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1 Filiado à Divinópolis/MG, 12 de julho de 2017 Sintram amplia manifestações na região contra as reformas do governo Temer O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópo- lis e Região Centro-Oeste (Sintram), que desde o início do ano vem participando ativamente das manifestações organizadas pelo Movimento Sindical Unificado (MSU) contra as reformas, vai intensificar as atividades em to- das as cidades do Centro-Oeste com o objetivo de levar esclarecimentos sobre as propostas do governo que tra- mitam no Congresso Nacional. O MSU foi contrário à ter- ceirização ampla recentemente aprovada pelo Congresso e luta agora para tentar barrar a aprovação das reformas Trabalhista e Previdenciária. O diretor jurídico do Sintram, Alberto Gigante Quadros, integrante da coordenação do Movimento Sindical Unifi- cado, afirma que o Sindicato não pode se calar frente ao que ele chama de “maldades” contidas na terceirização plena e nas propostas das reformas encabeçadas pelo governo Michel Temer. “Não se trata de modernização do Estado, como afirma a propaganda oficial. O que está se fazendo é a nítida destruição o Estado, como órgão me- diador dos conflitos entre as classes sociais que formam a nação. E assim deixar que a força do capital, a força das grandes empresas, imponham a sua vontade, com imenso prejuízo para a grande maioria dos brasileiros. Tudo isso, em meio a um imenso lamaçal de corrupção. Se isso é modernizar, estamos perdidos”, critica o diretor jurídico. Alberto Gigante afiançou que o Sintram continuará participando ativamente do mo- vimento contra as medidas que o gover- no pretende aprovar no Congresso, cum- prindo, assim, seu papel social. “É nossa obrigação como representante sindical da categoria dos servidores públicos”, asse- gurou. MUDANÇA DE FOCO O diretor sindical afirmou que a partir de agora, a diretoria do Sintram vai mudar o foco principal da atuação, priorizando a denúncia e a mobilização nas cidades que compõem a base sindical. Alberto Gigan- te diz que em Divinópolis a população já enxerga essa situação com muita clareza e adquiriu um grau de desconfiança muito grande em relação aos políticos que deveriam apoiar a população e estão fazendo exatamente o contrário. “Em várias das 36 cidades que compõem a base do Sintram, percebe- se que muitas pessoas ainda estão desinformadas com relação a isso. Ainda existe muito desconhecimento do que realmente são essas propostas e, mais do que isso, qual tem sido o comportamento dos nossos políticos em relação às pretensões do governo”, salientou. Segundo Alberto Gigante, a diretoria do Sintram vai cumprir sua responsabilidade com os trabalhadores mu- nicipais da nossa região, afirmou. O diretor sindical expli- cou que várias cidades já foram visitadas, como Claudio, Itapecerica, Carmo do Cajuru, Bambuí, Medeiros, Tapiraí, Lagoa da Prata, São Sebastião do Oeste e Igaratinga. “Já temos agendas para esta e para a próxima semana, quando estaremos em Conceição do Pará, Santo Antô- nio do Monte, Bom Despacho e Carmo da Mata. Nossa intenção é visitar de duas a três cidades por semana. Agora é um jogo político, onde a nossa estratégia de- pende, principalmente, de como as propostas de reforma evoluem dentro do Congresso Nacional, a quem cabe apreciar e aprovar ou não essas matérias”, finalizou. | Matéria Sintram |

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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste

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Filiado à

Divinópolis/MG, 12 de julho de 2017

Sintram amplia manifestações na região contra as reformas do governo Temer O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópo-lis e Região Centro-Oeste (Sintram), que desde o início do ano vem participando ativamente das manifestações organizadas pelo Movimento Sindical Unificado (MSU) contra as reformas, vai intensificar as atividades em to-das as cidades do Centro-Oeste com o objetivo de levar esclarecimentos sobre as propostas do governo que tra-mitam no Congresso Nacional. O MSU foi contrário à ter-ceirização ampla recentemente aprovada pelo Congresso e luta agora para tentar barrar a aprovação das reformas Trabalhista e Previdenciária. O diretor jurídico do Sintram, Alberto Gigante Quadros, integrante da coordenação do Movimento Sindical Unifi-cado, afirma que o Sindicato não pode se calar frente ao que ele chama de “maldades” contidas na terceirização plena e nas propostas das reformas encabeçadas pelo governo Michel Temer. “Não se trata de modernização do Estado, como afirma a propaganda oficial. O que está se fazendo é a nítida destruição o Estado, como órgão me-diador dos conflitos entre as classes sociais que formam a nação. E assim deixar que a força do capital, a força das grandes empresas, imponham a sua vontade, com imenso prejuízo para a grande maioria dos brasileiros. Tudo isso, em meio a um imenso lamaçal de corrupção. Se isso é modernizar, estamos perdidos”, critica o diretor jurídico. Alberto Gigante afiançou que o Sintram continuará participando ativamente do mo-vimento contra as medidas que o gover-no pretende aprovar no Congresso, cum-prindo, assim, seu papel social. “É nossa obrigação como representante sindical da categoria dos servidores públicos”, asse-gurou.

MUDANÇA DE FOCO O diretor sindical afirmou que a partir de agora, a diretoria do Sintram vai mudar o foco principal da atuação, priorizando a denúncia e a mobilização nas cidades que compõem a base sindical. Alberto Gigan-te diz que em Divinópolis a população já enxerga essa situação com muita clareza

e adquiriu um grau de desconfiança muito grande em relação aos políticos que deveriam apoiar a população e estão fazendo exatamente o contrário. “Em várias das 36 cidades que compõem a base do Sintram, percebe-se que muitas pessoas ainda estão desinformadas com relação a isso. Ainda existe muito desconhecimento do que realmente são essas propostas e, mais do que isso, qual tem sido o comportamento dos nossos políticos em relação às pretensões do governo”, salientou. Segundo Alberto Gigante, a diretoria do Sintram vai cumprir sua responsabilidade com os trabalhadores mu-nicipais da nossa região, afirmou. O diretor sindical expli-cou que várias cidades já foram visitadas, como Claudio, Itapecerica, Carmo do Cajuru, Bambuí, Medeiros, Tapiraí, Lagoa da Prata, São Sebastião do Oeste e Igaratinga. “Já temos agendas para esta e para a próxima semana, quando estaremos em Conceição do Pará, Santo Antô-nio do Monte, Bom Despacho e Carmo da Mata. Nossa intenção é visitar de duas a três cidades por semana. Agora é um jogo político, onde a nossa estratégia de-pende, principalmente, de como as propostas de reforma evoluem dentro do Congresso Nacional, a quem cabe apreciar e aprovar ou não essas matérias”, finalizou.| Matéria Sintram |

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Senado aprova reforma trabalhista em sessão tumultuada e mantém corte de direitos dos trabalhadores O Senado aprovou nesta terça-feira (11) o projeto de lei da reforma trabalhista. Foram 50 votos a favor, 26 contrários e uma abstenção. Como não sofreu alterações no Plenário, o PLC 38/2017 segue agora para a sanção do presidente Michel Temer. O Plenário rejeitou 178 emendas de senadores. O PT apresentou dois destaques para votação em separado re-tirando da reforma o trabalho intermitente e a presença de

gestantes e lactantes em locais insalubres. O PSB tentou derrubar a prevalência do negociado sobre o legislado. Mas o Plenário também derrubou os três destaques. A sessão começou tumultuada. Por quase sete horas um grupo de senadoras ocupou a Mesa do Plenário e impediu o andamento dos trabalhos. Durante a tarde, parlamentares tentaram negociar a retomada da votação. Mas não houve acordo. Ainda com a Mesa ocupada pela oposição, o presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) rea-briu os trabalhos pouco depois das 18h30. “Já que eu fiz um apelo às senadoras e elas não me entenderam, eu vou presidir a sessão como me determina o regimento”, afirmou Eunício. Antes de votar o texto principal, parla-mentares discutiram pontos da reforma. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) alertou para a possibilidade de trabalhado-res serem substituídos por pessoas jurídi-cas. Segundo ela, isso provocaria perda de direitos. “O trabalhador perde o 13º salário, perde as férias, perde o descanso semanal remunerado. É isso que está escrito aqui. Nós não estamos inventando”, afirmou Va-nessa. O senador Benedito de Lira (PP-AL) dis-

cordou. “Fala-se tanto que estamos arrancando direitos do trabalhador. Mas não vi ninguém mostrar aqui um único item da Constituição onde estão encravados os direitos do trabalhador. É uma inconsequência dizer que uma lei ordinária revoga dispositivo da Constituição”, afir-mou Benedito. O senador Paulo Paim (PT-RS) lamentou a aprovação da reforma trabalhista. “Este momento será marcado para

sempre a ferro e fogo nas nossas histórias. Jamais será esquecido. O Brasil está sangrando. Não pode-mos ser Judas nem Pôncio Pilatos, lavando as mãos e dizendo: ‘O que a Câmara decidiu, com 200 va-riações, está decidido, e o presidente de plantão que decida, porque nós vamos nos omitir’” – disse Paim. O líder do governo e relator da reforma trabalhista na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, senador Romero Jucá (PMDB-RR), comemorou a aprovação. Ele voltou a afirmar que o Palácio do Pla-nalto vai promover ajustes no projeto, seja por meio de veto ou de uma medida provisória. Para Jucá, o texto promove a geração de empregos. “Essa lei é moderna, vai criar oportunidade principalmente para os jovens terem a condição do primeiro emprego. Hoje o desemprego é muito grande, mas quem mais

sofre é a juventude”, afirmou Jucá.

BANCADA FEMININA Durante a votação do último destaque, sobre o trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres, senadoras favoráveis à reforma trabalhista comentaram a ocupação da Mesa por parlamentares da oposição. As senadoras Ana Amélia (PP-RS), Marta Suplicy (PMDB-SP), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Simone Tebet (PMDB-MS) dis-seram defender os direitos das trabalhadoras e confiar nas mudanças prometidas pelo Palácio do Planalto.Fonte: Agência Senado

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COMO OS SENADORES VOTARAM A REFORMA TRABALHISTAOs três senadores por Minas Gerais – Aécio neves (PSDB), Antônio Anastasia (PSDB) e Zezé Perrela (PMDB) – votaram favoravelmente à reforma trabalhista, que corta direitos dos trabalhadores. Veja como foi o voto de todos os senadores:

Aécio Neves (PSDB-MG): SIMAirton Sandoval (PMDB-SP): SIMAlvaro Dias (PODE-PR): NÃOAna Amélia (PP-RS): SIMÂngela Portela (PDT-RR): NÃOAntonio Anastasia (PSDB-MG): SIMAntonio Carlos Valadares (PSB-SE): NÃOArmando Monteiro (PTB-PE): SIMAtaídes Oliveira (PSDB-TO): SIMBenedito de Lira (PP-AL): SIMCássio Cunha Lima (PSDB-PB): SIMCidinho Santos (PR-MT): SIMCiro Nogueira (PP-PI): SIMCristovam Buarque (PPS-DF): SIMDalirio Beber (PSDB-SC): SIMDário Berger (PMDB-SC): SIMDavi Alcolumbre (DEM-AP): SIMEdison Lobão (PMDB-MA): SIMEduardo Amorim (PSDB-SE): NÃOEduardo Braga (PMDB-AM): NÃOEduardo Lopes (PRB-RJ): SIMElmano Férrer (PMDB-PI): SIMFátima Bezerra (PT-RN): NÃOFernando Bezerra Coelho (PSB-PE): SIMFernando Collor (PTC-AL): NÃOFlexa Ribeiro (PSDB-PA): SIMGaribaldi Alves Filho (PMDB-RN): SIMGladson Cameli (PP-AC): SIMGleisi Hoffmann (PT-PR): NÃOHumberto Costa (PT-PE): NÃOIvo Cassol (PP-RO): SIMJader Barbalho (PMDB-PA): SIMJoão Alberto Souza (PMDB-MA): SIMJoão Capiberibe (PSB-AP): NÃOJorge Viana (PT-AC): NÃOJosé Agripino (DEM-RN): SIMJosé Maranhão (PMDB-PB): SIM

José Medeiros (PSD-MT): SIMJosé Pimentel (PT-CE): NÃOJosé Serra (PSDB-SP): SIMKátia Abreu (PMDB-TO): NÃOLasier Martins (PSD-RS): SIMLídice da Mata (PSB-BA): NÃOLindbergh Farias (PT-RJ): NÃOLúcia Vânia (PSB-GO): ABSTENÇÃOMagno Malta (PR-ES): SIMMaria do Carmo Alves (DEM-SE): SIMMarta Suplicy (PMDB-SP): SIMOmar Aziz (PSD-AM): SIMOtto Alencar (PSD-BA): NÃOPaulo Bauer (PSDB-SC): SIMPaulo Paim (PT-RS): NÃOPaulo Rocha (PT-PA): NÃOPedro Chaves (PSC-MS: SIMRaimundo Lira (PMDB-PB): SIMRandolfe Rodrigues (REDE-AP): NÃORegina Sousa (PT-PI): NÃOReguffe (S/Partido-DF): NÃORenan Calheiros (PMDB-AL): NÃORicardo Ferraço (PSDB-ES): SIMRoberto Muniz (PP-BA): SIMRoberto Requião (PMDB-PR): NÃORoberto Rocha (PSB-MA): SIMRomário (PODE-RJ): NÃORomero Jucá (PMDB-RR): SIMRonaldo Caiado (DEM-GO): SIMRose de Freitas (PMDB-ES): SIMSérgio Petecão (PSD-AC): SIMSimone Tebet (PMDB-MS): SIMTasso Jereissati (PSDB-CE): SIMTelmário Mota (PTB-RR): NÃOValdir Raupp (PMDB-RO): SIMVanessa Grazziotin (PCdoB-AM): NÃOVicentinho Alves (PR-TO): SIMWaldemir Moka (PMDB-MS): SIMWellington Fagundes (PR-MT): SIMWilder Morais (PP-GO): SIMZezé Perrella (PMDB-MG): SIMFonte: Portal do Senado

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Maia apela a deputados para que denúncia contra Temer seja votada o mais breve possível

OAB critica troca de membros na CCJ para salvar Temer: “Soa deboche à sociedade”

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez ontem (11) um apelo para que a denúncia contra o presidente Michel Temer seja votada “o mais breve possível” pela Casa. Maia disse que a denúncia é “grave” e que “o Brasil não pode parar” por causa da tramitação do processo. “Eu faço um apelo para que a gente possa respeitar qualquer acordo que tenha sido feito e possa avançar na votação do parecer [sobre a denúncia] no prazo mínimo que foi acordado entre os membros da comissão [de Constituição e Justiça],. É importante que a comissão vote e que o plenário vote o parecer, o Brasil não pode ficar parado. É uma denúncia contra o presidente da República, é grave, eu espero que a gente consiga votar essa matéria o mais breve possível”, disse. O parecer favorável à admissibilidade da denúncia, apresentado pelo deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ),

ainda está sendo analisado pelos membros da CCJ da Câmara e ali deve ser votado até a próxima sexta-feira (14). Se aprovado, o parecer segue diretamente para o plenário da Câmara. O presidente Michel Temer foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por corrupção passiva.

Fechamento de questão Em reunião hoje (12), a Executiva Nacional do PMDB decidirá se fecha questão em torno da votação da denún-cia contra Temer na CCJ. Segundo o vice-líder do go-verno na Casa, Carlos Marun (PMDB-MS), a tendência é que o PMDB, partido de Temer, decida por fechar ques-tão pelo voto contrário ao prosseguimento da denúncia. O fechamento de questão significa que o partido orien-ta seus membros sobre como devem votar determinado tema. Quem não seguir a ordem pode ser punido. Maia espera que a denúncia já possa ser votada pelo plenário no início da próxima semana. Ele admitiu que o quórum necessário para aprovação da matéria é alto. Para ser aprovada, a denúncia precisa do apoio de pelo menos 342 deputados, o que representa dois terços do total de 513 deputados. O parlamentar ressaltou que não gostaria de deixar a matéria para ser apreciada em agosto, mas recusou-se a dizer se poderia ser suspenso o recesso parlamentar da Câmara, previsto para começar na próxima semana. A suspensão impediria a votação em plenário. “Se atrasar-mos essa votação, quem perde é o Brasil, independente-mente do resultado”, afirmou Rodrigo Maia.O texto foi ampliado às 18h16 de 11/07Fonte: Agência Brasil

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional, Claudio Lamachia, afirmou nesta terça-feira (11) que as substituições de membros na Comissão de Cons-tituição e Justiça (CCJ) da Câmara, determinada pelo governo para garantir maioria na votação da denúncia contra Temer, “soa como deboche à sociedade”. Para Lamachia, autor de um dos 23 pedidos de impeachment de Temer, a articulação em nome da própria sobrevi-vência no cargo depõe contra o presidente e contra o conjunto das instituições políticas. “O gesto mínimo de grandeza que se espera do pre-sidente da República é que não fuja às suas responsa-

bilidades e responda às acusações”, diz trecho da nota assinada pelo presidente da entidade, que também con-testa preocupação do governo em barrar a denúncia. “Se é inocente, não há por que se ocultar em manobras ilícitas. Não faz sentido defender-se da acusação de um crime praticando outro. E é o que ocorrerá se sabotar o processo”, ressalta Lamachia. O presidente da Ordem diz que as negociações en-volvendo liberações de verbas do Orçamento para parla-mentares, em troca de votos em defesa do presidente da República, representa uma “afronta”. “O país não tolerará tal afronta! O Estado brasileiro não pode continuar sendo

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moeda de troca para acobertar crimes de seus agentes”, diz. No último dia 25 de maio, a OAB protocolou na Câma-ra um pedido de impeachment contra Temer. A entidade argumenta que o presidente cometeu crime de respon-sabilidade e faltou com o decoro ao receber no Palácio do Jaburu o empresário Joesley Batista, dono da JBS, um dos investigados na Operação Lava Jato. O pedido, desde então, ainda não foi analisado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Temer é alvo de pouco mais de 20 pedidos de impeachment parados na Câma-ra.Leia íntegra da nota: “A possível abertura de processo contra o presidente da República no Supremo Tribunal Federal resume a excepcionalidade do quadro institucional brasileiro. Agrava a situação o denunciado empenho do governo em obstar o processo, valendo-se do mesmo expediente que está na base da degradação da política brasileira: a construção espúria de maioria no Congresso.Segundo denunciado durante a votação de ontem na CCJ, já estão em curso liberações de verbas do Orçamento para parlamentares em troca de votos em defesa do presidente da República. O país não tolerará tal afronta! O Estado brasileiro não pode continuar sen-do moeda de troca para acobertar crimes de

seus agentes. Isso depõe não apenas contra o presiden-te, mas contra o conjunto das instituições políticas, e soa como deboche à sociedade. É crime de lesa-democracia! O gesto mínimo de grandeza que se espera do presi-dente da República é que não fuja às suas responsabili-dades e responda às acusações. Se é inocente, não há por que se ocultar em manobras ilícitas. Não faz sentido defender-se da acusação de um crime praticando outro. E é o que ocorrerá se sabotar o processo. A OAB espera que o Congresso Nacional cumpra seu dever. A sociedade não ficará indiferente a uma eventual omissão.”Fonte: Site OAB