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SISTEMAS DE CONTROLE DIGITAL
Segundo Schmidell et al. (2001) “os sistemas de controle podem ser divididos
em duas grandes categorias: sistemas analógicos e sistemas digitais”.
Notoriamente, os sistemas digitais são os sistemas mais difundidos e importantes,
devido à utilização de computadores/microprocessadores nestes sistemas. As
vantagens de processamento oferecidas por esses componentes e os seus baixos
custos têm levado ao uso generalizado desses sistemas.
Um sistema digital pode ser representado conforme o diagrama de blocos
mostrado na Figura 1.
Figura 1 – Sistema de controle digital
Fonte: SCHMIDELL et al.
(2001)
Na malha de controle pode-se observar que os blocos que constituem o
computador, sob o ponto de vista de execução das tarefas de controle, são o bloco
A/D (conversor Analógico/Digital), D/A (conversor Analógico/Digital) e Controlador
digital, descritos a seguir:
• Conversor A/D – É o dispositivo de hardware utilizado para aquisição de um sinal
analógico externo ao computador, convertendo-o em um sinal digital equivalente ao
sinal externamente lido. No exemplo da Figura 1, esse conversor tem como função a
quantização e discretização da variável contínua (analógica);
A quantização é o estabelecimento de valores determinados, ou seja, valores
pertencentes a um intervalo finito de pontos cuja precisão será determinada pelo
tamanho da palavra digital utilizada para representar a grandeza. A discretização é
determinada pelo intervalo de tempo necessário para que sejam realizadas duas
leituras consecutivas da variável.
• Conversor D/A – É o dispositivo de hardware utilizado para conversão de um sinal
internamente representado no computador, para um sinal analógico externo ao
computador;
• Controlador digital – Este bloco contém os códigos responsáveis pelo
processamento do sinal A/D de forma a gerar o sinal D/A, empregado no controle do
processo.
O controlador digital, não importando se de pequeno ou grande porte,
apresenta a arquitetura de um computador, tendo os seguintes componentes: CPU,
memórias, dispositivos de entrada e saída, interface com o operador e interface com
outros dispositivos. A Figura 2 esquematiza esses elementos, dando uma ideia
básica da arquitetura básica de um computador.
Figura 2 – Arquitetura de um controlador digital
Fonte: SCHMIDELL et al. (2001)
Todos os elementos da arquitetura apontada estão presentes em um
controlador digital básico do tipo PID, utilizado para uma única variável do processo.
O algoritmo de controle PID, encontra-se nos dispositivos de memória do controlador
e será executado pelo CPU que enviara o resultado para a interface D/A do atuador
correspondente.
Para uma escala maior, pode-se implementar tal controle em um CLP –
Controlador Lógico Programável – que é um PC voltado para a automação de
processos, sendo portanto mais robusto para aplicação industrial e geralmente
menos versátil que um PC comum.
Devido ao baixo custo dos componentes e pelo aumento na confiabilidade do
sinais de controle, o desenvolvimento dos sistemas digitais permitem a integração
de toda uma rede industrial, tendo a possibilidade de operar remotamente toda uma
planta industrial, através de uma arquitetura de CLP’s, gerenciado por um software
supervisor instalado em um computador de maior porte denominado host. A tal
sistema dá-se o nome de SDCD, representado na Figura 3.
Figura 3 – Configuração do sistema SDCD
Fonte: SCHMIDELL et al. (2001)
O SDCD – Sistema Digital de Controle Distribuído é um sistema de controle
industrial microprocessado, criado com a finalidade de substituir os controladores
analógicos usados no controle de processos industriais e também permitir aos
operadores uma melhor visualização da operação na unidade, podendo controlá-la
melhor.
BIBLIOGRAFIA
Edição revista das apostilas Introdução à instrumentação: sistemas de
transmissão: Controle automático de processo. Rio de Janeiro: SENAIDR/RJ -
STE, 1990.
PAGANO, D. J. Teoria de Sistemas Amostrados e Controle Digital. UFSC, s.d.
SCHMIDELL, Willibaldo; LIMA, Urgel de Almeida; AQUARONE, Eugênio; BORZANI,
Walter. Biotecnologia industrial. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2001.