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Sistema De Saúde –Sistema De Saúde – Reino Unido Reino Unido
Políticas de Saúde e PlanejamentoAna Virgínia Cunha Martins
Alex Lage Pereira
David Queiroz Borges Muniz
Felipe Galvão Stanciolli
Professora Eli Gurgel
COBERTURA UNIVERSAL / SEGURO
O sistema de saúde Inglês, o National Health Service (NHS), foi implementado através do Ato de 1946. Esse determinou duas mudanças radicais no provimento dos serviços de saúde: a nacionalização do sistema de saúde e a universalização do acesso a todos os serviços de saúde. Os serviços de saúde passaram a ser financiados por impostos federais sendo totalmente gratuitos no ato do provimento do serviço: 82% através de impostos diretos, 13% de impostos na folha salarial e 4% de taxas impostas aos usuários.
• Mas esse sistema de saúde se mostrou insustentável. A demanda por serviços era crescente e havia uma super utilização dos serviços médicos. Como sintoma da falência do sistema, ocorreu a expansão da medicina privada que, além de garantir um complemento ao salário dos médicos especialistas era uma forma de garantir o atendimento mais rápido.
• O usuário é cadastrado em um posto de saúde próximo de sua residência. Quando necessita de atendimento medico ele procura o General Practitioner, o clínico geral. Dependendo das necessidades o clinico encaminha ou não para uma especialidade. Raramente isso é feito na primeira consulta. Só em casos mais graves, o paciente é encaminhado a centros maiores para tratamentos.
Setor Privado
• Em 1996 existiam 25 seguradoras de medicina privada oferecendo cobertura no reino unido. Sete dessas eram não lucrativas e as 18 restantes eram seguradoras comerciais.
• Existiam aproximadamente 230 hospitais clinico-cirurgico independentes. Cinco grupos principais (General Healthcare Group Ltd, Nuffield Trust Ltd, BUPA Hospitals Ltd, Community Hospitals Group and PPP Columbia Healthcare Ltd) dominam o mercado. Esses cinco grupos são responsáveis por 60% dos hospitais e a 65% dos leitos privados.
• O mercado privado abrange serviços que não estão presentes no NHS em grande
• volume como Odontologia e Oftalmologia.
• A tabela abaixo mostra o crescimento da medicina privada na Inglaterra. Atualmente essa participação chega a 15%.
Quem financia (estado / privado)
A responsabilidade pela saúde cabe ao(á):• Ministério da Saúde na Inglaterra, • Poder Executivo na Escócia, • Assembléia Nacional no País de Gales • Poder Executivo na Irlanda do Norte.
Quem financia (estado/privado)
DESPESAS DO GOVERNO COM SAÚDE: -1939 - £920 milhões-Década de 50 - £5 bilhões-1999/2000 - £43,3 bilhões
Em 2003 cerca de 7,7% do PIB da Grã- Bretanha foi destinado á saúde.
Quem financia (estado / privado)
INVESTIMENTOS EM SAÚDE
£43.4 bilhões foram alocados para o Serviço Nacional de Saúde em 1999/2000.
• O sistema de saúde é financiado por recursos fiscais: Para cada libra investida:82p (centavos de libra) derivam de impostos12p derivam de pagamentos ao Seguro Nacional (trabalhadores e empregadores)3p derivam de iniciativas para levantar fundos e tratamentos particulares2p derivam de venda de remédios e tratamento dental1p deriva de vendas de imóveis
Quem financia (estado / privado)
• Despesas com saúde na Inglaterra (Total: £43,4 bilhões)£35,7 bilhões em serviços de saúde hospitalar, serviços comunitários, e atendimentos familiares e gerais (discricionários)£0,3 bilhão em serviços administrativos£0,7 bilhão em serviços centrais e outros£5,1 bilhões em atendimentos familiares e gerais (não discricionários)£1,5 bilhão em serviços de saúde hospitalar e comunitários (investimentos capitais)
Quem financia (estado / privado)
DESAFIOS NA ÁREA DA SAÚDE
A população do Reino Unido está envelhecendo:
• 1901: Um em cada 20 britânicos tem mais de 65 anos de idade e um em cada 100 britânicos tem mais de 75 anos de idade.
• 1998: Um em cada 6 britânicos tem mais de 65 anos de idade e um em cada 14 britânicos tem mais de 75 anos de idade.
Quem financia (estado / privado)
INICIATIVAS
De 1992 até hoje: A Iniciativa de Financiamento Privado – PFI (Private Finance Initiative) encoraja as empresas do setor privado a administrar e investir em estruturas do Serviço Nacional de Saúde.
Médicos, enfermeiros comunitários e outros profissionais de saúde formam equipes que oferecem uma vasta gama de serviços e mantém os orçamentos sob controle. Essa foi uma das reformas introduzidas pela Lei de Saúde de 1999.
Quem financia (estado / privado)
PREVIDÊNCIA - DESAFIOS Três em cada cinco famílias britânicas recebem algum tipo de benefício social.
Um terço de todos os gastos do governo é investido em benefícios sociais – o equivalente a £3.300 per capita. Esse valor é apenas um pouco inferior à média européia (o Reino Unido ocupa o nono lugar entre 15 países da União Européia em gastos sociais).
Quem financia (estado / privado)
Gastos com benefícios sociais na Inglaterra, Escócia e País de Gales em 1999/2000 (por grupos de beneficiários - Total: £101,4 bilhões).£2,4 bilhões para viúvas e outros (2%)£50 bilhões para idosos (49%)£25,2 bilhões para doentes e portadores de deficiências (25%)£1,6 bilhão para doentes temporários (2%)£17,3 bilhões para famílias (17%)£5 bilhões para desempregados (5%)
Quem financia (estado / privado)
• ESTRUTURAO Ministério do Trabalho e Pensões foi criado em junho de 2001 e inclui o Serviço de Emprego, a Agência de Benefícios e a Agência de Apoio à Criança. Esse Ministério também é responsável pela criação do serviço Jobcentre Plus e pelo Serviço de Pensões.
• INICIATIVASNovembro de 1998 – Modernização dos Serviços Sociais mediante o lançamento de um programa de reforma de £3 bilhões.• Comissão estuda os padrões obedecidos• Oficiais de Proteção aos Direitos da Criança inspecionam instituições de amparo a crianças• Conselho Geral de Serviço Social garante o regulamento e treinamento de agentes sociais
Atendimento Primário
• O Reino Unido possui um sistema altamento desenvolvido de atendimento básico, cuidado primário fornecido pelos General Medical Practitioners(GPs) e pessoal associado(e.g. practice nurses e community nurses).
• Mais de 99% da população está registrada com GPs que fornecem acesso 24 horas e uma gama de serviços preventivos, diagnósticos e de cuidado primário.
• Aproximadamente 90% dos contatos dos pacientes com o NHS se dão através dos GPs.
Atendimento Primário
• Os pacientes podem selecionar um GP de sua escolha, apesar de a escolha estar restrita a uma área geográfica.
• A incidência de mudança de GP – por outros motivos que não mudança de residência- é baixa.
• A maioria das pessoas possui uma relação duradoura com o seu GP. O encaminhamento dos pacientes para especialistas é feita pelo GP.
Atendimento Primário
• Ao contário de muitos países, os pacientes do NHS não tem acesso direito a especialista, exceto em circunstâncias especiais, e.g. atendimento no departamento de emergência e acidentes de hospitais.
Atenção Secundária e Terciária
• Na década de 90 havia aproximadamente 4,5 leitos hospitalares para cada mil habitantes. Níveis bem inferiores a outros países europeus, como Noruega (13,5), França (10,5) e Alemanha (10,2).
• O número total de leitos no setor privado está em declínio desde 1995, quando havia 11681 leitos. Em 1998 havia 10852 , representando uma redução de 829 leitos ou 7,1%.
• Essa queda segue a tendência de cirurgia-dia e tratamento ambulatorial para vários problemas médicos.
Atenção Secúndária e Terciária
• O Sistema hospitalar da NHS é hierarquizado e compreende 3 níveis.
• O nível médio corresponde aos Hospitais Gerais Distritais(District General Hospitals – DGH), que são a base do sistema.
• Foram introduzidos na década de 60 com o objetivo de fornecer uma ampla gama de serviços a uma população de aproximadamente 150 a 200 mil pessoas.
• Atividade Clínica nos DGHs é organizada em termos de especialidade
Atenção Secundária e Terciária
• Acima dos DGH estão os hospitais terciários que oferecem serviço altamente especializado além de atenção secundária.
• Esses serviços tipicamente incluem neurocirurgia, transplante de coração e fígado, serviço de hemodiálise e alguns tratamentos oncológicos.
• Geralmente são hospitais de ensino e podem operar em nível regional ou supra-regional.
• Os pacientes são normalmente encaminhados a esses hospitais pelo especialista do nível distrital, quando se torna claro que há necessidade de atendimento altamente especializado.
Atenção Secundária e Terciária
• Do outro lado do espectro estão os hospitais comunitários de pequena escala. Possuem até 200 leitos, a maioria deles até 50, alguns dos quais estão disponíveis para a conduta do GP.
• Em geral compreendem serviços diagnósticos, bloco cirúrgico, unidade de pequenos ferimentos e serviço de hospital-dia.
• A tendência recente de concentrar os serviços em grandes institutos, por razões de custo e qualildade levou à redução no seu número.
• Entre as décadas de 80 e 90, o número de hospitais com menos de 50 leitos caiu de 600 para 400.
Pagamento dos Hospitais
• Sob os preceitos da reforma de 1991, um sistema de contratos foi introduzido, estabelecendo que os fundos seriam transferidos dos “purchasers”( i.e. autoridades distritais de saúde e GP foundholders) para hospitais e outros provedores.
• Os contratos especificaam quais serviços devem ser prestados, e os termos nos quais devem ser fornecidos. Há 3 tipos contrato:– contratos em bloco– volume e custo– custo por caso
Como se contrata e remunera os médicos
Diferentes sistemas de pagamentos são aplicados em casos de médicos que trabalham em hospitais e médicos que trabalham por conta própria:
• Médicos que trabalham por conta própria • Grupos de Cuidados Primários (GCP) e
Confianças de Cuidados Primários (CCP)• Médicos que trabalham em hospitais • Médicos privados
Médicos que trabalham por conta própria:
• Fazem um contrato com o NHS (National Health Service) para proverem serviços médicos gerais. O sistema atual de pagamento define no contrato uma mistura de permissões fixas, taxas de recebimento e taxas para um número específico de serviços.
• Os médicos são pagos pelo NHS como profissionais independentes sob um princípio “cost plus”. Esse pagamento cobre as despesas do médico para fornecer serviços (cost) e ainda gera a renda do médico (plus).
Grupos de Cuidados Primários (GCP) e Confianças de Cuidados Primários (CCP):
• Todos os médicos que não trabalham em hospitais foram atribuídos aos GCPs em abril de 1999 e alguns se juntaram aos CCPs em abril de 2000. Isso não afeta o caráter de independência do médico.
Médicos que trabalham em hospitais:
• São diretamente empregados pelo NHS em uma base salarial. A escala salarial é determinada pelo governo. Além do salário, é permitido um ganho adicional de até 10% do bruto com a prática privada. Esses médicos podem receber prêmios por mérito, que significam aumentos salariais.
Médicos privados:
• Os médicos da NHS podem exercer a prática privada, mas essa fonte pode ser fonte de renda em até 10% do salário bruto.
Como se dá a incorporação de tecnologia (regulação)
• Existe o programa National Health Technology Assessment (HTA) que foi fundado como parte do programa de desenvolvimento e pesquisa da NHS. Foi estabelecido em 1993 e sua meta é: “garantir uma alta qualidade de informação na pesquisa de custos, eficiência e impacto de tecnologias de saúde produzidas na forma mais eficiente para aqueles que usam, controlam e trabalham na NHS”. Desde sua inserção, o programa distribuiu 39 milhões de libras para cerca de 180 projetos de pesquisa.
Referências Bibliográficas
• ANDRADE, Mônica Viegas; LISBOA, MArcos de Barros. Velhos Dilemas no provimento de bens e serviços de Saúde: Uma Comparação dos casos Canadense, Inglês e Americano. Nova Economia. Belo Horizonte. v.10, n.2. Dez. 2000.
• European Observatory on Heatl Care Systems. Health Casa Systems in Transition. United Kingdom.
• NHS Connecting for Health. http://www.connectingforhealth.nhs.uk. Acessado em: 17 de outubro de 2006.