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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO ALLYSON DOS REIS MOREIRA HADRYEL HOLANDA LUCAS MINTO MAIA SOUTO THAINÃ MONTEIRO VANESSA BRAGANÇA WREZINSKI SISTEMA DE DETECÇÃO DE BURACOS EM ESTRADAS CURITIBA 2013

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE INFORMÁTICA

CURSO DE ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

ALLYSON DOS REIS MOREIRA

HADRYEL HOLANDA

LUCAS MINTO MAIA SOUTO

THAINÃ MONTEIRO

VANESSA BRAGANÇA WREZINSKI

SISTEMA DE DETECÇÃO DE BURACOS EM ESTRADAS

CURITIBA

2013

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ALLYSON DOS REIS MOREIRA

HADRYEL HOLANDA

LUCAS MINTO MAIA SOUTO

THAINÃ MONTEIRO

VANESSA BRAGANÇA WREZINSKI

SISTEMA DE DETECÇÃO DE BURACOS EM ESTRADAS

Monografia apresentada à Disciplina Oficina de Integração II, do Curso Superior de Engenharia de Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientador: Prof. Daniel Rossato de Oliveira, M. Sc.

CURITIBA

2013

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SISTEMA DE DETECÇÃO DE BURACOS E FALHAS EM ESTRADAS

BRASILEIRAS

Monografia apresentada no dia 24 de abril de 2013 como requisito ao projeto

da disciplina Oficina de Integração II, do curso de Engenharia de Computação da

Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A Banca contará com a presença dos

professores Hugo Vieira Neto e Daniel Rossato de Oliveira e do aluno Rui Pimentel

Leite.

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RESUMO

Com este projeto, tivemos o objetivo final de produzir um sistema capaz de

detectar buracos em estradas ou rodovias, por meio da análise de variações das

acelerações sofridas por um acelerômetro acoplado a um veículo. O acelerômetro é

conectado a uma plataforma de prototipagem eletrônica de hardware (Arduino),

devidamente programada e que é capaz de ler e interpretar os valores do sensor. O

Arduino, por sua vez, é conectado a um computador rodando um software que é

capaz de interpretar os dados recebidos. A detecção dos buracos é realizada via

software por meio da interpretação dos valores fornecidos pelo sistema embarcado.

Palavras-chave: Detecção de buracos, sistema embarcado, acelerômetro, Arduino.

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ABSTRACT

The objective of this project is to produce a system that is capable of detecting

holes in places such as roads or highways. This is done through the analysis of the

acceleration variation suffered by an accelerometer attached to a vehicle. The

accelerometer is connected to electronics prototyping platform hardware (Arduino)

that is properly programmed to be able to read and interpret the values given by the

sensor. The Arduino is connected to a computer running software that is able to

interpret the data received. The hole detection is performed via software through the

interpretation of the values provided by the embedded system.

Keywords: Detection of holes, embedded system, accelerometer, Arduino.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Diagrama de Bloco do Sistema ................................................................ 11

Figura 2 – Diagrama de Bloco do Software. .............................................................. 12

Figura 3 – Arduino Mega 2560 .................................................................................. 15

Figura 4 - Sinal de Dados e Sinal de Clock (DIAS FILHO, s.d.) ................................ 16

Figura 5 – Acelerômetro ADXL 345. .......................................................................... 18

Figura 6 – Comunicação entre Arduino e Acelerômetro ............................................ 19

Figura 7 – Módulos do Software ................................................................................ 20

Figura 8 - Vetor de Acelerações Z ............................................................................. 21

Figura 9 - Exemplo do Algoritmo ............................................................................... 22

Figura 10 – Fluxograma do Algoritmo. ...................................................................... 23

Figura 11 – Dados Brutos(Raw) provenientes do Acelerômetro e Dados Escalados.

.................................................................................................................................. 27

Figura 12 - Análise da Velocidade Máxima .............................................................. 28

Figura 13 - Caixa sobre bicicleta. .............................................................................. 30

Figura 14 – Detalhe do Encapsulamento do Sensor e Arduino. ................................ 31

Figura 15 - Buraco 1. ................................................................................................. 32

Figura 16 - Buraco 2 com roda de bicicleta. .............................................................. 33

Figura 17 - Declive em calçada. ................................................................................ 34

Figura 18 – Amortecedor ........................................................................................... 37

Figura 19 – Cronograma ........................................................................................... 44

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 9

1.1. Objetivos ........................................................................................................ 9

1.2. Justificativa .................................................................................................... 9

1.3. Funcionamento do Sistema ......................................................................... 10

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 13

2.1. Arduino ........................................................................................................ 14

2.2. Protocolo I2C .............................................................................................. 15

3 METODOLOGIA .......................................................................................... 17

3.1. Hardware ..................................................................................................... 17

3.1.1. Acelerômetro ............................................................................................... 17

3.1.1.1. Código do Arduino ............................................................................... 18

3.1.1.1. Arduino e Acelerômetro ....................................................................... 18

3.2. Software ....................................................................................................... 19

3.2.1. Arquitetura do Software .............................................................................. 20

3.2.2. Detector de Buracos ................................................................................... 21

3.2.3. Simplificações do problema ........................................................................ 21

3.2.1. O algoritmo ................................................................................................. 21

3.2.2. Exemplo do algoritmo ................................................................................. 22

3.2.3. Fluxograma do algoritmo ............................................................................ 23

3.3. Versionamento ............................................................................................ 24

3.4. Controle de Tarefas .................................................................................... 24

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................. 26

4.1.1. Simulação ................................................................................................... 26

4.1.1.1. Carrinho ............................................................................................... 29

4.1.1.2. Bicicleta ................................................................................................ 29

4.3. Testes Reais ............................................................................................... 31

4.3.1. O Protótipo .................................................................................................. 31

4.3.2. Os buracos .................................................................................................. 31

4.3.2.1. Buraco 1 ............................................................................................... 32

4.3.2.2. Buraco 2 ............................................................................................... 32

4.3.2.3. Declive ................................................................................................. 33

4.3.3. Os testes ..................................................................................................... 34

4.3.3.1. Configuração ........................................................................................ 34

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4.3.3.2. Teste 1 ................................................................................................. 35

4.3.3.3. Teste 2 ................................................................................................. 36

4.3.3.4. Teste 3 ................................................................................................. 37

5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 40

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 41

APÊNDICES ......................................................................................................... 42

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1 INTRODUÇÃO

Grande parte das estradas brasileiras está em estado deplorável de

conservação e possui diversos buracos. Os motoristas precisam ter muita atenção

ao conduzir seus veículos, pois algumas rodovias possuem tantos buracos que é

preciso escolher em qual passar, e, com isso, aumenta tanto o custo da manutenção

dos veículos quanto o número de acidentes (Borges et. al, 2011).

As empresas responsáveis pela manutenção das rodovias não realizam com

frequência operações para solucionar este problema e não tem critério de escolha

sobre quando ou onde devem ser realizadas as obras (Borges et al, 2011). Porém,

existem evidências de que as imperfeições e as irregularidades da superfície

influenciam parte dos acidentes. Acredita-se que a existência de buracos na pista

exerce maior influência na ocorrência de acidentes envolvendo veículos. Um estudo

australiano destaca que buracos e ondulações no pavimento podem causar

deslocamento na carga de caminhões ou a capotagem dos mesmos. (Ogden, 1997)

1.1. Objetivos

Com esse projeto, visamos colaborar com a instrumentação necessária para

a identificação de buracos em estradas. A proposta é desenvolver um sistema

embarcado a ser instalado em veículos, o qual terá a capacidade de identificar

buracos pelos quais um veículo passe. Esse sistema, em implementações futuras,

poderá ser acoplado a um sistema de GPS capaz de localizar exatamente a posição

geográfica de cada buraco identificado, e dessa forma poderá reportar as empresas

interessadas tais pontos para a realização de manutenção.

O foco principal do trabalho consiste na identificação de um buraco através da

utilização de sensores e na implementação de um software capaz de interpretar os

dados obtidos, fazendo assim a identificação.

1.2. Justificativa

Uma das motivações para o desenvolvimento deste projeto foi a possibilidade

de ajudar as empresas de manutenção de estradas a identificarem pontos críticos,

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onde há maior incidência de buracos, e a realizarem operações tapa buracos com

mais eficiência e rapidez.

Seria muito interessante expandir as pesquisas nessa área no país para evitar

acontecimentos fortuitos, tendo em vista o número elevado de acidentes ocorridos

devido a buracos (Justiça, 2010) em estradas pelo país.

Para o desenvolvimento deste trabalho, optou-se por utilizar um sensor

acelerômetro ao invés de um sensor ultrassônico que detectasse buracos sem

passar sobre os mesmos, pois o intuito deste projeto é identificar os buracos em que

os veículos realmente “caem” – e não os que eles desviam –, de forma que as

empresas serão notificadas dos buracos mais críticos. Isso acontecerá quando o

sistema contar com a interação com o localizador GPS e um módulo de

comunicação com os servidores, assuntos reservados a implementações futuras.

Além disso, a possibilidade de aprofundar alguns fundamentos de eletrônica,

sensores, mesmo que básicos, também motivou a equipe, tendo em vista que o

curso é composto por mais matérias deste campo.

1.3. Funcionamento do Sistema

Para o desenvolvimento do sistema foi utilizado um sensor capaz de detectar

a variação da aceleração sofrida pelo protótipo quando este passa por um buraco

em conjunto com um software de computador que pudesse interpretar esses valores

fornecidos pelo sensor.

Os diagramas nas Figuras 1 e 2 descrevem os componentes e a forma como

eles interagem. Na Figura 1, o acelerômetro disponibiliza os valores das acelerações

nos eixos X, Y e Z, que serão coletadas pelo Arduino através do protocolo I²C. O

Arduino coleta os valores das acelerações nos eixos do acelerômetro e, após uma

separação que permite a distinção do valor de cada eixo, envia ao software através

da comunicação serial. O software, então, interpreta os dados recebidos do Arduino

e informa quando o protótipo passa por um buraco.

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Figura 1 – Diagrama de Bloco do Sistema

Na Figura 2, o software apresenta dois modos de funcionamento, onde a

diferença entre os modos está no formato das entradas.

O primeiro modo consiste na entrada das acelerações dos eixos ortogonais

através do Arduino. O segundo modo de funcionamento consiste na entrada das

acelerações através de um arquivo de dados com valores anteriormente

armazenados representado no diagrama por uma linha tracejada, pois não é o

caminho principal do sistema. O algoritmo executado gera uma resposta informando

a passagem sobre um buraco.

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Figura 2 – Diagrama de Bloco do Software.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesse projeto fora utilizado um acelerômetro para medir a aceleração

instantânea em três eixos, convencionalmente denominada x, y e z. Para analisar os

dados fornecidos pelo acelerômetro foram utilizados conceitos como vetores,

velocidade e aceleração.

Um vetor é um conceito geométrico utilizado para representar uma grandeza

física definida pelo seu módulo, direção e sentido. Os vetores, em um espaço

euclidiano, podem ser representados geometricamente como segmentos de retas

com setas e definidos por suas coordenadas (usam-se as coordenadas x e y para

vetores bidimensionais e x, y e z para vetores tridimensionais) (Steinbruch &

Winterle, 1987).

Dentre as grandezas físicas, existem as escalares e as vetoriais. As grandezas

escalares, tais como a massa, pressão, volume, energia e temperatura, são

definidas por números e pelas unidades utilizadas em suas medidas. As grandezas

vetoriais, além dos números e das unidades, precisam ser associadas a uma direção

para que sejam completamente definidas.

Quando a velocidade de um corpo se altera, dizemos que ele está sofrendo uma

aceleração, grandeza vetorial que possui tamanho e direção, e que representa a

taxa de variação da velocidade em relação ao tempo. A dimensão da mesma é

comprimento/tempo² ou velocidade/tempo. No sistema internacional de unidades, a

aceleração é quantificada em metro por segundo ao quadrado (m/s²) (Tipler &

Mosca, 2009).

Podemos calcular a aceleração média e a instantânea de um corpo. A primeira

pode ser calculada dividindo a variação da velocidade pela variação do tempo. A

segunda é o limite da mesma razão quando a variação do tempo tende a

zero(SERWAY & JR., 2008). Existe também a aceleração transversal, que causa

mudança na direção da velocidade. Se essa aceleração for constante e sua direção

ortogonal à velocidade, temos uma aceleração centrípeta. Um exemplo de

aceleração transversal é a causada pela força da gravidade, que faz com que os

planetas no nosso sistema solar orbitem em torno do Sol(Neto, 2004).

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No âmbito desse projeto, o foco será na aceleração instantânea. A mesma pode

ter sinal positivo ou negativo em relação à orientação do sensor usado. Deve-se dar

atenção ao fato de que, caso o sinal seja negativo, não necessariamente o corpo

está perdendo velocidade. Isso acontece somente quando a aceleração e a

velocidade têm sinais opostos. Se ambos possuírem o mesmo sinal, ainda que

negativos, o módulo da velocidade do corpo está aumentando (Tipler & Mosca,

2009).

A aceleração pode ser medida por um acelerômetro. Esse instrumento mede a

aceleração instantânea nos eixos x, y e z. Quando em repouso e posicionado de

forma que o eixo z corresponda ao eixo ortogonal à Terra, a leitura do acelerômetro

apresenta valores nulos nos eixos x e y; e valores próximos à aceleração da

gravidade para o eixo z.

Para a detecção de buracos, analisaremos os valores apresentados por todos os

eixos do acelerômetro, com foco principal no eixo z, pois a aceleração nos outros

dois eixos é menos relevante quando o carro passa por buracos. Como a aceleração

da gravidade tem sinal negativo e a leitura do acelerômetro fornece o valor da

gravidade para o eixo z quando o corpo está em repouso nesse eixo, será

necessário ficar atento às variações que tornem a aceleração menor – fato que

acontece quando o veículo cai em um buraco – e que depois a tornem maior, o que

ocorre quando o veículo volta à sua altura inicial.

2.1. Arduino

O Arduino consiste em uma placa micro controlada de I/O (Entrada/Saída) e

um ambiente de desenvolvimento baseado no framework Wiring. Uma das

aplicações da placa micro controlada é fazer a comunicação entre dispositivos

eletrônicos e computadores. A comunicação entre o Arduino e o computador é feita

através de uma porta USB (Universal Serial Bus).

A solução desenvolvida para a comunicação com o acelerômetro foi baseada

no Arduino(Arduino, 2010). O modelo utilizado foi o Mega 2560 e é mostrado na

Figura 5.

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Figura 3 – Arduino Mega 2560

2.2. Protocolo I2C

Com o objetivo de melhorar a eficiência do hardware e minimizar a

complexidade dos circuitos, o protocolo de comunicação I2C foi criado pela Philips,

em meados de 1996. O I2C (sigla em inglês para circuito integrado) ainda é

amplamente difundido e utilizado para a interconexão de vários dispositivos (DIAS

FILHO).

O protocolo I2C utiliza dois sinais para comunicação: um para o clock

(sincronização) denominado SCL e outra pela transmissão de dados denominada

DAS (serial data line).

A comunicação e a troca de dados entre os dois dispositivos são explicitadas

nas seguintes etapas:

- Ajuste das condições iniciais no dispositivo Master.

- Envio de sete bits do Master para o Slave com o objetivo de informar com

qual dispositivo ocorrerá a comunicação.

- Envio do oitavo bit pelo dispositivo Master informando se deseja ler ou

escrever no dispositivo.

- Retorno de um bit do dispositivo Slave com a informação de que

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compreendeu a comunicação (Acknowledge bit).

- Envio da informação desejada por pacotes de oito bits sempre seguidos de

um ACK (Acknowledge bit) que confirma o recebimento da informação.

- Término da comunicação pelo envio de um bit de parada (stop bit) do

Master.

Pode-se observar na Figura 4 um exemplo de Sinal de Dados e Sinal de

Clock, demonstrando a comunicação entre dispositivos.

Figura 4 - Sinal de Dados e Sinal de Clock (DIAS FILHO, s.d.)

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3 METODOLOGIA

Como já introduzido ao leitor, para o desenvolvimento do sistema foi utilizado um

sensor capaz de detectar a variação da aceleração sofrida pelo protótipo quando

este passa por um buraco.

O sistema é composto por:

Um sensor acelerômetro capaz de captar aceleração em 3 eixos ortogonais;

Um microcontrolador (Arduino) para realização da aquisição e

processamentos dos dados;

Cabo USB para a comunicação com o computador;

Um software para interpretar os dados processados.

3.1. Hardware

Os componentes de hardware presentes neste trabalho consistem em toda parte

eletrônica utilizada para os fins de detecção de buracos. Nessa parte estão o sensor

(acelerômetro), o microcontrolador (Arduino), as conexões e o interfaceamento de

dispositivos.

3.1.1. Acelerômetro

Para captar a aceleração nos eixos (x, y, z) onde o protótipo passar foi

utilizado o acelerômetro ADXL 345, Figura 5. O acelerômetro utilizado no projeto

possui dois métodos de operação configuráveis, o método de comunicação I2C e o

SPI. Decidiu-se usar o protocolo I2C e toda comunicação entre os dispositivos foi

baseada neste método de comunicação.

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Figura 5 – Acelerômetro ADXL 345.

3.1.1.1. Código do Arduino

Para a interpretação inicial dos valores provenientes do acelerômetro, foi

desenvolvido um software embarcado no dispositivo Arduino que é capaz de se

comunicar com o ADXL345 e obter os valores da aceleração nos eixos X, Y e Z

sofridas pelo sensor.

Além disso, o software embarcado para Arduino também é responsável por

enviar os valores lidos para a porta serial para que posteriormente seja executado o

interfaceamento Arduino - Java por meio da comunicação serial.

3.1.1.1. Arduino e Acelerômetro

Para a interligação Arduino e acelerômetro foi utilizado um circuito seguindo

as recomendações do fabricante do acelerômetro de forma a garantir a

confiabilidade dos dados e garantia de comunicação. As seguintes ligações foram

efetuadas de forma que o sensor operasse no modo de comunicação I2C:

Arduino 3.3V conectado ao ADXL345 VCC, SDO e CS.

Arduino GND conectado ao ADXL345 GND.

ADXL345 SDA conectado ao Arduino 3.3V usando um resistor de 10k Ohms.

ADXL345 SCL conectado ao Arduino 3.3V usando um resistor de 4,7k

Ohms.

ADXL345 SDA conectado ao Arduino I2C Data (Pino 20).

ADXL345 SCL conectado ao Arduino I2C Clock (Pino 21).

O diagrama esquemático simplificado do circuito pode ser visto na Figura 6.

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Figura 6 – Comunicação entre Arduino e Acelerômetro

3.2. Software

O software do projeto usa a biblioteca RXTX Java Library para obtenção dos

dados fornecidos pelo Arduino, uma vez que essa biblioteca tem funções prontas

que permitem simplificar a implementação do projeto. Os dados que são utilizados

correspondem às componentes das acelerações nos eixos do espaço tridimensional,

captados pelos sensores do acelerômetro. Como o escopo do projeto consiste na

detecção de um buraco na estrada, estuda-se a possibilidade da utilização do vetor

aceleração resultante que será obtido através das componentes dos eixos x, y e z,

fornecidos pelo acelerômetro. É usada a variação da aceleração no eixo z, para

permitir uma aproximação do sentido de deslocamento do protótipo no eixo vertical,

eixo que será usado também para obter uma aproximação da profundidade do

buraco analisado.

A biblioteca RXTX, como já dito, é responsável pela obtenção dos dados do

Arduino. Suas funções permitem a leitura das portas seriais presentes no Arduino,

através da linguagem de programação Java.

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3.2.1. Arquitetura do Software

Para que o software possa registrar quando o protótipo passar dentro de um

buraco na superfície em que ele se desloca, foi implementado um sistema cuja

estrutura e funcionamentos são apresentados a seguir.

O sistema responsável pela coleta e interpretação dos dados fornecidos pelo

acelerômetro é constituído por quatro módulos em Java: um módulo de

comunicação arduino e Java que realiza por meio da bibloteca RXTX o

interfaceamento entre os dispositivos; um módulo interpretador de entradas que

povoa os objetos em Java a partir das leituras realizadas na porta serial do

computador; um módulo gráfico responsável pela exibição dos resultados e por

mostrar as opções disponíveis no software; e, por fim, um módulo detector de

buracos com as propriedades e fórmulas aplicadas, que será explicada na sessão

destinada ao funcionamento do algoritmo.

Os módulos descritos nessa sessão podem ser observados na Figura 7.

Figura 7 – Módulos do Software

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3.2.2. Detector de Buracos

Para a detecção de um buraco, em um primeiro momento, foram

consideradas as acelerações nos eixos X, Y e Z. A princípio quando houvesse uma

variação de valores de entrada muito grandes, o algoritmo identificaria um buraco.

A partir do estudo de diversos casos e também da análise de diversos

experimentos realizados com protótipos, conclui-se que seria necessário uma

simplificação no algoritmo de detecção dos buracos a fim de concluir a fase inicial do

projeto no tempo estipulado da disciplina.

3.2.3. Simplificações do problema

Desta forma as simplificações realizadas foram: considerar somente a

variação da aceleração no eixo Z sofrida pelo protótipo; considerar buraco toda

variação acima de um percentual definido e configurável no eixo Z; e comprar

somente dois dados de aceleração, o anterior e o atual em cada parte da avaliação.

3.2.1. O algoritmo

Os valores das acelerações são armazenados em um vetor com N posições

crescentes, e cada posição é uma aceleração no eixo Z em um dado momento N.

Um exemplo didático do vetor e suas posições são mostrados na Figura 8.

Figura 8 - Vetor de Acelerações Z

O algoritmo analisa duas posições desse vetor. A posição N e N-1.

Verificando se o valor da posição N-1 é maior que o valor da posição N multiplicado

por uma constante de proporção ou tolerância. Tal constante é utilizada como

parâmetro de configuração do sistema, de forma que ele possa ser adaptável a

diferentes tipos de protótipos (ex: carro, caminhão, moto).

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3.2.2. Exemplo do algoritmo

Na Figura 9, um exemplo do funcionamento do algoritmo. A proporção

utilizada para esse caso foi 120%. Inicialmente o algoritmo verifica as posições N=1

e N=2. Resultando em 1G<1,2G e, portanto não acusando buraco nesse momento.

Na próxima verificação o algoritmo considera as posições N=2 e N=3. Resultando

em 1G>0,84G que indica que nesse momento o sistema passa por um buraco. Nas

analises seguintes o algoritmo verifica as posições N=4 e N=5 resultando em

0,8G<1,5G, ou seja, não há a presença de buraco nesse instante.1

Dessa forma, o algoritmo é capaz de detectar buracos de forma simplificada.

Figura 9 - Exemplo do Algoritmo

1 No exemplo a verificação entre N=3 e N=4 é omitida, pois não tem relevância para o leitor.

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3.2.3. Fluxograma do algoritmo

O fluxograma na Figura 10, demonstra o funcionamento do algoritmo por meio

do uso de estruturas de blocos para facilitar a compreensão do leitor. A aceleração

anterior (N-1) é representada pela variável Za e a aceleração atual (N) é

representada pela variável Zd. O funcionamento é idêntico ao descrito no tópico

3.2.1 e conta com a constante de proporção ou tolerância representada pela letra P.

Figura 10 – Fluxograma do Algoritmo.

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3.3. Versionamento

Para o desenvolvimento do software, foi utilizado um sistema de controle de

versão (SCM). Tal sistema permite que o software seja desenvolvido em conjunto,

através da sincronização de um mesmo código em diferentes máquinas, e garantir

um controle das atividades de cada membro. O provedor responsável pelo

armazenamento dos dados do software e a ferramenta de controle do software do

projeto foram fornecidos pela empresa Assembla Workspaces, que disponibiliza

gratuitamente até 1GB de armazenamento para que pequenas equipes versionem

seus projetos.

3.4. Controle de Tarefas

Além do controle de versão do código, a equipe fez o uso de uma ferramenta de

controle de tarefas, que possibilita o controle, a designação e o acompanhamento de

tarefas por pessoa da equipe ou por grupo de pessoas. No projeto, a ferramenta

utilizada foi fornecida gratuitamente pela empresa Acunote. Para cada membro da

equipe foi criado um usuário de acesso ao sistema seguindo o padrão do e-mail de

cada pessoa da equipe.

Para otimizar o desenvolvimento do projeto, este foi divido em três áreas,

mostradas na Tabela 1, onde estão descritas as áreas e seus membros

correspondentes.

Tabela 1 - Áreas do Projeto

Área Descrição Responsáveis

Hardware Área do projeto que engloba o sensor acelerômetro, o

arduíno, o desenvolvimento do código para Arduino ,

desenvolvimento do protótipo e testes com o protótipo.

Allyson, Thainã e

Vanessa

Software Área do projeto referente à comunicação Arduino-Java,

Interpretação das Entradas, Algoritimo Detector de

Buracos e resultados de buracos identificados.

Hadryel, Lucas,

Thainã

Projeto Área que compreende toda a documentação do projeto. Toda a Equipe

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Para o controle de tarefas, inicialmente era realizada uma reunião e

verificadas as aptidões e os interesses de cada membro de cada área do projeto. A

partir disso eram designadas tarefas necessárias para o desenvolvimento do

sistema a cada membro da área. As tarefas iniciadas eram marcadas pelo seu

proprietário (Owner) como Started. Assim, nenhum membro realiza a mesma tarefa

que outro, evitando desperdício de recursos humanos e de tempo. Assim que cada

membro terminava suas tarefas, o mesmo designava um tempo estimado por cada

uma e marcava-a como Completed.

Ao longo do processo obteve-se o controle das tarefas de forma simples e

intuitiva que auxiliou o cumprimento de metas e prazos pela equipe.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1.1. Simulação

O processo de simulação ocorreu durante a maior parte do desenvolvimento

do sistema, pois para o desenvolvimento do algoritmo detector de buraco foram

necessários simulações e ajustes constantes. Assim, a equipe pode estudar o

comportamento da variação da aceleração no protótipo em diversos algoritmos ao

longo do desenvolvimento da ferramenta.

Inicialmente foram realizados testes captando os dados provenientes do

acelerômetro diretamente utilizando o microcontrolador Arduino. Dessa forma, pode-

se fazer uma interpretação em alto nível dos valores permitindo que a equipe tivesse

uma visão dos valores que o sensor forneceria ao longo do projeto.

Na Figura 11 são apresentados os primeiros resultados provenientes do

acelerômetro. Na primeira coluna são mostrados os valores Brutos(Raw) fornecidos

pelo dispositivo ADXL345 os quais não foram utilizados diretamente no projeto. Após

aparecem os dados em escala (Scaled), ou seja, dados que são apresentados em

função da aceleração da gravidade da Terra. O processamento que realiza a

conversão de valores acontece de forma encapsulada no dispositivo acelerômetro. A

equipe utilizou somente os valores já convertidos pelo sensor, que conta com um

microprocessador interno.

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Figura 11 – Dados Brutos(Raw) provenientes do Acelerômetro e Dados Escalados.

Inicialmente a equipe realizou a leitura dos valores do sensor a uma

frequência de 10 vezes por segundo resultando em um período de amostra de 0,1

segundos. Levando em consideração que o sistema, para realizar a detecção,

necessita de no mínimo três valores de acelerações no eixo Z como mostrado na

Figura 12 e supondo um buraco de X metros. Para garantir que, no pior dos casos,

o sistema consiga receber todos os pontos necessários, é preciso no mínimo 4

amostras.

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Figura 12 - Análise da Velocidade Máxima

Dessa forma, a velocidade máxima que o veículo pode passar sobre o buraco

é definida pela fórmula a seguir, onde Ta é o período da amostra.

Aplicando a fórmula para um buraco de 10 centímetros tem-se:

Percebeu-se que nessa taxa de amostragem o sistema seria ineficiente para

a detecção de buracos em veículos. A partir daí, a equipe passou a utilizar taxas de

amostragem maiores, fixando a mesma em 200 Hz.

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4.1.1.1. Carrinho

A ideia inicial para a realização dos testes do projeto envolvia a utilização de

um carrinho de controle remoto e uma maquete de isopor. A maquete seria

construída de forma que simulasse uma estrada com buracos, sobre a qual o

carrinho seria guiado para que pudesse ser feita a análise e teste do software

implementado para o projeto. Porém, essa ideia apresentava certas limitações.

Como o projeto foi desenvolvido de forma que o Arduino estivesse conectado a um

computador durante a execução dos testes, essa conexão limitaria o deslocamento

do carrinho, ou um notebook deveria ser acoplado ao sistema. Como o acoplamento

seria algo complexo de ser feito, decidiu-se por utilizar outra forma de execução dos

testes do projeto. Além disso, o tamanho do carrinho exigiria que a profundidade dos

buracos na maquete fosse pequena. Isso dificultaria a leitura das variações das

acelerações fornecidas pelo acelerômetro, pois as mesmas seriam menores e

menos significativas do que na escala natural de um veículo.

4.1.1.2. Bicicleta

Foi decido que uma bicicleta seria utilizada para a realização dos testes, pois,

devido ao seu tamanho, ela poderia passar por buracos de tamanhos similares aos

presentes nas estradas, o que aumentaria as variações das acelerações fornecidas

pelo acelerômetro, facilitando a análise.

O Arduino e o acelerômetro foram colocados dentro de uma pequena caixa,

que foi preenchida com algodão para um amortecimento na movimentação do

acelerômetro, diminuindo a interferência causada nos valores medidos das

acelerações. Além disso, o algodão protege os componentes de possíveis danos

devido a choques mecânico com as paredes da caixa.

Esse sistema foi acoplado próximo ao guidão da bicicleta, para que os

mesmos estejam conectados a um computador com o sistema desenvolvido

devidamente configurado. O resultado dessa configuração pode ser visto na Figura

13.2

2 O algodão foi removido para facilitar a visualização do leitor.

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Figura 13 - Caixa sobre bicicleta.

4.2. Discussões e montagem do Projeto

Dado o objetivo de trabalhar com sensores, a proposta sobre como detectar

buracos nas estradas com o auxílio de um acelerômetro foi moldada. Devido ao

curto período de tempo disponível para a realização do projeto, o mesmo foi re-

modelado para apresentar resultados simplificados.

Um dos obstáculos encontrados no desenvolvimento do projeto foi o de como

construir um protótipo que pudesse ser conectado a um veículo. Com o auxílio de

outras propostas, viu-se a possibilidade de trabalhar com um acelerômetro em cada

uma das quatro rodas de um automóvel ou até mesmo com o controle de um vídeo

game que possui um acelerômetro dentro. Decidiu-se pelo uso de um acelerômetro

com uma placa de Arduino Mega, devido o vasto material disponível nos dias de

hoje e sua relativa facilidade de utilização.

Para testar o protótipo, decidiu-se que seria usado um carrinho de controle

remoto, simulando um veículo, e folhas de isopor moldadas para a simulação de

uma estrada. Descartou-se a primeira ideia devido a um grande número de

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interferências e imprecisões que estariam presentes nos resultados de tal execução.

Decidiu-se então que uma bicicleta seria usada para a simulação do veículo.

4.3. Testes Reais

Ao longo de todo o desenvolvimento do projeto foram-se realizando diversos

testes, entretanto, o último deles foi o mais significativo e demonstrou o resultado

final do sistema como um todo.

4.3.1. O Protótipo

O protótipo utilizado para esses testes foi o descrito no tópico 4.1.1.2 e

aparece na Figura 14.

Figura 14 – Detalhe do Encapsulamento do Sensor e Arduino.

4.3.2. Os buracos

Foram escolhidos dois buracos na calçada da Rua Silva Jardim, próximos ao

número 900, e também um declive na mesma calçada para que fosse testado o

funcionamento do sistema.

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4.3.2.1. Buraco 1

O primeiro buraco foi escolhido para representar o caso de um buraco em que

a roda da bicicleta não cai totalmente em seu interior. O buraco possuí

aproximadamente 20 centímetros de comprimento e largura e 5 centímetros de

profundidade, e pode ser visto na Figura 15.

Figura 15 - Buraco 1.

4.3.2.2. Buraco 2

O segundo buraco foi escolhido para representar o caso em que a bicicleta

passa com uma das rodas completamente dentro do buraco. Na Figura 16 é

mostrado o buraco e a roda frontal da bicicleta no momento em que passa dentro do

mesmo.

O buraco usado para o segundo teste apresenta 35 centímetros de

comprimento, 20 centímetros de largura e 3 centímetros de profundidade.

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Figura 16 - Buraco 2 com roda de bicicleta.

4.3.2.3. Declive

Para calibrar o sistema e garantir que ele não acusasse buraco como declive,

foi utilizado um declive na calçada da rua com aproximadamente 25° de inclinação.

Que pode ser visto na Figura 17.

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Figura 17 - Declive em calçada.

4.3.3. Os testes

Nos testes realizados a seguir o sistema analisou instantaneamente os

valores das acelerações. Para que isso fosse possível um dos integrantes

acompanhou o deslocamento da bicicleta portando um notebook.

Os dados em negrito representam as acelerações verificadas pelo sensor e

sua unidade G(9.8 m/s²) foi suprimida para facilitar a leitura. Eles representam em

qual comparação de acelerações o algoritmo encontrou um buraco. Retomando a

notação utilizada nos tópicos anteriores, os dados aparecem na forma:

Buraco de: [N-1] a [N]

4.3.3.1. Configuração

No início dos testes percebeu-se que o sistema estava identificando buracos

quando o protótipo se deslocava em um plano com pequenas irregularidades.

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Verificou-se que a configuração do sistema estava com uma constante de tolerância

P configurada para variações de 20%(ou seja P=120%). Como já dito, essa

constante é a responsável por definir qual é o percentual de variação que duas

medidas consecutivas de aceleração precisam ter para que seja considerado um

buraco na região. Os testes foram feitos então com a constante em 150% e o

sistema apresentou uma quantidade de falsas identificações menor, mas ainda

significativa. Com o objetivo de reduzir ao máximo essas interferências indesejadas

na solução do problema, utilizou-se 200% como constante de tolerância em alguns

testes, onde somente valores com a metade da aceleração anterior seriam

considerados buracos.

4.3.3.2. Teste 1

Nesse teste um dos integrantes passou com a bicicleta pelo Buraco 1 e foram

analisados 458 valores da aceleração Z, com a constante de tolerância sendo

150%.

O sistema acusou um buraco já no início da passagem sobre o buraco no

instante em que a roda começa a cair no buraco. Verificando a seguinte variação da

aceleração:

Buraco de: 0,87 a 0,58

Ou seja, o protótipo estava sofrendo uma aceleração de 0,87G e passou a

perceber 0,58G em seu eixo Z.

Entretanto logo que a roda começa a voltar para o plano normal da calçada,

ou seja na extremidade direita do buraco, o sistema falha e encontra outro buraco:

Buraco de: 1,44 a 0,71

O que indica uma falha no algoritmo identificador de buraco e já aponta uma

necessidade futura de implementação. O algoritmo identificador de buracos deve

“enxergar” dados passados e não somente dados instantâneos como foi feito.

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4.3.3.3. Teste 2

Para a realização do segundo teste, o mesmo integrante passou sobre o

Buraco 2 de forma que toda a roda frontal da bicicleta entrou no buraco. Foi utilizada

dessa vez uma constante de tolerância de 200% a fim de reduzir interferências.

Logo que a roda caiu dentro do buraco o sistema acusou:

Buraco de: 0,91 a 0,36

Demonstrando que nesse instante a bicicleta passa por um pequeno período

de queda livre até que atinja o fundo do buraco.

Nos momentos seguintes o sistema acusou diversos buracos:

Buraco de: 1,1 a -0,03

Buraco de: -0,03 a -1,31

Buraco de: 1,99 a 0,16

...

Uma hipótese que a equipe levantou para o acontecimento disso é o fato da

bicicleta possuir um amortecedor (Figura 18) em sua roda frontal, o que fez com que

o módulo percebesse um efeito de sobe e desce do garfo.

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Figura 18 – Amortecedor

Esse segundo teste fez com que a equipe percebesse que seria necessário

levar em consideração o efeito do amortecedor do protótipo para que o sistema

possa um dia ser acoplado a veículos automotores.

4.3.3.4. Teste 3

Neste teste a bicicleta se deslocou sobre o declive citado anteriormente tanto

no sentido de decida quanto no sentido de subida. Foram analisados 1025 valores

de acelerações no eixo Z enquanto a bicicleta se deslocava sobre o declive.

A análise dos dados a seguir é delicada e exige certo nível de entrosamento

com os métodos utilizados nesse trabalho. Em resumo eles demonstram que o

sistema não se comportou como o esperado e identificou diversos buracos onde não

havia nenhum.

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Segue um detalhe dos resultados gerados pelo programa:

Subida:

...

Buraco de: 1,27 a 0,5

Aceleração Anterior: 0,5 Aceleração Atual: 0,37

Aceleração Anterior: 0,37 Aceleração Atual: 0,04

Buraco de: 0,37 a 0,04

Aceleração Anterior: 0,04 Aceleração Atual: 1,45

Aceleração Anterior: 1,45 Aceleração Atual: 1,0

Aceleração Anterior: 1,0 Aceleração Atual: 0,44

Buraco de: 1,0 a 0,44

...3

Decida

...

Aceleração Anterior: 1,44 Aceleração Atual: 1,1

Aceleração Anterior: 1,1 Aceleração Atual: 0,6

Buraco de: 1,1 a 0,6

Aceleração Anterior: 0,6 Aceleração Atual: 0,66

Aceleração Anterior: 0,66 Aceleração Atual: 0,26

Buraco de: 0,66 a 0,26

....

3 Reticências representam valores omitidos, irrelevantes para esta análise

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O intuito de realizar esse teste era garantir que o sistema não identificasse

como um buraco a passagem por um declive, mas mesmo com a constante de

tolerância modificada o objetivo não foi atingido.

A causa dessa falha no algoritmo remete mais uma vez à análise instantânea

da aceleração. Do modo que a verificação de buracos foi modelada o sistema

ignora as acelerações no eixo Z que não estejam a um tempo de distância do

analisado, ou seja, ele não é capaz de reconhecer que o móvel já se encontra em

um declive.

4.4. Problemas e Futuras Implementações

Ao longo de cada teste realizado foi discutida a possível causa e necessidade

de melhoria no algoritmo utilizado.

A equipe sempre esteve ciente da complexidade de um algoritmo que

reconhecesse buracos em estradas de forma eficiente, genérica e exata. Por isso

optou por realizar a simplificação do algoritmo a fim de apresentar um resultado,

mesmo que intermediário na solução do problema ao final da disciplina.

O algoritmo apresentou um nível de funcionalidade aceitável, ainda que

apresente certas saídas que necessitam de um filtro. Em nenhum dos testes

realizados o algoritmo deixou de apontar um buraco. Se o algoritmo falhou, falhou

pelo excesso e com pequenas modificações, já apontadas e discutidas, futuramente

pode ser utilizada por concessionárias de pedágio ou órgãos que são responsáveis

pela manutenção das vias indicando falhas que precisam ser corrigidas desde que

haja mapeamento com GPS.

A equipe modelou o software e desenvolveu o sistema de forma que ele está

preparado para a instalação de um sensor GPS que possa armazenar a posição dos

buracos encontrados.

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5 CONCLUSÃO

O objetivo do projeto foi a produção de um sistema embarcado que identifica

buracos em ruas e estradas quando veículos passem pelos mesmos.

A utilização de um sensor foi indispensável. Assim, utilizou-se um

acelerômetro e um dispositivo Arduino para interfacear o sensor com o software

desenvolvido.

Desenvolveu-se também um software para a obtenção dos dados fornecidos

pelo conjunto Arduino e acelerômetro como também para a interpretação dos

mesmos, realizando toda a identificação dos buracos.

Percebeu-se que o software indicava buracos quando a bicicleta passava não

só por buracos, mas também por pequenas irregularidades. Para a correção desse

problema foi necessário aumentar a constante de tolerância nas configurações do

sistema – o que minimizou consideravelmente os erros, mas o problema não foi

corrigido por completo.

Os erros encontrados podem ser justificados por alterações externas devido

aos amortecedores da bicicleta, à deficiência do programa em reconhecer que o

sistema já se encontra em um declive e à falta de consciência do conjunto de

amostras passadas de acelerações pelo algoritmo.

Apesar dessas complicações, o sistema funciona de forma satisfatória

(considerando o curto prazo e o objetivo geral da matéria), tendo sido capaz de

identificar todos os buracos pelos quais o sistema passou nos testes.

Por fim, vale reforçar que o sistema apresentado nesse documento é um

protótipo para futuras utilizações em veículos e dá base para o desenvolvimento de

um sistema complexo que conte com a localização de buracos e reporte os mesmos

para um sistema de controle de estradas e rodovias.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

APÊNDICE A – CUSTOS DO PROJETO

Todos os componentes eletrônicos envolvidos no projeto até o presente

momento estão descritos na Tabela 2. A maior parte deles foi importada de lojas

online internacionais. Para reduzir custos, todos os produtos importados foram

adquiridos pela equipe no último trimestre de 2012, tendo um tempo de entrega em

média de 2 meses. Os componentes foram fabricados na China e enviados por

pessoa física da cidade de Hong Kong por meio do serviço postal oficial do país,

China Post.

Tabela 2 - Orçamento

Produto Quantidade Preço

Arduíno Mega 2560 1 R$ 130,00

Acelerômetro ADXL345 1 R$ 15,00

Resistor 220Ω 10 R$ 0,30

Resistor 1kΩ 10 R$ 0,30

Carrinho de Controle Remoto 1 R$ 100

Placa Isopor 1 R$ 5

Protoboard 1 R$ 15,00

Jumpers 64 R$ 10,00

Total R$ 275,60

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APÊNDICE B – Cronograma do projeto

As tarefas e atividades desenvolvidas pela equipe foram definidas em

reuniões. Prazos, metas e avanços foram as principais pautas das reuniões

semanais. O diagrama de Gantt, Figura 19, aponta em resumo as tarefas que foram

realizadas pela equipe até o final do projeto.

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Figura 19 – Cronograma