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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO ANO 2015 JANEIRO A SETEMBRO

SISTEMA DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO ESTADO · Mapa III-1 – Resumo da Despesa Total, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental Mapa III-2

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  • REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

    MINISTÉRIO DA ECONOMIA E FINANÇAS

    RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO

    ORÇAMENTO DO ESTADO

    ANO 2015 JANEIRO A SETEMBRO

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    Indice

    1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 6

    2. POLÍTICA ORÇAMENTAL ...................................................................................................................... 8

    3. GESTÃO ORÇAMENTAL ....................................................................................................................... 9

    4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO ........................................................................................ 10

    4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL ................................................................................................................ 10

    4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS ........................................................................................................... 12

    4.2.1. RECEITAS DO ESTADO ...................................................................................................................... 12

    4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE ............................................................................................................ 17

    4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA .................................................................................................................. 19

    4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS .................................................................................................... 19

    4.3.2. DESPESAS DE FUNCIONAMENTO ..................................................................................................... 20

    4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO .......................................................................................................... 26

    4.3.4. TRANSFERÊNCIAS ÀS COMUNIDADES .............................................................................................. 31

    4.3.5. OPERAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................... 32

    4.3.6. DESPESAS SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL ..................................................................... 34

    4.3.7. DESPESAS POR PRIORIDADES E PILARES ....................................................................................... 35

    4.3.8. DESPESAS NOS SECTORES ECONÓMICOS E SOCIAIS ..................................................................... 36

    4.4. GARANTIAS E AVALES....................................................................................................................... 38

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    TABELAS Tabela 1 – Resumo das alterações orçamentais ............................................................................................7

    Tabela 2 – Equilíbrio orçamental ....................................................................................................................8

    Tabela 3 – Receitas do Estado ..................................................................................................................... 10

    Tabela 4 – Receitas de dividendos ............................................................................................................... 13

    Tabela 5 – Receitas de concessões ............................................................................................................. 13

    Tabela 6 – Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões .............................. 13

    Tabela 7 – Contribuição dos mega-projectos ............................................................................................... 14

    Tabela 8 – Reembolsos em Impostos sobre o Rendimento ......................................................................... 15

    Tabela 9 – Desembolsos de financiamento externo ..................................................................................... 15

    Tabela 10 – Financiamento do défice ........................................................................................................... 18

    Tabela 11 – Movimento de fundos externos que transitam pela CUT .......................................................... 17

    Tabela 12 – Despesas totais por âmbitos ..................................................................................................... 17

    Tabela 13 – Despesas de funcionamento, segundo a classificação económica………………………..... ..... 17

    Tabela 14 – Despesas de funcionamento cabimentada, liquidada e paga ................................................... 20

    Tabela 15 – Despesas de funcionamento por âmbito e fonte de recursos ................................................... 21

    Tabela 16– Despesas de funcionamento por âmbitos .................................................................................. 22

    Tabela 17 – Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por âmbitos....................... ......23

    Tabela 18 – Despesas de investimento, segundo a origem e modalidade de financiamento ....................... 24

    Tabela 19 – Componente externa de investimento por origem e modalidade de financiamento .................. 25

    Tabela 20– .. Despesas de investimento por âmbito e fonte de recursos………………………………………26

    Tabela 21 – Componente interna de investimento por âmbitos .................................................................... 27

    Tabela 22 – Componente interna de investimento cabimentada, liquidada e paga, por âmbitos ................. 28

    Tabela 23 – Componente externa de investimento por âmbitos ................................................................... 29

    Tabela 24 – Transferências às comunidades ............................................................................................... 30

    Tabela 25 – Operações financeiras segundo a classificação económica ..................................................... 31

    Tabela 26 – Empréstimos por acordos de retrocessão ................................................................................ 31

    Tabela 27– Amortização da Dívida Pública .................................................................................................. 32

    Tabela 28 – Despesas segundo a classificação funcional ............................................................................ 33

    Tabela 29 – Despesas por prioridades e pilares .......................................................................................... 34

    Tabela 30 – Despesas nos sectores económicos e sociais .......................................................................... 35

    GRÁFICOS Gráfico 1 – Estrutura da mobilização de recursos ..........................................................................................9

    Gráfico 2 – Estrutura da aplicação de recursos ..............................................................................................9

    Gráfico 3 – Estrutura das receitas do Estado ............................................................................................... 14

    Gráfico 4 – Estrutura da despesa de funcionamento .................................................................................... 21

    Gráfico 5 – Estrutura das despesas de investimento.................................................................................... 25

    Gráfico 6 – Estrutura das despesas dos sectores prioritários ....................................................................... 36

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    MAPAS DE EXECUÇÃO ORÇAMENTAL Mapas Globais Mapa I – Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão Mapa I-1 – Receitas Próprias previstas e cobradas Mapa II – Desembolsos/Entradas de Financiamento Externo Mapa II-1 – Desembolso dos Fundos Comuns Mapa II-2 – Financiamento do Défice, segundo a classificação económica Mapa III-1 – Resumo da Despesa Total, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental Mapa III-2 – Despesas do Estado segundo a classificação funcional, em comparação com a dotação orçamental Mapa III-3 – Despesas nos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação

    com a dotação orçamental

    Mapas das Despesas de Funcionamento Mapa IV-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental - âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-1-1 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação

    com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa IV-1-2 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação

    com a dotação orçamental – âmbito distrital Mapa IV-1-3 – Despesas de Funcionamento, segundo a classificação económica e territorial, em comparação

    com a dotação orçamental – âmbito autárquico Mapa IV-2 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações económica e de fonte de recursos, em

    comparação com a dotação orçamental – âmbitos central, provincial, distrital e autárquico Mapa IV-3 – Despesas de Funcionamento, segundo as classificações orgânica e de fonte de recursos, em

    comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial, distrital e autárquico

    Mapas das Despesas de Investimento Mapa V-1 – Despesas de Investimento, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental - âmbitos central, provincial e distrital Mapa V-1-1 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial,

    em comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-2 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial,

    em comparação com a dotação orçamental – âmbito provincial Mapa V-1-3 – Despesas de Investimento (Componente Interna), segundo a classificação económica e territorial –

    âmbito distrital Mapa V-1-4 – Despesas de Investimento (Componente Externa), segundo a classificação económica e territorial –

    âmbito distrital Mapa V-4 – Despesas da componente externa do investimento, segundo as classificações orgânica e de fonte de

    recursos e por projectos, em comparação com a dotação orçamental - âmbito central, provincial e distrital

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    Mapa de Operações Financeiras

    Mapa VI – Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação

    orçamental

    ANEXOS INFORMATIVOS Anexo Informativo 1 – Cobrança do Crédito Mal Parado do Banco Austral Anexo Informativo 2 – Movimento dos Créditos do Estado Anexo Informativo 3 – Participações Financeiras do Estado Anexo Informativo 4 – Alterações Orçamentais

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    GLOSSÁRIO

    Adiantamento de Fundos é a concessão de fundos aos órgãos e instituições que não executam os respectivos

    orçamentos por via directa, para a realização das despesas programadas para um determinado período;

    Adiantamento de Fundos por Operações de Tesouraria é a concessão de fundos para a realização de

    despesas de carácter urgente e inadiável, quando não seja possível liquidá-las de imediato;

    Contravalores Consignados a Projectos correspondem aos valores dos fundos externos utilizados para a

    realização de projectos de investimento inscritos no Orçamento do Estado;

    Contravalores não Consignados são os valores dos donativos e créditos externos transferidos para a Conta

    Única do Tesouro;

    Despesa Cabimentada é o valor da dotação orçamental comprometido para fazer face a uma determinada

    despesa;

    Despesa Liquidada é a despesa efectuada pelo valor definitivo, com a devida classificação orçamental

    desagregada;

    Orçamento Inicial é o limite da dotação orçamental aprovado pela Assembleia da República através da Lei n.º

    2/2015, de 7 de Maio;

    Orçamento Actualizado é o limite da dotação orçamental actualizada pelo Governo, com base nas competências

    atribuídas através do artigo 8 da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio;

    Serviço da Dívida é o valor destinado ao pagamento de capital e encargos da dívida. No caso da dívida externa,

    o valor difere do efectivamente pago pelo Banco de Moçambique, na medida em que este retém numa conta

    bancária os valores transferidos da Conta Única do Tesouro para o efeito, utilizando-os na medida do exigido pelo

    processo de pagamento no exterior, operação que implica compra de moeda externa, transferência, recepção da

    confirmação de pagamento, etc.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    1. INTRODUÇÃO

    1. O presente Relatório apresenta a execução do Orçamento do Estado e o resultado da actividade financeira

    no período de Janeiro a Setembro de 2015, nos termos estabelecidos pela Lei n.º 9/2002, de 12 de

    Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) e pelo Decreto n.º 23/2004,

    de 20 de Agosto, que aprova o Regulamento do SISTAFE.

    2. O Orçamento do Estado de 2015, aprovado através da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, estabelece como

    principais metas a cobrança de receitas do Estado no valor de 160.707,8 milhões de Meticais, a execução

    das Despesas do Estado no montante de 226.425,0 milhões de Meticais, resultando um Défice Orçamental

    de 65.717,2 milhões de Meticais.

    3. A execução do Orçamento do Estado de Janeiro a Setembro de 2015 reporta uma cobrança de receita de

    110.440,1 milhões de Meticais, equivalente a 68,7% da previsão e uma realização da despesa total de

    135.151,9 milhões de Meticais, correspondente a 59,7% do Orçamento Anual. Os níveis de execução da

    despesa de Investimento atingiram o correspondente a 37,2% da realização decorrente da aprovação tardia

    do Orçamento do Estado, bem como do impacto negativo das cheias que assolaram o país no primeiro

    trimestre.

    4. O documento está estrututurado em quatro capítulos, sendo o primeiro relativo àintrodução, o segundo

    refere-se à política orçamental, o terceiro à gestão orçamental e o quarto à execução do Orçamento do

    Estado. O Relatório destaca, entre outros, os seguintes aspectos:

    Equilíbrio Orçamental apurado no período, em comparação com o orçamentado para o ano;

    Receitas do Estado, segundo a classificação económica, em comparação com a previsão anual e a

    cobrança em igual período do ano anterior, evidenciando as Receitas Próprias dos diversos serviços e

    administrações distritais;

    Financiamento do Défice, em comparação com a previsão anual, por origem e natureza;

    Despesas de Funcionamento, em comparação com a dotação orçamental e a realização em igual

    período do ano anterior, distribuídas pelos diferentes âmbitos e segundo as classificações económica,

    orgânica, fonte de recursos e territorial;

    Despesas de Investimento, nos mesmos moldeis das Despesas de Funcionamento, incluindo a

    componente externa do investimento por projectos;

    Operações Financeiras, segundo a classificação económica, em comparação com a dotação orçamental;

    Despesa Segundo a Classificação Funcional, em comparação com a dotação orçamental;

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    Despesas dos Sectores Económicos e Sociais, segundo a classificação orgânica, em comparação com

    a dotação orçamental; e

    Garantias e Avales emitidas pelo Governo.

    5. No que se refere às Despesas de Investimento e Operações Financeiras Activas financiadas por fundos

    externos que não transitam pela Conta Única do Tesouro (CUT), o procedimento utilizado para a sua

    incorporação na execução orçamental e, consequentemente, a forma como são reflectidas no Relatório é a

    seguinte:

    Os desembolsos de créditos externos para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços, para

    projectos de investimento do Orçamento do Estado, comunicados pelos sectores beneficiários, são

    incorporados no e-SISTAFE;

    Os desembolsos para utilização por terceiros (Acordos de Retrocessão), comunicados pelos credores, são

    incorporados no e-SISTAFE, com base nessa comunicação e receitados com a devida classificação

    económica;

    Os desembolsos de donativos externos, para pagamento directo aos fornecedores de bens e serviços,

    para projectos de investimento do Orçamento do Estado, quando comunicados à Contabilidade Pública

    pelo sector beneficiário, são também incorporados e receitados, como referido anteriormente;

    As despesas de investimento realizadas com donativos externos, depositados em contas bancárias à

    ordem do utilizador, isto é, ordenadas pela instituição responsável pela execução do projecto, são

    incorporadas com base na informação processada pelo sector e receitada, como nos outros casos.

    6. Por força deste procedimento, nem toda a informação sobre o financiamento externo pode ser processada e

    liquidada no e-SISTAFE, dentro do período a que se refere, mas, dado que o Relatório é publicado até 45

    dias após o fim desse período, a mesma é integrada como despesa por liquidar, procedendo-se à sua

    incorporação no sistema no período seguinte.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    2. POLÍTICA ORÇAMENTAL

    7. O Orçamento do Estado de 2015 marca o início do Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2015-2019,

    cujo objectivo central é a melhoria das condições de vida do povo moçambicano, através da promoção do

    emprego, da produtividade e da competitividade; da criação de riqueza e gerando um desenvolvimento

    equilibrado e inclusivo, num ambiente de paz, segurança, harmonia, solidariedade, justiça e coesão entre os

    moçambicanos.

    8. A Política Orçamental para 2015 incide sobre cinco prioridades do PQG 2015-2019, nomeadamente: (i) a

    consolidação da unidade nacional, paz e reforço da soberania; (ii) o desenvolvimento do capital humano e

    social; (iii) a promoção do emprego, produtividade e competitividade; (iv) o desenvolvimento de infra-

    estruturas económicas e sociais; e (v) a gestão sustentável e transparente dos recursos naturais e do

    ambiente. Incide igualmente sobre três pilares de suporte: (i) consolidar o Estado de direito democrático, boa

    governação e descentralização; (ii) promover um ambiente macro-económico equilibrado e sustentável; e (iii)

    reforçar a cooperação internacional.

    9. O início do ano de 2015 foi marcado por fortes chuvas e cheias em todo o País, o que determinou a

    afectação de recursos para o atendimento de situações daí resultantes, tais como, a assistência às

    populações afectadas, reposição de emergência de infra-estruturas destruídas e a provisão para o

    atendimento do plano de reconstrução pós-cheias e para a reintegração no âmbito do acordo de cessação

    de hostilidades militares.

    10. Os pressupostos básicos assumidos na elaboração do Orçamento do Estado para 2015 centram-se na

    previsão de crescimento real do PIB de 7,5%, numa taxa de inflação média anual de 5,1% e na manutenção

    de uma política cambial consentânea com os esforços de promoção da competitividade das exportações.

    11. O Orçamento do Estado para 2015, aprovado através da Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, é a expressão

    financeira das acções que reflectem os objectivos definidos no Plano Económico e Social para 2015,

    alinhados com o Plano Quinquenal do Governo 2015-2019. Assim, com base nos pressupostos macro-

    económicos anteriormente referidos, foram estabelecidos os seguintes montantes globais.

    Receitas do Estado 160.707,8 milhões de Meticais;

    Despesas do Estado 226.425,0 milhões de Meticais; e

    Défice 65.717,2 milhões de Meticais.

    12. Para a cobertura do Défice Orçamental foi prevista a mobilização de donativos externos no valor de 20.463,7

    milhões de Meticais e a contratação de Créditos no valor de 45.253,5 milhões de Meticais, sendo 9.182,6

    milhões de Meticais de Crédito Interno e 36.070,9 milhões de Meticais de Créditos Externos.

    13. A execução das despesas em 2015 iniciou com base no Orçamento do Estado de 2014, nos termos do artigo

    27 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que estabelece que, não sendo aprovada a proposta do Orçamento

    do Estado, é reconduzido o do exercício económico anterior, com os limites nele definidos.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

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    3. GESTÃO ORÇAMENTAL

    14. A gestão do orçamento foi feita com vista ao cumprimento dos objectivos de política orcamental,

    nomeadamente: O alcance de níveis superiores das condições de vida do povo mocambicano, promovendo

    o emprego, a produtividade e a competitividade, criando riqueza e gerando um desenvolvimento equilibrado

    e inclusivo, num ambiente de paz e segurança, harmonia, solidariedade, justiça e coesao entre os

    mocambiçanos. Para este propósito, a gestão orçamental foi feita em estreita observncia dos limites

    estabelecidos pela Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, que nos termos do artigo 8 autoriza o Governo a proceder à

    transferência de dotações orçamentais entre os órgãos e instituições do Estado e fazer movimentações de

    verbas entre as Prioridades e Pilares do Plano Económico e Social. Assim, no período em análise foram

    efectuadas as alterações constantes da tabela seguinte:

    Altera- % Alte- Altera- % Alte-

    Revisto Final ções rações Inicial Actualizado ções rações

    Despesa de Funcionamento 121,207.2 121,207.2 0.0 0.0 120,351.7 120,351.7 0.0 0.0

    Central 65,956.4 60,802.3 -5,154.1 -7.8 59,333.4 58,911.6 -421.8 -0.7

    Prov incial 30,882.3 34,035.9 3,153.7 10.2 33,300.8 33,028.9 -271.9 -0.8

    Distrital 22,368.0 24,368.5 2,000.5 8.9 25,704.1 26,397.7 693.6 2.6

    Autárquico 2,000.5 2,000.5 0.0 0.0 2,013.5 2,013.5 0.0 0.0

    Despesa de Invest. Interna 46,260.3 46,260.3 0.0 0.0 44,881.3 44,881.3 0.0 0.0

    Central 36,469.8 34,494.1 -1,975.8 -5.4 34,601.1 33,910.5 -690.6 -2.0

    Prov incial 5,242.6 6,380.1 1,137.5 21.7 5,507.5 5,808.0 300.5 5.2

    Distrital 3,415.9 4,124.2 708.2 20.7 3,635.1 3,975.3 340.2 8.6

    Autárquico 1,132.0 1,262.0 130.0 11.5 1,137.6 1,187.6 50.0 4.2

    Despesa de Invest. Externa 58,279.6 58,279.6 0.0 0.0 38,298.2 38,298.2 0.0 0.0

    Central 55,075.5 52,225.1 -2,850.5 -5.2 30,610.4 32,343.6 1,733.2 5.4

    Prov incial 2,930.7 5,107.0 2,176.3 74.3 6,886.9 5,021.6 -1,865.3 -37.1

    Distrital 273.3 947.4 674.1 246.7 800.9 933.0 132.1 14.2

    Operações Financeiras 23,346.7 23,346.7 0.0 0.0 22,893.7 22,893.7 0.0 0.0

    Despesa Total 249,093.8 249,093.8 0.0 0.0 226,425.0 226,425.0 0.0 0.0

    Central 180,848.5 170,868.1 -9,980.4 -5.5 147,438.6 148,059.4 620.8 0.4

    Prov incial 39,055.6 45,523.1 6,467.5 16.6 45,695.2 43,858.5 -1,836.7 -4.2

    Distrital 26,057.3 29,440.1 3,382.8 13.0 30,140.2 31,306.0 1,165.8 3.7

    Autárquico 3,132.4 3,262.4 130.0 4.2 3,151.0 3,201.0 50.0 1.6

    Fonte: MEX

    Âmbitos

    Ano 2014

    Tabela 1 - Resumo das Alterações Orçamentais

    (Em Milhões de Meticais)

    Orçamento AnualOrçamento Anual

    Ano 2015

    15. Conforme se observa da tabela 1, nas Despesas de Funcionamento foram descentralizadas as dotações

    orçamentais dos órgãos e instituições de nível distrital, em 693,6 milhões de Meticais em contrapartida das

    transferências efectuadas dos órgãos e instituições de nível central e provincial nos valores de 421,8 e 271,9

    milhões de Meticais, respectivamente.

    16. Na componente interna das Despesas de Investimento foram descentralizadas as dotações orçamentais dos

    órgãos e instituições de nível provincial em 300,5 milhões de Meticais, de nível distrital 340,2 milhões de

    meticais e autárquico em 50,0 milhões de meticais em contrapartida das transferências efectuadas dos

    órgãos e instituições de nível central.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    10

    17. Na componente externa das Despesas de Investimento foram descentralizadas as dotações orçamentais dos

    órgãos e instituições de nível central e distrital em 1.733,2 milhões de Meticais e 132,1 milhões de Meticais,

    respectivamente, em contrapartida das transferências efectuadas dos órgãos e instituições de nível

    provincial, no valor de 1.865,3 milhões de Meticais.

    4. EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO

    4.1. EQUILÍBRIO ORÇAMENTAL

    18. Na execução do Orçamento do Estado no período de Janeiro a Setembro de 2015, resultou o equilíbrio

    orçamental que se apresenta na tabela 2.

    Recursos

    e % %

    Despesas Valor Peso Valor Peso Realiz. Valor % Peso Valor % Peso Realiz.

    Recursos Internos 161.289,0 64,8 118.624,6 77,2 73,5 169.890,4 75,0 115.040,1 77,9 67,7

    Receitas do Estado 153.075,1 61,5 116.102,6 75,6 75,8 160.707,8 71,0 110.440,1 74,7 68,7

    Saldos Transitados 2.498,8 1,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Créditos Internos 5.715,1 2,3 2.522,0 1,6 44,1 9.182,6 4,1 4.600,0 3,1 50,1

    Recursos Externos 87.804,8 35,2 35.040,7 22,8 39,9 56.534,7 25,0 32.721,0 22,1 57,9

    Donativos Externos 30.401,9 12,2 16.664,5 10,8 54,8 20.463,7 9,0 13.888,7 9,4 67,9

    Créditos Externos 57.402,8 23,0 18.376,2 12,0 32,0 36.070,9 15,9 18.832,3 12,7 52,2

    Total de Recursos 249.093,8 100,0 153.665,3 100,0 61,7 226.425,0 100,0 147.761,1 100,0 65,3

    Desp. de Funcionamento 121.207,2 48,7 84.912,9 57,1 70,1 120.351,7 53,2 91.504,2 67,7 76,0

    Despesa de Investimento 104.539,9 42,0 51.730,3 34,8 49,5 83.179,6 36,7 30.972,0 22,9 37,2

    Componente Interna 46.260,3 18,6 27.023,5 18,2 58,4 44.881,3 19,8 21.364,4 15,8 47,6

    Componente Externa 58.279,6 23,4 24.706,8 16,6 42,4 38.298,2 16,9 9.607,7 7,1 25,1

    Operações Financeiras 23.346,7 9,4 12.069,5 8,1 51,7 22.893,7 10,1 12.675,7 9,4 55,4

    Activas 17.767,4 7,1 8.430,8 5,7 47,5 10.359,2 4,6 2.458,0 1,8 23,7

    Passivas 5.579,3 2,2 3.638,8 2,4 65,2 12.534,5 5,5 10.217,6 7,6 81,5

    Total de Despesa 249.093,8 100,0 148.712,7 100,0 59,7 226.425,0 100,0 135.151,9 100,0 59,7

    Variação de Saldos 0,0 4.952,6 12.609,2

    Total de Aplicações 249.093,8 153.665,3 61,7 226.425,0 147.761,1 65,3

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçamento Anual Realização Jan-Set

    Tabela 2 - Equilíbrio Orçamental

    (Em Milhões de Meticais)

    Orçamento Anual Realização Jan-Set

    19. Os recursos mobilizados atingiram o montante de 147.761,1 milhões de Meticais, correspondente a 65,3%

    da previsão anual, tendo os recursos internos se situado em 67,7% e os externos em 57,9% do programado.

    20. As Receitas do Estado tiveram uma realização de 110.440,1 milhões de Meticais, equivalente a 68,7% da

    meta anual. Importa referir que para o ano 2015 as receitas do Estado são líquidas do reembolso do IVA.

    21. Os Donativos Externos atingiram o montante de 13.888,7 milhões de Meticais, equivalentes a 67,9% da

    previsão anual. Os Créditos Externos situaram-se em 18.832,3 milhões de Meticais, correspondentes a

    52,2% da previsão anual.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    11

    22. Observa-se do Gráfico 1 que as Receitas do Estado constituíram a principal fonte de recursos no período em

    análise, com uma contribuição equivalente a 74,7% do total dos recursos mobilizados, tendo os Créditos

    Externos os Donativos Externos e Créditos Externos contribuído com o correspondente a 12,7% 9,4% e

    3,1% respectivamente.

    23. As despesas totais atingiram o montante de 135.151,9 milhões de Meticais, correspondente a 59,7% do

    Orçamento anual, tendo as Despesas de Funcionamento atingido 91.504,2 milhões de Meticais, as

    Despesas de Investimento 30.972,0 milhões de Meticais e as Operações Financeiras 12.675,7 milhões de

    Meticais, correspondentes a 76,0%, 37,2% e 55,4%, respectivamente.

    24. O nível de realização das despesas ficou igual ao alcançado em período homólogo do ano anterior não

    obstante o Orçamento do Estado de 2015 ter sido aprovado em finais do mês de Abril, tendo nos primeiros

    quatro meses a execução do Orçamento de Funcionamento ter sido feita obedecendo ao princípio da

    utilização de duodécimos e no Orçamento de Investimento terem sido executados apenas os projectos

    inscritos em 2014 e que tenham continuidade no exercício económico de 2015.

    25. O Gráfico 2 mostra que as Despesas de Funcionamento absorveram o equivalente a 67,7% das despesas

    totais, as Despesas de Investimento 22,9% e as Operações Financeiras 9,4%.

    26. Face ao nível de mobilização de recursos, associado ao nível de realização das despesas, as contas do

    Estado registaram uma variação de saldos no valor de 12.609,2 milhões de Meticais.

    Receitas do Estado74,7%

    Donativos Externos9,4%

    Creditos Externos12,7%

    Gráfico 1 - Estrutura da Mobilização de Recursos

    Creditos Internos3.1%

    Despesas de Funcionamento

    67,7%

    Despesas de Investimento

    22,9%

    Operações Financeiras

    9,4%

    Gráfico 2 - Estrutura da Aplicações de Recursos

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    12

    4.2. MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS

    4.2.1. RECEITAS DO ESTADO

    27. A cobrança de receitas atingiu no período de Janeiro a Setembro, o montante de 110.440,1 milhões de

    Meticais,correspondente a 68,7% da previsão anual, tendo registado um decréscimode 4,9% em termos

    nominais, em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, conforme ilustra atabela 3.

    Variação

    Classificação Orçamento Cobrança % Orçamento Cobrança % 2014/15

    Económica Anual Jan-Set Realiz Anual Jan-Set Realiz (%)

    RECEITAS CORRENTES 149.887,7 113.871,5 76,0 157.520,4 108.935,6 69,2 -4,3%

    Receitas Fiscais 132.261,5 100.314,7 75,8 133.009,3 93.550,8 70,3 -6,7%

    Impostos s/ o Rendimento 59.336,3 50.100,5 84,4 51.411,1 41.684,8 81,1 -16,8%

    Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Colectivas 41.697,0 36.397,7 87,3 29.624,0 25.953,6 87,6 -28,7%

    Impostos s/ o Rendimento de Pessoas Singulares 17.546,0 13.649,8 77,8 21.684,4 15.652,9 72,2 14,7%

    Imposto Especial sobre o Jogo 93,3 53,0 56,8 102,7 78,2 76,2 47,6%

    Impostos s/ Bens e Serviços 67.560,1 47.150,9 69,8 75.178,9 47.646,0 63,4 1,1%

    Imposto s/ o Valor Acrescentado 47.909,9 33.557,7 70,0 49.278,1 33.626,4 68,2 0,2%

    IVA - Nas Operações Internas 21.554,3 14.861,7 69,0 21.523,6 15.801,7 73,4 6,3%

    IVA - Nas Importações 26.355,7 18.696,0 70,9 27.754,5 20.818,1 75,0 11,4%

    Imp. s/Consumo Esp. Producao Nacional 5.420,4 2.765,5 51,0 7.228,2 2.582,7 35,7 -6,6%

    Imp. s/Consumo Esp. Produtos Importados 3.094,7 2.558,8 82,7 5.421,1 2.493,8 46,0 -2,5%

    Imp. s/ Comercio Externo 11.135,1 8.268,9 74,3 13.251,6 8.943,2 67,5 8,2%

    Outros Impostos 5.365,0 3.063,4 57,1 6.419,3 4.220,0 65,7 37,8%

    Receitas Não Fiscais 9.405,0 6.998,8 74,4 11.360,2 8.546,7 75,2 22,1%

    Das quais Receitas Próprias 3.297,0 3.930,9 119,2 4.437,4 4.552,0 102,6 15,8%

    Receitas Consignadas 8.221,2 6.558,0 79,8 13.150,9 6.838,1 52,0 4,3%

    Dais quais Taxa sobre os Combustiveis 5.028,0 3.527,5 70,2 6.850,5 3.674,3 53,6 4,2%

    RECEITAS DE CAPITAL 3.187,4 2.231,1 70,0 3.187,4 1.504,5 47,2 -32,6%

    Alienação de Bens 0,0 53,6 0,0 50,9 -4,9% Aliena ção do Patrim ónio do Estado 53,6 0,0 50,9 -4,9%Outras Receitas de Capital 3.187,4 2.177,5 68,3 3.187,4 1.453,6 45,6 -33,2%

    Dividendos 1.118,8 397,6 -64,5%

    Outras 1/ 3.187,4 1.058,7 33,2 3.187,4 1.056,0 33,1 -0,3%Total 153.075,1 116.102,6 75,8 160.707,8 110.440,1 68,7 -4,9%

    1/ Inclui a Taxa de Concessão cuja cobrança foi de 558,5 milhões de Meticais

    Fonte : REOE Jan - Set 2015 e Autoridade Tributária de Moçambique

    Ano de 2014

    Tabela 3 - Receitas do Estado

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano de 2015

    28. Os Impostos sobre o Rendimento tiveram uma cobrança de 41.684,8 milhões de Meticais, equivalentes a

    81,1% da previsão anual e a um decréscimo de 16,8% influenciado pelas mais-valias registadas em 2014,

    representando 4,1% do total deste grupo de impostos.

    29. O Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRPC) teve uma cobrança de 25.953,6 milhões de

    Meticais, correspondente a 87,6% da previsão anual e a um decréscimo de 28,7% em termos nominais,

    devido às mais-valias, conforme foi referido no parágrafo anterior. Expurgando-se o valor das mais-valias,

    verifica-se que o valor cobrado representa um crescimento nominal de 12,9%, associado a vários factores,

    com destaque para os seguintes:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    13

    Pagamento do IRPC devido a final, referente ao exercício económico de 2014;

    Verificação e correcção contínua das Declarações Anuais de Rendimento e de Informação Contabilística e

    Fiscal;

    Maior controlo dos benefícios fiscais nos projectos de investimento inscritos nas Direcções de Áreas

    Fiscais;

    Cobranças resultantes de acções de controlo e fiscalização, em sede das auditorias; e

    Controlo nas retenções de pagamentos ao exterior.

    30. No Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) foram cobrados 15.652,9 milhões de

    Meticais, equivalentes a 72,2% da meta anual e a um crescimento nominal de 14,7% em relação a igual

    período do ano transacto, justificado pelo constante controlo das retenções na fonte e das entregas às

    Direcções de Área Fiscal, bem como pelo pagamento da liquidação a final do IRPS da 2ªcategoria.

    31. A cobrança no Imposto Especial sobre o Jogo atingiu o montante de 78,2 milhões de Meticais,

    correspondente a 76,2% da previsão anual e a um crescimento nominal de 47,6% comparativamente ao

    período homólogo de 2014, facto que se explica essencialmente pela reabertura do casino de Pemba e pela

    entrada em funcionamento de um novo casino na cidade da Beira.

    32. No grupo de Impostos sobre Bens e Serviços, constituído pelas rubricas de Imposto sobre o Valor

    Acrescentado (IVA), Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, Imposto sobre o Consumo

    Específico de Produtos Importados e Imposto sobre o Comércio Externo, foram arrecadados 47.646,0

    milhões de Meticais, equivalentes a 63,4% da meta fixada para o ano.

    33. O valor total do IVA bruto atingiu no período o montante de 36.619,8 milhões de Meticais, tendo sido

    efectuados reembolsos no valor de 2.993,3 milhões de Meticais, passando o IVA líquido para 33.626,4

    milhões de Meticais.

    34. A cobrança do IVA nas Operações Internas atingiu o montante de 15.801,7 milhões de Meticais,

    correspondente a uma realização de 73,4% e a um crescimentode 6,3%, relativamente a igual período do

    ano 2014. Com vista a melhorar o desempenho nesta rubrica, estão em curso trabalhos de sensibilização

    dos sujeitos passivos, através de campanhas porta-a-porta, visando a facturação dos produtos vendidos,o

    controlo dos créditos sistemáticos, a confirmação do imposto dedutível apresentado nas guias de pagamento

    e a aferição das guias Modelo A sem movimento.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    14

    35. No que se refere ao IVA nas Operações Externas foi arrecadado o valor de 20.818,1 milhões de Meticais,

    correspondente a 75,0% da previsão anual e a um crescimento de 11,4% relativamente ao período

    homólogo do exercício anterior, influenciado pela intensificação do controlo na cobrrança das importações

    realizadas.

    36. O Imposto sobre o Consumo Específico de Produção Nacional, que incide sobre o tabaco, a cerveja e outras

    bebidas alcoólicas, alcançou o valor de 2.582,7 milhões de Meticais, equivalente a 35,7% da meta anual e a

    um decréscimo de 6,6%, devido ao fraco desempenho registado nas Outras Bebidas Alcoólicas, não

    obstante o contínuo esforço empreendido no controlo das pequenas fábricas de produção de bebidas

    alcoólicas e de tabaco no território nacional.

    37. Relativamente ao Imposto sobre o Consumo Específico de Produtos Importados, foram cobrados 2.493,8

    milhões de Meticais, correspondentes a 46,0% da previsão anual e a um decréscimo de 2,5%, quando

    comparado com igual período de 2014.

    38. Os Impostos sobre o Comércio Externo, nomeadamente, os Direitos Aduaneiros e a Sobretaxa, alcançaram

    o montante de 8.943,2 milhões de Meticais, equivalente a 67,5% da previsão anual e a um crescimento

    nominal de 8,2% relativamente a igual período do ano transacto, justificado pelo aumento das importações.

    39. No grupo dos Outros Impostos foi arrecadado o montante de 4.220,0 milhões de Meticais, equivalente aum

    grau de realização de 65,7% da meta anual e a um crescimento nominal de 37,8% em relação ao período

    homólogo do exercício económico anterior, influenciado pelo bom desempenho registado nas rubricas de

    Licença de Pesca e Imposto Simplificado de Pequenos Contribuintes.

    40. Em relação ao grupo das Receitas Não Fiscais, que compreendem as Taxas Diversas de Serviços,

    Compensação de Aposentação, Outras Receitas não Fiscais e Receitas Próprias, a arrecadação alcançou o

    valor de 8.546,7 milhões de Meticais, correspondente a 75,2% da previsão anual e a um crescimento de

    22,1%, quando comparado com igual período de 2014.

    41. Nas Receitas Consignadas registou-se uma cobrança de 6.838,1 milhões de Meticais, equivalentes a 52,0%

    da previsão anual e a um crescimento de 4,3% relativamente a igual período do ano anterior.

    42. As Receitas de Capital atingiram o valor de 1.504,5 milhões de Meticais, isto é, 47,2% da previsão anual,

    tendo registado um decréscimo de 32,6% em relação a igual período do ano transacto. Neste grupo de

    impostos, os Dividendos contribuíram com 397,6 milhões de Meticais, isto é, 0,4% da Receita Total,

    conforme se apresenta na tabela seguinte:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    15

    Tabela 4 - Receita de Dividendos

    (Em Milhões de Meticais)

    Instituições Jan - Set 2014 Jan - Set 2015 Peso Variação

    Banco de Moçambique (BM) 688,5 0,0 0,0% -100,0%

    Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) 347,0 223,0 56,1% -35,7%

    Companhia Mocambicana de Hidrocarbonetos (CMH) 40,2 132,1 33,2% 228,8%

    Mozambique Community Network (MCNet) 10,8 15,7 3,9% 45,8%

    Cimentos de Mocambique 0,0 10,8 2,7%

    Mozal 0,0 6,6 1,7%

    IGEPE 0,0 4,1 1,0%

    Banco Nacional de Investimentos (BNI) 0,0 3,7 0,9%

    STEMA 1,2 1,6 0,4% 34,1%

    Moçambique Celular (Mcel) 17,8 0,0 0,0% -100,0%

    Electricidade de Mocambique 10,5 0,0 0,0% -100,0%

    Emodraga 2,9 0,0 0,0% -100,0%

    DOMUS 0,1 0,0 0,0% -100,0%

    Total 1.118,8 397,6 100,0% -64,5%

    Contribuição dos Dividendos em % da Receita Total 1,0% 0,4% 100,0%

    Fonte : DNT e Autoridade Tributária de Moçambique

    43. Do total das receitas de dividendos, destaque vai para a contribuição da empresa Caminhos de Ferro de

    Moçambique, que desembolsou o equivalente a 56,1% do total arrecadado, proveniente do resultado líquido

    obtido no exercício económico de 2014.Em relação a igual período do ano transacto, a cobrança de

    dividendos registou um decréscimo nominal de 64,5%.

    44. As Concessões contribuíram no grupo das Receitas de Capital com o valor de 558,5 milhões de Meticais, ou

    seja, 0,5% da Receita Total, conforme a proveniência ilustrada na tabela 5.

    Tabela 5 - Receitas de Concessões (Em Milhões de Meticais)

    Instituições Jan - Set 2014 Jan -Set 2015 Peso Variação

    Hidroeletrica de Cahora Bassa (HCB) 370,1 529,23 94,8% 43,0%

    Maputo Port Development Company (MPDC) 153,6 0,0 0% -100,0%

    Mozambique Community Network (MCNET) 42,9 1,8 0% -95,8%

    Companhia do Desenvolv imento do Norte 37,9 27,4 0% -27,5%

    Total 604,5 558,5 100,0% -7,6%

    Contribuição das Concessões em % da Receita Total 0,5% 0,5%

    Fonte : DNT e Autoridade Tributária de Moçambique

    45. A Hidroeléctrica de Cahora Bassa contribiu com o equivalente a 95%do total das Receitas de Concessões.

    Relativamente a igual período do ano transacto as Receitas de Concessões registaram um decréscimo de

    7,6% em termos nominais.

    46. As outras Receitas de Capital, excluindo Dividendos e Taxas de Concessões, atingiram o montante de 497.5

    milhões de Meticais, com a distribuição que se mostra na Tabela seguinte:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    16

    Ano 2014 Ano 2015 Variação

    Jan-Set Jan-Set 2014/15

    Juros de Acordos de Retrocessão 297,0 330,4 66,4% 11,3%

    Instituto Nacional de Petróleo (INP) 0,0 143,0 28,7%

    Instituto Geológico Mineiro (IGM) 0,0 18,2 3,7%

    Moçambique Celular (Mcel) 4,9 5,9 1,2% 20,3%

    Italian Thai Development (ITD) 152,3 0,0 0,0% -100,0%

    Total 454,2 497,5 100,0% 9,5%

    Contribuição das Outras em % da Receita total 0,4% 0,5%

    Fonte: REOE Jan-Set 2014, DNT e AT.

    Proveniência Peso

    Tabela 6 - Outras Receitas de Capital, Excluindo Dividendos e Taxas de Concessões

    (Em Milhões de Meticais)

    47. Os juros de empréstimos de Retrocessão, contribuíram com o equivalente a 66,4%. Os valores

    desembolsados pelo Instituto Nacional de Petróleo e pelo Intituto Geológico Mineiro, são referentes a bónus

    e taxa de assinatura de contrato de exploração, tendo o primeiro contibuído com o corresponte a 28,7% do

    total das Outras Receitas de Capital e o segundo com 3,7%.

    48. A contribuição da Empresa Moçambique Celular, correspondente a 1,2% do total, é proveniente da taxa de

    licença de exploração.

    49. No global das Receitas do Estado destacam-se os Impostos sobre Bens e Serviços com uma contribuição

    equivalente a 43,1% e os Impostos sobre o Rendimento, com 37,7% da receita total, tendo as Receitas Não

    Fiscais, as Receitas Consignadas, os Outros Impostos e as Receitas de Capital contribuído com o

    correspondente a 7,7%, 6,2%, 3,8% e 1,4%, respectivamente, conforme mostra o Gráfico 3.

    50. A contribuição dos Mega projectos atingiu o montante de 7.611,4 milhões de Meticais, correspondente a

    6,9% da receita total cobrada e a um crescimento nominal de 6,3% relativamente a igual período do

    exercício anterior,conforme se pode observar na nota b/ do Mapa I e se resume na tabela 7.

    Impostos s/ o Rendimento

    37,7%

    Impostos s/ Bens e Serviços

    43,1%

    Outros Impostos3,8%

    Receitas Não Fiscais7,7%

    Receitas Consignadas

    6,2%

    Receitas de Capital1,4%

    Gráfico 3 - Estrutura das Receitas do Estado

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    17

    Tabela 7 - Contribui ção dos Megaprojectos

    (Em Milhões de Meticais)

    Megaprojectos Jan - Set 2014 Jan - Set 2015 Peso Variação

    Produção de Energia 1.730,5 1.912,4 25% 10,5%

    Exploração de Petró leo 3.318,8 3.702,3 49% 11,6%

    Exploração de Recursos Minerais 1.695,7 1.466,9 19% -13,5%

    Outros 418,4 529,7 7% 26,6%

    Total 7.163,4 7.611,4 100% 6,3%

    Contribuição dos Megaprojectos em % da Receita Total 6,2% 6,9%

    Fonte : REOE Jan - Set 2014 e Autoridade Tributária de Moçambique

    51. O sector de Exploração de Petróleo registou um crescimento nominal de 49% em relação ao período

    homólogo de 2014, devido ao aumento do volume de produção e comercialização. Entrentanto, o sector de

    Exploração de Recursos Minerais registou um decréscimo 13,5%, como resultado da queda do preço de

    carvão no mercado internacional.

    52. No período em análise deram entrada 3.706 pedidos de reembolso em Impostos sobre o Rendimento, no

    valor total 727,6 milhões de Meticais, sendo 29 relativos ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

    Colectivas e 3.677 ao Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, conforme se observa da tabela

    seguinte:

    Descrição

    Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor

    IRP Colectivas 41 626,1 1 0,4 29 655,4 10 116,4 -29,3 4,7 900,0 30.458,0

    IRP Singulares 12.063 203,3 10.126 113,7 3.677 72,3 2.712 37,8 -69,5 -64,5 -73,2 -66,7

    12.104 829,4 10.127 114,1 3.706 727,6 2.722 154,3 -69,4 -12,3 -73,1 35,2

    Fonte: Autoridade Tributária

    PagosSolicitados Pagos Solicitados Pagos Solicitados

    Jan-Set 2014 Jan-Set 2015 % Variação 2014/15

    Tabela 8 - Rembolsos em Impostos sobre o Rendimento

    (Em Milhões de Meticais)

    53. Os reembolsos efectuados atingiram o montante de 154,3 milhões de Meticais, correspondente a 2.722

    pedidos, sendo que o valor pago representa um crescimento de 35,2% relativamente ao período homólogo

    de 2014.

    4.2.2. FINANCIAMENTO DO DÉFICE

    54. Os desembolsos de financiamento externo (donativos e créditos), para o financiamento do défice orçamental,

    atingiram o valor de 32.721,0 milhões de Meticais, equivalente a 57,9% da previsão anual, com a

    composição que se mostra no Mapa II e se resume na tabela seguinte:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    18

    Modalidade

    de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de Previsão Realiz. % de

    Financiamento Anual Jan-Set Realiz. Anual Jan-Set Realiz. Anual Jan-Set Realiz.

    Apoio ao Orçamento a/ 3.970,7 6.739,5 169,7 4.760,5 1.154,2 24,2 8.731,2 7.893,7 90,4

    Financiamento Via CUT 12.695,9 5.823,8 45,9 6.167,9 1.295,2 21,0 18.863,8 7.119,0 37,7

    Financiam. Fora da CUT 3.797,1 1.325,4 34,9 14.545,9 14.492,8 99,6 18.343,1 15.818,2 86,2

    Acordos de Retrocessão 0,0 0,0 10.596,6 1.890,1 17,8 10.596,6 1.890,1 17,8

    Total 20.463,7 13.888,7 67,9 36.070,9 18.832,3 52,2 56.534,7 32.721,0 57,9

    a/ - Inclui Reembolsos no valor de 409,4 milhões de Meticais.

    Fonte: DNT, Módulo de Execução Orçamental (MEX) e Sectores

    Donativos Créditos TOTAL

    Tabela 9 - Desembolsos de Financiamento Externo

    (Em Milhões de Meticais)

    55. Por modalidades de financiamento, o Apoio ao Orçamento atingiu o correspondente a 90,4% da meta

    prevista para o ano, o financiamento via Conta Única do Tesouro (CUT) 37,7% e o financiamento fora da

    CUT 86,2%, tendo o financiamento para Acordos de Retrocessão se fixado em 17,8%.

    56. Por tipo de financiamento, os desembolsos em Donativos Externos atingiram o montante de 13.888,7

    milhões de Meticais e os Créditos Externos 18.832,3 milhões de Meticais, correspondentes a 67,9% e 52,2%

    da previsão anual, respectivamente.

    57. Para o Financiamento do Défice, isto é, entradas na CUT (Contravalores Não Consignados e Empréstimos

    Internos), saídas da CUT (Contravalores Consignados e Outros Fundos via CUT), pagamentos através de

    contas bancárias dos sectores e pagamentos directos pelo doador/credor, foram utilizados 26.451,3 milhões

    de Meticais, com a composição que se mostra no Mapa II-2 e se resume na tabela 10.

    Tipo Variação

    de Donati- Crédi- 2014/15

    Fnanciamento vos tos Valor Peso Valor Peso Valor Peso (%)

    Contravalores Não Consignados 8.957,8 309,5 9.267,3 6.250,7 52,8% 3.768,9 25,8% 10.019,6 37,9% 8,1

    Apoio ao Orç. e Bal. de Pagam. 8.957,8 309,5 9.267,3 6.250,7 52,8% 3.768,9 25,8% 10.019,6 37,9% 8,1

    Contravalores Consignados 7.513,9 24.995,5 32.509,4 5.583,0 47,2% 5.915,7 40,5% 11.498,6 43,5% -64,6

    FC-PROAGRI 41,1 0,0 41,1 12,3 0,1% 0,0 0,0% 12,3 0,0% -70,1

    FC-FASE 2.849,8 0,0 2.849,8 1.584,3 13,4% 0,0 0,0% 1.584,3 6,0% -44,4

    FC-PROSAÚDE 1.672,8 0,0 1.672,8 1.286,5 10,9% 0,0 0,0% 1.286,5 4,9% -23,1

    FC-Apoio ao Trib. Administrativo 79,3 0,0 79,3 22,6 0,2% 0,0 0,0% 22,6 0,1% -71,5

    FC-INE 139,3 0,0 139,3 59,7 0,5% 0,0 0,0% 59,7 0,2% -57,1

    FC-CEDSIF 112,6 0,0 112,6 126,3 1,1% 0,0 0,0% 126,3 0,5% 12,2

    FC-AT 141,9 0,0 141,9 197,2 1,7% 0,0 0,0% 197,2 0,7% 38,9

    FC-PPFD 106,3 0,0 106,3 42,0 0,4% 0,0 0,0% 42,0 0,2% -60,5

    FC-PESCAS 198,5 0,0 198,5 144,4 1,2% 0,0 0,0% 144,4 0,5% -27,3

    FC-PRONASA 131,5 0,0 131,5 45,0 0,4% 0,0 0,0% 45,0 0,2% -65,8

    FC-ASAS 18,9 0,0 18,9 2,4 0,0% 0,0 0,0% 2,4 0,0%

    Outros Fundos v ia CUT 820,9 754,0 1.574,9 741,9 6,3% 844,4 5,8% 1.586,3 6,0% 0,7

    Diversos Projectos/Sectores a/ 1.075,1 2.535,0 3.610,1 1.027,9 8,7% 2.945,0 20,1% 3.972,8 15,0% 10,0

    Diversos Projectos/Fontes b/ 125,8 13.903,9 14.029,7 289,6 2,4% 236,2 1,6% 525,8 2,0% -96,3

    Acordos de Retrocessão 0,0 7.802,6 7.802,6 0,9 0,0% 1.890,1 12,9% 1.891,0 7,1% -75,8

    Empréstimos Internos 0,0 2.522,0 2.522,0 0,0 0,0% 4.600,0 31,5% 4.600,0 17,4% 82,4

    Reembolsos e Ajuda Alimentar 7,4 298,8 306,2 0,0 0,0% 333,1 2,3% 333,1 1,3% 8,8

    Total 16.479,0 28.125,8 44.604,9 11.833,6 100,0% 14.617,7 100,0% 26.451,3 100,0% -40,7

    Peso 36,9 63,1 100,0 44,7 55,3 100,0

    a/- Financiamento através de contas bancárias dos sectores. b/- Pagamentos directos pelo doador/credor.

    Fonte: REOE Jan-Set 2014, DNT, MEX e Sectores.

    Tabela 10 - Financiamento do défice

    (Em Milhões de Meticais)

    Donativos Créditos Total

    Realização Jan-Set 2015Realização Jan-Set 2014

    Total

    58. Do total dos recursos utilizados, 44,7% foram constituídos por donativos e 52,8% por créditos, tendo os

    Contravalores não Consignados contribuído com 37,9%, os Contravalores Consignados com 43,5% e os

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    19

    Reembolsos e Ajuda Alimentar com 1,3% dos recursos totais. Relativamente ao ano anterior os recursos

    aplicados registaram um decréscimo de 40,7% em termos nominais.

    59. Entretanto, o fluxo de recursos registado nas contas bancárias dos diferentes fundos externos que transitam

    pela Conta Única do Tesouro no período em análise, apresenta-se na tabela 11.

    Fundos Externos Saldos em 31/12/2014 Entradas Saídas Saldos em

    30/09/2015

    Apoio ao Orçamento e Balança de Pgtos. 4.017,5 7.484,3 10.019,6 1.482,25

    FC-PROAGRI 124,9 35,1 12,3 147,8

    FC-FASE 524,6 2.370,7 1.584,3 1.310,9

    FC-PROSAÚDE 887,7 1.793,0 1.286,5 1.394,1

    FC-HIV/SIDA 4,5 0,0 0,0 4,5

    FC-Apoio ao Sector de Águas 2,5 15,3 2,4 15,4

    FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 61,8 12,7 22,6 52,0

    FC-INE 56,4 151,0 59,7 147,7

    FC-CEDSIF 111,0 55,5 126,3 40,2

    FC-ATM 242,0 0,0 197,2 44,8

    FCPPFD 16,3 25,7 42,0 0,0

    FC-PESCAS 37,4 106,9 144,4 0,0

    FC-PRONASA 43,4 123,3 45,0 121,6

    Outros Fundos 1.445,7 4.639,3 6.085,0 0,0

    Total 7.575,7 16.812,8 19.627,2 4.761,30

    Tabela 11- Movimentos dos Fundos Externos que transitam pela CUT (Em 10^6 Meticais)

    60. As entradas, no valor de 16.812,8 milhões de Meticais, correspondem aos desembolsos para as contas

    transitórias, sendo que as saídas, no valor de 19.627,2 milhões de Meticais, reflectem as transferências

    efectuadas da Conta Única do Tesouro para a realização das despesas.

    4.3. EXECUÇÃO DA DESPESA

    4.3.1. DESPESAS TOTAIS POR ÂMBITOS

    61. A realização da despesa atingiu, no período em análise o montante de 135.151,9 milhões de Meticais,

    correspondente a 59,8% do Orçamento anual e a um decréscimo de 17,7% em termos reais relativamente a

    igual período do exercício económico anterior, conforme se observa da tabela 12.

    Tipo de Variação

    Despesa e Orçamento Realiz. % Reali- % Realiz. % Reali- % 2014/15

    Âmbitos Anual Jan-Set zação Peso Anual Jan-Set zação Peso (%) a/

    Funcionamento 121.207,2 84.912,9 70,1 100,0 120.351,7 91.504,2 76,0 100,0 4,5

    Central 60.802,3 41.115,8 67,6 48,4 58.911,6 43.769,8 74,3 47,8 2,4

    Provincial 34.035,9 24.521,8 72,0 28,9 33.028,9 25.084,4 75,9 27,4 0,0

    Distrital 24.368,5 17.846,3 73,2 21,0 26.397,7 21.109,3 80,0 23,1 15,6

    Autárquico 2.000,5 1.429,1 71,4 1,7 2.013,5 1.540,7 76,5 1,7 5,3

    Investimento Interno 46.260,3 27.023,5 58,4 100,0 44.881,3 21.364,4 47,6 100,0 -22,7

    Central 34.494,1 19.906,0 57,7 73,7 34.363,6 15.842,0 46,1 74,2 -22,2

    Provincial 6.380,1 3.261,4 51,1 12,1 5.653,5 2.383,4 42,2 11,2 -28,6

    Distrital 4.124,2 2.827,9 68,6 10,5 3.635,1 2.205,3 60,7 10,3 -23,8

    Autárquico 1.262,0 1.028,3 81,5 3,8 1.229,1 933,7 76,0 4,4 -11,3

    Investimento Externo 58.279,6 24.706,8 42,4 100,0 38.298,2 9.607,7 25,1 100,0 -67,1

    Central 52.225,1 22.241,3 42,6 90,0 30.610,4 7.523,0 24,6 78,3 -71,4

    Provincial 5.107,0 2.083,0 40,8 8,4 6.886,9 1.673,3 24,3 17,4 -32,1

    Distrital 947,4 382,5 40,4 1,5 800,9 411,4 51,4 4,3 -9,1

    Operaç. Financeiras 23.346,7 12.069,5 51,7 100,0 22.893,7 12.675,7 55,4 100,0 -4,3

    Despesa Total 249.093,8 148.712,7 59,7 100,0 226.425,0 135.151,9 59,7 100,0 -13,1

    Central 170.868,1 95.332,6 55,8 64,1 146.779,3 79.810,4 54,4 59,1 -20,8

    Provincial 45.523,1 29.866,1 65,6 20,1 45.569,4 29.141,1 63,9 21,6 -5,4

    Distrital 29.440,1 21.056,6 71,5 14,2 30.833,8 23.726,0 76,9 17,6 9,8

    Autárquico 3.262,4 2.457,4 75,3 1,7 3.242,5 2.474,4 76,3 1,8 -1,6

    a/- Variação em temos reais, com inflação a 2,34% e variação cambial a 18,3%.

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

    Tabela 12 - Despesas Totais por Âmbitos(Em Milhões de Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    20

    62. A distribuição territorial das despesas mostra que os órgãos e instituições de âmbito central absorveram o

    equivalente a 59,1% da despesa total, tendo os de âmbito provincial, distrital e autárquico absorvido o

    equivalente a 21,6%, 17,6% e 1,8%, respectivamente.

    63. Em termos reais, em igual período de 2014 a despesa de âmbito distrital atingiu crescimento de 9,8%, como

    consequência do processo de descentralização verificada na Despesa de Funcionamento, tendo a de âmbito

    central, provincial e autárquico registado decréscimo na ordem de 20,8%, 5,4% e 1,6% respectivamente.

    4.3.2. DESPESAS DE FUNCIONAMENTO

    64. A Despesa de Funcionamento atingiu no período em análise o montante de 91.504,2 milhões de Meticais,

    correspondente a 76,% do Orçamento anual, tendo superado o nível de realização alcançado em igual

    período do exercício económico anterior em 5,9 pontos percentuais, conforme se resume na tabela 13.

    65. A Despesa com o Pessoal teve uma realização de 50.709,6 milhões de Meticais, correspondente a 79,0% do

    Orçamento anual, tendo os Salários e Remunerações alcançado uma realização equivalente a 79,6% e as

    Demais Despesas com o Pessoal 69,1%.

    Variação

    Classificação Económica Orç a m. Realiz. % Realiz. % 2014/15

    Anual Jan-Set Real. Anual Actualiz Jan-Set Real. (%)

    Despesas com o Pessoal 60.293,0 44.224,2 73,3 64.441,4 64.216,6 50.709,6 79,0 12,0

    Salários e Remunerações 55.580,6 41.010,9 73,8 60.600,4 60.330,5 48.022,6 79,6 14,4

    Demais Despesas c/ Pessoal 4.712,5 3.213,3 68,2 3.841,0 3.886,0 2.687,0 69,1 -18,3

    Bens e Serviços 26.943,7 18.764,4 69,6 24.495,1 24.679,4 17.152,4 69,5 -10,7

    Encargos da Dívida 6.069,3 3.689,2 60,8 6.922,8 6.922,8 5.549,1 80,2 34,9

    Juros Internos 3.428,7 1.859,4 54,2 4.181,0 3.548,8 2.175,1 61,3 14,3

    Juros Ex ternos 2.640,6 1.829,8 69,3 2.741,8 3.374,0 3.374,0 100,0 55,9

    Transferências Correntes 18.578,9 13.380,1 72,0 19.279,9 19.399,5 15.808,6 81,5 13,9

    Transfer. a Admin. Públicas 3.348,9 2.426,8 72,5 3.547,3 3.522,9 2.897,8 82,3 9,9

    Autarquias 2.000,5 1.429,1 71,4 2.013,5 2.013,5 1.540,7 76,5 5,3

    Embaixadas 1.221,7 902,0 73,8 1.239,5 1.267,8 1.257,3 99,2 17,8

    Outras 126,7 95,7 75,5 294,3 241,7 99,8 41,3 1,9

    Transfer. a Admin. Priv adas 571,0 451,4 79,0 504,1 517,1 437,6 84,6 -5,3

    Transferências a Famílias 14.283,1 10.240,8 71,7 14.780,5 14.888,9 12.120,8 81,4 15,7

    Pensões 9.536,9 7.191,6 75,4 9.128,5 9.340,8 8.326,9 89,1 13,1

    Assist. Social à População 2.829,1 1.726,6 61,0 3.097,0 3.052,8 2.074,4 68,0 17,4

    Demais Transf. a Famílias 1.917,1 1.322,6 69,0 2.555,0 2.495,3 1.719,5 68,9 27,0

    Transferências ao Ex terior 375,9 261,2 69,5 447,9 470,6 352,4 74,9 14,1

    Subsídios 2.671,3 1.572,0 58,8 3.157,1 3.157,1 1.578,5 50,0 -1,9

    Dos quais:

    Subs. aos Combustíveis 143,4 58,3

    Subs. à Farinha de Trigo 327,6 385,0 14,8

    Subs. ao Transportador 140,3 139,9 -2,6

    Exercícios Findos 333,6 105,0 31,5 201,9 201,9 18,2 9,0 -83,1

    Demais Desp. Correntes 5.922,1 3.061,0 51,7 1.340,4 1.261,3 496,0 39,3 -84,2

    Despesas de Capital 395,4 117,0 29,6 513,2 513,2 191,9 37,4 60,2

    Total 121.207,2 84.912,9 70,1 120.351,7 120.351,7 91.504,2 76,0 4,5

    a/ - Variação em termos reais, com inflação a 2,34% e v ariação cambial a 18,3%.

    Fonte: REOE Jan-Set 2014 e MEX.

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçam.

    Tabela 13 - Despesa de Funcionamento, Segundo a Classificação Económica

    (Em Milhões de Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    21

    66. Em relação a igual período do exercício económico anterior as Despesas com o Pessoal registaram um

    crescimento de 12,0% em termos reais, tendo os Salários e Remunerações aumentado em 14,4% e as

    Demais Despesas com o Pessoal reduzido em 18,3%.

    67. O crescimento das despesas com Salários e Remunerações explica-se pela admissão de novos funcionários

    no Aparelho do Estado, com destaque para os sectores da Educação e da Saúde.

    68. O pagamento de Salários e Remunerações pela via directa atingiu o valor de 36.143,3 milhões de Meticais,

    ou seja, 75,3% do total gasto nesta rubrica.

    69. Os Bens e Serviços absorveram o montante de 17.152,4 milhões de Meticais, equivalente a 69,5% da

    Orçamento anual e a um decréscimo de 10,7% em termos reais, relativamente a igual período do exercício

    económico anterior, o que se justifica pelo facto de nos primeiros quatro meses a execução das despesas ter

    sido feita com base no princípio duodecimal.

    70. Os Encargos da Dívida tiveram uma realização de 5.549,1 milhões de Meticais, representando 80,2% do

    Orçamento anual e um crescimento real de 34,9%, por influência de Juros Externos que registaram um

    crescimento real na ordem de 55,9%, devido ao aumento do capital em dívida no exercício económico

    anterior.

    71. As Transferências Correntes atingiram o montante de 15.808,6 milhões de Meticais, equivalente a 81,5% do

    Orçamento anual e a um crescimento real de 13,9% em relação ao período homólogo de 2014, sendo de

    destacar o crescimento de 27,0% registado nas Demais Transferências a Famílias, justificado pela

    priorização de acções que visam beneficiar as famílias desfavorecidas. O crescimento de 17,8% registado

    nas Transferências a Embaixadas deve-se ao ajustamento dos subsídios dos funcionários em serviço nas

    Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique.

    72. As despesas com Subsídios alcançaram o valor de 1.578,5 milhões de Meticais, correspondentes a 50,0%

    do Orçamento anual e a um decréscimo de 1,9% em termos reais, relativamente a igual período de 2014.

    73. Na rubrica de Exercícios Findos foi absorvido o montante de 18,2 milhões de Meticais, equivalente a 9,0% do

    Orçamento anual e a um decréscimo de 83,1% em termos reais, o que se justifica pela redução de despesas

    relativas a anos anteriores.

    74. As Demais Despesas Correntes tiveram uma realização de 496,0 milhões de Meticais, equivalente a 39,3%

    do Orçamento Anual e a um decréscimo de 84,2% em termos reais, influenciada pela retirada em 2015 da

    verba destinada ao reembolso do IVA.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    22

    75. As Despesas de Capital registaram uma realização de 191,9 milhões de Meticais, correspondentes a 37,4%

    do Orçamento anual e a um crescimento real de 60,2% em relação ao exercício económico anterior, como

    resultado do aumento da provisão de recursos para o melhor funcionamento dos órgãos e instituições do

    Estado.

    76. As dotações das Despesas de Funcionamento cabimentadas correspondem a 76,7% do Orçamento Anual,

    tendo as Transferências Correntes e os encargos da dívida efectuado cabimentações correspondentes a e

    81,9% e 80,2% das respectivas dotações orçamentais, conforme mostra a tabela 14.

    Segundo a Classificação Económica

    Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-

    Classificação Económica Anual Cabimen- sa Liqui- mentos

    (OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar

    Despesas com o Pessoal 64.216,6 51.187,8 50.709,6 50.358,4 351,2 79,7 99,1 99,3

    Salários e Remunerações 60.330,5 48.450,2 48.022,6 47.975,0 47,6 80,3 99,1 99,9

    Demais Despesas c/ Pessoal 3.886,0 2.737,6 2.687,0 2.383,4 303,6 70,4 98,2 88,7

    Bens e Serviços 24.679,4 17.427,8 17.152,4 16.808,4 344,0 70,6 98,4 98,0

    Encargos da Dívida 6.922,8 5.549,8 5.549,1 5.487,7 61,5 80,2 100,0 98,9

    Juros Internos 3.548,8 2.175,9 2.175,1 2.175,1 0,0 61,3 100,0 100,0

    Juros Externos 3.374,0 3.374,0 3.374,0 3.312,5 61,5 100,0 100,0 98,2

    Transferências Correntes 19.399,5 15.896,7 15.808,6 14.421,4 1.387,2 81,9 99,4 91,2

    Transfer. a Admin. Públicas 3.522,9 2.914,3 2.897,8 2.596,9 300,9 82,7 99,4 89,6

    Autarquias 2.013,5 1.554,4 1.540,7 1.540,7 0,0 77,2 99,1 100,0

    Embaixadas 1.267,8 1.257,3 1.257,3 969,2 288,1 99,2 100,0 77,1

    Outras 241,7 102,7 99,8 87,0 12,8 42,5 97,2 87,2

    Transfer. a Admin. Privadas 517,1 437,8 437,6 433,4 4,2 84,7 100,0 99,0

    Transferências a Famílias 14.888,9 12.186,9 12.120,8 11.230,3 890,5 81,9 99,5 92,7

    Pensões 9.340,8 8.334,5 8.326,9 7.655,0 671,9 89,2 99,9 91,9

    Assist. Social à População 3.052,8 2.081,5 2.074,4 1.902,3 172,1 68,2 99,7 91,7

    Demais Transf. a Famílias 2.495,3 1.771,0 1.719,5 1.673,0 46,5 71,0 97,1 97,3

    Transferências ao Exterior 470,6 357,7 352,4 160,8 191,7 76,0 98,5 45,6

    Subsídios 3.157,1 1.578,5 1.578,5 1.578,5 0,0 50,0 100,0 100,0

    Exercícios Findos 201,9 18,3 18,2 17,4 0,8 9,1 99,3 95,6

    Demais Despesas Correntes 1.261,3 503,0 496,0 487,5 8,6 39,9 98,6 98,3

    Despesas de Capital 513,2 194,5 191,9 191,9 0,0 37,9 98,7 100,0

    Total 120.351,7 92.356,5 91.504,2 89.351,0 2.153,2 76,7 99,1 97,6

    Fonte: MEX

    Tabela 14 - Despesas de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga,

    (Em Milhões de Meticais)

    %

    DC/OA

    %

    DP/DC

    %

    DL/DP

    77. Do total das dotações cabimentadas foram efectuados pagamentos equivalentes a cerca de 99,1%, sendo de

    destacar as rubricas de Juros Internos e Externos, Transferências às Embaixadas, Administrações Privadas

    e Subsídios, cujos pagamentos correspondem à totalidade dos valores cabimentados.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    23

    78. As despesas liquidadas representam a cerca de 97,6% dos pagamentos efectuados, tendo sido totalmente

    liquidadas as despesas realizadas nas rubricas de Juros Internos, Transferências a Autarquias, Subsídios e

    Despesas de Capital.

    79. No gráfico seguinte apresenta-se a repartição percentual das Despesas de Funcionamento, segundo a

    classificação económica.

    80. Observa-se do Gráfico 4 que as Despesas com o Pessoal absorveram o equivalente a 55,4% do total das

    Despesas de Funcionamento, seguidas pelos Bens e Serviços com 18,7% e pelas Transferências Correntes

    com 17,3%.

    4.3.2.1. Despesas de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos

    81. A repartição das Despesas de Funcionamento, segundo os diferentes âmbitos mostra que os órgãos e

    instituições de nível distrital absorveram o equivalente a 23,1% das despesas totais, as autarquias 1,7% os

    de âmbito provincial 27,4% e as de nível central 47,8%, conforme se observa da tabela 15.

    Fonte Taxa

    de Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Raliz.

    Recursos Valor Peso (%) Central Provincial Distrital Autárquico Valor Peso(%) (%)

    Recursos do Tesouro 114.887,6 95,5 42.195,7 24.913,1 21.029,1 1.540,1 89.678,0 98,0 78,1

    Receitas Consignada 2.442,5 2,0 840,3 93,1 1,5 0,6 935,5 1,0 38,3

    Receitas Própias 3.021,6 2,5 733,7 78,3 78,7 0,0 890,7 1,0 29,5

    Despesa Valor 120.351,7 100,0 43.769,8 25.084,4 21.109,3 1.540,7 91.504,2 100,0 76,0

    Total Peso (%) 47,8 27,4 23,1 1,7 100,0

    Orçamento Valor 58.911,6 33.028,9 26.397,7 2.013,5 120.351,7

    Peso (%) 48,9 27,4 21,9 1,7 100,0

    Taxa de Realização (%) 74,3 75,9 80,0 76,5 76,0

    Fonte: MEX

    Orçamento

    Anual

    Realização

    Total

    Tabela 15 - Despesa de Funcionamento por Âmbito e Fonte de Recursos

    ( Em Milhões de Meticais)

    Despesas com o Pessoal55,4%Bens e Serviços

    18,7%

    Encargos da Dívida6,1%

    Transferências Correntes

    17,3%

    Subsídios1,7%

    Exercícios Findos0,0% Demais Despesas

    Correntes0,5%

    Gráfico 4 - Estrutura da Despesa de Funcionamento

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    24

    82. As Despesas de Funcionamento foram maioritariamente financiadas por Recursos do Tesouro, que

    contribuíram com o correspondente a 98,0% das despesas totais, tendo as Receitas Consignadas e as

    Receitas Próprias financiado o equivalente a 1,0%, cada. Em termos de desempenho constata-se que as

    despesas financiadas por Recursos do Tesouro tiveram uma realização correspondente a 78,3% do

    Orçamento anual, tendo as financiadas por Receitas Consignadas e por Receitas Próprias atingido o

    equivalente a 38,3% e 29,5%das respectivas dotações orçamentais.

    83. Na distribuição territorial, destaque vai para as autarquias e para os órgãos e instituições de âmbito distrital,

    com taxas de realização equivalentes respectivamente a 80% e 76,5%do Orçamento anual, tendo os órgãos

    de âmbito provincial e central, atingido o correspondente a 75,9% e 74,3%, respectivamente, conforme

    ilustra a tabela 16.

    Variação

    Âmbito Orçamento Realiz. % de Realiz. % de 2014/15

    Anual Jan-Set Realiz.Lei 1/2014Inicial Anual Jan-Set Realiz. (%) a/

    Âmbito Central 60.802,3 41.115,8 67,6 59.333,4 58.911,6 43.769,8 74,3 2,4%

    Âmbito Provincial 34.035,9 24.521,8 72,0 33.300,8 33.028,9 25.084,4 75,9 0,0%

    Niassa 2.440,6 1.744,1 71,5 2.343,4 2.235,7 1.778,6 79,6 -0,4%

    Cabo Delgado 4.261,5 3.094,6 72,6 3.443,5 3.703,9 3.286,9 88,7 3,8%

    Nampula 5.080,5 3.699,0 72,8 5.008,8 4.926,2 3.767,4 76,5 -0,5%

    Zambézia 2.893,0 2.025,0 70,0 3.084,8 2.974,5 2.047,1 68,8 -1,2%

    Tete 2.682,5 1.942,4 72,4 2.736,1 2.796,5 1.910,8 68,3 -3,9%

    Manica 2.532,8 1.826,8 72,1 2.623,7 2.521,5 1.936,6 76,8 3,6%

    Sofala 4.008,5 2.891,7 72,1 3.869,1 3.880,3 2.957,0 76,2 -0,1%

    Inhambane 1.917,4 1.358,4 70,8 1.846,0 1.815,4 1.349,6 74,3 -2,9%

    Gaza 2.021,5 1.438,9 71,2 2.071,8 1.998,0 1.421,7 71,2 -3,5%

    Maputo 2.668,7 1.953,7 73,2 2.751,5 2.617,7 1.988,4 76,0 -0,6%

    Cidade de Maputo 3.528,9 2.547,1 72,2 3.522,2 3.559,3 2.640,3 74,2 1,3%

    Âmbito Distrital 24.368,5 17.846,2 73,2 25.704,1 26.397,7 21.109,3 80,0 15,6%

    Distritos de Niassa 1.561,8 1.144,1 73,3 1.628,7 1.771,7 1.419,8 80,1 21,3%

    Distritos de Cabo Delgado 2.057,9 1.475,9 71,7 2.106,4 2.085,4 1.688,8 81,0 11,8%

    Distritos de Nampula 3.959,8 2.907,1 73,4 4.201,0 4.287,5 3.363,7 78,5 13,1%

    Distritos de Zambézia 4.378,6 3.206,2 73,2 4.690,7 4.851,7 3.970,5 81,8 21,0%

    Distritos de Tete 2.103,8 1.551,2 73,7 2.199,5 2.148,1 1.747,4 81,3 10,1%

    Distritos de Manica 2.131,5 1.555,6 73,0 2.270,7 2.277,8 1.878,2 82,5 18,0%

    Distritos de Sofala 2.088,7 1.556,3 74,5 2.136,2 2.167,7 1.755,2 81,0 10,2%

    Distritos de Inhambane 2.440,5 1.771,4 72,6 2.763,2 2.843,5 2.119,1 74,5 16,9%

    Distritos de Gaza 1.877,2 1.374,0 73,2 1.891,9 1.979,2 1.634,1 82,6 16,2%

    Distritos de Maputo 1.768,8 1.304,5 73,7 1.815,8 1.985,2 1.532,6 77,2 14,8%

    Âmbito Autárquico 2.000,5 1.429,1 71,4 2.013,5 2.013,5 1.540,7 76,5 5,3%

    Total 121.207,2 84.912,9 70,1 120.351,7 120.351,7 91.504,2 76,0 4,5%

    a/- Em temos reais, com inflação a 2,34% e variação cambial a 18,3%.

    Fonte: REOE Jan-Set 2014 e MEX.

    Tabela 16 - Despesa de Funcionamento por Âmbitos (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    25

    84. Em relação ao período homólogo do exercício económico anterior, há a destacar o crescimento registado

    nos órgãos e instituições de nível distrital, na ordem de 15,6% em termos reais, facto que se explica pela

    criação de 13 novos distritos em 2014, cuja execução orçamental iniciou no segundo semestre daquele

    exercício económico.

    85. Analisando as dotações cabimentadas, constata-se que os órgãos e instituições do nível provincial e distrital

    cabimentaram o equivalente a 81,1% e 80,4% do Orçamento anual, respectivamente, tendo os de nível

    autárquico e central cabimentado o correspondente a 77,2% e 75,3%, respectivamente.

    86. Os pagamentos efectuados atingiram o correspondente a cerca de 97,4% das dotações cabimentadas,

    conforme se pode observar da tabela seguinte:

    87. No detalhe as despesas liquidadas correspondem a 98,3% dos pagamentos efectuados, exceptuando

    Niassa, e Maputo Provincia. As liquidações correspondem à totalidade dos pagamentos realizados.

    Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-

    Âmbito Anual Cabimen- sa Liqui- mentos

    (OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar

    Âmbito Central 58.911,6 44.368,7 43.769,8 42.652,0 1.117,8 75,3 98,7 97,4

    Âmbito Provincial 33.028,9 26.776,0 25.084,4 24.921,1 163,4 81,1 93,7 99,3

    Niassa 2.235,7 1.865,0 1.778,6 1.778,6 0,0 83,4 95,4 100,0

    Cabo Delgado 3.703,9 3.376,3 3.286,9 3.123,6 163,4 91,2 97,4 95,0

    Nampula 4.926,2 4.025,8 3.767,4 3.767,4 0,0 81,7 93,6 100,0

    Zambézia 2.974,5 2.172,5 2.047,1 2.047,1 0,0 73,0 94,2 100,0

    Tete 2.796,5 1.972,2 1.910,8 1.910,8 0,0 70,5 96,9 100,0

    Manica 2.521,5 2.041,0 1.936,6 1.936,6 0,0 80,9 94,9 100,0

    Sofala 3.880,3 3.172,1 2.957,0 2.957,0 0,0 81,7 93,2 100,0

    Inhambane 1.815,4 1.482,1 1.349,6 1.349,6 0,0 81,6 91,1 100,0

    Gaza 1.998,0 1.520,7 1.421,7 1.421,7 0,0 76,1 93,5 100,0

    Maputo 2.617,7 2.168,8 1.988,4 1.988,4 0,0 82,9 91,7 100,0

    Cidade de Maputo 3.559,3 2.979,5 2.640,3 2.640,3 0,0 83,7 88,6 100,0

    Âmbito Distrital 26.397,7 21.211,8 21.109,3 20.803,4 305,9 80,4 99,5 98,6

    Distritos de Niassa 1.771,7 1.424,1 1.419,8 1.413,8 6,0 80,4 99,7 99,6

    Distritos de Cabo Delgado 2.085,4 1.700,7 1.688,8 1.652,2 36,5 81,6 99,3 97,8

    Distritos de Nampula 4.287,5 3.400,6 3.363,7 3.316,2 47,5 79,3 98,9 98,6

    Distritos de Zambézia 4.851,7 3.986,5 3.970,5 3.852,0 118,5 82,2 99,6 97,0

    Distritos de Tete 2.148,1 1.753,9 1.747,4 1.720,3 27,1 81,6 99,6 98,5

    Distritos de Manica 2.277,8 1.884,1 1.878,2 1.861,4 16,8 82,7 99,7 99,1

    Distritos de Sofala 2.167,7 1.760,0 1.755,2 1.751,7 3,5 81,2 99,7 99,8

    Distritos de Inhambane 2.843,5 2.124,5 2.119,1 2.090,4 28,7 74,7 99,7 98,6

    Distritos de Gaza 1.979,2 1.638,8 1.634,1 1.612,6 21,4 82,8 99,7 98,7

    Distritos de Maputo 1.985,2 1.538,6 1.532,6 1.532,6 0,0 77,5 99,6 100,0

    Âmbito Autárquico 2.013,5 1.554,4 1.540,7 1.540,7 0,0 77,2 99,1 100,0

    Total 120.351,7 93.910,8 91.504,2 89.917,2 1.587,0 78,0 97,4 98,3

    Fonte: MEX

    %

    DC/OA

    %

    DP/DC

    %

    DL/DP

    Tabela 17 - Despesa de Funcionamento Cabimentada, Liquidada e Paga, por Âmbitos

    (Em Milhões de Meticais)

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    26

    4.3.3. DESPESA DE INVESTIMENTO

    88. A Despesa de Investimento atingiu no período em análise o montante de 30.972,0 milhões de Meticais,

    equivalentes a 37,2% do Orçamento anual, sendo 21.364,4 milhões de Meticais na componente interna e

    9.607,7 milhões de Meticais na componente externa, correspondentes respectivamente a 47,6% e 25,1%,

    conforme ilustra a tabela 18.

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2015 Varia-

    Financiamento Orça- Reali- (%) Reali- (%) ção

    mento zação de zação de 2014/15

    Anual Jan-Set Realiz Inicial Actual Jan-Set Realiz ( %) a/

    INTERNO 46.260,3 27.023,5 58,4% 44.881,3 44.881,3 21.364,4 47,6% -22,7%

    EXTERNO 58.279,5 24.706,5 42,4% 38.298,2 38.298,2 9.607,7 25,1% -67,1%

    Donativos 21.566,8 7.513,0 34,8% 16.493,0 17.274,6 5.582,1 32,3% -37,2%

    Fundos Comuns 10.807,7 5.491,6 50,8% 6.835,9 8.382,8 3.522,7 42,0% -45,8%

    FC-PROAGRI 100,3 41,1 41,0% 0,0 69,3 12,3 17,7% -74,7%

    FC-FASE 4.629,4 2.849,8 61,6% 2.611,6 3.506,8 1.584,3 45,2% -53,0%

    FC-PROSAÚDE 3.095,0 1.672,8 54,0% 2.826,7 2.905,6 1.286,5 44,3% -35,0%

    FC-UTRAFE 251,1 112,6 44,8% 177,1 259,4 126,3 48,7% -5,2%

    FC-PEDSA 242,1 0,0 0,0% 16,1 8,8 0,0

    FC-Apoio ao Tribunal Administrativo 335,6 79,3 23,6% 82,6 109,9 22,6 20,5% -75,9%

    FC-INE 344,7 139,3 40,4% 213,9 213,9 59,7 27,9% -63,8%

    FC-AAT 549,5 141,9 25,8% 259,7 489,6 197,2 40,3% 17,5%

    FC-PPFD 216,0 106,3 49,2% 18,9 49,2 42,0 85,3% -66,6%

    FC-PES 308,0 198,5 64,4% 280,9 280,9 144,4 51,4% -38,5%

    FCESTRADA 388,6 0,0 0,0% 194,6 194,6 0,0 0,0%

    FC-PRONASA 226,3 131,5 58,1% 68,5 209,4 45,0 21,5% -71,1%

    FCASAS 121,1 18,5 15,3% 85,3 85,3 2,4 2,8% -89,0%

    FC-IGF 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

    Outros Fundos 10.759,1 2.021,4 18,8% 9.657,1 8.891,8 2.059,4 23,2% -13,9%

    Outros Fundos via CUT 3.311,5 820,9 24,8% 5.860,0 7.557,4 741,9 9,8% -23,6%

    Outros Fundos extra CUT 7.447,6 1.200,5 16,1% 3797,10 1334,40 1317,43 98,7% -7,2%

    Créditos 36.712,7 17.193,5 46,8% 21.805,2 21.023,7 4.025,6 19,1% -80,2%

    Outros Fundos via CUT 4.374,4 754,2 17,2% 6.167,9 6.565,6 844,4 12,9% -5,4%

    Outros Fundos extra CUT 32.338,3 16.439,3 50,8% 15637,30 14458,01 3181,21 22,0% -83,6%

    Total 104.539,8 51.730,0 49,5% 83.179,5 83.179,6 30.972,0 37,2% -43,9%

    a/- Em termos reais, com inflação a 2,34 % e variação cambial a 18,3%.

    Orçamento

    Ano 2014

    Anual

    Tabela 18- Despesa de Ivestimento, segundo a Origem e Modalidade de Financiamento

    89. O nível de realização das Despesas de Investimento foi influenciado pelo facto de nos primeiros quatro

    meses do ano terem sido executados apenas os projectos inscritos no Orçamento do Estado de 2014.

    90. Observa-se do Gráfico 5 que as despesas financiadas pela componente interna tiveram maior peso na

    realização das Despesas de Investimento, tendo atingido o equivalente a 69,0% do total, contra 18,0% da

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    27

    financiada pelosdonativos externos e 13,0% pelos créditos externos.

    91. Na componente externa de investimento, o financiamento via CUT representa, em termos de distribuição

    orçamental, 58,8% da despesa total e o fora da CUT 41,2%, conforme mostra a tabela 18.

    Variação

    Financiamento Taxa Taxa 2012/13

    Valor Peso Valor Peso Realiz.

    Valor Peso Valor Peso Realiz. ( %) a/

    Via CUT 18.493,6 32% 7.066,5 28,6% 38,2% 22.505,8 58,8% 5.109,0 53,2% 22,7% -38,9%

    Fundos Comuns 10.807,7 19% 5.491,6 22,2% 50,8% 8.382,8 21,9% 3.522,7 36,7% 42,0% -45,8%

    Fundos Individuais 7.685,9 13% 1.574,9 6,4% 20,5% 14.123,1 36,9% 1.586,3 16,5% 11,2% -14,9%

    Fora da CUT 39.785,9 68% 17.639,8 71,4% 44,3% 15.792,4 41,2% 4.498,6 46,8% 28,5% -78,4%

    Outros Fundos 39.785,9 68% 17.639,8 71,4% 44,3% 15.792,4 41,2% 4.498,6 46,8% 28,5% -78,4%

    Total 58.279,5 100% 24.706,3 100,0% 42,4% 38.298,2 100,0% 9.607,7 100,0% 25,1% -67,1%

    a/- Em termos reais, com variação cambial a 18,3%.

    Tabela 19 - Componente Externa, por Origem

    e Modalidade de Financiamento

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014 Ano 2015

    Orçamento Anual Realização Jan/Set Orçamento AnualRealização

    Jan/Setr

    92. Em termos de realização, verifica-se que o financiamento via CUT teve uma participação correspondente a

    53,2% da despesa total da componente externa, sendo de destacar os Fundos Comuns, que tiveram uma

    participação de 36,7%, tendo o financiamento fora da CUT registado o equivalente a 46,8%.

    Componente Interna69,0%

    Donativos Externos

    18,0%

    Créditos Externos13,0%

    Gráfico 5 - Estrutura das Despesas de Investimento

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    28

    4.3.3.1. Despesa de Investimento por Fonte de Recursos

    93. A repartição da Despesa de Investimento, por fonte de financiamento, verifica-se que os Recursos do Tesouro tiveram maior contribuição ao financiarem o equivalente a 52,6% da despesa total, seguindo-se as

    Receitas Consignadas com 16,3%. No global das Despesas de Investimento o financiamento interno

    contribuiu com o equivalente a 69,0%e o externo com 31,0%. A tabela abaixo ilustra o descrito neste

    parágrafo.

    Fonte

    Orçament

    o Taxa

    de Anual Âmbito Âmbito Âmbito Âmbito Total Realiz.

    Recurso Valor Peso Central Provincial DistritalAutárqui

    coValor Peso (%)

    Internos 44.881,3 54,0% 15.842,0 2.383,4 2.205,3 933,7 21.364,4 69,0% 47,6%

    Recursos do Tesouro 32.930,3 39,6% 10.779,7 2.364,8 2.203,8 933,7 16.282,0 52,6% 49,4%

    Receitas Consignadas 10.708,4 12,9% 5.041,9 7,3 1,1 0,0 5.050,2 16,3% 47,2%

    Receitas Próprias 1.242,6 1,5% 20,4 11,3 0,4 0,0 32,1 0,1% 2,6%

    Externos 38.298,2 46,0% 7.523,0 1.673,3 411,4 0,0 9.607,7 31,0% 25,1%

    Donativos Ext. em Moeda 10.648,9 12,8% 3.542,3 1.559,3 411,4 0,0 5.513,0 17,8% 51,8%

    Donativos Ext. em Espécie 982,3 1,2% 172,0 114,1 0,0 0,0 286,1 0,9% 29,1%

    Créditos Ext. em Moeda 21.069,9 25,3% 3.646,5 0,0 0,0 3.646,5 11,8% 17,3%

    Créditos Ext. em Espécie 5.597,2 6,7% 162,2 0,0 0,0 0,0 162,2 0,5% 2,9%

    Despesa Valor 83.179,6 100% 23.365,0 4.056,7 2.616,7 933,7 30.972,1 100,0 0,4

    Total Peso 75,4% 13,1% 8,4% 3,0% 100,0%

    Orçamento Valor 66.254,1 10.829,6 4.908,4 1.187,6 83.179,6

    Anual Peso 79,7% 13,0% 5,9% 1,4% 100,0%

    Taxa de Realiz. (%) 35,3% 37,5% 53,3% 78,6% 37,2%

    Tabela 20- Investimento por Âmbito e Fonte de Recursos

    (Em Milhões de Meticais)

    Realização Jan-Set

    94. A distribuição territorial da componente interna das Despesas de Investimento em 2015 quando comparado

    com a de 2014, verifica-se que a disponibilidade dos recursos neste último é maior, isso deve-se ao facto de

    em 2014 ter havido recursos extraordinários, facto que não se verifica em 2015, reflectindo-se nos níveis de

    realização de despesa, conforme reporta a tabela que se segue:

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    29

    Variação

    Âmbito Orçam. Realiz. % de Realiz. % de 2014/15

    Anual Jan-Set Realiz. Anual Jan-Set Realiz. (%) a/

    Âmbito Central 34.494,1 19.906,0 57,7 33.910,5 15.842,0 46,7 -22,2

    Âmbito Provincial 6.380,1 3.261,4 51,1 5.808,0 2.383,4 41,0 -28,6

    Niassa 325,9 202,9 62,3 278,8 133,7 47,9 -35,6

    Cabo Delgado 346,2 188,3 54,4 397,5 166,9 42,0 -13,4

    Nampula 1.160,4 683,8 58,9 1.138,0 510,2 44,8 -27,1

    Zambézia 997,3 418,4 41,9 945,4 261,3 27,6 -39,0

    Tete 509,1 227,6 44,7 489,5 188,8 38,6 -18,9

    Manica 377,9 149,4 39,5 314,7 156,8 49,8 2,6

    Sofala 805,9 447,2 55,5 763,4 345,4 45,2 -24,5

    Inhambane 355,6 184,4 51,9 314,3 139,6 44,4 -26,0

    Gaza 789,1 385,0 48,8 509,1 166,6 32,7 -57,7

    Maputo 490,1 255,9 52,2 417,2 200,8 48,1 -23,4

    Cidade de Maputo 222,7 118,4 53,2 240,2 113,2 47,1 -6,6

    Âmbito Distrital 4.124,2 2.827,9 68,6 3.975,3 2.205,3 55,5 -23,8

    Distritos de Niassa 382,2 259,7 68,0 354,6 252,3 71,1 -5,1

    Distritos de Cabo Delgado 372,8 288,4 77,4 359,6 200,8 55,9 -32,0

    Distritos de Nampula 686,1 496,3 72,3 702,1 387,8 55,2 -23,6

    Distritos da Zambézia 772,1 423,0 54,8 745,4 360,0 48,3 -16,8

    Distritos de Tete 427,3 308,5 72,2 380,7 237,0 62,2 -24,9

    Distritos de Manica 390,7 246,0 63,0 319,6 216,3 67,7 -14,1

    Distritos de Sofala 299,9 216,0 72,0 278,1 109,9 39,5 -50,3

    Distritos de Inhambane 337,4 268,4 79,5 340,5 224,4 65,9 -18,3

    Distritos de Gaza 271,9 204,3 75,1 310,7 121,5 39,1 -41,9

    Distritos de Maputo 183,8 117,3 63,8 183,9 95,3 51,8 -20,6

    Âmbito Autárquico 1.262,0 1.028,3 81,5 1.187,6 933,7 78,6 -11,3

    Total 46.260,3 27.023,5 58,4 44.881,3 21.364,4 47,6 -22,7

    a/- Variação em termos reais, com inflação média de 2,34%.

    Fonte: REOE Jan-Set 2014 e MEX.

    Tabela 21 - Componente Interna de Investimento por Âmbitos

    (Em Milhões de Meticais)

    Ano 2014

    Orçamento

    Ano 2015

    95. Observa-se da tabela anterior que as autarquias tiveram o maior desempenho, tendo atingido um nível de

    realização correspondente a 78,6% do Orçamento anual, seguidos pelos órgãos e instituições de âmbito

    distrital com 55,5%, tendo os de âmbito central e provincial se fixado em 46,7% e 41,0%, respectivamente.

    96. Comparativamente a igual período do exercício económico anterior, constata-se que o nível de realização

    alcançado representa um decréscimo de 18,3% em termos reais, devido ao facto de nos primeiros quatro

    meses terem sido executados apenas os projectos inscritos em 2014 e que tenham continuidade no

    exercício económico de 2015, conforme foi anteriormente referido.

    97. Na componente interna de investimento as dotações orçamentais cabimentadas são equivalentes a 49,0%

    do Orçamento anual, destacando-se as autarquias, que cabimentaram o equivalente a 78,6%, conforme

    ilustra a tabela 21.

  • ______________________________ Relatório de Execução do Orçamento do Estado Jan-Set de 2015

    30

    Orçamento Despesa Despe- Despesa Adianta-

    Âmbito Anual Cabimen- sa Liqui- mentos

    (OA) tada (DC) Paga (DP) dada (DL) por Liquidar

    Âmbito Central 33.910,5 16.326,4 15.842,0 14.714,2 1.127,7 48,1 97,0 92,9

    Âmbito Provincial 5.808,0 2.469,9 2.383,4 2.337,6 45,7 42,5 96,5 98,1

    Niassa 278,8 137,6 133,7 128,4 5,2 49,4 97,1 96,1

    Cabo Delgado 397,5 172,2 166,9 166,9 0,0 43,3 96,9 100,0

    Nampula 1.138,0 528,1 510,2 494,2 16,0 46,4 96,6 96,9

    Zambézia 945,4 276,6 261,3 254,4 6,9 29,3 94,5 97,4

    Tete 489,5 191,7 188,8 182,2 6,6 39,2 98,5 96,5

    Manica 314,7 160,1 156,8 156,3 0,5 50,9 98,0 99,7

    Sofala 763,4 352,5 345,4 335,2 10,2 46,2 98,0 97,0

    Inhambane 314,3 140,3 139,6 139,4 0,3 44,6 99,5 99,8

    Gaza 509,1 171,6 166,6 166,6 0,0 33,7 97,1 100,0

    Maputo 417,2 207,4 200,8 200,8 0,0 49,7 96,8 100,0

    Cidade de Maputo 240,2 131,8 113,2 113,2 0,0 54,9 85,9 100,0

    Âmbito Distrital 3.975,3 2.248,9 2.205,3 1.931,6 273,7 56,6 98,1 87,6

    Distritos de Niassa 354,6 255,1 252,3 251,5 0,7 72,0 98,9 99,7

    Distritos de Cabo Delgado 359,6 217,8 200,8 200,8 0,0 60,6 92,2 100,0

    Distritos de Nampula 702,1 391,9 387,8 340,8 47,0 55,8 98,9 87,9

    Distritos de Zambézia 745,4 369,1 360,0 316,4 43,7 49,5 97,5 87,9

    Distritos de Tete 380,7 239,0 237,0 142,3 94,7 62,8 99,1 60,0

    Distritos de Manica 31