síntese e degradação de neurotransmissores

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  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Disciplina: Bioqumica 3 (BMF3)aulas 7 e 8

    Universidade Federal de AlagoasInstituto de Qumica e Biotecnologia

    Lab. de Bioqumica do Parasitismo Vegetal e Microbiologia Ambiental

    Prof. Ana Maria Q. Lpez

    http://www.conhecerparaconservar.org/
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    Sntese e Degradao de Neurotransmissorese Ao de Neurotoxinas

    Neurotransmissores so mensageiros qumicos sintetizados no axnio

    terminal (a partir de enzimas do corpo celular) e acumulados em vesculas(ex. Acetilcolina) ou produzidos no corpo celulare transportados para oaxnio (ex. peptdicos). Portanto, quando o potencial de ao alcana o fim deum axnio pr-sinptico, as molculas dos neurotransmissores so liberadasno espao sinptico, e estes atuam sobre protenas receptoras na membrana

    do prximo neurnio, para excit-lo, inibi-lo, ou modificar sua sensibilidade dealgum outro modo. Pouco depois, ele ser degradado por uma enzimaespecfica. Para sua ao, so importantes no processo:Receptores ionotrpicos

    Receptores metabotrpicos

    ONS

    Operados peloLigante ONS

    G

    EnvolvendoProtena G

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    A acetilcolina e a noradrenalina (norepinefrina) soexemplos de neurotransmissores em geral estimulantes.

    A acetilcolina tambm estimula a contrao muscularcada vez que um neurnio se conecta com um msculo.Sua inativao se faz por retirada do radical acetil porhidrlise enzimtica (acetilcolinesterase), produzindo acolina, ou tambm por recaptao na membrana pr-sinptica.

    O cido gama aminobutrico (gamma aminobutyric) um exemplo de inibidor. Se compara ao lcool, inibindo atransmisso de impulsos.

    Outros dois neurotransmissores, serotonina edopamina, so estimulantes em algumas partes docrebro e inibidoras em outras.

    A ao estimulante/inibidora depende do receptor

    Neurotransmissores Excitatrios X Inibitrios

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    Papel dos canais inicos(receptores) abertos porvoltagem e por ligantesna transmisso neural:

    gera mudana de ons pelamembrana ps-sinptica(resposta rpida e de curtadurao); Ex: nicotnico

    (excitatrio)

    Potencial de membrana resultanteda Na+ K+ ATPase (eletrognica)

    Neurnio pr-sinptico

    Neurnio ps-sinptico

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    Receptores metabotrpicos:induzem mudanas nas clulas ps-sinpticas que levam,secundariamente, a mudana nos

    canais inicos ou sintese demensageiros secundrios, ativandoprotena-quinases, ativando ouinativando enzimas e alterando aexpresso gnica (resposta lenta e

    de maior durao); Ex: muscarnico(inibitrio), ligado protena G.

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    Exemplo:Transduodo sinal daepinefrina(adrenalina):via Beta-adrenrgica

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    Exemplo: Atuao de antagonista de neurotransmissorsobre receptor metabotrpico

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    Recordando: especificidade das fosfolipases

    Fosfolipases A1 e A2atuando sobre ligaesester e fosfolipases C e D

    atuando sobre ligaesfosfodiester da cabeapolar do fosfatidilinositol4,5-bisfosfato (PIP2)

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    [Ca++] citosslico = 10-7 M

    [Ca++] RE = 10-2 M

    Ativao da fosfolipase C por

    hormnios/neurotransmissores

    e produo de IP3 e DAG

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    Transmissores com molcula pequenade ao rpida

    Classe I: acetilcolina Classe II: aminas

    - Noropinefrina; epinefrina; dopamina; serotonina;histamina. Classe III: aminocidos

    - GABA; glicina; glutamato; aspartato. Classe IV: - xido ntrico (NO)

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    Transmissores neuropeptdicos de aolenta A) Hormnios de liberao hipotalmicos - Hormnio de liberao da tireotropina

    B) Peptdeos hipofisrios

    - B-endorfina, prolactina, tireotropina, vasopressina,oxitocina;

    C) Peptdeos que atuam sobre o trato digestivo e ocrebro

    - gastrina, insulina, glucagon, neurotensina, substncia P;

    D) De outros tecidos

    - bradicinina, carnosina, calcitonina

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    Colina-acetiltransferase

    Acetilcolinesterase

    Acetilcolina

    Depois da ligao da acetilcolina ao receptor (ativao),ocorre a resposta excitatria ou inibitria. Em relao amusculatura, os receptores nicotnicos, coordenam acontrao do msculo estriado, e os muscarnicos coordenam

    a contrao do msculo liso e o relaxamento do cardaco. AAcetilcolina, ento, rapidamente se desliga do receptor e aAcetilcolinesterase ligada membrana da clula efetora ahidrolisa em Colina+Acetato. Estes sero recaptados pelaclula pr-sinptica, e l outra vez unidos para formarAcetilcolina.

    Pt Mi t i

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    A caracterstica principal na Miastenia Gravis oenfraquecimento dos msculos voluntrios (estriadosesquelticos). Msculos cardacos, das vsceras, dosvasos sanguneos e do tero no so envolvidos naMiastenia Gravis. Os seis msculos do globo oculare os msculos que mantm a plpebra aberta sofreqentemente envolvidos assimetricamente.

    J os da expresso facial, do sorriso, da mastigao, da fala ou deglutiopodem ser seletivamente afetados em algumas pessoas. Alguns pacientestm apenas Miastenia Ocular bilateral; outros possuem principalmente

    dificuldades de deglutio; alguns tm sintomas generalizados afetandovrios grupos musculares., como os do pescoo e dos membros , e, nessecaso, dores na regio dorsal do pescoo e da cabea esto presentesassimetricamente e em espasmos, ficando um lado mais fraco primeiro queoutro. Os sintomas flutuam (a cada hora, diariamente ou em perodos mais

    longos), sendo provocados ou piorados por esforos, exposio a altastemperaturas, vrus ou outras infeces e excitao.A gravidade da Miastenia particularmente notada quando os msculos darespirao so afetados, surgindo dispnia durante exerccios moderados ouat em descanso. O estado crtico da doena observado quando a

    inspirao se torna insuficiente, havendo a necessidade do uso de respiraomecnica.

    Ptose em Miastenia grave

    T d M

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    Tipos de Miastenia grave congnita

    Dependendo do gene ou dos genes que sofreram mutaes, pode haverfalhas na sntese de acetilcolina no terminal nervoso (chamada de miastenia

    congnita pr-sinptica, em que as fibras musculares no so devidamenteestimuladas); falhas na sntese de acetilcolinesterase (miastenia congnitasinptica, quando o organismo no consegue degradar a acetilcolina e leva auma superestimulao das fibras musculares e sua destruio); ou ainda naformao e/ou funcionamento dos canais receptores dos msculos , os quaismantm-se abertos por muito pouco tempo, dificultando ou impedindo atransmisso do sinal pela acetilcolina e, por conseqncia, subestimulandoas fibras musculares, ou mantm-se abertos por muito tempo, levando auma superestimulao das fibras musculares pelo excesso de ligaescom a acetilcolina, o que acaba por destru-las. .(miastenia congnita ps-sinptica canais rpidos ou lentos). Tratamentos: Miastenia gravis congnita pr ou ps-sinptica (canaisrpidos): A 3,4-Diaminopiridina, uma nova droga ainda em testes e nodisponvel no Brasil, pode estimular a sntese de acetilcolina. Em muitoscasos, o Mestinon tambm indicado. Nos caso da Miastenia graviscongnita ps-sinptica de canais lentos, o tratamento feito com

    quinidina ou fluoxetina, drogas conhecidas por bloquear os canaisreceptores.

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    Dopamina Um inibidor dependendo do local onde atua. Tem papis

    diferentes: a dopamina no gnglio basal (no interior docrebro) essencial para execuo de movimentos suavese controlados - a falta de dopamina a causa da doena deParkinson, a qual faz a pessoa perder a habilidade de

    controlar seus movimentos. O comprometimento das quantias do neurotransmisor

    pode resultar em pensamentos incoerentes, como naesquizofrenia.

    Dopamina tambm est presente na massa cinzenta, naretina e em maior concentrao no Lobo Lmbico, poisdesempenha importante papel na decodificao eelaborao de respostas emocionais, juntamente com aSerotonina.

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    Noradrenalina Conhecida tambm como norepinefrina, definida por

    algumas bibliografias como o hormnio precursor daadrenalina - com efeito estimulante na lipolase ,aumentando o nvel de algumas gorduras no sangue - epor outras como o neurotransmissor que eleva a

    presso sangunea atravs da vasoconstrio perifricageneralizada.

    A noradrenalina tambm usada no sistema que nos fazficar alertas, e ter uma boa memria.

    O desequlibrio entre ela e outras substncias podecausar diversas doenas.

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    ascorbatoPiridoxal-fosfato

    S ocorremna medula

    suprarrenal epoucas viasdo troncoenceflico

    Sntese de Catecolaminas a partir da Tirosina

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    E E E

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    SNTESE DENEUROTRANSMISSORES

    Baixa produo de Dopamina:Doena de ParkinsonTratamento: L-Dopa

    Alta produo de Dopamina:Esquizofrenia

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    Catabolismo de Catecolaminas a partir daTirosina

    * Somente enzimas clinicamente importantes esto citadas. Os subprodutos catablicos das

    catecolaminas, cujos nveis no LCF so indicativos de distrbios, esto em azul. TH = tirosinehidroxilase, DHPR = dihidropteridina redutase, H2B = dihidrobiopterina, H4B = tetrahidrobiopterina,

    MAO = monoamina oxidase, COMT = catecolamina-O-metiltransferase, MHPG = 3-metoxi-4-hidroxifenilglicol, DOPAC = cido dihidroxifenilacetico.

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    Aminocidos *cido Glutmico (C5H9NO4), que importantssimo na regulaodo metabolismo cerebral e est profundamente ligado aos processos

    elementares da memorizao e recordao de fatos, memria imediata,memria remota.

    *cido Asprtico (C4H8N2O3), faz a regulao dos estmulos motoresemitidos pelo encfalo, mantendo as fibras musculares em prontidopara efetuar as respostas emitidas e trazidas via neurnio e tambmest envolvido em reaes com o cido Ltico para desfadigaomuscular.

    * Glicina (NH2CH2COOH) e * Taurina (NH2CH2SO3H): estoenvolvidos na conservao dos sistemas formados pelos aminocidos

    Glutmico,Asprtico e GABA. * cido Gama-aminobutrico (GABA), produzido em altas

    concentraes na substancia negra, striatum, globo plido e ncleossubtalmicos, onde age como um importante neurotransmissorinibitrio. to indispensvel quando o cido Glutmico nos processosde memorizao e manuteno da neurofisiognese cerebral;

    A i l iGABA

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    As crises convulsivasrelacionam-se comperturbaes na liberao deGABA e glutamato no circuito

    tlamo- cortical, levando a umahiperexcitabilidade das clulasneuronais fato responsvelpelas crises.

    A maior parte das drogas

    antiepilpticas so gabanrgicas.Sirva de exemplo o "vigabatrim".Aps a sua admistrao foidetectado um aumento deGABA intracerebral no

    paciente. Isso deve-se ao fato deque a droga inibe uma enzimairreversvel chamada gaba-transaminase, que degrada oGABA.

    GABA, umneurotransmissor

    Inibitrio resultante daDescarboxilao do

    glutamatoBaixa produo: epilepsia

    S t d t i

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    Sntese de serotonina

    THP = triptofano hidroxilase, DHPR = dihidropteridina redutase, H2B = dihidrobiopterina,

    H4B = tetrahidrobiopterina, 5-HT = 5-hidroxitriptofano, AADC = L-aminocido aromticodescarboxilase.

    Sintetizada a partir do triptofano, a serotonina (5-hydroxitriptamine, 5HT),est envolvida na excitao de rgos e constrio de vasos sanguneos,sendo produzida no hipotlamo e parte central do crebro. Algumas funes

    da serotonina incluem o estmulo dos batimentos cardacos, o inciodo sono, a luta contra a depresso (as drogas que tratam de depressopreocupam-se em elevar os nveis de serotonina no crebro). Tambm regulaa luz durante o nosso sono, visto que a serotonina a precursora dohormnio melatonina (regulador do nosso relgio natural). Na sndromecarcinide (tumor nas clulas de cromafina), ocorre excesso na produo

    de serotonina, resultando na vermelhido da pele, variaes na pressosangunea, clica e diarria.

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    Serotonina

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    SNTESE DEHISTAMINA

    Histamina um potente

    Vasodilatador. liberado emrespostas alrgicas

    Estimula a secreocida no estmago

    A cimetidina umantagonista do receptorda histamina,usada no

    tratamento da lcera gstrica

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    SNTESE DE XIDO NTRICO

    Enzima xido ntrico sintase (ativada por Ca2+-calmodulina)

    xido ntrico um mensageiro biolgico (ativaguanililciclase)

    Atua em muitos processos fisiolgicos:neurotransmisso,

    coagulao sangunea, controle da presso(vasodilatador).

    P d

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    Peptdeos neurotransmissores Estes possuem cadeias carbnicas de oitenta ou mais

    tomos de carbono. Entre eles, os mais importantes

    esto as Encefalinas e Endorfinas, morfinas naturaisorgnicas produzidas pelo prprio crebro e que fazemneurotransmisso sinptica, podendo at inibirestmulos dolorosos emitidos pela Bradicinina, dentrodas fendas sinpticas.

    * um peptdeo que produzido nas clulas quando asmesmas so lesadas, sendo liberado nos espaosintercelulares e ligando-se aos receptores sensitivos dosnervos perifricos que captam a mensagem qumica etransformam-na em estmulos dolorosos que serodecodificados no giro ps-central.

    Bradicinina

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    Endorfina

    Alivia a sensao de dor. Em um ferimento, receptoresna pele produzem sinais eltricos que vo da colunaespinhal ao crebro. O crebro, ento, avalia a dor, queser negociada pelas endorfinas enviadas para ligao

    com receptores dos neurnios. A quantidade deendorfina liberada relacionada quantidade dedopamina. Em alguns casos, dependendo dasconcentraes de cada uma, a dor pode ser substitudapela sensao de prazer.

    A endorfina responsvel pelo sentimento de euforia,xtase. A feniletalimina - substncia qumica, ingredientenatural do chocolate - atua no sistema lmbico assimcomo a endorfina. da a explicao para o fato do

    chocolate deixar as pessoas felizes.

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    NeuromediadoresSustncias que no tem ao em receptores de membrana, masparticipam da resposta sinptica.

    Segundos mensageiros1-AMPC

    2-GMPC3-IP3 (fosfatidil inositol tri-fosfato)3-IP3 (fosfatidil inositol tri-fosfato)4-Ca++

    5- DG (diacil glicerol)6- NO (xido ntrico)

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    NEUROTOXINAS....

    ANTES, CONCEITOS DE TOXICOLOGIA...

    T i l i A d N t i

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    Toxicologia e Ao de Neurotxicos

    -Toxicologia o estudo dos efeitos nocivos de substncias

    estranhas sobre os seres vivos.

    -Toxidade a capacidade relativa de uma substncia

    provocar um dano a um sistema biolgico, sendodeterminada por meio de intensos estudos envolvendo

    organismos vivos e no pode ser determinada diretamenteutilizando-se os recursos tpicos de laboratrios qumicos.

    Em geral, os efeitos toxicolgicos so estudados mediante a

    administrao oral ou injeo das substncias em animais,

    observando-se como a sade deles afetada. Estudos

    epidemiolgicos so diferentes, pois derivam de pesquisas

    realizadas com grupos de indivduos especficos, expostos a

    determinados poluentes, em funo de seu local de moradia

    ou seus hbitos de consumo.

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    reas daToxicologia

    Toxicologiade alimentos

    Toxicologiaambiental

    Toxicologiade medicamentos

    Toxicologiaocupacional

    Toxicologiasocial

    Aspectos

    Clnico Analtico Legislao Pesquisa

    C i i

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Xenobitico

    qualquer substncia que no foi produzida pelobiota, tal como os produtos industriais, drogasteraputicas, conservantes alimentcios, produtosinorgnicos, etc., capaz de induzir efeitos deletriossobre os organismos.

    Txico

    Xenobitico causador de efeitos deletrios.

    Veneno

    Txico causador de graves efeitos, por vezesmortais.

    Toxina

    Substncia natural (biotoxina) que provoca efeitostxicos.

    Conceitos Bsicos

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    A toxicologia ambiental estuda danos provocados aos

    organismos pela exposio a xenobiticos presentes no

    meio ambiente. Avalia, portanto, os impactos na sade de

    uma populao, em um local contaminado, decorrentes da

    exposio.Os efeitos so estudados sobre os seres humanos, embora

    eles possam ocorrer tambm nos microrganismos, plantas e

    demais animais.

    Periculosidade

    Fator intrnseco ao xenobitico; mede a sua capacidadede induzir efeitos adversos nos sistemas biolgicos.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    O que so riscos qumicos ambientais?

    Risco - deriva do italiano antigo risicare, originado

    do baixo-latim risicu, riscu, cujo significado "ousar" (BERNSTEIN,1997). Os vocbulos risco eperigo so erroneamente utilizados comosinnimos.

    Perigo - Exposio relativa a uma Fonte de Perigo(GRATT, 1987), isto , a algo que pode provocardanos, ou ainda, a uma condio que gera ou

    aumenta a possibilidade de riscos (REJDA , 1995).A magnitude (extenso) e a severidade (gravidade)dos danos dependero das condies da exposio,da resistncia fsica e da sensibilidade do ente

    exposto fonte de perigo.

    G i d Ri

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    Gerenciamento de Riscos

    CONTROLE DERISCOS

    Medidas de Preveno;Medidas de Mitigao;

    Monitorao;Avaliao deDesempenho

    AtividadePoluidora

    Fonte: a partir do RSPA (1998)

    IDENTIFICAOE ANLISE

    DOS RISCOS

    Identificao Fontes de Perigo,Riscos (probabilidades, conseqncias);Anlise dos Riscos (fatores quecontribuem para a ocorrncia de eventosindesejados).

    AVALIAODE

    DESEMPENHO

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Faixas de doses letais de vrias substncias

    DoseLetal

    (g/ kg)

    SubstnciasNaturais

    SubstnciasSintticas

    > 10 sacarose

    1 NaCl e etanol malation

    0,1 cafena DDT, tilenol

    0,01 -0,001 nicotina Paration, estricnina

    (mg/kg)

    0,01 Toxina da cascavel

    0,001 Aflatoxina-B (amendoim)

    0,00001 Toxina do ttano e dobotulismo

    C t i d t t i

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Categorias de compostos txicosAsfixiantes: compostos que diminuem a absoro deoxignio pelo organismo. (nitrognio, monxido de

    carbono,cianetos);Irritantes: materiais que causam inflamao nasmembranas mucosas (cido sulfrico, sulfeto dehidrognio,HCs aromticos);

    Carcinognicos: provocam cncer (benzeno, aromticospolicclicos);

    Neurotxicos: danos ao sistema nervoso (compostosorganometlicos);

    Mutagnicos: causam mutaes genticas;

    Teratognicos: provocam malformaes congnitas;

    Hepatotxicos: danos ao fgado (tetracloreto de carbono);

    Fitotxicos: danos a flora.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Condies de exposio

    Exposies crnicas- So as que duram entre 10% a 100%

    do perodo de vida do ser. Para os seres humanos entre 7 e

    70 anos.

    Exposies subcrnicasSo aquelas de curta durao,menores do que 10% do perodo vital.

    Exposies agudas.- So exposies de um dia ou menos

    e que ocorrem em um nico evento.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    C - As vias de exposio

    Os efeitos txicos podem ser provocados por meios qumicos,por radiao ou at por rudo e dependem das vias de exposio.

    Elas indicam como as substncias penetram nos organismos.Para o ser humano as principais vias so por:

    - Contato com a pele;

    - Inalao;

    - Ingesto.

    Existem vrios mtodos para classificar a toxidade dosmateriais,os quais esto baseados na freqncia e na durao daexposio e podem ser classificados em trs categorias:

    1 - EfeitosTxicos em Geral

    2 -Testes Especiais

    3 -Testes em Seres Humanos

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    1 - Efeitos Txicos em Geral - So estudos realizados para

    avaliar os danos que uma substncia pode provocar, baseando-

    se na durao da exposio.

    2 - Testes Especiais - So estudos especficos para avaliar os

    efeitos das exposies aos rgos-alvo (que so os mais

    afetados pela exposio), ou para avaliar efeitos especficos

    sobre o ser humano.

    3 - Testes em Seres Humanos - So testes projetados,

    controlados e conduzidos por mdicos e toxicologistas para

    determinar nveis mximos de exposio de uma substncia ao

    ser humano, considerando as vias de exposio. Outros

    estudos so baseados em dados epidemiolgicos e em

    estatsticas que tm sua origem na medicina do trabalho.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Caracterizao de Toxidade

    (a) Toxidade Aguda

    A toxidade aguda a que deriva de uma bateria de testes de curtadurao, em geral de 14 dias, realizada para caracterizar os efeitos

    potenciais agudos de uma substncia sobre um organismo.

    Os ndices utilizados para sua caracterizao so a Dose (DL50) ou

    Concentrao Letal (CL50):dose ou concentrao em que 50% dosorganismos submetidos ao teste morrem.

    A maioria dos efeitos txicos provocados por produtos qumicos soreversveis, porm a recuperao total pode demorar longos perodos.

    No entanto, existem substncias que podem provocar danosirreversveis nos seres vivos, como os danos decorrentes de exposioa altas doses de fontes radioativas. No entanto, exposies eventuaise controladas a fontes radioativas selecionadas podem se constituirem tratamento mdico.

    Caracterizao de Toxidade

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    (a) Toxidade AgudaOs testes realizados para determinar so conduzidos por perodos maislongos e so efetuados mediante repetidas exposies via oral, drmica ou

    inalao.

    Dose Letal (DL50) para a toxidade oral aguda corresponde dose dasubstncia que administrada oralmente tem a maior probabilidade de

    provocar a morte, num prazo de 14 dias, de 50% dos ratos albinos

    submetidos ao teste.

    Dose Letal (DL50) para a toxidade drmica aguda corresponde doseadministrada por contato contnuo com a pele nua de coelhos albinos, por 24horas, que tem a maior probabilidade de provocar a morte de metade dos

    animais testados, em at 14 dias.

    Concentrao Letal (CL50) para a toxidade aguda por inalao corresponde concentrao de vapor, neblina ou p que, administrada por inalaocontnua a ratos albinos por uma hora, tem a maior probabilidade de

    provocar, num prazo de 14 dias, a morte de 50% dos animais testados.

    Caracterizao de Toxidade

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Caracterizao de Toxidade

    (b) Toxidade Crnica e Sub-Crnica

    Para a toxidade sub-crnica, os testes so realizados durante 30 a 90 dias e

    para a crnica, normalmente os estudos levam de 18 a 24 meses.

    Os nveis de dose ou concentrao obtidos so normalmente, menores do

    que para a toxidade crnica.

    O propsito destes testes determinar as doses ou as concentraes em

    que:

    B1) No se observam quaisquer efeitos ou o NENO - Nvel de Efeito No

    Observado, (No Observed Effects Level- NOEL);

    B2) Se observam os menores efeitos, como o NEMBO - Nvel mais Baixo

    de Efeito Observado, Lowest Observed Level- LOEL .

    CLASSIFICAO DE TOXIDADE (VIA DE EXPOSIO)

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    CLASSIFICAO DE TOXIDADE (VIA DE EXPOSIO)

    Diversos so os ndices de toxidade disponveis na literaturatcnica pertinente toxicologia, e cada um deles destina-se a uma

    aplicao relacionada proteo da sade humana ou de sistemasecolgicos especficos. Como j visto anteriormente, a toxidadetambm depende da via de exposio. Relacionam-se, a seguir, as

    principais vias pelas quais os produtos perigosos podem atingir osseres vivos.

    Tabela de Toxidade Relativa por IngestoCLASSE DETOXIDADE

    Provvel DoseLetal Oral

    Super Txico < 5mg/kg

    Extremamente Txico 5,1-50 mg/kg

    Muito Txico 51-500 mg/kg

    Moderadamente Txico 0,51 - 5 g/kg

    Ligeiramente Txico 5,1 - 15 g/kg

    Praticamente Atxico Maior do que 15 g/kg

    Fonte: CROWL,1995

    Principais efeitos deletrios

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    1. Alteraes cardiovasculares e respiratrias;

    2. Alteraes do sistema nervoso;

    3. Leses orgnicas: ototoxicidade, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade,etc;

    4. Leses carcinognicas / tumorignicas;

    5. Leses teratognicas (malformaes do feto);

    6. Alteraes genticas

    aneuploidizao - ganho ou perda de um cromossomo inteiro.

    clastognese - aberraes cromossmicas com adies, falhas,

    rearranjos de partes de cromossomos.mutagnese - alteraes hereditrias produzidas na informao

    gentica armazenada no DNA (ex. radiaesionizantes).

    Principais efeitos deletrios

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    7. Infertilidade - masculina, feminina ou mista.

    teratognese - provocada por agentes infecciosos ou

    drogas.

    aborto - precoce ou tardio

    8. Alteraes da capacidade reprodutora

    9- Alguns exemplos:

    Vitamina A - Atraso mental; crebro e corao.

    Talidomida - Corao e membros.

    Fenobarbital- Palato; corao; atraso mental.

    lcool - Defeitos faciais; atraso mental.

    Cloranfenicol- Aplasia medular

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Interaes entre substncias

    A exposio simultnea a vrias substncias pode alterar uma srie de

    fatores (absoro, ligao protica, metabolizao e excreo)queinfluem na toxicidade de cada uma delas em separado.

    Assim, a resposta final a txicos combinados pode ser maior ou menorque a soma dos efeitos de cada um deles, podendo-se ter:

    Efeito Aditi vo- efeito final igual soma dos efeitos de cada um dosagentes envolvidos;

    Efeito Sinrgico- efeito maior que a soma dos efeitos de cada agenteem separado;

    Potencial izao - o efeito de um agente aumentado quando emcombinao com outro agente;

    Antagonismo - o efeito de um agente diminudo, inativado ou

    eliminado quando se combina com outro agente.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    - Para determinar qual a dosagem nociva, necessria uma

    curva de dose-resposta.

    - A funo dose-resposta mede os danos resultantes de uma

    atividade impactante, em um determinado meio. As medidas

    dos danos so obtidas a partir das relaes fsicas entrecausa e efeito de um determinado dano ambiental.

    - As funes de dano ou funes dose-resposta relatam o

    nvel da atividade impactante, que devem ser associadas ao

    nvel e ao tipo de poluente, com o grau de impacto sobre o

    meio ambiente natural e o construdo, ou ainda sobre a sade

    da populao, por exemplo em funo do aumento de

    incidncia de doenas respiratrias.

    A Funo Dose-Resposta

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    A Funo Dose-Resposta

    - A curva dose-resposta deve ser construda para um nico

    poluente, no para poluio atmosfrica como um todo. Asinergia, ou seja, efeito de dois poluentes juntos, pode ser

    maior que a soma do efeito de cada poluente separadamente.

    - Os dados para a construo das funes dose-respostaprovm, basicamente de duas fontes (Tolmasquim et al., 1999)

    a saber:

    Estudos de campo, como por exemplo, estudos

    epidemiolgicos relacionando as doenas provocadas(resposta) pela variao de concentrao de poluentes

    (dose);

    Procedimentos experimentais controlados.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Aplicao da Funo Dose-Resposta

    Para aplicar a funo dose-resposta, recomendvelseguir as seguintes etapas :

    I - Caracterizar as Emisses:

    - Caracterizar os poluentes emitidos, quantificando suas

    taxas de emisses;

    II - Determinar como ocorrer a Disperso de Poluentes:

    Determinar atravs do uso de modelos computacionais:

    a) a disperso e concentrao dos poluentes,

    b) a distribuio espao temporal das concentraes.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    56/75

    Aplicao da Funo Dose-Resposta

    III - Determinar o Risco Individual:

    A partir das concentraes anuais mdias (item II), e no casoparticular das danos relacionados sade, buscar os dados devulnerabilidade que relacionam s concentraes de poluentesaos potenciais danos causados sade humana, ou seja a

    mortalidade e a morbidade (incidncia de doenas).IV - Determinar o Risco Total:

    Uma vez determinado do risco individual (calculado no item

    anterior) calcular o total, via o produto do individual pelapopulao total.

    ATENO: No caso se poluentes no regulamentados, lembrarque: Se existe jurisprudncia no exterior, as responsabilidades

    podero ser cobradas!

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Espectro de efeitos deletrios sobre populaes

    Morbidade Expresso do nmero de pessoas enfermas ou

    de casos de uma doena em relao populao onde ocorre.

    - reversvel

    - mutao de espcies

    Mortalidade Relao entre o nmero de mortes e o total de

    habitantes. Normalmente, expressa em mortos por 1.000

    habitantes, tambm conhecida como taxa de mortalidade.

    - grupos populacionais

    - extino de espcies

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Alguns produtos txicos significativos

    Produtos Orgnicos Persistentes - Poluio invisvel e global

    Em reunio do Programa das Naes Unidas para o

    Meio Ambiente - UNEP, ocorrida em maio de 2001 em

    Estocolmo, representantes de 90 pases, incluindo o

    Brasil, assinaram a Conveno sobre Poluentes

    Orgnicos Persistentes, que visa proibir a produo e o

    uso de 12 substncias orgnicas txicas, denominadasProdutos Orgnicos Persistentes POPs.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Os 12 produtos POPs, conhecidos tambm como a

    "dzia suja" (dir ty dozen) so os:

    Pesticidas: Aldrin, clordano, mirex, dieldrin, endrin,heptacloro, BCH e o toxafeno;

    Produtos de uso geral:DDT, PCBs (bifenilaspolicloradas);

    Produtos no intencionais: Dioxinas, furanos.

    Eles provocam doenas graves, em especial o cncer, alm de m-formao em seres vivos, muitas vezes so encontrados em locaisdistantes das fontes emissoras, sendo portanto, um problema decarter global.

    Alguns produtos txicos significativosProdutos Orgnicos Persistentes

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Produtos Orgnicos Persistentes

    Como tudo comeou?

    Durante e aps a Segunda Guerra Mundial, nas dcadas de 1940 e50, ocorreu a proliferao destas substncias. Naquela poca eranecessrio aumentar a produo de alimentos no mundo, para fazerfrente ao crescimento populacional.

    Como est hoje?A maioria dos 12 compostos da lista j foi banida ou teve seu usoreduzido em boa parte do mundo, reduzindo o impacto econmicoda ratificao da conveno e facilitando sua entrada em vigor.

    O Brasil, por exemplo, no produz diretamente nenhum dos dozecompostos, mas importa trs deles para uso industrial. Entretanto,as dioxinas e os furanos, por serem produzidos de forma nointencional, demoraro mais a ser eliminados.

    Produtos Orgnicos Persistentes

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    61/75

    Qual o principal problema dos POPs?

    Eles so pouco solveis em gua, mas so solveis em

    gorduras. Os animais tm um timo sistema de eliminao detoxinas solveis em gua, que so expelidas na urina, mas nopossuem mecanismo eficaz de eliminao de substnciaspouco solveis na gua. Tal efeito intensificado em animaisditos superiores, que se alimentam das gorduras de outrosanimais.

    Eles podem percorrem longas distncias pelas correntesareas e ocenicas. Ou seja, eles no contaminam s o localde emisso, mas tambm locais distantes e remotos como ortico, cadeias montanhosas e oceanos.

    Eles se evaporam rapidamente em regies quentes elentamente em locais frios. Devido a fatores geogrficos e

    meteorolgicos, o Plo Norte um depsito global paracontaminantes POPs.

    C i i

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Curiosidades sobre o DDT

    DDT - 1,1-bis(4-clorofenil)-2,2,2-tricloroetano, foi sintetizadoem 1874. Suas propriedades inseticidas s foram descobertasdurante a 2a. Guerra Mundial.

    Antes das batalhas em regies quentes, os Aliadospulverizavam DDT, combatendo doenas transmitidas por

    mosquitos. Tal descoberta rendeu a Paul Mller o Nobel deMedicina de 1948.

    Na dcada seguinte, percebeu-se que o DDT persistia noambiente acmulo no organismo dos animais superiores.

    Atualmente, ainda o DDT utilizado no combate a malria.

    M t i d

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    63/75

    Metais pesados

    No podem ser destrudos e so altamente reativos, o que

    explica a dificuldade de serem encontrados em estado purona natureza. Normalmente, apresentam-se emconcentraes muito pequenas, associados a outroselementos qumicos, formando minerais em rochas.

    Quando lanados na gua como resduos industriais,podem ser absorvidos pelos tecidos animais e vegetais. Umavez que alcancem o mar, podem parcialmente depositar-seno leito ocenico. Alm disso, os metais contidos nos tecidosdos organismos que habitam os mares acabam tambm sedepositando nos sedimentos, representando um estoquepermanente de contaminao para a fauna e a floraaquticas

    Metais pesados

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    A maioria dos organismos vivos s precisa de alguns poucos

    metais e em doses muito pequenas (micronutrientes). Zn, Mg,Co e Fe (constituinte da hemoglobina) so exemplos. Estes

    metais tornam-se txicos e perigosos para a sade humana

    quando ultrapassam determinadas concentraes-limite.

    J o Pb, o Hg, o Cd, o Cr e o As so metais que no existem

    naturalmente em nenhum organismo - sua presena

    prejudicial em qualquer concentrao.

    Metais pesados

    Principais Fontes e Impactos de alguns metais pesados

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    65/75

    Metal Fontes Principais Impactos na Sade e no Meio

    AmbienteChumbo Indstria de baterias automotivas, chapas demetal semi-acabado, canos de metal, cablesheating, aditivos em gasolina, munio.Indstria de reciclagem de sucata de bateriasautomotivas para reutilizao de chumbo

    Prejudicial ao crebro e ao sistemanervoso em geralAfeta o sangue, rins, sistema digestivo ereprodutorEleva a presso arterialAgente teratognico (que acarretamutao gentica)

    Cdmio Fundio e refinao de metais como zinco,chumbo e cobre - derivados de cdmio soutilizados em pigmentos e pinturas, baterias,processos de galvanoplastia, solda,acumuladores, estabilizadores de PVC, reatores

    nucleares

    comprovadamente um agentecancergeno, teratognico e pode causardanos ao sistema reprodutivo.

    Mercrio Minerao e o uso de derivados na indstria ena agriculturaClulas de eletrlise do sal para produo de

    cloro

    Intoxicao aguda: efeitos corrosivosviolentos na pele e nas membranas damucosa, nuseas violentas, vmito, dorabdominal, diarria com sangue, danosaos rins e morte em um perodoaproximado de 10 dias.Intoxicao crnica: sintomasneurolgicos, tremores, vertigens,irritabilidade e depresso, associados asalivao, estomatite e diarria.;descoordenao motora progressiva, perda

    de viso e audio e deteriorao mentaldecorrente de uma neuroencefalopatiatxica, na qual as clulas nervosas docrebro e do crtex cerebelar soseletivamente envolvidas.

    Zinco Metalurgia (fundio e refinao), indstriasrecicladoras de chumbo

    Sensaes como paladar adocicado esecura na garganta, tosse, fraqueza, dorgeneralizada, arrepios, febre, nusea,vmito

    Metal Fontes Principais Impactos na Sade e no Meio

    AmbienteChumbo Indstria de baterias automotivas, chapas de

    metal semi-acabado, canos de metal, cablesheating, aditivos em gasolina, munio.

    Indstria de reciclagem de sucata de bateriasautomotivas para reutilizao de chumbo

    Prejudicial ao crebro e ao sistemanervoso em geralAfeta o sangue, rins, sistema digestivo e

    reprodutorEleva a presso arterialAgente teratognico (que acarretamutao gentica)

    Cdmio Fundio e refinao de metais como zinco,chumbo e cobre - derivados de cdmio soutilizados em pigmentos e pinturas, baterias,

    processos de galvanoplastia, solda,acumuladores, estabilizadores de PVC, reatoresnucleares

    comprovadamente um agentecancergeno, teratognico e pode causardanos ao sistema reprodutivo.

    Mercrio Minerao e o uso de derivados na indstria ena agriculturaClulas de eletrlise do sal para produo de

    cloro

    Intoxicao aguda: efeitos corrosivosviolentos na pele e nas membranas damucosa, nuseas violentas, vmito, dorabdominal, diarria com sangue, danosaos rins e morte em um perodoaproximado de 10 dias.Intoxicao crnica: sintomasneurolgicos, tremores, vertigens,irritabilidade e depresso, associados a

    salivao, estomatite e diarria.;descoordenao motora progressiva, perdade viso e audio e deteriorao mentaldecorrente de uma neuroencefalopatiatxica, na qual as clulas nervosas docrebro e do crtex cerebelar soseletivamente envolvidas.

    Zinco Metalurgia (fundio e refinao), indstriasrecicladoras de chumbo

    Sensaes como paladar adocicado esecura na garganta, tosse, fraqueza, dorgeneralizada, arrepios, febre, nusea,

    vmito

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Organofosforados

    Inibidores irreversveis decolinesterases

    AcetilcolinesterasesPseudocolinesterasesEsterases Neurotxicas

    degradam o

    neurotransmissor

    acetilcolina

    ACETILCOLINA

    COLINACIDO ACTICO

    Acetilcolinesterase

    Organofosforados

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    67/75

    Organofosforados

    Inseticidas/Pesticidas(paration, malation)

    Agricultura industrial

    Agricultura caseira

    Jardinagem

    Prtica veterinria

    Via respiratria

    Absoro cutnea

    Via ocular

    Ingesto (tentativas de suicdio)

    Meios de intoxicao

    Acidentes de

    trabalho

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    68/75

    InibioE

    nzimtic

    a

    Incompetitiva

    No competitiva

    Competitiva

    Inibio reversvel no competitiva

    Reversvel

    Irreversvel

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    69/75

    OH

    Ser+

    Acetilcolinesterase

    funcional

    Organofosforado

    + +X-

    H+

    Acetilcolinesterase organofosforilada

    (enzima reversivelmente inativa)

    aging

    Acetilcolinesterase organofosforilada

    (enzima irreversivelmente inativa)

    R1

    O

    X

    P

    R2(S)

    O R1

    O

    P

    R2(S)

    O OH

    O

    P

    R2(S)

    O organofosforadoforma uma ligao

    ster com a enzima.

    Desalquilao doorganofosforado com

    aumento da estabilidadeda ligao enzima-

    fsforo, que passa a terum grupo hidroxila no

    local do primeiro radical.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Equilbrio entre a formao e a degradao de Acetilcolina (ACh).

    Acetilcolinesterases inativas

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Acetilcolinesterases inativas

    No degradao daacetilcolina

    Acmulo do neurotransmissor

    nas terminaes nervosas

    Hiperestimulao Nervosa

    O sistema perde a capacidadede resposta a um novo estmulo

    Stios de ao da acetilcolina

    Sintomas da hiperestimulao por excesso de acetilcolina

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Sintomas da hiperestimulao por excesso de acetilcolinaAtuao nos receptores muscarnicos

    Aparelho

    respiratrio

    Broncoconstrio, hipersecreo brnquica, tosse, cianose, edema

    pulmonar

    Aparelhocardiovascular

    Bradicardia, prolongamento de QT

    Aparelho urinrio Polaquiria, incontinncia urinria

    Aparelho digestivo Clicas abdominais, nuseas, vmitos, diarreia, tenesmo, incontinnciafecal

    Olhos Miose, diminuio da acuidade visual

    Glndulas Aumento da sudao, lacrimejo e salivao

    Atuao nos receptores nicotnicos

    Msculo estriado Fasciculaes, cimbras, hipotonia

    Gnglios simpticos Palidez, taquicardia, hipertenso arterial

    Atuao a nvel do sistema nervoso central

    Labilidade emocional, depresso, dficite cognitivo, ataxia, apatia, cefaleias,ansiedade, astenia, coma com reflexos abolidos, alteraes do EEG, respirao de

    Cheyne-Stokes, convulses e depresso nos centros respiratrio e circulatrio

    Histria de exposio ao txico;

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

    73/75

    Histria de exposio ao txico;

    Evidncias sintomticas;

    Medio da actividade das colinesterases plasmticas e dos

    glbulos vermelhos; Deteco dos produtos da hidrlise da urina...

    Teraputica

    Assegurar a oxigenao do doente;

    Aspirar as secrees excessivas;

    Descontaminar o doente (lavagem gstrica em casos de ingesto,

    por exemplo);

    Administrar atropina, oximas ou benzodiazepinas;

    Alimentao parentrica, pobre em lpidos...

    Tentar manter-se o doente estvel at que recupere, o que

    acontece totalmente cerca de 35 dias, quando novas enzimas,

    funcionais, j foram sintetizadas.

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Ao da atropina

    Curiosidades

  • 7/15/2019 sntese e degradao de neurotransmissores

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    Curiosidades

    Tempo de recuperao longo relaciona-se com

    metabolizao heptica e excreo renal;

    Manifestaes de envenenamento tardias acontecem

    devido alta lipossolubilidade dos organofosforados, que se

    acumulam facilmente nos tecidos adiposos e se libertam

    posteriormente;

    Tm aplicao teraputica, por exemplo, de glaucomas,embora seja pouco utilizados porque a dose teraputica

    prxima da dose txica;

    Os organofosforados foram utilizados como armas

    qumicas durante a Segunda Guerra Mundial;

    A gravidade do envenenamento e a durao dos efeitos

    depende das propriedades do composto, da sua

    lipossolubilidade, da estabilidade da ligao

    acetilcolinesterase organofosforado e do processo de aging