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SÍNDROME DE BOERHAAVE SÍNDROME DE BOERHAAVE &&
SÍNDROME DE MALLORY-WEISSSÍNDROME DE MALLORY-WEISS
Francisco KozovitsFrancisco Kozovits Leonardo NissenLeonardo Nissen Liana Tozetto da VeigaLiana Tozetto da Veiga Janaina de Mattos Janaina de Mattos MoraesMoraes Roberta Cristine Roberta Cristine SuetugoSuetugo
Disciplina de Clínica Disciplina de Clínica CirúrgicaCirúrgica
Universidade PositivoUniversidade Positivo20102010
SÍNDROME DE SÍNDROME DE BOERHAAVEBOERHAAVE
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Ruptura espontânea do esôfago. Descrito em 1724, por Herman
Boerhaave. Primeiro reparo bem sucedido feito em
1947, por Norman Barret.
MOTA, 2007 SILVA, 2006.
Norman Rupert Barrett (1903-1979)
Herman Boerhaave (1668 - 1738)
RUPTURA DE ESÔFAGORUPTURA DE ESÔFAGO Causas de ruptura de esôfago:
Procedimentos médicos – 70% Traumas Síndrome de Boerhaave – 15%
Outros Fatores: Úlcera de Barret Ingestão de bases fortes
LANA, 2003.MOTA, 2007
SÍNDROME DE SÍNDROME DE BOERHAAVEBOERHAAVE Difícil diagnóstico
Apresentação inespecífica Alta taxa de mortalidade:
39% tratamento precoce 60% tratamento tardio 92% sem tratamento
Mediastinite Sepse
Prognóstico
MOTA, 2007
ETIOLOGIAETIOLOGIA Ruptura associada a:
Vômitos repetidos Aumento da pressão intraluminal
Alcoolismo Excesso de ingesta alimentar
Parede lateral esquerda no terço distal
Up To DateMOTA, 2007 SILVA, 2006.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Sinais clínicos:
Odinofagia Dispnéia – 39% Cianose Febre Choque – desenvolvimento rápido – 32%
Sinais clássicos: Vômito – 79% Dor retroesternal/epigastro – 83% Enfisema – 26%
SILVA, 2006.Up To Date
MANIFESTAÇÕES TARDIASMANIFESTAÇÕES TARDIAS Derrame pleural
com resíduos alimentares
Tardiamente: Hidropneumotóra
x Abscessos
MOTA, 2007 LANA, 2003.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO Pode ser difícil muitas vezes os sintomas clássicos não
estão presentes. Aproximadamente 1/3 dos casos são clinicamente
atípicos. Dor sintoma mais comum, referida diretamente no
local da perfuração. O diagnóstico:
Sugerido na radiografia simples de tórax Confirmada por tomografia computadorizada (TC) de tórax Também pode ser confirmado por esofagograma com contraste
hidrossolúvel (Gastrografin®) A endoscopia não tem nenhum papel no diagnóstico
endoscópio e insuflação de ar podem estender a perfuração e resultar na introdução de ar no mediastino.
Radiografia de TóraxRadiografia de Tórax Sugestiva em 90% dos
pacientes com a síndrome de Boerhaave.
Manifestação radiológica inicial ar mediastinal ou peritoneal.
Horas ou dias mais tarde derrame pleural com ou sem pneumotórax, mediastino alargado e enfisema subcutâneo.
TC de TóraxTC de Tórax Espessamento da
parede do esôfago Alargamento de
mediastino Líquido e ar
mediastinal Derrame pleural
TC do tórax de um paciente com perfuração esofágica espontânea. Não há
alargamento do mediastino, ar no mediastino (aparecendo como pontos
pretos, setas) e derrame pleural bilateral.
EsofagogramaEsofagograma Revela a localização e a
extensão do extravasamento do contraste.
Gastrografina Bário
Superior para demonstrar pequenas perfurações
Pode provocar uma resposta inflamatória nas cavidades mediastinal ou pleural
Esofagograma com contraste hidrossolúvel, apresenta uma
perfuração do esôfago distal (seta) com extravasamento de contraste no mediastino e no espaço pleural
esquerdo.
TRATAMENTOTRATAMENTO
Tratamento padrão na maioria dos casos intervenção cirúrgica com reparo primário reforçado com tecido vascular.
Dificuldade do tratamento conservador é saber: Qual perfuração manter-se-á contida e qual
causará contaminação progressiva com conseqüente infecção incontrolável.
Tratamento CirúrgicoTratamento Cirúrgico
Perfuração livre
Cervical: reparo primário e drenagemTorácico: reparo primário, reforço com músculo intercostal ou retalho de pleuraJunção GE: reforço primário com fundoplicatura gástrica
Menos de 72 horas
Mais de 72 horas
Inflamação grave ou mediastinite
Sim
Não
Ressecção ou exclusão e esofagostomia derivativa, gastrostomia, jejunostomia e reconstrução retardada
SÍNDROME DE SÍNDROME DE MALLORY-WEISSMALLORY-WEISS
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO Primeiras descrições em 1929. Pacientes
com tentativas forçadas de vômito sucessivas e vômitos decorrentes de consumo excessivo de álcool.
Lacerações longitudinais na mucosa do esôfago distal e do estômago proximal.
Geralmente associadas a tentativas de vômito forçadas.
Frequentemente levam à hemorragia das artérias submucosas.
EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA 1 a 15% dos casos de hemorragia
digestiva alta. Predominância de casos no sexo
masculino (2-4:1). Pacientes com menos de 40 anos.
FATORESFATORES
Predisponentes Alcoolismo: 40 a 80%
dos pacientes Hipertensão portal e
varizes esofágicas Hérnia de hiato: 40 a
100% dos pacientes Idade avançada *:
aumento na vulnerabilidade da mucosa gástrica
Precipitantes Vômitos Levantamento de peso Tosse Convulsões Soluços RCP Lesão abdominal não-
penetrante Preparação
colonoscópica com polietileno glicol
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA As lacerações são normalmente
secundárias a uma súbita elevação na pressão intra-abdominal;
Prolapso ou intussepção da parte superior do estômago para dentro do esôfago;
Maior gradiente de pressão na hérnia de hiato do que no resto do estômago durante o esforço provocado na tentativa de vômito;
Não relaxamento do EES.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Vômito seguido de hematêmese Melena Hematoquezia Síncope Dor epigástrica ou dorsal Álcool 40-75% dos pacientes Aspirina 30% dos pacientes Sinais de hemorragia/choque
DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Boerhaave: transmural x não
transmural
Esofagite
Ulcera gástrica
EXAMESEXAMES
TRATAMENTOTRATAMENTO Sangramento cessa espontaneamente (90%)
10% sangramento persistente Uso de vasopressina sistêmica Aplicação tópica de norepinefrina Eletrocauterização endoscópica e embolização
endoscópica
Sangramento persistente → intervenção cirúrgica para fechar a ruptura
Recidiva pós-operatória é rara
TRATAMENTOTRATAMENTO Pacientes sem fatores de risco para
ressangramento, sangramento severo ou sangramento ativo durante endoscopia → manejo conservador
Hipertensão portal e coagulopatia foram identificados como os principais fatores de risco para ressangramento
Inibidor de bomba de prótons (?) Antiémetico
TRATAMENTOTRATAMENTO A terapia com injeções de vários agentes, incluindo
adrenalina, etanol e outros agentes esclerosantes têm sido usados como monoterapia ou em combinação com dispositivos térmicos.
**Coagulação térmica NÃO deve ser realizado em pacientes com hipertensão portal e varizes de esôfago, uma vez que podem precipitar ou agravar a hemorragia, a escleroterapia ou ligadura de varizes, é preferível, em tais casos.
Outras técnicas: ligadura elástica endoscópica e hemostasia usando hemoclips.
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS Mota Henrique José da, Ximenes Netto Manoel, Medeiros Aldo da Cunha. Postemetic rupture of
the esophagus: Boerhaave's syndrome. J. bras. pneumol. [periódico na Internet]. 2007 Ago [citado 2010 Jun 12] ; 33(4): 480-483. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132007000400019&lng=pt. doi: 10.1590/S1806-37132007000400019.
Lana Soto R., Mendoza Hernández J. L., Arranz García F., Nieto Sánchez A., Cuervo Molinero C., Jiménez De Diego L.. Rotura espontánea de esófago: un problema diagnóstico en la urgencia. An. Med. Interna (Madrid) [revista en la Internet]. 2003 Feb [citado 2010 Jun 12] ; 20(2): 40-42. Disponible en: http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-71992003000200010&lng=es. doi: 10.4321/S0212-71992003000200010.
SILVA, A. P., CARVALHO, J., PINHO, R. et al. Síndrome de boerhaave: um achado endoscópico inesperado. J Port Gastrenterol. [online]. mar. 2006, vol.13, no.2 [citado 12 Junho 2010], p.113-114. Disponível na World Wide Web: <http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782006000200009&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 0872-8178.
Base de dados Up To Date. Boerhaave`s syndrome: Effort rupture of esophagus. Acesso em 12 de junho de 2010.
Graham DY, Schwartz JT. The spectrum of the Mallory-Weiss tear. Medicine (Baltimore). Jul 1978;57(4):307-18
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SABISTON tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica moderna. David C Sabiston et al. 17. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, c2005. 2v., il. color. Inclui bibliografia e índice. ISBN 9788535215816 (enc.).
SCHWARTZ; Shires, Spencer. Princípios de cirurgia compêndio. 6ed. McGraw-Hill, 1995.
Lawrance W.Way. Cirurgia diagnóstico e tratamento. 9ed.Guanabara Koogan,1993.