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Selo FSC aqui LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES: 1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 60 questões numeradas de 1 a 60 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira: a) questões de número 1 a 30, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias; b) Proposta de Redação; c) questões de número 31 a 60, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. ATENÇÃO: as questões de 1 a 4 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão. 4. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e dez minutos. 5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO- -RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação. 6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas uma hora e trinta minutos do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas. PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS Estudante: As flores embelezam o mundo. ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase: Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo. 9130604000175 2 a Série 1 o Dia Prova 1 Código: 21 Simulado ENEM 2020

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Selo FSC aqui

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 60 questões numeradas de 1 a 60 e a Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:

a) questões de número 1 a 30, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;

b) Proposta de Redação;

c) questões de número 31 a 60, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.

ATENÇÃO: as questões de 1 a 4 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.

2. Confi ra se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.

3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.

4. O tempo disponível para estas provas é de quatro horas e dez minutos.

5. Reserve os 30 minutos fi nais para marcar seu CARTÃO--RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.

6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.

7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.

8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas uma hora e trinta minutos do início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em defi nitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término das provas.

PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃOPROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Estudante:

As fl ores embelezam o mundo.

ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA, com sua caligrafi a usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:

Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas edições.As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 3

LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 1 a 30

Questões de 1 a 4 (opção Inglês)

QUESTÃO 1

School-based violence prevention: a practical handbook, developed by WHO with contributions from UNESCO and UNICEF,

outlines important steps that schools can take to implement an […] approach to violence prevention. The document is written

in plain English and is accessible to various audiences including teachers, school administrators and staff within Ministries

of Education.

The handbook provides practical information on how to:

Train teachers in positive discipline to reduce the use of corporal punishment;

Include life and social skills training in the school curriculum to help children practice how to form positive relationships

and solve conflicts constructively;

Involve parents and the community to strengthen parenting skills and support children’s learning;

Teach social and gender norms that can help to prevent violence such as intimate partner violence and elder abuse later

in life;

Respond to violence focusing on rehabilitation and correcting inappropriate behaviours.

New handbook promotes schools as an ideal setting for violence prevention. World Health Organization. Disponível em: <www.who.int/violence_injury_prevention/violence/school‑based‑violence‑handbook/en/>. Acesso em: 23 jul. 2019.

De acordo com as informações do texto, a Organização Mundial da Saúde, em parceria com a Unesco e a Unicef, elaborou um manual cujo objetivo é

A sugerir medidas que possam prevenir a violência no ambiente escolar.

B adaptar as aulas para que sejam acessíveis a alunos de diferentes origens.

C capacitar professores para ministrar suas aulas, também, em língua inglesa.

D implementar projetos sociais em escolas localizadas em vizinhanças violentas.

E conscientizar professores e outros funcionários de escolas sobre doenças contagiosas.

QUESTÃO 2

Na tirinha, há uma crítica relacionada

A aos impostos embutidos nos preços dos produtos.

B às más condições de manipulação dos alimentos.

C às taxas cobradas aos pequenos comerciantes.

D à utilização de receitas caseiras como remédios.

E às propagandas vagas ou enganosas.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 4

QUESTÃO 3

50 YEARS LATER, THE MOON IS STILL GREAT

FOR BUSINESS

Fifty years after humans first visited, businesses are still

trying to make a buck off the moon.

Hundreds of millions of people were riveted when Apollo 11

landed on the moon on July 20, 1969. Naturally, marketers jum‑

ped at the chance to sell products from cars and televisions,

to cereal and a once‑obscure powdered drink called Tang.

They are at it again in 2019, as the 50th anniversary of the

giant leap for mankind approaches.

There’s the cosmically priced $34,600 limited edition Ome‑

ga Speedmaster, a tribute to the watch that Buzz Aldrin wore

on the moon. […]

There’s the playful NASA Apollo 11 lunar lander set from

Lego. And Nabisco’s indulgent purple Marshmallow Moon

Oreo cookies. And who doesn’t need “one small step” T‑shirts,

Saturn V crew socks or an Apollo 11 travel tumbler?

OLSON, Alexandra. 50 years later, the moon is still great for business. AP News, 24 jun. 2019. Disponível em:

<www.apnews.com/996310c61673462bb0c7d85711bdc317>. Acesso em: 23 jul. 2019.

O texto apresenta o satélite natural da Terra de um pon‑to de vista monetário. Essa condição de “bom negócio” refere‑se a

A reunir milhões de pessoas e celebrar o primeiro pouso na Lua.

B arrecadar fundos para levar visitantes civis à Lua.

C convencer empresários a investir em novas viagens à Lua.

D lucrar com a venda de produtos relacionados à chegada da humanidade à Lua.

E homenagear Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua.

QUESTÃO 4

London Bridge

London Bridge is broken down

Build it up with wood and clay

Wood and clay will wash away

Build it up with bricks and mortar

Bricks and mortar will not stay

Build it up with iron and steel

Iron and steel will bend and bow

Build it up with silver and gold

Silver and gold will be stolen away

Set a man to watch all night

Suppose the man should fall asleep

Give him a pipe to smoke all night

Disponível em: <http://www.mamalisa.com.> Acesso em: 19 out. 2016 (adaptado).

A cantiga faz referência a uma teoria de que a famosa Ponte de Londres já foi destruída no passado, e sugere que

A a ponte se deteriorava apesar dos diferentes materiais utili‑zados na construção.

B os materiais utilizados não eram adequados para a constru‑ção de uma ponte.

C a vigilância da ponte não foi suficiente para conter as destruições.

D os trabalhadores não executaram bem a construção da ponte.

E a destruição da ponte acontecia durante as madrugadas.

Questões de 1 a 4 (opção Espanhol)

QUESTÃO 1

El crítico Angel Rama señala que en el modernismo

hay una superposición de estéticas consideradas

antagónicas en Europa, como el parnasianismo y el

simbolismo. Lo que sucede es que todo lo que llegaba de

París era adoptado orgullosamente por los modernistas:

si España connotaba atraso y los Estados Unidos

pragmatismo, Francia era pensada como espléndida

cuna de la cultura y el arte.

ABBATE, Florencia. Literatura latinoamericana para principiantes. Buenos Aires: Era Naciente, 2004. p. 11.

O trecho trata de um momento específico da literatura latino‑‑americana, o Modernismo. Nesse contexto

A a França, tida como berço da cultura e da arte, tinha enorme influência sobre os modernistas.

B a Espanha constituía importante referência, por conta do atraso que a América Latina vivenciava.

C a França, entre outros países da Europa, exercia grande domínio sobre a América Latina.

D os Estados Unidos eram repudiados pelos latino‑americanos pelo pragmatismo que representavam.

E a Europa era a única referência dos modernistas por trazer uma superposição de estéticas.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 5

QUESTÃO 2

No último quadrinho, Calvin diz que ele e Hobbes deveriam ter partido antes porque

A a mãe demonstrou estar triste com o comunicado.

B o planeta Terra está muito contaminado.

C ele estava pronto há muito tempo para partir rumo a Marte.

D ele queria deixar saudade e impressionar o pai.

E a mãe não os levou a sério e deu uma ordem a ele.

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QUESTÃO 3

Cómo domar una lengua salvaje

— Vamos a tener que controlar tu lengua — dice el dentista, sacando todo el metal de mi boca. [...] El dentista está limpiándome las raíces. [...]

— Vamos a tener que hacer algo com tu lengua. —Noto la fúria subir em su voz.

— Nunca he visto algo tan flerte o tan terco — dice él. Y pienso, ¿como domas uma lengua salvaje, la entrenas para que guarde silencio, como la embridas y la ensillas? ¿ Cómo haces para tumbarla?

¿Quién dice que robar a um Pueblo de su idioma es menos violento que la guerra?

[...]

ANZALDÚA, G. Como domar una lengua salvage. In: Voces sin Fronteras.

Vintage Books, 2006, pág. 31.

Gloria Anzaldúa, autora do texto, é descendente dos chica‑nos, mexicanos que passaram a viver nos Estados Unidos após a Guerra contra o México. O excerto do conto retrata

A o sonho dos imigrantes de vencer em território estaduniden‑se, apesar das dificuldades do dia a dia.

B a decepção dos mexicanos por terem perdido a guerra e terem seu território cedido para os Estados Unidos.

C o reconhecimento de que os chicanos eram vistos pelos americanos como seres selvagens.

D a pressão que os imigrantes sofriam por não conseguirem se comunicar no idioma da cultura dominante.

E o desejo da protagonista de se comunicar em solo estadu‑nidense sem aparentar ser estrangeira.

QUESTÃO 4

El largo y sinuoso camino de Argentina para ser

campeón mundial de sóftbol

Detrás de cada logro deportivo hay historias mínimas

de trabajo en silencio. Hay atletas que alimentan su pasión

por una disciplina, mientras deben trabajar al mismo tiempo

que entrenarse y competir. Hay planificación a mediano y

largo plazo. Y hay un camino recorrido para luego buscar

resultados, que a veces llegan y otras no. El campeonato

mundial de sóftbol tuvo estos ingredientes en la Selección

masculina argentina que se coronó en Praga.

Podrá decirse que la consagración en República Checa,

en esa final ganada por 3‑2 a Japón, empezó a gestarse

hace casi una década, cuando Paraná fue seleccionada para

organizar el Mundial Juvenil de 2012.

BIANCHI, Nicole. El largo y sinuoso camino de Argentina para ser campeón mundial de sóftbol. Clarín, 24 jun. 2019. Disponível em: <www.clarin.com/deportes/polideportivo/largo‑sinuoso‑camino‑argentina‑campeon‑mundial‑softbol_0_jJFUN5O32.html>. Acesso em: 24 jun. 2019.

Segundo o texto, a vitória da seleção argentina no campeo‑nato mundial de softbol foi resultado

A do trabalho em longo prazo iniciado no Mundial Juvenil de 2012 na Argentina.

B do planejamento em médio e em longo prazo, caminho sem‑pre eficaz para gerar resultados.

C do trabalho mínimo apenas, ainda que alguns atletas tenham se dedicado com paixão.

D da disciplina exclusivamente, ingrediente essencial e obri‑gatório para alcançar o sucesso.

E do trabalho feito pelos jogadores de Paraná, que sediou o Mundial Juvenil de 2012.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 6

QUESTÃO 5

O cartaz do Ministério da Saúde é um exemplo do fun‑cionamento da linguagem como meio de comunicação pois nele

A há um destinador, que produz a sequência de informa‑ções (orientações para não contrair gripe), mas não um destinatário.

B há um texto, porém este não pode ser considerado uma mensagem, já que não transmite nenhuma informação nova ao destinatário.

C há um destinador previsto pela propaganda e um destina‑tário marcado pela pergunta feita diretamente a ele, com o uso de “Você”.

D há destinatário, destinador e mensagem, mas não há ca‑nal, uma vez que a propaganda não se vincula a nenhum outro texto.

E há apenas mensagem e canal, pois não é possível iden‑tificar os participantes dessa comunicação, ou seja, des‑tinador e destinatário.

QUESTÃO 6

Você já ouviu ou falou a expressão “fulano(a) está ferra‑

do(a)”, certo? Pois saiba que aí tem uma origem macabra

que muitos desconhecem: vem do hábito de marcar escravos

com ferro em brasa!

Marcar a pele dos escravos com ferro em brasa era uma

prática bastante comum durante o período de escravidão no

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Brasil. Assim como o gado, o negro era tratado como proprie‑

dade passível de marca de identificação. [...]

Alguns eram ferrados ainda em sua terra natal, antes do

embarque. De acordo com Clóvis Moura, autor do Dicionário

da Escravidão Negra no Brasil, a palavra “carimbo”, que é

de origem africana, surgiu a partir desse hábito.

Disponível em: <https://seuhistory.com>. Acesso em: 10 maio 2017 (adaptado).

O estudo etimológico das palavras nos ajuda a entender o processo de formação histórica da nossa língua. Ao tratar da origem da expressão “fulano(a) está ferrado(a)” e da palavra “carimbo”, o texto tem como objetivo

A explicar como ocorria a prática de marcar escravos com ferro em brasa na pele.

B alertar para expressões com origens racistas que ainda são usadas atualmente.

C revelar os significados por trás de expressões para mostrar a importância de preservá‑las.

D questionar as histórias atribuídas às expressões populares brasileiras utilizadas no dia a dia.

E ressignificar expressões antigas do português para que pos‑sam ser utilizadas atualmente.

QUESTÃO 7

TEXTO I

Os membros protéticos estão ficando melhores, mas não

tão rapidamente quanto você pensa. Eles não são tão esper‑

tos quanto nossos membros reais, que (dirigidos pelo cérebro)

fazem coisas como se esticar automaticamente para nos pe‑

gar quando caímos. Este “reflexo de tropeço” em particular

foi o assunto de um interessante estudo em Vanderbilt que

exigiu que seus sujeitos caíssem… muito.

O problema que a equipe pretende ajudar a aliviar é sim‑

plesmente que os usuários de próteses caem, como você

pode imaginar, mais do que a maioria, e quando eles caem,

pode ser muito difícil de recuperar, já que uma perna artificial

– especialmente para amputações do joelho – não reage da

mesma forma que uma perna natural.

A ideia, explicou o pesquisador‑chefe e professor de en‑

genharia mecânica Michael Goldfarb, é determinar exata‑

mente o que acontece em uma resposta de tropeço e como

recriar isso artificialmente.

FERREIRA, Alex. Android Antenado. 20 jun. 2019. Disponível em: <https://androidantenado.com/tripping‑grad‑students‑mais‑e‑mais‑para‑a‑

ciencia‑e‑melhores‑membros‑proteticos/>. Acesso em: 9 jul. 2019.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 7

TEXTO II

Uma das novidades da CES 2018 é um cinto com air

bags […]. Ele não é muito discreto, mas promete proteger o

quadril em caso de quedas. Você pode pensar que não tem

muita utilidade para o seu dia a dia, mas o público‑alvo do

Hip’Air são os idosos, que sofrem com as quedas. Saindo por

US$ 800, o cinto com air bag absorve o impacto do usuário

e evita maiores riscos de fraturas.SOUZA, Lady Marques de. Você usaria este cinto com airbag para proteger seu quadril?

TechMundo, 9 jan. 2018. Disponível em: <www.tecmundo.com.br/mercado/125892‑ voce‑usaria‑cinto‑airbag‑proteger‑quadril.htm>. Acesso em: 26 jun. 2019.

Tanto o texto I quanto o texto II abordam progressos relaciona‑dos às áreas de saúde e tecnologia. Além disso, outro ponto em comum é que ambos estão relacionados a

A aprimoramentos de próteses humanas.

B técnicas para melhorar a fixação de fraturas.

C formas de o cérebro controlar melhor o corpo.

D melhorias de questões de mobilidade.

E prevenção de amputações de joelho.

QUESTÃO 8

Ao observar a obra, percebem‑se diferentes formas de repre‑sentar um mesmo objeto. Nesse caso,

A a fotografia é um índice, pois reproduz fielmente o objeto, guardando as suas características naturais.

B a palavra que nomeia o objeto é um ícone, pois traz em sua composição características do objeto que nomeia.

C o objeto é um ícone, uma vez que está, nesse caso, funcio‑nando como uma representação de si mesmo.

D a palavra que nomeia o objeto é um signo linguístico, pois é arbitrário e não guarda características do objeto.

E a fotografia é um símbolo, pois representa o objeto, mas não de forma fidedigna, produzindo, assim, outros sentidos também.

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QUESTÃO 9

Bailemos nós já todas três, ai amigas,

sô aquestas avelaneiras frolidas,

e quem for velida, como nós, velidas,

se amigo amar,

sô aquestas avelaneiras frolidas

verrá bailar.

Bailemos nós já todas três, ai irmanas,

sô aqueste ramo destas avelanas,

e quem for louçana, como nós, louçanas,

se amigo amar,

sô aqueste ramo destas avelanas

verrá bailar.

Por Deus, ai amigas, mentr’al non fazemos

sô aqueste ramo frolido bailemos,

e quem bem parecer, como nós parecemos,

se amigo amar,

sô aqueste ramo, sol que nós bailemos,

verrá bailar.

NUNES, Airas. In: Cantigas Medievais Galego-Portuguesas. Disponível em: <https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=883&pv=sim>.

Acesso em: 19 jun. 2019.

Glossário:

sô: sob aquestas: estas avelaneira: pé de avelã frolida: florida velida: bela verrá: virá louçana: bonita mentr’al: enquanto outras coisas quem bem parecer: quem for bela

Essa cantiga do trovador medieval Airas Nunes apresenta traços típicos das composições galego‑portuguesas deno‑minadas canções d’amigo. Nesse gênero textual do Trova‑dorismo, destacam‑se aquelas em que o eu lírico feminino, uma jovem em um discurso de tom popular, dirige‑se às amigas ou às irmãs, e tem por assunto o “amigo” ou ho‑mem a quem devota seu amor. No texto citado, há também outro componente que o define como um cantar d’amigo, que consiste

A no emprego de um estribilho, repetido a cada estrofe.

B no ambiente palaciano em que se situam o eu lírico e suas amigas.

C na evocação da natureza como participante ou conselheira.

D na presença do mar que propiciou o afastamento do amigo.

E na idealização do amado distante, que a trocou por outra mulher.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 8

QUESTÃO 10

7 IMAGENS DA BRIGA BISCOITO X BOLACHA. Disponível em: <http://www.setelist.com.br>. Acesso em: mar. 2015 (adaptado).

A comparação de itens lexicais entre as diversas variedades linguísticas põe em evidência

A o dialeto regional paulista, que, em oposição aos demais, respeita a norma culta da língua portuguesa.

B a semelhança morfofonêmica entre grande parte das varie‑dades linguísticas sociais.

C a palavra “bolacha” como item diferenciador de um dialeto regional, no caso, o paulista.

D o erro da pronúncia “bolacha”, dado que, historicamente, optou‑se pela palavra “biscoito”.

E o registro social, uma vez que regiões socioeconomicamente desenvolvidas falam “biscoito” e em São Paulo fala‑se “bolacha”.

QUESTÃO 11

Cleaning the drapes, de Martha Rosler

Conforme TV, jornais e revistas estampavam notícias e imagens das atrocidades que aconteciam no Vietnã, ame‑ricanos questionavam a legitimidade da guerra, ao mesmo

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tempo em que acompanhavam quase que ao vivo o que se passava com os soldados do outro lado do mundo.

Em sua série “House Beautiful: Bringing the War Home”, Martha Rosler mistura fotos e anúncios em colagens que mos‑tram militares e refugiados da guerra inusitadamente deslo‑cados para cenas do cotidiano dos EUA.

A proximidade do conflito era estampada na realidade das pessoas que, segundo a artista nascida em Nova York, não po‑diam mais separar o aqui e o lá. A guerra estava dentro de casa.

DIAS, Marina. Exposição reúne arte feita durante a Guerra do Vietnã. Folha de S.Paulo, 16 jun. 2019. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/06/exposicao‑reune‑arte‑

feita‑durante‑a‑guerra‑do‑vietna.shtml>. Acesso em: 27 jun. 2019.

O trecho acima faz uma breve reflexão sobre as obras que re‑tratam as angústias e os impactos políticos e sociais da Guerra do Vietnã, como a obra de Martha Rosler, intitulada Cleaning the drapes (“Limpando as cortinas”, em tradução livre), e que integra a exposição “Artist respond: American art and the Vietnam‑War, 1965‑1975” (“Resposta do artista: arte americana e a Guerra do Vietnã, 1965‑1975”, em tradução livre), no Smithsonian American Art Museum. A relação do trecho com a obra demonstra que

A a guerra era algo distante do cotidiano da classe artística norte‑americana.

B a arte dificilmente é capaz de dialogar com questões sociais.

C a artista usou a técnica de colagem para fazer recortes de realidade de forma crítica.

D a globalização de informações em nada modificou a percep‑ção de realidade.

E a tecnologia favoreceu a imparcialidade dos cidadãos pe‑rante os rumos da guerra.

QUESTÃO 12

ORLANDELI. Grump

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 9

O acordo ortográfico firmado em 2000 entre países cuja lín‑gua nacional é o português trouxe uma série de mudanças na maneira de grafar as palavras para facilitar a comunica‑ção escrita entre esses países. Pensando nessa questão, a tirinha de Orlandeli

A faz uma crítica ao sistema educacional, que se demonstra incapaz de ensinar as regras ortográficas, uma vez que a personagem não sabia que a palavra “linguiça” era grafada com trema.

B ironiza o fato de a personagem exaltar sua própria geniali‑dade na língua portuguesa, pois já grafava a palavra “lin‑guiça” sem trema antes mesmo de a reforma ortográfica ser assinada.

C enaltece a importância de os alunos estudarem gramática na escola, pois é por meio do estudo e da memorização das regras ortográficas que se aprende a grafar as palavras da forma correta.

D faz uma crítica ao emprego da nova ortografia, pois, para a personagem, é mais fácil usar a língua como ela aprendeu na escola, ou seja, com as regras ortográficas antigas.

E elogia o brilhantismo das pessoas que, contrariando o senso comum, são capazes de empregar a língua de for‑ma mais simples, ainda que esse emprego fira as regras ortográficas.

QUESTÃO 13

Roberto Vasquez mora em Toronto e aproveitava todo o

tempo vago para jogar Pokémon Go. Sem perceber, come‑

çou a praticar uma atividade física na caçada aos bichinhos:

a caminhada.

“O objetivo do jogo é sair e explorar o que está ao seu

redor. Não dá para jogar sentado no sofá”, fala o fotógrafo

ao jornal americano “The New York Post”.

Ele conta que o objetivo não era emagrecer nem fazer

dieta. Tudo foi apenas uma boa consequência por usar o

joguinho que é febre em todo o mundo. “Comecei a jogar

porque estava cercado por amigos que estavam brincan‑

do e isso também me trazia boas memórias da infância.

Definitivamente, perder peso não estava na minha mente”.

Roberto se esforçou bastante para conquistar os poké‑

mons. Ele afirma que chegou a percorrer 40 km durante um

dia de caçada. Ele jogava mais de 8 a 12 horas por dia! O

fotógrafo monitorava a distância percorrida com o aplicati‑

vo disponível no jogo e, depois de ter capturado todos os

bichinhos (isso mesmo, todos!), ele tinha andado 265 km.

Tanto exercício e caminhadas por aí se refletiram na forma

de Roberto. Ao finalizar o jogo, ele havia perdido 11 kg.

Disponível em: <http://deles.ig.com.br>. Acesso em: 24 ago. 2016.

A relação entre a tecnologia de comunicação e a transforma‑ção de hábitos corporais é exemplificada no texto

A pelas campanhas de conscientização criadas por alguns fabricantes de aplicativos, que valorizam a atividade física.

B pelo auxílio prestado às pessoas que precisam se exer‑citar por comunidades on‑line, que incentivam hábitos saudáveis.

C pelo sedentarismo promovido pelos jogos eletrônicos, que incentivam seus usuários a trocar o movimento real pelo virtual.

D pelo surgimento de aplicativos voltados a pessoas que querem emagrecer, que apresentam técnicas de exer‑cícios mais eficientes.

E pelos incentivos oferecidos por alguns jogos e aplicativos, que usam o movimento real como meio para oferecer prê‑mios virtuais.

QUESTÃO 14

Em outro plano, o Estado Novo, sob o comando de Getú‑

lio Vargas, também adotou medidas que geraram impactos

nas línguas e culturas das famílias e comunidades imigran‑

tes que chegaram ao Brasil em fins do século XIX. Havia a

preocupação, de fundo racialista, com a manutenção da

hegemonia da cultura brasileira forjada a partir dos moldes

lusitanos. Temia‑se a possibilidade de ebulição de movimen‑

tos separatistas, que se suspeitava poder aflorar nas colô‑

nias de imigrantes japoneses, alemães, italianos, poloneses,

ucranianos, entre outras. Foi a escola o principal instrumento

de imposição, onde se tornou obrigatório o ensino da língua

portuguesa, desestimulando‑se, ao mesmo tempo, o apren‑

dizado e a utilização das línguas faladas pelos imigrantes.

CASAL JR, M. A diversidade linguística como patrimônio cultural. IPEA – Desafios do Desenvolvimento, ano 10, ed. 80, 23 jun. 2014. Disponível em: <www.ipea.gov.br/

desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=3053&catid=28&Itemid=39>. Acesso em: 25 jun. 2019.

No excerto da reportagem sobre diversidade linguística, fica claro que

A a norma‑padrão é definida espontaneamente pelas dife‑rentes comunidades linguísticas, que chegam a um acordo sobre uma norma‑padrão para se comunicarem.

B a norma‑padrão é uma imposição do Estado, que escolhe uma variedade linguística de prestígio e a toma como o padrão a ser ensinado e difundido pela instituição escolar.

C a diversidade linguística era respeitada e, inclusive, esti‑mulada pelo Estado Novo, na medida em que ele permitia que a escola acolhesse as diversas variantes no ensino obrigatório.

D a norma‑padrão costuma ser definida pelo Estado com base em um trabalho de especialistas que estudam os diferentes regionalismos no país e chegam a uma norma que os une.

E a norma‑padrão no Brasil, na época do Estado Novo, era a mesma de Portugal, na medida em que o Estado impôs o ensino obrigatório da língua portuguesa nas escolas.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 10

QUESTÃO 15

Verdade, Amor, Razão, Merecimento,

Qualquer alma farão segura e forte;

Porém, Fortuna, Caso, Tempo e Sorte,

Têm do confuso mundo o regimento.

Efeitos mil revolve o pensamento

E não sabe a que causa se reporte;

Mas sabe que o que é mais que vida e morte,

Que não o alcança humano entendimento.

Doutos varões darão razões subidas,

Mas são experiências mais provadas,

E por isso é melhor ter muito visto.

Coisas há aí que passam sem ser cridas

E coisas cridas há sem ser passadas,

mas o melhor de tudo é crer em Cristo.

CAMÕES, Luís Vaz de. Soneto 166. 1598.

Esse soneto de Camões (c. 1524‑1580) traz uma reflexão a respeito do desconcerto do mundo e sobre como o saber e os valores que tornam mais dignos os seres humanos acabam sendo de pouca valia na prática. Desse modo, o texto tem por visão, diante do regimento desse “confuso mundo”,

A a confiança no saber científico, propagado pelos doutos varões, cujas experiências provam a correção desse mun‑do injusto.

B a busca pela Fortuna, pelo Caso, pelo Tempo e pela Sorte, já que os demais conceitos não se realizam nesse mundo.

C a predileção pelo conhecimento emocional em detrimento do intelectual, que não abarca as experiências não vistas.

D a crença em Cristo, uma vez que o entendimento humano não consegue alcançar o que há além do mundo terreno.

E a ideia de que as almas se fortalecerão por meio das mudanças de atitude dos homens em prol da verdade e do amor.

QUESTÃO 16

Sandra, a orangotango que se transformou em “pessoa”

Sandra nasceu em 14 de fevereiro de 1986 no zoológico

de Rostock, na então República Democrática Alemã. Não se

sabe muito sobre sua infância, exceto que sua mãe a rejei‑

tou. Cresceu na solidão. Enviaram‑na para o zoológico de

Gelsenkirchen e em setembro de 1995, aos 9 anos, foi vendi‑

da para o zoológico de Buenos Aires. Lá encontrou um com‑

panheiro temporário com quem engendrou Sheinbira, uma

fêmea. Sandra repetiu a história da família: não quis a cria.

Como sua própria mãe, não tem instinto maternal. De Shein‑

bira se perdeu a pista. Foi comprada por um intermediário e

acredita‑se que esteja em algum lugar da Ásia. Sandra con‑

tinua sozinha. É o único animal dessa espécie na Argentina.

GONZÁLEZ, E. Sandra, a orangotango que se transformou em “pessoa”. El País Brasil, 22 jun. 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/17/

ciencia/1560778649_547496.html>. Acesso em: 28 jun. 2019.

O trecho acima compõe uma notícia bastante curiosa sobre acontecimentos com uma orangotango. Nele, observa‑se que se conta a história de Sandra, que é a personagem desse acontecimento. No excerto, observa‑se o emprego correto da coesão referencial no caso em que

A Sandra é retomada no texto pelas expressões referenciais “a orangotango” e “o único animal”.

B o pronome do caso oblíquo “a” refere‑se à Sandra em “a rejeitou” e “a cria”.

C Sandra é retomada por elipse nas formas verbais “(ela) cres ceu” e “(ela) foi comprada”.

D Sheinbira, a filha de Sandra, é retomada pelo pronome do caso oblíquo “a” em “enviaram‑na”.

E o pronome possessivo “sua” faz referência tanto à Sandra como à mãe de Sandra.

QUESTÃO 17

O VATE

Vate! Vate! que és tu? — Nos seus extremos

Fadou‑te Deus um coração de amores,

Fadou‑te uma alma acesa borbulhando

Ardidos pensamentos, como a lava

Que o gigante Vesúvio arroja às nuvens.

Vote! vote! que és tu? — Foste ao princípio

Sacerdote e profeta;

Eram nos céus teus cantos uma prece,

Na terra um vaticínio.

E ele cantava então: — Jeová me disse,

—Majestoso e terrível.

[…]

E o vate entanto o pálido semblante

Meditabundo sobre as mãos firmara,

Suplicando ao Senhor do interno d’alma.

Foram santos então. — Homero o mundo

Criou segunda vez, — o inferno o Dante, —

Milton o paraíso, — foram grandes!

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 11

E hoje!... em nosso exilio erramos tristes,

Mimosa esp’ranca ao infeliz legando.

Maldizendo a soberba, o crime, os vicios:

E o infeliz se consola, e o grande treme.

Damos ao infante aqui do pao que temos,

E o manto além ao misero raquitico:

Somos hoje Cristaos.

DIAS, Goncalves. “O vate”. Primeiros Cantos. 1846.

O poema de Goncalves Dias (1823‑1864) evoca o mito român‑tico do poeta como guia do povo. Escrito sob uma forma mais livre, com versos brancos, projeta‑se aqui a missao daquele que tem o dom da palavra, de proferir e vaticinar sobre o seu tempo. O eu lirico aproxima de Jesus Cristo a tarefa de Home‑ro, Dante e Milton, assim como a sua própria, que consiste em

A exprimir de forma visionária e reveladora a verdade sobre os acontecimentos terrenos.

B recriar o mundo ao seu modo, segundo suas paixões e me‑ditacões humanas.

C denunciar os erros cometidos pelos mais fortes a fim de absolver os pobres de espirito.

D exercer o dominio intelectual sobre aqueles que desconhe‑cem o saber divino.

E sofrer os padecimentos do coracao e da alma sentimental legados por Cristo.

QUESTÃO 18

Nessa propaganda, a organizacao nao governamental Greenpeace faz um apelo para que a Medida Provisória 867, cujo objetivo seria adiar o cumprimento de uma das resolu‑cões do Código Florestal de 2012, nao seja aprovada e, por‑

GR

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CE

BR

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IL

tanto, o código seja aplicado como previsto. Para persuadir o interlocutor, a propaganda

A emprega o pronome indefinido “todos” como uma forma de provar que todo aquele que é brasileiro tem a obrigacao de se posicionar de forma contrária à medida provisória.

B utiliza a palavra “nao”, nas duas ocorrências, como advérbio de negacao que modifica os verbos cumprir e mudar, a fim de fortalecer seu argumento de que só se quer cumprir a lei.

C recorre ao uso da imagem de um animal considerado ami‑gável e de convivio doméstico, a fim de despertar a empatia dos parlamentares que iriam votar a medida.

D emprega a palavra “nao” no inicio de uma interrogacao direta (primeira ocorrência), induzindo o interlocutor a responder afirmativamente, fortalecendo, assim, o seu argumento.

E articula a imagem de um animal selvagem (texto nao verbal) a uma mensagem (texto verbal) que denuncia o governo que cogita nao cumprir as leis de preservacao ambiental.

QUESTÃO 19

CRÍTICA: TURMA DA MÔNICA – LAÇOS É PURO

QUENTINHO NO CORAÇÃO

É dificil encontrar um brasileiro que nao tenha sido tocado

pelas histórias da Turma da Mônica em algum momento da

vida. E quando a Mauricio de Sousa Producões anunciou

que um filme live-action inspirado nos quadrinhos chegaria

aos cinemas, o público ficou dividido. Enquanto alguns fas

celebraram a noticia, outros ficaram com um pé atrás. Afinal,

que tarefa dificil encontrar uma Mônica, um Cebolinha, um

Cascao e uma Magali na vida real, né?

Mas deu certo – e muito! Nesta quinta‑feira (27) chega

aos cinemas o filme Turma da Mônica – Lacos, inspirado na

graphic novel de mesmo nome de Lu e Vitor Cafaggi.

ZOCCHI, G. Critica: Turma da Mônica – Lacos é puro quentinho no coracao. Capricho, s/d. Disponivel em: <https://capricho.abril.com.br/favorito/

critica‑turma‑da‑monica‑lacos‑e‑puro‑quentinho‑no‑coracao/>. Acesso em: 28 jun. 2019.

No trecho acima, retirado de uma critica sobre o filme Turma da Mônica – Lacos, o autor utiliza

A uma linguagem bastante objetiva e impessoal, procurando avaliar o filme de forma neutra.

B os recursos coesivos, como “enquanto” e “afinal”, de maneira equivocada, o que prejudica a coerência do texto.

C o advérbio “muito” de forma destacada para enfatizar o su‑cesso da producao do filme.

D o hipônimo “público” e seus hiperônimos “alguns fas” e “ou‑tros” (fas) para relatar a reacao ao filme.

E uma interrogativa para tratar da dificuldade de se adaptar um gênero escrito para um gênero multimodal, como o filme.

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QUESTÃO 20

AMOR

Amemos! quero de amor

Viver no teu coração!

Sofrer e amar essa dor

Que desmaia de paixão!

Na tu’alma, em teus encantos

E na tua palidez

E nos teus ardentes prantos

Suspirar de languidez!

Quero em teus lábios beber

Os teus amores do céu!

Quero em teu seio morrer

No enlevo do seio teu!

Quero viver d’esperança!

Quero tremer e sentir!

Na tua cheirosa trança

Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,

Minh’alma, meu coração...

Que noite! que noite bela!

Como é doce a viração!

E entre os suspiros do vento,

Da noite ao mole frescor,

Quero viver um momento,

Morrer contigo de amor!

AZEVEDO, Álvares de. Amor. Lira dos Vinte Anos. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

Poeta maior do Ultrarromantismo brasileiro, o paulistano Ál‑vares de Azevedo (1831‑1852) teve reunidos seus principais poemas na antologia póstuma Lira dos Vinte Anos, de que faz parte “Amor”. As três estrofes compostas em oitavas e com rimas alternadas resumem, de forma concisa e simbólica, temas da lírica amorosa do mais precoce poeta romântico nacional, entre os quais se destaca(m) nesse texto

A o saudosismo e o indianismo.

B o satanismo e o mal do século.

C o desejo de retorno à pátria e o erotismo.

D o nativismo e a religiosidade.

E a evasão no sonho e na morte.

QUESTÃO 21

Se a miséria viesse de chofre, o pasmo da cidade de

Itaguaí seria enorme; mas veio devagar; ele foi passando da

opulência à abastança, da abastança à mediania, da me‑

diania à pobreza, da pobreza à miséria, gradualmente. Ao

cabo daqueles cinco anos, pessoas que levavam o chapéu

ao chão, logo que ele assomava no fim da rua, agora batiam‑

‑lhe no ombro, com intimidade, davam‑lhe piparotes no nariz,

diziam‑lhe pulhas. E o Costa sempre lhano, risonho.

ASSIS, M. O Alienista. São Paulo: Companhia das Letras, 2014 (adaptado).

Algumas palavras podem designar diferentes significados de acordo com a situação em que são utilizadas, sendo “se” um desses termos. Em “se a miséria viesse de chofre”, a relação semântica estabelecida é a de

A finalidade, posto que o choque da cidade era o objetivo da personagem ao ficar miserável.

B condicionalidade, já que a súbita mudança de condição da personagem seria a condição para a cidade ficar chocada.

C condicionalidade, já que a miséria da personagem seria a condição para a cidade ficar chocada.

D temporalidade, dado que o assombro da cidade ocorreu logo depois da penúria da personagem em foco.

E concessão, visto que o choque da cidade seria uma reação excepcional diante do empobrecimento experimentado por um de seus moradores.

QUESTÃO 22

LITERATURA DIGITAL

A literatura digital é a exploração das possibilidades for‑

mais surgidas com o desenvolvimento de tecnologias visuais

e sonoras, como o vídeo, o computador e a edição eletrônica

de textos. Essas tecnologias têm disponibilizado novos re‑

cursos expressivos, que reformulam não só a produção dos

textos literários como sua leitura. A principal inovação que

marca a literatura digital é a migração do texto da página

impressa para a tela, trazendo para a literatura as possibili‑

dades de animação comumente relacionadas com o cinema

e o vídeo. Ocorre, assim, uma integração entre elementos

verbais, sonoros e visuais.

Literatura digital. Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo12153/

literatura‑digital>. Acesso em: 1º jul. 2019.

A literatura digital, de acordo com o verbete,

A reduz o interesse pela leitura, uma vez que traz uma série de mudanças em relação à literatura do livro impresso.

B permite a incorporação de elementos de outras semioses, como o vídeo e o som, ao texto literário.

C consiste na digitalização do texto literário presente nos livros impressos e sua sonorização.

D permite a incorporação de recursos tecnológicos ao texto, mas isso não implica mudanças na forma de ler.

E ainda que possa incorporar recursos audiovisuais, continua sendo um texto monossemiótico.

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QUESTÃO 23

Mas não é “chover no molhado”? Isto é, tal direito de livre

formação de preços já não era assegurado pelo ordenamento

jurídico pátrio? Evidentemente que sim, até aqui “nada há de

novo sob o sol”. E não foi o presidente justamente a “autorida‑

de” que se intrometeu na liberdade de preços reproclamada?

Como “devagar se vai ao longe”, a pergunta remanescente

após a edição da MP pleonástica é se os “novos” dispositivos

legais serão aplicáveis às intervenções governamentais na

livre formação de preços no mercado, até mesmo no que

tange ao cartel do frete, endossado pela equipe de governo

da Escola de Chicago.

Já que “quem com ferro fere com ferro será ferido”,

poderá, agora, qualquer caminhoneiro se basear na MP para

questionar a legalidade da tabela oficial de fretes e pleitear o

direito de definir o preço que bem quiser para desempenhar

sua atividade econômica? Ou o governo adotará o “faça o

que eu digo, mas não faça o que eu faço” e continuará a

defender a tabela “oficial” de preços e o pacote especial para

caminhoneiros, contrariando a própria MP, que restringe o

abuso do poder regulatório para evitar “criar privilégio exclu‑

sivo para determinado segmento econômico” (artigo 4º, III)?

GORGA, E. Os provérbios da MP da liberdade econômica. Estadão, Opinião, 24 maio 2019. Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/espaco‑aberto,os‑proverbios‑da‑mp‑da‑liberdade‑economica,70002841410>. Acesso em: 28 jun. 2019.

Os dois ditados destacados em negrito nesse artigo de opi‑nião têm como característica comum a estruturação em duas orações, assim como

A o emprego de pronome relativo equivalente a “a pessoa que” e o objetivo de fortalecer a argumentação com dados.

B a inversão da orientação argumentativa expressa na primeira oração e o objetivo de opor duas opiniões.

C o uso de pronome relativo variável, dependendo a quem se aplica o ditado, e a função de tornar a argumentação impessoal.

D a articulação entre uma oração afirmativa e outra negativa e o objetivo de fortalecer a argumentação com o senso comum.

E o emprego da aliteração para intensificar o ritmo do enuncia‑do e o objetivo de imprimir um estilo próprio à argumentação do autor.

QUESTÃO 24

Canção lógica

Teus olhos são duas sílabas

Que me custam soletrar,

Teus lábios são dous vocábulos

Que não posso,

Que não posso interpretar.

Teus seios são alvos símbolos

Que vejo sem traduzir;

São os teus braços capítulos

Que podem,

Que podem me confundir.

Teus cabelos são gramáticas

Das línguas todas de amor,

Teu coração – tabernáculo

Muito próprio,

Próprio de ilustre cantor.

O teu caprichoso espírito,

Inimigo do dever,

É um terrível enigma

Ai! que nunca,

Que nunca posso entender.

Teus pezinhos microscópios,

Que nem rastejam no chão,

São leves traços estéticos

Que transtornam,

Que transtornam a razão!

Os preceitos de Aristóteles

Neste momento quebrei!

Tendo tratado dos píncaros,

Oh! nas bases,

Nas bases me demorei.

VARELA, Fagundes. Canção lógica.

A idealização amorosa da mulher, típica do Romantismo, está presente nesse poema de Fagundes Varela (1841‑1875), mas associada a um olhar satírico da realidade, proporcionado pela metalinguagem e pela expressão da dificuldade de al‑cance da amada pelo eu lírico. Esses dois aspectos podem ser notados na descrição feminina por meio de metáforas que a relacionam a elementos da composição poética. São exemplos de metáforas como essa

A “São os teus braços capítulos / […] Que podem me confun‑dir”.

B “Teus pezinhos microscópicos / […] transtornam a razão”.

C “Teus cabelos são gramáticas / Das línguas todas de amor”.

D “Os preceitos de Aristóteles / Neste momento quebrei!”.

E “Tendo tratado dos píncaros, / […] Nas bases me demorei”.

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QUESTÃO 25

O infográfico é um recurso audiovisual utilizado para apresentar dados e informações de uma forma mais atrativa ao leitor, articulando texto e imagem. O infográfico Investir em meninas e mulheres tem como objetivo central

A argumentar a favor da tese de que o investimento em meninas e mulheres aumenta os gastos de um país, e, para isso, apresenta seis argumentos, entre eles o de que as mulheres gastam a maior parte da sua renda com a família, prejudicando, assim, alguns setores da economia.

B informar os custos das políticas para o desenvolvimento e o atendimento de meninas e mulheres, e, para isso, apresenta seis dados que demonstram os prejuízos dessas políticas, entre eles o de que se compromete 3% do PIB de um país para cobrir esses custos.

C comparar as condições de inserção de homens e mulheres na escola e no mundo do trabalho, e, para isso, apresenta três dados e três argumentos, entre eles o de que se deve contratar mais mulheres que homens, já que elas demonstram ser mais produtivas que eles, com uma diferença de 25%.

D argumentar a favor da tese de que o investimento em meninas e mulheres melhora o desenvolvimento econômico de um país, e, para isso, apresenta seis argumentos, entre eles o de que a igualdade de condições de trabalho e a contratação de mulheres aumenta a produtividade em 25%.

E informar sobre a redução de gastos que se poderia implementar nos gastos que já se tem hoje com as políticas em favor das mulheres, e, para isso, apresenta seis dados, entre eles, o de que com menos de 3% do PIB de um país poderia se colocar ao menos mais 10% das meninas na escola.

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QUESTÃO 26

HISTÓRIA E LEGADO DE IRMÃ DULCE

Irmã Dulce, cujo nome de batismo era Maria Rita de Souza

Brito Lopes Pontes, é recordada por suas obras de caridade

e de assistência aos pobres e necessitados. Religiosa da

Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Concei‑

ção da Mãe de Deus, a beata nasceu em Salvador, em 26

de maio de 1914.

[…]

Em 1933, a jovem ingressou na Congregação das Irmãs

Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no

Convento de Nossa Senhora do Carmo, cidade de São Cris‑

tóvão, em Sergipe. No mesmo ano, recebeu o hábito e adotou

o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que se

chamava Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e morreu

quando a freira tinha 7 anos.

BELO, M. Cerimônia de canonização de Irmã Dulce será realizada em outubro no Vaticano. G1, Bahia, 1º jul. 2019.

Disponível em: <https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/07/01/cerimonia‑de‑canonizacao‑de‑irma‑dulce‑sera‑realizada‑em‑outubro‑no‑vaticano.ghtml>.

Acesso em: 1º jul. 2019.

No trecho que traz uma breve biografia da religiosa Irmã Dulce, observa‑se que a coesão referencial do texto se dá pelo uso

A do pronome relativo “cujo”, que retoma, no texto, Irmã Dulce como sujeito da oração.

B do pronome possessivo “sua”, que retoma, no texto, a mãe de Irmã Dulce.

C das expressões referenciais “a beata” e “a jovem”, que re‑tomam, no texto, Irmã Dulce.

D da expressão referencial “religiosa da Congregação das Ir‑mãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus” como sujeito da oração.

E do pronome “se”, em “se chamava”, retomando, no texto, a própria Irmã Dulce.

QUESTÃO 27

A tatuadora australiana e aprendiz Whitney Develle oferece

seu trabalho de graça para cobrir cicatrizes de pessoas que

passaram por algum distúrbio mental, como a automutilação.

A automutilação é definida como qualquer comportamen‑

to intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo

sem intenção consciente de suicídio. O ato é considerado

um distúrbio psicológico.

Após a automutilação, a pessoa se sente aliviada daquela an‑

gústia que a afligia. Mas as cicatrizes permanecem. E, mais tar‑

de, muitas vezes se revelam vergonhosas ou constrangedoras.

Foi justamente pensando nisso que uma aprendiz de tatua‑

gem em Brisbane, na Austrália, se ofereceu para cobrir essas

marcas com belos desenhos, permitindo que jovens parem

de sofrer, iniciem um novo capítulo junto ao seu corpo e co‑

loquem seu passado para trás.

Disponível em: <http://followthecolours.com.br.> Acesso em: 12 set. 2016 (adaptado).

Ao oferecer seu trabalho para cobrir cicatrizes de automuti‑lação de maneira artística, a tatuadora australiana confere à arte a função de

A embelezar o corpo.

B tratar distúrbios psicológicos.

C desconstruir padrões de beleza.

D recuperar danos sofridos pelo corpo.

E contribuir com o bem‑estar emocional.

QUESTÃO 28

Danças III

Filha, tu sabes... que hei‑de fazer!

Nós todos somos assim.

Eu sou assim.

Tu és assim.

Dançam os pronomes pessoais.

ANDRADE, M. Danças III. Obras completas de Mário de Andrade. São Paulo: Livraria Martins Editora SA, s/d, p. 225.

Nesse verso de Mário de Andrade, a construção do sentido de dança se dá na exploração

A do valor de futuro da locução verbal “hei‑de fazer”, que, por ser uma forma antiga, dá um tom elevado ao poema.

B da repetição do advérbio “assim” para reforçar o modo como as coisas são.

C do caráter dêitico dos pronomes pessoais, pois o mesmo pronome, no discurso, pode se referir a diferentes pessoas.

D da relação metonímica que se constrói entre os pronomes “eu”, “tu” e “nós”, em que “nós” engloba “eu” e “tu”.

E da interlocução construída entre o eu (o poeta) e o tu (a amada), que caracterizaria a dança de que fala o poeta.

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LC ‑ 2a Série | 1o Dia ‑ AMARELO ‑ Página 16

QUESTÃO 29

TEXTO I

Desde 7 de outubro, os condomínios estão obrigados

a afixar na parte externa dos elevadores, em local visível,

cartaz informativo, com o seguinte dizer: “Aviso aos passa‑

geiros: Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo

encontra‑se parado neste andar”.

Lei exige placa com aviso sobre o uso de elevadores. SINDCOND, 28 dez. 2016. Disponível em: <http://www.sincond.com.br/

lei‑exige‑placa‑com‑aviso‑sobre‑o‑uso‑de‑elevadores/>. Acesso em: 1º jul. 2019.

TEXTO II

Tenho a impressão de que alguns professores estão por

perto, mas minha atenção está voltada para dois adultos,

que não reconheço. Consigo ver um em detalhes – da bri‑

lhantina no cabelo às lentes douradas dos óculos escuros.

Ele segura um dispositivo que emite um grito estridente.

Caio de joelhos botando as mãos nos ouvidos. Meus colegas

de escola fazem o mesmo. O homem ri loucamente.

DOWLING, S. Por que algumas pessoas não conseguem se lembrar dos sonhos. BBC, 29 jun. 2019. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/vert‑fut‑48706654>.

Acesso em: 1º jul. 2019.

Os dois textos são trechos de notícias: o primeiro cita uma lei e o segundo relata um sonho. Em ambos, identifica‑se a ocorrência de “o mesmo”, porém, de acordo com a norma‑padrão,

A a ocorrência no Texto I está incorreta, pois, nela, o sintagma “o mesmo” é tratado como um pronome que retoma o sin‑tagma “o elevador”.

B a ocorrência no Texto II está incorreta, pois, nela, o sintagma “o mesmo” retoma toda a oração “Caio de joelhos botando as mãos no ouvido”.

C a ocorrência no Texto I está correta, pois, nela, o sintagma “o mesmo” funciona como um adjetivo que qualifica o elemento nominal “elevador”.

D a ocorrência no Texto II está correta, pois, nela, o sintagma “o mesmo” atua como um adjetivo para comparar o locutor e seus colegas.

E a ocorrência no Texto II está incorreta, pois, nela, o sintagma “o mesmo” funciona como um substantivo, na medida em que substitui o sintagma nominal completo (a mesma coisa).

QUESTÃO 30

Acentuando tendências que vinham do século XVIII,

quando se instalou o culto da sensibilidade, os românticos

chegaram ao subjetivismo sentimental mais indiscreto e

consideraram a expansão confidencial como indício de

nobreza do ser. No limite das duas coisas (o particular da

terra, o particular do ser), aparecia o índio como símbolo

privilegiado, que encarnava o país no que este possuía de

mais autêntico, podendo assim receber por transferência

as expansões mais nobres da alma.

A função do índio romântico foi, portanto, significativa

durante algum tempo e extravasou do campo da literatura.

Já inexistente havia muito nas regiões civilizadas, ele se

tornou imagem ideal e permitiu a identificação do brasi‑

leiro com o sonho de originalidade e de passado honroso,

além de contribuir para reforçar o sentimento de unidade

nacional, sendo, como era, algo acima da particularida‑

de de cada região. Serviu ainda, como escreveu Roger

Bastide, de álibi para conceituar de maneira confortadora

a mestiçagem, que lhe foi atribuída estrategicamente. A

mestiçagem com o negro, mais presente e abundante nas

regiões povoadas, era considerada humilhante em virtude

da escravidão. O indianismo proporcionou deste modo um

antepassado mítico, que lisonjeava por causa das virtudes

convencionais que lhe eram arbitrariamente atribuídas, in‑

clusive pela assimilação ao cavaleiro medieval, tão em voga

na literatura romântica.

CANDIDO, Antonio. O Romantismo no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2004. p. 79‑80.

A figura do bom selvagem, como definida pelo escritor fran‑cês Jean‑Jacques Rousseau, foi assimilada pela literatura romântica brasileira por meio do herói indígena. Cantado em verso e prosa por, entre outros, Gonçalves Dias e José de Alencar, no século XIX, o índio exerceu papel cultu‑ralmente importante, conforme explica Antonio Candido, sobretudo devido

A ao caráter sentimental que representa diante da tradição europeia, sendo uma personagem representada de forma frágil, ingênua e sensível.

B ao fato de simbolizar a nação brasileira em sua unidade, suas origens e na formação de seu povo, por meio da mis‑cigenação.

C à relação entre o guerreiro medieval, na expansão dos rei‑nos europeus, e o chefe indígena, na reconquista de seus territórios.

D à admiração ocidental pelo antepassado mítico dos índios, amplamente difundido durante o período medieval europeu e imperial no Brasil.

E ao elemento exótico que possuía aos olhos de cronistas eu‑ropeus, que privilegiaram em seus registros os povos em condições de escravidão.

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TEXTO I

Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social de

2016 indicam que, caso as empresas seguissem a lei, pelo

menos 827 mil postos de trabalho estariam disponíveis para

essas pessoas, que são mais de 7 milhões de cidadãos que

se enquadram nas exigências da legislação. Entretanto, ape‑

nas 381 322 vagas foram criadas.

[…]

Para a criadora e superintendente do Instituto Brasileiro

dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Cos‑

ta d’Amaral, o Brasil tem muita legislação para pessoa com

deficiência, mas ela não é cumprida na integra. “Emprego e

igualdade de condições ainda são questões muito difíceis,

empresas ainda não acreditam na competência da pessoa

com deficiência. Temos legislação de cotas, mas essa legis‑

lação não é fiscalizada”, diz.

TOKARNIA, Mariana. Preconceito é entrave para a contratação de pessoas com deficiência. Agência Brasil, 21 set. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.

br/direitos‑humanos/noticia/2018‑09/preconceito‑e‑entrave‑para‑contratacao‑de‑pessoas‑com‑deficiencia/>. Acesso em: 24 jul. 2019.

TEXTO II

O Disque 100, serviço de denúncias do Ministério da

Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, registrou 11 752

casos de violência contra pessoas com deficiência em 2018.

O balanço […] apontou aumento de 0,6% nas denúncias com‑

parado ao ano anterior.

Os dados apontam que os irmãos são os que mais come‑

tem a violência (19,6%), seguidos por mães e pais (12,7%),

filhos (10%), vizinhos (4,2%), outros familiares (20,7%) e pes‑

soas com relações de convivência comunitária (2,3%).

[…]

O maior índice de violação foi em desfavor de pessoas com

deficiência mental (64%), seguidos de deficiência física (19%),

intelectual (7,9%), visual (4%) e auditiva (2,5%). O ambiente

infrafamiliar permanece como o principal local onde ocorrem as

violações. A casa da vítima aparece com maior volume (74%),

seguida da casa dos suspeitos (9%), outros locais (6,7%), rua

(5%), órgãos públicos (3,4%) e hospitais (1,5%).

Mais de 11,7 mil pessoas com deficiência sofreram violência em 2018. Agência Brasil, 25 jun. 2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos‑humanos/

noticia/2019‑06/mais‑de‑117‑mil‑pessoas‑com‑deficiencia‑sofreram‑violencia‑em‑2018>. Acesso em: 24 jul. 2019.

TEXTO III

Art. 4o Toda pessoa com deficiência tem direito à igualda‑

de de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá

nenhuma espécie de discriminação.

§ 1o Considera‑se discriminação em razão da deficiência

toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou

omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, im‑

pedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos

e das liberdades fundamentais de pessoa com deficiência,

incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de fornecimen‑

to de tecnologias assistivas.

§ 2o A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição

de benefícios decorrentes de ação afirmativa.

Art. 5o A pessoa com deficiência será protegida de toda

forma de negligência, discriminação, exploração, violência,

tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou de‑

gradante.

BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <www.

planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015‑2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 28 jun. 2019.

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas

copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”;• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo‑argumentativo;• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES

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TEXTO IV

Esse gráfico é resultado de um monitoramento feito na internet usando a ferramenta Torabit. Comunica que muda. Disponível em: <https://s18628.pcdn.co/wp‑content/uploads/2016/08/SNAG‑0007.jpg>. Acesso em: 09 out. 2019.

PROPOSTA DE REDAÇÃOA partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo‑argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “A discriminação de pes‑soas com deficiência no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Questões de 31 a 60

QUESTÃO 31

TERREMOTO SACODE PERU E PAÍSES VIZINHOS E É

SENTIDO EM MANAUS

Um forte terremoto – de magnitude 8, segundo o Servi‑

ço Geológico dos Estados Unidos e 7,5, segundo o Instituto

Geofísico Peruano – sacudiu o Peru e os países vizinhos na

madrugada deste domingo. O tremor também foi sentido no

Acre e no Amazonas, no Brasil. Até o momento, há ao menos

12 feridos e ainda poucas informações sobre o alcance dos

danos. Um boletim preliminar do Serviço Geológico Colom‑

biano indica que o abalo ocorreu às 2h40 (4h40 em Brasília)

e teve como epicentro um ponto da localidade de Lagunas

(12 000 habitantes), no centro do Peru.

Terremoto sacode Peru e países vizinhos e é sentido em Manaus. El País, 26 maio 2019. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/26/

internacional/1558860420_917401.html>. Acesso em: 25 jun. 2019.

O Peru localiza‑se na porção ocidental da América do Sul, desta forma o fenômeno descrito no texto está relacionado à (ao)

A presença de parte da cordilheira dos Andes no território peruano.

B movimento convergente entre as placas tectônicas de Nazca e Sul‑Americana.

C movimento divergente entre as placas tectônicas Sul‑Ame‑ricana e Africana.

D existência de uma dorsal mesoceânica próxima à costa ma‑rítima peruana.

E movimento conservativo entre as placas tectônicas de Nazca e Sul‑Americana.

QUESTÃO 32

A guerra comercial tem sido travada por China e Estados

Unidos, mas os efeitos recaem sobre todos os países,

inclusive o Brasil.

[…] As últimas negociações entre os governos Donald

Trump e Xi Jinping fracassaram e, no dia 10 de maio, os Esta‑

dos Unidos subiram de 10% para 25% a tarifa de importação

sobre cerca de mil produtos chineses, entre os quais cereais,

químicos, combustíveis e materiais de construção.

Estima‑se que a medida tenha impacto em US$ 200 bi‑

lhões em mercadorias comercializadas entre os dois países.

A China retaliou: impôs o mesmo percentual sobre produtos

agrícolas e maquinário americano.

[…]

Segundo especialistas, o prolongamento da crise preocu‑

pa porque pode provocar uma desaceleração do comércio

mundial, causando perdas econômicas para todos os paí‑

ses. Mas, a curto prazo, há vantagens a serem exploradas

e alguns países estão efetivamente lucrando com a disputa.

PASSARINHO, Nathalia. Guerra comercial EUA x China: como disputa pode atingir em cheio o Brasil. BBC, Brasil, 23 maio 2019. Disponível em:

<www.bbc.com/portuguese/geral‑48354991>. Acesso em: 11 jul. 2019.

O conflito travado entre Estados Unidos e China apontado no texto

A reflete a alta competitividade entre os dois países, que dis‑putam a hegemonia econômica mundial e utilizam tarifas protecionistas como armas desses conflitos.

B apresenta uma configuração de guerra comercial, sendo uma resposta ao boicote que os chineses impuseram a empresas de tecnologia americanas.

C demonstra a atuação do neoliberalismo diante desse tipo de confronto entre duas potências econômicas, sem a interfe‑rência dos governos nessa disputa.

D é reflexo do baixo crescimento econômico da China e de sua balança comercial deficitária, pois importa um volume maior de produtos do que exporta.

E pode gerar oportunidades para outros países que podem importar mais por causa do ocasional preço baixo das taxas alfandegárias chinesas.

QUESTÃO 33

A palavra memória vem da mitologia, da deusa grega

Mnemosine, a mãe das musas que protege as artes e a

História, que proporcionava a transmissão dos conhecimen‑

tos do passado entre os mortais. A História, por sua vez, é a

ciência que tem no passado o seu aporte investigativo. Porém

a História só se faz a partir da memória, seja ela escrita, oral

ou ainda, a partir da materialidade e dos “lugares de memória”

(museus, monumentos, prédios etc.).

Disponível em: <https://patrimoniojovem.wordpress.com>. Acesso em: 22 jul. 2015.

De acordo com o texto, a ciência produzida pela História

A não possui fundamentação empírica, pois é fruto da racionalidade.

B está fundamentada na transmissão da memória preservada.

C emerge dos conhecimentos não provados da linguagem oral.

D advém da memória escrita, tendo em vista a sua confiabilidade.

E promove a exaltação de determinados povos em detrimento de outros.

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QUESTÃO 34

A visão sociológica de Comte foi a da ciência positiva. Ele

acreditava que a sociologia deveria aplicar os mesmos méto‑

dos científicos rigorosos ao estudo da sociedade que a física

e a química usam no estudo do mundo físico. O positivismo

sustenta que a ciência deveria estar preocupada somente

com entidades observáveis que são conhecidas diretamente

pela experiência. Baseando‑se em cuidadosas observações

sensoriais, pode‑se inferir as leis que explicam a relação en‑

tre os fenômenos observados. Ao entender a relação causal

entre os eventos, os cientistas podem então prever como os

acontecimentos futuros ocorrerão. Uma abordagem positivista

da sociologia acredita na produção de conhecimento sobre a

sociedade, baseada em evidências empíricas tiradas a partir

da observação, da comparação e da experimentação.

GIDDENS, Anthony. Sociologia. Tradução Sandra Regina Netz. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 28.

Auguste Comte (1798‑1857) foi pioneiro na afirmação da So‑ciologia como um saber rigoroso. A Sociologia, na perspectiva deste sociólogo, deve se fundamentar

A na produção do conhecimento empírico que, descreve as relações sociais pelos instrumentos das ciências exatas.

b em contraste com os métodos e o rigor no fazer científico da Física e da Química.

C por meio da observação, comparação e experimentação do conhecimento social em correlação com diversas fontes.

D na busca de relação causal entre os fenômenos observados em determinada realidade social.

E pelo axioma positivista de observação e reprodução dos fenômenos verificados em laboratório.

QUESTÃO 35

VII. “Se eu quisesse descrever os gêneros diversos de leis,

instituições, hábitos e costumes, tão diversos não só em todos

os povos, como numa mesma cidade, demonstraria nesta as

suas milhares de mudanças. Se Manílio, nosso intérprete de

direito, que agora me ouve, fosse interrogado a respeito dos

legados e heranças das mulheres, decerto responderia diver‑

samente do que costumava responder na sua adolescência,

quando ainda não se havia promulgado a lei bocônia, que, aten‑

dendo só à utilidade e benefício dos varões, está cheia de injus‑

tiças para as mulheres. Porque não há de ser a mulher capaz de

possessão? Porque, se uma vestal pode instituir herdeiro, não

há de poder fazê‑lo sua mãe? Porque, se era necessário fixar

limites à riqueza das mulheres, pode a filha de Públio Crasso

sendo única, herdar milhões, sem quebrar a lei, ao passo que

a minha: não pode herdar quantia muito mais ínfima?

CÍCERO. Da República. Livro terceiro, Item VII.

Cícero, foi um dos principais filósofos de Roma. Suas refle‑xões abordavam as virtudes necessárias ao homem público, a igualdade de direitos, a desagregação dos costumes gre‑gos e romanos entre outras questões. No excerto extraído da obra Da República são destacadas as injustiças contra as mulheres na sociedade romana. Com relação ao papel da mulher nas civilizações antigas,

A a romana, bem como a hebraica, permitiam que mulheres fossem donas de terras.

B a hebraica, bem como a egípcia, por se tratarem de estru‑turas patriarcais, não davam destaque à mulher.

C a egípcia, ao contrário da romana, permitia que mulheres fossem líderes de Estado.

D a romana e a hebraica valorizavam a mulher, com direitos e posições de destaque.

E a hebraica, ao contrário da egípcia, permitia a participação da mulher tanto política quanto cultural e religiosamente.

QUESTÃO 36

A imagem acima mostra uma das diferentes formas de representação do espaço geográfico, muito utilizada em folhetos de propaganda de empreendimentos imobiliários, trata‑se de

A um mapa.

B um croqui.

C uma planta.

D uma carta.

E um esboço.

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QUESTÃO 37

BRASIL PERDE JOVENS PARA VIOLÊNCIA EM PATAMAR

DE PAÍSES COMO HAITI, APONTA ATLAS DA VIOLÊNCIA

[…]

O Brasil registrou 65 602 homicídios no ano retrasado, um aumento de 4,2% em relação ao ano anterior e, o mais preocupante, um número recorde que equivale a 31,6 mortes para cada 100 mil habitantes – mais do dobro, por exemplo, da taxa de homicídios do Iraque em 2015 (ano mais recente com estatísticas da OMS, a Organização Mundial da Saúde).

[…]

“A morte prematura de jovens (15 a 29 anos) por homicídio é um fenômeno que tem crescido no Brasil desde a década de 1980”, aponta o estudo recém‑divulgado, lembrando que essa é uma idade em que as pessoas têm alto potencial produtivo, que acaba sendo desperdiçado.

[…]

Levantamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo federal de junho de 2018 aponta que o Brasil perde cerca de R$ 550 mil para cada jovem de 13 a 25 anos vítima de homicídio, levando‑se em conta o quanto o país deixa de ganhar com a capacidade produtiva (o trabalho) da vítima e os custos de saúde, judiciais e de encarceramento ligados a cada morte.

IDOETA, Paula Adamo. Brasil perde jovens para violência em patamar de países como Haiti, aponta Atlas da Violência. BBC, Brasil, 5 jun. 2019. Disponível em: <www.bbc.com/

portuguese/brasil‑48504184>. Acesso em: 11 jul. 2019.

O texto trata da violência que vitima os jovens no Brasil, des‑tacando queA a violência que resulta em homicídios é grande no Brasil,

comparada inclusive a dados de países considerados em estado de guerra como Iraque ou Haiti.

B a preocupação é a dimensão humana, já que o impacto eco‑nômico não pode ser estimado por serem mortes precoces de pessoas fora da população economicamente ativa.

C a morte prematura desses jovens é circunstancial e não tem relação com questões sociais como o desemprego elevado nesta fase da vida ou o tráfico de drogas.

D as perdas precoces desses jovens são irrelevantes para o potencial produtivo, considerando que essa força de trabalho pouco poderia gerar em termos econômicos.

E o Brasil é um país de nível de desenvolvimento inferior ao dos países com iguais índices de violência, por isso a com‑paração de dados é semelhante.

QUESTÃO 38

A comoção mundial provocada pelo incêndio transcende

explicações que se limitam ao valor turístico ou histórico. A

Notre‑Dame é o símbolo da civilização ocidental. Paris era ape‑

nas uma vila à beira do Sena quando começou a ser erguida

pelos aldeões. Durante quase dois séculos, gerações contribu‑

íram para erguer cada pedaço da igreja, criando uma epopeia

fascinante sobre como boa parte da humanidade pavimentou,

passo a passo, a transição da barbárie para a civilização.PEREIRA, Cilene; LAVIERI, Fernando; GIRON, Luis Antonio. O incêndio na Catedral de Notre‑Dame. Isto É, Internacional. Disponível em: <https://istoe.com.br/o‑incendio‑da‑

catedral‑de‑notre‑dame/>. Acesso em: 17 jul. 2019

Construída durante a Baixa Idade Média, a Catedral de No‑tre‑Dame possui diversos significados e representatividade social e cultural. É considerada patrimônio histórico da Hu‑manidade pela Unesco e um dos principais exemplares da arquitetura medieval, representando o estilo

A barroco.

B gregoriano.

C renascentista.

D bizantino.

E gótico.

QUESTÃO 39

OS SINTOMAS DO SARAMPO, DOENÇA QUE PODE

MATAR E VOLTOU A ASSUSTAR NO BRASIL

Nos últimos anos, a doença tem voltado a se espalhar pelo mundo, sem chegar, no entanto, aos níveis históricos. Houve um aumento de 31% nos casos em 2017 na comparação com o ano anterior, levando a cerca de 110 mil mortes no mundo todo.

[…]

O movimento antivacinação influenciou muitas pessoas em partes dos Estados Unidos e da Europa.

[…]

No Brasil e em países em desenvolvimento, esse movimen‑to ainda é muito pequeno e tudo indica que a diminuição da cobertura de vacinação resultou de uma conjunção de fatores.

[…] coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização.

Segundo o Unicef, não há evidências suficientes para apon‑tar um único culpado […]

Os sintomas do sarampo, doença que pode matar e voltou a assustar no Brasil. BBC, 8 jul. 2019. Disponível em: <www.bbc.com/portuguese/geral‑48890410>. Acesso em: 11 jul. 2019.

O texto aponta que o aumento dos casos de sarampo está relacionado A ao crescimento dos movimentos antivacinação no Brasil, que

influenciaram muitas pessoas a deixarem de buscar a vacina.

B aos casos de sarampo aumentarem nos EUA, onde o movi‑mento antivacinação cresceu exponencialmente nas últimas décadas.

C ao fato de a doença se espalhar pelo mundo, atingindo um índice histórico desde 2017, ano em que houve um aumento de 31%.

D à exclusão da vacina contra o sarampo do calendário básico de vacinação no Brasil e ao descumprimento pelo país da meta de cobertura.

E à diminuição da cobertura de vacinação pela coexistência de múltiplos fatores, sendo a provável causadora do aumento dos casos da doença.

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QUESTÃO 40

RIBEIRO, Aline; ARINI, Juliana. É possível evitar?, Época, 8 jan. 2010. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,ERT115151‑15223‑115151‑3934,00.

html>. Acesso em: 5 jan. 2017.

As imagens retratam métodos de construção de estradas em relevos íngremes em dois períodos distintos. Ao comparar o método mais antigo ao atual, percebe‑se que o

A atual preserva as encostas, evitando deslizamentos.

B antigo priorizava a segurança da rodovia em longo prazo.

C antigo era menos degradante ao meio ambiente.

D atual oferece mais riscos aos que residem na área.

E os dois são semelhantes, pois degradam o meio com a mes‑ma intensidade.

QUESTÃO 41

O Rio de Janeiro vai receber a maior coleção de arte

iorubá fora da África. […] Os artefatos milenares devem ser

exibidos em um espaço sem correspondente no mundo: a

Casa de Herança Oduduwa, um local para exposições, aulas

de língua iorubá, centro de estudos e um teatro, num […] elo

permanente de comunicação e intercâmbio entre o Brasil e

o povo iorubá. Uma forma de aproximar as culturas e auxiliar

o povo brasileiro a conhecer melhor suas origens, heranças,

histórias, e até suas feições.

STU

DIO

CA

PAR

RO

Z

A vinda desse tesouro histórico, religioso e cultural é um

esforço pessoal do rei de Ifé, Ojaja II […] a maior autoridade

tradicional e religiosa do povo iorubá, que originariamente ha‑

bitava o Reino de Ketu e o Império do Oyó, áreas atualmente

do Benin e da Nigéria. GALVANI, Giovanna. Rio vai receber maior coleção de arte iorubá fora da África. Carta

Capital, 3 mar. 2019. Disponível em: <www.cartacapital.com.br/cultura/rio‑vai‑receber‑a‑maior‑colecao‑de‑arte‑ioruba‑fora‑da‑africa/>. Acesso em: 22 jul. 2019.

O grupo étnico iorubá se constituiu com uma língua comum e com tradições transmitidas oralmente, sendo que muitas delas chegaram ao Brasil por meio da escravidão, algo que pode ser observado

A no culto aos orixás, na língua e na música.

B nas vestimentas, culinária e agricultura.

C no culto aos orixás, organização militar e vestimentas.

D na língua, agricultura e economia.

E nas vestimentas, língua e na religiosidade islâmica.

QUESTÃO 42

A água, ao mesmo tempo em que se configura como um importante recurso natural, por vezes causa danos ao espaço geográfico, como ocorre no caso das enchentes e inundações. Esses fenômenos, apesar de algumas vezes serem naturais, po‑dem ser intensificados pela ação antrópica, em função da imper‑meabilização do solo, consequência da crescente urbanização.

AMARAL,R.; GUTJAHR,M.R. Desastres naturais. São Paulo, IG/SMA, 2011.

A água, conforme evidenciado na imagem, modifica o espaço urbano por meio da enchente e da inundação. Essa transfor‑mação pode acontecer de forma abrupta quando

A o caminho percorrido pela água é sempre o mesmo pelo qual acontece o escoamento de mercadorias, prejudicando a economia local.

B a força da água acaba destruindo construções urbanas, desalojando a população e ocasionando danos morais e financeiros.

C a água vem carregada de resíduos sólidos industriais, o que transmite doenças para a população, como a leptospirose.

D a água proveniente desses fenômenos vem suprir um déficit de abastecimento hídrico crescente, decorrente da urbani‑zação acelerada.

E o comércio utiliza‑se desses eventos para atrair turistas, mo‑vimentando positivamente a economia local.

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QUESTÃO 43

A necessidade de aumentar os impostos foi a questão central do desentendimento entre os reis Jaime I e depois seu filho

(Carlos I) com o Parlamento. Carlos I autoritariamente mandou dissolvê‑lo várias vezes. Outro fator que causou conflitos foi a

tentativa de Carlos I de imposição do anglicanismo a todos os cidadãos ingleses, escoceses e irlandeses.

O que foi a Revolução Inglesa e por que foi tão importante? Conhecimento Científico, 10 nov. 2018. Disponível em: <https://conhecimentocientifico.r7.com/ o‑que‑foi‑a‑revolucao‑inglesa‑e‑por‑que‑foi‑tao‑importante/>. Acesso em: 29 ago. 2019.

A série de medidas adotadas pelo rei Carlos I causou uma guerra civil, conhecida como Revolução Puritana, tendo em vista que

A a dissolução do parlamento se deu de modo puro e legal.

B a maior parte dos representantes da burguesia e parlamentares estavam ligados à religião puritana.

C os conflitos entre o rei e os parlamentares eram, majoritariamente, por motivação religiosa.

D as manobras da Coroa para ampliar seu poder eram consideradas “divinas”

E a oposição aos gentry levou à Guerra dos Trinta Anos.

QUESTÃO 44

–10

0

10

20

30

40

50

Taxa de Crescimento Demográfico

Taxa Bruta de Mortalidade

Taxa Bruta de Natalidade

Por m

il

anos

17,1

29,5

14,8

10,3

–4,5

46,6

Brasil – Esquema Teórico de Transição Demográfica – 1872-2100

1872

1880

1890

1895

1900

1905

1910

1915

1920

1925

1930

1935

1940

194519

5019

5519

6019

6519

7019

7519

8019

8519

9019

9520

0020

0520

1020

1520

2020

2520

3020

3520

4020

4520

5020

5520

6020

6520

7020

7520

8020

8520

9020

9521

00

Fonte: IBGE lança estudo metodológico sobre mudança demográfica e projeções de população. IBGE, 6 set. 2017.

Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia‑sala‑de‑imprensa/2013‑agencia‑de‑noticias/releases/ 9831‑ibge‑lanca‑estudo‑metodologico‑sobre‑mudanca‑demografica‑e‑projecoes‑de‑populacao>.

Acesso em 1º jul. 2019.

O gráfico mostra uma projeção para a transição demográfica do Brasil até o ano de 2100. Seus indicadores demográficos mostram que a população brasileira

A contará com uma diminuição, em decorrência da manutenção de altas taxas de natalidade e mortalidade principalmente a partir de 2040.

B aumentará significativamente, fato comprovado pelo crescimento da natalidade a partir de meados do século passado.

C deve apresentar taxas nulas de crescimento, como resultado da equivalência entre taxas de natalidade e de mortalidade.

D tende a diminuir seu ritmo de crescimento, passando a registrar taxas negativas de crescimento por volta de 2040.

E tende a uma diminuição, fato evidenciado pela diminuição da expectativa de vida a partir de 1955.

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QUESTÃO 45

O QUE É ‘PÓS-VERDADE’, A PALAVRA DO ANO

SEGUNDO A UNIVERSIDADE DE OXFORD

[…] a instituição definiu o que é a “pós‑verdade”: um subs‑tantivo “que se relaciona ou denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência em moldar a opinião pública do que apelos à emoção e a crenças pessoais”.

A palavra é usada por quem avalia que a verdade está per‑dendo importância no debate político.

[…]

A leitura de muitos acadêmicos e da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem‑sucedida estratégia de apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleito‑rado. Apesar de claramente infundadas, denunciar essas infor‑mações como falsas não bastou para mudar o voto majoritário.

Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boa‑tos no Facebook e a forma como o feed de notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade.

FÁBIO, André Cabette. O que é ‘pós‑verdade’, a palavra do ano segundo a Universidade de Oxford. Nexo Jornal, 16 nov. 2016. Disponível em: <www.

nexojornal.com.br/expresso/2016/11/16/O‑que‑%C3%A9‑%E2%80%98p%C3%B3s‑verdade%E2%80%99‑a‑palavra‑do‑ano‑segundo‑a‑Universidade‑de‑Oxford>. Acesso

em: 24 jun. 2019.

A palavra “pós‑verdade” (do inglês post-truth) foi considerada a palavra do ano pelo Dicionário Oxford em 2016, por causa de sua relevância para o entendimento da relação entre informação e verdade, o que é aplicável para o atual contexto político mundial. Com base na definição contida no excerto, é possível inferir que

A a diferença entre boato e verdade está na crença e nos valores do sujeito que a analisa.

B a mentira é uma ferramenta com consequência mais produ‑tiva do ponto de vista político.

C os casos de fake news são decorrentes da falta de critério para delimitar o que é verdade.

D a verdade factual tem perdido importância em prol das cren‑ças pessoais.

E o que é verdadeiro só pode ser delimitado em um horizonte desprovido de recursos digitais.

QUESTÃO 46

Todo poder de violência simbólica, isto é, todo poder que

chega a impor significações e a impô‑las como legítimas,

dissimulando as relações de força que estão na base de

sua força, acrescenta sua própria força, isto é, propriamente

simbólica, a essas relações de força.

BOURDIEU, Pierre; PASSERON, Jean‑Claude. A reprodução. Tradução Reynaldo Bairão. 3. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1992. p. 19.

A ideia de violência simbólica, formulada por Pierre Bour‑dieu (1930‑2002), aprofunda as análises sobre as formas de

violências que ocorrem nas sociedades contemporâneas. Trata‑se de uma forma de sujeição que

A firma dissimuladamente uma dominação por meio de uma força de caráter simbólico.

B legitima um conjunto de valores simbólicos, alienando vio‑lentamente os sujeitos.

C violenta a integridade moral do sujeito por meio da imposição de valores simbólicos ilegítimos.

D coage psíquica e fisicamente os sujeitos com base em pre‑missas morais socialmente aceitas.

E inibe a força física dos indivíduos pela imposição de signifi‑cações simbólicas legítimas.

QUESTÃO 47

A imagem retrata uma das características da população chinesa, que é a de

A ser o país de maior população relativa.

B ter baixo povoamento de áreas costeiras.

C receber migrações em massa.

D ter uma distribuição homogênea da população.

E constituir a maior população absoluta.

QUESTÃO 48

Os niveladores não tinham força econômica e consistência

ideológica suficientes para impor seu programa. Representavam

os interesses dos artesões e jornaleiros urbanos e sua ideologia ra‑

dical era tipicamente pequeno‑burguesa e, como tal, contraditória.

Queriam a democracia, os direitos políticos para todos os homens

livres, mas sua concepção de homens livres não era universal.

As mulheres e todos aqueles que não fossem proprietários de

seus meios de produção e de seu próprio corpo (assalariados

domésticos, pobres etc.) ficavam de fora de sua democracia.

FLORENZANO, M. As revoluções burguesas. São Paulo: Brasiliense, 1981.

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Durante a Revolução Puritana, na Inglaterra do século XVII, surgiu a facção política dos niveladores que relacionavam o exercício da democracia aos

A homens e às mulheres que detinham os meios de produção.

B nobres que não participavam do regime monarquista.

C assalariados que eram proprietários de meios de produção.

D direitos políticos destinados aos homens considerados livres.

E interesses da burguesia e, por isso, devia ser combatido.

QUESTÃO 49

PIRÂMIDE ETÁRIA (BRASIL - 2018)

5%

Homens Mulheres

5%4% 4%3% 3%2% 2%1% 1%

80 ou maisAnos

75 a 7970 a 7465 a 6960 a 6455 a 5950 a 5445 a 4940 a 4435 a 3930 a 3425 a 2920 a 2415 a 1910 a 14

5 a 90 a 4

Fonte: Pirâmide Etária Brasil 2018. IBGE. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/ conheca‑o‑brasil/populacao/18318‑piramide‑etaria.html>. Acesso em: 25 jun. 2019.

A pirâmide etária da população brasileira de 2018 indica

A um aumento na taxa de mortalidade.

B uma diminuição na taxa de natalidade.

C o predomínio de jovens na população.

D a inexpressiva participação de idosos.

E o pouco desenvolvimento de nosso país.

QUESTÃO 50

INVOCAÇÃO A DEUS

Dá‑me, Senhor, saber e compreender qual seja o primeiro: invocar‑te ou louvar‑te; conhecer‑te ou invocar‑te. Mas quem te invocará sem te conhecer? Por ignorá‑lo, poderá invocar alguém em lugar de outro. Ou será que é melhor seres invo‑cado, para seres conhecido? “Como, porém, invocarão aquele em quem não creem? E como terão fé sem ter quem anuncie? Louvarão o Senhor aqueles que o procuram”. Quem o procura o encontra, e, tendo‑o encontrado, o louvará.

AGOSTINHO, Santo. Confissões: De Magistro. São Paulo: Abril Cultural, 1984. p. 9. (Os Pensadores).

O trecho inicia a obra Confissões de Aurélio Agostinho (354‑430), mais conhecido como Santo Agostinho, bispo de Hipo‑na, antiga cidade da Argélia (África). O fragmento caracteriza a obra pela forma como

A a presença divina é definida como onipresente e sem ne‑cessidade de ser buscada.

B predomina uma linguagem indireta e culta do autor ao se abordar a figura divina.

C o autor declara ter dúvida sobre a existência divina, mesmo tendo fé nela.

D a narrativa abarca uma perspectiva científica sobre questões de ordem teológica.

E evoca e louva a presença divina, que deverá acompanhar o percurso da confissão.

QUESTÃO 51

A DECLARAÇÃO INGLESA DE DIREITOS (1689)

Considerando que o falecido Rei Jaime II […] empenhou‑

‑se em destruir e extirpar a religião protestante, e as leis e

liberdades deste reino.

[…] tendo o dito falecido […] abdicado do governo e

estando vago, portanto, o trono, sua Alteza o príncipe de

Orange […] ordenou […] que fossem escritas cartas aos lor‑

des espirituais e temporais, que fossem protestantes; e […]

escolhessem essas pessoas para representá‑los, com direito

a serem enviadas ao Parlamento,[…] a fim de que, com tal

procedimento, suas religiões, leis e liberdades não estivessem

ameaçadas de subversão; […] eleições foram devidamente

realizadas.

[…] declaram […], para reivindicar e garantir seus antigos

direitos e liberdades:

1. Que é ilegal o pretendido poder de suspender leis, ou a

execução de leis, pela autoridade real, sem o consentimento

do Parlamento

A Declaração Inglesa de Direitos ‑ 1689. USP ‑ Biblioteca virtual de direitos humanos. Disponível em: <www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos‑anteriores‑

%C3%A0‑cria%C3%A7%C3%A3o‑da‑Sociedade‑das‑Na%C3%A7%C3%B5es‑at%C3%A9‑1919/a‑declaracao‑inglesa‑de‑direitos‑1689.html>.

Acesso em: 22 jul. 2019.

A “Bill of Rights” ou Declaração Inglesa de Diretos foi assinada por Guilherme de Orange e promulgada pelo Parlamento da Inglaterra, em 1689, logo após a Revolução Gloriosa e no trecho evidencia‑se

A o retorno à monarquia absolutista.

B o fim da monarquia inglesa.

C celebração do governo do Rei Jaime II.

D a instituição de uma monarquia parlamentar.

E a instituição de uma monarquia teocrática.

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QUESTÃO 52

A população mundial continua a aumentar, mas as taxas

de crescimento variam amplamente entre as regiões

As novas projeções populacionais indicam que, de agora

até 2050, nove países vão responder por mais da metade do

crescimento estimado para a população global: Índia, Nigéria,

Paquistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Tan‑

zânia, Indonésia, Egito e Estados Unidos (em ordem decres‑

cente de aumento esperado). Por volta de 2027, estima‑se

que a Índia vá superar a China como o país mais populoso

do mundo.

População mundial deve chegar a 9,7 bilhões de pessoas em 2050, diz relatório da ONU. ONU, 17 jun. 2019. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/populacao‑mundial‑deve‑

chegar‑a‑97‑bilhoes‑de‑pessoas‑em‑2050‑diz‑relatorio‑da‑onu/>. Acesso em 25 jun. 2019.

De acordo com o trecho do relatório da ONU sobre as expec‑tativas de crescimento da população mundial, os países que mais contribuirão para o aumento da população global estão localizados nos continentes

A asiático e americano.

B europeu e americano.

C africano e asiático.

D africano e americano.

E europeu e da Oceania.

QUESTÃO 53

TRUMP: “SE OS IMIGRANTES ILEGAIS ESTIVEREM

DESCONTENTES NOS CENTROS DE DETENÇÃO, QUE

NÃO VENHAM”

[…]

A denúncia pelas más condições dos centros de deten‑

ção de imigrantes sem documentos na fronteira dos Estados

Unidos com o México começou pelos advogados, passou à

voz dos congressistas democratas e nesta terça‑feira já se

tornou motivo de alerta para os próprios inspetores do Gover‑

no norte‑americano. As celas estão abarrotadas, com gente

dormindo no chão, conforme se via nas fotos que acompanha‑

vam o relatório oficial. Então nesta quarta Donald Trump reagiu

ao ataque

[…]

A chegada maciça de famílias que fogem da miséria e da

violência na América Central está superando a capacidade

de um sistema de acolhida que não está preparado para essa

quantidade de pessoas, especialmente de tantas crianças.

MARS, Amanda. Trump: “Se os imigrantes ilegais estiverem descontentes nos centros de detenção, que não venham”. El País, Espanha, 4 jul. 2019. Disponível em: <https://brasil.

elpais.com/brasil/2019/07/03/internacional/1562185828_083584.html>. Acesso em: 19 jul. 2019

A notícia publicada no jornal sensibilizou os leitores, e circulou na imprensa internacional por causa

A da abertura que o presidente Donald Trump deu às questões relacionadas à imigração, seja ela legal ou ilegal, possibili‑tando melhores condições nos centros de detenção.

B do endurecimento da política de imigração, uma das prin‑cipais promessas de campanha de Trump, que tem enfren‑tado dificuldade com a resistência dos parlamentares no Legislativo.

C da efetivação de uma das promessas da campanha de Trump: a construção de um muro na fronteira com o Méxi‑co, projeto que está em andamento com amplo apoio de seu partido.

D das notícias sobre as más condições nos centros de deten‑ção de imigrantes terem ganho a atenção de órgãos fiscali‑zadores dos direitos humanos e da mídia.

E do amplo amparo que o governo americano tem dado aos imigrantes latinos, embora não permita que atravessem a fronteira para se estabelecer no país.

QUESTÃO 54

Porque este país é dominado e habitado por duas nações

ou povos, isto é, brasileiros e portugueses, que no momento

são totalmente inexperientes em assuntos militares e, além

disto, não têm a prática nem a coragem de defendê‑la contra

o poderio da Companhia das Índias Ocidentais, podendo ser

facilmente vencidos, principalmente quando forem agredidos

ou assaltados com coragem varonil, magnanimidade neer‑

landesa, bom procedimento e prudência; isso é possível se

for feito de improviso.

MOERBEECK, Jan Andries. Os holandeses no Brasil. Motivos porque a Companhia das Índias Ocidentais deve tentar tirar ao Rei da Espanha a terra do Brasil (Amsterdam,

1624). Rio de Janeiro: Documentos Históricos, 1924. Disponível em: <https://digital.bbm.usp.br/view/?45000009380&bbm/7044#page/29/mode/1up>.

Acesso em: 22 jul. 2019.

A Companhia das Índias Ocidentais surgiu na Holanda, em 1621, com o modelo de uma empresa comercial de navega‑ção e conquista. As tentativas de invasão do território por‑tuguês nas Américas ocorreram desde 1624, mas lograram sucesso apenas em 1630, com a conquista de Olinda. A principal motivação para a conquista e a personagem que a liderou foram, respectivamente,

A o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e Mem de Sá.

B a participação da Holanda na economia do açúcar e Maurício de Nassau.

C o interesse da Holanda na economia do ouro e Maurício de Nassau.

D a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e Mem de Sá.

E a exclusão da Holanda da economia açucareira e Tomé de Sousa.

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QUESTÃO 55

O feminismo alterou principalmente as perspectivas pre‑

dominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que

vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram cam‑

panhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contra‑

to, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da

mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo [...], pela

proteção de mulheres e garotas contra a violência domésti‑

ca, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas,

incluindo a licença‑maternidade e salários iguais, e todas as

outras formas de discriminação.

Disponível em: <http://www.geomundo.com.br>. Acesso em: 29 jun. 2014 (fragmento).

Com base nas informações apresentadas no texto, em rela‑ção à atuação do movimento feminista é correto afirmar que

A as mulheres, ao conquistarem os seus direitos, deixaram de atuar politicamente por meio do movimento feminista.

B homens e mulheres atuaram em conjunto pela liberdade po‑lítica das mulheres feministas, ignorando os direitos sexuais femininos.

C teve sua origem entre os homens operários que tentavam subverter a ordem do sistema capitalista, e que, para isso, recrutaram ativistas femininas.

D muitas foram suas conquistas, todavia não atingiu seu prin‑cipal objetivo, que é conferir às mulheres um predomínio na ocupação de cargos de comando em entidades públicas e privadas.

E atua na luta pelo fim das desigualdades entre os homens e as mulheres, buscando conquistar legalmente seus direitos políticos, econômicos, sexuais e trabalhistas.

QUESTÃO 56

TEXTO I

No período seguinte, entre 1720 e 1750 aproximada‑

mente, que corresponde à fase de assentamento das po‑

pulações mineradoras, enquadradas administrativamente

em vilas e freguesias, a arquitetura religiosa da região cujo

monumento‑tipo é agora a igreja matriz, não apresenta

grandes novidades comparativamente a Portugal e à ou‑

tras regiões da Colônia, como Bahia, Pernambuco ou Rio

de Janeiro. A tônica da época é a suntuosidade ornamental

dos interiores, magnificamente revestidos de talha dourada,

refletindo a opulência geral do período áureo da minera‑

ção e os principais arquitetos e artistas são competentes

mestres de origem portuguesa […].

OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. O Conceito de Identidade Nacional na Arte Mineira do Período Colonial. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, v. 30, p. 122, 1989. Disponível em: <www.revistas.usp.br/rieb/article/view/70481/73253>. Acesso em:

23 jul. 2019

TEXTO II

Ouro Preto é uma das primeiras cidades tombadas pelo

Iphan, em 1938, e a primeira cidade brasileira a receber

o título de Patrimônio Mundial, conferido pela Unesco, em

1981. Tal reconhecimento deve‑se, principalmente, ao fato

da cidade ser um sítio urbano completo e pouco alterado

em relação à sua essência: formação espontânea a par‑

tir de um sistema minerador, seguido por uma marcada

presença dos poderes religioso e governamental, e fortes

expressões artísticas que se destacam por sua relevância

internacional.

Ouro Preto (MG). Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/373/>.

Acesso em: 23 jul. 2019

A preservação de diversas construções religiosas rema‑nescentes de um determinado momento histórico se deu de modo a valorizar tanto a ocupação do território quanto a expressão religiosa e o trabalho artístico relacionado ao período no qual

A a lei portuguesa, de 1720, estimulou a vinda de portugue‑ses para a Colônia para se beneficiarem da descoberta do novo produto.

B as regiões litorâneas e suas vilas e cidades tiveram cres‑cimento das suas populações após o início da corrida pelo ouro.

C a mudança do eixo econômico impulsionou a alteração da capital portuguesa na América.

D a proximidade das minas com o litoral facilitava tanto a en‑trada de mercadorias quanto o escoamento da produção.

E o tráfico de ouro era raro por conta da flexibilização das formas de controle fiscal da Coroa portuguesa.

QUESTÃO 57

Como ardia, Deus meu, como ardia em desejos de

voar das coisas terrenas para Vós, sem saber como pro‑

cedíeis comigo? “Em Vós está, verdadeiramente, a sabe‑

doria”. Porém, o amor da sabedoria, pelo qual aqueles

estudos literários me apaixonavam, tem o nome grego de

FILOSOFIA.

STO. AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

O trecho contempla a visão predominante na Europa medieval de que há equivalência entre

A conhecimento e Deus.

B filosofia e pecado.

C corrupção e Igreja.

D escritos literários e inferno.

E senso comum e registros bíblicos.

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QUESTÃO 58

CHINA AVANÇA PARA ELIMINAR TOTALMENTE A

POLÍTICA DE CONTROLE DE NATALIDADE

PEQUIM — Estaria a China se preparando para elimi‑

nar por completo sua política de controle de natalidade,

permitindo que casais tenham quantos filhos quiserem?

Cada vez mais sinais apontam que sim, o último na segun‑

da‑feira. No projeto inicial do novo Código Civil, resultado

de uma extensa reforma, desapareceram as referências

à “planificação familiar”, expressão que, na linguagem

burocrática, alude ao controle de natalidade imposta há

quatro décadas para a população do país. O “Diário da

Procuradoria”, plataforma oficial de notícias sobre a Pro‑

curadoria Nacional, anunciou a mudança em sua conta

nas redes sociais chinesas. O projeto será examinado de

modo preliminar nesta semana durante a reunião do comitê

executivo do Parlamento chinês.

LIY, Macarena Vidal. China avança para eliminar totalmente política de controle de natalidade. O Globo, 28 ago. 2018. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/sociedade/

china‑avanca‑para‑eliminar‑totalmente‑politica‑de‑controle‑de‑natalidade‑23018471>. Acesso em: 25 jun. 2019.

A descrição do texto faz referência ao controle de natalidade chinês, chamada de política

A de dois filhos.

B da adoção de filhos.

C de manutenção de filhos.

D do filho único.

E de incentivo a fertilidade.

QUESTÃO 59

Quanto às ordens religiosas, especialmente os jesuí‑

tas, empenhados na prática de uma Igreja supranacional,

cumprem o projeto das missões junto aos índios. Essa

possibilidade, aberta no início da colonização, quando era

moeda corrente a ideia do papel cristianizador da expan‑

são portuguesa, passaria depois a exercer‑se apenas às

margens ou nas folgas do sistema; enfim, a longo prazo

sucumbirá sob a pressão dos bandeirantes e à força do

Exército colonial. Aos jesuítas sobraria a alternativa de

ministrar educação humanística aos jovens provenientes

de famílias abastadas.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 25.

O texto evidencia as divergências entre os bandeirantes e os jesuítas e o prevalecimento da visão bandeirante. Antes da pressão bandeirante surtir efeito em relação às ordens religiosas e seu trabalho, esse grupo passou a invadir as missões com o objetivo de

A escravizar os indígenas catequizados, considerados mais ferozes em batalha.

B conquistar as propriedades da Igreja Católica.

C receber aulas de educação humanística junto aos jesuítas.

D escravizar os indígenas catequizados, considerados mais submissos.

E salvar os indígenas dos trabalhos escravos.

QUESTÃO 60

MIGRAÇÃO E MENOR EXPECTATIVA DE VIDA REDUZEM

POPULAÇÃO DA VENEZUELA, DIZ RELATÓRIO DA ONU

País perdeu habitantes pela 1ª vez desde 1950; 27 países

reduziram população na última década

Em alguns países, o decréscimo na população acontece

porque as mulheres têm menos filhos. Em outros, porque um

grande número de pessoas está emigrando.

Um exemplo dessa segunda situação é a Síria, que perdeu

20% de sua população entre 2010 e 2019, protagonizando o

maior declínio desta década.

Em segundo lugar vem Porto Rico. A ilha, que já apre‑

sentava alto número de emigrantes, vivenciou um aumento

desse fluxo devido ao furacão Maria, em 2017. De 2010 para

cá, perdeu 18% de sua população.

MANTOVANI, Flávia. Migração e menor expectativa de vida reduzem população da Venezuela, diz relatório da ONU. Folha de S.Paulo, 17 jun. 2019. Disponível em:

<www1.folha.uol.com.br/amp/mundo/2019/06/migracao‑e‑menor‑expectativa‑ de‑vida‑reduzem‑populacao‑da‑venezuela‑diz‑relatorio‑da‑onu.shtml>.

Acesso em: 25 jun. 2019.

O trecho da reportagem traz informações sobre impactos demográficos que os fluxos migratórios causam nos países de origem. Entre as possíveis consequências econômicas desses fluxos migratórios está

A a equidade entre as relações de suas balanças comerciais.

B o aumento do potencial de produtividade da mão de obra.

C a diminuição da remessa de capitais enviadas por emigran‑tes.

D a perda de mão de obra e potencial de geração de riqueza.

E o aumento da população economicamente ativa (PEA).

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