Sistemas de informação como propulsores da evolução do gerenciamento da cadeia de suprimentos - Victor Gregorut Ferreira

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    Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza

    Victor Gregorut Ferreira

    Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia

    de suprimentos

    So Paulo

    Janeiro/2014

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    Victor Gregorut Ferreira

    Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia

    de suprimentos

    Monografia apresentada como exigncia

    parcial para concluso do Curso de Ps-

    Graduao MBA em Logstica

    Empresarial do Centro Estadual de

    Educao Tecnolgica Paula Souza, sob

    a orientao do Prof. MSc. Durval Cordas.

    So PauloJaneiro/2014

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    Eu, Victor Gregorut Ferreira, autorizo o Centro Estadual de

    Educao Tecnolgica Paula Souza a publicar minha monografia emverso eletrnica, alm de e-mail, no site da Instituio e na

    Biblioteca da Fatec-SP.

    So Paulo, 25/11/2013.

    Victor Gregorut Ferreira

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    TERMO DE APROVAO

    Victor Gregorut Ferreira

    Sistemas de informao como propulsores da evoluo do gerenciamento da cadeia

    de suprimentos

    Monografia apresentada e aprovada em 11/12/2013

    Prof. MSc. Durval Cordas Orientador

    Prof. MSc. Sergio Eugenio Menino Convidado

    Prof. MSc. Eduardo Vilela Vasconcelos Montes Convidado

    So Paulo

    Janeiro/2014

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    A minha Me e meu Pai que sempre me

    apoiaram e incentivaram a me dedicar

    aos estudos.

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus pela minha sade e pela minha capacidade intelectual.

    A meus pais, Marilene e Almir, por sempre me apoiarem e incentivarem a estudar. E

    por ensinar-me muitos valores, entre eles o valor do estudo, trabalho e

    responsabilidade.

    Ao meu irmo Higor por sempre me dar bons conselhos profissionais e para a vida.

    A minha amiga Suse por me incentivar e apoiar com sabias palavras nos momentos

    de dificuldade (ou preguia) durante o curso e o desenvolvimento da monografia.

    A minha me Marilene, ao colega de classe Big, ao amigo Jhones e ao meu irmo

    Higor por me darem caronas valiosssimas no trajeto curso / casa durante o tempo

    em que estive com a perna contundida!

    A todos os professores do curso, que foram to importantes na minha vida

    acadmica, e ao Prof. MSc. Durval pelas suas orientaes para o desenvolvimento

    desta monografia.

    Aos colegas de curso que compartilharam seus conhecimentos e proporcionaram

    momentos de muita aprendizagem, prazer e diverso!

    A todos os amigos e familiares que me apoiaram e incentivaram com palavras e

    tambm entenderam a minha ausncia em diversos momentos devido

    necessidade de dedicar tempo ao curso e monografia.

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    O descontentamento o primeiro passo naevoluo de um homem ou de uma nao.

    Oscar Wilde

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    RESUMO

    FERREIRA, V. G. Sistemas de informao como propulsores da evoluo do

    gerenciamento da cadeia de suprimentos. 48 f. Monografia (MBA em Logstica

    Empresarial). Centro Estadual de Educao Tecnolgica Paula Souza, So Paulo,

    2014.

    O presente trabalho tem por objetivo analisar e apresentar o aparecimento dos

    computadores no gerenciamento da cadeia de suprimentos e como eles se tornaram

    fundamentais em todos os elos da cadeia, provendo informaes estratgicas etticas, alm de tornar todo o processo mais gil. A metodologia usada foi pesquisa

    bibliogrfica, realizada mediante consulta e anlise de artigos cientficos, livros e

    bibliografia em geral. Os sistemas de informao impulsionaram a evoluo do

    gerenciamento da cadeia de suprimentos, permitindo fornecimento de informaes,

    processamento de dados e execuo de processos com muita rapidez.

    Palavras-chave: Sistemas de informao. Tecnologia da Informao. Logstica.Gerenciamento da cadeia de suprimentos. Supply Chain Management.

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Carro Ford Modelo T na Linha de Montagem, em Highland Park Plant,

    Outubro, 1923. .......................................................................................................... 12

    Figura 2: Exemplos de Cdigos Linear e Bidimensional. .......................................... 20

    Figura 3: Percentual de trabalhadores por tipo de local de trabalho. ........................ 24

    Figura 4: Escopo cada vez mais amplo dos sistemas de informao. ...................... 25

    Figura 5: Investimento total e percentual em tecnologia. .......................................... 26

    Figura 7: Viso geral das entradas para um Sistema MRP Padro e os Relatrios

    gerados. .................................................................................................................... 32

    Figura 8: O RFID usa pequenos marcadores para identificar vrios tipos de objetos. .................................................................................................................................. 35

    Figura 9: Fluxos na Cadeia de Suprimentos. ............................................................ 36

    Figura 10: Cadeia de Suprimentos: Origem e principais influencias. ........................ 38

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    SUMRIO

    1 INTRODUO....................................................................................... 9

    1.1 Questo de pesquisa......................................................................... 10

    1.2 Objetivo geral da pesquisa................................................................ 10

    1.3 Metodologia........................................................................................ 10

    2 FUNDAMENTAO TERICA........................................................... 11

    2.1 Histria................................................................................................ 11

    2.2 Consolidao...................................................................................... 21

    2.3

    A Era da informao.......................................................................... 22

    2.4 Sistemas como soluo.................................................................... 27

    2.5 Os principais sistemas de informao usados na gesto da

    cadeia de suprimentos...................................................................... 28

    2.5.1 Warehouse Management System (WMS)............................................ 28

    2.5.2 Manufacturing Execution Systems (MES)............................................ 28

    2.5.3 Collaborative Planning, Forecasting, and Replenishment (CPFR)....... 29

    2.5.4 Vendor Managed Inventory (VMI)........................................................ 29

    2.5.5 Enterprise Resource Planning (ERP)................................................... 302.5.6 Distribution Requirements Planning (DRP).......................................... 30

    2.5.7 Sales and operations planning (S&OP)................................................ 30

    2.5.8 Customer Relationship Management (CRM)........................................ 31

    2.5.9 Materials Requirement Planning (MRP)............................................... 31

    2.5.10 Manufacturing Resource Planning (MRP II)......................................... 32

    2.5.11 Just in Time (JIT).................................................................................. 33

    2.5.12 Transportation Management System (TMS)........................................ 34

    2.5.13 Cdigo de Barras................................................................................. 34

    2.5.14 QR Code.............................................................................................. 34

    2.5.15 Radio-Frequency IDentification (RFID)................................................ 35

    2.5.16 Efficient Consumer Response (ECR)................................................... 36

    2.5.17 Electronic Data Interchange (EDI)........................................................ 36

    2.5.18 Advanced Planning and Scheduling (APS).......................................... 37

    2.5.19 Global Position System (GPS)............................................................. 37

    3 ANLISE E DISCUSSO.................................................................... 38

    4 CONCLUSO...................................................................................... 41

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    1 INTRODUO

    Nos ltimos tempos tm-se vivenciado grandes transformaes na agricultura,

    na indstria, no comrcio, no consumo e na forma como estas reas interagem ao

    redor do mundo inteiro. Muitas dessas transformaes so decorrentes da grande

    diversidade e da grande quantidade de novos produtos disponveis nos mercados,

    da globalizao, de novos processos e tambm, nos ltimos anos, da evoluo da

    tecnologia da informao.

    Essas transformaes esto de certa forma relacionadas umas com asoutras, sendo que a tecnologia atua tanto no suporte dessas transformaes como

    tambm como indutora dessa evoluo.

    Os novos produtos, a globalizao e os novos processos trazem um maior

    desafio no gerenciamento da cadeia de suprimentos, e, para enfrentar este desafio,

    h a necessidade de processamento de grande quantidade de dados para gerar

    informaes e uma grande quantidade de sistemas de computadores que

    automatizem os processos, visando aumento da produtividade, eliminao de falhas,reduo de erros e, por consequncia, reduo de custos e aumento do valor

    agregado dos produtos e servios comercializados.

    Diante desse cenrio, o advento dos sistemas de informao trouxe maior

    controle dos processos existentes no gerenciamento da cadeia de suprimentos,

    assim como se refletiu em uma maior velocidade em reagir aos eventos ocorridos e

    disponibilizao de maior quantidade de informaes e com melhor qualidade,

    permitindo simular e analisar cenrios, como tambm traar planos estratgicos e

    tticos mais bem fundamentados. Como consequncia, houve uma melhora no

    atendimento aos clientes e agregao de valor aos servios e produtos em geral.

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    1.1 Questo de pesquisa

    Como os sistemas de informao ajudaram a evoluir o gerenciamento da

    cadeia de suprimentos?

    1.2 Objetivo geral da pesquisa

    Analisar e apresentar o surgimento dos sistemas de informao no

    gerenciamento da cadeia de suprimentos e como eles ajudaram na evoluo do

    gerenciamento e se tornaram fundamentais em todos os elos da cadeia, provendo

    informaes estratgicas e tticas, alm de tornar todo o processo mais gil e com

    menor custo.

    1.3 Metodologia

    Trabalho desenvolvido mediante pesquisa bibliogrfica, com o objetivo de

    obter a maior compreenso do tema previamente definido. A pesquisa foi realizada

    em artigos cientficos, livros e bibliografia em geral, no qual foi apoiada a redao e

    a fundamentao desta monografia.

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    2 FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Histria

    H muito tempo, desde a poca das primeiras civilizaes possvel

    identificar uma necessidade do ser humano em trafegar produtos de um

    determinado local para outro. Na pr-histria a partir do momento em que os

    diferentes grupos humanos tornaram a interao entre si mais frequente, os homens

    comearam a notar que grupos alheios ao seu tinham artefatos diferentes dos seus,despertando assim o interesse nestes produtos de terceiros. Iniciou-se ento uma

    troca destes artefatos e neste momento se consolidava as primeiras maneiras de

    comercializar produtos (RATTO, 2008).

    Mesmo havendo a troca de artefatos h muito tempo, as primeiras referncias

    de logstica so feitas apenas na primeira metade do sculo XIX, pelos militares Carl

    Phillipp Gottlieb von Clausewitz, da Prssia, e Antoine-Henri Jomini, Baro das

    Campanhas Napolenicas, em suas obras sobre a Arte da Guerra. Clausewitz nomencionava especificamente a palavra logstica, mas fala que na guerra existe um

    grande nmero de atividades que devem ser levadas em considerao para a

    execuo da prpria guerra. Mas Jomini, pela primeira vez registrada na histria,

    utiliza a palavra logstica, definindo-a como a ao que conduz preparao e a

    sustentao para a campanha (BRASIL, 2003 apud BARBOSA, 2011).

    Os conceitos de logstica se desenvolveram muito pouco na literatura militar

    at o final do sculo XIX. Mas em 1888, o Tenente Rogers introduziu matria

    relacionada logstica nas aulas da Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da

    Amrica (BRASIL, 2003 apud BARBOSA, 2011).

    At a Primeira Guerra Mundial raramente se encontrava na literatura a

    palavra logstica. S foi considerada cincia, a logstica, em 1917 quanto o Tenente-

    Coronel Thorpe do corpo de fuzileiros navais dos Estados Unidos da Amrica

    publicou o livro Logstica Pura: a cincia da preparao para a guerra. Thorpe

    definiu que a estratgia e a ttica proporcionam o esquema de conduo das

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    operaes militares, enquanto a logstica proporciona os meios (BRASIL, 2003

    apud BARBOSA, 2011).

    No incio do sculo XX o conceito de logstica estava essencialmente ligado

    s foras armadas. As operaes militares proporcionavam uma forte motivao

    para o progresso cientfico (NOVAES, 2007 apud BARBOSA, 2011).

    Enquanto nas reas militares surgia a ideia de logstica, no ramo da

    manufatura ocorria um movimento revolucionrio, que ficou conhecido como

    Revoluo Industrial, momento em que se iniciou a produo em massa (LUSTOSA

    et al., 2011). Nos Estados Unidos, Henry Ford criou uma linha de montagem de

    automveis, que revolucionou o processo de produo e se tornou referncia para

    mtodos de produo em srie no mundo (A EVOLUO, 2012). A fotografia da

    Figura 1 apresenta os carros na nova e revolucionria linha de montagem.

    Figura 1: Carro Ford Modelo T na Linha de Montagem, em Highland Park Plant, Outubro, 1923.

    Fonte: The Henry Ford (2010, [online]).

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    Nesta poca, ainda no incio do sculo XX, Taylor elaborou os princpios da

    administrao cientfica baseando-se na observao, medio, anlise e

    aprimoramento dos mtodos de trabalho (LUSTOSA et al., 2011).

    Ainda no incio do sculo XX, as ideias de Taylor incentivaram Frank Gilbreth

    desenvolver estudos de movimentos e tempos e tambm incentivaram Henry Gantt

    a desenvolver sistemas de programao de produo baseado em grficos em

    clculos (LUSTOSA et al., 2011).

    Enquanto o setor militar iniciava o desenvolvimento da logstica,

    aproximadamente at os anos 1940, o setor agrcola se preocupava apenas com o

    escoamento da produo e o setor industrial se preocupava em produzir o mximo

    possvel, no seguiam nenhum conceito ou prtica de logstica (EDELVINO, 2006).

    A evoluo da logstica deveu-se s Grandes Guerras que ocorreram ao redor

    do mundo e isso se refletiu profundamente nas indstrias, entre os anos de 1940 e

    1960. Nesta poca comearam a aparecer no setor industrial as ideias de logstica,

    baseada nos conhecimentos aplicados no ramo militar (EDELVINO, 2006).

    Os autores Pizzolato e Micucci (2009 apud BARBOSA, 2011) concordam com

    Edelvino ao afirmarem que a sociedade civil se beneficiou dos conceitos militares,como por exemplo, a gesto de suprimentos de combates que foi tambm muito

    bem utilizada pelas indstrias. As empresas foram gradativamente utilizando os

    conceitos da logstica, que foram facilmente migradas da rea militar para o mundo

    empresarial, tendo sido adaptado para as respectivas realidades.

    Enquanto rea militar comeava a desenvolver as ideias de logstica e a rea

    industrial comeava a aplicar estas novas ideias, o meio acadmico tambm

    comeava a dar os primeiros passos s ideias de logstica, mas ainda

    aparentemente distante do que era aplicado nas outras reas. Os primeiros registros

    de estudos acadmicos relacionados movimentao de produtos ocorreram em

    1948, na Universidade de Dextel, quando os estudantes Bernard Silver and Norman

    Joseph Woodland comearam a estudar os sistemas de caixa dos varejos e como

    estes atualizavam os estoques (ALFRED, 2008).

    Com o objetivo de tornar mais gil a forma de identificar os produtos, os

    estudantes comearam a utilizar impresses que brilhavam sob luz ultravioleta. Mas

    estas eram caras e era difcil fazer impresses de longa durao. Woodland tentou o

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    cdigo Morse, mas no era uma soluo prtica, devido necessidade dos leitores

    precisarem de um ngulo especfico. Pouco depois ele pensou na codificao em

    barras, e que estas poderiam ser lidas de praticamente qualquer ngulo. A soluo

    de cdigo de barras de Woodland funcionava, mas o leitor era muito grande e

    quente, e os computadores eram enormes e caros, alm dos lasers que ainda no

    tinham sido inventados, assim a soluo se mostrou invivel para a poca (ALFRED,

    2008).

    Por volta de 1950, com o avano da tecnologia gerado pelas grandes guerras,

    cresceu a complexidade dos bens produzidos, e por consequncia, aumentou

    tambm a complexidade dos clculos de Taylor, Gilbreth e Gantt. Neste momento,

    Joe Orlicky, Oliver Wight e G. W. Possl, no meio acadmico, desenvolveram

    mtodos similares para realizar os clculos e estes foram transformados em

    programa de computador, e este programa ficou conhecido como Materials

    Requirements Planning (MRP em portugus, planejamento das necessidades de

    materiais) (LUSTOSA et al., 2011).

    Nesta dcada, ocorreu um avano na tecnologia dos radares, tinha sido

    inventado h 20 anos pelos militares. Estudos acadmicos identificaram que a

    energia da Rdio Frequncia poderia ser utilizada para identificar objetos. Foi criada

    para ser utilizada no varejo uma etiqueta que utilizava ondas de rdio para

    interpretar o sinal de um bit (um registro de 0 ou 1). Este registro na etiqueta

    referente informao do pagamento efetuado ou no, e assim poderia evitar furtos

    nas lojas (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).

    No final dos anos 1950 o Governo Canadense comeou a desenvolver um

    Sistema de Informao Geogrfica do Canad, um sistema com informaes

    tabulares para identificar os recursos naturais da nao e suas possveis utilidades.

    Os Suecos e Britnicos foram autores dos primeiros mapeamentos geogrficos

    automticos. E os servios militares secretos de alguns pases possuam satlites

    capazes de tirar fotos panormicas (MAGUIRE et al., 2012).

    As pesquisas relacionadas a mapeamento avanavam e o Governo dos

    Estados Unidos providenciou o mapeamento de todas as ruas do pas para realizar

    o Censo Demogrfico. O relacionamento deste sistema com o canadense inspirouestudiosos de Universidade de Harvard a iniciar estudos de Sistemas de

    Informaes Geogrficas. E no Reino Unido iniciaram o desenvolvimento de mapas

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    utilizando computadores, reduzindo os custos e o tempo para criao de mapas. Os

    militares americanos comearam tambm a desenvolver aplicaes de localizao,

    com o intuito de localizar alvos balsticos (MAGUIRE et al., 2012).

    Nos anos 1960, Edelvino (2006, p. 24) afirma que, com o incio da

    competitividade mundial, comeou surgir a viso integrada das funes internas.

    Segundo o autor, essa viso procurava explorar os aspectos como custo total e

    uma viso sistmica de todo o processo produtivo.

    Na dcada seguinte, nos anos 1970, segundo Edelvino (2006, p. 24) o foco

    torna-se o cliente, com nfase na produtividade e nos custos de estoques, ou maior,

    eficincia operacional, trazendo mais valor agregado nos produtos e se

    preocupando com todo o processo produtivo, do incio ao fim.

    Os anos 70 foram marcados pelo incio da utilizao de mquinas

    exclusivamente de uso no transporte interno das fabricas e armazns, como por

    exemplo, empilhadeiras eltricas. Tambm nessa mesma poca passaram a utilizar

    melhor os espaos disponveis, com o surgimento de armazns verticalizados com

    estrutura porta paletes (KOBAYASHI, 2000).

    Os problemas encontrados no uso do Cdigo de Barras, que j tinha sidoinventado havia mais de 15 anos por Woodland e Silver, ainda no permitiam que a

    aplicao se consolidasse. Na dcada de 1970 a IBM apresentou o leitor de Cdigo

    de Barras a laser que permitia identificar os cdigos de barras de forma rpida e

    com baixo custo (se comparadas com solues anteriores). A dupla Cdigo de

    Barras e Leitor se consolidou em 1973 quando a indstria de supermercados

    estabeleceu seu uso nas normas de 1973 (ALFRED, 2008).

    Enquanto os Cdigos de Barras se popularizam e ganhavam cada vez mais

    utilidades, as etiquetas de Radio Frequncia de um bit evoluram e surgiram

    etiquetas mais sofisticadas chamadas Etiquetas RFID (Radio-Frequency

    Identification em portugus, Identificao por Radio Frequncia) na dcada de

    1970. Podendo armazenar mais dados que antes, aumentando assim a sua

    aplicabilidade. Mas estas etiquetas ainda se mostravam uma soluo cara e ento

    utilizada apenas em produtos de alto valor agregado (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).

    Sistemas de Informao Geogrficos, criados h mais de 20 anos, foram

    impulsionados pela Guerra Fria. Todas as novidades desenvolvidas nas dcadas

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    anteriores convergiram para o surgimento do Global Position System (GPS em

    portugus, Sistema de Posio Global) (MAGUIRE et al., 2012).

    Os sistemas de computadores que foram desenvolvidos na dcada de 1950

    no meio acadmico comearam a se popularizar na dcada de 1970 nos meio

    industriais (LUSTOSA et al., 2011). E nesta dcada, na rea acadmica surgiram os

    estudos de Sistemas de Informao Gerenciais (SIG), que tinham o foco nos

    sistemas de informaes computadorizados destinados aos administradores

    empresariais. Combinando as teorias da Cincia da Computao, da Cincia da

    Administrao e da Pesquisa Operacional, resultando em solues sistmicas para

    os problemas do dia a dia (EDELVINO, 2006).

    Gates (1995) em sua obra destaca que quando apareceram as planilhas nos

    microcomputadores em 1978 houve um grande avano em relao ao papel e lpis,

    agilizando muito as atividades dirias.

    A evoluo da dcada de 1970 foi tanta que a revista Veja, Edio Especial

    Os Anos 70, trata o computador como Reiem sua manchete da pgina 130. A

    revista menciona que graas a miniaturizao dos componentes dos computadores,

    a nova mquina podia efetuar tarefas que ser humano nenhum poderia realizar coma mesma eficincia. A revista destaca tambm que j era possvel sentir a presena

    da tecnologia em todas as reas de atividade humana (O REI, 1979).

    Enquanto os computadores evoluam, algumas teorias logsticas criavam uma

    relao antagnica entre o cliente e seus fornecedores, pois tudo que era comprado

    provinha de vrios fornecedores, possuam ciclos de compras longos e a informao

    no era compartilhada. Os fornecedores disputavam entre si para poder fornecer

    matria prima e o principal critrio para compras era o preo. Desta forma, no eracriado um relacionamento entre cliente e fornecedor. Muitas vezes o cliente

    barganhava o mximo com os fornecedores que em muitos casos levava-os

    falncia (CHOPRA; MEINDL, 2006).

    Ento, a partir dos anos 1980, as organizaes comeam a dar mais ateno

    para o lado externo da organizao, para os concorrentes e para consumidores.

    Nesta poca retomado com maior prioridade o foco no mercado e surge uma

    preocupao com a logstica integrada, iniciando a viso e o conceito daAdministrao da Cadeia de Suprimentos (em ingls Supply Chain Management

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    SCM), cujo pano de fundo a globalizao e o avano da Tecnologia da Informao

    (EDELVINO, 2006).

    Uma Cadeia de Suprimento engloba todos os estgios envolvidos, direta ou

    indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia de suprimentos

    no envolve apenas os fabricantes e os distribuidores, mas tambm transportadoras,

    depsitos, varejistas e os prprios clientes (CHOPRA; MEINDL, 2006).

    Antigamente a teoria da administrao sugeria que a eficincia global do

    grupo tcnico ou a funo da produo podia ser significativamente melhorada, se

    sua essncia pudesse ser isolada ou protegida, na maior extenso possvel de um

    ambiente externo e, frequentemente, incerto. Assim tinham a viso de que os elos

    da Cadeia de Suprimentos no possuam alguma certa interdependncia, e ento se

    criava grandes estoques de matria prima e de produtos acabados (DAVIS; CHASE;

    AQUILANO, 2000).

    Porm teorias antigas comearam a cair a partir de dcada de 1980, com as

    mudanas na gesto, identificao toda uma integrao entre os participantes da

    cadeia de suprimentos e a maior utilizao de sistemas de informao.

    Com a tendncia de integrao comearam a surgir softwares e processos degesto inovadores. A poca foi marcada pelos mtodos como Just in time (JIT

    traduo livre para portugus na hora certa), Kanban, Manufacturing Execution

    Systems (MES em portugus, Sistemas de Execuo da Manufatura)

    (KOBAYASHI, 2000).

    Em linha com as afirmaes de Edelvino e Kobayashi, Lustosa et al. (2011)

    alegam que nesta mesma dcada de 1980, devido necessidade de reduo de

    custos nos processos industriais, a gesto dos materiais feita pelo software MRP j

    precisava evoluir e ento foi includo mais funcionalidades no MRP, criando o

    Manufacturing Resources Planning (MRP II em portugus, Planejamento dos

    Recursos de Manufatura), que leva em considerao mais informaes para auxiliar

    a gesto da capacidade de recursos de produo (como por exemplo, pessoas,

    mquinas, capital, etc.).

    Focando na reduo de estoques, reduo de custos e melhoria na entrega

    dos produtos aos clientes, o JIT se apresentou como uma das primeiras inovaes

    gerenciais na dcada e foi tratada como estratgica dentro das corporaes. O

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    18

    conceito do JIT, inicialmente usado na indstria automobilstica japonesa, foi

    estendido para a indstria txtil americana e criou-se um novo conceito, conhecido

    como Quick Response (QR) (GHISI; SILVA, 2003).

    Na mesma dcada, surgiu o Database Marketing, um sistema de banco de

    dados que permitia conversar diretamente com vrios clientes, porm era uma

    ferramenta cara e difcil de usar (ROSENFIELD, 2002).

    Seguindo a ideia de melhorar a gesto, Oliver Wight desenvolveu o processo

    de Sales and Operations Planning (S&OP em portugus, Planejamento de

    Operaes e Vendas), na maioria dos casos suportado por um sistema de

    informao, em que a equipe gerencial atinge continuamente o foco, alinhamento e

    sincronizao entre todas as funes da organizao (SHELDON, 2006).

    Com a popularizao dos computadores, a partir da dcada de 1980, os

    Sistemas de Informao Geogrficos e os GPS comearam a ser comercializados e

    gradualmente passaram a ser uma importante fonte de dados de navegao e

    mapeamento (MAGUIRE et al., 2012).

    J ltimos anos da dcada de 1980, o conceito de Gerenciamento da Cadeia

    de Suprimentos se consolida e se torna cada vez mais importante nas corporaes,aumentando a relao entre fornecedor e cliente e reduzindo os estoques totais

    (EDELVINO, 2006).

    A partir dos anos 1980, vindo at os dias atuais, vive-se a fase denominada

    Logstica da Informao. Nome dado justamente devido ao aumento da

    disponibilidade das telecomunicaes, o maior acesso a informtica, o acirramento

    da concorrncia, o incremento da globalizao e a necessidade de se realizar um

    atendimento melhor ao consumidor (ALMEIDA; SCHLTER, 2009, p. 23).

    Nos anos 1990, com o surgimento de novas ferramentas de Tecnologia da

    Informao, o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos se consolida de vez e se

    torna uma atividade estratgica dentro das corporaes (EDELVINO, 2006).

    O autor Kobayashi (2000) apresenta alguns sistemas que se consolidaram e

    se mostraram como diferenciais estratgicos para as companhias na dcada de

    1990, como o Enterprise Resource Planning (ERP em portugus, Sistema

    Integrado de Gesto Empresarial), E-Commercee Warehouse Management System

    (WMSem portugus, Sistema de Gerenciamento de Armazm).

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    Lustosa et al. (2011) continuam em linha com Edelvino e Kobayashi ao

    apresentar que dcada de 1990 houve o incio da popularizao do ERP, sistema

    que auxilia o planejamento e o controle de toda a empresa.

    A partir da evoluo do ERP, surgiu o TMS (Transportation Management

    System). Um sistema integrado ao ERP ou um mdulo do ERP que tem o objetivo

    de controlar e programar toda a gesto do transporte, desde a consolidao de

    carga at a emisso de documentos e entrega ao cliente (FIGUEIREDO; FLEURY;

    WANKE, 2010).

    Antes a dcada de 1950, os processos da cadeia de suprimentos eram

    executados sequencialmente e de forma independente. Por consequncia ocorria

    um enorme descompasso entre as diversas reas das empresas, gerando

    incompatibilidade dos planos de cada rea, estoques altos e baixa utilizao dos

    recursos. Foi ento que surgiu o Advanced Planning and Scheduling (APS em

    portugus, Planejamento Avanado de Produo) que possui o objetivo de auxiliar

    os administradores a melhor utilizarem os recursos da cadeia de suprimentos, como

    materiais, produo, mo de obra, instalaes e transporte (BOWERSOX; CLOSS;

    COOPER, 2007).

    Devido a grande aumento do uso do Cdigo de Barras, desde a dcada de

    1970, este se mostrou limitado para uso, pois permite armazenar at 20 caracteres.

    Em 1994 a Denso Wave, uma diviso da Denso Corporation, anunciou o lanamento

    do QR Code (Quick Response Codeem portugus, cdigo de resposta rpida). A

    imagem em cdigos possui a capacidade de armazenar muito mais dados que seu

    antecessor. Este cdigo comeou a ser usado pela indstria automobilstica na

    gesto do Kanban e, depois em 2002, foi popularizado quando celulares comearam

    a possuir recursos para leituras desses cdigos (HISTORY, [20--]).

    Na Figura 2 (CDIGO, [20--]) apresentado pela GS1 Brasil exemplos dos

    dois tipos de cdigo de barras, o Cdigo Linear criado h dcadas, mas ainda muito

    utilizado nos dias de hoje e o Cdigo Bidimensional (conhecido tambm como QR

    Code) com uma capacidade muito maior de armazenamento de dados e que vem se

    popularizando dia aps dia.

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    Figura 2: Exemplos de Cdigos Linear e Bidimensional.

    Fonte: Cdigo ([20 --], [online]).

    No fim da dcada de 1980 e incio de 1990, os estabelecimentos americanos

    que interagiam no canal de distribuio de produtos de mercearia bsica, viram-se

    diante de uma perda de competitividade e eficincia. Os varejistas tradicionais, junto

    com seus fornecedores, buscaram formas alternativas de gesto para reduzir o nvel

    elevado dos estoques ao longo da cadeia de suprimento. Em 1992 foi fundado um

    comit composto por integrantes do setor de distribuio e da indstria, que ficouconhecido como Efficient Consumer Response Working Group.

    O novo grupo requisitou um estudo consultoria americana Kurt Salmon

    Associates, com o intuito de examinar e identificar os benefcios em reduzir os

    custos nas diversas etapas e processos na cadeia de suprimento e as possibilidades

    de melhoria da eficincia, quando utilizada novas tecnologias e prticas de gesto.

    O resultado do estudo apresentou que a economia global na cadeia de suprimentos

    poderia alcanar cerca de US$ 30 bilhes, se eliminasse ineficincias existentes nosprocessos administrativos e operacionais, e reduzir em at 41% os estoques

    existentes em toda a cadeia de suprimentos (GHISI; SILVA, 2003).

    Surgiu ento conceito do Efficient Consumer Response(ECRem portugus,

    Resposta Eficiente ao Consumidor) que era uma inovao gerencial, que surgiu na

    dcada de 1990 a partir da evoluo do QR e do JIT, que tem o objetivo de integrar

    as indstrias, atacadistas e varejistas em busca de eficincia em toda a cadeia de

    suprimentos (GHISI; SILVA, 2003).

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    Rosenfield (2002) destaca em seu artigo que devido s dificuldades

    encontradas na soluo Database Marketing, este evolui e surgiu o conceito de

    Marketing de Relacionamento e para suportar este novo relacionamento entre

    fornecedores e cliente foi criado o sistema CRM (Customer Relationship

    Management). Que fornecia melhor viso das estratgias de relacionamento com os

    clientes e seus resultados.

    No final da dcada de 1990 e incio dos anos 2000 empresas se uniram e

    foram iniciadas pesquisas para padronizar as Etiquetas RFID e barate-las com

    objetivo de se tornar mais populares (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).

    possvel notar que a partir da dcada de 1990 houve uma exploso de

    surgimento de aplicativos para a Cadeia de Suprimentos, como: Customer

    Relationship Management (CRMem portugus, Gesto de Relacionamento com o

    Cliente), Transportation Management System (TMS em portugus, Sistema de

    Gerenciamento de Transporte), Advanced Planning & Scheduling (APS em

    portugus, Sistema de Planejamento Avanado de Produo), Quick Response

    Code (QR Code em portugus, Cdigo de Resposta Rpida), Electronic Data

    Interchange (EDIem portugus, Troca Eletrnica de Dados).

    Tambm no mesmo perodo, com o surgimento e evoluo do conceito de

    Efficient Consumer Response (ECR em portugus, Resposta Eficiente ao

    Consumidor) e seguindo a tendncia surgida nas dcadas anteriores, surgiram

    novos sistemas colaborativos de gesto da cadeia de suprimentos, como o Vendor

    Managed Inventory (VMI em portugus, Inventario Gerido pelo Fornecedor), o

    Distribution Requirements Planning (DRP em portugus, Planejamento das

    Necessidades de Distribuio), e o Collaborative Planning, Forecasting, and

    Replenishment (CPFR em portugus, planejamento, previso e reposio

    colaborativos) (BARRATT, 2004 apud VIVALDINI; PIRES, 2012).

    2.2 Consolidao

    Laudon e Laudon (p. 21, 2004) apresentam uma redefinio das fronteiras

    organizacionais, uma vez que Sistemas de Informao permitem que as empresas

    interajam umas com as outras a longa distncia. Transaes de compras e vendas

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    podem ser trocadas eletronicamente entre diferentes empresas, reduzindo custos,

    criando novas eficincias e novos relacionamentos entre a organizao e seus

    clientes e seus fornecedores.

    Ao analisar os acontecimentos da dcada de 1970 no mundo da informtica e

    dos anos 1980 no mundo corporativo, possvel ver claramente que as invenes

    tecnolgicas migraram rapidamente para as empresas e com certa facilidade. Nos

    anos 1990 as Tecnologias da Informao se consolidaram e proporcionaram

    mudanas radicais nas administraes empresariais.

    Bill Gates (1995), uma das principais figuras do mundo da tecnologia, j

    vislumbrava um mundo cada vez mais digital, com menos papel e com melhor

    gerenciamento de informaes, servios e colaborao interna e externa. Os

    programas de computadores se tornando mais amigveis e as empresas estariam

    interligadas em rede acessvel aos funcionrios, fornecedores, consultores e

    clientes.

    2.3 A era da informao

    Atualmente vivida uma era em que muitos j chamam de Revoluo da

    Informao, assim como o guru da Administrao, Peter Drucker (2001, p. 175). O

    guru chega a fazer uma comparao dos anos atuais com os primeiros anos da

    revoluo industrial iniciada h mais de um sculo. Drucker faz ainda uma

    comparao do computador de hoje com a mquina a vapor criada no sculo

    retrasado.

    Laudon e Laudon (2004) concordam com Drucker ao fazer comparaes

    entre pocas, alegam que assim como escritrios, telefones, fichrios e prdios

    eficientes foram as fundaes dos negcios sculo XX, a Tecnologia da Informao

    a fundao dos negcios no sculo XI.

    Gates (1995) por sua vez compara a popularizao dos computadores e da

    informao prensa de Johannes Gutenberg nos anos 1400, afirmando que antes

    da inveno existiam cerca de 30 mil livros em toda Europa e anos depois, por volta

    de 1500, j havia mais de nove milhes.

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    Os autores Laudon e Laudon (2004) afirmam que o gerenciamento da cadeia

    de suprimentos se tornou muito mais complexo nas ltimas dcadas, devido

    principalmente:

    a) grande quantidade de mercados em que as empresas comearam a

    atuar;

    b) maior quantidade de produtos existentes;

    c) s maiores restries na entrega;

    d) busca por menores custos, processos geis e eficientes;

    e) aos diferentes tipos de transportes e rotas.

    A nova tendncia de globalizao que surge uma ameaa s empresas

    limitadas aos mercados nacionais, pois hoje em dia possvel de forma muito

    simples, os clientes fazerem compras a partir de fornecedores provenientes de

    outros pases. Os clientes ainda conseguem obter informaes confiveis, produtos

    de qualidade e bons preos durante 24 horas por dia, inclusive domingos e feriados

    (LAUDON; LAUDON, 2004).

    Afirmao semelhante Gates faz em 1995, mas este por sua vez no serefere s empresas de atuao nacional. Porm se refere s empresas que no

    adotam novas tecnologias de comunicao, dizendo que estas esto ameaadas de

    perder espao para os outros competidores.

    J no possvel desenvolver propostas de melhoramento ou fazer

    aplicaes concretas na cadeia de suprimentos sem utilizar sistemas de informao,

    no importando o tamanho e capacidade do computador onde o sistema

    executado, isto , podem ser potentes equipamentos, como por exemplo mainframeou servidores em cluster, micro computadores pessoais ou, ainda, de menores

    dimenses. Kobayashi tambm diz que a alergia a computadores deve ser

    abandonada, pois se cada indivduo se colocar na frente de um computador, ter em

    suas mos um instrumento potentssimo (KOBAYASHI, 2000).

    No grfico da Figura 3 utilizado por Laudon e Laudon (2004, p. 5) em que

    apresenta a mudana das caractersticas da fora de trabalho dos Estados Unidos

    nota-se que j existe uma tendncia desde o incio do sculo de aumento da

    quantidade de trabalhadores em escritrio e a diminuio de trabalhadores rurais.

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    Mas na dcada de 1970 o grfico apresenta claramente uma grande inverso, com o

    aumento do percentual de pessoas trabalhando nos escritrios e a diminuio na

    manufatura, que exatamente nos anos onde o computador comea a se

    popularizar e ser utilizado nas empresas americanas. Permitindo que as essas

    companhias se tornem globais e possam administrar seus negcios remotamente.

    Figura 3: Percentual de trabalhadores por tipo de local de trabalho.

    Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 5).

    Sistemas de informaes proporcionam a comunicao e o poder de anlise

    de que as empresas necessitam para conduzir o comrcio e administrar negcios

    em escala global(LAUDON; LAUDON, 2004, p. 5).

    Para Furlan (1992 apud GOMES; RIBEIRO, 2004) a desburocratizao da

    Informao um objetivo da tecnologia da informao, e os autores Cautela e

    Polloni (1991 apud GOMES; RIBEIRO, 2004) prosseguem informando que os

    Sistemas de Informaes, com a interao de seus subsistemas, tm o objetivo

    gerar informao para a tomada de deciso.

    O custo decrescente e a facilidade do uso das ferramentas permitiu o acesso

    s informaes por parte da equipe gerencial das organizaes. A tecnologia

    colabora permitindo a coleta, o armazenamento, a transferncia e o processamento

    de dados com maior eficcia, eficincia e rapidez (NAZRIO, 1999).

    Tecnologias e Sistemas de Informao so os elos entre todas as atividades

    de uma organizao e permitem, com tcnicas gerenciais e tticas, uma interao

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 1999

    Servios

    Escritrio

    Produo

    Rural

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    entre todas as atividades logsticas de forma muito eficiente e rpida (CAUTELA;

    POLLONI, 1991 apud GOMES; RIBEIRO, 2004).

    A informao facilita a coordenao do planejamento do dia a dia. Sem

    informaes precisas, o esforo dedicado ao sistema logstico pode ser

    desperdiado (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).

    As organizaes podem acessar muitas informaes no mundo inteiro e

    podem coordenar atividades de qualquer lugar a qualquer hora. A popularizao das

    tecnologias de informao nas empresas e nas vidas das pessoas deve ser atribuda

    ao custo cada vez menor e ao grande poder de processamento de dados (a

    capacidade operacional dobra a cada ano e meio, e o desempenho dos

    microprocessadores melhorou 25 mil vezes desde os anos 70) (LAUDON; LAUDON,

    2004).

    Na Figura 4 apresentada graficamente a participao dos Sistemas de

    Informao nas organizaes no decorrer do tempo, e mostra a expanso dos

    Sistemas de Informao para alm das fronteiras organizacionais. apresentado

    tambm em quais locais da organizao ocorreram as principais influncias dos

    sistemas (LAUDON; LAUDON, 2004).

    Figura 4: Escopo cada vez mais amplo dos sistemas de informao.

    Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 14).

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    De forma progressiva e cada vez com menos custos e mais eficincia os

    Sistemas de Informao vm substituindo atividades manuais por atividades

    automatizadas de trabalho. E com isso, alm de reduzir custos operacionais,

    prestam melhor servio de atendimento ao cliente (LAUDON; LAUDON, 2004).

    Apesar de menores custos, a Tecnologia da Informao vm aumentando sua

    participao nos investimentos das companhias. Laudon e Laudon (2004) evidencia

    o fato com o grfico da Figura 5, onde mostra que, nos Estados Unidos, de acordo

    com o U.S. Department of Commerce, Bureau of Economic Analysis, National

    Income and Product Accounts, alm do investimento em tecnologia ter crescido

    consideravelmente em 20 anos, a participao da Tecnologia da Informao nos

    investimentos em negcios quase que dobrou.

    Figura 5: Investimento total e percentual em tecnologia.

    Fonte: Laudon e Laudon (2004, p. 17).

    As empresas so as primeiras usurias das novas tecnologias de informao,

    devido os benefcios financeiros proporcionados (GATES, 1995). As organizaes

    passaram a investir mais em tecnologia da informao e so as principais

    consumidoras destas tecnologias (ANANDARAJAN; WEN, 1999 apud PEREIRA;

    TURRIONI; PAMPLONA, 2005).

    Os critrios sobre os investimentos em TI esto sempre sujeitos a mudanas

    muito rpidas e o retorno sobre investimento muito difcil de ser mensurado, devido

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    os benefcios estratgicos serem difceis de serem quantificados (ANANDARAJAN;

    WEN, 1999 apud PEREIRA; TURRIONI; PAMPLONA, 2005).

    2.4 Sistemas como soluo

    Recentemente muitas empresas ao redor do mundo tm se empenhado em

    implantar sistemas que integram a toda a cadeia de suprimentos, desde a compra

    de matria prima para a produo at a distribuio e venda de produtos acabados.

    Kobayashi (2000) destaca os principais benefcios adquiridos pelas organizaes

    so:

    a) reduo e adequao do estoque de produtos;

    b) contrao de lead time;

    c) criao de um sistema de produo em pequenos lotes;

    d) reduo do custo de distribuio fsica.

    Anandarajan e Wen (1999 apud PEREIRA; TURRIONI; PAMPLONA, 2005)

    destacam outros benefcios proporcionados pela tecnologia da informao:

    a) melhora da informao;

    b) tempo de resposta mais rpido;

    c) melhora no processo de deciso;

    d) satisfao do cliente;

    e) aumento da produtividade dos funcionrios.

    Laudon e Laudon (2004) concordam com Kobayashi (2000) ao afirmar que

    muitos processos de negcios so transfuncionais, isto , percorrem a estrutura

    organizacional, agrupando diferentes especialidades funcionais para completar

    determinada tarefa.

    Ao projetar processos de negcios requer cuidadosa anlise e planejamento,

    pois caso os sistemas forem utilizados para fortalecer o modelo de negcios ou

    processos de negcios errados, a empresa pode acabar fazendo com muitaeficincia algo que no deveria estar sendo feito (LAUDON; LAUDON 2004).

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    Para Len (1997, apud LAUDON; LAUDON 2004) uma das questes mais

    importantes que a empresa pode tomar no decidir como usar computadores para

    aprimorar o processo, mas entender quais processos precisam de aperfeioamento.

    E Gates (1995) complementa que os computadores so apenas ferramentas para

    auxiliar a resolver problemas j identificados.

    2.5 Os principais sistemas de informao usados na gesto da cadeia de

    suprimentos

    2.5.1 Warehouse Management System (WMS)

    Este sistema fornece a rotao dirigida de estoques, diretivas inteligentes de

    picking, consolidao automtica e cross-docking assim podendo maximizar o uso

    do espao dos armazns. O sistema tambm dirige e aperfeioa a disposio de

    "put-away" ou colocao no armazm, baseado em informaes de tempo real sobre

    o status do uso de prateleiras (IOMA, 2002).

    2.5.2 Manufacturing Execution Systems (MES)

    O aplicativo integraos sistemas de automao do cho de fbrica aos

    sistemas de gesto por meio de um conjunto de funcionalidades.

    Atravs da implementao do MES possvel gerenciar e monitorar a

    produo em tempo. Pode tambm gerenciar ordens de produo, gerenciarprojetos de produo, agendar e gerenciar atividades, acompanhar performance da

    produo, gerenciar a localizao de materiais, gerencia segmentao de lotes e

    combinaes, gerenciar a qualidade, etc. (DUYSTERS et al., 2012).

    Os benefcios apresentados pela implementao do MES localizar problemas

    escondidos na produo, reduzir acidentes, estabilizar a produo melhorar a

    eficincia e o nvel de produo programada e reduzir custos (DUYSTERS et al.,

    2012).

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    2.5.3 Collaborative Planning, Forecasting, and Replenishment (CPFR)

    um programa colaborativo que envolve os diferentes participantes da

    cadeia de suprimentos, estabelecendo uma coordenao entre a produo,

    planejamento, previso de vendas e reposio(FLIEDNER, 2003, p. 14).

    As parcerias deste tipo baseiam-se na necessidade de partilha de dados

    comparveis entre as diferentes organizaes. Estes dados so relacionados a

    previses elaboradas pelas diversas organizaes e departamentos que participam

    do processo, o que torna necessrio uma maior organizao, um melhor

    planejamento e uma clara definio de regras entre as partes (CARVALHO; DIAS,

    2000).

    Alguns dos benefcios de implantar um sistema de CPFR so o aumento da

    acuracidade da previso de demanda, a reduo dos nveis de estoques e o plano

    de produo melhor estruturado (CARVALHO; DIAS, 2000).

    2.5.4 Vendor Managed Inventory (VMI)

    O Sistema permite que o fornecedor efetue a gesto dos nveis de estoques

    nos clientes e distribuidores. O fornecedor recebe dados de venda e estoques dos

    clientes e ento assume a responsabilidade de tomar as decises para repor e no

    faltar produtos, respeitando os limites previamente estabelecidos e as polticas de

    estoques apropriadas para manter nveis ideais (MISHRA; RAGHUNATHAN, 2004

    apud SALZARULO, 2006).

    O VMI se integra na cadeia de abastecimento com o objetivo de estabelecer

    uma real colaborao e compartilhamento de informao entre o fornecedor e o

    cliente, e isso traz diversos benefcios para os participantes do processo, como por

    exemplo, permite reduzir os nveis de estoque ao longo da cadeia de suprimentos,

    reduo ruptura de estoque, reduo de custo de processamento de compras,

    melhor nvel de servio, maior acuracidade na previso de demanda, melhor

    relacionamento entre fornecedor e cliente e maior eficincia na comunicao

    (MISHRA; RAGHUNATHAN, 2004 apud SALZARULO, 2006).

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    2.5.5 Enterprise Resource Planning (ERP)

    Considerado como a espinha dorsal, o ERP um software multimodular que

    auxilia o gestor empresarial em diversas fases importantes do negcio. O aplicativo

    faz integrao entre diversos sistemas e permite o acompanhamento desde os

    nveis de fabricao at a parte comercial. Na essncia o ERP centraliza todos os

    dados e oferece a informao correta, para a pessoa correta no momento correto

    (FEDELI; POLLONI, 2003).

    Os benefcios encontrados com a implantao de um ERP so o aumento da

    automatizao de processo, melhora o fluxo e qualidade da informao dentro da

    organizao, elimina a redundncia de atividades, aumenta a eficincia de resposta

    ao mercado e reduz o tempo de execuo de processos gerenciais (KOBAYASHI,

    2000).

    2.5.6 Distribution Requirements Planning (DRP)

    O sistema permite que seja efetuado um planejamento que consegue

    considerar diversos nveis de distribuio e as suas caractersticas, e projetar a

    quantidade e momento de encomenda de artigos mantidos em estoque que ser

    necessrio repor num perodo de tempo futuro (BOWERSOX; CLOSS; COOPER,

    1996).

    Os principais benefcios encontrados so: coordenar a reposio de produtos

    que provm do mesmo fornecedor, selecionar os meios de transporte, as rotas e os

    tamanhos das embalagens, agendar a recepo de encomendas e utilizao de mo

    de obra extra e desenvolver um plano de produo para cada item (BOWERSOX;

    CLOSS; COOPER, 1996).

    2.5.7 Sales and operations planning (S&OP)

    O S&OP um processo que, normalmente suportado por um sistema de

    informao, permite que os gestores das empresas registrem uma previso

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    atualizada dos resultados das suas reas. Aps registrado todos as previses, so

    feitas reunies para discutir as previses e chegar em um consenso sobre plano de

    vendas, plano de produo, plano de estoque, tempo de espera do cliente (backlog)

    planejar, novo plano de desenvolvimento de produtos, plano de iniciativa estratgica

    e resultando plano financeiro (SHELDON, 2006).

    2.5.8 Customer Relationship Management (CRM)

    O CRM (Gesto de Relacionamento com o Cliente) um sistema para

    gerenciar o contato das empresas com os clientes e possveis cliente. O softwarearmazena dados dos clientes e das interaes entre empresa e cliente e geram

    informaes com o objetivo de ajudar as empresas a criar e manter um

    relacionamento bom com seus clientes (FEDELI; POLLONI, 2003).

    O CRM pode ser aplicado em todos os pontos de relacionamento com o

    cliente, como por exemplo: Call Center, central de atendimento, help desk,

    gerenciamento de campanhas, canais de ofertas, aplicaes de marketing,

    automao da fora de vendas, data warehouse, data mining, database marketing,servios, etc. (FEDELI; POLLONI, 2003).

    2.5.9 Materials Requirement Planning (MRP)

    O sistema frequentemente utilizado para estreitar o relacionamento entre

    compradores e fornecedores. Com o objetivo de controlar os nveis de estoques e aomesmo tempo alta capacidade de produo, coordenando as entregas com as

    atividades de compras e de produo (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).

    O MRP recebe uma listagem de materiais que compes o produto (Bill of

    Materials BOM), dados de posio de estoque itens que compes o produto e o

    Programa Mestre de produo PMP (Masters Production Schedule - MPS) O

    PMP o plano de produo perodo que especfica a quantidade e o momento que a

    empresa planeja produzir os itens (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).

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    Os benefcios encontrados com a implantao da soluo MRP so o melhor

    aproveitamento da capacidade operacional, reduo de estoques e de ruptura de

    matrias prima e melhor relacionamento com o fornecedor (BOWERSOX; CLOSS;

    COOPER, 2007). Na Figura 6 so apresentadas por Davis, Chase e Aquilano (2000)

    as principais entradas e sadas de um sistema MRP.

    Figura 6: Viso geral das entradas para um Sistema MRP Padro e os Relatrios gerados.

    Fonte: Davis, Chase e Aquilano (2000, p. 507).

    2.5.10 Manufacturing Resource Planning (MRP II)

    O MRP II (ou Planejamento de Recursos de Manufatura) possui o principal

    objetivo de estimular o sistema produtivo, alm de monitorar todos os recursos da

    corporao, como marketing, engenharia e finanas. O sistema geralmente

    integrado com toda a companhia o que permite todos (compradores, marketing,

    produo, contadores, etc.) trabalharem com o mesmo plano e os mesmos dados,

    podendo simular planos e estratgia alternativas (DAVIS; CHASE; AQUILANO,

    2000).

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    Os benefcios encontrados com a implantao do MRP II, destacados por

    McLeod Jr. (2000), so:

    a) uso mais eficiente de recursos possvel diminuir os estoques de matria

    prima e produtos acabados;

    b) melhor planejamento das prioridades reduz o tempo necessrio para

    iniciar a produo e facilita a alterao do programa de produo;

    c) melhor nvel de servio ao cliente aumenta a capacidade da empresa

    cumprir com as data de entregas programadas;

    d) mais motivao dos funcionrios os funcionrios adquirem confiana no

    sistema, melhora a coordenao e a comunicao entre departamentos;

    e) melhor informao gerencial a gerencia usa as sadas do sistema para

    analisar o ambiente de produo e medir o desempenho deste sistema.

    Alm de permitir o planejamento de longo prazo utilizando os dados

    fornecidos pelo MRP II (alm de outros sistemas estratgicos tambm).

    A principal diferena entre MRP e MRP II que o MRP trata principalmente

    dos materiais do processo de fabricao, e o MRP II cuida da coordenao de todo

    o processo de fabricao (MCLEOD JR., 2000).

    2.5.11 Just in Time (JIT)

    O JIT um processo que dentro da cadeia de suprimentos puxado pela

    demanda. Em todos os pontos da linha de operao deve-se existir uma quantidade

    especfica de unidades acabadas relacionada ao ponto. Conforme o ltimo ponto

    finaliza sua atividade, puxa toda a cadeia, sendo necessrio iniciar uma nova

    unidade do item. Normalmente o processo aplicado em linhas em que h uma

    necessidade contnua de produtos, mesmo que seja produzido em lotes

    intermitentes (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).

    O JIT cria uma relao de parceria entre fornecedor e cliente, reduz o tempo

    de setup das mquinas e tambm o tamanho dos lotes e reduz estoques e perdas

    (DAVIS; CHASE; AQUILANO, 2000).

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    2.5.12 Transportation Management System (TMS)

    O TMS identifica e avalia proativamente as estratgias e tticas de transporte

    e determina os melhores mtodos para o trfego dos produtos levando em

    considerao todas as restries existentes (BOWERSOX; CLOSS; COOPER,

    2007).

    Com o sistema possvel selecionar os modais, planejar carregamentos,

    consolidar carregamentos com outros expedidores, efetuar balanceamento do

    trfego gerao de documentao de transporte, traar rotas, auditar tarifas,

    controlar custos e aperfeioar o uso dos equipamentos de transporte (BOWERSOX;

    CLOSS; COOPER, 2007).

    2.5.13 Cdigo de Barras

    O Cdigo de Barras uma imagem com barras verticais (escuras e claras)

    que representam dados numricos ou alfanumricos. O cdigo pode ser capturado e

    interpretado atravs de raios vermelhos, apenas apontando os raios imagem, de

    forma muito eficiente (ALFRED, 2008).

    2.5.14 QR Code

    O QR Code semelhante ao Cdigo de barras, porm este bidimensional e,

    por consequncia, pode armazenar uma quantidade muito maior de dados, possvel armazenar dados do tipo numrico, alfanumrico, Kanji, Katakana,

    Hiragana smbolos, binrios e cdigos de controles. Mais de 7089 caracteres podem

    ser codificados em um nico smbolo (HISTORY, [20--]).

    O QR Code pode ser lido a partir de leitores prprio ou celulares,

    computadores e tablets, o que ajudou na popularizao. Alm de ter sido

    patenteado, mas a patente no foi exercida devido ter o objetivo de poder ser

    utilizado pelo maior nmero de pessoas (HISTORY, [20--]).

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    2.5.15 Radio-Frequency IDentification (RFID)

    O RFID representa o prximo passo dos Cdigos de Barras. O RFID um

    mtodo de identificao automtica atravs de sinais de rdio, recuperando e

    armazenando dados remotamente fornecidos por etiquetas RFID. As Etiquetas RFID

    so dispositivos que possuem um chip e uma antena e que respondem aos sinais de

    rdio enviados por uma base transmissora. Sem a necessidade de ter que ler

    diretamente os cdigos como os Cdigos de Barras, a Etiqueta RFID apenas precisa

    estar ao alcance de uma antena (podendo ser at 182 m) para poder ser identificada

    e interpretada(BALTZAN; PHILLIPS, 2012). Na Figura 7 apresentado por Maguire

    et al. (2012) um exemplo de uma etiqueta RFID, onde na face existem dados e

    cdigo de barra impresso e no verso existe um circuito eletrnico.

    As empresas tm usado o RFID para controlar ativos fsicos, planejar e

    controlar a cadeia de suprimentos, prevenir furtos no varejo, combater o trfico de

    medicamentos falsificados, e outras aplicaes, com o objetivo de reduzir custos,

    aumentar segurana e a confiabilidade no gerenciamento dos processos de

    negcios (BALTZAN; PHILLIPS, 2012).

    Figura 7: O RFID usa pequenos marcadores para identificar vrios tipos de objetos.

    Fonte: Maguire et al. (2012, p. 278).

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    2.5.16 Efficient Consumer Response (ECR)

    Trata-se de uma estratgia utilizada pelas indstrias, principalmente por

    varejistas e supermercados, na qual distribuidores e fornecedores trabalham em

    conjunto para oferecer melhores servios e produtos ao cliente final. O objetivo

    fornecer informaes e produtos, atravs de um fluxo bidirecional consistente e

    contnuo atravs da cadeia de suprimentos (LAVRATTI; COLOSSI; DELUCA, 2002).

    Teixeira, Mendona e Souza (2001) apresentam graficamente na Figura 8 como o

    fluxo de demanda, produtos e informaes na cadeia de suprimentos.

    Figura 8: Fluxos na Cadeia de Suprimentos.

    .Fonte: Teixeira, Mendona e Souza (2001, [online]).

    2.5.17 Electronic Data Interchange (EDI)

    O EDI consiste em troca de arquivos em diversos formatos em um leiaute

    predeterminado contendo dados. Dados que contm, por exemplo, pedidos de

    compras, emisso de notas ficais, confirmao de recebimento, informaes sobre

    estoques. possvel configur-lo para trafegar qualquer tipo de dado (LAVRATTI;

    COLOSSI; DELUCA, 2002).

    Com o uso do EDI as companhias conseguem trazer muito mais agilidade nas

    operaes de comunicao com outras companhias, O EDI seguro, reduz os

    custos de comercializao e refora as parcerias entre clientes e fornecedores

    (FORTUNA, 1999 apud LAVRATTI; COLOSSI; DELUCA, 2002).

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    2.5.18 Advanced Planning and Scheduling (APS)

    O APS (em portugus, Sistema de Planejamento e Programao Avanado)

    um sistema complementar ao ERP com o objetivo de efetuar o planejamento da

    produo. O sistema tem permite controlar os recursos produtivos, levando em

    consideraes regras operacionais relativas ao sequenciamento da produo

    (TUBINO, 1994).

    Com o APS possvel traar planejamentos operacionais curtos e responder

    a situaes inesperadas de forma mais eficiente. O sistema apresenta boa

    visibilidade da localizao e da situao dos estoques e dos recursos da cadeia de

    suprimentos, como materiais, produo, mo de obra, instalaes e transporte

    (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).

    2.5.19 Global Position System (GPS)

    O GPS um sistema composto por 24 satlites, a 20.200 Km de altura, que

    completam uma rbita no Planeta Terra a cada 12 horas. As posies so

    determinadas a partir das interpretaes de sinais recebidas por um receptor. O

    posicionamento de Altura, Latitude e Longitude depende da Recepo de sinais de

    ao menos quatro satlites que esteja acima do horizonte do ponto receptor

    (MAGUIRE et al., 2012).

    A acurcia da posio informada depende da verso do aparelho que recebe

    os sinais. Em ambiente urbano, prdios, tneis, pontes e arvores podem influenciar

    na qualidade da preciso da posio, para mitigar este problema existe o GPS

    Diferencial (DGPS) que combina os sinais dos satlites com sinais de correo

    recebidos via rdio ou telefone a partir de estaes base (MAGUIRE et al., 2012).

    O GPS muito til principalmente para registrar dados para os Sistemas de

    Informao Geogrficas, localizar objetos que se movem (como mquinas agrcolas,

    veculos automotores, cargas, etc.) e para localizar pontos fixos (como endereos,

    jazidas geolgicas, etc.) (MAGUIRE et al., 2012).

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    3 ANLISE E DISCUSSO

    A logstica evoluiu pouco no incio do sculo XX. A partir da dcada de 1950

    iniciou maior intercmbio de diversos conceitos e processos logsticos existentes nos

    setores militar, industrial e acadmico. Nessa dcada surgiu o MRP, o primeiro

    sistema de informao voltado para auxiliar o gerenciamento da logstica. E esse foi

    o nico software a ser criado por anos.

    Aps a popularizao dos computadores na dcada de 1970, houve uma

    exploso de novos sistemas voltados para o gerenciamento da cadeia desuprimentos. Foi armado uma espcie de ciclo virtuoso, onde, quanto mais os

    sistemas evoluam, mais necessidades surgiam, e por consequncia novos sistemas

    surgiam para suprir essas necessidades.

    Figura 9: Cadeia de suprimentos: origem e principais influncias.

    Fonte: O Autor

    Diversos sistemas de informao ou conceitos foram criados, e serviram de

    inspirao para novos outros. Por exemplo:

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    Com o surgimento do software MRP, que faz a gesto dos nveis de estoques

    e melhora os processos de compra, produo e distribuio, houve um grande

    avano no gerenciamento da logstica. Com o novo aplicativo, houve melhora no

    processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos, pois este supria os gestores

    com novas informaes. Com o novo cenrio, novas necessidades surgiram e surgiu

    um novo software, o MRP II, que permitia a outras reas da empresa fornecerem e

    consumirem informaes, gerando uma maior integrao entre diversos elos, alm

    de maior integridade nos dados em razo da centralizao do armazenamento e da

    consulta. O aplicativo permitiu integrao entre diversas reas e melhorou a

    qualidade e a abrangncia de informaes fornecidas.

    Aps consolidado o MRP II, viram-se novas possibilidades e surgiu um novo

    aplicativo, o ERP, que passou a integrar todos os departamentos da corporao,

    melhorando o fluxo e a qualidade da informao, automatizando processos e

    eliminando retrabalho. O aplicativo tambm apresenta relatrios gerenciais,

    melhorando o processo de tomada de deciso.

    O ERP ainda serviu de inspirao para a criao do TMS e do APS. O TMS

    identifica e avalia as estratgias e tticas de transporte, auxiliando a tomada de

    deciso e maior eficincia no uso do transporte. O APS permite traar planos

    operacionais e responder de forma eficiente a situaes inesperadas. Ambos

    trouxeram maior eficincia para o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

    Outro exemplo foi o nascimento, a partir do JIT e do QR, do ECR, que por sua

    vez inspirou a criao do VMI, do DRP e do CPFR, ainda utilizando EDI para trfego

    de dados.

    Tecnologias antigas foram adaptadas e utilizadas para novas aplicaes,como, por exemplo, o radar usado na I Guerra, que inspirou a criao da etiqueta de

    rdio-frequncia, na qual a princpio s era possvel executar controle binrio e foi

    inicialmente aplicada para confirmar se o produto havia sido pago ou no nas lojas

    varejistas. Porm, nos ltimos anos a etiqueta evoluiu e pode armazenar e transmitir

    uma quantidade muito maior de dados.

    O gerenciamento da cadeia de suprimentos sofreu grandes alteraes

    decorrentes do surgimento e da popularizao dos sistemas de informao. Ossistemas permitem aos gestores tomarem decises de forma rpida e eficiente,

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    permitem anlises e simulaes de cenrios, melhor programao e controle de

    atividades, acesso a maior quantidade de informaes e com melhor qualidade, e

    proporcionam maior agilidade e assertividade nos processos.

    Diversos benefcios so proporcionados pelo uso de sistemas de informao

    no gerenciamento da cadeia de suprimentos, como, por exemplo: interaes a

    longas distncias, desburocratizao da informao, reduo de custos

    operacionais, melhor nvel de servio, melhor atendimento ao cliente, reduo de

    estoques, reduo de lead time, melhor programao da produo, menor custo de

    distribuio, tempo de resposta menor e melhoria no processo de deciso.

    Em razo do barateamento, da facilidade de uso e, principalmente, dos

    benefcios proporcionados, os sistemas de informao invadiram o dia a dia das

    pessoas e das empresas. J no possvel imaginar o gerenciamento da cadeia de

    suprimentos sem eles. Os sistemas atuam tanto no suporte do gerenciamento da

    cadeia de suprimentos como induzem a sua evoluo, pois proporcionam maior

    agilidade nos processos e maior velocidade na tomada de deciso, dessa forma

    acelerando cada vez mais o ciclo de inovao.

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    4 CONCLUSO

    O objetivo desta pesquisa era analisar a histria recente da cadeia de

    suprimentos e como seu gerenciamento foi influenciado pelo advento da tecnologia

    dos computadores e dos sistemas de informao.

    Para tanto, a metodologia usada foi a pesquisa bibliogrfica, realizada

    mediante a leitura e anlise de artigos cientficos, livros e bibliografia em geral.

    Considera-se que a questo de pesquisa foi respondida, pois foi apresentado

    que os sistemas de informao, com o fornecimento gil de informaes precisas e

    com a melhoria na execuo de processo, alm de diversos outros benefcios

    proporcionados, criaram um ambiente propcio para a evoluo, cada vez mais

    rpida, do gerenciamento da cadeia de suprimentos.

    Os sistemas tanto atuam no suporte do gerenciamento da cadeia de

    suprimentos como induzem a sua evoluo, pois proporcionam maior agilidade nos

    processos e maior velocidade na tomada de deciso, desta forma acelerando cada

    vez mais o ciclo de inovao.

    Conclui-se que os sistemas de informao impulsionaram a evoluo da

    cadeia de suprimentos, permitindo fornecimento de informaes, processamento de

    dados e execuo de processos com muita rapidez.

    Os sistemas de informao esto presentes no dia a dia e continuam a ser

    propulsores da evoluo da cadeia de suprimentos. J no possvel imaginar a

    cadeia de suprimentos sem a utilizao de sistemas de informao, que se tornaramindispensveis.

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