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Jornal do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná • Ano XVIII • nº 327 • Setembro de 2009 Movimentos acontecem no Paraná e no Brasil gina 8 gina 3 AUDIÊNCIAS SEM PRIV A CIDADE NOS JUIZADOS INC OM ODAM A POPULAÇÃO ginas 4, 5 e 6 Sindijus-PR convoca servidores para mobilizações G u s t a v o H e n r i q u e V i d a l Orçamento do TJ de 2010 prevê pagamento de atrasados No ano passado, as mobilizações garantiram a conquista da URV Audência Pública discute precatório dos servidores gina 4 gina 3 TRIBUNAL C ORTA RISC O DE VIDA DE SERVIDORES DO FÓRUM CRIMINAL gina 6 Estado quer aumentar desconto dos servidores Em reunião com a assessoria da Presidência do Tribunal de Just iça, o Sindij us-PR t eve a ga- rantia que um montante será destinado para pagamento de atrasados. O valor não foi infor- mado. O coordenador-geral do Sin- dicato, em exercício, Mário Cândido de Oliveira, diz, no en- tanto, que não está no orçamen- to de 2010 que os recursos se- rão destinados para a quitação da URV. “Consta apenas que será para atrasados. Mas quais?”, per- gunt a Mário. Por trás dessa questão paira uma grande preocupação da ca- t egoria: os magist rados t ambém esperam receber uma parte do adicional de tempo de serviço. Além disso, recentemente, a Câ- mara dos Deputados aprovou o reajuste para os ministros do Su- premo Tribunal Federal, que gera um efeito em cascata, au- mentando os salários de j uízes e desembargadores de todo o País. gina 3 PREVIDÊNCIA Outubro e novembro serão meses cheios para os servidores do Judiciário paranaense. O S indijus-PR convoca todos para as mobilizações que aconte- cem no dia 21, contra a extensão da jornada em todo o País e no dia 28, junto com os servidores do executivo para cobrar transparência da Paranaprevidência. No dia 9 de novembro, o S indijus-PRrealiza audiência pública pela valorização dos servidores. Mobilizações serão programadas para o mesmo dia. Sindijus-PR discute planejamento do Tribunal de Justiça

Sindijus-PRconvoca servidorespara mobilizações...Jornal do Estado/Tiragem 5.500 Edição final dia 05 de outubro de 2009. Outubro de 1989. Outubro de 2009. As cartas não refletem

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  • Jornal do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Paraná • Ano XVIII • nº 327 • Setembro de 2009

    Movimentos acontecem no Paraná e no Brasil

    Página 8Página 3

    AUDIÊNCIAS SEMPRIVACIDADENOS JUIZADOSINCOMODAM APOPULAÇÃO

    Páginas 4, 5 e 6

    Sindijus-PR convocaservidores paramobilizações

    Gu

    s tavo Hen

    riqu e V

    ida l

    Orçamento do TJ de 2010 prevêpagamento de atrasados

    No ano passado, as mobilizações garantiram a conquista da URV

    Audência Pública discute precatório dos servidores Página 4

    Página 3

    TRIBUNAL CORTARISCO DE VIDADE SERVIDORESDO FÓRUMCRIMINAL

    Página 6

    Estado queraumentardesconto dosservidores

    Em reunião com a assessoriada Presidência do Tribunal deJust iça, o Sindij us-PR t eve a ga-rant ia que um mont ant e serádest inado para pagament o deat rasados. O valor não foi infor-mado.

    O coordenador-geral do Sin-di cat o, em exercíci o, Már i oCândido de Ol iveira, diz, no en-tanto, que não está no orçamen-t o de 2010 que os recursos se-rão dest inados para a quit açãoda URV. “Consta apenas que serápara atrasados. Mas quais?”, per-

    gunt a Mário.Por t rás dessa quest ão paira

    uma grande preocupação da ca-t egoria: os magist rados t ambémesperam receber uma part e doadicional de t empo de serviço.Além disso, recentemente, a Câ-mara dos Deput ados aprovou oreajuste para os ministros do Su-premo Tr ibunal Federal , quegera um efeit o em cascat a, au-ment ando os salários de j uízese desembargadores de t odo oPaís.

    Página 3

    PREVIDÊNCIA

    Outubro e novembro serão meses cheios para os servidores do Judiciárioparanaense. O Sindijus-PR convoca todos para as mobilizações que aconte-cem no dia 21, contra a extensão da jornada em todo o País e no dia 28,

    junto com os servidores do executivo para cobrar transparência da Paranaprevidência.No dia 9 de novembro, o Sindijus-PR realiza audiência pública pela valorização dosservidores. Mobilizações serão programadas para o mesmo dia.

    Sindijus-PRdiscuteplanejamentodo Tribunal deJustiça

  • 2 Setembro de 2009

    EDITORIAL

    As idéias expostas pelas cartas não refletem a opinião do j ornal.

    ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDIJUS-PR - SINDICATO DOSSERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ

    Sede: Rua David Geronasso, 227 - Boa Vista CEP 82540-150 - Curitiba-PRFone: (41) 3075-5555 - Fax: (41) 3075-6702

    As cartas podem ser enviadas para [email protected]

    www.sindijuspr. org. br

    SISTEMA DIRETIVOConselho Executivocoordenador-geral: José Roberto Pereira; secretário-geral: Mário Cândido de Oliveira;Ademir Aparecida Pinto; Airton Dias de Oliveira; Caetano Zaganini; Clóvis Menger; DavidMachado; Edson Fernando da Silva; Maria Dulcinéia Fernandes Del Rios; Rosana do Rociode Freitas Diniz.Conselho DeliberativoAdenilza Rocha Augusto; Adivaldo Rosa; Aldo Bonato; Aldoino Fedrigo; Amauri da Silva;Amauri da Silva Fernandes; André Guilherme de Freitas; Ângelo José Sasso; Antonio CarlosDatto; Antonio Marcos dos Santos; Antonio Marcos Pacheco; Antonio Ribeiro Neto; AristeuNunes; Benedita Estracer Zioli; César Conrado de Souza Neto; Daltron Moreira Rocha; DarioAparecido da Costa; Davi Aguiar de Andrade; Diógenes Nunes de Souza; Dirce Leni da Rosa;Dorian Aparecida Damaceno; Edson Luiz Futerko; Edson Prado Lima; Irineu Goveia; ItacirAntunes dos Santos; José Panisson; Josevaldo Moreira Alves; Jurandir Moreira Vilas BoasJunior; Lizete Ramos Cancela; Lourival dos Santos Cordeiro Junior; Lucinei Luiz Guimarães;Luiz Carlos Lopes; Luiza Narduci Pereira; Marcello de Oliveira; Márcia Regina MosquerRipula; Marco Antonio Cremonez; Marcos Henrique Romualdo da Silva; Maria Emilia Martins;

    Maria Madalena de Oliveira; Mario Sérgio dos Santos; Mary Claudia Hetka Dubieli; Neli Maria Felix; Osmar Lopesda Silva Filho; Pierina Libera De Martini; Reginaldo Prado Lima; Rodrigo Augusto Moersbaecher Paes; RosangelaZilliotto; Rui Artur de Aguiar; Sidney Prado Lima; Silvana Claudia Barreiro; Tereza Maria Miranda Carvalho; VanerGalli; Vilma Aparecida Demori; Virginia de Moraes Freire e Zeli Martins Fontoura.

    Conselho FiscalAdélcio Renosto; Elisio Marques; José Paulino Lourenço; Osemir Queiroz e Rosanna Ventura.

    Conselho EditorialJosé Roberto Pereira, Mário Cândido de Oliveira, David Machado, Edson Fernando da Silva e Caetano Zaganini.

    Jornalista Responsável (fotos, diagramação e edição)Gustavo Henrique Vidal - jornalista profissional diplomado - MTb 5928-PRIlustraçõesSimon TaylorImpressãoJornal do Estado/Tiragem 5.500 Edição final dia 05 de outubro de 2009.

    Outubro de 1989.Outubro de 2009.

    As cartas não refletem a opinião do Jornal.

    REAJUSTEEXTRAJUDICIAL

    Será que vou precisarmorrer para receber au-mento de minha aposen-t ador ia como Serven-tuário do Foro Ext ra-j u-di ci al . Desde que f oiestabelecida a atual im-por t ânci a de mi nhaaposentadoria, os medi-camentos que eu e minhaesposa tomamos por ne-cessidade subiram maisde 100%; no supermerca-do vej o quant o minharenda está defasada por-que não posso adqui r i rmais que o mínimo neces-sár io; supér f luos, nempensar. Será que essesproblemas não at ingemaqueles que poderiam fa-zer j ust iça e nos colocarem igualdade de condi-ções com aqueles que re-ceberam em dia, os au-mentos a que t iveram di-reit o. Que mal f izemos,para sofrer esse cast igo,essa diferença. Somos hu-manos e como tal, sent i-mos na carne os proble-mas que essa indiferençanos causa. Gostaria de mej unt ar aqueles serven-tuários que se dirigiramao Sr. Presidente do Tri-bunal solicitando o paga-ment o dos reaj ust es aque t emos di rei t o. Oatendimento dessa nossa

    j ust a reivindicação, se-ria, no mínimo, questãode j ust iça.

    M.T.C.

    RISCO DE VIDA

    Hoj e foi um dia de lutoj unto aos servidores lota-dos na 1a e 2a Vara deExecuções Penais, o sustofoi geral quando vimosnossos cont racheques, omais injusto de tudo é queos que não recebiam o ris-co de vida foram contem-plados e os que recebiampor direito adquirido háanos tiveram seus proven-t os prej udicados. E porincrível que pareça nomesmo prédio j unt o aoCartório da Corregedoriatodos os servidores rece-beram normalmente, semcortes, que Tribunal é esseque chamam de Just iça,est amos de lut o somosmassacrados dia a dia peloacúmulo de serviço, paracumprir a tal meta e o querecebemos em t roca t ra-t ament o di f erenciado,t r ist eza indignação é oque paira ent re nós, es-peramos que vocês do Sin-dicato que são a nossa úni-ca f orma de i nt erme-diação aj am de imediatoem nosso favor.

    M.

    az vinte anos da defla-gração da primeira greveno judiciário do Paraná.

    Aconteceu antes de o Sindijus-PR completar seu primeiro ani-versário. Foi um marco. A data?19 de outubro. A partir dali agreve passou a ser uma arma po-derosa utilizada pelos servido-res do judiciário. Em 1989, coma inflação galopante, os servido-res corriam atrás das reposiçõessalariais. Era uma necessidadede sobrevivência. Nessa greve,o enfrentamento durou poucomais de dez dias. A assembléiafoi histórica. Reuniu quase milservidores. O movimento ga-nhou força e se estendeu portodas as regiões do Estado. Aadministração, que em princípionão acreditou na organização dostrabalhadores, teve que se cur-var ao movimento. A criação deuma gratificação foi a saída en-contrada para negociar com o co-mando de greve. Tempos de-pois, o benefício foi incorpora-do aos salários.

    Outros tempos. Muitoscompanheiros e companheirasdaquela época se foram. Al-guns mudaram de vida. Estãocuidando de seus interesses.Outros, porém, continuam naluta. Agora mais maduros. Osdesafios, estes continuam.

    Hoje a luta ainda é por salári-os, mas é também, por melho-res condições de trabalho, porplano de carreira, contra as in-justiças. Se em 89, às vezes sepecava pela inexperiência, so-brava garra. Hoje, com a polí-tica de chefias no Tribunal, depagamento de tempo integrale dedicação exclusiva (TIDE)para alguns, deixa os servido-res da secretaria mais temero-sos. Afinal, não é fácil encararo patrão com uma parte da re-muneração em gratificações.Pensa-se duas vezes. Por outrolado, quando a água bate maisforte, o servidor já mostrouque fica destemido, vai à lutae não tem nada que o segure.

    Pois bem, hoje, como no fi-nal dos anos 80, os servidoresestão sendo testados novamen-te. A extinção das carreiras noforo judicial, o tratamento dife-renciado com os servidores dasecretaria, com pagamento de

    chefias e tempo integral parauma parte (o famoso TIDE), emdetrimento de outros, a extinçãodos cargos de segurança, ascen-soristas, copeiros, agentes delimpeza, a insensibilidade daadministração determinando ocorte do risco de vida no fórumcriminal e na VEP, são ingredi-entes suficientes para que sejaretomada a boa disposição de 89.

    De quebra, o Conselho Na-cional de Justiça (CNJ), vemcom essa de exigir jornada se-manal de 40 horas, o que nun-ca aconteceu no judiciário.Essa medida vai contra a luta detodos os trabalhadores que pe-dem e exigem a redução da jor-nada de trabalho. O teste temdata para acontecer e desta vezpretende unir os servidores detodo o Brasil. Será no dia 21 deoutubro, 20 anos após a histó-rica greve dos servidores do ju-diciário do Paraná. O desafioestá lançado.

    http://www.sindijuspr.org.br

  • 3

    PROPOSTA orçamentária do Estado dest ina R$ 835 milhões para o Judiciário

    Montante, que não foi divulgado, não indica para quais at rasados. Servidores terão que lutar pela URV

    Setembro de 2009

    m reunião com a assessoria daPresidência do Tribunal de Jus-tiça, o Sindijus-PR teve a garan-

    tia que um montante será destinadopara pagamento de atrasados. O valornão foi informado.

    O coordenador-geral do Sindicato,em exercício, Mário Cândido de Oli-veira, diz, no entanto, que não está noorçamento de 2010 que os recursosserão destinados para a quitação daURV. “Consta apenas que será para atra-sados. Mas quais?”, pergunta Mário.

    Por trás dessa questão paira umagrande preocupação da categoria: osmagistrados também esperam receberuma parte do adicional de tempo deserviço. Além disso, recentemente, aCâmara dos Deputados aprovou o rea-juste para os ministros do SupremoTribunal Federal, que gera um efeitoem cascata, aumentando os salários dejuízes e desembargadores de todo oPaís.

    “Temos que garantir os recursospara os servidores. Até porque os ma-gistrados paranaenses já receberam a

    URV há muito tempo”, afirma Mário.Segundo ele, a previsão orçamentáriase deu depois de muita negociação doSindijus-PR com o Tribunal.

    O Sindijus-PR continua negociandocom o TJ o pagamento de uma parcelaneste ano. A cada reunião, os diretoresdo Sindicato levam números que mos-tram o crescimento da arrecadação doEstado. Cálculos do Dieese indicam queum aumento médio mensal de 10% paraos meses de setembro a dezembro.

    Em 2010, o Judiciário terá disponí-vel 9% do orçamento do Executivo, pas-sando de R$ 795 milhões recebidos em2009 para R$ 835 milhões. A propostaorçamentária do Governo Estadual, en-viada à Assembleia Legislativa no dia30 de setembro, ultrapassa os 25 bi-lhões de reais, crescimento de 5,89%em relação a 2009.

    No ano passado, chegou a 32 mi-lhões de reais o valor para o pagamen-to da primeira parcela da URV. “Daquipara frente, o valor deve reduzir, já quea tendência é baixar o número de ser-vidores que têm direito aos atrasados”,

    explica Mário.

    PAUTADurante a reunião com os assesso-

    res do presidente, Mário Cândido tam-bém questionou o andamento das ou-tras reivindicações da categoria.

    A equipe de estudos, que analisa asalterações nas leis 16023 e 16024, e atransformação dos cargos de auxiliaradministrativo em técnico judiciárioainda não terminaram os levantamen-tos. “Precisamos o mais rápido possívelessas informações. O concurso já acon-teceu e assim que os aprovados foremchamados as disparidades nas carreirascomeçarão”, alerta Mário.

    Outra polêmica diz respeito ao pra-zo de empréstimos para servidores. OTribunal afirmou que não deverá revera decisão, que aumentou para 48 ve-zes o prazo máximo para a categoria.No pedido do Sindijus-PR, esse prazoé de 60 meses. “Continuaremos nego-ciando com o presidente. É uma ques-tão de interesse dos servidores queprecisamos resolver”, diz Mário.

    TJ cortagratificação deservidores doFórum Criminal

    Sindijus-PR participa dos seminários sobre oplanejamento do TJ

    Servidores lotados no FórumCriminal e na Vara de Execu-ções Penais de Curit iba cont i-nuam revoltados com o corte dagrat if icação do Risco de Vida.O Tribunal de Just iça alega quenão foi informada a lotação dosservidores. Depois da lei que de-t ermina o local de r isco, osj uízes precisam confirmar ondeos servidores atuam.

    O mot ivo do corte, segundoassessores da Presidência, sedeu por que não houve pedidode pagament o da grat if icaçãopor parte do magist rado, a queesses servidores estão subordi-nados. “Para que o risco de vidavolte a ser pago, é necessárioque sej a feito ofício, assinadopelo juiz, indicando a atividadedo servidor na vara em que estálotado” , diz o coordenador-ge-ral do Sindijus-PR em exercício,Mário Cândido de Oliveira.

    A maioria são casos de servi-dores da Secretaria que estãoprestando serviços em uma dasvaras criminais ou equivalente.“ Esperamos que o pagament osej a retomado, com o ret roat i-vo do mês descontado”, concluiMário Cândido.

    RISCO DE VIDA

    O Sindij us-PR estará envolvidoem toda a discussão do planeja-mento estratégico do Tribunal deJustiça. Os trabalhos foram inicia-dos pelo Núcleo de Estat íst ica eGestão Estratégica, que agora, pordeterminação do Presidente do Tri-bunal, passa a ser integrado poroutros setores do Poder Judiciário,aí incluindo o sindicato.

    Uma série de seminários regio-nais pelas comarcas do interior re-ceberá sugestões para melhorar a suaapl icação. O primeiro seminárioaconteceu no dia 3 em Cascavel.

    O planejamento é um diagnóst i-co do Poder Judiciário e uma atua-lização do Plano Est ratégico, alémde definir indicadores de desempe-nho e de metas. Além do Sindij us-

    PR, ent idades como a Amapar, aOAB-PR e Minist ério Público-PRpart icipam das discussões.

    17/10 Ponta Grossa24/10 Londrina31/10 Maringá6 e 7/11 Curitiba

    CALENDÁRIO

  • 4

    DISCUSSÃO

    Reuniões reforçam mobilização e a audiênciapública pela valorização dos servidores

    sobre a extinção dos cargos e o pagamento dos atrasados da URV

    Setembro de 2009

    Servidores de Cascavel e Região (1º foto) e da Região de Cianorte, discutem quais as mobilizações da categoria acontecerão no dia 9 de novembro, dia da Audiência Pública

    Sindijus-PR e a Assojepar realiza-ram no dia 25, em Cianorte, eno dia 2 de outubro em Cascavel

    reuniões para mobilizar a categoria paraa audiência pública sobre a valorizaçãodos servidores. O calendário de discus-são foi aprovado na assembleia geral de11 de setembro.

    Mário Cândido de Oliveira, coorde-nador-geral do Sindijus-PR em exercícioexplica que os servidores estão unidosna defesa de seus direitos. “Todos enca-

    minharam opiniões para reforçar amobilização no dia 9”, destaca.

    Mário convocou os servidores para asaudiências públicas que serão realizadasem Curitiba e Brasília. A primeira, esta-dual, que acontece até o dia 9 de no-vembro. E, a nacional, que trata das for-mas de luta contra o aumento da jornadade trabalho (veja matéria na página 5).

    Durante os encontros, são discutidosainda a negociação dos atrasados da URV;formas de mobilização para exigir as alte-

    rações das leis 16023 e 16024; a gratifica-ção dos Risco de vida e a incorporação dagratificação de 100 reais de assiduidade.O Sindicato também convoca a categoriapara as plenárias regionais do Fórum dasEntidades Sindicais, que discute SAS e asmudanças na Paranaprevidência.

    Neste mês, no dia 21, acontece o DiaNacional de Lutas dos Servidores do Ju-diciário Nacional, a unificação da luta emtodos os estados contra o aumento da jor-nada de trabalho.

    Calendário09 de outubro

    Londrina e Maringá16 de outubro

    Guarapuava e região23 de outubro

    Francisco Beltrão e região30 de outubro

    Ponta Grossa e região

    Audiência pública discute dívida de precatórios do Estado com servidoresSe existe um dito popular que representa a postura do Poder Executivo

    em relação ao pagamento dos precatórios, é o famoso: “ Devo, não nego.Pago quando puder” . Ou melhor, ele teria uma adaptação: “ Pago quandoquiser” . É o que acredita o advogado t rabalhista Cláudio Ribeiro, um dospalest rantes na audiência pública sobre o tema, realizada no últ imo dia28. O encontro aconteceu em Curit iba e foi promovido pela APP-Sindica-to, em parceria com os mandatos dos deputados Professor Lemos, Esta-dual e Dr. Rosinha, Federal. Para o j urista, os governos estaduais e muni-cipais acabam adotando o que ele denomina de ‘ teoria do Delfim Net to’(ex-minist ro da Fazenda): “ Dívida não se paga, se rola” .

    Segundo o Professor Lemos, a discussão sobre precatórios torna-se im-prescindível. Em especial agora, quando tramita no Congresso Nacional aProposta de Emenda Const itucional (PEC) 351/ 2009, que pretende inst ituiruma nova sistemát ica de pagamento dessas dívidas. “ Precisamos debateresta PEC, pois ela t raz uma série de mudanças que nos causam preocupa-ção, como a tendência de elevar o prazo de pagamento para 15 anos ou

    mais” , explica Lemos. E vai precisar de muita mobilização para que oEstado pague uma dívida que, segundo a Secretaria da Fazenda (Sefa) doParaná, chega a espantosos R$ 3,7 bilhões, sem contabilizar os juros.

    Segundo o deputado federal Dr. Rosinha, uma Comissão Especial anali-sará a proposta e tem um espaço de 40 sessões para t rabalhar. E é nesseespaço de tempo que devem ser realizadas audiências públicas para ouvira sociedade. Dr. Rosinha disse que pode ser pensado numa punição para oExecutivo que não cumprir uma decisão judicial. Neste mês de outubro, oEstado começa a pagar, em relação aos precatórios cíveis (que é o casodo precatório do Sindij us-PR), os que ent raram no orçamento de 2001. Oprecatório do Sindij us-PR entrou no orçamento de 2005.

    No final da audiência, os part icipantes t iraram uma série de encami-nhamentos. Ent re eles está previsto o ingresso de duas Ações Diretas deInconst itucionalidade contra a PEC 351 e a lei que estabelece a forma decorreção. Também ficou definido a organização de mobilização em Brasília,para pressionar o STF e os t ribunais estaduais.

  • 5

    EX-CLT: ESTADO ENTRA COM RECURSO

    PARALISAÇÕES no dia 21 em todo o Brasil

    Servidores não aceitam aumento da jornada. Reunião dos Sindicatosestaduais definiu mobilização de um dia

    Gu

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    idal

    Mobilização nacionalcontra as 8 horas

    Setembro de 2009

    Servidores do Poder Judiciáriode todo o Brasil se unem, no dia21, contra a Resolução 88, doConselho Nacional de Justiça(CNJ), que determina a exten-são da jornada no Judiciário para8 horas diárias.

    Depois do anuncio feitopelo conselho, representantesde sindicatos se reuniram coma Fenajud para buscar alterna-tivas de evitar a decisão. Des-ta reunião, os servidores defi-niram um dia nacional de lu-tas, com representantes de to-dos os estados participando deum ato em Brasília.

    “A resolução não pode servista tão somente do ponto devista do aumento da jornada,mas todas as situações que en-volvem a vida do trabalhador,como as condições de trabalhoe saúde, compensação das ho-ras sem prejuízo da remune-ração, qualificação profissio-nal”, destaca o diretor daFenajud, Josafá Ramos.

    Já o coordenador-geral doSindijus-PR em exercício, Má-rio Cândido e Oliveira, diz quea jornada maior não resolveráos problemas do judiciário na-cional. “Não existe estruturapara que os servidores possamexecutar o serviço. Não é au-mentando e acumulando o tra-balho que os problemas demorosidade serão resolvidos,um dos motivos para o estabe-lecimento da Meta 2. É neces-

    sária, e urgente, a contrataçãodemais trabalhadores”, afirma.Mario lembra ainda que a lutapela redução da jornada de tra-balho não é em vão. “É umabandeira histórica do movi-mento sindical”, diz.

    RESOLUÇÃOA Resolução 88 do CNJ em

    seu artigo 1º a carga horária noJudiciário Nacional deve ser de8 horas diárias e 40 horas sema-nais, permitindo 7 horas inin-terruptas, salvo quando houverlei local ou específica discipli-nando de forma diversa.

    É preciso que o CNJ ouçaas entidades que representama categoria quando for tratarde questões relacionadas aosservidores. “O servidor do Ju-

    diciário quer ver reconhecidoseus direitos e melhorias dascondições de trabalho, saúde,qualificação profissional paramelhor e bem atender à socie-dade”, destaca Josafá.

    Segundo levantamento daFenajud, dos 26 estados e oDistrito Federal, 18 unidadesfederativas adotam, por lei ouato administrativo a jornada de6 horas. Hoje no Paraná a car-ga horária é de 06h30min e 7horas.

    Merece destaque que a mai-oria dos estados ter norma ju-rídica garantidora das 06 ho-ras diárias, a maioria dos cole-gas trabalha acima dessa cargahorária sem receber as horas-extras constitucionalmente as-seguradas.

    Sindicatos reunidos em Brasília para discutir a extensão de jornada

    Estado do Paraná entrou com recurso extraordinário paratentar desconst ituir a decisão do Superior Tribunal deJustiça que concedeu licença especial para os servidoresdo Tribunal de Just iça do regime CLT. O recurso leva oprocesso ao Superior Tribunal Federal.É com estranheza que o Sindijus-PR recebe esta notícia.Primeiro por que o mandando de segurança propostopelo Sindicato não t rata de matéria const itucional (hápossibilidade do Supremo não aceitar o recurso do Esta-do). Segundo, por que o próprio Executivo já reconheceuo direito para os seus ex-CLT. Assim, conforme o asses-sor jurídico do Sindicato, Ludimar Rafanhim, quando oEstado ret irou os autos em carga passou a contar com aseguinte possibilidade: se o Recurso Extraordinário nãofor recebido no efeito suspensivo, o Tribunal teria quedar cumprimento à decisão do STJ, pois se trata de man-dado de segurança e comporta a execução provisória.

    FORMAÇÃO DE AGENTES DA SAÚDE

    A diretora do Sindij us-PR, Ademir Aparecida Pinto “ Cida”part icipou, em setembro, em Passo Fundo-RS, do cursode Formação de Agentes Multiplicadores do Direito à Saú-de. A at ividade busca qualificar a part icipação da comu-nidade no SUS, formando lideranças para intervir na for-mulação e compreensão de polít icas públicas de saúde.“A ideia é desafiar os participantes a desenvolverem tra-balhos de mult iplicação nos seus espaços de atuação” ,conta Cida. Para ela, “ o curso colabora na construção deuma saúde pública ideal para a sociedade” .

    APOSENTADOS DO EXTRAJUDICIALOs aposentados do foro ext raj udicial Airton Dias de Oli-veira, Dalt ron Moreira Rocha e Jurandir Moreira VilasBoas cont inuam em busca de informações sobre o paga-mento dos reajustes. O TJ já solicitou ao DepartamentoEconômico e Financeiro um levantamento do númerode aposentados. Em reunião Vilmar Faria, diretor dodepartamento, os aposentados t iveram a confirmaçãode que a relação será enviada ao presidente. “ Espera-mos que o processo sej a rápido, j á que estamos hámais de 5 anos sem reajuste” , diz Dalt ron. “ Faço aquium pedido a todos os aposentados. Estamos sozinhosnessa empreitada. Não fosse o Sindij us-PR, seriamos 5pessoas para buscar os nossos direitos. Precisamos quetodos que conheçam um desembargador, um j uiz, oprocure para pedir aj uda” , convoca Airton.

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    SINDICATOS querem auditoria nas contas

    REAJUSTE DOS MINISTROS DO STF

    SISTEMA DE SENTENÇAS DIGITAIS Fórum dos Servidoresdiscute mudanças naParanaprevidênciaGoverno anunciou aument o na cont ribuição e descont o deaposent ados e pensionist as

    Setembro de 2009

    esde o dia 24 de setem-bro, o Fórum das Entida-des Sindicais dos Servi-

    dores do Estado do Paraná, doqual o Sindijus-PR faz parte, rea-liza uma série de plenárias regi-onais para ampliar as discussõessobre a pauta de reivindicaçõese o andamento das negociaçõescom o governo do Estado. Nos en-contros os servidores também es-tão debatendo a realização demobilizações no dia 28 de outu-bro, dia do servidor público e acriação de núcleos regionais doFórum visando a descentralizaçãodas informações.

    Segundo Caetano Zagani-ni,da direção do Sindijus-PR, umdos temas que mais tem chama-do a atenção nessas plenárias, éa declaração do Governo do Esta-do, de que deverá haver altera-ções no sistema previdenciárioaté o fim de 2009 e uma das pos-sibilidades é o aumento no des-conto da previdência para os ser-vidores da ativa e o desconto deaposentados e pensionistas. Se-gundo Caetano, os servidores nãovão permitir mudanças nesse sen-tido. O que eles defendem éuma ampla reorganização da Para-naprevidência e melhoria no sis-tema de atendimento à saúde,por meio do SAS ou então, pelaimplantação do IPE-SAÚDE.

    Se houver mudanças no sis-

    tema de descontos, alerta Caeta-no, os servidores do judiciário tam-bém serão atingidos, “por isso to-dos devem participar das mobili-zações do Fórum.

    Zaganini diz que os servido-res cobram do Governo uma au-ditoria na Paranaprevidên-cia paraverificar a regularidade dos bene-fícios pagos pelo órgão. O Fórumdos Servidores, por outro lado,

    está em contato com atuários pararealizar uma auditoria indepen-dente nas contas da Paranaprevi-dência. Quer saber qual é a realsituação do Órgão Previdenciáriodo Estado.

    PARTICIPAÇÃOO Fórum quer ver implanta-

    do um sistema democrático eparticipativo na gestão da previ-dência conforme prevê o artigo

    194, parágrafo único, inciso VII,da Constituição Federal: “Caráterdemocrático e descentralizado daadministração, mediante gestãoquadripartite, com participaçãodos trabalhadores, dos emprega-dores, dos aposentados e do Go-verno nos órgãos colegiados”. E doartigo 41 da Constituição Estadu-al do Paraná: “É assegurada, nostermos da lei, a participaçãoparitária de servidores públicos nagerência de fundos e entidadespara as quais contribuem”. Alémdisso reivindicam a alteração dapessoa jurídica da Paranapre-vidência, de serviço social autô-nomo, para entidade pública -autarquia estadual.

    Atividades agendadas: mobili-zações no dia 28 de outubro, comconcentração a partir das 8h30minna Praça Nossa Senhora da Salete,no Centro Cívico, em Curitiba.

    Os aposentados e pensionis-tas vão organizar o bloco dos “ca-beças brancas” para participardas atividades.

    Seminário no dia 11 de no-vembro para debater a questãoprevidenciária. O local será di-vulgado nos próximos dias.

    A próxima plenária regionaldo Fórum vai ser no dia 9 deoutubro, na ACIAP, na RuaRodrigues Alves, 621, Centro,em Paranaguá, a partir das8h30min.

    Servidores doJudiciário

    também serãoatingidos pela

    mudança

    O Núcleo Piratininga de Comunicação abriu inscriçõespara o seu 15º Curso Anual NPC, que será realizadode 11 a 15 de novembro no Palácio Capanema(Funarte), no Rio de Janeiro. O tema geral do encon-t ro é Mídia hoj e como part ido do capital. A mesa deabertura “ Mídia, o verdadeiro part ido da burguesia”terá a part icipação da historiadora Virgínia Fontes edos j ornalistas José Arbex Jr. (Caros Amigos), PascualSerrano (Rebel ión) e Ignácio Ramonet (Le MondeDiplomat ique). Ao longo dos t rês dias de debates se-rão discut idos temas como “ Mídia e resistência naAmérica Lat ina” ; “ comunicação de resistência” ; “ re-alidades regionais da comunicação”; “Conferência Na-cional de Comunicação” ; “ criminalização da pobrezae dos movimentos sociais” , e out ros assuntos.

    Cascavel será a primeira cidade do est ado que ut i-l izará o serviço de sent ença digit al das decisões dosj uízes do Fórum da cidade. O novo modelo, queainda est á em fase de t est es, faci l i t ará o acesso àssent enças e agil izará o t rabalho de j uízes e advo-gados. Um funcionário do Tribunal de Just iça ori-ent a os j uízes a t rabalharem com a nova ferra-ment a. Dos 15 magist rados de Cascavel , cinco j áut i l izam o novo sist ema.O j uiz ut i l iza um cart ão que cont ém os dados pes-soais e aut oriza o t rabalho, e pode assinar a sen-t ença no comput ador. O j uiz t ambém fará a assi-nat ura digit al , e ent ão o escrivão t em acesso aut o-mat icament e à sent ença e j á pode colocá-la no Di-ário Of icial para publ icação. A est imat iva é de quea burocracia que levava at é dois meses, possa serconcluída em um dia.

    A Comissão de Const i t uição e Just iça do Senadoaprovou o proj et o que aument a, em duas et apas,os salários dos minist ros do Supremo Tribunal Fe-deral. A part ir de 1º set embro, os salários passampara R$ 25.725. E para R$ 26.723,13 a part i r defevereiro de 2010. Os senadores da CCJ mant ive-ram o t ext o aprovado pela Câmara que est abele-ceu reaj ust e de 5% nest e ano e de 3,88% em 2010.A soma é inferior aos 14,09% pret endidos pelo STFno proj et o original , pois um dest aque aprovadopelos deput ados ret irou o aument o int ermediáriode 4,6% previst o para 1º de novembro de 2009.Os salários dos minist ros do STF correspondem aot et o do serviço públ ico, servem de referência paraos demais int egrant es do Poder Judiciário e do Mi-nist ério Públ ico, respect ivament e. Assim, os rea-j ust es no t opo das carreiras podem provocar umefeit o-cascat a reaj ust ando os salários de j uízes edesembargadores no âmbit o est adual.

    15º CURSO ANUAL DO NPC

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    Escola agroecológica se consolidana defesa da soberania alimentar

    Romaria daterra celebra adiversidadedos alimentos

    Setembro de 2009

    A 24ª Romaria da Terra doParaná, que ocorre no próximodia 11, em Mari lândia do Sul,vai denunciar o atual modelo deagricult ura que não prioriza oabastecimento. O alimento dei-xou de ser o puro alimento nasua essência e passou a ser mer-cadoria. A expectat iva da coor-denação é reunir cerca de 15mil pessoas.

    Nos 24 anos de história, as ro-marias mostram o que há de maisexplícito de conflitos, resistênci-as e denúncias da realidade cam-ponesa. As romarias nascem danecessidade de explicitar deter-minadas situações de inj ust içase conflitos sócio-políticos.

    O debate em torno da produ-ção e da qualidade dos alimentosganha força nos dias de hoje. Aprodução e a comercialização dosal imentos foram concent radasnas mãos de empresas t ransna-cionais. Esse processo escravizaos agricultores e agricultoras, en-carece o preço dos insumos, po-lui o meio-ambient e e faz docampo um imenso “ deserto ver-de” de cana, soj a, madei ra.Hoje, 10 empresas de sementescontrolam quase 40% do comér-cio mundial de sementes.

    Todo esse modelo está por trásda crise alimentar que coloca emrisco o direito à alimentação demilhares de pessoas no mundo.Essa situação agrava ainda maisa situação dos quase 14 milhõesde brasileiros (ou 7,7% da popu-lação) que vivem em domicíliosnos quais a fome esteve presen-te ao menos um dia em 2004,como revela a primeira pesquisasobre Segurança Alimentar feitapelo IBGE. Considerando todos osníveis de insegurança alimentar,72 milhões de pessoas (39,8%) es-tavam vulneráveis à fome.

    o completar quatro anos, a EscolaLatino Americana de Agroeco-logia (ELAA), fundada em agos-

    to de 2005, realizou a I Feira da Agro-biodiversidade, no assentamento Contes-tado, município da Lapa, local onde seencontra instalada a Escola. Durante afeira os participantes também comemo-ram os 25 anos do MST e os 10 anos doassentamento Contestado, onde vivem108 famílias.

    José Maria Tardin, da coordenação exe-cutiva da Escola, diz que a feira não éapenas um momento de confraterniza-ção pelas conquistas, mas também de so-cialização de experiências e de estudosobre os avanços necessários.

    “A biodiversidade tem sido objeto deinteresse das grandes empresas que seapropriam através das leis de patente,mas impede o livre acesso por parte dasfamílias camponesas. A feira tem o obje-tivo de planejar nossas lutas para enfren-tarmos esse domínio do mercado sobre aagrobiodiversidade”, afirma.

    A ELAA, mantida pelos movimentos

    que integram a Via Campesina formouno mês de maio deste ano os primeiros52 tecnólogos em agroecologia do Bra-sil. Atualmente, outros 70 educandos dãocontinuidade ao curso. O início de fun-cionamento da terceira turma está pre-visto para o mês de outubro. A Escola foicriada a partir de uma parceria entre aVia Campesina, o governo da Venezuela,governo do Paraná, Universidade Fede-ral do Paraná (UFPR) e o MST, cujo obje-

    tivo é possibilitar a estruturação de umarede de intercâmbio entre os campone-ses latino-americanos e defender a sobe-rania alimentar.

    David Machado, da direção do Sindijus-PR, lembra que o companheiro CaetanoZaganini, diretor do Sindicato, tem cursode Técnico em Agroecologia pela EscolaTécnica da Universidade Federal do Paranáe é um defensor incansável da agriculturasem agrotóxicos.

    Aumento do índice de produtividade faz avançar Reforma Agráriação social disponíveis para a reforma agrá-ria cresceria e muito no país.

    Como bem aponta a Comissão Pasto-ral da Terra (CPT), por trás da guerra dabancada ruralista está o velho objetivo depreservar o latifúndio improdutivo deempresas nacionais e estrangeiras.

    Ao contrário do que insinuam osruralistas, a medida não inviabiliza a pro-dução agrícola no país. Pelo contrário.Serão afetados somente os proprietáriosque usam as terras como forma de espe-culação imobiliária. Os que produzemnão têm por que se preocupar.

    “Fazer avançar a reforma agrária é umaquestão de justiça e de cumprir o que diza lei, além de constar do programa degoverno vitorioso nas eleições presiden-ciais de 2002 e 2006”, afirma Dr. Rosinha.

    Ruralistas e setores conservadores damídia se movimentaram nos últimos diaspara tentar evitar que o governo Lulapromovesse a atualização dos índices deprodutividade rural. São esses índicesque determinam se uma propriedade(fazenda) é produtiva ou improdutiva.Conforme a Constituição Federal, as gran-des propriedades improdutivas, que nãocumprem sua função social, são passíveisde desapropriação, mediante indeniza-ção paga pelo Estado.

    O anúncio feito pelo presidente Luladivide ruralistas e o MST porque, ao au-mentar os índices, mais áreas poderão serdesapropriadas para a reforma agrária.

    Estimativas feitas pelo Ministério da Agri-cultura apontam que, em média, a aplica-ção da nova fórmula aumentaria em 100%

    os índices de produtividade adotados atu-almente. Os estudos citam o exemplo depropriedades que cultivam soja. Nessecaso, entre propriedades dos 5.563 muni-cípios brasileiros, apenas as de 369 cida-des (7%) estariam abaixo dos novos critéri-os de produção - e, portanto, sujeitas a de-sapropriação. No Paraná, apenas 2% daspropriedades rurais seriam afetadas.

    “Os índices de produtividade ruralcalculados na década de 70 não levamem conta os avanços tecnológicos da agri-cultura. A defasagem facilita aos fazen-deiros alcançar os indicadores mínimose evitar desapropriações”, diz o deputa-do federal Dr. Rosinha, presidente daFrente Parlamentar da Terra. Segundoele, Com novos parâmetros, o númerode imóveis que não cumprem sua fun-

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    Joka M

    a dru g

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    CONFERÊNCIA DISCUTE A COMUNICAÇÃO NO BRASIL

    JUIZADOS CRIMINAIS 1

    Sem privacidade, populaçãoreclama das audiências

    reportagens mostram as dificuldades em Curitiba

    Setembro de 2009

    té que as novas instala-ções do Juizado EspecialCriminal de Curitiba não

    sejam definidas, a população, osservidores, advogados, promoto-res e todos envolvidos com o sis-tema continuarão a passar porsituações constrangedoras.

    Conhecido como “esplana-da”, o hall de entrada do pré-dio anexo do Tribunal de Justi-ça foi transformado em salas deaudiências do juizado, sem qual-quer tipo de privacidade. As se-cretarias funcionam no segun-do andar.

    “A pessoa senta para a suaaudiência e ao lado outra estáacontecendo. Todos acabam ou-vindo a história do outro”, con-ta um servidor. Ele explica que,durante as 14 sessões realiza-das todos os dias, “é impossí-vel não ouvir as audiências vi-

    zinhas”. As mesas são próximas.Não existe privacidade. Todos osdias, reclamações da populaçãopedem uma solução.

    Sem ambiente reservado, até

    mesmo o atendimento psicos-social, feito por psicólogos, as-sistentes sociais, terapeutas,acontece nas mesas, mais umavez desrespeitando o direito à

    privacidade do cidadão.Além destes problemas, os

    servidores reclamam do frio eda chuva. Quando o mau tem-

    po chega, as audiências

    aguardam a equipe de limpezaretirar a água que empoça nolocal. “O frio é muito forte. Porser um espaço grande sem pa-redes, não tem como se prote-

    ger. Estamos a céu aberto”, dizo servidor.

    Devido às condições ina-propriadas e falta de seguran-ça, a Polícia Civil, que tambémintegra o sistema dos juizados,se negou a ficar no espaço.

    O Juizado Criminal de Curi-tiba está funcionando no TJ des-de fevereiro. Uma mobili-zaçãodos servidores, em janeiro, co-brou uma atitude do TJ quantoao risco que o prédio antigo (naRua Fernando Amaro) ofereciaaos servidores e à população.Depois de um parecer do De-partamento de Engenhariaalertando para a precariedadeda estrutura, o TJ recomendoua interdição o prédio. O JuizadoCível também foi transferido eatende no edifício do antigo IPE,onde está instalada a Paranapre-vidência.

    09 de outubro

    Reunião regional emLondrina, Maringá e re-gião discute mobilizaçãodos servidores e audiên-cia pública em Curitiba.

    16 de outubro

    Reunião regional emGuarapuava e regiãodi scut e mobi l i zaçãodos servidores e audi-ênci a públ i ca emCuri t iba.

    17 de outubro

    O Sindij us-PR part icipade mais uma plenáriaque discutem o Plane-j amento Est ratégico doTribunal de Just iça emPonta Grossa. No dia 24será em Londrina; 31em Maringá e nos dias6 e 7, em Curit iba.

    21 de outubro

    Mobi l i zação nacionaldos servidores do Po-der Judiciário cont ra aext ensão da j ornadade trabalho para 08 ho-ras.

    23 de outubro

    Reunião regional emFrancisco Belt rão e re-gião discute mobilizaçãodos servidores e audiên-cia pública em Curitiba.

    30 de outubro

    Reunião regional emPont a Grossa e regiãodi scut e mobi l i zaçãodos servidores e audi-ênci a públ i ca emCuri t iba.

    Você está sat isfeito com a programação da sua TV?Sabia que as concessões de rádio e TV são públicas eque você poderia part icipar e opinar sobre o conteúdoque elas veiculam? Acha j usto e democrát ico que a l i-berdade de expressão sej a um direito de oito famíliase que o povo brasileiro tenha como única opção desli-gar a TV ou t rocar de canal? Quase 60% das verbaspublicitárias são dest inadas a uma única emissora detelevisão! Como ficam as emissoras públicas, educativase comunitárias? Você sabia que estão querendo acabarcom a l iberdade na internet? E o que tudo isso tem aver com você?

    A comunicação, assim como a educação, a saúde, amoradia, é um direito humano que deve ser exercidopor todos. Historicamente, no entanto, as polít icas decomunicação no Brasil têm sido definidas sem a part i-cipação democrática da sociedade. Como resultado, te-mos um cenário de grande concent ração dos meios de

    comunicação e poucos espaços de part icipação pú-blica nas discussões sobre o setor.

    Neste ano, pela primeira vez, haverá a oportuni-dade de mudar o cenário existente. Nos dias 1, 2 e 3de dezembro será realizada a I Conferência Nacionalde Comunicação – Confecom, com o tema “ Comuni-cação: meios para a construção de direitos e de cida-dania na era digital”. A Confecom será um espaço emque os cidadãos brasileiros poderão apresentar pro-postas para polít icas públicas de comunicação. O de-bate envolverá os seguintes assuntos: concentração damídia no país, rádios e TVs comunitárias, produçãoindependente e regional na TV e no rádio, envolvimentode parlamentares na gerência ou posse de veículos decomunicação, sistema público de comunicação, con-t role social das concessões, universalização da bandalarga, fomento à produção do cinema nacional, direitoautoral e convergência.

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