Esse trabalho tem como objetivo principal a percepção de todo o conhecimento teórico sendo aplicado em

uma organização em que os sistemas são parte integrante dos processos desenvolvidos.

TI como vantagem competitiva

No contexto empresarial, os sistemas de informação ajudam os processos de negócio e operações,

tomadas de decisão e estratégias competitivas, portanto, estão intimamente ligadas ao quanto a empresa

obtém de vantagem competitiva com relação ao mercado.

A internet já ocupa espaço vital como fonte de informações, tanto pela proliferação das mensagens via e-

mail quanto sua característica de abrangência e múltipla interação. Dentro das empresas, a internet vem

sendo usada como forma de auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Além de a internet ser ampla,

possibilita criar imagens, comunicar valores, possibilitar acesso a informações e apresentar produtos e

serviços. Por outro lado, a extranet faz o papel de comunicador entre a organização e os clientes e

fornecedores, garantindo assim menores custos, maior agilidade e controle acerca das informações

transmitidas. Já a intranet assume o papel de veiculador das mensagens relativas à organização.

Os chamados Business to Customer (B2C, comércio eletrônico efetuado entre a empresa e o consumidor

através do uso de TI) apresentam grande crescimento uma vez que dão aos clientes a facilidade de

pesquisa dos produtos, interação com a organização de forma pratica e com baixo custo, e oferecem à

empresa uma forma de apresentar seus produtos mundialmente, relatar características do que é oferecido

tanto com relação ao produto como serviço.

Até o e-mail que surgiu como simples ferramenta destinada à troca de mensagens vem se

revelando eficiente canal de vendas, ao assumir funções de mala direta. Tal utilização apresenta

vantagens atraentes, pois além de eliminar custos com papel, impressão e postagem, possibilita

mensagens que facilitam ligações do receptor às páginas eletrônicas da empresa, através de links

(Bruin, 2000).

Imagem: O modelo das Cinco Forças de

Porter foi concebido por Michael

Porter em 1979 e destina-se à análise da

competição entre empresas. Considera cinco

fatores, as "forças" competitivas, que devem

ser estudados para que se possa desenvolver

uma estratégia empresarial eficiente.

De modo geral, o uso de TI nas organizações garante a oferta de produtos e serviços a preços mais baixos

que, aliados à boa relação com clientes, resulta numa vantagem competitiva adicional, através de

elementos de valor agregado cujo efeito será a fidelidade dos clientes. Além disso, permitem que a

empresa desenvolva novos produtos/serviços aos clientes ou a diferenciação dos já existentes na

adequação ao perfil do mercado.

SPT

Gerentes operacionais precisam de sistemas que monitorem as transações e atividades básicas da

organização, como vendas recebimentos, entradas de dinheiro, folhas de pagamento dentre outras. Para

suprir essa necessidade, temos os SPT’s, sistemas de processamento de transações, que realiza e registra

as transações rotineiras necessárias ao funcionamento da empresa.

O principal objetivo dos sistemas desse nível é responder a perguntas de rotina e monitorar o fluxo de

transações dentro da organização. Por exemplo: quantas peças temos em estoque? Qual o valor do salário

desse mês de determinado funcionário?Para responder a esse tipo de pergunta, as informações precisam

ser facilmente acessíveis, atualizadas e precisas, ou seja, com qualidade.

Os SPT’s são fontes importantes de informações para outros sistemas e níveis, pois oferecem relatórios

completos e detalhados acercas das operações praticadas no nível operacional. Esses sistemas além de

serem fontes para outros, tendo grande importância na hierarquia da informação, também são essenciais

para toda a empresa porque são praticamente a base de todos os processos.

SIG

São sistemas que apóiam a monitoração e controle sobre as atividades administrativas em que são

tipicamente computadorizados. Atendem principalmente os gerentes de nível médio, pois proporcionam

relatórios sobre o desempenho corrente da organização.

Um sistema de informação é composto por todos os componentes que recolhem, manipulam e

disseminam dados ou informação. Incluem-se hardware, software, pessoas, sistemas de comunicação

como linhas telefônicas, e os dados propriamente ditos. As atividades envolvidas incluem a introdução de

dados, processamento dos dados em informação, armazenamento de ambos, e a produção de resultados,

como relatórios de gestão.

Os SIG’s resumem e relatam as operações básicas da empresa. Os dados básicos de transações obtidos

dos SPT’s são comprimidos e comumente apresentados em relatórios produzidos segundo uma

programação periódica. Esses sistemas atendem aos gerentes interessados em resultados semanais,

mensais, quinzenais, e não diários como os SPT’s.

SAD

Os sistemas de apoio à decisão ajudam os gerentes de nível médio a tomar decisões não usuais. Eles

focam em problemas únicos e que se alteram com rapidez, para os quais não existe um procedimento de

resolução totalmente definido. São responsáveis por fazer simulações de determinadas situações,

portanto, perguntas básicas seriam: Qual seria o impacto na programação de produção se dobrássemos as

vendas? O que aconteceria ao nosso retorno sobre o investimento se a programação de determinada

fabrica se atrasasse em seis meses?

Segundo Laudon, em Sistemas de Informações Gerenciais, esse tipo de sistema usa informações obtidas

dos SPT’s e SIG’s, e também recorrem a informações de fontes externas, tais como valor corrente do

dólar, ações na bolsa de valores, tendência do mercado para tal produto, dentre outras. Esses sistemas

usam uma serie de modelos para analisar os dados, ou então condensam grandes quantidades de dados em

formato que possa ser analisado pelos tomadores de decisão. São projetados de modo que os usuários

possam trabalhar com eles diretamente.

Papel de suporte à decisão

A função de suporte à elaboração de decisões de negócio vai um passo mais à frente. É parte integrante na

tomada de decisões. Permite aos utilizadores formular questões "E se..?": E se aumentarmos o preço em

5%? ; E se aumentarmos o preço em 10%? ; E se reduzirmos o preço em 5%? ; E se aumentarmos o preço

em 10% agora, e reduzi-lo em 5% em três meses? Também permite aos utilizadores ligar com

contingências: E se a inflação aumenta em 5% (em vez dos 2% previstos), o que fazer? Que fazer se

formos confrontados com a greve ou uma nova ameaça da concorrência?

Os Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) aproximam os dados dos sistemas operacionais aos responsáveis

pelo planejamento, análise e monitorização das organizações. Os SAD pretendem apresentar, aos

decisores, uma visão mais genérica e mais rica em perspectivas (dimensões), recorrendo a níveis de

granularidade de informação diferentes dos sistemas operacionais. Numa perspectiva ainda mais

ambiciosa, os SAD visam simular novas estratégias e soluções, reduzindo os riscos dos decisores,

tornando-as assim mais eficazes.

SAE

Gerentes seniores precisam de sistemas que abordem questões estratégicas e tendências de longo

prazo, tanto no que diz respeito à própria empresa quando ao ambiente externo. Eles se

preocupam com questões como: Quais serão os níveis de emprego dentro de cinco anos? Quais

são as tendências de custo do nosso setor no longo prazo?

(Laudon, Capítulo 2: E-business: como as empresas usam os

sistemas de informação)

Esse tipo de sistema ajuda a gerencia sênior a tomar decisões baseada tanto nas informações internar

quanto nas externas. São caracterizados por fazer projeções e previsões segundo uma analise do mercado

e a situação da própria organização. Os SAE’s extraem gráficos e dados de varias fontes e os apresentam

aos gerentes seniores em uma interface de fácil utilização.

Inter-relacionamentos entre sistemas

de informação

ERP

ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial)

são sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um

único sistema (Laudon).

A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos

humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc.) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de

processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc.).

Os ERP’s em termos gerais são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos

departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de

negócios em um só sistema.

ERP nas corporações

Entre as mudanças mais palpáveis que um sistema de ERP propicia a uma corporação, sem dúvida, está a

maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho, o que

confere à informação maior qualidade. Algo que é conseguido com o comprometimento dos funcionários,

responsáveis por fazer a atualização sistêmica dos dados que alimentam o sistema fazendo assim com que

os processos dentro da organização possam interagir.

Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma companhia é que com uma melhor administração da

produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura logística, pode ser repensado ou

simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um

produto final, a companhia pode chegar ao ponto de produzir de forma mais eficiente o que reduz o tempo

que o produto fica parado no estoque.

A tomada de decisões também ganha outro ponto de vista uma vez que com a integração dos sistemas,

somos capazes de enxergar a empresa como um todo e não somente processos distintos.

De acordo com a empresa, é possível direcionar ou adaptar o ERP para determinados objetivos,

estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento

de vendas como na distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível

diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em processos que possam ter o desempenho

melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.

Vantagens do ERP

Eliminar o uso de interfaces manuais desnecessárias

Reduzir custos

Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização

Otimizar o processo de tomada de decisão

Eliminar a redundância de atividades

Reduzir o tempo de resposta ao mercado

Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP) aos processos internos da empresa

Desvantagens do ERP

A utilização do ERP por si só não torna uma empresa verdadeiramente integrada

Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação custo/benefício

Dependência do fornecedor do pacote

Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e padronização entre as empresas de

um segmento

Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende das informações

do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser constantemente atualizadas,

uma vez que as informações são em tempo real, ocasionando maior trabalho

Em suma, os sistemas integrados oferecem maior qualidade das informações que transitam na

organização, aceleram a comunicação entre os departamentos garantindo maior eficiência no processo

como um todo e dá aos gestores maior visibilidade sobre as falhas, metas atingidas, e também na tomada

de decisão. Dessa forma, a integração dos sistemas de informação se torna

Desafios

Segundo Lima (2000), muitas empresas calculam de forma errada o custo de implantação de uma solução

ERP, o que nos sugere que as empresas começam a implantação, mas não tem condição de terminá-la por

terem se equivocado no projeto da integração. Segundo Souza e Zwicher (2000), as principais

dificuldades se referem à atualização das informações no sistema em atuação, portanto, deixa-se de lado

uma importante característica desse tipo de sistema, o que o torna falho. Já para Stamford (2000), os

problemas se referem à escala de reengenharia de possessos, às tarefas de customização durante a

implantação, à inexperiência da equipe de suporte, ao alto custo, dentre outros. Concluindo, as

organizações planejam mal a implantação desse tipo de sistema e então naufragam quando dão de cara

com as dificuldades impostas.

FONTE LAUDON, Kenneth C. (Capitulo 2: E-business: como as empresas usam os sistemas de informação)

OSORIO, Oscar F. (TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO COMO VANTAGEM COMPETITIVA)

http://www16.fgv.br/rae/artigos/1059.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_suporte_à_decisão

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_informação_de_gestão

http://pt.wikipedia.org/wiki/Erp

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_da_informação#Tecnologias_de_Informa.C3.A7.C3.A3o_.28TI.

29_nas_organiza.C3.A7.C3.B5es

http://www.scielo.br/pdf/gp/v9n3/14570.pdf