso porque queremosviver aqui”, diz. Entre os planos, está o in-vestimento em suinocultura. A produtoratambém quer aprender coisas novas e co-locá-las em prática. “Com certeza, vou con-tinuar fazendo cursos”, afirma.

A história dos Roecker deve prosseguirpor muito tempo. Prova de que o amor àvida no campo é duradouro, a famíliamontou um museu na propriedade. Nolocal, estão reunidos ferramentas e mate-riais domésticos usados na zona rural. “Foio jeito que encontramos para registrar opassado e eternizá-lo para futuras gera-ções”, conclui Márcia.

Na propriedade, o museu dos Roecker eterniza o passado da zona rural

O casal Roecker e os fillhos Jonas, Dhieyne e a pequena Khauany: respeito à Natureza passa gerações

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