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UFSM Dissertação de Mestrado SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS Geziel da Silva PPGEC Santa Maria, RS, Brasil 2003

Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

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Page 1: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

UFSM

Dissertação de Mestrado

SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E

EM ALVENARIA ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS

Geziel da Silva

PPGEC

Santa Maria, RS, Brasil

2003

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SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E

EM ALVENARIA ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS

por

Geziel da Silva

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado do Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Civil, área de Construção Civil e Preservação Ambiental, da Universidade Federal de Santa

Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil.

PPGEC

Santa Maria, RS, Brasil

2003

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Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Dissertação de Mestrado

SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE

COMPARATIVA DE CUSTOS

elaborada por Geziel da Silva

como requisito para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil

COMISSÃO EXAMINADORA:

_________________________________________ M.Sc. Odilon Pâncaro Cavalheiro

(Presidente/Orientador)

_________________________________________ Dr. Eduardo Rizzatti

_________________________________________ Dr. Marcus Vinicius Veleda Ramirez

Santa Maria, 12 de dezembro de 2003.

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ii

Dedico este trabalho a

Deus, autor da vida;

Meus pais, Beatriz e Neemias;

Meus irmãos, Emerson, Junior e Fábio.

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iii

AGRADECIMENTOS

Ao professor Odilon Pâncaro Cavalheiro, pela brilhante orientação,

sugestões, dedicação, paciência e empenho demonstrados durante a

realização deste trabalho.

Á Gamma Construções e Incorporações Ltda, na pessoa de seu

diretor, João Miguel Tolotti, que cooperou de forma fundamental para a

realização deste trabalho.

A todos os colegas do PPGEC, pela amizade e constante troca de

experiências, em especial aos colegas Eng. M.Sc. César Augusto

Arantes, Eng. Evandro Buriol, Arq. Pery Segalla, Eng. MSc. Marcus

Daniel, Eng. MSc. Marco Pozzobon, Arq. M.Sc. Cristiano Corrêa e Engª.

Adriane Nunes Araújo.

Ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e todos os seus

professores, pelo acolhimento e oportunidade de realizar o meu

aperfeiçoamento profissional.

Aos servidores Eliomar Balduíno Pappis e Marialva Cezar e toda a

equipe do LMCC.

Enfim, a todos que estiveram presentes em algum momento deste

trabalho, colaborando de alguma forma e acreditando sempre no êxito

desta iniciativa.

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iv

SUMÁRIO LISTA DE TABELAS ........................................................................... viii LISTA DE QUADROS ......................................................................... x LISTA DE FIGURAS ........................................................................... xi

LISTA DE ANEXOS ............................................................................ xvi RESUMO ............................................................................................. xvii ABSTRACT ......................................................................................... xviii 1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 1 1.1 Justificativa ................................................................................... 1

1.2 Objetivos ........................................................................................ 5

1.3 Apresentação do edifício-exemplo .............................................. 5

1.4 Organização do trabalho .............................................................. 8

2. HISTÓRICO E CONCEITOS BÁSICOS ........................................... 10 2.1 Histórico ........................................................................................ 10 2.2 Conceitos básicos ........................................................................ 12 2.3 Análise comparativa preliminar ................................................... 15 3. SISTEMA CONSTRUTIVO EM CONCRETO ARMADO .................. 19 3.1 Considerações gerais ................................................................... 19

3.2 Descrição dos elementos básicos .............................................. 24

3.2.1 Lajes ............................................................................................ 24

3.2.2 Vigas ............................................................................................ 25

3.2.3 Pilares .......................................................................................... 26

3.3 Caracterização do projeto do edifício-exemplo no sistema em concreto armado.................................................................................. 27

4. SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA ESTRUTURAL .......... 32 4.1 Considerações preliminares ........................................................ 32

Page 7: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

v

4.2 Conceitos básicos ........................................................................ 36

4.3 Componentes e elementos da alvenaria ..................................... 37

4.3.1 Descrição ..................................................................................... 37

4.3.2 Blocos .......................................................................................... 38

4.3.3 Junta de argamassa .................................................................... 39

4.3.4 Graute e aço ................................................................................ 42

4.4 Projeto ........................................................................................... 44

4.5 Concepção estrutural básica ....................................................... 47

4.6 Processo construtivo e detalhamento ........................................ 51

4.6.1 Coordenação modular .................................................................. 51

4.6.2 Amarrações das paredes ............................................................. 54

4.6.3 Passagem das tubulações ........................................................... 59

4.7 Caracterização do projeto do edifício-exemplo no sistema em alvenaria estrutural ............................................................................. 61

4.8 Caracterização do projeto do edifício-exemplo em alvenaria resistente ............................................................................................. 64

5. METODOLOGIA DO TRABALHO ................................................... 66 5.1 Considerações gerais ................................................................... 66

5.2 Tipologias construtivas adotadas ............................................... 66

5.3 Parâmetros de comparação adotados ........................................ 69

5.3.1 Critérios ........................................................................................ 69

5.3.2 Índice de concreto (Ic). ................................................................ 71

5.3.3 Índice de aço (Ia) ......................................................................... 71

5.3.4 Índice de forma (If) ....................................................................... 71

5.3.5 Índice de paredes (Ip) .................................................................. 71

5.3.6 Índice de graute (Ig) ..................................................................... 72

5.3.7 Índice de aço na alvenaria (Iap) ................................................... 72

5.3.8 Índice de rasgos (Ii) ..................................................................... 72

5.3.9 Índice de revestimento externo (Ire) ............................................ 73

5.3.10 Índice de revestimento interno (Iri) ............................................. 73

5.4 Origem dos dados ........................................................................ 73

Page 8: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

vi

5.5 Critérios para o cálculo do custo ................................................ 74

6. RESULTADOS E ANÁLISE DE CUSTOS ....................................... 78 6.1 Análise comparativa de custos ................................................... 78

6.2 Cálculo dos consumos e índices ................................................ 84

6.2.1 Considerações iniciais ................................................................. 84

6.2.2 Situação 1: concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 9 pavimentos ....................................................................... 85

6.2.3 Situação 2: alvenaria estrutural, blocos de concreto, 9

pavimentos ............................................................................................ 86

6.2.4 Situação 3: alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

8 + 1 pavimentos .................................................................................. 87

6.2.5 Situação 4: concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 4 pavimentos ....................................................................... 88

6.2.6 Situação 5: alvenaria estrutural, blocos de concreto, 4

pavimentos ........................................................................................... 89

6.2.7 Situação 6: alvenaria estrutural, blocos cerâmicos, 4

pavimentos ............................................................................................ 90

6.2.8 Situação 7: alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre

pilotis, 3 + 1 pavimentos ........................................................................ 91

6.2.9 Situação 8: alvenaria resistente, tijolos maciços e blocos

vazados com furos na horizontal, 4 pavimentos ................................... 92

6.2.10 Análise comparativa dos índices calculados .............................. 93

6.2.11 Verificação de parte dos índices encontrados ........................... 98

6.3 Análise de custos ......................................................................... 99

6.3.1 Considerações iniciais ................................................................. 99

6.3.2 Situação 1: concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 9 pavimentos .......................................................................103

6.3.3 Situação 2: alvenaria estrutural, blocos de concreto, 9

pavimentos ............................................................................................105

6.3.4 Situação 3: alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

8 + 1 pavimentos ..................................................................................107

Page 9: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

vii

6.3.5 Situação 4: concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 4 pavimentos .......................................................................109

6.3.6 Situação 5: alvenaria estrutural, blocos de concreto, 4

pavimentos ............................................................................................111

6.3.7 Situação 6: alvenaria estrutural, blocos cerâmicos, 4

pavimentos ............................................................................................113

6.3.8 Situação 7: alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre

pilotis, 3 + 1 pavimentos .......................................................................115

6.3.9 Situação 8: alvenaria resistente, tijolos maciços e blocos vazados

com furos na horizontal, 4 pavimentos .................................................117

6.4 Considerações complementares .................................................119

7. CONCLUSÃO ...................................................................................122 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................125

ANEXOS .............................................................................................. 133

Page 10: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

viii

LISTA DE TABELAS TABELA 5.1 – Percentuais de custos dos subsistemas estrutura,

vedação e revestimento em relação ao custo total de uma edificação,

segundo alguns autores ........................................................................ 70

TABELA 6.1 – Comparativo de custo para as situações com 9

pavimentos ........................................................................................... 79

TABELA 6.2 – Comparativo de custo para as situações com 4

pavimentos............................................................................................ 80

TABELA 6.3 – Custo comparativo para os serviços e insumos que

compõe o custo dos subsistemas analisados, para as situações com

9 pavimentos......................................................................................... 82

TABELA 6.4 – Custo comparativo para os serviços e insumos que

compõe o custo dos subsistemas analisados, para as situações com

4 pavimentos......................................................................................... 83

TABELA 6.5 – índices encontrados para os 3 sistemas construtivos,

e todas as tipologias analisadas, para cada um dos subsistemas

estudados ............................................................................................. 93

TABELA 6.6 – Índices encontrados no trabalho do NORIE e os

encontrados neste trabalho .................................................................. 99

TABELA 6.7 – Cálculo do custo unitário total para a situação 1 ........... 103

TABELA 6.8 – Cálculo do custo unitário total para a situação 2 ........... 105

TABELA 6.9 – Cálculo do custo unitário total para a situação 3 ........... 107

TABELA 6.10 – Cálculo do custo unitário total para a situação 4 ........ 109

TABELA 6.11 – Cálculo do custo unitário total para a situação 5 ........ 111

TABELA 6.12 – Cálculo do custo unitário total para a situação 6 ........ 113

TABELA 6.13 – Cálculo do custo unitário total para a situação 7 ........ 115

Page 11: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

ix

TABELA 6.14 – Cálculo do custo unitário total para a situação 8 ........ 117

TABELA 6.15 – Perdas médias encontradas em trabalho do NORIE

(1998) .................................................................................................. 121

Page 12: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

x

LISTA DE QUADROS QUADRO 2.1 – Análise comparativa preliminar entre os sistemas

construtivos em concreto armado (tradicional) e alvenaria estrutural .. 16

QUADRO 3.1 – Comparativo de custos encontrados por Albuquerque

(1999) para as opções analisadas ....................................................... 21

QUADRO 4.1 – Dimensões modulares e malha básica para modulação

a partir das dimensões dos blocos ....................................................... 52

QUADRO 5.1 – Tipologias adotadas para estudo ............................... 68

QUADRO 5.2 – Quadro resumo dos parâmetros (índices) adotados

para comparação .................................................................................. 74

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xi

LISTA DE FIGURAS FIGURA 1.1 – Planta baixa do edifício-exemplo ................................... 6

FIGURA 1.2 – Fachada do edifício-exemplo ......................................... 8

FIGURA 2.1 – Manadnock Building (Acetti, 1998, p. 3) ........................ 10

FIGURA 2.2 – Aspectos gerais de obras tradicionais executadas no

Sistema Construtivo em Concreto Armado ........................................... 17

FIGURA 2.3 – Aspectos gerais de obras executadas no Sistema

Construtivo em Alvenaria Estrutural ...................................................... 18

FIGURA 3.1 – Representação esquemática dos elementos básicos do

sistema construtivo em concreto armado ............................................. 19

FIGURA 3.2 – Comparativo de custos encontrados por Albuquerque

(1999) para as opções analisadas ........................................................ 21

FIGURA 3.3 – Fluxograma de forma resumida dos profissionais

envolvidos, insumos utilizados e operações realizadas, na execução dos

subsistemas estrutura e vedação em uma edificação com estrutura

reticular em concreto armado e com laje maciça (tradicional) .............. 23

FIGURA 3.4 – Exemplo de viga calculada para o edifício-exemplo ...... 26

FIGURA 3.5 – Exemplo de rasgos e canaletas executados em paredes

de vedação de edifícios em concreto armado para a passagem de

tubulações hidráulicas e/ou eletrodutos ................................................ 28

FIGURA 3.6 – Detalhe da fôrma da estrutura convencional com laje

maciça, edifício-exemplo com 9 pavimentos ......................................... 29

FIGURA 3.7 – Detalhe da fôrma da estrutura convencional com laje

maciça, edifício-exemplo com 4 pavimentos ......................................... 30

FIGURA 3.8 – Exemplo de pilar calculado para o edifício-exemplo, em

concreto armado com 4 pavimentos ..................................................... 31

Page 14: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xii

FIGURA 4.1 – Representação esquemática dos elementos básicos do

sistema construtivo em alvenaria estrutural .......................................... 34

FIGURA 4.2 – Fluxograma de forma resumida dos profissionais

envolvidos, insumos utilizados e operações realizadas, na execução dos

subsistemas estrutura e vedação em uma edificação com estrutura em

alvenaria estrutural e laje maciça........................................................... 35

FIGURA 4.3 – Exemplo de blocos de concreto estruturais simples ... 38

FIGURA 4.4 – Exemplo de blocos cerâmicos estruturais (Pallotti, 2003)

................................................................................................................. 40

FIGURA 4.5 – Exemplo de blocos cerâmicos estruturais (Pauluzzi,

2003) ..................................................................................................... 41

FIGURA 4.6 – Detalhe construtivo: vazado de blocos grauteados, e

utilização de barras de aço construtivo ................................................. 43

FIGURA 4.7 – Representação esquemática do uso de graute e aço em

verga, contra-verga e encontros de paredes ((a) Tecmold, (b) Pallotti,

2003) ..................................................................................................... 43

FIGURA 4.8 – Ações para a racionalização da produção da alvenaria

(Lordsleen, 2000, p. 19) ........................................................................ 44

FIGURA 4.9 – Fluxo de informações no projeto coordenado de alvenaria

estrutural (Modler, 2000, p. 81) ............................................................. 46

FIGURA 4.10 – Espalhamento do carregamento em paredes planas e

cantos (Ramalho & Corrêa, 2003, p. 29) ............................................. 49

FIGURA 4.11 – Interação de paredes em um canto (Ramalho & Corrêa,

2003, p. 29)............................................................................................ 49

FIGURA 4.12 – Interação de paredes em região de vão de janela

(Ramalho & Corrêa, 2003, p. 29) ......................................................... 50

FIGURA 4.13 – Exemplo de projeto de elevação de parede do edifício-

exemplo ................................................................................................ 53

FIGURA 4.14 – Detalhe da planta de primeira fiada do edifício-exemplo,

para o pavimento tipo ........................................................................... 54

Page 15: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xiii

FIGURA 4.15 – Canto com malha modular básica e largura modular do

bloco iguais ((a) Ramalho & Corrêa, 2003, p. 19).................................. 56

FIGURA 4.16 – Borda com malha modular básica e largura modular do

bloco iguais, utilizando bloco especial de três módulos ((a) Ramalho &

Corrêa, 2003, p. 19)............................................................................... 56

FIGURA 4.17 – Canto com malha modular básica e largura modular do

bloco iguais, amarrado sem a utilização de bloco especial de três

módulos ((a) Ramalho & Corrêa, 2003, p. 19) ....................................... 57

FIGURA 4.18 – Canto com malha modular e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial para amarração ((a) Ramalho &

Corrêa, 2003, p. 20)............................................................................... 58

FIGURA 4.19 – Borda com malha modular e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial ((a) Ramalho & Corrêa, 2003, p.

21) ......................................................................................................... 58

FIGURA 4.20 – Borda com malha modular e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial com três furos para amarração ((a)

Ramalho & Corrêa, 2003, p. 21) ............................................................ 59

FIGURA 4.21 – Detalhe de instalações elétricas em obras de alvenaria

estrutural ............................................................................................... 60

FIGURA 4.22 – Detalhe de instalações hidrossanitárias em obra de

alvenaria estrutural ............................................................................... 61

FIGURA 4.23 – Detalhe da fôrma primeiro pavimento (pilotis) para o

edifício-exemplo em alvenaria estrutural com 9 pavimentos ................. 63

FIGURA 4.24 – Três pavimentos executados em uma obra em alvenaria

resistente .............................................................................................. 65

FIGURA 5.1 – Os índices calculados para cada subsistema permitem o

cálculo do custo unitário do edifício-exemplo, para cada sistema

estrutural escolhido e tipologia adotada ................................................ 77

FIGURA 6.1 – Comparativo de custo para as situações com 9

pavimentos ............................................................................................ 79

Page 16: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xiv

FIGURA 6.2 – Comparativo de custos para as situações com 4

pavimentos ............................................................................................ 80

FIGURA 6.3 – Índice unitário de concreto para o subsistema estrutura

para cada um das oito situações analisadas ........................................ 94

FIGURA 6.4 – Índice unitário de aço para o subsistema estrutura para

cada uma das oito situações analisadas ............................................... 94

FIGURA 6.5 – Índice unitário de fôrmas para o subsistema estrutura

para cada uma das oito situações analisadas ...................................... 95

FIGURA 6.6 – Índice unitário de paredes para o subsistema vedação

para cada uma das oito situações analisadas ....................................... 95

FIGURA 6.7 – Índice unitário de aço (nas paredes) para o subsistema

vedação para cada uma das oito situações analisadas......................... 96

FIGURA 6.8 – Índice unitário de graute para o subsistema vedação

para cada uma das oito situações analisadas ....................................... 96

FIGURA 6.9 – Índice unitário de rasgos (abertura e enchimento) para

o subsistema vedação para cada uma das oito situações analisadas... 97

FIGURA 6.10 – Índice unitário de revestimento interno (subsistema

revestimento) para cada uma das oito situações analisadas................. 97

FIGURA 6.11 – Índice unitário de revestimento externo (subsistema

revestimento) para cada uma das oito situações analisadas................. 98

FIGURA 6.12 – Situação 1: custo percentual por subsistema ............... 104

FIGURA 6.13 – Situação 1: custo percentual por elemento ................. 104

FIGURA 6.14 – Situação 1: custo percentual por serviço ..................... 104

FIGURA 6.15 – Situação 2: custo percentual por subsistema ............... 106

FIGURA 6.16 – Situação 2: custo percentual por elemento .................. 106

FIGURA 6.17 – Situação 2: custo percentual por serviço...................... 106

FIGURA 6.18 – Situação 3: custo percentual por subsistema ............... 108

FIGURA 6.19 – Situação 3: custo percentual por elemento .................. 108

FIGURA 6.20 – Situação 3: custo percentual por serviço...................... 108

FIGURA 6.21 – Situação 4: custo percentual por subsistema ............... 110

FIGURA 6.22 – Situação 4: custo percentual por elemento .................. 110

Page 17: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xv

FIGURA 6.23 – Situação 4: custo percentual por serviço...................... 110

FIGURA 6.24 – Situação 5: custo percentual por subsistema ............... 112

FIGURA 6.25 – Situação 5: custo percentual por elemento .................. 112

FIGURA 6.26 – Situação 5: custo percentual por serviço...................... 112

FIGURA 6.27 – Situação 6: custo percentual por subsistema ............... 114

FIGURA 6.28 – Situação 6: custo percentual por elemento .................. 114

FIGURA 6.29 – Situação 6: custo percentual por serviço...................... 114

FIGURA 6.30 – Situação 7: custo percentual por subsistema .............. 116

FIGURA 6.31 – Situação 7: custo percentual por elemento ................. 116

FIGURA 6.32 – Situação 7: custo percentual por serviço ..................... 116

FIGURA 6.33 – Situação 8: custo percentual por subsistema .............. 118

FIGURA 6.34 – Situação 8: custo percentual por elemento .................. 118

FIGURA 6.34 – Situação 8: custo percentual por serviço...................... 118

Page 18: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xvi

LISTA DE ANEXOS

ANEXO A – Composições utilizados ................................................... 133

ANEXO B – Relatórios de cálculo ....................................................... 137

ANEXO C – Tabelas resumo dos resultados ....................................... 142

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xvii

RESUMO Dissertação de Mestrado

Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil Universidade Federal de Santa Maria

SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE

CUSTO AUTOR: GEZIEL DA SILVA

ORIENTADOR: ODILON PÂNCARO CAVALHEIRO Data e Local da Defesa: Santa Maria, 12 de dezembro de 2003.

O grande déficit habitacional existente no país tem levado os profissionais da área da construção civil a buscarem alternativas construtivas que permitam maior economia com garantia de qualidade. O sistema construtivo em concreto armado, a longo tempo, e a alvenaria estrutural, adotada mais recentemente e ainda em menor escala, são duas das opções construtivas existentes. Este trabalho apresenta um estudo comparativo entre as características peculiares, vantagens e desvantagens, existentes entre o sistema construtivo em concreto armado e o sistema construtivo em alvenaria estrutural. Procura-se estabelecer uma relação entre os índices de consumo de serviços necessários para a execução de três importantes e diferenciadas etapas da obra nos dois sistemas (estrutura, vedação e revestimento) e os respectivos custos, para as várias tipologias adotadas. Para tal adota-se um edifício residencial (edifício-exemplo) que será calculado e analisado para várias opções: concreto armado (4 e 9 pavimentos), alvenaria estrutural (4 pavimentos com blocos cerâmicos, 4 pavimentos com blocos de concreto e 9 pavimentos com blocos de concreto), alvenaria estrutural com pilotis (3 pavimentos mais pilotis e 8 pavimentos mais pilotis, ambos com blocos de concreto) e alvenaria resistente (4 pavimentos). A análise comparativa é feita com base no custo unitário de cada item escolhido, orçado, e calculado a partir de composições de uso corrente, considerando o material e a mão-de-obra necessários, além das características próprias de cada sistema.

Page 20: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

xviii

ABSTRACT Master Thesis

Civil Engineering Graduate Program Universidade Federal de Santa Maria

CONSTRUCTIVE SYSTEMS IN REINFORCED CONCRETE AND STRUCTURAL MASONRY: A COMPARATIVE ANALYSIS OF COST

Author:: GEZIEL DA SILVA ADVISER: ODILON PÂNCARO CAVALHEIRO

Date and local of examination: Santa Maria, December, 12th, 2003.

The great existent habitational deficit in Brazil has been taking the professionals of civil construction area to search constructive alternatives that allow to greater economy with quality warranty. The constructive system in reinforced concrete, used long time, and the structural masonry, adopted more recently and still in smaller scale, are two of the existent constructive options. This work presents a comparative study between the reinforced concrete constructive system and the structural masonry constructive system comparing their singular characteristics, advantages, and disavantages. The objective is to establish a relationship among the consumption indices of necessary services to execute three important and differenciated stages (structure, cladding and plastering) in a building under construction in both constructive systems and their respective costs for some adopted typologies. To reach the objective is adopted a residential building (building-model) that will be analysed and calculated for several options: reinforced concrete (four and nine floors), structural masonry (four ceramic blocks floors, four concrete block floors and nine concrete blocks floors), structural masonry with piles (three floors more pilotis and eight floors more piles, both with concrete blocks) and resistant masonry (four floors). The comparative analysis is made in the unitary cost basis of each chosen item, calculated from current use compositions considering necessary material and labour, besides the own characteristics of every system.

Page 21: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

11 IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO

1.1 Justificativa

Condições mínimas de moradia e habitação digna são aspectos

essenciais para a garantia da cidadania na sociedade moderna. O papel

de produção de unidades habitacionais que correspondam à expectativa

social, qualitativa e quantitativamente, cabe ao setor da economia definido

como “indústria da construção civil”.

De acordo com Meseguer (1983), a indústria da construção civil se

destaca como uma das mais importantes em todos os países,

contribuindo com cerca de 6 a 12 % do Produto Interno Bruto mundial e

empregando cerca de 10 % da população economicamente ativa.

No Brasil, a construção propriamente dita e os demais sub-setores

envolvidos na cadeia produtiva da Construção Civil (modernamente

designados como “Construbusiness”) representam 15,6 % do PIB

nacional. Dados do IBGE indicavam que apenas o sub-setor construção

civil ocupava mais de 3,6 milhões de trabalhadores em 1998. Segundo o

SINDUSCON-RS (2003), com base em dados contidos em estudo recente

realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia – IBRE da Fundação

Getúlio Vargas – FGV, intitulado “Macrossetor da Construção 2001”,

pode-se afirmar que o macrossetor da construção representa 19,26% do

PIB do país, considerando-se os efeitos diretos, indiretos e induzidos.

A baixa produtividade, a pequena ou nenhuma existência de

controles confiáveis, a pouca previsibilidade quanto a prazos e custos e a

Page 22: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

2

alta incidência de patologias em edificações entregues são, entre outros,

aspectos ainda corriqueiros e que contrastam com a importância que a

indústria da construção civil ocupa no cenário econômico.

Algumas peculiaridades da construção civil no Brasil têm se

caracterizado como fatores que impedem um avanço mais rápido e

substancial a melhores patamares de qualidade e produtividade deste

setor, apesar dos avanços observados nas últimas décadas. A utilização

de procedimentos tradicionais e embasados no conhecimento prático dos

canteiros de obras, a precária organização da produção e a utilização de

mão-de-obra com baixa qualificação são fatores que dificultam a melhoria

substancial do quadro atual.

Neste sentido, conforme Soibelman (1981) apud Vargas, a precária

organização da produção possui uma incipiente base teórica, que se

reflete nos desencontros das equipes de trabalho e no desperdício de

materiais. No método tradicional de construção há interferência de cada

etapa da obra em vários outros subseqüentes. O alinhamento das

alvenarias pode ser prejudicado por erros de concretagem ou

deformações nas fôrmas de madeira, causando o aumento do consumo

de argamassa de revestimento, por exemplo. A não previsão das

instalações provoca a necessidade de abertura de rasgos e canaletas na

alvenaria, gerando entulhos, perda de parte do trabalho executado e

conseqüente aumento do custo final do serviço.

Tendo em vista que, segundo Formoso et al. (1992), 96 % das

empresas de construção civil podem ser caracterizadas como micro ou

pequenas empresas, a alteração do quadro descrito acima dificilmente

poderá ser obtida simplesmente pela adoção de sistemas mais

avançados. Para a maioria das empresas de construção civil a

industrialização dos processos construtivos – o que geraria maior

produtividade e organização da produção – está fora da realidade pela

Page 23: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

3

incapacidade de aporte dos investimentos necessários e limitações

técnicas. Para estas empresas o caminho mais viável é o da

racionalização dos processos.

A busca deste caminho torna-se imperiosa quando se observa que

o déficit habitacional brasileiro, apontado pelo IBGE em dados de 1995, é

de mais de 5,5 milhões de unidades. A necessidade da solução deste

problema aponta para alternativas construtivas tecnicamente viáveis e

“atrativas” economicamente.

A própria organização da economia mundial tem impactado de

forma irreversível a maneira como as empresas dirigem e coordenam

suas atividades, recursos e resultados. As empresas, frente à nova ordem

econômica, têm reconhecido a necessidade de mudanças e da busca e

adoção de novas perspectivas e procedimentos construtivos para se

manterem competitivas.

“A eficiência nos processos construtivos surge, então, como um

objetivo a ser alcançado pelas empresas construtoras a fim de garantir a

sua lucratividade e, por conseguinte, assegurar sua permanência no

mercado” (Araújo, 1995).

Neste contexto, a alvenaria estrutural apresenta-se como uma

alternativa eficiente e viável, na medida que permite a fácil incorporação

de conceitos de racionalização, produtividade, qualidade e possibilita a

produção de edificações com baixo custo e características técnicas

usualmente exigíveis.

“Na busca de eficiência e produtividade foram tentadas, nos

últimos anos, muitas soluções. Dentre as poucas experiências de sucesso

destacam-se os processos em alvenaria estrutural, os quais se tornaram

predominantes na construção habitacional de interesse social” (Franco,

1992).

Page 24: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

4

“Diante das grandes vantagens encontradas, em especial aquelas

de origem econômica, é cada vez maior o interesse pelo sistema

construtivo em alvenaria estrutural” (Santos, 1998).

A importância do sistema construtivo em alvenaria estrutural no

contexto atual da construção civil, permitindo ganhos consideráveis de

eficiência, produtividade e economia motivaram a elaboração deste

trabalho.

Muitos bons trabalhos têm sido desenvolvidos no sentido de

fornecer subsídios para a correta aplicação da alvenaria estrutural e

caracterizar os materiais e técnicas empregados. Mesmo com o avanço

da alvenaria estrutural nos últimos anos, grande parte dos edifícios

continua sendo construída com estrutura reticular em concreto armado.

Isto se deve, em grande parte, ao desconhecimento das características

técnicas da alvenaria estrutural e suas vantagens intrínsecas, entre elas,

o custo. Nota-se também a carência de literatura técnica relacionada a

estudos comparativos entre os dois sistemas estruturais, principalmente

no que diz respeito ao custo.

Neste trabalho pretende-se elaborar um estudo comparativo entre

uma edificação construída em alvenaria estrutural e outra, de mesmo

projeto arquitetônico, concebida com estrutura de concreto armado,

buscando subsidiar pequenas e médias construtoras e profissionais da

área com uma referência para a fase de anteprojeto de seus prédios. Não

se busca indicar uma solução ideal e única, uma vez que cada obra

apresenta peculiaridades e características que deverão ser

minuciosamente estudadas na concepção do projeto. Este trabalho

pretende apresentar os resultados do estudo comparativo para um

determinado edifício (edifício-exemplo) e demonstrar a viabilidade e

importância deste tipo de estudo, principalmente para pequenas e médias

empresas avaliarem economicamente seus projetos e empreendimentos.

Page 25: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

5

1.2 Objetivos

Os principais objetivos deste trabalho são:

● Fazer, para os sistemas estruturais adotados (Sistema em

Alvenaria Estrutural e Sistema em Concreto Armado) uma sucinta

revisão bibliográfica, descrevendo suas principais características,

vantagens e desvantagens;

● Desenvolver uma análise das características do Sistema

Construtivo em Alvenaria Estrutural que permitem a diminuição nos

custos construtivos e a facilidade de aplicação e contribuir para a

ampliação da utilização deste sistema construtivo;

● Estabelecer relações entre os consumos unitários de alguns

insumos e serviços, para os sistemas estruturais e tipologias

construtivas adotadas;

● Estabelecer relações entre os custos unitários de alguns insumos e

serviços, para os sistemas estruturais e tipologias construtivas

adotadas e analisar estes custos comparativamente;

● Fornecer parâmetros que possibilitem uma estimativa preliminar

do custo da estrutura, vedação (ou alvenaria estrutural) e

revestimento de um empreendimento com base no sistema

construtivo adotado.

1.3 Apresentação do edifício-exemplo

Como edifício-exemplo adotou-se uma edificação residencial

construída em Alvenaria Estrutural na cidade de Santa Cruz do Sul, RS. A

edificação possui 9 pavimentos tipo e 4 apartamentos por andar. A área

por pavimento é de 348,77 m², totalizando uma área de 3.138,93 m² para

Page 26: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

6

os 9 pavimentos tipo. A área total foi obtida de acordo com os critérios da

NBR 12721 e será adotada como referência neste trabalho. A Figura 1.1

apresenta a planta baixa do edifício-exemplo adotado. A Figura 1.2

mostra a fachada do edifício-exemplo.

FIGURA 1.1 – Planta baixa do edifício-exemplo.

Page 27: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

7

FIGURA 1.2 – Fachada do edifício-exemplo.

A partir do edifício-exemplo, conceberam-se algumas tipologias

construtivas. As alternativas escolhidas serão analisadas e

dimensionadas considerando lajes, vigas, pilares e fundações, para o

sistema em concreto armado, levando-se em conta todas as ações

atuantes. O sistema em alvenaria estrutural já foi dimensionado de acordo

com as normas vigentes e foram adotadas as características e

particularidades do projeto original. Para o cálculo da estrutura em

concreto armado foi utilizado o software TQS, que é adotado em vários

escritórios de projeto de estruturas do país e muito bem conceituado no

meio técnico. A partir do lançamento e dimensionamento da estrutura em

Page 28: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

8

concreto armado, geraram-se relatórios gerais que subsidiaram o cálculo

dos consumos necessários para cada situação.

Tendo em vista que o objetivo do trabalho é uma análise

comparativa, adotaram-se algumas simplificações no projeto do edifício

exemplo. Não foram consideradas áreas e consumos relacionados à casa

de máquinas e reservatório superior, assim como foi desconsiderado um

“porão” (pé direito de 1,40 m) existente no projeto original. Estas

simplificações não prejudicam o resultado final, tendo em vista que foram

levadas em conta para todas as tipologias construtivas adotadas.

1.4 Organização do trabalho

Neste primeiro capítulo apresentou-se a justificativa e os objetivos

deste trabalho. Foi descrito o edifício-exemplo que baseou os estudos

apresentados nos demais capítulos.

O capítulo 2 apresenta um histórico e aspectos relacionados à

concepção estrutural a partir de uma abordagem comparativa entre os

Sistemas Construtivos em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural.

O capítulo 3 descreve as características do Sistema Construtivo

em Concreto Armado, apresenta vantagens e desvantagens e apresenta

a abordagem adotada para este sistema construtivo a partir do edifício-

exemplo.

O capítulo 4, adotando o mesmo enfoque do capítulo 3, apresenta

as principais características, vantagens e desvantagens do Sistema

Construtivo em Alvenaria Estrutural. São apresentadas características e

particularidades deste sistema no que diz respeito a: conceitos básicos,

materiais e componentes, projeto, concepção estrutural básica, processo

construtivo e detalhamento. É desenvolvida a caracterização para as

diversas abordagens estudadas para este sistema, a partir do edifício-

exemplo.

Page 29: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

9

O capítulo 5 aborda a metodologia adotada. São descritas as

tipologias construtivas e parâmetros de comparação (Índices) adotados,

além dos critérios utilizados para o cálculo de custos.

No capítulo 6 apresenta-se um quadro comparativo entre os

consumos e custos de todas as situações analisadas e são discutidos os

resultados encontrados.

As conclusões deste trabalho são apresentadas no capítulo 7.

Page 30: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

22 HHIISSTTÓÓRRIICCOO EE CCOONNCCEEIITTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS

2.1 Histórico As construções em alvenaria têm sido usadas desde os primórdios da humanidade. Até o início do século XX, a alvenaria foi o principal método construtivo adotado, seguindo regras empíricas e o conhecimento adquirido pelos construtores da época.

Em 1889 é construído em Chicago o “Monadnock”, um grande prédio em alvenaria com 16 andares e 65 metros de altura, com as paredes inferiores de 1,80 metros de espessura. Os elementos de alvenaria ainda eram dimensionados empiricamente. Observa-se essa construção na Figura 2.1.

FIGURA 2.1 – Manadnock Building (Accetti, 1998, p. 3).

Page 31: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

11

No início do século XX o concreto e o aço estrutural passam a

ocupar importante papel na construção civil mundial. O rápido avanço das

pesquisas na área e a diversidade e facilidade de aplicação das

estruturas em concreto armado fizeram com que este processo

construtivo assumisse um lugar preponderante na construção civil. Neste

novo quadro, a alvenaria foi relegada a um segundo plano e poucos

estudos foram desenvolvidos sobre o tema.

Considera-se o início da Alvenaria Estrutural, como um sistema

construtivo propriamente dito, um trabalho publicado por A. Brebner em

1923, baseado em estudos teórico-experimentais. Pode-se afirmar que a

redescoberta efetiva da alvenaria se deu em meados do século XX, a

partir de estudos experimentais e edificações construídas na Suíça,

Alemanha e Inglaterra. A partir desta época foram desenvolvidos

inúmeros estudos na Europa e Estados Unidos e a Alvenaria Estrutural se

firmou como um Sistema Construtivo tecnicamente confiável e

economicamente viável.

A construção, em 1966, do conjunto “Central Parque da Lapa”, em

São Paulo, composto por prédios de 4 pavimentos, pode ser considerada

o marco inicial da Alvenaria Estrutural no Brasil. O uso da Alvenaria

Estrutural começou a se difundir em algumas regiões do país e pesquisas

na área têm sido desenvolvidas desde então.

Mesmo com o avanço da pesquisa científica e do embasamento

técnico a utilização do Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural não se

difundiu de forma homogênea pelo país. São Paulo, Rio Grande do Sul e

Santa Catarina são estados onde a adoção da Alvenaria Estrutural tem

crescido mais rapidamente nos últimos anos, em virtude do trabalho de

estudo e divulgação deste sistema construtivo por importantes centros de

pesquisa aí localizados.

A resistência na adoção da alvenaria estrutural por profissionais e

construtores reside, na maioria das vezes, no desconhecimento das

técnicas construtivas deste sistema e receio de abandonar as técnicas

Page 32: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

12

relacionadas ao Concreto Armado, já plenamente dominadas e

universalmente aceitas. Apesar deste desconhecimento, considera-se a

literatura técnica referente ao cálculo, materiais, componentes e técnicas

construtivas relacionada à Alvenaria Estrutural bastante ampla,

possibilitando o acesso a informações técnicas que permitem o perfeito

conhecimento e domínio do sistema construtivo e sua aplicação. Desta

forma, como apresentado nos objetivos, este trabalho se direciona no

sentido de apresentar, comparativamente, as vantagens econômicas que

podem ser obtidas com o uso da Alvenaria Estrutural como opção a

estruturas em Concreto Armado.

No intuito de contribuir com o acervo técnico relacionado à

alvenaria estrutural, além da análise econômica, serão apresentados

aspectos técnicos relevantes relacionados à Alvenaria Estrutural, sob um

enfoque construtivo. No que diz respeito ao Concreto Armado, em virtude

da vastíssima bibliografia existente e do histórico de utilização da técnica,

serão tecidos rápidos comentários no sentido apenas de subsidiar a

caracterização da obra que será adotada como edifício-exemplo.

2.2 Conceitos Básicos

Accetti (1998) diz que “a concepção estrutural de um edifício

consiste em se definir no projeto quais os elementos que suportarão os

carregamentos provindos das ações verticais e horizontais”.

A concepção estrutural está intimamente ligada ao projeto

arquitetônico juntamente com seus condicionantes e projetos

complementares, o que exige um trabalho no sentido de compatibilização

de todos estes projetos. Não se pode desenvolver cada projeto

isoladamente, sob o risco de interferências indesejadas que serão

“solucionadas” pelo pessoal da obra, sem um planejamento prévio. Esta

Page 33: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

13

postura era e ainda é, por vezes, a postura adotada no processo de

projeto de edificações.

O enfoque da compatibilização dos projetos é necessário para

qualquer sistema construtivo, seja ele em Alvenaria Estrutural ou em

Concreto Armado, e imprescindível para que um projeto cumpra

plenamente sua finalidade. A Alvenaria Estrutural, de certa forma,

favorece este enfoque, uma vez que o projeto arquitetônico confunde-se

com a estrutura (paredes) e as instalações complementares são

executadas simultaneamente às paredes, impedindo improvisações.

Todos os detalhes devem e precisam ser concebidos e solucionados

previamente.

Segundo Albuquerque, apud Laranjeiras (1999), a solução

estrutural adotada deve atender a determinadas exigências de qualidade,

impostas pelas condições listadas a seguir:

a) segurança e durabilidade;

b) arquitetônicas;

c) funcionais;

d) construtivas;

e) estruturais;

f) integração com os demais projetos;

g) econômicas.

São importantes algumas definições quanto à nomenclatura

relacionada aos processos construtivos de edifícios. Neste trabalho

adotam-se, com apenas uma ressalva, os seguintes conceitos,

elaborados por Sabbatini (1989):

Page 34: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

14

● Técnica construtiva: conjunto de operações empregadas por um

particular ofício para produzir parte de uma construção;

● Método construtivo: conjunto de técnicas construtivas,

interdependentes e adequadamente organizadas, empregadas na

construção de uma parte (subsistemas ou elementos) de uma

edificação;

● Processo construtivo: organizado e bem definido modo de construir

um edifício. Um específico processo construtivo caracteriza-se pelo

seu particular conjunto de métodos utilizados na construção da

estrutura e das vedações do edifício (invólucro);

● Sistema construtivo: processo construtivo de elevados níveis de

industrialização e de organização, constituído por um conjunto de

elementos e componentes inter-relacionados e completamente

integrados pelo processo.

● Subsistema: maior parte funcional de um edifício.

Para Cavalheiro (1995), Sistema Construtivo pode ser adotado

como uma forma de macro identificar o tipo de estrutura utilizado. Desta

forma, pode-se ter o Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural, o

Sistema Construtivo em Aço, o Sistema Construtivo em Concreto Armado,

e assim por diante. Para este trabalho é adotada esta definição para

identificação dos Sistemas Construtivos (em Alvenaria Estrutural e

Concreto Armado) objetos de estudo.

Para Sabbatini (1989) o termo subsistema está ligado à função de

determinada parte do edifício. Modler (2000) chama esta definição de

enfoque funcional e apresenta a possibilidade de se definir um enfoque

construtivo, que está relacionado à complexidade do conjunto das

técnicas utilizadas para executar determinada parte do edifício.

Page 35: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

15

A partir do enfoque construtivo, pode-se caracterizar os seguintes

subsistemas: estrutura, vedações, pisos e revestimentos, esquadrias,

pintura, instalações, fundações, entre outros. Os subsistemas objetos de

estudo neste trabalho são o subsistema estrutura, vedação, revestimento

(externo e interno) e a parte do subsistema instalações que interfere

diretamente no subsistema vedação (abertura de canaletas e rasgos para

a passagem de eletrodutos e tubulações). São enfocados somente estes,

na medida que apresentam diferenças consideráveis quando comparados

para diferentes sistemas construtivos. O subsistema pintura, por exemplo,

pode ser igual para diversos sistemas construtivos, apresentando custo

semelhante e não trazendo diferença significativa em termos

comparativos.

2.3 Análise comparativa preliminar

Apresenta-se a seguir uma análise comparativa entre as

características relacionadas ao Sistema Construtivo em Concreto Armado

e ao Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural, que são o foco principal

do trabalho. Com esta análise procura-se apresentar, de forma resumida

e direta, características, vantagens e desvantagens de cada sistema

quando comparado com o outro (Quadro 2.1). A análise baseia-se, em

linhas gerais, com adaptações, em um comparativo elaborado por

Cavalheiro (1995). Salienta-se que o Sistema Construtivo em Concreto

Armado considerado é aquele que adota procedimentos tradicionais de

execução, sem qualquer preocupação com a utilização de elementos

modulares ou adoção de conceitos de industrialização ou racionalização

da construção.

Page 36: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

16

QUADRO 2.1 – Análise comparativa preliminar entre os sistemas construtivos em concreto armado (tradicional) e alvenaria estrutural

A Figura 2.2 apresenta aspectos gerais de obras tradicionais

executadas no Sistema Construtivo em Concreto Armado (tradicional), e a

Figura 2.3 apresenta aspectos gerais de obras executadas no Sistema

Construtivo em Alvenaria Estrutural.

Page 37: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

17

FIGURA 2.2 – Aspectos gerais de obras tradicionais executadas no

Sistema Construtivo em Concreto Armado.

Page 38: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

18

FIGURA 2.3 – Aspectos gerais de obras executadas no Sistema

Construtivo em Alvenaria Estrutural.

Page 39: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

CCOONNCCRREETTOO AARRMMAADDOO

33 SSIISSTTEEMMAA CCOONNSSTTRRUUTTIIVVOO EEMM

3.1 Considerações gerais

O sistema construtivo em concreto armado se caracteriza pelo uso

do concreto armado como elemento estrutural. Entende-se por estrutura

convencional em concreto armado aquela em que as cargas são

transmitidas através das lajes às vigas e estas, por sua vez, apóiam-se

em pilares que levam o carregamento às fundações. O sistema em

concreto armado apresenta as lajes, vigas e pilares como elementos

constituintes. A vedação é independente da estrutura e executada

posteriormente, gerando inúmeras interfaces entre paredes e pilares e

paredes e vigas. A Figura 3.1 apresenta um esquema dos elementos

básicos desse sistema construtivo.

FIGURA 3.1 – Representação esquemática dos elementos básicos do sistema construtivo em concreto armado.

Page 40: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

20

Neste item são apresentadas sucintamente algumas características

inerentes ao sistema em concreto armado, apenas para um perfeito

entendimento e caracterização do edifício-exemplo, tendo em vista a

vasta literatura técnica existente sobre o assunto.

Albuquerque (1999) apresenta um estudo comparativo entre alguns

tipos de estruturas em concreto armado e descreve cada um deles. Neste

trabalho adota-se o que pode ser definido de “estrutura convencional em

concreto armado com lajes maciças”, que é atualmente o mais

comumente adotado para a edificação de prédios residenciais com as

características do edifício-exemplo.

A escolha de um tipo particular de estrutura em concreto armado,

em detrimento de tantos outros existentes, deve-se basicamente ao uso

mais comum deste em edificações, principalmente em obras de pequenas

e médias construtoras. No estudo mencionado anteriormente,

Albuquerque (1999) conclui que este não é o mais econômico entre os

sistemas em concreto armado disponíveis para a execução de estruturas,

sendo aquele que utiliza estrutura convencional com lajes nervuradas o

mais vantajoso economicamente.

Reproduz-se a seguir o resultado final encontrado por Albuquerque

(1999). As características e particularidades de cada tipo de estrutura

adotada pelo autor estão descritas no referido trabalho. O Quadro 3.1 e a

Figura 3.2 indicam, de forma comparativa, os custos totais das

alternativas consideradas. Adotou-se como unitário o custo da alternativa

que apresentou menor custo (estrutura convencional com lajes

nervuradas utilizando caixotes), e o custo das demais alternativas é

indicado comparativamente a este. As alternativas adotadas pelo autor do

referido trabalho são as seguintes:

Page 41: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

21

OP1: estrutura convencional com lajes maciças;

OP2: estrutura convencional com lajes nervuradas (caixotes);

OP3: estrutura convencional com lajes nervuradas (tijolos);

OP4: estrutura convencional com lajes nervuradas (lajes pré-

fabricadas);

OP5: estrutura com laje lisa nervurada (caixotes);

OP6: estrutura com laje lisa nervurada (tijolos);

OP7: estrutura utilizando protensão.

Quadro 3.1 – Comparativo de custos encontrados por Albuquerque (1999) para as opções analisadas

OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 OP7 1,179 1,000 1,070 1,051 1,086 1,149 1,159

+ 17,9% Referência + 7,0% +5,1% +8,6% +14,9% +15,9%

FIGURA 3.2 – Comparativo de custos encontrados por Albuquerque (1999) para as opções analisadas.

1,17

9

1,00

1,07

1,05

1 1,08

6

1,14

9

1,15

9

0,90

0,95

1,00

1,05

1,10

1,15

1,20

Cus

to

OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 OP7

Page 42: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

22

Para Albuquerque (1999), algumas desvantagens do sistema em

concreto armado (estrutura convencional com lajes maciças, adotada

neste trabalho) são:

● A grande quantidade de vigas, devido aos limites impostos, o

que deixa a fôrma do pavimento muito recortada, diminuindo a

produtividade da construção;

● A diminuição do reaproveitamento das fôrmas devido aos

recortes;

● O grande consumo de concreto, aço e fôrmas.

O mesmo autor apresenta como principais vantagens deste

sistema construtivo os seguintes aspectos:

● A existência de muitas vigas, que, por outro lado, forma muitos

pórticos, que garantem uma boa rigidez à estrutura de

contraventamento;

● A grande contribuição das lajes na deformação das vigas;

● A mão-de-obra já é bastante treinada, pois foi durante muito

tempo o sistema estrutural mais utilizado nas construções.

Observa-se uma série de interferências e sobreposição de funções

no processo construtivo em concreto armado (tradicional). Além de um

grande número de insumos e técnicas específicas que precisam ser

adotadas (aço, fôrmas, concreto, alvenaria) há o envolvimento de diversas

especialidades profissionais (ferreiro, carpinteiro, pedreiro). O fluxograma

apresentado na Figura 3.3 apresenta de forma resumida os profissionais

envolvidos, insumos utilizados e operações realizadas nas diversas

etapas da execução dos subsistemas estrutura e vedação em uma

edificação com estrutura reticular em concreto armado e com laje maciça.

Page 43: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

23

As setas indicam a seqüência das diversas etapas necessárias para a

execução de cada um dos subsistemas considerados.

FIGURA 3.3 – Fluxograma de forma resumida dos profissionais envolvidos, insumos utilizados e operações realizadas na execução dos subsistemas estrutura e vedação em uma edificação com estrutura reticular em concreto armado e com laje maciça (tradicional).

Page 44: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

24

3.2 Descrição dos elementos básicos

Este item foi embasado em grande parte nos Capítulos 2 e 3 do

trabalho já citado de Albuquerque (1999), dispensando assim a constante

referência a esta dissertação. Segundo o autor, uma postura adotada

modernamente pelos projetistas de estruturas é a busca da padronização

das dimensões e racionalização do processo construtivo, o que tem

gerado a definição de diretrizes de projeto que servem de parâmetros

indicativos para a elaboração dos mesmos.

Nos tópicos a seguir apresentam-se parâmetros e indicações que

permitem, quando aplicados, a geração de projetos estruturais mais

próximos da racionalização. Estes tópicos nortearam, quando possível, as

definições tomadas para o lançamento e dimensionamento da estrutura

em concreto armado do edifício-exemplo.

As considerações sobre os elementos básicos das estruturas em

concreto armado foram feitas com base na NBR 6118/1980. Uma nova

análise, sobre a alteração ou adaptações necessárias nestas

considerações, tendo em vista a revisão recente da NBR 6118/2003, não

foi objeto de estudo deste trabalho.

3.2.1 Lajes

A NBR 6118/1980 estabelece os seguintes limites mínimos para a

espessura das lajes:

a) 5cm para lajes de cobertura;

b) 7cm para lajes de piso;

c) 10cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou

igual a 30 kN;

Page 45: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

25

d) 12cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que

30 kN.

Um bom número seria no máximo duas espessuras diferentes de

laje por pavimento, aceitando-se até três como um número razoável. O

rebaixamento de lajes não é indicado, exceto em casos excepcionais de

detalhes arquitetônicos.

3.2.2 Vigas

Recomenda-se a adoção de todas as vigas externas com a mesma

altura. A altura ideal recomendada é 60cm, por resistir a esforços

consideráveis e não causar transtornos à arquitetura, podendo ser

adotadas dimensões inferiores para algumas vigas internas. A largura

mínima para as vigas é 12cm, admitindo-se 10cm em casos especiais de

concretagem. O aumento da largura da viga, se necessário, deve se dar

de 5cm em 5cm ou em função dos tijolos ou blocos utilizados.

A uniformização das vigas por pavimento é o procedimento ideal,

considerando-se ótimo o número de duas seções por pavimento, bom o

número de três seções por pavimento e desaconselhável mais de três

seções por pavimento. A Figura 3.4 apresenta um exemplo de uma das

vigas calculadas para o edifício-exemplo (com a utilização do software

TQS).

Page 46: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

26

FIGURA 3.4 – Exemplo de viga calculada para o edifício-exemplo.

3.2.3 Pilares

É desaconselhada a excessiva variação nas dimensões do pilar

nos diversos pavimentos, o que pode dificultar a fôrma e causar o

aumento no consumo de aço. É usual fazer uma variação no nível do

primeiro pavimento-tipo, quando se está em uma situação de subsolo,

mezaninos ou pilotis em que o pé direito é maior.

É recomendável fazer um agrupamento dos pilares com

solicitações semelhantes, evitando número excessivo de seções.

Considera-se razoável o número de cinco seções por pavimento tipo.

Quando possível, deve-se manter, nos pavimentos tipo, a menor

dimensão do pilar com 20cm, a fim de evitar que o mesmo se sobressaia

da arquitetura.

A utilização de pilares de seções L, U ou T, deve ser evitada, por

apresentarem uma fôrma de difícil execução, sendo mais indicada a

adoção de pilares com seção retangular ou quadrada.

Page 47: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

27

3.3 Caracterização do projeto do edifício-exemplo no sistema em concreto armado

Foram definidas duas situações para o edifício-exemplo utilizando

o sistema em concreto armado. Uma situação considera a edificação com

9 pavimentos e a outra com 4 pavimentos. Em ambas as situações o

lançamento da estrutura, considerações de carregamento e

dimensionamento basearam-se na planta baixa do edifício-exemplo.

Para as duas situações consideradas definiram-se os seguintes

parâmetros de cálculo:

● A resistência do concreto, para lajes, vigas e pilares, foi definida

como fck = 18 MPa, considerando-se o fornecimento do

concreto usinado;

● Uso de aço CA-60 e CA-50 para as armaduras;

● Uso de fôrmas convencionais de madeira, utilizando

compensado resinado de 12mm de espessura, com 3

utilizações, para lajes, vigas, pilares.

● Alvenaria de vedação executada com blocos (tijolos) cerâmicos

vazados (furos na horizontal), através de métodos tradicionais

de assentamento;

● Revestimento interno e externo executado em massa única com

argamassa industrializada.

Salienta-se que há a possibilidade de uso de outros sistemas de

fôrmas e escoramento, disponíveis no mercado atualmente, que não são

considerados neste estudo. Estes sistemas normalmente representam um

investimento inicial que precisa ser diluído ao longo de várias obras e

seria necessária uma análise que foge dos objetivos deste trabalho.

Outra consideração importante diz respeito à execução da

alvenaria de vedação. Poderia ser adotado um processo racionalizado na

Page 48: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

28

execução das paredes. Não é feita uma abordagem neste sentido, uma

vez que esta ainda não é uma prática usual no meio em que se insere

este trabalho. A prática usual é a utilização de blocos (tijolos) cerâmicos

vazados (furos na horizontal), com a execução de rasgos e canaletas na

parede de alvenaria para colocação das instalações (eletrodutos e

tubulações hidráulicas) e posterior preenchimento destes rasgos com

argamassa. A Figura 3.5 exemplifica esta situação.

FIGURA 3.5 – Exemplo de rasgos e canaletas executadas em paredes de vedação de edifícios em concreto armado para a passagem de tubulações hidráulicas e/ou eletrodutos.

Os consumos considerados, índices e custos calculados, para as

duas situações em concreto armado, são apresentados no Capítulo 6. As

Figuras 3.6 a 3.8 mostram, para o sistema em concreto armado, detalhes

das plantas de fôrma para o edifício-exemplo com 9 pavimentos e com 4

pavimentos e o exemplo de um pilar calculado nesta situação.

Page 49: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

29

FIGURA 3.6 – Detalhe da fôrma da estrutura convencional com laje maciça, edifício-exemplo com 9 pavimentos.

Page 50: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

30

FIGURA 3.7 – Detalhe da fôrma da estrutura convencional com laje maciça,

edifício-exemplo com 4 pavimentos.

Page 51: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

31

FIGURA 3.8 – Exemplo de pilar calculado para o edifício-exemplo, em concreto armado, com 4 pavimentos.

Page 52: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

44 SSIISSTTEEMMAA CCOONNSSTTRRUUTTIIVVOO EEMM

4.1 Considerações preliminares

As paredes resistentes e as lajes são os elementos estruturais

básicos nas edificações construídas em alvenaria estrutural. Pode-se ter

também pilares e/ou vigas de concreto na eventualidade da existência de

pilotis e/ou baldrames. A escolha das paredes resistentes está

diretamente relacionada a opções arquitetônicas e posicionamento de

instalações, opções estas que são escolhidas na fase de projeto.

Segundo Silva (1996), “os carregamentos atuantes e os esforços

resultantes nas lajes, bem como as reações destes carregamentos nas

paredes, são determinados da maneira usual adotada para estruturas em

concreto armado, conforme as normas específicas”.

No tópico 4.5 apresentar-se-ão aspectos relacionados à

distribuição e homogeneização de cargas na alvenaria estrutural.

Como citado anteriormente, o sistema construtivo em alvenaria

estrutural tem sido utilizado com mais freqüência nas últimas três

décadas. Isto se deve, em grande parte, aos estudos conduzidos por

grupos de pesquisa e empresas que vêem neste sistema construtivo uma

opção tecnicamente viável e economicamente atraente.

Para Modler (2000), o Sistema Construtivo em Alvenaria Estrutural

apresenta, atualmente, uma vasta produção bibliográfica acerca de seus

materiais, condicionantes de projeto, técnicas utilizadas, métodos de

cálculo, produtividade, patologias, entre outros aspectos importantes.

Desta forma, grande parte dos aspectos da alvenaria estrutural como

sistema construtivo pode ser facilmente acessado pelos interessados.

AALLVVEENNAARRIIAA EESSTTRRUUTTUURRAALL

Page 53: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

33

Com base nos estudos e trabalhos desenvolvidos sobre o tema

discorre-se a seguir sobre as principais características, vantagens e

limitações deste sistema construtivo. Neste capítulo busca-se apresentar,

de forma sucinta, os conceitos e aspectos mais importantes que devem

nortear a produção de projetos e a execução de obras em alvenaria

estrutural.

Cabe salientar que cada sistema construtivo apresenta

características e particularidades que o tornam mais indicado para

determinadas aplicações. Desta forma, não se pretende afirmar que a

alvenaria estrutural é a melhor opção para todas as aplicações, mas

mostrar que para aquelas em que ela é indicada tem potencial para

apresentar consideráveis vantagens técnicas e econômicas sobre os

outros sistemas construtivos disponíveis e aplicáveis.

A diferença básica entre a alvenaria estrutural e as estruturas em

concreto armado é a forma de resistência às solicitações. Enquanto no

sistema construtivo em concreto armado as cargas são resistidas pelas

vigas e pilares, no sistema construtivo em alvenaria estrutural são as

paredes que cumprem esta função, além da função de vedação.

De forma recorrente, grande parte dos trabalhos e publicações

existentes citam economia, rapidez e potencial de racionalização como as

grandes vantagens da alvenaria estrutural sobre os demais sistemas

construtivos. Entre os cuidados essenciais na utilização deste sistema

pode-se citar o treinamento da mão-de-obra, a necessidade de uma maior

rigidez na fiscalização e necessidade de perfeita interação entre os

projetistas envolvidos.

A Figura 4.1 apresenta um esquema dos elementos básicos do

sistema construtivo em alvenaria estrutural.

Page 54: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

34

FIGURA 4.1 – Representação esquemática dos elementos básicos do

sistema construtivo em alvenaria estrutural.

A Figura 4.2 apresenta, de forma resumida, um fluxograma que

compreende os profissionais, insumos e operações necessárias para a

execução das etapas envolvidas na produção dos subsistemas estrutura

e vedação (que são sobrepostos) para a alvenaria estrutural.

Fazendo-se uma análise comparativa entre o quadro apresentado

na Figura 4.2 (relacionado à alvenaria estrutural) e aquele apresentado na

Figura 3.2 (relacionado ao concreto armado) é evidente o menor número

de etapas e, conseqüentemente, de profissionais envolvidos, insumos

utilizados e operações necessárias para a produção dos subsistemas

estrutura e vedação em uma edificação em alvenaria estrutural quando

comparada a uma edificação em concreto armado.

Desta forma, pode-se citar como um aspecto positivo do sistema

em alvenaria estrutural a considerável redução no número de operações,

insumos e profissionais envolvidos na produção dos subsistemas

estrutura/vedação, quando se faz uma comparação com as operações,

insumos e profissionais necessários para a produção dos mesmos

subsistemas no sistema construtivo em concreto armado.

Page 55: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

35

De forma resumida, apresentam-se a seguir as características que

podem representar vantagens do sistema construtivo em alvenaria

estrutural em relação ao sistema construtivo em concreto armado,

segundo Ramalho & Côrrea (2003):

● Economia de fôrmas;

● Redução significativa nos revestimentos;

● Redução nos desperdícios de material e mão-de-obra;

● Redução do número de especialidades;

● Flexibilidade no ritmo de execução da obra.

Entre outros, como pontos negativos do sistema em alvenaria

estrutural, ou desvantagens, os autores citados apresentam:

● Dificuldade de se adaptar a arquitetura para um novo uso;

FIGURA 4.2 – Fluxograma de forma resumida dos profissionais envolvidos,insumos utilizados e operações realizadas na execução dossubsistemas estrutura e vedação em uma edificação comestrutura em alvenaria estrutural e laje maciça (tradicional).

Page 56: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

36

● Interferência entre projetos de arquitetura / estruturas /

instalações;

4.2 Conceitos básicos

Cavalheiro (1995) define alvenaria como o produto da composição

básica, em obra, de blocos ou tijolos unidos entre si por argamassa,

constituindo um conjunto resistente e estável.

A alvenaria estrutural pode ser também definida como toda a

estrutura em alvenaria, predominantemente laminar, dimensionada com

procedimentos racionais de cálculo para suportar cargas além do peso

próprio.

Para Cavalheiro (1995) na alvenaria estrutural, pela dupla função

que seus elementos básicos (paredes) desempenham na edificação

(vedação e resistência) o sistema estrutural confunde-se com o próprio

processo construtivo.

De acordo com as definições da NBR 10837/1989, a alvenaria

estrutural pode se apresentar de três formas distintas. A alvenaria

estrutural não armada é aquela, construída com blocos vazados assentes

com argamassa, e que contém armaduras com finalidade construtiva ou

de amarração, não sendo esta última considerada na absorção dos

esforços calculados. A alvenaria estrutural armada é aquela construída

com blocos assentados com argamassa, na qual certas cavidades são

preenchidas continuamente com graute, contendo armadura envolvidas o

suficiente para absorver esforços calculados, além daquelas armaduras

com finalidade construtiva ou de amarração. Por fim, estrutura de

alvenaria parcialmente armada é aquela em que algumas paredes são

construídas, segundo as recomendações da alvenaria armada, com

blocos assentados com argamassa, e que contém armaduras localizadas

em algumas cavidades preenchidas com graute, para resistir aos esforços

Page 57: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

37

calculados, além daquelas armaduras com finalidade construtiva ou de

amarração, sendo as paredes restantes consideradas não armadas.

As definições acima se referem originalmente à alvenaria de blocos

de concreto, mas são perfeitamente aplicáveis à alvenaria estrutural

executada com blocos cerâmicos, tendo em vista que as normas relativas

aos blocos cerâmicos estão em processo de elaboração.

A utilização de paredes em alvenaria, com função resistente, mas

sem dimensionamento através de cálculo racional e modulação

dimensional, caracteriza o que será chamado neste trabalho de alvenaria

resistente, bastante utilizada para a edificação de prédios com até 4

pavimentos no estado do Rio Grande do Sul e em alguns outros estados

brasileiros. Normalmente nestas edificações são utilizados tijolos maciços

para os dois ou três primeiros pavimentos e blocos típicos de vedação

(furos na horizontal) para os dois últimos ou apenas o último, em certos

casos.

4.3 Componentes e elementos da alvenaria

4.3.1 Descrição

Podemos definir os componentes como os entes que compõem os

elementos e são constituídos pelos materiais (cimento, argila, areia, etc.),

enquanto os elementos são definidos como partes da obra,

suficientemente elaboradas, constituídas da reunião de dois ou mais

componentes.

De acordo com os conceitos apresentados, como componentes da

alvenaria pode-se listar os blocos, a junta de argamassa, a armadura de

aço e o graute. Os elementos básicos da alvenaria, que são as partes da

obra elaboradas a partir dos componentes, são os seguintes: parede, pilar

(de alvenaria), cinta, verga, contraverga, viga, enrijecedor e lajes.

Page 58: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

38

4.3.2 Blocos

Os blocos são as unidades fundamentais da alvenaria. Segundo

Cavalheiro (1995), as unidades da alvenaria (blocos ou tijolos) são

determinantes de grande parte das características das paredes de

alvenaria, entre as quais pode-se listar: resistência à compressão e a

tração, aderência, durabilidade, precisão dimensional, resistência ao fogo

e à penetração de chuvas, isolamento térmico e acústico. São utilizados,

como unidade básica da alvenaria, blocos cerâmicos, blocos de concreto

simples, blocos de concreto celular autoclavado e blocos sílico-calcáreos.

A Figura 4.3 apresenta um exemplo de blocos de concreto

usualmente utilizados.

FIGURA 4.3 – Exemplo de blocos estruturais de concreto simples.

Page 59: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

39

Os blocos vazados de concreto (blocos de concreto) são unidades

prismáticas, com dois ou três furos verticais dispostos ao longo da altura,

em sua seção de assentamento, com área útil (área líquida) igual ou

inferior a 75 % da área total da seção normal aos furos da peça (área

bruta). Segundo Medeiros (1993), o bloco de concreto “é a unidade

constituída pela mistura homogênea, adequadamente proporcionada, de

cimento Portland, agregado miúdo e graúdo, conformado através de

vibração e prensagem, que possui dimensões superiores a 250x120x55

mm (comprimento, largura e altura)”.

O bloco cerâmico é definido pela ABNT (NBR 7171/1992) como um

componente de alvenaria que possui furos cilíndricos e/ou prismáticos

perpendiculares às faces que os contém. O material básico de sua

fabricação é a argila e são classificados de acordo com sua resistência à

compressão. As Figuras 4.4 e 4.5 apresentam exemplos de blocos

cerâmicos usualmente utilizados.

4.3.3 Junta de argamassa

Junta de argamassa é a lâmina ou cordão de argamassa

endurecida, intercalado e aderente às unidades de alvenaria, que garante

a monoliticidade da alvenaria. Desta forma, é um componente (junta de

argamassa) responsável simultaneamente pela separação e união das

unidades.

A junta de argamassa, enquanto componente que separa as

unidades, é importante para compensar suas irregularidades geométricas

e absorver deformações (provocadas por movimentações térmicas,

higrométricas e/ou recalques), distribuindo estas deformações em uma

rede de microfissuras e impedindo o surgimento de macrofissuras.

Enquanto componente que garante a união das unidades, a junta

de argamassa deve garantir a monoliticidade, estanqueidade e

Page 60: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

40

durabilidade do conjunto e distribuir adequadamente os esforços que

solicitarão a alvenaria (unidades + juntas de argamassa, basicamente).

FIGURA 4.4 – Exemplo de blocos cerâmicos estruturais (Pallotti, 2003).

Para que a junta de argamassa cumpra as funções descritas, é imprescindível que o material apresente as características listadas a seguir. a) No estado plástico:

● Trabalhabilidade; ● Capacidade de retenção de água;

Page 61: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

41

● Velocidade de endurecimento; b) No estado endurecido:

● Boa aderência; ● Boa resiliência; ● Adequada resistência à compressão; ● Geometria da junta uniforme; ● Pouca retração na secagem.

Santos (1998) apresenta um amplo estudo sobre os procedimentos de preparo e traços de argamassa utilizados em diversas obras de alvenaria estrutural pesquisadas em alguns estados do país.

FIGURA 4.5 – Exemplo de blocos cerâmicos estruturais (Pauluzzi, 2003).

Page 62: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

42

4.3.4 Graute e aço

O graute utilizado na alvenaria é um concreto obtido a partir de

aglomerantes e agregados de pequena dimensão, fluido, utilizado quando

há a necessidade de preenchimento dos vazados dos blocos. Tem a

finalidade de solidarizar, quando existirem, as armaduras (construtivas ou

estruturais) com as unidades ou de aumentar a resistência da alvenaria

através do aumento da área da seção transversal das unidades.

Considera-se que o conjunto bloco, graute e armadura, quando existir,

trabalha monoliticamente, o que deve ser garantido pelo envolvimento

total da armadura pelo graute e pela perfeita aderência entre os três

componentes. Usualmente utiliza-se o graute com o dobro da resistência

do bloco utilizado, na área bruta.

As barras de aço utilizadas na alvenaria, com função estrutural ou

construtiva, são as mesmas utilizadas no concreto armado. Com a

finalidade construtiva o aço é utilizado nos vazados dos blocos,

preenchidos com graute, nas amarrações de parede e laterais de

aberturas, em geral. Utiliza-se também barras de aço nas vergas,

contravergas e canaletas de cintamento.

Nas Figuras 4.6 e 4.7 observa-se um detalhe da utilização de

graute e aço em uma obra de alvenaria, no preenchimento de vazados

verticais dos blocos e canaletas de cintamento.

Page 63: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

43

FIGURA 4.6 – Detalhe construtivo: vazados de blocos grauteados, e

utilização de barras de aço construtivo.

FIGURA 4.7 – Representação esquemática: uso de graute e aço em verga, contra-verga e encontros de paredes ((a)Tecmold, (b)Pallotti, 2003).

(a) (b)

Page 64: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

44

4.4 Projeto Franco (1992) apresenta que a racionalização pode ser entendida, num enfoque mais específico, como a otimização das atividades construtivas. Neste caso, aplicam-se os princípios de racionalização às técnicas e métodos construtivos, como forma de se alcançar um melhor resultado no desenvolvimento de específicos empreendimentos. Na mesma linha, Lordsleem (2000) define racionalização construtiva como todas aquelas ações que objetivam otimizar o uso dos recursos disponíveis na construção em todas as suas fases. Em outras palavras, seria a aplicação mais eficiente dos recursos em todas as atividades que se desenvolvem para a construção do edifício.

A Figura 4.8, apresenta um quadro (elaborado por Lordsleem (2000)) para a alvenaria de vedação racionalizada mas aplicável de forma direta na alvenaria estrutural) que resume as ações necessárias para a racionalização da produção da alvenaria. As obras que adotam a alvenaria estrutural tem como característica peculiar a adoção destas ações.

FIGURA 4.8 – Ações para a racionalização da produção da alvenaria (Lordsleen, 2000, p. 19).

Page 65: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

45

Para Franco (1992), a simplicidade do sistema em alvenaria

estrutural permite a imediata redução de custos. Esta simplicidade, aliada

aos conceitos de modulação e padronização confere ao sistema um

grande potencial de sucesso para a implantação da racionalização

construtiva, o que se obtém a partir da integração entre a etapa de projeto

e a fase de produção.

Modler (2000) enfoca o projeto em alvenaria estrutural como um

banco de informações que auxilia toda a organização das tarefas em

qualquer etapa que se encontre o empreendimento. Isto se torna mais

importante na medida que nas obras em alvenaria estrutural as etapas e

subsistemas da construção estão integradas e são executadas

simultaneamente.

Neste sentido, pode-se exemplificar da seguinte forma: ao mesmo

tempo que são a estrutura, as paredes de alvenaria constituem os

elementos de vedação e nelas estão embutidos os eletrodutos da

instalação elétrica. A colocação dos eletrodutos se processa de maneira

simultânea ao assentamento dos blocos de alvenaria. O processo é

diferente do convencional, onde, após a execução da estrutura e

posteriormente da vedação, são abertos rasgos na alvenaria de vedação

para a colocação dos eletrodutos, o que, além de gerar entulho, gera re-

trabalho e significativo acréscimo do custo da obra.

No trabalho já mencionado, Modler (2000) define como disciplinas

as partes constituintes do projeto de alvenaria estrutural que apresentam

as soluções adotadas para cada subsistema existente. Desta forma, o

projeto coordenado de alvenaria estrutural é o documento gráfico-

descritivo que contém as informações necessárias à execução de todos

os serviços relativos à construção de edifícios por este sistema

construtivo. A Figura 4.9 representa o fluxo de informações no Projeto

Coordenado de Alvenaria Estrutural, como concebido por Modler (2000).

Page 66: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

46

FIGURA 4.9 – Fluxo de informações no projeto coordenado de alvenaria

estrutural (Modler, 2000, p. 81).

Nas edificações em alvenaria estrutural todos os detalhes e

interferências entre os subsistemas são definidos e resolvidos na fase de

projeto, permitindo a execução sem a necessidade de tomadas de

decisão de última hora, na obra.

Page 67: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

47

Apresenta-se a seguir um roteiro referencial para o

desenvolvimento do projeto arquitetônico no sistema construtivo em

alvenaria estrutural, conforme apresentado por Roman (1999):

● Conhecer os condicionantes do projeto;

● Procurar o máximo de simetria entre as paredes estruturais;

● Compatibilizar os vãos com o tipo de abertura a ser utilizada;

● Dispor os shafts e considerar espaços para a passagem de

tubulações, analisando as paredes que podem ser utilizadas

somente como vedação;

● Desenhar a primeira e a segunda fiadas;

● Fazer a planta de elevação de todas as paredes, inclusive as

rebatidas;

● Apresentar detalhes de amarração;

● Detalhar vergas, contravergas, portas e janelas;

● Detalhar pontos grauteados;

● Apresentar os apoios das lajes, principalmente no último

pavimento;

● Participar da troca de informações com os demais projetistas

(estrutural, de instalações e outros).

4.5 Concepção estrutural básica

As decisões relacionadas à estrutura de uma edificação devem

buscar uma adequada disposição dos elementos resistentes,

devidamente interligados, de forma a gerar um conjunto suficientemente

resistente e rígido para suportar, sem grandes deformações, os esforços

provenientes de cargas permanentes e acidentais a que estará

submetido. No sistema construtivo em alvenaria estrutural a rigidez do

conjunto é garantida pela disposição e interligação dos elementos

resistentes básicos: paredes e lajes.

Page 68: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

48

Para edificações residenciais em alvenaria estrutural, as principais cargas que atuam nas paredes resistentes são as ações das lajes e o peso próprio da parede. O peso próprio das paredes está relacionado ao peso específico da alvenaria adotada (tipo de bloco, existência ou não de vazados grauteados), altura e espessura da mesma. As principais cargas que atuam nas lajes de edifícios residenciais podem ser divididas em cargas permanentes e cargas variáveis. O tipo de laje adotado é um fator determinante para a distribuição das cargas nas paredes. As lajes maciças, armadas em duas direções, geram uma distribuição de carga em todas as paredes de apoio. Para o caso de lajes pré-moldadas ou armadas em uma só direção, a carga será distribuída apenas nas paredes que servem de apoio. Um aspecto importante a ser considerado diz respeito à interação existente entre as paredes de alvenaria e ao “espalhamento”, ao longo da altura da parede, de cargas aplicadas apenas sobre uma parte do comprimento desta parede. A NBR 10837/1989 prescreve que este espalhamento se dá segundo um ângulo de 45°. Segundo Ramalho & Corrêa (2003), se este espalhamento se dá em paredes planas, é de se supor que o mesmo ocorra também em cantos e bordas, principalmente quando estes cantos apresentam amarração através do entrecruzamento de blocos (juntas em amarração). O espalhamento a que se referem os autores só é garantido quando se desenvolverem forças de interação nos cantos e bordas. A interação entre os cantos e bordas de paredes de alvenaria permite a suposição de que ocorra o espalhamento das cargas e a conseqüente uniformização das mesmas, ao longo da altura das paredes. A uniformização das cargas ao longo da altura permite a adoção de blocos com resistência menor sem prejuízo à segurança da edificação, quando as condições de interação são garantidas. Ramalho & Corrêa (2003) apresentam as providências construtivas que contribuem para a existência de forças de interação elevadas e, portanto, para uma maior uniformização das cargas verticais, sendo que a primeira característica apresentada é a mais importante:

Page 69: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

49

● Amarração das paredes em cantos e bordas sem juntas a prumo; ● Existência de cintas sob a laje do pavimento e à meia altura; ● Pavimento em laje maciça. As Figuras 4.10 e 4.11 apresentam o espalhamento do

carregamento em paredes planas e cantos e a interação de paredes em um canto, respectivamente.

FIGURA 4.10 – Espalhamento do carregamento em paredes planas e cantos (Ramalho & Corrêa, 2003, p. 29).

FIGURA 4.11 – Interação de paredes em um canto (Ramalho & Corrêa, 2003, p. 29).

Page 70: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

50

A adoção de vergas e contravergas são características construtivas

que colaboram no sentido do aumento das forças de interação e

conseqüentemente da uniformização das cargas quando existirem

aberturas. Na Figura 4.12 observa-se a interação de paredes em região

de abertura (janela).

FIGURA 4.12 – Interação de paredes em região de vão de janela (Ramalho & Corrêa, 2003, p. 29).

Os procedimentos de distribuição de cargas verticais mais

indicados, de acordo com os autores citados anteriormente, são os

apresentados a seguir, salientando que não é objetivo deste trabalho

apresentar os procedimentos de cálculo e sim alertar para a necessidade

desta consideração:

● Paredes isoladas;

● Grupos isolados de paredes;

● Grupos de paredes com interação;

● Modelagem tridimensional com elementos finitos.

Page 71: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

51

4.6 Processo construtivo e detalhamento

4.6.1 Coordenação modular

Franco (1992) afirma que a facilidade com que se pode

implementar a coordenação dimensional em projetos de alvenaria

estrutural torna este sistema muito favorável à implantação de medidas de

racionalização construtiva. No mesmo trabalho o autor aponta a

coordenação dimensional como diretriz básica para a racionalização dos

processos construtivos.

A modulação é uma das premissas básicas quando se concebe

uma obra em alvenaria estrutural. A modulação da alvenaria está inserida

em um conceito mais amplo, aplicável a qualquer processo construtivo,

que é o conceito de Coordenação Modular da Construção. Este conceito

propõe a solução de todas as etapas da obra, do Projeto à Execução, de

forma a evitar desperdício de materiais, mão-de-obra e tempo.

A racionalização na alvenaria estrutural parte da padronização

dimensional do componente básico, que é o bloco de concreto ou o bloco

cerâmico. A partir do componente básico padronizado pode-se partir para

a modulação das paredes, tanto em planta como em elevação. Observa-

se que a definição do elemento padronizado é o ponto de partida para a

modulação e conseqüente racionalidade da obra e esta definição está

relacionada diretamente com a capacidade de fornecimento deste

elemento na região onde a mesma será construída.

O Quadro 4.1 apresenta as características dos blocos fornecidos

no mercado onde se insere este trabalho e referencia a malha básica para

a modulação a partir destes blocos. A coluna “dimensões padronizadas”

apresenta a largura, altura e comprimento do bloco considerado, nesta

ordem.

Page 72: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

52

QUADRO 4.1 – Dimensões modulares e malha básica para modulação a partir das dimensões dos blocos

Modler (2000) apresenta alguns passos práticos que, de maneira

geral, devem ser seguidos para a elaboração da modulação do projeto

arquitetônico em alvenaria estrutural.

• Definição das medidas modulares “M” e “M/2” – definidas a partir

do comprimento nominal do bloco padrão utilizado.

• Elaboração de anteprojeto arquitetônico considerando as

dimensões internas dos compartimentos como múltiplas de M/2.

• Fazer o lançamento da primeira fiada de blocos sobre o

anteprojeto.

• Efetuar ajustes de dimensões e lançar a segunda fiada.

O passo seguinte é, a partir da modulação da primeira fiada, a

produção das elevações das paredes, onde serão indicadas as posições

de aberturas, vergas, contravergas, posição da armadura construtiva e

grauteamento, posição de caixas das instalações elétricas e todas as

demais informações necessárias para o perfeito entendimento, por parte

do pedreiro, do elemento que ele estará produzindo (a parede).

O que Modler (2000) chama de comprimento nominal, neste

trabalho chamaremos de comprimento modular, assim como chamaremos

de largura modular e altura modular as outras dimensão do bloco. Adota-

se esta nomenclatura para as dimensões dos blocos em virtude das

Page 73: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

53

normas atuais de especificação de blocos de concreto e cerâmicos

apresentarem nomenclatura divergente. Exemplificando, para o bloco do

tipo 1 do Quadro 4.1, teremos:

● Dimensão modular: largura = 15cm e comprimento=30cm;

● M = 15cm e M/2 = 15cm (critério descrito por Modler (2000);

● Malha básica para a modulação = 15cm.

A Figura 4.13 exemplifica o projeto de elevação de uma parede e a

Figura 4.14 apresenta um detalhe da planta de 1° fiada do edifício-

exemplo.

FIGURA 4.13 – Exemplo de projeto de elevação de parede do edifício-exemplo.

Page 74: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

54

FIGURA 4.14 – Detalhe da planta de primeira fiada do edifício-exemplo, para o pavimento tipo.

4.6.2 Amarrações das paredes

As amarrações entre as paredes são pontos essenciais para um

perfeito comportamento da estrutura em alvenaria estrutural e devem ser

Page 75: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

55

resolvidas na fase de modulação. A interação necessária para a

uniformização das cargas, apresentada no item 4.5, só é garantida com a

eficiência das amarrações.

A amarração das paredes pode ser executada basicamente de

duas maneira, segundo Ramalho & Corrêa (2003):

● Amarração direta, que é aquela obtida através do

intertravamento dos blocos, quando 50 % deles penetram

alternadamente na parede interceptada;

● Amarração indireta, que é aquela obtida por meio da colocação

de armaduras nas juntas de argamassa, com um ângulo de 90°,

que pode ser efetuado através de barras de aço dobradas,

armadura industrializada em forma de treliças ou grampos,

chapas ou telas metálicas de resistência comprovada.

Apresenta-se a seguir alguns detalhes de amarração de cantos e

bordas, conforme sugerido por Ramalho & Corrêa (2003). Podem ocorrer

duas situações específicas. Em uma, a malha modular básica é igual à

largura modular do bloco utilizado (15cm ou 20cm). Na outra, tem-se a

largura modular do bloco utilizado menor que a malha modular básica (

largura modular do bloco igual a 15cm e malha modular básica igual a

20cm, por exemplo). No segundo caso, será necessária a utilização de

blocos especiais para a solução de cantos e bordas.

Para a primeira situação apresentada acima temos os detalhes de

amarração apresentados nas Figuras 4.15 a 4.17.

Page 76: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

56

FIGURA 4.15 – Canto com malha modular básica e largura modular do bloco iguais ((a) Ramalho & Corrêa, 2003, p. 19).

FIGURA 4.16 – Borda com malha modular básica e largura modular do bloco iguais, utilizando bloco especial de três módulos ((a) Ramalho & Corrêa, 2003, p. 19).

Page 77: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

57

FIGURA 4.17 – Canto com malha modular básica e largura modular do bloco iguais, amarrado sem a utilização de bloco especial de três módulos ((a) Ramalho & Côrrea, 2003, p. 19) .

Na adoção de blocos e malha modular diferentes, é necessária a

previsão de blocos especiais para a perfeita amarração dos cantos e

bordas. Para os cantos utiliza-se um bloco de comprimento igual a soma

da largura modular do bloco e uma dimensão da malha modular (M/2). No

caso de blocos de largura modular igual a 15cm e malha modular igual a

20cm, o bloco especial terá largura modular de 15cm e comprimento

modular de 35cm. Este bloco especial pode também ser utilizado para a

solução de amarração de bordas. As Figuras 4.18 e 4.19 apresentam a

situação descrita acima.

Page 78: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

58

FIGURA 4.18 – Canto com malha modular e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial para amarração ((a) Ramalho & Côrrea, 2003, p. 20).

FIGURA 4.19 – Borda com malha modular e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial ((a) Ramalho & Côrrea, 2003, p. 21).

Page 79: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

59

Para a amarração de bordas na situação apresentada acima, pode-

se também utilizar blocos especiais de três furos, com comprimento

nominal igual a soma da largura modular utilizada e duas vezes a malha

modular básica. Para o exemplo apresentado acima, com blocos de

largura modular de 15cm e malha modular de 20cm, teríamos um bloco

especial com comprimento modular de 55cm (=15cm + 2x20cm) e largura

de 15 cm. A Figura 4.20 apresenta o uso de bloco especial com três furos

e comprimento modular de 55cm.

FIGURA 4.20 – Borda com malha modular básica e largura modular do bloco

diferentes, utilizando bloco especial com três furos para amarração ((a) Ramalho & Côrrea, 2003, p.21).

4.6.3 Passagem das tubulações

Nas obras no sistema construtivo em alvenaria estrutural a

passagem de tubulações ocorre pelos vazados dos blocos ou shafts, o

que possibilita a inexistência de rasgos para o embutimento destas

tubulações. Desta forma, prevê-se a posição exata de cada eletroduto ou

tubulação hidráulica na fase de projeto e esta posição é registrada na

elevação da parede.

Page 80: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

60

A inexistência de rasgos para embutimento de tubulações

representa um importante ganho econômico, na medida em que evita o

desperdício de material e o retrabalho (decorrente da abertura de

canaletas e rasgos e posterior fechamento com argamassa), além de

possibilitar uma obra mais limpa.

A Figura 4.21 mostra um detalhe de instalações elétricas em obra

de alvenaria estrutural, onde pode-se observar a inexistência de rasgos,

uma vez que os eletrodutos estão embutidos nos vazados dos blocos . Na

Figura 4.22 observa-se detalhe de instalações hidrossanitárias em obra

de alvenaria estrutural.

FIGURA 4.21 – Detalhe de instalações elétricas em obra de alvenaria estrutural.

Page 81: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

61

FIGURA 4.22 – Detalhe de instalações hidrosanitárias em obra de alvenaria estrutural.

4.7 Caracterização do projeto do edifício-exemplo no sistema em alvenaria estrutural

Foram definidas cinco situações para o edifício-exemplo utilizando o sistema em alvenaria estrutural. Em todas as situações as considerações e levantamento de serviços e insumos basearam-se no lançamento da estrutura, considerações de carregamento e dimensionamento feitos originalmente para o edifício-exemplo, com as simplificações e adaptações necessárias. Escolheram-se as cinco tipologias apresentadas a seguir:

● Edifício-exemplo com 9 pavimentos tipo (edificação original), executado com blocos de concreto;

Page 82: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

62

● Edifício-exemplo com 8 pavimentos tipo, executados com blocos de concreto, sobre pilotis em concreto armado;

● Edifício-exemplo com 4 pavimentos tipo, executado com blocos de concreto;

● Edifício-exemplo com 4 pavimentos tipo, executado com blocos cerâmicos;

● Edifício-exemplo com 3 pavimentos tipo, executados com blocos de concreto, sobre pilotis em concreto armado.

Para as situações consideradas definiram-se os seguintes parâmetros de cálculo:

● A resistência do concreto, para lajes e, no caso da existência de pilotis, para lajes, vigas e pilares, foi definida como fck = 18 MPa, considerando-se o fornecimento do concreto usinado;

● Uso de aço CA-60 e CA-50 para as armaduras das lajes e para armaduras construtivas utilizadas nas paredes;

● Uso de fôrmas convencionais de madeira, utilizando compensado resinado de 12 mm de espessura, com 3 utilizações, para lajes e, no caso da existência de pilotis, para lajes, vigas e pilares;

● Alvenaria estrutural executada com blocos de concreto ou blocos cerâmicos, com a resistência característica do bloco e argamassa definidas pelo número de pavimentos;

● Revestimentos interno e externo executados em massa única com argamassa industrializada;

Salienta-se que há a possibilidade de uso de outros sistemas de fôrmas e escoramento, disponíveis no mercado atualmente, que poderiam ser utilizados para a execução das lajes neste sistema, que não serão considerados neste estudo pelo caráter comparativo do mesmo, tendo em vista ter sido o sistema tradicional de fôrmas e de escoramento o considerado no caso do sistema em concreto armado.

Page 83: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

63

Os consumos considerados, índices e custos calculados, para as situações em alvenaria estrutural, são apresentados no Capítulo 6.

A Figura 4.23 apresenta um detalhe das características do projeto de fôrmas para as vigas de transição (primeiro pavimento = pilotis) da situação para alvenaria estrutural com 8 pavimentos sobre pilotis.

FIGURA 4.23 – Detalhe da fôrma do primeiro pavimento (pilotis) para o edifício-exemplo em alvenaria estrutural com 9 pavimentos.

Page 84: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

64

4.8 Caracterização do projeto do edifício-exemplo em alvenaria resistente

Optou-se pela consideração desta tipologia construtiva pelo uso

comum da mesma em obras de várias regiões do país. Foi definida uma

situação do edifício-exemplo utilizando este sistema, considerando a

edificação com 4 pavimentos. Não há um procedimento de cálculo

racional adotado para este tipo de edificação, definindo-se a adoção de

três pavimentos executados com tijolos maciços e um pavimento (o

último) executado com blocos cerâmicos vazados (furos na horizontal).

As considerações básicas adotadas foram as seguintes:

● A resistência do concreto, para lajes, foi definida como fck = 18

MPa, considerando-se o fornecimento do concreto usinado;

● Uso de aço CA-60 e CA-50 para as armaduras das lajes e para

armaduras construtivas utilizadas nas paredes (vergas,

contravergas e cintas);

● Uso de fôrmas convencionais de madeira, utilizando

compensado resinado de 12mm de espessura, com 3

utilizações, para lajes;

● Revestimentos interno e externo executados em massa única

com argamassa industrializada;

Os consumos considerados, índices e custos calculados, para a

situação apresentada acima, são apresentados no Capítulo 6.

Na Figura 4.24 observa-se o exemplo de uma obra executada em

alvenaria, com os três primeiros pavimentos sendo executados com tijolos

maciços.

Page 85: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

65

FIGURA 4.24 – Três pavimentos executados de uma obra em alvenaria resistente.

Page 86: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

55 MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO

5.1 Considerações gerais

Este trabalho desenvolveu-se de acordo com as três etapas

básicas apresentadas a seguir:

● Primeira: a partir do edifício-exemplo, foram definidos os

sistemas construtivos e escolhidas as tipologias construtivas e

subsistemas que deveriam ser objeto do estudo, definindo-se

um conjunto de parâmetros (Índices), representativos do custo

total da edificação, que permitissem a avaliação do custo

unitário e a conseqüente possibilidade de comparação destes

diversos custos unitários para os sistemas e as tipologias

construtivas adotadas;

● Segunda: calculou-se, para os sistemas e as tipologias

construtivas adotadas, os quantitativos de serviços e insumos

formadores dos parâmetros (Índices) definidos para

comparação;

● Terceira: estudou-se comparativamente os custos dos

parâmetros (Índices) definidos na primeira etapa, com base nos

quantitativos encontrados na segunda, para os sistemas e as

tipologias construtivas escolhidas.

5.2 Tipologias construtivas adotadas

O sistema construtivo utilizando estrutura reticular em concreto

armado, denominado de sistema convencional em concreto armado, é o

Page 87: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

67

mais adotado, desde o início do século XX, na construção de edifícios.

Isto se deve, em grande parte, às características técnicas e avanços

atingidos pelos materiais utilizados, como o concreto e o aço. Os prédios

utilizando o sistema construtivo em alvenaria estrutural têm sido

projetados e construídos, no Brasil, a pouco mais de três décadas,

mesmo sendo o uso racional deste sistema construtivo adotado em outros

países a partir da década de 50 do século passado.

Para a proposta deste estudo definiu-se:

a) Sistema construtivo:

Sistema convencional em concreto armado;

Sistema em alvenaria estrutural;

Sistema misto alvenaria estrutural e concreto armado

(pilotis);

Alvenaria resistente.

b) Altura da edificação:

Edificação com 9 (nove) pavimentos;

Edificação com 4 (quatro) pavimentos.

c) Etapas consideradas (subsistemas):

Estrutura;

Vedação (considera-se além da vedação propriamente dita –

paredes – o graute e o aço no caso da alvenaria estrutural e a

abertura e posterior enchimento de rasgos para a passagem

de tubulação na alvenaria de vedação);

Revestimento.

d) Serviços e Insumos:

Concreto;

Aço;

Page 88: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

68

Fôrmas;

Alvenaria (parede, aço e graute);

Rasgo e enchimento de canaletas na alvenaria, para

instalações;

Revestimento (reboco interno e externo).

O Quadro 5.1 apresenta um resumo das situações que serão

abordadas neste estudo.

QUADRO 5.1 – Tipologias adotadas para estudo

Identificação Sistema Estrutural Vedação Pav. Obs.

Situação 1 Concreto Armado Blocos vazados, furos na horizontal 9 -

Situação 2 Alvenaria Estrutural Blocos de concreto 9 -

Situação 3 Alvenaria

Estrutural / Concreto Armado

Blocos de concreto 8 + 1 Sobre pilotis

Situação 4 Concreto Armado Blocos vazados, furos na horizontal 4

-

Situação 5 Alvenaria Estrutural Bloco de concreto 4

-

Situação 6 Alvenaria Estrutural Bloco cerâmico 4

-

Situação 7 Alvenaria

Estrutural / Concreto Armado

Bloco de concreto 3 + 1 Sobre pilotis

Situação 8 Alvenaria Resistente

Tijolos maciços e Blocos vazados com furos na horizontal

4 -

Page 89: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

69

5.3 Parâmetros de comparação adotados

5.3.1 Critérios

Uma vez que se buscou uma análise comparativa, procurou-se

definir serviços e materiais que pudessem representar uma diferença

significativa entre os sistemas construtivos adotados.

Entre os sistemas construtivos em alvenaria estrutural e em

concreto armado, a diferença essencial encontra-se nos subsistemas

estrutura e vedação, podendo-se incluir o revestimento. Desta forma, para

o estudo comparativo definiram-se os subsistemas estrutura, vedação e

revestimento, uma vez que estas três etapas da obra (subsistemas) são

muito representativas no custo total da construção, podendo representar

percentuais que podem variar de 35% a até 50% do custo total da

mesma. A Tabela 5.1 apresenta percentuais do custo total da obra

representados pelos subsistemas estrutura, vedação e revestimento,

segundo alguns autores.

A escolha de um sistema construtivo que possibilite economia

nestas etapas representará um significativo ganho no custo total da obra.

Subsistemas como esquadrias, cobertura, pintura, impermeabilizações e

instalações (propriamente ditas) apresentam custos que não dependem

diretamente do sistema construtivo utilizado, e sim do tipo e padrão

escolhido, por isso não são abordados neste trabalho.

Page 90: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

70

TABELA 5.1 – Percentuais de custos dos subsistemas estrutura, vedação e revestimento em relação ao custo total de uma edificação, segundo alguns autores

Para o sistema construtivo em concreto armado pode-se considerar

os quantitativos e custos referentes ao concreto, aço e fôrmas (para lajes,

vigas e pilares) e os referentes à alvenaria de vedação e revestimento

(reboco interno e externo). Para o sistema construtivo em alvenaria

estrutural são considerados os quantitativos referentes às paredes

estruturais (alvenaria, graute e aço), às lajes (concreto, aço e fôrmas) e

revestimento (reboco interno e externo).

Todos os quantitativos são apresentados, para cada tipologia

adotada, referenciados ao metro quadrado de construção (do edifício-

exemplo), uma vez que se pretende apresentar um estudo comparativo

com base nos custos unitários, para os itens escolhidos.

Os parâmetros adotados para o estudo, que permitem a análise

comparativa dos custos para as tipologias construtivas escolhidas, são os

descritos nos itens a seguir.

Page 91: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

71

5.3.2 Índice de concreto (Ic)

É a razão entre o consumo total de concreto obtido no projeto

estrutural e a área real global da edificação, obtida segundo os critérios

da NBR 12721. Será calculado separadamente para lajes, vigas e pilares.

Ic = V (m³) / A (m²) (1)

5.3.3 Índice de aço (Ia)

É a razão entre o consumo total de aço utilizado na estrutura e a

área total do edifício. Será calculado separadamente para lajes, vigas e

pilares.

Ia = P (kg) / A (m²) (2)

5.3.4 Índice de fôrma (If)

É a razão entre a área de fôrmas medida no projeto estrutural e a

área total do edifício. Será calculado separadamente para lajes, vigas e

pilares.

If = AF (m²) / A (m²) (3)

5.3.5 Índice de paredes (Ip)

Corresponde ao quociente entre a área total de paredes, medida

em elevação, descontando-se os vão correspondentes a portas e janelas,

e a área total do edifício.

Ip = AP (m²) / A (m²) (4)

Page 92: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

72

5.3.6 Índice de graute (Ig)

É a razão entre o volume de graute consumido na alvenaria e a

área total do edifício. Este índice só é calculado para as tipologias em

alvenaria estrutural.

Ig = V (m³) / A (m²) (6)

5.3.7 Índice de aço na alvenaria (Iap)

É a razão entre o consumo total de aço utilizado nas paredes de

alvenaria e a área total do edifício. Será calculado para as tipologias em

alvenaria estrutural e alvenaria resistente.

Iap = P (kg) / A (m²) (7)

5.3.8 Índice de abertura e fechamento de rasgos na alvenaria para

instalações – Índice de rasgos (Ii)

É a razão entre o comprimento total de eletrodutos e canos da

instalação hidráulica e sanitária, em seus comprimentos dentro das

paredes de alvenaria, e a área total do edifício. Será calculado para as

tipologias em concreto armado e alvenaria resistente. Nas tipologias em

alvenaria estrutural os eletrodutos e tubulação hidráulica são colocados

dentro dos vazados dos blocos (ou shafts), não sendo necessária a

abertura de canaletas ou rasgos e posterior preenchimento, que é o que

se pretende mensurar com este índice.

Ii = L (m) / A (m²) (8)

Page 93: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

73

5.3.9 Índice de revestimento externo (Ire)

Corresponde ao quociente entre a área externa total de

revestimento, considerando-se uma espessura padrão de 2,5cm (dois

vírgula cinco centímetros), medida em elevação, descontando-se os vãos

correspondentes a portas e janelas, e a área total do edifício.

Ire = [espessura em obra(cm)/2,5 (cm)] x [Are (m²) / A (m²)] (9)

5.3.10 Índice de revestimento interno (Iri)

Corresponde ao quociente entre a área total de revestimento

interno, considerando-se uma espessura padrão de 1cm (um centímetro),

medida em elevação, descontando-se os vãos correspondentes a portas

e janelas, e a área total do edifício.

Iri = [espessura em obra(cm)/1 (cm)] x [Ari (m²) / A (m²)] (10)

5.4 Origem dos dados

Os consumos referentes aos índices apresentados em 5.3.2 a 5.3.8

foram obtidos através dos projetos desenvolvidos para o edifício-exemplo

em cada tipologia e sistema estrutural adotados.

Obtiveram-se consumos geradores dos índices apresentados em

5.3.9 e 5.3.10 da seguinte forma:

a) Para a alvenaria estrutural: espessura média de revestimento

interno e externo medida em obra (na execução do edifício-

exemplo);

Page 94: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

74

b) Para o concreto armado: espessura média obtida a partir de

estudo desenvolvido pelo NORIE (1998).

QUADRO 5.2 – Quadro resumo dos parâmetros (Índices) adotados para comparação

Tipologias onde o índice existe Índice Etapa Unidade

CA AE AE sobre pilotis AR Lajes m³/m²

Vigas m³/m² Ic

Pilares m³/m² Lajes kg/m²

Vigas kg/m² Ia Pilares kg/m² Lajes m²/m²

Vigas m²/m² If Pilares m²/m²

Ip Alvenaria m²/m²

Iap Alvenaria kg/m²

Ig Alvenaria m³/m²

Ii Alvenaria m/m²

CA: Concreto Armado/AE: Alvenaria Estrutural/AR: Alvenaria Resistente 5.5 Critérios para o cálculo do custo

Comparar custos é uma tarefa que apresenta um elevado grau de

complexidade, uma vez que o custo final de uma obra é influenciado por

inúmeras variáveis, complexas e de difícil caracterização.

Neste estudo optou-se por utilizar composições usuais para os

serviços considerados e, através do cálculo destas composições, definir-

se o custo unitário dos serviços e etapas objeto do estudo. As

composições consideram apenas os serviços propriamente dito,

Page 95: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

75

envolvidos diretamente na produção dos subsistemas estudados. Desta

forma, não se consideram os custos relacionados ao terreno da

edificação, remuneração de corretores e construtor, custos administrativos

da empresa construtora ou quaisquer outros não relacionados

diretamente com os serviços abordados neste estudo.

As composições adotadas, com pequenas adaptações, quando

necessário, foram obtidas de uma coletânea publicada periodicamente

por uma empresa especializada em custos, gerenciamento de obras e

serviços técnicos em engenharia – a PINI Sistemas. Estas composições

são apresentadas nas “Tabelas para Composições de Preços para

Orçamentos” - TCPO 2000 (PINI, 1999).

Os valores monetários referem-se a preços médios praticados em

março de 2003, mês em que o CUB/RS (Custo Unitário Básico calculado

pelo SINDUSCON/RS) correspondia a R$ 672,98 (seiscentos e setenta e

dois reais e noventa e oito centavos). Os preços médios dos insumos e

mão-de-obra considerados nas composições utilizadas foram aqueles

praticados no mercado local no período de realização do trabalho. Para

insumos não disponíveis no mercado local, foram utilizados os preços

médios obtidos através do banco de dados (via internet) da PINI Sistemas

(2003) que faz este levantamento para as principais capitais do país.

Fatores como tipo de material (condições de fornecimento, oferta

na região da obra, padrão de acabamento), tipo da mão-de-obra utilizada

(própria ou terceirizada), custos administrativos e impostos, interferem e

determinam diretamente o custo de uma edificação, e comparar-se o

custo de edificações sem parâmetros homogêneos não traria resultado

satisfatório. Por esta razão neste trabalho optou-se pelo uso do edifício-

exemplo, que foi descrito no item 1.3, o que permite chegar a custos

unitários, para cada situação estudada, passíveis de serem comparados

entre si por terem sido produzidos sob critérios semelhantes, dentro das

condições, simplificações e considerações apresentadas no decorrer do

trabalho e idênticos para todas as situações analisadas.

Page 96: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

76

Considerou-se que as condições do canteiro de obras, acesso e

fornecimento de materiais fossem semelhantes para todas as situações

estudadas.

Os índices apresentados neste trabalho permitem que qualquer

empresa, através de seus custos básicos, obtenha custos unitários

referentes aos sistemas estudados mais próximos de sua realidade, ou

seja, custos calculados a partir da apropriação de quantitativos de

produtividade e materiais obtidos pela empresa em obras por ela

executadas.

Os custos unitários calculados para as diversas situações criadas

neste estudo são válidos para o edifício-exemplo apresentado

anteriormente e dentro dos critérios e considerações discutidos neste

trabalho, servindo de referência inicial para a avaliação do custo de

empreendimentos com características semelhantes, observando-se as

ressalvas e simplificações necessárias, além das características próprias

de cada empresa.

O custo unitário final encontrado para cada situação estudada

corresponde a um custo orçado. Alguns fatores ou procedimentos que

podem trazer vantagem econômica para um dos sistemas construtivos

estudados, e que não foram considerados nas composições utilizadas,

serão descritos no item 6.4.

A Figura 5.1 representa graficamente a metodologia adotada para

a realização deste trabalho. Os índices calculados para os serviços

considerados, para os subsistemas escolhidos, multiplicados pelo custo

unitário de cada serviço, geram o custo total de 1,00 m² da edificação, ou

seja, o custo unitário total. Este custo unitário total calculado para o

edifício-exemplo, para cada uma das situações sugeridas, permite o

estudo comparativo a que este trabalho se propõe.

Page 97: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

77

FIGURA 5.1 – Os índices calculados para cada subsistema permitem o

cálculo do custo unitário do edifício-exemplo, para cada sistema estrutural escolhido e tipologia adotada.

Page 98: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

66 RREESSUULLTTAADDOO EE AANNÁÁLLIISSEE DDEE CCUUSSTTOOSS

6.1 Análise Comparativa de Custos

O objetivo deste trabalho é a análise comparativa de custos, para

os sistemas construtivos e tipologias adotadas. O custo unitário total para

cada uma das situações propostas é obtido através da soma dos custos

unitários de cada um dos serviços considerados multiplicados pelos

respectivos índices de consumo.

Os consumos encontrados e índices calculados para cada uma das

oito tipologias estudadas são apresentados no item 6.2. O item 6.3

apresenta o cálculo do custo unitário total para cada uma das situações

analisadas.

Os resultados encontrados através da metodologia adotada são

apresentados nos quadros a seguir. Nestes quadros apresenta-se o custo

nominal encontrado, em reais (R$), para a data de realização do estudo, e

o custo referencial, que é o quociente entre o custo unitário total da

situação analisada e o custo unitário total da situação referência. Adota-se

como situação de referência aquela que apresenta o menor custo unitário

total, separadamente para as situações com nove pavimentos e para as

situações com quatro pavimentos. A Tabela 6.1 apresenta o custo unitário

total, o custo referencial e a variação do custo referencial para as

situações com nove pavimentos (Situações 1, 2 e 3). A Tabela 6.2

apresenta as mesmas informações para as situações com quatro

pavimentos (Situações 4, 5, 6, 7 e 8). Os gráficos apresentados nas

Figuras 6.1 e 6.2 foram elaborados com base nos resultados (custo

Page 99: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

79

unitário total, para cada uma das oito situações, para os subsistemas

analisados) apresentados nas Tabelas 6.1 e 6.2.

TABELA 6.1 – Comparativo de custo para as situações com 9 pavimentos

Situação 1

Concreto armado, blocos vazados (furos na

horizontal), 9 pavimentos

22 AAllvveennaarriiaa eessttrruuttuurraall,, bbllooccooss ddee ccoonnccrreettoo,,

99 ppaavviimmeennttooss

3 Alvenaria estrutural,

blocos de concreto, sobre pilotis, 8+1 pavimentos

Custo em R$ R$ 196,18 RRSS 112244,,1144 R$ 133,24

Custo referencial 1,58 11,,0000 1,07

Variação + 58% RReeffeerrêênncciiaa + 7%

196,

18

124,

14

133,

24

0

50

100

150

200

Sit. 1 - Concreto armadoSit. 2 - Alvenaria estrutural sem pilotisSit. 3 - Alvenaria estrutural com pilotis

FIGURA 6.1 – Comparativo de custo para as situações com 9 pavimentos.

1,58

1,00

1,07

Page 100: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

80

TABELA 6.2 – Comparativo de custos para as situações com 4 pavimentos

Situação 4

CCoonnccrreettoo aarrmmaaddoo,, bbllooccooss vvaazzaaddooss

((ffuurrooss hhoorriizzoonnttaall)),, 44 ppaavviimmeennttooss

5 AAllvveennaarriiaa

eessttrruuttuurraall,, bbllooccooss ddee ccoonnccrreettoo,, 44 ppaavviimmeennttooss

66 AAllvveennaarriiaa

eessttrruuttuurraall,, bbllooccooss ddee cceerrââmmiiccaa,, 44 ppaavviimmeennttooss

7 AAllvveennaarriiaa eessttrruuttuurraall,, bbllooccooss ddee ccoonnccrreettoo,,

33++11 ppaavviimmeennttooss ssoobbrree ppiilloottiiss

8 AAllvveennaarriiaa rreessiisstteennttee,,

ttiijjoollooss mmaacciiççooss ee bbllooccooss vvaazzaaddooss ((ffuurrooss hhoorriizzoonnttaall))

44 ppaavviimmeennttooss

Custo em R$ R$ 181,20 R$ 121,69 RR$$ 111100,,1144 R$ 128,46 R$ 124,17

Custo referencial 1,65 1,10 11,,0000 1,17 1,13

Variação + 65% + 10% RReeffeerrêênncciiaa + 17% + 13%

181,

20

121,

69

110,

14

128,

46

124,

17

0

50

100

150

200

Concreto armadoAE sem pilotis bloco de concretoAE sem pilotis bloco cerâmicoAlvenaria estrutural com pilotisAlvenaria Resistente

FIGURA 6.2 – Comparativo de custos para as situações com 4 pavimentos.

1,65

1,10

1,00

1,17

1,13

Page 101: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

81

É importante salientar que as diferenças de custo unitário

observadas entre os sistemas construtivos e tipologias adotadas referem-

se apenas aos subsistemas estudados (estrutura, vedação e

revestimento), e não ao custo total da obra. A princípio, considera-se que

o custo dos outros subsistemas, não considerado neste estudo, será

idêntico ou muito semelhante para qualquer tipo de obra, quando adotado

o mesmo padrão de acabamento e materiais utilizados.

Pode-se exemplificar da seguinte forma, o custo unitário da

Situação 3 (alvenaria estrutura, blocos de concreto, sobre pilotis, 8+1

pavimentos) é 7% superior ao custo unitário da Situação 2 (alvenaria

estrutural, blocos de concreto, 9 pavimentos), mas isso não quer dizer que

a obra da Situação 3 será 7% mais cara do que a obra da Situação 2, e

sim que o custo unitário para os subsistemas estrutura, vedação e

revestimento será 7% maior. Assim, se estes subsistemas representarem

45% do custo total da obra, por exemplo, esta diferença de custo poderá

representar 3,15% de acréscimo da obra da Situação 3 em relação à obra

da Situação 2.

Da mesma forma, observa-se que o custo unitário total encontrado

para a Situação 4 (concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 4 pavimentos) é 58 % superior àquele encontrados para a

Situação 6 (alvenaria estrutural, blocos cerâmicos, 4 pavimentos). Isto

quer dizer que, para os subsistemas analisados (estrutura, vedação e

revestimento), o custo será 58 % superior para a Situação 6. Se estes

subsistemas representarem 45 % do custo total da obra, por exemplo,

esta diferença de custo poderá representar até 26,10 % de acréscimo no

custo total da mesma, comparando-se uma que adota alvenaria estrutural

(custo referencial 1,00) com outra que adota estrutura em concreto

armado (custo referencial = 1,58), para a situação analisada.

Nas Tabelas 6.3 e 6.4 apresentam-se, comparativamente, os custos encontrados para os serviços e insumos que compõe o custo unitário total do edifício-exemplo, para cada uma das situações

Page 102: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

82

analisadas. O custo apresentado nas tabelas é referencial. Para todos os serviços adota-se como uma unidade os custos da Situação 2 (alvenaria estrutural com blocos de concreto) para o caso do edifício-exemplo com 9 pavimentos e da Situação 6 (alvenaria estrutural com blocos cerâmicos) para o caso do edifício exemplo com 4 pavimentos.

TABELA 6.3 – Custo comparativo para os serviços e insumos que compõe o custo dos subsistemas analisados, para as situações com 9 pavimentos

Os percentuais apresentados nas Tabelas 6.3 e 6.4 indicam quanto

o custo de determinado serviço é superior ou inferior em relação ao custo

referencial.

Page 103: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

83

TABELA 6.4 – Custo comparativo para os serviços e insumos que compõe o custo dos subsistemas analisados, para as situações com 4 pavimentos

Analisando a Tabela 6.3 e tomando como exemplo o custo do

subsistema Estrutura da Situação 1, observa-se que o mesmo apresenta

um custo unitário 159% superior ao custo unitário do subsistema Estrutura

encontrado para a Situação 2 (referência). O custo unitário do concreto

para a Estrutura da Situação 1 é 102% superior ao custo unitário

referencial para este serviço (custo unitário do concreto para a Estrutura

da Situação 2, que é a referência). Por outro lado, o custo unitário do

subsistema Vedação para a Situação 1 é 28% inferior ao custo unitário do

subsistema Vedação da Situação 2 (referência).

Page 104: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

84

O raciocínio descrito no parágrafo anterior pode ser estendido para

todas as situações, subsistemas e serviços considerados, e permite a

análise dos serviços e subsistemas onde houve acréscimo ou redução do

custo unitário em relação à situação de referência.

6.2 Cálculo dos Consumos e Índices 6.2.1 Considerações iniciais

Nos itens 6.2.2 a 6.2.9 são apresentados, para cada uma das

situações estudadas, os consumos encontrados e índices calculados. Os

consumos, encontrados a partir do edifício-exemplo para cada uma das

situações analisadas, são apresentados separadamente para os

subsistemas estrutura, vedação e revestimento.

Para o subsistema estrutura apresentam-se os consumos de

concreto (m³), aço (kg) e fôrmas (m²), separadamente, para as lajes, vigas

e pilares. Para o subsistema vedação são apresentados os consumos de

alvenaria (m²), aço (kg) e graute (m²) e o comprimento total de rasgos

necessários para a colocação de eletrodutos nas paredes (m). Para o

subsistema revestimento apresenta-se, tanto para o revestimento interno

como para o revestimento externo, a espessura média considerada e a

área total de revestimento considerada (m²).

A partir dos consumos descritos acima, de acordo com os critérios

estabelecidos no Capítulo 5, calculam-se os Índices para cada uma das

oito situações analisadas. Estes Índices também são apresentados nos

itens 6.2.2 a 6.2.9.

O item 6.2.10 apresenta o quadro resumo dos Índices calculados e

gráficos que relacionam estes Índices para cada uma das situações,

subsistemas e serviços considerados. No item 6.2.11 discorre-se sobre a

verificação de parte dos índices encontrados neste trabalho.

Page 105: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

85

6.2.2 Situação 1: Concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 9 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 1. A área total considerada é de 3138,93 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ Kg m² Lajes 220,20 5551,00 2613,00 Vigas 127,00 10925,00 2088,00 Pilares 96,90 17359,00 1383,00 Total 444,10 33835,00 6084,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² Kg m³ Paredes 5400,52 0,00 0,00 Instalações Comprimento de rasgos (m) 2979,00

Área total Revestimento Espessura média Cm m²

Interno 2,06 7681,41 Externo 2,73 2275,83

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² Kg/m² m²/m²

Lajes 0,0702 1,7684 0,8324 Vigas 0,0405 3,4805 0,6652 Pilares 0,0309 5,5302 0,4406

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² Kg/m² m³/m² Paredes 1,7205 0,0000 0,0000 Rasgos m/m² 0,9490

Revestimento Interno m²/m² 5,0411 Externo m²/m² 0,7917

Page 106: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

86

6.2.3 Situação 2: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, 9 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 2. A área total considerada é de 3138,93 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ kg m² Lajes 220,20 5551,00 2613,00 Vigas 0,00 0,00 0,00 Pilares 0,00 0,00 0,00 Total 220,20 5551,00 2613,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² kg m³ Paredes 5791,09 6142,32 182,67 Instalações Comprimento de rasgos (m) 0,00

Área total Revestimento Espessura média cm m²

Interno 0,89 7681,41 Externo 2,50 2275,83

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² kg/m² m²/m²

Lajes 0,0702 1,7684 0,8324 Vigas 0,0000 0,0000 0,0000 Pilares 0,0000 0,0000 0,0000

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,8449 1,9568 0,0582 Rasgos m/m² 0,0000

Revestimento Interno m²/m² 2,1780 Externo m²/m² 0,7250

Page 107: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

87

6.2.4 Situação 3: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

8+1 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 3. A área total considerada é de 3138,93 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ Kg m² Lajes 220,20 5551,00 2613,00 Vigas 35,60 5632,00 417,00 Pilares 15,90 3634,00 208,00 Total 271,70 14817,00 3238,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² Kg m³ Paredes 5147,63 5459,84 166,44 Instalações Comprimento de rasgos (m) 0,00

Área total Revestimento Espessura média cm m²

Interno 0,89 6827,92 Externo 2,50 2022,96

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² kg/m² m²/m²

Lajes 0,0702 1,7684 0,8324 Vigas 0,0113 1,7942 0,1328 Pilares 0,0051 1,1577 0,0663

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,6399 1,7394 0,0530 Rasgos m/m² 0,0000

Revestimento Interno m²/m² 1,9360 Externo m²/m² 0,6445

Page 108: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

88

6.2.5 Situação 4: Concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 4 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 4. A área total considerada é de 1395,08 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ kg m² Lajes 97,30 2474,00 1164,00 Vigas 56,30 4076,00 921,00 Pilares 27,90 3604,00 472,00 Total 181,50 10154,00 2557,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² kg m³ Paredes 2400,23 0,00 0,00 Instalações Comprimento de rasgos (m) 1324,00

Área total Revestimento Espessura média cm m²

Interno 2,06 3413,96 Externo 2,73 1011,48

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² Kg/m² m²/m²

Lajes 0,0697 1,7734 0,8344 Vigas 0,0404 2,9217 0,6602 Pilares 0,0200 2,5834 0,3383

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,7205 0,0000 0,0000 Rasgos m/m² 0,9490

Revestimento Interno m²/m² 5,0411 Externo m²/m² 0,7917

Page 109: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

89

6.2.6 Situação 5: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, 4 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 5. A área total considerada é de 1395,08 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ Kg m² Lajes 97,30 2474,00 1164,00 Vigas 0,00 0,00 0,00 Pilares 0,00 0,00 0,00 Total 97,30 2474,00 1164,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² Kg m³ Paredes 2573,82 2729,84 64,92 Instalações Comprimento de rasgos (m) 0,00

Área total Revestimento Espessura média cm m²

Interno 0,89 3413,96 Externo 2,50 1011,48 ÍNDICES

Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² Kg/m² m²/m² Lajes 0,0697 1,7734 0,8344 Vigas 0,0000 0,0000 0,0000 Pilares 0,0000 0,0000 0,0000

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,8449 1,9568 0,0465 Rasgos m/m² 0,0000

Revestimento Interno m²/m² 2,1780 Externo m²/m² 0,7250

Page 110: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

90

6.2.7 Situação 6: Alvenaria estrutural, blocos cerâmicos, 4 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 6. A área total considerada é de 1395,08 m².

CONSUMO Estrutura Concreto Aço Área de Fôrmas m³ kg m² Lajes 97,30 2474,00 1164,00 Vigas 0,00 0,00 0,00 Pilares 0,00 0,00 0,00 Total 97,30 2474,00 1164,00 Vedação Alvenaria Aço Graute m² Kg m³ Paredes 2573,82 2729,84 64,92 Instalações Comprimento de rasgos (m) 0,00 Revestimento Área total

Espessura média cm m²

Interno 0,89 3413,96 Externo 2,50 1011,48

ÍNDICES

Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² kg/m² m²/m² Lajes 0,0697 1,7734 0,8344 Vigas 0,0000 0,0000 0,0000 Pilares 0,0000 0,0000 0,0000

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,8449 1,9568 0,0465 Rasgos m/m² 0,0000

Revestimento Interno m²/m² 2,1780 Externo m²/m² 0,7250

Page 111: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

91

6.2.8 Situação 7: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

3+1 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 7. A área total considerada é de 1395,08 m².

CONSUMO

Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ kg m² Lajes 96,87 2473,00 1155,00 Vigas 25,00 3627,00 316,00 Pilares 9,20 1839,00 149,00 Total 131,07 7939,00 1620,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² kg m³ Paredes 1930,36 2047,38 48,69 Instalações Comprimento de rasgos (m) 0,00

Área total Revestimento Espessura média cm m²

Interno 0,89 2560,47 Externo 2,50 758,61

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² Kg/m² m²/m²

Lajes 0,0694 1,7727 0,8279 Vigas 0,0179 2,5999 0,2265 Pilares 0,0066 1,3182 0,1068

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,3837 1,4676 0,0349 Rasgos m/m² 0,0000

Revestimento Interno m²/m² 1,6335 Externo m²/m² 0,5438

Page 112: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

92

6.2.9 Situação 8: Alvenaria resistente, tijolos maciços e blocos vazados

com furos na horizontal, 4 pavimentos

Apresenta-se neste item o levantamento de consumo e cálculo dos

índices para a Situação 8. A área total considerada é de 1395,08 m².

CONSUMO Concreto Aço Área de Fôrmas Estrutura m³ kg m²

Lajes 97,30 2474,00 1164,00 Vigas 0,00 0,00 0,00 Pilares 0,00 0,00 0,00 Total 97,30 2474,00 1164,00

Alvenaria Aço Graute Vedação m² kg m³ Paredes 2573,82 0,00 0,00 Instalações Comprimento de rasgos (m) 1324,00

Espessura média Área total Revestimento cm m² Interno 2,06 3413,96 Externo 2,73 1011,48

ÍNDICES Concreto Aço Formas Estrutura m³/m² Kg/m² m²/m²

Lajes 0,0697 1,7734 0,8344 Vigas 0,0000 0,0000 0,0000 Pilares 0,0000 0,0000 0,0000

Alvenaria Aço Graute Vedação m²/m² kg/m² m³/m² Paredes 1,8449 0,0000 0,0000 Rasgos m/m² 0,9490

Revestimento Interno m²/m² 5,0411 Externo m²/m² 0,7917

Page 113: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

93

6.2.10 Análise comparativa dos índices calculados

A Tabela 6.5 relaciona os índices encontrados para os dois

sistemas construtivos e todas as tipologias analisadas, considerando cada

um dos subsistemas estudados (estrutura, vedação e revestimento).

TABELA 6.5 – Índices encontrados para os dois sistemas construtivos e

todas as tipologias analisadas, para cada um dos subsistemas estudados.

As Figuras 6.3 a 6.11 apresentam gráficos comparativos do

consumo (índice calculado) para cada um dos subsistemas e cada uma

das situações analisadas. Estes gráficos permitem a análise da variação

de cada índice, comparativamente, para cada um dos subsistemas

estudados e tipologias adotadas.

Page 114: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

94

FIGURA 6.3 – Índice unitário de concreto para o subsistema estrutura para cada uma das oito situações analisadas

.

FIGURA 6.4 – Índice unitário de aço para o subsistema estrutura para cada uma das oito situações analisadas.

1,9382

0,8324

1,0316

1,8329

0,8344

0,8344

1,1612

0,8344

-0,20 0,10 0,40 0,70 1,00 1,30 1,60 1,90 2,20

1

2

3

4

5

6

7

8

Situ

açõe

s

Aço - Ia

Ip 1,9382 0,8324 1,0316 1,8329 0,8344 0,8344 1,1612 0,83441 2 3 4 5 6 7 8

0,1415

0,0702

0,0866

0,1301

0,0697

0,0697

0,0940

0,0697

0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16

1

2

3

4

5

6

7

8Si

tuaç

ões

Concreto - Ic

Ip 0,1415 0,0702 0,0866 0,1301 0,0697 0,0697 0,0940 0,06971 2 3 4 5 6 7 8

Page 115: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

95

FIGURA 6.5 – Índice unitário de fôrmas para o subsistema estrutura para cada uma das oito situações analisadas.

FIGURA 6.6 – Índice unitário de paredes para o subsistema vedação para cada uma das oito situações analisadas.

1,9382

0,8324

1,0316

1,8329

0,8344

0,8344

1,1612

0,8344

-0,20 0,10 0,40 0,70 1,00 1,30 1,60 1,90 2,20

1

2

3

4

5

6

7

8

Situ

açõe

sFôrmas - If

Ip 1,9382 0,8324 1,0316 1,8329 0,8344 0,8344 1,1612 0,83441 2 3 4 5 6 7 8

1,7205

1,8449

1,6399

1,7205

1,8449

1,8449

1,3837

1,8449

0,00 0,30 0,60 0,90 1,20 1,50 1,80 2,10

1

2

3

4

5

6

7

8

Situ

açõe

s

Paredes - Ip

Ip 1,7205 1,8449 1,6399 1,7205 1,8449 1,8449 1,3837 1,84491 2 3 4 5 6 7 8

Page 116: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

96

FIGURA 6.7 – Índice unitário de aço (nas paredes) para o subsistema vedação para cada uma das oito situações analisadas.

FIGURA 6.8 – Índice unitário de graute para o subsistema vedação para cada uma das oito situações analisadas.

0,0000

1,9568

1,7394

0,0000

1,9568

1,9568

1,4676

0,9947

0,00 0,30 0,60 0,90 1,20 1,50 1,80 2,10

1

2

3

4

5

6

7

8Si

tuaç

ões

Aço - Iap

Iap 0,0000 1,9568 1,7394 0,0000 1,9568 1,9568 1,4676 0,99471 2 3 4 5 6 7 8

0,0000

0,0582

0,0530

0,0000

0,0465

0,0465

0,0349

0,0000

0,00 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07

1

2

3

4

5

6

7

8

Situ

açõe

s

Graute - Ig

Ig 0,0000 0,0582 0,0530 0,0000 0,0465 0,0465 0,0349 0,00001 2 3 4 5 6 7 8

Page 117: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

97

FIGURA 6.9 – Índice unitário de rasgos (abertura e enchimento) para o subsistema vedação para cada uma das oito situações analisadas.

FIGURA 6.10 – Índice unitário de revestimento interno (subsistema revestimento) para cada uma das oito situações analisadas.

0,9490

0,0000

0,0000

0,9490

0,0000

0,0000

0,0000

0,9490

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20

1

2

3

4

5

6

7

8Si

tuaç

ões

Rasgos - Ii

Ii 0,9490 0,0000 0,0000 0,9490 0,0000 0,0000 0,0000 0,94901 2 3 4 5 6 7 8

5,0411

2,1780

1,9360

5,0411

2,1780

2,1780

1,6335

5,0411

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00

1

2

3

4

5

6

7

8

Situ

açõe

s

Revestimento Interno - Iri

Iri 5,0411 2,1780 1,9360 5,0411 2,1780 2,1780 1,6335 5,04111 2 3 4 5 6 7 8

Page 118: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

98

FIGURA 6.11 – Índice unitário de revestimento externo (subsistema revestimento) para cada uma das oito situações analisadas.

6.2.11 Verificação de parte dos índices encontrados

O Sistema de Indicadores de Qualidade e Produtividade para a

Construção Civil, desenvolvido pelo NORIE-UFRGS (1998), apresenta

alguns índices que permitem a verificação de parte dos índices

encontrados neste trabalho, para o edifício-exemplo.

A Tabela 6.6 apresenta os índices encontrados no trabalho do

NORIE (1998) e aqueles encontrados neste trabalho, para as situações

em que é válida a comparação.

0,7917

0,7250

0,6445

0,7917

0,7250

0,7250

0,5438

0,7917

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00

1

2

3

4

5

6

7

8Si

tuaç

ões

Revestimento Externo - Ire

Ire 0,7917 0,7250 0,6445 0,7917 0,7250 0,7250 0,5438 0,79171 2 3 4 5 6 7 8

Page 119: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

99

TABELA 6.6 – Índices encontrados no trabalho do NORIE e os encontrados neste trabalho

Verifica-se que os índices relacionados à estrutura de concreto

armado, encontrados no cálculo do edifício-exemplo, são muito

semelhantes aos índices médios encontrados no levantamento do NORIE

(1998) para o caso do edifício-exemplo com nove pavimentos. Estes

mesmos índices, para o edifício-exemplo com quatro pavimentos, são

inferiores àqueles encontrados no referido levantamento.

6.3 Análise de custos

6.3.1 Considerações iniciais

O procedimento adotado para o cálculo dos custos unitário

considerado em todas as situações foi descrito no Capítulo 5.

De acordo com a metodologia adotada, o serviço de concretagem

(concreto usinado, lançamento, adensamento e cura) pode ser

considerado com o custo idêntico para os diversos elementos estruturais

(lajes, vigas e pilares), em ambos os sistemas estruturais e em todas as

tipologias escolhidas. O custo do serviço é calculado por m³ de concreto.

Page 120: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

100

Para o serviço de armação de aço (corte, dobramento e colocação

na fôrma) foi considerado um custo ligeiramente inferior para o aço

utilizado nas lajes. A literatura indica uma maior produtividade da mão-de-

obra, por kg de aço, na produção da armadura da laje em relação a vigas

e pilares por tratar-se normalmente de aço de menor diâmetro. O custo do

serviço é calculado por kg de aço.

Para as fôrmas adotou-se um custo uniforme para a produção

(corte, montagem e desfôrma) para os diversos elementos estruturais

(lajes, vigas e pilares). O custo do serviço é calculado por m² de fôrma.

A alvenaria (estrutural com blocos de concreto, estrutural com

blocos cerâmicos, com tijolos maciços ou de vedação) apresenta um

custo diferenciado para cada situação analisada. Além da variação no

custo e quantidade de insumos, há uma grande variabilidade com relação

à mão-de-obra para a execução de cada tipo de alvenaria. Para o custo

unitário consideram-se as peculiaridades de cada caso. O custo do

serviço é calculado por m² de parede.

O custo do aço construtivo utilizado na alvenaria é inferior ao custo

do aço utilizado na estrutura de concreto, por não exigir dobras e

montagem, apenas a colocação, nos vazados dos blocos ou em

canaletas, de barras geralmente retas. O custo do serviço é calculado por

kg de aço.

O custo adotado para o graute leva em conta a produção e a

colocação nos vazados da alvenaria, onde houver a necessidade. O custo

do serviço refere-se ao m³ de graute.

No custo unitário considerado para as instalações (canaletas e

rasgos) contemplam-se a mão-de-obra para a abertura de rasgos nas

paredes de alvenaria e o material e mão-de-obra necessários para o

posterior enchimento destes rasgos com argamassa, após a colocação de

caixas elétricas, eletrodutos e canos hidráulicos. O custo do serviço é

Page 121: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

101

calculado por metro linear de rasgo na parede de alvenaria. O custo dos

eletrodutos, canos, e mão-de-obra para colocação específica dos mesmos

não é considerado. O custo destes materiais e mão-de-obra é

semelhante, independentemente do sistema estrutural adotado.

Para o revestimento considera-se um custo unitário para a

execução do serviço interno (espessura básica considerada de 1cm) e um

custo unitário para a execução do serviço externo (espessura básica

considerada de 2,5cm). A diferença do custo para cada sistema e

tipologia construtiva adotada é levada em conta a partir da espessura

média do revestimento, adotada para determinado sistema e tipologia. O

custo do serviço é tomado com base no m² de revestimento, considerando

uma espessura de 1cm para o revestimento interno e 2,5 cm para o

revestimento externo.

O cálculo do custo unitário do edifício exemplo, para os sistemas

estruturais e tipologias escolhidas, é apresentado nos itens 6.3.2 a 6.3.9,

a seguir. As tabelas apresentam, para as oito situações estudadas, o

índice e o custo unitário considerado para cada um dos serviços que

forma o custo unitário total do edifício-exemplo. Indica-se o custo unitário

total encontrado, em reais, na data da realização deste trabalho

(março/2003) e este mesmo custo referido ao CUB/RS, que correspondia

a R$ 672,98, nesta data.

Além das informações referentes ao cálculo do custo unitário,

apresentam-se três gráficos, para cada uma das oito situações, para a

perfeita avaliação do percentual de cada influência no custo final,

considerando-se os seguintes fatores:

● Custo percentual por subsistema considerado:

o Estrutura;

o Vedação;

Page 122: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

102

o Revestimento;

● Custo percentual por elemento considerado:

o Lajes;

o Vigas;

o Pilares;

o Paredes;

o Revestimentos;

● Custo percentual por serviço considerado:

o Concreto;

o Aço;

o Fôrmas;

o Alvenaria;

o Aço paredes;

o Graute;

o Reboco interno;

o Reboco externo;

o Rasgos (abertura e enchimento) para instalações.

Page 123: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

103

6.3.2 Situação 1: Concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 9 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.7 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 1. As Figuras 6.12 a 6.14 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 1.

TABELA 6.7 – Cálculo do custo unitário total para a Situação 1 C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0702 R$ 239,59 R$ 16,82 Vigas m³/m² 0,0405 R$ 239,59 R$ 9,70 Pilares m³/m² 0,0309 R$ 239,59 R$ 7,40

Sub-total R$ 33,93 AÇO Lajes kg/m² 1,7684 R$ 2,58 R$ 4,56 Vigas kg/m² 3,4805 R$ 2,60 R$ 9,05 Pilares kg/m² 5,5302 R$ 2,60 R$ 14,38

Sub-total R$ 27,99 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8324 R$ 29,67 R$ 24,70 Vigas m²/m² 0,6652 R$ 29,67 R$ 19,74 Pilares m²/m² 0,4406 R$ 29,67 R$ 13,07

Sub-total R$ 57,51 TOTAL ESTRUTURA R$ 119,42 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,7205 R$ 23,54 R$ 40,50 Aço kg/m² 0,0000 R$ 2,30 R$ - Graute m³/m² 0,0000 R$ 205,70 R$ - Rasgos m/m² 0,9490 R$ 3,08 R$ 2,92 TOTAL VEDAÇÃO R$ 43,42 REVESTIMENTO Interno m²/m² 5,0411 R$ 5,07 R$ 25,56 Externo m²/m² 0,7917 R$ 9,82 R$ 7,77 TOTAL REVESTIMENTO R$ 33,33

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 196,18 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,2915

Page 124: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

104

FIGURA 6.12 - Situação 1: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.13 – Situação 1: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.14 – Situação 1: custo percentual por serviço.

Estrutura61%

Vedação 22%

Revestimento17%

Laje23%

Viga20%

Pilar18%

Parede22%

Revestimento17%

Concreto17%

Aço14%

Fôrmas30%

Alv blocos21%

Aço paredes0%

Graute0%

Instalações1%

Reb interno13%

Reb externo4%

Page 125: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

105

6.3.3 Situação 2: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, 9 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.8 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 2. As Figuras 6.15 a 6.17 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 2.

TABELA 6.8 – Cálculo do custo unitário total para a Situação 2.

C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0702 R$ 239,59 R$ 16,82 Vigas m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ - Pilares m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ -

Sub-total R$ 16,82 AÇO Lajes kg/m² 1,7684 R$ 2,58 R$ 4,56 Vigas kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ - Pilares kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ -

Sub-total R$ 4,56 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8324 R$ 29,67 R$ 24,70 Vigas m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ - Pilares m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ -

Sub-total R$ 24,70 TOTAL ESTRUTURA R$ 46,08

VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,8449 R$ 23,54 R$ 43,43 Aço kg/m² 1,9568 R$ 2,30 R$ 4,50 Graute m³/m² 0,0582 R$ 205,70 R$ 11,97 Instalações m/m² 0,0000 R$ 3,08 R$ - TOTAL VEDAÇÃO R$ 59,90 REVESTIMENTO Interno m²/m² 2,1780 R$ 5,07 R$ 11,04 Externo m²/m² 0,7250 R$ 9,82 R$ 7,12 TOTAL REVESTIMENTO R$ 18,16

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 124,14 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,1844

Page 126: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

106

FIGURA 6.15 - Situação 2: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.16 – Situação 2: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.17 – Situação 2: custo percentual por serviço.

Estrutura37%

Vedação 48%

Revestimento15%

Parede48%

Revestimento15% Laje

37%

Fôrmas19%

Alv blocos34%

Concreto14% Aço

4%

Aço paredes4%

Graute10%

Reb interno9%

Reb externo6%

Page 127: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

107

6.3.4 Situação 3: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

8+1 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.9 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 3. As Figuras 6.18 a 6.20 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 3.

TABELA 6.9 – Cálculo do custo unitário total para a Situação 3. C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0702 R$ 239,59 R$ 16,82 Vigas m³/m² 0,0113 R$ 239,59 R$ 2,71 Pilares m³/m² 0,0051 R$ 239,59 R$ 1,22

Sub-total R$ 20,75 AÇO Lajes kg/m² 1,7684 R$ 2,58 R$ 4,56 Vigas kg/m² 1,7942 R$ 2,60 R$ 4,66 Pilares kg/m² 1,1577 R$ 2,60 R$ 3,01

Sub-total R$ 12,24 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8324 R$ 29,67 R$ 24,70 Vigas m²/m² 0,1328 R$ 29,67 R$ 3,94 Pilares m²/m² 0,0663 R$ 29,67 R$ 1,97

Sub-total R$ 30,60 TOTAL ESTRUTURA R$ 63,59 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,6399 R$ 23,54 R$ 38,60 Aço kg/m² 1,7394 R$ 2,30 R$ 4,00 Graute m³/m² 0,0530 R$ 205,70 R$ 10,90 Instalações m/m² 0,0000 R$ 3,08 R$ - TOTAL VEDAÇÃO R$ 53,51 REVESTIMENTO Interno m²/m² 1,936 R$ 5,07 R$ 9,82 Externo m²/m² 0,6445 R$ 9,82 R$ 6,33 TOTAL REVESTIMENTO R$ 16,14

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 133,24 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,1979

Page 128: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

108

FIGURA 6.18 - Situação 3: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.19 – Situação 3: custo percentual por elemento. FIGURA 6.20 – Situação 3: custo percentual por serviço.

Estrutura48%

Vedação 40%

Revestimento12%

Parede40%

Revestimento12% Laje

35%

Pilar5%

Viga8%

Fôrmas23%

Aço9%

Concreto16%

Reb externo5%

Reb interno7%

Graute8%

Instalações0%

Aço paredes3%

Alv blocos29%

Page 129: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

109

6.3.5 Situação 4: Concreto armado, blocos vazados com furos na

horizontal, 4 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.10 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 4. As Figuras 6.21 a 6.23 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 4.

TABELA 6.10 - Cálculo do custo total unitário para a Situação 4 C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0697 R$ 239,59 R$ 16,70 Vigas m³/m² 0,0404 R$ 239,59 R$ 9,68 Pilares m³/m² 0,0200 R$ 239,59 R$ 4,79

Sub-total R$ 31,17 AÇO Lajes kg/m² 1,7734 R$ 2,58 R$ 4,58 Vigas kg/m² 2,9217 R$ 2,60 R$ 7,60 Pilares kg/m² 2,5834 R$ 2,60 R$ 6,72

Sub-total R$ 18,89 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8344 R$ 29,67 R$ 24,76 Vigas m²/m² 0,6602 R$ 29,67 R$ 19,59 Pilares m²/m² 0,3383 R$ 29,67 R$ 10,04

Sub-total R$ 54,38 TOTAL ESTRUTURA R$ 104,44 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,7205 R$ 23,54 R$ 40,50 Aço kg/m² 0,0000 R$ 2,30 R$ - Graute m³/m² 0,0000 R$ 205,70 R$ - Instalações m/m² 0,9490 R$ 3,08 R$ 2,92 TOTAL VEDAÇÃO R$ 43,42 REVESTIMENTO Interno m²/m² 5,0411 R$ 5,07 R$ 25,56 Externo m²/m² 0,7917 R$ 9,82 R$ 7,77 TOTAL REVESTIMENTO R$ 33,33

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 181,20 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,2692

Page 130: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

110

FIGURA 6.21 – Situação 4: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.22 – Situação 4: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.23 – Situação 4: custo percentual por serviço.

Estrutura58%

Vedação 24%

Revestimento18%

Laje26%

Viga20%Pilar

12%

Parede24%

Revestimento18%

Concreto17%

Aço10%

Fôrmas31%

Aço paredes0%

Reb externo4%

Alv blocos22%

Graute0%

Instalações2% Reb interno

14%

Page 131: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

111

6.3.6 Situação 5: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, 4 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.11 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 5. As Figuras 6.24 a 6.26 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 5.

TABELA 6.11 - Cálculo do custo unitário total para a Situação 5. C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m²

CONCRETO Lajes m³/m² 0,0697 R$ 239,59 R$ 16,70 Vigas m³/m² 0 R$ 239,59 R$ - Pilares m³/m² 0 R$ 239,59 R$ - Sub-total R$ 16,70 AÇO Lajes kg/m² 1,7734 R$ 2,58 R$ 4,58 Vigas kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ - Pilares kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ - Sub-total R$ 4,58 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8344 R$ 29,67 R$ 24,76 Vigas m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ - Pilares m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ - Sub-total R$ 24,76 TOTAL ESTRUTURA R$ 46,03 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,8449 R$ 23,54 R$ 43,43 Aço kg/m² 1,9568 R$ 2,30 R$ 4,50 Graute m³/m² 0,0465 R$ 205,70 R$ 9,57 Instalações m/m² 0,0000 R$ 3,08 R$ - TOTAL VEDAÇÃO R$ 57,49 REVESTIMENTO Interno m²/m² 2,178 R$ 5,07 R$ 11,04 Externo m²/m² 0,725 R$ 9,82 R$ 7,12 TOTAL REVESTIMENTO R$ 18,16

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 121,69 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,1808

Page 132: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

112

FIGURA 6.24 – Situação 5: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.25 – Situação 5: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.26 – Situação 5: custo percentual por serviço.

Estrutura38%

Vedação 47%

Revestimento15%

Laje38%

Parede47%

Revestimento15%

Viga0%Pilar

0%

Alv blocos35%

Concreto14%

Fôrmas20%

Aço4%

Aço paredes4%

Graute8%

Instalações0% Reb interno

9%

Reb externo6%

Page 133: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

113

6.3.7 Situação 6: Alvenaria estrutural, blocos cerâmicos, 4 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.12 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 6. As Figuras 6.27 a 6.29 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 6.

TABELA 6.12 - Cálculo do custo unitário total para a Situação 6 C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0697 R$ 239,59 R$ 16,70 Vigas m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ - Pilares m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ -

Sub-total R$ 16,70 AÇO Lajes kg/m² 1,7734 R$ 2,58 R$ 4,58 Vigas kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ - Pilares kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ -

Sub-total R$ 4,58 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8344 R$ 29,67 R$ 24,76 Vigas m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ - Pilares m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ -

Sub-total R$ 24,76 TOTAL ESTRUTURA R$ 46,03 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,8449 R$ 17,28 R$ 31,88 Aço kg/m² 1,9568 R$ 2,30 R$ 4,50 Graute m³/m² 0,0465 R$ 205,70 R$ 9,57 Instalações m/m² 0,0000 R$ 3,08 R$ - TOTAL VEDAÇÃO R$ 45,95 REVESTIMENTO Interno m²/m² 2,178 R$ 5,07 R$ 11,04 Externo m²/m² 0,725 R$ 9,82 R$ 7,12 TOTAL REVESTIMENTO R$ 18,16

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 110,14 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,1636

Page 134: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

114

FIGURA 6.27 – Situação 6: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.28 – Situação 6: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.29 – Situação 6: custo percentual por serviço.

Revestimento16%

Estrutura42%

Vedação 42%

Parede42%

Revestimento16% Laje

42%

Viga0%

Pilar0%

Concreto15%

Aço4%

Fôrmas22%

Alv blocos30%

Aço paredes4%

Graute9%

Instalações0%

Reb interno10%

Reb externo6%

Page 135: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

115

6.3.8 Situação 7: Alvenaria estrutural, blocos de concreto, sobre pilotis,

3+1 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.13 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 7. As Figuras 6.30 a 6.32 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 7.

TABELA 6.13 – Cálculo do custo unitário total para a Situação 7. C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m² CONCRETO Lajes m³/m² 0,0694 R$ 239,59 R$ 16,63 Vigas m³/m² 0,0179 R$ 239,59 R$ 4,29 Pilares m³/m² 0,0066 R$ 239,59 R$ 1,58

Sub-total R$ 22,50 AÇO Lajes Kg/m² 1,7727 R$ 2,58 R$ 4,57 Vigas Kg/m² 2,5999 R$ 2,60 R$ 6,76 Pilares Kg/m² 1,3182 R$ 2,60 R$ 3,43

Sub-total R$ 14,76 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8279 R$ 29,67 R$ 24,56 Vigas m²/m² 0,2265 R$ 29,67 R$ 6,72 Pilares m²/m² 0,1068 R$ 29,67 R$ 3,17

Sub-total R$ 34,45 TOTAL ESTRUTURA R$ 71,71 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,3837 R$ 23,54 R$ 32,57 Aço kg/m² 1,4676 R$ 2,30 R$ 3,38 Graute m³/m² 0,0349 R$ 205,70 R$ 7,18 Instalações m/m² 0,0000 R$ 3,08 R$ - TOTAL VEDAÇÃO R$ 43,13 REVESTIMENTO Interno m²/m² 1,6335 R$ 5,07 R$ 8,28 Externo m²/m² 0,5438 R$ 9,82 R$ 5,34 TOTAL REVESTIMENTO R$ 13,62

CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 128,46 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIDO AO CUB 0,1908

Page 136: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

116

FIGURA 6. 30 - Situação 7: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.31 – Situação 7: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.32 - Situação 7: custo percentual por serviço.

Estrutura55%

Revestimento11%

Vedação 34%

Viga14%

Pilar6%

Parede34%

Laje35%

Revestimento11%

Aço11%

Alv blocos25%

Graute6%

Instalações0%

Aço paredes3%

Reb interno6%

Reb externo4%

Concreto18%

Fôrmas27%

Page 137: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

117

6.3.9 Situação 8: Alvenaria resistente, tijolos maciços e blocos vazados

com furos na horizontal, 4 pavimentos

Apresenta-se na Tabela 6.14 o cálculo do custo unitário total para a

Situação 8. As Figuras 6.33 a 6.35 apresentam gráficos relativos aos

custos percentuais calculados para Situação 8.

TABELA 6.14 - Cálculo do custo unitário total para a Situação 8 C. Total Unidade Índice C. Unitário R$/m²

CONCRETO Lajes m³/m² 0,0697 R$ 239,59 R$ 16,70 Vigas m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ - Pilares m³/m² 0,0000 R$ 239,59 R$ -

Sub-total R$ 16,70 AÇO Lajes kg/m² 1,7734 R$ 2,58 R$ 4,58 Vigas kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ - Pilares kg/m² 0,0000 R$ 2,60 R$ -

Sub-total R$ 4,58 FÔRMA Lajes m²/m² 0,8344 R$ 29,67 R$ 24,76 Vigas m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ - Pilares m²/m² 0,0000 R$ 29,67 R$ -

Sub-total R$ 24,76 TOTAL ESTRUTURA R$ 46,03 VEDAÇÃO Alvenaria m²/m² 1,8449 R$ 21,46 R$ 39,59 Aço kg/m² 0,9947 R$ 2,30 R$ 2,29 Graute m³/m² 0,0000 R$ 205,70 R$ - Instalações m/m² 0,9490 R$ 3,08 R$ 2,92 TOTAL VEDAÇÃO R$ 44,80 REVESTIMENTO Interno m²/m² 5,0411 R$ 5,07 R$ 25,56 Externo m²/m² 0,7917 R$ 9,82 R$ 7,77 TOTAL REVESTIMENTO R$ 33,33 CUSTO UNITÁRIO TOTAL R$ 124,17 CUSTO UNITÁRIO TOTAL REFERENCIADO AO CUB 0,1845

Page 138: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

118

FIGURA 6.33 – Situação 8: custo percentual por subsistema.

FIGURA 6.34 – Situação 8: custo percentual por elemento.

FIGURA 6.35 – Situação 8: custo percentual por serviço.

Revestimento27% Estrutura

37%

Vedação 36%

Laje37%

Parede36%

Revestimento27%

Viga0%

Pilar0%

Aço4%

Fôrmas20%

Alv blocos32%

Concreto13%

Reb externo6%Reb interno

21%

Aço paredes2%

Graute0%

Instalações2%

Page 139: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

119

6.4 Considerações complementares

Este trabalho buscou uma análise comparativa do aspecto custo

entre os sistemas construtivos e tipologias escolhidas. Aspectos

semelhantes nas situações específicas não foram considerados no custo

unitário de cada um dos sistemas, o que possibilita uma análise no

sentido de se definir pontos ou aspectos que poderiam gerar economia ou

acréscimo de custo para determinado sistema e tipologia. Faz-se a seguir

algumas considerações sobre estes aspectos.

As edificações no sistema em concreto armado normalmente

apresentam revestimento com maior número de cantos e recortes, em

comparação àquelas executadas no sistema em alvenaria estrutural, em

função da existência de pilares muitas vezes com largura maior do que a

largura das paredes. Usualmente a execução destes cantos é cobrada

utilizando-se uma medição linear. Neste trabalho considerou-se apenas a

área de elevação das paredes e a consideração destes cantos e recortes

acarretaria um acréscimo no custo unitário do item revestimento no

sistema construtivo em concreto armado.

A execução de rasgos e canaletas nas paredes de alvenaria gera

entulhos e a conseqüente necessidade de remoção dos mesmos. Neste

trabalho considerou-se apenas o custo de abertura dos rasgos e

preenchimento posterior com argamassa, nos casos onde isso ocorre. O

custo da remoção do entulho não foi considerado. A inexistência deste

entulho nas obras no sistema em alvenaria estrutural possibilita um ganho

econômico e permite maior facilidade na manutenção da limpeza da obra.

As situações consideradas com pilotis (no sistema em alvenaria

estrutural) apresentam um pequeno acréscimo no custo unitário frente às

opções ocupadas com pavimentos tipo até o solo, mas é importante

salientar que a área sob os pilotis (normalmente ocupada para garagens

ou vagas de estacionamento) tem um valor comercial inferior àquela dos

apartamentos. Esta opção torna-se importante quando não se tem espaço

Page 140: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

120

fora da projeção da edificação para a colocação das garagens, em

terrenos pequenos, por exemplo. Analisando-se o custo e pelas

características do sistema construtivo em alvenaria estrutural a adoção de

pavimento tipo desde o térreo seria a opção mais adequada.

Um aspecto importante a ser observado diz respeito á quantidade

de insumos envolvidos na produção dos subsistemas analisados.

Considerando-se o uso de mão-de-obra semelhante e adotando-se

índices de perda de materiais apresentadas na bibliografia existente,

pode-se concluir que, uma menor quantidade de insumos acarretará em

uma menor quantidade de material perdido e, conseqüentemente, o custo

relacionado à perdas será menor.

A quantidade de insumos necessários para a produção de

edificações no sistema em alvenaria estrutural é inferior àquela

necessária para edificações em concreto armado. Isto pode ser

claramente observado nos consumos e índices encontrados (Ver item 6.2

e Tabela 6.5). Assim sendo, pode-se concluir que obras em alvenaria

estrutural apresentarão uma economia quando comparadas a obras em

concreto armado, quando a análise for feita no sentido de mensurar o

custo da perda de insumos. A Tabela 6.15 apresenta a perda média de

materiais medida em trabalho do NORIE (1998), para alguns materiais

básicos.

Um aspecto que não também foi analisado neste trabalho diz

respeito ao subsistema fundações (infraestrutura), uma vez ser ele

diretamente afetado pelo sistema construtivo adotado. Enquanto o

sistema construtivo em concreto armado transmite cargas pontuais

(através dos pilares), no sistema construtivo em alvenaria estrutural as

cargas chegam distribuídas ao solo (através das paredes), o que acarreta

diferenças consideráveis nas fundações. Outro aspecto importante diz

respeito ao alívio de carga quando adotado o sistema em alvenaria

estrutural em relação ao concreto armado.

Page 141: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

121

TABELA 6.15 – Perdas médias encontradas em trabalho do NORIE (1998)

Material Perda (%)

Percentual sobre o total previsto inicialmente

Cimento 93,00 Concreto 9,00 Blocos cerâmicos 17,00 Areia 46,00 Argamassa 85,00 Tijolos maciços 23,00 Aço 17,00

Um aspecto que não também foi analisado neste trabalho diz

respeito ao subsistema fundações (infraestrutura), uma vez ser ele

diretamente afetado pelo sistema construtivo adotado. Enquanto o

sistema construtivo em concreto armado transmite cargas pontuais

(através dos pilares), no sistema construtivo em alvenaria estrutural as

cargas chegam distribuídas ao solo (através das paredes), o que acarreta

diferenças consideráveis nas fundações. Outro aspecto importante diz

respeito ao alívio de carga quando adotado o sistema em alvenaria

estrutural em relação ao concreto armado.

Page 142: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

77 CCOONNCCLLUUSSÃÃOO

Ao se avaliar custos de uma alternativa construtiva, além de

considerar aqueles referentes a consumos de serviços, materiais e mão

de obra, deve-se levar em conta todos os aspectos inerentes ao sistema

construtivo e à tipologia analisada, no que diz respeito a: tempo de

execução, disponibilidade de recursos e materiais na região e

disponibilidade de mão de obra.

O empreendedor ou projetista deve fazer uma análise completa de

todas as características e particularidades do empreendimento e, a partir

daí, juntamente com a análise do aspecto custo, decidir pelo sistema e

tipologia construtiva que melhor se adapta à situação.

As conclusões a que se chega neste trabalho dizem respeito aos

subsistemas analisados (estrutura, vedação e revestimento) para os

sistemas construtivos escolhidos (concreto armado e alvenaria estrutural)

e tipologias (9 pavimentos, 8 pavimentos mais pilotis, 4 pavimentos, 3

pavimentos mais pilotis) adotadas.

Para as tipologias construtivas com 4 pavimentos ou 3 pavimentos

mais pilotis conclui-se o que é apresentado a seguir.

A Situação 6 (sistema em alvenaria estrutural, 4 pavimentos, sem

pilotis, blocos cerâmicos) é aquela que apresenta o menor custo unitário

para os itens analisados.

A Situação 5 (sistema em alvenaria estrutural, 4 pavimentos, sem

pilotis, bloco de concreto) apresenta um custo unitário muito próximo ao

da Situação 8 (alvenaria resistente) e inferior aos das demais opções.

Tem custo 10% superior ao da Situação 6, que apresenta as mesmas

Page 143: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

características e mesmos índices, apenas porque o bloco cerâmico tem

custo inferior ao de concreto.

O custo unitário encontrado para a Situação 8 (alvenaria resistente,

4 pavimentos) foi superior ao encontrado para as tipologias em alvenaria

estrutural com o mesmo número de pavimentos (custo unitário 13%

superior ao custo unitário da Situação 6 e 2% ao da Situação 5). Isto se

deve basicamente ao maior custo unitário do revestimento, uma vez que o

custo da vedação é inferior.

A Situação 7 (sistema em alvenaria estrutural, 3 pavimentos sobre

pilotis, bloco de concreto) apresenta um custo unitário 5,5% superior ao

encontrado para a mesma tipologia construtiva sem pilotis (Situação 5). A

opção da utilização de pilotis é importante quando há a necessidade de

vagas de estacionamento e o terreno não permite a colocação das

mesmas fora da projeção da edificação.

A Situação 4 (sistema em concreto armado, 4 pavimentos)

apresenta o maior custo unitário para as opções com 4 pavimentos,

considerando-se os itens analisados. O custo unitário dos subsistemas

analisados, para a Situação 4 é 65% superior ao custo unitário da

Situação 6, que é a mais econômica. Isto está diretamente relacionado à

complexidade das fôrmas e ao consumo de aço e concreto, além do custo

do revestimento, uma vez que o custo unitário da alvenaria de vedação

para este sistema construtivo é inferior ao encontrado para as situações

que adotam a alvenaria estrutural. Sob o ponto de vista econômico, esta

tipologia construtiva deve ser evitada para prédios baixos e seu uso

restringido a casos específicos.

Para as tipologias com 9 pavimentos, a Situação 1 (sistema em

concreto armado) é aquela que apresentou o maior custo unitário para os

itens analisados. Esta Situação apresenta um custo unitário 58% superior

à situação similar executada em alvenaria estrutural (Situação 2),

enquanto a Situação 3 (sistema em alvenaria estrutural com pilotis) fica

Page 144: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

em uma situação intermediária, com custo unitário 7% superior ao da

Situação 2 e 32% inferior ao da Situação 1.

Para finalizar é importante enfatizar que a escolha do sistema

construtivo e a tipologia a ser adotada para uma edificação estão

relacionados a muitas variáveis, que devem ser avaliadas em conjunto.

Como proposto inicialmente, este trabalho não tem a intenção de

apresentar resultados válidos para todas as obras, mas fornecer uma

metodologia e resultados que, se bem extrapolados e aplicados, podem

auxiliar na avaliação do custo unitário de edificações com características

semelhantes.

Como tema de estudo para trabalhos futuros, na linha desenvolvida

neste trabalho, recomenda-se:

● Ampliar o estudo, incluindo outras tipologias construtivas;

● Estudo do impacto das perdas de insumos, no custo unitário,

para as tipologias analisadas;

● Estudo comparativo do custo das fundações, para cada uma

das situações analisadas;

● Influência do tempo de execução da obra no custo unitário final,

para cada uma das tipologias analisadas.

Page 145: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

BBIIBBLLIIOOGGRRAAFFIIAA

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Porto Alegre: SEBRAE/RS Série SEBRAE construção civil. 1994.

SILVA, I. M. Análise de edifícios de alvenaria estrutural sujeitos a ações do vento. 1996. 90f. Dissertação (Mestrado) – Escola de

Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 1996.

SINDUSCON-RS. A Cadeia Produtiva da Indústria da Construção e seus impactos sócio econômicos. In: Análise Econômica. Porto Alegre:

Sinduscon-RS, 2003. Disponível em: <http://www.sinduscon-rs.com.br>.

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SOLÓRZANO, M. G. P. Características e desempenho de juntas de argamassa na alvenaria estrutural de blocos de concreto. 1994.

Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Escola Politécnica da USP, São

Paulo, 1994.

Page 152: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

SOIBELMAN, L. As perdas de materiais na construção de edificações: sua incidência e seu controle. 1993. 126f. Dissertação (Mestrado em

Engenharia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,

1993.

SOUZA, A. L. R. de; BARROS, M. M. B.; MELHADO, S. B. Projeto e Inovação Tecnológica na Construção de edifícios: implantação no

processo tradicional e em processos inovadores. Boletim Técnico PCC

145. São Paulo; USP, 1995, 49p.

TCPO 2000: Tabelas de composições de preços para orçamentos. 1°

ed. 1999. São Paulo: PINI. 284 p. (E CD ROM).

PAULUZZI. Catálogo Técnico. Porto Alegre, 2003.

PALLOTTI. Catálogo Técnico. Santa Maria, 2003.

VILATÓ, R. R. Estudo da metodologia do projeto para edifícios em alvenaria estrutural não armada. 1998. 175f. Dissertação (Mestrado em

Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São

Paulo, 1998.

Page 153: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

ANEXO A – Composições utilizadas

Composição / insumos unidade consumo Custo

Unitário Custo Total

Fôrma Chapa compensada resinada e = 12 mm m² 0,43 R$ 12,19 R$ 5,24 Tábua cedrinho 3° 1 x 12" (ref e estr laje) m 1,60 R$ 4,35 R$ 6,96 Sarrafo de pinho 10 x 2,5 cm (gravatas) m 1,53 R$ 1,80 R$ 2,75 Pontalete de pinho 3 x 3" (escoramento) m 2,00 R$ 2,56 R$ 5,12 Prego 18 x 27, 13 x 18, 17 x 21 kg 0,25 R$ 3,93 R$ 0,98 Desmoldante l 0,10 R$ 4,26 R$ 0,43 Carpinteiro h 1,35 R$ 3,53 R$ 4,77 Ajudante h 1,35 R$ 2,53 R$ 3,42

Custo unitário do serviço R$ 29,67

Armadura de aço CA-50 (até 10mm) – para alvenaria

Aço CA 50 kg 1,00 R$ 1,89 R$ 1,89 Arame recozido n° 18 kg 0,02 R$ 5,40 R$ 0,11 Ferreiro h 0,05 R$ 3,53 R$ 0,18 Ajudante h 0,05 R$ 2,53 R$ 0,13

Custo unitário do serviço R$ 2,30

Armadura de aço CA-50 (até 10 mm) – para estrutura Aço CA 50 kg 1,00 R$ 1,89 R$ 1,89 Arame recozido n° 18 kg 0,02 R$ 5,40 R$ 0,11 Ferreiro h 0,08 R$ 3,53 R$ 0,28 Ajudante h 0,08 R$ 2,53 R$ 0,20

Custo unitário do serviço R$ 2,48

Armadura de aço CA-50 (12,5 a 25mm) - para estrutura

Aço CA 50 kg 1,00 R$ 1,83 R$ 1,83 Arame recozido n° 18 kg 0,03 R$ 5,40 R$ 0,16 Ferreiro h 0,10 R$ 3,53 R$ 0,35 Ajudante h 0,10 R$ 2,53 R$ 0,25

Custo unitário do serviço R$ 2,60

Page 154: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

Composição / insumos unidade consumo Custo

Unitário Custo Total

Armadura de aço CA-60 - (até 6,3 mm) - para estrutura

Aço CA 60 kg 1,00 R$ 2,05 R$ 2,05 Arame recozido n° 18 kg 0,02 R$ 5,40 R$ 0,11 Ferreiro h 0,07 R$ 3,53 R$ 0,25 Ajudante h 0,07 R$ 2,53 R$ 0,18

Custo unitário do serviço R$ 2,58

Concreto fck 180 MPa - concreto e lançameto Concreto dosado em central fck 180 MPa m³ 1,00 R$ 201,02 R$ 201,02 Servente - ref bombeamento h 0,27 R$ 2,53 R$ 0,68 Pedreiro h 5,00 R$ 3,53 R$ 17,65 Servente h 8,00 R$ 2,53 R$ 20,24

Custo unitário do serviço R$ 239,59

Alvenaria blocos vazados (tijolos 6 furos) Cimento kg 2,18 R$ 0,37 R$ 0,81 Cal kg 2,18 R$ 0,18 R$ 0,38 Areia média m³ 0,015 R$ 27,00 R$ 0,41 Tijolo furado um 25,00 R$ 0,17 R$ 4,25 Pedreiro h 1,00 R$ 3,53 R$ 3,53 Servente h 1,12 R$ 2,53 R$ 2,83

Custo unitário do serviço R$ 12,21

Alvenaria estrutural com blocos de concreto Cimento kg 5,20 R$ 0,37 R$ 1,92 Cal kg 0,65 R$ 0,18 R$ 0,12 Areia média m³ 0,013 R$ 27,00 R$ 0,35 Bloco de concreto un 13,13 R$ 1,22 R$ 16,02 Pedreiro h 0,80 R$ 3,53 R$ 2,82 Servente h 0,91 R$ 2,53 R$ 2,30

Custo unitário do serviço R$ 23,54

Page 155: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

Composição / insumos unidade consumo Custo

Unitário Custo Total

Alvenaria estrutural com blocos cerâmicos Cimento kg 2,86 R$ 0,37 R$ 1,06 Cal kg 0,29 R$ 0,18 R$ 0,05 Areia média m³ 0,013 R$ 27,00 R$ 0,35 Bloco cerâmico un 16,70 R$ 0,80 R$ 13,36 Pedreiro h 0,36 R$ 3,53 R$ 1,27 Servente h 0,47 R$ 2,53 R$ 1,19

Custo unitário do serviço R$ 17,28

Graute – preparo e lançamento Cimento kg 297,00 R$ 0,37 R$ 109,89 Cal kg 15,00 R$ 0,18 R$ 2,70 Areia média m³ 0,685 R$ 27,00 R$ 18,50 Pedrisco m³ 0,46 R$ 25,00 R$ 11,43 Pedreiro h 5,00 R$ 3,53 R$ 17,65 Servente h 18,00 R$ 2,53 R$ 45,54

Custo unitário do serviço R$ 205,70

Rasgo para passagem tubulação Pedreiro h 0,15 R$ 3,53 R$ 0,53 Servente h 0,40 R$ 2,53 R$ 1,01

Custo unitário do serviço R$ 1,54

Enchimento de rasgo Cimento kg 0,06 R$ 0,37 R$ 0,02 Cal kg 0,073 R$ 0,18 R$ 0,01 Areia média m³ 0,0005 R$ 27,00 R$ 0,01 Pedreiro h 0,15 R$ 3,53 R$ 0,53 Servente h 0,40 R$ 2,53 R$ 1,01

Custo unitário do serviço R$ 1,54

Revestimento interno (e = 1 cm) Argamassa industrializada kg 14,50 R$ 0,13 R$ 1,89 Pedreiro h 0,50 R$ 3,53 R$ 1,77 Servente h 0,56 R$ 2,53 R$ 1,42

Custo unitário do serviço R$ 5,07

Page 156: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

Composição / insumos unidade consumo Custo

Unitário Custo Total

Revestimento externo e = 2,5 cm

Argamassa industrializada kg 36,25 R$ 0,14 R$ 5,08 Pedreiro h 0,72 R$ 3,53 R$ 2,54 Servente h 0,87 R$ 2,53 R$ 2,20

Custo unitário do serviço R$ 9,82

Alvenaria tijolos maciços Cimento kg 4,55 R$ 0,37 R$ 1,68 Cal kg 4,55 R$ 0,18 R$ 0,80 Areia média m³ 0,030 R$ 27,00 R$ 0,82 Tijolo maciço um 84,00 R$ 0,13 R$ 10,92 Pedreiro h 1,60 R$ 3,53 R$ 5,65 Servente h 1,85 R$ 2,53 R$ 4,68

Custo unitário do serviço R$ 24,55

Page 157: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

ANEXO B – Relatórios de cálculo

Page 158: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

------------------------------------------------------------------------------- Indices da edificacao T Q S N G E V9.2 26/05/03 17:06:52 C:\TQS\GEZIEL-1\ESPACIAL ------------------------------------------------------------------------------ Obra : Edificação Residencial 9 pavimentos Cod. Edif: Situação 1 ----------------------------------------------------------------------------- Parametros Qualitativos ----------------------- Esbeltez da torre Torre Tipo Total ----------------------------- Numero de pavimentos 11 12 Indice de Esbeltez 1.44 1.57 Concepcao do sistema estrutural Torre tipo Embasamento -------------------------------------- Numero de pilares 44 44 Densidade de pilares (m2/pilar) 7.36 .92 Vao medio de lajes (m) 2.07 1.73 Vao medio das vigas (m) 2.83 2.73 Padronizacao por pavimento Torre tipo Embasamento --------------------------------------- Transicoes 0 0 Numero de espessuras de lajes 3 1 Numero de secoes de vigas 4 6 Numero de secoes de pilares 10 10 Parametros Quantitativos ---------------------------------- Torre tipo Transicao Embasamento Total Fundac ----------------------------------------------------------------------------- Concreto (m3) 462.2 16.6 478.7 Aco (kgf) 35179 917 36096 Madeira (m2) 6319 302 6621 Torre tipo Embasamento Total ------------------------------------------------- Carga total (tf) 3358 211 3569 Carga media (tf/m2) 1.1 5.2 1.2 Area de construcao 3006 40 3046 Espessura media ......................... .16 m Indice de forma ......................... 2.17 m2/m2 Taxa de armadura ........................ 75.40 kgf/m3 Consumo de materiais por pavimento -------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Planta Area Consumo de concreto Consumo de aco Area de formas

(m2) (m3) (kgf) (m2) Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sap/Bloc Fundação 40 .5 16.1 16 901 5 297 TIPO1 972 73.9 42.0 39.2 1848 3652 5786 871 691 517 TIPO4 973 73.9 42.4 33.1 1848 3682 5786 871 697 476 TIPO7 650 49.2 28.8 16.7 1232 2569 3858 581 473 263 COBER 325 23.2 13.8 7.9 623 1022 1929 290 227 127 CASAMAQ44 4.6 3.2 2.4 136 510 223 36 51 33 RESERV 44 2.9 2.9 2.1 96 181 198 37 49 29 ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ ----- ----- ----- Totais 3048 228.3 149.1 101.4 5799 12517 17780 2691 2485 1445

Page 159: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

------------------------------------------------------------------------------ Indices da edificacao T Q S N G E V9.2 19/05/03 10:26:47 C:\TQS\GEZIEL-3\ESPACIAL ------------------------------------------------------------------------------ Obra : Edificação residencial - pilotis + 8 pavimentos Cod. Edif: Situação 3 ----------------------------------------------------------------------------- Parametros Qualitativos --------------------------------- Esbeltez da torre Torre Tipo Total ----------------------------------- Numero de pavimentos 1 2 Indice de Esbeltez .16 .32 Concepcao do sistema estrutural Torre tipo Embasamento ----------------------------------------------- Numero de pilares 44 44 Densidade de pilares (m2/pilar) 7.41 .45 Vao medio de lajes (m) 2.07 1.70 Vao medio das vigas (m) 2.79 2.90 Padronizacao por pavimento Torre tipo Embasamento ----------------------------------------------- Transicoes 0 0 Numero de espessuras de lajes 3 1 Numero de secoes de vigas 9 4 Numero de secoes de pilares 11 11 Parametros Quantitativos ----------------------------------- Torre tipo Transicao Embasamento Total Fundac -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Concreto (m3) 75.2 8.2 83.4 Aco (kgf) 9886 452 10338 Madeira (m2) 904 146 1050 Torre tipo Embasamento Total ---------------------------------------------- Carga total (tf) 2804 71 2875 Carga media (tf/m2) 8.6 3.6 8.3 Area de construcao 326 20 346 Espessura media ......................... .24 m Indice de forma ......................... 3.04 m2/m2 Taxa de armadura ........................ 123.95 kgf/m3 Consumo de materiais por pavimento ---------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Planta Area Consumo de concreto Consumo de aco Area de formas (m2) (m3) (kgf) (m2) Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sap/Bloc Fundação 20 .5 7.7 16 436 5 141 SUPERIOR 326 23.7 35.6 15.9 620 5632 3634 279 417 208 ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ ----- ----- ----- Totais 346 24.2 43.3 15.9 636 6068 3634 284 558 208

Page 160: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

------------------------------------------------------------------------------ Indices da edificacao T Q S N G E V9.2 19/05/03 10:56:33 C:\TQS\GEZIEL-2\ESPACIAL ------------------------------------------------------------------------------ Obra : Edificação Residencial 4 pavimentos Cod. Edif: Situação 4 ----------------------------------------------------------------------------- Parametros Qualitativos --------------------------------- Esbeltez da torre Torre Tipo Total ----------------------------------- Numero de pavimentos 6 7 Indice de Esbeltez .78 .91 Concepcao do sistema estrutural Torre tipo Embasamento ------------------------------------------------ Numero de pilares 44 44 Densidade de pilares (m2/pilar) 7.41 .95 Vao medio de lajes (m) 2.07 1.73 Vao medio das vigas (m) 2.97 2.85 Padronizacao por pavimento Torre tipo Embasamento ----------------------------------------------- Transicoes 0 0 Numero de espessuras de lajes 3 1 Numero de secoes de vigas 5 5 Numero de secoes de pilares 7 7 Parametros Quantitativos ----------------------------------- Torre tipo Transicao Embasamento Total Fundac -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Concreto (m3) 199.1 16.8 216.0 Aco (kgf) 11564 950 12514 Madeira (m2) 2787 307 3094 Torre tipo Embasamento Total ---------------------------------------------- Carga total (tf) 1392 216 1608 Carga media (tf/m2) 1.0 5.2 1.1 Area de construcao 1392 42 1434 Espessura media ......................... .15 m Indice de forma ......................... 2.16 m2/m2 Taxa de armadura ........................ 57.95 kgf/m3 Consumo de materiais por pavimento -------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Planta Area Consumo de concreto Consumo de aco Area de formas (m2) (m3) (kgf) (m2) Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sap/Bloc TERREO42 .5 16.3 16 934 5 302 TIPO 978 74.0 42.3 20.9 1849 3255 2703 873 691 354 FORRO 326 23.3 14.0 7.0 625 821 901 291 230 118 CASAMAQ44 4.7 3.2 2.0 138 468 285 36 52 29 RESERV 44 3.0 2.9 1.8 104 147 268 37 50 26 ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ ----- ----- ----- Totais 1434 105.6 78.7 31.7 2732 5625 4157 1242 1325 527

Page 161: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

------------------------------------------------------------------------------ Indices da edificacao T Q S N G E V9.2 19/05/03 10:27:45 C:\TQS\GEZIEL-4\ESPACIAL ------------------------------------------------------------------------------ Obra : Edificação Residencial - pilotis + 3 pavimentos Cod. Edif: Situação 7 ----------------------------------------------------------------------------- Parametros Qualitativos --------------------------------- Parametros Quantitativos ---------------------------------- Espessura media ......................... .19 m Indice de forma ......................... 2.59 m2/m2 Taxa de armadura ........................ 97.92 kgf/m3 Consumo de materiais por pavimento --------------------------------------------------- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Planta Area Consumo de concreto Consumo de aco Area de formas (m2) (m3) (kgf) (m2) Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar Laje Viga Pilar ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Sap/Bloc Fundação 20 .5 8.0 16 427 5 148 SUPERIOR327 23.9 25.0 9.2 618 3627 1839 282 316 149 ----- ------ ------ ------ ------ ------ ------ ----- ----- ----- Totais 347 24.4 33.0 9.2 634 4054 1839 287 464 149

Page 162: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

ANEXO C – Tabelas Resumo

As tabelas C1 e C2 apresentam um comparativo entre os custos

unitários (referenciais) para as diversas situações analisadas. Os

percentuais apresentados em uma linha indicam o acréscimo ou

decréscimo do custo unitário (referencial) encontrado para a situação

desta linha com relação à situação de cada coluna. Exemplificando, o

custo unitário referencial para a Situação 7 é 29% inferior ao custo unitário

da Situação 4 e 17 % superior ao custo unitário encontrado para a

Situação 6.

As Tabelas C3 e C4 apresentam uma simulação, oferecendo uma

indicação do acréscimo do valor total da obra, para a situação escolhida,

com relação à situação de referência. A primeira coluna apresenta um

percentual hipotético que os subsistemas estrutura, vedação e

revestimentos podem representar no custo total de uma obra para as

diversas situações analisadas. Exemplificando, a Situação 1 apresentará

um custo total 17,4% superior ao custo da Situação 2 (Referencia) se os

subsistemas estrutura, vedação e revestimento representarem 30% do

custo total de uma obra, e um custo 23,2% superior ao da Situação 2 se

os subsistemas analisados representarem 40% do custo total da obra.

Page 163: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

Tabela C1 - Situações com 9 pavimentos

Tabela C2 - Situações com 4 pavimentos

Page 164: Sistema Construtivo em Concreto Armado e em Alvenaria Estrutural - Uma Análise Comparativa de Custos

Tabela C3 - Situações com 9 pavimentos

Tabela C4 - Situações com 4 pavimentos